Incêndios

[Reg]

fui la ver a coisa esta descontrolada

Incêndio com várias frentes. Aldeias evacuadas
s 62 pessoas morreram no incêndio em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria. Há 62 feridos. As chamas continuam fora de controlo. Marcelo vai voltar a Pedrógão esta segunda.

Os casos de habitantes que se mostram relutantes em abandonar as casas foi alvo de uma referência por parte da ministra da Administração Interna.

Os bombeiros conseguiram controlar, a certa altura deste domingo, duas das quatro frentes de incêndio ativas, mas registaram-se reacendimentos e existem, novamente, quatro frentes ativas à entrada para um final de tarde


e é provável que o número de mortos venha a subir nas próximas horas ou dias. Ainda assim, foi corrigido o número de 62 mortos que chegou a ser avançado à hora de almoço.

http://observador.pt/2017/06/18/mapa-onde-o-fogo-comecou-e-onde-continua-ativo/

[Smog]

bah! Estou a observar diretamente na tv - sic noticias! junto uns pozinhos daquilo que é o meu conhecimento em termos de organização (sou uma alemã) e em termos de experiencia pessoal - cresci com incêndios todos os anos...

[Reg]

entao ja sabes reacendimentos e  mais aconteçe nos fogos

[Smog]

eu disse que as coisas estavam complicadas... o combate é que está a ser mais eficaz.

[Robusto]

Eu nesta estou com o Inc, é uma pena o que aconteceu, foi um conjunto de fatores incríveis.

Eu conheço +- aquela região, e aquelas estradas. Já são estradas perigosas por natureza, há sempre imensos acidentes por ano, por causa do pessoal que acelera entre as curvas e contracurvas. No inverno é normal haver deslizamento de terras na estradas, alguns dos trechos foram construídos bem no meio da serra.

[Joao-D]

Vi o ponto da situação há meia noite e meia e disseram q ainda há vários focos de incêndio graves e q não é provável q termine nas próximas horas.
Disseram tb q o ministério público abriu um inquérito por suspeita de fogo posto, mesmo depois da PJ ter sido tão rápida a dizer q foi causa natural. Acho isso um pouco estranho.
Alguns jornalistas perguntaram tb à ministra da administração interna se ela se ia demitir. Ela disse q não é a altura para se falar nisso.

As pessoas morreram por vários motivos. Houve um conjunto de pessoas q tinha ido a uma praia fluvial e morreram depois quando decidiram voltar para casa de carro. Algumas demoraram demasiado tempo a deixar as casas. Outras foram ajudar familiares. Houve pessoas q morreram em casa. Houve pessoas q morreram carbonizadas e outras intoxicadas.
As autoridades ainda nao foram a todas as aldeias. Pode haver pessoas que tenham morrido e não se sabe ainda.

Espero q analisem bem o q aconteceu para q não volte a acontecer.

Um especialista florestal disse q a zona do berlavento argarvio é uma zona igualmente muito crítica em termos de vegetação e temperatura do solo.

[Automek]

Uma coisa nojenta foi o palhaço de belém chegar lá no sábado à noite e afirmar, categoricamente, que o que se fez o foi máximo e não se podia ter feito mais.
Para mim o "fizemos o máximo que podíamos" = "fomos perfeitos, não podíamos ter feito melhor". Como é que um tipo, numa altura em que mal se sabiam os detalhes do incêndio, afirma uma coisa destas ?

É meio caminho para o conformismo, para não se discutir, criticar, nem alterar nada, para daqui a uma semana já ninguém querer saber do assunto, abrir-se um inquérito que, como todos, acabará na gaveta de um ministro e isto passar rapidamente à história, como passou o incêndio dantesco da Madeira (ainda há um ano era uma onda de consternação com a Madeira - alguém ouviu falar de alguma coisa ?).

Importante, mesmo, é se quarta feira Portugal vai jogar em 4-4-2 ou 4-3-3.

[jeab]

Discute-se o que se fez ou não fez depois do incêndio, quando já está mais que identificado que o problema reside na prevenção, nomeadamente:

- acabar com o levantamento cadastral rural , para no mínimo se saber quem é dono do quê
- Ordenamento do território e claro, principalmente ordenamento agrícola
- Produzir leis efectivas que obriguem a cumprir o ordenamento agricola e acabar com o "cada um planta o que lhe der na telha"
- O Estado que dê o exemplo e que trate do que é seu. É uma vergonha as matas entregues ao ministério da agricultura e os matos dos Parques Naturais e Áreas Protegidas.
- Alterar a lei que obriga à limpeza dos terrenos agrícolas,  de modo a que o estado se substitua aos proprietários não cumpridores e além das multas , facture os trabalhos realizados.  Temos 30 mil presos a viver à custa da sociedade quando deviam era estar a devolver algo à sociedade que tiraram. Ponham-nos a fazer estes trabalhos ao menos.

