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Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1841871 vezes)

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #480 em: 2015-02-02 14:48:35 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.
« Última modificação: 2015-02-02 14:48:53 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #481 em: 2015-02-02 14:48:48 »
.Irra! Deixa de ler as publicações do banco central venezuelano. Não é exemplo.

Se tiras os alemães, o euro passa a valer tanto como uma lira ou um dracma. E se sai todos os países disciplinados que trabalham e poupam, advinha onde vai bater a "zona euro"? Dou-te uma pista: bolivar.

Serve sobretudo para queimar no inverno e papel higiénico no verão.

:))

Claro. É um curso possível de evolução.

Mas os alemães também amargurariam,
lançados para o seu inóspito hinterland,
para já não os miscigenar com as
estepes russas e ucranianas!

E poderia dar-se que algum entendimento anglo-continental
trouxesse savoir-faire comercial e financeiro,
sempre na base de todos trabalharem
e terem coisas interessantes
a comerciar!

karnuss

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Re:Investir na Grécia
« Responder #482 em: 2015-02-02 14:51:49 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #483 em: 2015-02-02 14:53:35 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

É verdade, sim senhor, as desvalorizações deslizantes das moedas
é uma boa mistela para nada resolver! De qualquer modo,
um regime que não emprega as pessoas
ou não presta ou tem gente a mais,
o que, - parece -, ninguém quer
admitir!

Pelo que, a meu ver, é de repudiar.

E acho muito bem que os Gregos não negoceiem
com os amanuenses da Troika!

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #484 em: 2015-02-02 15:01:39 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

Se a atitude actual fosse adoptada com as mesmas, elas seriam mesmo papel higiénico. Ou seja, se tentassem manter o nível de vida actual à base de imprimir moedas próprias, elas iriam parar nesse território.

Anteriormente a coisa não era tão radical porque o nível de vida que se procurava sustentar era o inferior (versus produção), da altura.

Dito isto, a austeridade em Portugal até já trouxe resultados bastante impressionantes, como o reequilíbrio da balança comercial. A manterem-se essas melhorias, a prazo Portugal conseguirá ir aumentando o nível de vida.

(Um aparte: A usar incentivos, Portugal poderia tentar concentrá-los numa substituição maciça do seu parque automóvel por EVs, especialmente se fossem produzidos em Portugal. Se Portugal conseguisse isso, o seu equilíbrio com o exterior seria brutalmente melhorado. E isso permitiria um nível de vida MUITO superior. Só digo isto porque os EVs estão próximos o suficiente de serem viáveis num país pequeno, para que isto faça economicamente sentido)
« Última modificação: 2015-02-02 15:03:31 por Incognitus »
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tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #485 em: 2015-02-02 15:09:08 »
.Irra! Deixa de ler as publicações do banco central venezuelano. Não é exemplo.

Se tiras os alemães, o euro passa a valer tanto como uma lira ou um dracma. E se sai todos os países disciplinados que trabalham e poupam, advinha onde vai bater a "zona euro"? Dou-te uma pista: bolivar.

Serve sobretudo para queimar no inverno e papel higiénico no verão.

:))

Claro. É um curso possível de evolução.

Mas os alemães também amargurariam,
lançados para o seu inóspito hinterland,
para já não os miscigenar com as
estepes russas e ucranianas!

E poderia dar-se que algum entendimento anglo-continental
trouxesse savoir-faire comercial e financeiro,
sempre na base de todos trabalharem
e terem coisas interessantes
a comerciar!

No dia em que países disciplinados, trabalhadores e que poupam "amargurarem", os outros já desapareceram do mapa.

No dia em que estes países viverem pior do que quem pede emprestado e não paga, é o dia em que muitos de nós irá preferir não continuar neste mundo.
« Última modificação: 2015-02-02 15:11:39 por tommy »

karnuss

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Re:Investir na Grécia
« Responder #486 em: 2015-02-02 15:14:45 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

Se a atitude actual fosse adoptada com as mesmas, elas seriam mesmo papel higiénico. Ou seja, se tentassem manter o nível de vida actual à base de imprimir moedas próprias, elas iriam parar nesse território.

