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Autor Tópico: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal  (Lida 361104 vezes)

strutch

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1620 em: 2016-06-21 12:54:03 »
.

Acho estranho que os credores deixem uma divida de 17.000 M€ ir assim pelo cano abaixo.

Segundo os últimos relatórios de contas a Oi tem resultados operacionais positivos. Os juros da divida monstruosa é que estragam a pintura.

Eu como credor preferia a recuperação judicial e receber pouquinho durante mais tempo do que não receber nada! Mas isso sou eu que sou pobre...  :P

.
Acionistas brasileiros, estão fartos de depenar a companhia e vão continuar a roubar tudo o que puderem, já roubaram milhares de milhões da antiga PT e mesmo assim não foi suficiente.
Andrade Gutierez e afins (cujos donos estão agora na cadeia por causa da Lava-Jato), basta ver os principais acionistas da OI e ve-se que são bandidos. :)

Nao entendo porque me citas se depois fazes um comentário completamente diferente daquilo que escrevi..  ::)

Alem disso, quem "roubou" os milhares de milhões aos accionistas da PT foram os accionistas e gestores da PT com uma série de decisões completamente erradas.

.
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pedferre

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1621 em: 2016-06-21 14:58:35 »
.

Acho estranho que os credores deixem uma divida de 17.000 M€ ir assim pelo cano abaixo.

Segundo os últimos relatórios de contas a Oi tem resultados operacionais positivos. Os juros da divida monstruosa é que estragam a pintura.

Eu como credor preferia a recuperação judicial e receber pouquinho durante mais tempo do que não receber nada! Mas isso sou eu que sou pobre...  :P

.
Acionistas brasileiros, estão fartos de depenar a companhia e vão continuar a roubar tudo o que puderem, já roubaram milhares de milhões da antiga PT e mesmo assim não foi suficiente.
Andrade Gutierez e afins (cujos donos estão agora na cadeia por causa da Lava-Jato), basta ver os principais acionistas da OI e ve-se que são bandidos. :)

Nao entendo porque me citas se depois fazes um comentário completamente diferente daquilo que escrevi..  ::)

Alem disso, quem "roubou" os milhares de milhões aos accionistas da PT foram os accionistas e gestores da PT com uma série de decisões completamente erradas.

.
Os acionistas da PT roubaram a favor da OI, quando se vendeu a metade da Vivo à Telefónica mais de metade do dinheiro da venda foi para o aumento da capital da OI e a entrada da PT nessa empresa (que na altura já era um buraco) a preços exagerados. Depois disso a própria Oi vende mais tarde a PT para sacar mais dinheiro (embora também tivesse ficado com a divida da PT).
Estavas a dizer que os resultados operacionais são positivos, mas uma empresa deve continuar a pagar as dividas (se os credores não chegarem a acordo para reestruturação da divida), senão deveria ser vendida e com esse dinheiro pagar aos credores.
E eu explico porque a empresa chegou a esta situação, aconteceu o mesmo que existiu na PT, os acionistas predadores (nestes caso construtoras) queriam sacar o máximo da operadora em dividendos (eram gigantes e acima do setor) e para isso a empresa foi-se endividando (como a PT fez no passado), depois ficam as dividas para pagar... ou para não pagar (e dar calote mais tarde aos credores onde devem estar incluidos com certeza o BCP e o NovoBanco).
Mas vamos a ver como correm os próximos capitulos. :)
« Última modificação: 2016-06-21 15:33:44 por pedferre »

Kin2010

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1622 em: 2016-06-23 03:50:00 »
Aliás está a assistir-se a uma tendência preocupante de, em certos países de cultura de corrupção elevada (Portugal, Brasil, Angola), se desenvolver uma nova forma de mega-fraude de proporções gigantescas e incrivelmente simples na sua essência. Basicamente um grande banco, ou uma grande utility, começa a desbaratar $$ a rodos emprestando a grupos amigos dos corruptos que o gerem, esses empréstimos são embolsados pelos devedores, que não pagam, os créditos são depois considerados mal parados, depois perdidos... No fim a instituição principal estoira, e os biliões assim perdidos são esquecidos, não se vai atrás dos devedores fraudulentos. Se houver necessidade de manter a instituição ainda de portas abertas, o Estado entra com o bailout necessário.

