O Bloco de Esquerda vai tentar migrar para o espaço do PS ...

[Incognitus]

O Bloco de Esquerda vai tentar migrar para o espaço do PS. A ideia deve ser tornar-se mais aceitável para uma parte maior da população. Não me admiraria que mantivessem realmente os seus intentos ideológicos, mas lhes quisessem apenas dar uma aparência mais aceitável.
 
No fundo o Socialismo, se visto através da sua definição, não é substancialmente diferente do comunismo. Aquilo que as pessoas geralmente vêem como "Socialismo", porém, é mais próximo de Social Democracia, onde o capitalismo é parte aceite da ordem das coisas.
 
Louçã, Semedo e Pureza defendem nova corrente para o Bloco
http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3030845
 

[John_Law]

Da notícia:

(...)estrutura de coordenação paritária entre homens e mulheres que votará um texto de orientação(...)

Socialista, sem dúvida.

[Zel]

nos estatutos do PSR esta la a revolucao comunista

[Automek]

Já viram que se não fizerem nada o BE vai desaparecer. Aquilo vivia muito da figura do Louçã e do seu estilo muito próprio. Com esta liderança bicéfala não vão a lado nenhum. O Semedo é mais apagado do que uma vela e ela, coitada, quando abre a boca é um discurso oco sem substância nenhuma.

[Zel]

ela parece uma louca do pcp

[JoaoAP]

Já viram que se não fizerem nada o BE vai desaparecer. Aquilo vivia muito da figura do Louçã e do seu estilo muito próprio. Com esta liderança bicéfala não vão a lado nenhum. O Semedo é mais apagado do que uma vela e ela, coitada, quando abre a boca é um discurso oco sem substância nenhuma.

Esse era a minha percepção desde que o Louçã deixasse o partido.
De qq forma nos últimos tempos verifico muita adesão ao BE em detrimento do PCP e pode estar aí a salvação deles.
Mas se fizerem uma aproximação ao PS penso que desaparecerão.

[vbm]

Se o Bloco esvaziar um pouco o PC ganhará peso para uma coligação pós-eleitoral com o PS, dispensando-o de uma maioria que dificilmente renovará.

Porém, a grande curiosidade é o modo como o Bloco circulará do actual inconformismo à pactuação de algum acordo com os credores do país...

O Louçã sempre foi opositor aos termos que os credores exigem, mas ele sabe imenso de economia e é impossível que não gize um plano de crescimento que os credores aceitem!

[Zel]

se o louca percebesse imenso de economia nao era comunista

[itg00022289]

se o louca percebesse imenso de economia nao era comunista

é uma grande verdade!!

[vbm]

É discutível. Mas o Louçã também não é comunista, mas sim capitalista-estadual, tipo capitalismo chinês - um estado, dois regimes económicos.

[Zel]

É discutível. Mas o Louçã também não é comunista, mas sim capitalista-estadual, tipo capitalismo chinês - um estado, dois regimes económicos.

e psr nao eh comunista ? a udp nao eh comunista? podem ter evoluido mas entao nunca o tornaram publico, se leres os estatudos do psr tens la como objectivo a revolucao comunista. acho que o marketing esconde a verdadeira ideologia deles, ate bandeirinhas com variadas cores agora tem,

[vbm]

Está bem! O ps, o psr, a udp, o pcp, todos são da família marxista, à esquerda da social-democracia, ela também não puramente conservadora. A questão da propriedade pública dos meios de produção coloca-se com a toda a pertinência nos casos de monopólio e em indústrias e actividades já em fase de maturidade tecnológica sem potencialidade de quaisquer inovações notáveis; já nas indústrias de elevada concorrência e forte progressão tecnológica, o estado deve apoiar a dinâmica da própria iniciativa privada.

