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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1842119 vezes)

Zel

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9240 em: 2015-08-01 16:53:15 »
com uma saida de grecia a prob de portugal sair diminiu em vez de aumentar, como diz o lark.
a razao eh que a alemanha vai querer demonstrar que o "bom aluno" eh bom aluno e a receita resulta

valves1

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9241 em: 2015-08-01 17:59:19 »
Mas o que e que a Alemanha faria por Portugal  para demonstrar que a receita resulta  ?
Na minha opiniao por cada pais do Sul que saia as probabilidades de Portugal seguir o mesmo caminho  aumentam em vez de diminuirem;
"O poder só sobe a cabeça quando encontra o local vazio."

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9242 em: 2015-08-01 18:03:59 »
Mas o que e que a Alemanha faria por Portugal  para demonstrar que a receita resulta  ?
Na minha opiniao por cada pais do Sul que saia as probabilidades de Portugal seguir o mesmo caminho  aumentam em vez de diminuirem;

Só aumenta se te recusares a fazer reformas, recusares pagar as dívidas e ainda pedires mais dinheiro emprestado.


Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9243 em: 2015-08-01 19:22:17 »
Citar
Eu por exemplo estou a borrifar-me para a Grécia ficar ou não no Euro (já Portugal, quero que fique). Mas acho que TUDO deve ser feito para a Grécia pagar a Portugal o que deve a Portugal, nem que lhe sejam impostas barreiras comerciais se NÃO o fizer. Isto não é um mercado de credores privados, isto é um mercado de credores oficiais que representa a população, e duvido que a maioria dos Portugueses defenda algo diferente do que defendo aqui -- ou seja, duvido que a maioria dos Portugueses queira doar 10

Mas e possivel a grecia e Portugal  pagarem  tudo o que devem  ? Este topico esta a ficar circular  e por isso abstenho-me de intervir as oposicoes estao extremadas nao porque sejam ilogicas mas porque representam interesses sectoriais / economicos profundamente  divergentes;
A banca + sectores economicos protegidos da competitividade externa ( estado incluido ) no qual este governo se apoia  nao querem  sair do Euro porque  sairiam perdedores, pelo contrario alguns sectores mais expostos aos mercados externos e tambem empresas viradas para o mercado interno (nao protegidas) 
estao conscientes que podem ganhar;
 assim parece estarmos perante um conflito quase insanavel porque existem  interesses mto importantes e contraditorios em jogo;
Algumas coisas sobre as quais se pode dar uma opiniao por serem verdades :

- Afastar a ideia de que uma moeda nacional seria a panaceia de todos os males embora  Portugal estivesse  no seu conjunto melhor
- afastar a ideia de que o Euro representa a moeda da virtudes economicas
contra  uma moeda nacional que premiaria a incompetencia; basta perceber que existem  partes importantes da economia que subsistem no euro porque tem acesso a credito quase inesgotavel ( numa economia de mercado pura nao teriam)
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;
- Os politicos/bancos considerarem  normal discutir que Portugal  podera estar ao nivel competitivo  da Alemanha/ Holanda  sem que isso implique uma diminuicao drastica da populacao; e verdade que Portugal tem empresas e  gente entre os melhores do mundo em varias areas (embora muitos destes  tambem estejam fora claro ); mas querer  tornar Portugal no agregado um dos paises mais competitivos no mundo nestas circunstancias e descolar da realidade;

"Possível", é. Depende apenas de que % do PIB querem alocar a fazê-lo, sendo que existiram por exemplo períodos onde a Grécia dedicou 2-3x mais ao serviço da dívida do que está a dedicar agora, logo poderia até abater rapidamente essa mesma dívida. E tal como existiram períodos onde estes países consumiram 10-15% do PIB a mais do que tiveram de receitas fiscais, não se pode pensar ser absurdo existirem momentos em que teriam que dedicar 10-15% do mesmo PIB a pagar de volta (sendo que já existiram períodos no passado onde se foi até cerca dos 13% em serviço de dívida).

Agora, claro, tal como obter dívida permite níveis de vida superiores ao real, quando se paga o nível de vida será temporariamente abaixo do possível. E claro, "pagar" é uma coisa indesejável.

