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Autor Tópico: A insolvência do Grupo Espírito Santo  (Lida 87423 vezes)

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #260 em: 2014-10-24 12:21:25 »
Mais uns pormenores

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BES. Salgado quis usar Barroso para influenciar Cavaco e Passos



Braço-direito de Vítor Bento no Novo Banco negociou com os Espírito Santo ser senior adviser da Rioforte por 150 mil euros por mês. Em Abril, delineou um plano de salvação para o GES, que passava por Durão Barroso. Este deveria falar com Cavaco e Passos e colher apoios no Luxemburgo e na Suíça

Aquele que viria ser o futuro braço-direito de Vítor Bento na administração do Novo Banco negociou em Abril com a família Espírito Santo ser senior adviser da Rioforte a troco de 150 mil euros por mês. José Honório, ex-aliado de Pedro Queiroz Pereira, era à data administrador não executivo dos CTT e preferiu ficar nos bastidores a assumir a presidência da Comissão Executiva da holding. E foi nos bastidores que delineou um plano de salvação para o Grupo Espírito Santo (GES) que tinha no centro uma figura: José Manuel Durão Barroso.

“Ele [José Honório] diz que nesta altura não pode assumir directamente a função de presidente executivo. Não conhece o suficiente a empresa. Proponho que fique como senior adviser [da Rioforte]”
Ricardo Salgado

“As condições de remuneração que impõe são pesadas mas ele diz que são inferiores àquelas que ele tinha na Portucel. 150 mil euros vezes 14 meses”
Ricardo Salgado

“Nenhum de nós ganha isso”
Ricardo Abecassis Espírito Santo

“Estamos quase pobres, mas se é preciso investir em alguém com estas qualificações é este tipo e não há outro. Não conheço outro em Portugal”
Ricardo Salgado

De acordo com documentos a que o i teve acesso, a estratégia passava por usar o presidente da Comissão Europeia como veículo de influência junto do primeiro-ministro, do Presidente da República e até na Comissão Europeia, para travar possíveis problemas no Luxemburgo e na Suíça. Ricardo Salgado ficou de ligar no dia 17 de Abril para Durão Barroso. Como o antigo primeiro-ministro deveria sair de Lisboa no dia seguinte, Salgado disponibilizava-se para ir ao seu encontro em Bruxelas.

Durão Barroso não respondeu às questões enviadas pelo i. O i também tentou contactar José Honório mas sem êxito: o telefone tinha um bloqueio de entrada de chamadas activo e o ex-vice-presidente do Novo Banco também não respondeu a um sms.

O plano de salvação que envolvia responsáveis políticos começou a ser tratado por Ricardo Salgado e José Honório antes de 2 de Abril de 2014. Mas só nessa data passou a ser conhecido pelos restantes elementos da família que tinham assento no Conselho Superior do GES. Salgado trazia más notícias do Banco de Portugal: a família deveria ser afastada dos corpos gerentes. “A única condescendência é que haja uma assembleia geral extraordinária depois do aumento de capital do BES. Depois disso teremos de alterar a governação”, contou. Além disso, a tentativa de recapitalização da Espírito Santo Control estava a falhar, previam-se transferências de dívida para a Rioforte e alguns administradores e membros da comissão executiva da holding tinham pedido a demissão. Era “fundamental” alterar a gestão da principal holding do GES centrada nos activos não financeiros, dizia o então líder do BES.

