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Autor Tópico: Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal  (Lida 655634 vezes)

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1460 em: 2014-08-09 08:54:35 »
em relacao aos despedimentos do BES, sei por insiders que o BES ha muito precisa de despedir centenas de pessoas mas que o salgado, embora tenha encomendado estudos sobre o assunto, nunca os quis aplicar e arrastou o problema

O Salgado é um amigo do povo e por extensão, dos pequenos investidores, então!
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Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1461 em: 2014-08-09 12:09:35 »
zenith, o teu comentario sobre inveja eh um julgamente de valor e nao um argumento

hehe, just kidding

You got me  ;D

A vida é engraçada... "olha para o que eu digo e não para o que faço"

Não entendi a relação com discussão anterior

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1462 em: 2014-08-09 12:09:44 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1463 em: 2014-08-09 12:21:33 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

Se a intenção for vender o banco faz sentido pagar esse papel comercial. Se a intenção for dar o banco entao não faz sentido pagar.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1464 em: 2014-08-09 12:24:44 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

Se a intenção for vender o banco faz sentido pagar esse papel comercial. Se a intenção for dar o banco entao não faz sentido pagar.

Isso é ao mesmo tempo irrelevante e errado. É errado porque o BdP só fez isso para os investidores não institutionais (que seriam os que poderiam cair na lógica que referes). Mas também é irrelevante porque mesmo que compensasse esses institucionais, eles seriam um pequeno subset dos possíveis compradores.

Exceptuando essa arbitrariedade do papel comercial eu acho que o BdP esteve bem e que Portugal ultimamente até parece um país desenvolvido em muitas das actuações oficiais.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1465 em: 2014-08-09 12:47:26 »
Também penso que o BdP - assistido pelo BCE, e munido da nova doutrina europeia de protecção dos depositantes - agiu bem e, neste experimento inovador, fomos pioneiros; Chipre foi diferente e à bruta. O corolário desta nova filosofia monetária trará muito mais seriedade na avaliação de projectos, concessão de financiamentos, e emissão de acções e obrigações. Penso que esta mudança era necessária. Continuo porém a considerar que há população a mais, no Mundo, mas também na Europa.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1466 em: 2014-08-09 12:49:58 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

Se a intenção for vender o banco faz sentido pagar esse papel comercial. Se a intenção for dar o banco entao não faz sentido pagar.

Isso é ao mesmo tempo irrelevante e errado. É errado porque o BdP só fez isso para os investidores não institutionais (que seriam os que poderiam cair na lógica que referes). Mas também é irrelevante porque mesmo que compensasse esses institucionais, eles seriam um pequeno subset dos possíveis compradores.

Exceptuando essa arbitrariedade do papel comercial eu acho que o BdP esteve bem e que Portugal ultimamente até parece um país desenvolvido em muitas das actuações oficiais.

Pela forma e montantes como foi feito este papel comercial isso representa una milhares de clientes fidelizados do banco que tinham que passar para o banco mau. São milhares de Zés e Marias e atrás deles a caminho de outros bancos iam mais uns milhares de amigos e familiares fora outros que iam por arrasto com a confusão. O Banco e o Carlos Costa sabem disso e por isso é que andam nesta vida. Se pretendessem vender o banco sem clientes o problema era de fácil resolução. Tu sabes como foi o ultimo mês aos balcões do banco?

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1467 em: 2014-08-09 12:52:47 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

Se a intenção for vender o banco faz sentido pagar esse papel comercial. Se a intenção for dar o banco entao não faz sentido pagar.

Isso é ao mesmo tempo irrelevante e errado. É errado porque o BdP só fez isso para os investidores não institutionais (que seriam os que poderiam cair na lógica que referes). Mas também é irrelevante porque mesmo que compensasse esses institucionais, eles seriam um pequeno subset dos possíveis compradores.

Exceptuando essa arbitrariedade do papel comercial eu acho que o BdP esteve bem e que Portugal ultimamente até parece um país desenvolvido em muitas das actuações oficiais.

