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Geral => Política e Economia Política => Tópico iniciado por: Zel em 2015-12-03 03:15:18

Título: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-03 03:15:18
para perceberem o contexto leiam primeiro isto:
http://www.dn.pt/portugal/interior/da-gloria-a-queda-garcia-pereira-anticomunista-primario-4907983.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/da-gloria-a-queda-garcia-pereira-anticomunista-primario-4907983.html)


“Arnaldo Matos (ou João ou Espártaco ou Viriato), seu monte de merda.

Esperei demasiado tempo para te responder à letra. Já o deveria ter feito em julho de 2014 quando te servia café e tentava decifrar a tua diarreia mental. Lembras-te?
Sabes como é que fui parar ao teu antro?
Eu explico-te. A ti e à comunicação social, que vai receber as explicações em simultâneo.
Para começar, estou em Portugal desde 1995. Portanto revê os teus dados.
Em Abril de 2013, fui sondada pelo Comité Central do PCTP/MRPP, do qual não fazias parte há quase 30 anos, para integrar a Comissão de Imprensa. Já tinha sido voluntária em várias campanhas, o meu desempenho foi apreciado pelo Comité Central e quiseram-me a tempo inteiro. Após análise da situação por ambas as partes, eu rescindi contrato com a empresa onde trabalhava em Portugal e fui contratada pelo Comité Central, decisão tomada por unanimidade pelos então 12 membros, para desempenhar as funções de assessora / secretária.
Não foi o Jaime que me contratou, sarnoso.
Tornei-me funcionária do partido, paga a recibos verdes no dia 1 de Maio de 2013. Funcionária, com horários e local de trabalho fixos.
Por defender a causa e querer o melhor para o PCTP/MRPP, fui para além das minhas funções. Era estafeta, cola-cartazes, piquete de greve, telefonista, senhora da limpeza, candidata, motorista, entre outros sem horários. Fi-lo com gosto e vontade própria.
Nunca te vi na sede. Até pensava que já tinhas morrido.
É engraçado, agora que estou fora da podridão que estás a criar, ler as mentiras que vomitas.
Acho piada falares do Bulhão como o homem das contas fáceis e como o gajo que me contratou.
Dessas contas fáceis, porque não falas na secretária que te passa a limpo o ódio que vomitas e que é paga pelo partido a recibos verdes? E os jornais diários que te são levados? E a loucura da campanha da Madeira onde cada bilhete de avião custava no mínimo 500 euros? Tudo pago pelo partido. Estoiraste o orçamento com a campanha madeirense. Pois… Isso não dizes. Não te ofusca teres uma funcionária precária paga com os “fracos recursos do partido operário”?
O idiota do Jaime não me contratou, seu aldrabão. Sabes porquê? Porque sou sobrinha dele. E porque o salário era uma merda. As condiçőes eram uma merda. Mas aceitei na mesma. E ao contrário do que inventas, as contas do partido eram rigorosamente analisadas. O deboche foi quando TU voltaste. Começaste a dar um ar da tua graça quando chegou a primeira subvenção. Ao início, fazias análises políticas estrondosas, dignas de um verdadeiro comunista. E depois revelaste manias de ricaço. Com a mania que tudo te é devido e que todas as tuas loucuras têm de ser pagas pelo partido. Puta que te pariu, velhaco. O putedo, foste tu que o trouxeste para o seio do partido.
Sabes como fui parar a ti, ordinário? Lembras-te quando fizeste uma maratona de teatro no Teatro de Almada com o “idiota de Almada”? Lembras-te de ter chamado “filho da puta” ao Paulo? E de ter tentado bater-lhe? O Paulo era o teu escravo, secretário, cão. O Paulo era (e voltou a ser graças às tuas manigancias de ‘demite-admite” que ele estúpidamente aceita) o director do Luta Popular. Ou seja o Paulo, ou melhor o Carlos Paisana foi insultado por ti em pleno átrio do Teatro de Almada, demitiste-o das suas funções de cão e ficaste sem secretário. O Comité Central ficou cheio de pena tua e arranjou-te uma secretária à pressão. Eu. Já viste? EU! Eu fui tua secretária! Paga pelo partido a recibos verdes! Eu que nem sou militante mas que fui tua secretária, tenho hoje direito a um artigo de ódio e fulanizador (como tu e os teus cães gostam de dizer!) no Luta Popular que deveria ser um jornal político! Nem sei como foste cair nessa de falares de mim publicamente! Não sigo o culto da personalidade por isso caguei para ti, Arnaldo. Não tenho qualquer ligação ao partido desde que me libertei do teu autoritarismo, qual ditador.
Quando me escolheram para tua secretária, eu recusei. E disseram-me: “vais ou nunca mais voltas a por os pés na sede”. Tão democratas que nós somos… Então lá fui, forçada. Contrariada. E porque não vivo à conta de ninguém e tinha de sair do goulag, enquanto fui tua escrava e te servi café, procurei trabalho. Sim, no teu gabinete da Elias Garcia que cheira a mofo e a esgoto, usei as minhas horas de almoço para me livrar de ti. E consegui. Apresentei a minha demissão ao partido, que era a minha entidade patronal (tenho provas disso). E jurei a mim própria que nunca ninguém iria saber o que se tinha passado. Até ao dia 6 de Outubro, dia em que decidiste, escondido atrás de um pseudônimo que dá para rir devido à ironia, purgar o comité permanente do comité central dos que tinham força para te fazer frente e dizer não aos teus gastos. E escolheste os cães, os fracos: Carlos Gomes (Sebastião), Luís Júdice (Nuno), Carlos Paisana (Paulo), Luís Franco (Conceição), todos uns lambe-cús como tu gostas, e mais um montinho de moscas mortas que te farão as vontades porque são uns cobardes, incapazes de tomar decisões, defender os camaradas purgados e de ter opinião própria.

Se quiseres continuar esta guerrinha, é melhor arranjares provas daquilo que vomitas no teu jornal. Prova que estava desempregada. Prova que tinha acabado de chegar de França. Prova que o meu companheiro é do PSD. Ninguém e muito menos tu que andas a chular os “fracos recursos do partido”, tem legitimidade e provas para chamar de ladrão e corrupto seja a quem for. E eu não tenho de ser chamada nas tuas denúncias de ódio. Não te conheço de lado nenhum, não te devo nada e não tenho nada a perder. E muito menos sou porta-voz, peão ou fantoche seja de quem for. Penso por mim, ao contrário dos teus cães.

Respeito por ti? Nenhum. Não vales o tempo que perco a responder ao teu lixo. Respeito pelo partido? O Partido morreu no dia 6 de Outubro. Que descanse em paz.

Eu espero sinceramente que os traidores que te rodeiam fiquem com a vida penhorada como tu penhoraste a vida dos que eliminaste. Porque isto não fica por aqui.

E tu Arnaldo, estimo que te fodas. E já agora, tu também Carlos Paisana. Porque não vales nada.
Sandra Raimundo
(Ex-membro da Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP e ex-secretária de Arnaldo Matos)”
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-03 03:16:51
os gajos receberam 800 mil euros por 60 mil votos em 2011, ja percebi porque eh que ha tantos pequenos partidos de merda que nunca morrem. eh so mamar !
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-12-03 03:42:04
eh pá... fiquei apaixonado...
quem é essa princesa da invectiva?

E tu Arnaldo, estimo que te fodas!

Isto é arte pura.

H
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-03 03:43:06
eh pá... fiquei apaixonado...
quem é essa princesa da invectiva?

E tu Arnaldo, estimo que te fodas!

Isto é arte pura.

H

sim, esta muito bom
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-12-03 03:44:14
eh pá... fiquei apaixonado...
quem é essa princesa da invectiva?

E tu Arnaldo, estimo que te fodas!

Isto é arte pura.

H

sim, esta muito bom

E tu Neo, estimo que te fodas!

gostaste?
sempre a considerar-te.
H
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-03 04:00:27
É fácil de ver que regimes criados por pessoas assim acabam a matar outras pessoas (e os próprios) aos magotes. Logo ali esta queixosa já tinha o destino traçado.

E depois também se vê como tais entidades conseguem apodrecer rapidamente, pela descrição da distribuição de lugares.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-12-03 04:06:03
pessoas assim?
isto é do mais banal que pode existir... umas centenas de milhares de euros fazem salivar o arnaldo.
afinal o grande educador da classe operária é um velho cúpido e ganancioso.
o saldanha sanches se estivesse vivo, morria de riso.

é a tragédia humana no seu melhor.
é muito bom, mas o que é que há de novo nisto?

pelo menos é... como hei-de dizer... operático, zaratústrico, crepúsculodosdeusioso...
queres comparar isto com o relvas?

H
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-03 04:18:42
pessoas assim?
isto é do mais banal que pode existir... umas centenas de milhares de euros fazem salivar o arnaldo.
afinal o grande educador da classe operária é um velho cúpido e ganancioso.
o saldanha sanches se estivesse vivo, morria de riso.

é a tragédia humana no seu melhor.
é muito bom, mas o que é que há de novo nisto?

pelo menos é... como hei-de dizer... operático, zaratústrico, crepúsculodosdeusioso...
queres comparar isto com o relvas?

H

Tens alguma razão para crer que o Relvas fosse efectivamente pior?
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Haroun Al Poussah em 2015-12-03 04:29:30
pessoas assim?
isto é do mais banal que pode existir... umas centenas de milhares de euros fazem salivar o arnaldo.
afinal o grande educador da classe operária é um velho cúpido e ganancioso.
o saldanha sanches se estivesse vivo, morria de riso.

é a tragédia humana no seu melhor.
é muito bom, mas o que é que há de novo nisto?

pelo menos é... como hei-de dizer... operático, zaratústrico, crepúsculodosdeusioso...
queres comparar isto com o relvas?

H


Tens alguma razão para crer que o Relvas fosse efectivamente pior?


acho que era melhor. rapinou muito mais que umas centenas de milhares de euros, concerteza .
mas é muito mais banal. muito mais rasteiro.

é assim como

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=Tk2wYAryYQg#)

comparado com

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=1aKAH_t0aXA1#)

mas em modo de comédia... tragi-comédia (tragicomédia?)

H
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-03 13:53:35
Rapinou de que forma? Que dados concretos tens?

O que eu acho sobre o Relvas, é que a reputação que lhe colocaram em cima excede em muito os seus feitos nefastos, e é particularmente impressionante porque para muitas pessoas dir-se-ia que o Relvas de alguma forma representou uma coisa pior que o Sócrates (ou equivalente), quando é óbvio que o Sócrates jogou numa divisão completamente diferente, ordens de magnitude diferente.