“Portanto a minha sugestão era: juntar-me a vós na qualidade de senior adviser e trabalhar afincadamente para fazer a consolidação. Assim que ela estivesse concluída estaria perfeitamente disponível para assumir a presidência da comissão executiva da Rioforte. É contactar os mercados, ajudar a vossa reputação, porque não há assim contas muito bonitas para se mostrar”
José Honório

“O salário dele é excepcionalmente generoso. Nós aqui à volta desta mesa, pelo menos eu, nunca tive oportunidade de ganhar alguma coisa similar nem de perto. […] E entretanto pedem dinheiro para
aqui e para ali, para fazer aumentos de capital, e a gente só se prejudica”
Ricardo Abecassis Espírito Santo

“A minha solução é: a fama que esta casa tem no mercado é que tem ajudado muita gente desde sempre. Acho que está na altura de cobrar favores. Fazer uma relação das entidades e das pessoas a quem
podem cobrar valores e o montante que podem cobrar”
José Honório

“Para que isto tudo seja possível tem de haver aqui um grande apoio institucional e o descodificar de uma mensagem que é: o que está em causa não é salvar os accionistas do GES, não é salvar o GES, é fazer um ring fence de Portugal. O que está em causa quanto a mim é muito mais do que esta casa”
José Honório

A esta hora, no 14.º andar do edifício do BES virado para a rua Barata Salgueiro, Salgado já tinha um nome em mente: José Honório, o homem que tinha deixado em Fevereiro a liderança da Portucel e todos os cargos que ocupava na Semapa – grupo de um dos maiores inimigos de Ricardo Salgado, Pedro Queiroz Pereira. E apresentou-o assim: “Tenho vindo a ter conversas com ele e ele está a analisar o dossiê da Rioforte. Acho o tipo brilhantíssimo e com uma capacidade de actuação extraordinária. Seria uma pena nós perdermos este homem.”

Como José Honório não queria assumir de imediato a função de presidente executivo da empresa, Salgado propunha que o gestor ficasse como senior adviser da Rioforte. Por um preço  que angustiou alguns membros da família: 2,1 milhões de euros por ano, divididos por 14 meses, além de seguro, carro e eventuais bónus. “As condições de remuneração que impõe são pesadas mas ele diz que são inferiores àqueles que tinha na Portucel”, disse Salgado, para acrescentar logo de seguida: “Estamos quase pobres mas se é preciso investir em alguém com estas qualificações é este tipo e não é outro. Não conheço outro em Portugal.”

José Maria Ricciardi descreveu-o como “muito bom gestor”  mas anteviu um problema: deveria aparecer e assumir o cargo. A Rioforte, afinal, precisava de um peso institucional. “Estando escondido não tem esse peso.” Pedro Mosqueira do Amaral completou, ressentido pelo salário que estava a ser proposto: “Pelo que vai ganhar devia assumir.”

José Honório já tinha o dossiê da Rioforte nas mãos há uns dias. Salgado pegou no telefone e pediu-lhe para dar um salto à Barata Salgueiro. Honório chegou e de imediato apresentou à família uma leitura sobre os problemas da Rioforte. José Maria Ricciardi e Manuel Fernando Espírito Santo ainda tentaram convencê-lo a assumir um cargo de topo na holding, mas Honório recusou. “A minha sugestão era juntar-me a vós na qualidade de senior adviser do conselho e trabalhar afincadamente para fazer a consolidação. Assim que ela estivesse concluída estaria perfeitamente disponível para assumir a presidência da comissão executiva da Rioforte. É contactar os mercados, ajudar a vossa reputação, porque não há assim contas muito bonitas para se mostrar.”

Se o grupo estivesse interessado em  refutar a imagem de que os profissionais se estavam a ir embora e só ficava a família, Honório sugeriu que saísse uma notícia dando conta de que estava a colaborar na reestruturação do grupo. Mas que acabassem aí as informações “lá para fora”.

Jornais como o “Diário Económico” e o “Público” divulgaram então que o ex-líder da Portucel tinha sido contratado como consultor para ajudar na recuperação do GES. Os detalhes sobre as funções que exerceu antes de ser chamado para administrador do Novo Banco, as condições salariais ou os planos que delineou para o grupo não eram até hoje conhecidos. Nem tão pouco que tinha chamado para a estratégia de recuperação do GES altos responsáveis políticos e feito crer à família que estava na hora de o grupo “cobrar favores”.

