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Autor Tópico: EUA: final de ciclo?  (Lida 9537 vezes)

D. Antunes

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EUA: final de ciclo?
« em: 2016-05-06 10:48:59 »
Nos últimos anos a economia dos EUA tem tido um razoável crescimento e, quando comparamos com outros países, tem ficado bem na fotografia, fruto da fraqueza europeia e japonesa e de problemas nalguns emergentes (Brasil e Rússia em recessão, China a abrandar).
No entanto, as valorizações médias dos mercados dos EUA estão acima das valorizações da maior parte dos países e muito acima das médias históricas. Essas valorizações apenas poderão ser sustentáveis se os lucros das empresas americanos subirem. Mas esse esperado (?) aumento dos lucros depende de 3 fatores:
1-aumento da produtividade/trabalhador;
2-aumento do numero de trabalhadores;
3-aumento do peso dos lucros na economia.

O primeiro factor (produtividade) tem estado anémico. Poderá aumentar um pouco, mas grandes acelerações repentinas são improváveis.
http://www.bls.gov/lpc/prodybar.htm e https://www.google.com.br/search?q=us+productivity+growth&hl=pt-BR&biw=1280&bih=637&source=lnms&tbm=isch&tbs=qdr:m&sa=X&ved=0ahUKEwju9rTulMXMAhXBJSwKHcUWAlkQ_AUIBygC#imgrc=VeT69KU_dQh-JM%3A

O segundo factor está a esgotar-se. O desemprego caiu de 10% em outubro de 2009 para 5,0% este ano. Já não deverá cair muito mais. E as pessoas mais apetecíveis para as empresas já devem, quase todas, ter arranjado trabalho.   http://data.bls.gov/timeseries/LNS14000000

O terceiro factor deverá contribuir negativamente. Menos desemprego significa maior poder negocial para os trabalhadores. E as estatísticas já começam a mostrar um início da redução do peso dos lucros no PIB. Significa também maiores riscos inflacionários, com o consequente agravamento dos custos de crédito das empresas (que estão em mínimos históricos).
At the start of 2013, for example, 61 percent of national income went to pay and benefits for workers. But by the end of 2015, that had risen to 62.6 percent. If the proportion of national income going to workers in early 2013 had stayed constant, there would now be $251 billion a year less flowing into Americans’ paychecks than is the case. That is about $1,900 a year per household.
At the same time, corporate profits’ share of national income has fallen, from 14.2 percent in the middle of 2014 to 12.1 percent by the end of 2015. That translates to $328 billion less in annual corporate profits than there would be if the earlier proportion had held.

http://www.nytimes.com/2016/05/03/upshot/workers-are-getting-a-bit-more-of-the-economic-pie-and-shareholders-less.html?mabReward=A3&action=click&pgtype=Homepage&region=CColumn&module=Recommendation&src=rechp&WT.nav=RecEngine&_r=0

Do exposto, parece-me que a relativa estabilidade do S&P 500 este ano não é apenas uma pausa a meio da subida. Provavelmente, estamos no final de um bom ciclo.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

pedferre

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #1 em: 2016-05-06 11:12:11 »
A economia dos EUA também cresce com base na emigração maciça que existe para lá todos os anos, e tem uma mentalidade de ter vários filhos, ao contrário da mentalidade europeia que é so de ter apenas um ou nenhum filho.

D. Antunes

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #2 em: 2016-05-12 23:36:15 »
Isso é verdade e origina um crescimento médio superior (algo à volta de 1% ao ano ou um pouco menos). Mas esse crescimento superior não inviabiliza que existam ciclos económicos. E o crescimento dos últimos anos estará a terminar.
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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #3 em: 2016-05-13 16:27:25 »
Sei que não é o David Alma , mas é melhor..



Paulo Rosa, Jornal "Vida Económica" 13 de maio de 2016

OS CAMIÕES E AS CRISES

Nos EUA há um índice que mede a venda de camiões de grandes dimensões, os chamados "Heavy Weight Truck". Antes do início das recessões económicas e quedas significativas das bolsas em 1990, 2000 e 2008, este índice tinha começado a cair um ou dois anos antes, em 1988, 1999 e 2006 respetivamente. Há uma má notícia: este índice começou a cair em novembro passado. Só o tempo dirá se estamos à beira de uma nova recessão. Estes camiões são utilizados em obras de grande dimensão, na exploração de metais, nas minas, na construção de autoestradas, de edifícios, entre outros. Muitos deles estão nos primeiros estágios da produção, onde se regista um relativo abrandamento da atividade.

