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Autor Tópico: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?  (Lida 258554 vezes)

Deus Menor

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #920 em: 2015-12-14 17:42:36 »

o deus menor quer sair porque está amuado.
e nem percebeu ainda que o pode fazer quando entender.

L

Mais uma prova da "tua Democracia"... se és tão Humanista porque não
"desconstruíste"  a minha proposta?
porque está baseada em factos : as pessoas saem dos Países porque os Países
são mal governados.

Incognitus

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #921 em: 2015-12-14 17:54:48 »
É o que muitos Portugueses estão a fazer. Até à pouco tempo lembrar da possibilidade era aparentemente uma coisa má. Imagino que agora já não seja.

acho que isso é confundir serradura com areia da praia.
os portugueses de que falas, sairam porque não encontravam emprego.
o deus menor quer sair porque está amuado.
e nem percebeu que o pode fazer quando entender.

L

Não sei se percebeu que as pessoas podem sair, mas o que ele disse confunde-se com o que tu dizes -- tu dizes que as pessoas saem porque não conseguem emprego, e ele diz que as pessoas saem porque não conseguem uma vida normal. Certamente que não conseguir emprego dá cabo da possibilidade de uma vida normal, e certamente que tu também reconheces que há quem consiga emprego em Portugal e ainda assim saia porque lá fora as condições são melhores -- ou seja, porque consideram que as condições em Portugal não são suficientes para uma vida normal que a sua profissão lhes deveria conseguir proporcionar.

De resto, há exemplos do segundo segmento aqui no fórum -- pessoas que conseguiam estar empregues cá e que emigraram na mesma devido às condições superiores no estrangeiro.
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Lark

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #922 em: 2015-12-14 18:03:03 »

o deus menor quer sair porque está amuado.
e nem percebeu ainda que o pode fazer quando entender.

L

Mais uma prova da "tua Democracia"... se és tão Humanista porque não
"desconstruíste"  a minha proposta?
porque está baseada em factos : as pessoas saem dos Países porque os Países
são mal governados.



o texto que escreveste não se entende; está muito mal amanhado; não se percebe onde queres chegar.

Citar
Mais uma prova da "tua Democracia"

parece estar implícito que estou a dar provas da minha não democracia...
o que é que 'desprova' a minha democracia, no que escrevi?
atiraste isso à toa, certo?

Citar
se és tão Humanista...

atiras-me com o 'humanismo' à cara?
mas isso é um elogio!

Citar
porque não "desconstruíste"  a minha proposta?

mas eu desconstruí a tua proposta. Ou antes arrasei-a.
ora, se se baseia no pressuposto que as pessoas estão sequestradas no seu próprio país!
é um erro medonho. as pessoas podem sair e entrar quando lhes apetecer.

e qual é a ligação entre ser humanista e ter obrigação de desconstruír a tua proposta?

eu arrasei-a, mas não por causa do meu humanismo.
arrasei-a porque não faz sentido nenhum.

realmente, não se percebe onde é que querias chegar...

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #923 em: 2015-12-14 18:03:35 »


Não sei se percebeu que as pessoas podem sair, mas o que ele disse confunde-se com o que tu dizes -- tu dizes que as pessoas saem porque não conseguem emprego, e ele diz que as pessoas saem porque não conseguem uma vida normal. Certamente que não conseguir emprego dá cabo da possibilidade de uma vida normal, e certamente que tu também reconheces que há quem consiga emprego em Portugal e ainda assim saia porque lá fora as condições são melhores -- ou seja, porque consideram que as condições em Portugal não são suficientes para uma vida normal que a sua profissão lhes deveria conseguir proporcionar.



Repara que nem estou a falar de emprego estou a falar de justiça Social,
ainda agora li aqui o artigo da Helena Matos, no Obs, e a descriminação é gritante.

Como é que temos uma classe política que faz de conta que protege todos,
mas na prática só defende os seus.

O liberalismo significa as mesmas regras para todos, mas reconheço que os menos aptos
querem desvirtuar as regras porque prejudicam a sua incompetência. Só assim , de resto,
se justifica que o Krugman ganhou o nóóóbel  ;D

Deus Menor

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #924 em: 2015-12-14 18:07:26 »

mas eu desconstruí a tua proposta. Ou antes arrasei-a.