O plano de Salvação A estratégia de José Honório viria a ser apresentada 15 dias depois, a 17 de Abril de 2014, numa nova reunião do Conselho Superior do GES.

O ex-líder da Portucel começou por apresentar o maior problema: o universo Espírito Santo International (ESI) e Rioforte tinham à data, e em conjunto, um passivo financeiro de 7,6 mil milhões de euros.

Para salvar a situação, Honório propunha, entre outras coisas, que fosse feita uma OPA em dinheiro à Espírito Santo Finantial Group (ESFG) e que a estratégia de alienação de alguns activos da Rioforte – como os hotéis, por exemplo – fosse alargada ao maior número possível de pessoas. Estava na altura de a família chamar quem o banco tinha ajudado. “A fama que esta casa tem no mercado é que tem ajudado muita gente desde sempre. Acho que está na altura de cobrar favores. Fazer uma relação das entidades e das pessoas a quem podem cobrar valores e o montante que podem cobrar”, sugeriu Honório.

Para levar o plano financeiro avante, os esforços técnicos não bastariam. Era preciso recolher um “grande apoio institucional” – seria preciso “ter activos com dívida de 1%”, “fazer swaps” ou “trocas de operações de crédito” com a CGD ou o BCP para não prejudicar os seus rácios de capital – e passar uma mensagem: “O que está em causa não é salvar os accionistas do GES, não é salvar o GES, é fazer um ring fence de Portugal.” O grupo deveria para isso aproveitar o momento em que Portugal estava a negociar uma saída do resgate financeiro da troika, juntando-lhe alguma dose de dramatismo. “O que é que o país não pode ter? Não pode ter o seu maior grupo e o mais emblemático de repente com um problema que ninguém estava à espera que acontecesse. A leitura dos credores internacionais, das agências de rating e de toda a gente é que se isto acontece com a casa mais emblemática de Portugal então as outras hão-de estar muito pior. O efeito sistémico e de cascata pode ter consequências que não conseguiria prever. Estou convencido que Portugal não escaparia a um segundo resgate.”

O apoio institucional, explicaria José Honório à família, seria útil em duas frentes: “a financeira e a legal”. E não valeria a pena começar por baixo. “O maior apoio institucional que esta casa poderia ter seria ter o presidente da Comissão Europeia a perceber o problema”, explicando a José Manuel Durão Barroso “o problema exactamente como ele” era e dizendo-lhe que o que estava em causa não era “ajudar uma família, um grupo, mas preservar Portugal”. A partir desse momento, conquistado o alvo, Durão Barroso deveria interceder a favor do GES como intermediário em Lisboa, junto do primeiro-ministro e do Presidente da República, mas também na Comissão Europeia, para captar apoios que ajudassem a evitar ou resolver problemas do grupo na Suíça e no Luxemburgo.

“Se o presidente da Comissão Europeia entendesse o problema e estivesse na disposição de o resolver seria o maior apoio que esta casa poderia ter para que ele próprio falasse com o Presidente da República, o primeiro-ministro, o governador do Banco de Portugal. Depois o governador teria também de perceber e querer tomar uma posição junto do governo suíço e do Luxembugo. E provavelmente o próprio José Manuel Durão Barroso teria de conseguir alguns apoios na Comissão Europeia para que não acontecesse nada no Luxemburgo nem na Suíça”, disse Honório aos Espírito Santo.

Havia três argumentos que favoreciam a tentativa de conquista de Durão Barroso: o seu mandato na Comissão Europeia estava a terminar, era português e “amigo da casa”. “Ele está no final do seu mandato. Ele gostaria também de sair do seu mandato com a Europa mais ou menos arrumada e que não houvesse uma perturbação maior. Em cima disso ele é português. Em cima disso, e actualmente o mais importante, é amigo desta casa e esta casa é amiga dele.”

