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Geral => Política e Economia Política => Tópico iniciado por: D. Antunes em 2015-10-04 23:16:46

Título: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-04 23:16:46
Já se sabemos resultados: vitória da PAF sem maioria absoluta.

Provavelmente o maior grupo parlamentar será do PSD (única dúvida não resolvida).

PSD para ter maioria precisa do apoio (ou da abstenção) do PS.

PS não terá maioria absoluta com o CDS. Para chegar à maioria precisaria de BE+PCP.

Como se vai resolver isto?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-04 23:20:06
Como sempre se fez com governos minoritários...

Já agora, como se calcula o número de deputados para o PSD e para o CDS ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-04 23:28:16
O que eu penso que acontecerá:

PS: demissão de A. Costa

Governo: provavelmente governo minoritário da PAF negociando orçamento com PS (com um líder provisório?!).
Só o futuro líder do PS poderia entrar em acordo de governo com o PSD, mas entretanto é necessário arranjar um governo e aprovar um orçamento.

Presidenciais: provavelmente serão renhidas. PAF com maior dinâmica de vitória (ou pelo menos sem o peso da derrota que tem o PS).  Por outro lado, podem existir diferentes candidatos à liderança do PS e cada um apoiar o seu candidato presidencial, isso pode dividir o PS.
Um candidato com o apoio do bloco e da CDU e de parte do PS poderá afastar o candidato oficial do PS (se diferente) da segunda volta.
Na segunda volta a esquerda tem vantagem, mas se dividida ou se ficar com culpas de não se formar governo estável, poderá perdê-la.

Duração do governo: provavelmente não durará 4 anos. Será grande a tentação da esquerda antecipar eleições assim que a popularidade do governo diminua. Mas tem que ter cuidado para isso não se tornar muito evidente. E não será fácil ao PS conseguir maioria absoluta (e poderá ter que optar entre a direita e a esquerda).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-04 23:31:23
Acho que vai ser PSD + CDS governo minoritário ou PSD + CDS + PS governo maioritário.

Mais provável para mim PSD + CDS governo minoritário, com o apoio do PS de Costa (ele já disse que não se demitia) para viabilizar o orçamento, e com uma oposição mais forte do que no governo anterior.

Neste cenário de governo minoritário, acho que o próximo presidente da republica vai ter maior relevância, pois já tivemos um presidente (Sampaio) que fez cair um governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-04 23:37:39
Sim, o peso do presidente aumenta. Mas quem decidirá quedas de governo será o parlamento. O presidente não pode obviamente demitir um governo minoritário que tenha o apoio da oposição. E dificilmente conseguirá manter um governo se a oposição votar uma moção de censura.

Mesmo que se formasse um bloco central, seria o parlamento a decidir.

O governo aguentar-se-á enquanto as sondagens não lhe forem muito desfavoráveis.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-10-05 09:12:38
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 09:36:23
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 10:06:57
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 10:18:03
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-05 10:31:29
Ao 2º Orçamento de Estado teremos novas eleições....

O sistema político devia estar desenhado para que quem ganhe possa efectivamente governar, tipo the winner takes all.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 10:33:33
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS. É um ponto de vista, mas parece que a esquerda está toda a pensar num ciclo de 2 anos e não se vai atravessar, vai aceitar um governo PAF e esperar pelo momento certo para uma moção de censura, PPC ao estilo de Cavaco em 85 tem tudo a ganhar. Em todo o caso temos de esperar pela decisão da anta, que não dará abébias ao PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 10:37:41

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS.

tens razão. neste momento estão empatados com 104 lugares.
se a votação fora do país seguir os parâmetros habituais, a PaF terá mais assentos parlamentares que PS+BE. 

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-10-05 11:02:25

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS.

tens razão. neste momento estão empatados com 104 lugares.
se a votação fora do país seguir os parâmetros habituais, a PaF terá mais assentos parlamentares que PS+BE. 

L

Historicamente os circulos da emigração (europa+resto mundo) são sempre PSD - 2 e PS - 2, pelo que problema irá manter-se (PaF 106; PS+Bloco 106; Comunas 17; Animais 1)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 11:07:46

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS.

tens razão. neste momento estão empatados com 104 lugares.
se a votação fora do país seguir os parâmetros habituais, a PaF terá mais assentos parlamentares que PS+BE. 

L

Historicamente os circulos da emigração (europa+resto mundo) são sempre PSD - 2 e PS - 2, pelo que problema irá manter-se (PaF 106; PS+Bloco 106; Comunas 17; Animais 1)

tinha ideia que o PSD costumava eleger mais deputados pela emigração: tipo 3 PSD, 1 PS. percepção errada está visto.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-05 11:08:00
O PS se deita a coligação a baixo deixa de ter qualquer tipo de credibilidade .

O cenário que me parece é o seguinte:

- o PS abstém-se numa possível moção de censura , argumentando
que quer a estabilidade do País
- abstém-se no Orçamento, depois de fazer de conta que as negociações que teve
com a coligação obrigaram PSD/CDS a diminuir a austeridade,
mais uma vez uma posição Patriótica e responsável do PS

Já vimos que nem os eleitores conseguem tirar de lá o Costa, ele vai fazer
tudo , mas mesmo tudo, para lá ficar.
Só o Soares o pode tirar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 11:16:01

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS.

tens razão. neste momento estão empatados com 104 lugares.
se a votação fora do país seguir os parâmetros habituais, a PaF terá mais assentos parlamentares que PS+BE. 

L

Historicamente os circulos da emigração (europa+resto mundo) são sempre PSD - 2 e PS - 2, pelo que problema irá manter-se (PaF 106; PS+Bloco 106; Comunas 17; Animais 1)

tinha ideia que o PSD costumava eleger mais deputados pela emigração: tipo 3 PSD, 1 PS. percepção errada está visto.

L

tinhas ideia e bem:  o PSD costuma eleger mais deputados pela emigração: tipo 3 PSD, 1 PS.

só em 2000 é que  PS 3; PSD 1.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-10-05 11:18:23
Fica a venda do Novo Banco, o pagamento ao FMI, mas agora a reforma da segurança social não vai acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-05 11:20:58
Lark, tens que reconhecer que o PS é muito mais próximo do PSD do que do BE ou do PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 11:25:06
Lark, tens que reconhecer que o PS é muito mais próximo do PSD do que do BE ou do PCP.

sim, praticamente indistinguíveis. já o disse várias vezes.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-05 11:33:28
Nas primeiras notícias, representantes tanto do BE como do PCP pareciam estar a fazer-se à possibilidade de coligar com o PS. Era o Jerónimo a dizer que não será pelo PCP que a esquerda não governa, e outra frase qq de alguém do BE no mesmo sentido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 11:36:21
a novidade e ate  comunistas se oferecem para governar em coligaçao algo nunca fazeram no passado..

http://www.sol.pt/noticia/120377 (http://www.sol.pt/noticia/120377)

O líder comunista rejeitou hoje governar em coligação com o PS sem que os socialistas convirjam numa "política alternativa e de esquerda", reiterando que o PCP está pronto para assumir as suas responsabilidades.
 O PS não se demarca nem tem resposta - a questão da renegociação da dívida, a demarcação desse colete de forças que é o Tratado Orçamental, uma posição muito híbrida em relação à política fiscal, uma linha de afirmação de continuidade das privatização, discutindo no caso da TAP se é 49 se é 66%, não compromisso da devolução do que foi extorquido aos reformados e pensionistas, remetendo tudo para a concertação social", elencou.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 11:50:34
Nas primeiras notícias, representantes tanto do BE como do PCP pareciam estar a fazer-se à possibilidade de coligar com o PS. Era o Jerónimo a dizer que não será pelo PCP que a esquerda não governa, e outra frase qq de alguém do BE no mesmo sentido.

Para isso é preciso saber quantos mandatos teve o CDS-PP, ou seja. foi o PS o Partido mais votado?.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-05 11:55:09
O PCP tinha que clarificar do que chama a libertação da submissão ao euro e NATO e à subserviência face à UE.
Citar
A afirmação de um Portugal livre e soberano e de uma Europa de paz e cooperação, com uma nova política que rompa com a conivência e subserviência face às orientações da União Europeia, com a renegociação da dívida e a libertação da submissão ao euro, e da NATO, no quadro de uma acção determinada pela defesa intransigente dos interesses nacionais.
[url]http://www.pcp.pt/programa-eleitoral-do-pcp[/url] ([url]http://www.pcp.pt/programa-eleitoral-do-pcp[/url])


Eles nos cartazes eram bem explícitos
(http://farm8.static.flickr.com/7381/15856375463_0093823de4_m.jpg)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 11:58:42
O PCP tinha que clarificar do que chama a libertação da submissão ao euro e NATO e à subserviência face à UE.
Citar
A afirmação de um Portugal livre e soberano e de uma Europa de paz e cooperação, com uma nova política que rompa com a conivência e subserviência face às orientações da União Europeia, com a renegociação da dívida e a libertação da submissão ao euro, e da NATO, no quadro de uma acção determinada pela defesa intransigente dos interesses nacionais.
[url]http://www.pcp.pt/programa-eleitoral-do-pcp[/url] ([url]http://www.pcp.pt/programa-eleitoral-do-pcp[/url])


Eles nos cartazes eram bem explícitos
([url]http://farm8.static.flickr.com/7381/15856375463_0093823de4_m.jpg[/url])


O cartaz é do outro maluco: Garcia Pereira.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 11:59:29
e dos maoistas esse cartaz
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Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-05 12:01:28
ah, OK. não tinha reparado. eu quando vejo a foice é tudo o mesmo  :D

(mas, só para clarificar, o programa é mesmo da página do PCP)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-05 12:03:49
ah, OK. não tinha reparado. eu quando vejo a foice é tudo o mesmo  :D

(mas, só para clarificar, o programa é mesmo da página do PCP)

O PCP tem um ódio ainda pior ao MRPP, esses sim são verdadeiros reacionários,
do que ao CDS ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 13:43:39
Nas primeiras notícias, representantes tanto do BE como do PCP pareciam estar a fazer-se à possibilidade de coligar com o PS. Era o Jerónimo a dizer que não será pelo PCP que a esquerda não governa, e outra frase qq de alguém do BE no mesmo sentido.

Acho mais provável um governo PSD + CDS + PS do que um governo PS + PCP + BE.

Acho que o Cavaco vai tentar que PSD + CDS + PS formem governo, pq antes das eleições ele disse que preferia um governo maioritário, mas o PS de Costa acho que vai recusar e, como Cavaco não deve querer que PS + PCP + BE formem governo, e tb acho que não teria muita lógica, porque a coligação ganhou, não vai haver alternativa senão o Cavaco dar posse ao governo minoritário PSD + CDS.

Depois, acho que o PS de Costa vai abastecer-se no orçamento, criticando como habitual nestas situações, mas sem o chumbar, porque chumbando o orçamento haveria eleições de imediato e isso seria arriscado e com consequências difíceis de prever. Não estou a ver o PS a fazer isso. O PS não é um partido tipo Syrisa, que comete loucuras dessas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-05 13:51:11
Nas primeiras notícias, representantes tanto do BE como do PCP pareciam estar a fazer-se à possibilidade de coligar com o PS. Era o Jerónimo a dizer que não será pelo PCP que a esquerda não governa, e outra frase qq de alguém do BE no mesmo sentido.

Acho mais provável um governo PSD + CDS + PS do que um governo PS + PCP + BE.

Acho que o Cavaco vai tentar que PSD + CDS + PS formem governo, pq antes das eleições ele disse que preferia um governo maioritário, mas o PS de Costa acho que vai recusar e, como Cavaco não deve querer que PS + PCP + BE formem governo, e tb acho que não teria muita lógica, porque a coligação ganhou, não vai haver alternativa senão o Cavaco dar posse ao governo minoritário PSD + CDS.

Depois, acho que o PS de Costa abastecer-se no orçamento, criticando como habitual nestas situações, mas sem o chumbar, porque chumbando o orçamento haveria eleições de imediato e isso seria arriscado e com consequências difíceis de prever.

Não estou a ver o PS a fazer isso. O PS não é um partido tipo Syrisa, que comete loucuras dessas.

Concordo contigo. Existe ainda uma incógnita que pode mexer um pouco nas coisas: amanhã há reunião no PS e pode sair dali alguma novidade que agite as águas. Com os seguristas a pressionarem o costa, este pode ser levado a abdicar, deixando o PS em standbu durante algum tempo. Ou então levar o costa a tomar uma posição de força e ser mais claro (num sim ou não) relativamente ao apoio ao governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-05 14:09:08
Dentro do PS vai existir uma corrente que dirá que é preciso ascender ao governo dê por onde der e coligando seja com quem for.

É difícil sobreestimar o que a procura de tachos, seja no PS seja no PSD, faz à ideologia e avança o pragmatismo. A principal razão para muitas pessoas estarem ali é essa distribuição de tachos, pelo que a existir uma possibilidade de ocorrer, essa possibilidade deve ser perseguida.

E mais, uma coligação com o PSD daria menos de metade dos tachos, ao passo que com o BE/PCP seria possívei ficar com mais de metade dos tachos. Um governo minoritário do PSD por sua vez não daria tacho nenhum.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 14:20:30
se essa corrente ganhar vamos ser nova grecia

da esquerda caviar aplicar austuridade sem mudar sistema..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-05 14:26:20
O costa não aceita nenhuma coligação onde ele não seja primeiro ministro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-05 14:28:19
O costa não aceita nenhuma coligação onde ele não seja primeiro ministro.

Isso impediria uma coligação com o PSD, mas não com o BE+PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 14:38:01
os politicos metem Ideologia na gaveta quando lhes apetece

uma coligaçao PS/BE/PCP ainda e possivel

por outro lado

o portugal 2020 tem dinheiro para muito taxos do cds/psd/ps  ou psd/ps
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-05 14:54:16
Citar
Coligação venceu as eleições mas o Parlamento virou à esquerda

A coligação Portugal à Frente ganhou as eleições, mas sem maioria absoluta. A grande surpresa é o Bloco de Esquerda que ultrapassou a CDU. O próximo Parlamento terá uma maioria de esquerda e conta com um deputado do PAN

A coligação Portugal à Frente venceu as eleições legislativas deste domingo. Quando ainda faltam apurar os votos e os mandatos dos círculos da Europa de Fora da Europa, a coligação PSD/CDS soma 38,55% dos votos e 104 deputados, longe da maioria absoluta. Relativamente às eleições de 2011, estes dois partidos somaram menos 25 deputados e menos 11,82% dos votos.

O PS subiu a votação relativamente há quatro anos, mas não foi além dos 32,38% dos votos e dos 85 deputados, mais 12 do que em 2011.

A grande surpresa da noite foi o Bloco de Esquerda, que alcançou o melhor resultado de sempre: 10,22% e 19 deputados, mais 11 do que na anterior legislatura.

A CDU subiu ligeiramente a percentagem, alcançando 8,27% dos votos e somando 18 deputados, mais um do que em 2011.

A grande novidade foi a eleição de um deputado do PAN (Pessoas Animais Natureza), pelo círculo de Lisboa. 

A abstenção acabou por ser superior à que registaram em 2011, ficando nos 43.07%. Houve ainda 2,09% de votos brancos e 1,61% de votos nulos.


Ler mais: [url]http://visao.sapo.pt/coligacao-venceu-as-eleicoes-mas-o-parlamento-virou-a-esquerda=f832440#ixzz3nhXvn8be[/url] ([url]http://visao.sapo.pt/coligacao-venceu-as-eleicoes-mas-o-parlamento-virou-a-esquerda=f832440#ixzz3nhXvn8be[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 15:11:48
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-05 16:19:10
A esquerda não vai conseguir unir-se:

1º PS +  BE não ultrapassa PAF

2º Ligarem-se os 3 da Esquerda, não acredito PORQUE seria o fim da CDU/PCP!! Estaria o PCP a dar razão à existência BE "caviar"!

Vamos ver o que sai da reunião do PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tatanka em 2015-10-05 16:25:18
Por falar em BE.... ando mesmo a dormir.
Não sabia que havia um par de Mortaguas. Pensei que fosse só uma  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 16:28:42
Citar
Coligação venceu as eleições mas o Parlamento virou à esquerda

a coligação PSD/CDS soma 38,55% dos votos e 104 deputados, longe da maioria absoluta. Relativamente às eleições de 2011, estes dois partidos somaram menos 25 deputados e menos 11,82% dos votos.

O PS subiu a votação relativamente há quatro anos, mas não foi além dos 32,38% dos votos e dos 85 deputados, mais 12 do que em 2011.

A grande surpresa da noite foi o Bloco de Esquerda, que alcançou o melhor resultado de sempre: 10,22% e 19 deputados, mais 11 do que na anterior legislatura.

A CDU subiu ligeiramente a percentagem, alcançando 8,27% dos votos e somando 18 deputados, mais um do que em 2011.
 

A abstenção acabou por ser superior à que registaram em 2011, ficando nos 43.07%. Houve ainda 2,09% de votos brancos e 1,61% de votos nulos.


Olhando para os resultados, em relação ao ano de 2011, só o PSD + CDS desceram, mas curiosamente ganharam as eleições.  :D
Isto mostra que a estratégia de concorrerem coligados foi a mais acertada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-05 16:29:20
Por falar em BE.... ando mesmo a dormir.
Não sabia que havia um par de Mortaguas. Pensei que fosse só uma  :P
yep, são gémeas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-05 17:03:09
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-05 17:24:10
Isto não vai ser nada bom, um governo sem maioria. Pelo menos nesta fase. De acordo com os indicadores economicos dos ultimos 24 meses, a economia ainda nao deu um salto que possa ser medido. Estes crescimentos na linha de agua só prenunciam uma coisa. E não é boa. O Costa perdeu e nao gosta de perder. Diz que nao vai ser oposiçao por mera oposição mas eu nao acredito nele.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-05 17:35:08
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)

Só uma era deputada. O pico de forma era diariamente ministrado pelo prof. Louçã, essa eminência parda, segundo fontes bem informadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-05 17:43:41
Por falar em BE.... ando mesmo a dormir.
Não sabia que havia um par de Mortaguas. Pensei que fosse só uma  :P

E o bombista condecorado :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-10-05 17:50:29
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)

Só uma era deputada. O pico de forma era diariamente ministrado pelo prof. Louçã, essa eminência parda, segundo fontes bem informadas.

E a irmã foi eleita agora por setubal. Joana Mortágua.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 17:57:36
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)

Seria engraçado, mas quem participou na comissão de inquérito do BES foi só a Mariana Mortágua.

Elas aparentemente têm ideias diferentes. A  Joana Mortágua disse numa entrevista que tem ideias mais próximas de outras pessoas do BE do que da irmã, acho que elas até chegaram a ser adversárias numas listas internas do partido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 18:11:36

PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS se os votos do exterior forem todos para o PS.

tens razão. neste momento estão empatados com 104 lugares.
se a votação fora do país seguir os parâmetros habituais, a PaF terá mais assentos parlamentares que PS+BE. 

L

Historicamente os circulos da emigração (europa+resto mundo) são sempre PSD - 2 e PS - 2, pelo que problema irá manter-se (PaF 106; PS+Bloco 106; Comunas 17; Animais 1)

Isso até daria para um governo PS+BE+PAN com a abstenção da CDU. Seria lindo, um verdadeiro parque Jurássico. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 18:14:12
Nas primeiras notícias, representantes tanto do BE como do PCP pareciam estar a fazer-se à possibilidade de coligar com o PS. Era o Jerónimo a dizer que não será pelo PCP que a esquerda não governa, e outra frase qq de alguém do BE no mesmo sentido.

Eles vão querer deitar as culpas em cima do PS se não existir governo de esquerda. O PS também irá conversar com eles. ver o que exigem e, no final, dizer que tentaram mas era totalmente inviável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 18:17:12
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)

Seria engraçado, mas quem participou na comissão de inquérito do BES foi só a Mariana Mortágua.

Elas aparentemente têm ideias diferentes. A Joana Mortágua disse numa entrevista que tem ideias mais próximas de outras pessoas do BE do que da irmã, acho que elas até chegaram a ser adversárias numas listas internas do partido.

Tb dá para ver que tiraram licenciaturas diferentes. A Mariana Mortágua é licenciada em Economia, enquanto que a Joana Mortágua é licenciada em Relações Internacionais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-05 18:21:17
Por isso foi a performance que se viu no inquérito do BES. Elas iam-se revesando, estando sempre em pico de forma apesar das maratonas :)

Seria engraçado, mas quem participou na comissão de inquérito do BES foi só a Mariana Mortágua.


Eu sei. Estava a brincar porque são mesmo muito identicas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 18:21:40
Dentro do PS vai existir uma corrente que dirá que é preciso ascender ao governo dê por onde der e coligando seja com quem for.

É difícil sobreestimar o que a procura de tachos, seja no PS seja no PSD, faz à ideologia e avança o pragmatismo. A principal razão para muitas pessoas estarem ali é essa distribuição de tachos, pelo que a existir uma possibilidade de ocorrer, essa possibilidade deve ser perseguida.

E mais, uma coligação com o PSD daria menos de metade dos tachos, ao passo que com o BE/PCP seria possívei ficar com mais de metade dos tachos. Um governo minoritário do PSD por sua vez não daria tacho nenhum.

Sim, os tachos são sempre uma grande motivação.
Claro que se conseguissem livrar-se do CDS e coligar-se com o PSD, sendo o número de deputados quase igual, o Passos ficava PM, o sucessor do Costa vice-PM e dividiam os tachos restantes ao meio. Mas o facto de não se saber quem fica à frente do PS não facilita.
Em alternativa, podem sempre sonhar em ter maioria daqui a 2 anos. Mas isso é gente que vai sempre com muito sede ao pote, mais 2 anos e sem certezas deve parecer um horror...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 18:26:49
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.

Já aconteceu muitas vezes ser o 2º partido formar governo de coligação. Existem países no norte da Europa que têm parlamentos muito fragmentados em que isso é habitual. Se a esquerda tem maioria de deputados, os sociais-democratas vão para o governo. Masmo em Itália, durante décadas, os grandes partidos eram a democracia-cristã e os comunistas. Os comunistas chegaram a ser os maiores mas a DC unia-se aos socialistas e mais outros partidos e não largava os tachos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 18:33:04

O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

PS+BE seria o sonho da CDU: acabar com o BE.

Parece-me inviável uma alternativa à esquerda com o PS a depender da CDU+BE

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L
[/quote]

PS+BE com acordo parlamentar com a CDU era o sonho da CDU. Ir fritando o BE e tirá-lo do lume quando estivesse bem esturricado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 18:41:04
(http://economico.sapo.pt/public/uploads/articles/infografias/MM_mapas_legislativas_new.jpg)


epa isto e mesmo dividido

mais valia dividir pais em dois a fronteira esta feita





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 18:43:03
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.

Já aconteceu muitas vezes ser o 2º partido formar governo de coligação. Existem países no norte da Europa que têm parlamentos muito fragmentados em que isso é habitual. Se a esquerda tem maioria de deputados, os sociais-democratas vão para o governo. Masmo em Itália, durante décadas, os grandes partidos eram a democracia-cristã e os comunistas. Os comunistas chegaram a ser os maiores mas a DC unia-se aos socialistas e mais outros partidos e não largava os tachos.