Pela forma e montantes como foi feito este papel comercial isso representa una milhares de clientes fidelizados do banco que tinham que passar para o banco mau. São milhares de Zés e Marias e atrás deles a caminho de outros bancos iam mais uns milhares de amigos e familiares fora outros que iam por arrasto com a confusão. O Banco e o Carlos Costa sabem disso e por isso é que andam nesta vida. Se pretendessem vender o banco sem clientes o problema era de fácil resolução. Tu sabes como foi o ultimo mês aos balcões do banco?

Bom não deve ter sido, mas jamais valeria a pena gastar 700 milhões de euros para segurar esse número de clientes dentro do universo geral de clientes que o BES tinha.
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1468 em: 2014-08-09 12:54:07 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

Se a intenção for vender o banco faz sentido pagar esse papel comercial. Se a intenção for dar o banco entao não faz sentido pagar.

Isso é ao mesmo tempo irrelevante e errado. É errado porque o BdP só fez isso para os investidores não institutionais (que seriam os que poderiam cair na lógica que referes). Mas também é irrelevante porque mesmo que compensasse esses institucionais, eles seriam um pequeno subset dos possíveis compradores.

Exceptuando essa arbitrariedade do papel comercial eu acho que o BdP esteve bem e que Portugal ultimamente até parece um país desenvolvido em muitas das actuações oficiais.

Pela forma e montantes como foi feito este papel comercial isso representa una milhares de clientes fidelizados do banco que tinham que passar para o banco mau. São milhares de Zés e Marias e atrás deles a caminho de outros bancos iam mais uns milhares de amigos e familiares fora outros que iam por arrasto com a confusão. O Banco e o Carlos Costa sabem disso e por isso é que andam nesta vida. Se pretendessem vender o banco sem clientes o problema era de fácil resolução. Tu sabes como foi o ultimo mês aos balcões do banco?

Bom não deve ter sido, mas jamais valeria a pena gastar 700 milhões de euros para segurar esse número de clientes dentro do universo geral de clientes que o BES tinha.

Olha que.....

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1469 em: 2014-08-09 12:57:32 »
Para além de que na altura que assumiram isso tinham a garantia e o penhor da Tranquilidade logo não eram 700 milhões.

Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1470 em: 2014-08-09 13:45:05 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

O BdP teve responsabilidades no aumento de capital. Detectou que riscos de incumprimento devido á exposição ao GES tinham aumentado e que tal exigia aumento de capital. Administração teve de aceitar e presume-se que montante terá tido anuência do BdP, ou seja a análise que BdP fazia ´e que com este aumento de capital ficava afastada a possibilidade de incumprimentos de racios gerar crise de liquidez ou insolvência, no curto-médio prazo. A interpretação de qualquer investidor que não tivesse inside information, seria não de que investimento era seguro mas que não havia perigo de colpaso eminente e que nos proximos relatorios de contas já poderia ter alguma ideia se aumento de capital estava a resultar ou não.
No entanto resultados do AC foram apurados a 11/6 e logo na semana a seguir é que começaram surgir as notícias de desconfinaça do BdP que já não queria ninguém da família na gestão, depois que o tal Pires também não servia etc.
Se o BdP tivesse a intenção explicita de levar os accionistas a entrar no embuste de um AC de um banco insolvente não teria agido de maneira diferente.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1471 em: 2014-08-09 13:55:12 »
Citar
No entanto resultados do AC foram apurados a 11/6 e logo na semana a seguir é que começaram surgir as notícias de desconfinaça do BdP que já não queria ninguém da família na gestão, depois que o tal Pires também não servia etc.
Se o BdP tivesse a intenção explicita de levar os accionistas a entrar no embuste de um AC de um banco insolvente não teria agido de maneira diferente.

Por certo, o resultado observado é compatível com essa premissa hipotética de partida,  mas também o é com a esperança de as dificuldades ficarem mais resolúveis depois do aumento de capital. De modo que, o ponto de viragem parece-me mais ter sido o que se haja sabido nessa tal semana depois do aumento do capital!

