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Autor Tópico: Soares defende a bancarrota  (Lida 14375 vezes)

valves1

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #40 em: 2013-04-17 19:07:46 »
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As dívidas  seriam renomeadas em escudos mas os bancos continuavam a dever em euros.
O que acontecia é que os bancos faliam, em relação ao exterior ( por assim dizer).
Entretanto o estado também estava falido.
Para voltar a pôr a economia a funcionar o estado começava a imprimir  novos escudos  que perdiam o valor já que ninguém os aceitava lá fora Era a inflação de 40%, ou 50%.
Eu acho que foi nessa tempestade  que uma argentina ganhou (segundo entendi ).
Ela tinha feito emprestimo em pesos cujo valor era equiparado  ao dolar.
Entretanto ela guardou dolares verdadeiros no colchão.
Quando se deu o estoiro a divida dela foi renomeadas em pesos .
Mas aí o povo andava desesperado.
Queria dolares bons e não aqueles pesos que se desvalorizariam.
Então ela trocou os dolares bons  por pesos à razão de um dolar por  6 ou 7 pesos.., e com esses pesos pagou a divida inicial que tinha contraido.

e perfeitamente compreensivel que nao venha dos bancos a pressao para a mudanca .
o que ja nao e tao compreensivel e resumir o problema da mudancao aos primeiros 6 a 12 meses tal como aqui o colega Pedro defende esquecendo se de fazer a comparacao hoje  entre os  paises do euro em que praticamente  toda a gente trabalha com paises do Euro em que a palavra certa para classificar a realidade no campo do emprego   e desastre 
    So quem passa a vida em frente ao computador e nao conhece as desgracas que grassam pelo Portugal em que entre os que nao trabalham e os precarios  provavelmente ja sao a maioria

Alguem ja se lembrou de fazer este exercicio : quantos em porporcao  e que em Portugal do rol de amigos e que tem um emprego com estabilidade ou seja nao esta desempregado nem e precario

  agora se tiverem tambem  um rol amigos nalgum pais europeu do norte facam o mesmo calculo e vejam se tem alguma coisa a ver uma coisa com a outra ?
« Última modificação: 2013-04-17 19:15:41 por valves1 »
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Incognitus

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #41 em: 2013-04-17 21:53:00 »
A piada está em defender-se as duas coisas simultaneamente.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #42 em: 2013-04-19 14:26:22 »
Ao cuidado dos "Soares" que por aí andam:

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For Argentina’s Nationalized Oil ‘Industry’: A Year of Nothing

