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Mensagens - purehawk

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Comunidade de Traders / Re: Portugal Positivo
« em: 2016-01-17 01:16:18 »
Portugueses desenvolvem detergente amigo do ambiente a partir de lixo

Projeto foi vencedor na categoria de Investigação na iniciativa Green Projects Awards e recebeu o Prémio Jerónimo Martins para Investigação e Desenvolvimento

- Investigadores portugueses chegaram a uma solução para produzir detergentes amigos do ambiente e menos tóxicos que os derivados do petróleo, a partir de materiais como lenhocelulose e açucares encontrados no lixo, uma descoberta já patenteada.

"Procuramos produzir uma molécula de maior valor que pode, de alguma forma, substituir potencialmente produtos derivados do petróleo, como os detergentes", disse hoje à agência Lusa César Fonseca, cientista que, no Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG), coordenou o trabalho.

As conclusões obtidas "têm essencialmente duas vantagens, uma é a produção destes detergentes a partir de matéria-prima renovável, como resíduos ou lixo, e por outro lado, estas moléculas, sendo produzidas biologicamente, também são menos tóxicas e biodegradáveis", resumiu.

A investigação teve o contributo do programa MIT Portugal, com a participação do doutorado Nuno Faria, contou com Frederico Ferreira, do Instituto Superior Técnico (IST), e teve financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).

O projeto foi vencedor na categoria de Investigação na iniciativa Green Projects Awards, recebendo o Prémio Jerónimo Martins para Investigação e Desenvolvimento, de 20 mil euros.

O trabalho inicial dos investigadores centrava-se na produção de biocombustíveis a partir de materiais lenhocelulósicos de resíduos agrícolas e outros tipos de desperdícios para obter alternativas aos combustíveis fósseis, poluentes, mas acabaram por chegar a uma solução para biodetergentes.

É possível utilizar "todos os resíduos que possam conter lenhocelulose e açucares associados a estes materiais, tanto resíduos agrícolas, das florestas, como lixo urbano, onde se encontra muito papel", restos alimentares ou outros biológicos, com açúcares que podem ser convertidos, ou seja, um conjunto de bioresíduos, explicou César Fonseca.

Depois de demonstrada a possibilidade de produzir o 'detergente verde' a partir de lixo agrícola, em laboratório, os investigadores estão agora a procurar conseguir o detergente especificamente a partir de resíduos sólidos urbanos.

"Estamos a procurar, por um lado, diversificar o número de resíduos que podemos utilizar, e por outro testar novas aplicações e [ter a] certificação do produto" nessas utilizações, referiu César Fonseca.

A tarefa é perceber em que medida esta molécula pode ser utilizada, não só para detergentes domésticos ou industriais, mas também para novas aplicações, de produtos de beleza a agentes químicos para localização de drogas específicas no organismo.

As moléculas trabalhadas por este grupo de cientistas "são relativamente complexas, têm uma capacidade de detergente, têm um valor mais alto do que os combustíveis por unidade e há todo o interesse de desenvolver parcerias com as empresas que têm tecnologia de conversão de biomassa em açúcares e etanol", especificou o investigador.

César Fonseca realçou que o prémio Jerónimo Martins vai contribuir para levar o projeto a uma fase seguinte, principalmente no desenvolvimento da tecnologia, "ter maior capacidade para aumentar a propriedade intelectual", no registo de patentes relacionadas com a primeira, e trabalhar na certificação do produto, além de ajudar a atrair financiamentos e parcerias com a indústria.

http://www.dn.pt/sociedade/interior/portugueses-desenvolvem-detergente-amigo-do-ambiente-a-partir-de-lixo-4983250.html

62
É uma boa ideia um tópico (ou vários...) sobre Energias Renováveis.
Julgo que se se separarem as energias ficará melhor para se identificar respectivamente, por exemplo:

Energias Renováveis: Solar
Energias Renováveis: Eólica
Energias Renováveis: Biomassa
Energias Renováveis: Geotérmico

Embora possa ficar fragmentado, numa pesquisa (busca) aparecerá o termo comum "Energias Renováveis".
Não sei... o que acham?