BPN, BES, Pharol, Oi, Armando Vara, CGD, Manuel Fino, Joe Berardo, BES Angola, Sobrinho, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Granadeiro. Já começam a ser muitos, e o esquema, na sua essência, é parecido, e simples demais para poder passar num país desenvolvido. Mas no eixo luso-tropical a coisa passa, porque a população está a ver futebol e o seu entendimento da política é tendencialmente marxista e não repara nestas coisas.


pedferre

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1623 em: 2016-06-23 08:11:39 »
Sonangol (Angola). :)

Incognitus

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1624 em: 2016-06-23 12:31:39 »
Aliás está a assistir-se a uma tendência preocupante de, em certos países de cultura de corrupção elevada (Portugal, Brasil, Angola), se desenvolver uma nova forma de mega-fraude de proporções gigantescas e incrivelmente simples na sua essência. Basicamente um grande banco, ou uma grande utility, começa a desbaratar $$ a rodos emprestando a grupos amigos dos corruptos que o gerem, esses empréstimos são embolsados pelos devedores, que não pagam, os créditos são depois considerados mal parados, depois perdidos... No fim a instituição principal estoira, e os biliões assim perdidos são esquecidos, não se vai atrás dos devedores fraudulentos. Se houver necessidade de manter a instituição ainda de portas abertas, o Estado entra com o bailout necessário.

BPN, BES, Pharol, Oi, Armando Vara, CGD, Manuel Fino, Joe Berardo, BES Angola, Sobrinho, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Granadeiro. Já começam a ser muitos, e o esquema, na sua essência, é parecido, e simples demais para poder passar num país desenvolvido. Mas no eixo luso-tropical a coisa passa, porque a população está a ver futebol e o seu entendimento da política é tendencialmente marxista e não repara nestas coisas.

A regulamentação pesada que incide sobre a banca em todos os países destina-se em grande medida a evitar esse tipo de fraude. Nos países onde a autoridade que controla isso não funcionar, é um tipo de fraude altamente expectável.

Em Portugal o Bando de Portugal é um local cheio de tachos e bons salários.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1625 em: 2016-06-23 14:25:10 »
Espero que daqui para a frente o Bando de Portugal tenha de prestar mais contas ao BCE, e que estes últimos sejam mais responsáveis que os primeiros para ver se finalmente temos mais controle. :)


Kin2010

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1627 em: 2016-06-24 03:01:14 »
Aliás está a assistir-se a uma tendência preocupante de, em certos países de cultura de corrupção elevada (Portugal, Brasil, Angola), se desenvolver uma nova forma de mega-fraude de proporções gigantescas e incrivelmente simples na sua essência. Basicamente um grande banco, ou uma grande utility, começa a desbaratar $$ a rodos emprestando a grupos amigos dos corruptos que o gerem, esses empréstimos são embolsados pelos devedores, que não pagam, os créditos são depois considerados mal parados, depois perdidos... No fim a instituição principal estoira, e os biliões assim perdidos são esquecidos, não se vai atrás dos devedores fraudulentos. Se houver necessidade de manter a instituição ainda de portas abertas, o Estado entra com o bailout necessário.

BPN, BES, Pharol, Oi, Armando Vara, CGD, Manuel Fino, Joe Berardo, BES Angola, Sobrinho, Ricardo Salgado, Zeinal Bava, Granadeiro. Já começam a ser muitos, e o esquema, na sua essência, é parecido, e simples demais para poder passar num país desenvolvido. Mas no eixo luso-tropical a coisa passa, porque a população está a ver futebol e o seu entendimento da política é tendencialmente marxista e não repara nestas coisas.

A regulamentação pesada que incide sobre a banca em todos os países destina-se em grande medida a evitar esse tipo de fraude. Nos países onde a autoridade que controla isso não funcionar, é um tipo de fraude altamente expectável.

Em Portugal o Bando de Portugal é um local cheio de tachos e bons salários.

