Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1840045 vezes)

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9620 em: 2015-10-11 14:59:11 »
Impressionante que a extrema esquerda caviar - tão bem representada pelo lark - já está toda calada que nem ratos acerca da grecia. Agora são os refugiados.

 :D

Citar
Dani Rodrik
Follow @rodrikdani

Dani Rodrik is Professor of International Political Economy at Harvard University’s John F. Kennedy School of Government. He is the author of One Economics, Many Recipes: Globalization, Institutions, and Economic Growth and, most recently, The Globalization Paradox: Democracy and the Future of the W… read more

OCT 8, 2015 12
The Mirage of Structural Reform

ATHENS – Every economic program imposed on Greece by its creditors since the financial crisis struck in 2009 has been held together by a central conceit: that structural reforms, conceived boldly and implemented without slippage, would bring about rapid economic recovery. The European Commission, the European Central Bank, and the International Monetary Fund anticipated that fiscal austerity would be costly to incomes and employment – though they significantly underestimated just how costly. But they argued that long-delayed (and much-needed) pro-market reforms would result in a compensatory boost to the Greek economy.

Any serious assessment of the actual results produced by structural reforms around the world – particularly in Latin America and Eastern Europe since 1990 – would have poured cold water on such expectations. Privatization, deregulation, and liberalization typically produce growth in the longer term at best, with short-run effects that are often negative.

It is not that governments cannot engineer quick growth takeoffs. In fact, such growth accelerations are quite common around the world. But they are associated with more targeted, selective removal of key obstacles, rather than broad liberalization and economy-wide reform efforts.

The theory behind structural reforms is simple: opening the economy to competition will increase the efficiency with which resources are allocated. Open up regulated professions – pharmacies, notaries, and taxicabs, for example – and inefficient suppliers will be driven out by more productive firms. Privatize state enterprises, and the new management will rationalize production (and shed all the excess workers who owe their jobs to political patronage).

These changes do not directly induce economic growth, but they increase the economy’s potential – or long-run – income. Growth itself occurs as the economy begins to converge to this higher level of long-run income.

Many academic studies have found that the rate of convergence tends to be about 2% per year. That is, each year, an economy tends to close 2% of the gap between its actual and potential income levels.

This estimate helps us gauge the magnitude of growth we can expect from structural reform. Let’s be hyper-optimistic and suppose that structural reforms enable Greece to double its potential income over three years – pushing Greek per capita GDP significantly beyond the European Union average. Applying convergence math, this would produce an annual growth boost of only about 1.3%, on average, over the next three years. To place this number in perspective, remember that Greek GDP has shrunk by 25% since 2009.

So, if structural reforms have not paid off in Greece, it is not because Greek governments have slacked off. Greece’s record on implementation is actually pretty good. From 2010 to 2015, Greece climbed nearly 40 places in the World Banks’s business-environment rankings. Instead, the current disappointment arises from the very logic of structural reform: most of the benefits come much later, not when a country really needs them.

There is an alternative strategy that could produce significantly more rapid growth. A selective approach that targets the “binding constraints” – those areas where the growth returns are the greatest – would maximize early benefits. It would also ensure that the Greek authorities spend valuable political and human capital on the battles that really matter.

So, which binding constraints in the Greek economy should be targeted?

The biggest bang for the reform buck would be obtained from increasing the profitability of tradables – spurring investment and entrepreneurship in export activities, both existing and new. Of course, Greece lacks the most direct instrument for achieving this – currency depreciation – owing to its eurozone membership. But other countries’ experience provides a rich inventory of alternative tools for export promotion – from tax incentives to special zones to targeted infrastructure projects.

Most urgently, Greece needs to create an institution close to the prime minister that is tasked with fostering a dialogue with potential investors. The institution needs the authority to remove the obstacles it identifies, rather than having its proposals languish in various ministries. Such obstacles are typically highly specific – a zoning regulation here, a training program there – and are unlikely to be well targeted by broad structural reforms.

The absence to date of a single-minded focus on tradables has been costly. Different reforms have had conflicting effects on export competitiveness. For example, in manufacturing, the competitiveness benefits of wage cuts (“internal devaluation”) were offset by the increases in energy costs resulting from fiscal austerity measures and price adjustments by state enterprises. A more focused reform strategy could have protected exporting activities from such adverse effects.

