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Autor Tópico: Parlamento sem maioria absoluta  (Lida 391580 vezes)

Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1040 em: 2015-10-27 00:19:49 »
Amigos, e se o PSD apresentasse um orçamento bem esgalhado?

Salário mínimo 800 eur, IVA restauração 3%, IVA utilities 3%.
Reposição de feriados e mais uns 4 ou 5 dias extra.
Função pública só trabalha 30 horas.
Reposição de salários e mais um aumento de 5%.
E umas quantas coisas fofinhas nessa linha.

Suportado em crescimentos de 8% ao ano.

O PCP e o BE tinham tomates para chumbar?

Certamente que veriam para lá desse denso nevoeiro neoliberal e chumbariam na mesma.

Não. Diriam antes que esses planos não foram apresentadas antes das eleições...  ;D
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1041 em: 2015-10-27 00:28:29 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

Mas falta o essencial. O acordo. Por escrito. E o prazo temporal do mesmo. E saber o PCP está "dentro" ou "fora" (dúvida que para muitos continua a ser o cerne do problema). E saber o que significa "acordo sólido" no dicionário do Costa (que disse que não colocaria entraves a uma governação de direita se não obtivesse uma coisa dessas à esquerda). Falta, em suma, o sangue para fazer deste governo uma galinha de cabidela (pun intended).
« Última modificação: 2015-10-27 00:29:26 por Jsebastião »
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Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1042 em: 2015-10-27 00:36:18 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L
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Zel

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1043 em: 2015-10-27 00:47:25 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

o mais eficiente eh mesmo uma ditadura, concordo com o lark

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1044 em: 2015-10-27 00:52:18 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

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o mais eficiente eh mesmo uma ditadura, concordo com o lark

deve ser de mim, mas hoje não te consigo perceber...

L
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1045 em: 2015-10-27 00:53:54 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

Evidente para muito pouca gente. Vê o que está escrito para trás, quer por participantes aquo no fórum, quem pela Comunicação Social, comentadores, Opinion Makers (ainda existem?),etc. Os cenários possíveis eram muitos e os focos de incerteza só se foram dissipando a cada nova interacção (a cada passagem da bola para o campo contrário). Logo após o discurso do Cavaco, houve quem vaticinasse que o governo iria ser de gestão (O Paulo Tavares na TSF, e o Miguel Sousa Tavares disse no Expresso deste FDS que tem poucas dúvidas sobre isso).

Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento. Tinha piada agora os seguristas darem um último ar da sua graça...
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1046 em: 2015-10-27 01:03:50 »
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

Evidente para muito pouca gente. Vê o que está escrito para trás, quer por participantes aquo no fórum, quem pela Comunicação Social, comentadores, Opinion Makers (ainda existem?),etc. Os cenários possíveis eram muitos e os focos de incerteza só se foram dissipando a cada nova interacção (a cada passagem da bola para o campo contrário). Logo após o discurso do Cavaco, houve quem vaticinasse que o governo iria ser de gestão (O Paulo Tavares na TSF, e o Miguel Sousa Tavares disse no Expresso deste FDS que tem poucas dúvidas sobre isso).

Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento. Tinha piada agora os seguristas darem um último ar da sua graça...

para mim já é evidente desde o princípio.

O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1047 em: 2015-10-27 01:07:03 »
Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento.

acho que não é uma moção de rejeição.
é logo na apresentação / votação do programa de governo.
é logo rejeitado e o governo cai imediatamente.

