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Autor Tópico: A insolvência do Grupo Espírito Santo  (Lida 87432 vezes)

Tranquilo

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #200 em: 2014-07-18 13:40:29 »
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...
A Bolsa ou a Vida !? A Vida porque a Bolsa faz-me falta...

Zel

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #201 em: 2014-07-18 13:52:20 »
o tipo que esta a mamar na EDP agora diz que portugal precisa de dinastias empresariais

nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes

Tranquilo

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #202 em: 2014-07-18 13:55:31 »
...
nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes

inteiramente de acordo.
A Bolsa ou a Vida !? A Vida porque a Bolsa faz-me falta...

vbm

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #203 em: 2014-07-18 15:34:03 »
o tipo que esta a mamar na EDP agora diz que portugal precisa de dinastias empresariais

nao, nao precisamos de nada disso

precisamos eh de um pais que funcione e sem mamoes nem ladroes

Por muito que se 'dispensem' os 'mamões' e os 'ladrões',
eles por aqui e ali continuarão. É preciso tomar em consideração
que se um indivíduo industriosamente produz bens e utilidades
esse produto é dele e não de outrem. Este é o fundamento
do direito de propriedade. Se abolido, não há sociedade,
apenas uma ditadura sobre os cidadãos.


Ora, todo e qualquer proprietário que não utilize
o bem de que é dono e antes o ceda a outrem
para dele fazer uso, seja enquanto meio
de produção ou bem de consumo,
ou o vende ou o aluga, e

de direito
aufere uma renda de tal empréstimo.


Ou seja, não trabalha, não produz,
'mama', é rentista, quem lhe paga
é quem produz e obtém rendimento,
de que, uma parte, remunera
o proprietário de capital,
poupado, ganho por
produção, roubo,
ou herança.


Todas as formas de arrendamento, de juro, de royalties,
de direitos de autor, de mais-valia de transmissão
de bens por apreciação de good-will, etc.
são rendimentos de capital retirados
do lucro dos produtores.

A expressão pejorativa de 'mamões'
até é bastante adequada se o juro
ou aluguer for bem superior
à da taxa de juro média
do mercado do dinheiro.

Mas, rentistas é o que todos
são, mesmo os que pouco 'mamem'.

Umbeluzi

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #204 em: 2014-07-18 19:09:12 »
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...

Sim, à partida é de acreditar que alguém com capacidade empresarial renasça pela segunda vez.

No entanto, os motivos são diferentes, o que poderá tornar mais lento e mais difícil. Da 1ª vez foram motivos exteriores e que a família não controlava (questões políticas, nacionalizações, prisões, etc). Isso permitiu-lhes a ajuda de nomes influentes da finança internacional.

Desta vez, o problema resulta de actos de gestão dos próprios, que pela sua dimensão (e não sabemos ainda o resultados das auditorias) poderão ter afetado imenso a credibilidade.

eagle51

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #205 em: 2014-07-18 19:56:29 »
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?

rs_trader

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #206 em: 2014-07-18 20:21:04 »
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?

caramba nao é BESI. Foi a ESI. sao coisas completamente diferentes
Em memória do grande DeMelo: "PQP... gajo chato fdx."

eagle51

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #207 em: 2014-07-18 22:22:56 »
O BESI pediu gestão controlada no Luxemburgo. Na prática, o que se pode esperar disto ?

caramba nao é BESI. Foi a ESI. sao coisas completamente diferentes

limitei-me a escrever o que ouvi nas noticias

Kin2010

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #208 em: 2014-07-18 23:00:44 »
Ontem aconteceu uma coisa interessante: contra a corrente dominante da falência do GES e a queda da família ES, veio Eduardo Catroga afirmar que não se pode dar como 'morta' a família e que esta ainda pode renascer...

Não sei como poderá acontecer, não se vê por enquanto, mas também (contra corrente) acredito que a família poderá renascer.

A ver...

E essa hipótese lançada por Catroga está bem fundamentada. Fala quem está por dentro e sabe. O grande património da família ES não se mede em euros, não fica afectado por insolvências financeiras, pela realidade contabilística-financeira-económica. O grande património que eles têm é a rede de influências altamente colocadas: podemos chamar-lhe compadrios, tráficos de influências, favorecimentos, redes de amigos altamente colocados. Em Lisboa, Cascais, Paris, São Paulo, Miami, Nova Iorque, Luxemburgo -- pelo menos nestes locais. Essa rede de influências é suficiente para produzir o que eu chamaria o Efeito Fénix (não sei se já alguém inventou esta expressão) ou a capacidade para recomeçar do zero e ter grande sucesso mesmo depois de uma falência.

A  forma de produzir uma efeito fénix assim, a forma técnica de o fazer, não é assim tão difícil. Supõe que, depois da falência, a família fica com zero (claro que não fica, mas isto é só para ajudar à discussão). Se depois pedir um empréstimo de 100, e comprar um activo sub-avaliado com esses 100 (e esses "milagres" de comprar coisas sub-avaliadas conseguem-se com os amigos certos nos locais certos a manipularem bens públicos), e se esse activo passados uns anos, em parte devido à sub-avaliação anterior, e em parte devido a alguma melhoria no mercado, passar a valer 300, a empresa vende 1/3 desse activo e paga os 100 que deve, e fica com 200 limpos e sem dívida.

No fundo a saga Espírito Santo no pós 25 de Abril teve exactamente este formato. E a saga Champalimaud e a saga Mello idem idem aspas aspas. Foram a reprivatizações completamente cozinhadas e falseadas para eles comprarem o que cada um preferia sem concorrência a baratinho. Os Credit Agricoles e companhia emprestaram o necessário.




