o meu ponto de vista eh muito simples:
se as pessoas querem realmente ter filhos vao arranjar forma de o fazer, ponto final
se sao esquisitas e tem de ser tudo ideal para corresponder a novas necessidades "basicas" da vida moderna de classe media entao
nao terao filhos
Mas isso é colocar a coisa de forma errada, Zel. Porque já tens incluído o desincentivo.
"Se as pessoas querem realmente ter filhos" já tem implícito as pessoas fazerem compromissos substanciais para os terem, versus alguém que não faz esses compromissos e portanto já tem uma barreira mais baixa para o "querer ter filhos".
O que eu digo é que o sistema deveria estar estruturado de forma a que a resistência a tê-los fosse similar em todas as classes. O que nem é difícil, basta que o sistema escolar seja estruturado por vouchers com todas as crianças a terem direito a uma educação (em vez de esse direito apenas existir para quem opta pelo sistema público).
Nota que o custo de 1 criança fora do sistema público é similar ao rendimento médio em Portugal, ou seja, uma família com 1 criança fora do sistema público tem que ganhar o DOBRO para ter o mesmo nível de vida, uma família com 2 crianças fora do sistema público, o TRIPLO, e por aí adiante. Obviamente isto é um desincentivo poderoso para a natalidade neste segmento (excepto para os muito ricos onde deixa de ser um factor).