Fica aqui um site que já deve ser conhecido:
http://www.altenergystocks.com/



E uma noticia que impressiona pela energia libertada,
("Só mede 16 quilómetros de lado a lado"):

"570 mil milhões de vezes mais brilhante do que o nosso Sol"
"200 vezes mais forte do que uma supernova normal"
"20 vezes mais brilhante do que todas as estrelas da nossa galáxia juntas"


Este objeto é 570 mil milhões de vezes mais brilhante do que o Sol
http://www.dn.pt/sociedade/interior/este-objeto-e-570-mil-milhoes-de-vezes-mais-brilhante-do-que-o-sol-4982374.html

This suspected supernova is 570 billion times as bright as our sun
https://www.washingtonpost.com/news/speaking-of-science/wp/2016/01/14/this-suspected-supernova-is-570-billion-times-brighter-than-our-sun/



Somos mesmo pequenos no Universo...

     ???

63
Eu tenho uma enorme dificuldade em aceitar que um serviço seja gratuito, seja ele qual for, publico ou privado.
Se fazemos uso desse serviço, deveremos ajudar a suportar os seus custos, seja o que for, saude, educação, estradas, corretoras, exchanges...

(...)


Descolando do assunto deste tópico... significa então:

Se os clientes recebem um serviço imaginário, que não existe "de facto" na realidade,
(mas os clientes não sabem que não existe "de facto"... chiiuuu, não digam nada!),
esse serviço não deve ser gratuito mas sim pago como qualquer "serviço normal".

Eu chamaria a esse "serviço imaginário" extorsão...
Custa-me a acreditar que o BdP não saiba.
No BdP devem estar mais preocupados em picar o ponto e receberem a mensalidade...

Estamos a falar de um "serviço imaginário" que dura há mais de 20 anos...
(insere-se na categoria dos "seja ele qual for")


    ;)

64
Isto é verdade ?

Historic First: North Atlantic EMPTY of Cargo Ships in-transit - ALL anchored along coasts; none moving

Parece-me um bocado irrealista, isso de as pessoas não estarem a comprar coisas é absurdo de todo.


Huuumm...

Fica explicado porque o PSI 20 entrou em Bear Market de curto prazo arrastando o Shanghai para sul o que por sua vez contagiou o S&P 500, o Dow, o Russel 2000 e indices europeus. Quando a causa atmosférica sumir o caminho será para Nordeste para mais tarde (2017) evoluir para Sudeste.

O PSI 20 actualmente lidera o mundo, ficando somente atrás dos eventos atmosféricos.


     ;D

65
Off-Topic / Re: Raça, Genética e QI
« em: 2016-01-05 07:25:53 »
O debate sobre o QI de uns ser mais elevado do que outros devido a factores assim & assado vai cair no mesmo contexto de irrelevância do que é hoje o facto de se saber que certas fisiologias e morfologias têm vantagens fisicas perante outras - ex: pretos jamaicanos com vantagem nas provas de velocidade de curta distancia (100m, 200m, 400m), pretos quenianos com vantagem nas provas de meio fundo e fundo (10000m, meia maratona e maratona) - mas que mesmo perante tais vantagens avassaladoras em relação a outros atletas desfavorecidos... nada podem contra as capacidades de uma máquina, como uma mota, um automóvel, um avião, etc... - tal como intelectualmente, com muito QI ou QI excepcional, já não há nenhum Grande Mestre de xadrez que consiga bater uma máquina num mísero jogo de xadrez, porque a máquina já atingiu niveis de invencibilidade que deixa qualquer Grande Mestre somente perante a melhor hipótese de desistência.

A IA (Inteligência Artificial) vai ultrapassar o melhor dos melhores QI's que a espécie humana alguma vez produziu e será ela própria factor de criação de riqueza e elevação do nivel e qualidade de vida (se para isso for orientada) a uma escala sem precedentes.

