Eis aqui algumas que NÃO me parecem interessantes, e eis as minhas razões.
Impresa
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Acabei de a vender, e ganhei quase 100%, pois tinha-a comprado a 0.32. A esse baixo preço pareceu-me bem comprada, pois isto é um grupo de media que nunca vai abaixo, os grupos oligárquicos a ela ligados nunca deixarão cair uma preciosa plataforma de emissão de informação, mesmo a dar prejuízos crónicos.
Mas agora, a 0.62, os fundamentais não são muito bons porque:
Ev/Ebitda = 13.1 -- é alto, mais a mais para uma empresa com um processo de reestruturação e a dar prejuízos avultados.
Receitas desceram 8%, Ebita desceu 7%.
Dependente do mercado português.
Inapa
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Vendas desceram 6%. Ev/Ebitda = 20.4.
A Parpública tem 33% do capital, o Millennium tem 18%. Isto é um elefante semi-estatal. A empresa tem uma longa história de enganar os accionistas. Sistematicamente apresenta pequenos lucros ou prejuízos na casa de 0.5% das vendas, deve ser para não pagar dividendos nem impostos. É óbvio que gera lucros muito maiores, mas não os declara, não vão para os accionistas, vão para os stake-holders que lá estão agarrados há décadas.
Martifer
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Estão presentes nos 5 continentes, isso é positivo. Portugal é só 13% do mercado deles de construções metálicas.
O sector solar está em colapso, o das construções metálicas a subir devagar.
No entanto, as vendas desceram 11%, Ebitda desceu 55%. Assim, ficou com Ev/Ebitda = 141!
Mesmo que o Ebitda voltasse aos valores de 2007 (37 ME), ficaria com EV/Ebitda = 15, parece alto.
Sonae Indústria
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Outra multinacional.
Vendas desceram 2%.
Ev/Ebitda = 7.3. Isso é razoável, o problema é que a queda de vendas de 2% é um mau sinal numa empresa que opera em vários continentes, cujo crescimento do PIB agregado é positivo. Desde há décadas que esta empresa tem problemas.
As vendas estão muito abaixo de 2007, têm descido consistentemente. Ou seja, esta é uma empresa globalizada, mas que está a perder na globalização.