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Autor Tópico: O estado social daqui a 25 anos.  (Lida 2007 vezes)

Vanilla-Swap

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O estado social daqui a 25 anos.
« em: 2015-06-18 17:09:26 »
Se neste momento somos um pais idoso e então como tratamos nós a maioria das pessoas idosas? Se por um lado eles recebem pouco dinheiro e o gastam em medicamentos e ainda sobra algum dinheiro para pagar no lar à outros casos que o dinheiro que sobra vai para os filhos desempregados.
Este sistema atual assenta nos filhos, mas no futuro daqui a 25 anos a estrutura familiar é bem diferente se por um lado o dinheiro recebido pelas reformas é baixo e tem se gastar em medicamentos o dinheiro que sobra os filhos ou não existem ou estão fora emigrados.
Eu penso que estes anos que passamos foram duros baixa natalidade e alto envelhecimento da população e medicamentos caros.
No futuro temos que lutar por centros de recolhimentos de idosos baratos, medicamentos mais baratos e acessibilidade a profissionais de saúde baratos e disponíveis.
 

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #1 em: 2015-06-18 17:17:15 »
Já quem trabalha ou investe nos centros de recolhimento irá lutar por centros de recolhimento mais caros.

Quem faz ou vende medicamentos irá lutar por medicamentos mais caros.

E os profissionais de saúde irão lutar por melhores salários e menor disponibilidade.

 :D

É tudo relativo.

--------

A única forma de satisfazer os dois lados é "maior produtividade".
« Última modificação: 2015-06-18 17:17:37 por Incognitus »
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Vanilla-Swap

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #2 em: 2015-06-18 17:25:15 »
Não se deixarmos desaparecer as peças do xadrez.
1 - Os centros de acolhimento podem ser construídos ou que já existem ser remodelados.
2 e 3 - Não deixar fugir profissionais de ciências farmacêuticas e profissionais de saúde.

O custo dos profissionais de saúde devem ser os mais caros daqui a 20 e 25 anos porque a maioria das profissões pode -se tirar via internet já o caso dos profissionais de saúde têm de ter contacto com o doente e ficam caros para o estado e sobretudo para as famílias que pagam.

Vanilla-Swap

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #3 em: 2015-06-19 12:34:34 »
Este problema do estado social a Europa devia criar linhas prioritárias nomeadamente a investigação de medicamentos e não deixar esta cair sobe os estados, dado aqueles que têm excedentes comercias podem dedicar -se à investigação enquanto os estados mais pobres têm de aumentar a sua divida para investigar.

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #4 em: 2015-06-19 13:01:30 »
Este problema do estado social a Europa devia criar linhas prioritárias nomeadamente a investigação de medicamentos e não deixar esta cair sobe os estados, dado aqueles que têm excedentes comercias podem dedicar -se à investigação enquanto os estados mais pobres têm de aumentar a sua divida para investigar.

As coisas não funcionam assim.
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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #5 em: 2015-06-19 13:13:58 »
Andamos a formar técnicos de farmácia para as empresas farmacêuticas estrangeiras, as famílias gastam na formação de técnicos o estado gasta para manter esses cursos, e não há retorno.

Talvez a única solução é criar o crédito para estudantes, assim com dinheiro emprestado as famílias não gastam e o estado cobra impostos aos bancos.
E depois se arranjarem emprego pagam ao pais que lhe deu formação.

D. Antunes

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #6 em: 2015-06-19 23:32:55 »
Se emigrarem torna-se difícil cobrar o empréstimo.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #7 em: 2015-06-20 21:08:20 »
Citar
Bagão Felix: "Problema da Segurança Social não é a demografia. É o desemprego!"

Dizer que o nosso sistema de pensões é insustentável "carece de demonstração", afirma. As contas da Segurança Social explicadas por um dos maiores especialistas na matéria

O sistema público de pensões é insustentável?