Anteriormente a coisa não era tão radical porque o nível de vida que se procurava sustentar era o inferior (versus produção), da altura.

Dito isto, a austeridade em Portugal até já trouxe resultados bastante impressionantes, como o reequilíbrio da balança comercial. A manterem-se essas melhorias, a prazo Portugal conseguirá ir aumentando o nível de vida.

(Um aparte: A usar incentivos, Portugal poderia tentar concentrá-los numa substituição maciça do seu parque automóvel por EVs, especialmente se fossem produzidos em Portugal. Se Portugal conseguisse isso, o seu equilíbrio com o exterior seria brutalmente melhorado. E isso permitiria um nível de vida MUITO superior. Só digo isto porque os EVs estão próximos o suficiente de serem viáveis num país pequeno, para que isto faça economicamente sentido)


Mas voltando às moedas antigas o nível de vida ajustaria automaticamente, pelo que a questão nem se coloca.

Relativamente aos EV, era uma excelente hipótese e reduzia a nossa dependência petrolífera brutalmente. Foi começado com o MOBI-E (apesar das "megalomanias" Socráticas tinha boas ideias e até vinha para cá uma fábrica de VEs), mas o atual governo cancelou tudo e só agora no final da legislatura, e com o novo Ministro do Ambiente, é que resolveu ressuscitar o programa... É capaz de já ser tarde para aproveitar parte do bom que foi feito, infelizmente :(

Mesmo assim, os VE terão de ser vendidos de uma forma diferente: não faz sentido promover um uso maioritariamente urbano se isso não faz km suficientes para obter uma poupança que compense o diferencial de preços face aos convencionais.

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #487 em: 2015-02-02 15:15:18 »
 10:12:50 AM RTRS - LONDON-GREEK FINANCE MINISTER - THERE WILL BE A DEAL IN A "VERY SHORT SPACE OF TIME" - CHANNEL 4 NEWS
 

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karnuss

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Re:Investir na Grécia
« Responder #488 em: 2015-02-02 15:16:09 »
.Irra! Deixa de ler as publicações do banco central venezuelano. Não é exemplo.

Se tiras os alemães, o euro passa a valer tanto como uma lira ou um dracma. E se sai todos os países disciplinados que trabalham e poupam, advinha onde vai bater a "zona euro"? Dou-te uma pista: bolivar.

Serve sobretudo para queimar no inverno e papel higiénico no verão.

:))

Claro. É um curso possível de evolução.

Mas os alemães também amargurariam,
lançados para o seu inóspito hinterland,
para já não os miscigenar com as
estepes russas e ucranianas!

E poderia dar-se que algum entendimento anglo-continental
trouxesse savoir-faire comercial e financeiro,
sempre na base de todos trabalharem
e terem coisas interessantes
a comerciar!

No dia em que países disciplinados, trabalhadores e que poupam "amargurarem", os outros já desapareceram do mapa.

No dia em que estes países viverem pior do que quem pede emprestado e não paga, é o dia em que muitos de nós irá preferir não continuar neste mundo.

É o papel higiénico, é o suicídio em massa... Caro tommy, tenha calma! ;)

Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #489 em: 2015-02-02 15:18:06 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

Se a atitude actual fosse adoptada com as mesmas, elas seriam mesmo papel higiénico. Ou seja, se tentassem manter o nível de vida actual à base de imprimir moedas próprias, elas iriam parar nesse território.

Anteriormente a coisa não era tão radical porque o nível de vida que se procurava sustentar era o inferior (versus produção), da altura.

Dito isto, a austeridade em Portugal até já trouxe resultados bastante impressionantes, como o reequilíbrio da balança comercial. A manterem-se essas melhorias, a prazo Portugal conseguirá ir aumentando o nível de vida.

(Um aparte: A usar incentivos, Portugal poderia tentar concentrá-los numa substituição maciça do seu parque automóvel por EVs, especialmente se fossem produzidos em Portugal. Se Portugal conseguisse isso, o seu equilíbrio com o exterior seria brutalmente melhorado. E isso permitiria um nível de vida MUITO superior. Só digo isto porque os EVs estão próximos o suficiente de serem viáveis num país pequeno, para que isto faça economicamente sentido)


Mas voltando às moedas antigas o nível de vida ajustaria automaticamente, pelo que a questão nem se coloca.