Para mim uma crítica mais válida ao Relvas seria o facto de não ter resolvido coisas como a RTP e TAP enquanto lá andou.

O Relvas deve ser para aí o 11 532º político mais corrupto/menos razoável de Portugal ...
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Deus Menor em 2015-12-03 14:39:46

Dinheiro a corromper partidos, e um ultra-comunista : priceless ;D
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: itg00022289 em 2015-12-03 15:15:12
para perceberem o contexto leiam primeiro isto:
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/da-gloria-a-queda-garcia-pereira-anticomunista-primario-4907983.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/da-gloria-a-queda-garcia-pereira-anticomunista-primario-4907983.html[/url])


“Arnaldo Matos (ou João ou Espártaco ou Viriato), seu monte de merda.

...
E tu Arnaldo, estimo que te fodas. E já agora, tu também Carlos Paisana. Porque não vales nada.
Sandra Raimundo
(Ex-membro da Comissão de Imprensa do PCTP/MRPP e ex-secretária de Arnaldo Matos)”


Tudo isto é lindo!!
Algo só ao nível do saudoso "O meu Pipi".
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: vdap em 2015-12-03 15:40:18
Isto é muito Bom, espero que exista resposta com carta aberta:D!
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-03 15:59:30

"grande dirigente e educador do proletariado portugues"
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-12-04 01:06:22
E nestas últimas eleições ainda foram o 8.º maior partido, com 1,11% ou 59.955 votos

http://www.eleicoes.mai.gov.pt/legislativas2015/#%00 (http://www.eleicoes.mai.gov.pt/legislativas2015/#%00)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: deMelo em 2015-12-04 10:58:04
Rapinou de que forma? Que dados concretos tens?

O que eu acho sobre o Relvas, é que a reputação que lhe colocaram em cima excede em muito os seus feitos nefastos, e é particularmente impressionante porque para muitas pessoas dir-se-ia que o Relvas de alguma forma representou uma coisa pior que o Sócrates (ou equivalente), quando é óbvio que o Sócrates jogou numa divisão completamente diferente, ordens de magnitude diferente.

Para mim uma crítica mais válida ao Relvas seria o facto de não ter resolvido coisas como a RTP e TAP enquanto lá andou.

O Relvas deve ser para aí o 11 532º político mais corrupto/menos razoável de Portugal ...

Fiquei sem perceber se....

. Achas o Relvas um tipo honesto, já que não há provas de nada...
. Achas o Relvas corrupto e desonesto, mas apenas um aprendiz comparado com outros políticos...

Podes dizer-me?
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-04 12:31:17
Rapinou de que forma? Que dados concretos tens?

O que eu acho sobre o Relvas, é que a reputação que lhe colocaram em cima excede em muito os seus feitos nefastos, e é particularmente impressionante porque para muitas pessoas dir-se-ia que o Relvas de alguma forma representou uma coisa pior que o Sócrates (ou equivalente), quando é óbvio que o Sócrates jogou numa divisão completamente diferente, ordens de magnitude diferente.

Para mim uma crítica mais válida ao Relvas seria o facto de não ter resolvido coisas como a RTP e TAP enquanto lá andou.

O Relvas deve ser para aí o 11 532º político mais corrupto/menos razoável de Portugal ...

Fiquei sem perceber se....

. Achas o Relvas um tipo honesto, já que não há provas de nada...
. Achas o Relvas corrupto e desonesto, mas apenas um aprendiz comparado com outros políticos...

Podes dizer-me?

Acho o Relvas um político médio para Portugal, corrupto qb, não nenhum exemplo do pior que a política de cá tem. Acho assim que a imagem que dele fazem exagera consideravelmente aquilo que ele é. Até se torna difícil de compreender o porquê dessa imagem, repara, nem o Sócrates leva com reacções iguais, e o Sócrates está numa divisão à parte versus o Relvas -- ordens de magnitude mais corrupto, ordens de magnitude pior político.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2015-12-04 13:57:13
A 'fama' do Relvas foi claramente ampliada pela licenciatura relâmpago (com regras que o próprio estado permitiu a universidades privadas).

O resto é business as usual de políticos que têm acesso privilegiado, detalhado e antecipado à informação sobre a montanha de benesses que o estado distribui. O Relvas não fez nada de excepcional que outros não tivessem feito.

Limite-se o peso do estado e os Relvas, Macedos, Varas e companhia desaparecem ou são fortemente diminuidos. Exigir um estado grande e simultaneamente ficar irritado com o aparecimento dos Relvas é absurdo. Uma coisa liga com a outra.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: JoaoAP em 2015-12-04 14:10:11
Porra, essa senhora "tem tomates", tem "pelos na venta". :) :) :) :) :) Pelo menos, parece!
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-05 00:48:17
mais uma carta aberta, da filha do garcia pereira
HAHAHAHA

CARTA ABERTA A ARNALDO MATOS:
Arnaldo, ou João, ou Espártaco, ou Viriato
(e em aditamento...)
Carlos Paisana ou Paulo
Tu, que me tratavas por filhota, tiveste a ousadia de escrever três textos que puseste o teu tapete, aka Carlos Paisana, a assinar, no qual pretendes que o meu pai escolha entre vocês e a família. (Talvez porque vês o mundo à tua – pequena – semelhança e tudo o que sabes da noção de família desde que a Albertina morreu é o que tens: uma filha doente e outro com quem não falas).
Tu, que te arvoras num grande exemplo, aliás no único exemplo, és aquele que, em pleno restaurante do aeroporto da Madeira, te recusaste a aceitar um guardanapo de papel e gritaste ao empregado: “isso nem me serve para limpar o cú”. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
Tu, que te arvoras num grande exemplo, aliás no único exemplo, és aquele que maltratas sistematicamente os trabalhadores que, contigo, se cruzam, por exemplo no Aeroporto do Funchal, quando se vêem obrigados a explicar-te que és um passageiro como os outros. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
Tu, que te reclamas o direito de por e dispor de um partido, és aquele que ficaste anos fechado em casa, à espera que te levassem os cigarros e os jornais. E eu sei. Sabes porquê? Porque, aos domingos, tinha de esperar dentro do carro do meu pai que acabasse a sessão de beija mão para ir, finalmente, buscar os meus irmãos.
Tu, que afirmas que eu não sou militante, (mas, na realidade, dei ao partido horas, dinheiro e contactos, mais do que alguma vez darás, sendo que, seguramente, nunca pensei vir a receber um tostão, ao contrário de ti...) não esperes uma carta sobre o PCTP-MRPP. Não é disso que quero tratar contigo. Esse partido nunca foi meu, de facto. Foi-me imposto quando o abandonaste e acabei por me afeiçoar a ele. Sim, afeiçoar, sentimento que te deve ser estranho, incapaz que és de perceber o melhor da natureza humana.
Contigo, o meu assunto é pessoal. E é pessoal porque, no limite, o que tu invocas é querer o bem das pessoas e, contudo, nunca paraste de lhes fazer mal. Incluindo, agora, ao meu pai (mas, ao contrário do que pretendias, não a mim; sabes porquê? Porque eu te conheço muito melhor do que poderias pensar...). Contigo, o meu assunto é pessoal porque me estou nas tintas se tomas ou não de assalto um partido que abandonaste (estarei, contudo, bastante interessada em saber que farás se ficares sem subvenção e deixares de conseguir pagar daí as deslocações e os hotéis, nada proletários, onde ficas...).
O que te quero dizer, Arnaldo, é que, do ponto de vista humano, és uma fraude ainda maior do que do ponto de vista político. És um homem pequenino, muito mais pequeno do que a tua fraca figura. Um homem que, esgotado que esteve no período de reflexão de anos, teve necessidade de esclarecer quase tudo sobre a profissão com o meu pai. Achas que não me lembro? Puro engano, Arnaldo. Eu lembro-me de tudo. Um tipo que tem uma secretária, paga pelo partido, a recibos verdes no seu escritório. Um tipo que quer um motorista e um ordenado. E ousa comparar o meu pai ao Belmiro de Azevedo. Queres falar dos almocinhos no Gambrinus, Arnaldo? Grande educador, Arnaldo. Grande protector da classe operária.
E é exactamente esse o teu problema comigo. Queres calar-me, Arnaldo? Queres por o meu pai contra mim porque não consegues perceber que penso pela minha cabeça? Estás, uma vez mais, errado. Isso não me vai calar. Não me impede de dizer as verdades. Aquelas verdades que não gostas de ler porque demonstram a fraude que és.
Lancei-te um desafio para vires debater comigo as atoardas que lançaste. Em vez disso, optaste por o tapete a subscrever três textos feitos por ti, um dos quais a tender para o ordinarote (provavelmente porque já nem reúnes as condições para conseguires ser ordinário a sério...) Agora, diz-me, que nome tem essa atitude de fuga? Nem a porcaria de um texto consegues assinar? Não te basta esconderes-te sob pseudónimos, agora também tens de por outros a assinar? E, diz-me, qual foi concretamente o insulto que afirmas ter-te dirigido? Por acaso, achas que não consigo provar o que digo, Arnaldo? Acreditas mesmo que eu caia nessa? Coitado.
Em resposta, ganhei três textos de puro ódio, estertores de pura misoginia, no qual pões o teu tapete a referir-se a mim como alguém que se masturba nas redes sociais. Não fosse a tua idade e eu tenderia a dizer que tu é que o fazes, todos os dias e sob nomes diversos, no site do Luta Popular. Quando, por exemplo, te elogias a ti próprio, assinando sob outro nome, já que queres pretendes ir por esse caminho, não te estás a masturbar no órgão que te vai restando?
E, não contente com a tua própria espiral, incentivas as denúncias, os insultos, no mesmo espaço onde falas de “bufos”. Tão irónico, Arnaldo. Pedes para te imprimirem o que escrevemos no face e lês tudo, no mesmo transe que pões o Paisana a assinar as tuas respostas. Magnífico, Arnaldo. Pensas que não percebo? Pensas que não percebo que metes os esbirros a ler-nos e lhes dá as respostas? Pensas que não me sirvo deles na exacta medida que o fazes?
Achas que tenho medo? Pobre coitado. Não tenho medo algum de ti nem dos teus lacaios. E não me deixo condicionar. Nunca. Aprende (e já era tempo de conseguires aprender alguma coisa...) que existem pessoas assim e que nem todos são burros, como aqueles que escolhes (também...) para ofenderes.
E achas que me calas, ainda que conseguisses condicionar o meu pai? Não, Arnaldo. Se houve alguém que, por motivos que desconheço, ainda me tentou travar foi, justamente, o meu pai. E conseguiu-o, sabes? Até ao momento em que, tal escorpião, o voltaste a morder. É mais forte que tu, Arnaldo. E foi mais forte que eu (mas não que o meu pai, que é um Senhor, coisa para a qual foste educado, na tua tão pouco burguesa casa em Santa Cruz, mas que nunca conseguiste ser...).
A única coisa boa que a tua espiral de loucura teve foi que vou deixar de ter de tolerar a tua constante má criação (e aturar-te no Natal e no fim-de-ano, essas festas tão pouco comunistas, nas quais me eras imposto porque não tinhas mais ninguém). Essa mesma, a que diriges àqueles que supostamente queres defender. Não tenho de tolerar mais os “filhos da puta”, os “cabrões”, a “merda” e outros que tais que diriges às pessoas que te servem, os tais que supostamente defendes. Grande Educador, Arnaldo. Grande protector, Arnaldo. Ficas é pelos discursos porque, no mais, és pior do que aqueles que criticas.
(E, finalmente, Carlos Paisana, tu que não tens sequer dignidade para ter um parágrafo próprio e não vales a tinta em que a nova escrava, contratada e paga pelo MRPP a recibos verdes, para que conste, imprimirá estas linhas para levar a ler a Sua Exa; tu que não gostas de mim porque, um dia, apareceste no meu escritório de surpresa e te achaste no direito de eu interromper as reuniões que tinha agendadas para ouvir o que de irrelevante tinhas para me dizer; tu que estás condenado às funções de estenografo, de motorista e de ir a casamentos sem convite, como sucedeu com o do meu irmão: não vales nada. Nunca valeste nada. Pensas que te vou tentar bater, como sucedeu com o teu grande líder? Enganas-te. Não mereces sequer o contacto físico. Mereces, contudo, cada um dos insultos que ouves no quotidiano, enquanto serves de tapete, de escravo, de condutor, de servidor de cafés. Para ti: ficar como estás é suficiente. Só não te esqueças que há quem não se acobarde aos insultos e não chore como uma criança, como é o teu timbre. Eu não choro, não me acobardo e não vergo. E, para que conste, ainda ando a tentar resolver as belas merdas que fizeste quando te arrogavas de advogado. Pobre diabo.)
No mais, Arnaldo, não tenciono dar-te mais publicidade mas não tolerarei mais agressões.
Sabes uma coisa? Dois números abaixo da sede já ninguém sabe quem vocês são.
O tempo dirá quem tinha razão e se os fins que dizes ter (bem diversos, note-se, dos que acho que são os teus) justificaram os meios ínvios a que recorreste. Só espero que vivamos o suficiente para seres confrontado com os resultados. Porque eu cá estarei à tua espera.
Passar bem.
Rita Garcia Pereira
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-05 01:09:30
estive a ler o artigo da revista sabado, esta fixolas