Conventional structural reform tends to be biased toward “best practices” – policy remedies that are supposedly universally valid. But, as successful countries around the world have discovered, a best-practice mindset does not help much in promoting new exports. Lacking its own currency, the Greek government will have to be especially creative and imaginative.

In particular, the experience of other countries suggests that a quick supply response is likely to require selective, discretionary policies in favor of exporters, rather than the “horizontal” policies that advocates of conventional structural reform prefer. Therein lies a paradox: The more orthodox Greece’s macro and fiscal strategy is, the more heterodox its growth strategy will have to be.


http://www.project-syndicate.org/commentary/greece-structural-reform-mirage-by-dani-rodrik-2015-10

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9621 em: 2015-10-13 15:01:12 »
http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-tsipras-vai-a-exame-sextafeira_231559.html
Citar
Quando Alexis Tsipras se demitiu e lançou a Grécia nas segundas legislativas de 2015, apostou na reeleição e na conquista de um novo grupo parlamentar que, saído do Syriza e de um aliado, garantisse a maioria que garantisse a estabilidade.

O primeiro choque do renovado Tsipras com a realidade poderá ocorrer já na sexta-feira, quando regressar do encontro de chefes de estado e de governo em Bruxelas, relativo à crise de refugiados. Será então que se votará, no Parlamento grego, as medidas que o primeiro-ministro eleito e reeleito em 2015 deu a conhecer.

O documento inicial com as medidas propostas pelo Governo para assegurar a cedência à Grécia de mais 2.000 milhões de euros referentes ao terceiro resgate - assinado por Tsipras antes das eleições - foi discutido entre os deputados do Syriza e apresentado pelo Governo. Até à votação no parlamento na sexta-feira dará vários passos, começando já hoje a ser analisado pelos comités Económico, Social, Produção e Comércio. Na quarta-feira emitirão o seu relatório conjunto. Antes de os deputados apresentarem o seu voto, debaterão as medidas durante quinta e sexta-feira.

Conta o jornal Kathimerini que Nikos Nikolopoulos, um dos deputados do partido da coligação, Gregos Independentes, já anunciou um braço-de-ferro com o Governo. Será, à partida, menos um dos quatro deputados que o executivo leva de vantagem sobre toda a oposição.

Tal como aconteceu em Portugal durante a presença da ‘troika', e nos dois resgates gregos anteriores, o Governo terá de aprovar no parlamento legislação que conduza a reformas exigidas pelos credores. Para o pacote de 2.000 milhões de euros serão apresentadas medidas como o fim faseado das pensões antecipadas - até 2022, deverá entrar em vigor o limite mínimo de 67 anos -, uma das mexidas de fundo no sistema de pensões. Quem se tenha candidatado à reforma antes de 18 de Agosto estará isento das alterações. Contudo, aqueles que já estão aposentados e ainda não têm 67 anos terão 10% de corte no valor do seu cheque mensal.

Outras alterações surgirão no aumento de penalizações por evasão fiscal - pena de prisão até dois anos - e do imposto sobre rendas imobiliárias, de 11 para 15% para rendimentos até 12 mil euros e de 33 a 35% para valores superiores. E isto com efeito retroactivo a 1 de Janeiro. A cobrança será efectuada independentemente de receberem, ou não, o respectivo valor da renda dos inquilinos. Algo que, explica o Financial Times, poderá ser especialmente problemático em Atenas, onde o incumprimento é elevado. O Kathimerini escreve que a associação dos proprietários já as designou de "medidas brutais".

Outro grupo afectado será o dos agricultores, que além da possível perda de subsídios de combustível, poderão em breve ver o imposto sobre rendimento comercial ser duplicado para os 26% normais na Grécia. E, explica o Financial Times (FT), pagos à cabeça.

Além de decisões que tentam colocar as contas de 2015 em linha com a previsão, haverá medidas - ao todo, 50, segundo o FT - também vistas em Portugal, como a liberalização do mercado do gás. O aumento de IVA já foi feito de 13 para 23% em seis ilhas abastadas com elevado turismo, mas ainda se mantêm dúzias menos populares onde o imposto segue inalterado, talvez à espera de novos pacotes de medidas necessários, entre os quais o que previsivelmente no próximo mês será adoptados para justificar mais um cheque de 15 a 25 milhões de euros necessários para recapitalização dos quatro maiores bancos gregos - valores ainda em negociação com o BCE.

