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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1845343 vezes)

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8580 em: 2015-07-15 12:03:07 »
As datas não sei, deve ser uma tecnicidade. Eu inclui esse paragrafo por causa do valor da licença.

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8581 em: 2015-07-15 12:15:48 »
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Sete mil milhões da UE para financiar Grécia até meados de Agosto

Está encontrada a solução para satisfazer as necessidades de financiamento da Grécia enquanto se negoceia o terceiro resgate. O fundo que se financia no mercado com as garantias do Orçamento comunitário vai emprestar sete mil milhões de euros à Grécia, confirmou esta quarta-feira Valdis Dombrovskis, vice-presidente da Comissão Europeia. Mas ainda será necessário perceber exatamente como se vai solucionar a oposição britânica a este plano.

“Ainda estamos a discutir como colateralizar ou garantir este empréstimo para que os Estados que não são membros da zona euro se certifiquem que esta decisão não tem consequências para eles”, afirmou Dombrovskis. O Reino Unido e a República Checa têm procurado manter-se à margem, mas esta acabou por ser a única solução viável – legalmente e em tempo oportuno – para aliviar as necessidades de financiamento da Grécia nas cerca de quatro semanas que se admite que as negociações para o terceiro resgate possam durar.

O plano, que foi aprovado por maioria qualificada, está dependente da passagem do acordo da cimeira do euro na votação parlamentar de hoje, em Atenas.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8582 em: 2015-07-15 12:27:44 »
Passámos dos planos aprovados por unanimidade para planos aprovados por maioria qualificada. A Europa nunca mais será a mesma depois disto!!

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8583 em: 2015-07-15 12:31:34 »
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Bancos continuam fechados pelo menos até sexta

Os bancos gregos vão permanecer fechados até pelo menos sexta-feira, segundo o novo decreto publicado pelo Ministério das Finanças grego, que amplia as operações que se podem levar a cabo nas sucursais abertas. O novo decreto mantém o limite para os levantamentos de dinheiro nas caixas multibanco em 60 euros por dia e em 120 euros o montante máximo para os pensionistas que só têm cartão.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8584 em: 2015-07-15 13:09:47 »
Os bancos islandeses estão com controlo de capitais desde 2008. A Grécia vai no mesmo caminho.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
Urmas Reinsalu

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8585 em: 2015-07-15 13:30:14 »
A Suécia, Dinamarca, Inglaterra e Rep Checa já disseram que não aprovam o empréstimo. Não sei se têm mecanismos para o impedir. Ainda por cima é o tal empréstimo de emergência de que os gregos precisam.

hermes

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8586 em: 2015-07-15 13:45:38 »
O assunto grego parece ainda não estar fechado durante uns anos, porque...

IMF signals it may walk over Greek debt worries
http://www.marketwatch.com/story/imf-says-greece-needs-more-debt-restructuring-2015-07-14

A UE já disse que não haircuta dinheiro dos contribuintes, portanto...  ::)

E a Finlândia já tinha dito que só aprova o bailout se o IMF também entrar...  ::)

E os mercados a assobiar para o lado com tudo isto...  :-\


Os políticos são todos iguais: Não querem ficar com o ónus da culpa. Acabámos de ver um exemplo com o grexit parte já não sei quantos. Agora que durante mais uns meses os europeus se entendem, o FMI não tem bodes espiatórios para fugir ao ónus da culpa. Até lá vai ter de chegar a barriga ao balcão e comprar mais problemas... [Toda a gente conhece a história do banco e do grande devedor] :D
"Everyone knows where we have been. Let's see where we are going." – Another

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8587 em: 2015-07-15 13:56:37 »
Nunca se discutiu a inteligencia do Minotauro , eu tambem ia de ferias e para longe......

Guerra interna no Syriza...


"«Minhas senhoras e senhores, caros colegas,

Nos momentos como este, devemos agir e falar com sinceridade institucional e coragem política. Devemos assumir, cada um, a responsabilidade que nos cabe.

Protegendo, como a nossa consciência nos obriga, as causas justas e os direitos sagrados, invioláveis e não negociáveis do nosso povo e da nossa sociedade.

