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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655746 vezes)

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2420 em: 2014-09-29 13:36:12 »
as decisões fraudulentas foram feitas durante muitos anos e alguns deles bem publicitados. O BdP falhou miseravelmente na sua atribuição de fiscalização do Banco Espírito Santo.

Talvez, mas isso não cria um direito de retorno sobre o BdP.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2421 em: 2014-09-29 13:42:55 »
não cria direito de retorno, mas cria o direito de querer ver os responsáveis do BdP com uma gravata com nó de forca.
O direito de regresso deve ser pedido a quem criou essa perda, os administradores e outros responsáveis do BES. Mas claro que eles já têm todo os seus bens protegidos no estrangeiro.
“Our values are human rights, democracy and the rule of law, to which I see no alternative. This is why I am opposed to any ideology or any political movement that negates these values or which treads upon them once it has assumed power. In this regard there is no difference between Nazism, Fascism or Communism..”
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2422 em: 2014-09-29 13:48:49 »
não cria direito de retorno, mas cria o direito de querer ver os responsáveis do BdP com uma gravata com nó de forca.
O direito de regresso deve ser pedido a quem criou essa perda, os administradores e outros responsáveis do BES. Mas claro que eles já têm todo os seus bens protegidos no estrangeiro.

Sim, mas aqui a questão é a tentativa de ir buscar a quem não especulou no BES dinheiro para cobrir as perdas de quem especulou.

O que acontece aos responsáveis do BdP é acessório.

A noção de fazer justiça é criar uma situação mais justa onde antes essa justiça tenha sido destruída. A situação em que se vai buscar dinheiro a quem não especulou para entregar a quem perdeu a especular não é uma situação mais justa.

Ir buscar dinheiro a quem provocou o problema no BES/GES para o entregar a quem perdeu a especular, já será uma situação mais justa.
« Última modificação: 2014-09-29 13:50:27 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2423 em: 2014-09-29 16:08:42 »
a fraude nao faz parte do risco dos mercados?

nao ha provas que o BdP soubesse da fraude, muitas das decisoes fraudulentas foram feitas depois do aumento de capital

acho que podem criticar o BdP por nao ter agido mais cedo e retirado o salgado de la, mas eh so isso

O papel dos reguladores é precisamente impedir fraudes, para que o risco dos mercados se limite ás incertezas quanto ao futuro.
O AC foi publicitado como sendo para cumprir os racios mais exigentes do Basel III para o qual os bancos tem de convergir gradulamente (creio que ate 2019). Isso dava a entender que racios do 1º trimestre estavam correctos e até mostrava que BES não só cumpria racios actuais como tinha uma estrategia de longo prazo ao ser o 1º banco portugues a fazer um AC já a pensar nas exigencias mais apertadas no futuro. Pelo que tem vindo a publico o AC destinava-se a cumprir exigencias do BdP que não confiou muito nas contas do 1ºT e exigiu mais capital.
Por isso o AC foi fraudulento e BdP foi cumplice.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2424 em: 2014-09-29 21:09:54 »
De resto, que alternativa esperavam? Que o BDP perante dúvidas sobre um banco dissesse que este não era sólido? O BdP literalmente existe para afirmar que os bancos são sólidos.

Tudo isto é surreal.

Que o BbP não se tornasse cumplice de um aumento de capital fraudulento

Exactamene.

Surreal é dizer que o BdP existe para sindicar fraudes. Isso Inc, é que é surreal.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2425 em: 2014-09-29 22:05:06 »
De resto, que alternativa esperavam? Que o BDP perante dúvidas sobre um banco dissesse que este não era sólido? O BdP literalmente existe para afirmar que os bancos são sólidos.

Tudo isto é surreal.

Que o BbP não se tornasse cumplice de um aumento de capital fraudulento

Exactamene.

Surreal é dizer que o BdP existe para sindicar fraudes. Isso Inc, é que é surreal.

O BdP não existe certamente para se pronunciar sobre a validade ou não de investir em acções de seja o que for... o que de resto é óbvio. Pelo que alguém que diga que se baseou no que o BdP disse para investir ou deixar de investir, no mínimo está a mentir e no máximo está claramente com má fá a tentar ver de volta daqueles que não especularam, o dinheiro que ele especulou e perdeu.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2426 em: 2014-09-29 22:06:09 »
a fraude nao faz parte do risco dos mercados?

nao ha provas que o BdP soubesse da fraude, muitas das decisoes fraudulentas foram feitas depois do aumento de capital

acho que podem criticar o BdP por nao ter agido mais cedo e retirado o salgado de la, mas eh so isso

O papel dos reguladores é precisamente impedir fraudes, para que o risco dos mercados se limite ás incertezas quanto ao futuro.
O AC foi publicitado como sendo para cumprir os racios mais exigentes do Basel III para o qual os bancos tem de convergir gradulamente (creio que ate 2019). Isso dava a entender que racios do 1º trimestre estavam correctos e até mostrava que BES não só cumpria racios actuais como tinha uma estrategia de longo prazo ao ser o 1º banco portugues a fazer um AC já a pensar nas exigencias mais apertadas no futuro. Pelo que tem vindo a publico o AC destinava-se a cumprir exigencias do BdP que não confiou muito nas contas do 1ºT e exigiu mais capital.
Por isso o AC foi fraudulento e BdP foi cumplice.