Podes dar um exemplo? E em Portugal tb já aconteceu?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 18:46:27
ja foi feito governo psd/ps  mas na altura estava ca fmi

1983: as dificuldades financeiras
O ano de 1983 ficou na história por ser o ano da formação do bloco central, o Governo de aliança entre PS e PSD, presidido por Mário Soares. Foi um Governo que surgia como sendo a melhor forma de combater a grave situação económica do País. E foi o Executivo que negociou o apoio do FMI.
Quando o Governo tomou posse a 9 de Junho, já se ouviam pedidos de ajuda ao FMI desde Maio. O presidente da CIP Ferraz da Costa fazia manchete do DN nesse mês, afirmando que "um acordo com o FMI [é] preferível à rotura [financeira] ". No início de Junho, Silva Lopes, ex-ministro das Finanças e governador do BdP, considerava "inevitável recorrer ao Fundo Monetário". João Salgueiro, ministro das Finanças e do Plano em final de mandato, garantia que "um acordo com o FMI não era inevitável". Mas deixava a possibilidade no ar.
A 18 de Julho chegava a Portugal uma delegação do FMI, já com um valor para a mesa. O Governo pretendia "a obtenção de um empréstimo de 300 milhões" de dólares. O DN destacava que a conjuntura económica externa se "apresenta bastante difícil". E se o mercado interno estava melhor do que na intervenção de 1978, "agora não existem contas de mercado para recuperar".
Os paralelismos com os dias de hoje são curiosos. No editorial de 20 de Junho, é referido que "o FMI vem para avalizar créditos externos, mas só o fará à custa de rigorosas medidas de austeridade". E "depara-se com um país a braços com graves dificuldades financeiras e cambiais, resultantes de profundos desequilíbrios estruturais da economia portuguesa". Com um aviso: "Não custa admitir que pela via do FMI se alcance o desejável reequilíbrio da balança de transacções correntes. Mas isso terá elevados custos sociais."
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 18:56:05
Dentro do PS vai existir uma corrente que dirá que é preciso ascender ao governo dê por onde der e coligando seja com quem for.

É difícil sobreestimar o que a procura de tachos, seja no PS seja no PSD, faz à ideologia e avança o pragmatismo. A principal razão para muitas pessoas estarem ali é essa distribuição de tachos, pelo que a existir uma possibilidade de ocorrer, essa possibilidade deve ser perseguida.

E mais, uma coligação com o PSD daria menos de metade dos tachos, ao passo que com o BE/PCP seria possívei ficar com mais de metade dos tachos. Um governo minoritário do PSD por sua vez não daria tacho nenhum.


Sim, os tachos são sempre uma grande motivação.
Claro que se conseguissem livrar-se do CDS e coligar-se com o PSD, sendo o número de deputados quase igual, o Passos ficava PM, o sucessor do Costa vice-PM e dividiam os tachos restantes ao meio. Mas o facto de não se saber quem fica à frente do PS não facilita.
Em alternativa, podem sempre sonhar em ter maioria daqui a 2 anos. Mas isso é gente que vai sempre com muito sede ao pote, mais 2 anos e sem certezas deve parecer um horror...


O PSD depois de ter concorrido com o CDS, não vai quase de certeza deixar o CDS para se juntar ao PS. Essa hipótese acho que se pode excluir logo à partida.

As hipóteses que acho que há de maioria são: PSD+ CDS + PS ou PS + BE + CDU.
E o Cavaco antes das eleições falou de uma maioria de três partidos. Ouvi isso na TV.

Citar
O Presidente da República , menos subtil que um elefante numa loja de porcelanas, afirmou que o próximo governo deve ser igual ao governo da Finlândia , que é sustentado por uma coligação de três partidos.
[url]http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1702957[/url] ([url]http://inimigo.publico.pt/Noticia/Detail/1702957[/url])


Mas como duvido que o PS aceite ir coligado com PSD + CDS, e tb duvido que o Cavaco queira formar um governo com PS + BE + CDU, depois do PSD + CDS ganharem as eleições, acho que o cenário mais provável seja o de um governo minoritário de PSD + CDS, mesmo que não seja o seu cenário preferido.

Mas se de facto aconteceu muitas vezes na Europa os partidos menos votados conseguirem formar governo,  essa possibilidade não se pode descartar, pois ele pode teimar mesmo em dar uma maioria a três partidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 19:10:07
um governo psd/ps era unica maneira de cortar nos tachos 8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 19:16:46
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.

Já aconteceu muitas vezes ser o 2º partido formar governo de coligação. Existem países no norte da Europa que têm parlamentos muito fragmentados em que isso é habitual. Se a esquerda tem maioria de deputados, os sociais-democratas vão para o governo. Masmo em Itália, durante décadas, os grandes partidos eram a democracia-cristã e os comunistas. Os comunistas chegaram a ser os maiores mas a DC unia-se aos socialistas e mais outros partidos e não largava os tachos.

Podes dar um exemplo? E em Portugal tb já aconteceu?

Estive a ler melhor o que escreveste. Acho que não percebeste o que eu estava a dizer.
A hipótese que estava a falar era dos partidos que não ganharam eleições PS + BE + CDU, formarem governo, e o PSD + CDS ficarem de fora, mesmo tendo ganho as eleições. Foi isso é que disse que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu alguma vez em algum país.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 19:22:24
nao da comparar

o sistema eleitural e diferente cada pais.
na america sao votos dos estados contam  a maioria votos do pais nao decide nada...

Em 1876 no total de votos no Colégio Eleitoral de 369, no mínimo era preciso 185 para ganhar. O candidato republicano, Rutherford B. Hayes, conseguiu 4.036.298 votos populares e 185 votos dos delegados dos estados. Hayes se elegeu presidente. Seu adversário, o [emocrata Samuel J. Tilden ganhou no voto popular com 4.300.590 votos, mas só alcançou 184 votos no Colégio Eleitoral.
Em 1888, no total de votos no Colégio Eleitoral de 401, no mínimo era preciso 201 para ganhar. O candidato republicano, Benjamin Harrison, conseguiu 5.439.853 votos populares e 233 votos dos delegados dos estados. Harrison se elegeu presidente. Seu adversário, o democrata Grover Cleveland, ganhou no voto popular com 5.540.309 votos, mas só obteve 168 votos no Colégio Eleitoral.
Em 2000, no total de votos no Colégio Eleitoral de 538, no mínimo era preciso 270 para ganhar. O candidato republicano, George W. Bush, conseguiu 50.456.987 votos populares e 271 votos dos delegados dos estados, suficientes para ganhar a presidência. O democrata, Al Gore, ganhou no voto popular, com 51.003.926 votos, mas só obteve 266 votos no Colégio Eleitoral.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 19:33:08
Reg não compliques...  não é preciso comparar com a América... pode-se comparar com a Europa...  ou ainda melhor com o que já foi feito em Portugal, no passado.

Os mesmos problemas que há agora para formar governo já aconteceram outras vezes no passado.

A ideia é muito simples, verificar se os partidos que ganharam eleições já ficaram de fora alguma vez de um governo. Acho que isso nunca aconteceu. E em contrapartida, já tivemos muitos governos minoritários. Já tivemos até mais governos minoritários do que maioritários em Portugal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-05 19:38:06
Reg não compliques...  não é preciso comparar com a América... pode-se comparar com a Europa...  ou ainda melhor com o que já foi feito em Portugal, no passado.

Os mesmos problemas que há agora para formar governo já aconteceram outras vezes no passado.

A ideia é muito simples, verificar se os partidos que ganharam eleições já ficaram de fora alguma vez de um governo. Acho que isso nunca aconteceu. E em contrapartida, já tivemos muitos governos minoritários. Já tivemos até mais governos minoritários do que maioritários em Portugal.

governos minoritários em portugal sao um trauma

olha para 1 republica

Manuel de Arriaga
Teófilo Braga (5 de outubro de 1910 a 3 de setembro de 1911) – 333 dias
João Chagas (3 de setembro a 12 de novembro de 1911) – 70 dias
Augusto de Vasconcelos (12 de novembro de 1911 a 16 de junho de 1912) – 217 dias
Duarte Leite (16 de junho de 1912 a 9 de janeiro de 1913) – 207 dias[Nota 1]
Augusto de Vasconcelos (interinamente de 23 a 30 de setembro de 1913) – 7 dias
Afonso Costa (9 de janeiro de 1913 a 9 de fevereiro de 1914) – 1 ano e 31 dias
Bernardino Machado (9 de fevereiro a 12 de dezembro de 1914) – 306 dias
Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (12 de dezembro de 1914 a 25 de janeiro de 1915) – 44 dias
Joaquim Pimenta de Castro (25 de janeiro a 14 de maio de 1915) – 109 dias
Junta Constitucional (14 a 15 de maio de 1915) – 1 dia
José Norton de Matos
António Maria da Silva
José de Freitas Ribeiro
Alfredo de Sá Cardoso
Álvaro de Castro
João Chagas (15 a 29 de maio de 1915; não tomou posse) – 2 dias[Nota 2]
José de Castro (interinamente de 17 a 29 de maio de 1915) – 12 dias
José de Castro (29 de maio a 29 de novembro de 1915) – 184 dias
Afonso Costa (29 de novembro de 1915 a 15 de março de 1916) – 107 dias
António José de Almeida (16 de março de 1916 a 25 de abril de 1917) – 1 ano e 39 dias[Nota 3] – "Ministério da União Sagrada"
Afonso Costa (interinamente de 4 a 5 de setembro de 1915) – 1 dia
Afonso Costa (25 de abril a 8 de dezembro de 1917) – 188 dias[Nota 4]
José Norton de Matos (interinamente de 7 a 25 de outubro e de 18 de novembro a 8 de dezembro de 1917) – 37 dias
Junta Revolucionária (8 a 11 de dezembro de 1917) – 3 dias
Sidónio Pais
António Machado Santos
Feliciano da Costa
Sidónio Pais (11 de dezembro de 1917 a 14 de dezembro de 1918) – 1 ano e 3 dias
Governo (14 a 15 de dezembro de 1918) – 1 dia
António Bernardino Ferreira
Jorge Couceiro da Costa
João Tamagnini Barbosa
Álvaro César de Mendonça
João do Canto e Castro
António Egas Moniz
João Alberto Azevedo Neves
Alexandre Vasconcelos e Sá
Alfredo Magalhães
Henrique Forbes Bessa
José João da Cruz Azevedo
Eduardo Fernandes de Oliveira
João do Canto e Castro (interinamente entre 15 e 23 de dezembro de 1918) – 8 dias
João Tamagnini Barbosa (23 de dezembro de 1918 a 27 de janeiro de 1919) – 35 dias
José Relvas (27 de janeiro a 30 de março de 1919) – 62 dias
Domingos Pereira (30 de março a 29 de junho de 1919) – 91 dias
Alfredo de Sá Cardoso (29 de junho de 1919 a 15 de janeiro de 1920) – 200 dias
Francisco Fernandes Costa (15 de janeiro de 1920; não tomou posse) – menos de 1 dia
Alfredo de Sá Cardoso (15 a 21 de janeiro de 1920; reconduzido) – 5 dias
Domingos Pereira (21 de janeiro a 8 de março de 1920) – 47 dias
António Maria Baptista (8 de março a 6 de junho de 1920) – 90 dias
José Ramos Preto (6 a 26 de junho de 1920) – 20 dias
António Maria da Silva (26 de junho a 19 de julho de 1920) – 23 dias
António Granjo (19 de julho a 20 de novembro de 1920) – 124 dias
Álvaro de Castro (20 a 30 de novembro de 1920) – 10 dias
Liberato Pinto (30 de novembro de 1920 a 2 de março de 1921) – 273 dias
Bernardino Machado (2 de março a 23 de maio de 1921) – 82 dias
Tomé de Barros Queirós (23 de maio a 30 de agosto de 1921) – 99 dias
António Granjo (30 de agosto a 19 de outubro de 1921) – 50 dias
Manuel Maria Coelho (19 de outubro a 5 de novembro de 1921) – 17 dias
Carlos Maia Pinto (5 de novembro a 16 de dezembro de 1921) – 41 dias
Francisco Cunha Leal (16 de dezembro de 1921 a 6 de fevereiro de 1922) – 52 dias
António Maria da Silva (6 de fevereiro de 1922 a 15 de novembro de 1923) – 1 ano e 282 dias
António Ginestal Machado (15 de novembro a 18 de dezembro de 1923) – 33 dias
Álvaro de Castro (18 de dezembro de 1923 a 6 de julho 1924) – 201 dias
Alfredo Rodrigues Gaspar (6 de julho a 22 de novembro de 1924) – 139 dias
José Domingues dos Santos (22 de novembro de 1924 a 15 de fevereiro de 1925) – 85 dias
Vitorino Guimarães (15 de fevereiro a 1 de julho de 1925) – 136 dias
António Maria da Silva (1 de julho a 1 de agosto de 1925) – 31 dias
Domingos Pereira (1 de agosto a 17 de dezembro de 1925) – 138 dias
António Maria da Silva (17 de dezembro de 1925 a 30 de maio de 1926) – 164 dias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-05 19:40:43
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.

Já aconteceu muitas vezes ser o 2º partido formar governo de coligação. Existem países no norte da Europa que têm parlamentos muito fragmentados em que isso é habitual. Se a esquerda tem maioria de deputados, os sociais-democratas vão para o governo. Masmo em Itália, durante décadas, os grandes partidos eram a democracia-cristã e os comunistas. Os comunistas chegaram a ser os maiores mas a DC unia-se aos socialistas e mais outros partidos e não largava os tachos.

Podes dar um exemplo? E em Portugal tb já aconteceu?

Estive a ler melhor o que escreveste. Acho que não percebeste o que eu estava a dizer.
A hipótese que estava a falar era dos partidos que não ganharam eleições PS + BE + CDU, formarem governo, e o PSD + CDS ficarem de fora, mesmo tendo ganho as eleições. Foi isso é que disse que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu alguma vez em algum país.

Percebi sim.
Vê o caso de Itália em que o partido comunista era o maior (ganhava) e a democracia cristã ia para o governando com os socialistas.
No norte da Europa é habitual ir para o governo a esquerda ou a direita em alternância, independentemente de quem é o maior partido.
Também já vi casos de países  (aqui não me lembro de nenhum exemplo concreto) em que há 3 grandes partidos e o 2º e 3º vão para o governo.
Na Áustria, após as últimas eleições, eseve quase a acontecer uma coligação do 2º com o 3º mas ficaram os 2 primeiros no governo. Mas quem tinha poder de escolha era o segundo:
The "grand coalition" of SPÖ and ÖVP have retained their majority, although other coalitions could still be possible.[7] While the SPÖ are keen to renew the coalition, the ÖVP are also considering the possibility of a coalition with the FPÖ and another smaller party.[8] On October 14, the SPÖ and the ÖVP agreed to start coalition talks with each other.[9] On December 16, the second Faymann cabinet was formed.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 20:00:39
Reg não compliques...  não é preciso comparar com a América... pode-se comparar com a Europa...  ou ainda melhor com o que já foi feito em Portugal, no passado.

Os mesmos problemas que há agora para formar governo já aconteceram outras vezes no passado.

A ideia é muito simples, verificar se os partidos que ganharam eleições já ficaram de fora alguma vez de um governo. Acho que isso nunca aconteceu. E em contrapartida, já tivemos muitos governos minoritários. Já tivemos até mais governos minoritários do que maioritários em Portugal.

governos minoritários em portugal sao um trauma

olha para 1 republica

Sim, são um trauma e não é preciso recuar tanto para verificar isso.

1986: Cavaco Silva ganhou sem maioria
1996: Guterres ganhou sem maioria
2010: Sócrates ganhou sem maioria

Apenas o governo de Guterres chegou ao fim da legislatura.

Mas se o PS não se quiser coligar com PSD + CDS e se o Cavaco não quiser meter o governo PS + BE + CDU, deixando de fora os partidos que ganharam as eleições PSD + CDS, não parece haver alternativa.

A favor do PSD + CDS está o facto de terem ganho as eleições e de ter sido a única vez em Portugal que dois partidos coligados chegaram ao fim, pois até aqui os partidos de coligação nunca tinham chegado ao fim de uma legislatura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 20:12:06
Tb acho que Costa não vai querer ir para o governo com PS + CDS, embora possa haver alguma surpresa, por causa da questão dos tachos. E acho que todas as hipóteses estão em aberto. Mas acho mais provável os partidos que ganharam as eleições formarem governo do que os partidos que perderam as eleições formarem governo. A segunda hipótese seria uma situação que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu em algum país. Enquanto que governos minoritários já aconteceram muitos (houve mais governos minoritários do que governos maioritários em Portugal) e em todos eles o primeiro orçamento de estado foi aprovado.

Já aconteceu muitas vezes ser o 2º partido formar governo de coligação. Existem países no norte da Europa que têm parlamentos muito fragmentados em que isso é habitual. Se a esquerda tem maioria de deputados, os sociais-democratas vão para o governo. Masmo em Itália, durante décadas, os grandes partidos eram a democracia-cristã e os comunistas. Os comunistas chegaram a ser os maiores mas a DC unia-se aos socialistas e mais outros partidos e não largava os tachos.

Podes dar um exemplo? E em Portugal tb já aconteceu?

Estive a ler melhor o que escreveste. Acho que não percebeste o que eu estava a dizer.
A hipótese que estava a falar era dos partidos que não ganharam eleições PS + BE + CDU, formarem governo, e o PSD + CDS ficarem de fora, mesmo tendo ganho as eleições. Foi isso é que disse que acho que nunca aconteceu em Portugal, e não sei se já aconteceu alguma vez em algum país.

Percebi sim.
Vê o caso de Itália em que o partido comunista era o maior (ganhava) e a democracia cristã ia para o governando com os socialistas.
No norte da Europa é habitual ir para o governo a esquerda ou a direita em alternância, independentemente de quem é o maior partido.
Também já vi casos de países  (aqui não me lembro de nenhum exemplo concreto) em que há 3 grandes partidos e o 2º e 3º vão para o governo.
Na Áustria, após as últimas eleições, eseve quase a acontecer uma coligação do 2º com o 3º mas ficaram os 2 primeiros no governo. Mas quem tinha poder de escolha era o segundo:
The "grand coalition" of SPÖ and ÖVP have retained their majority, although other coalitions could still be possible.[7] While the SPÖ are keen to renew the coalition, the ÖVP are also considering the possibility of a coalition with the FPÖ and another smaller party.[8] On October 14, the SPÖ and the ÖVP agreed to start coalition talks with each other.[9] On December 16, the second Faymann cabinet was formed.

Se já aconteceu é uma hipótese a considerar... mesmo sendo Cavaco de direita... não se pode excluir a possibilidade de ele deixar de fora PSD + CDS, e convidar PS + CDU + BE, para formar governo.
Ele lembro-me de ele falar uma vez na possibilidade de haver um governo maioritário de três partidos antes das eleições. Disse-o de forma subtil e na rua, passou despercebido a muita gente, mas falou disso.

Eu preferia que fosse um governo minoritário de PSD + CDS do que um governo maioritário de PS + CDU + BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-05 20:45:08
O Costa ontem disse para não esperarem que o PS viabilize medidas que vão contra o seu programa.
A PAF agora devia era entalá-lo e propor o programa sem mudar uma virgula. É óbvio que o BE e o PCP iam logo propor uma medida de rejeição e o PS é que ficava com as calças na mão sem saber o que fazer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-05 20:56:10
É um jogo arriscado.
Com comunicação certa PAF fica com maioria absoluta nas novas eleições, mas com comunicação errada fica atrás do BE como o partido da chantagem irrevogável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-05 21:06:22
Curiosamente negociar programas é uma traição ao voto. Se um partido se apresenta a eleições com a proposta de privatizar a RTP e depois negoceia com outro partido um programa em que deixa cair essa medida está, na prática, a trair os seus eleitores.
Queixamo-nos de que os políticos não cumprem o que prometem mas é isso mesmo que os acordos forçam a fazer (embora provavelmente seja o mal menor).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-05 21:08:20
É um jogo arriscado.
Com comunicação certa PAF fica com maioria absoluta nas novas eleições, mas com comunicação errada fica atrás do BE como o partido da chantagem irrevogável.

achas que cá em portugal se poderia dar um fenómeno como na grécia?
precisava de haver um apagamento do centro direita - PaF - e uma implosão do centro esquerda - PS.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-05 21:16:16
Aqui falam de situações que aconteceram no passado.

Citar
Lembra-se de como foram aprovados os OE dos governos minoritários?
[url]http://www.dinheirovivo.pt/Economia/interior.aspx?content_id=4817039[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/Economia/interior.aspx?content_id=4817039[/url])


Por exemplo, tem esta história, em que fazer cair o governo correu muito mal para quem o fez. 

Citar
1986: o primeiro governo liderado por Cavaco Silva, sem maioria
As eleições legislativa de 1986 deram a vitória ao PSD então liderado por Cavaco Silva, mas não lhe conferiram maioria absoluta na Assembleia da república. Longe disso. Os votos que o PSD reuniu permitiram-lhe eleger 88 deputados. Sem maioria no Parlamento, Cavaco Silva viu o seu primeiro OE ser viabilizado pelo PS, PRD, CDS e pelos deputados Borges de Carvalho, Lopes Cardoso e Ribeiro Teles (independentes), após uma maratona de 23 horas de votações.

1987
Cavaco Silva continuava sem maioria, pelo que o OE de 1987 foi aprovado com os votos do CDS. O então primiero-ministro enfrentaria depois uma moção de censura que precipitaria a queda do seu governo minoritário e a realização de eleições legislativas. Cavaco obteve a maioria e repetiu o feito nas eleições seguintes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-06 13:44:48
o cavaco fala hoje às 20h. não sei se vai só falar ou se dirá alguma coisa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-06 15:05:04
o cavaco fala hoje às 20h. não sei se vai só falar ou se dirá alguma coisa.

deve dizer alguma coisa, entretanto, já falou com o PPC. ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-06 17:06:25
Citar
Qualquer cidadão português estranha quando lê que no Reino Unido, na manhã seguinte ás eleições, a rainha convida o líder do partido mais votado a formar governo e nessa mesma tarde o governo toma posse. Até na mais que suspeita Grécia, Tsipras foi convidado e o governo tomou posse no dia seguinte ás eleições. Na longínqua Austrália o PM em funções foi desafiado por um adversário interno, houve uma votação da direcção partidária e na mesma tarde o desafiante vencedor já era pm. Tudo no mesmo dia.

Portugal é obviamente diferente. Temos politicos formados na cultura do carimbo e do papel selado sem os quais nada é valido.

No dia a seguir às eleições e com um resultado claro, o Presidente efectuou um retiro espiritual/político. Sem pressas, irá anunciar brevemente o seguinte: 1) que irá ouvir os partidos politicos dentro de alguns dias.; que convocará o Conselho de Estado para a proxima semana. No entretanto, apenas dia 14  serão contados os votos da imigração…

Realizadas tais diligências da forma expedita que é habitual em Portugal, anunciará então, pomposo, que tudo ponderado e reflectido, entendeu ser seu dever convidar o líder do partido mais votado a formar governo. De facto será necessário aguardar duas semanas para tal brilhante conclusão.  Superadas essas dificieis e sempre incertass etapas , ( embora previstas explicitamente na CRP….), com um pouco de sorte, o PM e os ministros tomarão posse antes do final do mês. E o programa de governo será apresentado na AR lá para a primeira semana de Novembro. Bem que precisavam de um Simplex para não fazerem tais figurinhas tristes.
[url]http://blasfemias.net/2015/10/06/cerimonial-barroco/[/url] ([url]http://blasfemias.net/2015/10/06/cerimonial-barroco/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-06 17:14:31
É impressionante como por o governo ser minoritário está a ser dado como muito difícil que chegue ao final do mandato.
A população votou nas percentagens que votou, e sendo uma percentagem enorme de votos pertencentes ao "centrão" que em termos reais e concretos pouco diferem uns dos outros, porque carga d'água não conseguem entender-se? Mostra a real maturidade dos nossos agentes políticos. Uma cambada de miúdos mimados, sem o mínimo de sentido de responsabilidade (pois estão a interferir com a vida real de pessoas reais) que não conseguem chegar a entendimentos.

Um governo PSD+CDS+PS poderia governar perfeitamente, se fossem minimante responsáveis.
E se houvesse alguma questão realmente fracturante, a solução seria obvia. Devolvemos a palavra ao povo via referendo ... pois, mas já me equecia que o povo só interessa para fazer umas cruzes de 4 em 4 anos. Ora mamas tu, ora mamo eu, assim é muito melhor. Parece que o "Triunfo dos Porcos" não serve só para enquadrar a realidade das sociedades comunistas; infelizmente começa a descrever bastante bem as sociedades "democráticas" também.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-06 19:24:22
LIVRE

lol... vai ser interessante como estes tipos de esquerda se "vão chegar" à frente, e quem o vai fazer, para pagar as suas despesas!!!
Imagino muitos a não aparecer à reunião, etc..
Citar
...
Até à realização do dito congresso, o partido delineou já objetivos centrais a cumprir. O saneamento financeiro “das despesas de campanha”, que terão de ser custeadas por meios próprios, e uma reflexão “sobre o futuro do partido” são os dois pontos expressos no comunicado. A situação financeira instável decorre do facto de o partido não ter atingido o mínimo para receber a subvenção estatal.
...

expresso.sapo.pt (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Livre-assume-pesada-derrota-eleitoral.-E-tempo-de-por-as-contas-em-dia)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-06 19:30:10

Se já aconteceu é uma hipótese a considerar... mesmo sendo Cavaco de direita... não se pode excluir a possibilidade de ele deixar de fora PSD + CDS, e convidar PS + CDU + BE, para formar governo.
Ele lembro-me de ele falar uma vez na possibilidade de haver um governo maioritário de três partidos antes das eleições. Disse-o de forma subtil e na rua, passou despercebido a muita gente, mas falou disso.

