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Autor Tópico: Plasma  (Lida 1672 vezes)

Counter Retail Trader

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Plasma
« em: 2015-06-12 14:30:29 »
Entao em Portugal ainda ninguem se lembrou disto , ou é algo complicadissimo ?

Como lucrar com isto? alguem aqui ja viu formas diretas ou indirectas para lucrar com o Plasma ?

O plasma é um componente do sangue que vale ouro e salva vidas.

É uma matéria prima escassa que até tem cotação internacional. Um litro de plasma vale mais do que um barril de petróleo.

Mas... Em Portugal, vai para o lixo e depois gastamos milhões a comprar plasma inativado de dadores estrangeiros à Octapharma.

O plasma também é a matéria prima para fazer medicamentos que os doentes portugueses precisam… Também aqui gastamos cerca de 60 milhões/ano a comprar hemoderivados, à industria farmacêutica.

O nosso país é dos únicos da Europa que não aproveita o plasma seguro, que os seus dadores dão de coração, e que gasta milhões a comprar plasma de dadores remunerados.

Porque é que não aproveitamos o plasma dos nossos dadores? Quem ganha com este negócio?

A TVI investigou os concursos públicos anulados, aqueles que não foram adjudicados e os concursos públicos internacionais só com um concorrente.

Uma grande investigação sobre um negócio do qual pouco se fala, mas que muito dá a ganhar. E no qual os grandes perdedores são sempre os dadores, os doentes e os contribuintes.

Tudo para ver na grande reportagem “O Negócio do Plasma” da jornalista Alexandra Borges, com imagem de João Franco e edição de João Pedro Ferreira, Segunda e Terça-feira à noite, no Jornal das 8, da TVI.

kitano

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Re: Plasma
« Responder #1 em: 2015-06-13 16:27:13 »
É levar isso ao shark tank...
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Counter Retail Trader

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Re: Plasma
« Responder #2 em: 2015-06-13 18:53:39 »
É levar isso ao shark tank...

Pelos vistos o estado nao abre concurso para empresas Portuguesas , pelo que a compra do Plasma é a empresas de fora. So se o Tim investisse para vender em Africa...

Ja vi algumas cotadas , como a espanhola Grifols mas nao achei interessantes

kitano

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Re: Plasma
« Responder #3 em: 2015-06-13 20:12:00 »
Não há abrir concurso a empresas portuguesas ou estrangeiras. Se procurares informação sobre normas da contratação pública vês que isso não é possível.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

kitano

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Re: Plasma
« Responder #4 em: 2015-06-13 20:16:29 »
E procura também saber porque é que a octapharma não nos vende então o plasma português e vende um produto que compra lá fora a dadores remunerados...teoricamente matéria prima mas cara e menos margem para eles não?

"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Incognitus

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Re: Plasma
« Responder #5 em: 2015-06-13 20:21:29 »
E procura também saber porque é que a octapharma não nos vende então o plasma português e vende um produto que compra lá fora a dadores remunerados...teoricamente matéria prima mas cara e menos margem para eles não?

Já agora, porque é que isso acontece? Deve existir uma história interessante ...
"Nem tudo o que pode ser contado conta, e nem tudo o que conta pode ser contado.", Albert Einstein

Incognitus, www.thinkfn.com

kitano

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Re: Plasma
« Responder #6 em: 2015-06-13 21:21:21 »
A estrutura de aproveitamento / inactivação / stocagem ou fraccionamento para medicação, envolve custos de montagem e funcionamento consideráveis. Existem uma série de privados neste mercado.
O concurso publico para aquisição de plasma é centralizado pelo estado (não é lançado por cada hospital) pela dimensão do contrato consegue-se esgalhar melhor o preço. É óbvio que no concurso público seja só adjudicado o contrato a só uma empresa, a vencedora. Acontece o mesmo na aquisição do liquido de preservação para o transplante de órgãos, concurso lançado pelo estado, mesmo produto em todo o lado, só um fornecedor em cada ano.

A abordagem do assunto pela comunicação social, que nem se preocupa em fazer as questões certas, parte de um lobby que em portugal queria uma estrutura montada e paga pelo estado com uns quantos tachos distribuidos para tomar conta daquilo. Algo que poderá avançar com o próximo governo socialista, cuja orientação estratégica é mesmo ter o Estado a competir com privados.
"Como seria viver a vida que realmente quero?"

Counter Retail Trader

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Re: Plasma
« Responder #7 em: 2015-06-14 11:08:09 »
O Instituto Português do Sangue diz já aproveitar todo o plasma dos seus próprios dadores, mas os especialistas garantem que se trata de um programa limitado, que leva o Estado a gastar 70 milhões de euros por ano em importações de derivados de plasma.

Agora, quatro hospitais do Porto decidiram quebrar o ciclo de desperdício e aliaram-se para processar um dos mais valiosos compostos do sangue.
........................

Foi lançado um concurso do qual deverá resultar uma empresa que irá fracionar o plasma.
O plasma recolhido em Portugal vai começar a ser totalmente utilizado a partir do próximo ano, através de um programa que permitirá, pela primeira vez, a transformação deste produto em medicamentos, anunciou o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
O presidente do IPST, Hélder Trindade, disse à agência Lusa que este programa é "o corolário do trabalho que este instituto fez ao longo dos últimos anos" e que o mesmo se segue à inativação do plasma português para transfusões, que já é feita.
Faltava ainda o tratamento do plasma remanescente como matéria-prima para a produção de medicamentos derivados do plasma.
Para tal, foi lançado um concurso que está a correr, do qual deverá resultar uma empresa que irá fracionar o plasma, a começar pelos 30 mil litros que o IPST tem colhidos e conservados.
Em 2013, Portugal gastou 39.740.469 euros na aquisição de derivados do plasma (imunoglobulina, fator VIII, albumina, fator IX, fator von Willebrand.

Hélder Trindade não avança com o valor da poupança que deverá resultar do tratamento do plasma português para medicamentos, embora reconheça que deverão ser "alguns milhões".
O presidente do IPST sublinha, no entanto, a importância de todo o plasma resultante da colheita de sangue de dadores em Portugal poder ser, desta forma, aproveitado.
A empresa vencedora do concurso deverá ser escolhida até setembro, estando previsto que, a partir de março, a transformação do plasma português em medicamentos avance.
Em 2013, foram colhidas 362 mil unidades de sangue em Portugal, das quais 214 mil através do IPST e as restantes pelos serviços de sangue hospitalares.
Para transfusão, o IPST tem capacidade para garantir todo o plasma, o qual é inativado por dois métodos diferentes: um efetuado pelo próprio instituto depois de comprado o reagente (amotosaleno) e outro (solvente reagente) por prestação de serviços da Octapharma.

O restante plasma destina-se ao fracionamento para obter os medicamentos derivados deste produto necessários aos doentes.
De acordo com o Programa Estratégico Nacional de Fracionamento de Plasma Humano, hoje apresentado em conferência de imprensa, em 2016 serão iniciadas as diligências para que o mesmo contemple a entrada dos serviços de sangue hospitalares como fornecedores de plasma.