Espera-se ver a IA sob a forma de pequenos humanoides a ocupar os lugares dos Parlamentos (Parlamento português, Reino Unido, etc), os lugares de Presidentes de Estado (Presidente dos Estados Unidos, França, Rússia, etc... por exemplo), Governos, Conselhos de Estado, Conselhos de Administração das empresas, etc...

Até mesmo os meios de debate humanos (como os fóruns de discussão, por exemplo) os intervenientes serão substiuidos pela IA, desde os Administradores até aos forenses.

O papel do ser humano será viver numa ilusão de que é feliz, num estado vegetativo, como o que foi retratado na trilogia Matrix. E não há escapatória possivel. Escusam até de comentar este "Admiravel Mundo Novo" para que um dia a IA, ao lê-los, não se desmanche a rir perante comentários tão grotescos e anedóticos.

É assim, o futuro já começou!

    :P



Alguns links:
https://www.google.pt/?gfe_rd=cr&ei=bJeEVpS9CYis8wfbhbuYCw&gws_rd=ssl#q=elon+musk+AI
https://en.wikipedia.org/wiki/Open_Letter_on_Artificial_Intelligence
http://www.zdnet.com/article/artificial-intelligence-should-we-be-as-terrified-as-elon-musk-and-bill-gates/
http://www.popsci.com/new-openai-artificial-intelligence-group-formed-by-elon-musk-peter-thiel-and-more
http://www.salon.com/2015/10/15/calm_down_artificial_intelligence_is_not_going_to_take_over_the_world_partner/
http://www.inc.com/tess-townsend/elon-musk-open-ai-safe.html
http://time.com/3973500/elon-musk-stephen-hawking-ai-weapons/
https://openai.com/blog/introducing-openai/





Inteligência artificial: “Precisamos mesmo de esperar por um desastre?”
João Pedro Pereira  04/01/2016 - 07:39

Luciano Floridi, filósofo, defende que é urgente pensar nos limites a estabelecer num mundo de máquinas cada vez mais inteligentes. E que não nos podemos distrair com cenários irrealistas.

Trabalhar menos e ter uma vida mais fácil é um desejo universal. Na sociedade descrita por Thomas More, as pessoas podiam escolher carreiras de acordo com os seus interesses (um conceito relativamente novo para a época), todos tinham de trabalhar (incluindo na agricultura) e as jornadas de trabalho eram reduzidas. É uma tendência histórica atribuir a outros os trabalhos que não queremos fazer: a animais (como cavalos), a escravos (que também existem na Utopia de More) e, mais recentemente, a máquinas, que se estão a tornar cada vez mais inteligentes e são capazes de fazer tarefas que antes eram exclusivamente humanas.

O filósofo italiano Luciano Floridi, professor em Oxford e investigador na área da filosofia da informação, argumenta que é possível levar a tecnologia muito longe e criar máquinas autónomas capazes de executar todo o tipo de trabalhos. A tecnologia permite até que sejam as máquinas a decidir quando disparar sobre alguém ou lançar uma bomba. A questão, diz, é que devemos parar muito antes de chegarmos a esse ponto. Mesmo nos casos das máquinas que fazem apenas tarefas relativamente simples, como registar compras de supermercado, o filósofo antecipa problemas: uma maior polarização da riqueza e pessoas que não conseguem encontrar trabalho.

Floridi faz questão de distinguir entre máquinas eficientes - a jogar xadrez, a pilotar um avião - e a ideia de computadores com uma inteligência semelhante à do cérebro humano. É um crítico feroz da singularidade, um cenário que tem vindo a acumular entusiastas e no qual chegaremos a um momento em que um computador terá uma inteligência superior à humana e será capaz de aperfeiçoar sozinho essa tecnologia, gerando máquinas cada vez mais inteligentes. Para o filósofo, esta ideia é uma distracção face aos verdadeiros problemas que as máquinas inteligentes levantam. Conversou com o PÚBLICO  à margem da conferência The unknown, 100 years from now, no edifício de aspecto futurista da Fundação Champalimaud, em Lisboa.


Dos filmes de ficção científica até à Siri, a assistente pessoal que vem com o iPhone, porque é que temos este fascínio por inteligência artificial semelhante à inteligência humana?

