Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1840003 vezes)

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5560 em: 2015-06-27 21:48:28 »
O autor é o antigo director do FMI e o que estava no cargo na altura do 1º resgate.
Suponho que deve ter mais dados do que qualquer um de nós, melhor conhecimento de como o FMI funciona para poder ser rebatido com essa leveza.

O autor é famoso ...  :D

A opinião do autor é informada não pela realidade, mas pela sua ideologia. Frequentemente se diz que o FMI isto e o FMI aquilo dentro daquela lógica. Mas a missão do FMI (retiradas as flores e afins) é essencialmente a mesma de um DIP lender, que providencia financiamento ultra-sénior para manter a funcionar uma coisa falida até que essa coisa reganhe a sua sustentabilidade, que passa essencialmente por a coisa não necessitar de mais financiamento externo.

O resto são flores sem importância, e dentro do FMI acaba por se compreender isso, não obstante ideologias e flores. É absurdo pensar que o FMI iria de alguma forma no âmbito de uma missão de apoio à Grécia, de alguma forma decretar que os outros Estados da EU tinham que fazer fosse o que fosse para aumentar o seu consumo ou algo assim. E é absurdo de uma forma óbvia, que é o pior. Não é por ser o Strauss Kahn ou outra pessoa qualquer a dizê-lo que se torna menos absurdo. Aliás, se alguma coisa o que isto faz parecer é que a colocação do homem na posição não era informada pelo seu conhecimento do que aquela instituição faz e sim por outra prioridade qualquer. O que até nem espanta, dadas as prioridades reais dele.

-----------

Nota porém que se fores ao site do FMI a sua missão primária não é tão óbvia assim, por causa das flores (ainda que algumas flores sejam verdadeiras, como aquilo de advogarem as tais "políticas neoliberais" para aumentarem a sustentabilidade futura - advogam-nas porque funcionam).
« Última modificação: 2015-06-27 21:50:37 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5561 em: 2015-06-27 21:49:48 »
O autor é o antigo director do FMI e o que estava no cargo na altura do 1º resgate.
Suponho que deve ter mais dados do que qualquer um de nós, melhor conhecimento de como o FMI funciona para poder ser rebatido com essa leveza.

IMF Managing Director (2007–11)
On 10 July 2007, Strauss-Kahn became the consensus European nominee to be the head of the IMF, with the personal support of President Nicolas Sarkozy (member of the right UMP party). Former Polish Prime Minister Marek Belka withdrew his candidacy as it was opposed by the majority of European countries.[21] Some critics alleged that Sarkozy proposed Strauss-Kahn as managing director of the IMF to deprive the Socialist Party of one of its more popular figures.[22]

Strauss-Kahn became the front runner in the race to become Managing Director of the IMF, with the support of the 27-nation European Union, the United States, China and most of Africa. On 28 September 2007, the International Monetary Fund's 24 executive directors selected him as the new managing director. Strauss-Kahn replaced Spain's Rodrigo Rato.[23] On 30 September 2007, Dominique Strauss-Kahn was formally named as the new head of the International Monetary Fund (IMF). The only other nominee was the Czech Josef Tošovský, a late candidate proposed by Russia. Strauss-Kahn said: "I am determined to pursue without delay the reforms needed for the IMF to make financial stability serve the international community, while fostering growth and employment".[24] Under Strauss-Kahn the IMF's pursuit of financial stability has included calls for a possible replacement of the dollar as the world's reserve currency.

wikipedia
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5562 em: 2015-06-27 21:52:25 »
O autor é o antigo director do FMI e o que estava no cargo na altura do 1º resgate.
Suponho que deve ter mais dados do que qualquer um de nós, melhor conhecimento de como o FMI funciona para poder ser rebatido com essa leveza.