Mas então, tudo indica que a regulação por cá não está a conseguir fazer nada para evitar isso. Vamos de mega-fraude em mega-fraude, cada uma sangra aí uns 3-5 biliões da economia e não se faz nada. Isto poderá ser a ruína do país, com os "capitais portugueses" a acumularem-se em off-shores lá fora, depois de terem sido ganhos, em grande parte, com as mega-fraudes.

O que podemos fazer para contrariar isto? Pendurar alguém em postes? "Pitchfork-time"?



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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1628 em: 2016-06-24 03:14:36 »
Aliás está a assistir-se a uma tendência preocupante de, em certos países de cultura de corrupção elevada (Portugal, Brasil, Angola), se desenvolver uma nova forma de mega-fraude de proporções gigantescas e incrivelmente simples na sua essência. Basicamente um grande banco, ou uma grande utility, começa a desbaratar $$ a rodos emprestando a grupos amigos dos corruptos que o gerem, esses empréstimos são embolsados pelos devedores, que não pagam, os créditos são depois considerados mal parados, depois perdidos... No fim a instituição principal estoira, e os biliões assim perdidos são esquecidos, não se vai atrás dos devedores fraudulentos. Se houver necessidade de manter a instituição ainda de portas abertas, o Estado entra com o bailout necessário.

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A regulamentação pesada que incide sobre a banca em todos os países destina-se em grande medida a evitar esse tipo de fraude. Nos países onde a autoridade que controla isso não funcionar, é um tipo de fraude altamente expectável.

Em Portugal o Bando de Portugal é um local cheio de tachos e bons salários.

Mas então, tudo indica que a regulação por cá não está a conseguir fazer nada para evitar isso. Vamos de mega-fraude em mega-fraude, cada uma sangra aí uns 3-5 biliões da economia e não se faz nada. Isto poderá ser a ruína do país, com os "capitais portugueses" a acumularem-se em off-shores lá fora, depois de terem sido ganhos, em grande parte, com as mega-fraudes.

O que podemos fazer para contrariar isto? Pendurar alguém em postes? "Pitchfork-time"?

Arranjarmos forma de não serem Portugueses a fiscalizar a nossa banca, talvez.
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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1629 em: 2016-06-24 03:19:41 »
Mais um argumento para nos mantermos no euro. E de preferência extinguindo o Banco de Portugal!

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1630 em: 2016-06-24 03:27:36 »
Issagora. O BdP? Aquilo é uma mina para quem lá trabalha.
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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1631 em: 2016-08-04 12:11:59 »
Citar
Foi designado pela Meritíssima Juiz do Tribunal de Comércio de Lisboa o dia 19 de Setembro de 2016, às 10horas, para a Audiência de discussão e Julgamento do processo 2014/14.3T8LSB.

O aludido processo diz respeito ao pedido de anulação da deliberação social da assembleia geral extraordinária de acionistas de 8 de setembro de 2014. A referida deliberação diz respeito aos termos dos acordos celebrados entre a PT e a OI, SA no âmbito da combinação de negócios das duas empresas que permitiu a realização da permuta entre a PT e as subsidiárias integralmente detidas pela Oi, PT Portugal, SGPS, SA e PT Internacional Finance BV, nos termos da qual a PT adquire a posição creditícia sobre a sociedade Rio Forte Investments, S.A. no valor de €897 milhões, por contrapartida da alienação pela PT de 474.348.720 ações ON e 948.697.440 ações PN da Oi representativas de cerca de 16.9% do capital social da Oi e de 17.1% dos direitos de voto da Oi e a atribuição à PT de uma opção de compra irrevogável, não transferível, pelo prazo de 6 anos.


in: http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/360-julgamento-pharol-portugal-telecom-19-09-2016
we all have a story we nevel tell

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1632 em: 2016-08-31 17:59:14 »
Com o fim da crise á vista no Brasil, será de entrar na Pharol?

Incognitus

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1633 em: 2016-09-01 03:20:40 »
A Pharol já está para lá de ter conserto.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1634 em: 2016-09-02 03:34:56 »
Com o fim da crise á vista no Brasil, será de entrar na Pharol?

Não há qq fim de crise.
Estão muito mal e vão piorar.