Para se juntarem às "vítimas" da austeridade, os deputados aceitaram, segundo anunciou o Governo, um corte de 10% nos seus vencimentos e a perda da isenção parcial de IRS. Também neste lado da Europa já se passou por este exemplo, quando, em 2010, Espanha e Portugal decidiram retirar aos deputados - além de outros funcionários ligados à máquina do Estado -exactamente 10% do seu vencimento.


Austeridade sabe melhor quando feita pela esquerda caviar.  :D

Comentários da extrema esquerda? (silêncio absoluto)
« Última modificação: 2015-10-13 15:29:26 por Incognitus »

Counter Retail Trader

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9622 em: 2015-10-17 23:07:42 »
Ja falamos nisto tanta vez.... este diz que se chegou a frente pelo Eurobank , a mim pareceu me mais pump and dump
Aqui fica a quem interessar..

http://www.issuu.com/instituteoftrading/docs/eurobank_analysis

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9623 em: 2015-10-27 10:07:12 »
Estes falham logo na primeira revisão.  :D

Citar
Grécia não deve receber próxima parte do empréstimo a tempo


Técnicos da troika estão em Atenas a avaliar progressos na implementação do programa, mas o atraso é de tal ordem que os credores não estão dispostos a desembolsar a tranche no calendário previsto.


O novo resgate à Grécia já está com atrasos e a tranche de outubro não deverá ser recebida a tempo devido a atrasos na implementação das medidas acordadas entre a Grécia e os credores, avança o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, citando um alto responsável da União Europeia.

A Grécia deveria receber cerca de dois mil milhões de euros assim que terminasse com sucesso a primeira revisão do terceiro resgate, mas, e apesar de Alexis Tsipras se ter comprometido com a rápida implementação do programa, o Governo só implementou 14 dos 48 passos previstos no acordo com os credores.

O Executivo de Atenas estará a tentar evitar aplicar algumas das medidas de austeridade com que se comprometeu no programa, citando para isso um cenário económico mais otimista que o previsto. Segundo o ministro-adjunto das Finanças da Grécia, a recessão este ano não deverá passar dos 1,4%, quando o programa prevê 2,3%, e será também menos severa em 2016.

No entanto, segundo o jornal alemão, os credores não estão dispostos a avançar com dinheiro sem que o Governo grego cumpra o prometido.

Entre os principais desentendimentos estará a reforma do sistema de pensões e a nova lei que regula as hipotecas no país, dois pontos assumidos publicamente pelo vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, que se reuniu esta segunda-feira em Atenas com Alexis Tsipras.

O Governo grego quer ainda evitar ter de implementar um aumento significativo nos impostos dos agricultores gregos, com as mudanças exigidas na tributação do gasóleo agrícola e nos benefícios no imposto sobre o rendimento aplicados a este poderoso grupo. O mesmo se passa com os impostos sobre as escolas privadas.

Por sua vez, como gesto de boa-fé e para tentar recuperar a confiança dos credores, a equipa de Tsipras pretende acelerar o programa de privatizações, um processo que falhou consistentemente ao longo dos últimos cinco anos de resgate ao Estado grego.

Na lista de ativos a vender até ao final do ano está a maioria do capital no Porto do Pireu e a concessão de 14 aeroportos regionais. Só no próximo ano os responsáveis gregos pretendem conseguir 3,5 mil milhões de euros com privatizações, mais do que o conseguido nos últimos quatro anos com a venda de ativos do Estado.
http://observador.pt/2015/10/27/grecia-nao-deve-receber-proxima-parte-do-emprestimo-a-tempo/

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9624 em: 2015-10-27 20:54:15 »
Citar
Varoufakis cobra 60 mil dólares por conferência quatro meses depois de ter sido ministro

O ex-ministro grego das Finanças está a ser criticado por tirar proveito de ter sido governante. Segundo o Proto Thema, Varoufakis cobra 60 mil dólares para discursar fora da Europa e 5 mil dólares para fazer um discurso na Europa.

