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Autor Tópico: António Costa, novo líder do PS  (Lida 106912 vezes)

Zakk

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #160 em: 2015-03-13 09:09:15 »
Faz sentido,  sim senhor.

É um padrão exibido,
que mostrará se o mercado
está a funcionar bem ou não.

De resto, o descongelamento das rendas
foi uma medida economicamente positiva
que tenderá, realmente, a conter as  rendas
em níveis concorrenciais, embaratecendo,
inclusive, a construção imobiliária.

Qual descongelamento? Do que estás a falar?

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #161 em: 2015-03-13 09:32:34 »
A lei do arrendamento aprovada pelo ministro Assunpção Cristas, claro.

Os novos contratos de arrendamento permitem experimentar
todo o  tipo de aluguer que se sonhe cobrar
que a concorrência se encarrega
de viabilizar o preço médio
vigente.


Desde o  tempo da  I República que se perdeu
essa liberdade - que o regime de Salazar
continuou a impedir.

Se realmente os despejos forem ágeis
o mercado de arrendamento animar-se-á.
Não que vá gerar fortunas, mas
rendimento equilibrado, sim.

Mystery

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #162 em: 2015-03-30 23:22:36 »
agora é que as audiências da RTP1 vão disparar

(não, não é uma montagem - o original está aqui: https://www.facebook.com/SedeNacionalPartidoSocialista/photos/pb.188500147828984.-2207520000.1427749222./966555636690094/?type=1&theater&_fb_noscript=1)
A fool with a tool is still a fool.

Zel

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #163 em: 2015-03-31 00:17:03 »
quem sao esses? sao conhecidos?

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #164 em: 2015-03-31 00:22:52 »
parece que estão a olhar para o profeta.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #165 em: 2015-03-31 09:20:14 »
Que ridículo!

tommy

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #166 em: 2015-03-31 09:33:58 »
A lei do arrendamento aprovada pelo ministro Assunpção Cristas, claro.

Os novos contratos de arrendamento permitem experimentar
todo o  tipo de aluguer que se sonhe cobrar
que a concorrência se encarrega
de viabilizar o preço médio
vigente.


Desde o  tempo da  I República que se perdeu
essa liberdade - que o regime de Salazar
continuou a impedir.

Se realmente os despejos forem ágeis
o mercado de arrendamento animar-se-á.
Não que vá gerar fortunas, mas
rendimento equilibrado, sim.

Cuidado vbm porque com a:
1ª estrofe: vão te chamar perigoso capitalista;
2ª estrofe: perigoso capitalista fascista;
3ª estrofe: bandido capitalista que quer colocar na rua velhinhos e pobres.

(Não sei se te deixam entrar no largo do rato depois de um post desses...boa sorte  :D ;D)

« Última modificação: 2015-03-31 09:34:47 por tommy »

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #167 em: 2015-03-31 09:53:32 »
Não há esse perigo com a lei do arrendamento
porque a concorrência posiciona os alugueres
ao preço médio do mercado, que tende
a ser um ganho modesto.

Quanto aos despejos desumanos,
cumpre ao estado e aos municípios
cuidarem desses casos de assistência.

Não é justo ficar na rua, como
não o é ser-se expropriado
sem compensação.

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #168 em: 2015-04-08 15:17:09 »
Já alguém perguntou ao Ferro Rodrigues o que acha do Costa ter deixado a câmara de Lisboa ?


tommy

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #169 em: 2015-04-18 09:30:12 »
http://observador.pt/2015/04/18/ps-em-dificuldades-financeira-contrai-emprestimos/

Citar
O PS está com o dinheiro nos cofres contado e para isso está a contrair empréstimos junto da banca para fazer face às contas e à campanha eleitoral que se avizinha. Ao Observador, o partido admite as dificuldades causadas pela não devolução do IVA por parte do Governo e pelo diferendo que ainda está no Supremo Tribunal por causa da subvenção para as eleições autárquicas.

    “A não devolução de um valor significativo de IVA por parte da Administração Fiscal, a que os Partidos têm direito e que se confirma situar-se perto de 4,9 milhões de euros, exerce uma óbvia pressão sobre as disponibilidades financeiras do PS, tendo obrigado à contração de empréstimos bancários”, respondeu o PS ao Observador.

O Expresso adianta este sábado que o empréstimo é de 1,5 milhões de euros.

Em causa estão dois processos: um braço de ferro com a Autoridade Tributária e outro com a Assembleia da República que está pendente no Supremo Tribunal Administrativo.

