Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1844270 vezes)

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3400 em: 2015-05-28 00:11:08 »
Com a desvalorização interna que existiu (bastante menor do que uma desvalorização por via cambial), o desemprego já tinha começado a descer e o crescimento já tinha retomado.

Se uma desvalorização cambial fosse acompanhada de um incumprimento, teríamos que a comparar a uma desvalorização interna também acompanhada de incumprimento (caso em que seria mais fácil).
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3401 em: 2015-05-28 00:13:37 »
Com a desvalorização interna que existiu (bastante menor do que uma desvalorização por via cambial), o desemprego já tinha começado a descer e o crescimento já tinha retomado.

Se uma desvalorização cambial fosse acompanhada de um incumprimento, teríamos que a comparar a uma desvalorização interna também acompanhada de incumprimento (caso em que seria mais fácil).

mais que provavelmente é que vai acontecer na Grécia.
default e passagem para o dracma.
acho que já disse isto algures lá umas 20 páginas para trás.

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3402 em: 2015-05-28 08:43:21 »
mais miséria? ainda não chega?

Miséria é o que passa o povo venezuelano graças aos corruptos do PODEMOS.

ovelha

  • Jr. Member
  • **
  • Mensagens: 35
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3403 em: 2015-05-28 09:14:35 »
Hummmmmmmmm, não é a desvalorização da moeda que cria empregos, existem muitos paises que os  ordenados são um euro por dia, e não é por isso que tem um excesso de  trabalho muito pelo contrario.

 Desvalorização da moeda só dá até um certo, ponto, os ordenados na Alemanha são muito mais altos e não é por isso que eles passam todas as fabricas para Portugal.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3404 em: 2015-05-28 09:18:36 »
A verdadeira miséria na Grécia ... não é Grega (e isto pode ser mau para o turismo, que até tem estado a crescer bastante).


http://www.dailymail.co.uk/news/article-3099736/Holidaymakers-misery-boat-people-Syria-Afghanistan-seeking-asylum-set-migrant-camp-turn-popular-Greek-island-Kos-disgusting-hellhole.html


Isto também parece ter acontecido devido a deficiências administrativas na Grécia: fizeram pontos de passagem para os migrantes nas ilhas (para não os receberem logo no Continente).




"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3405 em: 2015-05-28 10:08:09 »
Já se sabe, mas está a ser repetido.


*VAROUFAKIS: GREEK GOVT WANTS DEBT RESTRUCTURING

"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3406 em: 2015-05-28 10:44:32 »
http://observador.pt/opiniao/a-grande-regressao/

Citar
Uma palavra que vem à cabeça quando se olha um pouco à nossa volta é: regressão. Na televisão, na ideologia, em muito discurso político, um pouco por todo o lado, volta-se atrás nas formas e nos conteúdos. Quase até à infância.

Comecemos pela ideologia. Sob a capa da novidade e da juventude, movimentos como o Syriza representam um retorno a formas arcaicas de pensar a sociedade e de lidar com a realidade. Há sem dúvida razões apontáveis para que tais movimentos tenham sucesso. Entre outras, a corrupção das elites políticas e, de uma forma muito significativa, o abalo provocado pelo sentimento de perda de soberania a que a chamada “construção europeia” conduziu muitos cidadãos dos Estados-Membros. Resta que a regressão ideológica que se observa – simétrica, de resto, do utopismo de muitos aspectos da dita “construção” – é deprimente e tendencialmente catastrófica, já que corresponde a uma negação daquilo que Freud chamava “princípio da realidade”.

O princípio de realidade manifesta-se, entre outras coisas, no reconhecimento de uma realidade exterior que não depende de nós; na aceitação de uma mediação entre o desejo e a sua satisfação; na dúvida quanto à justeza da nossa representação das coisas; na ideia de um compromisso entre os nossos desejos e as formas presentes da sociedade; e, finalmente, na ideia de uma imparcialidade que nos permita avaliar o acordo ou o desacordo das nossas representações com a realidade exterior.

Ora, se há coisa que o Syriza nos tem deprimentemente habituado desde a sua eleição, maximamente na figura do inenarrável ministro Varoufakis, é a uma minuciosa e repetida violação do respeito por cada uma destas condições. De nada são responsáveis; de mediações (se se quiser, cedências) para a satisfação do desejo, nem ouvir falar; nenhumas dúvidas quanto à justeza da sua representação do estado das coisas; recusa sistemática de qualquer compromisso com a União Europeia; e, consequentemente, absoluta incapacidade de toda e qualquer forma de imparcialidade na apreciação da relação das suas propostas com a realidade.

Acrescenta-se a isto aquela relação infantil com a linguagem, como se esta possuísse mágicos poderes. Já não há troika, há “instituições” (já agora: porque não substituir “austeridade” por outro nome?). A questão da linguagem é, de facto, tudo menos despicienda. A linguagem é sem dúvida um dos meios mais eficazes para nos fazer sair para fora da realidade e de fingir que ela não existe. Nessa função, em alguns casos ela pode ser, é verdade, sublime. Noutros, infelizmente a maioria, pura e simplesmente deprimente. Com o Syriza é deprimente.

Aquilo que vale para o Syriza vale, sob forma mais suave, para vários outros discursos políticos. Sempre que o apelo ao sonho e à utopia se tornam recorrentes, é sinal que os mecanismos regressivos estão a funcionar. A realidade tende a eclipsar-se ou a dissolver-se no próprio discurso, deixando, em termos práticos, de existir. O discurso basta-se a si mesmo e, por um passe de mágica, pretende ser a prova da sua própria justeza. É regressão mesmo. E é também deprimente.

Descansemos da política e vejamos televisão. Mas o espírito da “Casa dos Segredos” parece ter tomado quase conta de tudo, em particular dos telejornais. E a “Casa dos Segredos” propriamente dita, como certamente concordará quem alguma vez a tiver visto, é um exercício de regressão em estado puro. A vida do espírito reduz-se à sua dimensão mínima. Uma pessoa apanha-se a ver ali corpos que falam, ou não falam, sem que haja qualquer propósito de felicidade na coisa. Um pouco como na pornografia.

Dizer isto não é, note-se, uma condenação moral. Longe de mim “condenar” a “Casa dos Segredos” – ou a pornografia. Ficando por esta última, há muitas coisas “pró” e “contra” que se podem avançar sobre ela, e um dos mais ilustres filósofos morais do nosso tempo, Bernard Williams, dedicou-se com atenção a discutir a questão. O tópico é, de resto, um daqueles que continua a suscitar, nos filósofos que se ocupam de questões éticas, debates vários. O problema da pornografia é que, no culminar da regressão, infantiliza em absoluto. Para falar de novo como Freud, reconduz-nos ao estado da “investigação sexual infantil”. É esse, e não os problemas morais propriamente ditos, o seu problema central. De uma certa forma, a pornografia é o modelo de toda a regressão. Mas, apesar de tudo, a regressão pornográfica é matéria privada e dela não vem mal ao mundo. Cada um faz como quer e está muito bem. Ninguém tem nada a ver com isso. Como ninguém tem nada a ver com que se veja, ou não, a “Casa dos Segredos”.

O mesmo certamente não pode ser dito das formas regressivas que agitam a sociedade. São regressões sublimadas, mas são regressões à mesma. Tendem, por regra, à indistinção entre o desejo e a realidade, ao onirismo, à imediatidade da satisfação, à ilusão da omnipotência do pensamento, à convicção no poder mágico das palavras e outras coisas assim. E muito mal costuma vir ao mundo de tudo isso junto. Quando os discursos políticos e as acções políticas vão por esse caminho, uma coisa é certa: a trapalhada vem aí.
« Última modificação: 2015-05-28 10:44:59 por tommy »

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3407 em: 2015-05-28 12:47:30 »
Cantem comigo:
"And here I go again on my own / Going down the only road I've ever known / Like a drifter I was born to walk alone"  :D :D

Citar
The idea of a parallel currency for Greece is worthy of consideration, with even German Finance Minister Wolfgang Schaeuble broaching the possibility as Greece fails to reach an agreement with its creditors. It could work -- albeit not in the way suggested by the pretty models circulated by economists in recent months.

Greece's Fiscal Odyssey

Most of these involve Greece issuing some form of IOUs to pay its employees and contractors, with the government accepting these new securities in lieu of taxes at some future date. The specific designs differ (here is a good summary of some of them, and here is a more or less exhaustive classification of parallel currency proposals for the euro area), and there are interesting twists. Before he became Greek finance minister, Yanis Varoufakis suggested discounting the parallel currency -- he called it FT-coin, short for future taxes -- for euros. People would buy it because they'd be able to use 1,000 euros in FT-coins to pay 1500 euros worth of taxes in two years.

No matter what design frills economists tack on to the plans, the general idea is the same: The government would pay people in something other than money, but it would create an incentive for them to use that surrogate as a medium of exchange. Otherwise, the logic goes, nobody would accept it.

The problem with this train of thought is that in Greece, tax credits are not a huge enticement. Greeks are not particularly diligent taxpayers. At the end of last year, they owed the state 76 billion euros ($83 billion) in unpaid levies. Tax evasion is rampant, giving rise to exotic ideas like using housewives, students and even foreign tourists as freelance tax inspectors. If you're not going to pay taxes, you won't pay for tax credits even on the best of terms. Even if the scheme were workable, it would sow the seeds of a new crisis in a few years, once the government started getting back its IOUs instead of genuine tax revenue.

Anyone who has ever lived behind the Iron Curtain knows that the right way to run a parallel currency is based on coercion, not enticement.

Such a system persists in Cuba. That country uses the "convertible peso," or CUC, along with the Cuban peso, or CUP. Foreign tourists exchange their dollars (or, preferably, euros, pounds or yen, given the 10 percent tax on dollar trades) for CUC, which can be used in the "hard currency economy" -- to pay for imported goods, for gas, in tourist-oriented restaurants. Cubans are paid in CUP, which they can spend in local stores (mostly to buy rationed produce) and on services. They are allowed to convert CUP to CUC at a set rate reasonably close to the market one. That's an improvement on, say, the Soviet system, in which you could not legally convert rubles into foreign currency, except in a few special situations and at an extremely unfavorable rate. Still, most Cubans cannot afford to live the CUC life: The average salary on the island is the equivalent of $20 per month.

Like previous Communist systems, the Cuban one is a pain in the neck to administer, and the government has been promising since 2013 to scrap it. When the Cuban peso is finally unified, the country will still have a parallel currency system, with the dollar unofficially dislodging the CUC. The logic of the situation is that convertible currencies are for those who want access to imports. The government does not encourage that access, but it's still somewhat integrated into the global economy and it wants its elite to have access to nice clothes, good whisky and Swiss chocolate. Therefore, there's a local currency for proles and a convertible one for bosses.

If that doesn't sound very left-wing, it's not just because the practice of leftist ideas tends to be vastly different from the theory. Look at it from a different perspective: A government that wants to provide a minimum standard of living for all its citizens but doesn't have the resources must quarantine its currency system from the rest of the world. Why shouldn't Greece's hard-left government give its citizens a taste of Cuban-style currency duality? There's plenty of food and clothing produced inside the country that cannot be profitably exported. The government could charge for its services in drachmas, or whatever the new parallel currency would be called. Other service providers would have no alternative to taking the soft currency because the 20 percent of the Greek labor force employed in the public sector, including state companies, would only be paid in drachmas. In fact, the government could drastically reduce unemployment by hiring the jobless and paying them in its new currency.

This would, of course, create the potential for hyperinflation, and the government would need to impose exchange restrictions. A black market would immediately spring up, as it did in Ukraine last year under similar circumstances. Ukrainians, however, discovered that unless they planned to travel or buy expensive imports, they could get by just fine with the local currency.

Ugly?  Yes, but one could argue that Greeks hate the alternatives -- austerity and fiscal discipline -- even more than they would hate this taste of Soviet medicine. That's why they elected a determined left-wing government to lead them and fight international creditors every inch of the way.


And once Greece got tired of its parallel currency, it could drop the drachma and go back to using the euro. Montenegro scrapped the Yugoslav dinar in favor of the deutsche mark in 1996 and Ecuador dropped the sucre for the U.S. dollar in 2000 because de-facto parallel currency regimes were deemed unnecessary. There are also more or less successful examples of post-Communist transitions to single convertible currencies. Cast back into the developing world, Greece shouldn't be shy to learn from its new peers.


http://www.bloombergview.com/articles/2015-05-28/memo-to-greece-coercion-works-best-for-parallel-currencies


O sistema que o Zark/Lark/etc defende para Portugal. 
« Última modificação: 2015-05-28 13:51:58 por Incognitus »

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3408 em: 2015-05-28 19:12:38 »
Paul Krugman - New York Times Blog
MAY 28 1:04 PM May 28 1:04 pm 2

Latvia: The Thrill Is Gone

Back in 2013, when Olivier Blanchard presented a paper on Latvia at the Brookings Panel, many of the participants were bemused: why was the august panel devoting so much time to a country with the population of Brooklyn? But Latvia was, for a time, the great poster child for austerity.

Even then, as many of us pointed out (I was one of Olivier’s discussants) that role rested on shaky foundations; the main really good news about Latvia, rapid productivity growth, arguably had more to do with the catchup of a very poor country by European standards than with macro policy.



And now, as Frances Coppola notes, the era of rapid bounce back has stalled out. Here’s Latvia as compared with another small peripheral economy (even fewer people, although comparable GDP) that followed very different policies:

And no, Latvia’s rapid pre-crisis growth says nothing at all about the success of its post-crisis policies — if anything, it should set the bar for success higher.

Truly, nothing much here to justify all that triumphalism.

krugman
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zel

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3409 em: 2015-05-28 21:14:32 »
a diferenca eu entre ter moeda ou nao ter moeda, nao tem a ver com austeridade isoladamente

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3410 em: 2015-05-28 21:43:31 »
a diferenca eu entre ter moeda ou nao ter moeda, nao tem a ver com austeridade isoladamente

Já para não falar que imprimir moeda sem reformas (austeridade + austeridade) é igual a zero.

Vamos esperar pelo gráfico da Venezuela.

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3411 em: 2015-05-29 09:12:45 »
The U.S. Suddenly Sounds an Alarm on Greece


In the world’s most pressing financial crisis, Greece’s potential default on its debt, the U.S. has adopted a quiet, behind-the-scenes role. That’s changing.

Until recently, President Barack Obama and his top financial advisers have made few public statements on Greece’s debt crisis, which threatens to drive the country out of the euro zone. Yet this week U.S. Treasury Secretary Jacob J. Lew voiced frustration over a stalemate in the talks between Greece and its European creditors.

“It’s a mistake to think that a failure is of no consequence outside of Greece,” Lew said in a speech at the London School of Economics on Tuesday. “We don’t know the exact scope.”

U.S. officials are mindful that European leaders, who have chastised Americans for meddling in the past, consider Greece’s debt an internal matter. They also recognize that the continent is better situated to resolve the dispute than is the U.S., after Europe’s experience weathering a succession of sovereign debt crises at the end of the last decade.

Germany, Greece’s primary creditor, has said it doesn’t want the situation discussed at a meeting of the Group of Seven industrialized nations next weekend near Munich.

“The United States has been pretty heavily involved from the beginning, but most of it has been behind the scenes,” said Edwin Truman, who was assistant Treasury secretary for international affairs under former President Bill Clinton.

Rising Concern

The Treasury Department said that over the past week Lew had made two phone calls, on May 22 and May 27, to Greece’s prime minister, Alexis Tsipras, reflecting rising U.S. concern.

Greece is scheduled next month to repay about $1.7 billion in loans from the International Monetary Fund -- where the U.S. is the largest shareholder -- with the first payment due June 5. Plagued by unemployment and low tax revenue, the country doesn’t have the money and is negotiating with the European Central Bank, European Commission and the IMF for better terms to avoid default.

European leaders have publicly dismissed claims by Greek officials that a deal is near.

Failure to reach an agreement would drive yields higher on bonds issued by other “vulnerable” euro-area countries, the European Central Bank said Thursday. U.S. officials haven’t publicly sounded an alarm in the same way as in 2012, when Obama said that European debt crises of the time were a “cloud that’s coming over from the Atlantic.”

European Backlash

Prominent U.S. involvement in the earlier crises at times provoked a backlash. European finance ministers rebuffed then-Treasury Secretary Timothy Geithner’s entreaties to resolve their debts when he made an unusual appearance at a meeting they held in September 2011. Several openly criticized him for meddling.

The Obama administration’s leverage with key actors in the current Greek crisis is limited, and U.S. persuasiveness with European leaders has diminished as they’ve dug in on their positions, said Robert Kahn, a former IMF and U.S. Treasury official. That has dissuaded Obama from taking a more public role.

“Why make a public push and have it fall flat?” Kahn said by phone. “European views firmed up and hardened. The frustration with Greece grew over time.”
There is also less urgency than four years ago. The U.S. economy is better positioned to withstand external shocks. Europe itself has taken measures to protect its banking systems and financial institutions from risks in Greece.

Still, the Obama administration has misgivings about Europe’s approach to the standoff. There is “a lot of anxiety” within the Treasury Department that European leaders have grown overconfident and underestimate the danger of a Greek default, Kahn said.

That concern is beginning to surface.
False Confidence
“Brinksmanship is a dangerous thing when it only takes one accident,” Lew said in his London speech, his strongest public remarks yet on the negotiations. He warned European leaders against a “false sense of confidence” in maneuvers since 2012 intended to insulate their economies from Greece, such as the movement of most of the country’s debt from private financial institutions to euro-zone governments.

Lew has urged all sides to reach a deal quickly, Treasury officials said, warning that failure to do so would deepen Greece’s hardship and introduce broad uncertainty for Europe and the global economy.

The announcement of his two calls is itself a subtle way of signaling the Obama administration’s concern, Truman said.
“Has the Treasury secretary spent the same number of hours over the last six months on the telephone as Secretary Geithner did in 2010 and 2011?” Truman said. “I would be surprised if he hasn’t spent a lot of time on it.”

Greece’s benchmark Athens Stock Exchange closed down 1.7 percent on Thursday. It is impossible to know whether the June 5 deadline for the country’s first IMF payment marks the date at which Greece would default, because no one outside Athens knows exactly how much cash the government has on hand.

bloomberg
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Zark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 938
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3412 em: 2015-05-29 09:20:13 »
Está-me mesmo a parecer que que no último minuto os US intervêm para salvar a Grécia.
É uma vergonhaça para a UE se isto acontecer.


E sinal que a UE não têm capacidade política e precisa de ajuda exterior para resolver os seus problemas.
Os governos austéricos europeus vão ficar em muito maus lençóis se isto acontecer.

Tinha a sua piada o Syrisa e o Podemos a felicitar o Obama pela sua coragem política e a gozar na cara do Schauble.

O tommy, nem sei. Até tenho medo do que lhe possa acontecer. Espero que a sua linda cabecinha não expluda. Ou impluda como agora sói dizer-se.
(ainda não percebi esta moda da implosão - acabaram-se as explosões para sempre?)

Z
If begging should unfortunately be your destiny, knock only at the large gates.

Arabian Proverb
--------------------------------------------------
You've got to know when to hold 'em
Know when to fold 'em
Know when to walk away
And know when to run
You never count your money
When you're sittin' at the table
There'll be time enough for countin'
When the dealin's done

Kenny Rogers – The Gambler
------------------------------------------
It is not enough to be busy; so are the ants. The question is: What are we busy about?
Henry David Thoreau

Moppie85

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1170
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3413 em: 2015-05-29 09:28:02 »
Está-me mesmo a parecer que que no último minuto os US intervêm para salvar a Grécia.
É uma vergonhaça para a UE se isto acontecer.


E sinal que a UE não têm capacidade política e precisa de ajuda exterior para resolver os seus problemas.
Os governos austéricos europeus vão ficar em muito maus lençóis se isto acontecer.

Tinha a sua piada o Syrisa e o Podemos a felicitar o Obama pela sua coragem política e a gozar na cara do Schauble.

O tommy, nem sei. Até tenho medo do que lhe possa acontecer. Espero que a sua linda cabecinha não expluda. Ou impluda como agora sói dizer-se.
(ainda não percebi esta moda da implosão - acabaram-se as explosões para sempre?)

Z

não entendo qual a duvida que o US, o UK e outros façam pressão.
No fim de contas, é fácil "ladrar" quando não se mete o dinheiro no assunto...

EDIT: os US tb fazem pressão sobre a Grécia. Por outro lado, não os vejo disponiveis para emprestadar dinheiro ao Tsipras e cia
« Última modificação: 2015-05-29 09:29:42 por Moppie85 »

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3414 em: 2015-05-29 09:29:56 »
Moppie85, sabes que o Lark/Zark/etc. não está no negócio de acertar no que prevê. Falha sempre.

Uns meses atrás era a Rússia que ia dar o dinheiro: falhou;
Anteontem era a Alemanha/Europa: falhou;
Hoje é os US: vai falhar outra vez;

Ele ainda não percebeu que os outros países não estão no negócio de andar a dar dinheiro aos outros. Tal como ele ainda não transferiu nada para Angola.

Moppie85

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1170
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3415 em: 2015-05-29 09:36:17 »
Moppie85, sabes que o Lark/Zark/etc. não está no negócio de acertar no que prevê. Falha sempre.

Uns meses atrás era a Rússia que ia dar o dinheiro: falhou;
Anteontem era a Alemanha/Europa: falhou;
Hoje é os US: vai falhar outra vez;

Ele ainda não percebeu que os outros países não estão no negócio de andar a dar dinheiro aos outros. Tal como ele ainda não transferiu nada para Angola.

Se ele acerta ou falha e tu acertas ou falhas, é-me indiferente - deixo isso entre vocês os dois pq acho q é uma discussão fútil - não acrescenta nada à conversa.

Só estou a pôr em evidência o lógico - qd não é o meu dinheiro (US) que fica directamente em risco e posso sofrer consequencias de alguém não receber esse dinheiro (Grécia), claro que pressiono os outros (troika) a dar o dinheiro. Mas no entanto, não estou disponivel (US) para meter lá (Grécia) o meu dinheiro, pq provavelmente, aí a perda para mim (US) seria superior à que eu receberia de um default dos outros (Grécia), sem contar que estaria a enfiar-me num poço sem fundo (vulgo o país que mais anos passou em default/restruturação nos últimos 200 anos).

Zel

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3416 em: 2015-05-29 09:52:03 »
Está-me mesmo a parecer que que no último minuto os US intervêm para salvar a Grécia.
É uma vergonhaça para a UE se isto acontecer.


E sinal que a UE não têm capacidade política e precisa de ajuda exterior para resolver os seus problemas.
Os governos austéricos europeus vão ficar em muito maus lençóis se isto acontecer.

Tinha a sua piada o Syrisa e o Podemos a felicitar o Obama pela sua coragem política e a gozar na cara do Schauble.

O tommy, nem sei. Até tenho medo do que lhe possa acontecer. Espero que a sua linda cabecinha não expluda. Ou impluda como agora sói dizer-se.
(ainda não percebi esta moda da implosão - acabaram-se as explosões para sempre?)

Z

capacidade politica? entao e os americanos andam a dar dinheiro indiscriminado aos governos locais falidos?

tommy

  • Visitante
Re: Investir na Grécia
« Responder #3417 em: 2015-05-29 10:07:24 »
http://observador.pt/opiniao/sete-razoes-para-a-grecia-sair-do-euro/

Citar
Oficial. Quando no mesmo dia, esta quinta-feira, a diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, considera que a saída da Grécia da zona euro é “uma possibilidade” e o vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, não vai mais longe do que dizer que tem a “convicção pessoal” de que a Grécia não sairá do euro, então é porque essa possibilidade é mesmo real.

Como não tenho feitio para ser hipócrita, vou directo ao assunto: a saída da Grécia da zona euro pode ser a melhor solução para a actual crise, pode revelar-se, no médio prazo, o melhor caminho para a Grécia e é quase certamente o melhor que podia suceder à União Europeia. Por pelo menos sete motivos diferentes:

1. É muito provável que seja melhor para a Grécia

Se a Grécia saísse do Euro, os primeiros meses, talvez os primeiros anos, seriam terríveis. O regresso do dracma acarretaria uma enorme desvalorização da moeda e o padrão de vida do país caíria brutalmente. Pelo menos é essa a minha convicção, a da maioria dos economistas e, creio, a da maioria dos gregos. Mas, no médio prazo, a Grécia teria mais possibilidades de recuperar do que continuando no euro, porque voltaria a ter soberania monetária, voltaria a poder desvalorizar a sua moeda quando sentisse necessidade disso e deixaria de tentar o impossível: transformar-se numa economia semelhante à alemã, isto é, capaz de viver sem inflação e com uma moeda forte. Eu sei que o sonho dos criadores do euro era que os países habituados a terem uma moeda fraca passassem para o paradigma, mais estável e sólido, de terem uma moeda tão forte como o velho marco alemão. Mas como Vítor Bento mostrou no seu livro “Euro forte, euro fraco”, a moeda única procurou conciliar duas culturas e dois tipos de consensos sociais profundamente diferentes e virtualmente irreconciliáveis. É que não basta ter uma só moeda e um só banco central para que uma economia como a grega se torne uma economia como as do norte da Europa. Só faltou a Vítor Bento, porventura, tirar a conclusão dessa demonstração, mas a realidade pode agora encarregar-se disso. De resto, até fortíssimos opositores às políticas seguidas pela União Europeia nos últimos anos parecem comecar a defender, ou pelo menos a aceitar, essa ideia, como sucede com Paul Krugman. Como escreveu esta semana, “seria certamente pavoroso para Grécia, pelo menos no início”, mas daqui por um ou dois anos o Grexit pode ser um sucesso: “Suponham que um dracma fortemente desvalorizado acabaria a atrair enchentes de ingleses adoradores de cerveja para o mar Jónico, e que a Grécia começava a recuperar. Isso haveria de encorajar os que desafiam noutros países as políticas de austeridade e de desvalorização interna”. Mesmo pensando eu, que me lembro bem da vinda do FMI em 1983/85 e da inflação a 30%, que a desvalorização externa não é mais justa nem mais benéfica do que a desvalorização interna, deixo-vos na mesma o argumento de Krugman, já que porventura o choque da adopção de um dracma enfraquecido é mesmo a única esperança, a médio prazo, para economias como a grega.

2. Era melhor para a democracia grega

Os gregos fizeram, nas últimas eleições, uma escolha política que, como todas as excolhas políticas, tem consequências. Querem seguir um caminho diferente daquele que foi o escolhido pelos seus parceiros europeus, e daquele que outras escolhas democráticas na Europa contrariam: querem ser financiados sem fazerem reformas. Estão no seu direito – isto é, estão no direito de recusar as reformas que os credores exigem como condição de financiamento. Já parece menos legítimo que exijam ao mesmo tempo que as escolhas democráticas de outros povos europeus, da grande Alemanha à pequena Eslovénia, não sejam também respeitadas. Com moeda própria o eleitorado grego recuperaria, para o bem e para o mal, parte da soberania que o seu país perdeu. E faria as suas escolhas democráticas em conformidade. Mais, e porventura mais essencial: para dar o passo de sair do euro, os gregos deviam voltar a ser consultados. Não devemos ter medo de um referendo, mesmo organizado por Tsipras. Até pode acontecer que, no fim do dia, os eleitores prefiram escolher deixar de ter “linhas vermelhas” por troca por permanecerem no euro. Mas nessa altura fá-lo-ão sabendo, sem ambiguidades, que, como diz o nosso povo, não é possível ter ao mesmo tempo “sol na eira e chuva no nabal”.

3. Era melhor para a democracia europeia

A crise das dívidas soberanas está a mostrar todos os limites da construção democrática europeia. Está a demonstrar como ainda não somos um só espaço com uma só opinião pública, uma igual capacidade de discutir em conjunto o nosso destino comum e de nos revermos nas decisões dos organismos supranacionais que nos governam sem real consentimento dos povos. A possibilidade de um povo sair da zona euro abalaria esta construção que tem muito mais de utópica e dirigista do que de democrática. Representaria uma forma de devolução de soberania a um povo e um exemplo para os outros. E permitiria recolocar o debate político em muitos países em termos mais saudáveis, tornando mais claras as consequências das propostas populistas e dando mais espaço de manobra aos partidos democráticos que têm tido a responsabilidade de governar mas se sentem cada vez mais prisioneiros de uma camisa de forças que acaba por representar uma limitação à real liberdade de escolha dos eleitorados. Não se escolhem cores diferentes, escolhem-se tons diferentes da mesma cor, e isso é pobre numa democracia.

4. Era melhor para corrigir a ideia de que a União Europeia é como uma bicicleta

Este ponto é uma consequência directa do anterior. A obsessão de Bruxelas e de grande parte das elites europeias é que a “integração” tem sempre de ser maior, mais profunda, mais completa. Na famosa expressão de Jacques Delors, a União Europeia, para funcionar, tem de ser “como uma bicicleta”, tem de se estar sempre a pedalar para não cair. Esta formulação sintetiza todos os perigos de uma construção utópica, finalista e dirigista, e contraria o são princípio de que, em política, se deve tolerar a tentativa, o erro e a correcção de trajectória. Há muito que defendo que, na construção europeia, não pode ser um automóvel só com mudanças para a frente, tem de ter também marcha-atrás. Uma saída da Grécia do euro é uma boa oportunidade para isso acontecer. Mais: essa saída deveria levar à correcção da norma, que considero ditatorial, que não prevê que se possa sair do euro sem sair da União Europeia, isto quando na União Europeia há países que não estão no euro, e nunca estarão, nos tempos mais próximos, na moeda única. Mais ainda: a necessidade de negociar com o Reino Unido antes do referendo que aí vai ser convocado devia obrigar os líderes europeus a olharem com mais realismo para os tratados, perceberem que estes têm de permitir aquilo que me parece razoável qualquer povo exigir: que não existam apenas transferências de soberania a favor de Bruxelas, que possam existir devoluções de soberania a favor das velhas nações europeias. Não é preciso estar de acordo com os pedidos concretos do Reino Unido para achar que essa evolução será sempre mais saudável do que correr o risco de fazer crescer os descontentamentos anti-europeus até ao limite da implosão.

5. Era melhor para se perceberem os limites da utopia da moeda única

Outro ponto que decorre dos anteriores. Todas as soluções que têm sido propostas e trabalhadas para ultrapassar crises como a actual passam sempre por mais integração – mas não por mais democracia e uma maior capacidade de os povos fazerem as suas escolhas. O primeiro critério para sabermos se um regime é ou não democrático, não é o de existirem eleições livres – é o de dessas eleições livres poderem resultar mudanças pacíficas de lideranças e de políticas. Na Europa do euro isso não é possível e pode ser ainda menos possível no futuro. Eu, por exemplo, defendo os princípios do “pacto orçamental”, mas sou contra a sua imposição pelo centro à periferia. E aquilo que verdadeiramente me preocupa é que ninguém saiba como responder à mais elementar pergunta de um cidadão: quero afastar estas lideranças europeias, quero outras políticas, em quem devo votar sabendo que o meu voto realmente pode contar? Mais: é este tipo de construção centralizada que torna quase indistinguíveis os partidos centrais que está a abrir caminho aos partidos extremistas, à direita e à esquerda. Uma Grécia fora do euro também ajudaria a quebrar este ciclo infernal, obrigando os líderes europeus a saírem do debate sobre “as imperfeições da construção do euro” para um debate mais alargado sobre “as impossibilidades de uma utopia chamada euro”. Assim poderíamos falar de remédios reais em vez de discutir apenas novos (e grandiosos) “saltos em frente”. Por mim, imagens como essa só me lembram os desastres da China maoista e do seu trágico “Grande Salto em Frente”…

6. Era melhor até para os que defendem mais integração europeia

O maior activo da construção europeia é a paz que trouxe ao Velho Continente, uma paz mais duradoura do que a que conhecemos em toda a nossa antiquíssima história. Permitir a saída de um país do euro, ajudá-lo a concretizá-la, deixá-lo escolher com mais liberdade (e mais consciência das consequências) o seu caminho, é não só uma forma de preservar esse activo como de contrariar a erosão daquilo que o tornou possível: a adesão dos cidadãos europeus ao projecto da UE. Se, por causa da Grécia, tivermos problemas em Espanha (de recusa da dívida, por exemplo) ou na Alemanha (de recusa de mais ajudas, o que já esteve mais longe de acontecer), então deixaremos de estar perante uma doença circunscrita, mas face a uma gangrena que pode contaminar todo o corpo. Nessa altura é capaz de ser tarde demais não só para salvar o euro, como a União Europeia, como estas maravilhosas décadas de paz e de sã convivência. Já estivemos mais longe de isso acontecer.

7. Era melhor para evitar problemas maiores no futuro

Eu sei que ninguém verdadeiramente sabe até que ponto um Grexit contagiaria os mercados. Há hoje a convicção de que o euro está melhor defendido. Há hoje a esperança que mesmo um país numa situação de tão grande fragilidade e endividamento como Portugal poderia aguentar o choque sem danos de maior. Mas não faltam cassandras a dizer que tudo isso não são senão ilusões. Seja lá como for, manter a Grécia no euro à custa do incumprimento das regras do euro é não só uma repetição dos erros do passado – o país nunca devia ter sido autorizado a juntar-se à moeda única –, como um sinal enviado a todos os que gostariam de seguir pelo mesmo caminho. É uma traição a portugueses, espanhóis e irlandeses, mas também ao esforço de líderes socialistas como Renzi e Valls. É abrir caminho a um problema muito maior no futuro. Quando a decisão de deixar cair do Lehman Brothers provocou a crise financeira mundial, muitos defenderam que tinha sido um erro dramático. Na verdade, foi a boa decisão. Primeiro, porque o banco tivera a possibilidade de aceitar uma proposta de solução privada, porventura dolorosa e humilhante, mas recusara-a pensando que o Estado lhe daria a mão. Não deu. E nesse dia percebemos que, ao fazê-lo, destapou um problema que não teria deixado de se tornar mais e mais grave se se quisesse “dar sempre a mão”. A situação da Grécia não é muito diferente. Sendo que a escolha também é dela. Tem é de perceber que terá de fazê-la sem contar eternamente com o dinheiro dos outros – até porque ajudas comunitárias foi coisa que, nos últimos 35 anos, não lhe faltaram, pois ninguém as recebeu em tão enorme volume.

Admito que mesmo depois destes sete argumentos a ideia de uma saída da Grécia do euro ainda pareça chocante. Mas todos sabemos que antes das escolhas, é muito frequente qualquer das opções parecer-nos chocante, ou mesmo intolerável. O que não é sinónimo de, como escolhas, elas serem inevitáveis.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3418 em: 2015-05-29 10:08:00 »
Se nem os gregos acreditam no país, quanto mais os outros... Toda a gente percebe que o dinheiro que for para lá já não volta.
Greek bank deposits hit lowest level in a decade - live updates

Deus Menor

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1972
    • Ver Perfil
Re: Investir na Grécia
« Responder #3419 em: 2015-05-29 10:43:24 »
Eu imagino a quantidade de Venezuelanos que rezam para que os States coloquem
um "governo fantoche" para acabar com a agonia da Ditadura de esquerda.

Os Gregos ainda estão no início, e nem sabem o que os espera... com a Albânia tão perto,
e deixam-se levar com cantos de sereias...