A máxima de que "é mais importante ter sido ministro do que sê-lo" parece também aplicar-se a Yanis Varoufakis. Segundo o semanário grego Proto Thema, as conferências em que Varoufakis se tem desmultiplicado são pagas a peso de ouro.
 
Aquele jornal refere que Varoufakis cobra actualmente 60 mil dólares (54,4 mil euros) para discursar num país exterior ao continente europeu, sendo que para fazer um discurso num país do Velho Continente o economista especialista em Teoria dos Jogos recebe 5 mil dólares (4.500 mil euros). Já para dar uma aula numa universidade europeia, Varoufakis cobra apenas 1.500 dólares (1.400 mil euros).
 
O Proto Thema teve acesso à "tabela de preços" do marxista convicto Varoufakis através de um email enviado para a London Speaker Bureau. Esta agência representa actualmente o polémico ex-ministro grego que tanta controvérsia gerou devido às posições assumidas nas reuniões do Eurogrupo, mas também devido a um enorme rol de outros factores, como o irreverente vestuário. De acordo com aquela publicação, entre as exigências feitas por Varoufakis está também a necessidade de viajar "em classe executiva".
 
O Proto Thema, um semanário grego considerado populista, ataca o homem que se incompatibilizou com o primeiro-ministro Alexis Tsipras depois deste ter acordado um terceiro resgate com os credores da troika: "O homem que contribuiu para a catástrofe da economia grega ao obstruir as conversações com os credores internacionais e que levou o país a introduzir controlo de capitais é uma mina de ouro", escreveu o Proto Thema citado pelo Telegraph.
 
Durante os cerca de seis meses em que foi ministro, Varoufakis nunca hesitou em apontar o dedo aos países e credores que estariam a beneficiar da crise grega. Agora é o próprio Varoufakis a ser criticado por lucrar com o facto de ter sido governante durante uma fase especialmente importante para a Grécia, mas também para a Europa. Talvez devido a estas razões, mas também ao facto de ser considerado um "sex symbol", Yanis Varoufakis "está a ser muito requisitado", reconhece a agência London Speaker Bureau.

Na conferência "Democratizar a Zona Euro", realizada há cerca de 10 dias na Universidade de Coimbra, Varoufakis mereceu aplausos de todo o auditório que se levantou à sua chegada. O ex-ministro ainda não tinha aberto a boca e já tinha conquistado a plateia.

VladIII

  • Full Member
  • ***
  • Mensagens: 162
    • Ver Perfil
    • Chill
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9625 em: 2015-10-27 21:28:29 »
E o barroso? Parece que tambem ja anda nisso.

Zakk

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2271
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9626 em: 2015-10-28 09:59:29 »
Estes falham logo na primeira revisão.  :D

Citar
Grécia não deve receber próxima parte do empréstimo a tempo


Técnicos da troika estão em Atenas a avaliar progressos na implementação do programa, mas o atraso é de tal ordem que os credores não estão dispostos a desembolsar a tranche no calendário previsto.


O novo resgate à Grécia já está com atrasos e a tranche de outubro não deverá ser recebida a tempo devido a atrasos na implementação das medidas acordadas entre a Grécia e os credores, avança o jornal alemão Süddeutsche Zeitung, citando um alto responsável da União Europeia.

A Grécia deveria receber cerca de dois mil milhões de euros assim que terminasse com sucesso a primeira revisão do terceiro resgate, mas, e apesar de Alexis Tsipras se ter comprometido com a rápida implementação do programa, o Governo só implementou 14 dos 48 passos previstos no acordo com os credores.

O Executivo de Atenas estará a tentar evitar aplicar algumas das medidas de austeridade com que se comprometeu no programa, citando para isso um cenário económico mais otimista que o previsto. Segundo o ministro-adjunto das Finanças da Grécia, a recessão este ano não deverá passar dos 1,4%, quando o programa prevê 2,3%, e será também menos severa em 2016.

No entanto, segundo o jornal alemão, os credores não estão dispostos a avançar com dinheiro sem que o Governo grego cumpra o prometido.

