Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Grécia - Tópico principal  (Lida 1838213 vezes)

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7820 em: 2015-07-09 20:13:56 »
Citar
Tsipras leva propostas ao Parlamento esta sexta-feira

O canal Mega TV adianta que o Governo vai levar o plano apresentado a Bruxelas ao parlamento grego já esta sexta-feira.

O ministro da Energia, Panagiotis Lafazanis, diz estar contra o terceiro resgate, dizendo que o Governo se está a “render” e a “subjugar” o país.
Observador

Que grandes lesmas, estão a torrar o tempo que têm para negociar.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13802
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7821 em: 2015-07-09 20:37:54 »

Não há necessidade de forçar o equilíbrio entre a união da mesma forma que não há necessidade de forçar o equilíbrio entre Estados nos EUA.

O que é preciso forçar, é o cumprimento das regras de Maastricht (déficits e dívida/PIB).

Tudo o resto ajusta sozinho sem grandes problemas.

Discordo.

Isso deixa o sector da iniciativa privada - empresas, bancos, accionistas e gestores -,
fora da disciplina por poderem lateralizar os prejuízos em que incorram e perdas
que provoquem. Na base, no mínimo onde a taxa de câmbio não ajuste
desequilíbrios, deve fazê-lo o "euro-bancor" impondo
forte estímulo à mobilidade de capitais,
visando investimento produtivo
onde ele mais renda, por
mais necessário.

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7822 em: 2015-07-09 20:58:01 »

Não há necessidade de forçar o equilíbrio entre a união da mesma forma que não há necessidade de forçar o equilíbrio entre Estados nos EUA.

O que é preciso forçar, é o cumprimento das regras de Maastricht (déficits e dívida/PIB).

Tudo o resto ajusta sozinho sem grandes problemas.

Discordo.

Isso deixa o sector da iniciativa privada - empresas, bancos, accionistas e gestores -,
fora da disciplina por poderem lateralizar os prejuízos em que incorram e perdas
que provoquem. Na base, no mínimo onde a taxa de câmbio não ajuste
desequilíbrios, deve fazê-lo o "euro-bancor" impondo
forte estímulo à mobilidade de capitais,
visando investimento produtivo
onde ele mais renda, por
mais necessário.

As empresas privadas têm simplesmente que ser deixadas falir. Os bancos, eventualmente, usando um processo de resolução que passe primeiro por torrar accionistas e credores, antes da nacionalização se necessária.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7823 em: 2015-07-09 21:00:56 »
o euro não funciona sem uma união política, uma união fiscal e uma união bancária.

união política it's not gonna happen - já os franceses e holandeses disseram não e muitos mais o teriam dito se os referendos não tivessem sido apressadamente retirados.
de união fiscal os alemães nem querem houvir falar.
a união bancária arrasta-se sem fim à vista. e por si só não chegaria.

é um banco com três pernas, das quais não existe nenhuma.
estar sentado nele ou estar sentado no chão é a mesma coisa.


os estados unidos são uma união bancária, uma união fiscal e uma união política.

é por esta razão que a europa não é comparável aos estados unidos.

dizer isso é fechar os olhos à realidade
é uma falácia das gordas que só enganará aqueles que não analisam o tema em profundidade

L
« Última modificação: 2015-07-09 21:03:56 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7824 em: 2015-07-09 21:12:57 »
o euro não funciona sem uma união política, uma união fiscal e uma união bancária.

união política it's not gonna happen - já os franceses e holandeses disseram não e muitos mais o teriam dito se os referendos não tivessem sido apressadamente retirados.
de união fiscal os alemães nem querem houvir falar.
a união bancária arrasta-se sem fim à vista. e por si só não chegaria.

é um banco com três pernas, das quais não existe nenhuma.
estar sentado nele ou estar sentado no chão é a mesma coisa.


os estados unidos são uma união bancária, uma união fiscal e uma união política.

é por esta razão que a europa não é comparável aos estados unidos.

dizer isso é fechar os olhos à realidade
é uma falácia das gordas que só enganará aqueles que não analisam o tema em profundidade

L

Bem, já se sabe que a coisa poderia evoluir mais no sentido da Federalização da Europa.