IMF Managing Director (2007–11)
On 10 July 2007, Strauss-Kahn became the consensus European nominee to be the head of the IMF, with the personal support of President Nicolas Sarkozy (member of the right UMP party). Former Polish Prime Minister Marek Belka withdrew his candidacy as it was opposed by the majority of European countries.[21] Some critics alleged that Sarkozy proposed Strauss-Kahn as managing director of the IMF to deprive the Socialist Party of one of its more popular figures.[22]

Strauss-Kahn became the front runner in the race to become Managing Director of the IMF, with the support of the 27-nation European Union, the United States, China and most of Africa. On 28 September 2007, the International Monetary Fund's 24 executive directors selected him as the new managing director. Strauss-Kahn replaced Spain's Rodrigo Rato.[23] On 30 September 2007, Dominique Strauss-Kahn was formally named as the new head of the International Monetary Fund (IMF). The only other nominee was the Czech Josef Tošovský, a late candidate proposed by Russia. Strauss-Kahn said: "I am determined to pursue without delay the reforms needed for the IMF to make financial stability serve the international community, while fostering growth and employment".[24] Under Strauss-Kahn the IMF's pursuit of financial stability has included calls for a possible replacement of the dollar as the world's reserve currency.

wikipedia

O Strauss Kahn liderar aquilo significa tanto ser um expert fantástico naquilo que o FMI faz, como um qualquer nomeado político Português para um tacho qualquer em Portugal.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5563 em: 2015-06-27 21:54:17 »
EStava convencido que era ele que tinha estado FMi e que soubesse como isso funciona.
Mas pelo que dizes
Citar
dentro do FMI acaba por se compreender isso
,
 foste tu que lá estiveste, enquanto ele era apenas um actor que aparecia para as fotos (e o resto de tempo aproveitava para as suas aventuras)  ;D

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5564 em: 2015-06-27 22:01:01 »
EStava convencido que era ele que tinha estado FMi e que soubesse como isso funciona.
Mas pelo que dizes
Citar
dentro do FMI acaba por se compreender isso
,
 foste tu que lá estiveste, enquanto ele era apenas um actor que aparecia para as fotos (e o resto de tempo aproveitava para as suas aventuras)  ;D

Não - penso que não compreedeste o que eu estou a dizer.

O que eu estou a dizer é que opiniões e "estudos" a dizer o mesmo que o Strauss Kahn ali está a dizer estão sempre a aparecer. E os votos no FMI são divididos por um magote de países. E no entanto a acção concreta do FMI não muda.

Porque é que não muda? Porque aquilo que o FMI faz é básico e similar a um DIP lender. Não há muito por onde mudar (embora as pessoas imaginem que sim). Existem 2 passos:
* Financiamento ultra-sénior (o FMI é suposto ser pago de volta, da mesma forma que um DIP lender, não obstante existir muito endividamento);
* Financiar o falido até que este esteja novamente viável, que corresponde ao falido não necessitar de financiamento externo adicional, pelo que naturalmente a actuação é primeiramente virada para repor o equilíbrio externo sendo tudo o resto (EXCEPTO o falido continuar a funcionar) acessório. As ferramentas são invariavelmente: desvalorização (onde possível, pois repõe muito rapidamente competitividade externa) e cortar rendimento (especialmente custo, no estado, mas genericamente cortar rendimento via cortar custos no estado e aumentar impostos). Cortar rendimento porquê? Porque uma parte do rendimento transforma-se em procura sobre o exterior. Se querem cortar menos o rendimento, é necessário mudar a propensão para comprar interno -- o que, diga-se, também é ajudado pela desvalorização.

Isto será muito difícil de mudar, porque é uma tarefa básica. Só parece complexa porque o "manter a funcionar" é algo subjectivo. É preciso cortar muito, mas convém dirigir os cortes para locais que não coloquem em causa o "manter a funcionar". Numa empresa, por exemplo, por muito que se corte não se deverá cortar em coisas que impossibilitem o seu processo produtivo.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5565 em: 2015-06-27 22:08:37 »
Quando para rebater uma opinião, um forista declara alto e bom som que conhece o funcionamento do FMI melhor que um directou que estee 4 anos no cargo, não sobra espaço nenhum para uma discussão racional !!!

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5566 em: 2015-06-27 22:17:04 »
Neste caso é óbvio -- tu estás a rejeitar de forma genérica o conceito de justiça comercial privada como se fosse algo impossível quando é algo que até já existe, simplesmente não espalhado a TODA a justiça comercial.

O que queres que diga? Que tens a mente aberta?

quero que não te refiras a mim. refere-te aos meus argumentos ou falta deles.
e eu faço exactamente a mesma coisa.

L

Os teus argumentos de impossibilidade da existência de justiça comercial privada chocam com a realidade de que já existe justiça comercial privada sob muitas formas.

