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Autor Tópico: António Costa, novo líder do PS  (Lida 107118 vezes)

Deus Menor

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #180 em: 2015-04-22 11:34:17 »
O PSG faz aqui uma análise bastante objectiva , mas só no plano político.

Todas as propostas do PS se baseiam numa coisa: aumento do consumo.

Esquecem-se que muitas pessoas ainda têm a crise presente, vão retrair-se
do consumo e privilegiar mais a poupança .

Mesmo numa lógica de ciclo de crescimento a desalavancagem de famílias e
empresas ainda não acabou... a própria desalavancagem dos Bancos e País
ainda não terminou.

A maioria das pessoas adoram receitas milagrosas, mesmo sabendo que
é um engodo... e o PS cavalga esse sentimento muito bem.

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #181 em: 2015-04-22 11:37:49 »
Privilegiar o consumo antes do investimento é mesmo para enterrar a balança comercial novamente. Os nossos fornecedores estrangeiros agradecem.

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #182 em: 2015-04-22 12:00:56 »
O Observador já tem uns links bons de resumo:
http://observador.pt/2015/04/21/programa-do-ps/

Incognitus

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #183 em: 2015-04-22 12:21:34 »
Juros reais negativos durante quatro anos,
é assim tão inédito ou impossível?

Como julgam 'vocês'
que se pagam dívidas impagáveis?

Impossível não é, então se até já existem taxas nominais negativas.

Mas contar com eles é uma coisa brutal na mesma. Como seria contar com taxas nominais negativas.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Incognitus

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #184 em: 2015-04-22 12:28:54 »
https://rcag1991.wordpress.com/2015/04/21/ps-em-vez-de-cofres-cheios-bolsos-cheios/

Citar
PS: em vez de cofres cheios, bolsos cheios

(Pedro Santos Guerreiro, in Expresso Diário, 21/04/2015)


Queriam uma política de esquerda, anti-troika e centrada nos trabalhadores? Ei-la, apresentada por um grupo de economistas no Largo do Rato. Nunca o PS foi tão diferente do PSD. Depois disto, António Costa e Passos Coelho nunca poderão estar no mesmo governo.
Um grupo de economistas ligados ao PS acaba de fazer um conjunto de propostas económicas que é fácil de perceber: é o contrário da política económica atual. Propõe dar a volta ao mundo no sentido oposto ao de Passos/troika para chegar aos mesmos antípodas: prosperidade com equilíbrio das contas públicas.


Este texto é uma primeira análise ao conjunto de medidas, não se debruça sobre cada medida em si, exercício que faremos de seguida mas que exige mais tempo, estudo e contraditório. Mas o que foi apresentado por Mário Centeno tem uma enorme vantagem: é claro e é diferente. Vamos deixar de discutir a frase de Costa ou o caso de Passos, vamos poder falar de políticas públicas. E vamos ter material para analisar muito além do que PS e PSD dirão um do outro: o PSD dirá que o PS voltou ao delírio que nos levará de novo ao descalabro; o PS dirá que o PSD nos trouxe a um beco sem saída de empobrecimento e desigualdade.

Os economistas caucionados pelo PS não propõem apenas acelerar o fim da austeridade, propõem acabar com a política que a troika impôs a Portugal e que o governo de Passos Coelho acolheu, por nela acreditar. Como escrevia Helena Garrido ontem no Negócios, para os economistas é agora fácil perceber a diferença entre PSD e PS: o PSD tem uma política do lado da oferta (promover a concorrência de modo a aumentar a competividade das empresas), o PS tem uma política do lado da procura (aumentar o rendimento disponível). Mas as diferenças vão muito além disso.

Onde a troika quis um choque de competitividade, os economistas do PS querem um choque de rendimento.

Onde a política do governo favoreceu as empresas para fomentar a competitividade, a política dos economistas do PS favorece os trabalhadores por razões sociais e de rendimento.

Onde o governo baixou o IRC, os economistas do PS baixam o IRS.

Onde o governo aumentou o IVA para a restauração, o PS aumenta o imposto sucessório.

Onde Passos Coelho quis o equilíbrio das contas públicas pela redução da despesa do Estado, cortando salários públicos e pensões, os economistas do PS defendem a devolução mais acelerada das pensões e dos ordenados do Estado para aumentar o rendimento.

Onde o governo quis a desvalorização interna, o PS quer a revalorização salarial.

Onde a troika quis a redução dos salários na economia (com descida da remuneração das horas horas extra e dos feriados, e com os salários dos novos postos de trabalho mais baixos que os anteriores), o PS quer baixar a TSU para os trabalhadores (aumentando o seu rendimento disponível) e também para as empresas (baixando o custos totais de trabalho).