Mas a união bancária será que acrescentaria muito? Uma entidade central já teria resolvido os bancos Gregos, já teriam falido, se calhar até já tinham enfiado perdas nos maiores depositantes.

A união fiscal, bem nos EUA existem bastantes competências Federais mas também locais. As locais impõem impostos de diversos tipos que diferem de Estado para Estado -- tem a ver com a tal Federalização. E política? Existem tb divisões entre competências que ficam nos Estados e competências que migram para o Estado Federal.

Mas, no meio disso tudo, não há forma de transferir dinheiro para um dado Estado que se veja em dificuldades, excepto indirectamente e de forma que trata todos por igual.

E por fim, nos EUA nunca teria sido permitido ao Estado "Grécia" endividar-se tanto quanto se endividou ou correr déficits tão altos como os que correu. Teria basicamente austeridade mais cedo, para não a ter concentrada mais tarde. Mas o mesmo aconteceria na Europa, se tivessem sido respeitados os critérios de Maastricht.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7825 em: 2015-07-09 21:15:35 »
Mas o mesmo aconteceria na Europa, se tivessem sido respeitados os critérios de Maastricht.

Aqueles que a França e a Alemanha furaram?

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7826 em: 2015-07-09 21:18:44 »
Mas o mesmo aconteceria na Europa, se tivessem sido respeitados os critérios de Maastricht.

Aqueles que a França e a Alemanha furaram?

L

Sim, mais tarde. Mas não deixa de ser verdade o que eu disse. Que se essas regras tivessem sido respeitadas/enforced, o problema esmagadoramente não teria ocorrido, e onde ocorresse seria mais facilmente resolvido sem "grandes" problemas.

Já nos EUA, não existiriam excepções para a Califórnia ou NY, muito menos para o Arkansas ou algo do género. Mas aqui existiram para toda a gente.
« Última modificação: 2015-07-09 21:19:31 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

tommy

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7827 em: 2015-07-09 21:28:07 »
É preciso que a moderação deixei aqui o direito dos utilizadores demonstrarem que o utilizador lark está sistematicamente errado, até porque é relevante e importante para utilizadores com menos conhecimento não se deixem enganar pela demagogia destrutiva:

- Depois do syriza, partido que o lark disse que ia fazer a diferença, ter destruído a economia grega;
- reformados desesperados a tentar levantar dinheiro;
- doentes com cancro sem poder pagar os medicamentos;
- começa a faltar tudo;

Agora já estão a considerar austeridade de 13 mil milhões de euros. Acho que lark e a sua família política deviam pedir desculpa às milhões de vida que ajudaram a enterrar!

Citar
Governo grego aceita cortes de 13 mil milhões de euros. Aumenta a esperança de um acordo ser alcançado na reunião de emergência de domingo.
A Grécia terá aceite aplicar mais austeridade para assim cortar 13 mil milhões de euros, podendo assim ter acessou a um terceiro resgate, no valor de 51 mil milhões de euros. O governo grego estará assim a ceder às exigências dos credores, segundo avança o The Guardian.
Os ministros terão concordado que dado o estado frágil estado da economia grega e a situação dos bancos, não deixa outra opção senão concordar com a maioria das propostas dos credores. O parlamento helénico deverá aprovar o pacote de novas medidas.
Perante esta cedência, aumenta a esperança que será possível chegar a um acordo na reunião de emergência entre os líderes europeus, agendada para domingo.
Porém, o The Guardian refere que Alexis Tsipras poderá encontrar alguma resistência dentro do próprio partido, Syriza, pois o referendo de domingo foi visto como uma votação contra qualquer tipo de austeridade.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7828 em: 2015-07-09 21:31:39 »
Epá, estes gregos dão uma imagem mesmo de desorganização
Citar
Instituições europeias já receberam propostas gregas

As propostas do Governo de Alexis Tsipras para o terceiro resgate ao país já chegaram a Bruxelas. As propostas foram enviadas por e-mail para o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dilsselbloem.

