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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655544 vezes)

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2680 em: 2014-11-19 13:10:03 »

É muito difícil de entender como é que a Com.de inquérito da AR se inicia ouvindo os reguladores ( Banco de Portugal e CMVM ).

Não haverá por lá um cristão que tivesse sugerido que o inquérito deveria começar pelos responsáveis directos pela burla e pela fraude - que era com Ricardo Salgado e restantes responsáveis do BES/GES que de deveriam começar a obter esclarecimentos e a escrever a triste história do que aconteceu com o BES/ GES/PT etc ? 

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2681 em: 2014-11-19 13:18:33 »

Não fui eu mas alguém disse que era como avaliar a prestação da selecção portuguesa no jogo de ontem com a Argentina , questionando o árbitro inglês !!!


Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2682 em: 2014-11-19 13:24:26 »
Esta revelação do Governador do BP sobre o acompanhamento ao BES , evidencia bem a inutilidade dos nossos sistemas legais e regulatórios e a disponibilidade permanente para alimentar certas bocas sem vergonha na cara - pareceres para garantir a idoneidade ???

Catedráticos atestaram caráter de Salgado
Três professores de Coimbra fizeram pareceres para garantir a idoneidade do presidente do BES.
Foi o tema que dominou a tarde: porque é que o Banco de Portugal não retirou a idoneidade bancária a Ricardo Salgado? A esta pergunta, Carlos Costa não pode dizer mais do que uma confissão de impotência: "Se eu pudesse teria retirado a idoneidade? Eu diria, há muito tempo."
O governador do Banco de Portugal afirmou que "a atual legislação dá poder de pressão, mas não dá poderes de imposição", sublinhando que a jurisprudência do Supremo Tribunal Administrativo tem permitido às instituições financeiras salvaguardarem os seus interesses.

Para garantir que não haveria nenhum ataque à sua capacidade para presidir ao BES, Ricardo Salgado pediu a três professores universitários de Coimbra – Calvão da Silva, Vieira de Andrade e Pedro Maia – para atestarem o seu caráter como banqueiro, em novembro de 2013. Os pareceres terão sido pedidos pelo BES e entregues ao supervisor. Ao CM, Calvão da Silva confirmou que deu um parecer a pedido do banco no final de 2013. O professor não se recorda da data, mas frisou que se cingiu nos factos, ou seja, elaborou o parecer "em função dos elementos de que dispunha". Confrontado pelo CM sobre os valores cobrados, Calvão da Silva diz não se recordar. Afirma, contudo, que em regra cobra entre 20 mil e 35 mil euros por parecer, conforme o caso, e "paga os impostos altíssimos" sobre esses valores. Mais: já teve casos em que emitiu pareceres favoráveis e contra a mesma entidade, assegurando: "Não tenho nada a esconder."

Segundo o governador, o Banco de Portugal não pode atuar sem um processo de contraordenação, mesmo que haja já suspeitas fundadas de gestão pouco sã. Carlos Costa lembrou ainda aos deputados que pediu a alteração desta matéria na revisão do Regime Geral das Instituições de Crédito (RGIC), mas que o Parlamento não aceitou as sugestões do supervisor.

PS - não aprecio arrumadores de tópicos mas este bem que devia estar no Portugal falido.
-------------------------------
« Última modificação: 2014-11-19 13:25:30 por Luso11 »

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2683 em: 2014-11-19 13:46:54 »
O que se passou não tem nada a ver com esse paralelismo.
No aumento de capital o BdP tinha conhecimento de que a informação contida no prospecto era falsa e nada disse (até foi o BdP que xigiu o AC precisamente porque os nºs de racios eram ficticios).
Na ultima parte de vida o BES, o BdP tinha uma medida tomada que ia afectar o mercado e nada disse ao regulador (que poderia suspender a negocioção) e ao mesmo tempo não teve a capacidade de manter em confindencialidade absoluta essa informação, gerando num lado lucros por inside trading e no outro prejuizo por deconhecimento de informação relevante.
O BdP por incompetencia foi uma manipulador de mercado.

Zenith aprecio muito os teus comentários mas tenho que te dizer que, das duas uma, ou estás errado ou então sabes de coisas que "ninguém" sabe. Eu disse acima que NINGUÉM pode garantir a 100% que uma empresa não vai à falência. Mas por exemplo tu afirmas categoricamente que:
- «o BdP tinha conhecimento de que a informação contida no prospecto era falsa e nada disse»
- o «BdP tinha uma medida tomada que ia afectar o mercado e nada disse ao regulador» e que
- «não teve a capacidade de manter em confindencialidade absoluta essa informação, gerando num lado lucros por inside trading e no outro prejuizo por deconhecimento de informação relevante».