Eu preferia que fosse um governo minoritário de PSD + CDS do que um governo maioritário de PS + CDU + BE.

Eu também. E não acredito na hipótese da frente de esquerda. BE e CDU são demasiado radicais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-06 22:51:26
É impressionante como por o governo ser minoritário está a ser dado como muito difícil que chegue ao final do mandato.
A população votou nas percentagens que votou, e sendo uma percentagem enorme de votos pertencentes ao "centrão" que em termos reais e concretos pouco diferem uns dos outros, porque carga d'água não conseguem entender-se? Mostra a real maturidade dos nossos agentes políticos. Uma cambada de miúdos mimados, sem o mínimo de sentido de responsabilidade (pois estão a interferir com a vida real de pessoas reais) que não conseguem chegar a entendimentos.

Um governo PSD+CDS+PS poderia governar perfeitamente, se fossem minimante responsáveis.
E se houvesse alguma questão realmente fracturante, a solução seria obvia. Devolvemos a palavra ao povo via referendo ... pois, mas já me equecia que o povo só interessa para fazer umas cruzes de 4 em 4 anos. Ora mamas tu, ora mamo eu, assim é muito melhor. Parece que o "Triunfo dos Porcos" não serve só para enquadrar a realidade das sociedades comunistas; infelizmente começa a descrever bastante bem as sociedades "democráticas" também.

Como escrevi antes, o Cavaco algum tempo antes das eleições falou na possibilidade de haver um governo de três partidos, ele deu até o exemplo da Finlândia. Fez tb apelos para que a campanha eleitoral não fosse muito dura, para que fosse possível haver dialogo entre partidos depois das eleições.

Eu penso que na cabeça dele sempre esteve a hipótese do governo ser PSD + CDS + PS. A maioria absoluta era logo à partida pouco esperada. Não é preciso haver referendo para haver um governo de três partidos, basta o PS aceitar, o que será dificil.

Ele disse isto, em 22 de Julho:

Citar
“Ainda há pouco, no passado mês de Abril, realizaram-se eleições na Finlândia, um país que tem um sistema político semelhante ao português. Após um processo negocial típico de uma democracia amadurecida, formou-se uma coligação governamental de três partidos.”

Agora, ele já mandou o líder da coligação reunir-se com o líder do PS para ver se isso é possível.

Caso isso não aconteça teremos um governo minoritário PSD + CDS.
O problema dos governos minoritários é que apenas um deles (o de Guterres) chegou ao fim da legislatura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-06 22:57:23
Penso que já se pode excluir definitivamente o governo PS + BE+ CDU.

Citar
O Presidente voltou assim a excluir desse entendimento o BE e o PCP, ao salientar a necessidade de o próximo Governo “respeitar os compromissos internacionais” de Portugal e nomeou a participação na NATO, a integração na União Europeia e a pertença à zona euro e ainda os compromissos transatlânticos do país.
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-06 23:15:49
Com a coligação de 2 estivemos com o irrevogável em 2013. Uma eventual coligação de 3 ainda é melhor para os desentendimentos. Acordos parlamentares entre esta rapaziada isso então é mesmo 31 de boca para brincar aos deputados. Tá bonito isto...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 00:27:40
Penso que já se pode excluir definitivamente o governo PS + BE+ CDU.

Citar
O Presidente voltou assim a excluir desse entendimento o BE e o PCP, ao salientar a necessidade de o próximo Governo “respeitar os compromissos internacionais” de Portugal e nomeou a participação na NATO, a integração na União Europeia e a pertença à zona euro e ainda os compromissos transatlânticos do país.
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url])



O Cavaco não risca nada nesse aspecto.
Se lhe for apresentado um governo de coligação PS+BE+CDU, tem mesmo que aceitar. Ou então demitir-se ou usar a bomba atómica - dissolver o parlamento.
Mas não estou a ver a justificação que ele poderia apresentar para isso.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 00:33:41
os comunistas querem sair nato

isto ja era motivo deixar cair parlamento

http://observador.pt/2015/07/07/programa-eleitoral-do-pcp-o-que-quer-jeronimo-e-o-pcp/ (http://observador.pt/2015/07/07/programa-eleitoral-do-pcp-o-que-quer-jeronimo-e-o-pcp/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-07 00:48:48
Penso que já se pode excluir definitivamente o governo PS + BE+ CDU.

Citar
O Presidente voltou assim a excluir desse entendimento o BE e o PCP, ao salientar a necessidade de o próximo Governo “respeitar os compromissos internacionais” de Portugal e nomeou a participação na NATO, a integração na União Europeia e a pertença à zona euro e ainda os compromissos transatlânticos do país.
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url])



O Cavaco não risca nada nesse aspecto.
Se lhe for apresentado um governo de coligação PS+BE+CDU, tem mesmo que aceitar. Ou então demitir-se ou usar a bomba atómica - dissolver o parlamento.
Mas não estou a ver a justificação que ele poderia apresentar para isso.

L




Se calhar nem o PS quer um governo de coligação PS+BE+CDU. Eu, pelo menos, não tenho conhecimento de alguém do PS apoiar essa ideia.

A CDU tem uma ideia oposta à do PS, já que defendeu a saída do Euro na campanha eleitoral.
O BE tb tem defendido a saída do Euro, mas na campanha eleitoral parece que recuou um pouco nessa posição...

Mas... Pq é que o Cavaco tem que aceitar um governo PS + BE + CDU?

Não foi o PSD + CDS que ganhou as eleições? Foi. Existe alguma lei que proíba governos minoritários? Não.
Já existiram governos minoritários em Portugal? Já, 6 ou 7.

Não estou a ver pq motivo Cavaco teria de se demitir ou dissolver o parlamento, por algo que já aconteceu várias vezes no passado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 01:08:01
Penso que já se pode excluir definitivamente o governo PS + BE+ CDU.

Citar
O Presidente voltou assim a excluir desse entendimento o BE e o PCP, ao salientar a necessidade de o próximo Governo “respeitar os compromissos internacionais” de Portugal e nomeou a participação na NATO, a integração na União Europeia e a pertença à zona euro e ainda os compromissos transatlânticos do país.
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-este-e-o-tempo-do-compromisso-1710335[/url])



O Cavaco não risca nada nesse aspecto.
Se lhe for apresentado um governo de coligação PS+BE+CDU, tem mesmo que aceitar. Ou então demitir-se ou usar a bomba atómica - dissolver o parlamento.
Mas não estou a ver a justificação que ele poderia apresentar para isso.

L




Se calhar nem o PS quer um governo de coligação PS+BE+CDU. Eu, pelo menos, não tenho conhecimento de alguém do PS apoiar essa ideia.

A CDU tem uma ideia oposta à do PS, já que defendeu a saída do Euro na campanha eleitoral.
O BE tb tem defendido a saída do Euro, mas na campanha eleitoral parece que recuou um pouco nessa posição...

Mas... Pq é que o Cavaco tem que aceitar um governo PS + BE + CDU?

Não foi o PSD + CDS que ganhou as eleições? Foi. Existe alguma lei que proíba governos minoritários? Não.
Já existiram governos minoritários em Portugal? Já, 6 ou 7.

Não estou a ver pq motivo Cavaco teria de se demitir ou dissolver o parlamento, por algo que já aconteceu várias vezes no passado.


Os governos minoritários que existiram não tinham alternativa. Quer dizer, não havia acordo entre a oposição para criar uma alternativa de governo.
Não quer dizer que desta vez venha a haver.
Mas se houver: o programa de governo da PaF nem seria aprovado na assembleia e o governo cairia imediatamente.
Não faria sentido nenhum o Cavaco convidar a coligação a formar governo se houver já uma proposta em cima da mesa de um governo suportado por uma maioria absoluta  PS+BE+PCP.
Neste período de consultas aos partidos é o que será avaliado. Que propostas de governo há na mesa? Que número de deputados as suportam?

Na remota hipótese (que para mim não é nada remota) de o PS se coligar à esquerda e obter uma maioria absoluta na assembleia, o PR ver-se-ia defrontado com duas propostas de governo: uma minoritária - PaF; outra maioritária: PS+BE+PCP.
Numa situação destas não poderia haver lugar a hesitações. A proposta de governo com apoio maioritário na assembleia é a que deve ser aceite pelo PR.

Não tenho a certeza se a constituição mandata o presidente a fazer isso mesmo, ou se é algo que está implicito no texto constitucional.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 01:15:29
um governo ps/be/pcp

durava uns 6 meses  sao muito diferentes nas propostas

o pcp ainda luta pela defunta URSS   

com pcp nao acredito em governo esqueda

se for PS+BE = tsipras   era mesmo da grecia.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-07 01:45:41
Os governos minoritários que existiram não tinham alternativa. Quer dizer, não havia acordo entre a oposição para criar uma alternativa de governo.
Não quer dizer que desta vez venha a haver.
Mas se houver: o programa de governo da PaF nem seria aprovado na assembleia e o governo cairia imediatamente.
Não faria sentido nenhum o Cavaco convidar a coligação a formar governo se houver já uma proposta em cima da mesa de um governo suportado por uma maioria absoluta  PS+BE+PCP.
Neste período de consultas aos partidos é o que será avaliado. Que propostas de governo há na mesa? Que número de deputados as suportam?

Na remota hipótese (que para mim não é nada remota) de o PS se coligar à esquerda e obter uma maioria absoluta na assembleia, o PR ver-se-ia defrontado com duas propostas de governo: uma minoritária - PaF; outra maioritária: PS+BE+PCP.
Numa situação destas não poderia haver lugar a hesitações. A proposta de governo com apoio maioritário na assembleia é a que deve ser aceite pelo PR.

Não tenho a certeza se a constituição mandata o presidente a fazer isso mesmo, ou se é algo que está implicito no texto constitucional.

L

Desconheço, mas talvez nos outros governos minoritários tb pudesse ter havido acordo da oposição para formar governo, pq, por exemplo, em 86, Cavaco Silva formou um governo minoritário com o PSD a ter só 88 deputados. Neste momento, a coligação tem 104.

Se houver um governo minoritário acho provável que PCP ou BE tentem fazer cair o governo de imediato na assembleia da república, mas acho improvável que PS faça o governo cair de imediato.

Fazer cair o governo acho q tem consequências imprevisíveis. Existe, por exemplo, este exemplo que deixei há dias:

Citar
1986: o primeiro governo liderado por Cavaco Silva, sem maioria
As eleições legislativa de 1986 deram a vitória ao PSD então liderado por Cavaco Silva, mas não lhe conferiram maioria absoluta na Assembleia da república. Longe disso. Os votos que o PSD reuniu permitiram-lhe eleger 88 deputados. Sem maioria no Parlamento, Cavaco Silva viu o seu primeiro OE ser viabilizado pelo PS, PRD, CDS e pelos deputados Borges de Carvalho, Lopes Cardoso e Ribeiro Teles (independentes), após uma maratona de 23 horas de votações.

1987
Cavaco Silva continuava sem maioria, pelo que o OE de 1987 foi aprovado com os votos do CDS. O então primiero-ministro enfrentaria depois uma moção de censura que precipitaria a queda do seu governo minoritário e a realização de eleições legislativas. Cavaco obteve a maioria e repetiu o feito nas eleições seguintes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-07 02:06:01
um governo ps/be/pcp

durava uns 6 meses  sao muito diferentes nas propostas

o pcp ainda luta pela defunta URSS   

com pcp nao acredito em governo esqueda

se for PS+BE = tsipras   era mesmo da grecia.

Tb acho improvável que o PCP vá para o governo, até pq defende a saída do Euro.

E PS + BE não chegam para ter mais deputados que PSD + CDS. Ficam com 104 deputados (85 +19), os mesmos deputados que PSD + CDS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-07 02:55:09
um governo ps/be/pcp

durava uns 6 meses  sao muito diferentes nas propostas

o pcp ainda luta pela defunta URSS   

com pcp nao acredito em governo esqueda

se for PS+BE = tsipras   era mesmo da grecia.

Tb acho improvável que o PCP vá para o governo, até pq defende a saída do Euro.

E PS + BE não chegam para ter mais deputados que PSD + CDS. Ficam com 104 deputados (85 +19), os mesmos deputados que PSD + CDS.

E o BE não é um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras, que defende o fim da actual "austeridade"?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-07 03:36:07
Aliás, se rejeitamos a austeridade, quem é que nos vai emprestar/dar o dinheiro de que tanto precisamos e que não tencionamos pagar?   :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-07 07:39:23
O Costa ontem não deu sinais de flexibilização
http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/ (http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-07 10:46:21
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 11:13:38
O que move esquerda mais radical basicamente e isto
A sociedade seria baseada no bem coletivo dos meios de produçao tudo se justifica pelo coletivo e para o coletivo.

Sempre foram assim nao era agora iam mudar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 11:31:17
O Costa ontem não deu sinais de flexibilização
[url]http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/[/url])


Interpreto a posição do PS após a reunião deles como uma forma de minimizar a pressão a que foram sujeitos por tudo e todos. Em particular como forma de evitar passar a mensagem que estão às ordens da coligação nesta fase, ameaçando que ainda podem entender-se com os radicais de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 11:32:45
O que move esquerda mais radical basicamente e isto
A sociedade seria baseada no bem coletivo dos meios de produçao tudo se justifica pelo coletivo e para o coletivo.

Sempre foram assim nao era agora iam mudar

Essa é a teoria... a prática é melhor descrita em livros "infantis" sobre os animais da quinta....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-07 11:33:17
Hoje li isto na net, e parece certo.


"SE O PS PCP E BLOCO TIVESSEM CONCORRIDO COLIGADOS NEM 30% TINHAM E QUEM GANHOU FOI A COLIGAÇÃO ISTO É QUASE COMO ACABAR O CAMPEONATO NACIONAL E O SPORTING FAZER COLIGAÇÃO COM A ACADÉMICA PARA GANHAR O CAMPEONATO"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-07 11:34:55
O A. Costa só tem uma saída:

- fazer de conta que está contra o governo, contra a austeridade e a favor do diálogo
... mas abstém-se no orçamento por , dirá ele, maior interesse patriótico.

Tem piada, o Marcelo, ajudou o Governo de Guterres a governar, não pode dizer que esta solução do Cavaco está mal.

O PSD/CDS tem de relembrar que Guterres só governou pela responsabilidade
do PSD.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-07 11:56:14
O A. Costa só tem uma saída:

- fazer de conta que está contra o governo, contra a austeridade e a favor do diálogo
... mas abstém-se no orçamento por , dirá ele, maior interesse patriótico.

Tem piada, o Marcelo, ajudou o Governo de Guterres a governar, não pode dizer que esta solução do Cavaco está mal.

O PSD/CDS tem de relembrar que Guterres só governou pela responsabilidade
do PSD.

Concordo.

Neste momento parece que só as presidências interessam ao Marcelo. Anda numa estratégia de ganhar votos à esquerda desde que foi à Festa do Avante.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 12:03:56
O que move esquerda mais radical basicamente e isto
A sociedade seria baseada no bem coletivo dos meios de produçao tudo se justifica pelo coletivo e para o coletivo.

Sempre foram assim nao era agora iam mudar

Essa é a teoria... a prática é melhor descrita em livros "infantis" sobre os animais da quinta....

tens enviar o livro para largo do rato
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-07 12:54:05
os paineleiros da política

há 3 meses o futuro PR achava isto

Citar
Marcelo: "Perante um resultado destes Passos sairá da liderança do partido"
09 Jul 2015 Económico
Comentador considera que a sondagem da TVI, Público e TSF indica que os portugueses querem "esmagadoramente uma maioria absoluta", apesar de se estar bastante longe deste cenário.

Marcelo:
Marcelo Rebelo de Sousa considera que a sondagem da TVI, Público e TSF, que atribui 37,6% de intenções de voto ao Partido Socialista, contra 32,7% para a coligação PSD/CDS-PP, diz que os portugueses querem "esmagadoramente uma maioria absoluta". O comentador da TVI afirmou, esta quarta-feira, no "Jornal das 8" que, a três meses das eleições, o PS ganha claramente uma dinâmica de vitória em desfavor da coligação.

"Os portugueses querem esmagadoramente uma maioria absoluta, é óbvio que se está longe da maioria absoluta."

E no caso deste cenário se confirmar, Marcelo Rebelo de Sousa destaca a preferência dos portugueses por um bloco central e, em segundo lugar, por um governo de esquerda muito próximo deste bloco.

"Se não houver maioria absoluta o que preferem? Um bloco central, mas com um governo de esquerda muito próximo do bloco central. Não me lembro de haver 33% a defender um governo de esquerda para 36% a defender um bloco central alargado ao CDS."

O comentador da TVI lembrou que "as sondagens valem o que valem". Porém, e a cerca de três meses das eleições legislativas, o PS ganha, no seu entender, uma dinâmica de vitória.

"Há ideia de que o PS vai vencer e há uma nova dinâmica a favor do PS, desfavorável à coligação."

Quem terá a vida dificultada, na opinião de Marcelo, é Cavaco Silva, que sem uma maioria absoluta terá de compor um bloco central "de composição muito complexa".

"Obriga Cavaco Silva a um trabalho muito difícil que é tentar compor um bloco central de composição muito complexa."

Marcelo Rebelo de Sousa acredita ainda que, perante um resultado destes Passos sairá da liderança do partido.

"Com um resultado destes, Passos saía logo a seguir."

O debate do Estado da Nação foi outro dos temas analisados pelo comentador da TVI. Marcelo Rebelo de Sousa salientou que houve uma mudança no discurso do PS, mais direcionada às pessoas e ao concreto, que poderá marcar a campanha eleitoral.

"Houve uma coisa nova, foi pegar exemplos da vida concreta e isso pode marcar a campanha eleitoral. Isto é o regresso à ideia de terreno, à política das pessoas e do concreto, o que vai obrigar a coligação a fazer a transposição do discurso de 'os números são melhores', isto é, da macroeconomia para a microsociedade, a vida das pessoas com nomes concretos."

[url]http://economico.sapo.pt/noticias/marcelo-perante-um-resultado-destes-passos-saira-da-lideranca-do-partido_223245.html#at_pco=smlrebv-1.0&at_si=5615047ec84ef30f&at_ab=per-3&at_pos=6&at_tot=8[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/marcelo-perante-um-resultado-destes-passos-saira-da-lideranca-do-partido_223245.html#at_pco=smlrebv-1.0&at_si=5615047ec84ef30f&at_ab=per-3&at_pos=6&at_tot=8[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 13:17:09
O que move esquerda mais radical basicamente e isto
A sociedade seria baseada no bem coletivo dos meios de produçao tudo se justifica pelo coletivo e para o coletivo.

Sempre foram assim nao era agora iam mudar

Essa é a teoria... a prática é melhor descrita em livros "infantis" sobre os animais da quinta....

tens enviar o livro para largo do rato

dúvido muito que entendessem a sátira
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 14:57:02
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 16:44:05
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-07 16:54:11
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

Quem ganhou as eleições foi a PaF, mas a PaF desapareceu no dia a seguir às eleições.

O que agora existe é PSD e CDS.

Ainda falta juntar os mandatos da emigração, dia 14 porque dava muito trabalho ser no dia 4 como os outros.

o que quer dizer, por absurdo, que o PS com 3 mandatos da emigração ainda pode ser o partido com mais mandatos, logo o vencedor.

Na realidade o que vai acontecer é um governo minoritário PSD+CDS com acordo parlamentar com o PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-07 17:00:32
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu


não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L


Vários pontos em que discordo:

1.   Quem concorre a eleições são os partidos/coligações que se apresentam a eleições (PS,PAF, CDU …), não "ideologias" (esquerda, direita,…);

2.   Quem vence é o partido/coligação mais votado;

3.   Dizer que o centro esquerda tem a maioria no parlamento é verdade mas isso não se pode sobrepor à escolha dos eleitores, por isso declarar que o eleitorado deu uma vitória clara ao centro-esquerda não é real, porque o centro esquerda não concorreu a eleições (e já agora colocar o BE e a CDU como centro de qq coisa é difícil de aceitar);

4.   Se esse centro esquerda quisesse governar, teria que ter ido a eleições em coligação. (podemos cogitar se teria mais ou menos do que teve individualmente mas não interessa muito… eu creio que teria bem menos);

5.   Isso de agora o BE e o PCP dizerem que devem governar porque o parlamento tem maioria de esquerda é desqualificar a escolha das pessoas, que deram a vitória clara a outros;

6.   Os vencedores têm que tentar formar governo, com maioria ou minoria parlamentar;
 
7.   Caso haja governo os restantes partidos ou aceitam ou unem-se e com uma moção de rejeição e mandam logo o governo abaixo.

Para efeitos de pragmatismo, eu também acho que não deveriam existir governos de minoria pois isso aqui no burgo é um caminho certo para novas eleições antes do fim da legislatura.

Parece que no Luxemburgo sucedeu algo que o PCP e o BE pretendem, o partido mais votado não formou governo
http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo (http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 17:24:53
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...

sim, posso aceitar esse ponto de vista.
uma coligação PS+BE+PCP não foi sufragada pelo eleitorado.

A questão da NATO ou do euro são irrelevantes. São questões teórícas e e de princípio que não teriam influência material num eventual governo de coligação à esquerda.
Nem PCP nem BE iriam insistir no abandono da NATO ou na saída do euro. O PS ao fazer uma coligação com esses partidos insistiria sempre numa declaração bem evidente pela parte deles, em como abdicariam dessas pretensões.

A legitimidade de um governo dessa coligação não está em causa, segundo as regras democráticas.

O ponto fulcral é, na minha opinião, a seguinte questão hipotética: o eleitorado ter-se-ia exprimido da mesma maneira se previsse uma coligação PS+BE+PCP?

A resposta é simples.

- se essa coligação se concretizar e apresentar um programa de governo que renuncie expressamente às questões da saída da NATO e do euro;
- se o PR tiver dúvidas quanto à opinião hipotética do eleitorado português em relação a essa coligação; (já que não há dúvidas em relação à legitimidade democrática de um eventual governo dessa coligação)
- se perante essa dúvida entender não encarregar a coligação da esquerda de formar governo;

O PR deve dissolver a AR e convocar novas eleições rapidamente.

a essas eleições deverão concorrer as coligações que na prática se formaram anteriormente: PSD/CDS e PS/BE/PCP.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-07 17:28:12
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...

sim, posso aceitar esse ponto de vista.
uma coligação PS+BE+PCP não foi sufragada pelo eleitorado.

A questão da NATO ou do euro são irrelevantes. São questões teórícas e e de princípio que não teriam influência material num eventual governo de coligação à esquerda.
Nem PCP nem BE iriam insistir no abandono da NATO ou na saída do euro. O PS ao fazer uma coligação com esses partidos insistiria sempre numa declaração bem evidente pela parte deles, em como abdicariam dessas pretensões.

A legitimidade de um governo dessa coligação não está em causa, segundo as regras democráticas.

O ponto fulcral é, na minha opinião, a seguinte questão hipotética: o eleitorado ter-se-ia exprimido da mesma maneira se previsse uma coligação PS+BE+PCP?

A resposta é simples.

- se essa coligação se concretizar e apresentar um programa de governo que renuncie expressamente às questões da saída da NATO e do euro;
- se o PR tiver dúvidas quanto à opinião hipotética do eleitorado português em relação a essa coligação; (já que não há dúvidas em relação à legitimidade democrática de um eventual governo dessa coligação)
- se perante essa dúvida entender não encarregar a coligação da esquerda de formar governo;

O PR deve dissolver a AR e convocar novas eleições rapidamente.

a essas eleições deverão concorrer as coligações que na prática se formaram anteriormente: PSD/CDS e PS/BE/PCP.

