Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Autor Tópico: Rendimento Universal  (Lida 1551 vezes)

vifer

  • Visitante
Rendimento Universal
« em: 2017-05-27 09:30:55 »
Com a 4a rev Industrial em andamento esta solução do rendimento universal parece ser uma coisa seria.
Nao me desagrada a ideia dos Robots trabalharem para os humanos, e os humanos vao....filosofar!
Isto vai mesmo acontecer?

Ja tem uns meses

Citar
Países como o Canadá, a Suíça, O Irão, o Uganda, a Finlândia ou a França têm em comum a ideia do rendimento universal. Em alguns o dispositivo é testado (Canadá) ou rejeitado (Suíça), outros estão a aplicá-lo e a França está a debatê-lo no âmbito da campanha eleitoral para a eleição presidencial desta primavera.

Finlândia
A Finlândia foi o primeiro país europeu a tentar a experiência. O objetivo é testar o funcionamento num grupo de pessoas que recebem uma determinada soma do governo, sem restrições. O estado quer perceber se este dispositivo leva as pessoas a deixarem de procurar emprego. O teste está em curso desde 1 de janeiro, num grupo de duas mil pessoas, com idades entre os 25 e os 58 anos, que estão à procura de emprego. Estas pessoas continuam a ter acesso a um subsídio de alojamento e cuidados de saúde mas perdem o subsídio de desemprego. O custo estimado para os próximos dois anos é de 20 mihões de euros.

Sini tem 34 anos e está inserida no teste. Todos os meses, quer trabalhe quer não, recebe a mesma soma e ninguém controla o que faz do seu tempo.

É incrível ter a oportunidade de ter este trabalho a tempo parcial, e também saber que tudo o que recebo aumenta o meu rendimento, em vez de me retirar qualquer benefício, por exemplo”, afirma.

Se no final, a Finlândia considerar que a experiência foi positiva, ou seja, que apesar de um rendimento garantido, as pessoas continuam a procurar emprego, o dispositivo será extensível a toda a população. O país poderá, assim, lutar contra a pobreza, limitando as complicações administrativas.

“Neste momento existem centenas de dispositivos de ajuda social, porque não substituí-los por um único? Isso seria burocraticamente mais simples e as pessoas teriam a liberdade de escolher o que querem fazer na sociedade”, diz Johannes Kananen, investigador da Universidade de Helsingfors.

França
Escolher o que se quer fazer na vida, o que fazer do seu tempo e lugar que ser quer ter na sociedade é o argumento para a principal medida do candidato socialista à eleição presidencial francesa, Benoit Hamon. Mas de onde vem o Rendimento Universal e quem serão os primeiros beneficiados?

No programa do candidato, a partir de 2018, o Rendimento de Solidariedade Ativa (RSA), terá um aumento de 10% – para os 600 euros – e será distribuído a todos os que tiverem direito.Paralelamente será consagrado um rendimento existencial de 750 euros a todos os jovens entre os 18 e 25 anos.
Este rendimento será depois extensível a toda a população.

O próprio Benoit Hamon reconhece que
o custo calculado de 45 mil milhões de euros para estas primeiras medidas é enorme: “É um número enorme, reconheço, é enorme”.

Mais de um quarto do PIB
No futuro, esta reforma custará à França 350 mil milhões de euros que, segundo o candidato, serão financiados pela fusão das ajudas existentes, por diversos impostos e por taxas específicas sobre o património. Mas Benoit Hamon quer que esta medida seja aplicada a longo prazo. E, a longo prazo, mais do que uma mudança de mentalidades, é preciso um orçamento que aguente.

Segundo cálculos divulgados pela agência de informação France Press (AFP), o custo anual poderá oscilar entre os 200 mil milhões de euros, para uma prestação mensal de 500 euros a cada cidadão a 400 mil milhões – um quinto do PIB – para uma prestação da ordem dos 1000 euros mensais.

Suíça
A ideia do rendimento universal já foi rejeitada na Suíça, num referendo em 2016. Os defensores argumentavam, como Hamon e o governo finlandês, que o trabalho humano será progressivamente substituído por robôs e que os índices do desemprego vão “explodir”.