E eu pergunto, podes garantir a 100%? Ou suspeitas fortemente embora não tenhas provas?

A 1ª afirmação foi noticiada faz umas semanas pelo público creio eu que teve acesso a uma troca de mails entre BdP e administração do BES. Deu origem a alguns posts aqui
As segunda e terceira afirmação houve suspeitas desde o inicio, e forma corroboradas com depoimento do Carlos Tavares (pode-se também dizer que CT apenas tem fortes suspeitas).

Isso não tem nada a ver com resultado final. São acções e omissões que distorceram funcionamento do mercado no caso da acção BES.

Sim, já sabemos que os nossos reguladores não primam pela competência, mas não me lembro de ver nada de inequívoco por aí nos órgãos de comunicação que dissesse que os reguladores sabiam que a informação era falsa (mas acredito que até possam ter sabido disso de antemão).

Mas vamos lá ver uma coisa: a malta anda toda a berrar por causa do prospecto ou por causa de terem perdido dinheiro por o BES ter falido? É que dá ideia que se quer desviar as atenções para uma questão acessória (a questão do prospecto). Imaginemos que o BES ainda hoje estava de pé, a transaccionar em bolsa. Ninguém falaria do prospecto! Uns haveriam de estar a ganhar dinheiro, outros haveriam de estar a perder mas ninguém falaria do prospecto. A malta culpa o prospecto porque PERDEU DINHEIRO. Essa é que é a história. O prospecto, por mais que diga que o AC irá dotar o banco para os desafios de Basel 3, 4 , 5, ou 2031 não invalida que o banco não possa falir já amanhã. O prospecto não dá garantias nenhumas de solvência. Repito: nenhumas!

É evidente que se tudo corresse bem, ninguém andaria a falar do prospecto, da mesma forma que 99,9% das pessoas enquanto anda saudavel não se preocupa em processar tabaqueiras ou empregadores por condições de trabalho que possam ter prejudicado a saúde. Quando cai doente é que depois se lembra que foi do tabaco ou de ter trabalhado em ambientes de amianto e tomam acções. Mas invocar o argumento de que há sempre possibilidade duma empresa pode falir (a empresa vai acabar por desaparece) para desculpar falhas de regulação parece-me o mesmo que dizer que uma pessoa is sempre acabar por morrer para desculpar falha de um acto médico, ou condutor imprudente num atropelamento.

DLCM

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2684 em: 2014-11-19 14:17:29 »
Ou seja, se corresse bem (o BES ainda estivesse de pé) o prospecto serviria e a malta que estivesse a ganhar dinheiro eram todos "grandes investidores". Mas como o BES faliu, o prospecto já não serve, tem informação falsa e portanto a culpa de malta perder dinheiro é do prospecto. Isto mais uma vez reforça que a desculpa do prospecto não passa disso mesmo: uma desculpa. Porque afinal qual é a informação falsa que está lá? Qual é ela exactamente? É importante esclarecer isso. Não basta dizer que é; é preciso demonstrá-lo.

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2685 em: 2014-11-19 15:17:17 »
Vão-se sabendo umas coisitas com significado. Auditor é uma actividade com largo grau de abrangência no caso do BES.

Se fosse accionista do BES já sabia a quem deveria pedir indemnização que me pudesse ressarcir dos meus prejuízos... 


Ricardo Salgado e o presidente da auditora KPMG, Sikander Sattar, estiveram no início do ano em intensas negociações sobre a forma de reflectir nas contas do Grupo Espírito Santo (GES) o gigantesco buraco financeiro que já se adivinhava na altura. Segundo as gravações das reuniões do Conselho Superior a que o SOL teve acesso, a empresa que fez uma auditoria à Espírito Santo International (ESI), por imposição do Banco de Portugal (BdP), aceitou uma proposta de Salgado que mascarou durante algum tempo a exposição do banco ao grupo, para evitar uma ruptura da parceria accionista com o Crédit Agricole (CA).

A KPMG não pode fazer a provisão no BES. O Crédit Agricole não aceitará em nenhuma circunstância ser penalizado por uma empresa do GES (Ricardo Salgado)
A questão estava relacionada com o registo contabilístico do papel comercial do GES vendido aos balcões do BES. O reembolso destes investimentos dos clientes teria de ser provisionado através de uma almofada financeira e implicaria um prejuízo adicional nas contas do BES apresentadas em Fevereiro, segundo a proposta inicial da KPMG. Mas a consultora recuou, nas negociações com Salgado, aceitando que o 'buraco' financeiro fosse apenas imputado à Espírito Santo Financial Group (ESFG), que só apresentou contas mais de dois meses depois.

