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Autor Tópico: Os imbecis que destruíram Portugal  (Lida 130970 vezes)

Jérôme

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #140 em: 2013-09-22 00:24:05 »
A minha questão era acerca dos casos específicos abordados pelo Paulo de Morais, a tua opinião em sentido lato já conheço, queria era acerca dos casos específicos apresentados, que aparentemente é o que efectivamente se passa, grave, gravíssimo, abertamente e com a conivência geral.

Noutras entrevistas ele tem referido que cerca de 15% da classe política é activamente corrupta e que entre 7 a 10% do OE é canalizado pela/para a corrupção/corruptos.

Não me parece sequer que a população se aperceba disto, eu não tinha a noção que estes dados eram tão publicos e conhecidos, os nomes, negócios, a forma como o sistema está montado... até parece simples.

Incognitus

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #141 em: 2013-09-22 00:46:48 »
Eu não vi os casos específicos, mas a questão geral mantém-se ... os casos específicos que existirem terão sido propalados com base no bem comum e nos interesses de alguém. Cada caso específico poderá parecer uma aberração a alguém, à maioria até, mas parecerá certamente perfeitamente justificado a um determinado grupo.

Coisas como 15% da classe política ser activamente corrupta são números puxados de uma cartola...
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #142 em: 2013-09-22 12:59:34 »
Engracado como nao convem comentar o video e os nomes la apresentados e continuar a debitar a mesma falsa cassete do gastamos acima das nosssas possibilidades.


Se tiver coragem veja e fale.
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #143 em: 2013-09-22 13:03:47 »
Engracado como nao convem comentar o video e os nomes la apresentados e continuar a debitar a mesma falsa cassete do gastamos acima das nosssas possibilidades.


Se tiver coragem veja e fale.

Eu não vejo videos. Se tiveres um texto com a coisa posso comentar.

A "cassete" do viver acima das possibilidades era mecânica. Tinhamos um déficit para com o exterior, logo no agregado vivíamos acima das possibilidades. Querer acreditar noutra coisa é irracional.
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JoaoAP

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #144 em: 2013-09-22 14:07:17 »
Inc...
aqui não tens desculpa... :D
não tens de ver... basta ouvir enquanto fazes outra coisa.

Eu já conheço o Paulo Morais de outras bandas e ele tem razão na maioria das coisas.

O problema, na generalidade, é que a corrupção de uma ou de outra forma, sempre existirá, o que deveria era ser minimizada... tendencialmente a tender para zero. Ora, os políticos, não o conseguem.
Seja algumas vezes por burrice, outras porque vem um dinheirinho para o bolso, e outras (a maioria das vezes) vai para o partido.
E noutras, para mostrar que fazem trabalho e votem neles nas próximas eleições...

Eu penso que alterando as leis a corrupção poderia e deveria ser quase eliminada... mas os políticos não o querem fazer!
E a culpa é de quem vota.

Basta ver na minha freguesia, e noutras pelo país, há os independentes... e alguns até merecem a minha confiança e deveriam, na minha opinião, terem a confiança de outras pessoas... MAS... já vi muitos amigos e colegas... que vão votar nos partidos... ah... eles têm mais poder... eles já fizeram isto... etc...
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #145 em: 2013-09-22 15:10:28 »
Nas autarquias as eleitores votam principalmente nas pessoas e menos nos partidos. Para o governo imperam os partidos. Basta ver quem é que consegue ser eleito.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #146 em: 2013-09-22 18:02:56 »
Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que as autárquicas não têm nada a haver com os partidos.

Vota-se no homem e não no partido.

A comunicação social e os partidos é que parecem fazer querer o contrario! Não percebo!
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #147 em: 2013-09-22 18:21:16 »
Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que as autárquicas não têm nada a haver com os partidos.

Vota-se no homem e não no partido.

A comunicação social e os partidos é que parecem fazer querer o contrario! Não percebo!

Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que as autárquicas não têm nada a haver com os partidos.

ahahahah  isto devia estar nas anedotas  ;D

Porque será que existem dezenas de candidatos a mudarem de partido quando o partido que os elegeu depois tira-lhes o tapete nas eleições seguintes ?
Porque os presidentes de Câmara de determinado partido, foram "obrigados" a meterem os presidentes de Câmara que perderam as eleições noutros conselhos, como "assistentes" ?
Porque os presidentes de Câmara eleitos pela lista de determinado partido, são obrigados a meterem os vereadores que o partido manda ?

Os partidos em Portugal regem-se e vivem como a Maçonaria, que se "amparam" uns aos outros... 8)
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #148 em: 2013-09-22 23:53:50 »
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Parcerias? Patifaria

Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.

Os encargos do estado com as parcerias público-privadas (PPP) são colossais, comprometem as finanças públicas por toda uma geração e hipotecam o futuro da economia do país. Mas os governos continuam a ser cúmplices destes negócios ruinosos. O atual ministro das finanças nem sequer diminuiu a despesa com as PPP, a que estava obrigado pelo memorando de entendimento assinado com a troika. Pelo contrário, os custos não cessam de aumentar.

Nos últimos quatro anos, os encargos líquidos com as PPP quadruplicaram, atingindo por ano montantes da ordem dos dois mil milhões de euros. O valor dos compromissos futuros estima-se em mais de 24 mil milhões de euros, cerca de 15% do PIB anual. Uma calamidade!

Fingindo estar a cumprir o acordo com a troika, que obrigava a "reavaliar todas as PPP", as Finanças anunciam, aqui e além, poupanças de algumas centenas de milhões. Valores ridículos, pois representam apenas cerca de um por cento do valor dos contratos.

Mas, o que é pior, Vítor Gaspar continua a proteger os privados. Já em 2012 e por decreto-lei, determinou que da nova legislação que regulamenta as PPP, "não podem resultar alterações aos contratos de parcerias já celebrados". As rentabilidades milionárias para os privados e a sangria de recursos públicos continuam como dantes... para pior. No último relatório disponível pode apurar-se que em 2011 houve, só nas PPP rodoviárias, um desvio orçamental de 30%. Sendo as despesas correntes de cerca de oitocentos milhões de euros, os custos com pedidos de reequilíbrio financeiro são de… novecentos milhões. A variação é maior que o próprio custo! Só ao grupo Ascendi e seus financiadores foram pagos, a mais (!), quinhentos milhões de euros. Uma patifaria. As poupanças do estado com a redução salarial da função pública em 2011 foram, afinal, diretamente para os bolsos do senhor António Mota, seus associados e financiadores.

Aos acordos ruinosos das PPP, vieram, ao longo dos anos, acrescentar--se custos desmesurados, resultado de negociações conduzidas por responsáveis públicos corruptos. Aqui chegados, só há uma solução aceitável: extinguir os contratos e prender quem os forjou.


Isto data de Fevereiro, fonte: correio da manhã
« Última modificação: 2013-09-23 00:23:11 por Kerviel »

Jérôme

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #149 em: 2013-09-23 00:04:04 »
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Paulo Morais acusa Parlamento de ser "centro de corrupção"

O ex-vice-presidente da Câmara do Porto Paulo Morais afirmou sexta-feira à noite, no Porto, que "o centro de corrupção em Portugal tem sido a Assembleia da República, pela presença de deputados que são, simultaneamente, administradores de empresas".

"Felizmente, este parlamento vai-se embora. Dos 230 deputados, 30%, ou seja 70, são administradores ou gestores de empresas que têm directamente negócios com o Estado", denunciou Paulo Morais, num debate sobre corrupção organizado pelo grupo cívico-político Porto Laranja, afecto ao PSD.

Para o professor universitário, o parlamento português "parece mais um verdadeiro escritório de representações, com membros da comissão de obras públicas que trabalham para construtores e da comissão de saúde que trabalham para laboratórios médicos."

