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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1844730 vezes)

Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2760 em: 2015-04-20 17:02:45 »
comparação das capacidades militares da grécia e da turquia
a grécia é sexagésimo. a turquia é a décima potência militar do mundo.
com um vizinho destes, que já provou que usa o seu poder militar quando bem entender, o desarmamento unilateral era uma loucura.

L
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Automek

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2761 em: 2015-04-20 17:17:08 »
Citar
Tsipras Moves to Seize Public-Sector Funds to Keep Greece Afloat
3:06 PM WEST
April 20, 2015

Running out of options to keep his country afloat, Greek Prime Minister Alexis Tsipras ordered local governments to move their funds to the central bank.

With negotiations over bailout aid deadlocked, Tsipras needs the cash for salaries, pensions and a repayment to the International Monetary Fund. Greek bonds declined after the move, pushing three-year yields to the highest since the nation’s debt restructuring in 2012.

The decree to confiscate reserves now held in commercial banks and transfer them to the central bank could raise about 2 billion euros ($2.15 billion), according to two people familiar with the decision. It also shows how time is running out for Tsipras, a point made by European officials who addressed the matter at IMF meetings in Washington in recent days.
“Central government entities are obliged to deposit their cash reserves and transfer their term deposit funds to their accounts at the Bank of Greece,” the decree issued Monday on a government website said. The “regulation is submitted due to extremely urgent and unforeseen needs.”

A default on the country’s 313 billion euros of obligations and a euro exit would be traumatic for the currency area and plunge Greece into a major crisis, European Central Bank governing council member Christian Noyer told French newspaper Le Figaro in an interview published Monday.

Just Enough
The new funds may be just enough to pay the salaries as well as make a 770 million-euro-tranche owed to the IMF on May 12, the people said.

Greece’s three-year yield jumped 183 basis points, or 1.83 percentage points, to 28.58 percent as of 4:02 p.m. London time. Credit-default swaps suggested about an 81 percent chance of Greece being unable to repay its debt in five years, compared with about 67 percent at the start of March, according to CMA data.

Greece and its creditors remained at loggerheads with time running out. The sides haven’t even set 2015 budget targets, let alone policies to meet them, an official representing creditors said Monday, asking not to be named as talks aren’t public.

A spokesman for the Ministry of Finance declined to comment when contacted by phone.
European leaders want Greece to do more to revamp its debt-burdened economy, with progress to be reviewed on April 24 in Riga, Latvia, when finance ministers from the currency bloc meet. European Commission Vice President Valdis Dombrovskis said in an interview in Washington that creditors might need to wait until mid-May to see what Greece can deliver.

‘Negative Development’
“The situation with Greece needs to be resolved soon,” Cypriot Finance Minister Harris Georgiades said in a Bloomberg Television interview Monday. “It would be a negative development if no progress is made at the meeting in Riga.”
That message was echoed by the Finance Ministry in Germany, Greece’s biggest country creditor.
“The coordination process must pick up considerable momentum and the responsibility for that lies with the Greek government,” ministry spokeswoman Friederike von Tiesenhausen said in Berlin.

Greek officials, including Deputy Prime Minister Yannis Dragasakis, remained defiant over the weekend, saying the government won’t betray its electoral promises and worsen the pain that came from previous austerity measures.
While “so-called” partners, including unidentified IMF officials, want to “blackmail” Greece into adopting measures that would hurt the working class, “we won’t betray the people’s mandate,” Energy Minister Panagiotis Lafazanis said, according to an interview published Sunday in Athens-based Real News newspaper.
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-04-20/greece-moves-to-seize-local-government-cash-as-imf-payment-looms

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2762 em: 2015-04-20 17:41:07 »
Não se trata de abolir o Estado e sim condicionar a sua actuação apenas a "bons motivos" que sejam tendencialmente consensuais. Coisas como educação, saúde, segurança, justiça, etc.

defesa não? foi um dos principais motivos do surgimento dos estados modernos?!
Incognitus, por favor não te agarres a um argumento até tornar a discussão impossível.
aceita que não foi um bom argumento.
efectivamente há estados que iniciam guerras desnecessárias para obtenção de vantagens materiais - Os US, no Iraque por exemplo.
O caso da Grécia é diferente.