Mas para Portugal e outros credores oficiais isso é algo irrelevante. Se a Grécia já dedicou 10-13% do seu PIB a serviço de dívida no passado, então não é pedir demasiado que o faça de novo no presente. Isto não são credores privados, não existe razão para um Português cujo país dedica 5% ou mais do PIB a serviço de dívida perdoar pagamentos a um país que dedica 4% ou menos. E pior ainda, esse Português pode muito bem apoiar medidas para penalizar a Grécia em caso de incumprimento, removendo assim o incentivo dos Gregos em incumprir "sem consequências".

Isto são credores oficiais, não são o Zé da esquina. Tudo é possível.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9244 em: 2015-08-01 19:27:06 »
O Schauble é um malvado que impede os Gregos de pagar impostos.

não achas que já estamos longe desse formato de mauzões e desgraçados?

o schauble quer a grécia fora do euro, é um facto.
o hollande e o renzi querem-na dentro do euro. a merkel disse que sim aos franceses e italianos e não ao schauble.
no entanto o varoufakis acha que o schauble vai ter o que quer.
e eu também.

basicamente é isto.
saindo a grécia, sai a espanha e nós, mais tarde ou mais cedo.

para o schauble não ter aquilo que quer, vai ter que haver um haircut jeitoso, de forma a que o FMI possa entrar num posterior bailout.

o que isto tem a ver com os mercados especialmente o grego, cada um tirará as suas conclusões.
mas não me parece que o tom desdenhoso e ácido para com os gregos ajude seja quem for a tomar uma melhor decisão.

parece que estamos under the dome.
continua-se com a linguagem de mauzão e caloteiros para aqui e para ali.
isso não ajuda em nada a compreender melhor a realidade em geral e a grega em particular.

é um sporting benfica desde o princípio.
o que é que isso interessa?

L

Isto não é um Sporting/Benfica.

É um "queremos que paguem o que nos devem" versus um "os Gregos são queridos e se não nos pagarem está tudo bem, afinal o projecto Europeu não pode exigir assim de forma malvada que as pessoas paguem o que devem".

Eu por exemplo estou a borrifar-me para a Grécia ficar ou não no Euro (já Portugal, quero que fique). Mas acho que TUDO deve ser feito para a Grécia pagar a Portugal o que deve a Portugal, nem que lhe sejam impostas barreiras comerciais se NÃO o fizer.

sendo que a dívida é reconhecidamente insustentável o que é que achas que defende melhor os interesses dos portugueses?
uma reestruturação da dívida em que os portugueses ainda recebem algum, e se bem feita recebem-no na totalidade ou perto, ou um default em que não recebem nada?

é como o valves diz, isto está uma conversa circular.

quero que paguem!
mas não podem pagar! (FMI e schauble)
não interessa, quero que paguem!

não será sendo tempo de cabeça fria e racionalidade e ver as coisas como são em vez de como gostaríamos que fossem?
não me parece que ignorar a realidade traga mais valias a quem quer que seja.

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
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If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9245 em: 2015-08-01 19:30:58 »
Lark, aparentemente o FMI o que defende é que sejam precisamente as dívidas bilaterais a serem apagadas.

Ou seja, para Portugal não é uma opção melhor, porque o que está a ser defendido é limpar aquilo impondo-nos toda a perda.

Perante isso, e perante o facto de a Grécia só dedicar 4% ao serviço de dívida, Portugal deveria defender medidas DURAS para obrigar a Grécia a pagar -- ou seja, para tornar o incumprimento extremamente desagradável. Uma boa forma seriam barreiras alfandegárias a produtos Gregos e taxas especiais sobre turismo para a Grécia até se recuperar a dívida.

A dívida ser ou não sustentável num tal cenário é irrelevante para nós. Nós devemos preocuparmo-nos com o povo Português, não com o Grego, até porque por muito pior que  vivam, a maior parte do mundo vive pior e não tem apoios nossos.

---------

Isto não é ignorar a realidade. A nossa prioridade é receber o dinheiro dos Portugueses. Se Portugal (e outros) forem extremamente chatos nesse processo pode ser que ganhemos senioridade face a outros credores. Como está a ser proposto a perda seria de 100% e isso é absurdo para a nossa posição.