Salvaguardando a herança legada por aqueles que deram a sua vida e a sua liberdade para que hoje possamos ser livres.
Preservando a herança das novas gerações e das vindouras, bem como a civilização humana, o mesmo acontecendo com os valores inalienáveis que caracterizam e dão sentido à nossa existência individual e colectiva.

O modo como cada um opta por decidir e agir pode variar, mas ninguém tem o direito de zombar, degradar, denegrir ou usar com uma finalidade política as decisões emanadas de um processo e de uma decisão difícil e consciente, intimamente ligados ao cerne da nossa existência.

Seremos todas e todos julgados pelas nossas atitudes e decisões, pelos nossos sim e pelos nossos não, pelos nossos actos e pelas nossas omissões, pela nossa coerência, pelas nossas resistências, pela nossa abnegação e pelo nosso desinteresse.

Desde há cinco meses que o Governo, que tem por tronco a Esquerda e por coração as forças anti-memorando, se entrega a um combate desigual, nas condições de asfixia e de chantagem contra uma Europa que traiu os objectivos inscritos nos seus Estatutos, a saber, o bem-estar dos povos e das sociedades, uma Europa que utiliza uma moeda comum, o euro, não como meio para alcançar o bem-estar social, mas como alavanca e instrumento de subjugação e de humilhação dos povos e dos governos rebeldes, uma Europa que está em vias de se transformar numa prisão de pesadelo para os seus povos, apesar de ter sido construída para ser a sua casa acolhedora comum.

O povo grego confiou a este Governo a grande causa da sua libertação das malhas do memorando, do torno vicioso da sua colocação sob tutela e sob vigilância, impostas à sociedade sob pretexto de uma dívida – uma dívida ilegal, ilegítima, odiosa e insustentável, cuja natureza – tal como o demonstraram as conclusões preliminares da Comissão para o apuramento da Verdade sobre a Dívida Pública – era já do conhecimento dos credores desde 2010.

Uma dívida que não surgiu como um fenómeno meteorológico, antes foi criada pelos governos precedentes, mediante contratos manchados pela corrupção, por comissões, luvas, cláusulas leoninas e juros astronómicos, de que bancos e empresas estrangeiras beneficiaram.

Uma dívida que a Troika, com o beneplácito dos precedentes governos, transformou fraudulentamente, fazendo de uma dívida privada uma dívida pública, salvando assim bancos franceses e alemães, bem como bancos privados gregos, condenando o povo grego a viver nas actuais condições de crise humanitária, enquanto mobilizando e gratificando os órgãos da corrupção mediática encarregues de aterrorizar e de enganar os cidadãos.

Esta dívida, que nem o povo nem o Governo actual criaram ou fizeram aumentar, é desde há cinco anos usada como instrumento de subjugação do povo por forças que agem a partir do interior da Europa, no quadro de um totalitarismo económico.

A despeito da moral e do direito, a Alemanha ainda não honrou até este dia as suas dívidas para com a pequenina Grécia resistente, cuja atitude heróica a História reconheceu. Tratam-se de dívidas de ultrapassam a dívida pública grega e representam um montante de 340 mil milhões de euros, segundo os cálculos emanados da Comissão de Justiça do Tribunal de Contas, que foi criada pelo governo precedente, data em que a alegada dívida pública grega foi estimada em 325 mil milhões de euros.

A Alemanha beneficiou do maior apagamento de dívida do pós-Segunda Grande Guerra, a fim de poder reerguer-se, com o patrocínio generoso da Grécia. Esta mesma Alemanha emprestou protecção a responsáveis por empresas culpadas por actos de corrupção, realizados em parceria com os governos precedentes e os seus partidos políticos, tais como a Siemens, que a Alemanha protegeu, subtraindo-os todos à obrigação de apresentação perante a justiça grega.

Assim, a Alemanha comporta-se como se a História e o povo grego tivesse contraído dívidas junto dela, como se pretendesse um ajustamento de contas, realizando a sua vingança histórica pelas suas próprias atrocidades, aplicando e impondo uma política que constitui um crime não apenas relativamente ao povo grego mas também contra a própria Humanidade – no sentido penal do termo, pois trata-se aqui de uma agressão sistemática e de grande escala contra uma população, com o objectivo premeditado de produzir a sua destruição parcial ou total.