Onde colocar a imparidade?

A origem do problema remonta ao final de 2013, um período generoso em auditorias. Nesta altura, é descoberto o endividamento excessivo e as dificuldades financeiras da Espírito Santo International (ESI). A Price waterhouse Coopers (PwC) estava a avaliar a carteira de crédito dos principais bancos portugueses, por indicação do BdP e do Banco Central Europeu, e detecta os primeiros problemas na ESI, que poderia não ter capacidade de pagar as suas dívidas.

O governador Carlos Costa forçou então uma auditoria adicional, apenas para avaliar a ESI e de que forma poderia contaminar o banco. Salgado escolheu a auditora histórica do BES e da ESFG, a KPMG, e o regulador aceitou.

Em Janeiro, aparecem os primeiros resultados. “Começamos a ter uma ideia sobre o que se passa potencialmente com a imparidade que nos vai ser imposta. O Sikander Sattar tinha proposto que fosse toda em cima do BES - ficaria um respaldo garantido pela solidez dos rácios do banco. Nós achámos, numa primeira análise, muito interessante. Mas à medida que fomos pensando no assunto... Claro que isto é um problema moral terrível em cima do grupo, porque esta imparidade resulta fundamentalmente do risco reputacional do papel comercial”, contou Ricardo Salgado aos familiares, numa reunião a 30 de Janeiro.

As primeiras contas indicavam que seria necessário registar uma imparidade de mil milhões de euros, embora o montante final não estivesse fechado. Mas fosse qual fosse o valor, seria sempre um problema bicudo. O BES apresentaria um prejuízo astronómico em 2013 e teria provavelmente de fazer de imediato um aumento de capital para cumprir as normas europeias.

“Fomos evoluindo no pensamento e às tantas ficou claro que era coisa desequilibrada, porque o banco tinha distribuído o papel, à confiança - papel que pertencia a uma empresa do grupo. Propusemos uma hipótese de trabalho que era 550 milhões no banco e 450 na ESFG”, resume Salgado. Só que esta solução enfrentou uma resistência de peso: os parceiros históricos da família, os franceses do CA, recusavam assumir perdas relacionadas com o GES e ameaçavam quebrar a parceria de décadas.

Salgado conta que já fora a Paris, conversar com Xavier Musca, administrador do CA, que ficou “em alvoroço”: “'A KPMG não pode fazer a provisão no BES. O Crédit Agricole não aceitará em nenhuma circunstância ser penalizado por uma empresa do GES. Demarca-se imediatamente da parceria, passa para o lado dos minoritários, vai pôr um processo à administração do banco, aos auditores, ao Banco de Portugal'. Uma agressividade jamais vista num parceiro de 30 anos que regularmente ganhou dinheiro com os investimentos que fez connosco”.

A solução, portanto, teria de ser outra: o prejuízo não podia ser imputado ao BES, apenas ao grupo. Mas essa solução não era a que tinham sugerido originalmente os auditores, pelo que Salgado tem de usar o seu poder de persuasão: “Vocês devem imaginar o choque e a situação que tivemos nestes dias. Fui ao BdP, a uma audiência com o sr. governador, e explicámos esta situação”.

Tudo na ESFG

A diplomacia é posta em marcha. Salgado conta então como o BES e os auditores trabalharam em conjunto para que a provisão fosse feita de forma a salvaguardar as contas do banco, passando todos os prejuízos para a ESFG. “Está a haver uma conversa entre a KPMG e a PwC e a nossa gente, que se tem batido de forma extraordinária na defesa dos nossos interesses. E estamos a chegar a uma situação em que não sabemos o montante da imparidade, mas neste momento foi reduzido - pode ser de 600 a 800 milhões de euros. Toda ela em cima da Financial, para evitar uma ruptura com o parceiro e uma crise horrorosa para o grupo. Só na segunda-feira vamos ter a certeza do que vai acontecer”.

A história mostra que Salgado conseguiu levar a sua intenção em diante. Em Fevereiro, o BES apresentaria um prejuízo de 518 milhões de euros relativo a 2013: não tinha qualquer provisão para o papel comercial, nem fazia qualquer referência a problemas com a dívida colocada junto de clientes de retalho. Essa 'novidade' só foi conhecida mais de um mês depois, quando a ESFG, em comunicado, revela que irá fazer uma provisão excepcional de 700 milhões de euros para esse efeito. E só no final de Abril é revelado o impacto pleno do problema do papel comercial nas contas do grupo: um prejuízo sem precedentes de 864 milhões de euros na ESFG, devido à provisão excepcional.