Essa fixação é muito antiga. A primeira descrição que conheço está na Ilíada, quando Homero descreve uns robôs. Os humanos têm alguma paixão por entidades artificiais. É uma mistura de razões. Por um lado, é uma questão de criatividade. Criamos tudo o que nos rodeia: edifícios, a cadeira em que estou sentado, a mesa. Queremos criar mais. E há o medo e a questão da incerteza. Ainda somos animais e temos medo. Estamos preocupados com a possibilidade de a nossa criatividade, que nos leva a criar máquinas cada vez mais inteligentes e poderosas, ter um efeito boomerang que nos prejudique. É o fascínio com algo que é audaz, perigoso e ao mesmo tempo intrigante.

Há também uma motivação fundamental: o factor económico. Queremos delegar em máquinas aquilo que não queremos fazer. A indústria automóvel tem-se vindo a transformar a um ritmo impressionante em termos da robótica que está a ser usada. Há uma transformação do mercado de trabalho. É típico da humanidade. Queremos delegar tarefas noutras entidades. No passado foram escravos, cavalos, depois máquinas. As tarefas foram-se tornando mais difíceis, passou a ser necessário processar informação e chegamos assim à inteligência artificial. Não queremos trabalhar, nem queremos pensar.

É possível delegar responsabilidade máquinas com inteligência artificial? E é desejável?

Se puder delegar a responsabilidade de limpar a casa. Se disser “robô limpa a casa” e quando voltar a casa estiver limpa… Se lermos a descrição de Aristóteles do que é um escravo e retirarmos a palavra escravo, temos um robô.

Quão longe podemos ir nessa delegação? Uma coisa é limpar a casa, outra é decidir bombardear uma cidade.

Temos de distinguir entre quão longe conseguimos ir e quão longe devemos ir. Conseguimos ir mesmo muito longe. Devemos ir por esse caminho? Não, de todo. Hoje é possível ter drones completamente autónomos. Na fronteira das Coreias, há robôs armados a patrulhar. É possível fazer com que disparem sobre qualquer coisa que se mexa? Sim. Mas não queremos isso. Pode ser uma criança a brincar no sítio errado. Queremos ter controlo sobre estas máquinas. Mas às vezes as pessoas confundem: “É possível, então vamos fazê-lo”. Mas o que é aceitável fazer é outra história.

Se temos a possibilidade de fazer estas coisas, quem é que vai estabelecer os limites?

Nós. A sociedade, os políticos que elegemos. Não há mais ninguém em quem possamos delegar essa decisão. Estou mais pessimista quanto a como o vamos fazer. No passado, fizemos mudanças apenas depois de grandes desastres. Só decidimos regular o uso de armas nucleares depois de terem sido largadas duas bombas.

Isto gera dois problemas. Em primeiro lugar: precisamos mesmo de esperar por um desastre? Por exemplo, um país com tecnologia suficientemente avançada decide pôr drones no ar 24 horas por dia, armados e completamente autónomos. Queremos fazer isso até que dispare sobre um avião comercial? Infelizmente, esse é um cenário muito plausível. Não é ficção científica. Conversas como esta vão ajudar. Precisamos de fazer com que as pessoas tenham a noção de que não devemos esperar até que um desastre aconteça.

O segundo problema é que às vezes já é tarde de mais. Se pensarmos na História, há situações em que pensamos nas coisas, percebemos que algo de errado pode acontecer, algo errado acontece e depois mudamos de acção. Essa dialéctica não é algo a que nos possamos dar ao luxo hoje, quando os desastres vão ser tão grandes.

Este tipo de inteligência artificial está muito longe do cenário de máquinas mais inteligentes que humanos, que vemos nos filmes e descrito pelos adeptos da singularidade. Acha esse cenário impossível, apenas improvável, ou …

Totalmente improvável. É tão improvável como ganhar a lotaria dez vezes seguidas. Impossível é uma palavra forte para os filósofos. Impossível é um triângulo com quatro lados. Eu pensava que [a singularidade] era apenas uma piada, parte da cultura de ficção científica. Hoje, acho que é altamente irresponsável.