Portanto fica apenas a dúvida de porque é que te parece que não possa existir MAIS justiça comercial privada.

no teu post inicial não reparei que te referias apenas a justiça comercial.
de qualquer forma acho que não existe o termo 'justiça comercial'.
este tema é daqueles que um user da área jurídica explanava num instante.
a justiça administrada pelo estado, a justiça desportiva, os tribunais arbitrais etc...
Is there a lawyer in the house?

L
« Última modificação: 2015-06-27 22:18:17 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5567 em: 2015-06-27 22:20:45 »
Quando para rebater uma opinião, um forista declara alto e bom som que conhece o funcionamento do FMI melhor que um directou que estee 4 anos no cargo, não sobra espaço nenhum para uma discussão racional !!!

Eu conheço o objectivo do FMI. E a opinião desse ex-director no tema que estou a criticar inclui uma coisa absurda:

Citar
(i.e.   asking   efforts   to  the   Greeks   but   also   to   the   other   countries)   and   less   pro-cyclical   adjustment
across    the    monetary    union
.

No contexto de uma intervenção no país X, o FMI não dá recomendações, nem negoceia, nem coisa nenhuma, com o país Y, Z, O, P.

Portanto embora aches que não dê para ter uma discussão racional, deverias levar em conta os factos e não "argumento de autoridade" que estás a fazer e que é uma falácia argumentativa bem conhecida.

Por fim, no contexto desta crise deverias lembrar-te que eu a previ e que expliquei a sua essência ANTES de ocorrer, o que muitas das autoridades que irás trazer para aqui não fizeram. Portanto tens que colocar a hipótese de eu saber realmente MELHOR como é que as coisas funcionam. Isto porquê? Porque o "saber melhor" = prever melhor,  e não posições de autoridade.

Ou será que se um badameco te aparecer com uma teoria científica que explica 100% de um dado fenómeno, tu vais puxar os galões, sei lá, do Einstein, para dizer "não, porque o Einstein diz que não!". Isso não é lá muito científico.

-------

Em todo o caso a realidade já te deu a resposta. Repara, aqui estamos em 2015, o Strauss Kahn esteve lá a mandar na coisa, e a forma de funcionar do FMI ainda está igual. Porquê, se o homem tinha tanta solução melhor, Zenith?

-------

Zenith, pior ainda é rebateres todos os meus posts com falácias e sem usares um argumento factual. Compreendes que dizer "O Strauss Kahn foi director daquilo" é um apelo à autoridade, portanto uma falácia argumentativa?
« Última modificação: 2015-06-27 22:26:25 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5568 em: 2015-06-27 22:24:29 »
Neste caso é óbvio -- tu estás a rejeitar de forma genérica o conceito de justiça comercial privada como se fosse algo impossível quando é algo que até já existe, simplesmente não espalhado a TODA a justiça comercial.

O que queres que diga? Que tens a mente aberta?

quero que não te refiras a mim. refere-te aos meus argumentos ou falta deles.
e eu faço exactamente a mesma coisa.

L

Os teus argumentos de impossibilidade da existência de justiça comercial privada chocam com a realidade de que já existe justiça comercial privada sob muitas formas.

Portanto fica apenas a dúvida de porque é que te parece que não possa existir MAIS justiça comercial privada.

no teu post inicial não reparei que te referias apenas a justiça comercial.
de qualquer forma acho que não existe o termo 'justiça comercial'.
este tema é daqueles que um user da área jurídica explanava num instante.
a justiça administrada pelo estado, a justiça desportiva, os tribunais arbitrais etc...
Is there a lawyer in the house?

L

Não precisas de um lawyer.

Se é possível ter um subset da justiça na justiça privada (caso da justiça desportiva que estás a dizer, mas existem muitos outros subsets), então não podes logo ái dizer que existir justiça privada é uma impossibilidade por uma razão qualquer. Esse cavalo já fugiu. Tens que procurar outro.

Depois, um conflito fruto de um contrato voluntário entre duas pessoas que nomeiam uma terceira para o derimir, é um cenário óbvio que é privatizável.

Depois ainda, ninguém diz que o Estado não pudesse igualmente candidatar-se à preferência voluntária desses actores, se UM deles achasse que os privados eram malvados.