Apesar de algum alívio em alta nos últimos dois meses, as matérias-primas ("commodities") têm registado mínimos dos últimos anos. A cotação do petróleo desceu até os mínimos de 2003 nos 27 dólares/barril, o preço do ferro está em mínimos de 2009 e, há dois meses, o índice das "commodities" medido pela Bloomberg chegou perto dos mínimos de há 25 anos. Os receios quanto a um abrandamento económico na China e nas economias emergentes, bem como a efetiva diminuição da procura destes países pressionou os preços em baixa nos últimos tempos.

Nos EUA a diminuição da venda de camiões "pesos pesados" pode sinalizar uma redução das obras públicas e do nível da construção civil de maior dimensão. Um desinvestimento nestes sectores, e a respetiva diminuição da capacidade instalada, pode indiciar menor investimento na construção de casas e no consumo, que já não mostram a vivacidade dos últimos 6 anos.

Os dados do mercado de trabalho norte-americano continuam relativamente robustos, apesar de no passado 6 de maio, os dados de abril terem saído ligeiramente abaixo do que era esperado. As vendas a retalho, o 2º indicador mais importante depois do mercado de trabalho, mostram alguma fraqueza, de mês para mês, desde março de 2015. São já 14 meses… algo que não acontecia desde 2008.

Se estivermos realmente próximos de uma recessão, os mercados de ações norte-americanos iniciarão uma tendência de baixa que se repercutirá nas restantes bolsas mundiais, incluindo a bolsa portuguesa que já se encontra debilitada. A FED teria que reverter a sua política contracionista, iniciada em dezembro passado com a subida taxa de juro de referência, e voltar à política expansionista descendo novamente a taxa para o intervalo [0%-0.25%], algo que seria, também, um revés na credibilidade da FED.

Nada do que dependa da economia portuguesa pode ser um catalisador para subidas das ações da praça de Lisboa. A economia portuguesa limita-se a crescer anemicamente e a bolsa perde cerca de 7% desde o início do ano. Depois do que aconteceu com a resolução do BES em agosto de 2014, com o regresso de várias séries de obrigações sénior do Banco Novo ao BES e a resolução do Banif, não podemos esperar que os investidores estrangeiros se mostrem interessados em investir.

pedferre

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #4 em: 2016-05-13 16:31:15 »
Sei que não é o David Alma , mas é melhor..



Paulo Rosa, Jornal "Vida Económica" 13 de maio de 2016

OS CAMIÕES E AS CRISES

Nos EUA há um índice que mede a venda de camiões de grandes dimensões, os chamados "Heavy Weight Truck". Antes do início das recessões económicas e quedas significativas das bolsas em 1990, 2000 e 2008, este índice tinha começado a cair um ou dois anos antes, em 1988, 1999 e 2006 respetivamente. Há uma má notícia: este índice começou a cair em novembro passado. Só o tempo dirá se estamos à beira de uma nova recessão. Estes camiões são utilizados em obras de grande dimensão, na exploração de metais, nas minas, na construção de autoestradas, de edifícios, entre outros. Muitos deles estão nos primeiros estágios da produção, onde se regista um relativo abrandamento da atividade.

Apesar de algum alívio em alta nos últimos dois meses, as matérias-primas ("commodities") têm registado mínimos dos últimos anos. A cotação do petróleo desceu até os mínimos de 2003 nos 27 dólares/barril, o preço do ferro está em mínimos de 2009 e, há dois meses, o índice das "commodities" medido pela Bloomberg chegou perto dos mínimos de há 25 anos. Os receios quanto a um abrandamento económico na China e nas economias emergentes, bem como a efetiva diminuição da procura destes países pressionou os preços em baixa nos últimos tempos.

Nos EUA a diminuição da venda de camiões "pesos pesados" pode sinalizar uma redução das obras públicas e do nível da construção civil de maior dimensão. Um desinvestimento nestes sectores, e a respetiva diminuição da capacidade instalada, pode indiciar menor investimento na construção de casas e no consumo, que já não mostram a vivacidade dos últimos 6 anos.

Os dados do mercado de trabalho norte-americano continuam relativamente robustos, apesar de no passado 6 de maio, os dados de abril terem saído ligeiramente abaixo do que era esperado. As vendas a retalho, o 2º indicador mais importante depois do mercado de trabalho, mostram alguma fraqueza, de mês para mês, desde março de 2015. São já 14 meses… algo que não acontecia desde 2008.