http://pt.euronews.com/2017/02/21/rendimento-universal-solucao-ou-utopia

amsf

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 283
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #1 em: 2017-05-27 12:02:30 »
Parece que para algumas pessoas a robotização é uma dádiva divina e que os "robots", e tudo o que isso implica, não têm que ser criados, aperfeiçoados constantemente com a sua consequente substituição (base material e inteligência artificial). A robotização mais do que a redução do número de seres humanos necessários para uma economia equilibrada significa educação especializada e constante aprendizagem técnica ao longo da vida. O problema está no facto de nem toda a gente querer e poder especializar-se em robótica pelo que se não forem capazes de prestarem serviços que não possam ser prestados por robots (em sentido lato) estarão a mais na sociedade.
Se actualmente há gente incapaz de ser útil à actual economia imaginem uma sociedade de base robótica, inteligência artificial, etc. Terá que haver sempre uma descriminação positiva para aqueles que sejam mais úteis à sociedade sob perigo de retrocesso técnico e civilizacional. É que a natureza humana não é naturalmente activa, terá que haver sempre incentivos sejam positivos ou negativos (cenoura ou chicote). Comprovadamente a cenoura funciona melhor no médio e longo prazo.
O rendimento universal só pode funcionar se for tão mínimo que não constitua um incentivo para a inactividade. E a inactividade na sociedade do futuro começa desde cedo a partir do momento em que a criança não queira ou não consiga ter o aproveitamento escolar que se espera. Poucas actividades produtivas serão passíveis de serem executadas por pessoas que não tenham uma formação especializada e que requererá uma longa aprendizagem.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #2 em: 2017-05-27 12:09:46 »
O rendimento universal só pode funcionar se for tão mínimo que não constitua um incentivo para a inactividade.
E se assim for não permitirá a "vida digna". Para permitir a "vida digna" terá de ser alto e criar desincentivo ao trabalho, além das restrições de que já falaste (a maioria das pessoas não terão qualificações para isso). Pescadinha de rabo na boca.

Vanilla-Swap

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5059
    • Ver Perfil

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13490
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #4 em: 2017-05-27 14:25:29 »
portugal tem metade ou menos trabalhar


com maioria a ganhar vida digna e votar sao maioria ....   ola venezuela sem petrolio

http://www.pordata.pt/Portugal/População+empregada+total+e+por+sector+de+actividade+económica-32

o sector primario foi perdeu mais
O setor primário é o conjunto de atividades econômicas que extraem e/ou modificam matéria-prima. Isto implica geralmente a transformação de recursos naturais em produtos primários. Muitos produtos do setor primário são considerados como matérias-primas levadas para outras indústrias, a fim de se transformarem em produtos industrializados. As atividades importantes neste setor incluem agricultura, a pesca, a pecuária e a mineração em geral.

mais ganhou foi sector publico...Em economia, o setor terciário corresponde às atividades de comércio de bens e à prestação de serviços. Abrange uma vasta gama de atividades que vão desde o comércio de mercadorias à administração pública, passando por transportes, atividades financeiras e imobiliárias, serviços a empresas ou pessoais, educação, saúde e promoção social. De fato, o terciário é constituído por atividades complementares aos outros setore
« Última modificação: 2017-05-27 14:35:16 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

amsf

  • Ordem dos Especialistas
  • Sr. Member
  • *****
  • Mensagens: 283
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #5 em: 2017-05-27 15:01:59 »
Citar
E se assim for não permitirá a "vida digna". Para permitir a "vida digna" terá de ser alto e criar desincentivo ao trabalho

E depois ainda temos o problema da "vida digna" ser uma definição que acompanha o nível de vida que nesta sociedade robótica e de inteligência artificial será necessariamente superior, pelo menos a nível de consumo. Se a definição de "vida digna" não acompanhasse o novo nível de produtividade poderia este tipo de economia e sociedade com o seu aumento de produtividade suportar dar uma "vida digna" a talvez 40% da população desqualificada mas a noção de "vida digna" parece que não tem apenas acompanhado os ganhos de produtividade mas ultrapassado-o. E supondo que tal fosse possível durante algum tempo logo a seguir parte dos trabalhadores activos, os outros 60%, começariam a contentar-se em ter uma "vida digna" e os números começariam a inverter-se desequilibrando assim toda a estrutura económica.
Muitas pessoas não imaginam que a qualidade de vida de um actual pobre é superior aos monarcas, milionários de há menos de 100 anos.

Reg

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 13490
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #6 em: 2017-05-27 15:08:32 »
Quote "vida digna" parece que não tem apenas acompanhado os ganhos de produtividade mas ultrapassado-o

exemplo;

nos USA um pobre ja pode ganhar mais que alguem que trabalhe sem apoios

isto  aconteçe  hoje onde   serviços sao feitos por pessoas
« Última modificação: 2017-05-27 15:18:38 por Reg »
Democracia Socialista Democrata. igualdade de quem berra mais O que é meu é meu o que é teu é nosso

deMelo

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 12687
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #7 em: 2017-05-29 10:00:02 »
Quote "vida digna" parece que não tem apenas acompanhado os ganhos de produtividade mas ultrapassado-o

exemplo;

nos USA um pobre ja pode ganhar mais que alguem que trabalhe sem apoios

isto  aconteçe  hoje onde   serviços sao feitos por pessoas

Esse tema é muito interessante.
Havia até uns gráficos giros... o Inc andava em cima disso.
The Market is Rigged. Always.

Automek

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 30976
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #8 em: 2017-05-29 11:05:12 »
Muitas pessoas não imaginam que a qualidade de vida de um actual pobre é superior aos monarcas, milionários de há menos de 100 anos.