No primeiro, o partido reclama à Autoridade Tributária cerca de cinco milhões de euros de IVA, que não foram pagos a título de reembolso de despesas de campanhas eleitorais. Estão convictos que a interpretação do atual Governo é errada e que, por isso, o Estado deve ao PS por IVA um valor que seria essencial para o equilíbrio das contas anuais. O diferendo arrasta-se há vários anos sobre a matéria de financiamento partidário, até porque no tempo do anterior Governo esta verba era paga. A lei de financiamento partidário diz que os partidos estão isentos de pagamento de IVA no capítulo referente ao financiamento de partidos políticos, mas não fala da isenção de IVA no capítulo referente às campanhas eleitorais. A leitura da Entidade das Contas é que os partidos não têm direito a pedir o reembolso do IVA em matéria de despesas de campanha eleitoral, sob pena de acabarem a lucrar com elas.

O fim deste braço de ferro não parece próximo e nem se sabe se o PS, o único partido que insiste em receber o reembolso de IVA, poderá algum dia contar com esse dinheiro.

No segundo, o partido tem um recurso pendente no Supremo Tribunal Administrativo onde reclama 3,6 milhões de euros de subvenção das eleições autárquicas de 2013. O partido recebeu 13,5 milhões de euros, mas acredita ter direito a 17,1 milhões. Também por uma diferença interpretativa da lei. Todos os restantes partidos, bem como a Presidente da Assembleia da República, têm uma interpretação diferente sobre os efeitos dos cortes introduzidos em 2010 (ainda no tempo do Governo de José Sócrates) e depois em 2013 e, segundo a qual, o PS não teria direito a qualquer acerto. No entanto, em junho, um parecer do conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República deu razão ao PS. Considerou este parecer que o corte de 20% da subvenção pública (em vigor até 31 de dezembro de 2016) não pode ser cumulativo ao corte de 20% já feito pelos partidos no limite de despesas de campanha eleitoral, porque isso daria um corte acumulado de 36%. Mas a aprovação de uma norma interpretativa da lei, apresentada pela maioria PSD/CDS, na Assembleia da República congelou o pagamento e o PS levou o processo para a justiça.  “O PS sustenta uma interpretação dos preceitos legais diferente da da Presidente da Assembleia da República, está a correr os seus termos, não havendo ainda decisão definitiva e executória”, responde o partido às perguntas feitas pelo Observador sobre o caso.

As dificuldades financeiras do partido já vêm do ano passado. Tal como o Observador noticiou em novembro, o passivo do partido já ascendia a 10 milhões de euros. Também o i noticiou o mês passado as dificuldades financeiras do partido. Agora, perante um ano eleitoral pesado, o partido procura outras formas de financiamento. A primeira é a renegociação da dívida com a contração de novos empréstimos. O partido justifica que “os partidos políticos estão hoje legalmente balizados quanto às fontes de receita a que podem recorrer e aos limites de despesa que podem efetuar, pelo que neles se exige uma gestão cuidadosa e atenta aos aspetos financeiros. Como é devido, o PS está neste momento a analisar as necessidades da próxima campanha eleitoral, de forma a que ela possa decorrer nas melhores condições”.


Socialista sem dinheiro no partido ... priceless.  :D

Deus Menor

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #170 em: 2015-04-18 09:32:12 »

Socialista sem dinheiro no partido ... priceless.  :D

O António Costa já foi à China pedir uns patrocínios ... ;D

Vanilla-Swap

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #171 em: 2015-04-18 11:16:22 »
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx?content_id=4518536



O partido pediu um empréstimo de 1,5 milhões de euros para pagar a campanha eleitoral.




A falta de liquidez do PS faz hoje manchete do semanário Expresso, segundo o qual o partido tem uma dívida de 11 milhões de euros à banca que pode levar à hipoteca de sedes.

De acordo com o jornal, o PS pedi um empréstimo à banca para poder pagar a campanha eleitoral, renegociou os juros da dívida que já tinha e está a reavaliar o património que detém um pouco por todo o país.

Há meses que uma boa parte das secções do PS não recebem as verbas que lhes são devidas, pelo que enfrentam dificuldades para fazer face a despesas correntes, como o pagamento de rendas, água ou luz.