A que infelizmente há que acrescentar, apesar do seu dever de procurar estar à altura das suas responsabilidades e do momento histórico, a cumplicidade dos governos e das instituições perante esta agressão.

Minhas senhoras e meus senhores, caros colegas,

Sujeitar o povo e o Governo a condições de asfixia e à ameaça de uma violenta bancarrota, pela criação artificial e premeditada das condições para uma catástrofe humanitária, constitui uma violação directa de todas as convenções internacionais que protegem os direitos do Homem, da Convenção da ONU, das convenções Europeias, e até mesmo dos próprios Estatutos do Tribunal Penal Internacional.

A chantagem não é uma fatalidade. E a criação e aplicação de condições cuja finalidade é a de suprimir o livre arbítrio, não permite a ninguém poder falar sobre “liberdade de escolha”.

Os credores chantageam o Governo. Agem fraudulentamente, apesar de saberem desde 2010 que a dívida não é sustentável. Agem conscientemente, uma vez que reconhecem nas suas declarações a necessidade de conceder uma ajuda humanitária à Grécia. Uma ajuda humanitária por que razão? Para alguma catástrofe natural imprevista e inesperada? Um sismo imprevisto, uma inundação, um incêndio?

Não. Uma ajuda humanitária que é a própria consequência das suas escolhas conscientes, calculada para privar o povo dos seus meios de subsistência, fechando a torneira da liquidez, como forma de represália pela decisão democrática do Governo e do Parlamento de organizar um referendo e de dar a voz ao povo para que pudesse ser ele a decidir o seu futuro.

O povo grego honrou o Governo que teve confiança nele, bem como o Parlamento que lhe deu o direito de tomar nas suas mãos a sua vida e o seu destino. E disse um NÃO corajoso e confiável,

NÃO às chantagens,

NÃO aos ultimatos,

NÃO aos memorandos da subjugação,

NÃO ao pagamento de uma dívida que não foi por ele criada e de que não é responsável,

NÃO a mais medidas de miséria e de submissão

Esse NÃO, os credores obstinam-se com persistência a querer transformar num SIM, com a cumplicidade pérfida de todos os que são co-responsáveis por esses memorandos e que tiraram proventos deles: os que criaram a dívida.

Esse NÃO do povo ultrapassa-nos a todos e obriga-nos a defender o seu direito a lutar pela sua vida, a lutar para que não mais viva uma vida pela metade, ou uma vida de servidão, e para ter orgulho em tudo o que vai deixar aos seus sucessores e à Humanidade.

O Governo é hoje objecto de uma chantagem, a fim de levá-lo a aceitar tudo o que não quer, que emana não de si próprio e que agora combate. O primeiro-ministro falou com sinceridade, com coragem, franqueza e de forma desinteressada. É o mais jovem primeiro-ministro e é também aquele que, ao invés de todos os seus congéneres, mais lutou pelos direitos democráticos e sociais do povo e das novas gerações, que representou e representa a nossa geração e lhe dá esperança. Presto-lhe e continuarei a prestar-lhe a minha homenagem, pela sua atitude e pelas suas escolhas. Mas ao mesmo tempo, posta perante a minha responsabilidade institucional, enquanto Presidente do Parlamento, considero que não posso fechar os olhos e fazer de conta que não percebo a chantagem.

Nunca poderia votar em favor da legitimação do conteúdo do acordo, e penso que isso também é válido para o primeiro-ministro, que é hoje objecto de uma chantagem que usa contra ele a arma da necessidade de sobrevivência do seu povo. E julgo que também o Governo e os grupos parlamentares que o apoiam pensam desta forma.

A minha responsabilidade para com a História desta Instituição, assumo-a respondendo “presente” no debate e na votação de hoje. Penso, assim, ser mais útil ao povo, ao Governo, e ao primeiro-ministro, às gerações futuras e às sociedades europeias, expondo à luz do dia as verdadeiras condições nas quais o parlamento é chamado a tomar decisões, recusando a chantagem, em nome da alínea 4 do Artigo 120 da Constituição grega.

O povo grego é o segundo a ser vítima de uma tal agressão emanada do interior da zona euro. Foi precedido por Chipre, em Março de 2013.