Citar
O Brasil registou um défice primário de 51,1 mil milhões de reais (14,16 mil milhões de euros) nos primeiros sete meses do ano, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira pelo Tesouro Nacional. Trata-se do pior resultado para o acumulado dos sete primeiros meses do ano desde o início da atual contabilização do défice primário (despesas maiores do que as receitas desconsiderando os juros da dívida pública) desde 1997, segundo o portal G1.


Para ir acompanhando mais um país que o socialismo consegue rebentar:
http://www.tradingeconomics.com/brazil/government-budget-value

tommy

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1635 em: 2016-09-02 08:34:35 »
 ;D

socialismo a fazer miséria desde sempre.

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1636 em: 2017-02-03 11:33:49 »
Isto ainda está vivo.


A saída de Zeinal Bava da presidência-executiva da Oi tem lugar após meses de tensão espoletada pelo polémico investimento de 900 milhões de euros que a PT realizou em dívida da Rioforte. Este investimento enfraqueceu a posição dos accionistas portugueses na fusão em curso com a Oi e chegou mesmo a fazer perigar a operação. A fusão salvou-se, mas os accionistas portugueses perderam peso e os grupos brasileiros ficaram com o controlo da companhia. Pelo meio, Bava perdeu a confiança dos brasileiros e o conflito, já público, antecipava o que foi anunciado há pouco. A saída de Bava era uma questão de tempo. Em causa estava o desconforto causado pelo ‘default' de 900 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, que obrigou à renegociação dos termos da fusão e que deixou Bava debaixo de fogo. As responsabilidades sobre o investimento deverão ser apuradas na auditoria realizada pela PriceWaterhouseCoopers, concluída até ao final do mês. Os brasileiros terão visto ainda como um sinal de falta de confiança do Governo português a passagem do contrato de comunicações da Caixa Geral de Depósito para a NOS.
Entretanto, o futuro da PT Portugal também está dependente da vontade dos accionistas da Oi, que terão de decidir entre avançar para a compra da TIM, solução que está a ser defendida por alguns investidores, ou uma fusão com a segunda operadora móvel do mercado brasileiro, que era defendida por Zeinal Bava.
O presidente-executivo da Oi estava empenhado em negociar uma fusão com a TIM, a segunda maior operadora móvel no Brasil, evitando assim, para já, a venda da PT Portugal. Mas os accionistas têm outros planos: ao que apurou o Diário Económico os brasileiros querem mesmo avançar com a compra da participação de 66,7% da Telecom Italia na TIM. E para isso precisam de liquidez, conseguida com a venda de activos não estratégicos, como a actividade em Portugal, os activos em África, incluindo a angolana Unitel, e as torres de telecomunicações no Brasil.
O futuro da PT Portugal  dependerá da solução escolhida pela Oi como resposta à consolidação no mercado brasileiro. E mesmo que a Oi garanta que não foi fechado nenhum acordo, o mercado dá como certas as negociações com os franceses da?Altice. O Económico noticiou na edição de ontem que a dona da Cabovisão e da Oni contratou o Goldman Sachs e o Morgan Stanley para assessorar as negociações. Do lado da Oi, segundo o "Estadão", está o BTG Pactual, accionista da brasileira e o banco escolhido para preparar uma proposta para a compra da participação da Telecom Italia na TIM. A italiana, contudo, terá os seus próprios objectivos no negócio e, segundo a Bloomberg, contratou o Bradesco para negociar a compra da Oi.
Os franceses da Altice não serão os únicos interessados. O Económico à Uma noticiou ontem que a Telefónica está a acompanhar com atenção a operação e que a própria Vodafone pode ser um candidato à compra da PT Portugal.
O BTG estará a negociar a venda da PT Portugal por 6,5 mil milhões de reais (cerca de 2,1 mil milhões de euros), diz o "Estadão". As avaliações das casas de investimento variam: o BBVA refere que a PT Portugal vale 7,8 mil milhões de euros, 7,5 vezes o EBITDA de ‘enterprise value', o que inclui a dívida. O BESI aponta para um ‘enterprise value' de 6,7 mil milhões de euros. Ao que apurou o Diário Económico o negócio, a realizar-se, gerará um encaixe de pelo menos 1,5 mil milhões de euros para a Oi.
A dívida da Oi, que se aproxima dos 15 mil milhões de euros, é um dos principais entraves à obtenção de financiamento. A brasileira ficou de fora do leilão de quarta geração móvel no Brasil, dependendo da consolidação para se manter competitiva, especialmente depois da Telefónica, dona da Vivo, ter acordado a compra da operadora de cabo GVT.


