E precisamente, o fulcro da ideia ao passar
para um sistema monofásico será o quê?
Mudar os <oito circuitos> para um 'cabo' único
que aguente a corrente até 6.9 KiloVoltAmpere (KVA)?
Não deve ser, pois aqueles L 16A e L 10A não se somam.
E 1 KVA são 1000 A?
É difícil ainda! Correntes eléctricas
é mais trigonometria de senos e cossenos,
do que aritmética pura! -:))
Quando tens um sistema trifásico em casa, significa que tens três cabos a chegar a três barras de cobre ao teu quadro elétrico que fica no interior da tua fracção.
Vamos chamar assim:
R
S
T
(letras das fases)
depois cada circuito (dos 8 que tens), é "pendurado" numa das fases, por exemplo:
R-circuito 1,2 e 3
S-circuito 4,5 e 6
T-circuito 7,8
Se a potência/corrente que está a ser utilizada pelos circuitos 1,2 e 3 é muito superior à dos circuitos na fase S, por exemplo, há um desequilíbrio que provoca um disparo do disjuntor. Um sistema trifásico tem de ter sempre dentro do possível as cargas muito bem distribuídas. E isso é muito difícil de conseguir, daí deve evitar-se.
Ao mudares para monofásico o que acontece é:
[R]-circuito1,2,3,4,5,6,7,8
Ora aqui como é evidente, elimina-se a possibilidade de existir um desequilíbrio entre fases.
Passa a ir um cabo para o teu quadro elétrico com fase (mais o neutro-cor azul, mais a terra-cor amarela e verde). Que liga a uma barra de cobre. Daí sairá 8 cabos para alimentar os teus 8 circuitos, protegidos por 8 disjuntores.
Conselho: Devias considerar a instalação de um disjuntor diferencial,se não o tiveres. Fala com o electricista.
1kVA é um potência aparente elétrica.
1000A é corrente elétrica. Relacionam-se mas não são a mesma coisa.
Potência Activa (P em Watt) = Tensão elétrica (V em Volt) x Corrente elétrica (I em Ampere)
P = V x I
Potência aparente (S) = Potência Activa (P) + Potência Reactiva (Q)
S = P+Q
Para os consumidores residenciais, o Q é negligenciável, porque eles não pagam.
No caso dos consumidores industriais, esses, pagam e bem Reactiva. Tanto que muitos instalam bancos de condensadores na origem da instalação, para "produzir" Q, evitando pagar tanto essa parte.
Por isso é que para o residencial, como podemos desprezar o Q, dizemos que
S=P, logo basta saber a potência que consome os equipamentos, somar e comparar com o S contratualizado.
Atenção que isto é só para facilitar contas
Na prática todos os residenciais precisam de Q. Em pequenas quantidades, mas precisam. Apenas passa-nos ao lado, porque não pagamos.
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Os valores
3,45 kVA
4,6 kVA
6,9 kVA
etc.
São valores standard das operadoras. Valores para contratualizar.
E o que podes fazer é o que já foi referido. Tentar perceber no ponto do dia em que mais utilizas equipamentos, qual a potência indispensável que necessitas.
indispensável porque uma máquina de lavar roupa que pode ser vamos supor 2000W (para este exemplo vamos fingir que é 2000 VA, ou 2 kVA, que num contrato de 6,9kVA é logo 30% do que contratualizaste, o que pode ser perfeitamente colocado a funcionar noutra altura que não no momento em que preparamos o jantar por exemplo)
E isto tudo para quê? para tentar ter apenas a potência contratada indispensável, poupando assim - e bem - no termo fixo.