Paulo Morais acusou o Grupo Lena de ser o maior fornecedor do Estado português (dados de 2009) e os políticos de criarem "legislação perfeitamente impercetível", com "muitas regras para ninguém perceber nada, muitas excepções para beneficiar os amigos e um ilimitado poder discricionário a quem aplica a lei".

"A legislação vem dos grandes escritórios de advogados, principalmente de Lisboa, que também ganham dinheiro com os pareceres que lhes pedem para interpretar essas mesmas leis e ainda ganham a vender às empresas os alçapões que deixaram na lei", criticou.

Para o vice-presidente da organização não governamental Transparência Internacional em Portugal (TIP), "os deputados estão ao serviço de quem os financiou e não de quem os elegeu", sendo a lei do financiamento dos partidos "a lei que mais envergonha Portugal".

"Há uma troca permanente de cadeiras entre o governo e os bancos e construtoras, que são quem financia os partidos", afirmou Paulo Morais, citando os casos de Jorge Coelho e Valente de Oliveira, administradores da Mota Engil, e de José Lello, administrador da BST.

Paulo Morais deu como exemplo de corrupção a renegociação que o governo de José Sócrates fez com as concessionárias das antigas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT), assinando em Julho de 2010 anexos aos respectivos contratos que substituem a contagem de tráfego por estimativas de passagem.

"As concessionárias das SCUT são as mesmas que financiam os partidos", sublinhou, defendendo que o novo Governo deve renegociar de novo esses contratos, porque apenas beneficiam as construtoras e obrigam o Estado a pagar muito mais.

Paulo Morais criticou também as "vigarices" na área do urbanismo praticadas por muitos municípios, acusando-os de "valorizar terrenos à ordem dos dois mil por cento sem qualquer dificuldade", apenas para beneficiar um determinado "predador imobiliário".

"Este tipo de máfia só existe em dois tipos de negócios em Portugal: no urbanismo e no tráfico de droga", frisou, criticando a "promiscuidade absoluta entre Estado e privados".

Paulo Morais revelou que a TIP está a preparar um portal na Internet, inspirado no site usaspend.gov que o então senador Barack Obama lançou há alguns anos para tornar públicos todos os gastos governamentais nos Estados Unidos, em que será possível encontrar de forma rápida e fácil a informação "aparentemente pública, mas que não é escrutinável".

O portal deverá ficar online ainda este ano, estando neste momento a ser trabalhada a ferramenta de pesquisa.

Segundo o responsável, nos últimos 10 anos, Portugal desceu nove lugares no Índice de Perceção de Corrupção da Transparência Internacional, estando actualmente na 34.ª posição a nível mundial e numa das piores posições na Europa (estão atrás apenas a Itália, Grécia e alguns países de Leste).

O bastonário da Ordem dos Advogados, Marinho Pinto, que também participou no debate, defendeu que os advogados devem deixar de exercer a profissão quando são eleitos deputados.

Marinho Pinto criticou também que as obras públicas em Portugal sejam pagas sempre por preços superiores aos das adjudicações, afirmando que "isto só é possível num país onde não há opinião pública e os partidos estão comprometidos até à medula".


Fonte: JN
« Última modificação: 2013-09-23 00:06:59 por Kerviel »

Jérôme

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #150 em: 2013-09-23 00:20:39 »
Citação de: Inc
Eu não vejo videos. Se tiveres um texto com a coisa posso comentar.

valves1

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #151 em: 2013-09-23 00:43:52 »
Citar
Paulo Morais deu como exemplo de corrupção a renegociação que o governo de José Sócrates fez com as concessionárias das antigas autoestradas sem custos para o utilizador (SCUT), assinando em Julho de 2010 anexos aos respectivos contratos que substituem a contagem de tráfego por estimativas de passagem.

"As concessionárias das SCUT são as mesmas que financiam os partidos", sublinhou, defendendo que o novo Governo deve renegociar de novo esses contratos, porque apenas beneficiam as construtoras e obrigam o Estado a pagar muito mais.