Exactamente.

Hoje o conceito de privação material é quem não consiga atingir, pelo menos, quatro dos seguintes pontos:

Citar
having arrears on mortgage or rent payments, utility bills, hire purchase instalments or other loan payments;
being able to afford one week’s annual holiday away from home;
being able to afford a meal with meat, chicken, fish (or vegetarian equivalent) every second day;
being able to face unexpected financial expenses;
being able to buy a telephone (including mobile phone);
being able to buy a colour television;
being able to buy a washing machine;
being able to buy a car;
being able to afford heating to keep the house warm.
http://ec.europa.eu/eurostat/statistics-explained/index.php/People_at_risk_of_poverty_or_social_exclusion


Ou seja, a maioria das coisas não existiam há 100 anos. Por isso é que a pobreza nunca irá acabar. O conceito de pobreza será sempre dinâmico.
Dizer que se quer eliminar a pobreza é o mesmo que lutar contra o vento. Existirão SEMPRE pobres.

D. Antunes

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 5284
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #9 em: 2018-04-24 12:48:56 »
Finlândia abandona experiência do rendimento básico universal

O ministro das Finanças finlandês, Petteri Orpo  |  REUTERS/TUOMAS FORSELL
 

O projeto-piloto, com a duração de dois anos, consiste em pagar a 2 mil desempregados um rendimento mensal de 560 euros, sem condições. A experiência não vai continuar

A Finlândia foi o primeiro país da Europa a implementar a ideia de um rendimento básico universal, que consiste em pagar aos desempregados 560 euros por mês, sem quaisquer condições. A experiência, limitada a dois anos, abrange dois mil desempregados e vai ser abandonada pelo Governo.

O projeto-piloto termina sem obter os resultados pretendidos. "Dois anos é um período demasiado curto para poder extrair conclusões definitivas de uma experiência tão grande. Devíamos ter tido mais tempo e mais dinheiro para atingir resultados fiáveis", afirma Olli Kangas, um especialista envolvido no projeto, à estação de televisão YLE.

O projeto abrange desempregados com idades entre os 25 e os 58 anos e, portanto, não era universal.

Kela, a instituição de segurança social da Finlândia, ainda pediu ao Governo um prolongamento da experiência e um financiamento extra de 40 a 70 milhões de euros, mas o executivo recusou.

A experiência inovadora foi aplaudida internacionalmente, mas os políticos finlandeses mostraram grandes reservas em relação a este rendimento básico universal.

O projeto-piloto tinha como objetivo reduzir as burocracias, a pobreza e aumentar o emprego. Mas a medida foi contestada, com o argumento de que o rendimento mensal sem nenhuma obrigação desencoraja o esforço pessoal para procurar trabalho.

Com esta experiência, não se conseguiu ter uma noção clara se a perspetiva de vida das pessoas mudava com este rendimento básico universal, sobretudo depois de arranjarem emprego e ainda assim manterem os 560 euros mensais do projeto.

Os resultados desta experiência de rendimento social da Finlândia só vão ser publicados no início do próximo ano.

A Finlândia não só abandonou a experiência como aprovou uma reforma dos benefícios sociais. Um novo modelo que exige aos desempregados ter no mínimo 18 horas de trabalho ou formações em três meses. Se se registar incumprimentos, os beneficiários perdem os subsídios.

Mas o Governo finlandês continua à procura de novas soluções nesta área. "Quando o projeto de rendimento mínimo acabar este ano, iremos lançar um sistema experimental de crédito universal", revelou Petteri Orpo, ministro das Finanças finlandês, ao jornal Hufvudstadsbladet. De acordo com o The Guardian, o político estava a referir a um sistema similar ao que está a ser implementado no Reino Unido.

“Price is what you pay. Value is what you get.”
“In the short run the market is a voting machine. In the long run, it’s a weighting machine."
Warren Buffett

“O bom senso é a coisa do mundo mais bem distribuída: todos pensamos tê-lo em tal medida que até os mais difíceis de contentar nas outras coisas não costumam desejar mais bom senso do que aquele que têm."
René Descartes

Beruno

  • Ordem dos Especialistas
  • Hero Member
  • *****
  • Mensagens: 849
    • Ver Perfil
Re: Rendimento Universal
« Responder #10 em: 2018-04-24 14:48:30 »
num pais em que a segurança social ja é ultra generosa a ponto de os desempregados terem receio de perder dinheiro caso recomecem a trabalhar, é um sistema sobvertido em si, ja que é o expoente maximo da assistencia social para quem nao trabalha.

se eu tivesse uma pequena horta urbana e um rendimento basico universal nao precisava de mais nada. iupi. .. . passava o dia inteiro a coçar... a minha horta . . .

mas é algo que teem que estudar seriamente, porque daqui a duas ou tres geraçoes essa ideia ja terá que estar em pratica