---------

O melhor seria provavelmente empurrar perdas para o BCE e arranjar uma forma de todos os países serem compensados igualmente por essas perdas. Tipo ou % do PIB, ou montante absoluto -- a Grécia via 100 biliões de dívida desaparecer, Portugal veria 100 biliões da sua dívida desaparecer
« Última modificação: 2015-08-01 19:34:23 por Incognitus »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9246 em: 2015-08-01 19:34:11 »
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;

isto é o que mais me faz impressão.
20 anos.
condenar filhos e netos a um crescimento sub par apenas por uma questão ideológica e por um racional de punição.
não é diferente do que os ingleses fizeram aos irlandeses quando os mataram literalmente à fome, em nome da ideologia.
não é aceitável.
eu por um, não aceito isso.

L
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9247 em: 2015-08-01 19:35:37 »
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;

isto é o que mais me faz impressão.
20 anos.
condenar filhos e netos a um crescimento sub par apenas por uma questão ideológica e por um racional de punição.
não é diferente do que os ingleses fizeram aos irlandeses quando os mataram literalmente à fome, em nome da ideologia.
não é aceitável.
eu por um, não aceito isso.

L

O desemprego na Grécia não é função de uma opção Europeia ou sequer pelo Euro. Nada impede a Grécia de alterar as suas regras laborais para eliminar o desemprego. Mesmo a falta de flexibilidade salarial -- bem como todas as regras que penalizam os jovens -- são coisas impostas por regras internas, não regras Europeias.
« Última modificação: 2015-08-01 19:36:08 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9248 em: 2015-08-01 19:45:17 »
Lark, aparentemente o FMI o que defende é que sejam precisamente as dívidas bilaterais a serem apagadas.

Ou seja, para Portugal não é uma opção melhor, porque o que está a ser defendido é limpar aquilo impondo-nos toda a perda.

Perante isso, e perante o facto de a Grécia só dedicar 4% ao serviço de dívida, Portugal deveria defender medidas DURAS para obrigar a Grécia a pagar -- ou seja, para tornar o incumprimento extremamente desagradável. Uma boa forma seriam barreiras alfandegárias a produtos Gregos e taxas especiais sobre turismo para a Grécia até se recuperar a dívida.

A dívida ser ou não sustentável num tal cenário é irrelevante para nós. Nós devemos preocuparmo-nos com o povo Português, não com o Grego, até porque por muito pior que  vivam, a maior parte do mundo vive pior e não tem apoios nossos.

---------

Isto não é ignorar a realidade. A nossa prioridade é receber o dinheiro dos Portugueses. Se Portugal (e outros) forem extremamente chatos nesse processo pode ser que ganhemos senioridade face a outros credores. Como está a ser proposto a perda seria de 100% e isso é absurdo para a nossa posição.

---------

O melhor seria provavelmente empurrar perdas para o BCE e arranjar uma forma de todos os países serem compensados igualmente por essas perdas. Tipo ou % do PIB, ou montante absoluto -- a Grécia via 100 biliões de dívida desaparecer, Portugal veria 100 biliões da sua dívida desaparecer

o argumento continua circular.
para a grécia ficar dentro do euro e o FMI colaborar no bail out, tem que haver um haircut.
a alternativa é uma saída caótica do euro, uma falência brutal e um write off completo da dívida.
isto é muito difícil de compreender?

é melhor para portugal receber alguma coisa e se bem negociado, uma vez que fomos vítimas do mesmo racional punitivo, a parte do haircut que cabe a portugal ser compensado com um haircut da dívida portuguesa? que também é insustentável?

penso que isto é mais que simples. nem sei o porquê da discussão.

vou repetir:
1. o FMI considera a dívida grega insustentável
2. o FMI não particapará num novo bailout num país em que considera a dívida insustentável e portanto perderá o dinheiro emprestado para tal bailout.
3. sem o FMI não há bailout
4. sem bailout a grécia vai ao fundo num piscar de olhos.
5. uma grécia falida e arrasada por uma depressão maior que outra alguma  vez vista nos países avançados - a actual depressão já é equivalente  a uma guerra - nunca pagará nenhuma dívida por pequena que seja

é melhor centrarmo-nos nas condições a cima descritas do que em ideologia, maldições aos gregos e um ignorar evidente da realidade.

