Chegava os anos setenta,andava perdido,uma noite de copos,noite sem ter dormido,enfiei uns calcoes,e corri para o banco.O GERENTE,olhou para mim,e eu olhando para ele,gritei;Nao ponho mais os pes neste banco,nunca mais,nem como cliente,entrarei por esta porta!Meti-me no velho mini,comprado em segunda mao,cheguei a casa,meti roupa num saco,um beijo na mulher e no filho,nascido na Guine,e voei ate Paris.
A cabeca nao funcionava,o carro tambem nao,e chegado a Paris,com uns tostoes no bolso,sem saber o que iria para ali,fazer.Aluguei um quarto,num terceiro andar de uma casa velha,mesmo ao lado da Sorbonne.
Tinha a nocao que nao sabia fazer nada,tinha passado a juventude a fingir que estudava,a anarquia chegou cedo,a expulsao da faculdade,e a ida paraa Caxias,tinha acabado comigo.Ja nao era anarca,era a fase do existencialismo,e no saco levava um livro para ler,A NAUSEA de Jean Paul Sartre!
-continua