[Local]

Da análise da Figura 2 constata‐se que ao longo do período 1995‐2010 as áreas de floresta apresentam uma diminuição de  ‐4,6%, o que corresponde a uma taxa de perda líquida de ‐0,3%/ano (10 mil ha/ano).

http://www.icnf.pt/portal/florestas/ifn/resource/ficheiros/ifn/ifn6-res-prelimv1-1

Há apenas 2 culturas silvícolas que são economicamente viáveis, o eucalipto e o pinheiro bravo. Presumo que haja culturas que são viáveis caso já estejam plantadas como o sobreiro ou o castanheiro. As outras culturas só são viáveis com a existência de fundos comunitários.

Limpar terrenos de culturas silvícolas dá cabo do rendimento do mesmo (foi um madeireiro que me aconselhou a deixar os pinheiros crescerem à vontade).

Penso que a diminuição da área florestal tem mesmo a ver com a sua rendibilidade. Por exemplo tenho um pinhal junto a uma fábrica de celulose, mas neste momento eles apenas estão a aceitar madeira de eucalipto.

[Local]

Foi uma grande tragédia, que me parece que foi fortuita, dado que todos os anos existem fogos em Portugal e nunca tivemos um custo de vidas tão grande. Temos que ver o que se pode fazer melhor, para que não se volte a repetir.

[justin]

Foi uma grande tragédia, que me parece que foi fortuita, dado que todos os anos existem fogos em Portugal e nunca tivemos um custo de vidas tão grande. Temos que ver o que se pode fazer melhor, para que não se volte a repetir.

se puserem quem vive à custa dos privados a limpar as matas fica o problema resolvido. presos e pessoal que vive à conta dos subsidios chegava e sobrava para resolver isso.

[Local]

isso é uma falácia. Podes limpar hoje que passado pouco tempo volta a aparecer combustível para fogos.

[justin]

isso é uma falácia. Podes limpar hoje que passado pouco tempo volta a aparecer combustível para fogos.

tb não disse que não era só para limpar uma vez né. ou estavas a pensar que acabavam os presos ou o pessoal que vive à conta do orçamento? 

[Local]

O problema não se resolve com a limpeza pelos presos ou pessoal que vive à custa do orçamento. Até porque essas pessoas iriam trabalhar nas matas nacionais, que representam uma pequena percentagem da floresta nacional. Grande parte do problema é o elevado n.º de micro-proprietários e o reduzido tamanho das propriedades.

[justin]

O problema não se resolve com a limpeza pelos presos ou pessoal que vive à custa do orçamento. Até porque essas pessoas iriam trabalhar nas matas nacionais, que representam uma pequena percentagem da floresta nacional. Grande parte do problema é o elevado n.º de micro-proprietários e o reduzido tamanho das propriedades.

desculpa mas discordo.

então um privado não quereria que lhe limpassem o terreno? claro que sim, né. e para os que não quisessem a bem tinham de concordar a mal. e pronto, assunto resolvido e a custo zero.

[Local]

Justin, custo zero não existe...
Quando a limpeza do terreno acaba com a rendibilidade da plantação, claro que não o quer.

Lembro-me de uma história que aconteceu à uns anos, aquando do grande incêndio de Monchique. Queimou serra de Aljezur, passando por Marmelete, Monchique, Portimão, esteve às portas de Silves e chegou a São Marcos da Serra. O único sítio que não sofreu com o incêndio foi um terreno cujo proprietário procedeu à sua limpeza. Mas que pagou uma multa por não ter tido autorização para tal.

[justin]

Justin, custo zero não existe...
Quando a limpeza do terreno acaba com a rendibilidade da plantação, claro que não o quer.

Lembro-me de uma história que aconteceu à uns anos, aquando do grande incêndio de Monchique. Queimou serra de Aljezur, passando por Marmelete, Monchique, Portimão, esteve às portas de Silves e chegou a São Marcos da Serra. O único sítio que não sofreu com o incêndio foi um terreno cujo proprietário procedeu à sua limpeza. Mas que pagou uma multa por não ter tido autorização para tal.

sério? nossa 

realmente ainda somos um país muito pequenino.

o custo zero? pensa, até dava era lucro, não? com as matas limpas não se gastava o que se gasta nos combates... sendo que, o custo já existe, nas prisões, e nos que vivem à conta do orçamento, né.

mas pronto, é uma ideia surrealista, eu sei 

[Local]

Em matas nacionais não vejo inconveniente.
Em terrenos privados isso não pode acontecer. O que é feito em propriedade privada com meios públicos tem custos. Esses custos inviabilizam a produção silvícola.

[karnuss]

O problema também persiste enquanto se olhar para a floresta apenas na lógica do custo benefício e da produtividade. é um ecossistema, tem de ter um equilíbrio natural de espécies vegetais. As duas espécies de maior valor acrescentado são o pinheiro  e o eucalipto. Mas infelizmente são também as mais combustíveis, pelo que não podemos só ter manchas florestais de pinhal e eucaliptal.

[Incognitus]

http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/vi-a-minha-morte-conta-sobrevivente-de-carro-em-chamas-em-pedrogao-grande

esta testemunha diz que foi a GNR que desviou os carros para a estrada da morta. a ser verdade é gravissimo.

Isso seria brutal...

Na realidade a GNR nem tem a tecnologia para determinar para onde desviar. (tem uma rede de pessoas, comunicações e "uma ideia").