Sei que defende que se gasta demasiado tempo a discutir isto...

Tempo, dinheiro, atenção social. Os jornais preferem falar de uma história relacionada com a singularidade enquanto desastres acontecem, enquanto alguém está a desenvolver um drone autónomo. Os problemas a sério estão a acontecer, isto é uma distracção.

E é plausível esperar que evitemos essa distracção? Há os filmes, há pessoas conhecidas por trás dessas discussões, há os assistentes pessoais nos telemóveis que alimentam o nosso imaginário.

Gosto de pensar que sim, porque estamos a crescer. A nossa sociedade da informação é muito jovem. Era plausível achar que íamos desenvolver alguma sensibilidade ambiental a sério? Demorou um bocado. Para os meus pais era normal fumar no cinema. A questão de delegar em máquinas vai ser fundamental e levar a uma abordagem mais madura. É a diferença entre algo da moda e um assunto de longo prazo que tem de ser compreendido de forma apropriada.

Argumenta que o mundo de informação e de dispositivos inteligentes que nos rodeia nos faz repensar a nós próprios enquanto humanos. Mas também que a nossa inteligência continua a ser única e diferente da inteligência das máquinas. Assim sendo, em que sentido é que nos estamos a repensar?

Se nos considerarmos o único agente inteligente que é capaz de fazer algo, e depois vem uma máquina que o faz melhor, então quem somos nós? Acontece no xadrez, ou a decidir o melhor caminho do ponto A para o ponto B. O computador faz isso melhor. Precisamos de entender melhor em que sentido somos únicos. Não é no sentido de que somos os únicos capazes de conduzir um carro, aterrar um avião, jogar xadrez, resolver um problema matemático. Temos dispositivos que já conseguem fazer isso como nós… Desculpe, não é “como nós”, mas tão bem como nós, ou ainda melhor. Não é “como nós”, porque nós fazemo-lo de uma forma completamente diferente. A questão é: de que forma a humanidade é única se tudo o que fazemos pode, em princípio, ser feito por uma máquina?

Acha que tudo vai poder ser feito por máquinas?

Não há um limite claro. Há quem diga que os computadores nunca vão compor música ou pintar. Não é verdade. Pensamos em nós como únicos por aquilo que fazemos, mas somos únicos pela forma como o fazemos. A forma como corremos os 100 metros é só nossa. Não é a do leopardo, a do robô ou a de uma mota.

Qual vai ser o grande desafio para nós em estarmos rodeados por todos estes dispositivos inteligentes? Vai ser integrá-los e conviver com eles no nosso quotidiano? Ou vai ser mais difícil estabelecer os limites e impedirmo-nos de ir demasiado longe?

Creio que alguns dos grandes desafios, mas isto é porque sou um filósofo, vêm da ética. No topo da lista punha a questão de delegar responsabilidade. Mas também no topo está o facto de toda esta tecnologia estar a trazer cada vez mais vantagens: riqueza, lucro, uma vida mais fácil. Quem é que vai tirar vantagem disso? Como é que se espalha este valor pela sociedade? Essencialmente, falamos de igualdade. Se daqui a 100 anos pudermos viver num mundo em que temos robôs inteligentes fantásticos, que fazem coisas por nós, vai ser porque a população está polarizada entre os que vivem como príncipes e aristocratas e outros que são escravos das máquinas? Ou toda a sociedade vai beneficiar? Alguns trabalhos vão ser feitos pelas máquinas, mas as pessoas que deixarem de fazer esse trabalho vão ter outras coisas para fazer? Ou serão pagas simplesmente por estarem vivas? Afinal, já temos actualmente dinheiro que chegue.

Estes problemas da omnipresença da tecnologia só se vão colocar nos países ricos?