Afirmações dessas são muito categóricas e carecem de demonstração. Razões sobretudo demográficas, económicas e de amadurecimento do sistema levam a que o regime previdencial tenha acrescidas dificuldades, isso é indiscutível. Agora, não gosto desta coisa de passar a certidão de óbito da Segurança Social (SS) com um ar de postulado ou axioma. Em 1997, o Livro Branco da Segurança Social previa o início do colapso do sistema no ano de 2015. Essa previsão era feita com as seguintes hipóteses macroeconómicas: crescimento do PIB a 2% (algo que praticamente ainda não tivemos neste século) e taxa de desemprego a oscilar entre 4,5% e 5% (coisa que é pura utopia). E, mesmo assim, o colapso começaria em 2015.

Mas isso não aconteceu...

Não. Apesar do desemprego ser muito mais elevado e a produção de riqueza muito mais diminuta. E não aconteceu porque se tomaram medidas de alteração de parâmetros: a idade de reforma, o fator de sustentabilidade (há 30 anos, a esperança média de vida aos 65 anos era de cerca de 14 anos mais, e agora é de cerca de 19 anos mais), a convergência das pensões, a consideração de toda a carreira contributiva para a formação da pensão, a penalização de reformas antecipadas, etc.

No entanto, nos últimos anos, com a crise, o dinheiro das contribuições da Taxa Social Única (TSU) não tem chegado para pagar as pensões...

Essa é a questão mais pertinente. Tem-se falado do efeito da demografia. Os velhos agora são mais caros porque vivem mais tempo? O que é isto? Queremos produzir uma eutanásia social? É verdade que nascemos menos e sobretudo vivemos mais tempo, o que é ótimo, é um avanço civilizacional. Mas, aí, as medidas de que falei fazem um ajustamento automático, é uma questão algébrica. O problema é a economia. Primeiro porque sendo a Segurança Social um sistema de distribuição de riqueza, depende da criação da riqueza. Se o bolo diminui ou não aumenta como deveria aumentar, há dificuldades. Sobretudo por causa do desemprego. Não se deveria usar o rácio de dependência de ativos sobre reformados. Os ativos são constituídos por empregados e por desempregados. O rácio devia ser empregados sobre reformados.

E ainda assim as contas da Segurança Social não lhe mostram que esta é insustentável...

Não, não me mostram. A certa altura é uma moda falar-se da insustentabilidade do sistema de Segurança Social. Porque é que ninguém fala da sustentabilidade ou insustentabilidade do sistema de saúde? Que, aliás, é muito mais gravoso, porque vive-se mais tempo e há mais patologias na velhice. Ou do sistema de justiça? Porque a SS baseia-se em prestações monetárias, em dinheiro transferido. Ao passo que a educação, a saúde e a justiça baseiam-se em atividades. Portanto a ideia da sustentabilidade, nestes casos, é mais difusa. Curiosamente, fala-se da insustentabilidade da SS, que é o único sistema que tem um fundo de reserva. Não é que seja muito, são cerca de 14 mil milhões de euros, mas dá para mais de um ano de pensões. Algum outro sistema em Portugal tem um fundo destes? Não tem. Em Espanha, o fundo cobre pouco mais de 6 meses de pensões.

Qual é o peso dos desempregados nas contas?

Os desempregados têm três consequências gravosas para a Segurança Social. Primeiro, o pagamento de prestações [subsídio de desemprego], que anda à volta dos €2,7 mil milhões. Segundo, uma pessoa desempregada não desconta para a TSU - nem ela nem o patrão - e não paga IRS. Mas, atenção, que os desempregados subsidiados são metade dos desempregados. O que significa que é preciso somar todos na perda de receitas, o que andará à volta de €4 mil milhões. Terceiro, em Portugal, quando a pessoa está desempregada ou doente, não tem descontos, não tem salário, mas, para efeitos da sua pensão de velhice, existe o chamado princípio de equivalência contributiva, o que é corretíssimo. É como se estivesse a descontar. Cálculos por alto, isso significa que o Estado está a gerar responsabilidades futuras, com os desempregados, de um valor que não recebe, que será de €1,1 mil milhões. Ou seja, no total serão €7,8 mil milhões. Este é o principal fator de estrangulamento da Segurança Social, não há outro. Qual demografia?! É o desemprego!