Entre os principais desentendimentos estará a reforma do sistema de pensões e a nova lei que regula as hipotecas no país, dois pontos assumidos publicamente pelo vice-presidente da Comissão Europeia para o euro, que se reuniu esta segunda-feira em Atenas com Alexis Tsipras.

O Governo grego quer ainda evitar ter de implementar um aumento significativo nos impostos dos agricultores gregos, com as mudanças exigidas na tributação do gasóleo agrícola e nos benefícios no imposto sobre o rendimento aplicados a este poderoso grupo. O mesmo se passa com os impostos sobre as escolas privadas.

Por sua vez, como gesto de boa-fé e para tentar recuperar a confiança dos credores, a equipa de Tsipras pretende acelerar o programa de privatizações, um processo que falhou consistentemente ao longo dos últimos cinco anos de resgate ao Estado grego.

Na lista de ativos a vender até ao final do ano está a maioria do capital no Porto do Pireu e a concessão de 14 aeroportos regionais. Só no próximo ano os responsáveis gregos pretendem conseguir 3,5 mil milhões de euros com privatizações, mais do que o conseguido nos últimos quatro anos com a venda de ativos do Estado.
http://observador.pt/2015/10/27/grecia-nao-deve-receber-proxima-parte-do-emprestimo-a-tempo/



Os gregos fazem bem em testar as instituições, se o dinheiro vier sem grande esforço, portugal deve fazer o mesmo.

pedferre

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2599
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9627 em: 2015-10-28 10:50:51 »
O que seria ideal era Portugal não ter de andar a parasitar a europa como a Grécia faz, assim podiamos ter algum orgulho e além disso capacidade para nos governarmos sozinhos sem andar a pedinchar a terceiros, mas isso só seria possivel com outras elites que não temos. :)

Counter Retail Trader

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9628 em: 2015-10-28 11:08:34 »
Acho que me vou meter na politica e esquecer o que o meu avo disse "gente seria nao vai para a politica"

Fazer pior figura do que aquele gajo do PS que se ri na conferencia e nao sabe fazer contas etc.. é dificil...

itg00022289

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2332
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9629 em: 2015-10-28 11:23:44 »
Citar
Varoufakis cobra 60 mil dólares por conferência quatro meses depois de ter sido ministro

O ex-ministro grego das Finanças está a ser criticado por tirar proveito de ter sido governante. Segundo o Proto Thema, Varoufakis cobra 60 mil dólares para discursar fora da Europa e 5 mil dólares para fazer um discurso na Europa.

A máxima de que "é mais importante ter sido ministro do que sê-lo" parece também aplicar-se a Yanis Varoufakis. Segundo o semanário grego Proto Thema, as conferências em que Varoufakis se tem desmultiplicado são pagas a peso de ouro.
 
Aquele jornal refere que Varoufakis cobra actualmente 60 mil dólares (54,4 mil euros) para discursar num país exterior ao continente europeu, sendo que para fazer um discurso num país do Velho Continente o economista especialista em Teoria dos Jogos recebe 5 mil dólares (4.500 mil euros). Já para dar uma aula numa universidade europeia, Varoufakis cobra apenas 1.500 dólares (1.400 mil euros).
 
O Proto Thema teve acesso à "tabela de preços" do marxista convicto Varoufakis através de um email enviado para a London Speaker Bureau. Esta agência representa actualmente o polémico ex-ministro grego que tanta controvérsia gerou devido às posições assumidas nas reuniões do Eurogrupo, mas também devido a um enorme rol de outros factores, como o irreverente vestuário. De acordo com aquela publicação, entre as exigências feitas por Varoufakis está também a necessidade de viajar "em classe executiva".
 
O Proto Thema, um semanário grego considerado populista, ataca o homem que se incompatibilizou com o primeiro-ministro Alexis Tsipras depois deste ter acordado um terceiro resgate com os credores da troika: "O homem que contribuiu para a catástrofe da economia grega ao obstruir as conversações com os credores internacionais e que levou o país a introduzir controlo de capitais é uma mina de ouro", escreveu o Proto Thema citado pelo Telegraph.
 
Durante os cerca de seis meses em que foi ministro, Varoufakis nunca hesitou em apontar o dedo aos países e credores que estariam a beneficiar da crise grega. Agora é o próprio Varoufakis a ser criticado por lucrar com o facto de ter sido governante durante uma fase especialmente importante para a Grécia, mas também para a Europa. Talvez devido a estas razões, mas também ao facto de ser considerado um "sex symbol", Yanis Varoufakis "está a ser muito requisitado", reconhece a agência London Speaker Bureau.