L

Concordo contigo, acho que o presidente deve fazer isso.
Depois será o que o povo quiser
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 17:32:19
3.   Dizer que o centro esquerda tem a maioria no parlamento é verdade mas isso não se pode sobrepor à escolha dos eleitores, por isso declarar que o eleitorado deu uma vitória clara ao centro-esquerda não é real, porque o centro esquerda não concorreu a eleições (e já agora colocar o BE e a CDU como centro de qq coisa é difícil de aceitar);

O PS é um partido social-democrata, de centro esquerda.
O BE é um aglomerado de marxistas-leninistas, trotskistas e maoistas (concordo com o/a Kaspov) - extrema esquerda.
O PCP é um partido marxista-leninista que nunca denunciou claramente o estalinismo - extrema-esquerda.

Uma coligação com estes partidos nunca seria de centro-esquerda. O seu centro de gravidade estaria sempre bastante à esquerda.
Penso que compreendeste mal as minhas palavras quanto a isso. Ou então fui eu que não me expliquei bem.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-07 17:33:40
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-07 17:39:51
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não são os comunas que devolvem o que recebem acima do salario que tinham antes de ir para a politica?

Isto que digo é um mito?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 17:40:41
Olhe que não!

o PCP ja governa nas camaras nos sindicatos e controla muitas parte do estado


o BE era como dizes nunca governaram nada de relevante ficavam malucos com os taxos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 17:42:57
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 17:52:43
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

O PCP não tem por norma ser tachista ? Talvez não individualmente, mas certamente ao nível partidario. Isto de cada deputado dar parte dos salario ao partido é o quê ? A dizima comunista ?

E um governo comunista não é tachista ? Talvez não. É simplesmente corrupto à última escala possível. Basta ver os exemplos históricos.

Mas isto é irrelevante porque não haveria um governo comunista.

E quando a cima dizem que PCP e BE ficariam felizes só por estar no governo e abdicavam das suas filosofias, acho disparatado. Se assim fizessem, o que diriam depois aos eleitores nas eleições seguintes ?

PCP: sempre defendemos a saida da NATO mas agora que somos governo, fechamos os olhos a esse pequeno pormenor.... Idem para o Euro

E nem estamos a falar do que os credores fariam. E os EUA, que já estão a querer sair dos Açores ? Ficariam felizes em ter bases num País tão virado à esquerda ? Saiam ainda mais depressa e o desemprego na Ilha Terceira disparava com ainda mais força.

São tudo cenários, hipóteses, conjeturas, mas sinceramente quem consegue acreditar que PS e BE e PCP têm alguma sintonia para além de um discurso anti-direita ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 17:53:19
pcp junto com centro criaram muito taxo

por exemplo os professores efetivos  que o digam  e motoristas dos comboios  :-X


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 17:56:58
pcp junto com centro criaram muito taxo

por exemplo os professores efetivos  que o digam  e motoristas dos comboios  :-X

E os dirigentes sindicais ? Se isso não é um tacho, então é um grande caldeirão...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 17:59:51
Mário Nogueira e professor tem bom taxo   ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 18:04:27
basicamente um governo PS/CDU/BE  era sindicatos a governar e bloco todo contente por governar alguma coisa 8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-07 18:08:49
Parece que no Luxemburgo sucedeu algo que o PCP e o BE pretendem, o partido mais votado não formou governo
[url]http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo[/url] ([url]http://observador.pt/especiais/uniao-europeia-governos-de-coligacao-sao-a-regra-mesmo[/url])


Não conhecia, vou deixar aqui

Citar
Primeiro-ministro: Xavier Bettel. Coligação: Liberais (DP) – Partido Socialista (LSAP) – Verdes
Nas últimas eleições gerais luxemburguesas, os democratas-cristãos obtiveram mais de 33% dos votos. Até aqui nada de novo: o CSV é historicamente o principal partido do país, basta ver que depois da Segunda Guerra Mundial e até 2013 o partido apenas por uma vez tinha perdido as eleições. Mas um escândalo que envolveu os serviços secretos do Grão-ducado e perda de apoio do partido socialista LSAP, parceiro de coligação, precipitaram a queda do Governo do então primeiro-ministro Jean-Claude Juncker.

E se nas urnas Juncker e o CSV venceram mais uma vez, o mesmo não se poderá que o tenham feito no jogo das coligações. Depois das eleições, os liberais do Partido Democrata, os socialistas do LSAP e os Verdes uniram forças e avançaram para o governo. Xavier Bettel assumiu o cargo de primeiro-ministro e o socialista Etienne Schneider tornou-se número dois e ministro da Economia. Foi a primeira vez em 34 anos que os democratas-cristãos ficaram fora do governo. E foi também o fim de Juncker como primeiro-ministro, cargo que ocupava desde 1995.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-07 18:20:01
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Os que não são tachistas a nível nacional são-no a nível local (PCP) e o BE só não o é por falta de oportunidade. O que faz o tachismo não é a ideologia, é a oportunidade e a natureza humana -- todos os partidos serão tachistas desde que o sistema lhes dê a oportunidade. A cultura poderia minimizar isso, mas não é o caso em Portugal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-07 18:21:42
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

O PCP não tem por norma ser tachista ? Talvez não individualmente, mas certamente ao nível partidario. Isto de cada deputado dar parte dos salario ao partido é o quê ? A dizima comunista ?

E um governo comunista não é tachista ? Talvez não. É simplesmente corrupto à última escala possível. Basta ver os exemplos históricos.

Mas isto é irrelevante porque não haveria um governo comunista.

E quando a cima dizem que PCP e BE ficariam felizes só por estar no governo e abdicavam das suas filosofias, acho disparatado. Se assim fizessem, o que diriam depois aos eleitores nas eleições seguintes ?

PCP: sempre defendemos a saida da NATO mas agora que somos governo, fechamos os olhos a esse pequeno pormenor.... Idem para o Euro

E nem estamos a falar do que os credores fariam. E os EUA, que já estão a querer sair dos Açores ? Ficariam felizes em ter bases num País tão virado à esquerda ? Saiam ainda mais depressa e o desemprego na Ilha Terceira disparava com ainda mais força.

São tudo cenários, hipóteses, conjeturas, mas sinceramente quem consegue acreditar que PS e BE e PCP têm alguma sintonia para além de um discurso anti-direita ?

Não abdicavam delas. Adaptavam-nas. "À Syriza".

Existiria sempre um risco acrescido de quebra da coligação, claro, se a maleabilidade pedida fosse em algum momento julgada demasiado extrema.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-07 18:26:51
À coligação saia-lhe a lotaria se o PS se entendesse com BE/PCP e formasse governo. Podiam começar a contar os dias para voltarem a ter nova maioria absoluta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Mystery em 2015-10-07 18:28:00
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 18:55:09
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

bah...
conversa catastrofista.
dá igual estar no governo uma coligação de esquerda ou de direita.
a camisa de forças do euro impede qualquer alteração de políticas significativa.
o syriza que podemos equacionar com o nosso BE está no poder na Grécia. Não obstante, actualmente, são os queriduchos da UE e da Merkl.
Mais depressa há uma reestruturação e reforma do estado com uma coligação de esquerda do que com uma coligação de direita.
isso é uma forma completamente míope de olhar para a realidade política portuguesa e mundial.
Também não é novidade. se por alguma coisa é conhecida a elite empresarial e capitalista portuguesa é pela sua miopia e incompetência.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 18:59:08
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

bah...
conversa catastrofista.
dá igual estar no governo uma coligação de esquerda ou de direita.
a camisa de forças do euro impede qualquer alteração de políticas significativa.
o syriza que podemos equacionar com o nosso BE está no poder na Grécia. Não obstante, actualmente, são os queriduchos da UE e da Merkl.
Mais depressa há uma reestruturação e reforma do estado com uma coligação de esquerda do que com uma coligação de direita.
isso é uma forma completamente míope de olhar para a realidade política portuguesa e mundial.
Também não é novidade. se por alguma coisa é conhecida a elite empresarial portuguesa é pela sua miopia e incompetência.

L

dar ilusao de colaborar e melhor.
quando vier crise qualquer mundial usar isso para ter alivio.

reforma do estado nem com direita nem com esquerda
o que ha e mais confisco ou menos confisco >:(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-07 19:04:21
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

bah...
conversa catastrofista.
dá igual estar no governo uma coligação de esquerda ou de direita.
a camisa de forças do euro impede qualquer alteração de políticas significativa.
o syriza que podemos equacionar com o nosso BE está no poder na Grécia. Não obstante, actualmente, são os queriduchos da UE e da Merkl.
Mais depressa há uma reestruturação e reforma do estado com uma coligação de esquerda do que com uma coligação de direita.
isso é uma forma completamente míope de olhar para a realidade política portuguesa e mundial.
Também não é novidade. se por alguma coisa é conhecida a elite empresarial e capitalista portuguesa é pela sua miopia e incompetência.

L

E também falta de formação/educação formal, Lark.

Tudo isso acontece porque a esmagadora maioria quer antes ser trabalhador de outrém. Há muito mais concorrência para se ser trabalhador do que para se ser empresário, o resultado é expectável -- é bem possível que a qualidade dos trabalhadores, tudo ponderado, seja superior à dos empresários.

Até que se mudem as políticas para criar maior atractividade em se ser empresário e menor em se ser trabalhador, provavelmente isso não muda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 19:05:13
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

bah...
conversa catastrofista.
dá igual estar no governo uma coligação de esquerda ou de direita.
a camisa de forças do euro impede qualquer alteração de políticas significativa.
o syriza que podemos equacionar com o nosso BE está no poder na Grécia. Não obstante, actualmente, são os queriduchos da UE e da Merkl.
Mais depressa há uma reestruturação e reforma do estado com uma coligação de esquerda do que com uma coligação de direita.
isso é uma forma completamente míope de olhar para a realidade política portuguesa e mundial.
Também não é novidade. se por alguma coisa é conhecida a elite empresarial portuguesa é pela sua miopia e incompetência.

L

dar ilusao de colaborar e melhor.
quando vier crise qualquer mundial usar isso para ter alivio.

reforma do estado nem com direita nem com esquerda
o que ha e mais confisco ou menos confisco >:(

é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 19:08:11
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.

bah...
conversa catastrofista.
dá igual estar no governo uma coligação de esquerda ou de direita.
a camisa de forças do euro impede qualquer alteração de políticas significativa.
o syriza que podemos equacionar com o nosso BE está no poder na Grécia. Não obstante, actualmente, são os queriduchos da UE e da Merkl.
Mais depressa há uma reestruturação e reforma do estado com uma coligação de esquerda do que com uma coligação de direita.
isso é uma forma completamente míope de olhar para a realidade política portuguesa e mundial.
Também não é novidade. se por alguma coisa é conhecida a elite empresarial e capitalista portuguesa é pela sua miopia e incompetência.

L

E também falta de formação/educação formal, Lark.


referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-07 19:12:52
O problema e este.
Até que se mudem as políticas para criar maior atractividade em se ser empresário e menor em se ser trabalhador, provavelmente isso não muda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-07 19:13:15
Formação académica, está nas estatísticas.

Como disse, é o que acontece devido ao quadro de incentivos existente, que favorece poderosamente o ser-se trabalhador e penaliza fortemente o ser-se empresário.

É claro que esse quadro também favorece desemprego, salários baixos, etc.

Seria engraçado tentar arranjar estas estatísticas para vários países.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 19:36:22
referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L

e isto é provavelmente a face mais benigna do capitalismo português.
a classe que anda sempre na mama do estado, no betão, na especulação imobiliária, nas grandes golpadas - BPN, BES etc. -  são muito piores.
esse não são míopes, vêem até muito bem.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-07 19:39:05
Como interpretam os comunicados do Costa e Jerónimo após a reunião entre ambos ?

Aproximaram-se ou ficaram na mesma ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-07 19:40:51
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Já vi que não és nem conheces a margem sul. Almada e Seixal são uma tristeza. Pelo menos, Almada tem contas saudáveis. O Seixal é uma das câmaras mais endividadas do país.

Os tachos surgem quanto mais complexa e intrincada é a estrutura governativa. E os comunistas são bons a fazer empresas públicas de tudo mais alguma coisa, especialmente no desporto e na cultura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-07 19:55:31
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Já vi que não és nem conheces a margem sul. Almada e Seixal são uma tristeza. Pelo menos, Almada tem contas saudáveis. O Seixal é uma das câmaras mais endividadas do país.

Os tachos surgem quanto mais complexa e intrincada é a estrutura governativa. E os comunistas são bons a fazer empresas públicas de tudo mais alguma coisa, especialmente no desporto e na cultura.

pois, admito que não estou por dentro da questão. é uma percepção que tenho.
mas suponho que os comunistas devem jogar na terceira divisão da corrupção comparando com PS, PSD e CDS.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-07 19:57:46
Essa coligação seria dominada pelo PS, e os outros ficavam tão felizes com os tachos aos quais não estão habituados, que nem berrariam muito por o PS governar ao centro.

não tenho nem o PCP nem o BE como tachistas. podem ser tudo e mais alguma coisa. tachistas não me parece.
lá por o centro-direita e o centro esquerda terem criado uma clientela de tachistas ao longo destes 40 anos, não significa que todos os partidos sejam iguais.
A tradição do PCP no que toca aos cargos públicos é até claramente oposta em relação a essa opinião. Do BE não me posso pronunciar mas dar-lhes-ia o benefício da dúvida.

L

Já vi que não és nem conheces a margem sul. Almada e Seixal são uma tristeza. Pelo menos, Almada tem contas saudáveis. O Seixal é uma das câmaras mais endividadas do país.

Os tachos surgem quanto mais complexa e intrincada é a estrutura governativa. E os comunistas são bons a fazer empresas públicas de tudo mais alguma coisa, especialmente no desporto e na cultura.

pois, admito que não estou por dentro da questão. é uma percepção que tenho.
mas suponho que os comunistas devem jogar na terceira divisão da corrupção comparando com PS, PSD e CDS.

L

Sem dúvida, mas só por serem menos. Não porque sejam mais honrados ou tenham atitudes mais nobres.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-07 21:23:36
O facto de haver uma maioria significativa que considera ser legítima a possibilidade da esquerda governar vai servir de alerta para parar investimentos, acelerar despedimentos e começar a movimentar outra vez o capital para fora do país.
Aposto que as empresas neste momento nem contêm a excitação perante a possibilidade de um governo com os comunas no governo. Seria um sonho ter finalmente um ministro da economia alinhado com o Arménio Carlos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-07 22:03:47
O PCP quer fazer parte de um governo com o PS desde que:

Citar
Mas António Costa não saiu da sede do PCP sem um caderno de encargos – que entraria no programa de Governo e, seguramente, no Orçamento de esquerda. São as seguintes as condições de Jerónimo:
•Valorização dos salários, nomeadamente o aumento do salário mínimo para 600 euros no início de 2016;
•Combate à precariedade – alteração à legislação laboral
•Reforço da contratação colectiva
•Reposição dos salários, pensões e feriados e outros direitos cortados nomeadamente os complementos de reforma;
•Política fiscal justa;
•Eliminação das taxas moderadoras
•Reposição do transporte de doentes não urgentes
•Reversão dos processos de concessão, sub-concessão e privatização das empresas de transporte;
•Revogação da alteração à lei da interrupção voluntária da gravidez;
•Retomar o controlo público de empresas estratégicas
•Renegociação da dívida

E pronto assim se dará o enterro da austeridade (tal como as pessoas votaram...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-08 00:28:27
Isso são uma série de condições inaceitáveis e impossíveis.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Mystery em 2015-10-08 00:38:16
Formação académica, está nas estatísticas.

Como disse, é o que acontece devido ao quadro de incentivos existente, que favorece poderosamente o ser-se trabalhador e penaliza fortemente o ser-se empresário.

É claro que esse quadro também favorece desemprego, salários baixos, etc.

Seria engraçado tentar arranjar estas estatísticas para vários países.


Existem inquéritos relativamente à implementação de práticas de gestão. Portugal classifica-se muito mal.

A formação académica está correlacionada com a implementação dessas práticas, mas não é necessariamente um factor explicativo.

Na minha experiência os próprios trabalhadores também podem ser muito aversos à implementação de boas práticas de gestão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-08 00:53:46
O Costa ontem não deu sinais de flexibilização
[url]http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/07/ps-recusa-bloco-central-e-pede-respostas-a-esquerda-e-a-direita/[/url])


Interpreto a posição do PS após a reunião deles como uma forma de minimizar a pressão a que foram sujeitos por tudo e todos. Em particular como forma de evitar passar a mensagem que estão às ordens da coligação nesta fase, ameaçando que ainda podem entender-se com os radicais de esquerda.


Também acho. E ainda terem tempo para falar com BE e CDU, para não ficarem com o ónus de não se terem esforçado para unir a esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-08 01:01:40
Este pessoal da esquerda tem umas punções anti democráticas enormes.

Há 2 dias houve eleições que deram um vencedor claro, e o que é que eles pretendem?... o oposto do que as pessoas escolheram

p-q-o-pariu

não percebo essa posição.
a maioria absoluta na AR não está do lado do PS + comunistas + esquerda radical (como diz o/a Kaspov - um aglomerado de tendências marxistas-leninistas, trotskistas e outras)?
se eles entenderem coligar-se, representam o vencedor claro das eleições. tão claro que dispõem de uma maioria absoluta.

o eleitorado não deu uma vitória clara ao centro-direita. deu uma vitória clara ao centro-esquerda, comunistas e esquerda radical. Não há forma de sofismar esta questão.

que se o PS+BE+CDU se tivessem apresentado coligados a eleições, o resultado poderia ter sido outro, é verdade. Mas se a minha avó tivesse barbas, era o meu avô.
e não é possível saber para qual lado cairia essa diferença. ´

Só pelo facto de estarem coligados, se a intenção de voto se mantivesse, a maioria absoluta era muito maior. Significativamente maior, dada a concentração de votos nos grandes círculos eleitorais - tal como o PSD/CDS beneficia de concorrer em coligação.

A intenção de voto poderia não ser a mesma. Mas quem sabe qual seria? Mais para o centro-direita? Mais para a coligação de esquerda?
Poderia dar-se muito bem o caso da votação global à esquerda ser ainda maior. Com o qual a maioria seria anda maior.

Mas não é sequer necessário incorrer nessas especulações.
Se não houver entendimento à esquerda, a maioria - relativa -  é da PaF. Se houver entendimento à esquerda, a maioria - absoluta - é da esquerda.

As eleições deram o resultado que deram. A maioria governa.

É assim que a coisa funciona.

L

Dizer que o eleitorado deu a maioria à esquerda é o mesmo que dizer que deu a maioria ao bloco central. E é óbvio que há mais afinidades do PS com o PSD do que com BE/CDU.
Mas numa coisa concordo: se a esquerda se entendesse teria legitimidade democrática para governar. Do mesmo modo que se, por hipótese, o PSD e o CDS tivessem concorrido separados e a esquerda tivesse concorrido coligada mas não tivesse tido maioria absoluta, o PSD e o CDS poderiam ir para o governo.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-08 01:15:59
Dizer que o eleitorado deu a maioria à esquerda é o mesmo que dizer que deu a maioria ao bloco central.

deu maioria à esquerda num contexto PSD/CDS de um lado, todos os outros noutro.

se quisermos podemos também dizer que se CDS/PSD/PS se coligarem terão uma maioria de 83,91% (193 deputados em 230). Suficiente para alterar a constituição e ultrapassar qualquer veto do PR.

mas não foi nesse contexto que eu escrevi.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-08 12:22:34
Isto vai levar ao aumento da abstenção em futuras eleições.

A abstenção é outro parâmetro mal analisado, vejamos:

- Idosos acamados
- Idosos em lares que não vão votar
- pessoas internadas em hospitais e clínicas
- pessoal a trabalhar ao Domingo, por turnos , hotelaria e restauração
- campeonatos desportivos de todas as modalidades e todas as idades,
profissionais, pais e familiares

Quantas pessoas são ?
Criar um feriado obrigatório e tirar das listas pessoas acamadas e incapazes
de votar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-08 12:58:52
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-08 13:25:33
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
é vergonhoso que não se consiga a coisa mais básica que é eliminar mortos dos cadernos eleitorais. revela bem a incompetência dos responsáveis públicos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-08 13:38:28
http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg217909.html#msg217909 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg217909.html#msg217909)


Se esses 3 partidos se entenderem agora, pós-eleições, então estão a criar uma realidade que muito provavelmente é antagónica com uma parte substancial daquilo que os votantes no PS pretendem. Chama-se a isso trair os eleitores. Ou achas que é pacifico para todos estarmos agora a falar num cenário que incluir partidos anti-Nato quando o tema Nato nunca foi assunto eleitoral ? Ou a saída do Euro ?

Vamos ver uma coisa: que o BE e o PCP queiram trazer o PS para o lado deles e assim conquistar o poder é um coisa. Que o PS queira encostar-se a eles é outra bem distinta. Que os eleitores do BE e PCP queiram esse acordo para fazer valer a sua vontade (por norma mais radical) é bem distinto que forçar os eleitores do PS (por norma mais moderados) a aceitar esse radicalismo.

Isto agora não é apenas matemática de somar mandatos e ver quem tem mais. É também saber o que motivou os eleitores a escolher estes mandatos. E não me venham com a história que houve uma larga maioria a votar contra as medidas do governo.

O que houve foi 3 grupos principais:

- os que votarem a apoiar o governo (votaram PaF)
- os que votaram explicitamente contra tudo aquilo que representa a direita, centro-direita e centro-esquerda, e o fazem desde sempre (votaram CDU e BE)
- os que até estão alinhados com as grandes decisões estratégicas tomadas por Portugal nos últimos anos mas querem ver medidas diferentes (votaram PS)

Se acham que estes 3 grupos se podem combinar pacificamente de alguma forma, acho que estão errados. E nem por milagre iria funcionar. A única coisa mais proxima de uma solução passaria por mudar a linha do PS, aproximando-a do PSD (e isto implica mudar o lider do PS), assim como flexibilizar as medidas do PaF (o que andarem a apregoar que fariam) para se aproximarem do PS.

O resto são confitos filosóficos que não se resolvem matematicamente...


Para mim este post está cristalino.
Concordo muito com o pontos que coloquei à bold.

A questão da traição aos eleitores acho que é evidente.
Se o PS desvia à esquerda acho que irão alienar bastantes dos seus eleitores habituais.
Se a CDU e BE desviam ao centro, acontece o mesmo.
Nesta altura, os jogos de bastidores dentro de cada um dos partidos, deverá andar muito à volta desta questão. Agarramos o poder agora em troca de queimar o partido nas próximas eleições? Em que termos faremos a coligação, de forma a queimarmos o mínimo possível o partido?



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-08 13:49:47


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-08 13:53:59
referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L

e isto é provavelmente a face mais benigna do capitalismo português.
a classe que anda sempre na mama do estado, no betão, na especulação imobiliária, nas grandes golpadas - BPN, BES etc. -  são muito piores.
esse não são míopes, vêem até muito bem.

L

Concordo, esses de burros não têm nada ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-08 14:02:11
referes-te a formação académica e posterior especialização on the job?
concordo absolutamente.
o que não faltam são empresários semi-analfabetos, investidores em Ferraris e em imobiliário com azulejos de casa de banho no exterior da casa.

L

e isto é provavelmente a face mais benigna do capitalismo português.
a classe que anda sempre na mama do estado, no betão, na especulação imobiliária, nas grandes golpadas - BPN, BES etc. -  são muito piores.
esse não são míopes, vêem até muito bem.