José Maria Ricciardi tentou convencer Honório a que agisse nesse plano como “uma espécie de consultor”. Salgado frisou a importância de ter um intermediário “independente” e “respeitado” que passasse a mensagem de que estavam perante um problema sistémico para o país e não familiar. O pretendido senior adviser disponibilizou-se, mas frisou que não estava a par de todos os activos e números do grupo e tinha apenas relações institucionais com o antigo primeiro-ministro.

Salgado não hesitou: o plano tinha de ser posto em prática. “Para pormos em prática o programa temos de falar com o Durão Barroso. Ele está cá hoje e depois vai para fora. De maneira que vou aí pedir uma chamada.” O então líder do BES sugeriu que a aproximação deveria começar com “uma conversa preliminar”, seguida de um guião que deveria ser partilhado por todos os elementos do Conselho Superior e usado com “Durão Barroso, com o Presidente da República, com o Banco de Portugal, o primeiro-ministro.” E até com o vice-primeiro-ministro, sugeriu Honório, “para ter a segurança de que os partidos que estão no poder percebem a situação”. “Se esta casa conseguir que o Durão Barroso tenha uma conversa privada, sem mais ninguém, com o PR e com o primeiro-ministro  a explicar que está muito preocupado esse é o maior apoio que se pode ter”, encerrou José Honório. Salgado ia tentar passar à acção: “Agora ele está cá só hoje e depois vai para fora, por isso se calhar vamos ter de ir lá a Bruxelas.”

Além de Durão Barroso, o i também contactou Cavaco Silva e Passos Coelho na tentativa de perceber se Ricardo Salgado tinha estabelecido contactos para que interviessem a favor do plano de salvação para o grupo. Até à hora de fecho de edição, não obteve respostas.

http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/bes-salgado-quis-usar-barroso-influenciar-cavaco-passos-0/pag/-1

vbm

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #261 em: 2014-10-24 13:35:27 »
«Acho que está na altura de cobrar favores.»
____________________________________________________

E é isto uma estratégia!?

Só um sénior adviser senil, se lembraria
de um esquema-espantalho destes!


Automek

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #262 em: 2014-10-24 13:39:21 »
Gostei da parte do "Estamos quase pobres"

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #263 em: 2014-11-12 09:32:15 »
.....uma das ultimas entrevistas do CEO da Rioforte, no final do ano passado:


http://www.rioforte.pt/empresas/Tivoli_Hotels___Resorts/documentos/Entrevista%20a%20Jo%C3%A3o%20Pena,%20Presidente%20executivo%20da%20Rioforte-%20DE%20-%2027%20Set%202013.pdf


.....activos de 3.000 milhões de euros.......eh.eh....
« Última modificação: 2014-11-12 09:33:52 por Batman »

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #265 em: 2014-11-27 11:40:53 »
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Buscas em casas e escritórios do BES e Grupo Espírito Santo

Cerca de 200 inspetores da Polícia Judiciária estão a efetuar buscas relacionadas com o Grupo e o Banco Espírito Santo. A operação decorre na área da Grande Lisboa, em casas e escritórios, apurou a SIC.

Num total de 60 buscas, em vários edifícios, estão envolvidos cerca de 200 inspetores da Unidade Nacional de Combate ao Crime Económico.

Os investigadores estão na sede do Novo Banco, antigo BES, em Lisboa, desde perto das 10:00. Por lá terá passado também o juiz Carlos Alexandre. Entre os alvos das buscas estarão casas e escritórios de Ricardo Salgado.

A operação está a ser lideradas pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.

Em causa estarão vários crimes, entre ele burla, falsificação de contabilidade, branqueamento de capitais, abuso de confiança e fraude fiscal qualificada.