L

Defesa também, mas uma coisa é uma capacidade militar normal outra é fazer o país ser uma coisa militarista que gasta imenso em defesa.

Se vão por esse caminho não podem depois queixar-se de crises humanitárias. O exemplo dos canhões ou manteiga é bastante comum na macroeconomia.

-----------

O caso da Grécia remonta a 1974, apenas não o deixaram cair como nós podíamos não ter deixado cair Goa ou Timor (se bem que pouca diferença faria dada a distância).
« Última modificação: 2015-04-20 17:42:21 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2763 em: 2015-04-20 17:42:05 »
http://observador.pt/2015/04/20/organismos-tem-de-passar-fundos-para-banco-central/

Citar
O governo grego já tem recorrido às reservas de organismos como fundos de pensões e, até, hospitais e universidades para satisfazer as necessidades de liquidez. Com este decreto-lei, as reservas de tesouraria que estas autarquias e outros organismos públicos terão de ser passadas dos bancos comerciais, onde estão neste momento, em muitos casos, para a conta geral do Estado no Banco da Grécia. Duas fontes disseram à Bloomberg que sem esta medida não seria possível pagar os salários e as pensões, ao mesmo tempo que reembolsar a dívida ao FMI.


tic tac tic tac!  :D

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2764 em: 2015-04-20 17:43:04 »
comparação das capacidades militares da grécia e da turquia
a grécia é sexagésimo. a turquia é a décima potência militar do mundo.
com um vizinho destes, que já provou que usa o seu poder militar quando bem entender, o desarmamento unilateral era uma loucura.

L


Bem, ninguém fala de desarmamento.

A lista é impressionante, 1900 tanques, 11 submarinos ... ui. Portugal nem de 1 precisa, tem 2, e eles têm 11 ... caramba.
« Última modificação: 2015-04-20 17:49:34 por Incognitus »
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Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2765 em: 2015-04-20 17:46:17 »
E a questão militar nem sequer é uma questão tratada pelo syriza.
o ministro da defesa é o Panos Kammenos, da direita nacionalista.
sem eles o syriza não teria a maioria necessária para fazer seja o que for.
a única exigência dos nacionalistas foi precisamente não mexer no budget da defesa.

L

PS: a turquia não faz parte do que o incognitus chama 'os árabes malucos que rodeiam israel'?
são turcos, não são árabes, mas acho que o incognitus queria dizer muçulmanos.

Eu não falei nem de árabes nem de muçulmanos, falei do Islão. Mas sim, isso equivaleria a dizer "muçulmanos".

Em todo o caso a Grécia sempre terá que cortar em algum lado ou aumentar as receitas. Não pode rejeitar todas as hipóteses e depois estender a mão.
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Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2766 em: 2015-04-20 18:03:18 »
A única forma de reduzir o orçamento militar seria um tratado de paz mediado e controlado pela NATO e a resolução da questão cipriota.
A Turquia não me parece inclinada para qualquer uma das coisas. E com a radicalização islâmica conduzida pelo Erdogan, cada vez menos.
Já nem sei até que ponto é que a Turquia é útil para a NATO.

Por outro lado despedir militares seria ainda aprofundar mais a crise deflacionária. ainda menos consumo. ainda maior queda do GDP.
não é essa a maneira de resolver a questão.

na minha opinião a Grécia devia sair do Euro, apoiada pelo resto da União Europeia, no contexto de um grande acordo sobre a dívida - um haircut considerável seria inevitável.
A União Europeia devia apoiar e suportar a Grécia numa saída ordenada do euro. Seria um bom exercício para as restantes saídas que se avizinham, nomeadamente a nossa.
Mas com teimosos como o Schauble, parece-me difícil.

Só um New Deal europeu, à escala do rooseveltiano ou ainda maior, poderá reformar a União Europeia e torná-la viável. E a moeda comum é mais um empecilho que um instrumento de união.