L

Concordo, esses de burros não têm nada ...

foram  muito ganaciosos   algum dia levam com revoluçao em cima.
e vao para la outros
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-08 14:04:38


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

quem teve coragem foi henrique cardoso afastou brasil do caminho argentino
o lula teve merito de nao estragar muito o que foi feito
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-08 14:33:52
É impressionante como por o governo ser minoritário está a ser dado como muito difícil que chegue ao final do mandato.
A população votou nas percentagens que votou, e sendo uma percentagem enorme de votos pertencentes ao "centrão" que em termos reais e concretos pouco diferem uns dos outros, porque carga d'água não conseguem entender-se? Mostra a real maturidade dos nossos agentes políticos. Uma cambada de miúdos mimados, sem o mínimo de sentido de responsabilidade (pois estão a interferir com a vida real de pessoas reais) que não conseguem chegar a entendimentos.

Um governo PSD+CDS+PS poderia governar perfeitamente, se fossem minimante responsáveis.
E se houvesse alguma questão realmente fracturante, a solução seria obvia. Devolvemos a palavra ao povo via referendo ... pois, mas já me equecia que o povo só interessa para fazer umas cruzes de 4 em 4 anos. Ora mamas tu, ora mamo eu, assim é muito melhor. Parece que o "Triunfo dos Porcos" não serve só para enquadrar a realidade das sociedades comunistas; infelizmente começa a descrever bastante bem as sociedades "democráticas" também.

Como escrevi antes, o Cavaco algum tempo antes das eleições falou na possibilidade de haver um governo de três partidos, ele deu até o exemplo da Finlândia. Fez tb apelos para que a campanha eleitoral não fosse muito dura, para que fosse possível haver dialogo entre partidos depois das eleições.

Eu penso que na cabeça dele sempre esteve a hipótese do governo ser PSD + CDS + PS. A maioria absoluta era logo à partida pouco esperada. Não é preciso haver referendo para haver um governo de três partidos, basta o PS aceitar, o que será dificil.

Ele disse isto, em 22 de Julho:

Citar
“Ainda há pouco, no passado mês de Abril, realizaram-se eleições na Finlândia, um país que tem um sistema político semelhante ao português. Após um processo negocial típico de uma democracia amadurecida, formou-se uma coligação governamental de três partidos.”

Agora, ele já mandou o líder da coligação reunir-se com o líder do PS para ver se isso é possível.

Caso isso não aconteça teremos um governo minoritário PSD + CDS.
O problema dos governos minoritários é que apenas um deles (o de Guterres) chegou ao fim da legislatura.

João, penso que entendeste mal as minhas palavras.
Eu não estava a dizer que era necessário um referendo para haver uma coligação CDS+PSD+PS
O que eu estava a dizer é que dada a proximidade de posições destes partidos, um governo seria possível, se não estivéssemos a falar dum conjunto de pessoas egocêntricas e sedentas de poder e que estão-se marimbando para governar de forma a realmente avançar o país. E em que conceitos de ética, humanidade, retidão são algo de alienígena.
O meu ponto é que nas poucas questões importantes e com peso, que fossem fracturantes entre esses partidos (na realidade tão próximos) e que impedissem a chegada a um consenso, fizessem o que deveria ser normal em democracia. Devolvem a palavra ao povo sob a forma de referendo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-08 14:37:41


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

quem teve coragem foi henrique cardoso afastou brasil do caminho argentino
o lula teve merito de nao estragar muito o que foi feito

Ainda estou para ser convencido que o Brasil pós-Lula, ou seja, o actual da Dilma, é assim tão melhor que o pré-Lula. Os pobres continuam pobres. A classe média continua na mesma. Os ricos continuam a enriquecer. Eventualmente a grande diferença é que agora o Lula passou da classe média-baixa para a classe rica... E com ele familiares, como o filho que de repente ficou como um dos tipos mais ricos do Brasil com fazendas enormes...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-08 14:46:48
tu tens ver america latina esta 2 divisao comparada com europa

mas se fores comparar argentinas  brasil venezuelas etc

o brasil do enrique cardoso e lula  estava bom caminho para ganhar com globalizaçao.

a dilma e foi desgraça deixou crescer bolhas em todo lado e nao tem carisma para liderar reformas

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-08 15:12:17
Um bom texto do Rui Ramos

Citar
A fraude pós-eleitoral
Rui Ramos 

António Costa era candidato a primeiro-ministro. Caso os portugueses quisessem um governo liderado por António Costa teriam certamente posto o PS à frente. Não puseram.


Ao princípio, pareceu um devaneio de noite eleitoral, inspirado pelo desespero da derrota. Entretanto, converteu-se numa política fria e cínica: António Costa, depois de sujeitar o PS a um desaire nas urnas, parece agora inclinado a comprometer os socialistas na aventura de um governo com comunistas e neo-comunistas. Dir-me-ão: é só uma estratégia negocial. Ao admitir formar governo com apoio do BE e do PCP, Costa pretende apenas aumentar a sua margem de manobra perante a coligação, ou então obrigar o PCP e o BE a mostrarem que não estão verdadeiramente disponíveis. Mesmo que seja isso, António Costa está a pôr em causa a democracia portuguesa tal como saiu dos confrontos de 1974-1976 e se desenvolveu durante quarenta anos.

Em primeiro lugar, Costa já negou a tradição, sempre respeitada desde 1976, de que em Portugal quem fica à frente vence as eleições e tem um mandato para governar. No dia 4 de Outubro, os portugueses escolheram entre quatro principais soluções de governo: a da coligação PSD-CDS, a do PS, a do BE e a do PCP. A maior parte escolheu a coligação PSD-CDS. É bom lembrar: a coligação ganhou as eleições com mais de seis pontos percentuais à frente do PS, e com quatro vezes a percentagem de votos do BE e cinco vezes a do PCP. António Costa era candidato a primeiro-ministro: foi assim que participou nos debates e apareceu nos cartazes. Caso os portugueses quisessem um governo liderado por António Costa teriam certamente posto o PS à frente. Não puseram, e, portanto, não queriam. Ao negociar com PCP e BE, Costa está a admitir impor aos portugueses, através de uma chapelada parlamentar, um governo que os portugueses rejeitaram nas urnas. Talvez a Constituição não o impedisse, mas à luz da tradição política nacional e das expectativas dos eleitores seria um autêntico golpe de Estado. Outros regimes portugueses praticaram fraudes eleitorais: vai este inaugurar as fraudes pós-eleitorais?

Costa argumenta que uma “maioria de esquerda” é equivalente à “maioria da direita”. Não é. A aliança entre o PSD e o CDS é junta dois partidos democráticos; a aliança entre o PS, o PCP e o BE juntaria um partido democrático e dois partidos que rejeitam tudo aquilo que define a democracia portuguesa. O PCP e as forças políticas que constituem o BE têm como ideal as antigas ditaduras comunistas, e entre si admitem a saída de Portugal do Euro e da Nato, o repúdio da dívida pública, a reversão das privatizações e a nacionalização da banca.O PS foi o partido que em 1974-1977 liderou a luta por uma democracia pluralista de tipo ocidental, ao lado do PSD e do CDS e contra o PCP e a extrema-esquerda agora escondida no BE. O PS não é apenas um partido de “esquerda”, mas um partido da “esquerda democrática”, da mesma maneira que o PSD e o CDS não são apenas partidos de “direita”, mas da “direita democrática”. A direita democrática não se define apenas contra a esquerda, mas  contra o salazarismo, da mesma maneira que a esquerda democrática não se define apenas contra a direita, mas contra o comunismo. O facto de o PS, o PSD e o CDS serem partidos democráticos, incompatíveis com as correntes anti-democráticas de direita e de esquerda, tem este efeito: conforme o governo é dirigido pelo PS ou pelo PSD, as políticas públicas podem mudar, mas o regime não. A alternância entre esquerda e direita democráticas faz-se assim sem dramas. A partir do momento em que o PS deixasse de fazer fronteira com a esquerda que recusa a democracia pluralista e a integração europeia, tudo seria diferente. Votar no PS significaria o quê? Votar pela permanência no euro, ou pela saída do euro? Ninguém teria a certeza.

Não haja dúvidas: um governo dos derrotados de 4 de Outubro, que incluísse partidos que negam os fundamentos da actual democracia, provocaria uma imensa revolta no país. E tudo isto, para quê? Para que António Costa, depois de uma derrota inesperada, possa manter o lugar de secretário-geral do PS, do qual depende a sua sobrevivência como político profissional. É essa a única razão. Para defender o lugar, Costa precisa de chegar ao congresso do PS como primeiro ministro. Com esse fim, está disposto a sacrificar tudo e todos. Assim acabam os partidos, e assim acabam também os regimes.

[url]http://observador.pt/opiniao/a-fraude-pos-eleitoral/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/a-fraude-pos-eleitoral/[/url])

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-08 15:25:49
já estão a ensaiar a tomada de posse de um governo com o pcp
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-08 15:42:09
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-08 15:52:56
O maior factor é certamente o anteriormente referido, de todos os mortos que ainda estarão nas listas.
é vergonhoso que não se consiga a coisa mais básica que é eliminar mortos dos cadernos eleitorais. revela bem a incompetência dos responsáveis públicos.

O eliminar mortos dos cadernos eleitorais também provoca a diminuição proporcional do peso de determinados distritos e assim distritos que elegem 4 deputados, 2 deputados, passavam a não eleger nenhum, ou 1 na melhor da hipóteses. E os caciques não iam perdoar essa reposição da verdade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-08 16:02:30
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-08 16:11:12


é exactamente a mesma banha da cobra que foi vendida com a eleição do Lula no Brasil.
acabou por ser o governo com maior pendor reformador e com maior êxito de toda a história brasileira.

o medo que existe é precisamente o da perda dos tachos. o que é que vai ser feito à clientela toda do PSD/CDS? o pânico é absoluto.
e à do PS também! como é que o PS coloca os seus clientes com o PCP e o BE no governo? se algo impedir a coligação é precisamente os clientelismo existente no PS.
L

Para clarificar Lark, achas que o Lula foi um bom governante? O que tal que achava o "Lulinha" o "Ronaldinho" dos negócios?
Eu digo-te já, que tenho uma opinião completamente oposta.
E um excelente exemplo de como alguém vir de origens humildes e ser fortemente de esquerda, não dá imunidade nenhuma contra o compadrio e políticas muito duvidosas.

Não me expliquei bem.
O que eu queria era equacionar a desgraça iminente* de um governo de coligação à esquerda em Portugal, com o desastre iminente que se previa que o primeiro governo Lula viria a ser.
Acabou por ser completamente pacífico e foi uma altura de grande desenvolvimento económico no Brasil. Nenhum dos piores receios se veio a concretizar.
Que iria haver uma fuga de capitais brutal, que ia ser o fim do mundo em cuecas, que ia ser uma ditadura comunista. Enfim todos aqueles papões que são profusamente
utilizados quando um governo, realmente à esquerda, ameaça concretizar-se.

Houve corrupção? Sem dúvida. tal como tinha havido brutalmente mais com o Collor de Melo e um pouco menos com o Fernando Henrique Cardoso. É o Brasil, não é a Suécia.
E nós - BPN, BES - não somos ninguém para apontar o dedo.

L

*Eminente e iminente
Em que situações se usa eminente e iminente?
O adjectivo eminente quer dizer «muito acima do que o que está em volta; proeminente, alto, elevado. Ex.: torre eminente» ou «que é superior aos demais; sublime, excelente. Ex.: mestre eminente».

Quanto ao (também) adjectivo iminente, significa «que ameaça se concretizar, que está a ponto de acontecer; próximo, imediato. Ex.: desabamento iminente» (in Dicionário Eletrônico Houaiss).

'tava com dúvidas sobre o eminente e o iminente. acertei à primeira mas já agora se alguém tiver a mesma dúvida, aqui fica
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-08 16:15:01
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.


E o governo tem que ser de maioria?

é conveniente heras. maioria ou acordo parlamentar da maioria. ninguém pode governar com a oposição a aprovar medidas contrárias que é o que pode acontecer. vê por exemplo aqui:
http://observador.pt/2015/10/08/governo-da-esquerda-unida/ (http://observador.pt/2015/10/08/governo-da-esquerda-unida/)

o sócrates, por quem nem tenho nenhuma simpatia, sofreu isso. torna a governação impossível.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-08 16:16:21
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?
Não é obrigatório. Já houve governos sem maioria parlamentar. É necessário que o Passos Coelho aceite governar assim.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-08 16:20:54
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?
Não é obrigatório. Já houve governos sem maioria parlamentar. É necessário que o Passos Coelho aceite governar assim.

eu detesto governo minoria

porque 1 republica foi vergonha
e a actual ja teve 3 FMI..

na europa o que mais ha sao governos de 2 ou 3 partidos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-08 16:24:52
Acho que estão a fazer um drama para algo simples.

A coligação venceu e vai tentar formar governo. Se não conseguir é normal que se pergunte ao segundo partido mais votado se quer formar governo.

Isso sim é democracia.

E o governo tem que ser de maioria?

O governo tem de ser viável. Apenas isso. Até o BE podia ser governo sozinho se conseguisse obter os acordos necessários para ser viabilizado. No limite, até o PAN o podia fazer se conseguisse convencer todos os outros deputados a votar a favor ou abster-se nas votações das medidas a tomar.

Se a esquerda chegar a acordo, um governo PSD/CDS não será viável uma vez que não conseguirá desde logo passar o programa de governo no parlamento.

Se o PR ficar informado de que está em efeito uma coligação de esquerda, com um programa  de governo viabilizado por uma maioria absoluta no parlamento, não fará sentido sequer convidar a PaF a formar governo. Deveria pedir directamente ao António Costa que o fizesse.

Como já disse, por outro lado, pode entender que essa maioria não foi sufragada pelo eleitorado e que a votação teria sido substancialmente diferente, se a esquerda se tivesse apresentado coligada às eleições.

Nesse sentido poderia dissolver o parlamento e convocar novas eleições. Mas seria uma decisão altamente discutível e subjectiva. Dificilmente o PR se safaria da suspeita de que estava a proteger a sua área política. E nem sei se seria possível. Parece-me que o PR não pode dissolver o parlamento nos primeiros seis meses depois das eleições. Mas não tenho a certeza.

O que há a reter é o seguinte: qualquer governo a apresentar ao PR, tem que ser viável. Ou tem que ser suportado por uma maioria absoluta ou por acordos parlamentares que garantam a sua viabilidade.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-08 16:30:12
Ok, até pode ser giro ver esse governo de esquerda.

Deve durar uns 6 meses (o governo ou o país)  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-08 16:35:37
Ok, até pode ser giro ver esse governo de esquerda.

Deve durar uns 6 meses (o governo ou o país)  ;D

se o exemplo brasileiro valer para alguma coisa poderão ser uns dezasseis anos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-08 16:37:49
Ok, até pode ser giro ver esse governo de esquerda.

Deve durar uns 6 meses (o governo ou o país)  ;D

se o exemplo brasileiro valer para alguma coisa poderão ser uns dezasseis anos.

L

pode ser...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-08 18:31:42
Há muitos modos de formar Governo... e nem sempre com o vencedor das eleições

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes)

Seis exemplos na Europa. Na Bélgica o PM é do 5º partido mais votado (terceiro em número de deputados).
Muitas vezes depende mais se a maioria é de esquerda ou direita do que quem é o maior partido. Outras vezes é o partido do centro que consegue maior poder negocial pois pode coligar-se à direita ou à esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-08 18:39:58
Claro que, em Portugal, é difícil a grande coligação de esquerda (ainda mais difícil com o Bloco fortalecido a concorrer com a CDU).

Mas o A. Costa poderia dizer que quer um governo paritário com o PSD. Têm larga maioria e número similar de deputados.

(continuo a acreditar que PAF minoritário é mais provável)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-08 18:41:30
Há muitos modos de formar Governo... e nem sempre com o vencedor das eleições

[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes[/url])

Seis exemplos na Europa. Na Bélgica o PM é do 5º partido mais votado (terceiro em número de deputados).
Muitas vezes depende mais se a maioria é de esquerda ou direita do que quem é o maior partido. Outras vezes é o partido do centro que consegue maior poder negocial pois pode coligar-se à direita ou à esquerda.


é pena que estas coisas não sejam do conhecimento comum.
faz muita falta a disciplina de introdução à política no secundário.
é impressionante a iliteracia política de algumas pessoas - jornalistas, políticos e comentadores - no que toca a esta questão da formação de governos, maioritários ou não.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-08 18:43:46
Há muitos modos de formar Governo... e nem sempre com o vencedor das eleições

[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-06-Ha-muitos-modos-de-formar-Governo.-e-nem-sempre-com-o-vencedor-das-eleicoes[/url])

Seis exemplos na Europa. Na Bélgica o PM é do 5º partido mais votado (terceiro em número de deputados).
Muitas vezes depende mais se a maioria é de esquerda ou direita do que quem é o maior partido. Outras vezes é o partido do centro que consegue maior poder negocial pois pode coligar-se à direita ou à esquerda.


A Bélgica é sempre um bom exemplo, também pelo tempo infindável que estiveram sem governo (e ainda assim se governavam).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-09 10:56:47
A haver acordo politico entre PCP e PS ainda gostava de ver a consequências das medidas propostas pelo PCP. Quanto tempo demoraria o FMI a voltar? Enfim, eles nâo têm nenhuma noçâo da realidade...

http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4824723 (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=4824723)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-09 11:01:05
têm nenhuma noçâo da realidade...


O problema não é esse, o problema é que o lag ,entre não ter noção da realidade
e bater de frente com ela, é o suficiente para deitar abaixo mais uma vez a confiança
Externa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 11:17:29
E por existir esse lag, muita gente atribuirá a degradação a quem estiver a governar na altura em que a pancada acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-09 11:25:33
Roubado ao blog destreza das duvidas. Outra forma de ver os resultados:

Citar
- 62% rejeitaram a coligação;
- 68% rejeitaram o PS;
- 90% rejeitaram o BE;
- 92% rejeitaram o PCP.

[url]http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2015/10/coligacoes-e-negociacoes.html[/url] ([url]http://destrezadasduvidas.blogspot.pt/2015/10/coligacoes-e-negociacoes.html[/url])

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 12:12:07
Eu não concordo totalmente com essa análise. Não digo que seja incorrecta, mas também não acho 100% válida.

Alguém pode votar no PS por achar que seria o partido que dá mais garantias de fazer uma governação do agrado dessa pessoa. Essa mesma pessoa poderia achar que o BE também faria um bom mandato. Apenas acha que o PS faria melhor. Num caso destes acho que a pessoa não rejeita o BE, apenas acha que outro está mais capacitado para executar a tarefa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-09 12:19:22
Bom pensava eu que era claro para todos que quando fazemos uma escolha, de entre várias opções, estamos necessariamente a rejeitar outras. Mas nem isso é consensual.  :D

O pessoal do PS definitivamente tem a tua visão Thunder. "O facto de não me terem escolhido, não significa que me rejeitaram. Logo vão ter-me quer queiram quer não." (Tó Costa)  :D :D :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 12:24:48
Eu não estou a dizer que essa leitura não tem validade. Apenas acho que não pode ser vista de forma tão restritiva.
Com certeza que há pessoas que votam em A e tem asco ou rejeitam B, C, D
Mas nem sempre será assim. Há quem vote em A porque acha que é o melhor (daria-lhe um 17 de 0 à 20), e não vota em B, porque acha que B teria uma nota 14. A nota de B não é má, apenas a do partido A é melhor.

Mas até aceito, que com a visão clubística ou ideológica (cega), com que a maioria das pessoas encara a política, que o cenário seja mesmo: Voto em A, logo rejeito B, C, etc
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 12:27:43
E outra coisa Tommy, infelizmente (opinião pessoal) se o PS+PCP+BE chegarem à acordo, eles possuem maioria parlamentar, conseguem colocar um governo operacional.
Na minha opinião é uma traição aos eleitores deles, mas isso já são outros 500 ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-09 12:37:16
bom, mas a esquerda diz que a maioria da população rejeitou a coligação para ser governo porque votou maioritariamente noutros partidos.

sendo assim também rejeitou o PS para ser governo (idêntico argumento - a maioria não votou no PS)

e a maioria também não aprovou o Costa para PM (porque não lhe deu a vitória nas eleições)

e ainda mais no que toca ao BE e ao PCP.

---
de qualquer das formas no final será sempre uma traição aos eleitores porque nas negociações qualquer coisa que caia no programa de um partido é algo em que os eleitores não votaram. é uma promessa não cumprida logo à partida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 12:41:50
A conversa da esquerda que a população rejeitou a coligação e que deu o poder à esquerda, para mim também não é válida.
Há quem tenha votado no PS, e que não simpatiza quase nada com as ideias do BE ou CDU. Colocar tudo no mesmo saco ("esquerda" e "anti-coligação"), acho que é forçar bastante o argumento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-09 12:42:24
eu não percebo como é que com 36% a votar no PSD e 32% no PS alguém consegue dizer que a vontade do povo foi a de que o Costa seja PM.

argumentem com a legalidade da composição parlamentar mas não metam a vontade do povo nisto. o povo não demonstrou vontade, porra nenhuma, de que o Costa fosse PM. caso contrário tinha-lhe dado a vitória.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-09 12:46:24
Eu acho que o melhor para o país era CDS+PS+PSD comportarem-se como homenzinhos, deixarem de medir pilinhas e governarem juntos, aproveitando para proceder a reformas estruturais.
E em caso de discórdia, em assuntos com peso, chamem-nos a referendar a questão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-09 13:00:45
Eu não estou a dizer que essa leitura não tem validade. Apenas acho que não pode ser vista de forma tão restritiva.
Com certeza que há pessoas que votam em A e tem asco ou rejeitam B, C, D
Mas nem sempre será assim. Há quem vote em A porque acha que é o melhor (daria-lhe um 17 de 0 à 20), e não vota em B, porque acha que B teria uma nota 14. A nota de B não é má, apenas a do partido A é melhor.

Mas até aceito, que com a visão clubística ou ideológica (cega), com que a maioria das pessoas encara a política, que o cenário seja mesmo: Voto em A, logo rejeito B, C, etc

Ninguém está a ver de forma restritiva. A mim parece-me evidente que quando faço escolhas, tenho de necessariamente rejeitar as opções. E ao rejeitar não estou a fazê-lo de faca nos dentes e olhar diabólico. É natural do processo.

O teu exemplo das notas não é o melhor, porque em eleições não se vota na nota com que todos passam; votamos em quem é que passa para o próximo ano, independentemente da nota. Se passou é porque teve uma nota superior aos outros.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-09 13:04:06
Eu acho que o melhor para o país era CDS+PS+PSD comportarem-se como homenzinhos, deixarem de medir pilinhas e governarem juntos, aproveitando para proceder a reformas estruturais.
E em caso de discórdia, em assuntos com peso, chamem-nos a referendar a questão.

Não creio que seja possível um governo desse tipo com o PS de Costas, galambas, moreiras e pedros nunos. Há muito mais que separa este PS do PSD/CDS, do que este PS do BE e do PCP.

Não é necessariamente mau, que este PS/BE/PCP formem governo. Seria até de uma justiça poética que a mentalidade socialista-comunista que tomou conta do país em 1975, pagasse um pouco pelo país ineficiente que criou. Se não acabasse numa ditadura, até podia abrir caminho para 10 anos de governação de centro-direita com maiorias absolutas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-09 17:27:58
Bom artigo de opinião do Paulo Ferreira

Citar
A lógica da batata
Paulo Ferreira
9/10/2015, 13:2148705 PARTILHAS

Querem vender-nos esta lógica: não pode haver um governo que 61,5% do eleitorado não escolheu. E que é melhor um liderado por um partido em que 67,6% dos eleitores não votaram. Chamam-lhe democracia.

Enquanto António Costa se transforma no protagonista pós-eleitoral e prossegue a sua coreografia, como se estivesse a formar governo, alinham-se as propostas sobre a composição partidária que deve suportar o próximo executivo. O absurdo é tanto que às vezes é preciso regressar ao mais básico. É o que tento fazer hoje.

1 – Quando um partido ou coligação não recolhe a maioria dos votos expressos então uma maioria de eleitores preferia uma de outras candidaturas. Isto não tem nada a ver com ciência política, com leituras da Constituição ou com alinhamentos ideológicos ou partidários. Isto é a mais básica aritmética, entendível até por uma criança do primeiro ciclo. Não tem nada de novo e acontece sempre, mas sempre, que um partido ganha sem maioria absoluta. A aritmética nunca nos falha.