Em atualização

Kin2010

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #266 em: 2014-11-27 21:01:02 »
Será que alguns ainda vão parar a Évora? ;)

D. Antunes

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #267 em: 2014-11-28 00:03:34 »
Será que alguns ainda vão parar a Évora? ;)

Depois, nos dias em que o almoço na cantina for mau, podem telefonar ao Fialho.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Automek

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #268 em: 2014-11-28 00:23:38 »
Mas, a esta altura, haverá ainda algum papel comprometedor que não tenha sido triturado ou algum ficheiro que não tenha sido apagado ?


Kin2010

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #270 em: 2014-11-30 21:36:41 »
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/gestor_de_falencia_do_esfg_considera_ilegal_resolucao_do_bes_e_quer_extincao_do_novo_banco.html

Na exacta linha das accoes levadas acabo pela ATM.

http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/circulares-internas/318-lesados-bes-foram-distribuidas-duas-accoes-populares-contra-o-estado-novo-banco-e-banco-de-portugal-no-dia-27-de-outubro

http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/319-lesados-bes-esclarecimento-


O gestor da massa falida da ESFG é que está a lançar essa acção. Para ver se os activos do NB ficam associados ao BES e assim os credores da ESFG ainda recebem algum. É uma tentativa de litígio semelhante àquela que levou investores recentes em dívida argentina a pedirem para ser pagos antes dos credores mais recentes.

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #271 em: 2014-12-04 10:20:04 »
....bla, bla......Alexandre.....qu'est ce que tu racontes ???....eh.eh....


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"Nunca tivemos a fotografia completa do que se passava no Grupo Espírito Santo e no BES"

 
 Texto completo:

http://www.publico.pt/economia/noticia/nunca-tivemos-a-fotografia-completa-do-que-se-passava-no-grupo-espirito-santo-e-no-bes-1678315

O presidente do Eurofin, no centro de uma operação polémica com o BES, fala de “situação complexa” no universo Espírito Santo.

CV do Alexandre Cadosch:

Mr. Alexandre Cadosch is the Chairman and Chief Executive Officer of the Eurofin Group, which was founded in December 1999. From July 1990 to December 1999, Mr. Cadosch was Vice President of Gestar SA. Before that, he headed the currencies and precious metals options administrative desk at Tradition Financial Services. Alexandre has over 20 years of experience in the financial industry, during which he developed his expertise in private equity and institutional asset management. In addition to his activities within the Eurofin Group, Mr. Cadosch serves as a Director on the board of several funds and financial companies. He served as the Chairman at Polytech Ventures. He is a graduate of the École Hôtelière de Lausanne and holds a Degree in hospitality management.

http://investing.businessweek.com/research/stocks/private/person.asp?personId=266570675&privcapId=50846674&previousCapId=50846674&previousTitle=Polytech%20Ventures


« Última modificação: 2014-12-04 10:20:51 por Batman »

Luso11

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #272 em: 2014-12-04 13:17:46 »

Só pantominices ... um saco azul de 300Mio€ na língua francesa.

 

vbm

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #273 em: 2014-12-04 15:49:33 »
Dada a 'solidariedade' da "união" europeia,
vai sobrar para o mexilhão!

mig

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #274 em: 2014-12-05 18:23:18 »
Tenho um amigo que têm a poupança de uma vida em papel comercial da rio forte e espart. Recentemente recebeu uma carta a dizer que o problema não é com o banco de portugal e passou a ser com a cmvm.
Adquiriu papel comercial depois de 14 de fevereiro e quando o fez não sabia que o papel comercial estava proibido pelo bdp.
Há a possibilidade de ficar arder?
« Última modificação: 2014-12-05 18:24:31 por mig »

Incognitus

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #275 em: 2014-12-05 18:28:46 »
Há até a probabilidade - a única esperança é ter comprado isso aos balcões do BES.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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mig

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #276 em: 2014-12-05 18:48:04 »
Há até a probabilidade - a única esperança é ter comprado isso aos balcões do BES.