As fraudes ligadas as SCUTS sao as mais famosas internacionalmente; Portugal e conhecido por ter muitas autoestradas por onde nao passam carros ...
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #152 em: 2013-09-23 01:15:38 »
Citação de: Inc
Eu não vejo videos. Se tiveres um texto com a coisa posso comentar.

Embora se compreendam as acusações, elas são algo genéricas e caem no que eu dizia antes. Aquilo que uns vêem como corrupção, outros vêem como interesses legítimos a serem satisfeitos.

E nas PPPs existem 2 componentes. Só a componente de retorno do capital poderia ser atacada mais facilmente, mas essa será a menor. A componente de dívida deverá ser similar a dívida pública.
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #153 em: 2013-09-23 12:22:14 »
Qualquer pessoa minimamente inteligente percebe que as autárquicas não têm nada a haver com os partidos.

Vota-se no homem e não no partido.

A comunicação social e os partidos é que parecem fazer querer o contrario! Não percebo!

errado

há muitas zonas do país que votam no partido nas autarquicas, e se calhar até devem estar em maioria....

há cidadãos que votam na seta ou no punho.. e muitos mesmos..porque não sabem outra coisa!
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #154 em: 2013-09-23 13:49:31 »
Citar
Porque será que existem dezenas de candidatos a mudarem de partido quando o partido que os elegeu depois tira-lhes o tapete nas eleições seguintes ?
Esta é uma característica que demonstra que nas autárquicas votam nas pessoas e menos em partidos. Nas eleições nacionais isso não acontece porque sabem que não têm hipótese de ser eleito.

Citar
Porque os presidentes de Câmara de determinado partido, foram "obrigados" a meterem os presidentes de Câmara que perderam as eleições noutros conselhos, como "assistentes" ?
Assistentes quê? Vereadores ou adjuntos? Duvido que sejam obrigados, podem é aproveitar-se do nome que está na sua lista para terem mais votos (como está a fazer o candidato da lista do Valentim Loureiro, por exemplo)

Citar
Porque os presidentes de Câmara eleitos pela lista de determinado partido, são obrigados a meterem os vereadores que o partido manda ?
Quem decide a composição das listas é a concelhia respectiva. Não quer dizer que sejam imunes a pressões, mas o candidato não tem poder absoluto sobre a composição das listas.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #155 em: 2013-09-23 18:57:12 »
Citar
Porque será que existem dezenas de candidatos a mudarem de partido quando o partido que os elegeu depois tira-lhes o tapete nas eleições seguintes ?
Esta é uma característica que demonstra que nas autárquicas votam nas pessoas e menos em partidos. Nas eleições nacionais isso não acontece porque sabem que não têm hipótese de ser eleito.

Local, sem apoio de um partido não são eleitos. Os ditos independentes são excepções e contam-se pelos dedos.
Os cabeças de lista, têm que papar com o que a concelhia manda. As pessoas podem votar no Zé, que é um gajo porreiro,e o Zé até pode mudar de partido que o apoia, mas seja que partido fôr o Zé tem que fazer o que lhe mandam porque senão sabe que sem apoio não volta a ter tacho.




Citar
Porque os presidentes de Câmara eleitos pela lista de determinado partido, são obrigados a meterem os vereadores que o partido manda ?
Quem decide a composição das listas é a concelhia respectiva. Não quer dizer que sejam imunes a pressões, mas o candidato não tem poder absoluto sobre a composição das listas.

Adjuntos e sei do que falo. A presidente da Câmara de Setúbal (PCP) teve que admitir como adjuntos (e com direito a uma secretária cada um, as de carne ... :D ) os presidentes de câmara da zona sul que o PCP perdeu para o PS nas últimas eleições. Foi-lhe imposto pelo partido.



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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #156 em: 2013-09-24 01:03:40 »
Embora se compreendam as acusações, elas são algo genéricas e caem no que eu dizia antes. Aquilo que uns vêem como corrupção, outros vêem como interesses legítimos a serem satisfeitos.

Algo genéricas?
Dois exemplos:

Citar
Dos 230 deputados, 30%, ou seja 70, são administradores ou gestores de empresas que têm directamente negócios com o Estado

Isto não me parece um número tirado da cartola.