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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #209 em: 2014-07-19 01:29:33 »
Citar
No fundo a saga Espírito Santo no pós 25 de Abril teve exactamente este formato. E a saga Champalimaud e a saga Mello idem idem aspas aspas. Foram a reprivatizações completamente cozinhadas e falseadas para eles comprarem o que cada um preferia sem concorrência a baratinho. Os Credit Agricoles e companhia emprestaram o necessário


....subscrevo por inteiro......eh,..eh...


Citar
O grande património que eles têm é a rede de influências altamente colocadas: podemos chamar-lhe compadrios, tráficos de influências, favorecimentos, redes de amigos altamente colocados. Em Lisboa, Cascais, Paris, São Paulo, Miami, Nova Iorque, Luxemburgo -- pelo menos nestes locais. Essa rede de influências é suficiente para produzir o que eu chamaria o Efeito Fénix (não sei se já alguém inventou esta expressão) ou a capacidade para recomeçar do zero e ter grande sucesso mesmo depois de uma falência.


.....Geneva, Lausanne, Zurich, London, Brussels, Dubai, Singapore, Luanda, Maputo, Cape Town, Dakar, Warsaw, Moscow, Prague, Hongkong, etc, etc....

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #210 em: 2014-07-19 12:26:12 »
Em 74 foram roubados, não foram à falência
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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J_D

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #211 em: 2014-07-19 14:11:49 »
Em 74 foram roubados, não foram à falência

Roubados?? Não digas isso que ainda alguém pensa que és um ES infiltrado.

Os senhores até foram beneficiados porque o processo de reprivatização foi uma fantochada.
Isso das nacionalizações não passa de um equivoco da malta de direita.


« Última modificação: 2014-07-19 16:43:26 por J_D »

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #212 em: 2014-07-19 21:41:58 »
As famílas podem dar o calote e depois renascer, os estados é que têm de pagar com austeridade as dívidas.

Kin2010

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #213 em: 2014-07-20 02:23:57 »
Em 74 foram roubados, não foram à falência

Talvez. Mas o que se sabe hoje da actuação dos ES, dos Champalimauds, dos Mellos, e de vários outros só neste período do pós-74 tem tantas fraudes à mistura que é lícito desconfiar que tiveram actuações semelhantes antes de 74, provavelmente desde muitas décadas ou até séculos antes. Logo, as fortunas que tinham em 74 eram oriundas de processos corruptos. Logo, poder-se-ia argumentar que as nacionalizações não foram mais do que um ladrão roubar a outro...

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #214 em: 2014-07-21 10:16:37 »
Talvez???

Sobre fazer conjeturas como era antes de 74, paralelizando com os actuais governantes, também acho abusivo. Mas é típico em Portugal achar-se que quem ganha dinheiro só o consegue fazer através da corrupção e processos ilícitos.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Kin2010

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #215 em: 2014-07-21 15:22:10 »
Talvez???

Sobre fazer conjeturas como era antes de 74, paralelizando com os actuais governantes, também acho abusivo. Mas é típico em Portugal achar-se que quem ganha dinheiro só o consegue fazer através da corrupção e processos ilícitos.

Sim, é típico. E não será justificado? Não será que essa desconfiança popular em relação à riqueza exprime a sabedoria popular, que observou que as fortunas cá se fazem quase todas com corrupção?

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #216 em: 2014-07-21 15:39:35 »
penso que exprime mais aquela história em que um grupo de pessoas, estando no poço, não permitem que outro consiga sair do mesmo, fazendo tudo para os manter no fundo.
Não fazem por sair do poço e tentam impedir os outros de sair.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #217 em: 2014-07-21 15:48:05 »
Postei isto num topico de politica quando se discutia o 25 de abril, mas aplica-se também aqui nas realções entre governo e poder económico no antes 25 de Abril

Citar
No forum antigo o Reality (acho que agora é o Vanilla) postou o pdf de um livro do M. Caetano (pos 25 de Abril). Li-o e fiquei com uma ideia diferente dele.
Era alguém que tinha um afecto genuíno pelo povo (e por isso ficou tão magoado pelas manifestações de ódio no 25 de Abril que nunca quiz voltar a Portugal), e um desprezo pela burguesia e classe empresarial que ele adjectivava de egoísta, preguiçosa e incapaz de qualquer iniciativa que não fosse apoiada na muleta do estado

jeab

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #218 em: 2014-07-21 15:52:36 »
É típico dos comunas fazer de tudo para derrotar o capital, pois o seu objetivo é substituí-lo por eles próprios. Acenam aos trabalhadores com tudo que estes gostam de ouvir, mais dinheiro e menos trabalho. Só que se esquecem que é o capital que dá de comer a todos. Quem viveu o PREC, sabe bem do que estou a falar.
No dia que eu vir um sindicalista desempregado a pedir insolvência,como infelizmente muitos trabalhadores tiveram que o fazer devido aos sindicatos terem ajudado a fechar empresas, aí começo a acreditar que algo vai mudar neste País .
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

vbm

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Re:A insolvência do Grupo Espírito Santo
« Responder #219 em: 2014-07-21 15:58:01 »
Fui ler a primeira mensagem deste assunto: não é muito antiga! É um artigo de João Rendeiro. No qual, Ricardo Salgado se desculpa por tudo se ter tornado muito complexo no Grupo internacional que dirigia e se recusa ser bode expiatório da crise em que o grupo mergulhou, como o primo pretendeu acusá-lo. João Rendeiro, compreende-o e aceita-o.
« Última modificação: 2014-07-21 16:00:13 por vbm »