Sim. Vi hoje no telejornal. Oferecem-se para hipotecar as terras de que são proprietários, e com os empréstimos que angariem, propõem-se subscrever as obrigações que Chipre emita para pagar o que deve a estrangeiros. Notável: foi a primeira vez que um plano de resgate financeiro de um Estado-Membro foi por este reprovado e rejeitado no Parlamento nacional!
Quanto à referência histórica do Mediterrâneo Oriental, ela deve-se, subjectivamente, a que tenho lido pequenos textos sobre a Antiguidade - a Europa-América anda a saldar aqueles livros antigos da colecção dos cadernos culturais da editorial Inquérito - onde há obras magníficas, clássicas, várias traduzidas por autores portugueses de grande qualidade e renome - e impressiona-me a grandeza civilizacional alcançada desde o séc. VI a.C. ao séc. VI d.C..
Impressionante a vida do "último Romano", Boécio, um nobre de extraordinária cultura, condenado à morte em 524 d.C. pelo rei ostrogodo Teodorico, um bárbaro, governante astuto que manteve o Senado e o sistema dos Cônsules, mas que no final do reinado, suspeitando conspirações contra a coroa, mandou executar nobres romanos discricionariamente, sem julgamento.
O último imperador de Roma foi Rómulo Augústulo deposto em 476 d.C. por legiões da Gália. Contudo, a Grécia e a língua grega prosseguiu mais mil anos em todo o Império Romano do Oriente com séde em Constantinopla. Só os Turcos abalaram este regime, sucedendo-lhe o Império Otomano.