Portanto, qual o problema?
« Última modificação: 2015-06-27 22:24:48 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Mystery

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1562
    • Ver Perfil
A fool with a tool is still a fool.

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5570 em: 2015-06-27 22:35:45 »
Quando para rebater uma opinião, um forista declara alto e bom som que conhece o funcionamento do FMI melhor que um directou que estee 4 anos no cargo, não sobra espaço nenhum para uma discussão racional !!!

Eu conheço o objectivo do FMI. E a opinião desse ex-director no tema que estou a criticar inclui uma coisa absurda:

Citar
(i.e.   asking   efforts   to  the   Greeks   but   also   to   the   other   countries)   and   less   pro-cyclical   adjustment
across    the    monetary    union
.

No contexto de uma intervenção no país X, o FMI não dá recomendações, nem negoceia, nem coisa nenhuma, com o país Y, Z, O, P.

Portanto embora aches que não dê para ter uma discussão racional, deverias levar em conta os factos e não "argumento de autoridade" que estás a fazer e que é uma falácia argumentativa bem conhecida.

Por fim, no contexto desta crise deverias lembrar-te que eu a previ e que expliquei a sua essência ANTES de ocorrer, o que muitas das autoridades que irás trazer para aqui não fizeram. Portanto tens que colocar a hipótese de eu saber realmente MELHOR como é que as coisas funcionam. Isto porquê? Porque o "saber melhor" = prever melhor,  e não posições de autoridade.

Ou será que se um badameco te aparecer com uma teoria científica que explica 100% de um dado fenómeno, tu vais puxar os galões, sei lá, do Einstein, para dizer "não, porque o Einstein diz que não!". Isso não é lá muito científico.

-------

Em todo o caso a realidade já te deu a resposta. Repara, aqui estamos em 2015, o Strauss Kahn esteve lá a mandar na coisa, e a forma de funcionar do FMI ainda está igual. Porquê, se o homem tinha tanta solução melhor, Zenith?

-------

Zenith, pior ainda é rebateres todos os meus posts com falácias e sem usares um argumento factual. Compreendes que dizer "O Strauss Kahn foi director daquilo" é um apelo à autoridade, portanto uma falácia argumentativa?

Não vou continuas a discussão, porque não à semelhanças de anteriores já começas a desviar o assunto chamando os argumentos de autoridade, e o Einstein àbaila, simplesmente para gerar entropia, quando na verdade o único argumento que apresentas é " eu é que sei como o FMI funciona".

amsf

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 283
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5571 em: 2015-06-27 22:38:22 »
Zenith

Parece que ainda há quem acredite na "autoridade" de certos líderes apesar dos Ricardos Salgados, Zeinal Bava, Vitor Constâncio, etc... lá fora também têm os seus e alguns devem acumular taras sexuais com incompetência técnica...

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5572 em: 2015-06-27 22:39:11 »
O 'puto' de 27 anos, que foi encher o depósito e a despensa, como relata o Observador, podia ter ido a este ATM. O wishfull thiking no mais alto grau, com o Observador a mostrar apenas um dos lados.
Não sei qual das partes tem razão mas estamos a falar de comportamento humano.

O referendo foi mesmo anuciado, não se sabe se irá avante, se haverá acordo ou não, mas não é de estranhar que as pessoas, perante a incerteza de poder haver controlo de capitais para pessoas e empresas, queiram:
1. Ficar com dinheiro vivo em casa
2. Abastecer a despensa com alimentos, sobretudo de longa duração
3. Prevenir-se com medicamentos básicos ou para doenças crónicas tipo diabetes, hipertensão, etc.

Não me parece um comportamento descabido nem paranóico

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5573 em: 2015-06-27 22:49:13 »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13514
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5574 em: 2015-06-27 22:50:31 »
O 'puto' de 27 anos, que foi encher o depósito e a despensa, como relata o Observador, podia ter ido a este ATM. O wishfull thiking no mais alto grau, com o Observador a mostrar apenas um dos lados.
Não sei qual das partes tem razão mas estamos a falar de comportamento humano.

O referendo foi mesmo anuciado, não se sabe se irá avante, se haverá acordo ou não, mas não é de estranhar que as pessoas, perante a incerteza de poder haver controlo de capitais para pessoas e empresas, queiram:
1. Ficar com dinheiro vivo em casa
2. Abastecer a despensa com alimentos, sobretudo de longa duração
3. Prevenir-se com medicamentos básicos ou para doenças crónicas tipo diabetes, hipertensão, etc.