Relativamente aos EV, era uma excelente hipótese e reduzia a nossa dependência petrolífera brutalmente. Foi começado com o MOBI-E (apesar das "megalomanias" Socráticas tinha boas ideias e até vinha para cá uma fábrica de VEs), mas o atual governo cancelou tudo e só agora no final da legislatura, e com o novo Ministro do Ambiente, é que resolveu ressuscitar o programa... É capaz de já ser tarde para aproveitar parte do bom que foi feito, infelizmente :(

Mesmo assim, os VE terão de ser vendidos de uma forma diferente: não faz sentido promover um uso maioritariamente urbano se isso não faz km suficientes para obter uma poupança que compense o diferencial de preços face aos convencionais.

Uma vantagem fiscal enorme dada a veículos, digamos, com range eléctrico superior a uns 60km (incluindo plug-in hybrids) poderia ser o suficiente. A vantagem fiscal poderia ser a totalidade dos impostos que incidem sobre o veículo caso em que o orçamento nem se chegaria à frente (desde que se arranjasse uma forma técnica de ser maior para os nacionais e menor para os importados. Sim, injusta mas paciência as barreiras em alguns casos podem ajudar)
« Última modificação: 2015-02-02 15:18:42 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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karnuss

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Re:Investir na Grécia
« Responder #490 em: 2015-02-02 15:26:03 »
Isso já existiu, quer com o apoio de 5.000€ aos primeiros 5.000 VEs comprados, quer com a isenção de ISV e IUC. Entretanto penso que o atual governo acabou com isso. Mas não era preciso inventar a roda, realmente. Na Noruega, atualmente os carros mais vendidos são VEs, porque estes estão isentos de impostos e a tributação sobre veículos convencionais é tão elevada que os coloca ao mesmo nível de preço que um VE. E podendo, os Noruegueses optam pelo VE já que tem menores custos de utilização.

tommy

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Re:Investir na Grécia
« Responder #491 em: 2015-02-02 15:26:52 »
Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

Isso é porque o menino secalhar não é do tempo em que um daihatsu 360 custava 125 contos. E que o ordenado que recebia era 3 contos.
E em que o mais próximo que havia de créditos eram as "letras" que para serem assinadas tinhamos que arranjar meia dúzia de fiadores. Resumindo? poupava-se a muito custo e durante anos a fio para comprar um carrito. O escudo não valia nada. Era uma tristeza.

Trocava meses de poupança de escudos por libras que mal pagavam 1 semana em Londres (sem pagar casa, porque ficavamos em casa de familiares). Uma tristeza.

Outros tempos. Que eu espero não voltar, mas para alguns seria uma boa lição de vida.
« Última modificação: 2015-02-02 15:28:25 por tommy »

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #492 em: 2015-02-02 15:36:07 »
Lições de vida, fazem parte da economia!

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #493 em: 2015-02-02 15:45:02 »
[ ]
(Um aparte: A usar incentivos, Portugal poderia tentar concentrá-los numa substituição maciça do seu parque automóvel por EVs, especialmente se fossem produzidos em Portugal. Se Portugal conseguisse isso, o seu equilíbrio com o exterior seria brutalmente melhorado. E isso permitiria um nível de vida MUITO superior. Só digo isto porque os EVs estão próximos o suficiente de serem viáveis num país pequeno, para que isto faça economicamente sentido)

Uma coisa que sempre me fez impressão nos modelos prospectivos de qualquer negócio é não se figurarem quase nunca notáveis alterações ao modus operandi da actividade! - assim perdendo ganhos consideráveis, possíveis pelo pioneirismo de vanguarda! :)

Happy_TheOne

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Re:Investir na Grécia
« Responder #494 em: 2015-02-02 19:06:36 »
Agora inventaram uma nova que a Alemanha tem 5 bilioes de divida escondida e que não vai conseguir pagar  :-\

vbm

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Re:Investir na Grécia
« Responder #495 em: 2015-02-02 19:31:21 »
55.5 mil milhões

D. Antunes

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Re:Investir na Grécia
« Responder #496 em: 2015-02-02 19:34:25 »
Até podem resolver o problema do desemprego... não resolvem é o problema dos dracmas e liras não valerem um tostão furado no exterior.  E mesmo a nível interno pouco ou nada podem comprar das coisas que tiverem elevado valor acrescentado.  :D

Os gregos não querem dracmas,
nem os italianos, liras!