Auditoras debaixo de fogo

Pelos relatos do Conselho Superior do GES, o desenho desta solução foi feito em estreito diálogo com a KPMG. É normal que o trabalho dos auditores implique uma negociação constante com os auditados, mas há passagens em que Salgado assume a sua preferência por determinadas auditoras, em detrimento de outras.

No Conselho Superior de 9 de Dezembro, discute-se uma nova ronda de auditorias que iriam ocorrer a mando do BCE e dos testes de stresse na Europa, denominada Asset Quality Review (AQR). “Sabemos já que a PwC não concorreu. Quem está é a KPMG, a Delloite e a Ernst & Young. A KPMG diz que o BdP não a vai autorizar a fazer a auditoria outra vez ao BES via clientes. Ficam duas: a Deloitte (que não nos interessa nada porque é auditora do BPI e do BdP e tem estado sempre contra nós) e a Ernst &Young. Temos de trabalhar para que o nosso auditor no AQR seja a Ernst. É um trabalho de sapa que vai ser preciso fazer”.

O papel das auditoras na crise do BES é um dos pontos que mais debate têm gerado, até pelo conflito de interesses que esta actividade encerra - os bancos auditados são clientes das auditoras e pagam por esse serviço.

Depois do resgate do BES, em Agosto, a KPMG e o BdP trocaram acusações públicas sobre a data em que o regulador foi alertado para as perdas adicionais nos dias que antecederam a medida de resolução.

joao.madeira@sol.pt

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2686 em: 2014-11-19 16:36:27 »
Ou seja, se corresse bem (o BES ainda estivesse de pé) o prospecto serviria e a malta que estivesse a ganhar dinheiro eram todos "grandes investidores". Mas como o BES faliu, o prospecto já não serve, tem informação falsa e portanto a culpa de malta perder dinheiro é do prospecto. Isto mais uma vez reforça que a desculpa do prospecto não passa disso mesmo: uma desculpa. Porque afinal qual é a informação falsa que está lá? Qual é ela exactamente? É importante esclarecer isso. Não basta dizer que é; é preciso demonstrá-lo.

A informação falsa é a essencial para o banco ter licença bancária,  é racio core tier capital (ou nome parecido).  Nas contas do 1ºT (anexado ao prospecto) era de 8,1 ou 8,6% bem acima dos 7% exigidos pelo BdP. Se o BdP achasse que essa informação estava correcta só por capricho poderia exigir um AC se o BES cumpria os critérios com alguma folga . De acordo com os mails revelados pela comunicação social foi o BdP que exigiu o AC o que significa que considerava esse racio mal calculado e portanto um indicador falso.

DLCM

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2687 em: 2014-11-19 16:48:42 »
Ou seja, se corresse bem (o BES ainda estivesse de pé) o prospecto serviria e a malta que estivesse a ganhar dinheiro eram todos "grandes investidores". Mas como o BES faliu, o prospecto já não serve, tem informação falsa e portanto a culpa de malta perder dinheiro é do prospecto. Isto mais uma vez reforça que a desculpa do prospecto não passa disso mesmo: uma desculpa. Porque afinal qual é a informação falsa que está lá? Qual é ela exactamente? É importante esclarecer isso. Não basta dizer que é; é preciso demonstrá-lo.

A informação falsa é a essencial para o banco ter licença bancária,  é racio core tier capital (ou nome parecido).  Nas contas do 1ºT (anexado ao prospecto) era de 8,1 ou 8,6% bem acima dos 7% exigidos pelo BdP. Se o BdP achasse que essa informação estava correcta só por capricho poderia exigir um AC se o BES cumpria os critérios com alguma folga . De acordo com os mails revelados pela comunicação social foi o BdP que exigiu o AC o que significa que considerava esse racio mal calculado e portanto um indicador falso.

Naturalmente se o banco no prospecto diz que o rácio de capital é X quando na verdade é menos, então há aí argolada.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2688 em: 2014-11-19 17:02:07 »
Esta-se mesmo a ver todos aqueles especuladores que se enterraram no BES a lerem afincadamente o prospecto antes de tomarem a sua decisao.
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2689 em: 2014-11-19 23:53:56 »

Muito boa entrevista de jardim Gonçalves à RTP-I comentando o caso BES. De um modo genérico foi muito critico de todo o processo, das soluções encontradas e das decisões dos diferentes intervenientes - BP, Governador, gestão do BES, Executivo, designação Banco BOM/MAU, anúncio da venda , efeitos sistémicos .