Os reguladores, no melhor dos dias, não são omniscientes.

E o BdP, particularmente, NUNCA diz nada sobre a validade de investir ou deixar de investir nas acções seja de quem seja.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2427 em: 2014-09-29 22:12:35 »
De resto, que alternativa esperavam? Que o BDP perante dúvidas sobre um banco dissesse que este não era sólido? O BdP literalmente existe para afirmar que os bancos são sólidos.

Tudo isto é surreal.

Que o BbP não se tornasse cumplice de um aumento de capital fraudulento

Exactamene.

Surreal é dizer que o BdP existe para sindicar fraudes. Isso Inc, é que é surreal.

O BdP não existe certamente para se pronunciar sobre a validade ou não de investir em acções de seja o que for... o que de resto é óbvio. Pelo que alguém que diga que se baseou no que o BdP disse para investir ou deixar de investir, no mínimo está a mentir e no máximo está claramente com má fá a tentar ver de volta daqueles que não especularam, o dinheiro que ele especulou e perdeu.

O problema é exctamente esse. O governador sindicou o AC... algo que não devia ter feito.

Garantidamente muita gente, mas mesmo muita, investiu perante as palavras do governador.

Eu não investi, mas não abri curtos por causa disso. Não só pelo que ele disse, mas pelo efeito que tais palavras teriam no mercado (e tiveram)... Ou seja, as palavras foram price sensitivity
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2428 em: 2014-09-29 22:15:09 »
O governador do BdP também não sindica colocações de acções... é um sonho, isso. É transformar afirmações genéricas do homem sobre a solidez do banco, numa coisa que elas não são.

A "solidez" do banco = a almofada de capital para assumir perdas. Não é um motivo para se ser positivo para uma coisa que na óptica do BdP existe para assumir perdas.

Se muita gente usasse essas palavras no governador para investir em CAPITAL do banco, é porque essa gente não compreendia a função do CAPITAL num banco, na óptica do BdP. Essa função é "assumir perdas". Tem que existir capital SUFICIENTE para que as perdas NÃO cheguem aos depósitos. É essa a perspectiva do BdP.
« Última modificação: 2014-09-29 22:16:45 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2429 em: 2014-09-29 22:23:46 »
Indo para trás, vê-se que era precisamente aquilo que estou a dizer que Carlos Costa defendia:

Citar
"O BES está capitalizado, tem uma almofada de capital para fazer face aos riscos com que está confrontado, que tem a ver com a evolução da área não financeira da família". Ainda assim, adiantou, se for necessário o BES "tem capacidade para mobilizar capital", pelo que "os depositantes podem estar tranquilos".
O governador garantiu ainda que "se o banco está sólido, não há crise sistémica".
Nas últimas semanas, foram tornados públicos vários problemas no Grupo Espírito Santo (GES), que têm levantado receios do contágio ao BES.
Para já, a mensagem do Banco de Portugal tem-se mantido a mesma, de que "a situação de solvabilidade do BES é sólida, que foram tomadas medidas "para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES e que os depositantes não correm riscos.


http://expresso.sapo.pt/banco-de-portugal-garante-que-o-bes-esta-solido=f880446

Não há lugar nenhum onde diga que os ACCIONISTAS podem estar tranquilos. Pelo contrário e como eu sempre disse, aos accionistas chama-lhes "almofada".  :D
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2430 em: 2014-09-29 22:29:28 »
Se isso é assim é então perfeitamente legítimo pensar o seguinte:
O accionista controlador embora com paneas 20 ou 25% é informado pelo BdP, "vocês tem de reforçar as provisões para contabilizar as exposições que voces sabem que nós sabemos que estão muito tremidas. Para isso tem de injectar mais dinheiro porque senão os vossos racios vem por aí abaixo"
Responde o Salgado, "mas se nós dizemos isso no prospecto arriscamos-nos a que os investidores se afastem"
BdP "pintem lá a manta com as cores mais bonitas que encontrarem para sacar a massa aos 70 ou 75% de minoritários, que da nossa parte terão um apoio discreto"
Se isso não é cumplicidade numa fraude, então bem podemos nomear um dos padrinhos da mafia napolitana para governador.
« Última modificação: 2014-09-29 23:15:20 por Zenith »

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2431 em: 2014-09-29 23:09:46 »
Mas é importante, «os ricos que paguem a crise».