Não me parece um comportamento descabido nem paranóico

pois e isso
planear hoje  porque amanhã pode ser so com muito desenrasca
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5575 em: 2015-06-27 22:53:51 »
Se a grecia ficar como lark quer tipo venezuela, não há medicamentos, comida ou dinheiro que os safe. Estes processos podem arrastar-se por mais de 20 anos. Coitados.

Ao mesmo tempo pode ser que o povo em Portugal acorde.  :D

http://www.bloombergview.com/articles/2015-06-27/will-greece-make-it-to-the-referendum-

Citar
[/The announcement by Prime Minister Alexis Tsipras that Greece would hold a July 5 referendum on its financial rescue has analysts rushing to predict the outcome of an inherently uncertain ballot. The events of the eight days leading to the vote will be equally interesting, and every bit as consequential for Greece and Europe.

Quicktake Greece's Fiscal Odyssey

Cornered by the country's creditors and confronted by a lose-lose situation, Tsipras announced early Saturday that he would hold a referendum to allow citizens to decide whether to accept the conditions that Europe and the International Monetary Fund are demanding to assist Greece. That seems a simple question to pose to voters. Yet beneath the conditionality formulation, Greeks will be asked a rather paralyzing question: either to opt for continued austerity with an uncertain outcome, or refuse further tightening and see their country default and have to impose capital controls.

Even if they choose the former -- accepting the creditors' conditions -- it isn't certain that Greece’s European partners will reciprocate with the type of huge upfront debt reduction and emergency financing that is needed for the country to have a real shot at restoring growth and financial viability. On the other hand, it isn't absolutely clear that a "No" vote would lead to Greece's exit from the euro zone (I think it would). And if Greece does leave the single currency, it isn't clear what type of institutional relationship it would be able to maintain with Europe.

With so much at stake, the next eight days promise to be full of fraught deliberations, mixed with misinformation and scare tactics by all sides. And the debate won’t be contained to Greece. Expect a region-wide European discussion, as many leaders will be forced to consider how much they want to explicitly participate in efforts to influence the outcome.

For all these reasons, the outcome of the July 5 referendum will remain uncertain until the very last minute. This prospect, as well as some big events on the calendar, will challenge the Greek’s government ability to navigate the run-up to the poll without risking a major financial accident.

When Greece's banks open Monday, they are likely to face renewed requests for deposit withdrawals, adding to liquidity and solvency strains.  (On Saturday, there already were reports of long lines at cash machines.) Banks would only be able to meet the outflows if the European Central Bank agreed to additional funding via Emergency Liquidity Assistance. Such an agreement is far from a given in light of the additional credit risk that would be borne by the European system of central banks.

Meanwhile, the government will be struggling to handle the large payment due to the IMF on Tuesday. To avoid a default that would have serious and wide-ranging implications, Greece would need to secure either some type of grace period or new bridge financing.

These are not the only looming issues for the Greek government. It also needs to maintain its political base within the Syriza party, whose supporters and allies are increasingly questioning its ability to keep electoral promises. Without this base, Tsipras would need to form a new coalition or call for national elections. And either step would make policy implementation more difficult, whatever the outcome of the referendum.

Until now, no European leader -- German, Greek or from a regional institution such as the European Commission or the ECB -- has wished to go down in the history books as the person responsible for the first exit from the euro zone. This responsibility has now been shifted to the Greek electorate. Not only is their verdict highly uncertain, but there are also genuine questions as to whether Greece's situation won't have radically evolved by the time the vote is scheduled to take place, forcing a different reality.

To contact the author on this story:
  Mohamed A. El-Erian  at melerian@bloomberg.net
quote]

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5576 em: 2015-06-27 22:59:01 »
Quando para rebater uma opinião, um forista declara alto e bom som que conhece o funcionamento do FMI melhor que um directou que estee 4 anos no cargo, não sobra espaço nenhum para uma discussão racional !!!

Eu conheço o objectivo do FMI. E a opinião desse ex-director no tema que estou a criticar inclui uma coisa absurda:

Citar
(i.e.   asking   efforts   to  the   Greeks   but   also   to   the   other   countries)   and   less   pro-cyclical   adjustment
across    the    monetary    union
.