 




jeab

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2690 em: 2014-11-20 09:59:32 »

Muito boa entrevista de jardim Gonçalves à RTP-I comentando o caso BES. De um modo genérico foi muito critico de todo o processo, das soluções encontradas e das decisões dos diferentes intervenientes - BP, Governador, gestão do BES, Executivo, designação Banco BOM/MAU, anúncio da venda , efeitos sistémicos .


http://www.rtp.pt/play/p1439/e173087/grande-entrevista-2014
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

gaia

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2691 em: 2014-11-20 17:51:33 »
Mais uma sardinha que vai ser comida ....  ;D

http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2042

itg00022289

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2692 em: 2014-11-20 17:57:05 »
Mais uma sardinha que vai ser comida ....  ;D

http://joaorendeiro.com/wordpress/?p=2042


Como vale a pena ler (como sempre que ele fala da banca) coloco aqui o texto que o Gaia linkou em cima.


Citar
Carlos Costa e as sardinhas

Posted on 19 November 2014 in Artigos, Destaque, Documentos

A audição de Carlos Costa no parlamento inaugurando a CPI GES/BES fez-me recuar trinta anos ao imaginário do meu início de atividade de jovem aspirante ao Mundo da Finança.
Nos idos anos 80 do passado século estava eu a tentar fazer pela vida quando fui recebido pelo então presidente de um banco em vias de privatização, personalidade aliás ex-Ministro das Finanças. Lembro-me de ter feito um grande esforço para apresentar os meus méritos e da entidade que representava para uma candidatura ao papel de assessoria financeira na privatização do banco.
O Presidente do banco ouviu-me longa e detalhadamente e quanto mais me ouvia mais eu me entusiasmava. Até que, no final da sua paciência, me disse de forma lapidar: “Em resumo, você é uma sardinha no meio dos tubarões”. Despedimo-nos cordialmente mas o meu destino estava traçado – o caixote do lixo daquela operação.
Lembrei-me deste episódio quando vi Carlos Costa ser cilindrado no Parlamento ficando claro o autismo no diálogo entre reguladores. O problema é que Costa não é um jovem em busca de afirmação no mundo financeiro mas supostamente o banqueiro dos banqueiros que deveria mandar neles e ter o respeito do país. O país entronizou Costa com poderes e independência que ninguém mais tem, justamente para – através da Supervisão Bancária – precaver os males que resultam para as pessoas das insolvências bancárias.
Ficou mais claro, mais que nunca, que Carlos Costa e o BdP falharam em toda a linha no caso GES/BES. Diz Costa, em sua defesa, que foi um acidente. Isto é, uma ocorrência imprevisível mas a cronologia por ele mesmo apresentada não é isso que sugere.
O BdP sabia desde setembro de 2013 que algo de grave se passava no GES/BES e desde essa altura que iniciou procedimentos de idoneidade sobre Ricardo Salgado. Sabia desde dezembro de 2013 dos “buracos” nas holding do GES. Fez exigências urgentes e rigorosas para cumprimento imediato – que nunca foram cumpridas pelo GES/BES. Mas o BdP nunca tirou qualquer consequência para esses incumprimentos altamente gravosos e, pelo contrário, aceitou que lhe atirassem “poeira para os olhos” em remédios alternativos.
Mais, tendo fundadas dúvidas sobre a idoneidade de Ricardo Salgado emitiu um comunicado onde completamente o ilibou. Diz, agora, algo sem sentido – que a estabilidade financeira estava em risco se o não fizesse. Bendita estabilidade financeira que servirá para tudo.
Recordo que o BdP impediu a candidatura de Filipe Pinhal à Presidência do BCP com indícios infinitamente menores e sem que na altura estivesse sequer aberto um processo de contraordenação. O BdP tinha e tem meios de exercer o seu poder e só não os exerce se não quiser. Em particular, pode o BdP suspender de funções um Administrador de banco a qualquer momento.
Em resumo, Carlos Costa acobardou-se perante o “tubarão” Ricardo Salgado. Permitiu que as raposas continuassem a guardar o galinheiro, e a decidir quais, como e quando se tratariam as galinhas. No final, Carlos Costa ficou surpreendido que o galinheiro tivesse sido dizimado.
Veja-se, por exemplo, a determinação do Bdp sobre a forçada constituição de um depósito em dinheiro de € 1,7 mil milhões que seria necessário o GES constituir para compensar a venda no retalho do BES, do papel comercial do GES. Este depósito veio a ser substituído, com acordo do BdP, pela garantia de € 700 milhões, por sua vez substituída por uma garantia sobre a TRANQUILIDADE – que afinal tinha um valor de € 200 milhões e que finalmente foi vendida por uns € 50 milhões.
Desculpa-se, agora, o BdP com os Auditores mas quem vai acreditar nesta história de crianças. Bastaria a Costa um telefonema ao Presidente do ISP mas, de verdade, isto seria a última coisa que o Governador queria fazer.