"O" camarada so aceita andar de mercedes, haha !! que partido de gente estupida. parece um culto religioso. alias, eh!
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-05 01:13:01
os gajos ainda usam pseudonimos, deve ser dos tempos da clandestinidade... gostam de se imaginar acossados, como se fossem revolucionarios importantes
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2015-12-05 01:27:07
Camarada Neo, se não tiveres nada para fazer este Sábado:  :D
(http://www.lutapopularonline.org/images/2015/originais/2015-12-05-imagem.png)



Muito bom este relatório sobre a situação do partido:
http://www.lutapopularonline.org/index.php/using-joomla/extensions/components/content-component/article-categories/1829-a-situacao-financeira-do-partido (http://www.lutapopularonline.org/index.php/using-joomla/extensions/components/content-component/article-categories/1829-a-situacao-financeira-do-partido)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-05 01:39:06
o link do automek fez-me ler o luta popular

leiam como o arnaldo descreve o garcia : "papagaio parlante Garcia Pereira, um anticomunista primário que nunca abriu – e muito menos, leu – um único livro de Marx, de Engels ou de Lenine."

hehe, eh so lavar roupa suja..
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Reg em 2015-12-05 01:46:47
 fazem falta na uniao da esquerda

um  MRPP junto ao PCP/Bloco/PS  e que era  ;D
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2015-12-05 01:51:47
Os tipos são engraçados. No Editorial dizem isto:
Citar
No acordo de traidores celebrado entre António Costa, Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, as muletas prescindiram da sua reivindicação eleitoral do aumento imediato do salário mínimo, ambos superiores aos seiscentos euros, e aceitaram um aumento faseado, por quatro anos, até ao limite dos seiscentos euros, começando com o aumento de trinta euros (total, 535 euros) em 2016.


Ou seja, criticam que o SMN não suba já para 600€. Mas no relatório financeiro de Novembro/15 lia-se isto:

Citar
O Departamento Financeiro propôs ao Comité Central aprovar os critérios políticos de remuneração aos quadros profissionais militantes do PCTP/MRPP.
Assim:
• O salário do quadro profissional militante do Partido, solteiro/a sem encargos familiares é o salário mínimo nacional de 530 euros mensais, prometido para o próximo ano de 2016, catorze meses por ano e com passe social para a área do seu trabalho partidário.

• O Departamento financeiro estudou as subvenções que possam ser justificáveis por encargos familiares ou situações inesperadas, aos profissionais casados, sendo certo que o salário, mesmo nesses casos, nunca poderá ultrapassar dois salários mínimos nacionais que, no próximo ano, corresponderá (530+530=1 060 euros) ao salário médio do operário português.


Ou seja, apesar de ninguém os impedir de pagarem 600€ ou mais, decidiram esfolar o quadro profissional do Partido propondo o pagamento de 530€.  :D

http://www.lutapopularonline.org/index.php (http://www.lutapopularonline.org/index.php)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2015-12-05 01:57:26
o arnaldo ainda diz esta comica nas contas:

"São assim abolidas as remunerações a recibos verdes, introduzida no partido por um comité permanente onde campeava Garcia Pereira, o maior hipócrita dos denunciantes dos recibos verdes como forma de exploração dos trabalhadores. Na televisão era contra os recibos verdes, mas, no Partido, impunha-os aos militantes quadros profissionais..."
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Deus Menor em 2015-12-05 10:46:48

A Igreja com a pedofilia , as seitas com os suicídios em massa , a política com
desvios da coisa Pública.

Faz o que eu digo não faças o que eu faço, é um faz de conta.

Neste País ainda funciona o parecer, o fato , o carro de gama alta, ainda temos
mentalidade de pobre, e em terra de cegos...
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: tommy em 2015-12-05 12:51:59
60 mil pessoas votarem nesta m*rd* de partido mostra bem o nível de ignorância e alucinação que ainda reina neste país. Incrível.  :o
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Tridion em 2015-12-05 13:04:29
O maior problema é que os políticos quando estão a fazer estas opções fraudulentas ou moralmente reprováveis, acham que como são eles a fazê-las não tem mal nenhum porque têm um objectivo maior e mais nobre de fazer chegar o bem  a um maior número de pessoas.

O PTCP pagar essa vergonha de salário é preciso porque assim fica com mais dinheiro e permite que a mensagem possa chegar a mais pessoas. Um dia no poder (hipoteticamente, como é óbvio) aí sim podiam fazer o bem supremo, que provavelmente seria por todos a ganharem 530 €.  :D

Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: itg00022289 em 2015-12-15 09:35:02
Citar
Arnaldo de Matos e os atentados de Paris: a culpa é do imperialismo

14/12/2015,

O fundador do PCTP-MRPP escreve um texto violento onde defende os ataques. Diz que as forças do "imperialismo" é que "roubam petróleo", os terroristas de Paris "nem chocolates roubaram".

Autor
Filomena Martins 

Os atentados de 13 de novembro em Paris são culpa do imperialismo francês. É isso que Arnaldo de Matos, fundador do PCTP-MRPP, escreve no site do órgão central do partido, a Luta Popular.

Não é o islamismo, mas o imperialismo a causa real, verdadeira e única do ataque a Paris (…) terror, horror, crueldade são os ataques aéreos, de mísseis de cruzeiro, de artilharia, de drones, conduzidos pelo imperialismo, designadamente francês, sobre os homens, os velhos, as mulheres e as crianças das aldeias e das cidades de África e do Médio Oriente, para roubar-lhes o petróleo e as matérias-primas. Os atacantes de Paris nem chocolates roubaram: levaram a guerra aos franceses, apenas para acordá-los: para lembrar-lhes que o governo e as forças armadas do imperialismo francês estão, em nome da França e dos franceses que julgam ter o direito de se poderem divertir impunemente no Bataclan, a matar, a massacrar, a aterrorizar com crueldade inenarrável os povos do mundo”
Na tese que Arnaldo de Matos defende, e com a qual pretende responder a um editorial do Partido Comunista Francês que repudia os ataques daquela sexta-feira negra que fizeram 130 mortos no coração da capital francesa, tudo gira em torno da culpa dos franceses que levou à resposta dos jihadistas. O fundador do PCTP-MRPP critica que um partido como o PC francês, que “se reivindica do comunismo, do marxismo, do leninismo e do maoismo”, traia o seu passado. “É ultraje à teoria revolucionária que para si mesmo reclama e um insulto à memória histórica e ao internacionalismo da heróica classe operária francesa”, escreve.

Arnaldo de Matos passa depois às justificações para os atentados, todas elas em redor da forma como a França, entre outros países, está a agir e, relação a alguns países de África e do Médio Oriente, e fala nos ataques como uma lição para todos. Porque “o cobarde e terrorista imperialismo francês, que conjuntamente com o imperialismo ianque, inglês, alemão e europeu em geral tem estado a massacrar os povos do Iraque, do Afeganistão, da Síria, da Líbia, do Chade, da Nigéria e do Mali durante os últimos vinte anos, não está impune e que pode ser atacado no próprio covil em que se acoita e se consideraria seguro”, escreve ele, acrescentando. “Não é o islamismo, mas o imperialismo a causa real, verdadeira e única do ataque a Paris. Agora os franceses já sabem que a guerra de rapina movida pelo imperialismo francês em África e no Oriente Médio tem como consequência inevitável a generalização da guerra à própria França, à capital desse mesmo imperialismo moribundo.”