Onde a troika cortou apoios sociais para poupar e por discordar dos “custos de ociosidade” que a subsidiação provoca, os economistas do PS querem dar um complemento salarial pago pelo Estado aos trabalhadores com salários mais baixos.

Onde o governo quis agilizar o mercado de trabalho e baixar os custos de despedimento para que as empresas pudessem reestrutrar-se sem custos que o impossibilitassem, os economistas do PS querem aumentar o valor das indemnizações para dar mais proteção a quem perde o salário.

Onde o governo apostou tudo na competitividade, para atrair o investimento empresarial (estrangeiro, tendo em conta a descapitalização) e um modelo económico assente em empresas exportadoras nos sectores transacionáveis, os economistas do PS reforçam o rendimento das famílias para promover a procura interna e expandir a economia.

A diferença entre estas duas políticas é, diria Vítor Gaspar, enorme. Com o PSD, o Estado “encolhe”. Com o PS, o Estado vai gastar mais do que hoje mas vai também ter mais receitas porque o PIB cresce mais.

Embora se comprometa com metas de dívida e défice orçamental, António Costa acaba de perder a passadeira vermelha para entrar em quatro cidades: Berlim, Bruxelas, Frankfurt e Washington. A troika deve estar aos murros na parede depois de ouvir isto. O governo deve estar preocupado. Porque estas propostas do PS são também eleitoralistas, o que já levou o PSD a assumir um discurso pela negativa. E esse discurso assenta sobretudo no risco colocado sobre as contas públicas.

Esse risco existe. A proposta do PS garante que atinge o equilíbrio das contas públicas de uma maneira completamente diferente. Vejamos: o défice orçamental é uma fração, em que a diferença entre receitas e custos do Estado é dividida pelo PIB. Com a proposta do PS, os custos do Estado disparam. Mas o PIB sobe. E como o PIB sobe, as receitas também sobem (com mais PIB há mais transações, logo cobra-se mais IVA; há mais salários, logo há mais IRS; há menos desempregados, logo há mais gente a descontar e menos gente a receber subsídios; etc.)

Nos próximos dias iremos analisar, proposta a proposta, os riscos e as alternativas propostas pelos economistas liderados por Mário Centeno, um economista muito respeitado no Banco de Portugal – mas que é muito menos de esquerda do que muitos socialistas pensam (o contrato único de trabalho, por exemplo, não é fácil de passar no PS). Mas hoje já podemos analisar isto: o PS e o PSD defendem o contrário um do outro. O “não há alternativa” já não existe para os eleitores. E isso coloca a discussão política num nível completamente diferente.

Onde o PSD defende cofres cheios, o PS propõe bolsos cheios.



Não sei se já alguém aqui deixou, mas aqui está um bom resumo das propostas do PS
http://observador.pt/2015/04/21/programa-do-ps/


O pior das propostas do PS é que no curto prazo elas funcionam. E ninguém vai querer saber de mais coisa nenhuma.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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purehawk

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #185 em: 2015-04-22 13:10:48 »
Parece-me que o PS precisa de chegar ao poder como pão p'ra boca.

Está em situação financeira idêntica quando estava em finais de 1995, quando António Guterres ganhou as eleições e Cavaco foi embora.
Na altura falava-se que a sede no Largo do Rato iria ser penhorada, estava uma lástima e precisava de obras.
O PS ganhou as eleições e a sede em poucos meses ficou como nova.

Se o PS não ganhar estas eleições pode muito bem perder a sede no Largo do Rato,
a não ser que os cerca de 40,000 militantes entrem com cerca de 275 euros cada um...

Nesta perspectiva as propostas têm mesmo de convencer o eleitorado a votar PS:

- A restauração já está no papo, com a descida do IVA!
- O imposto sucessório (aparentemente) só atinge uma minoria de alegados "ricos" com heranças acima de 1 milhão de euros (não sabia que com 200 mil contos já se podia considerar-se um "rico"). Isto não resolve os problemas mas atrai eleitorado do PCP e do Bloco... se a proposta mais tarde for alterada para os ricos de 500 mil euros (100 mil contos) melhor ainda...

E como disse José Gomes Ferreira:
"É contraditório: se vamos ter um crescimento de 2,6% então significa que as medidas de austeridade do actual Governo resultaram."


     :)
« Última modificação: 2015-04-23 18:10:00 por purehawk »

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #186 em: 2015-04-22 13:53:08 »
Impossível não é, então se até já existem taxas nominais negativas.

Mas contar com eles é uma coisa brutal na mesma. Como seria contar com taxas nominais negativas.