Os estados unidos já vieram salvar a europa duas vezes nos últimos 100 anos. Essas duas ajudas foram militares primeiro e económicas depois - Plano Marshall.
Está-me cá a parecer que vão ter que vir outra vez salvar-nos de nós próprios.
Só estou a ver a liderança americana a poder conduzir um processo destes.
Com partidos como os True Finns (passaram de perto de 20% para 4% nestas eleições) a bloquearem toda e qualquer decisão no palco europeu, não vamos lá.

É um berbicacho dos grandes.

Ficar na meio da praça a bradar 'gregos preguiçosos' e outras coisas que tais, não resolve nada.

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2767 em: 2015-04-20 18:09:18 »
A única forma de reduzir o orçamento militar seria um tratado de paz mediado e controlado pela NATO e a resolução da questão cipriota.
A Turquia não me parece inclinada para qualquer uma das coisas. E com a radicalização islâmica conduzida pelo Erdogan, cada vez menos.
Já nem sei até que ponto é que a Turquia é útil para a NATO.

Por outro lado despedir militares seria ainda aprofundar mais a crise deflacionária. ainda menos consumo. ainda maior queda do GDP.
não é essa a maneira de resolver a questão.

na minha opinião a Grécia devia sair do Euro, apoiada pelo resto da União Europeia, no contexto de um grande acordo sobre a dívida - um haircut considerável seria inevitável.
A União Europeia devia apoiar e suportar a Grécia numa saída ordenada do euro. Seria um bom exercício para as restantes saídas que se avizinham, nomeadamente a nossa.
Mas com teimosos como o Schauble, parece-me difícil.

Só um New Deal europeu, à escala do rooseveltiano ou ainda maior, poderá reformar a União Europeia e torná-la viável. E a moeda comum é mais um empecilho que um instrumento de união.

Os estados unidos já vieram salvar a europa duas vezes nos últimos 100 anos. Essas duas ajudas foram militares primeiro e económicas depois - Plano Marshall.
Está-me cá a parecer que vão ter que vir outra vez salvar-nos de nós próprios.
Só estou a ver a liderança americana a poder conduzir um processo destes.
Com partidos como os True Finns (passaram de perto de 20% para 4% nestas eleições) a bloquearem toda e qualquer decisão no palco europeu, não vamos lá.

É um berbicacho dos grandes.

Ficar na meio da praça a bradar 'gregos preguiçosos' e outras coisas que tais, não resolve nada.

L

A ideia de que despedir militares é negativo não é válida. Os militares em excesso não providenciam qualquer bem ou serviço à restante população, mas retiram uma pequena fatia dos bens e serviços que a restante população de outra forma usufruiria. Se fossem despedidos, ainda que provocando dor a curto prazo, muitos depois encontrariam ocupações produtivas -- pelo que passariam a contribuir para a restante população com produção e deixariam de lhe retirar uma pequena fatia do seu nível de vida.
« Última modificação: 2015-04-20 18:09:49 por Incognitus »
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Lark

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2768 em: 2015-04-20 18:17:25 »
A única forma de reduzir o orçamento militar seria um tratado de paz mediado e controlado pela NATO e a resolução da questão cipriota.
A Turquia não me parece inclinada para qualquer uma das coisas. E com a radicalização islâmica conduzida pelo Erdogan, cada vez menos.
Já nem sei até que ponto é que a Turquia é útil para a NATO.

Por outro lado despedir militares seria ainda aprofundar mais a crise deflacionária. ainda menos consumo. ainda maior queda do GDP.
não é essa a maneira de resolver a questão.

na minha opinião a Grécia devia sair do Euro, apoiada pelo resto da União Europeia, no contexto de um grande acordo sobre a dívida - um haircut considerável seria inevitável.
A União Europeia devia apoiar e suportar a Grécia numa saída ordenada do euro. Seria um bom exercício para as restantes saídas que se avizinham, nomeadamente a nossa.
Mas com teimosos como o Schauble, parece-me difícil.

Só um New Deal europeu, à escala do rooseveltiano ou ainda maior, poderá reformar a União Europeia e torná-la viável. E a moeda comum é mais um empecilho que um instrumento de união.