Mas aparentemente há alguma confusão, já que o presidente do Eurogrupo, segundo o seu porta-voz já recebeu a nova proposta.
"New Greek proposals received by #Eurogroup president @J_Dijsselbloem, important for institutions to consider these in their assessment"

Enquanto o porta-voz do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, diz no Twitter que não recebeu nada…
"#Eurozone authorities say they have received the #Greece economic reform proposal"

Observador

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7829 em: 2015-07-09 21:34:42 »
É preciso que a moderação deixei aqui o direito dos utilizadores demonstrarem que o utilizador lark está sistematicamente errado, até porque é relevante e importante para utilizadores com menos conhecimento não se deixem enganar pela demagogia destrutiva:

- Depois do syriza, partido que o lark disse que ia fazer a diferença, ter destruído a economia grega;
- reformados desesperados a tentar levantar dinheiro;
- doentes com cancro sem poder pagar os medicamentos;
- começa a faltar tudo;

Agora já estão a considerar austeridade de 13 mil milhões de euros. Acho que lark e a sua família política deviam pedir desculpa às milhões de vida que ajudaram a enterrar!

Citar
Governo grego aceita cortes de 13 mil milhões de euros. Aumenta a esperança de um acordo ser alcançado na reunião de emergência de domingo.
A Grécia terá aceite aplicar mais austeridade para assim cortar 13 mil milhões de euros, podendo assim ter acessou a um terceiro resgate, no valor de 51 mil milhões de euros. O governo grego estará assim a ceder às exigências dos credores, segundo avança o The Guardian.
Os ministros terão concordado que dado o estado frágil estado da economia grega e a situação dos bancos, não deixa outra opção senão concordar com a maioria das propostas dos credores. O parlamento helénico deverá aprovar o pacote de novas medidas.
Perante esta cedência, aumenta a esperança que será possível chegar a um acordo na reunião de emergência entre os líderes europeus, agendada para domingo.
Porém, o The Guardian refere que Alexis Tsipras poderá encontrar alguma resistência dentro do próprio partido, Syriza, pois o referendo de domingo foi visto como uma votação contra qualquer tipo de austeridade.

hey tommy, bro...
nem queiras saber como 'tava a praia.
devias ir, para refrescar essa cabeçorra.

'a luta continua, user lark para rua!'....
ganda tommy pá! o que faríamos nós sem ti?

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Pip-Boy

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 1245
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7830 em: 2015-07-09 21:50:40 »
Parece que faltou assinar as propostas que enviaram. Estes gajos são uns cómicos...
The ultimate result of shielding men from the effects of folly, is to fill the world with fools.

vbm

  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13802
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7831 em: 2015-07-09 22:01:16 »
As empresas privadas têm simplesmente que ser deixadas falir. Os bancos, eventualmente, usando um processo de resolução que passe primeiro por torrar accionistas e credores, antes da nacionalização se necessária.

Se isso se aplicasse,
a economia endireitava-se
mais rápido e descarrilaria menos.

Porém, arranjam forma de 'chutar para o lado'
e o orçamento público pagar.

O 'bancor' de Keynes também aceleraria
a remoção de défices comerciais,
na ausência de variação
cambial. Tudo, via
custo do dinheiro.

Os salários também deviam
ser um pouco mais flexíveis.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7832 em: 2015-07-09 22:02:16 »
Parece que faltou assinar as propostas que enviaram. Estes gajos são uns cómicos...

atenção à desinformação por parte da UE.
a maior parte dessas 'notícias' devem ser grandes aldrabices.

já desceram tão baixo na escala da integridade, que a maior parte do que 'fazem saber' sobre a grécia, deve ser tão verdade como o amor que o tommy sente por mim.

L
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7833 em: 2015-07-09 22:08:24 »
Os salários também deviam
ser um pouco mais flexíveis.

os salários são sticky.

Citar
If we look at the whole economy, some prices might be very flexible and others rigid. This will lead to the aggregate price level (which we can think of as an average of the individual prices) becoming "sluggish" or "sticky" in the sense that it does not respond to macroeconomic shocks as much as it would if all prices were flexible.

The same idea can apply to nominal wages. The presence of nominal rigidity is an important part of macroeconomic theory since it can explain why markets might not reach equilibrium in the short run or even possibly the long-run.

In his The General Theory of Employment, Interest and Money, John Maynard Keynes argued that nominal wages display downward rigidity, in the sense that workers are reluctant to accept cuts in nominal wages.

This can lead to involuntary unemployment as it takes time for wages to adjust to equilibrium, a situation he thought applied to the Great Depression that he sought to understand.

