Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Krugman et al  (Lida 607182 vezes)

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2060 em: 2015-05-23 20:02:32 »
Regimes and Regressions (Wonkish)

Some people have asked me about the chart in this post on interest rates and their effect: why did I truncate the time period, so as not to include the past couple of decades? I actually did explain my reasoning right there in the post (although I should know by now that careful reading is, let’s say, not a universal skill), but let’s revisit that anyway — and while we’re at it, let me talk about the broader principle involved.

Here’s what I said in the post:

Here’s the inverse of the Fed funds rate versus housing starts during the period when major moves in monetary policy were mainly driven by concerns about inflation (as opposed to bursting bubbles) [emphasis added]

To see what I was talking about, compare the interest-rate housing correlation in the early 1980s with the correlation after 2006 (sorry, you may have to squint a bit):



In the left panel, you see the Fed funds rate seesawing as the Fed tried to grapple with inflation — and you see housing starts move strongly in the opposite direction, plunging when rates rose and soaring when they fell. In the right panel, however, you see housing starts and interest rates moving in the same direction — plunging together. So is there no relationship?

Bad answer. The situations are different in a fundamental way. In the 80s interest rates were being driven by fear of inflation; from the point of view of the housing market, they were more or less endogenous. In the post-2006 period they were being driven largely by the housing bust itself. So the 80s experience was a sort of natural experiment in the effects of rate changes, whereas more recent events are an illustration of reverse causation.

And I’ve been arguing for a long time that there was a regime shift in the late 1980s, that as inflation fears were replaced by the Great Moderation, we entered an era of postmodern recessions in which monetary policy was trying to clean up after bubbles rather than curb inflation.

The point, then, is that when you look for the effects of monetary policy, it’s often important to distinguish between eras when interest rates are a cause and eras when they’re an effect — and it’s not that hard to know which eras we’re talking about.

The same principle applies to fiscal policy. I do a lot of scatterplots over the period from 2009 onward, because that’s the era of panic-driven austerity, when big changes in spending and taxes were a response to fears and arguably exogenous to real GDP. A scatterplot that includes other eras — in particular, eras when the zero lower bound wasn’t binding and governments weren’t worried about bond vigilantes — is not going to give the same result.

Again, we’re looking for reasonable approximations to natural experiments here. Really clean natural experiments are hard to find, but some eras provide better experiments than others.
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2061 em: 2015-05-23 20:05:41 »
Se nos cingirmos aos factos sem considerandos sobre a outra pessoa, o seu humor, pensamentos únicos, cassetes, propagandas, etc, a dificuldade é mínima.

Discutimos factos, estudos e explicações para os mesmos. Em política/economia tem que ser assim.

E ajuda conseguir compreender a outra perspectiva. Coisa que ainda não fizeste, porque recorrentemente dizes coisas sobre a ideologia que abominas que simplesmente não fazem sentido. Como a questão da formação de uma equipa, de um jogo de futebol, do sacrifício pessoal, de seguir este ou aquele, etc.

Basicamente pegas na ideologia que defendes (que implica a existência de uma elite iluminada a decidir pelos outros, daí não ser aceitável cultura via audiências, mercado livre, cada um escolher a escola onde coloca os filhos seja ela privada ou pública, etc) e aplicas uma forma de pensar análoga à ideologia que se te opõe (criando para ela também uma elite iluminada -- está aí o erro).

Mas repara, a ideologia que se te opõe não se te opõe por defender coisas DIFERENTES das que tu defendes. Pelo contrário, opõe-se te somente na medida em que queiras impor o que defendes aos outros (nem que seja por via democrática). Esta parte nunca a compreendeste. Ou seja, ninguém se opõe (por exemplo) a que apoies todas as crianças que optem pelo ensino público ou que apoies todos os artistas que achas devem ser apoiados. O que se opõem é que queiras penalizar as crianças cujos pais escolham uma escola privada (ao mesmo custo) ou as pessoas que queiram ver outros artistas com igual apoio (por espectador).

Será que é desta que compreendes isto?

podia facilmente reclamar que me estás a insultar, o que tens feito repetidamente a mim e a outros, ao insinuar que não tenho capacidade para compreender as coisas.
já foste mais longe até, defininfdo algo como incapcidade cognitiva estrutural.
nunca me queixei.
queixo-me agora.
por favor deixa de usar o insulto 'não compreendes', não consegues compreender', compreendes agora', está bem?