Os estados unidos já vieram salvar a europa duas vezes nos últimos 100 anos. Essas duas ajudas foram militares primeiro e económicas depois - Plano Marshall.
Está-me cá a parecer que vão ter que vir outra vez salvar-nos de nós próprios.
Só estou a ver a liderança americana a poder conduzir um processo destes.
Com partidos como os True Finns (passaram de perto de 20% para 4% nestas eleições) a bloquearem toda e qualquer decisão no palco europeu, não vamos lá.

É um berbicacho dos grandes.

Ficar na meio da praça a bradar 'gregos preguiçosos' e outras coisas que tais, não resolve nada.

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A ideia de que despedir militares é negativo não é válida. Os militares em excesso não providenciam qualquer bem ou serviço à restante população, mas retiram uma pequena fatia dos bens e serviços que a restante população de outra forma usufruiria. Se fossem despedidos, ainda que provocando dor a curto prazo, muitos depois encontrariam ocupações produtivas -- pelo que passariam a contribuir para a restante população com produção e deixariam de lhe retirar uma pequena fatia do seu nível de vida.


não estou a ver como é que com 50% de desemprego jovem, os militares encontrariam ocupações produtivas.
99% dos militares são jovens.



só iria aprofundar a espiral recessiva, aumentar os custos com desemprego e diminuir ainda mais a procura.
já está mais que demonstrado que não é assim que se vai lá, para quê a insistência?

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2769 em: 2015-04-20 18:19:28 »
178 mil soldados e 6.5 MM de orcamento

onde esta a crise humanitaria??

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2770 em: 2015-04-20 18:26:54 »
A única forma de reduzir o orçamento militar seria um tratado de paz mediado e controlado pela NATO e a resolução da questão cipriota.
A Turquia não me parece inclinada para qualquer uma das coisas. E com a radicalização islâmica conduzida pelo Erdogan, cada vez menos.
Já nem sei até que ponto é que a Turquia é útil para a NATO.

Por outro lado despedir militares seria ainda aprofundar mais a crise deflacionária. ainda menos consumo. ainda maior queda do GDP.
não é essa a maneira de resolver a questão.

na minha opinião a Grécia devia sair do Euro, apoiada pelo resto da União Europeia, no contexto de um grande acordo sobre a dívida - um haircut considerável seria inevitável.
A União Europeia devia apoiar e suportar a Grécia numa saída ordenada do euro. Seria um bom exercício para as restantes saídas que se avizinham, nomeadamente a nossa.
Mas com teimosos como o Schauble, parece-me difícil.

Só um New Deal europeu, à escala do rooseveltiano ou ainda maior, poderá reformar a União Europeia e torná-la viável. E a moeda comum é mais um empecilho que um instrumento de união.

Os estados unidos já vieram salvar a europa duas vezes nos últimos 100 anos. Essas duas ajudas foram militares primeiro e económicas depois - Plano Marshall.
Está-me cá a parecer que vão ter que vir outra vez salvar-nos de nós próprios.
Só estou a ver a liderança americana a poder conduzir um processo destes.
Com partidos como os True Finns (passaram de perto de 20% para 4% nestas eleições) a bloquearem toda e qualquer decisão no palco europeu, não vamos lá.

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A ideia de que despedir militares é negativo não é válida. Os militares em excesso não providenciam qualquer bem ou serviço à restante população, mas retiram uma pequena fatia dos bens e serviços que a restante população de outra forma usufruiria. Se fossem despedidos, ainda que provocando dor a curto prazo, muitos depois encontrariam ocupações produtivas -- pelo que passariam a contribuir para a restante população com produção e deixariam de lhe retirar uma pequena fatia do seu nível de vida.


não estou a ver como é que com 50% de desemprego jovem, os militares encontrariam ocupações produtivas.
99% dos militares são jovens.



só iria aprofundar a espiral recessiva, aumentar os custos com desemprego e diminuir ainda mais a procura.
já está mais que demonstrado que não é assim que se vai lá, para quê a insistência?

L


A questão é que basta até 10 ou 20 de 1000 descobrirem emprego (e certamente serão muitos mais) para o resultado já ser positivo, se antes estavam numa ocupação cuja produção de bens e serviços desejados ou necessitados pela restante população fosse 0.

