O ténis, sendo um desporto individual, vive do que na brincadeira chamamos o paitrocínio.
Há por aí alguns miúdos com talento, em que fica a dúvida sobre o que poderiam fazer se tivessem as condições financeiras.
Qualquer puto português destes que chegue a torneios ATP já custou aos pais muitos milhares de euros por mês e, ao contrário do futebol em que há clubes que pegam nos talentos, um miúdo com rendimento médio (já nem digo um pobre) não tem hipóteses de lá chegar. E eles, se não saírem daqui, dificilmente conseguem alguma coisa. Não é à toa que os que foram para Barcelona são os que têm estado a dar nas vistas.
Conheço um mais novo que o Sabugueiro, que é uma enorme promessa do ténis nacional, que o pai me disse que gasta actualmente 3.000 mensais com o ténis. O próprio Gil disseram-me que gastou perto de 100K euros num ano para fazer o circuito mundial de juniores (é informação não confirmada mas acredito plenamente no valor).
O meu filho tem um amigo que foi para um clube de topo aqui da zona de Lisboa e gastou 400 euros mensais por treinos de competição + deslocações e inscrições em torneios. E é um puto que não é nada de especial (deve andar no top 30 do escalão ou algo assim), os treinos não eram individuais e nem sequer era dos melhores desse clube. O ténis depende de valores brutais para quem quer seguir competição a sério (além do talento, vontade, dedicação, etc.).