By Pierpaolo Barbieri

Exactly a year ago, Argentina President Cristina Fernández de Kirchner announced to the world the expropriation of 51% of Argentine oil company YPF from Spain's Repsol.
It had all been planned. The announcement, broadcast on all the television channels, between applause and ovations. The Argentine provinces, seduced with a stake in the new company. And the Spanish board, disoriented after failed negotiations.
The commercials were ready. Even the retro logo preferred by Kirchner's marketing was premeditated: It promised a back to the future featuring independent development, increased production, and “popular” prices to encourage consumption, culminating in precious energy independence. And this independence would be achieved with Argentina’s own resources, not as vassals of foreign companies.
The Kirchner rhetoric was, as always, both nationalistic and hopeful. The privatization of the hated neoliberal years was tinged with irregularities. A new era dawned.
The reality of YPF
In the teleology of Kirchnerism, YPF was therefore reserved a special place: the nationalization of the largest company in the country – symbol of a past of plenty every Argentine wants to return to – crowned the "return of the State". Everything that had come before, from the takeover of Aerolineas Argentinas to utilities and even pension funds, was minor.
Propaganda is attractive, but the reality is inevitable. Today, YPF reserves in hard currency and hydrocarbons have failed to cover the energy deficit that the government so criticized Repsol for.
The gap between what Argentina consumes and what it produces will grow by between 20% and 40% in 2013. And that, with all the help from friendly Venezuela.
The company's share price also reflected this failure: in a year fell it over 35 percent.
The management team is skilled, starting with the President, Miguel Galluccio, who returned to YPF with Kirchner. But Galluccio cannot defy gravity: as in any company, an increase in production requires investment.
An expensive problem
The unconventional gas (shale gas) of Vaca Muerta, in the Argentine Province of Neuquén, requires between 4 and 6 billion dollars over several years to kick off production. Argentina may own the world’s third largest shale reserves after only the US and China, but gas cannot be extracted with publicity stunts.
To achieve the energy revolution that is apparent in the US today (and that is beginning in Mexico) requires money, technology, and time. The Kirchner government lacks the first, has blocked the second, and fears for the third.
Marketing notwithstanding, none of the companies that have the technology to develop shale in Argentina have invested in YPF. The limited agreement with Chevron (CVX) is on standby due to a legal disagreement with Ecuador's Rafael Correa, a close Kirchner ally. The Bridas conglomerate has avoided signing on the dotted line, and so has Dow Chemical (DOW). If the funds do not flow, neither will the gas.
Part of the problem is Repsol’s legal suits, supported by the European Union. But Argentina’s very own energy policy, which has increased controls to Soviet levels, is also to blame. All new investments require the explicit approval of the executive, even though YPF already responds to the state.
The basic issue is simple to explain: When even China’s Sinopec and Russia's Gazprom are complaining about the lack of legal guarantees, you know you have a problem.
With international markets closed, Galluccio had no alternative but to resort to local markets. YPF attracted local funds in 2012, being one of the few investments for Argentine savers eager to escape the inflation tax (which stands at 30%). But the tiny Buenos Aires capital market cannot possibly quench YPF’s thirst for funds. And even worse, the YPF’s efforts are crowding out smaller companies that have no way to access other markets.
A pricing game
CEO Gallucio also had to increase prices to reinvest profits, so the "national and popular" company raised the price of fuel by an average of 24% in the last year. The rises were understandable with the actual inflation rate, but wholly incompatible with the government’s statistical lies.
In order to celebrate the anniversary, Trade Secretary Guillermo Moreno announced last week a fuel price freeze for six months – right until after the parliamentary elections in October. YPF hurried to raise prices and insisted that it will continue to do so. But it is obvious that the Kirchner economic triumvirate – Moreno, Deputy Minister Neo-Marxist Axel Kicillof, and Vice President Amado Boudou – dislike Galluccio.
It may be because ideology ultimately cannot achieve economic results: YPF production has not improved. Kicillof, the President’s favorite, promised a year ago in the Senate a production boom. In the first quarter of 2013, gas production fell by 3.5% and oil production by 2.7%. In 2012 gas had already fallen and oil had barely risen (aided by a long 2011 strike that provided good optics).
Perhaps Kicillof will now attempt to blame Europe, as he does routinely to explain the stagflation in the wider economy. But excuses fall short.
Unlike true democracies, authoritarian leaders can never admit mistakes, lest they show their fallibility. That is why in spite of the facts, new commercials are being broadcast explaining the victories of YPF and its nationalization.
But a year after the epic, reality prevails. There was no plan whatsoever.

http://finance.yahoo.com/blogs/the-exchange/argentina-nationalized-oil-industry-nothing-232525794.html

valves1

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #43 em: 2013-04-20 13:05:59 »
nao e preciso soares vir dizer que o Euro foi um desastre para Portugal basta as pessoas  colocarem os neuronios em movimento ...
este topico resvala em apontar os inconvenientes de uma saida do Euro quando o problema e muito mais amplo e complexo do que os inconvenientes apontados.
 no fundo nao e exagerado afirmar -se  que a economia Portuguesa ameaca a irrelavancia e que muitos negocios hoje rentaveis a escala presente nao  o serao no futuro numa demografia mais reduzida e envelhecida
para alem do pequeno detalhe de nao haver dinheiro para pagar pensoes a um horizonte nao muito longinquo de a tx de desemprego real ser de vinte e tal ppp  mas esses sao pequenos detalhes a contrapor aos inconvenientes -  verdadeiros -que os defensores de Portugal no euro vem argumentar ...
« Última modificação: 2013-04-20 13:10:18 por valves1 »
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