2 – Para não ir mais longe até aos primórdios da democracia, isto aconteceu com Cavaco Silva em 1985, com António Guterres em 1995 e 1999, com Durão Barroso em 2002, com José Sócrates em 2009 e com Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015. Todos estes políticos têm uma coisa em comum: foram primeiro-ministro após eleições que venceram mas em que uma maioria de eleitores teria preferido outros candidatos a chefe de governo. Governaram quando uma maioria de eleitores queria aquilo que se pode chamar uma “mudança de política”. E não me lembro de alguma vez, nos seis casos passados, ter sido sequer colocada a hipótese se não ser qualquer deles a formar governo.

3 – Sem maioria absoluta, estes líderes partidários lidaram com essa circunstância de forma diversa. Cavaco e Sócrates governaram sem maioria no Parlamento e acabaram por cair, um derrubado por uma moção de censura aprovada pela maioria das oposições, outro demitindo-se na sequência de um chumbo do PEC pelas oposições na AR. António Guterres terminou a primeira legislatura e demitiu-se a meio da segunda. Durão Barroso e Passos Coelho fizeram coligações pós-eleitorais com o CDS. Barroso saiu depois para Bruxelas e o seu sucessor, Pedro Santana Lopes, acabou por ser demitido pelo presidente Jorge Sampaio. E Passos Coelho terminou a legislatura passada.

4 – Já tivemos, portanto, de tudo um pouco: coligações pré e pós-eleitorais, governos minoritários que sobrevivem e outros que caem. Até tivemos um primeiro-ministro que não foi a votos mas que foi empossado pelo Presidente da República: Santana Lopes. Mas sempre houve uma regra: quem forma governo é o líder do partido mais votado, que se apresenta nas eleições como candidato a primeiro-ministro. O apoio parlamentar que os vitoriosos minoritários depois conseguem agregar é uma questão pós-eleitoral de negociações partidárias e parlamentares.

5 – O que nunca tivemos na sequência de um acto eleitoral foi a formação de um governo liderado por um partido que não tenha sido o mais votado. Colocar esse cenário configura uma deturpação de toda a prática política passada que nunca foi questionada em sete das dez eleições legislativas que tivemos nos últimos 30 anos.

6 – O argumento chega a ser infantil: uma maioria de eleitores querem uma política diferente da defendida pela coligação PSD/CDS. Claro. Como também em 1985, 1995, 1999, 2002, 2009 e 2011 queriam uma política diferente da que o vencedor propunha. É lógico: quando mais de 50% dos eleitores vota numa candidatura que não foi a mais votada é porque não a quer no governo, senão tinha votado nela.

7 – Regressemos então à aritmética para este caso concreto. O argumento é: deve ser formado um governo liderado pelo PS porque houve uma maioria de eleitores, no caso de 61,5%, que rejeitaram o PSD/CDS. Mas se essa é a lógica temos então 67,6% de eleitores que disseram que não queriam um governo liderado pelo PS. E 89,8% dos eleitores rejeitaram a política defendida pelo Bloco de Esquerda e 91,7% votaram em opções diferentes das da CDU. Quando se opta pela lógica da batata e se prefere olhar para os votos “contra” em vez dos votos “a favor” é aqui que chegamos: não podemos ter um governo que 61,5% não escolheram. Mas devemos ter um governo liderado por um partido que 67,6% não escolheram aliado a partidos que foram rejeitados por cerca de 90% dos votos expressos. E achamos isto legitimo. Mais: há até quem ache isto democrático.

8 – Fala-se de um “governo de esquerda”. Como se a esquerda – e o mesmo se pode dizer da direita – fosse una e indivisível, como se a esquerda fosse toda idêntica e programaticamente próxima. Como se o eleitorado socialista fosse política e sociologicamente semelhante ao eleitorado comunista e bloquista. O PS está muito mais próximo do PSD do que dos partidos à sua esquerda, como é evidente. Não é por acaso que se fala do “centrão” e do “bloco central”, que as maiores transferências de voto entre eleições são geralmente entre estes dois partidos e é aí que se ganham e perdem eleições. Os acordos institucionais estruturais que temos unem PSD e PS mas não o BE e o PCP: Europa, moeda única, NATO, economia de mercado, tecido empresarial essencialmente privado, democracia plural, objectivo de equilíbrio orçamental e respeito pela propriedade privada. Não é por acaso que comunistas e bloquistas dizem frequentemente que “eles são todos iguais” e “são farinha do mesmo saco”. Eles são o PS e o PSD.

9 – Se a “esquerda” quer governar e até se pode entender para formar um governo porque é que PS, PCP e BE não fizeram uma coligação pré-eleitoral e se apresentaram assim ao eleitorado? Uma pista: porque o que os separa é muito mais do que os une e nunca conseguiriam entender-se em torno de um programa eleitoral comum que pudesse merecer a preferência de uma maioria de eleitores.

10 – Formar, na saída destas eleições, um governo que não seja liderado pelo PSD/CDS é uma perversão dos resultados eleitorais em toda a linha. Primeiro porque é deixar o partido mais votado – ou o menos rejeitado, nesta lógica – fora da solução de governação. Depois, e mais importante, é um “golpe de Estado” em relação à matriz essencial que resulta do voto de domingo: continuação da consolidação orçamental, manutenção no euro, respeito pelas regras europeias e rejeição de soluções de ruptura como as que defendem o BE e a CDU. Se o PS não percebe isto estará a trair uma parte decisiva do seu eleitorado.

11 – Mas não pode haver diferentes arranjos de governo que saiam do mesmo Parlamento? Pode. Mas nunca sem antes permitir que o partido mais votado faça o seu governo com os apoios que vier a conseguir unir da forma que entender. É impensável que seja de outra maneira. A coligação PSD/CDS deve ser chamada a governar. E se o governo cair daqui a um ou dois anos? Aí, cada um deve assumir as suas responsabilidades sobre a queda do governo. Depois, em função da leitura que o Presidente da República e a generalidade dos partidos fizerem, o país vai de novo para eleições ou pode tentar-se uma nova solução de governo no mesmo Parlamento.

12 – Pode essa solução futura passar por um acordo parlamentar entre PS, BE e CDU que sejam o suporte de um governo? Pode. E aí boa sorte para a governação e para o julgamento que os eleitores farão disso nas eleições seguintes.
[url]http://observador.pt/opiniao/a-logica-da-batata/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/a-logica-da-batata/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-09 18:19:48
Citar
10 – Formar, na saída destas eleições, um governo que não seja liderado pelo PSD/CDS é uma perversão dos resultados eleitorais em toda a linha. Primeiro porque é deixar o partido mais votado – ou o menos rejeitado, nesta lógica – fora da solução de governação. Depois, e mais importante, é um “golpe de Estado” em relação à matriz essencial que resulta do voto de domingo: continuação da consolidação orçamental, manutenção no euro, respeito pelas regras europeias e rejeição de soluções de ruptura como as que defendem o BE e a CDU. Se o PS não percebe isto estará a trair uma parte decisiva do seu eleitorado.

11 – Mas não pode haver diferentes arranjos de governo que saiam do mesmo Parlamento? Pode. Mas nunca sem antes permitir que o partido mais votado faça o seu governo com os apoios que vier a conseguir unir da forma que entender. É impensável que seja de outra maneira. A coligação PSD/CDS deve ser chamada a governar. E se o governo cair daqui a um ou dois anos? Aí, cada um deve assumir as suas responsabilidades sobre a queda do governo. Depois, em função da leitura que o Presidente da República e a generalidade dos partidos fizerem, o país vai de novo para eleições ou pode tentar-se uma nova solução de governo no mesmo Parlamento.

12 – Pode essa solução futura passar por um acordo parlamentar entre PS, BE e CDU que sejam o suporte de um governo? Pode. E aí boa sorte para a governação e para o julgamento que os eleitores farão disso nas eleições seguintes.

BS!
A coligação PSD CDS pode ser concerteza chamada a formar governo.
Mas se a coligação PS/PCP/BE anunciar que votará contra o programa de governo da PaF ou que apresentará imediatamente uma moção de censura, o governo cai na hora.
Logo é perder tempo convidar a PSD/CDS a formar governo se e só se existir já um acordo parlamentar PS/PCP/BE e que estes tenham anunciado a sua intenção de formar governo e por consequência a não aceitação parlamentar de um eventual governo PSD/CDS.

Isto é democracia parlamentar 101. Não acredito que a iliteracia sobre o processo democrático chegue a estes extremos.
Isto não é mais que terrorismo verbal e demagogia. A pessoa que escreve isto sabe perfeitamente como as coisas funcionam numa democracia parlamentar.
Isto é uma tentativa de atirar areia para os olhos das pessoas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-10 18:29:41
Boa explicação de procedimentos e prazos.
Quando é que vamos ter Governo? (http://observador.pt/explicadores/posse-formacao-governos/01-existe-um-prazo-para-o-presidente-dar-posse-a-um-governo/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-10 22:01:57
Citação de: in Observador

Não quero participar a segunda vez no mesmo filme

José Milhazes 

Fui militante comunista e vivi durante 14 anos na URSS. Por isso sei que, não fosse o 25 de Novembro de 1975, e muitos dos que defendem a aliança com o PCP estariam a picar pedra numa região remota.


Só a ideia de que é possível ver a extrema-esquerda no governo do meu país, deixa-me envergonhado e indignado. Como será possível o Partido Socialista, que se diz europeísta, que não põe em causa a presença de Portugal na União Europeia, no Euro e na NATO, faça uma coligação com partidos que defendem exactamente o contrário?

Um dos meus amigos socialistas que defende essa aliança escreveu no Facebook: “Aquilo que aqui quero deixar agora, como testemunho pessoal fundado na minha própria experiência de trabalho em comum, é que os comunistas com quem trabalhei e o PCP com quem estive coligado, enquanto socialista militante e dirigente do PS, são portugueses honrados, trabalhadores empenhados e dedicados, que respeitam a palavra dada e honram os compromissos que assumem. Não são, na minha modesta opinião fundada também na observação e vivência pessoal, hoje, nem serão no futuro, nenhuma ameaça ao nosso sistema democrático e às suas regras. Mais, são, também o tenho sublinhado muitas vezes, um dos mais importantes garantes de respeito pela preservação da ordem publica, mesmo no decurso dos mais acirrados protestos politicos ou sindicais”.

Este meu amigo parece ter-se esquecido da história e dos clássicos do marxismo-leninismo-estalinismo, que continuam a ser o catecismo da extrema-esquerda em Portugal. Já não se lembra das tácticas previstas nos manuais comunistas de que, para tomar o poder, faz-se até alianças com o diabo. Talvez não tenha lido a entrevista que a deputada da CDU Rita Rato, formada em Relações Internacionais na Universidade Nova, deu ao Correio da Manhã, onde afirma não saber o que é o “goulag” (rede de campos de “reeducação” soviéticos).

Como é do domínio público, fui militante comunista e tive a oportunidade de viver durante 14 anos numa sociedade por eles edificada na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O Partido Comunista Português, ao que eu saiba, nunca se demarcou dos hediondos crimes cometidos por Lenine e Estaline, continua a ver nestes dois carrascos “timoneiros do povo”, sempre foi fiel e servo do Partido Comunista da União Soviética até ao fim deste. E, para os que já se esqueceram, não fosse o 25 de Novembro de 1975 e a pressão exercida pelos dirigentes soviéticos sobre Álvaro Cunhal, e muitos dos socialistas que defendem hoje a aliança com os comunistas estariam pendurados em postes de iluminação ou a picar pedra algures nalguma pedreira numa região remota.

O Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda estão contra a integração de Portugal na União Europeia, contra o Euro, contra a NATO. E o que nos propõem como alternativa: atirarmo-nos todos ao mar ou aderir à União Económica Eurasiática e ao Tratado da Organização de Segurança Colectiva?

É verdade que a União Europeia está longe da perfeição e mergulhada numa profunda crise, que os portugueses, incluindo eu, foram e continuam a ser massacrados por medidas económicas horrorosas, viram o seu nível de vida descer bruscamente, mas é necessário procurar novas alternativas e não propôr a repetição de ideias utópicas. Os comunistas-bolcheviques russos prometeram, em 1917, paz, pão e terra, mas o povo recebeu uma guerra civil que ceifou milhões de vidas, fomes que mataram mais uns milhões e os camponeses ficaram sem a terra que tinham, tendo muito deles ganho apenas um quinhão nalgum cemitério ou nas imensidões da Sibéria.

Se querem fazer novas experiências sociais, não as façam em pessoas, façam-nas em cobaias, se o PAN autorizar.

Lanço aqui um apelo aos amigos socialistas para que olhem para o Norte da Europa e vejam que há países que encontraram a prosperidade fora do comunismo. Para isso, não é preciso repetir utopias, mas fazer de Portugal um país menos corrupto, onde a justiça funcione, onde todos paguem impostos, onde os mais desprotegidos não sejam esquecidos.

Por favor, não me obriguem a participar duas vezes no mesmo filme, pois este segundo não será ficção como o “Good bye Lenine”.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-11 10:02:31
Citação de: in Observador

Não quero participar a segunda vez no mesmo filme

José Milhazes 

Fui militante comunista e vivi durante 14 anos na URSS. Por isso sei que, não fosse o 25 de Novembro de 1975, e muitos dos que defendem a aliança com o PCP estariam a picar pedra numa região remota.


Só a ideia de que é possível ver a extrema-esquerda no governo do meu país, deixa-me envergonhado e indignado. Como será possível o Partido Socialista, que se diz europeísta, que não põe em causa a presença de Portugal na União Europeia, no Euro e na NATO, faça uma coligação com partidos que defendem exactamente o contrário?

Um dos meus amigos socialistas que defende essa aliança escreveu no Facebook: “Aquilo que aqui quero deixar agora, como testemunho pessoal fundado na minha própria experiência de trabalho em comum, é que os comunistas com quem trabalhei e o PCP com quem estive coligado, enquanto socialista militante e dirigente do PS, são portugueses honrados, trabalhadores empenhados e dedicados, que respeitam a palavra dada e honram os compromissos que assumem. Não são, na minha modesta opinião fundada também na observação e vivência pessoal, hoje, nem serão no futuro, nenhuma ameaça ao nosso sistema democrático e às suas regras. Mais, são, também o tenho sublinhado muitas vezes, um dos mais importantes garantes de respeito pela preservação da ordem publica, mesmo no decurso dos mais acirrados protestos politicos ou sindicais”.

Este meu amigo parece ter-se esquecido da história e dos clássicos do marxismo-leninismo-estalinismo, que continuam a ser o catecismo da extrema-esquerda em Portugal. Já não se lembra das tácticas previstas nos manuais comunistas de que, para tomar o poder, faz-se até alianças com o diabo. Talvez não tenha lido a entrevista que a deputada da CDU Rita Rato, formada em Relações Internacionais na Universidade Nova, deu ao Correio da Manhã, onde afirma não saber o que é o “goulag” (rede de campos de “reeducação” soviéticos).

Como é do domínio público, fui militante comunista e tive a oportunidade de viver durante 14 anos numa sociedade por eles edificada na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O Partido Comunista Português, ao que eu saiba, nunca se demarcou dos hediondos crimes cometidos por Lenine e Estaline, continua a ver nestes dois carrascos “timoneiros do povo”, sempre foi fiel e servo do Partido Comunista da União Soviética até ao fim deste. E, para os que já se esqueceram, não fosse o 25 de Novembro de 1975 e a pressão exercida pelos dirigentes soviéticos sobre Álvaro Cunhal, e muitos dos socialistas que defendem hoje a aliança com os comunistas estariam pendurados em postes de iluminação ou a picar pedra algures nalguma pedreira numa região remota.

O Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda estão contra a integração de Portugal na União Europeia, contra o Euro, contra a NATO. E o que nos propõem como alternativa: atirarmo-nos todos ao mar ou aderir à União Económica Eurasiática e ao Tratado da Organização de Segurança Colectiva?

É verdade que a União Europeia está longe da perfeição e mergulhada numa profunda crise, que os portugueses, incluindo eu, foram e continuam a ser massacrados por medidas económicas horrorosas, viram o seu nível de vida descer bruscamente, mas é necessário procurar novas alternativas e não propôr a repetição de ideias utópicas. Os comunistas-bolcheviques russos prometeram, em 1917, paz, pão e terra, mas o povo recebeu uma guerra civil que ceifou milhões de vidas, fomes que mataram mais uns milhões e os camponeses ficaram sem a terra que tinham, tendo muito deles ganho apenas um quinhão nalgum cemitério ou nas imensidões da Sibéria.

Se querem fazer novas experiências sociais, não as façam em pessoas, façam-nas em cobaias, se o PAN autorizar.

Lanço aqui um apelo aos amigos socialistas para que olhem para o Norte da Europa e vejam que há países que encontraram a prosperidade fora do comunismo. Para isso, não é preciso repetir utopias, mas fazer de Portugal um país menos corrupto, onde a justiça funcione, onde todos paguem impostos, onde os mais desprotegidos não sejam esquecidos.

Por favor, não me obriguem a participar duas vezes no mesmo filme, pois este segundo não será ficção como o “Good bye Lenine”.

O autor esquece a parte do comem criancinhas as pequeno-almoço, mas mesmo assim está fora da realidade.

falhando um governo PSD+CDS, com apoio do PS, a melhor coisa que pode acontecer é um governo de esquerda nas mais diversas formas (PS+ apoio parlamentar da extrema esquerda seria a minha aposta).

Porquê?

as fracturas internas seriam de tal ordem dentro do PS que, mesmo que não lhe falhasse o apoio parlamentar, assim que fosse possível eleições, 1-2 anos, o PSD (entretanto o CDS desaparece) ganha facilmente com maioria absoluta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-11 12:48:54
Citação de: in Observador

Não quero participar a segunda vez no mesmo filme

José Milhazes 

Fui militante comunista e vivi durante 14 anos na URSS. Por isso sei que, não fosse o 25 de Novembro de 1975, e muitos dos que defendem a aliança com o PCP estariam a picar pedra numa região remota.


Só a ideia de que é possível ver a extrema-esquerda no governo do meu país, deixa-me envergonhado e indignado. Como será possível o Partido Socialista, que se diz europeísta, que não põe em causa a presença de Portugal na União Europeia, no Euro e na NATO, faça uma coligação com partidos que defendem exactamente o contrário?

Um dos meus amigos socialistas que defende essa aliança escreveu no Facebook: “Aquilo que aqui quero deixar agora, como testemunho pessoal fundado na minha própria experiência de trabalho em comum, é que os comunistas com quem trabalhei e o PCP com quem estive coligado, enquanto socialista militante e dirigente do PS, são portugueses honrados, trabalhadores empenhados e dedicados, que respeitam a palavra dada e honram os compromissos que assumem. Não são, na minha modesta opinião fundada também na observação e vivência pessoal, hoje, nem serão no futuro, nenhuma ameaça ao nosso sistema democrático e às suas regras. Mais, são, também o tenho sublinhado muitas vezes, um dos mais importantes garantes de respeito pela preservação da ordem publica, mesmo no decurso dos mais acirrados protestos politicos ou sindicais”.

Este meu amigo parece ter-se esquecido da história e dos clássicos do marxismo-leninismo-estalinismo, que continuam a ser o catecismo da extrema-esquerda em Portugal. Já não se lembra das tácticas previstas nos manuais comunistas de que, para tomar o poder, faz-se até alianças com o diabo. Talvez não tenha lido a entrevista que a deputada da CDU Rita Rato, formada em Relações Internacionais na Universidade Nova, deu ao Correio da Manhã, onde afirma não saber o que é o “goulag” (rede de campos de “reeducação” soviéticos).

Como é do domínio público, fui militante comunista e tive a oportunidade de viver durante 14 anos numa sociedade por eles edificada na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O Partido Comunista Português, ao que eu saiba, nunca se demarcou dos hediondos crimes cometidos por Lenine e Estaline, continua a ver nestes dois carrascos “timoneiros do povo”, sempre foi fiel e servo do Partido Comunista da União Soviética até ao fim deste. E, para os que já se esqueceram, não fosse o 25 de Novembro de 1975 e a pressão exercida pelos dirigentes soviéticos sobre Álvaro Cunhal, e muitos dos socialistas que defendem hoje a aliança com os comunistas estariam pendurados em postes de iluminação ou a picar pedra algures nalguma pedreira numa região remota.

O Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda estão contra a integração de Portugal na União Europeia, contra o Euro, contra a NATO. E o que nos propõem como alternativa: atirarmo-nos todos ao mar ou aderir à União Económica Eurasiática e ao Tratado da Organização de Segurança Colectiva?

É verdade que a União Europeia está longe da perfeição e mergulhada numa profunda crise, que os portugueses, incluindo eu, foram e continuam a ser massacrados por medidas económicas horrorosas, viram o seu nível de vida descer bruscamente, mas é necessário procurar novas alternativas e não propôr a repetição de ideias utópicas. Os comunistas-bolcheviques russos prometeram, em 1917, paz, pão e terra, mas o povo recebeu uma guerra civil que ceifou milhões de vidas, fomes que mataram mais uns milhões e os camponeses ficaram sem a terra que tinham, tendo muito deles ganho apenas um quinhão nalgum cemitério ou nas imensidões da Sibéria.

Se querem fazer novas experiências sociais, não as façam em pessoas, façam-nas em cobaias, se o PAN autorizar.

Lanço aqui um apelo aos amigos socialistas para que olhem para o Norte da Europa e vejam que há países que encontraram a prosperidade fora do comunismo. Para isso, não é preciso repetir utopias, mas fazer de Portugal um país menos corrupto, onde a justiça funcione, onde todos paguem impostos, onde os mais desprotegidos não sejam esquecidos.

Por favor, não me obriguem a participar duas vezes no mesmo filme, pois este segundo não será ficção como o “Good bye Lenine”.

O autor esquece a parte do comem criancinhas as pequeno-almoço, masmesmo assim está fora da realidade.


A extrema-direita dos Le Pen também diz que é diferente. Que é completamente parvo serem comparados ao Nacional-Socialismo do Hitler.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-11 15:03:07
A esquerda do twitter está toda animada com a possibilidade de um coligação abrangente à esquerda.

As minhas principais considerações são:

a) Poderão ter uma postura tipo Syriza, mas sem as palhaçadas que o Syriza inicialmente fez porque isso custa tempo e dinheiro. Contudo, podem ter um comportamento semelhante ao que o Syriza tem actualmente;

b) O Costa depois de acordado o governo de esquerdo deveria renunciar ao poder, para demonstrar despreendimento por esse mesmo poder.

A primeira é provável que aconteça, a segunda vai ser feito um spin e vão dizer que o Costa é o PM que Portugal precisa e que foi ele, com a sua abnegação, capacidade de diálogo e estabelecer pontes, que permitiu acabar com a austeridade em Portugal, apesar de ela continuar a ser feita.

Mas a realidade, é que Costa procura desesperadamente não desaparecer politicamente e com isso continuar a pagar as contas e um certo estilo de vida.
E não é que é capaz de conseguir...  ::)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-11 15:09:43
Tenho andado um pouco distraido com estas coisas.
Na reunião tida com o PPC o Cavaco não o mandatou para fazer as dilgências no sentido de formar governo?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-11 15:15:50
Parece que o PS está encontrar mais pontes com a esquerda radical do que com o centro. O que é compreensível, o Costa só chega a PM com o entendimento à esquerda. Se fosse com a direita ele tinha que ir para simples deputado e assim perder-se o melhor político da sua geração. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-11 15:35:29
Carlos Silva da UGT:
Citar
Ficaremos mais tranquilos se efectivamente a decisão do PS for de encontrar um compromisso com o PSD e o CDS. Não me parece que efectivamente as forças à esquerda do PS dêem, na minha opinião, a garantia de estabilidade em relação ao futuro. Há dúvidas. E portanto o PS só conseguirá fazer maioria se tiver maioria na assembleia quer do PCP quer do BE. É uma maioria instável que não dá garantias de que no futuro a governabilidade será assegurada por 4 anos.
[url]http://oinsurgente.org/2015/10/11/ugt-contra-coligacao-de-esquerda/[/url] ([url]http://oinsurgente.org/2015/10/11/ugt-contra-coligacao-de-esquerda/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-11 17:40:53
Parece que o PS está encontrar mais pontes com a esquerda radical do que com o centro. O que é compreensível, o Costa só chega a PM com o entendimento à esquerda. Se fosse com a direita ele tinha que ir para simples deputado e assim perder-se o melhor político da sua geração.

