Cavaco Silva indigita António Costa como primeiro-ministro

[Tridion]

Ontem o Galamba na SIC dizia que aumentando os rendimentos das pessoas que menos ganham, uma pessoa que ganhe 520 passasse para 550, assistir-se-ia a aumento de consumo de produtos essenciais, maioria deles de produção nacional, como alimentos. Argumentava que este aumento de consumo permitirá atingir os 3% de crescimento.

Como é possível alguém prever o crescimento de um país com base na possibilidade de se consumir ou não produtos portugueses? Muitas pessoas não querem saber se compram ou não nacional. Nem se vão ao chinês ou se as maçãs são da Argentina. Para não falar das compras por impulso, onde os gadgets último modelo (TVs, telemóveis, tablets, etc) são comprados a crédito, aumentando a nossa dívida e as importações.


Parece-me que o data mining foi completamente espancado para chegar a esta conclusão. Ou se calhar nem se deram ao trabalho em reunir os dados e bastou o achómetro.

Da minha parte, os 20€ que vou receber a mais vão para o porquinho mealheiro.   

o galamba eh uma fraude, se fosse assim era uma maravilha !! ate ficava feliz.

Fazer previsões económicas com base em comportamento individuais, que nos dizem exactamente o contrário, não é ideia só do Galamba é, também, partilhada por toda a direcção do PS.

[Automek]

Eu ainda tenho que estudar para ver se um desempregado sem apoios do estado não deve passar 1 recibo verde (nem que seja para dar uma explicação) para sacar algum no IRS.

Com que objectivo ?

Imagina um solteiro ou viúvo que não trabalhou o ano todo, e nao recebe apoios do estado, nesse caso para receber algum, deve passar um recibo verde para entregar declaração de irs.

E para quê ?

[Automek]

Ontem o Galamba na SIC dizia que aumentando os rendimentos das pessoas que menos ganham, uma pessoa que ganhe 520 passasse para 550, assistir-se-ia a aumento de consumo de produtos essenciais, maioria deles de produção nacional, como alimentos. Argumentava que este aumento de consumo permitirá atingir os 3% de crescimento.

Esquece-se que esses 30€ vêm, via impostos, de pessoas que entretanto deixaram de gastar noutras indústrias que não a alimentação. Parece que os empregados do sector do calçado, livros e cabeleireiros não são gente. Só os da alimentação.

E também é curioso defender que vai para alimentação. Então vamos enriquecer mais o Belmiro e o Soares dos Santos que ainda por cima andam a explorar os produtores e a pagar impostos na Holanda ? Que coerência de discurso deste Galamba...

[Counter Retail Trader]

Epa tudo indica que ele é inteligente...

Teve um percurso academico porreiro (melhor que a media) e em economia , escreve bem , casado com uma mulher de direita.
But.... abre a boca e saiem coisas estranhas

Fica a duvida

[Mystery]

Ter um percurso académico não é sinal de inteligência. Menos ainda se for em economia.

[Counter Retail Trader]

Ter um percurso académico não é sinal de inteligência. Menos ainda se for em economia.

De facto nao , mas dificilmente seria mediocre , mesmo assim acredito que haja muitos 17´s na LSE.
O Centeno tambem passou por Harvard etc e depois abre a boca..

[Automek]

estes tipos não dizem o que pensam mas o que lhes convém dizer. o centeno há dois anos atrás se ouvisse o centeno de hoje a falar desancava-o de alto a baixo. não é falta de inteligência mas sim de princípios, vulgo coluna vertebral.

[pedras11]

A opinião expressa pelo Galamba é simples, basta atentaram ao cálculo do PIB pela ótica da despesa

[Incognitus]

Se o Galamba acha que é aumentando os rendimentos mais baixos que se gera esse ganho económico, seria então de perguntar se ele apoia aquelas medidas todas cujo objectivo é aumentar os rendimentos mais elevados ("reposições" de salários públicos mais elevados, pensões mais elevadas e eliminação de sobretaxa de IRS que incide sobre rendimentos mais elevados).

Em todo o caso Portugal não melhora mais do que temporariamente com rendimentos mais elevados, porque estamos sempre na corda bamba em termos de desequilíbrio externo, e portanto no limite daquilo que o rendimento agregado dos Portugueses pode ser. É claro, o limite pode ser um pouco afastado com alguma propensão acrescida para consumir nacional, mas para já não se vê grande coisa que leve garantidamente nesse sentido. Aqueles aumentos todos dos rendimentos mais elevados vão tornar variações dos mais baixos algo irrelevantes nesse aspecto também.