L

ééé
e pensar que há uns dois anitos toda a direita se rebolava a rir quando se falava de keynes.
foi uma desacreditação bem organizada, lá isso foi. governos, media, comentariat....
mas a boa macro economia é como o azeite.
vem sempre ao de cima.
« Última modificação: 2015-07-09 22:29:01 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

5555

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5555
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7834 em: 2015-07-09 22:16:52 »
Citar
Grécia ao minuto: Rússia preparada para "emprestar o ombro" à Grécia

21:18  Económico 

Responsável russa "ameaça" com a ajuda que poderá virar a Grécia para Moscovo, caso falhe acordo com os credores até domingo. Um dos receios de Obama.

Texto integral:
http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-ao-minuto-russia-preparada-para-emprestar-o-ombro-a-grecia_223279.html


Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7835 em: 2015-07-09 22:20:07 »
parece que a proposta grega inclui 12MM de cortes, isso respeita as promessas eleitorais e o espirito do referendo ?

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7836 em: 2015-07-09 22:49:24 »
Num artigo do Observador é explicado o mecanismo pelo qual Portugal pode ser afectado via BCE e não apenas no empréstimo bilateral. É uma coisa mais indirecta, mas não se pense que aquilo não tem impacto

Citar
(...)
Banco Central Europeu (BCE) – “O défice Target2 que o banco central grego tem junto do BCE não tem qualquer maturidade definida, pelo que, em teoria, o BCE poderá manter este passivo nas suas contas para todo o sempre”, explica o Commerzbank. Mas, “caso o BCE aceite eliminar [registar como imparidade] uma parte considerável desse valor, as perdas terão de ser distribuídas pelos bancos centrais nacionais, à luz da importância (chave de capital) de cada banco central no Eurosistema”.

Essas perdas poderiam colocar os rácios de capital de alguns bancos em terreno negativo ou, pelo menos, obrigar a um reforço de capitais dos vários bancos centrais. Esta perspetiva já estará, segundo o Commerzbank, a levar os investidores a admitirem que alguns Estados da zona euro possam ter de emitir mais dívida no futuro para melhorar a capitalização dos respetivos bancos centrais.

Porém, como explica Ralph Solveen, “os governos em questão não teriam, necessariamente, de compensar a insuficiência de capitais através de injeções de capital. Pelo contrário, os bancos centrais iriam, provavelmente, recuperar a sua posição de solvência retendo lucros ao longo dos próximos anos. Isso não deixará de significar, contudo, menores dividendos anuais pagos pelos bancos centrais aos respetivos Estados (para que os lucros, então, sejam retidos). Ainda em 2014, por exemplo, o Banco de Portugal entregou 243 milhões de euros em dividendos ao Estado português.
(...)


O artigo aborda outras áreas da dívida.

Lark

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 4627
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7837 em: 2015-07-09 23:27:16 »
Joseph E. Stiglitz: The U.S. Must Save Greece

If Greece continues with austerity, it would be depression without end

As the Greek saga continues, many have marveled at Germany’s chutzpah. It received, in real terms, one of the largest bailout and debt reduction in history and unconditional aid from the U.S. in the Marshall Plan. And yet it refuses even to discuss debt relief. Many, too, have marveled at how Germany has done so well in the propaganda game, selling an image of a long-failed state that refuses to go along with the minimal conditions demanded in return for generous aid.

The facts prove otherwise: From the mid-90’s to the beginning of the crisis, the Greek economy was growing at a faster rate than the EU average (3.9% vs 2.4%). The Greeks took austerity to heart, slashing expenditures and increasing taxes. They even achieved a primary surplus (that is, tax revenues exceeded expenditures excluding interest payments), and their fiscal position would have been truly impressive had they not gone into depression. Their depression—25% decline in GDP and 25% unemployment, with youth unemployment twice that—is because they did what was demanded of them, not because of their failure to do so. It was the predictable and predicted response to the austerity.

The question now is: What’s next, assuming (as seems ever more likely) they are effectively thrown out of the euro? It’s likely that the European Central Bank will refuse to do its job—as the Central Bank for Greece, it should do what every central bank is supposed to do, act as a lender of last resort. And if it refuses to do that, Greece will have no option but to create a parallel currency. The ECB has already begun tightening the screws, making access to funds more and more difficult.