Como, se a montante admitiste que não percebeste o que disse?
Não faz sentido.

Lark

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #925 em: 2015-12-14 18:37:03 »

mas eu desconstruí a tua proposta. Ou antes arrasei-a.


Como, se a montante admitiste que não percebeste o que disse?
Não faz sentido.

desconstruí o que me pareceu ser a proposta em si, dada a ininteligibilidade do texto.

Citar
Deveria ser possível um Cidadão Europeu candidatar-se a outra Nacionalidade .

É criminoso o facto de sequestrar Cidadãos a viver num País que não zela por eles.

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #926 em: 2015-12-18 10:40:07 »
Citar
Alerta para três jiadistas é para toda a Europa


18.12.2015 às 8h08 Expresso.pt

Expresso confirma junto de autoridades que acompanham investigações terroristas que há um alerta em relação a três jiadistas. Esse alerta não é específico para Portugal

Há um alerta geral na Europa em relação a três jiadistas suspeitos de envolvimento terrorista. A informação foi confirmada esta manhã pelo Expresso junto de fontes de autoridades responsáveis pela investigação e acompanhamento do processo do Estado Islâmico em Portugal. As mesmas fontes garantem, no entanto, que não há nenhum alerta específico para Portugal. A informação vem na sequência da manchete de hoje do Jornal de Notícias, que diz hoje que há um alerta em Portugal.

A notícia avançada esta manhã pelo “Jornal de Notícias” diz que existem três jiadistas a ser procurados entre Portugal e Espanha. O jornal vai ao detalhe de apresentar o nome do alegado cabecilha (Samir Bouzid é o nome que surge no seu bilhete de identidade, que poderá ser falso) e de indicar que viaja num Citroën de cor escura e matrícula francesa. A presença de Bouzid foi também anteriormente detetada na Bélgica.

De acordo com o “JN”, as autoridades portuguesas receberam na última semana da Interpol e da polícia espanhola informações sobre a presença dos três jiadistas franceses em Portugal, identificados como Guiavarch, Memdi Kaddour e Samir Bouzid.

O mesmo jornal adianta ainda que que um dos terroristas poderá estar acompanhado por uma mulher e crianças.

[Notícia atualizada às 9h11]

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“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #928 em: 2015-12-20 20:30:44 »
 ;D

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #929 em: 2015-12-20 21:48:57 »
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Porque é que os dinamarqueses não se indignam com o que fazem aos refugiados ?

  Publico 20/12/2015 - 19:54

Eurodeputado do partido do primeiro-ministro Rasmussen mudou-se para os sociais-democratas e acusou o Governo de estar a vender a alma à extrema-direita, com a lei para confiscar jóias aos requerentes de asilo.
 
A Dinamarca deve receber 20 mil refugiados até ao final do ano 

Dinamarca admite confiscar jóias a requerentes de asilo

 Dinamarca anuncia controlos de fronteira contra imigrantes e tráfico ilegal

 A Dinamarca virou à direita com subida de partido anti-imigração

O pacote de reforma da lei da imigração e asilo que o Governo dinamarquês está a preparar para ir a votação em Janeiro, e que inclui a confiscação de dinheiro ou jóias e outros objectos a refugiados que pareçam ter um valor superior a 3000 coroas (400 euros), levou um eurodeputado do partido do primeiro-ministro liberal Lars Lokke Rasmussen a passar para uma formação de esquerda, o Partido Social-Democrata. O Governo, diz, vendeu-se à extrema-direita do Partido do Povo Dinamarquês, que o apoia no Parlamento.
 
“As opiniões do Partido do Povo Dinamarquês são legítimas, mas não compreendo porque é que temos de as copiar”, declarou o eurodeputado Jens Rohde numa entrevista ao jornal Politiken publicada neste domingo, onde explicou a sua atitude. “Estou preocupado por não ver uma grande indignação no povo dinamarquês, por não ver mais pessoas a dizer que isto não pode ser assim. Não podemos aceitar que tirem as últimas jóias e os últimos restos de dignidade aos refugiados que cheguem à Dinamarca”, afirmou.