Uma pesquisa aos jornais e à web,
será que revelará alguma pista?

« Última modificação: 2014-08-09 13:58:11 por vbm »

Zel

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1472 em: 2014-08-09 13:56:42 »
isso do aumento de capital a ter culpado nao sera antes a CMVM e nao o BdP ?

Incognitus

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1473 em: 2014-08-09 14:01:48 »
Em todo este episódio no fundo o BdP não é lá muito criticável. Não faz parte das suas competências dar confiança a alguém para se enfiar nas acções de algum papel específico. O Bdp não mentiu ao dizer que o BES era sólido. O BES era, é e foi sólido - para os depositantes, que é a quem o BdP se pode dirigir dadas as suas competências.

Acontece que no processo de garantir que o BES é sólido para os depositantes, o BdP pode até necessitar de queimar os accionistas. Ou seja, o BdP dizer que "o BES é sólido" não só dá segurança aos accionistas, como pode até retirá-la.

Se alguma coisa, em todo este processo os possíveis erros do BdP até resultam de excesso de zero. O BdP tentou proteger os detentores de papel comercial de entidades do GES porquê? Porque eles podiam PENSAR que eram depositantes, algo intrinsecamente subjectivo.

Mas no geral, o BdP cumpriu a sua função (talvez com excesso de zero, sendo esse excesso criticável).

O BdP teve responsabilidades no aumento de capital. Detectou que riscos de incumprimento devido á exposição ao GES tinham aumentado e que tal exigia aumento de capital. Administração teve de aceitar e presume-se que montante terá tido anuência do BdP, ou seja a análise que BdP fazia ´e que com este aumento de capital ficava afastada a possibilidade de incumprimentos de racios gerar crise de liquidez ou insolvência, no curto-médio prazo. A interpretação de qualquer investidor que não tivesse inside information, seria não de que investimento era seguro mas que não havia perigo de colpaso eminente e que nos proximos relatorios de contas já poderia ter alguma ideia se aumento de capital estava a resultar ou não.
No entanto resultados do AC foram apurados a 11/6 e logo na semana a seguir é que começaram surgir as notícias de desconfinaça do BdP que já não queria ninguém da família na gestão, depois que o tal Pires também não servia etc.
Se o BdP tivesse a intenção explicita de levar os accionistas a entrar no embuste de um AC de um banco insolvente não teria agido de maneira diferente.

Os rácios de capital e o aumento de capital só existem para proteger os depositantes, não é para proteger nem accionistas anteriores, nem os que se atiram ao aumento de capital.

O aumento de capital é uma almofada pedida pelo BdP para se poder PERDER antes de chegar aos depositantes. Ou seja, por definição as coisas não funcionam como dizes e existir a necessidade de um aumento de capital até é um dizer "precisamos aqui de mais dinheiro para se perder sem que se afectem os depositantes".

E sim, em certa maneira a forma de ver de um banco central versus um aumento de capital exigido numa instituição financeira é sempre essa: precisamos aqui de mais dinheiro para absorver perdas ou não podemos deixar esta instituição aceitar depósitos.
« Última modificação: 2014-08-09 14:03:08 por Incognitus »
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1474 em: 2014-08-09 14:02:29 »
isso do aumento de capital a ter culpado nao sera antes a CMVM e nao o BdP ?

Isso, se não erro, creio ter ouvido o C. Tavares a 'chorar-se' que o  'forçaram' a dizer que sim à operação - porventura argumentando-lhe que ela iria permitir salvar o banco!