Mas a questão a que me inclinava ouvir opiniões era sim a da competência do Francisco Louçã como economista porque ouço dizer que é um académico prestigiado, e seguramente que sabe mais de macroeconomia do que todos os demais economistas do governo, incluindo o primo e o Cavaco!

[kitano]

Algumas opiniões dizem que ele não prega aquilo que sabe. E que a política não entra nas aulas...

Eu não faço ideia, nunca fui aluno.

[itg00022289]

A questão da propriedade pública dos meios de produção coloca-se com a toda a pertinência nos casos de monopólio e em indústrias e actividades já em fase de maturidade tecnológica sem potencialidade de quaisquer inovações notáveis; "

Portanto um Café deveria ser propriedade pública?
Fábricas de fazer fósforos tb?

[vbm]

Um café não é monopólio, submete-se à concorrência a atrair clientes.
Uma fábrica de fósforos deve ser pública, se não houver concorrência e beneficiar de lucros supra-normais, i.e., à custa da população consumidora.

[hermes]

Um café não é monopólio, submete-se à concorrência a atrair clientes.
Uma fábrica de fósforos deve ser pública, se não houver concorrência e beneficiar de lucros supra-normais, i.e., à custa da população consumidora.

Podes explicar aqui à malta o mecanismo para a coexistência de lucros supranormais e auxência de concorrentes?

[kitano]

Um café não é monopólio, submete-se à concorrência a atrair clientes.
Uma fábrica de fósforos deve ser pública, se não houver concorrência e beneficiar de lucros supra-normais, i.e., à custa da população consumidora.

Podes explicar aqui à malta o mecanismo para a coexistência de lucros supranormais e auxência de concorrentes?

Sem limitações à entrada, qualquer actividade geradora de lucros supranormais terá concorrência.

[John_Law]

vbm, em relação ao que o hermes disse: podes dar um exemplo de um monopólio, sem ser atribuído pelo Estado, com lucros "supra-normais"? E quem diz que uma determinada actividade chegou às sua maturidade tecnológica? Na café por exemplo, desde a alteração das propriedades da planta, dos produtos usados no controlo de insectos e pestes, da automatização da apanha, de métodos de secagem, de distribuição e logística, até à maneira como este depois é utilizado em produtos e marketed... São dezenas de campos envolvidos e nenhum deles em "maturação tecnológica".

Acho que só quem não conhece a complexidade e diversidade de tecnologias e métodos aplicados numa actividade empresarial - por mais simples que seja - pode usar tal conceito.

[vbm]

Sem limitações à entrada, qualquer actividade
geradora de lucros supranormais
terá concorrência.

Certo. Logo, deixará de ser monopólio. E, ou faz guerra de preços e o ganhador regressa ao monopólio e aos lucros supra-normais, ou conluia-se com o concorrente numa partilha de lucros, constituindo um duopólio ou um oligopólio. Se nenhuma inovação tecnológica de valor a indústria recebe, o avisado é nacionalizar, diminuir preços, ou caso sejam mantidos, repartir os excedentes por finalidades de interesse geral para a sociedade.

[vbm]

[ ] E quem diz que uma determinada actividade chegou às sua maturidade tecnológica? [ ] Acho que só quem não conhece a complexidade e diversidade de tecnologias e métodos aplicados numa actividade empresarial - por mais simples que seja - pode usar tal conceito.

Tens razão, John Law, e precisamente por isso é que o Estado deve limitar a sua intervenção na actividade económica a casos limite e dedicar-se antes a favorecer o desenvolvimento da ciência e a instrução da população.

Mas há sectores que pela grandeza dos capitais requeridos para o investimento inicial - energia nuclear, aviação, exploração do espaço, etc. - não dispensam a intervenção e até a cooperação entre Estados, para lá dos bancos, fundos de pensões, particulares e público em geral. Nestes casos, ainda mais se requer a inclusão dos grandes centros de investigação científica.

post-scriptum:- Vou estar fora uma semana sem poder participar em qualquer troca de impressões.