O novo pacote inclui 34 medidas para diminuir a imigração – embora neste ano em que a Europa recebeu tantos refugiados por causa da guerra na Síria, a Dinamarca tenha sido essencialmente um país de passagem, de caminho para a Suécia. Deve receber 20 mil refugiados até ao final do ano, enquanto a Suécia aponta para 200 mil.

A medida que mais escândalo causou na reforma da lei da imigração foi a intenção de permitir aos guardas de fronteira revistar as malas dos refugiados em busca de bens valiosos que poderão ser confiscados para pagar despesas relacionadas com os cuidados que o Estado tem com eles. “A Europa está a receber um grande número de refugiados. A Dinamarca recebe a sua parte. Mas se receber um grande número, a sociedade dinamarquesa fica sob pressão, e torna-se mais difícil garantir uma integração com sucesso”, defendeu na televisão a ministra da Integração, Inger Stojberg.

Segundo o que se entende do texto da lei – que será votada em Janeiro e deverá entrar em vigor em Fevereiro, diz o Washington Post – serão os próprios polícias na fronteira a decidir o que valerá mais de 400 euros ou menos. “Mas eles não são qualificados para isso”, sublinhou ao diário francês Libération Uffe Elbak, membro do novo partido ecologista de esquerda Alternativet, que entrou no Parlamento em Junho com 4,8% dos votos. Terão também de decidir no momento se os objectos a confiscar têm ou não “valor sentimental” para os refugiados – o que poderá evitar que sejam tomadas pelo Estado. Por outro lado, o decreto é omisso sobre o que será feito dos bens confiscados, diz o Libération.

Mas a confiscação de bens é algo que na Europa evoca uma memória violenta e que se julgava não poder regressar: a dos nazis que espoliaram os judeus de todos os seus bens, móveis e imóveis, até dos seus corpos – dos dentes de ouro, dos cabelos, da roupa usada que era reciclada para enviar para a Alemanha no esforço de guerra. Martin Lidegaard, um especialista de relações internacional do Partido Liberal Social, avisou que esta proposta causa danos à reputação internacional da Dinamarca, diz o Washington Post.

“Na Dinamarca, se tiver uma fortuna, pode arranjar-se sozinho. Se não tiver dinheiro, a comunidade paga. É o que acontece aos beneficiários das prestações sociais, e é o que acontece com os requerentes de asilo”, tentou explicar o primeiro-ministro dinamarquês em Bruxelas, na sexta-feira, face à tempestade suscitada internacionalmente.

O seu partido, de centro-direita, teve apenas 35 dos 179 deputados do Parlamento nas legislativas de Junho e a coligação governamental precisa do apoio da extrema-direita xenófoba, intensamente anti-imigração, para governar. A extrema-direita teve 21,1% dos votos – mais que o Partido Liberal (19,5%) do primeiro-ministro Rasmussen.

Por isso, não é a primeira vez que a Dinamarca, ao contrário da vizinha Suécia, aplica medidas restritivas da imigração ou da política de asilo – já reduziu os benefícios pagos aos refugiados em cerca de 50%. No Verão, Copenhaga fez publicar anúncios em jornais libaneses avisando refugiados sírios para não tentarem viajar até à Europa – pelo menos na Dinamarca, não seriam aceites. Algo semelhante ao que fez o partido de extrema-direita do país vizinho, os Democratas Suecos.

O principal objectivo desta lei, dizem analistas, é mesmo afugentar potenciais imigrantes e refugiados. Há uma petição online para exigir a retirada do decreto da agenda do Parlamento – no sábado mais de 8000 pessoas já a tinham assinado.

purehawk

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #930 em: 2015-12-30 03:25:10 »
Não tenho acompanhado o tópico deste a minha última intervenção.
(Ando um baldas, eu sei)

    ;D


Hoje lembrei-me da intervenção que fiz e do feedback que recebi, (AQUI), ao ler esta entrevista no Expresso de um históriador que não conhecia (mea ignorância): NIALL FERGUSON. Deixo aqui uma passagem da opinião dele sobre a problemática dos refugiados:


Devíamos na Europa lidar com o problema dos refugiados de outra maneira, também por causa do grave problema demográfico?