L
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9249 em: 2015-08-01 19:46:51 »
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;

isto é o que mais me faz impressão.
20 anos.
condenar filhos e netos a um crescimento sub par apenas por uma questão ideológica e por um racional de punição.
não é diferente do que os ingleses fizeram aos irlandeses quando os mataram literalmente à fome, em nome da ideologia.
não é aceitável.
eu por um, não aceito isso.

L

O desemprego na Grécia não é função de uma opção Europeia ou sequer pelo Euro. Nada impede a Grécia de alterar as suas regras laborais para eliminar o desemprego. Mesmo a falta de flexibilidade salarial -- bem como todas as regras que penalizam os jovens -- são coisas impostas por regras internas, não regras Europeias.

não percebeste.
20 anos de crescimento sub par em Portugal.

L
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9250 em: 2015-08-01 19:49:28 »
Portugal precisa de 20 anos para regressar ao desemprego que tinha antes da crise

O FMI prevê que a Europa cresça “ligeiramente” nos próximos cinco anos.

Se não houver uma retoma com crescimento significativo, Portugal e Itália vão demorar duas décadas a reduzir a taxa de desemprego natural para os níveis pré-crise. Esta é uma das conclusões publicadas nesta segunda-feira no relatório anual sobre a zona euro pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

O documento refere-se à taxa natural de desemprego, sem especificar, no entanto, as percentagens envolvidas. Comparativamente a Portugal, Espanha deve demorar metade do tempo a baixar a taxa de desemprego para níveis que registava nos anos anteriores a 2008. Mesmo assim, a taxa de desemprego espanhola vai “continuar acima de 15%”, sendo que precisa de mais 10 anos para voltar à percentagem de pré-crise.

Já a França enfrenta estimativas menos desanimadoras, com a instituição liderada por Christine Lagarde a prever que, em menos de 5 anos, a taxa natural de desemprego recue para valores idênticos aos verificados antes da crise desencadeada pelo colapso do banco norte-americano Lehman Brothers.

A taxa natural de desemprego é equivalente à NAIRU (acrónimo para Non-Accelerating Inflation Rate of Unemployment), um conceito de taxa de desemprego que está associada a uma taxa de inflação estável.

De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego em Portugal estava nos 13,7% no primeiro trimestre do ano quando em idêntico período de 2008 se tinha fixado em 7,6%. Apesar do regresso ao crescimento da economia portuguesa, o FMI estima que o desemprego se mantenha acima dos 10% até pelo menos 2020. O pico foi atingido nos primeiros três meses de 2013, quando chegou aos 17,5%.

“Olhando para alguns países chave da zona euro”, o fundo aponta também para a probabilidade de as taxas naturais de desemprego se manterem elevadas “durante algum tempo”. É o caso de Itália e da França.

No conjunto da zona euro, o cenário não é mais animador quando se olha para os indicadores do desemprego jovem e do desemprego de longa duração, que permanecem altos. O documento indica que tais previsões fazem com que se agrave o risco do chamado efeito de “histerese”, que significa que depois de uma recessão profunda a economia sai da crise, mas com uma taxa de crescimento mais baixa do que acontecia no passado.

O FMI nota que a percentagem de desempregados de longa duração continua a subir na Europa a 19, aumentando o risco de erosão de mão-de-obra qualificada e do enraizamento do desemprego. Igualmente preocupante é possibilidade de criação de uma “geração perdida”, resultado da “deterioração de potencial capital humano” causada pela permanentemente elevada taxa de desemprego jovem.

Na parte em que analisa o legado da crise que teve início em 2008 e traça projecções de futuro, o FMI aponta para a necessidade de maior investimento em “políticas que encorajem o mercado de trabalho”, especialmente quando destinadas ao aumento do emprego jovem.

Como consequência da conjugação destes indicadores, a instituição sedeada em Washington prevê que o crescimento da zona euro seja limitado, estimando que “cresça ligeiramente”. Entre os anos 2008 e 2014, o grupo de países da moeda única cresceu em média 0,7%, sendo que o relatório aponta para um crescimento 1,1% entre 2015 e 2020. O fundo lembra que, mesmo assim, esta taxa de crescimento é “significativamente mais baixa” que a registada no período 1999-2007, de 1,9%.   

Num plano mais próximo, o FMI avalia que a recuperação económica da zona euro está a ser alavancada pelo aumento da procura doméstica, pela baixa dos preços do petróleo e por uma moeda mais fraca, bem como pelo programa de compra de títulos de dívida do Banco Central Europeu. A instituição defende que Portugal deve aproveitar a descida de juros desencadeada por este programa para pagar dívida pública.