No contexto de uma intervenção no país X, o FMI não dá recomendações, nem negoceia, nem coisa nenhuma, com o país Y, Z, O, P.

Portanto embora aches que não dê para ter uma discussão racional, deverias levar em conta os factos e não "argumento de autoridade" que estás a fazer e que é uma falácia argumentativa bem conhecida.

Por fim, no contexto desta crise deverias lembrar-te que eu a previ e que expliquei a sua essência ANTES de ocorrer, o que muitas das autoridades que irás trazer para aqui não fizeram. Portanto tens que colocar a hipótese de eu saber realmente MELHOR como é que as coisas funcionam. Isto porquê? Porque o "saber melhor" = prever melhor,  e não posições de autoridade.

Ou será que se um badameco te aparecer com uma teoria científica que explica 100% de um dado fenómeno, tu vais puxar os galões, sei lá, do Einstein, para dizer "não, porque o Einstein diz que não!". Isso não é lá muito científico.

-------

Em todo o caso a realidade já te deu a resposta. Repara, aqui estamos em 2015, o Strauss Kahn esteve lá a mandar na coisa, e a forma de funcionar do FMI ainda está igual. Porquê, se o homem tinha tanta solução melhor, Zenith?

-------

Zenith, pior ainda é rebateres todos os meus posts com falácias e sem usares um argumento factual. Compreendes que dizer "O Strauss Kahn foi director daquilo" é um apelo à autoridade, portanto uma falácia argumentativa?

Não vou continuas a discussão, porque não à semelhanças de anteriores já começas a desviar o assunto chamando os argumentos de autoridade, e o Einstein àbaila, simplesmente para gerar entropia, quando na verdade o único argumento que apresentas é " eu é que sei como o FMI funciona".

Bem, o argumento de autoridade que fizeste foi evidente* ("um forista declara alto e bom som que conhece o funcionamento do FMI melhor que um directou que estee 4 anos no cargo"). O Enstein foi um bom exemplo do que seria um argumento de autoridade.

E de resto, se tens alguma dúvida sobre:
* A super-senioridade do FMI;
* O facto de o FMI num programa para com um país X não negociar ou fazer recomendações a outros países;
* Ou o objectivo do FMI ser antes de tudo repor o equilíbrio de pagamentos externo.

Podes avançar com os teus argumentos.

Mas podes desde já ler isto:

https://www.imf.org/external/about.htm

Citar
A core responsibility of the IMF is to provide loans to member countries experiencing actual or potential balance of payments problems. This financial assistance enables countries to rebuild their international reserves, stabilize their currencies, continue paying for imports, and restore conditions for strong economic growth, while undertaking policies to correct underlying problems.

* Não só o argumento de autoridade foi evidente, como nem sequer avançaste com qualquer outro em 2-3 respostas até te recusares a participar. O que basicamente significou que tentaste "ganhar o debate" com um argumento de autoridade evidente e sem teres qualquer outro, sequer.
« Última modificação: 2015-06-27 23:05:46 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5577 em: 2015-06-27 23:07:59 »
http://www.bloombergview.com/articles/2015-06-27/tsipras-overturns-the-chessboard

Citar
Tsipras Overturns the Chessboard

Leonid Bershidsky
comments icon19 time iconJun 27, 2015 11:32 AM EDT
By  Leonid Bershidsky   

It's difficult to imagine a decision more irrational than Prime Minister Alexis Tsipras's call for a referendum on whether Greece should accept its creditors' latest bailout proposal. Tsipras is attempting to abdicate responsibility for what could have been the toughest decision of his career. One can only hope the Greek people will be more responsible on July 5, if the referendum goes ahead.

Tsipras told Greek citizens in a televised address Saturday that the creditors presented his government with an ultimatum Thursday that would add "new unbearable weight to the shoulders of the Greek people" and "undermine the recovery of the Greek economy and society -- not only by fueling uncertainty, but also by further exacerbating social inequalities." Therefore,


We are facing a historic responsibility to not let the struggles and sacrifices of the Greek people be in vain, and to strengthen democracy and our national sovereignty -- and this responsibility weighs upon us. Our responsibility for our country’s future. This responsibility obliges us to respond to the ultimatum based on the sovereign will of the Greek people. Earlier this evening, the Cabinet was convened and I proposed holding a referendum, so that the Greek people can decide.

Tsipras spoke as if he hadn't himself submitted a very similar proposal to the creditors on the very same day. Comparing it with the creditors' version is like poring over a spot-the-difference puzzle. Is the mole on the princess's left shoulder or the right one? Are the lapdog's eyes blue or brown?

QuicktakeGreece's Fiscal Odyssey

It's hard to argue that a value-added tax of 23 percent on hotels, rather than 13 percent as Greece proposed, and "phasing out" rather than "replacing" a bonus plan for the poorer pensioners would constitute "unbearable weight" for the Greek people. Yet such is the nature of the few remaining sticking points that have prevented Greece from making a deal with the European Union, the European Central Bank and the International Monetary Fund. To get to that point, Greece made reluctant compromises, and so did the creditors. Creditors' demands for a primary fiscal surplus are no longer unreasonable: They asked for 1 percent of gross domestic product this year and 2 percent in 2016, compared with 3 percent and 4.5 percent in the original bailout plan. Greece agreed.

As Tsipras conducted the negotiations, he led the creditors -- and everyone else who watched the tortuous process, including Greeks -- to believe that he was making and accepting concessions in good faith. It looked as if he was playing chess. Now it turns out, either he was just pretending to make moves to waste everybody's time, or he didn't really understand what he was doing on the board. In either case, unhappy with the outcome, he has just swept the pieces off the board.

His referendum proposal is similarly pernicious. He may think that, in the words of his coalition ally Panos Kammenos, he's "doing a Kougi" -- blowing himself up as the defenders of a Greek fortress did rather than have it fall into the hands of the Turks in 1803. In fact, Tsipras is playing havoc with the law of his country and the chances of its economic survival.

"The question on the ballot will be whether the institutions’ proposal should be accepted or rejected," Tsipras said. Such a question would contravene the Greek constitution, which says in Article 44 that a referendum cannot be held on fiscal matters. The creditors' proposal is all about fiscal matters. It makes no sense to ask the Greek people whether they want higher taxes, and the drafters of the constitution clearly agreed.

Even if the referendum as envisioned by Tsipras were legal, the date, July 5, requires that the current bailout be prolonged past June 30, when Greece is due to repay 1.5 billion euros to the IMF -- money it most likely doesn't have. Given Tsipras's surprise move, the creditors are unlikely to provide such an extension. Even if they do, Greeks will use the week before the vote for a final bank run: The risk of an exit from the euro is too real to leave any remaining euros in a Greek bank. Lines at cash machines throughout Greece on Saturday proved it. Along with the referendum announcement, Tsipras should have imposed capital controls. As it is, Greeks are being told to vote for a proposal that may not even be on the table by the time they come to the polls.

Even if Greeks wanted out of the euro -- which they don't: Opinion polls show they are overwhelmingly for keeping the common currency -- they would be wrong to vote with Tsipras's grandstanding, chessboard-overturning government. They need someone more capable to oversee a transition out of the euro and probably the EU: Surviving as just another Balkan nation will be tough.

Syriza's performance in the last five months, culminating in Tsipras's surprise move, clearly shows Greece misfired when the party was elected in January. The referendum, if it is actually held, gives Greeks another chance. If they refuse to back Syriza in it, there will probably be an early election. Whomever it empowers will need to start from scratch with the creditors: They will still want to do some kind of deal rather than have Greece walk away from all its debts. It's OK to move the deadline again: The Greek people deserve a chance to get it right.

« Última modificação: 2015-06-27 23:10:59 por Incognitus »

Deus Menor

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1972
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5578 em: 2015-06-27 23:36:50 »

Coitados dos Gregos , nem com a Albânia ao lado percebem o que lhes vai acontecer.

Depois do êxodo dos Roma, vamos ter uma vaga de Gregos a "errar" pela Europa...

Zenith

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5259
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #5579 em: 2015-06-28 00:01:57 »
Zenith

Parece que ainda há quem acredite na "autoridade" de certos líderes apesar dos Ricardos Salgados, Zeinal Bava, Vitor Constâncio, etc... lá fora também têm os seus e alguns devem acumular taras sexuais com incompetência técnica...

Isso vem a proposito de q?