É naïf a visão de que a Europa tem um problema demográfico e do outro lado estão pessoas jovens e em idade ativa, e que portanto há aqui uma solução. Basta olhar para os dados. Os países continentais europeus são muito maus a integrar na sua força de trabalho aqueles que pedem asilo. Dados da OCDE mostram que a taxa de desemprego na Alemanha entre os que não nasceram no país é 70% mais elevada do que a registada entre os que nasceram na Alemanha. E mesmo na Suécia, que é o melhor exemplo de integração, a taxa de desemprego entre os que não nasceram no país é duas vezes e meia mais elevada. Estes países têm um registo histórico de falhanço a integrar estrangeiros, em particular se vierem de países muçulmanos. Então, porque é que de repente iam mudar o seu comportamento perante esta crise dos refugiados? O que nos leva a pensar que poderiam integrar 1,5 milhões de refugiados quando falharam na integração de 150 mil pessoas anteriormente? Em França, por exemplo, há enormes subúrbios deprimidos cheios de emigrantes de segunda e terceira geração desempregados que não se conseguiram integrar. Isto não vai acabar bem. A economia europeia não está preparada para absorver tantos imigrantes. A economia norte-americana, pelo contrário, está. Sabe qual é a diferença na taxa de desemprego nos EUA entre nascidos e não nascidos no país? Zero. O problema europeu não vai ser resolvido pela imigração, a menos que o mercado laboral na Europa funcione como nos Estados Unidos. É capaz de me dizer o nome de um político europeu que seja capaz de ir à televisão e dizer que temos de ter na Europa as regras laborais dos EUA? Enchem todos a boca com a Europa social. Bullshit. É a Europa do desemprego.


Entrevista toda aqui:
http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-12-12-O-Ocidente-acabou.-O-declinio-e-irreversivel


Vale a pena ler.
Divirtam-se

    :P
« Última modificação: 2015-12-30 06:25:46 por purehawk »

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #932 em: 2015-12-30 08:56:20 »
Não tenho acompanhado o tópico deste a minha última intervenção.
(Ando um baldas, eu sei)

    ;D


Hoje lembrei-me da intervenção que fiz e do feedback que recebi, (AQUI), ao ler esta entrevista no Expresso de um históriador que não conhecia (mea ignorância): NIALL FERGUSON. Deixo aqui uma passagem da opinião dele sobre a problemática dos refugiados:


Devíamos na Europa lidar com o problema dos refugiados de outra maneira, também por causa do grave problema demográfico?

É naïf a visão de que a Europa tem um problema demográfico e do outro lado estão pessoas jovens e em idade ativa, e que portanto há aqui uma solução. Basta olhar para os dados. Os países continentais europeus são muito maus a integrar na sua força de trabalho aqueles que pedem asilo. Dados da OCDE mostram que a taxa de desemprego na Alemanha entre os que não nasceram no país é 70% mais elevada do que a registada entre os que nasceram na Alemanha. E mesmo na Suécia, que é o melhor exemplo de integração, a taxa de desemprego entre os que não nasceram no país é duas vezes e meia mais elevada. Estes países têm um registo histórico de falhanço a integrar estrangeiros, em particular se vierem de países muçulmanos. Então, porque é que de repente iam mudar o seu comportamento perante esta crise dos refugiados? O que nos leva a pensar que poderiam integrar 1,5 milhões de refugiados quando falharam na integração de 150 mil pessoas anteriormente? Em França, por exemplo, há enormes subúrbios deprimidos cheios de emigrantes de segunda e terceira geração desempregados que não se conseguiram integrar. Isto não vai acabar bem. A economia europeia não está preparada para absorver tantos imigrantes. A economia norte-americana, pelo contrário, está. Sabe qual é a diferença na taxa de desemprego nos EUA entre nascidos e não nascidos no país? Zero. O problema europeu não vai ser resolvido pela imigração, a menos que o mercado laboral na Europa funcione como nos Estados Unidos. É capaz de me dizer o nome de um político europeu que seja capaz de ir à televisão e dizer que temos de ter na Europa as regras laborais dos EUA? Enchem todos a boca com a Europa social. Bullshit. É a Europa do desemprego.