É um problema que os países ricos têm de resolver, mas que vai afectar o resto do mundo. É aí que a tecnologia está a acontecer, que a regulação vai ser feita, que a riqueza está a ser acumulada. Acho que vai haver mais polarização: os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres. Mas, já que estamos a antecipar isso, vamos fazer alguma coisa. A tecnologia digital não está a substituir os humanos. Está a substituir um tipo de humanos. Nos supermercados havia pessoas nas caixas, às vezes havia um pouco de conversa. O que a tecnologia fez é que agora sou eu a registar a lata de feijões. A máquina é estúpida e eu carrego o fardo dessa estupidez. Se a pessoa que fazia esse trabalho já não o faz, então temos o pior cenário: eu estou a fazer mais, ela não tem um emprego e quem quer que tenha a máquina ganha mais dinheiro.

Há o argumento de que a máquina permite criar outros empregos.

Isso não é verdade e é problemático. Porque a curva da inteligência humana é a mesma: há X pessoas estúpidas, X pessoas mais ou menos, X génios. Na revolução industrial, as pessoas passaram dos campos para as cidades porque os trabalhos continuavam a ser simples. A tecnologia está a elevar a fasquia. Está a exigir cada vez mais competências.

http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/inteligencia-artificial-precisamos-mesmo-de-esperar-por-um-desastre-1718730



    ???

66
Comunidade de Traders / Re: China - Tópico principal
« em: 2016-01-05 03:46:00 »
O Shanghai Composite está muito alto (3296 pontos).
Precisa de cair 35% e ir aos 2140-2142.

Se isso acontecer já em Janeiro é óptimo porque é rápido.
Depois virá a normalidade.


    :)

67
Off-Topic / Re: Raça, Genética e QI
« em: 2015-12-31 03:09:58 »
O debate sobre o QI de uns ser mais elevado do que outros devido a factores assim & assado vai cair no mesmo contexto de irrelevância do que é hoje o facto de se saber que certas fisiologias e morfologias têm vantagens fisicas perante outras - ex: pretos jamaicanos com vantagem nas provas de velocidade de curta distancia (100m, 200m, 400m), pretos quenianos com vantagem nas provas de meio fundo e fundo (10000m, meia maratona e maratona) - mas que mesmo perante tais vantagens avassaladoras em relação a outros atletas desfavorecidos... nada podem contra as capacidades de uma máquina, como uma mota, um automóvel, um avião, etc... - tal como intelectualmente, com muito QI ou QI excepcional, já não há nenhum Grande Mestre de xadrez que consiga bater uma máquina num mísero jogo de xadrez, porque a máquina já atingiu niveis de invencibilidade que deixa qualquer Grande Mestre somente perante a melhor hipótese de desistência.

A IA (Inteligência Artificial) vai ultrapassar o melhor dos melhores QI's que a espécie humana alguma vez produziu e será ela própria factor de criação de riqueza e elevação do nivel e qualidade de vida (se para isso for orientada) a uma escala sem precedentes.

Espera-se ver a IA sob a forma de pequenos humanoides a ocupar os lugares dos Parlamentos (Parlamento português, Reino Unido, etc), os lugares de Presidentes de Estado (Presidente dos Estados Unidos, França, Rússia, etc... por exemplo), Governos, Conselhos de Estado, Conselhos de Administração das empresas, etc...

Até mesmo os meios de debate humanos (como os fóruns de discussão, por exemplo) os intervenientes serão substiuidos pela IA, desde os Administradores até aos forenses.

O papel do ser humano será viver numa ilusão de que é feliz, num estado vegetativo, como o que foi retratado na trilogia Matrix. E não há escapatória possivel. Escusam até de comentar este "Admiravel Mundo Novo" para que um dia a IA, ao lê-los, não se desmanche a rir perante comentários tão grotescos e anedóticos.

É assim, o futuro já começou!