[meu-godo]

Se o Galamba acha que é aumentando os rendimentos mais baixos que se gera esse ganho económico, seria então de perguntar se ele apoia aquelas medidas todas cujo objectivo é aumentar os rendimentos mais elevados ("reposições" de salários públicos mais elevados, pensões mais elevadas e eliminação de sobretaxa de IRS que incide sobre rendimentos mais elevados).

Em todo o caso Portugal não melhora mais do que temporariamente com rendimentos mais elevados, porque estamos sempre na corda bamba em termos de desequilíbrio externo, e portanto no limite daquilo que o rendimento agregado dos Portugueses pode ser. É claro, o limite pode ser um pouco afastado com alguma propensão acrescida para consumir nacional, mas para já não se vê grande coisa que leve garantidamente nesse sentido. Aqueles aumentos todos dos rendimentos mais elevados vão tornar variações dos mais baixos algo irrelevantes nesse aspecto também.

Incognitus, quando falas em desequilibrio externo estás a pensar no défice da balança comercial ou pensas noutras coisas como o défice do estado?

[Zakk]

Eu ainda tenho que estudar para ver se um desempregado sem apoios do estado não deve passar 1 recibo verde (nem que seja para dar uma explicação) para sacar algum no IRS.

Com que objectivo ?

Imagina um solteiro ou viúvo que não trabalhou o ano todo, e nao recebe apoios do estado, nesse caso para receber algum, deve passar um recibo verde para entregar declaração de irs.

E para quê ?

Então!!!
Se não entregares declaração não recebes nada, certo?
Se entregares com um valor baixo recebes imposto sem nunca teres feito descontos.

Até os arrumadores vão entregar declaração de IRS. basta abrir actividade a 1 de dezembro passar 1 recibo e fechar a 15 de dezembro. Já tem que entregar IRS, logo também tem direito a receber aquele rendimento.

Mas aqui tem que se ver quanto se recebe, porque caso não esteja isento tem que fazer 1 contribuição para a seg. social.

É mais complexo, mas é de estudar.

[D. Antunes]

Se o Galamba acha que é aumentando os rendimentos mais baixos que se gera esse ganho económico, seria então de perguntar se ele apoia aquelas medidas todas cujo objectivo é aumentar os rendimentos mais elevados ("reposições" de salários públicos mais elevados, pensões mais elevadas e eliminação de sobretaxa de IRS que incide sobre rendimentos mais elevados).

Em todo o caso Portugal não melhora mais do que temporariamente com rendimentos mais elevados, porque estamos sempre na corda bamba em termos de desequilíbrio externo, e portanto no limite daquilo que o rendimento agregado dos Portugueses pode ser. É claro, o limite pode ser um pouco afastado com alguma propensão acrescida para consumir nacional, mas para já não se vê grande coisa que leve garantidamente nesse sentido. Aqueles aumentos todos dos rendimentos mais elevados vão tornar variações dos mais baixos algo irrelevantes nesse aspecto também.

Incognitus, quando falas em desequilibrio externo estás a pensar no défice da balança comercial ou pensas noutras coisas como o défice do estado?

Parece claro que se refere às transações com o exterior.

[Local]

Se não se descontar para IRS não se recebe nada. O limite de imposto a receber é sempre o valor descontado para IRS.

[Jsebastião]

Uma curta análise dos próximos tempos de Governo, feita por Francisco Louçã:

O primeiro dia é feliz, mas as dificuldades chegam depois

Argumentei ontem que agora tudo corre bem a Costa e tudo corre mal a Passos Coelho e a Portas. O engenho de primeiro e o ressentimento dos outros, combinado com as ameaças fortuitas do Presidente, asseguram um primeiro dia tranquilo ao novo governo. De facto, tudo o que ontem era vantajoso para Costa só encorpou.

Dizem alguns comentadores que entenderam do discurso de Cavaco Silva que este ameaça demitir o governo. Depois de 53 dias de empastelamento da política, alegar uma divergência de doutrina económica sobre o papel do consumo ou outra questão avulsa para impedir a apresentação da proposta do Orçamento de Estado, tudo isto nas últimas semanas de mandato, entre a Missa do Galo e a eleição do novo presidente? Em Portugal, isso não existe. Mas a notícia política é que houve quem vislumbrasse essa esperança obscura nas entrelinhas do Presidente. Ou seja, a direita está tão perdida que fantasia um confronto épico convocado numa manhã de nevoeiro a partir de Belém, o que simplesmente quer dizer que não sabe o que fazer.