Enquanto o BdP determinava o “ring fence” do BES, Ricardo Salgado efetuava o “ring fence” do GES, fazendo no período de dezembro de 2013 a julho de 2014 um gigantesco volume de operações passando riscos dos credores do GES para o BES. As raposas foram dizimando o galinheiro ao ritmo dos seus interesses e necessidades.
Neste mesmo período de “raposas à solta” e nas “barbas” do BdP foram efetuadas emissões públicas de dívida subordinada e de capital, em prospetos sob a responsabilidade do BESI, onde os investidores não tiveram acesso a informação altamente relevante e que pudesse ser considerada “completa e verdadeira” – com óbvias responsabilidades também da CMVM. Mas o BdP sabia perfeitamente que o BES estava em fuga para a frente e que os novos investidores estavam a pagar os “buracos” do passado. Por isso entendo que Carlos Costa enganou os portugueses .
Mas o que dizer da atuação de Carlos Costa na fase aguda da pré-resolução?
No dia 11 de julho o BdP emitiu um comunicado onde dizia:
“Em face do comportamento especialmente adverso do mercado de capitais nacional decorrente da incerteza latente sobre a situação financeira do BES, o Banco de Portugal esclarece que, tendo em conta a informação reportada pelo BES e pelo seu auditor externo (KPMG), o BES detém um montante de capital suficiente para acomodar eventuais impactos negativos decorrentes da exposição assumida perante o ramo não-financeiro do GES e sem por em causa o cumprimento dos rácios mínimos em vigor”.
Em 18 de julho, Carlos Costa vai ao Parlamento e repete:
“O BES tem uma almofada de capital suficiente para acomodar possíveis impactos negativos da exposição ao braço não-financeiro do GES sem comprometer os rácios de capital. Além disso, o BdP não antecipa um impacto negativo relevante no capital do BES resultante da situação financeira da filial Angolana, tendo em conta a garantia dada pelo Estado Angolano.”
Reafirma ainda que está disponível a linha da TROIKA de € 6,4 mil milhões se fosse eventualmente necessária a recapitalização.
No dia 22 de julho os Auditores alertaram por email o BdP e a CMVM para a existência de impacto material relevante nas contas do BES significando obviamente a necessidade de importantes provisões adicionais.
No dia 25 de julho a KPMG quantificou a materialidade alertada três dias antes e informou o BdP sobre a efetiva dimensão dos resultados do BES.
No dia 27 de julho o Governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, informou por email Carlos Costa de que haveria um forte impacto de imparidade no crédito de € 3,3 mil milhões do BES ao BESA e que a garantia de Estado ao BESA seria modificada. Isto significava a necessidade de uma fortíssima provisão nas contas do BES em acréscimo ao mencionado pelos Auditores – a qual, afinal, não foi sequer feita nas contas do BES apresentadas a 30 de julho.
No dia 28 de julho o BdP contratou os advogados VdA para o apoiarem no mecanismo de resolução admitindo internamente a resolução como cenário.
Não obstante, no dia 29 de julho, em comunicado, o BdP volta a insistir
“Caso venha a verificar-se qualquer insuficiência da atual almofada de capital (hipótese admitida pela primeira vez pelo BdP) o interesse demonstrado por diversas entidades em assumirem uma posição de referência no BES, indicia que é realizável uma solução privada para recapitalizar o banco.
No limite, se necessário, está disponível a linha de recapitalização pública criada no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira.
Em todo o caso, a solvência do BES e a segurança dos fundos confiados ao banco estão assegurados.”
No dia 30 de julho a Direção de Supervisão Bancária do BdP contactou os serviços da União Europeia para o registo prévio de um mecanismo de resolução.
No dia 30 de julho o BdP, às 12 horas, enviou para o Ministério das Finanças minuta da proposta de lei que altera o regime da resolução bancária, pedindo a sua “autonomização e aprovação rápida”.
No dia 30 de julho às 21:15 horas o BES divulgou os seus resultados.
No dia 30 de julho às 22 horas o Presidente do BES Vítor Bento emitiu um comunicado garantindo estarem criadas as condições para um reforço de capitais.
No dia 30 de julho às 24 horas o BdP emitiu um comunicado na mesma linha garantindo a solvabilidade do BES e que estavam criadas condições para o reforço da capitalização do BES e que, de todos os modos, a linha de recapitalização pública estava disponível.
No dia 31 de julho à noite o BdP decidiu, em definitivo, a medida de resolução.
No dia 1 de agosto até às 15:30 horas, embora com cotação em queda vertiginosa, o BES continuou cotado em Bolsa e muitos investidores – sobretudo particulares portugueses – viram a fortíssima queda como uma oportunidade de compra. Apenas às 15:12 horas Carlos Costa sugeriu a Carlos Tavares que a cotação do BES deveria ser suspensa. Os investidores entrados horas antes perderam tudo por o mercado ter estado aberto em circunstâncias enganosas.