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2062 em: 2015-05-23 20:15:55 »
Não, eu não disse nada de incapacidade cognitiva estrutural. O que eu expliquei nesse caso é diferente. Não se trata de um déficit de capacidade cognitiva e sim da possibilidade de algumas pessoas estarem "wired" para não compreenderem sequer uma possível estrutura diferente da sociedade. Isto não é fácil de explicar. Seria grosso modo como uma pessoa que não vê uma dada cor.

Por exemplo, agora dizes que é um insulto isso da compreensão, etc, mas não me dás sinal nenhum de que tenhas realmente compreendido.

Por exemplo, compreendes que ao nível do sacrifício pessoal, ele é possível tanto no individualismo como no colectivismo? Compreendes que a ÚNICA diferença, é que no colectivismo o sacrifício pessoal pode ocorrer CONTRA a vontade do indivíduo (ou seja, a opção pelo sacrifício do colectivo sobrepõe-se à opção pelo não-sacrifício do individuo). E que no individualismo o sacrifício pessoal ocorre na mesma, mas tem que ser  pela vontade do indivíduo? E que se a vontade do indivíduo estiver alinhada com a do colectivo, as coisas passam-se exactamente da mesma forma?

Compreendes isto? Eu pergunto porque tu NUNCA deste sinal de o compreenderes. E quem diz isto diz muitas outras coisas associadas. Como são coisas extremamente simples, há duas hipóteses:
* Ou uma incapacidade estrutural de o compreender, que não seria por déficit cognitivo e sim pelo fenómeno hipotético que coloquei acima ou;
* Um compreender mas não querer transmitir que se compreendeu para não se comprometer a própria posição.

---------

Sobre aquilo que o cérebro humano é capaz, para não compreender algo óbvio, basta dizer que existe situações em que o cérebro consegue ignorar a perda de um membro (braço, perna) e continuar a actuar e a falar como se o membro estivesse ainda presente.
« Última modificação: 2015-05-23 20:17:15 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2063 em: 2015-05-23 20:23:49 »
Não, eu não disse nada de incapacidade cognitiva estrutural. O que eu expliquei nesse caso é diferente. Não se trata de um déficit de capacidade cognitiva e sim da possibilidade de algumas pessoas estarem "wired" para não compreenderem sequer uma possível estrutura diferente da sociedade. Isto não é fácil de explicar. Seria grosso modo como uma pessoa que não vê uma dada cor.

Por exemplo, agora dizes que é um insulto isso da compreensão, etc, mas não me dás sinal nenhum de que tenhas realmente compreendido.

Por exemplo, compreendes que ao nível do sacrifício pessoal, ele é possível tanto no individualismo como no colectivismo? Compreendes que a ÚNICA diferença, é que no colectivismo o sacrifício pessoal pode ocorrer CONTRA a vontade do indivíduo (ou seja, a opção pelo sacrifício do colectivo sobrepõe-se à opção pelo não-sacrifício do individuo). E que no individualismo o sacrifício pessoal ocorre na mesma, mas tem que ser  pela vontade do indivíduo? E que se a vontade do indivíduo estiver alinhada com a do colectivo, as coisas passam-se exactamente da mesma forma?

Compreendes isto? Eu pergunto porque tu NUNCA deste sinal de o compreenderes. E quem diz isto diz muitas outras coisas associadas. Como são coisas extremamente simples, há duas hipóteses:
* Ou uma incapacidade estrutural de o compreender, que não seria por déficit cognitivo e sim pelo fenómeno hipotético que coloquei acima ou;
* Um compreender mas não querer transmitir que se compreendeu para não se comprometer a própria posição.

---------

Sobre aquilo que o cérebro humano é capaz, para não compreender algo óbvio, basta dizer que existe situações em que o cérebro consegue ignorar a perda de um membro (braço, perna) e continuar a actuar e a falar como se o membro estivesse ainda presente.

acho insultuoso na mesma.
insinuar que não tenho capacidade para compreender certas coisas, que estou 'wired' de alguma forma, é  para mim e seguindo os teus parâmetros de definição de insulto, insultuoso.