Pedro.J50

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #44 em: 2013-04-24 03:39:18 »
nao e preciso soares vir dizer que o Euro foi um desastre para Portugal basta as pessoas  colocarem os neuronios em movimento ...
este topico resvala em apontar os inconvenientes de uma saida do Euro quando o problema e muito mais amplo e complexo do que os inconvenientes apontados.
 no fundo nao e exagerado afirmar -se  que a economia Portuguesa ameaca a irrelavancia e que muitos negocios hoje rentaveis a escala presente nao  o serao no futuro numa demografia mais reduzida e envelhecida
para alem do pequeno detalhe de nao haver dinheiro para pagar pensoes a um horizonte nao muito longinquo de a tx de desemprego real ser de vinte e tal ppp  mas esses sao pequenos detalhes a contrapor aos inconvenientes -  verdadeiros -que os defensores de Portugal no euro vem argumentar ...

Soares não disse que o Euro foi desastre. O que ele referiu é que  não deviamos pagar. (O que é totalmente diferente).
Soares foi um dos campeões do euro, aliàs.

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #45 em: 2013-04-24 23:08:07 »
sim essa expressão foi minha ( reitero )
o facto de se  ter que ter    um debate tão desagradável neste momento ( porque  qualquer que seja o caminho acarretarão penalizações ) deve-se a  exclusivamente ao facto de no momento da entrada não ter havido discussão, não se tendo discutido na altura certa não há outro remedio se não discutir agora ...
e por outro lado  a Alemanha também não ajuda porque é muito pouco clara no que pretende  : diz que pretende tudo inclusive federalismo  mas é vaga no que concerne aos timings de aplicação; ora  utilizando uma expressão Portuguesa de boas intensões está o inferno cheio ...  e Portugal não pode esperar muitos  anos ... as consequências seriam muito más ... assim  vigora a maxima ou   muda a U.E ou mudamos nós e mudando nós tentar sempre a via negocial ...
 
« Última modificação: 2013-04-24 23:18:00 por valves1 »
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Elder

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #46 em: 2013-04-25 18:00:56 »
E continuamos a insistir!!  :D

Mário Soares: A Argentina e o Brasil não pagaram a dívida e “ninguém morreu por isso”
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/ajuda_externa/detalhe/mario_soares_a_argentina_e_o_brasil_nao_pagaram_a_divida_e_ninguem_morreu_por_isso.html



pedras11

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #47 em: 2013-04-25 18:36:04 »
Que sugeres Elder?
« Última modificação: 2013-04-25 18:36:29 por pedras11 »

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #48 em: 2013-04-25 19:07:28 »
Que sugeres Elder?

Para sairmos do buraco, sugiro à vários anos o mesmo que ele, ou seja, dilatar ao máximo os prazos de pagamento dessas dividas, haircuts e saída voluntária do Euro. O equilibrio primário publico está praticamente feito (o défice publico é só de custos financeiros actualmente), o externo também, portanto esta é a altura ideal para passarmos a ser independentes financeiramente.

Eu não digo que ele não tem razão, só digo que os políticos actuais não escolheram esse caminho, porque somos cagões, nunca ninguém quer assumir responsabilidade por nada. O político português é todo igual, nunca toma decisões, só quer salvar o seu umbigo, a sua carreira política, etc. Ninguém quer ficar na história como aquele que ameaçou não pagar ou sair do Euro.

Em relação ao tal crescimento e essas tangas que toda a gente debate agora, não vamos lá se não importarmos estrangeiros (e as suas divisas) e se não criarmos necessidades de produção (e consequente criação de emprego e riqueza). É preciso:

- trazer estrangeiros para cá, dando nacionalidade portuguesa a russos, chineses, reformados europeus, etc, se eles criarem cá empresas, comprarem casas, dando-lhes beneficios fiscais para as suas fortunas, etc;

- abrir a economia a segmentos que actualmente não existem cá legalizados (apostas, corridas de cavalos, salas de poker legalizado, drogas leves, etc). Vinha tanta gente que isto seria melhor que várias ondas da Nazaré e as receitas de impostos geradas seriam muito grandes. :D

- baixar brutalmente impostos sobre o capital, empresas e rendimento. Ninguém investe cá, quando as taxas de imposto são o dobro de países como a Roménia ou a Bulgária.