    :P



Alguns links:
https://www.google.pt/?gfe_rd=cr&ei=bJeEVpS9CYis8wfbhbuYCw&gws_rd=ssl#q=elon+musk+AI
https://en.wikipedia.org/wiki/Open_Letter_on_Artificial_Intelligence
http://www.zdnet.com/article/artificial-intelligence-should-we-be-as-terrified-as-elon-musk-and-bill-gates/
http://www.popsci.com/new-openai-artificial-intelligence-group-formed-by-elon-musk-peter-thiel-and-more
http://www.salon.com/2015/10/15/calm_down_artificial_intelligence_is_not_going_to_take_over_the_world_partner/
http://www.inc.com/tess-townsend/elon-musk-open-ai-safe.html
http://time.com/3973500/elon-musk-stephen-hawking-ai-weapons/
https://openai.com/blog/introducing-openai/

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Não tenho acompanhado o tópico deste a minha última intervenção.
(Ando um baldas, eu sei)

    ;D


Hoje lembrei-me da intervenção que fiz e do feedback que recebi, (AQUI), ao ler esta entrevista no Expresso de um históriador que não conhecia (mea ignorância): NIALL FERGUSON. Deixo aqui uma passagem da opinião dele sobre a problemática dos refugiados:


Devíamos na Europa lidar com o problema dos refugiados de outra maneira, também por causa do grave problema demográfico?

É naïf a visão de que a Europa tem um problema demográfico e do outro lado estão pessoas jovens e em idade ativa, e que portanto há aqui uma solução. Basta olhar para os dados. Os países continentais europeus são muito maus a integrar na sua força de trabalho aqueles que pedem asilo. Dados da OCDE mostram que a taxa de desemprego na Alemanha entre os que não nasceram no país é 70% mais elevada do que a registada entre os que nasceram na Alemanha. E mesmo na Suécia, que é o melhor exemplo de integração, a taxa de desemprego entre os que não nasceram no país é duas vezes e meia mais elevada. Estes países têm um registo histórico de falhanço a integrar estrangeiros, em particular se vierem de países muçulmanos. Então, porque é que de repente iam mudar o seu comportamento perante esta crise dos refugiados? O que nos leva a pensar que poderiam integrar 1,5 milhões de refugiados quando falharam na integração de 150 mil pessoas anteriormente? Em França, por exemplo, há enormes subúrbios deprimidos cheios de emigrantes de segunda e terceira geração desempregados que não se conseguiram integrar. Isto não vai acabar bem. A economia europeia não está preparada para absorver tantos imigrantes. A economia norte-americana, pelo contrário, está. Sabe qual é a diferença na taxa de desemprego nos EUA entre nascidos e não nascidos no país? Zero. O problema europeu não vai ser resolvido pela imigração, a menos que o mercado laboral na Europa funcione como nos Estados Unidos. É capaz de me dizer o nome de um político europeu que seja capaz de ir à televisão e dizer que temos de ter na Europa as regras laborais dos EUA? Enchem todos a boca com a Europa social. Bullshit. É a Europa do desemprego.


Entrevista toda aqui:
http://expresso.sapo.pt/internacional/2015-12-12-O-Ocidente-acabou.-O-declinio-e-irreversivel


Vale a pena ler.
Divirtam-se

    :P

70
Off-Topic / Re: FELIZ NATAL
« em: 2015-12-25 06:45:58 »



esperem lá...
esperem lá...

então e eu?
também quero!

FELIZ NATAL a todos vós!


    :P

71
Comunidade de Traders / Re: Banif - Tópico principal
« em: 2015-12-21 02:06:36 »
chiii... isso é avaliar cada acção em €0,0000000001...
Se elas 10 anos depois estivessem a €0,50 até era um bom negócio...

Mas se calhar desaparecem...
Enfim...

    ;D

72
Comunidade de Traders / Re: Banif - Tópico principal
« em: 2015-12-21 02:00:09 »
Zero como?
Tipo 0,000000000...

Então e se um tipo der 1 centimo por 100 milhões de acções?
É como se fosse zero...
(serve só pra dizer que se tem 100 milhões de acções...)

     8)

73
Comunidade de Traders / Re: Banif - Tópico principal
« em: 2015-12-21 01:45:08 »
O que é que vai acontecer às acções do Banif?
Subir, descer, diluir-se, desaparecerem...
Não tenho acompanhado a tragédia.

Estão a um valor tão baixo que até apetece comprar 100,000 a €0,0020 que são €200...