Os argumentos são muitos:

Não só não foi um massacre, como foi um acto legítimo de guerra; não foi cometido por islamitas, mas por jiadistas, isto é, combatentes dos povos explorados e oprimidos pelo imperialismo, nomeadamente francês; e acima de tudo – coisa que estes revisionistas de pacotilha intentam ocultar – foi praticado por franceses, nascidos em França, vivendo em São Dinis e noutros bairros do Paris suburbano. Pois é, os combatentes de Paris não são islamitas estrangeiros; são irmãos de sangue do filósofo Alain Badiou e de outros ideólogos do Partido Comunista de França (marxista-leninista-maoista).”
Num texto longo, Arnaldo de Matos repete adjetivos como “lacaios do imperialismo”, “neo-revisionistas bem piores que o revisionismo social-fascista dominante na Rússia Soviética e que a levou à implosão”, “marxistas franceses de pacotilha”, para apontar baterias aos que deixaram os ideais comunistas no passado e foram agora castigados pelo terrorismo.

Eis os texto na íntegra (com os respetivos erros ortográficos):

Os Marxistas-Leninistas-Maoistas Franceses
Lacaios do Imperialismo
Existe em França um partido político denominado Partido Comunista de França (marxista-leninista-maoista), com um portal na internete, designado Lesmaterialistes.com, onde publica as suas abundantes opiniões políticas.

No dia 14 de Novembro passado, publicou um editorial sobre os ataques da véspera em Paris. O editorial, com tradução minha, vai a seguir transcrito na íntegra, mas pode – e deve – ser confrontada a minha tradução com o original francês constante do portal supramencionado.

EDITORIAL

14 de Novembro de 2015

O massacre cometido pelos islamitas em Paris só tem uma lógica: a lógica do terror. O seu objectivo é esmagar os espíritos pelo horror e pela crueldade, traumatizá-los profundamente. O fundamento do procedimento é a negação do materialismo.
Estamos perante um fanatismo, que corresponde à base feudal ainda existente na maior parte dos países do mundo. Com efeito, uma vez chegados ao imperialismo, os países capitalistas realizaram intervenções de tal modo profundas nos outros países que puseram aí à mostra a base feudal ainda existente nos campos.
O objectivo seria impedir a emergência de uma verdadeira burguesia e, em contrapartida, permitir que se revelasse uma burguesia burocrática, que servisse de substituição àquela outra. Com a crise do capitalismo, porém, agudizaram-se as contradições no seu seio: a burguesia burocrática dividiu-se em fracções concorrentes, indo até aos golpes-de-estado, enquanto que os feudais, aproveitando- -se do maná do petróleo, frequentemente se revoltaram.
Os islamistas são o fruto disto tudo, difundindo um capitalismo romântico que apregoa o retorno a uma idade média totalmente idealizada. Defendendo interesses feudais, é a feudalidade ela mesma que se torna o seu programa: proibição dos valores democráticos, da música polifónica, da pintura, dos direitos humanos fundamentais.
Ora, tudo isto sublinha a importância da defesa dos valores democráticos, da herança nacional democrática, dos valores progressistas historicamente apoiados por cada povo, cujo núcleo é a classe operária.

Para um partido político que logo no seu nome se reivindica do comunismo, do marxismo, do leninismo e do maoismo, o editorial acabado de transcrever é um ultraje à teoria revolucionária que para si mesmo reclama e um insulto à memória histórica e ao internacionalismo da heróica classe operária francesa, a quem devemos a gloriosa Comuna de Paris, a primeira ditadura do proletariado revolucionário.

Entende esta canalha revisionista reaccionária que, no passado dia 13 de Novembro, houve um massacre cometido pelos islamitas em Paris, mas não se interroga porquê precisamente em Paris, e não em Lima, em Quito ou em Havana. Ou seja, não se pergunta quais as causas profundas do ataque dos jiadistas à capital do imperialismo francês.

Se se questionassem sobre as causas reais do acontecimento, teriam compreendido, com toda a facilidade e meridiana clareza, que o massacre não é um massacre mas um ataque militar superiormente organizado e conduzido ao coração do imperialismo gaulês, infligindo uma pesada e demolidora derrota ao maior exército e à maior organização policial do continente europeu.

Teriam então compreendido que o cobarde e terrorista imperialismo francês, que conjuntamente com o imperialismo ianque, inglês, alemão e europeu em geral tem estado a massacrar os povos do Iraque, do Afeganistão, da Síria, da Líbia, do Chade, da Nigéria e do Mali durante os últimos vinte anos, não está impune e que pode ser atacado no próprio covil em que se acoita e se consideraria seguro.

Não é o islamismo, mas o imperialismo a causa real, verdadeira e única do ataque a Paris. Agora os franceses já sabem que a guerra de rapina movida pelo imperialismo francês em África e no Oriente Médio tem como consequência inevitável a generalização da guerra à própria França, à capital desse mesmo imperialismo moribundo.

E atenção: não só não foi um massacre, como foi um acto legítimo de guerra; não foi cometido por islamitas, mas por jiadistas, isto é, combatentes dos povos explorados e oprimidos pelo imperialismo, nomeadamente francês; e acima de tudo – coisa que estes revisionistas de pacotilha intentam ocultar – foi praticado por franceses, nascidos em França, vivendo em São Dinis e noutros bairros do Paris suburbano. Pois é, os combatentes de Paris não são islamitas estrangeiros; são irmãos de sangue do filósofo Alain Badiou e de outros ideólogos do Partido Comunista de França (marxista-leninista-maoista).

A lógica profunda do ataque a Paris não é o terror, não é o horror, não é a crueldade; a lógica é a lógica da guerra, dente por dente, olho por olho, até derrotar o inimigo. Terror, horror, crueldade são os ataques aéreos, de mísseis de cruzeiro, de artilharia, de drones, conduzidos pelo imperialismo, designadamente francês, sobre os homens, os velhos, as mulheres e as crianças das aldeias e das cidades de África e do Médio Oriente, para roubar-lhes o petróleo e as matérias-primas. Os atacantes de Paris nem chocolates roubaram: levaram a guerra aos franceses, apenas para acordá-los: para lembrar-lhes que o governo e as forças armadas do imperialismo francês estão, em nome da França e dos franceses que julgam ter o direito de se poderem divertir impunemente no Bataclan, a matar, a massacrar, a aterrorizar com crueldade inenarrável os povos do mundo.

Os marxistas-leninistas maoistas de França, lacaios do imperialismo, foram ao ponto de fabricar uma teoria pseudo-materialista para a espectacular coragem dos jiadistas franceses: fanatismo. Um fanatismo que corresponderia à base feudal ainda hoje existente na maior parte dos países do mundo!…

O mundo vive hoje na fase superior e última do capitalismo, isto é, na fase do imperialismo. Deixem o feudalismo em paz, que esse já morreu. Estes marxistas franceses de pacotilha confundem ideologias retrógradas, designadamente religiosas e políticas, que sobrevivem nos tempos e sobretudo nos países capitalistas atrasados, com bases económicas e sociais que já não subsistem. Onde está em França, um país imperialista moribundo, essa base feudal que explicaria o fanatismo dos jiadistas franceses, nascidos em França como Alan Badiou, que também é de família marroquina, para explicar a subsistência do fanatismo que levou combatentes franceses a fazer explodir Paris, tal como dez meses atrás, em Janeiro passado, já tinham outros, franceses como os de Novembro, feito explodir o Charlie Hebdo?

Onde está o vosso materialismo, lacaios do imperialismo? Quando la grande armée do vosso émulo Napoleão invadiu, como agora fazem as forças do imbecil François Hollande em África, o nosso país, os seus oficiais mandavam enforcar os camponeses portugueses que matavam os vossos soldados, acusando-os de fanáticos; e nessa altura ainda havia fortes vestígios do feudalismo em Portugal. Porém, os nossos camponeses não eram fanáticos nem defendiam o feudalismo: eram pura e simplesmente patriotas, lutando com as duas únicas armas que tinham – a coragem e a vida – contra os invasores franceses. Pois os vossos compatriotas, que tomaram de assalto a margem direita do Sena, em Paris, na sexta-feira 13 de Novembro, não são fanáticos: são franceses patriotas em luta contra o imperialismo francês, que tomou de assalto, destruiu e roubou os países dos seus antepassados mais longínquos.

Estes são franceses anti-imperialistas, para vergonha vossa que sois franceses lacaios do imperialismo.

Onde está o vosso internacionalismo proletário? Vós vendestes o internacionalismo ao imperialismo por um prato de lentilhas.

O prato de lentilhas é aquilo que vós considerais hoje como linha política reaccionária que deve substituir a linha da revolução proletária e da sociedade comunista: “a luta pelos valores democráticos, da música polifónica, da pintura, dos direitos humanos fundamentais, dos valores progressistas historicamente apoiados por cada povo, cujo núcleo seria a classe operária”…

Pois é: os marxistas-leninistas-maoistas de França abandonaram a revolução proletária, o comunismo e a classe operária, e trocaram tudo isso por umarevolução democrática, que a vossa burguesia já fez – e bem feita! – em França, em 1789!…

Os direitos humanos fundamentais? Mas o que é isso? Vós nunca lestes Marx? Os direitos do homem, os direitos humanos fundamentais são uma exigência do mercado capitalista, para poder explorar, sob uma cobertura jurídica, os operários. Os direitos humanos fundamentais são uma forma ideológica de dominação dos operários, porque respondem a uma necessidade do modelo económico hegemónico do capitalismo e tendem à reprodução desse modelo.

Vós sois a negação do marxismo, do leninismo e do maoismo. Vós sois neo-revisionistas, bem piores que o revisionismo social-fascista dominante na Rússia Soviética e que a levou à implosão.

Maoistas, vós? Deixem o Mao descansado, ou então lembrem-se da tese de Mao: Proletários de todos os países, povos e nações oprimidas do mundo, uni-vos!Pois é: o proletariado de todos os países – designadamente o francês – deve unir-se a todos os povos e nações oprimidas do mundo, isto é, deve unir-se aos povos de África e do Oriente Médio que o imperialismo francês, de que vós vos transformastes em nauseabundos lacaios, explora e oprime.

Quem diria: o filósofo Alan Badiou a engraxar as botas do imperialismo francês?!

12.12.2015

Arnaldo Matos

http://observador.pt/2015/12/14/arnaldo-matos-os-atentados-paris-culpa-do-imperialismo/ (http://observador.pt/2015/12/14/arnaldo-matos-os-atentados-paris-culpa-do-imperialismo/)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: kitano em 2015-12-15 11:47:47
E tu Arnaldo, estimo que te fodas.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-15 12:41:27
Agora usando os textos deste doido, poderíamos fazer como o Lark faz com o Trump e dizer que os socialistas/"liberals" são todos assim, que este é o poster boy deles.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Lark em 2015-12-15 14:45:38
Agora usando os textos deste doido, poderíamos fazer como o Lark faz com o Trump e dizer que os socialistas/"liberals" são todos assim, que este é o poster boy deles.