Na conferência "Democratizar a Zona Euro", realizada há cerca de 10 dias na Universidade de Coimbra, Varoufakis mereceu aplausos de todo o auditório que se levantou à sua chegada. O ex-ministro ainda não tinha aberto a boca e já tinha conquistado a plateia.

grande Varou!!!
Quem disse que o homem apenas por atirar um país ao charco não sabe nada de finanças?!
Sabe e bastante, pelo menos de finanças pessoais.


itg00022289

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2332
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9630 em: 2015-10-28 12:19:20 »
E o barroso? Parece que tambem ja anda nisso.


Anda e não é pouco.
Eis o Tachódromo de Barroso

Citar
http://observador.pt/2015/10/28/durao-barroso-acumula-22-cargos-apos-a-comissao/

Os 22 ofícios de Durão Barroso:

Membro do Institute of Public Policy de Belgrado

Chairman da UEFA Foundation for Children

Professor visitante da Universidade de Princeton

Membro do conselho consultivo da McDonough Shool of Business, da Universidade de Georgetown.

Membro do conselho internacional da Ópera de Madrid

Membro da administração do The Europaeum

Membro do Steering Group das Conferências de Bilderberg

Atividades no Fórum Económico Mundial

Professor honorário do Instituto Politécnico de Macau

Membro do conselho consultivo do Women in Parliament

Membro honorário da administração da Fundação Jean Monnet para a Europa

Seminários e palestras na Universidade Católica de Leuven

Professor Visitante da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa)

Eventos com o Speakers Bureau in Londres e Washington

Professor visitante da Universidade de Genebra

Seminários e palestras na Universidade de Genebra

Professor visitante do Graduate Institute of International and Development Studies de Genebra

Professor visitante na Universidade da Califórnia

Co-Presidente honorário do Centro Europeu para a Cultura


« Última modificação: 2015-10-29 11:44:35 por itg00022289 »

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9631 em: 2015-10-28 13:19:39 »
Quem começa como Marxista já não endireita ...  :D
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

PMACS

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9632 em: 2015-10-29 19:44:52 »
Onde andam os defensores dos coitadinhos dos Gregos e exigimos a reestruturação da divida?
Tudo cadastrado e respectivos IMI's, pagava uma bela fatia da divida!

Mas vamos ao que interessa, bandidos dos Alemães...queremos mais dinheiro...
 >:(

Citar
Typically Greek, delayed land register is never-ending epic


When Greece applied for its first international bailout in 2010, only two countries in Europe lacked a computerised register of land ownership and usage. Albania was the other.

Experts from European Union and International Monetary Fund identified the lack of legal certainty about property rights and land usage as a major barrier to investment, proper taxation and economic development.

Five years on, Greece is on its third EU/IMF bailout. Each of those programmes has made a priority of completing a land register, known as a cadastre. Yet it is still less than half done despite spending hundreds of millions of euros with technical assistance from EU partners.

Meanwhile Albania, a far poorer Balkan neighbour that is still a distant candidate for EU membership, has leapfrogged Greece and implemented a digitised land registry and zoning map, even if some holes remain.

Greek newspapers call the never-ending epic of the cadastre, started in 1995 with EU funds that had to be returned to Brussels in 2003 because of misuse, "our national shame".

It is a microcosm of everything that remains to be fixed in the country - bureaucracy, political patronage, competing layers of government, legal complexity, fiscal uncertainty, vested interests, cheating, tax evasion and opaque relations between the two biggest landowners - the state and the church.

The continued absence of a comprehensive land registry is one reason why a privatisation programme announced in 2011 and initially meant to raise 50 billion euros (37 billion pounds) over five years has netted a mere 3.1 billion euros to date.

Roughly half of deals so far have come from the sale or lease of state land, including a flagship plan to sell the disused Hellenikon airport site next to Athens which is still stalled.

The 50 billion euro goal was reaffirmed in the third bailout package agreed in August but stretched out over 30 years.