A tentativa de impor medidas que o povo rejeitou em referendo, usando a chantagem do encerramento dos bancos e a ameaça da falência, constitui uma violação brutal da Constituição, ademais de privar o Parlamento dos poderes que lhe são atribuídos por essa mesma Lei Fundamental.

Cada uma e cada um tem o direito e o dever de resistir. Nenhuma resistência na História foi fácil. No entanto, pedimos o voto e a confiança do povo para enfrentar as dificuldades e é face a essas dificuldades que devemos agora ser bem sucedidos. E fazendo-o sem medo.»

Tradução do Grego de Yorgos Mitralias (revisto por Patrick Saurin) e do Francês por Sarah Adamopoulos para o blogue Aventar.
« Última modificação: 2015-07-15 14:08:07 por Black Scholes »

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8588 em: 2015-07-15 14:00:34 »
A Suécia, Dinamarca, Inglaterra e Rep Checa já disseram que não aprovam o empréstimo. Não sei se têm mecanismos para o impedir. Ainda por cima é o tal empréstimo de emergência de que os gregos precisam.

Suécia, Dinamarca, Finlândia. Os nórdicos é só obstáculos.

O que é que se passa com a solidariedade pela qual são famosos?  :D
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Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8589 em: 2015-07-15 14:08:05 »
Mais algumas coisas sobre os sectores com restrições.

Citar
Bakeries
The problem: Breads can only be sold to consumers in a few specified weights, and the traditional bread roll (koulouri) is subject to an arbitrary minimum weight, 40 grams (1.4 ounces).
The solution: Abolish specified weights—instead label bread and baked goods with the price per kilogram.


Milk
The problem: Rules set the shelf-life of pasteurized milk at no more than five days, half of the limit in most other EU countries. This makes transporting or importing milk impossible—as a result, milk prices in Greece are 34% higher than the EU average.
The solution: Remove the five-day regulation and hold manufacturers responsible for setting the maximum shelf life, as elsewhere in the EU.


Pharmacies
The problem: As Quartz has covered before, pharmacies are one of the most coddled industries in Greece. One rule that bothers the OECD in particular is that pharmacies must be owned by licensed pharmacists.
The solution: Get rid of the ownership restrictions, opening up the sector to a wider pool of entrepreneurs and retail chains. Keep the dispensation of medicines restricted to pharmacists as supervisors.


Retail promotions
The problem: Shops are only allowed to offer seasonal promotions during four fixed periods in a year. In addition, the law forbids advertising these discounts for 30 days before the promotions.
The solution: Let retailers set the best dates for their sales, and remove restrictions on advertising them beforehand.

Sunday shopping
The problem: With a few hard-won exceptions, most shops aren’t allowed to open on Sundays.
The solution: Either allow stores in tourist areas to open on all Sundays (instead of a limited number) as a pilot project first, or just remove all restrictions and let all retail outlets open on Sundays anytime between 11am and 8pm.
http://qz.com/452265/some-of-the-weirder-conditions-of-the-greece-bailout-deal-address-milk-labels-sunday-shopping-and-the-size-of-a-bread-roll/

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8590 em: 2015-07-15 14:10:08 »
Entretanto hoje as farmácias estão de greve contra:
- Liberalização à abertura de farmácias
- Liberalização do horário
- Permissão de vender medicamentos fora das famácias
- Permissão de vender medicamentos sem receita médica (esta não percebo o porquê da objecção)

Em relação às 3 primeiras faz-me lembrar outro país onde tudo isso ia ser catastrófico. E, no entanto, cá continuamos... ;)

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8591 em: 2015-07-15 14:10:52 »
Não encontrei informação sobre o que significa a liberalização dos ginásios. Até tenho medo de saber.

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8592 em: 2015-07-15 14:15:23 »
Limitar as horas do comércio é linearmente absurdo. Como existem limites de horário de trabalho (que não estão em causa), aumentar as horas possíveis de abertura é algo que aumenta logo o emprego potencial.
« Última modificação: 2015-07-15 14:15:57 por Incognitus »
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8593 em: 2015-07-15 14:16:52 »
Ainda sobre farmácias.
Greece has an absolutely absurd number of pharmacists

Eu compreendo que ter o território todo partido em ilhas faz com que o número de farmácias tenha de subir, mas o artigo mostra que é um sector tremendamente regulado e anti-concorrencial. Isto então é elucidativo:
Citar
Greece is one of the few EU countries that sets prices for over-the-counter drugs, such as aspirin, and restricts their distribution solely to licensed pharmacies.