No dia 3 de agosto – um Domingo – o BdP anunciou o mecanismo de resolução e desfez em pó as poupanças dos 35 000 acionistas do BES. A CMVM, num típico assomo de coragem, veio dizer que se poderia estar em presença de “inside information”.
Carlos Costa deitou às urtigas o conforto público e privado – ao Presidente Cavaco Silva, por exemplo – sobre a confortável solvabilidade do BES e a “almofada” de capital que poderia absorver um importante choque adverso. Foi este o seu reiterado discurso – nunca alterado – até ao dia da Resolução. Quem acreditou nele e investiu foi reduzido a nada.
Pare-me claro que Carlos Costa não acionou a Resolução como primeira opção. É perfeitamente evidente que toda a lógica do discurso do Governador e os comunicados do BdP apontavam para dois cenários principais: o cenário A de recapitalização privada; e o cenário B de recapitalização pública com os dinheiros da TROIKA. Acabou Carlos Costa por usar um cenário C – a Resolução, que, creio eu, só ele próprio admitiu a partir de 25 de julho.
Mas mesmo que assim seja o comunicado de 30 de julho do BdP será, não obstante, completamente enganoso.
O cenário A – recapitalização privada, era o cenário central mas a detenção de Salgado no dia 24 – com todo o seu dano colateral reputacional – bem como as perdas reportadas superiores ao esperado, inviabilizaram-no.
Preferiria certamente Carlos Costa – com o apoio do resto da banca – que Passos Coelho usasse dinheiros públicos – cenário B – mas o Primeiro-ministro disse não. E disse-o de forma consistente desde 11 de julho. Carlos Costa não parece ter acreditado na determinação do Primeiro-ministro mas depois, como seria previsível, acobardou-se outra vez perante outro “tubarão”. Passou a adoptar a Resolução qual cordeiro inocente.
Qualquer observador ingénuo perguntará: como andou Costa e o BdP a falar da eventual utilização de dinheiros públicos quando, afinal, não estavam (politicamente) disponíveis como Passos Coelho desde sempre tinha deixado claro? É que isto faz toda a diferença pois, se assim fosse, os credores subordinados não seriam afectados e os acionistas não perderiam tudo.
Dizer que Resolução ou Fundos Públicos seria igual para os investidores não é correto pois o mecanismo de Resolução poderia não se aplicar em 2014. Só o foi porque Frankfurt determinou. Porque é que assim aconteceu, um dia explicarei.
Parece, afinal, que Costa jogou com Passos Coelho o mesmo jogo do gato e do rato que tinha feito com Salgado. Costa falou até ao limite da utilização de dinheiros públicos, Passos Coelho deu-lhe corda (pelo menos não o desmentiu em público) e na hora da verdade Costa ficou com a criança nos braços e com o único mecanismo ao seu dispor – a resolução.
Então em relação ao BCE Costa nem “tugiu nem mugiu”. Depois de executado o desastre na forma da Resolução, Carlos Costa ainda se felicitou com os parabéns que Frankfurt lhe deu. Que lástima.
Carlos Costa adoptou, a contragosto é certo, mas sem resistir fortemente a São Bento e Frankfurt, o mecanismo de Resolução. Aceitou a linha política de menor resistência sacrificando os interesses sem rosto de dezenas de milhar de investidores, obrigacionistas e clientes do BES. Deu uma brutal “machadada” na credibilidade dos mercados financeiros portugueses. No final, acabou a adoptar, num magistral exercício de desfaçatez, a pior solução como se fosse sua.
Carlos Costa enganou os portugueses.
E enganou-os em várias fases sendo os acontecimentos da semana de 28 de julho, nessa matéria, verdadeiramente inacreditáveis. Daí resultaram danos enormes, nomeadamente para os que transacionaram em Bolsa nessa semana assumindo perdas perfeitamente enganosas. Os investidores que transacionaram em Bolsa no dia 1 de agosto, então esses, estarão no topo dos queixosos.
O engano é tal que Carlos Tavares quer, agora, encontrar um mecanismo de compensação para os investidores – ações do NOVOBANCO mais baratas, por exemplo. Quem pagaria isto? O Fundo de Resolução. Está-se mesmo a ver a viabilidade da ideia.
Resultado de tudo isto: massiva destruição de capital, dezenas de processos judiciais contra o Estado português e todos os participantes deste imbróglio – incluindo o Fundo de Resolução- para não falar, bem entendido, dos responsáveis do GES/BES. Toda esta litigância está, em meu entender, correlacionada com uma péssima condução deste triste processo por parte de Carlos Costa e do BdP.
Porque não restem dúvidas, aos líderes do GES/BES cabem as primeiras responsabilidades por criarem um problema mas a Carlos Costa e ao BdP cabe publicamente responder por não o terem contido e controlado.
Teve Carlos Costa intenção de enganar?
Quis Carlos Costa deliberadamente enganar os investidores?
Sinceramente penso que não. Pensar o contrário seria, para mim, profundamente repugnante. Mas os resultados estão à vista de todos e os trabalhos da CPI deixam tudo claro como água.
Carlos Costa foi uma sardinha no meio dos tubarões.
Um grave erro de “casting” do então Ministro Fernando Teixeira dos Santos seu Ilustre Amigo.