    :)

74
Off-Topic / Re: Robot de Cozinha - a Melhor escolha
« em: 2015-11-10 11:03:53 »
Quando um dia houver humanoides muito próximos do aspecto e inteligência dos homens, que cozinhem, lavem, limpem, arrumem, tragam as compras, dêem prazer... as mulheres não precisarão dos homens "normais", ainda mais que estes envelhecem enquanto os outros poderão ficar para sempre como novos e frescos.

Nessa altura a Bimby é apenas um acessório do humanoide que o ajuda a cozinhar em menos tempo.

    ;D

75
Off-Topic / Re: Mourinho
« em: 2015-11-10 10:10:36 »
Será um enorme erro se o Chelsea despedir Mourinho.
Mesmo que termine em último da tabela, será um erro.
Depois da baixa vem a alta e a alta será já no próximo ano!

    ;D

76
Off-Topic / Re: Robot de Cozinha - a Melhor escolha
« em: 2015-11-10 09:02:26 »
A questão nem está em achares uma máquina que seja melhor que a Bimby, mas sim em achares uma mulher que aceite outra coisa que não a Bimby.

Será que há mulheres capazes de trocar o marido por uma Bimby?

    ;D

77
10:26
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield      --->   0.299 +0.043    +16.80%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield      --->   0.605 +0.068    +12.45%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield      --->   1.063 +0.079    +8.03%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield      --->   1.494 +0.109    +7.87%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield    --->   2.820 +0.144    +5.42%

10:46
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield      --->   0.322 +0.066    +25.78%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield      --->   0.637 +0.099    +18.40%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield      --->   1.113 +0.129    +13.11%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield      --->   1.556 +0.171    +12.35%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield    --->   2.864 +0.188    +7.03%

13:30
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield      --->   0.358 +0.102    +39.84%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield      --->   0.667 +0.129    +23.97%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield      --->   1.153 +0.169    +17.17%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield      --->   1.608 +0.227    +16.38%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield    --->   2.903 +0.238    +8.89%


Os mercados são selvagens: precisam de mais regulação!
As yields não podem comportar-se como se fossem um miúdo com birra...

    8)

78
Eu recomendo aos dois Partidos coligados que governaram estes últimos 4 anos que se retirem das legislativas por 8 a 16 anos.
Não fazem falta nenhuma. É deixar a esquerda governar à vontade e ver no que dá...

Se der bons resultados... deu e lá continuarão. Ponto final.
Se der maus resultados, já a esquerda não pode dizer que a direita isto e aquilo.
E depois o povo há-de clamar pela desaparecida direita.

Gostava de ouvir o Mário novamente (se ainda for vivo; esperemos que sim!): "Vão deixar o governo fritar em lume brando..."

    8)

79
Yields da Divida Pública:

http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield      --->   0.322 +0.066    +25.78%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield      --->   0.637 +0.099    +18.40%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield      --->   1.113 +0.129    +13.11%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield      --->   1.556 +0.171    +12.35%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield    --->   2.864 +0.188    +7.03%


Dispararam...
   
     :o

80
Os mercados não são estúpidos, ou se o são, são-no só em algumas vezes.
A não ser que estejam a ser estúpidos agora, esta é a forma como interpretam a situação política em Portugal:

Yields da Divida Pública:

http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield      --->   0.299 +0.043    +16.80%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield      --->   0.605 +0.068    +12.45%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield      --->   1.063 +0.079    +8.03%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield      --->   1.494 +0.109    +7.87%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield    --->   2.820 +0.144    +5.42%


E parece que são mesmo para se agravarem em questão de horas...
Lá se vai o dinheiro barato...

    ???




Juros de Portugal sobem para níveis de Julho e spread volta a superar os 200 pontos
09 Novembro 2015, 08:44 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt

Os juros da dívida portuguesa estão a subir para máximos de Julho e a afastar-se mais dos alemães, o que eleva para mais de 200 pontos base o prémio de risco exigido pelos investidores, numa altura em que os investidores aguardam pela definição do cenário político em Portugal.

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/juros_de_portugal_sobem_para_niveis_de_julho_e_spread_volta_a_superar_os_200_pontos.html

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