Há equívocos nas contas da Segurança Social?

Em primeiro lugar, do lado das receitas tem de se considerar o IVA social (2 pontos percentuais) porque este surgiu precisamente para financiar prestações do sistema previdencial e contributivo. Depois, as transferências para o Fundo de Estabilização aparecem como despesa, o que não faz sentido nenhum. É como se uma pessoa fizesse um depósito a prazo e considerasse o que punha de parte como despesa e não como investimento para poupança. ?A seguir, as pensões, atualmente, pagam o mesmo IRS que outro tipo de rendimento. Ora, para se perceber se a SS é sustentável ou não, deveria considerar-se apenas a pensão líquida de IRS. Finalmente, nas pensões do regime previdencial contributivo tem de se retirar a parte não contributiva. Explico: as pensões mínimas têm uma bonificação. Por exemplo, em muitas pensões mínimas de €250, a parte contributiva corresponde apenas a 50 ou 100 euros. Depois, há um complemento social que é dado para se atingir a pensão mínima. Quanto pesa este complemento? Um total de 22,5% das despesas com pensões, ou seja, 3,3 mil milhões de euros. Quando se diz que as pensões do regime contributivo custam €13 mil milhões, tem de se ter em conta que mais de €3 mil milhões correspondem a parte não contributiva, parte essa que é financiada por transferências do Orçamento do Estado e não pela TSU.

Então concluímos que a TSU, afinal, chegar para pagar as pensões...

Pois claro que chega. O sistema previdencial foi sempre superavitário. Só nos últimos dois anos é que tem tido um ligeiro défice por causa do efeito devastador do desemprego, como é óbvio.

E para se fazer face a esse "ligeiro défice", não se tem recorrido ao Fundo de Estabilização?

Nem um tostão. O que acontece é que 2 a 4 pontos percentuais da TSU dos trabalhadores deve ser transferida para o Fundo de Estabilização. Nos últimos dois anos, por causa da crise, essa transferência não tem sido feita.  Ou seja, o Fundo não tem pago nada, só não tem recebido o que devia receber.

As contribuições da TSU andarão à volta dos 14 mil milhões de euros...

... Sim...

E quanto é que o Estado transfere para a Segurança Social?

O Estado transfere €7 mil milhões para os regimes não contributivos (Rendimento Social de Inserção; ação social das IPSS; Complemento Solidário de Idosos, etc.).

Menos do que aquilo que gasta com a Saúde ou com os juros da dívida pública...

Pois claro. Porque a parte mais importante, a do regime previdencial, tem uma receita própria, que é a TSU.

E, afinal, qual é o valor do défice?

Está aqui [e aponta para a conta da SS].  Transferência do Orçamento do Estado para o sistema previdencial: 150 milhões de euros. E estamos com este desemprego! Mas o que é que são €150 milhões num orçamento de 20 e tal mil milhões de euros?

Então porque falou a ministra das Finanças em €600 milhões? 

Não percebo porque é que os €600 milhões têm de ser pagos pela SS e porque é que os pensionistas estão sempre em primeiro lugar nos cortes. É um disparate analisar isto como um problema a curto prazo. Aliás, revela que há insensibilidade de alguns membros do Governo, porque não se pode lançar uma ideia dessas sobre pessoas que já não têm possibilidade de reverter a sua vida, que já têm idades avançadas, algumas doentes, dizendo 'temos de cortar €600 milhões num determinado ano' e não dizendo como. É gélido do ponto de vista humanístico.

Concorda com o uso do dinheiro do Fundo de Estabilização para compra de dívida pública?