deMelo

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2693 em: 2014-11-20 18:02:37 »
Esta-se mesmo a ver todos aqueles especuladores que se enterraram no BES a lerem afincadamente o prospecto antes de tomarem a sua decisao.

 ;D ;D ;D
The Market is Rigged. Always.

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2694 em: 2014-12-02 16:59:36 »

Que vergonha ... o Sikander da KPMG é Presidente da KPMG Angola que audita o BESA.

Nega-se a esclarecer na comissão de inquérito

Escandaloso ... Srs accionistas acho mesmo que já sei quem pode ser responsabilizado ....

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2695 em: 2014-12-02 17:03:15 »

Não estou a entender;

A KPMG auditava o BESA , conhecia as insuficiências de capital e as irregularidades na sua gestão.

O Presidente da KPMG Angola é o mesma da KPMG Portugal.

E o Presidente da KPMG Portugal desconhecia a situação do BESA e não as relevou nas contas do BES ???



Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2696 em: 2014-12-02 17:08:24 »

Escandaloso o Sikander não conhecia a situação do BESA por problemas informáticos ???

Não pode ser ...

vbm

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2697 em: 2014-12-02 17:19:54 »
E estão à solta!? Só prendem o Sócrates?

jeab

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2698 em: 2014-12-02 17:43:11 »

Não estou a entender;

A KPMG auditava o BESA , conhecia as insuficiências de capital e as irregularidades na sua gestão.

O Presidente da KPMG Angola é o mesma da KPMG Portugal.

E o Presidente da KPMG Portugal desconhecia a situação do BESA e não as relevou nas contas do BES ???


Um dos dois está a mentir com quantos dentes tem.


"Auditores e supervisores não recomendaram provisões para Angola"

"Não foi feita nenhuma provisão para a exposição a Angola" nas contas do semestre, "nem ela foi recomendada por auditores e supervisores" revelou Vítor Bento no inquérito parlamentar à gestão do BES, quando questionado pelo deputado Miguel Tiago, do PCP.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/auditores_e_supervisores_nao_recomendaram_provisoes_para_angola.html
O Socialismo acaba quando se acaba o dinheiro - Winston Churchill

Toda a vida política portuguesa pós 25 de Abril/74 está monopolizada pelos partidos políticos, liderados por carreiristas ambiciosos, medíocres e de integridade duvidosa.
Daí provém a mediocridade nacional!
O verdadeiro homem inteligente é aquele que parece ser um idiota na frente de um idiota que parece ser inteligente!

Luso11

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2699 em: 2014-12-02 18:00:49 »

"Chinese walls" ...

Neste aspecto, os comunistas tem carradas de razão

Que vergonha.