Se estivermos realmente próximos de uma recessão, os mercados de ações norte-americanos iniciarão uma tendência de baixa que se repercutirá nas restantes bolsas mundiais, incluindo a bolsa portuguesa que já se encontra debilitada. A FED teria que reverter a sua política contracionista, iniciada em dezembro passado com a subida taxa de juro de referência, e voltar à política expansionista descendo novamente a taxa para o intervalo [0%-0.25%], algo que seria, também, um revés na credibilidade da FED.

Nada do que dependa da economia portuguesa pode ser um catalisador para subidas das ações da praça de Lisboa. A economia portuguesa limita-se a crescer anemicamente e a bolsa perde cerca de 7% desde o início do ano. Depois do que aconteceu com a resolução do BES em agosto de 2014, com o regresso de várias séries de obrigações sénior do Banco Novo ao BES e a resolução do Banif, não podemos esperar que os investidores estrangeiros se mostrem interessados em investir.

Este é ano eleitoral nos EUA pelo que o governo vai tentar aguentar a economia até depois das eleições para não prejudicar as hipóteses da Hillary, também já só falta meio ano.

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #5 em: 2016-05-13 16:37:50 »
é o que eu penso em relaçao aos EUA, seja com Hillary  seja com o outro

JoaoAP

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #6 em: 2016-05-17 10:36:08 »
Este livro deve ser interessante:

Citar
A devastating inside look at the dark side of Congress as revealed by one of its own! No wonder Congressman X wants to remain anonymous for fear of retribution. His admissions are deeply disturbing. . .
"Most of my colleagues are dishonest career politicians who revel in the power and special-interest money that's lavished upon them."
"My main job is to keep my job, to get reelected. It takes precedence over everything."
"Voters are incredibly ignorant and know little about our form of government and how it works."
"It's far easier than you think to manipulate a nation of naive, self-absorbed sheep who crave instant gratification."
"Fundraising is so time consuming I seldom read any bills I vote on. Like many of my colleagues, I don't know how the legislation will be implemented, or what it'll cost."
"We spend money we don't have and blithely mortgage the future with a wink and a nod. Screw the next generation. It's about getting credit now, lookin' good for the upcoming election.", I

Amazon

Não é somente nos EUA.
O fim do tipo de governação/"Democracia" que temos, tem o fim contado.

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #8 em: 2016-05-18 21:58:24 »
http://nymag.com/daily/intelligencer/2016/04/america-tyranny-donald-trump.html


Extraordinário artigo. Talvez um pouco pessimista demais. O Trump pode ser simplesmente um charlatão, que voltará atrás em todas as coisas incendiárias que disse. A minha esperança é essa.




Incognitus

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #9 em: 2016-05-19 11:21:11 »
Muitas das coisas incendiárias são "misrepresented" pelos media. Se leres posições políticas escritas pelos próprios (e não pelos media) vês que a realidade do que é proposto é diferente (excepto a estupidez do muro, mas o muro é apenas uma evolução da cerca que já existe - diga-se).
« Última modificação: 2016-05-19 11:21:54 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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D. Antunes

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #10 em: 2016-05-19 11:33:16 »
George Soros reduz investimento em acções e aposta no ouro

George Soros está a privilegiar uma estratégia mais conservadora. O investidor reduziu em mais de um terço a exposição a acções norte-americanas.
O multimilionário George Soros reduziu o investimento em acções americanas em mais de um terço, ao mesmo tempo que comprou uma participação de 264 milhões de dólares na maior produtora de ouro mundial.

O valor investido pelo conhecido investidor em acções americanas caiu 37% para 3,5 mil milhões de dólares no final do primeiro trimestre, segundo números citados pela Bloomberg. Ao mesmo tempo que desinvestiu em acções nos Estados Unidos, Soros comprou uma participação de 1,7% na Barrick Gold, no valor de 264 milhões de dólares.

Segundo os mesmos dados, Soros adquiriu ainda opções de compra sobre 1,05 milhões de acções no SPDR Gold Trust, um ETF que segue o desempenho do ouro. Esta aposta no ouro surge num momento em que a matéria-prima continua a ser um dos investimentos mais rentáveis em 2016. O metal precioso valoriza 20% desde o início do ano.

Esta estratégia mais conservadora é o espelho das preocupações que o bilionário mantém em relação à economia global. Soros tem vindo a alertar os investidores para os riscos na economia chinesa, estabelecendo paralelos com a crise financeira de 2008.