No relatório, a previsão de crescimento do produto interno bruto da zona euro sobe de 1,5% em 2015 para 1,7% em 2016, mas apresenta o abrandamento do crescimento económico das economias emergentes, as tensões geopolíticas, a volatilidade dos mercados e um eventual contágio da situação na Grécia como factores que colocam estas estimativas em risco.

publico


postei esta notícia do público principalmente por causa dos 20 anos necessários para voltar à taxa de desemprego natural.

é giro trocar argumentos, debater, com o ocasional insulto etc e tal...

mas o relevante é isto: quem tiver filhos hoje, na faculdade  no terceiro ciclo, no segundo ciclo, no primeiro ciclo, ou na pré-primária vê-los-á penar inútil,  degradante e indignamente por emprego ao chegarem à idade em que entram no mercado de trabalho.

devido a um projecto monetário falhado.

devido a uma crise que começou em 2008 nos EUA e na europa devido à ganância da classe dos banqueiros, que deixou os bancos europeus descalços, para serem regatados pelos periféricos.

Nos US houve o TARP, para safar os bancos. Na UE houve o CARPE.
Disseram aos periféricos: carpe para aí, a ver se eu ligo.

e porque dentro da camisa de forças do euro estamos condenados, nós, os nossos filhos e concerteza am alguns casos, os nosso netos, a uma travessia do deserto de 20 anos 20, expiando os pecados de uma classe sem escrúpulos de grandes destruidores de valor que cá conhecemos pelos nomes e do outro lado do atlântico apelidaram apropriadamente banksters.

as crianças que estarão a entrar para a pré-primária em Setembro, com cinco anitos, só terão perspectivas razoáveis de trabalho quando tiverem feito mestrados e em alguns casos doutoramentos. só aos vinte cinco anos terão alguma hipotese, se tudo correr bem até lá.

as crianças que acabam o primeiro ciclo, têm defronte de si, oito anos de penar, para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta anos.
as crianças que acabam o segundo ciclo, têm defronte de si, treze anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta e cinco anos.
as crianças que acabam o terceiro ciclo, têm defronte de si,  dezasseis anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos trinta e oito anos.
os jovens licenciados têm defronte de si, VINTE anos de penar para entrar no mercado de trabalho. só terão um mercado estável aos quarenta e dois anos.

as pessoas que lerem isto têm duas hipóteses.
comer e calar, tendo em conta o que lhes vai acontecer a elas e aos  seus filhos e netos e associarem-se ao tommy no projecto UE  lava mais branco.
ou
fazer alguma coisa.

Lark


repito isto aqui porque aparentemente já está demasiado lá para trás para a clareza dos argumentos
« Última modificação: 2015-08-01 19:50:44 por Lark »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9251 em: 2015-08-01 19:52:42 »
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;

isto é o que mais me faz impressão.
20 anos.
condenar filhos e netos a um crescimento sub par apenas por uma questão ideológica e por um racional de punição.
não é diferente do que os ingleses fizeram aos irlandeses quando os mataram literalmente à fome, em nome da ideologia.
não é aceitável.
eu por um, não aceito isso.

L

O desemprego na Grécia não é função de uma opção Europeia ou sequer pelo Euro. Nada impede a Grécia de alterar as suas regras laborais para eliminar o desemprego. Mesmo a falta de flexibilidade salarial -- bem como todas as regras que penalizam os jovens -- são coisas impostas por regras internas, não regras Europeias.

não percebeste.
20 anos de crescimento sub par em Portugal.

L

Eu respondia à questão do desemprego.

Mas mesmo se falarmos de crescimento, não é o Euro que impedirá o crescimento, pelo contrário a evidência histórica é de que Portugal aproximou-se essencialmente da média de nível de vida Europeu ou sob uma moeda forte (escudo antes do 25 de Abril) ou sob o ERM, que foi o percursor do Euro.

Ou seja, é de crer que em termos reais se Portugal tivesse moeda própria e políticas que não fossem de moeda forte, o crescimento seria inferior.