Citar
Há uma troca permanente de cadeiras entre o governo e os bancos e construtoras, que são quem financia os partidos

Este tipo apresenta casos publicos e concretos que no mínimo deveriam dar inicio a investigação. Estas investigações não são iniciadas por opção política.


Citar
Aquilo que uns vêem como corrupção, outros vêem como interesses legítimos a serem satisfeitos.

Não percebo esta tua frase, se tem como objectivo desculpabilizar, justificar ou diminuir a gravidade das situações. O que me parece é que não estarás muito interessado em discutir ou comentar estas denúncias "genéricas".
« Última modificação: 2013-09-24 01:04:47 por Kerviel »

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #157 em: 2013-09-24 01:11:11 »
Citar
Isto não me parece um número tirado da cartola.

Não é um número tirado da cartola, mas em 230 70 estarem em locais que têm negócios com o Estado não é uma grande surpresa quando o Estado representa 50% do PIB. Possivelmente mais surpreendente é o que não é dito, nomeadamente que uma % também muito razoável -- bem em excesso do expectável -- serão trabalhadores do Estado.
 
Citar

Este tipo apresenta casos publicos e concretos que no mínimo deveriam dar inicio a investigação. Estas investigações não são iniciadas por opção política.

Sim, nisso concordo.
 
Citar

Não percebo esta tua frase, se tem como objectivo desculpabilizar, justificar ou diminuir a gravidade das situações. O que me parece é que não estarás muito interessado em discutir ou comentar estas denúncias "genéricas".

Não tem como objectivo desculpabilizar ou diminuir. Mas justificar tem. É o expectável. Se tens pessoas a defender um sistema que tire a todos para avançar os interesses de alguns, então o sistema tira a todos para avançar os interesses de alguns. Mas como os interesses são muito numerosos e divergentes, só por sorte os interesses que gostarias de ver favorecidos, o são.
 
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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #158 em: 2013-09-24 02:11:22 »
No fundo o Paulo de Morais parece-me isento e apresenta-me argumentos e factos que são claros e intelectualmente honestos.

Isso mudou de certa forma a minha visão no sentido em que ele demonstra que o estado se endividou em grande parte por esquemas criminosos tecidos pelos sucessivos governos.

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Re:Os imbecis que destruíram Portugal
« Responder #159 em: 2013-09-24 10:37:12 »
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Porque será que existem dezenas de candidatos a mudarem de partido quando o partido que os elegeu depois tira-lhes o tapete nas eleições seguintes ?
Esta é uma característica que demonstra que nas autárquicas votam nas pessoas e menos em partidos. Nas eleições nacionais isso não acontece porque sabem que não têm hipótese de ser eleito.

Local, sem apoio de um partido não são eleitos. Os ditos independentes são excepções e contam-se pelos dedos.
Os cabeças de lista, têm que papar com o que a concelhia manda. As pessoas podem votar no Zé, que é um gajo porreiro,e o Zé até pode mudar de partido que o apoia, mas seja que partido fôr o Zé tem que fazer o que lhe mandam porque senão sabe que sem apoio não volta a ter tacho.




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Porque os presidentes de Câmara eleitos pela lista de determinado partido, são obrigados a meterem os vereadores que o partido manda ?
Quem decide a composição das listas é a concelhia respectiva. Não quer dizer que sejam imunes a pressões, mas o candidato não tem poder absoluto sobre a composição das listas.

Adjuntos e sei do que falo. A presidente da Câmara de Setúbal (PCP) teve que admitir como adjuntos (e com direito a uma secretária cada um, as de carne ... :D ) os presidentes de câmara da zona sul que o PCP perdeu para o PS nas últimas eleições. Foi-lhe imposto pelo partido.
Nos adjuntos é mais facil de manipular, dado que são lugares escolhidos à posteriori da eleição. Mas mesmo os cargos de chefia são entregues tendo em conta a confiança política.
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