Foi nos balcões do BES. O homem até tinha a poupança em outro banco a gerente fartava-se de lhe ligar a falar nos 2 produtos. a rio forte aplicação mínima era de 100k, segundo a gerente que o convenceu a aplicar o dinheiro era um produto que faziam fila.
Entretanto essa gerente já a mudaram de balcão para outra cidade.
« Última modificação: 2014-12-05 18:49:15 por mig »

Incognitus

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #277 em: 2014-12-05 19:10:27 »
Bem, então tem que ver como está o processo de pagarem o papel comercial a algumas pessoas. Eu não faço ideia, mas pelo menos a probabilidade não é zero.
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Zenith

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #278 em: 2014-12-05 22:00:55 »
Tenho um amigo que têm a poupança de uma vida em papel comercial da rio forte e espart. Recentemente recebeu uma carta a dizer que o problema não é com o banco de portugal e passou a ser com a cmvm.
Adquiriu papel comercial depois de 14 de fevereiro e quando o fez não sabia que o papel comercial estava proibido pelo bdp.
Há a possibilidade de ficar arder?

Essa da data do 14 de Fevereiro é uma coisa que revela bem a mentalidade deo BdP. Até 14 Fev era legal comercializar papel comercial, mas o BdP que decerto já tinha informações indicando que tal não deveria ser comercializado mas nada fezz, fica com má consciência e obriga banco a pagar pela sua inacção do BdP. Em 14 Fev o BdP envia qq coisa para o banco a dizer que tal não deve ser comercializado, mas nunca torna isso público, nem se dá ao trablaho de verificar se instruções estão a ser cumpridas. Banco continua a vender, o que significa que BdP falha na supervisão, mas BdP diz que nada tem a ver!!!. Um cliente normal não tem nenhum conhecimento de que tal está proibido e está a ser vítima de burla pir parte do banco, burla essa possível pelo falhanco do supervisor em assegurar que instruções estão a ser cumpridas. No entanto o BdP (porque tem má consciencia) responsabiliza-se pelos que adquiriram coisas quando do ponto de vista do BdP estavam legais, e manda à fava aqueles que forma vítimas da burla do banco e da falha de supervisão no BdP.
O mais elementar bom senso mandaria que se houvesse distinção entre os investidores pré e pós 14 Fev, os que deveriam ser protegidos seriam os pos 14 Fev que foram factualmente enganados.
Mas ficamos a saber que BdP acha que sua missão é estar descansadinhos nos gabinetes e enviarem umas circulares!!!
Parece que toda a estrutura do BdP estava habituada a um tipo de trabalho universitário acerca de estudos económicos mas sem a maçada de dar aulas e ainda por cima muito melhor pagos, mas qualquer semelhança entre competência do BdP e supervisão é pura coincidência.

johnpotato

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #279 em: 2014-12-05 22:53:41 »
Mas ficamos a saber que BdP acha que sua missão é estar descansadinhos nos gabinetes e enviarem umas circulares!!!
Parece que toda a estrutura do BdP estava habituada a um tipo de trabalho universitário acerca de estudos económicos mas sem a maçada de dar aulas e ainda por cima muito melhor pagos, mas qualquer semelhança entre competência do BdP e supervisão é pura coincidência.

Já diz o ditado (sobre o BdP): quem não te conhece que te compre :D

O caso do BPN é um excelente exemplo da antiga postura do BdP (exemplo: a gente pediu a informação, eles é que não mandaram.) embora ache que mudou um pouco, embora não o suficiente, com o caso do BES. Sinceramente acho que o BdP nunca irá ser capaz de impedir um BES ou BPN.

Quem arrisca a ser expulso de um banco pelo BdP estará sempre mais motivado a fugir ao controlo do BdP do que este estará motivado a exercer controlo. O salário dos funcionários do BdP não depende de evitar desastres enquanto que os outros podem ganhar milhões de euros com qualquer trafulhice.