Enquanto houver desemprego maciço, não há perigo de inflação, só que "eu" (claro, eu, não, mas quem o comprove correcto) recomendaria também incentivos fiscais de cada soberano de país em crise, no sentido de favorecer exportações e substituir importações por produção própria. Entrando a economia em rota de crescimento, restauraria então um módica mas real constrangimento de juro para priorizar os investimentos mais lucrativos.
« Última modificação: 2015-04-22 13:54:15 por vbm »

vbm

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #187 em: 2015-04-22 13:57:21 »
O José Gomes Ferreira,
desde que deixou de clamar
contra as rendas monopolistas
dos vampiros do sistema,

virou 'nulidade à esquerda'.

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #188 em: 2015-04-22 13:58:07 »
Já acenou com aumento das prestações sociais. Logo aí é uma batelada de votos. Acenou com os salários e a sobretaxa do IRS. Outra batelada. Só me admira não terem sido mais agressivos nas pensões e faziam o pleno.

tommy

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #189 em: 2015-04-22 14:14:03 »
Já acenou com aumento das prestações sociais. Logo aí é uma batelada de votos. Acenou com os salários e a sobretaxa do IRS. Outra batelada. Só me admira não terem sido mais agressivos nas pensões e faziam o pleno.

+ pensões; 600 EUR ordenado mínimo; sair da UE e nacionalizar todas as empresas com + de 3 empregados, e já podiam coligar-se ao partido da venezuela e ao totalitário. Maioria absoluta.

Automek

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #190 em: 2015-04-22 14:31:56 »
Isso dava maioria absoluta com 2/3 para poderem rever a constituição à vontade :D

Zakk

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #191 em: 2015-04-22 14:55:49 »

JoCole

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #192 em: 2015-04-22 19:31:14 »
Li no Facebook  :D

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Gosto do imposto sobre heranças. Por exemplo, o PS deveria pagar imposto eleitoral sobre a herança de Sócrates
Meglio vivere un giorno da leone, che cent'anni da pecora

Deus Menor

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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #193 em: 2015-04-22 21:44:34 »
Li no Facebook  :D

Citar
Gosto do imposto sobre heranças. Por exemplo, o PS deveria pagar imposto eleitoral sobre a herança de Sócrates


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Re:António Costa, novo líder do PS
« Responder #194 em: 2015-04-22 22:08:22 »
O José Gomes Ferreira,
desde que deixou de clamar
contra as rendas monopolistas
dos vampiros do sistema,

virou 'nulidade à esquerda'.

Esse é um tipo curioso de ouvir. É tipo para o lado que acorda, ou pa esquerda ou pah direita

Vanilla-Swap

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #195 em: 2015-04-30 19:08:29 »
O problema não são medidas para criar 15 000 postos de trabalho mas medidas para criar 150 000 postos de trabalho.

http://observador.pt/2015/04/30/ps-ja-respondeu-ao-psd-reducao-da-sobretaxa-vai-permitir-criar-15-mil-postos-de-trabalho/

Mystery

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #196 em: 2015-04-30 20:24:02 »
Não são 15 mil nem 150 mil, no cenário macro do PS estão indicados 300 mil empregos até 2019
A fool with a tool is still a fool.

itg00022289

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #197 em: 2015-05-01 01:27:58 »
Citar
No sábado, dia 25 de abril, às 23h58, recebi o seguinte SMS de António Costa:

"Senhor João Vieira Pereira. Saberá que, em tempos, o jornalismo foi uma profissão de gente séria, informada, que informava, culta, que comentava. Hoje, a coberto da confusão entre liberdade de opinar e a imunidade de insultar, essa profissão respeitável é degradada por desqualificados, incapazes de terem uma opinião e discutirem as dos outros, que têm de recorrer ao insulto reles e cobarde para preencher as colunas que lhes estão reservadas. Quem se julga para se arrogar a legitimidade de julgar o carácter de quem nem conhece? Como não vale a pena processá-lo, envio-lhe este SMS para que não tenha a ilusão que lhe admito julgamentos de carácter, nem tenha dúvidas sobre o que penso a seu respeito.
 António Costa"

Confesso que a primeira reação foi a de pensar que era um engano.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/e-a-liberdade-antonio-costa=f922538#ixzz3YqGS2upa

tommy

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #198 em: 2015-05-01 12:23:11 »
Conceito de democracia e liberdade de expressão dos socialistas.  :D

vbm

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Re: António Costa, novo líder do PS
« Responder #199 em: 2015-05-01 13:54:44 »
Para esse Sr. Vieira Pereira ter ficado surpreendido,
a ponto de julgar aquela crítica engano, deve
estar muito convencido que o jornalismo
actual é muito bom!

lolinho
« Última modificação: 2015-05-01 16:40:31 por vbm »