Costa respondeu com um governo moderado e com um discurso moderado. Ele quer acentuar a deslocação da direita para as bordas do discurso incompreensível. Nem precisa de se esforçar muito. Entre António Costa, oficialista e ponderado, e Marco António Costa, a prometer uma crise política que rebenta tudo, a quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão? Pois é, nem vale a pena perguntar.

Marcelo Rebelo de Sousa, aparentemente o único dirigente de direita que percebe o problema, faz tudo para se apresentar como o candidato anti-Cavaco. Paz na terra, esse vai ser o seu discurso; deixem-se destas más figuras, vai repetir aos seus. E tem razão.

Mas, se Costa não podia sequer imaginar um começo tão fácil, o certo é que estas peripécias não mudam nada quanto aos problemas essenciais. Enquanto se especula sobre poderes presidenciais ou amarguras partidárias, nos últimos meses o desemprego voltou a subir, a confiança económica regrediu, o investimento mantém-se na mediocridade, a emigração não para, a economia europeia dá sinais preocupantes. Por isso, depois do primeiro dia feliz, para o novo governo chegam os problemas.

O Orçamento de 2016, que vai ser trabalhoso de negociar na maioria parlamentar, é apesar de tudo o menor desses problemas. No próximo, com cuidado orçamental, haverá uma ligeira recuperação de pensões e salários, redução do peso do IRS considerando a sobretaxa, a reversão das concessões dos transportes públicos, o aumento do salário mínimo nacional e uma melhoria do rendimento disponível dos trabalhadores abaixo dos 600 euros. Ou seja, milhões de pessoas, que têm expectativas baixas, vão sentir que valeu a pena a mudança em que votaram.

Grande parte das regras para esse orçamento estão já discutidas e acordadas, salvo, imprevidentemente, o ritmo da restituição da sobretaxa do IRS, porque o PS insiste nos 50% e a esquerda na abolição da medida em 2016. Há no entanto novas soluções que podem ser exploradas, como a diferenciação dos impactos em nome da protecção dos mais sacrificados pela austeridade, de modo que os trabalhadores com menores salários deixem desde já de sofrer a sobretaxa e os restantes recuperem completamente no ano seguinte.

Outros problemas imediatos são mais difíceis. A TAP e o Novo Banco são os piores buracos deixados pelo governo anterior.

A TAP foi comprada por uma empresa sem poderes legais para assinar o contrato e que agora está a vender terrenos e edifícios para assim pagar a sua conta. Paga a TAP com a própria TAP. Uma embrulhada que parece bem uma falcatrua, ficando tudo nas mãos dos bancos, que vão decidir se e quando a empresa tem que ser nacionalizada. O governo só pode por isso estudar as condições jurídicas da reversão do contrato, que é nulo.

O Novo Banco é um problema ainda pior, porque houve uma intervenção pública promovida pelo governo e pelo Banco de Portugal e ficou um buraco que ainda está por medir, além da devastação nas poupanças dos “lesados do BES”. Mas, para já, faltam 1400 milhões e, se a recapitalização não ocorrer até ao final de Dezembro, as regras europeias tornam-na ainda mais difícil. Portanto, o banco tem que ser intervencionado pelo Ministério das Finanças para abater a sua dívida e para reduzir o seu balanço, restituindo os rácios prudenciais de capital. O maior problema de curto prazo para Centeno.

E, se estes são alguns dos problemas de curto prazo, depois virão os outros, os mais estruturais.

[Deus Menor]

O A. Costa , quando as coisas aquecerem... tira umas férias e deixa os outros resolver...

[Zakk]

Se não se descontar para IRS não se recebe nada. O limite de imposto a receber é sempre o valor descontado para IRS.

Era, o PS quer criar um escalão em que recebes sem fazer descontos.

[Jsebastião]

O A. Costa , quando as coisas aquecerem... tira umas férias e deixa os outros resolver...

Não tem historial disso. Pelo contrário.

[tommy]

O A. Costa , quando as coisas aquecerem... tira umas férias e deixa os outros resolver...

Não tem historial disso. Pelo contrário.

só tem historial disso queres tu dizer.

[Reg]

O Carlos César Resolve 

[Jsebastião]

O A. Costa , quando as coisas aquecerem... tira umas férias e deixa os outros resolver...

Não tem historial disso. Pelo contrário.

só tem historial disso queres tu dizer.

Não, não é isso que quero dizer.