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2432 em: 2014-09-29 23:36:44 »
Indo para trás, vê-se que era precisamente aquilo que estou a dizer que Carlos Costa defendia:

Citar
"O BES está capitalizado, tem uma almofada de capital para fazer face aos riscos com que está confrontado, que tem a ver com a evolução da área não financeira da família". Ainda assim, adiantou, se for necessário o BES "tem capacidade para mobilizar capital", pelo que "os depositantes podem estar tranquilos".
O governador garantiu ainda que "se o banco está sólido, não há crise sistémica".
Nas últimas semanas, foram tornados públicos vários problemas no Grupo Espírito Santo (GES), que têm levantado receios do contágio ao BES.
Para já, a mensagem do Banco de Portugal tem-se mantido a mesma, de que "a situação de solvabilidade do BES é sólida, que foram tomadas medidas "para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES e que os depositantes não correm riscos.


http://expresso.sapo.pt/banco-de-portugal-garante-que-o-bes-esta-solido=f880446

Não há lugar nenhum onde diga que os ACCIONISTAS podem estar tranquilos. Pelo contrário e como eu sempre disse, aos accionistas chama-lhes "almofada".  :D


Há mais declarações, algumas delas, tipo os rácios, etc, que dão conta que o banco não chegaria a situação que chegou (falência).
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2433 em: 2014-09-30 00:20:29 »
O homem não é omnisciente. É claro que as coisas podem falir mesmo que ele ache que não podem - o futuro é incerto. A ele compete-lhe que existindo perdas, exista capital suficiente para as absorver.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2434 em: 2014-09-30 00:21:55 »
Se isso é assim é então perfeitamente legítimo pensar o seguinte:
O accionista controlador embora com paneas 20 ou 25% é informado pelo BdP, "vocês tem de reforçar as provisões para contabilizar as exposições que voces sabem que nós sabemos que estão muito tremidas. Para isso tem de injectar mais dinheiro porque senão os vossos racios vem por aí abaixo"
Responde o Salgado, "mas se nós dizemos isso no prospecto arriscamos-nos a que os investidores se afastem"
BdP "pintem lá a manta com as cores mais bonitas que encontrarem para sacar a massa aos 70 ou 75% de minoritários, que da nossa parte terão um apoio discreto"
Se isso não é cumplicidade numa fraude, então bem podemos nomear um dos padrinhos da mafia napolitana para governador.

O BdP fica-se pelo "vocês têm que arranjar mais capital". Não tece considerandos sobre os investidores ou a razoabilidade do investimento. Pelo contrário, quanto menos razoável o investimento for, mais o BdP quer mais capital.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2435 em: 2014-09-30 00:35:25 »
a unica "noticia" aqui eh como as pessoas estao sempre a tentar mamar aquilo que nao eh delas
« Última modificação: 2014-09-30 02:28:27 por Neo-Liberal »

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2436 em: 2014-09-30 01:17:04 »
Se isso é assim é então perfeitamente legítimo pensar o seguinte:
O accionista controlador embora com paneas 20 ou 25% é informado pelo BdP, "vocês tem de reforçar as provisões para contabilizar as exposições que voces sabem que nós sabemos que estão muito tremidas. Para isso tem de injectar mais dinheiro porque senão os vossos racios vem por aí abaixo"
Responde o Salgado, "mas se nós dizemos isso no prospecto arriscamos-nos a que os investidores se afastem"
BdP "pintem lá a manta com as cores mais bonitas que encontrarem para sacar a massa aos 70 ou 75% de minoritários, que da nossa parte terão um apoio discreto"
Se isso não é cumplicidade numa fraude, então bem podemos nomear um dos padrinhos da mafia napolitana para governador.

O BdP fica-se pelo "vocês têm que arranjar mais capital". Não tece considerandos sobre os investidores ou a razoabilidade do investimento. Pelo contrário, quanto menos razoável o investimento for, mais o BdP quer mais capital.

Não disse que tinha de tecer considrandos sobre a razoabilidade do investimento. A questão era sobre permitir o uso de informação que sabe que é falsa para angariar investidores.
Isso é cumplicidade em burla, "nós sabemos que informação do prospecto é falsa mas como como burlar os accionistas minoritários facilita a nossa missão não colocamos entraves, não vamos tornar publico os probemas que voces sabem que nós conhecemos, nem sequer exigir correcção ao prospecto".
E tens batido na tecla de que o BdP só deve proteger os depositantes, mas dispor de informação correcta acerca do banco é tão importante para depositantes como para accionistas.
A tua opinião é que o BdP deve iludir os depositantes até ao limite proclamando ad eternum segurança do banco e promover activamente ou passivamente burla de accionistas minoritários para manter a ilusão o mais tempo possível.