O investidor destaca que "grande parte do dinheiro que os bancos estão a emprestar serve para manter crédito malparado e empresas deficitárias em funcionamento" e acredita que é "praticamente inevitável" uma travagem brusca na China.
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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #11 em: 2016-05-19 22:58:46 »
Muitas das coisas incendiárias são "misrepresented" pelos media. Se leres posições políticas escritas pelos próprios (e não pelos media) vês que a realidade do que é proposto é diferente (excepto a estupidez do muro, mas o muro é apenas uma evolução da cerca que já existe - diga-se).

Ele defendeu: 1) O muro; 2) disse que os imigrantes hispânicos são violadores; 3) suspender a imigração de muçulmanos; 4) matar as famílias dos terroristas. Para mim, estas coisas são já demasiado horríveis para o dizê-las nem que fosse uma vez, ser algo grave. Mas o problema pior é que, quando lhe perguntaram, ele reiterou tudo, disse que continuava a defender estas coisas (não sei se todas as 4 acima, mas reiterou várias).


Incognitus

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #12 em: 2016-05-20 00:30:42 »
Muitas das coisas incendiárias são "misrepresented" pelos media. Se leres posições políticas escritas pelos próprios (e não pelos media) vês que a realidade do que é proposto é diferente (excepto a estupidez do muro, mas o muro é apenas uma evolução da cerca que já existe - diga-se).

Ele defendeu: 1) O muro; 2) disse que os imigrantes hispânicos são violadores; 3) suspender a imigração de muçulmanos; 4) matar as famílias dos terroristas. Para mim, estas coisas são já demasiado horríveis para o dizê-las nem que fosse uma vez, ser algo grave. Mas o problema pior é que, quando lhe perguntaram, ele reiterou tudo, disse que continuava a defender estas coisas (não sei se todas as 4 acima, mas reiterou várias).

Eu li a política tal como defendida no site oficial, e exceptuando o muro o resto não está lá (embora exista queixa de a imigração ilegal cometer crime acima da média, entre as razões para controlar -- coisa que não fui verificar se era verdade estatisticamente nos EUA embora tendencialmente o seja em muitos locais).

O tipo é desbocado, não quer dizer que algumas dessas coisas depois tenham tradução em políticas concretas. Por exemplo, é óbvio quanto a muçulmanos que se alguma coisa for feita ela tenderá simplesmente a ser um filtro mais apertado dos mesmos (pois ele já falou de excepções).
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purehawk

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #13 em: 2016-05-20 04:25:49 »
Vi um documentario há cerca de 1 hora atrás na SIC noticias:

2:52
FREEDOM FROM CHOICE

Foi produzido em 2014:
http://www.imdb.com/title/tt3828166/

O site oficial:
http://www.freedomfromchoicefilm.com/

O trailer no YouTube:
! No longer available



Achei bastante bom.
Retrata o excesso de regulação e regulamentações por parte do Estado Federal dos EUA que beneficia as grandes corporações e dificulta a vida dos pequenos produtores.
Transmite a ideia que o livre mercado é coisa do passado...

Tinham de ver o documentario para opinarem.
Não sei se a SIC noticias repetirá...

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #14 em: 2016-05-20 18:31:23 »
Muitas das coisas incendiárias são "misrepresented" pelos media. Se leres posições políticas escritas pelos próprios (e não pelos media) vês que a realidade do que é proposto é diferente (excepto a estupidez do muro, mas o muro é apenas uma evolução da cerca que já existe - diga-se).

Ele defendeu: 1) O muro; 2) disse que os imigrantes hispânicos são violadores; 3) suspender a imigração de muçulmanos; 4) matar as famílias dos terroristas. Para mim, estas coisas são já demasiado horríveis para o dizê-las nem que fosse uma vez, ser algo grave. Mas o problema pior é que, quando lhe perguntaram, ele reiterou tudo, disse que continuava a defender estas coisas (não sei se todas as 4 acima, mas reiterou várias).

Eu li a política tal como defendida no site oficial, e exceptuando o muro o resto não está lá (embora exista queixa de a imigração ilegal cometer crime acima da média, entre as razões para controlar -- coisa que não fui verificar se era verdade estatisticamente nos EUA embora tendencialmente o seja em muitos locais).