Assim como discordei da determinação do Ministério das Finanças deste Governo, para que o fundo pudesse adquirir até 90% dos seus ativos em dívida soberana - o que acho uma intromissão inadmissível, que colide com o princípio fundamental em qualquer gestão de ativos, que é o da diversificação do risco -, discordo agora desta coisa disparatada do PS de aproveitar 10% do Fundo, ou seja, 1,4 milhões de euros, para a reabilitação urbana. O Fundo não é do Estado; é dos pensionistas e dos futuros pensionistas. Isto é a política a entrar em domínios onde não deve entrar.

Que reformas vamos ter no futuro?

Temos de dizer aos jovens, com honestidade, que as suas condições de reforma tendem a ser inferiores às que hoje existem, mas que também não devem colocar os ovos todos no mesmo cesto.

Está a falar do plafonamento. Ainda o defende?

Sim, sou a favor do plafonamento acima de um determinado nível de rendimento. Não tanto por uma questão de equilíbrio do sistema, mas por uma questão ideológica, filosófica, doutrinária; acho que o Estado não deveria preocupar-se com as pessoas a partir de um determinado rendimento. Há contradições em alguns políticos quando dizem que temos de penalizar as pensões douradas e são contra o plafonamento ao mesmo tempo. Havendo plafonamento não há pensões altas.

A existência do plafonamento não vai esvaziar a Segurança Social?

Não. O plafonamento, no início, significa menos receita. Quando as pessoas chegam à reforma, significa menos despesa. Com vantagem para o Estado: o que ganha em pensão, acima de determinado valor, é superior ao que perde em receita.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/bagao-felix-problema-da-seguranca-social-nao-e-a-demografia-e-o-desemprego=f822970#ixzz3ddQQHFeb

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #8 em: 2015-06-20 22:17:40 »
O artigo é mau essencialmente por isto:

Citar
Que reformas vamos ter no futuro?

Temos de dizer aos jovens, com honestidade, que as suas condições de reforma tendem a ser inferiores às que hoje existem, mas que também não devem colocar os ovos todos no mesmo cesto.

A perspectiva ali defendida é:
"O sistema é sustentável para aqueles que recebem agora, e os próximos que se lixem, que se lhes diga que as reformas deles não vão ser tão boas".
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Automek

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #9 em: 2015-06-20 22:59:17 »
Não sei a que ovos se refere porque as contribuições são compulsivas e o sistema é distributivo e não de acumulação.

Aliás, essa questão, sim, é uma fraude. Convinha as pessoas, duma vez por todas, perceberem que não têm nenhuma conta lá na SS, como têm num PPR. Era bom que tivessem, sim, mas infelizmente não é verdade.

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #10 em: 2015-06-20 23:20:14 »
Não sei a que ovos se refere porque as contribuições são compulsivas e o sistema é distributivo e não de acumulação.

Aliás, essa questão, sim, é uma fraude. Convinha as pessoas, duma vez por todas, perceberem que não têm nenhuma conta lá na SS, como têm num PPR. Era bom que tivessem, sim, mas infelizmente não é verdade.

Mas o Bagão compreende claramente que o sistema é distributivo. A "sustentabilidade" que lhe parece interessar é a da distribuição presente. Aparentemente interessa-lhe essa porque ele é recipiente dessa.

A sustentatibilidade futura? Ele já vai avisando que é de dizer aos jovens que as suas reformas serão piores. Ou seja, "eles que se lixem, isto hoje chega não digam que não chega".
« Última modificação: 2015-06-20 23:20:31 por Incognitus »
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Kin2010

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #11 em: 2015-06-23 00:35:38 »
Não sei a que ovos se refere porque as contribuições são compulsivas e o sistema é distributivo e não de acumulação.

Aliás, essa questão, sim, é uma fraude. Convinha as pessoas, duma vez por todas, perceberem que não têm nenhuma conta lá na SS, como têm num PPR. Era bom que tivessem, sim, mas infelizmente não é verdade.