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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1637 em: 2017-02-03 11:35:48 »
continua

 gestor português Zeinal Bava renunciou à presidência da empresa brasileira Oi, cargo que ocupava desde Junho de 2013. A informação foi comunicada pela companhia brasileira, após o fecho do mercado no Brasil e sucede-se aos rumores que circulavam há vários dias dando a saída de Bava como iminente devido ao alegado desconforto dos accionistas da Oi com o investimento de 900 milhões de euros da PT na Rioforte.

A renúncia de Zeinal Bava surge também na mesma altura em que se sabe que o fundo francês Altice, que detém em Portugal a Cabovisão e a Oni, está em negociações com os accionistas da Oi para comprar a PT.

Bava - que foi um dos rostos da fusão entre a Oi e a Portugal Telecom e foi apontado como o homem certo para fazer da Oi uma empresa moderna, rentável e capaz de disputar a liderança do mercado de telecomunicações brasileiro - deixa a empresa num momento em que estão em cima da mesa vários cenários de consolidação, em que a Oi pode comprar ou ser comprada (fala-se na possibilidade uma compra da TIM pela Oi, de uma fusão entre esta e a Oi, ou mesmo de a TIM comprar a Oi).

Deixa uma empresa largamente endividada (mais de 14 mil milhões de euros), que falhou recentemente o leilão de licenças de quarta geração por falta de capacidade financeira, mas deixa, também, uma empresa com bons activos disponíveis para venda: a PT Portugal e os negócios da PT em África, incluindo a participação na empresa angolana Unitel.

O tempo do grande operador luso-brasileiro já acabou. Na nova Oi, nem os accionistas relevantes, nem a gestão serão portuguesas. A fusão ainda não foi oficializada (a alteração de termos forçada pelos investimentos de 900 milhões de euros na Rioforte obrigaram a uma reavaliação pelos reguladores), mas os activos da PT foram transferidos em Maio para a Oi, pelo que competirá à nova gestão decidir o que faz com os negócios e participações em empresas que eram do antigo grupo PT.

Como herança portuguesa na Oi ficam ainda o know-how e a capacidade tecnológica que a PT transferiu para a Oi, para que esta pudesse transformar-se numa operadora de telecomunicações com serviços convergentes.

Bayard De Paoli Gontijo, que era responsável pelas Relações com Investidores da empresa e passou a administrador financeiro quando Bava chegou, há mais de um ano, assumirá interinamente a presidência da Oi, até à escolha de um novo gestor.

No Verão, já depois de conhecido o investimento na Rioforte, ficou evidente o esforço de separação de águas de Zeinal Bava relativamente à gestão da empresa em Portugal, com o argumento de que estava afastado da empresa há mais de um ano e transferindo as responsabilidades pelas decisões para a esfera da liderança de Henrique Granadeiro. Em declarações à Reuters à 4 de Agosto, Bava explicava que abandonava a presidência da PT Portugal de modo a dedicar-se em exclusivo à nova PT/Oi, que deveria ser gerida “como uma multinacional”.

Três dias depois, e após várias semanas debaixo de fogo devido às aplicações financeiras na Rioforte, foi a vez de Henrique Granadeiro se demitir da presidência da PT SGPS, com uma carta de demissão em que afirmava que não assumia “os encargos e responsabilidades de outros”. Como o PÚBLICO noticiou na terça-feira, uma auditoria interna da PT arrasou em Julho a gestão de Bava e Granadeiro.

Os dois gestores, que foram durante anos a imagem da PT, ficarão agora associados ao processo que fez com que a empresa deixasse de ser um operador de telecomunicações relevante com negócios em Portugal, África e Brasil, para se tornar numa subsidiária de uma empresa brasileira, à beira de mudar de mãos.

