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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: aos_pouquinhos em 2012-08-23 13:14:52
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Boa tarde.
Venho aqui colocar uma questão aos mais especialistas, o porque de o Estado captar liquidez a taxas tão elevadas, quando o poderia fazer com menores custos através do IGCP e com prazos, bem mais alargados, muito melhor qua qualquer troika....
Podem dizer-me se é viável, se chega ou não, se valeria a pena, ou é tudo uma ilusão?
Voltarmos aos Certificados de aforro.....não é bem mais viável?
Cumprimentos
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Eles já estão aí para serem subscritos, as pessoas porém não os subscrevem com as taxas que estão.
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Boa tarde.
Venho aqui colocar uma questão aos mais especialistas, o porque de o Estado captar liquidez a taxas tão elevadas, quando o poderia fazer com menores custos através do IGCP e com prazos, bem mais alargados, muito melhor qua qualquer troika....
Podem dizer-me se é viável, se chega ou não, se valeria a pena, ou é tudo uma ilusão?
Voltarmos aos Certificados de aforro.....não é bem mais viável?
Cumprimentos
É, mas vão ter de pagar taxas muito mais elevadas devido à forma ostensiva como provaram a sua falta de interesse em cumprir a sua parte.
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Os certificados de aforro têm uma taxa ridiculamente baixa (quem lá manteve o dinheiro andou a ser literalmente roubado) e as taxas no últimos 2 anos praticamente não variaram, apesar da subida das yields das OTS, das taxas das obrigações de empresas e das taxas de depósitos dos bancos. É um produto para incautos.
"A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série C, em agosto de 2012 foi fixada em 0,635%."
Fonte: http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=64 (http://www.igcp.pt/gca/index.php?id=64)
Aquilo que tem uma taxa de juro mais interessante são os Certificados do Tesouro, com uma taxa bruta anual de 7.1%, mas com o senão de serem a 10 anos e entre o 1º e o 5º ano terem uma taxa anual de 0.95, ou seja quem precise de desmobilizar antes do prazo leva uma grande talhada.
Fonte: http://www.igcp.pt/gca/?id=948 (http://www.igcp.pt/gca/?id=948)
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Eles já estão aí para serem subscritos, as pessoas porém não os subscrevem com as taxas que estão.
Pois, estás basicamente a falar do quadro abaixo....
Mas eu não percebo porque é que a estratégia não é diferente. Poderia voltar ao modo dos anos 80 quando foi criado, onde o aforrador era compensado com uma taxa de juro "interessante" mais o complemento de um prémio de permanência por cada 6 meses (penso que era assim), com limite máximo de 2% acima da taxa base.
Penso, e é minha opinião pessoal, que era possivel ao IGCP captar liquidez em maior quantidade, com regresso de capitais exteriores (chamo a atenção para a comunidade emigrante), e o mais interessante de tudo......o prazo. Estamos a falar de captação de liquidez muito longo-prazo na maior parte dos casos.
Já sei que a banca não deverá gostar, e os interesses entre governo e banca não pode partir para este tipo de solução.
Em vez de trazerem o povo cada vez mais descontente, se captassem liquidez com força e dessem um pequeno rebuçado às pessoas, concerteza poderia ser feita alguma inversão na vertente investimento.
Mas sou eu a pensar......se calhar até estou a dizer uma grande asneira...
Cumprimentos
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Captariam mais, mas o que captassem ficaria mais caro.
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Mas mais caro....que tipo mais caro?
Eu não estou a falar de taxas de 8%, nem coisa que se pareça.
A minha questão é.....são os estrangeiros (digo Troika's, BCE's, Chineses, etc, etc) a solução do nosso problema, ou será a prata da casa (digo o tradicional Zé Povo), que poderá dar alguma solução a isto?
Bem, a não ser que o (além Zé Povo) esteja de facto vendido aos estrangeiros....
Será que em 900 seculos de história não se aprendeu que quando se fazem acordos com os estrangeiros lerpamos em 99% das vezes?
Cumprimentos
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O dinheiro do zé povo não chega para financiar o estado
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O dinheiro do zé povo não chega para financiar o estado
Dificilmente no mundo de hoje só alguns (muito poucos estados) consegue satisfazer o financiamento de Estado.
A questão que te coloco é se o dinheiro da Troika chega para resolver o problema....
Eu sou daqueles que prefere "grão a grão" enche a galinha o papo. O resolver da questão à martelada, matando tudo e todos "é estilo americano". Coloca-se a bomba e depois vê-se se resolveu se não. Normalmente esse estilo não resolve nada...
Quero com esta divagação dizer..... ninguem liga à prata da casa. Está tudo a pensar no exterior.....os mesmos que também nos "ajudaram" a estar por estas bandas dos bolsos vazios. Aqui tenho a moral de implicar esta classse politica e daqui lhes chamo......alienados.
Cumprimentos
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É sempre preferível o financiamento interno do que o externo, a menos que tenhamos a ideia de incumprir...
O Estado português tem sido altamente incompetente nesta questão. Daniel Bessa há uns tempos atrás sugeriu que o Estado, à semelhança do que estão a fazer empresas como EDP, PT, SONAe, etc, devia ser competitivo na captação das poupanças das famílias.
Teixeira dos Santos apresentou um arremedo de produto de poupança que são os Certificados do Tesouro, provavelmente não o deixaram ir mais longe, mas de facto o produto não é competitivo. A subscrição presencial só pode ser feita nos CTT e penso ser necessário abrir uma conta no IGCP, Complicação propositada? O produto devia estar disponível em qualquer banco, no mínimo o banco público (CGD) devia ter o produto disponível. A questão da taxa até ao quinto ano ser a Euribor é outra habilidade.
O Aos_pouquinhos está totalmente certo. O que se passa é que a incompetência da governação é tanta, e o que tem de ser feito é tão evidente, que começamos a duvidar de nós próprios. A pressão está a aumentar e mais tarde ou mais cedo o produto de captação de poupança pelo Estado vai aparecer. Neste momento pode dizer-se que não há. Os que existem são lixo.
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A subscrição de certificados do tesouro vai ser suspensa a partir de 1 de Setembro. Apesar de maus, só se compreende a decisão no caso de substituirem o produto por outro mais competitivo. Até ao momento conhece-se apenas a versão seca da notícia, mas julgo que a decisão devia ser acompanhada de uma explicação. Já que o IGCP não se dignou a isso, fica para o trabalho jornalistíco tentar perceber o que vai na cabeça daquela gente.
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Parece que vai haver novas regras para os certificados de aforro, com remuneração fixa e até os 5%.
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Parece que vai haver novas regras para os certificados de aforro, com remuneração fixa e até os 5%.
Parece que anda malta governamental aqui por estas bandas a ler os post's...
Considero sempre os certificados de aforro, como poupança do povo, onde o Estado inteligentemente poderia captar liquidez de muito-longo prazo. Estamos a falar em prazos de mais de 10 anos, concerteza.
Mas isto só é possivel se o Estado der o rebuçado das melhorias, acima da taxa, o tal prémio de permanência.
É a MHO.