Isso é uma proposta que não prevê solidariedade social nenhuma. Ou seja, cada um recebe só o que descontou. Por contraponto, num sistema que envolva solidariedade, claro que haverá recebedores líquidos e pagadores líquidos. E então? Eu acho isso naturalíssimo.

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #12 em: 2015-06-23 00:43:34 »
Não sei a que ovos se refere porque as contribuições são compulsivas e o sistema é distributivo e não de acumulação.

Aliás, essa questão, sim, é uma fraude. Convinha as pessoas, duma vez por todas, perceberem que não têm nenhuma conta lá na SS, como têm num PPR. Era bom que tivessem, sim, mas infelizmente não é verdade.

Isso é uma proposta que não prevê solidariedade social nenhuma. Ou seja, cada um recebe só o que descontou. Por contraponto, num sistema que envolva solidariedade, claro que haverá recebedores líquidos e pagadores líquidos. E então? Eu acho isso naturalíssimo.

A solidariedade deveria ser implementada através de um nível mínimo igual para todos.

Depois acima disso, seria capitalização.
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Kin2010

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #13 em: 2015-06-23 01:20:26 »
Concordo. Um sistema misto faz sentido. Para pensões médias altas já não se percebe que estejam num esquema de solidariedade, a capitalização pessoal é mais justa.

Já agora, para um sistema de capitalização, cada pessoa faz provavelmente melhor se investir o seu $$ por sua conta e não o entregar ao sistema de SS -- se isso for legal.

 

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #14 em: 2015-06-23 03:26:22 »
Aí também podem coexistir as duas soluções -- quem quiser capitaliza o dinheiro num esquema Estatal, e quem quiser capitaliza entregando a terceiros a gestão ou gerindo ele próprio.

Na componente do esquema Estatal, o Estado tem simplesmente que aplicar na sua própria dívida e reinvestir os rendimentos.
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Moppie85

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #15 em: 2015-06-24 09:39:33 »
Aí também podem coexistir as duas soluções -- quem quiser capitaliza o dinheiro num esquema Estatal, e quem quiser capitaliza entregando a terceiros a gestão ou gerindo ele próprio.

Na componente do esquema Estatal, o Estado tem simplesmente que aplicar na sua própria dívida e reinvestir os rendimentos.


semelhante ao UK.

aqui funciona assim:

trabalhador independente: SS = 9% até aos £42k/ano - acima deste valor é 2%; pensão máx: £116/w , portanto cerca de €750 / mês .

trabalhador dependente: SS = 12% (- 1,2% se descontar tb para um fundo privado); 2% acima dos 4500€/mês); pensao max: £116 || No entanto "The most significant benefit can be employers' pension contributions. If an employer contributes directly to the employee’s pension scheme, no Class 1 NI contributions are payable by either employer or employee. A properly arranged salary sacrifice scheme — where employees accept a lower salary but receive higher pension contributions — offers significant Class 1 NI savings."

Dps existe tb um calculo de crédito sobre a pensão se a pessoa decidir não descontar para o tal fundo de desconto privado (pension scheme) que aumenta o valor semanal a receber.

o empregador paga entre 4% e 13%.


depois tens fundos públicos e privados para os quais podes descontar para capitalizar os teus rendimentos. Vide por exemplo: http://www.sppa.gov.uk/

Tb podes organizar tu a tua reforma, existindo os chamados SIPP, que são isentos de impostos sobre o rendimento.

Incognitus

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #16 em: 2015-06-24 09:52:35 »
É uma coisa lógica. Eventualmente podia ser ainda mais simples, mantendo o objectivo.
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Deus Menor

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Re: O estado social daqui a 25 anos.
« Responder #17 em: 2015-06-24 14:07:21 »
É uma coisa lógica. Eventualmente podia ser ainda mais simples, mantendo o objectivo.

Neste País as ciosas só não se fazem porque não interessa, decreta-se sobre tudo
mas o País vai sempre á falência.

A ideia do "Estado Social" é uma ilusão que convém manter para que o sistema
redistributivo continue em vigor, gerido e manobrado por quem governa, obviamente.