Ele poderia negociar umas pastas governamentais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-11 17:56:03
Tenho andado um pouco distraido com estas coisas.
Na reunião tida com o PPC o Cavaco não o mandatou para fazer as dilgências no sentido de formar governo?

Não. Ainda está na fase de consultas com os partidos.
Começa com o partido com maior representação na assembleia.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-11 21:25:33
Parece que o PS está encontrar mais pontes com a esquerda radical do que com o centro. O que é compreensível, o Costa só chega a PM com o entendimento à esquerda. Se fosse com a direita ele tinha que ir para simples deputado e assim perder-se o melhor político da sua geração.

Ele poderia negociar umas pastas governamentais.

O costa não quer ser ministro. Quer ser o primeiro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-11 21:33:32
Parece que o PS está encontrar mais pontes com a esquerda radical do que com o centro. O que é compreensível, o Costa só chega a PM com o entendimento à esquerda. Se fosse com a direita ele tinha que ir para simples deputado e assim perder-se o melhor político da sua geração.

Ele poderia negociar umas pastas governamentais.

O costa não quer ser ministro. Quer ser o primeiro.

Claro, afinal é o mais brilhante político da sua geração...blhec  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-11 21:40:14
Eu acho que o melhor para o país era CDS+PS+PSD comportarem-se como homenzinhos, deixarem de medir pilinhas e governarem juntos, aproveitando para proceder a reformas estruturais.
E em caso de discórdia, em assuntos com peso, chamem-nos a referendar a questão.

Não creio que seja possível um governo desse tipo com o PS de Costas, galambas, moreiras e pedros nunos. Há muito mais que separa este PS do PSD/CDS, do que este PS do BE e do PCP.

Não é necessariamente mau, que este PS/BE/PCP formem governo. Seria até de uma justiça poética que a mentalidade socialista-comunista que tomou conta do país em 1975, pagasse um pouco pelo país ineficiente que criou. Se não acabasse numa ditadura, até podia abrir caminho para 10 anos de governação de centro-direita com maiorias absolutas.

Acabar numa ditadura seria difícil. Não estou a dizer que seria impossível, mas seria bem difícil.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-11 21:50:15
Bom artigo de opinião do Paulo Ferreira

Citar
A lógica da batata
Paulo Ferreira
9/10/2015, 13:2148705 PARTILHAS

Querem vender-nos esta lógica: não pode haver um governo que 61,5% do eleitorado não escolheu. E que é melhor um liderado por um partido em que 67,6% dos eleitores não votaram. Chamam-lhe democracia.

Enquanto António Costa se transforma no protagonista pós-eleitoral e prossegue a sua coreografia, como se estivesse a formar governo, alinham-se as propostas sobre a composição partidária que deve suportar o próximo executivo. O absurdo é tanto que às vezes é preciso regressar ao mais básico. É o que tento fazer hoje.

1 – Quando um partido ou coligação não recolhe a maioria dos votos expressos então uma maioria de eleitores preferia uma de outras candidaturas. Isto não tem nada a ver com ciência política, com leituras da Constituição ou com alinhamentos ideológicos ou partidários. Isto é a mais básica aritmética, entendível até por uma criança do primeiro ciclo. Não tem nada de novo e acontece sempre, mas sempre, que um partido ganha sem maioria absoluta. A aritmética nunca nos falha.

2 – Para não ir mais longe até aos primórdios da democracia, isto aconteceu com Cavaco Silva em 1985, com António Guterres em 1995 e 1999, com Durão Barroso em 2002, com José Sócrates em 2009 e com Pedro Passos Coelho em 2011 e 2015. Todos estes políticos têm uma coisa em comum: foram primeiro-ministro após eleições que venceram mas em que uma maioria de eleitores teria preferido outros candidatos a chefe de governo. Governaram quando uma maioria de eleitores queria aquilo que se pode chamar uma “mudança de política”. E não me lembro de alguma vez, nos seis casos passados, ter sido sequer colocada a hipótese se não ser qualquer deles a formar governo.

3 – Sem maioria absoluta, estes líderes partidários lidaram com essa circunstância de forma diversa. Cavaco e Sócrates governaram sem maioria no Parlamento e acabaram por cair, um derrubado por uma moção de censura aprovada pela maioria das oposições, outro demitindo-se na sequência de um chumbo do PEC pelas oposições na AR. António Guterres terminou a primeira legislatura e demitiu-se a meio da segunda. Durão Barroso e Passos Coelho fizeram coligações pós-eleitorais com o CDS. Barroso saiu depois para Bruxelas e o seu sucessor, Pedro Santana Lopes, acabou por ser demitido pelo presidente Jorge Sampaio. E Passos Coelho terminou a legislatura passada.

4 – Já tivemos, portanto, de tudo um pouco: coligações pré e pós-eleitorais, governos minoritários que sobrevivem e outros que caem. Até tivemos um primeiro-ministro que não foi a votos mas que foi empossado pelo Presidente da República: Santana Lopes. Mas sempre houve uma regra: quem forma governo é o líder do partido mais votado, que se apresenta nas eleições como candidato a primeiro-ministro. O apoio parlamentar que os vitoriosos minoritários depois conseguem agregar é uma questão pós-eleitoral de negociações partidárias e parlamentares.

5 – O que nunca tivemos na sequência de um acto eleitoral foi a formação de um governo liderado por um partido que não tenha sido o mais votado. Colocar esse cenário configura uma deturpação de toda a prática política passada que nunca foi questionada em sete das dez eleições legislativas que tivemos nos últimos 30 anos.

6 – O argumento chega a ser infantil: uma maioria de eleitores querem uma política diferente da defendida pela coligação PSD/CDS. Claro. Como também em 1985, 1995, 1999, 2002, 2009 e 2011 queriam uma política diferente da que o vencedor propunha. É lógico: quando mais de 50% dos eleitores vota numa candidatura que não foi a mais votada é porque não a quer no governo, senão tinha votado nela.

7 – Regressemos então à aritmética para este caso concreto. O argumento é: deve ser formado um governo liderado pelo PS porque houve uma maioria de eleitores, no caso de 61,5%, que rejeitaram o PSD/CDS. Mas se essa é a lógica temos então 67,6% de eleitores que disseram que não queriam um governo liderado pelo PS. E 89,8% dos eleitores rejeitaram a política defendida pelo Bloco de Esquerda e 91,7% votaram em opções diferentes das da CDU. Quando se opta pela lógica da batata e se prefere olhar para os votos “contra” em vez dos votos “a favor” é aqui que chegamos: não podemos ter um governo que 61,5% não escolheram. Mas devemos ter um governo liderado por um partido que 67,6% não escolheram aliado a partidos que foram rejeitados por cerca de 90% dos votos expressos. E achamos isto legitimo. Mais: há até quem ache isto democrático.

8 – Fala-se de um “governo de esquerda”. Como se a esquerda – e o mesmo se pode dizer da direita – fosse una e indivisível, como se a esquerda fosse toda idêntica e programaticamente próxima. Como se o eleitorado socialista fosse política e sociologicamente semelhante ao eleitorado comunista e bloquista. O PS está muito mais próximo do PSD do que dos partidos à sua esquerda, como é evidente. Não é por acaso que se fala do “centrão” e do “bloco central”, que as maiores transferências de voto entre eleições são geralmente entre estes dois partidos e é aí que se ganham e perdem eleições. Os acordos institucionais estruturais que temos unem PSD e PS mas não o BE e o PCP: Europa, moeda única, NATO, economia de mercado, tecido empresarial essencialmente privado, democracia plural, objectivo de equilíbrio orçamental e respeito pela propriedade privada. Não é por acaso que comunistas e bloquistas dizem frequentemente que “eles são todos iguais” e “são farinha do mesmo saco”. Eles são o PS e o PSD.

9 – Se a “esquerda” quer governar e até se pode entender para formar um governo porque é que PS, PCP e BE não fizeram uma coligação pré-eleitoral e se apresentaram assim ao eleitorado? Uma pista: porque o que os separa é muito mais do que os une e nunca conseguiriam entender-se em torno de um programa eleitoral comum que pudesse merecer a preferência de uma maioria de eleitores.

10 – Formar, na saída destas eleições, um governo que não seja liderado pelo PSD/CDS é uma perversão dos resultados eleitorais em toda a linha. Primeiro porque é deixar o partido mais votado – ou o menos rejeitado, nesta lógica – fora da solução de governação. Depois, e mais importante, é um “golpe de Estado” em relação à matriz essencial que resulta do voto de domingo: continuação da consolidação orçamental, manutenção no euro, respeito pelas regras europeias e rejeição de soluções de ruptura como as que defendem o BE e a CDU. Se o PS não percebe isto estará a trair uma parte decisiva do seu eleitorado.

11 – Mas não pode haver diferentes arranjos de governo que saiam do mesmo Parlamento? Pode. Mas nunca sem antes permitir que o partido mais votado faça o seu governo com os apoios que vier a conseguir unir da forma que entender. É impensável que seja de outra maneira. A coligação PSD/CDS deve ser chamada a governar. E se o governo cair daqui a um ou dois anos? Aí, cada um deve assumir as suas responsabilidades sobre a queda do governo. Depois, em função da leitura que o Presidente da República e a generalidade dos partidos fizerem, o país vai de novo para eleições ou pode tentar-se uma nova solução de governo no mesmo Parlamento.

12 – Pode essa solução futura passar por um acordo parlamentar entre PS, BE e CDU que sejam o suporte de um governo? Pode. E aí boa sorte para a governação e para o julgamento que os eleitores farão disso nas eleições seguintes.
[url]http://observador.pt/opiniao/a-logica-da-batata/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/a-logica-da-batata/[/url])

[/size]

Eu não tenho simpatia pela esquerda. Detestaria um BE ou uma CDU no governo e acho que este PS, apesar de mais moderado, deveria ter pedido desculpas das asneiradas do Sócrates e tentado ser menos clientelar e macónico.
No entanto, apesar de em princípio dever ser a PAF a tentar formar governo, se existir um entendimento de governo à esquerda, isso seria democrático.
Continua a julgar que tanto o PS como a CDU estão a tentar mostrar que a culpa do não entendimento da esquerda não é deles e que um governo de entendimento à esquerda será difícil.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-12 13:23:24
Para ano a palavra mais pronunciada vai ser de novo Troika  :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-12 13:37:01
Eu acho que o melhor para o país era CDS+PS+PSD comportarem-se como homenzinhos, deixarem de medir pilinhas e governarem juntos, aproveitando para proceder a reformas estruturais.
E em caso de discórdia, em assuntos com peso, chamem-nos a referendar a questão.

Não creio que seja possível um governo desse tipo com o PS de Costas, galambas, moreiras e pedros nunos. Há muito mais que separa este PS do PSD/CDS, do que este PS do BE e do PCP.

Não é necessariamente mau, que este PS/BE/PCP formem governo. Seria até de uma justiça poética que a mentalidade socialista-comunista que tomou conta do país em 1975, pagasse um pouco pelo país ineficiente que criou. Se não acabasse numa ditadura, até podia abrir caminho para 10 anos de governação de centro-direita com maiorias absolutas.

Acabar numa ditadura seria difícil. Não estou a dizer que seria impossível, mas seria bem difícil.

Sim o lark também dizia isso da grecia. Hoje sabemos que o esquerda caviar varoufakis até plano para prender o governador do banco central grego tinha.

Tudo em nome do povo.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-10-12 14:09:17
Se o PS fizer acordo com  PAF, esta fica refém do PS.
Se o PS fizer acordo com a esquerda, o PS fica refém da CDU e do BE.

De qualquer das maneiras o Zé Tuga fica refém de pagar isto tudo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: secret em 2015-10-12 14:22:13
Anda tudo a brincar à politica. A ver se lá fora não se fartam de nós e acabam com isto num instante.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 15:28:41
Tenho andado um pouco distraido com estas coisas.
Na reunião tida com o PPC o Cavaco não o mandatou para fazer as dilgências no sentido de formar governo?

Basicamente foi isso. Foi isto que o Cavaco disse:

Citar
"Tendo em conta os resultados das eleições para a Assembleia da República, em que nenhuma força política obteve uma maioria de mandatos no Parlamento, encarreguei o Dr. Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", afirmou o chefe de Estado, numa comunicação ao país.

Mas, o Costa não precisou de ser encarregado pelo presidente para tb ele "desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", e agora tudo pode acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Plasx em 2015-10-12 15:35:32
Com os comunistas + meninas "radicais" no governo, a saida do Euro é para avançar?

A banca é para nacionalizar? As pensoes para subir sem que houvesse amanha? A divida para reestruturar?

Parei de ler o progama das meninas radicais quando encontrei esta perola:

-Saída da NATO
e ação diplomática pela extinção deste e de todos os blocos militares;

Defesa do desarmamento
, opor-se à constituição de uma força armada europeia e
pugnar pelo encerramento de todas as bases militares estrangeiras na Europa

... sendo o PS contra, a lata de formar um governo coligado á esquerda tem de ser grande por parte do Ps+Cdu+be.

Está visto que se o Ps nao der governabilidade á direita, o melhor que o PR tem de fazer é convocar já novas eleiçoes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-12 16:00:11
Está visto que se o Ps nao der governabilidade á direita, o melhor que o PR tem de fazer é convocar já novas eleiçoes.

Não pode já está dentro dos 6 meses.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-12 16:15:52
Está visto que se o Ps nao der governabilidade á direita, o melhor que o PR tem de fazer é convocar já novas eleiçoes.

Não pode já está dentro dos 6 meses.

penso que não pode duplamente.
1. porque a assembleia não pode ser dissolvida nos primeiros seis meses da sua constituição
2. porque o PR não pode dissolver a assembleia nos últimos seis meses do seu mandato

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 16:34:28
O que disse a esquerda recentemente:

Há 2 dias, Jerónimo de Sousa: "PS só não forma governo se não quiser"

Há poucas horas, Catarina Martins: "Governo de Passos e Portas acabou"

Há poucas horas tb, António Costa: "Tivemos com o Bloco de Esquerda uma reunião muito interessante, onde foi possível identificar de modo positivo um conjunto de matérias passíveis de convergência entre os dois partidos. Quanto às divergências, elas são públicas e não faz sentido debatê-las. O que faz sentido é trabalhar no novo quadro parlamentar para que o país possa ter um Governo estável e que corresponda à vontade popular no sentido de que exista uma alteração de política no respeito escrupuloso pelo quadro constitucional"

Costa está agora reunido com Cavaco. Será que vai dizer-lhe que pretende ser primeiro ministro? E Cavaco o que vai dizer-lhe? A reunião de hoje devia ser engraçada de seguir ao vivo, mas vai ser uma reunião à porta fechada. Depois da reunião de hoje talvez se perceba alguma coisa do que vai acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-12 16:43:45
! No longer available (http://www.youtube.com/watch?t=19&v=CB-oxQ4GS1E#)

o barbudo na extrema-esquerda tem um trombil lindo...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-12 16:48:50
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-12 17:00:08
Uma vez que não estivemos sob a alçada da URSS (esses ficaram imunes aos comunas), seria excelente ter a esquerda reunida no poder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 17:10:02
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-12 17:23:30
estes ainda nao sao governo ja começam com barbudos comunas  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-12 18:31:20
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Fraude foi pagarem-no sem existirem recursos para tal ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-12 18:33:27
Estas noticias que estao a sair,sao reais?
Ha mesmo possibilidade do ps formar governo com o bloco esquerda?
E juntando os comonas, ficam com maioria?
Omg o costa agora diz que eh preciso ter humildade. Ganda estalo no passos.
Law 44: disarm and infuriate with the mirror effect
Lolol
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-12 18:36:40
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Fraude foi pagarem-no sem existirem recursos para tal ...

Fraude foi corta-lo por inteiro e de repente.
O passos ainda nao mostrou que consegue governar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-12 19:09:58
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Fraude foi pagarem-no sem existirem recursos para tal ...

Fraude foi corta-lo por inteiro e de repente.
O passos ainda nao mostrou que consegue governar.

Fraudes ocorrem quando se prometem coisas que não se podem entregar.

Mentir sobre não cortar algo que é insustentável, mesmo que seja fraude, é uma fraude bastante menor.

Quem instituiu e manteve a coisa também mentiu e desses ninguém se queixa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-12 19:11:16
Estas noticias que estao a sair,sao reais?
Ha mesmo possibilidade do ps formar governo com o bloco esquerda?
E juntando os comonas, ficam com maioria?
Omg o costa agora diz que eh preciso ter humildade. Ganda estalo no passos.
Law 44: disarm and infuriate with the mirror effect
Lolol

É possível que aconteça, sim. A pressão dentro do PS para obter os tachos será enorme. Maior do que a pressão dentro do BE e PCP, que não têm uma estrutura tão treinada para a necessidade desses mesmos tachos, mas que naturalmente também sentem um apelo para governar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 19:30:04
Depois da reunião entre Costa e Cavaco, Costa não se comprometeu com nada, mas acho que na cabeça dele está ser primeiro ministro.

Isso não depende só dele, pois acho que tem de apresentar a proposta de uma aliança com a esquerda (ou com a direita) internamente ao partido para ser aprovada ou não, e o resultado disso acho que é uma incógnita, pq algumas pessoas do PS já se manifestaram contra a uma aliança com a esquerda, entre elas o líder da UGT.

Acho que ele vai reunir-se com o partido este fim de semana para apresentar uma proposta.

Parece-me que a bola está do lado do PS. O Cavaco queria um bloco central, a coligação ganhou as eleições, mas é o PS quem vai decidir isto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-12 19:54:11
O ps decide até o défice começar a disparar. Depois acabou a festa.

A diferença é que agora o défice/dívida/acesso aos mercados financeiros, está muito mais ligada ao mundo real. Qualquer desvio é a morte do artista. (E ainda bem que é assim..é o único lado positivo de ter uma enorme dívida)  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-12 19:59:18
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Fraude foi pagarem-no sem existirem recursos para tal ...

Fraude foi corta-lo por inteiro e de repente.
O passos ainda nao mostrou que consegue governar.

Fraudes ocorrem quando se prometem coisas que não se podem entregar.

Mentir sobre não cortar algo que é insustentável, mesmo que seja fraude, é uma fraude bastante menor.

Quem instituiu e manteve a coisa também mentiu e desses ninguém se queixa.

Fraude ocorre quando vale tudo pela sede de poder ou dinheiro ou ambos
A questao aqui nao é se o pneu do ze é maior que do xico. Sao pneus. Uns fazem uns derrapagens, outros despistes contra o muro, a nivel pessoal e empresarial.
Anyways, na optica de face reading e body language, nao gosto de nenhum deles, no sentido de pouca esperança poderem dar e nem saberem faze-lo para a prosperidade e desenvolvimento sustentavel e crescimento economico.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-12 20:27:59
Se este circo da esquerda for para frente e se quem perde as eleições forma governo ...nunca mais vou votar porque chego a conclusão que isso não importa ... pois ganha-se na secretaria ....agora sim foi demonstrado que somos uma republica das bananas ou seja um pais de faz de conta
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 21:22:00
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 22:01:05
No caso de haver um entendimento à esquerda, acho que o Cavaco pode na mesma recusar-se a dar posse a um governo de esquerda, e optar por dar posse ao governo minoritário PSD + CDS por ter ganho as eleições e por ser tradição em Portugal de que quem ganha vai para o governo.
Neste caso, CDU e BE já mostraram a intenção de apresentar uma Moção de Rejeição, que no caso do PS tb votar a favor, fará o governo cair e haverá novas eleições.

Ou seja, mesmo que haja um entendimento à esquerda, Cavaco ainda tem uma palavra a dizer.

Ainda tudo pode acontecer...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-12 22:03:09
já começa a fraude.... na campanha eram vistos como o partido da meninas (o fenómeno M). neste comunicado já estão em minoria...

Fraude foi o Passos ter cortado o 13º mês. :-)

Fraude foi pagarem-no sem existirem recursos para tal ...

Eu ando a contratar bastante para a empresa em que trabalho e nas entrevistas tenho quase sempre um (ou mais) colegas de outros países (da mesma empresa, por se tratar de uma multinacional). Quando falo com eles para discutir o resultado das entrevistas e chegamos à parte dos salários e explico que o mensal é para multiplicar por 14, ficam a olhar para mim como se eu fosse maluco....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-12 22:05:13
...
Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.
Estás a exagerar dizendo que PS é de esquerda!
Muitos "sócios" do PS já se mostraram contra e um já pediu a demissão!

Mais, se algumas pessoas pensassem que ele se iria coligar com a "esquerda", muitos não teriam votado no PS!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-12 22:12:47
Eu tb disse isso...

Depois da reunião entre Costa e Cavaco, Costa não se comprometeu com nada, mas acho que na cabeça dele está ser primeiro ministro.

Isso não depende só dele, pois acho que tem de apresentar a proposta de uma aliança com a esquerda (ou com a direita) internamente ao partido para ser aprovada ou não, e o resultado disso acho que é uma incógnita, pq algumas pessoas do PS já se manifestaram contra a uma aliança com a esquerda, entre elas o líder da UGT.

Acho que ele vai reunir-se com o partido este fim de semana para apresentar uma proposta.

Parece-me que a bola está do lado do PS. O Cavaco queria um bloco central, a coligação ganhou as eleições, mas é o PS quem vai decidir isto.

Mas não é um exagero, é normal dizer-se que o PS é de esquerda, apesar de ser de centro esquerda, da mesma forma que é normal chamar-se ao PSD de direita, apesar de ser de centro direita...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-12 22:17:46
A coligacao a esquerda deve mesmo avancar e fica la ano e meio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-12 22:25:04
A coligacao a esquerda deve mesmo avancar e fica la ano e meio.

Espero bem que o Cavaco não vá por aí. Ou empata até ser eleito outro Presidente ou dá posse ao Passos para depois o Parlamento cair, provocar novas eleições e aí muitos eleitores do PS voltarem para o PSD, dando-lhe maioria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-12 23:27:27
No caso de haver um entendimento à esquerda, acho que o Cavaco pode na mesma recusar-se a dar posse a um governo de esquerda, e optar por dar posse ao governo minoritário PSD + CDS por ter ganho as eleições e por ser tradição em Portugal de que quem ganha vai para o governo.
Neste caso, CDU e BE já mostraram a intenção de apresentar uma Moção de Rejeição, que no caso do PS tb votar a favor, fará o governo cair e haverá novas eleições.

Ou seja, mesmo que haja um entendimento à esquerda, Cavaco ainda tem uma palavra a dizer.

Ainda tudo pode acontecer...

não há novas eleições.
para haver novas eleições a AR teria que ser dissolvida. não pode ser dissolvida nos primeiros seis meses após as eleições nem nos últimos seis meses de mandato do presidente.
se o cavaco indigitar o Passos para formar governo e se este cair logo na apresentação do programa de governo, terá que se formar outro governo suportado na composição da actual assembleia.
O partido mais votado a seguir ao PSD deverá ser convidado a formar governo.

se o cavaco não quiser de forma nenhuma dar o poder ao Costa, terá que formar um governo de iniciativa presidencial.
que cairá logo também.

não há volta a dar.
se o PS quiser formar governo com o PCP e com o BE, formará.
e o cavaco é melhor não se atravessar porque se o fizer garantirá um par de legislaturas à esquerda. ou mais. e provavelmente uma candidatura presidencial à esquerda, aproveitando o embalo. que não será nenhuma das que estão neste momento em jogo.
pode ser que a velha máxima de sá carneiro se venha de novo a realizar mas desta vez à esquerda. uma maioria, um governo, um presidente.
o cavaco tem uma tendência natural para fazer asneiras. se o fizer desta vez, vai causar uma repugnância tal que garantirá o poder à esquerda por uns bons anos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-12 23:35:54
Duvido governos durem muito no continemte portugues

basta os mercados cairem que austuridade volta sejam  comunistas ou laranjas


maioria so Madeira 40 anos com Alberto Joao  40 anos   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Mystery em 2015-10-13 00:20:34
Formar governo à esquerda é fácil. Mas uma coligação de esquerda não vai sobreviver muito tempo como governo sem alienar grande parte do eleitorado de cada um dos respectivos partidos.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 00:22:07
No caso de haver um entendimento à esquerda, acho que o Cavaco pode na mesma recusar-se a dar posse a um governo de esquerda, e optar por dar posse ao governo minoritário PSD + CDS por ter ganho as eleições e por ser tradição em Portugal de que quem ganha vai para o governo.
Neste caso, CDU e BE já mostraram a intenção de apresentar uma Moção de Rejeição, que no caso do PS tb votar a favor, fará o governo cair e haverá novas eleições.

