O não legitima o Syriza.
Os mais radicais da europa queriam ver-se livres do Syriza para negociarem com outros que dentro de um ou dois desvios padrões para a direira ou esquerda seguissem o main stream do pensamento trokista.
O não veio-lhes dizer que não podem escolher com quem negoceiam. Ou negoceiam com Syriza ou acabam com negociações.
É um salto no desconhecido mas lições de democracia são sempre úteis para temperar a irrequietude de potenciais candidatos a putschistas sejam eles militares ou financeiros.
O Syriza já estava legitimado pelas eleições, nunca seria substituído nas negociações ...
E porque é que os credores são "os mais radicais da Europa?". Se realmente fossem, a Grécia teria
melhores hipóteses de obter um acordo. Isto porque qualquer credor conservador (entenda-se, razoável, próximo da normalidade) NÃO empresta dinheiro a um país que diz que a sua dívida é impagável. Logo seria necessário um credor radical, para ir contra esse tipo de postura.
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Agora para completar a democracia, é necessário referendar os
outros 97% da Europa se querem realmente emprestar mais dinheiro à Grécia, tendo em conta que o que emprestaram antes "é impagável" e o vão perder (pelo menos em parte).