O trump tem 30% das intenções de voto do republicanos.
Lidera as sondagens desde o início da campanha.
E se o Trump diz mata, os outros candidatos dizem esfola.

As duas realidades são incomparáveis.
Devias dar mais atenção ao que se passa lá, antes de botares faladura dessa.

L
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Lark em 2015-12-15 15:06:38
Trump may benefit from emphasis on terrorism in tonight’s CNN debate

THE BIG IDEA:

— Terrorism has emerged as the top concern among Republican primary voters, and Donald Trump is seen as the candidate best equipped to combat it. This is the main reason Trump has popped in the polls since his call last week for a temporary ban on Muslim immigration into the United States.

A fresh Washington Post-ABC News poll finds that 38 percent of Republicans name terrorism as the single most important issue, compared with 29 percent who name the economy and just 6 percent who highlight immigration. “Asked to choose which candidate among the top five they would trust most to deal with threats of terrorism, half of Republicans cite Trump,” Dan Balz and Scott Clement write this morning.

Our poll finds Trump getting 38 percent among Republicans nationally, his highest mark yet. Ted Cruz of Texas has surged into second with 15 percent, effectively doubling his support since our poll last month. Marco Rubio and Ben Carson are tied for third, with 12 percent each.

Fifty-nine percent of Republicans agree with Trump’s proposed Muslim ban, even as 60 percent of all adults nationally say it is the wrong thing to do.

Wolf Blitzer, moderating tonight’s debate on CNN, plans to focus heavily on terrorism and ISIS. “We’ll get to other subjects as well,” he told his cable channel, “but that’s going to be a really important focus, because that’s where the American public is right now.”

Other surveys also back up the sudden salience of terrorism in the wake of the attacks in Paris and San Bernardino. A Quinnipiac University poll of Iowa, which finds Trump and Cruz tied (28-27) among likely GOP caucus-goers, has 30 percent naming terror as their top issue, compared to 21 percent for the economy, 13 percent for foreign policy and 11 percent for immigration. In Iowa, asked who can best deal with terrorism, 33 percent of Republicans said Trump to 24 percent for Cruz and 9 percent for Rubio.

Gallup offers good benchmarks on how the current level of fear among voters compares to the weeks after previous terrorist attacks: Their own poll, published yesterday, found that one in six Americans, or 16 percent, now identify terrorism as the most important U.S. problem, up from just 3 percent last month. “This is the highest percentage of Americans to mention terrorism in a decade, although it is still lower than the 46% measured after 9/11,” writes Rebecca Riffkin. “In 2004, mentions rose as high as 19% after the Madrid train bombings, and then jumped again to 17% in 2005 after the London train and bus bombings. Since 2007, less than 10% of Americans — sometimes less than 1% — have mentioned terrorism in Gallup’s monthly updates, although mentions did spike again to 8% in early 2010 after the failed ‘underwear bombing.’”

Key data point that underscores what Trump is tapping into: “Americans’ trust in the government to protect them from terrorism is the lowest Gallup has measured.”

— So much for being the flavor of the month: Tomorrow is the six month anniversary of Trump kicking off his presidential campaign.

One month ago, Jeb Bush declared confidently to a room of anxious donors in Dallas: “Come December 15, Trump will be in decline.” Well, today is Dec. 15. And The Post poll puts Jeb at 5 percent to Trump’s 38 percent. “I’m super-worried for him,” a major donor who has hosted fundraisers for the former Florida governor tells Ed O’Keefe.

wapo (https://www.washingtonpost.com/news/powerpost/wp/2015/12/15/the-daily-202-trump-may-benefit-from-emphasis-on-terrorism-in-tonights-cnn-debate/)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-15 17:12:19
Agora usando os textos deste doido, poderíamos fazer como o Lark faz com o Trump e dizer que os socialistas/"liberals" são todos assim, que este é o poster boy deles.

O trump tem 30% das intenções de voto do republicanos.
Lidera as sondagens desde o início da campanha.
E se o Trump diz mata, os outros candidatos dizem esfola.

As duas realidades são incomparáveis.
Devias dar mais atenção ao que se passa lá, antes de botares faladura dessa.

L

Sim, claro que isso é um argumento válido e eu estava na piada.

Mas de uma outra vez também usaste uma excepção qualquer dos EUA (que não o Trump) para dizer algo do género.

E de resto, o Arnaldo não é o único alucinado. Deve ser possível extrair coisas engraçadas do PCP ou até do BE. O PCP ou outro dia sobre a Venezuela já disse umas quantas.

Um facto é que nunca devemos dizer que todo um conjunto significativo de pessoas pensa assim ou assado porque UMA pessoa tem opiniões alucinadas. A menos, claro, que as opiniões alucinadas sejam a própria base da ideologia em questão
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Lark em 2015-12-15 17:24:47
A menos, claro, que as opiniões alucinadas sejam a própria base da ideologia em questão[/b]

que é o caso com o trump.
a base do eleitorado do trump, carson e cruz (top three - 65% do GOP) é ou está alucinada.
perderam qualquer tipo de inibições politicamente correctas e estão a dizer o que realmente lhes vai na alma.
o trump é apenas uma câmara de eco desse eleitorado.

L
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Deus Menor em 2015-12-15 17:35:33
A menos, claro, que as opiniões alucinadas sejam a própria base da ideologia em questão[/b]

Pior que isso,  é assumidamente vender "banha da cobra", mentir por incompetência,
tomar o Cidadão por lorpa.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-15 17:38:54
A menos, claro, que as opiniões alucinadas sejam a própria base da ideologia em questão[/b]

que é o caso com o trump.
a base do eleitorado do trump, carson e cruz (top three - 65% do GOP) é ou está alucinada.
perderam qualquer tipo de inibições politicamente correctas e estão a dizer o que realmente lhes vai na alma.
o trump é apenas uma câmara de eco desse eleitorado.

L

Não, as opiniões de base do Trump não são a base da ideologia Conservadora. São opiniões meramente casuísticas, sobre coisas que estão nas notícias agora.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Lark em 2015-12-15 18:20:36
A menos, claro, que as opiniões alucinadas sejam a própria base da ideologia em questão[/b]

que é o caso com o trump.
a base do eleitorado do trump, carson e cruz (top three - 65% do GOP) é ou está alucinada.
perderam qualquer tipo de inibições politicamente correctas e estão a dizer o que realmente lhes vai na alma.
o trump é apenas uma câmara de eco desse eleitorado.

L

Não, as opiniões de base do Trump não são a base da ideologia Conservadora. São opiniões meramente casuísticas, sobre coisas que estão nas notícias agora.

2/3 dos votantes do GOP é mais que uma base. É uma maioria qualificada.
E pensam como ele* ou têm mesmo opiniões mais extremas que ele.
E já as têm há anos. Perderam foi a vergonha de as verbalizar.

L

*o que o trump pensa e o que o trump diz são coisas diferentes. isto é um publicity stunt para ele. Para a brand Trump.
secretamente deve achar a base dele um bando de energúmenos.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Incognitus em 2015-12-15 18:32:55
Estou a falar da base da ideologia, não da base de apoio.

E tu próprio colocaste um artigo que dizia que o apoiam não tanto pelo que diz, mas pela forma como o diz.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: itg00022289 em 2016-07-18 23:11:46
Este Arnaldo Matos poderá tornar-se o grande concorrente do Ricardo Araújo Pereira.
É um alucinado do melhor.
O jornal está cheio de insultos ao Garcia Pereira
http://www.lutapopularonline.org/index.php (http://www.lutapopularonline.org/index.php)



Garcia Pereira: O Perfil de um Canalha

A reunião de ontem do Comité Distrital de Lisboa do Partido fez um balanço vasto e profundo dos nove meses de luta pela denúncia e afastamento do grupo liquidacionista anti-partido, capitaneado pela dupla anti-comunista primária de Pereira/Franco.

Foram estudados todos os documentos com os quais o camarada Arnaldo Matos, fundador do Partido, denunciou, frequentemente perante todo o comité central, o anti-marxismo e o anticomunismo primários de Garcia Pereira, o qual se escondia atrás do secretário-geral burocrata e analfabeto Conceição Franco, para desferir cobardes ataques à classe operária e ao povo trabalhador.

O movimento de denúncia de Garcia Pereira atingiu já um ponto bastante alto junto dos operários e outros trabalhadores.

Garcia Pereira vivia à conta do dinheiro que explorava, através da sua profissão, aos trabalhadores que procuravam os serviços do seu escritório de advogado.

Na reunião de ontem, tomou-se a decisão de denunciar perante a classe operária e perante os trabalhadores, o carácter pioloso e canalha de Garcia Pereira, e dar a conhecer a denúncia que o camarada Arnaldo Matos nunca deixou de fazer desse canalha.

Nos arquivos do Partido constam documentos comprovativos do carácter reaccionário e canalha de Garcia Pereira, denunciados a tempo, e que o comité central do Partido frequentemente preferia ignorar.

No dia 21 de Agosto de 2015, quando se preparava a participação do Partido nas eleições legislativas e o jornal Luta Popular Online deveria ser reorganizado para poder cumprir o papel de jornal político e órgão central do PCTP/MRPP, o camarada Arnaldo Matos endereçou ao canalha Garcia Pereira a seguinte correspondência, com um solene aviso, que a seguir se transcreve na íntegra:


“Caro Garcia Pereira,

Estás a ir por um mau caminho, se continuas a fingir não perceber o que te digo.

Olhei para a primeira página do Luta Popular Online de hoje e fico sem saber se as alterações que apresenta são ou não a nova primeira página, subsequente às minhas críticas e concelhos de anteontem.

Se são, só me resta mandar-te à merda e deixar de aturar as tuas garotices.       

As observações que te enviei visavam reunir os nossos melhores gráficos para redefinirem, segundo uma nova linha política e após ampla e livre discussão, a nova maqueta da primeira página, quanto à espacialidade, cor, títulos, letras e lugar de relevo a conceder ao editorial, como peça nobre da linha do Partido.

 Vejo que nada disso foi feito nem entendido, e que se optou por pequenas alterações isoladas, fora de uma nova linha política consequente, e que, quanto ao editorial, a minha observação sobre o filete vermelho levou pura e simplesmente à eliminação do filete vermelho unicamente do editorial…       

Compreendi perfeitamente.       

Passarei a comunicar unicamente com o comité central no seu conjunto, a ver se há lá alguém que entenda o que é que está em causa e o que eu digo.