É claro que o desemprego maciço na Grécia só pode significar que as regras laborais, a motivação, os salários, a regulamentação, etc, devem estar todos errados (entenda-se os salários só podem ser excessivos, a motivação pouca, as regras laborais demasiado rígidas, a regulamentação demasiado rígida, etc). A posição natural das pessoas não é ficarem desempregadas. 

---------

A espiral recessiva é um mito -- uma vez atingido o equilíbrio externo a economia tende a estabilizar e depois a crescer. Isso já se estava a verificar até na Grécia.

É claro, tanto na Grécia como em Portugal ainda existe algum desequilíbrio interno: ou o Estado gasta demais, ou as pessoas pagam impostos "de menos".
« Última modificação: 2015-04-20 18:28:32 por Incognitus »
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2771 em: 2015-04-20 18:45:59 »
A única forma de reduzir o orçamento militar seria um tratado de paz mediado e controlado pela NATO e a resolução da questão cipriota.
A Turquia não me parece inclinada para qualquer uma das coisas. E com a radicalização islâmica conduzida pelo Erdogan, cada vez menos.
Já nem sei até que ponto é que a Turquia é útil para a NATO.

Por outro lado despedir militares seria ainda aprofundar mais a crise deflacionária. ainda menos consumo. ainda maior queda do GDP.
não é essa a maneira de resolver a questão.

na minha opinião a Grécia devia sair do Euro, apoiada pelo resto da União Europeia, no contexto de um grande acordo sobre a dívida - um haircut considerável seria inevitável.
A União Europeia devia apoiar e suportar a Grécia numa saída ordenada do euro. Seria um bom exercício para as restantes saídas que se avizinham, nomeadamente a nossa.
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Os estados unidos já vieram salvar a europa duas vezes nos últimos 100 anos. Essas duas ajudas foram militares primeiro e económicas depois - Plano Marshall.
Está-me cá a parecer que vão ter que vir outra vez salvar-nos de nós próprios.
Só estou a ver a liderança americana a poder conduzir um processo destes.
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A ideia de que despedir militares é negativo não é válida. Os militares em excesso não providenciam qualquer bem ou serviço à restante população, mas retiram uma pequena fatia dos bens e serviços que a restante população de outra forma usufruiria. Se fossem despedidos, ainda que provocando dor a curto prazo, muitos depois encontrariam ocupações produtivas -- pelo que passariam a contribuir para a restante população com produção e deixariam de lhe retirar uma pequena fatia do seu nível de vida.


não estou a ver como é que com 50% de desemprego jovem, os militares encontrariam ocupações produtivas.
99% dos militares são jovens.



só iria aprofundar a espiral recessiva, aumentar os custos com desemprego e diminuir ainda mais a procura.
já está mais que demonstrado que não é assim que se vai lá, para quê a insistência?

L


A questão é que basta até 10 ou 20 de 1000 descobrirem emprego (e certamente serão muitos mais) para o resultado já ser positivo, se antes estavam numa ocupação cuja produção de bens e serviços desejados ou necessitados pela restante população fosse 0.

É claro que o desemprego maciço na Grécia só pode significar que as regras laborais, a motivação, os salários, a regulamentação, etc, devem estar todos errados (entenda-se os salários só podem ser excessivos, a motivação pouca, as regras laborais demasiado rígidas, a regulamentação demasiado rígida, etc). A posição natural das pessoas não é ficarem desempregadas. 

---------

A espiral recessiva é um mito -- uma vez atingido o equilíbrio externo a economia tende a estabilizar e depois a crescer. Isso já se estava a verificar até na Grécia.

É claro, tanto na Grécia como em Portugal ainda existe algum desequilíbrio interno: ou o Estado gasta demais, ou as pessoas pagam impostos "de menos".


ok já vi que não vale a pena debater isto contigo.
siga.

desemprego jovem em portugal:

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2772 em: 2015-04-20 19:00:03 »
Não estou a ver o teu argumento, Lark.

O que é que importa o desemprego jovem para esta questão? Só importaria se TODOS os jovens estivessem desempregados. Compreendes que uma pessoa estar "empregada" mas não produzir nada para as outras, é igual para o nível de vida dessa população, a estar desempregada?