This is not the end of the world: Currencies come and go. The euro is just a 16-year-old experiment, poorly designed and engineered not to work—in a crisis money flows from the weak country’s banks to the strong, leading to divergence. GDP today is more than 17% below where it would have been had the relatively modest growth trajectory of Europe before the euro just continued. I believe the euro has much to do with this disappointing performance.

Managing the transition from the euro to the Greek euro may not be easy, but Argentina and others have shown how it can be done. The government would recapitalize the banks in the new currency, continue with capital controls, restrict bank withdrawals, and facilitate the transfer of money within the banking system from one party to another. The money inside the banking system would be slightly discounted (i.e. worth slightly less than cash—in the case of Argentina, the discount was a few percentage points for ordinary transactions). Pensioners would need to get special treatment.

Meanwhile, Greece would begin the process of debt restructuring: Even the IMF says that it’s absolutely necessary. The Greeks might take a page from Argentina, exchanging current bonds for GDP-linked bonds, where payments increase with Greece’s prosperity. Such bonds align the incentives of debtors and creditors (unlike the current system, where Germany benefits from the weaknesses in Greece).

Greece can easily survive without the funds from the IMF and the eurozone. Greece has done such a good job of adjusting its economy that, apart from what it’s paying to service the debt, it has a surplus. It isn’t even dependent on the IMF and the eurozone for foreign exchange: At least before the most recent stranglehold that Greece’s creditors had imposed, it was running a current account surplus of 1%—5% if we exclude oil exports. (What it was buying abroad in imports was 1% less than what it was selling in exports.) Especially if oil prices remain low, and if its lower “new” exchange rate attracts more tourists and encourages exports, it can weather the storm.

After Argentina restructured its debt and devalued, it grew rapidly—the fastest rate of growth around the world except for China—from its crisis until the global financial crisis of 2008. Every country is different. Economists debate about how responsive exports and imports are to changes in exchange rates. Argentina benefited from a large increase in exports as a result of the commodity boom. There are, however, some striking similarities: Both countries were being strangled by austerity. Both countries under the IMF programs saw rising unemployment, poverty, and immense suffering. Had Argentina continued with austerity, there would have just been more of the same. The Argentina people rose up and said no. So, too, for Greece: If Greece continues with austerity, it would be depression without end.

The U.S. was generous with Germany as we defeated it. Now, it is time for the U.S. to be generous with our friends in Greece in their time of need, as they have been crushed for the second time in a century by Germany, this time with the support of the troika. At a technical level, the Federal Reserve needs to create a swap line with Greece’s central bank, which—as a result of the default of the ECB in fulfilling its responsibilities—will have to take on once again the role of lender of last resort. Greece needs unconditional humanitarian aid; it needs Americans to buy its products, take vacations there, and show a solidarity with Greece and a humanity that its European partners were not able to display.

time/stiglitz

« Última modificação: 2015-07-09 23:29:14 por Lark »
Be Kind; Everyone You Meet is Fighting a Battle.
Ian Mclaren
------------------------------
If you have more than you need, build a longer table rather than a taller fence.
l6l803399
-------------------------------------------
So, first of all, let me assert my firm belief that the only thing we have to fear is...fear itself — nameless, unreasoning, unjustified terror which paralyzes needed efforts to convert retreat into advance.
Franklin D. Roosevelt

Incognitus

  • Administrator
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30961
    • Ver Perfil
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7838 em: 2015-07-09 23:40:42 »
Citar
Grécia ao minuto: Rússia preparada para "emprestar o ombro" à Grécia

21:18  Económico 

Responsável russa "ameaça" com a ajuda que poderá virar a Grécia para Moscovo, caso falhe acordo com os credores até domingo. Um dos receios de Obama.

Texto integral:
http://economico.sapo.pt/noticias/grecia-ao-minuto-russia-preparada-para-emprestar-o-ombro-a-grecia_223279.html




A mesma Rússia que nem uma excepção abre para as exportações Gregas de comida? É duvidoso que se chegue à frente com dinheiro.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Zel

  • Visitante
Re: Grécia - Tópico principal
« Responder #7839 em: 2015-07-09 23:41:48 »
russia, EUA... esperamos sentados  :D