O secretário nacional do PS para a Administração, Luís Patrão, admite ao Expresso que o partido "enfrenta uma situação orçamental exigente", pelo que as medidas adotadas "não são mais do que medidas de boa gestão, aplicáveis a qualquer instituição ou entidade".
« Última modificação: 2015-04-18 11:17:48 por Vanilla-Swap »

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #172 em: 2015-04-18 13:59:07 »
E são este gajos, que nem o partido sabem gerir, que querem governar Portugal.

Zel

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #173 em: 2015-04-21 17:27:21 »
estive a ver as propostas dos "economistas do PS". lol

basicamente assentam todas num grande pressuposto "tecnico": crescimento economico medio de 2.6% durante o mandato. porque tanto? porque sim, porque acreditam no pais. heheh
mas depois ja no governo vao culpar "a conjuntura internacional desfavoravel", vao ver... isto faz lembrar a famosa reforma do socrates da seguranca social, que ia salvar o sistema para sempre
mas poucos anos depois teve de ser revista. a razao foi a mesma, os pressupostos do crescimento eram absurdos.

portanto o jogo eh mentir, mentir, mentir ate ser eleito

Zel

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #174 em: 2015-04-21 17:29:00 »
o costa na comunicacao ao pais sobre o documento ate disse "o estudo prova que eh possivel o pais crescer muito mais "
 
como eh que um estudo prova que eh possivel crescer 2,6% ? uma mentira descarada.
« Última modificação: 2015-04-21 19:52:22 por Neo-Liberal »

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #175 em: 2015-04-21 19:48:29 »
Vou tentar só ler a p. 92 e a 95 - o gráfico do PIB a crescer de 172.5 MM€
para 185 (cenário base) a 190 MM€ (cenário final); o orçamento público
e a balança de pagamentos, o mercado de trabalho e a taxa de aforro.

O que é o cenário base? e o final?

Incognitus

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #176 em: 2015-04-21 23:59:57 »
O documento do PS tem tiradas fantásticas, como cenários de subida de crescimento e inflação em que os juros Portugueses baixam ainda mais por causa dos spreads menores ... então eles acham que as taxas lá fora vão continuar próximas dos 0% se a inflação conseguir ir sustentadamente para 2%?
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zel

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #177 em: 2015-04-22 00:08:40 »
O documento do PS tem tiradas fantásticas, como cenários de subida de crescimento e inflação em que os juros Portugueses baixam ainda mais por causa dos spreads menores ... então eles acham que as taxas lá fora vão continuar próximas dos 0% se a inflação conseguir ir sustentadamente para 2%?

sera uma vergonha se a nossa imprensa nao desmacarar aquilo
« Última modificação: 2015-04-22 03:03:45 por Neo-Liberal »

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #178 em: 2015-04-22 09:05:07 »
Juros reais negativos durante quatro anos,
é assim tão inédito ou impossível?

Como julgam 'vocês'
que se pagam dívidas impagáveis?

karnuss

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #179 em: 2015-04-22 11:15:29 »
https://rcag1991.wordpress.com/2015/04/21/ps-em-vez-de-cofres-cheios-bolsos-cheios/

Citar
PS: em vez de cofres cheios, bolsos cheios

(Pedro Santos Guerreiro, in Expresso Diário, 21/04/2015)


Queriam uma política de esquerda, anti-troika e centrada nos trabalhadores? Ei-la, apresentada por um grupo de economistas no Largo do Rato. Nunca o PS foi tão diferente do PSD. Depois disto, António Costa e Passos Coelho nunca poderão estar no mesmo governo.
Um grupo de economistas ligados ao PS acaba de fazer um conjunto de propostas económicas que é fácil de perceber: é o contrário da política económica atual. Propõe dar a volta ao mundo no sentido oposto ao de Passos/troika para chegar aos mesmos antípodas: prosperidade com equilíbrio das contas públicas.


Este texto é uma primeira análise ao conjunto de medidas, não se debruça sobre cada medida em si, exercício que faremos de seguida mas que exige mais tempo, estudo e contraditório. Mas o que foi apresentado por Mário Centeno tem uma enorme vantagem: é claro e é diferente. Vamos deixar de discutir a frase de Costa ou o caso de Passos, vamos poder falar de políticas públicas. E vamos ter material para analisar muito além do que PS e PSD dirão um do outro: o PSD dirá que o PS voltou ao delírio que nos levará de novo ao descalabro; o PS dirá que o PSD nos trouxe a um beco sem saída de empobrecimento e desigualdade.