The state cannot sell its prime real estate while disputes fester in the courts about ownership, boundaries and zoning.

"We have to give investors certainty that whatever they get from the Greek state they can actually realise," said Lila Tsitsogiannopoulou, executive director of the Hellenic Republic Asset Development Fund in charge of land privatisation. "We still have a long way to go. We still have so many authorities."

ILLEGAL HOUSE OWNERS' UNION

The country even boasts a union of illegal house owners that campaigns to legalise their homes.

Michael Vlahakis a 60-year-old pensioner from Heraklion, the main city on Greece's largest island Crete, is president of the "Residents Outside Town Planning" club, which he says represents some 45,000 illegal home owners on the island.

"Our club is unique in Greece, in Europe and probably in the whole planet because Greece is the only country in Europe that doesn't have a cadastre," he told Reuters in an interview.

"We still don't know what is mountain, what is forest and what is a building or a house."

About two-thirds of Greeks lived in the countryside until the 1960s, when a massive rural exodus began. Now more than half live in the cities of Athens, Thessaloniki and Heraklion.

Vlahakis, who says he has built two illegal houses, one for himself and his wife, the other for his daughter, was invited to Athens four years ago to address lawmakers and ministers in parliament on the need to adapt town planning to reality.

"They haven't done it since the mid-1980s despite the fact that Heraklion city has more than tripled in terms of houses and land since then," he said, describing an upside-down urban development process.

"In Greece we build the houses first, then the roads, after that the infrastructure - waste system, electricity and water network - and at the end the sidewalks."

Politicians, real estate developers and construction firms had all sabotaged the cadastre project to protect their interests, Vlahakis said.

According to Dimitris Rokos, director of planning and investment at the National Cadastre and Mapping Agency, just 25.3 percent of the country has been completely mapped, another 22 percent is in the works and contracts have yet to be awarded for just over 50 percent.

The agency has lost key staff such as the IT director and top legal experts to the private sector due to steep pay cuts under austerity measures imposed by Greece's lenders. It also endured long months without a budget in the last five years.

It remains shackled by being a public utility company under the authority of the environment ministry, even though it is partly self-financing. The chairmanship has changed four times in as many years, mirroring successive governments, including twice this year when a hard left minister was appointed, then sacked.

Originally due to have been completed in 2008, the cadastre has an overall budget of 1.2 billion euros and is now supposed to be completed in 2020.

That seems wildly optimistic, but Rokos said the deadline could still be achieved if the agency were given greater financial and management autonomy to run more efficiently.

"It is still realistic if the government takes some basic strategic decisions by the end of the year," he said.

'MAKE IT SIMPLE'

European officials who have been involved in trying to help speed up the job say it is impossible to tell when it will be finished and have urged a radical simplification.

"It is so complex that no one dares to say 'let's make it simple'," said Rik Wouters, a veteran Dutch cadastre official who led the European team that tried to help Greece between 2011 and late 2014, when an EU Task Force was withdrawn.

Wouters, managing director of the European Land Information Service, said in a telephone interview he had recommended the project be streamlined using tax records and old land registers to identify property holders and produce an index map locating land parcels rather than the more cumbersome delineation of boundaries to the centimetre.

Some of the problems are the legacy of history. Greece was part of the Ottoman Empire for centuries until 1830 and has since been scarred by wars, occupation and mass migration.

Most land transaction records in this nation of 11 million people, sprawling over 132,000 square km, are still handwritten in ledgers held by local registrars.

There are no title deeds for land in some parts of the country, and any area for which documents proving private ownership are not available from 1883 onwards is deemed to be state land, causing endless legal disputes.

Compounding the problem, resolving business disputes through the courts takes nearly three times as long in Greece as the average in members of the Organisation for Economic Cooperation and Development, a rich countries' club.

The Greek Orthodox Church has no central land registry, forcing the state cadastre agency to deal with individual monasteries or diocese to try to establish land ownership and delineate boundaries.

Documents may be two centuries old and define the limits of properties with reference to landmarks that no longer exist, or using fuzzy phrases such as "500 paces from the olive tree" or "five stone throws in this direction".

WHAT'S A FOREST?

Roughly 60 percent of the country is officially designated as forest, protected by the Greek constitution from economic exploitation. The perimeters of forests are largely delineated by aerial photographs taken shortly after World War Two.