Zenith

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1475 em: 2014-08-09 14:05:50 »
Sim foi o que disse num dos posts anteriores. Com a informação que uma pessoal normal tem ambas as alternativas tem o mesmo grau de racionalidade.  Não acredito na alternativa de premeditação maldosa do BdP mas o facto é que incompetencia na supervisão torna essa hipotese tão credivel como as outras.
As declarações do BdP quanto ao acompanhamento do caso ate acabam por ser contraditorias. Por um lado disem que detectaram problemas à um ano (nem sequer foi denuncia do PQP que despoletou dligencias), mas se tinham um conhecimento dos problemas á tanto tempo e andavam em cima das coisas como justificam o resultado final de um colapso abrupto devido a um acrescimo super rapido da exposição ao GES precisamente no ultimo trimestre?

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1476 em: 2014-08-09 14:06:10 »
O aumento de capital é uma almofada pedida pelo BdP para se poder PERDER antes de chegar aos depositantes. Ou seja, por definição as coisas não funcionam como dizes e existir a necessidade de um aumento de capital até é um dizer "precisamos aqui de mais dinheiro para se perder sem que se afectem os depositantes".

E sim, em certa maneira a forma de ver de um banco central versus um aumento de capital exigido numa instituição financeira é sempre essa: precisamos aqui de mais dinheiro para absorver perdas ou não podemos deixar esta instituição aceitar depósitos.


Muito bem. É essa a lógica. E foi o que me ensinaram na faculdade. O resto são interesses corporativos só atendíveis se primeiro provarem criar valor e mesmo assim não para passarem a viver sem fazer nenhum!

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1477 em: 2014-08-09 14:09:52 »
isso do aumento de capital a ter culpado nao sera antes a CMVM e nao o BdP ?

Provavelmente os dois. Não sei bem como se dividem as responsabilidades. Suponho que a garantia que nºs são compativeis com necessidades tem a ver com BdP e CMVM deve assegurar-se que investidores tem a cesso a informação verídica e suficiente qpara  tomar decisões. mas não sei qual exactamente a divisão de papeis.

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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1478 em: 2014-08-09 14:10:35 »
Sim foi o que disse num dos posts anteriores. Com a informação que uma pessoal normal tem ambas as alternativas tem o mesmo grau de racionalidade.  Não acredito na alternativa de premeditação maldosa do BdP mas o facto é que incompetencia na supervisão torna essa hipotese tão credivel como as outras.
As declarações do BdP quanto ao acompanhamento do caso ate acabam por ser contraditorias. Por um lado disem que detectaram problemas à um ano (nem sequer foi denuncia do PQP que despoletou dligencias), mas se tinham um conhecimento dos problemas á tanto tempo e andavam em cima das coisas como justificam o resultado final de um colapso abrupto devido a um acrescimo super rapido da exposição ao GES precisamente no ultimo trimestre?

A mim parece-me que o BdP foi razoavelmente competente, e se pecou por alguma coisa foi por excesso de zelo. Mesmo sendo competentes e tendo as situações controladas, existirão sempre alguns episódios que chegam onde este chegou, e até este nível o regulador tem as ferramentas necessárias (o BPN foi diferente, sendo mais pequeno provocou mais perdas no Estado e foi mais descontrolado. Aí o BdP foi mais incompetente). Este tipo de episódios serão necessariamente mais frequentes num país completamente endividado no sector público e privado, como Portugal.

O BdP falhou no excesso de zelo do papel comercial e um pouco nesta última fase em não ter sido suficientemente musculado para impedir um aumento de exposição. Anteriormente, não falhou muito nisso pois detectou o excesso de exposição e tomou diligências para que o BES a controlasse - simplesmente o BES desrespeitou e aí o BdP falha um pouco por permitir o desrespeito.
« Última modificação: 2014-08-09 14:11:14 por Incognitus »
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Re:Banco Espírito Santo (BES) - Tópico principal
« Responder #1479 em: 2014-08-09 14:11:04 »
isso do aumento de capital a ter culpado nao sera antes a CMVM e nao o BdP ?

Isso, se não erro, creio ter ouvido o C. Tavares a 'chorar-se' que o  'forçaram' a dizer que sim à operação - porventura argumentando-lhe que ela iria permitir salvar o banco!

Exato,  ele disse que sofreu muitas pressões para uma autorização rápida