Entrevista toda aqui:
http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-12-12-O-Ocidente-acabou.-O-declinio-e-irreversivel


Vale a pena ler.
Divirtam-se

    :P


O engraçado é que isso coloca o problema como sendo um dos países a integrar as pessoas, e não um das pessoas a integrarem-se. Alguém que comece uma actividade cujo produto ou serviço seja atraente para o mercado dificilmente vê a sua integração rejeitada. Pensar que a responsabilidade de criar emprego é algo "dos outros" é uma absurdidade (também muito espalhada em Portugal).

E de notar que essa até é uma perspectiva de um céptico. Que fará a de alguém para quem "olhar para os dados" já é em si uma heresia.

----

Na Europa é improvável que o problema seja dos países, quando mesmo a resposta indica vários países com atitudes diferentes e ainda assim com o mesmo fenómeno a passar-se.

Nos EUA, existem muitas diferenças:
* O mercado laboral, como indicado, espera mais do próprio trabalhador e é mais fluído -- a quantidade de pessoas despedidas e contratadas por mês é extraordinária.
* Muitos dos emigrantes para os EUA ou só vão porque já vão trabalhar (visas) ou emigram para lá ilegalmente em procura de trabalho. Para a Europa muita da emigração procura os apoios precisamente para não trabalhar (basta ver estas rejeições de Portugal, a tendência para querem ir para os países nórdicos, etc).
* Existem na mesma grandes diferenças de nível de emprego, mas estas verificam-se segundo outras variáveis que não o nascidos lá ou não (educação, etnia, etc).

----

Adicionalmente, não é garantido que o desemprego não seja também mais elevado entre muçulmanos nos EUA (emigrantes ou locais), tal como na Europa (e na Austrália, e sabe-se lá mais onde):

http://www.people-press.org/2011/08/30/section-1-a-demographic-portrait-of-muslim-americans/

Mas também não é garantido que o seja (mais elevado). Teria que se corrigir pela etnia e pela idade.
« Última modificação: 2015-12-30 09:07:51 por Incognitus »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #933 em: 2015-12-30 14:47:14 »
Tendo em conta que são mais jovens, provavelmente haverá algum excesso de desemprego. Mas provavelmente menos do que na Europa.
Por outro lado, os rendimentos estão expressos por agregado familiar e não por indivíduo. Como as famílias são provavelmente maiores, o rendimento médio per capita deve ser inferior.
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“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #934 em: 2016-01-01 11:57:53 »
Jim Chanos: "We Are In The Golden Age of Fraud".

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #935 em: 2016-01-01 12:23:25 »
Na prática as coisas estão piores pois:
- a % já é muito superior nos escalões etários mais jovens;
- para além de serem mais jovens, esses jovens têm mais filho do que a população autóctone;
- existem sempre alguns clandestinos que escapam às estatísticas;
- a imigração de muçulmanos para a Europa continua.
« Última modificação: 2016-01-01 12:26:25 por D. Antunes »
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #936 em: 2016-01-02 02:22:45 »
Este artigo explica o debate e o que nele não faz sentido.

The Shame and the Disgrace of the Pro-Islamist Left
http://quillette.com/2015/12/06/the-shame-and-the-disgrace-of-the-pro-islamist-left/
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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #937 em: 2016-01-05 16:34:55 »
Muito interessante Inc.


E parece que os árabes que foram para a Alemanha são tão civilizados como os que tinham ido para a Suécia:

http://www.dn.pt/sociedade/interior/alemanha-chocada-com-onda-de-agressoes-sexuais-durante-passagem-do-ano-4965147.html

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Re: Temos de respeitar as outras culturas, não é ?
« Responder #938 em: 2016-01-05 17:39:12 »
Não faço ideia se é verdade ou se Russos são mais ou menos propensos a serem alvos, mas fica a curiosidade. De resto isto supostamente aconteceu antes da queda do muro.



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« Última modificação: 2016-01-05 19:31:37 por D. Antunes »
“Price is what you pay. Value is what you get.”
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