Zeinal Bava, de 48 anos, nasceu em Moçambique e destacou-se nos últimos anos como um gestor de topo em Portugal. Ambicioso, pragmático, imparável são algumas das palavras mais utilizadas para o descrever.

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Re: Pharol SGPS / Portugal Telecom (PTC) - Tópico principal
« Responder #1638 em: 2017-02-03 11:36:59 »

--- Citar ---Estive presente na última Assembleia Geral da PT. Foi dito claramente que caso os accionistas não aprovassem a fusão da PT com a OI, criando uma operadora à escala mundial de língua portuguesa, então o caminho seria a compra por parte de outra empresa, potencialmente europeia e deste modo, o projecto da criação da operadora de língua portuguesa ficaria comprometido. Sinto que a história da Portugal Telecom, como disse Belmiro de Azevedo, nunca foi bem contada. Existe muito a investigar, não a dos últimos anos, mas a começar pela privatização. Desde o início que parece existir uma estratégia de utilizar a PT como veículo de investimento e de manipulação do mercado das telecomunicações. Veja-se a concorrência, que viu a sua estratégia dificultada, quer pelo músculo financeiro, quer pela estrutura accionista da PT, que impedia o normal desenvolvimento do mercado, como por exemplo no caso da ZON.

Com uma estrutura accionista semelhante, a decisão de fusão com a Sonae.Com foi sempre atrasada, fosse por vingança da OPA lançada uns anos antes à PT, fosse por uma estratégia de atrasar a entrada de um operador verdadeiramente capaz de lhe fazer frente, mantendo uma rentabilidade elevada. Os maiores accionistas optaram por defender a dama de ferro, em deterimento de uma empresa ainda frágil, até à entrada em cena de Isabel dos Santos. Angola mais uma vez baralhou as cartas, e desenhou o seu destino.

A PT serviu de veículo para financiar os seus maiores accionistas, que lhe corresponderam na mesma moeda, e com a anuência do poder polítíco, ao manter a golden share. O povo português comprou a história do interesse nacional, pois permitiria que a PT ficasse sob controlo de um grupo nacional, sem partir a empresa. Mentira.

Este processo deve ser investigado, com responsabilidades não apenas para a gestão, mas igualmente para o grupo de accionistas minoritários, que com ajuda de interesse políticos, viu o seu domínio destruir uma empresa e a credibilidade de um País. A decisão de investir na endividada Oi foi desastrosa. É fácil gerir uma operadora em regime de monopólio e com receitas garantidas. O mesmo já não se pode dizer de uma Oi com uma dívida de 15 mil milhões de euros, uma capitalização de quatro mil millhões de euros, que opera num dos maiores mercados do mundo que é o Brasil, com necessidades de investimento na ordem dos milhares de milhões de euros e com accionistas sem dinheiro.

A procissão já não vai no adro, mas muito ainda se saberá. A PT outrora uma ‘cash cow', é agora uma ‘debt cow' , em tudo semelhante ao banco mau.

Não existe qualquer dúvida, os pequenos investidores foram enganados, numa estratégia que visava utilizar o seu dinheiro para controlar uma empresa, manipular o seu futuro, não deixando as regras do mercado funcionarem. Não existe respeito pelo capital em Portugal. Os investidores são tratados como se não tivessem quaisquer direitos, afinal são capitalistas. Toda a legislação criada nos últimos anos, tendo como desculpa a crise financeira, como a Directiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros, que visa proteger os pequenos investidores, não serviu para nada. Os políticos continuam a vender a ideia que os mercados são os reis e senhores do destino de empresas e paises quando, neste caso e uma vez mais é mentira. Em dois meses, duas empresas do PSI 20 desapareceram, e uma terceira está a caminho.

A confiança está definitivamente abalada, posta em causa por uma geração de gestores movida por interesses. Portugal, conseguiu mais uma vez perder tudo, enredado pelos jogos de poder. E a provar estão estes últimos 14 anos - três governos não chegaram ao fim - a estrada está a chegar ao fim, com consequências imprevisíveis.

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