L
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I. I. Kaspov

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1048 em: 2015-10-27 02:00:40 »
E há alguma obrigação de um programa de governo ser sujeito a votação?
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1049 em: 2015-10-27 02:09:31 »
E há alguma obrigação de um programa de governo ser sujeito a votação?

sim. é a primeira coisa  a fazer.
apresentar o programa e pedir a aprovação dos deputados.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1050 em: 2015-10-27 02:25:23 »
Não parece ser isso que a Constituição diz:

a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo;
e)
 Votar moções de confiança e de censura ao Governo;»

«Artigo 162.º
(Competência de fiscalização)
Compete à Assembleia da República, no exercício de funções de fiscalização:
a)
 Vigiar pelo cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os actos do Governo e
da Administração;
b)
 Apreciar a aplicação da declaração do estado de sítio ou do estado de emergência;
c)
 Apreciar, para efeito de cessação de vigênc
ia ou de alteração, os decretos-leis,
salvo os feitos no exercício da competência
legislativa exclusiva do Governo, e os
decretos legislativos regionais previs
tos na alínea b) do n.º 1 do artigo 227.º;
d)
 Tomar as contas do Estado e das demais entidades públicas que a lei determinar,
as quais serão apresentadas até 31 de Dezembro do ano subsequente, com o parecer
do Tribunal de Contas e os demais elementos necessários à sua apreciação;
e)
 Apreciar os relatórios de execução dos planos nacionais.
Artigo 163.º
(Competência quanto a outros órgãos)
Compete à Assembleia da República, relativamente a outros órgãos:
a)
 Testemunhar a tomada de posse do Presidente da República;
b)
 Dar assentimento à ausência do Presidente da República do território nacional;
c)
 Promover o processo de acusação cont
ra o Presidente da República por crimes
praticados no exercício das suas funções
e decidir sobre a suspensão de membros do
Governo, no caso previsto no artigo 196.º;
d)
 Apreciar o programa do Governo;
e)
 Votar moções de confiança e de censura ao Governo;
f)
 Acompanhar e apreciar, nos termos da
lei, a participação de Portugal no processo de
construção da união europeia;
g)
 Eleger, segundo o sistema de represent
ação proporcional, cinco membros do
Conselho de Estado e os membros do Conselho Superior do Ministério Público que lhe
competir designar;
h)
 Eleger, por maioria de dois terços do (...)»

https://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/constpt2005.pdf
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1051 em: 2015-10-27 02:30:34 »
a primeira coisa é submeter o programa de governo à aprovação da assembleia.
é, na prática, uma moção de confiança. se rejeitada, provoca a queda do governo, na hora.

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1052 em: 2015-10-27 02:33:58 »
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!
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Jsebastião

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1053 em: 2015-10-27 10:03:22 »
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!

Parece uma mera questão burocrática/formal. Na prática, com mais ou menos passos (coelho... haha) , vai dar ao mesmo, visto que a queda do governo depende directamente da "apreciação" do programa.

Fiquei curioso para ver como se processa a coisa.

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McKricas

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1054 em: 2015-10-27 10:17:59 »
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.

-----

O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.


zAPPa

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1055 em: 2015-10-27 10:23:41 »
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!

É verdade o programa de governo é apenas apresentado.

Porém a oposição pode, e é o que julgo que vai acontecer, apresentar uma moção para a rejeição do programa de governo que ao ser votada positivamente obriga à demissão do mesmo.
Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

Automek

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1056 em: 2015-10-27 10:30:51 »
Citar
Artigo 192.º
(Apreciação do programa do Governo)
1. O programa do Governo é submetido à apreciação da Assembleia da República, através de
uma declaração do Primeiro-Ministro, no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação.
2. Se a Assembleia da República não se encontrar em funcionamento efectivo, será
obrigatoriamente convocada para o efeito pelo seu Presidente.
3. O debate não pode exceder três dias e até ao seu encerramento pode qualquer grupo
parlamentar propor a rejeição do programa ou o Governo solicitar a aprovação de um voto de
confiança.
4. A rejeição do programa do Governo exige maioria absoluta dos Deputados em efectividade
de funções.

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1057 em: 2015-10-27 12:07:00 »
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

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« Última modificação: 2015-10-27 12:08:17 por Lark »
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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1058 em: 2015-10-27 12:12:58 »
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

L

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.

Lark

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Re: Parlamento sem maioria absoluta
« Responder #1059 em: 2015-10-27 12:21:31 »
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

L

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.

se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

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