concerteza que o raciocínio que estás a expôr não se ressente se o insulto for retirado.
por isso, por favor retira-o.
eu já disse que me vou abster de usar qualquer forma de sarcasmo, ou ironia, porque tu consideras isso insultuoso.
então let's level the playing field e vamos todos abstermo-nos do que o 'outro' considera insultuoso.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2064 em: 2015-05-23 20:27:16 »
concerteza que o raciocínio que estás a expôr não se ressente se o insulto for retirado.
por isso, por favor retira-o.

quando digo 'retira-o' não quero dizer apaga o que escreveste.
estou a  pedir para deixares de o usar.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2065 em: 2015-05-23 20:36:07 »
Eu deixo de o usar se tu regularmente deres um sinal ou de que concordas com aquilo ou que discordas daquilo. Já nem digo compreender. Eu fico sistematicamente na dúvida porque tu não dás feeback nenhum. Fico na dúvida se:
* Compreendeste e não o queres dizer;
* Ou simplesmente não o conseguiste compreender.

Tens que concordar comigo que numa coisa tão incrivelmente simples, tu não dares feedback é uma cena no mínimo estranha. O debate é certamente impossível se em factos mínimos não se consegue chegar a um acordo.
« Última modificação: 2015-05-23 20:37:12 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2066 em: 2015-05-23 20:38:22 »
Eu deixo de o usar se tu regularmente deres um sinal ou de que concordas com aquilo ou que discordas daquilo. Já nem digo compreender. Eu fico sistematicamente na dúvida porque tu não dás feeback nenhum. Fico na dúvida se:
* Compreendeste e não o queres dizer;
* Ou simplesmente não o conseguiste compreender.

Tens que concordar comigo que numa coisa tão incrivelmente simples, tu não dares feedback é uma cena no mínimo estranha. O debate é certamente impossível se em factos mínimos não se consegue chegar a um acordo.

ok

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zel

  • Visitante
Re: Krugman et al
« Responder #2067 em: 2015-05-24 02:19:00 »
(com gritinho americano !)

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13839
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2068 em: 2015-05-24 06:10:05 »
«Basicamente pegas na ideologia que defendes
(que implica a existência de uma elite iluminada a decidir pelos outros,
daí não ser aceitável cultura via audiências, mercado livre,
cada um escolher a escola onde coloca os filhos
seja ela privada ou pública, etc)

e aplicas uma forma de pensar análoga
à ideologia que se te opõe (criando para ela
também uma elite iluminada -- está aí o erro).»

___________________________________________________________________________

Eu sei, aprendi, que no domínio político não se busca propriamente
apurar quem tem razão e quem a não tem, mas sim porquê
e para quê convir um caminho e não outro,
e como o importante é
ser razoável e não
simplesmente
ter razão.

Porém, - levanto a questão -, e se, precisamente,
o que é certo, o que causa progresso histórico
na civilização e felicidade dos povos,
for justamente as sociedades
serem lideradas por
élites iluminadas?

Se esta for mesmo a causa determinante
da evolução progressiva das civilizações
torna-se altamente perniciosa
a 'preferência' por cultura
via audiências,
mercado 'livre'
,
e outras <basbaquices>*
reaccionárias do género!


Mesmo porventura que a verdade esteja
neste caminho crítico - que interrogo
se não será o preferível - mesmo
assim, compreendo e aceito
que no domínio político
realista,

o aconselhável é ser razoável,
agir por um caminho, mas
respeitar o pensar
minoritário
diferente.


(*) Qualifico-a por este ápodo,
para desafiar-lhe a pretensão
de corrente política
maioritária,
determinante,
contente e feliz
consigo própria,
pouco intelectual
e prazenteira com
a vulgaridade reinante!


« Última modificação: 2015-05-24 06:12:13 por vbm »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2069 em: 2015-05-24 10:57:12 »
Se o progresso histórico estiver nesse ponto, vbm, continua a não ser problema pois no contexto de um sistema liberal que impõe as regras necessárias para não existirem conflitos com vítimas inocentes, podes ter depois sistemas de pertença voluntária com regras mais estritas e elites mais iluminadas.

Só se o progresso estivesse todo concentrado em forçar quem não quer ser forçado é que tinhas um problema. Isso não é realista.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13839
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2070 em: 2015-05-24 11:14:28 »
Erigir audiências ignaras
a determinar como governar
é problema e grande!

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2071 em: 2015-05-24 11:21:48 »
Erigir audiências ignaras
a determinar como governar
é problema e grande!