- No que respeita às necessidades de produção... faz algum sentido um kg de tomates custar 2 euros quando temos 2/3 dos terrenos agricolas abandonados??? Isto só acontece porque não há qualquer estimulo cá para produzir alguma coisa! A malta só quer consumir e mamar na teta do Estado! Uma saída do Euro acabava logo com este paradigma: senão temos dinheiro para os tomates, temos nós que os cultivar!! Para além que os nossos produtos lá fora ficavam brutalmente competitivos. Tu já reparaste que agora tudo o que mandamos lá para fora é tudo "gourmet" ou "biológico", como desculpa para o preço ser mais alto que os outros (porque não somos competitivos nos custos)??  ;D É o azeite com ouro, é o chá biológico, etc, etc.


valves1

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #49 em: 2013-04-25 19:28:10 »
 
Citar
Eu não digo que ele não tem razão, só digo que os políticos actuais não escolheram esse caminho, porque somos cagões, nunca ninguém quer assumir responsabilidade por nada. O político português é todo igual, nunca toma decisões, só quer salvar o seu umbigo, a sua carreira política, etc. Ninguém quer ficar na história como aquele que ameaçou não pagar ou sair do Euro.

 por exemplo

quando vêm dizer que  o debate sobre a saída do Euro vem dividir que há que evitar a  todo o custo fragmentações na  sociedade ( como se o país não estivesse já bastante fragmentado); agitam medos de ditaduras internas se Portugal saír  etc.

Por outro lado Já se percebeu que as vias para atrair pessoas e empresas estão bloqueadas nas atuas condições ,  o estado não tem dinheiro ( Euros ) para fazer desvalorizações internas ou captação de empresas pela via fiscal isso é claro .
portanto ...


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Elder

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #50 em: 2013-04-25 19:37:50 »
O que é ridiculo nisto tudo é que isto actualmente já é uma ditadura dos políticos actuais. Ainda hoje o Cavaco disse que não interessa haver ou não eleições, o resultado é o mesmo.

Eu gostava de ver o que ele dizia se surgisse um partido que defendia a saída do Euro, todo o povo votava nesses gajos e eles ganhassem as eleições. Mas o que é incrivel neste povo é que ninguem surge como alternativa, um movimento com que as pessoas se identifiquem. Um Syriza, um Movimento 5 Estrelas, etc. Penso que isto acontece porque os políticos mamões já cá andam à 30 anos e já lançaram os filhos deles na sombra e não há espaço para aparecer nova gente.

valves1

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #51 em: 2013-04-28 20:26:15 »
repara que mesmo o debate publico recente sobre  a  possibilidade de uma saída não veio dos politicos ...
nem poderia vir , os partidos capturaram o estado, empresas publicas e  portanto estão pouco interessados numa saída que os afectaría directamente no seu modo de vida.
é muito dificil constituir hoje um partido politico porque as televisões ainda são o meio de difusão por excelencia e são altamente selectivas  ( também estão capturadas pelos partidos );
eu estou seriamente a pensar em filiar-me num partido existente   para fazer barulho por dentro do sistema ; 
os partidos não são de  todo facto representativos   e enganam descaradamente  veja-se hoje o PS que pretende insinunar que consegue na mesa das negociações aquilo que o PSD não consegue..

 


 
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Zel

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #52 em: 2013-04-30 00:50:05 »
conhecendo os portugueses... dilatar os prazos sera apenas uma oportunidade para adiar tudo e continuar a crescer a divida e nao vai ajudar em nada portugal a sair do dito buraco

pedras11

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Re:Soares defende a bancarrota
« Responder #53 em: 2013-04-30 01:11:18 »
conhecendo os portugueses... dilatar os prazos sera apenas uma oportunidade para adiar tudo e continuar a crescer a divida e nao vai ajudar em nada portugal a sair do dito buraco

Dilatar os prazos foi só para facilitar o rollover da divida em 2014 e 2015