Arnaldo Matos”
 

 Perante a carta, clara e sem hesitação, do fundador do Partido, Garcia Pereira embrulha-se como um réptil seboso, tentando desviar as questões políticas suscitadas para o campo das questões pessoais, alegando as dificuldades das suas relações com a mulher e alguns dos filhos, ou com o Fisco, para escapar às suas responsabilidades políticas. Vejam a resposta do Garcia Pereira e digam-me os leitores se é ou não próprio de um verme, um sujeito que não hesita em invocar o nome da mulher e dos filhos para justificar as suas piores patifarias…


“Caro Camarada,


Li o teu mail. Sinto-me literalmente perdido e transtornado. A tua ruptura para comigo é algo de praticamente inultrapassável. Na verdade, és e sempre serás uma referencia, um farol na minha vida. Salvaste-me a vida, a física e a política, em 1978. Apoiaste-me sempre em todas as situačoes mais difíceis da minha vida. NUNCA o poderei esquecer! Reconheço a justeza das tuas críticas mas estou a sentir o chão fugir--me debaixo dos pés. Sinto-me profundamente cansado Estou a enfrentar rupturas pessoais, familiares, designadamente com a Sandra, que me fala em separação e Ricardo, que cortou relações), profissionais (com participações à Ordem e ameaças de processos indemnizáveis, tendo deixado praticamente de advogar) de toda a ordem. Estou com dívidas, designadamente ao Fisco, que não consigo pagar! Nem vejo como. Tenho tentado (ainda ontem estive durante horas a preparar e a apoiar a Fernanda Calaça) mas sinto que efectivamente não tenho estado à altura das responsabilidades. Quero porém dizer-te que não quero ir por maus caminhos nem cometer garotices, muito menos contra ti. Esta não é a 1a página da linha do Partido.

Tenho de me aguentar, isso eu sei. Mas não consigo ver como posso passar sem o teu contacto, o teu apoio, a tua amizade. Desculpa. Nunca te quis atacar nem menosprezar quer política quer pessoalmente!

Forte Abraço (se mo permites)

Garcia Pereira”
 

Note o leitor, na resposta, que o camarada Arnaldo Matos esclarece o canalha Garcia Pereira, que já desde o Verão de 2013 que se apercebia que as suas relações com o Partido não iriam longe.



“Caro Camarada Garcia Pereira,


 Estás permanentemente a misturar problemas e relações pessoais com problemas e relações políticas, e essa mistura não te permitirá nunca fortalecer nenhum dos tipos de relações, nem resolver nenhuma das espécies de problemas.

Em relação aos problemas políticos, que são os prioritários, a questão é simples e há muito está identificada: o actual comité central liquidou, nos últimos vinte e cinco anos, a base teórica marxista, a base ideológica comunista e a base política revolucionária do Partido e cortou a sua ligação às massas.

O partido comunista foi transformado num partido democrata burguês, destinado a disputar eleições, a eleger um deputadinho e a participar num governo com o PS ou o PSD.

Os dirigentes do Partido nos vários escalões serviram-se do Partido para organizarem a sua vidinha e deixaram completamente de se preocupar com a revolução.

A situação agora está brava, porque a contra-revolução tomou o freio nos dentes e vocês, com uma cobardia inaudita, abandonaram os operários, os pobres e o povo.

Todas as tentativas que fiz nos últimos sete anos, - data da crise económica financeira mundial (2008) – não tiveram grande sucesso, porque os dirigentes do Partido não estavam para ai virados, não estudavam, não lutavam, nem se mostravam preocupados senão com os euros que a europa alemã lhes pudesse proporcionar.

O que esses falsos e hipócritas dirigentes não previram é que essa nova pele reaccionária, que haviam entretanto vestido, iria rebentar com as suas próprias vidas e cortar todas as suas relações com os explorados, os pobres e a revolução.

Enquanto eu me esganhava para recuperar e refundar o Partido, tu e os teus amigos do Comité Central não só não apoiavam as iniciativas tomadas para alterar tudo o que devia ser alterado, mas até ensaiavam uma guerra especial contra o papão, destinada a mostrar que não tinham medo do papão…

Pobres estúpidos!

Pode ser que vocês estejam todos a descobrir agora que, afinal, a força ideológica e política dos revolucionários é também o cimento que fortalece as relações pessoais e familiares!

Não pretendo intrometer-me nas relações entre ti e a tua mulher. Mas a conversa que tive convosco no Verão de 2013, ao almoço, no Porto Santo, foi suficiente para perceber que nem as tuas relações com o Partido nem as relações entre ti e a tua mulher iriam muito longe.

Espero sinceramente que consigas vencer as dificuldades por que me dizes estarem a passar. Mas se casaste com a Sandra sem teres tido a coragem de lhe prantear que o teu sonho supremo era a revolução, as responsabilidades partidárias e o amor à classe operária e aos pobres, cometeste um erro ou um duplo erro: o erro de não teres sonhos revolucionários ou e o erro de não teres coragem de lhe confessar que tinhas ou não tinhas esses sonhos, de modo a que ela ficasse bem ciente do que é que a esperava e pudesse partilhar da tua vida.

É uma questão de lealdade e de seriedade!

Suponho que ainda irão a tempo de corrigir os erros que porventura hajam sido cometidos, até porque me parece que a tua mulher tem qualidades pessoais muito apreciáveis.

Tudo está em saber que sonhos alimentam vocês os dois e se eles são pessoalmente compatíveis em termos políticos.

Relativamente aos problemas económicos por que passas, não vejo como possa discuti-los contigo, quando os meus são incomparavelmente piores que os teus. E eu vivo no mesmo andar onde vivia há cinquenta anos!

Se tens dívidas ao fisco, elas terão de ser pagas. Deves ter um plano para pagá-las e pedir a colaboração dos teus amigos. Por mim, ajudarei no que puder.

Problemas profissionais vais tê-los sempre, enquanto tiveres essa profissão. Não vejo é que esses problemas devam ocupar muito do teu tempo, pois não merecem isso.

Problemas com os filhos resolvem-se por si mesmo, indo cada um para seu lado, e só devem preocupar os pais quando os problemas são de saúde. Aí temos que ajudar em tudo o que pudermos: mas não é um problema; é uma dor ao nível da emoção, do sentimento e do amor. Sei o que é isso melhor que ninguém, mas ainda ando por aqui a lutar comigo para cumprir as minhas tarefas, velho de 76 anos.

Relativamente às tarefas políticas, essas não tenho mesmo ideia de como ajudar-te a resolvê-las, porque a questão é que tu não queres resolvê-las.

Se quando 150 polícias invadem o Bairro da Cova da Moura, tu não sabes o que é que deves fazer, só vejo uma solução: reunires imediatamente o Comité Central ou o Comité Permanente e tomar uma decisão imediata.

Mas o problema da Cova da Moura já devia, quanto ao fundo, ter uma solução política e organizativa tomada e executada há anos.

Se há um problema com a primeira página do jornal, há que lembrar que o assunto já devia estar resolvido há anos e não está. (…)

 Arnaldo Matos”
 

Na reunião de ontem também foi estudado o golpe pelo qual o charlatão Garcia Pereira tomou de assalto o cargo de secretário-geral do Partido, afastando o operário Conceição Franco, e de como o fundador do Partido, logo que tomou conhecimento do golpe, avisou o canalha do Garcia Pereira que suspenderia imediatamente a sua colaboração com o PCTP/MRPP até que fosse anulado e declarado sem efeito o golpe oportunista pelo qual o canalha e liquidacionista Garcia Pereira usurpara o cargo de secretário-geral do Partido.


“Ao Comité Central

 O Partido, a classe operária, as massas, o povo e o país só ontem puderam tomar conhecimento, através de um elogio fúnebre de Carlos Paisana publicado no Luta Popular Online a respeito do cabeça da lista eleitoral do PCTP/MRPP por Lisboa, que Garcia Pereira é o actual secretário-geral do Partido e que Conceição Franco deixou de o ser, não se sabe nem quando, nem como, nem porquê.

Eu também nunca fui informado nem do momento nem dos motivos dessa substituição.

Se foi por causa das responsabilidades do secretário-geral Conceição Franco nas eleições da Madeira, então eu deveria ter sido chamado e ouvido pelo comité central, para poder dizer, depois de publicamente ter assumido as minhas responsabilidades na matéria, como o fiz, quem é que eu entendo que é responsável pela não eleição do nosso deputado local, e poder dizer-vos que esse principal responsável é precisamente Garcia Pereira, porque era o dirigente máximo que se encontrava no local das operações.

Sempre que possível, tenho deixado bem claro a todos os militantes do Partido com quem tenha tido a oportunidade de falar sobre o assunto, que, após a realização das próximas eleições para a Assembleia da República, o Partido deve entrar numa fase de intensa discussão, com vista à realização de um Congresso que redefina o programa político e a linha geral do PCTP/MRPP, reforce sem ambiguidades a sua posição de partido comunista marxista-leninista e eleja um novo comité central e um novo secretário-geral.

Nos camaradas com quem falei sobre o caso não deixei dúvidas que havia necessidade de um congresso verdadeiramente refundador do Partido, capaz de vencer as dúvidas que se foram entretanto criando sobre o papel do comunismo e do marxismo-leninismo como bandeira vermelha da revolução proletária.

É com o maior espanto que vejo o actual comité central antecipar-se a essa tarefa por meio de um golpe palaciano que não tem outro objectivo senão sabotar a renovação do Partido Comunistas dos Trabalhadores Portugueses (PCTP/MRPP), impondo alterações à força, nas costas do Partido e das massas, e antes do tempo.

Durante três anos, foi sabotada pelo actual comité central, pelo anterior secretário-geral, pelo agora auto-intitulado secretário-geral e sucessivamente pelo director Carlos Paisana e pela directora Gabriela a tentativa de restaurar, segundo a linha marxista-leninista, o órgão central do Partido, o jornal Luta Popular Online.

Todavia, apesar de múltiplas incompreensões, sabotagem e deserções não deixa de antever-se o enorme sucesso que teria o Luta Popular Online, quando correctamente dirigido e empenhado no trabalho de massas.

Vai para três semanas que deixei de colaborar nele, e há três semanas que não se publica um único artigo novo no jornal.

Acontece que o comité central só tem legitimidade para escolher um novo secretário-geral, se o próprio comité central tiver saído de um congresso especialmente convocado para escolher um novo comité central. E, naturalmente, o partido e os seus militantes têm de conhecer os motivos teóricos, políticos e ideológicos que levaram à convocatória e realização do Congresso e à escolha dos novos órgãos dirigentes.