Areas that have since been deforested, including several of the Cyclades islands, remain registered as forest even though they may not have a single tree. Much of suburban Athens is still officially forest, since the city expanded massively in the 20th century with no equivalent changes in land zoning.

Attempts to change the status quo, whether for economic development or practical purposes such as creating a cemetery to bury the dead, encounter often fierce resistance that can lead to years of litigation.

"Clearly, if you're an illegal owner in Greece, you don't want this cadastre project ever to be finished," said George Papaconstantinou, who tried to speed up the exercise as environment minister in 2011 but ran into a wall of opposition.

"There is also a lot of resistance from other vested interests - surveyors, local notaries, property registrars - who could be out of a job once the project is finished. They put lots of legal and bureaucratic obstacles in the way."

The fact that many local authorities have no master plan for land usage, and that residents or campaigners can use slow-motion litigation to wreck investment projects, compounds the problem, Papaconstantinou said.

He cited the example of a consortium that wanted to invest several hundred million euros to build an eco-friendly luxury hotel on the Aegean island of Milos.

After a five-year wait, the project was denied planning permission because it was deemed to threaten the natural habitat of a rare species of venomous snake present on only four Greek islands.

"They offered to build a special reservation for the vipers, but I couldn't help. Even if I had approved the plan, the Council of State (Greece's supreme administrative court) would have unravelled it," Papaconstantinou said.

($1 = 0.8814 euros)

(Additional reporting by Angeliki Koutantou and Renee Maltezou; Writing by Paul Taylor; Editing by Peter Graff)

http://uk.reuters.com/article/2015/10/18/uk-eurozone-greece-cadastre-insight-idUKKCN0SC0LA20151018

Thunder

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 2009
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9633 em: 2015-10-31 17:02:44 »
http://economico.sapo.pt/noticias/quatro-maiores-bancos-gregos-precisam-de-144-mil-milhoes-de-euros-para-tapar-buraco_233285.html

"Quatro maiores bancos gregos precisam de 14,4 mil milhões de euros para tapar 'buraco' "

"Os testes à saúde financeira dos bancos gregos, conhecida como uma "avaliação global", realizada pelo departamento de supervisão bancária do BCE, identificou uma falta de capital de 4,4 mil milhões de euros no âmbito de um cenário de referência e 14,4 mil milhões de euros num cenário adverso, disse a instituição europeia em comunicado."
« Última modificação: 2015-10-31 17:03:56 por Thunder »
Nullius in Verba
Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
Bulls make money, bears make money.... pigs get slaughtered

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9634 em: 2015-11-01 11:19:25 »
Efeito Extrema esquerda: 45 mil milhões de euros vaporizados dos bancos.  :D

Não admira que tenha baixado as calças aos alemães em modo ultra rápido. VAI TSIPRAS!!!!!!!



Agora o lark não diz nada. Calado que nem um rato.

www.bloomberg.com/news/articles/2015-10-31/greek-banks-must-raise-14-4-billion-euros-after-ecb-stress-test
« Última modificação: 2015-11-01 12:13:59 por Incognitus »

Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9635 em: 2015-11-01 13:04:03 »
7 passos a frente !

Kin2010

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 3989
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9636 em: 2015-11-05 00:46:24 »
E no entanto o GREK tem andado a subir. Já estou a ganhar. Nos últimos meses esteve mais ou menos no range 9.0 - 10.5, e agora está no topo desse range. Mantenho.

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9637 em: 2015-11-05 09:31:10 »
Agora que o tsipras já deixou para trás as suas ideias da esquerdalha caviar revolucionária, abraçando a social-democracia e a austeridade com toda a força, é possível que aumente.

Quem diz o tsipras, diz o lark, o varoufakis, etc. Tudo calado que nem ratos.

Counter Retail Trader

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9638 em: 2015-11-05 10:27:27 »
Talvez afinal aquela recomendação do Eurobank  nao seja assim tao descabida no curto/medio prazo...

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9639 em: 2015-11-08 14:14:19 »
É engraçado como a Grécia deixou de ser assunto depois do Tsipras ter baixado as calças.
Grécia corre contra o tempo antes da reunião do Eurogrupo