Portanto, se 1000 militares em excesso saírem da instituição militar e apenas 100 deles encontrarem uma ocupação produtiva (90% de desemprego, portanto), ainda ASSIM, isso é POSITIVO para o nível de vida dessa população.

Compreendes?

------------

Para mais, duvido que tu não defendas activamente muitas das medidas que provocam esse desemprego jovem. Pelo que até é estranho referires o mesmo.

Por exemplo, aceitas que um jovem pudesse deslocar uma pessoa mais velha e menos produtiva, eventualmente até recebendo menos (o jovem), do seu emprego? Duvido que aceites. Se não aceitas, porque te surpreende o desemprego jovem se és a favor de políticas que o aumentam?
« Última modificação: 2015-04-20 19:02:04 por Incognitus »
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2773 em: 2015-04-20 19:11:05 »
Não estou a ver o teu argumento, Lark.

O que é que importa o desemprego jovem para esta questão? Só importaria se TODOS os jovens estivessem desempregados. Compreendes que uma pessoa estar "empregada" mas não produzir nada para as outras, é igual para o nível de vida dessa população, a estar desempregada?

Portanto, se 1000 militares em excesso saírem da instituição militar e apenas 100 deles encontrarem uma ocupação produtiva (90% de desemprego, portanto), ainda ASSIM, isso é POSITIVO para o nível de vida dessa população.

Compreendes?

------------

Para mais, duvido que tu não defendas activamente muitas das medidas que provocam esse desemprego jovem. Pelo que até é estranho referires o mesmo.

Por exemplo, aceitas que um jovem pudesse deslocar uma pessoa mais velha e menos produtiva, eventualmente até recebendo menos (o jovem), do seu emprego? Duvido que aceites. Se não aceitas, porque te surpreende o desemprego jovem se és a favor de políticas que o aumentam?

desculpa mas já está a usar um tipo de linguagem de que já se sabe o resultado.
é mais que evidente que se o desemprego jovem é de 50%, despejar mais 100.000 jovens no mercado de trabalho é inútil. tem que se pagar subsídio de desemprego de qualquer forma. o consumo ressente-se, a deflação agrava-se o GDP cai ainda a um maior ritmo.
por outro lado, como expliquei acima, há a questão da tensão permanente com a turquia que é o 10º exército do mundo vs a grécia que é o 65º
mais ainda, é algo que não está nas mãos do syriza mas sim dos nacionalistas de direita - ministro da defesa. que entraram na coligação com a expressa promessa do syriza que não se tocaria nos militares.

acho que está tudo explicado. agora cada um interpreta como entender. não vale a pena entrar num duelo de sofismas que não leva a lado nenhum, como é habitual.
se não adquiriste nenhum conhecimento novo com o que deixei escrito, alguém há-de ter adquirido.
não me interessa afundar questões importantes como as que foram expostas, num mar de sofismas e questões laterais, num toma lá-dá-cá como tem sido habitual.
passei a informação que tenho e a interpretação que faço dela.
penso que não é nada mau.
a mais não sou obrigado.

L
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2774 em: 2015-04-20 19:17:22 »
As pessoas não são assim tão fungíveis como tu as imaginas. Não são puramente números.

Despejas 100,000 no mercado de trabalho vindas de uma actividade não produtiva, e muitas delas constroem actividades, ou são empregues por outros por talentos que antes não tinham como usar.

E como se está a competir com "0", é muito fácil de fazer melhor. Parece-me que ainda não absorveste essa parte.
« Última modificação: 2015-04-20 19:18:06 por Incognitus »
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2775 em: 2015-04-20 19:20:44 »
Para compreenderes, imagina apenas 10 pessoas. Estas 10 pessoas estão empregues mas a única coisa que fazem é carimbar um papel e atirá-lo para o lixo. Carimbar um papel e atirá-lo para o lixo.

São todas despedidas. 9 continuam no desemprego. A 10ª faz qualquer coisa de produtivo, útil, desejado, necessitado, pela restante população.

