Eleições Itália 2013

[Visitante]

Até ao momento o mais provável é sair das eleições de 24-25 de fevereiro uma coligação entre Mário Monti e o centro-esquerda de Bersani. Penso que esta solução faz a vontade aos mercados. Berlusconi parece estar arredado.

[Automek]

Há coisas mesmo ridículas. 7 anos de mandato...

Presidente italiano Giorgio Napolitano reeleito aos 87 anos para um segundo mandato

[Elias]

Há coisas mesmo ridículas. 7 anos de mandato...

Presidente italiano Giorgio Napolitano reeleito aos 87 anos para um segundo mandato

Ridículas ou não, ainda não há muito tempo a Itália não era caso isolado: é bom lembrar que em França era assim até 2002.

O Mitterrand foi eleito em 1981 e reeleito em 1988. Terminou o segundo mandato em 1995 e morreu seis meses depois. O J. Chirac cumpriu um primeiro mandato de 7 anos até 2002, mas entretanto a lei foi alterada e o segundo mandato foi de 5 anos, até 2007.

Na Irlanda continua a haver mandatos de 7 anos; na Áustria e na Finlândia de 6.

Para quem tiver curiosidade em saber a duração dos mandatos por país:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_political_term_limits#cite_note-8

[Lark]

Há coisas mesmo ridículas. 7 anos de mandato...

Presidente italiano Giorgio Napolitano reeleito aos 87 anos para um segundo mandato

Ridículas ou não, ainda não há muito tempo a Itália não era caso isolado: é bom lembrar que em França era assim até 2002.

O Mitterrand foi eleito em 1981 e reeleito em 1988. Terminou o segundo mandato em 1995 e morreu seis meses depois.

o J. Chirac cumpriu um primeiro mandato de 7 anos até 2002, mas entretanto a lei foi alterada e o segundo mandato foi de 5 anos, até 2007.

Para quem tiver curiosidade em saber a duração dos mandatos por país:

http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_political_term_limits#cite_note-8

master elias,
parece-me que o estranho aqui não é o mandato ser de sete anos - o que até me parece fazer sentido. quatro é curto na minha opinião.
é o facto de um homem de 84 anos ser eleito para mais sete anos de mandato.

L

[Elias]

master elias,
parece-me que o estranho aqui não é o mandato ser de sete anos - o que até me parece fazer sentido. quatro é curto na minha opinião.
é o facto de um homem de 84 anos ser eleito para mais sete anos de mandato.

L

Concordo contigo (pareceu-me que o Automek estava a salientar a duração do mandato mas se calhar percebi mal).

De qualquer forma para mim o mais ridículo de tudo nem é a idade do homem (que neste momento é um bom candidato a "morrer no seu posto"), mas sim o facto de os italianos não se entenderem quanto a candidatos alternativos ser preciso recorrer a uma solução destas.

[Automek]

Sim, para mim o ridículo é a idade dele porque se acabar o mandato, termina com 94 anos. Não se coloca em causa a competência de alguém apenas pela sua idade, mas há certamente um simbolismo do tipo "não há mais ninguém capaz de ser PR em Itália senão um senhor de 87 anos ?!"

Quanto aos 7 anos até nem me chocam porque supostamente é para estar desencontrado dos mandatos de deputados que são de 4 ou 5 anos. Isso faz com que um PR que seja eleito para dois mandatos seja eleito por dois parlamentos "diferentes".

[Elias]

Quanto aos 7 anos até nem me chocam porque supostamente é para estar desencontrado dos mandatos de deputados que são de 4 ou 5 anos. Isso faz com que um PR que seja eleito para dois mandatos seja eleito por dois parlamentos "diferentes".

Pois em França alteraram a lei, precisamente para evitar esse desencontro e as situações de "coabitation".

Agora os mandatos são de 5 anos e as eleições presidenciais e as legislativas são quase seguidas.

[Automek]

Se o objectivo é criar um equilíbrio de poderes, não me parece a melhor opção (a Francesa). Se é para ser tudo beijinhos e abraços, então mais valias acabar com um deles.

[Thorn Gilts]

O filho ilegítimo do Rei. :-)

[Visitante]

Isto é sintoma de uma geração/sociedade medíocre que não é capaz de gerar gente competente para ocupar cargos de relevo. A Europa se tivesse senhoras ou senhores de 87 anos a governá-la estaria bem melhor. A geração do pós-guerra é claramente pior do que a anterior, e isto é a todos os níveis, professores, políticos, médicos, etc.

[Automek]

Isto é sintoma de uma geração/sociedade medíocre que não é capaz de gerar gente competente para ocupar cargos de relevo.

Talvez se deva mudar o "capaz de gerar" por "capaz atrair para a política". Há muita gente competente por aí (cá e lá fora), provavelmente muito mais do que antigamente, mas que não ligam um chavo à política e/ou não estão para se sujeitar a ser enxovalhados por fazerem bem o seu trabalho.

[Visitante]

A sociedade mercantilista, hedonista e mediatizada subjuga os individuos de valor e faz emergir os fúteis. Vive-se na era do 'fast', 'fast food', 'fast relations', 'fast jobs', 'fast education', 'fast medicine', 'fast politics'. Neste enquadramento não há condições para o aperfeiçoamento profissional, e a continuar assim os bons profissionais e os bons políticos serão cada vez mais escassos.

[Incognitus]

A sociedade mercantilista, hedonista e mediatizada subjuga os individuos de valor e faz emergir os fúteis. Vive-se na era do 'fast', 'fast food', 'fast relations', 'fast jobs', 'fast education', 'fast medicine'. Neste enquadramento não há condições para o aperfeiçoamento profissional, e a continuar assim os bons profissionais e os bons políticos serão cada vez mais escassos.

Isso é uma generalização sem grande suporte... no fundo é aquilo em que alguém quer acreditar à priori.

[Visitante]

Em Portugal 2/3 dos primeiros ministros dos últimos 10 anos são um produto mediático, fabricados na TV, assim como ministros de "relevo" que se vieram a revelar erros de 'casting'. São evidências não são generalizações.

A que atribuis a falta de qualidade manifesta de toda esta gente, políticos, professores, banqueiros, etc, etc...?

[Incognitus]

Em Portugal 2/3 dos primeiros ministros dos últimos 10 anos são um produto mediático, fabricados na TV, assim como ministros de "relevo" que se vieram a revelar erros de 'casting'. São evidências não são generalizações.

A que atribuis a falta de qualidade manifesta de toda esta gente, políticos, professores, banqueiros, etc, etc...?

Ao sistema e à cultura. Mas nem sequer é garantido que tenham má qualidade.