O que eu acho mais difícil é alguém querer ser governante para depois impor um sistema que lhe retira a si próprio poder de decisão, transferindo-o para a população, organizações voluntárias, etc.

É difícil ter-se a característica de perseguir poder e depois ter-se simultaneamente a característica de o delegar.

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2072 em: 2015-05-24 13:15:11 »
Já agora, o Chile é um país interessante pois combina políticas económicas liberais com uma implementação Estatal correcta e anti-cíclica do Keynesianismo.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13839
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2073 em: 2015-05-25 12:31:36 »
O que eu acho mais difícil é alguém querer ser governante para depois impor um sistema que lhe retira a si próprio poder de decisão, transferindo-o para a população, organizações voluntárias, etc.

É difícil ter-se a característica de perseguir poder e depois ter-se simultaneamente a característica de o delegar.

Isso não é difícil nem penoso
com chefias intermédias instruídas
e população educada civicamente.


Por exemplo, com exemplos assim:

prende-se um ex-primeiro  ministro,
em 48 horas formula-se a acusação,
em quatro meses julga-se o réu.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13839
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2074 em: 2015-05-25 12:33:16 »
Já agora, o Chile é um país interessante pois combina políticas económicas liberais com uma implementação Estatal correcta e anti-cíclica do Keynesianismo.

Isso é interessante.

Uma boa imprensa económica
deveria escrever sobre isso!

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2075 em: 2015-05-26 23:50:59 »
The Big Meh
MAY 25, 2015

Remember Douglas Adams’s 1979 novel “The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy”? It began with some technology snark, dismissing Earth as a planet whose life-forms “are so amazingly primitive that they still think digital watches are a pretty neat idea.” But that was then, in the early stages of the information technology revolution.

Since then we’ve moved on to much more significant things, so much so that the big technology idea of 2015, so far, is a digital watch. But this one tells you to stand up if you’ve been sitting too long!

O.K., I’m snarking, too. But there is a real question here. Everyone knows that we live in an era of incredibly rapid technological change, which is changing everything. But what if what everyone knows is wrong? And I’m not being wildly contrarian here. A growing number of economists, looking at the data on productivity and incomes, are wondering if the technological revolution has been greatly overhyped — and some technologists share their concern.

We’ve been here before. “The Hitchhiker’s Guide” was published during the era of the “productivity paradox,” a two-decade-long period during which technology seemed to be advancing rapidly — personal computing, cellphones, local area networks and the early stages of the Internet — yet economic growth was sluggish and incomes stagnant. Many hypotheses were advanced to explain that paradox, with the most popular probably being that inventing a technology and learning to use it effectively aren’t the same thing. Give it time, said economic historians, and computers will eventually deliver the goods (and services).

This optimism seemed vindicated when productivity growth finally took off circa 1995. Progress was back — and so was America, which seemed to be at the cutting edge of the revolution.

But a funny thing happened on the way to the techno-revolution. We did not, it turned out, get a sustained return to rapid economic progress. Instead, it was more of a one-time spurt, which sputtered out around a decade ago. Since then, we’ve been living in an era of iPhones and iPads and iDontKnows, but even if you adjust for the effects of financial crisis, growth and trends in income have reverted to the sluggishness that characterized the 1970s and 1980s.

In other words, at this point, the whole digital era, spanning more than four decades, is looking like a disappointment. New technologies have yielded great headlines, but modest economic results. Why?

One possibility is that the numbers are missing the reality, especially the benefits of new products and services. I get a lot of pleasure from technology that lets me watch streamed performances by my favorite musicians, but that doesn’t get counted in G.D.P. Still, new technology is supposed to serve businesses as well as consumers, and should be boosting the production of traditional as well as new goods. The big productivity gains of the period from 1995 to 2005 came largely in things like inventory control, and showed up as much or more in nontechnology businesses like retail as in high-technology industries themselves. Nothing like that is happening now.

Another possibility is that new technologies are more fun than fundamental. Peter Thiel, one of the founders of PayPal, famously remarked that we wanted flying cars but got 140 characters instead. And he’s not alone in suggesting that information technology that excites the Twittering classes may not be a big deal for the economy as a whole.

So what do I think is going on with technology? The answer is that I don’t know — but neither does anyone else. Maybe my friends at Google are right, and Big Data will soon transform everything. Maybe 3-D printing will bring the information revolution into the material world. Or maybe we’re on track for another big meh.