Compreendes que a segunda situação é mais positiva para a sociedade em que essas 10 pessoas se inserem, do que a primeira?
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2776 em: 2015-04-20 19:23:37 »
As pessoas não são assim tão fungíveis como tu as imaginas. Não são puramente números.

Despejas 100,000 no mercado de trabalho vindas de uma actividade não produtiva, e muitas delas constroem actividades, ou são empregues por outros por talentos que antes não tinham como usar.

E como se está a competir com "0", é muito fácil de fazer melhor. Parece-me que ainda não absorveste essa parte.

peço-te que não comeces a criar esse tipo de ambiente.
já te dei a minha opinião. os bolds são escusados.
porque é que tornas tudo numa guerra infindável?
ok, se entendes que despejar 100.000 pessoas num mercado que já tem 50% de desemprego é solução, estás no teu direito. é a tua opinião.
peço-te é que não tentes cilindrar a minha opinião com uma chuva de posts a bold.
já se percebeu o ponto de vista de cada um.

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2777 em: 2015-04-20 19:25:50 »
Repara, se o problema é as pessoas irem para o desemprego e NÂO o que produzem para as outras, então basta criar uma coisa chamada "emprego" para as que estão desempregadas, onde não fazem nada.

Lê o post a seguir a esse, para ver se compreendes de vez. E comenta o teu entendimento dele, ou rejeita-o de uma forma qualquer lógica.

Citar
Para compreenderes, imagina apenas 10 pessoas. Estas 10 pessoas estão empregues mas a única coisa que fazem é carimbar um papel e atirá-lo para o lixo. Carimbar um papel e atirá-lo para o lixo.

São todas despedidas. 9 continuam no desemprego. A 10ª faz qualquer coisa de produtivo, útil, desejado, necessitado, pela restante população.

Compreendes que a segunda situação é mais positiva para a sociedade em que essas 10 pessoas se inserem, do que a primeira?

E por favor deixa-te de tangas sobre a discussão e argumenta apenas sobre os factos da mesma ou simplesmente deixa de responder que também serve.

Agora as tangas são simplesmente irritantes quando o que aqui está em causa é tão simples.
« Última modificação: 2015-04-20 19:27:04 por Incognitus »
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Re:Investir na Grécia
« Responder #2778 em: 2015-04-20 19:41:45 »
E por favor deixa-te de tangas sobre a discussão e argumenta apenas sobre os factos da mesma ou simplesmente deixa de responder que também serve.

Agora as tangas são simplesmente irritantes quando o que aqui está em causa é tão simples.

Que tangas?! A discussão está derivar completamente e tu está a ficar crescentemente agressivo e já toda a gente sabe onde isto vai parar.
Escrevo e comento sobre o que entender e quando entender.

Estás a mandar-me comentar o teu raciocínio ou calar-me?
Já disse o que tinha a dizer sobre esta questão. apresentei gráficos, fontes e opiniões sutentadas por factos.
o que é que queres mais?
sobre esta questão não vou escrever mais.
sobre outras questões referentes ao tema do tópico escreverei quando achar que tenho alguma coisa para dizer.

é tudo.

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Re:Investir na Grécia
« Responder #2779 em: 2015-04-20 19:43:11 »
Bem, eu já expliquei de forma a que até um retardado compreenderia, pelo que retiro-me da discussão.

Nota, não te estou a chamar retardado. Estou a dizer sim que tu não queres sequer compreender aquilo.

--------


Sobre os gráficos fontes e factos já foi mais que explicado porque é que são irrelevantes para o caso. Aliás, aquela explicação que até um retardado compreenderia mostra isso mesmo pois inclui uma taxa de desemprego de 90%, ao passo que as que mostraste são muito mais baixas.

---------

Eventualmente não compreendeste aquilo inconscientemente e tens uma coisa estrutural qualquer que te impede de compreender. Da mesma forma que a maior parte dos colectivistas não compreende que as coisas não aparecem no supermercado pelos seus lindos olhos, e que portanto não basta distribuir o dinheiro equitativamente por todos e esperar que os supermercados continuem cheios para o gastarem.
« Última modificação: 2015-04-20 19:46:24 por Incognitus »
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