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2437 em: 2014-09-30 04:09:24 »
Se não me engano, a competência sobre o conteúdo do prospecto cai na CMVM.
 
O BdP só vai seguir o script "O banco é seguro! O banco é seguro! Os accionistas arderam mas os depósitos são seguros!".
« Última modificação: 2014-09-30 04:10:23 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2438 em: 2014-09-30 21:12:42 »
Eu cá leio sempre o tópico da concorrência : BES a Luta ; antes de adormecer.... primeiro é estranho depois entranha-se  :D

Thorn Gilts

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #2439 em: 2014-10-01 01:52:43 »
No dia 30 de Setembro pelas 14h00 a delegação da ATM - Associação de Investidores e Analistas Técnicas do Mercado de Capitais constituída pelo presidente da mesa da assembleia geral, o Professor Doutor Luís Nandin de Carvalho, e pelo Vice Presidente da Direcção, Dr. Paulo Pinto, e a que se juntaram dois dirigentes da SEFIN, entre eles o Dr. António Júlio de Almeida, também subscritores da petição classificada com o nº 420/XII/3ª forma recebidos na V Comissão Parlamentar da Assembleia da República (Orçamento, Finanças e Administração Pública) para uma audição sobre as propostas da petição de defesa dos pequenos accionistas (e detentores de obrigações subordinadas) do BES face a intervenção levada a cabo pelo Governo com a criação do Novo Banco que superou largamente as 4000 assinaturas (hoje com 4812 e que se encontra disponível no Web site em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=atm).

Os trabalhos foram orientados pelo Presidente da sessão de audição, o senhor deputado do PCP, o Professor Doutor Paulo Sá, tendo intervido os senhores deputados do PSD (Dr. Cristovão Crespo), do PS (Dr. João Galamba) do CDS (Dr. Cecília Meireles) e do PCP (Dr. Miguel Tiago) que solicitaram alguns esclarecimentos e deduziram comentários que visaram o esclarecimento mútuo dos intervenientes em especial quanto ao conceito de aforro dos pequenos accionistas (não "especulativos") e a sua distinção do conceito dos investidores qualificados.

Houve ainda lugar a um esclarecimento sobre os princípios constitucionais de responsabilidade extracontratual do Estado (face ao valor validado pelas autoridades, nomeadamente o Banco de Portugal e o Ministério das Finanças - quanto ao ultimo aumento de capital do BES) garantida constitucionalmente, quanto à garantia de ressarcimento da expropriação da propriedade das acções e obrigações não subordinadas do BES sem contrapartida de indemnização e, ainda, pela exclusão do banco mau dos cativos integrados no Novo Banco, confisco que é desde logo um aspecto que a Constituição proíbe.

O responsável pelos esclarecimentos relativos à petição sublinhou o interesse público dos valores constitucionais de defesa do mercado de valores mobiliários e da formação de poupanças essenciais ao desenvolvimento económico, principalmente quando perante um caso que abalou seriamente a confiança no mercado, nos decisores políticos, nos auditores e nos reguladores, com o inerente risco de vir a constituir uma ameaça séria a futuras necessidades de recurso à poupanças de aforradores, famílias e PMEs.

O descrédito a que foi lançado o mercado de capitais devia ser minorado pelo ressarcimento dos pequenos investidores. Este aspecto da protecção da propriedade privada pela aquisição de bens mobiliários de oferta pública chancelado pelas autoridades públicas, foi enfatizado como sendo essencial na preservação da imagem do Estado de Direito Democrático e das autoridades de tutela do sector do mercado de capitais.

Todas as soluções apresentadas pela ATM, que pareceram ser bem acolhidas por todos os presentes (desde a esquerda à direita - sem excepção), permitem que esse ressarcimento seja feito sem qualquer custo para o contribuinte, ao contrário do que acontece com a situação actual, em que a falta de confiança dos participantes no mercado poderá afectar significativamente o desenvolvimento do mesmo e consequentemente da economia. 

Aguarda-se agora que acta oficial da audição seja publicada no sítio da Internet da Assembleia da República e a ulterior agenda da discussão publica em sessão plenária do Parlamento quanto às medidas a tomar pela Assembleia da República no seguimento da petição apresentada pela ATM.

Recorda-se que a iniciativa da petição elaborada e lançada pela ATM foi em defesa dos pequenos accionistas (e detentores de obrigações não subordinadas), a única que até agora teve acolhimento e receptividade por um órgão de soberania do Estado português, precisamente a Assembleia da República que simultaneamente tem em curso a criação de um comissão de inquérito parlamentar ao caso BES.

in: http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/312-audicao-da-atm-na-assembleia-da-republica-sum-up
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