Deve ser verdade que os imigrantes ilegais cometem, em média, mais crime. Então se isso for dito num forum de especialidade (polícia, sociologia, criminologia), desde que se use essa linguagem cautelosa e quantitativa, mencionando médias e desvios-padrão, etc, para mim tudo bem. Mas um político ainda por cima candidato à presidência dizer "they are rapists" é inaceitável. É atribuir a *todos* uma característica só de alguns. Isto faz uma enorme diferença. Isto já é racismo. O anterior não era.

Quanto ao programa, mesmo que não preconize as medidas extremas, o facto de ele as ter dito, e depois ter reiterado, é também inaceitável e racista (sim, o dizer que se devia matar as famílias de terroristas também é *racista*, embora quase ninguém entenda porquê).


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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #15 em: 2016-05-20 18:41:06 »
Muitas das coisas incendiárias são "misrepresented" pelos media. Se leres posições políticas escritas pelos próprios (e não pelos media) vês que a realidade do que é proposto é diferente (excepto a estupidez do muro, mas o muro é apenas uma evolução da cerca que já existe - diga-se).

Ele defendeu: 1) O muro; 2) disse que os imigrantes hispânicos são violadores; 3) suspender a imigração de muçulmanos; 4) matar as famílias dos terroristas. Para mim, estas coisas são já demasiado horríveis para o dizê-las nem que fosse uma vez, ser algo grave. Mas o problema pior é que, quando lhe perguntaram, ele reiterou tudo, disse que continuava a defender estas coisas (não sei se todas as 4 acima, mas reiterou várias).

Eu li a política tal como defendida no site oficial, e exceptuando o muro o resto não está lá (embora exista queixa de a imigração ilegal cometer crime acima da média, entre as razões para controlar -- coisa que não fui verificar se era verdade estatisticamente nos EUA embora tendencialmente o seja em muitos locais).

Deve ser verdade que os imigrantes ilegais cometem, em média, mais crime. Então se isso for dito num forum de especialidade (polícia, sociologia, criminologia), desde que se use essa linguagem cautelosa e quantitativa, mencionando médias e desvios-padrão, etc, para mim tudo bem. Mas um político ainda por cima candidato à presidência dizer "they are rapists" é inaceitável. É atribuir a *todos* uma característica só de alguns. Isto faz uma enorme diferença. Isto já é racismo. O anterior não era.

Quanto ao programa, mesmo que não preconize as medidas extremas, o facto de ele as ter dito, e depois ter reiterado, é também inaceitável e racista (sim, o dizer que se devia matar as famílias de terroristas também é *racista*, embora quase ninguém entenda porquê).

Compreendo, mas também imagino que falar de médias ou de maior propensão ou de maior probabilidade afaste logo 90% dos ouvintes...  :D

E a verdade é que quem se opõe a muitas dessas realidades também o faz de forma manhosa e geralmente sem reconhecer a própria existência das estatísticas.

---------

Bem, acredite uma pessoa no que acreditar, o que me parece uma realidade é que muitos países muçulmanos estarão a ver as suas receitas do turismo afectadas, porque as pessoas (em média) são só opiniões teóricas/politicamente correctas, mas quando chega a hora de decidirem na prática aplicam exactamente as mesmas heurísticas que criticam.
« Última modificação: 2016-05-20 18:42:58 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #16 em: 2017-09-19 10:30:44 »
Citar
Pressionada pelo online, Toys R Us declara falência

A retalhista falhou na adaptação ao online e viu-se ultrapassada pela Amazon e pela Walmart. Agora apresenta um pedido de proteção contra credores.

http://www.sapo.pt/noticias/economia/pressionada-pelo-online-toys-r-us-declara_59c0d568847d73421453ef28

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #17 em: 2018-03-15 14:19:19 »
Se isto fecha a minha filha vai ficar triste.
Que merda

Toys R Us “a trabalhar” para evitar falência em Portugal
 
http://www.msn.com/pt-pt/financas/empresas/toys-r-us-%E2%80%9Ca-trabalhar%E2%80%9D-para-evitar-fal%C3%AAncia-em-portugal/ar-BBKfaH0?li=AAl4orZ&ocid=ientp


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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #18 em: 2018-03-15 14:20:44 »
tens legos  estam moda outra vez por causa dos filmes

tambem estava quase falir



http://www.markedu.pt/como-reconstruir-uma-marca-peca-a-peca-lego-um-caso-de-sucesso/
« Última modificação: 2018-03-15 14:30:38 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

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Re: EUA: final de ciclo?
« Responder #19 em: 2018-03-15 14:50:37 »
nao acompanho o sector , foram as novas tecnologias? concorrencia dos hipers ?