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8594 em: 2015-07-15 14:18:30 »
Limitar as horas do comércio é linearmente absurdo. Como existem limites de horário de trabalho (que não estão em causa), aumentar as horas possíveis de abertura é algo que aumenta logo o emprego potencial.

E, num país turístico, esta parte, a ser verdade, é inacreditável. Dá a impressão que só algumas lojas é que podem abrir.
Citar
Either allow stores in tourist areas to open on all Sundays (instead of a limited number)...

Automek

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8595 em: 2015-07-15 14:20:06 »
Não há dúvida que a Grécia tem um enorme potencial para crescer. São mesmo eles próprios que sufocam a economia.

tommy

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8596 em: 2015-07-15 14:21:36 »
Continuo a dizer, esses factos que vocês estão a apontar são escandalosos, mas o que esteve a troika a fazer nestes últimos 5 anos? Como foi possível mandar dinheiro sem isso - a liberalização, que é o básico dos básicos, estar em decreto-lei?  :-X

É porque os gregos falharem em se organizarem não de ontem...mas a troika permitir transferências sem o trabalho mais básico estar feito é erro de palmatória diga-se de passagem.

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8597 em: 2015-07-15 14:29:04 »
Não é a Alemanha que tem que mudar; os outros é que têm que ser mais como a Alemanha.

Isto é básico.

Parece-me lógico, mas muito teimam em não admitir.

Eu também me parece lógico, mas há um outro dado que temos de considerar. O estado atual da Grécia, e também de Portugal numa escala de gravidade bastante inferior, é extremamente castrador. Os encargos brutais com a dívida astronómica que têm torna qualquer tipo de mudança inexequível.

As minhas dúvidas (porque eu não estou a defender nada, estou apenas a apresentar um ponto de vista que me leva a ter muitas dúvidas sobre este assunto) prendem-se com o facto de o aumento da dívida ter sido permitido e até incentivado por todos os países da UE há poucos anos. Segundo penso saber está inscrito no "Pacto de estabilidade e crescimento" que as dívidas dos estados membros não podem ultrapassar, salvo erro, 66% do PIB. Acho que o primeiro país a violar este critério até foi a Alemanha, mas isso não é relevante, o que interessa realmente é que não se fez nada quando os países do sul da Europa ultrapassaram este valor. Parece-me que convenientemente se deixou que os países se continuassem a endividar sobretudo porque acharam que seria melhor para a Europa, dado que estes países eram bons consumidores dos produtos produzidos pelos países do norte da Europa.

Chegados aqui eu pergunto-me se a culpa é apenas dos gregos, ou portugueses, ou se todos em conjunto têm culpas no cartório?! Pergunto-me se não se devia ter feito algo que obrigasse à aplicação de austeridade assim que a dívida de um país ultrapassasse os 66% do PIB? Sendo que nessa altura a austeridade a aplicar seria bem menor, quase insignificante, já que se trataria apenas de uma pequena correção do rumo que se estava a seguir. Mas não se fez nada, deixou-se que esses países continuassem a endividar-se até ao ponto em que as dívidas já não serão pagáveis...

Enfim, é apenas uma reflexão que me parece pertinente... talvez esteja a ver alguma coisa mal... ou não!

Incognitus

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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8598 em: 2015-07-15 14:36:20 »
Continuo a dizer, esses factos que vocês estão a apontar são escandalosos, mas o que esteve a troika a fazer nestes últimos 5 anos? Como foi possível mandar dinheiro sem isso - a liberalização, que é o básico dos básicos, estar em decreto-lei?  :-X

É porque os gregos falharem em se organizarem não de ontem...mas a troika permitir transferências sem o trabalho mais básico estar feito é erro de palmatória diga-se de passagem.

Muitas das coisas que estão a pedir agora já foram pedidas antes.
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Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #8599 em: 2015-07-15 14:42:24 »
Artista, podemos ver pelo outro prisma. Se vires três gajos a atirarem-se para a frente de um camião, também vai atrás ?
E, pior, ainda corres mais depressa para lá chegares primeiro ?