Ora, aqui substituiu-se o secretário-geral do Partido sem que os militantes e os operários conheçam os problemas que estiveram na ordem do dia da substituição.

De qualquer modo, não acho que Garcia Pereira tenha características para ser secretário-geral de um partido comunista, pela simples razão que Garcia Pereira não é um comunista nem dedicou o tempo necessário para estudar empenhadamente o marxismo.

É certo que o anterior secretário-geral nunca se dedicou a estudar com afinco o marxismo e também não está preparado para cumprir a tarefa para que foi escolhido há quase 25 anos (que Carlos Paisana, no elogio fúnebre à Lista de Lisboa, reduz a 14 anos apenas). Mas é só no próximo Congresso do Partido que surgirá a oportunidade política da sua substituição.

Não contem comigo para coonestar golpes oportunistas como o que levou Garcia Pereira ao poder dentro do Partido.

A minha colaboração com o actual PCTP/MRPP fica total e imediatamente suspensa até que seja anulado e declarado sem efeito o golpe oportunista pelo qual Garcia Pereira se alcandorou à direcção do Partido.

Há muito que a comunicação social capitalista elegeu e tentou impor ao Partido a pessoa de Garcia Pereira como seu secretário-geral.

Em grande parte, a responsabilidade pelo êxito da teia urdida pelos capitalistas deve-se à incontida modéstia, por um lado, e à manifesta incapacidade e incompetência, por outro, do secretário-geral Conceição Franco.

Mas não deve confundir-se a modéstia e fraquezas de Conceição Franco, um operário com muitas e graves insuficiências, com os truques de um golpista que quer pôr o Partido a sustentar-lhe o ego.

 Arnaldo Matos”



 

E veja o leitor como todo o comité central da direcção bicéfala do Garcia Pereira e Conceição Franco deram unanimemente o dito por não dito, numa resolução assinada pelo canalha Garcia Pereira, em que apresenta uma autocrítica nojenta e pensa com ela bajular o camarada Arnaldo Matos, que nunca respondeu a essa resolução do Comité Central.

 


“RESOLUÇÃO

O Comité Central, na sua reunião plenária de 4 de Setembro de 2015, tendo discutido a carta que o camarada Arnaldo Matos lhe dirigiu no dia 3 de Setembro, adoptou a seguinte Resolução.

1.O Comité Central considerou que a sua decisão de Abril passado de destituir o camarada Luís Franco do cargo de secretário-geral e substituí-lo pelo camarada Garcia Pereira mais não representou do que um golpe palaciano para, no fundo, dar cobertura às aspirações do camarada Garcia Pereira de se alcandorar ao poder na direcção do Partido.

2.Na verdade, essa decisão não só não foi politicamente e correctamente fundamentada como nem sequer veio a ser objecto de uma ampla discussão no Partido e, muito menos, foi dada a conhecer e discutida com o camarada Arnaldo Matos, como devia ter sido.

3.Por outro lado, para além dessa decisão não poder ser tomada sem ser precedida da realização de um Congresso, constituiu também uma manobra para tentar liquidar à partida a tarefa, já defendida pelo camarada Arnaldo Matos, de, após as eleições legislativas, se iniciar um movimento de discussão para a realização de um Congresso de onde saia a redefinição do programa politico e da linha geral do Partido e a eleição de um novo Comité Central e, então sim, do seu secretário-geral.

4.A decisão golpista do Comité Central exprimiu igualmente a completa cedência às pretensões repetidamente manifestadas pela comunicação social – e não contrariadas pelo Garcia Pereira – de impô-lo como secretário-geral do Partido.

5.Independentemente das responsabilidades colectivas assacadas ao Comité Central e, em particular, aos membros do Comité Permanente do Comité Central, o camarada Garcia Pereira foi severamente criticado e as suas atitudes individualistas pequeno-burguesas denunciadas, designadamente as de sobranceria perante as massas, bem como as de colocar em primeiro lugar os seus projectos de natureza pessoal e profissional, em prejuízo das tarefas de direcção e de organização do Partido.

6.Por estas razões e porque se tratou de uma decisão que põe em causa a unidade e os objectivos políticos revolucionários do Partido, o Comité Central delibera revogá-la e dá-la sem qualquer efeito, reconduzindo o camarada Luís Franco no cargo de secretário-geral, dando-lhe todo o apoio no cumprimento destas suas tarefas.

7.O Comité Central, embora aceitando a autocrítica do camarada Garcia Pereira que fica anexa a esta resolução, apelou a uma apertada vigilância dos restantes membros do Comité Central e do Partido relativamente à sua conduta no cumprimento das tarefas que lhe forem atribuídas, em particular e no imediato, na campanha eleitoral.

8.Decidiu ainda o Comité Central retirar-lhe todas as tarefas políticas de direcção, mantendo apenas as tarefas relacionadas com a campanha eleitoral, nomeadamente, a da Madeira, passando o controlo político do jornal do Partido a ser assumido pelo camarada Luís Franco.

9.Para além das que foram suscitadas sobre o golpe da ascensão do Garcia Pereira a secretário-geral, o Comité Central manifestou também a sua inteira concordância com as criticas e observações justamente feitas pelo camarada Arnaldo Matos acerca da linha liquidadora do Luta Popular Online e às responsabilidades do camarada Garcia Pereira pela derrota nas eleições da Madeira.

10.Esta resolução deve ser objecto de uma ampla discussão politica no seio do Partido, promovendo-se reuniões para o efeito, sem prejuízo das tarefas da campanha eleitoral.

11.Em aplicação desta Resolução, devem ser realizadas as alterações que se impõem nas biografias dos camaradas Luís Franco e Garcia Pereira na lista de Lisboa, publicada no Luta Popular Online.

O Comité Central

Lisboa, 4 de Setembro de 2015

(Aprovada por unanimidade)”

 

Garcia Pereira é um golpista sem carácter, um oportunista sem escrúpulos, um canalha sem vergonha, que tudo fez para liquidar o partido.

Este canalha deve ser denunciado como um verme junto aos operários, antes que possa enganá-los mais alguma vez.

Garcia Pereira é um anticomunista primário e além disso um sujeito sem carácter, um pulha e um canalha. Teve sempre o camarada Arnaldo Matos à perna, que nunca o deixou pôr o pé em ramo verde, nem nunca aparou os seus golpes. E como se comportaram o secretário-geral do Partido, Conceição Franco, os membros do Comité Permanente e os membros de todo o Comité Central?

Mas há mais documentos que confirmam o trajecto anti-comunista e social-fascista de Garcia Pereira. Havemos de voltar a eles.

11.07.2016

Frederico
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: kitano em 2016-07-19 11:42:18
Uma novela
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2016-07-19 11:47:59
Em 2012 o Arnaldo de Matos tinha uma opinião diferente do Garcia Pereira

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=9dmbzunaVkA#)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Paquinho em 2016-07-19 14:28:49
Na capa do i de hoje:
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2016-07-19 14:31:22
ainda havemos de ouvir grandes elogios quando este energúmeno morrer.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2017-03-25 10:20:28
MRPP. Arnaldo Matos defende legitimidade de atentado em Londres (http://observador.pt/2017/03/24/mrpp-arnaldo-matos-defende-legitimidade-de-atentado-em-londres/)

Imagino o que seria na comunicação social se alguém defendesse atentados terroristas contra o socialismo venezuelano e o comunismo coreano.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Kin2010 em 2017-03-26 04:18:45
Pela correspondência acima se percebe que Garcia Pereira é um homem sensato, humano, que mostra fraquezas quando necessário, ao passo que Arnaldo Matos tem um perfil de monstro psicopático, daqueles que, num contexto revolucionário, poderia facilmente mandar matar milhares de pessoas sem pestanejar, e absolutamente convencido de ter razão.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: vbm em 2017-03-26 18:38:12
Sabia do saneamento de Garcia Pereira,
mas não da iniciativa do Arnaldo de Matos,
esse desaparecido. Por acaso, entrei neste thread
pela página 1 e li a carta espantosa e cheia de verve
da  filha do Garcia Pereira contra o "Educador
da classe operária". Notável! 

Nada há pior em política
do que um político
fraudulento!
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2017-03-26 22:33:40
Pela correspondência acima se percebe que Garcia Pereira é um homem sensato, humano, que mostra fraquezas quando necessário, ao passo que Arnaldo Matos tem um perfil de monstro psicopático, daqueles que, num contexto revolucionário, poderia facilmente mandar matar milhares de pessoas sem pestanejar, e absolutamente convencido de ter razão.
O Arnaldo de Matos é um Kim Jong-un em potência, apenas lhe faltando o poder absoluto para tal.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Reg em 2017-03-26 23:17:09
 Arnaldo de Matos   se tivesse mesma carisma do fidel castro  podia muito bem ter chegado poder

o mesmo se aplica ao Otelo e outros

porque mais 50% partidos do povo  portugues  diz fidel foi grande homem...que cometeu alguns "erros".....

tirando carisma do fidel,  so olhando para cuba  e tipica ditadura comunista durante decadas  como foram as outras quase todas

a unica teve merito foi chinesa  que mudou o sistema todo para melhorar condicoes das pessoas ( meteram comunismo/socialismo na gaveta)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2017-05-25 20:03:26
Finalmente o Garcia Pereira respondeu. Aguardam-se os próximos mimos do Arnaldo Matos. Quais novelas da TVI, qual quê !  :D
http://observador.pt/2017/05/25/mrpp-garcia-pereira-quebra-o-silencio-e-fala-da-traicao-do-pai-arnaldo-matos/ (http://observador.pt/2017/05/25/mrpp-garcia-pereira-quebra-o-silencio-e-fala-da-traicao-do-pai-arnaldo-matos/)


Em paralelo também gostei desta parte sobre o digníssimo ex-presidente da comissão europeia ;D
Citar
Garcia Pereira começou depois a questionar-se “sobre o que realmente estava a acontecer e onde estava o Arnaldo Matos que conhecera e com quem tanto aprendera.” E no texto enumerou alguns exemplos do que considera virtudes de Arnaldo Matos: “Onde estava, na verdade, o Arnaldo Matos que, em 1975, ordenou a Durão Barroso – que apareceu na sede nacional do Partido, na Avenida Álvares Cabral, com uma camionete cheia de mobiliário da Faculdade de Direito – que o fosse de imediato restituir pois no PCTP/MRPP não éramos ladrões e que aquela era uma atitude indigna de comunistas?

Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Zel em 2017-05-26 18:13:53
o durao barroso eh que mudou pouco
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2019-02-22 11:26:12
Morreu Arnaldo Matos, fundador do PCTP-MRPP (https://www.noticiasaominuto.com/pais/1203879/morreu-arnaldo-matos-fundador-do-pctp-mrpp)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: kitano em 2019-02-23 13:19:39
Citar
2. Morreu Arnaldo de Matos. Certos democratas achavam-lhe graça, sobretudo desde que o sujeito desatou a disparar insultos para os antigos camaradas ou para os eternos concorrentes das fascinantes catacumbas marxistas. Eu não. O tom burlesco e desprendido não escondia, muito pelo contrário, o que ali estava: um fanático que, se pudesse, despacharia um mundo de “inimigos” a tiro – ou método pior. Na hora da morte, o prof. Marcelo chamou-lhe “um defensor ardente da liberdade”. Por acaso, era exactamente o oposto: como de costume, o prof. Marcelo falhou por pouco.

https://observador.pt/opiniao/a-famiglia-nao-se-escolhe/
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: Automek em 2019-02-23 14:04:11
Ainda há discuti com o Zenith quando ele disse que era de admirar as pessoas que lutam até ao fim pelas suas convicções. Aqui está um belo exemplo de mais um por quem tenho zero respeito como político.

Essa passagem do artigo é certeira. Eu diria que daqui no forum nenhum sobrevivia se o Arnaldo de Matos tivesse tido o poder. Até o mais socialista do forum seria um ultraliberal cujo único destino seria o pelotão de fuzilamento, depois de servir até poder numas minas quaisquer.
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: meopeace em 2019-02-24 05:30:03
Ainda não me inteirei deste tópico,
não me inteirei do Arnaldo.
E não me inteirei do PCTP.

Só de entrar no "lutapopularonline.org (http://lutapopularonline.org)" (que não sabia que era do PCTP),
encontrei um pequeno texto do Arnaldo, que aparentemente concordo!
Concordo que o texto é agressivo, talvez próprio de um personagem agressivo nas palavras...
Mas o texto (que só superficialmente concordo) não consegue atingir o fundamental da problemática!



O texto:

A EMEL Destrói Lisboa!
Publicado em 09.09.2018, Arnaldo Matos

A Empresa Municipal da Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (EMEL-EMSA), que tem por objecto a gestão e exploração do estacionamento público urbano tarifado de superfície no concelho de Lisboa, está a destruir a capital do País e a tornar impossível a vida dos cidadãos tanto residentes como visitantes .

A EMEL já destruiu grande parte da cidade antiga, do Restelo ao Parque das Nações, entre as linhas do Tejo e da Ferrovia, e prepara-se para liquidar os bairros periféricos todos ao mesmo tempo, de Belém à Ajuda, de Benfica ao Aeroporto, de Telheiras a Alvalade, dos Olivais à Encarnação.

A ideia de todos os partidos que tomaram de assalto a Câmara de Lisboa, desde Sampaio e João Soares,2 foi destruir o espaço público que constitui a rede urbana da cidade de Lisboa e vendê-lo à tarifa, transformando aquilo que já é a segunda fonte das receitas orçamentais na sua primeira fonte de rendimentos.

O espaço público das estradas, avenidas, ruas, becos, alamedas, parques, praças e jardins, rotundas e passeios foram desenhados e construídos para a beleza e respiração das cidades, e para o exercício da cidadania, da cultura, da criação artística e da unidade dos povos.

3Tudo isso foi também construído para a circulação de viaturas, nomeadamente automóveis, e para o estabelecimento da relação entre mobilidade e estacionamento das coisas e dos homens, impostos pelo desenvolvimento económico e social e pela troca de mercadorias.

Gente supinamente inculta e governantes ignaros, como Salgado, Medina, Costa, Carmona, Santana, mas também João Soares, fizeram do espaço e do domínio público da urbanidade superfícies tarifadas, como se tudo isso tivesse saído dos cérebros dos arquitectos e urbanistas como parques de estacionamento4 para pagamentos automáticos. Vejam o que os monhés fizeram da belíssima Avenida da Liberdade, da imponente Praça do Marquês de Pombal, da Avenida do Brasil, da Universidade!

Lisboa já não tem vereadores e presidentes, tem apenas arrendatários de ruas ao metro quadrado. Porque não fazem silos e parques de estacionamento às entradas da cidade, gratuitos e seguros para quem apenas deseja viver nela ou conviver com ela?

Desde que existe, a EMEL abateu metade das árvores de Lisboa, destruiu todos os seus jardins floridos, eliminou todos os passeios onde antes podiam circular carrinhos de bebés.

Os cidadãos lisboetas velhos e novos, mulheres e homens, adolescentes e crianças são forçados a deslocar-se no meio dos arruamentos, pois deixou de haver passeios seguros e confortáveis para peões.

Para tomar uma refeição num tasco do seu bairro, um operário e outros trabalhadores têm de acrescentar ao preço das refeições mais um terço para a superfície tarifada. Por cada quatro sardinhas que come, a quinta é empalada pela EMEL e pelo Medina. Os pais não têm onde deixar os filhos nas escolas, porque os lugares à porta estão ocupados pela EMEL, assim como não os há junto das lojas, dos cinemas, dos teatros, das igrejas.

Isto tem de acabar! Isto não pode continuar assim!

5A EMEL está agora a ocupar os parques de estacionamento dos condóminos em toda a cidade, designadamente nos Olivais, em Telheiras, em Benfica, na Alta de Lisboa, em Alvalade, no Restelo e na Encarnação.

Nos Olivais já distribuíram mapas onde os jardins aparecem rapados para parques de estacionamento de automóveis.

Esta ocupação do espaço público das vias de circulação pela Câmara de Lisboa é totalmente ilegal. A Câmara não pode tarifar a ocupação temporária do espaço das vias públicas.

Apelo à população de Lisboa para se organizar e se erguer contra a EMEL e contra o município de Lisboa. Devem criar–se comités populares nos bairros dos Olivais, Encarnação, Alvalade e outros locais onde a EMEL se prepara para ocupar ilegalmente e, ao fim e ao cabo, para roubar, como se dirá com toda a propriedade, espaços e vias públicas, ruas, avenidas e jardins que pertencem ao usufruto dos moradores desses bairros.

Abaixo a EMEL! A EMEL está a destruir Lisboa! Por isso deve ser ela totalmente destruída.

Organizemo-nos e escorracemos a EMEL das nossas vidas! A Câmara não é dona nem proprietária das vias, ruas e espaços públicos! Os espaços públicos são nossos!

http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2421-a-emel-destroi-lisboa (http://www.lutapopularonline.org/index.php/partido/2421-a-emel-destroi-lisboa)


   :D




Diz-se que... O Estado somos todos nós!

Isto é uma falácia.
É pura mentira.
Ponto final.

O Estado é uma entidade e o "todos nós" é outra coisa: outra coisa fora do Estado.

Pode haver relações entre ambos, económicas principalmente:
O "todos nós" paga impostos, porque obrigado coercivamente pela entidade "Estado",
e a entidade "Estado" distribui os impostos de acordo com as escolhas do Governo eleito pelo "todos nós".
O "Estado" é a única entidade autorizada e legitimada a cobrar coercivamente impostos.
O "todos nós" não pode cobrar impostos.

A prova de que o "Estado" é uma coisa e o "todos nós" é outra coisa... é a EMEL.
A EMEL é o "Estado": foi criada pelo "Estado" e existe porque o "Estado" quer que exista.

O "todos nós" não teve, não tem e nunca terá qualquer voto na matéria.
Quando alguns, ou algumas Presidentes de Juntas de Freguesias,
decidem questionar os moradores de certa Freguesia se desejam ou não a entrada do império EMEL,
é porque são apenas Presidentes generosos e altruístas na medida em que permitem a palavra dos moradores,
apenas na questão da "entrada" ou "não entrada" da EMEL na freguesia em que vivem.
De registar que nem todos ou todas os(as) Presidentes de Juntas de Freguesia são generosos e altruístas...



Se a falácia inicial - O Estado somos todos nós! - fosse afinal algo de verdadeiro...


Primeiro:
Deixaria de ser uma falácia!


Segundo:
Nunca o "todos nós" iria cobrar ao "todos nós" por usufruir do "espaço público" que é de "todos nós".

O que se passa é que a entidade "Estado", que é diferente do "todos nós",
arroga-se o direito de cobrar ao "todos nós" o usufruto do "espaço público" (leia-se: espaço da entidade "Estado")
que ardilosamente é confundido com "espaço de todos nós" porque conhecido como "espaço público".

Não!
O "espaço público" NÃO É o "espaço de todos nós"!
O "espaço público" É propriedade da entidade "Estado".

A entidade "Estado" NÃO É do "todos nós".
Por isso a entidade "Estado" pode cobrar pelo SEU espaço,
o espaço conhecido ardilosamente como "espaço público" (leia-se: espaço da entidade "Estado").


E se repararem...
A entidade "Estado" também cobra por todas as SUAS casas (as casas da entidade "Estado"):
as casas onde vivemos e do qual somos titulares.


O grande equivoco da Mariana Mortágua do Bloco de Esquerda
quando constatou que o Banco Espirito Santo era o Dono Disto Tudo.
NÃO!  O Dono Disto Tudo é mesmo a entidade "Estado".
Ponto final.


Só me interrogo porque motivo a entidade "Estado" consegue ardilosamente convencer o "todos nós",
de que o espaço da entidade "Estado" é "espaço público" ou seja: que tem significado de "espaço público" ou de "todos nós",
quando essa mesma entidade "Estado" sabe que o "espaço público" é o SEU espaço, propriedade da entidade "Estado",
e em consequência pode cobrar o que bem entender pelo SEU espaço, seja a quem for.


Arnaldo Matos estava completamente equivocado quanto à real propriedade do "espaço público" da entidade "Estado"!


   :)
Título: Re: PCTP/MRPP carta aberta ao fundador
Enviado por: vbm em 2019-02-24 07:38:04

«Gente supinamente inculta e governantes ignaros, como Salgado, Medina, Costa, Carmona, Santana, mas também João Soares, fizeram do espaço e do domínio público da urbanidade superfícies tarifadas, como se tudo isso tivesse saído dos cérebros dos arquitectos e urbanistas como parques de estacionamento4 para pagamentos automáticos. Vejam o que os monhés fizeram da belíssima Avenida da Liberdade, da imponente Praça do Marquês de Pombal, da Avenida do Brasil, da Universidade!

Lisboa já não tem vereadores e presidentes, tem apenas arrendatários de ruas ao metro quadrado. Porque não fazem silos e parques de estacionamento às entradas da cidade, gratuitos e seguros para quem apenas deseja viver nela ou conviver com ela?»



E isto é viver!?