--------

Existem muitas alterações internas que poderiam ser usadas para promover níveis de crescimento mais elevados e de desemprego mais baixos. A maioria porém seria do desagrado da população. Genericamente é preciso liberalizar e facilitar o lucro (para empresas até média dimensão, não necessariamente para as grandes e semi-monopólios).

É fácil de ver que ainda existe em Portugal quem invista quando vê a possibilidade de lucro, até em empreendimentos em que o mercado se afigura díficil.
« Última modificação: 2015-08-01 19:55:28 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9252 em: 2015-08-01 19:58:01 »
Basear a competitividade em moeda própria e fraca também não é solução.

Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9253 em: 2015-08-01 20:01:51 »
-  Os politicos considerarem  como um preco  normal pelo a pagar pelo  euro   que a economia possa estar 20 anos  fora da sua taxa de emprego natural; ( eu estive a consultar na net e nem em Africa se atrevem a fazer afirmacoes destas;

isto é o que mais me faz impressão.
20 anos.
condenar filhos e netos a um crescimento sub par apenas por uma questão ideológica e por um racional de punição.
não é diferente do que os ingleses fizeram aos irlandeses quando os mataram literalmente à fome, em nome da ideologia.
não é aceitável.
eu por um, não aceito isso.

L

O desemprego na Grécia não é função de uma opção Europeia ou sequer pelo Euro. Nada impede a Grécia de alterar as suas regras laborais para eliminar o desemprego. Mesmo a falta de flexibilidade salarial -- bem como todas as regras que penalizam os jovens -- são coisas impostas por regras internas, não regras Europeias.

não percebeste.
20 anos de crescimento sub par em Portugal.

L

Eu respondia à questão do desemprego.

Mas mesmo se falarmos de crescimento, não é o Euro que impedirá o crescimento, pelo contrário a evidência histórica é de que Portugal aproximou-se essencialmente da média de nível de vida Europeu ou sob uma moeda forte (escudo antes do 25 de Abril) ou sob o ERM, que foi o percursor do Euro.

Ou seja, é de crer que em termos reais se Portugal tivesse moeda própria e políticas que não fossem de moeda forte, o crescimento seria inferior.

--------

Existem muitas alterações internas que poderiam ser usadas para promover níveis de crescimento mais elevados e de desemprego mais baixos. A maioria porém seria do desagrado da população. Genericamente é preciso liberalizar e facilitar o lucro (para empresas até média dimensão, não necessariamente para as grandes e semi-monopólios).

É fácil de ver que ainda existe em Portugal quem invista quando vê a possibilidade de lucro, até em empreendimentos em que o mercado se afigura díficil.

no seguimento da intervenção do FMI em 1983, tínhamos o escudo e um contexto regulatório e legislativo muito mais hostil à actividade empresarial.
desvalorizámos, pagámos o empréstimo em 2 ou 3 anos e em 1987 a bolsa batia recordes e o Cavaco, então primeiro ministro, tentava deter o fluxo de investimento estrangeiro que amaeaçava fazer saír  a inflação pelo tecto.

por isso o que dizes não é verdade. a história desmente-o.
e já citei este exemplo mais que duas ou três vezes. não podes alegar desconhecimento.

L
« Última modificação: 2015-08-01 20:02:32 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
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So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
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Lark

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9254 em: 2015-08-01 20:07:47 »
Basear a competitividade em moeda própria e fraca também não é solução.

claro que não é solução.
mas é um mal menor tendo em conta o que nos espera dentro do euro.
em qualquer das situações dentro ou fora do euro, o segredo é o crescimento e o investimento.

dentro do euro o crescimento é perto de nulo assim como o investimento.
fora é o contrário.

a forma como nós portugueses, como povo, aproveitarmos uma lufada de oxigénio - a desvalorização - para aumetar o crescimento e investimento só nos cabe a nós decidir.

dentro ou fora, somos nó que temos que fazer as coisas acontecer.
fora é mil vezes mais fácil e mais expedito.
evidentemente que não é solução a longo prazo nem ninguém pretende que seja.

L
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vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9255 em: 2015-08-01 20:13:07 »
Citar
Anatole Kaletsky [ ]

JUL 22, 2015 33
Why the Greek Deal Will Work
[ ]
But once unification has happened, the pain of dismantling the political and economic settlement usually overwhelms the apparent gains from a break-up. This seems to be the case in Europe, as clear majorities of voters are saying in all eurozone countries, including Germany and Greece.

Thus, the question was never whether the single currency would break up, but what political reversals, economic sacrifices, and legal subterfuges would occur to hold it together. The good news is that Europe now has some persuasive answers.

Indeed, Europe has overcome what could be described as the “original sin” of the single-currency project: the Maastricht Treaty’s prohibition of “monetary financing” of government deficits by the ECB and the related ban on mutual support by national governments of one another’s debt burdens. In January, ECB President Mario Draghi effectively sidestepped both obstacles by launching a program of quantitative easing so enormous that it will finance the entire deficits of all eurozone governments (now including Greece) and mutualize a significant proportion of their outstanding bonds.

Moreover, European governments have belatedly understood the most basic principle of public finance. Government debts never have to be repaid, provided they can be extended in a cooperative manner or bought up with newly created money, issued by a credible central bank.

But for this to be possible, interest payments must always be made on time, and the sanctity of debt contracts must always take precedence over electoral promises regarding pensions, wages, and public spending.

Now that Prime Minister Alexis Tsipras’s government has been forced to acknowledge the unqualified priority of debt servicing, and can now benefit from unlimited monetary support from the ECB, Greece should have little problem supporting its debt burden, which is no heavier than Japan’s or Italy’s.
[ ]
Read more at
http://www.project-syndicate.org/commentary/why-the-greek-deal-will-work-by-anatole-kaletsky-2015-07#5JR1ks0j43vPwOY7.99



That´s what I think, a perpetuity debt on the market
eroded by long term devaluation of the money.

That's All Folks
No big deal!
« Última modificação: 2015-08-01 20:24:22 por vbm »

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9256 em: 2015-08-01 20:13:59 »
Basear a competitividade em moeda própria e fraca também não é solução.

claro que não é solução.
mas é um mal menor tendo em conta o que nos espera dentro do euro.
em qualquer das situações dentro ou fora do euro, o segredo é o crescimento e o investimento.

dentro do euro o crescimento é perto de nulo assim como o investimento.
fora é o contrário.

a forma como nós portugueses, como povo, aproveitarmos uma lufada de oxigénio - a desvalorização - para aumetar o crescimento e investimento só nos cabe a nós decidir.

dentro ou fora, somos nó que temos que fazer as coisas acontecer.
fora é mil vezes mais fácil e mais expedito.
evidentemente que não é solução a longo prazo nem ninguém pretende que seja.

L

A falta de crescimento não é por causa do euro. Repara que o euro já caiu uns 25% nos últimos tempos, foi o equivalente a uma desvalorização cambial.

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9257 em: 2015-08-01 20:20:52 »
Lark, o FMI impôs medidas austeritárias, do género das presentes mas ajudadas pela desvalorização e inflação.

Quanto ao resto que dizes não está em concordância com a realidade, e pior ainda, ignora factos que eu já aqui tinha estabelecido com gráficos e afins. Repito com gráficos diferentes mas com necessariamente o mesmo resultado.

Obviamente a intervenção do FMI e a entrada para a UE em 1986, bem como a decisão de Portugal integrar o Euro tomada em 1988, foram fundamentais para o ganho que se seguiu. Se reparares, não existe qualquer ganho relativo nos anos fora desse período (1974 a 1986). Só em 1987 se atingiu a % do PIB per capita europeu existente em 1973.

-----------

Portanto basicamente o que estás a defender não funcionou em Portugal fora de períodos de políticas tendentes a proporcionar uma moeda forte.

Nota ainda que os ganhos pré-Abril 1974 foram conseguidos com orçamentos equilibrados e moeda forte. Ou seja, o potencial era nesse momento para ganhos muito maiores ainda.

« Última modificação: 2015-08-01 20:22:04 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9258 em: 2015-08-01 20:27:08 »
Olhando para esses gráficos vê-se uma tendência primária de crescimento do PIB desde o Estado Novo. O que nos aconteceu com esta crise foi uma correcção desse crescimento. Agora há que retomar a tendência.
« Última modificação: 2015-08-01 20:28:18 por Visitante »

vbm

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #9259 em: 2015-08-01 20:38:11 »
Até dá a impressão que o «Estado Novo»
é que era bom! Só que, o Salazar já dizia:
- «Isto está cheio de comunistas!»