What I’m pretty sure about, however, is that we ought to scale back the hype.

You see, writing and talking breathlessly about how technology changes everything might seem harmless, but, in practice, it acts as a distraction from more mundane issues — and an excuse for handling those issues badly. If you go back to the 1930s, you find many influential people saying the same kinds of things such people say nowadays: This isn’t really about the business cycle, never mind debates about macroeconomic policy; it’s about radical technological change and a work force that lacks the skills to deal with the new era.

And then, thanks to World War II, we finally got the demand boost we needed, and all those supposedly unqualified workers — not to mention Rosie the Riveter — turned out to be quite useful in the modern economy, if given a chance.

Of course, there I go, invoking history. Don’t I understand that everything is different now? Well, I understand why people like to say that. But that doesn’t make it true.

Krugman
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13839
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2076 em: 2015-05-27 12:08:24 »
Bem. Decidi. Abri um dossier para arquivar artigos do Krugman. Ele é interessante. Mas convém ler uns quantos, mais ou menos na mesma altura, distanciarmo-nos e convir que ele possa ter razão, reunidas que fiquem as condições para isso, e sempre ceteris paribus! De resto, os outros só têm razão, quando o Krugman não a tem! :) E, às vezes, nem nessa altura!
« Última modificação: 2015-05-27 12:13:30 por vbm »

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2077 em: 2015-05-27 12:50:41 »
Bem. Decidi. Abri um dossier para arquivar artigos do Krugman. Ele é interessante. Mas convém ler uns quantos, mais ou menos na mesma altura, distanciarmo-nos e convir que ele possa ter razão, reunidas que fiquem as condições para isso, e sempre ceteris paribus! De resto, os outros só têm razão, quando o Krugman não a tem! :) E, às vezes, nem nessa altura!

És mesmo à antiga. Tens que ler no  papel. Eu também prefiro, mas já me vou habituando a speed reading no ecran.
No blog di krugman tens tudo organizadinho. E podes fazer buscas por palavras chave quando quiseres.

Quanto ao homem em si.
É muito engraçado, é a coisa que eu mais gosto nele.e esreve esplendidamente.
è estupendamente corajoso intelectualmente - os red necks odeiam-no, a forbes tem meia dúzia de comentadores só para o tentar refutar e o gajo nem se acobarda nem um bocadinho. os libertários vociferam literalmente e constantemente contra ele e ele ri-se que nem um perdido.
É extremamente culto e competentíssimo no seu campo de trabalho. especificamente international trade pelo qual ganhou o nobel da economia.
finalmente o segundo aspecto que mais aprecio nele, é a capacidade de explicar coisas muito complexas de forma simples.

a direita tenta fazer dele um papão socialista quando ele não passa de um social liberal. é ridículo, mas é assim.


Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2078 em: 2015-05-27 12:54:35 »
A sua filosofia de base, o Keynesianismo, parece inteiramente válida se aplicada de forma integral, nos bons e maus momentos. Se for aplicada só nos maus momentos leva à insustentabilidade excepto eventualmente em países que possam imprimir a sua própria moeda continuando ela a ser aceite.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Krugman et al
« Responder #2079 em: 2015-05-27 13:06:56 »
A sua filosofia de base, o Keynesianismo, parece inteiramente válida se aplicada de forma integral, nos bons e maus momentos. Se for aplicada só nos maus momentos leva à insustentabilidade excepto eventualmente em países que possam imprimir a sua própria moeda continuando ela a ser aceite.

a ver se eu consigo explicar uma coisa.

o 'keynesianismo' não é uma filosofia de base. não é um projecto social ou económico.
são formas e expedientes de salvar o capitalismo de si próprio.
se o capitalismo não produzisse permanentemente booms & busts o keynesianismo não era preciso para nada.
o próprio keynes não era keynesiano.
sabes o que ele dizia do keynesianismo?
Citar
“I work for a Government I despise for ends I think criminal.

com isto referia-se a salvar o capitalismo através do 'keynesianismo', para salvar a sociedade em geral.

ele desprezava o capitalismo (não os mercados livres) e revoltava-o trabalhar para o salvar. com obctivos que ele considerava criminosos.

não há doutrina keynesiana. há o que o keynes fez (contrariado) a seguir à grande depressão e o que teve de ser feito all over again depois da recente grande recessão.
que é salvar o capitalismo de si próprio.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau