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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1845095 vezes)

Kin2010

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3060 em: 2015-04-30 01:27:24 »
O syriza foi mandatado pelo eleitorado para fazer exactamente isto que está a fazer.
Para ser mais meiguinho, como os outros escravos germanófilos e exorbitar esse mandato, vai ter de o referendar.
L

Por que chamas "escravos germanófilos" aos governos de países que estão a implementar austeridade na Europa? Não é a austeridade por vezes necessária? Tem isso alguma coisa a ver com dominação alemã? Claro que não. Podia haver nenhuma Alemanha como o país mais forte da UE (já agora, é o mais forte mas não domina a UE), e mesmo assim, se os governos ficassem sem $$, teriam que implementar austeridade. Está a haver austeridade agora na Venezuela do Maduro, houve austeridade na Roménia do Ceausecu, e nenhum destes países era germanófilo, e também nenhum deles era ultra-capitalista ou neo-liberal.


tommy

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3061 em: 2015-04-30 09:54:49 »
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BERLIN – One can only feel sorry for Greece. For more than five years, the “troika” (the European Commission, the European Central Bank, and the International Monetary Fund) has made it the object of a failed experiment with austerity that has exacerbated the country’s economic crisis. And now Prime Minister Alexis Tsipras’s government seems hell-bent on plunging Greece into the abyss.

It never had to be this way. By the time Tsipras’s leftist Syriza party came to power in January, a new, more growth-oriented compromise had become possible. Even hardcore German proponents of austerity – and certainly Chancellor Angela Merkel – had begun to reconsider their position, owing to their policy prescriptions’ undeniable adverse consequences for the euro and the stability of the European Union.

The Tsipras government, with some justification, could have presented itself as Europe’s best partner for implementing a far-reaching program of reform and modernization in Greece. Measures to compensate the poorest met with considerable sympathy in EU capitals, and favorable sentiment would have strengthened had Greece started to cut its bloated defense budget (as a leftist government might have been expected to do).

But Tsipras squandered Greece’s opportunity, because he and other Syriza leaders were unable to see beyond the horizon of their party’s origins in radical opposition activism. They did not understand – and did not want to understand – the difference between campaigning and governing. Realpolitik, in their view, was a sellout.

Of course, it is precisely the acceptance of necessity that marks the difference between government and opposition. An opposition party may voice aspirations, make promises, and even dream a little; but a government party cannot remain in some imaginary world or theoretical system. And the dreamier an opposition party’s promises are, the bigger the challenge of narrowing the gap with reality if, like Syriza, it actually wins an election and comes to power.

Indeed, Tsipras seems to have forgotten the Marxist tradition’s emphasis on the dialectical unity of theory and practice. If you want to negotiate a change of tack with your creditors, you are unlikely to succeed if you destroy your own credibility and rant and rave about those whose money you need to avoid default. That, at least, is the lesson most of us have learned from theory and practice (also known as life).

But Syriza’s inability to escape its radical bubble does not explain why it formed a coalition with the far-right Independent Greeks, when it could have governed with one of the centrist pro-European parties. I hope that they do not share policy priorities, particularly a change of strategic alliances, which would be equally bad for Greece and for Europe. But two steps by Tsipras soon after he took office have heightened my skepticism: his flirtation with Russian President Vladimir Putin, and his attempt to isolate Germany within the eurozone, which never could have worked.

Within Europe’s monetary union, a consensus has been established that everything possible must be done to keep Greece inside. But Greece’s government needs to understand that other eurozone members will not be willing to accommodate its demands if it means delegitimizing their own painful reforms. More important, with the clock ticking on default (which could come as early as July), the Greek authorities need to persuade their partners through action, not promises.

A disorderly Greek exit from the euro – currently the greatest danger – can be averted only if both sides operate on the assumption that the upcoming negotiations are not about who wins and who loses. This will be not be easy: all sides face significant domestic pressure, and any compromise will leave everyone with some explaining to do back home. But even if there were no troika and no monetary union, Greece would urgently need far-reaching reforms to get back on its feet. What it also needs is time and money, which the EU should provide if, and when, the Greek authorities face up to reality.

But others in Europe need to abandon their illusions as well. The Greek crisis cannot be used either to weaken European conservatives and change the balance of power within the EU, or to remove the Greek left from office.

The current crisis and the negotiations to resolve it are about only one thing: Greece’s future within Europe and the future of the joint European project. To help Greece get back on its feet and keep it in the eurozone is in Europe’s interest, both politically and economically. But any agreement on how that is to be achieved now requires Greece to prove that it shares the same goal.

Read more at http://www.project-syndicate.org/commentary/tsipras-greek-crisis-by-joschka-fischer-2015-04#xPsy3drwLo4hZssB.99

Incognitus

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3062 em: 2015-04-30 12:02:33 »
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For more than five years, the “troika” (the European Commission, the European Central Bank, and the International Monetary Fund) has made it the object of a failed experiment with austerity that has exacerbated the country’s economic crisis.

A austeridade alcançou o que se esperava dela, eliminar o desequilíbrio externo. Tal como austeridade imposta pelo FMI fora deste contexto geralmente alcança esse objectivo (que é o objectivo principal).

O objectivo da austeridade não tem coisa nenhuma a ver com crescimento de curto prazo. A crise económica não é resultado da austeridade, é resultado do que a precedeu. Sem austeridade a crise seria superior porque o financiamento cairia para zero -- o que é menos do que o obtido via austeridade.

Estes artigos ao ignorarem isso são basicamente lixo e perda de tempo.
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Deus Menor

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3063 em: 2015-04-30 18:13:59 »

Estes artigos ao ignorarem isso são basicamente lixo e perda de tempo.

É pior que isso, é contra-informação pura!

Por vezes apetece-me fazer queixa à Comissão de Carteira Profissional de Jornalistas
quando ouço o zé do laço do Expresso.

tommy

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3064 em: 2015-04-30 21:38:20 »
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Fundou e pensou o partido, mas agora bateu com a porta. O número três do Podemos, Juan Carlos Monedero, demitiu-se esta quinta-feira da direção do partido, conta o El País. “Apresentei ao meu amigo Pablo [Iglesias] a demissão na direção. Seguem firmes a minha amizade com alguém tão grande e o compromisso com o Podemos”, escreveu no Twitter, por volta das 17h20.


Não me canso de dizer: a esquerdalha a fragmentar-se é sempre um espectáculo bonito de se ver.

http://observador.pt/2015/04/30/podemos-numero-3-do-partido-bate-porta/

Agora sobre no Podemos o que recebeu fundos a título perdido da Venezuela.

Lark

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3065 em: 2015-04-30 23:27:20 »
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Fundou e pensou o partido, mas agora bateu com a porta. O número três do Podemos, Juan Carlos Monedero, demitiu-se esta quinta-feira da direção do partido, conta o El País. “Apresentei ao meu amigo Pablo [Iglesias] a demissão na direção. Seguem firmes a minha amizade com alguém tão grande e o compromisso com o Podemos”, escreveu no Twitter, por volta das 17h20.


Não me canso de dizer: a esquerdalha a fragmentar-se é sempre um espectáculo bonito de se ver.

http://observador.pt/2015/04/30/podemos-numero-3-do-partido-bate-porta/

Agora sobre no Podemos o que recebeu fundos a título perdido da Venezuela.


sim senhor!
se a demissão do nº3 do podemos já é uma notícia merecedora de realce pelo tommy é porque a direita começa a ficar acagaçada.
grande tommy. obrigado por seres quem és!

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Zel

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3066 em: 2015-04-30 23:49:46 »
a grande obra do syriza ate agora eh estar a conseguir falir os bancos gregos, isto depois tem repercurssoes enormes para economia pois bancos insolventes nao emprestam

D. Antunes

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3067 em: 2015-05-01 17:56:19 »
Não há problema, quando eles sairem do euro e tiverem moeda própria o estado passará a ter muito papel. Desvalorizará os rendimentos dos capitalistas e da classe média aburguesada e emprestará às empresas públicas e aos amigos do povo para que estes invistam e criem postos de trabalho para os camaradas. E serão investimentos muito mais produtivos.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

vbm

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3068 em: 2015-05-01 18:27:41 »
A Grécia não sai de Euro nenhum,
mais depressa o Euro sai da Europa toda!

É absolutamente imbecil a maneira
como politicamente a Europa
está a imaginar sanear
as 18 dívidas públicas
dos estados do euro!

Ridículo.

Ouvi agora parte da "Quadratura do Círculo" de ontem.
Pacheco Pereira tem razão:

Imaginar que os países devedores têm de passar
a  ter superavits públicos de 4%, do PIB
para pagarem o que devem, e ao
mesmo tempo, manterem
orçamentos do ensino público
de 1% do PIB, é absolutamente absurdo,
antieuropeu, esclavagista, condenar a Europa
a regredir à idade das trevas, ao máximo
embotamento intelectual, ABSURDO!


O mais provável é o BCE não conseguir animação económica nenhuma
com a sua flexibilização de compra de dívida. Todos vão aproveitar
não para investirem mas diminuir o que devem. Ninguém ousará
investir com uma Europa sem norte nem rumo. É ridículo.

O que o BCE tem a fazer é queimar as dívidas que compra
e nominalmente entrar no capital dos bancos centrais
dos estados-membros, e declarar
que já não devem nada!

Mas isto não chega.

Quem perceba de política,
- e precise de perceber de política -,
para levar os seus países a pleno emprego
de recursos, deve ser colocado em instâncias
europeias que decidam o que a União tem de fazer
para mudar tudo de alto a baixo.


 

Incognitus

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3069 em: 2015-05-01 18:34:16 »
vbm, se isso é assim tão óbvio, porque raio é que acumularam dívida até isso ser assim tão óbvio?

--------

E se a solução é tão fácil, o que andaram todos os povos a fazer nos últimos 1000 anos, quando bastava esse jubileu? Porque é que não aprenderam mais rápido?

Ou será que isto já foi tentado antes e não acabou bem?
« Última modificação: 2015-05-01 18:35:15 por Incognitus »
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vbm

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3070 em: 2015-05-01 21:52:14 »
vbm, se isso é assim tão óbvio, porque raio é que acumularam dívida até isso ser assim tão óbvio?

--------

E se a solução é tão fácil, o que andaram todos os povos a fazer nos últimos 1000 anos, quando bastava esse jubileu? Porque é que não aprenderam mais rápido?

Ou será que isto já foi tentado antes e não acabou bem?

Já propus uma explicação justificativa da tua primeira objecção: a par de juro pretérito baixo, os produtores-vendedores dos superavitários 'impingiu' bens de consumo e de produção aos países 'deslumbrados' com as facilidades oferecidas, 'caídas do céu', e puseram-se a comprar coisas que não tinham interesse nenhum para si.

Os povos não andaram a 'patinhar' mil anos nenhuns! Bem pelo contrário. A mim, que já li  uma História Universal - a de Carl Crimberg - emocionam-me desenhos de mil anos na evolução dos povos.  E não  só! Também, o que se estabiliza, subsiste, dura mil anos. Por exemplo, a Academia de Platão de Atenas ensinou durante mil anos!

Atenta bem no impossível, posto em destaque: países europeus a pagarem juros de 4 a 5% do PIB anual, consentindo na coexistência dessa condição com orçamentos anuais de instrução pública de 1% do PIB!!! Só um governo de  loucos imagina sustentável uma afronta dessas. É caso para ressuscitar Marx do túmulo e proclamar «Estudantes de todo o mundo, mandai a dívida ao fundo perdido!»

No fundo, é o que o  Banco Central de Frankfurt está a tentar fazer por via da inflação. Mas é um método obsoleto e o jubileu de rasgar a dívida é mais decidida aposta em nova União da Europa. Na qual, cessa o dumping de exportar, não com baixa de preços, mas com empréstimos de cem por cento de produtos cuja utilidade não vai além de dez a quinze por cento!

Os jubileus do passado recente, correram todos bem, particularmente os últimos dos anos cinquenta, que perdoaram à Alemanha dívidas de todo impagáveis, e pela inflação, amortizaram a quase zero, as dívidas de França e da Inglaterra.

O mesmo tem de ser feito a Portugal, Itália, Grécia, Espanha e Irlanda.

Picketty, que ouvi fragmentariamente na Sic, propõe também
uma reforma política democrática que me pareceu
interessante: o parlamento europeu
ser integrado por deputados
eleitos nos parlamentos
nacionais dos estrados
membros!

Parece bem democrático e formaria um parlamento
central bem mais exigente e interventivo,
designadamente a resolver a taxa
de desemprego tão elevada,
prova da nulidade
da União.
« Última modificação: 2015-05-01 21:54:08 por vbm »

Incognitus

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3071 em: 2015-05-01 22:23:43 »
Não se chega aos 4-5% sem se passar pelos 1-2-3%.

Aquilo que advogas é "agora que é impossível pagar não pagamos", mas claro, logo de seguida o que é implementado é "agora que devemos tão pouco bem podemos dever mais".

É um esquema, basicamente. Mas os outros fazem bem em penalizar quem tente tal esquema, pois ele é intrinsecamente desonesto (equivale grosso modo a ter escravos ou roubar).
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vbm

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3072 em: 2015-05-01 23:10:28 »
Não se chega aos 4-5% sem se passar pelos 1-2-3%.

Aquilo que advogas é "agora que é impossível pagar não pagamos", mas claro, logo de seguida o que é implementado é "agora que devemos tão pouco bem podemos dever mais".

É um esquema, basicamente. Mas os outros fazem bem em penalizar quem tente tal esquema, pois ele é intrinsecamente desonesto (equivale grosso modo a ter escravos ou roubar).

Não senhor.
O filme não é esse.
Por demais estúpido.
Não defendo o «Não pagamos».

Defendo outro parlamento na Europa,
outros partidos a 'povoarem-no', ligados
aos parlamentos nacionais e com assento nestes
e em Estrasburgo, e a colocação doutro tipo de políticos
na Comissão Europeia, competentes para induzirem
uma modificação tal da política económica europeia
e internacional que modifique os termos gerais
de comércio e de controle de capitais e
impostos, de molde a empregar toda
a mão de obra a produzir, a ser útil.



Sem mudança de política europeia
não tem lógica nenhuma
nem pagar dívidas
nem deixar de
as pagar!

Thunder

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3073 em: 2015-05-02 09:44:11 »
vbm, se o Pacheco Pereira disse o que está no teu post:

"Imaginar que os países devedores têm de passar
a  ter superavits públicos de 4%, do PIB
para pagarem o que devem, e ao
mesmo tempo, manterem
orçamentos do ensino público
de 1% do PIB"

Foi basicamente o que o Piketty disse na entrevista à Sic Not.
A entrevista é bem interessante. Ele defende muitas ideias interessantes e fundamentais se os países mais desenvolvidos (em termos industriais e sociais, etc) querem manter essas características nos próximos tempos.
« Última modificação: 2015-05-02 09:48:11 por Thunder »
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Divide et Impera
Não há almoços grátis
Facts do not cease to exist because they are ignored
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vbm

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3074 em: 2015-05-02 10:46:24 »
Eu ouvi fragmentariamente os dois e em diferido.
Posso errar quem disse. Foi o Picketty, talvez.

Mas o Pacheco Pereira diz coisas semelhantes,
impressivas, revoltado contra a subserviência
política aos ditames algoritmo-maquínicos
do mercado, a quererem subordinar!
a vontade livre e soberana
dos países - ou
a submissão
de uns a
outros.


Neste sentido: fazer contas a fluxos de mercado
dentro do statu quo dos procedimentos conhecidos
é zerar a iniciativa estratégica dos indivíduos e dos estados.

Ele, Pacheco Pereira, exemplifica expressamente:
- consideram: «Não há rendimento suficiente para pagar pensões»
e fazem os cálculos equilibrando-os nessa premissa!

Ora, onde está aí a opção política? Porquê não refutar
pela acção política essa premissa?

1) Estudaram como a sociedade está a gastar essas pensões
de reforma? Vão de férias ao estrangeiro? Como vivem os reformados?
Contribuem ao sustentáculo da prole familiar? Ou são entregues
às Misericórdias? e lares particulares de idosos?

2) Que tipo de trabalho de utilidade social propõem
os reformados desempenhem se aptos a tal?

3) Quem disse que um activo não pode ter quatro, cinco,
sete ou mais inactivos a cargo? Porquê? Ou como?

O que impede que a pensão média seja
inferior ao salário médio do activo?

Que opções de desenvolvimento da produtividade
vão ser prosseguidas.


Nada disto, avaliações de equilíbrio como as do PS
ou similares, exploram, porque, justamente,
quedam-se numa subserviência
às imposições maquínicas
de bancos, credores,
e centrais políticas
não-democráticas.


E ele tem razão.
Façam-se cálculos, sim.
Como economista, não dispenso fazê-los.
Mas isso não é um programa de acção!

Se é, retrata simplesmente "submissão a Castela",
o que um Nuno Álvares Pereira repudiaria in limine,
mesmo que todos os irmãos e família optassem por Castela.

Oposição que o elevou a um patamar cimeiro de riqueza e honra
no país de Portugal. Assim, devemos ser representados em Estrasburgo.
O que Picketty recomenda: os deputados nacionais
são os que devem ditar as leis à Europa

Incognitus

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3075 em: 2015-05-02 11:10:43 »
É impressionante ter que se gerir um país com tanto retardado a acreditar em histórias da carochinha.

vbm, tu que falas tanto sobre ver-se porcaria na TV, depois vais alimentar-te de opiniões retardadas dessas? Não admira que depois digas o que dizes sobre as mais diversas coisas...

É assustador pensar que são aos milhões ...

Olha por exemplo para isto que disseste:

"3) Quem disse que um activo não pode ter quatro, cinco,
sete ou mais inactivos a cargo? Porquê? Ou como?"

Vamos imaginar que o ordenado médio é 1000 EUR e a pensão média é de 500. Não vês o problema de ter 4, 5, 7 inactivos pendurados num activo?

Ora, o activo só tem que dispensar 2000-2500-3500 EUR dos 1000 que ganha e não há problema nenhum.

Isso monetariamente, em termos de produção/bens/etc dá no mesmo.

--------

Sobre o mercado, novamente, o mercado são os outros. Não há uma entidade "mercado" para lá disso. Tudo o que pensares sobre o "mercado" subjuga-o primeiro a isso antes de formares a tua opinião. E não oiças o Pacheco Pereira que ele não é uma boa fonte de informação excepto para poemas ou algo do género.
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Zel

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3076 em: 2015-05-02 11:29:08 »
claro que um activo pode ter 7 a cargo, eh so dar 50 euros a cada um  :D

vbm

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3077 em: 2015-05-02 13:16:37 »
Incognitus,

Começa por ler a observação do Neoliberal
e inicias um resultado de  entendimento.

É como digo interrogativamente:
- Quem disse que um activo não consegue ter
sete ou mais inactivos a cargo!?


Em casa dos meus pais, éramos doze à mesa,
e só um trabalhava! Alguns dos inactivos
tinham  pequenos rendimentos,
mas inactivos inteiros,
- menores a crescer -, 
éramos sete!


Nota, por outro lado, que não excluo
inactivos-reformados que trabalhem
em vez de irem de 'férias' pra praia!

Depende do que consigam e
façam que seja útil.


O que sugiro ser possível em forma interrogativa,
é matéria para avaliação, sim, e pode concluir-se
por € 50 per capita, sim senhor. E em casas de
família, não em cubículos de rendimento,
propriedade de senhorios, eles
também vivendo de
escassas pensões.


O que Pacheco Pereira diz é absolutamente apropriado
a ser-se político responsável pela ordem e bem estar
dos indivíduos e das famílias em sociedade.

Não nego a utilidade dos que trabalham e dirigem
as empresas e as unidades de produção,
cujo rendimento é tão só salários
e lucros, e só estes remuneram
juros, rendas, pensões
e royalties.


O resto é aldrabice.
« Última modificação: 2015-05-02 13:24:04 por vbm »

Incognitus

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3078 em: 2015-05-02 14:10:54 »
O Pacheco Pereira não é um político responsável. O PP é o oposto de um político responsável.

É praticamente o pior que se pode ter. O dizer que se quer o melhor para as pessoas é absurdo. Todos querem o melhor para as pessoas. Se alguém aparentemente não o defende directamente - por exemplo defendendo ser mais fácil despedir - é porque o directamente não faz sentido para defender as pessoas e o bem estar da sociedade.
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tommy

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Re: Investir na Grécia
« Responder #3079 em: 2015-05-02 14:56:56 »
Em 40 anos ninguém consegue dizer de imediato uma proposta/projeto-lei/medida criada pelo Pacheco Pereira.
Falar é fácil...mas do ponto vista prático, o PP nunca fez nada na vida. Nem pelos pobres, nem pelos desprotegidos.