Fugiste à questão, Automek. Um dos países que mais arde é também um dos países com maior percentagem de propriedade privada. É um facto.
Quanto aos bombeiros, estás a esmifrar. E a polícia, seria mais cara nas cidades? Nas várias zonas das cidades? Tudo tem um equilíbrio, é uma espécie de sentido de nação única, de solidariedade nacional, não sei se já ouviste falar.
O facto de haver muita propriedade privada não impede incêndios. Portugal é um exemplo disso em muitas zonas cheias de pequenas parcelas.
O que minimiza incêndios é a forma como a propriedade privada se auto-organiza de forma mais ou menos eficiente. E essa eficiência está relacionada com o custo do serviço de bombeiros.
As grandes papeleiras têm um determinado custo com os bombeiros. Pagam o que o estado lhes exige (via IRC) e ainda pagam o seu serviço próprio de bombeiros. Ou seja, têm um
custo muito superior aquele que os particulares têm. Quando devia ser ao contrário. Os particulares, têm pequenas parcelas, tornando o combate muito mais difícil e, por isso, deviam ter um custo de bombeiros muito superior aquele que as papeleiras têm com o custo público + custo privado.
Ora, se os particulares pagam muito abaixo do custo real é óbvio que o serviço que vão ter é aquele que se vê. Mau (não obstante tudo o que os pobres bombeiros fazem). Se tivessem de pagar o custo real, para um combate efectivo em pequenas parcelas, isso tornaria a manutenção da propriedade incomportável e incentivaria a passagem das mesmas para quem as consiga rentabilizar (o que significa pagar o serviço real de bombeiros, como fazem as papeleiras, e tomar conta da mesma).
Não é preciso inventar a roda. As seguradoras há muito que a inventaram ao baixarem-te o prémio se tiveres um sistema de detecção de incêndios. E uma porta blindada. E se tiveres alarme. E se não morares numa zona sísmica. É cobrar o preço real com base numa série items, uns que agravam, outros que desagravam.