Os economistas caucionados pelo PS não propõem apenas acelerar o fim da austeridade, propõem acabar com a política que a troika impôs a Portugal e que o governo de Passos Coelho acolheu, por nela acreditar. Como escrevia Helena Garrido ontem no Negócios, para os economistas é agora fácil perceber a diferença entre PSD e PS: o PSD tem uma política do lado da oferta (promover a concorrência de modo a aumentar a competividade das empresas), o PS tem uma política do lado da procura (aumentar o rendimento disponível). Mas as diferenças vão muito além disso.

Onde a troika quis um choque de competitividade, os economistas do PS querem um choque de rendimento.

Onde a política do governo favoreceu as empresas para fomentar a competitividade, a política dos economistas do PS favorece os trabalhadores por razões sociais e de rendimento.

Onde o governo baixou o IRC, os economistas do PS baixam o IRS.

Onde o governo aumentou o IVA para a restauração, o PS aumenta o imposto sucessório.

Onde Passos Coelho quis o equilíbrio das contas públicas pela redução da despesa do Estado, cortando salários públicos e pensões, os economistas do PS defendem a devolução mais acelerada das pensões e dos ordenados do Estado para aumentar o rendimento.

Onde o governo quis a desvalorização interna, o PS quer a revalorização salarial.

Onde a troika quis a redução dos salários na economia (com descida da remuneração das horas horas extra e dos feriados, e com os salários dos novos postos de trabalho mais baixos que os anteriores), o PS quer baixar a TSU para os trabalhadores (aumentando o seu rendimento disponível) e também para as empresas (baixando o custos totais de trabalho).

Onde a troika cortou apoios sociais para poupar e por discordar dos “custos de ociosidade” que a subsidiação provoca, os economistas do PS querem dar um complemento salarial pago pelo Estado aos trabalhadores com salários mais baixos.

Onde o governo quis agilizar o mercado de trabalho e baixar os custos de despedimento para que as empresas pudessem reestrutrar-se sem custos que o impossibilitassem, os economistas do PS querem aumentar o valor das indemnizações para dar mais proteção a quem perde o salário.

Onde o governo apostou tudo na competitividade, para atrair o investimento empresarial (estrangeiro, tendo em conta a descapitalização) e um modelo económico assente em empresas exportadoras nos sectores transacionáveis, os economistas do PS reforçam o rendimento das famílias para promover a procura interna e expandir a economia.

A diferença entre estas duas políticas é, diria Vítor Gaspar, enorme. Com o PSD, o Estado “encolhe”. Com o PS, o Estado vai gastar mais do que hoje mas vai também ter mais receitas porque o PIB cresce mais.

Embora se comprometa com metas de dívida e défice orçamental, António Costa acaba de perder a passadeira vermelha para entrar em quatro cidades: Berlim, Bruxelas, Frankfurt e Washington. A troika deve estar aos murros na parede depois de ouvir isto. O governo deve estar preocupado. Porque estas propostas do PS são também eleitoralistas, o que já levou o PSD a assumir um discurso pela negativa. E esse discurso assenta sobretudo no risco colocado sobre as contas públicas.

Esse risco existe. A proposta do PS garante que atinge o equilíbrio das contas públicas de uma maneira completamente diferente. Vejamos: o défice orçamental é uma fração, em que a diferença entre receitas e custos do Estado é dividida pelo PIB. Com a proposta do PS, os custos do Estado disparam. Mas o PIB sobe. E como o PIB sobe, as receitas também sobem (com mais PIB há mais transações, logo cobra-se mais IVA; há mais salários, logo há mais IRS; há menos desempregados, logo há mais gente a descontar e menos gente a receber subsídios; etc.)

Nos próximos dias iremos analisar, proposta a proposta, os riscos e as alternativas propostas pelos economistas liderados por Mário Centeno, um economista muito respeitado no Banco de Portugal – mas que é muito menos de esquerda do que muitos socialistas pensam (o contrato único de trabalho, por exemplo, não é fácil de passar no PS). Mas hoje já podemos analisar isto: o PS e o PSD defendem o contrário um do outro. O “não há alternativa” já não existe para os eleitores. E isso coloca a discussão política num nível completamente diferente.

Onde o PSD defende cofres cheios, o PS propõe bolsos cheios.



Não sei se já alguém aqui deixou, mas aqui está um bom resumo das propostas do PS
http://observador.pt/2015/04/21/programa-do-ps/
« Última modificação: 2015-04-22 11:18:06 por karnuss »