Querem euros.
Flexíveis e dinâmicos.

Assim, os alemães regressem
ao marco, acompanhados pelos países
do seu norte, sul e leste!

Esses euros flexíveis e dinâmicos valerão menos. Assim os trabalhadores e pensionistas verão a mesada reduzir e em contrapartida alguns desempregados ganharão emprego (globalmente parece bem). Isso poderia ter sido feito no início da crise (uma proposta era baixar a TSU para os patrões e aumentar o encargo fiscal para os trabalhadores, que seria semelhante a uma desvalorização monetária). Mas a contestação foi imensa.

Actualmente, o sul da Europa já tem contas externas relativamente equilibradas, o problema da competivididade já não é tão grave. Sobra o problema da dívida pública e de como a reduzir com inflação.
“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

D. Antunes

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Re:Investir na Grécia
« Responder #497 em: 2015-02-02 19:37:08 »
a balanca comercial grega esta no ponto onde a nossa estava antes da nossa crise comecar

http://www.tradingeconomics.com/greece/balance-of-trade


Current account (parece-me ainda mais elucidativo):

http://www.tradingeconomics.com/greece/current-account-to-gdp
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“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
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“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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Incognitus

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Re:Investir na Grécia
« Responder #498 em: 2015-02-02 19:42:29 »
A Grécia parece ter uma balança de serviços muito forte, ainda mais forte que a Portuguesa - será tudo turismo?
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D. Antunes

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Re:Investir na Grécia
« Responder #499 em: 2015-02-02 19:53:41 »
Bom, antes do euro já havia escudos, dracmas, liras, pesetas e afins, e não me recordo que servissem apenas como papel higiénico.

Muitos desvalorizavam continuamente, e o nível de vida era bem pior. Aliás, fala-se muito de austeridade porque o Euro trouxe um nível de vida de tal forma superior que uma boa parte do superior até era insustentável e agora está a ser dado de volta.

Claro. Mas daí a considerar as moedas pré-2000 a papel higiénico, vai uma grande distância. E um grande disparate.

Se a atitude actual fosse adoptada com as mesmas, elas seriam mesmo papel higiénico. Ou seja, se tentassem manter o nível de vida actual à base de imprimir moedas próprias, elas iriam parar nesse território.

Anteriormente a coisa não era tão radical porque o nível de vida que se procurava sustentar era o inferior (versus produção), da altura.


Antes do euro não existiam défices tão grandes, nem dívidas tão elevadas. Muito antes, os juros disparavam e rapidamente se arrepiava caminho ou vinha o FMI numa fase mais precoce que desta vez.

É possível um país pouco competitivo ter uma moeda forte. Apenas é necessário restringir o aumento dos salários em geral e das despesas do estado ao aumento do PIB nominal. O tempo em que se aumentavam os funcionários públicos 20% e no ano seguinte se arrepiava caminho com aumentos de 8% e inflação de 16% não existe.
Também converia desincentivar os empréstimos. Quando entrámos do euros e muitos compraram casa com juros de 4% (antes eram bem maiores), os construtores ajustavam os preços pedidos para dar a mesma prestação mensal. Compravam grandes automóveis e mais terrenos para construir. Os compradores também pediam um pouco mais para mudar de carro e ir com a família uma semana ao Brasil. Logo nessa altura se deveria ter taxado esses empréstimos, reduzindo os lucros dos construtores e o endividamento e construindo uma almofada financeira estatal.
« Última modificação: 2015-02-02 20:26:24 por D. Antunes »
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“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
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