Ou seja, mesmo que haja um entendimento à esquerda, Cavaco ainda tem uma palavra a dizer.

Ainda tudo pode acontecer...


não há novas eleições.
para haver novas eleições a AR teria que ser dissolvida. não pode ser dissolvida nos primeiros seis meses após as eleições nem nos últimos seis meses de mandato do presidente.
se o cavaco indigitar o Passos para formar governo e se este cair logo na apresentação do programa de governo, terá que se formar outro governo suportado na composição da actual assembleia.
O partido mais votado a seguir ao PSD deverá ser convidado a formar governo.


Tens razão quanto à dissolução da AR.

Citar
Dissolução da Assembleia da República
 
A Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou do estado de emergência. O Presidente da República só pode dissolver a Assembleia após audição dos partidos nela representados e do Conselho de Estado, sendo o seu parecer meramente consultivo


O que aconteceu em 1978:

Citar
III Governo Constitucional (29/08/1978 a 22/11/1978)
Primeiro-Ministro – Nobre da Costa

O III Governo foi constituído por iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.

O executivo foi liderado por Nobre da Costa, um independente que já fora ministro do governo de Mário Soares.

Terminou o mandato cerca de três meses depois, na sequência da rejeição do programa de Governo pela Assembleia da República a 14 de setembro de 1978, depois de PS ter apresentado uma moção de rejeição, com votos a favor de PS, CDS e PCP.

A não aprovação do programa de Governo motiva o pedido de demissão de Nobre da Costa. 

Na impossibilidade de uma coligação partidária, Eanes nomeia um segundo governo de sua iniciativa.


IV Governo Constitucional (22/11/1978 a 07/07/1979)
Primeiro-Ministro – Mota Pinto

O IV Governo foi de iniciativa presidencial.

Carlos Mota Pinto vê rejeitada a primeira versão do Orçamento do Estado, logo em março e verifica-se um progressivo isolamento do primeiro-ministro.

Em junho, Mota Pinto apresenta a demissão do cargo de primeiro-ministro alegando a obstrução da Assembleia da República à sua ação.

O Presidente da República Ramalho Eanes nomeia em seguida um novo governo de iniciativa presidencial, dissolve a Assembleia da República e convoca Eleições Intercalares para dezembro.

Governos de Portugal
[url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/governos-de-portugal_i852231[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/governos-de-portugal_i852231[/url])



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 00:22:32
Uma parte positiva do bloco fazer parte de um governo é que é sangue fresco, dinamico, e com vontade de mudanças, a serem de preferencia medidas ponderadamente. nao sao os mesmos de sempre. A parte pior vai ser mandar o geronimo de sousa para falar com a vovó angela
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-13 00:26:07
Atenção que muito do público que votou na esqueda não votou porque quer mudança. Votou sim porque quer que reponham o que estava antes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-13 00:30:46
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Morte aos traidores :o
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 00:30:53
Uma parte positiva do bloco fazer parte de um governo é que é sangue fresco, dinamico, e com vontade de mudanças, a serem de preferencia medidas ponderadamente. nao sao os mesmos de sempre. A parte pior vai ser mandar o geronimo de sousa para falar com a vovó angela

a angela vai ficar encantada com o charme maduro do Jerónimo
vai ser o nosso maior asset na europa

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 00:31:48
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Morte aos traidores :o

Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 00:32:37
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Morte aos traidores :o

Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L

eheh não citei a tempo de ainda apanhar Marte em vez de Morte

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 00:36:18
Citar
SE HOUVER ACORDO À ESQUERDA, PS PODERÁ TER REFERENDO INTERNO

[url]http://zap.aeiou.pt/se-houver-acordo-esquerda-ps-podera-ter-referendo-interno-85686[/url] ([url]http://zap.aeiou.pt/se-houver-acordo-esquerda-ps-podera-ter-referendo-interno-85686[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-13 00:37:50
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Morte aos traidores :o


Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L

foi unica propaganda que realmente queria mudar :P
(http://www.jn.pt/storage/JN/2015/big/ng4744216.jpg)

o resto deles  era so prometer repor o que foi tirado....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 00:51:23
Atenção que muito do público que votou na esqueda não votou porque quer mudança. Votou sim porque quer que reponham o que estava antes.

Ehheheeh olhe que nao olhe que nao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 01:02:33
O euro em portugal e na europa vai dar muito que falar nos proximos 15 anos. Este projecto está todo furado, saiu torto logo á nascença.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 01:03:32
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Marte aos traidores :o

Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L

eheh não citei a tempo de ainda apanhar Marte em vez de Morte

L

Como é que não citaste a tempo se eu ainda agora consegui citar a tempo?

    :P

    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 01:05:41
O euro em portugal e na europa vai dar muito que falar nos proximos 15 anos. Este projecto está todo furado, saiu torto logo á nascença.

Daqui a quinze anos o euro já não existe..
Morreu antes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 01:10:33
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Marte aos traidores :o

Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L

eheh não citei a tempo de ainda apanhar Marte em vez de Morte

L

Como é que não citaste a tempo se eu ainda agora consegui citar a tempo?

    :P

    ;D

ã?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-13 01:11:02
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-13 01:14:59
O euro em portugal e na europa vai dar muito que falar nos proximos 15 anos. Este projecto está todo furado, saiu torto logo á nascença.

Daqui a quinze anos o euro já não existe..
Morreu antes.
Nova moeda, ainda vai ser pior que euro uma unica moeda virtual mundial controlada pela Google  :D 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-13 01:22:09
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.



Na politica No Amor E Na Guerra Vale Tudo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 01:25:36
propaganda do BE  foi mesma sempre prometer coisas giras e fofas  ;D

a unica modou alguma coisa foi gracia pereira com Marte aos traidores :o

Marte? traidores para Marte?
Tem que pedir ao Elon Musk.

L

eheh não citei a tempo de ainda apanhar Marte em vez de Morte

L

Como é que não citaste a tempo se eu ainda agora consegui citar a tempo?

    :P

    ;D

ã?

L

"Marte aos traidores"... Está lá na citação!

    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 01:27:32
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.


Bom, este pessoal tem sempre um plano B. Este é o plano B do Costa. Misturado com ganancia ou sede de poder, pressao do tacho, chamem-lhe o que quiserem. Se nao tirarem muito ao povo, ate vale alguma coisa.
Mas imagina o passos em 2011 dizer na campanha que ia fazer um brutal aumento de impostos, tsu, ivas, vao mazé emigrar e nao sejam piegas, empregos a 400eur em prol da competitividade. Ia ter o que, 4% dos votos?
Manobras todos têm. O passos e cateoga tambem se portaram mal no PEC IV, queriam poder. Chumbaram o Pec, fizeram a campanha que fizeram e depois tudo ao contrario ao triplo. Ainda teve de chamar o Portas que andava nas bahamas. O gdp nominal portugues ainda nem superou o gdp de 2010 ou 2011.
Nao chames monhé ao homem, fica te mal. Just sayin'
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 01:39:27
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.



Na politica No Amor E Na Guerra Vale Tudo


E na ultima decada, nos negocios, de forma descarada eheh
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 01:42:30
Citação de: lark

ã?

L

"Marte aos traidores"... Está lá na citação!

    ;D

tu e o reg andam a gozar comigo

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-13 02:04:09
em portugal as pessoas pela tradicao votam directamente num PM, nao votam num parlamentar independente q depois vota num PM a seu belo prazer (embora teoricamente seja assim, na pratica nao eh)
de modo que embora formalmente possivel um governo a esquerda ele nao tem legitimidade politica. para a ter teriam de ter anunciado previamente ao eleitorado a intencao de fazer uma coligacao caso perdessem.

mas dito isto ate gostava de ver a coisa avancar, ia-me rir muito 
forca costa ! :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 02:59:15
Citação de: lark

ã?

L

"Marte aos traidores"... Está lá na citação!

    ;D

tu e o reg andam a gozar comigo

L


Eu? Eu nem me atreveria a gozar contigo...
Só se for o reg a pregar-te alguma partida...

    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 03:19:27
em portugal as pessoas pela tradicao votam directamente num PM, nao votam num parlamentar independente q depois vota num PM a seu belo prazer (embora teoricamente seja assim, na pratica nao eh)
de modo que embora formalmente possivel um governo a esquerda ele nao tem legitimidade politica. para a ter teriam de ter anunciado previamente ao eleitorado a intencao de fazer uma coligacao caso perdessem.

mas dito isto ate gostava de ver a coisa avancar, ia-me rir muito 
forca costa ! :D

Se a coisa avançar, penso que o PCP irá ficar um pouco esvaziado de funções: será interessante ver se terá coragem de votar contra alguma coisa de um partido (o BE) que se entende mais à esquerda do que o próprio PCP...

Por outro lado, ainda estou para ver as consequências por daqui a 4 anos desta coligação PS-BE...

E sim... provavelmente Marcelo Rebelo de Sousa, devido à experiência que tem, capacidade de análise politica e bom senso, é bem capaz de limpar as presidenciais à primeira volta.

Tempos curiosos os que se avizinham em Portugal... mas a dívida e o défice continuam lá, na "red zone"!

Fala-se num novo Imposto Sucessório (heranças) que o PSD em tempos aboliu por pressão do CDS: os bens já tinham pago impostos logo não fazia sentido serem segunda vez tributados...

Provavelmente tudo o que é relacionado com mercado de capitais e mercado financeiro irão ver a tributação agravada, desincentivando a poupança (de quem consegue poupar) e o investimento da mesma.


     :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 07:50:31
Se o BE e o PCP obrigarem o PS a renegociar a dívida até seria um bom governo.

O défice continuaria a existir e até se agravaria, a dívida reduzia-se no imediato, aumentando depois progressivamente até ao valor anterior. Mas no entretanto esse corte + novo financiamento era uma excelente golpada nos alemães, franceses e companhia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-13 08:02:08
Por mim podem levar a bicicleta
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 11:20:10
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.


"Isso é tudo muito lindo mas"... é quase o nome do programa dos "gato fedorento". :-)

Mas no resto da Europa as coligações foram tb feitas depois das eleições. É normal ser assim.
Cá tb foi assim com o governo anterior.
Nas ultimas eleições, PSD + CDS quiseram ser espertos para ganhar as eleições e coligaram-se antes, mas os outros partidos não andam a dormir.

Em relação à campanha eleitoral, CDU e BE atacam sempre mais os partidos de direita do que o PS, mas atacam tb o PS dizendo que é igual aos de direita, dizem sempre isso, e na ultima campanha eleitoral não foi diferente.

No entanto, no debate entre Catarina Martins e António Costa, a Catarina apesar de ter atacado Costa e de o encostar à direita, como habitualmente fazem BE e CDU, tb disse isto:
Citar
“Se o PS estiver disponível para abandonar a ideia de cortar 1660 milhões de euros nas pensões, o corte na TSU, o regime conciliatório que é uma forma de flexibilizar os despedimentos, eu no dia 5 de outubro cá estarei para que possamos conversar sobre um governo que possa salvar o país, pensar como reestruturar a dívida para termos futuro e emprego. Vai falar a seguir a mim. Se me disser que sim ou que vai pensar, já valeu pena. Se disser que não, ficaremos a saber que no dia 5 pretende telefonar a Rui Rio ou Paulo Portas"
[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-09-14-Costa-renega-tentacoes-esquerdistas-Catarina-encosta-o-a-direita[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-09-14-Costa-renega-tentacoes-esquerdistas-Catarina-encosta-o-a-direita[/url])”

Ou seja, a hipótese de um acordo com o PS já tinha sido colocada pelo BE na campanha eleitoral, e tb a CDU se mostrou disponível para formar governo.

Alguns dos que votaram PS é que não estavam à espera que acontecesse um acordo com os outros partidos de esquerda, e por causa disso falam na hipótese de haver um referendo interno para aprovarem ou não a aliança à esquerda, e parece ser essa a incógnita que temos.
Falta saber se o PS quer ir para o governo com o apoio dos outros partidos de esquerda ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-13 11:25:28
Basta a coligação querer governar em minoria, que acaba-se todo este problema.
Se não quiser, passa a bola ao Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 11:32:23
Basta a coligação querer governar em minoria, que acaba-se todo este problema.
Se não quiser, passa a bola ao Costa.

Não, pq BE e CDU já disseram que se PSD + CDS forem para o governo avançam de imediato com uma moção de rejeição, e se o PS tb votar a favor dela, o governo PSD + CDS caí de imediato, pq existe uma maioria de esquerda no parlamento.

Na prática, a coligação só vai para o governo se o PS quiser.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-13 11:38:47
em portugal as pessoas pela tradicao votam directamente num PM, nao votam num parlamentar independente q depois vota num PM a seu belo prazer (embora teoricamente seja assim, na pratica nao eh)
de modo que embora formalmente possivel um governo a esquerda ele nao tem legitimidade politica. para a ter teriam de ter anunciado previamente ao eleitorado a intencao de fazer uma coligacao caso perdessem.

mas dito isto ate gostava de ver a coisa avancar, ia-me rir muito 
forca costa ! :D

Se a coisa avançar, penso que o PCP irá ficar um pouco esvaziado de funções: será interessante ver se terá coragem de votar contra alguma coisa de um partido (o BE) que se entende mais à esquerda do que o próprio PCP...

Por outro lado, ainda estou para ver as consequências por daqui a 4 anos desta coligação PS-BE...

E sim... provavelmente Marcelo Rebelo de Sousa, devido à experiência que tem, capacidade de análise politica e bom senso, é bem capaz de limpar as presidenciais à primeira volta.

Tempos curiosos os que se avizinham em Portugal... mas a dívida e o défice continuam lá, na "red zone"!

Fala-se num novo Imposto Sucessório (heranças) que o PSD em tempos aboliu por pressão do CDS: os bens já tinham pago impostos logo não fazia sentido serem segunda vez tributados...

Provavelmente tudo o que é relacionado com mercado de capitais e mercado financeiro irão ver a tributação agravada, desincentivando a poupança (de quem consegue poupar) e o investimento da mesma.


     :D

Se não tiverem ninguém com juízo que os alerte, são capazes de dar a machadada final no mercado accionista nacional via uma taxa sobre transacções elevada e irracional.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-13 11:42:31
Na verdade, na Europa, a maioria dos governos são coligações (14) e há 5 governos que não ganharam eleições.

Citar
Cinco governos europeus que não ganharam as eleições
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/governo/governar-sem-maioria-e-possivel[/url])


Independentemente das minhas preferências e de cada um, acho que a democracia está a funcionar.

PSD + CDS ganharam as eleições (pq se coligaram antes das eleições), mas foi a esquerda que foi mais votada pelos portugueses e tem maioria absoluta no parlamento, e é a esquerda, neste caso, o PS, que vai decidir se deixa a direita governar ou não.


Isso é tudo muito lindo mas se na camapnha o tosta monhé tivesse dito que ia formar governo a esquerda com BE e PCP garanto te que nao tinha 25% de votos e aí nem os 3 juntos teriam maioria ..... a questão é vir com manobras quando dizia exactamente o contrario por isso mesmo PCP e BE atacaram mais PS do PSD .....mostra apenas o mau perder que existe.


"Isso é tudo muito lindo mas"... é quase o nome do programa dos "gato fedorento". :-)

Mas no resto da Europa as coligações foram tb feitas depois das eleições. É normal ser assim.
Cá tb foi assim com o governo anterior.
Nas ultimas eleições, PSD + CDS quiseram ser espertos para ganhar as eleições e coligaram-se antes, mas os outros partidos não andam a dormir.

Em relação à campanha eleitoral, CDU e BE atacam sempre mais os partidos de direita do que o PS, mas atacam tb o PS dizendo que é igual aos de direita, dizem sempre isso, e na ultima campanha eleitoral não foi diferente.

No entanto, no debate entre Catarina Martins e António Costa, a Catarina apesar de ter atacado Costa e de o encostar à direita, como habitualmente fazem BE e CDU, tb disse isto:
Citar
“Se o PS estiver disponível para abandonar a ideia de cortar 1660 milhões de euros nas pensões, o corte na TSU, o regime conciliatório que é uma forma de flexibilizar os despedimentos, eu no dia 5 de outubro cá estarei para que possamos conversar sobre um governo que possa salvar o país, pensar como reestruturar a dívida para termos futuro e emprego. Vai falar a seguir a mim. Se me disser que sim ou que vai pensar, já valeu pena. Se disser que não, ficaremos a saber que no dia 5 pretende telefonar a Rui Rio ou Paulo Portas"
[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-09-14-Costa-renega-tentacoes-esquerdistas-Catarina-encosta-o-a-direita[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-09-14-Costa-renega-tentacoes-esquerdistas-Catarina-encosta-o-a-direita[/url])”

Ou seja, a hipótese de um acordo com o PS já tinha sido colocada pelo BE na campanha eleitoral, e tb a CDU se mostrou disponível para formar governo.

Alguns dos que votaram PS é que não estavam à espera que acontecesse um acordo com os outros partidos de esquerda, e por causa disso falam na hipótese de haver um referendo interno para aprovarem ou não a aliança à esquerda, e parece ser essa a incógnita que temos.
Falta saber se o PS quer ir para o governo com o apoio dos outros partidos de esquerda ou não.


Sem referendo interno o PS aceita esse governo porque uma parte grande das cúpulas terá tacho e tem incentivo para o aceitar.

Com referendo interno é mais arriscado, porque existiriam muitos votos de militantes que mesmo que o PS vá para o governo não obtêm tacho. Mas mesmo aqui pode existir alguma tendência para favorecer uma coligação por motivos clubísticos (ver o PS no governo).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-13 11:51:02
Basta a coligação querer governar em minoria, que acaba-se todo este problema.
Se não quiser, passa a bola ao Costa.

Não, pq BE e CDU já disseram que se PSD + CDS forem para o governo avançam de imediato com uma moção de rejeição, e se o PS tb votar a favor dela, o governo PSD + CDS caí de imediato, pq existe uma maioria de esquerda no parlamento.

Na prática, a coligação só vai para o governo se o PS quiser.
O governo tem menos que 6 meses, não pode ser "deitado abaixo", o presidente está a menos de 6 meses de terminar o mandato, não pode "deitar abaixo".
O que poderia aconter era um governo de gestão, com acordos pontuais à medida que tentava colocar em prática o seu programa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-13 11:55:26
Contem lá quais são os ministérios que vão oferecer ao PCP e ao BE
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-13 12:01:01
Contem lá quais são os ministérios que vão oferecer ao PCP e ao BE

Defesa para o PCP
Negócios Estrangeiros para o BE

 ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-13 12:12:42
Economia BE, Agricultura PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 12:21:16
Basta a coligação querer governar em minoria, que acaba-se todo este problema.
Se não quiser, passa a bola ao Costa.

Não, pq BE e CDU já disseram que se PSD + CDS forem para o governo avançam de imediato com uma moção de rejeição, e se o PS tb votar a favor dela, o governo PSD + CDS caí de imediato, pq existe uma maioria de esquerda no parlamento.

Na prática, a coligação só vai para o governo se o PS quiser.
O governo tem menos que 6 meses, não pode ser "deitado abaixo", o presidente está a menos de 6 meses de terminar o mandato, não pode "deitar abaixo".
O que poderia aconter era um governo de gestão, com acordos pontuais à medida que tentava colocar em prática o seu programa.

O governo pode ser deitado abaixo a qualquer altura. O parlamento é que não pode ser deitado abaixo.

O que está em cima da mesa pelo BE e CDU é uma moção de rejeição, que é apresentada quando o governo apresenta o programa. Se for votada favoravelmente o governo caí de imediato.

Citar
Moção de Rejeição é uma iniciativa do parlamento português que incide sobre o Programa do Governo e pode ser apresentada por qualquer Grupo Parlamentar.

A sua aprovação, que requer uma maioria absoluta (equivalente a um mínimo de 116 votos), implica a demissão do Governo.

Depois do governo cair, acontece algo semelhante com isto:
No caso de haver uma coligação à esquerda disposta a governar, a esquerda vai muito provavelmente para o governo.
Se não houver uma coligação à esquerda, o presidente da república nomeia um governo de iniciativa presidencial, com outros elementos escolhidos por si. Foi isso que aconteceu em 1978.

A diferença entre 1978 e agora é que pode haver uma coligação (à esquerda) que está disposta a governar.
E se essa coligação de esquerda se unir já, o Cavaco pode até dizer-lhes para irem para o governo em vez da coligação de direita, evitando assim a moção de rejeição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-13 12:22:45
O governo tem menos que 6 meses, não pode ser "deitado abaixo", o presidente está a menos de 6 meses de terminar o mandato, não pode "deitar abaixo".
O que poderia aconter era um governo de gestão, com acordos pontuais à medida que tentava colocar em prática o seu programa.

Não. Não é bem assim.

Um governo de gestão é um Executivo que serve para actos de administração diária e corrente, até à tomada de posse do novo Governo a eleger. Isto exclui, por princípio constitucional, a prática de medidas de fundo, novas nomeações e a aprovação de projectos ou decretos de lei.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 12:26:17
O governo de gestão é o que existe neste momento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-13 12:30:48
finanças - BE (Louçã)
trabalho e segurança social - PCP
ambiente - PAN

eheheh

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-10-13 12:47:10
CDS + PSD +PS ----> governo + ps

ps + be + cdu -----> governo + be+ cdu
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 13:09:19
Sem referendo interno o PS aceita esse governo porque uma parte grande das cúpulas terá tacho e tem incentivo para o aceitar.

Com referendo interno é mais arriscado, porque existiriam muitos votos de militantes que mesmo que o PS vá para o governo não obtêm tacho. Mas mesmo aqui pode existir alguma tendência para favorecer uma coligação por motivos clubísticos (ver o PS no governo).

Sim, a tendência pode ser votar favoravelmente a um governo de esquerda por motivos clubísticos, mas é à partida uma decisão dificil para o PS.
O PS ir para o governo com o resto da esquerda pode fazer com que algumas pessoas que votam habitualmente no PS deixem de votar e passem a votar nos partidos da coligação. Existem pessoas que votam PS, mas que acham CDU e BE demasiado radicais.
Mas, por outro lado, existem tb pessoas que acham que se o PS não aproveitar a oportunidade de ir para o governo com a CDU e BE deixam de votar no PS e passam a votar no BE ou na CDU.
Ou seja, tanto uma decisão como outra pode ter consequências nas eleições seguintes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 13:12:02
Deixem lá os gajos governar. Era a maneira de erradicarmos estas ideias parvas da nossa sociedade, tal como os gregos já meterem os contos de fadas na gaveta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-13 13:13:12
A PAF já comunicou ao PR não ter condições para formar governo?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-13 13:13:22
Pois enganei-me. Não queria dizer governo de gestão, mas governo em minoria.

Engraçado, quem não for para 1.º ministro (Passos ou Costa) deve perder o lugar como presidente do partido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 13:18:15
A PAF já comunicou ao PR não ter condições para formar governo?
não, submeteu ao costa uma série de propostas. reunirem hoje às 18h
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-13 13:21:01

A bola está do lado do Tony ;D

Mas o António Costa , mesmo preante propostas concretas e convergentes,
vai dizer que nada está decidido...

Triste um País ficar refém de intrigas palacianas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-13 13:30:49
Se o Cavaco Silva quiser, pode mandar às urtigas o acordo PS+PC+BE.
Para as diversas hipóteses ver aqui:
http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/ (http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-13 13:35:31
Se o Cavaco Silva quiser, pode mandar às urtigas o acordo PS+PC+BE.
Para as diversas hipóteses ver aqui:
[url]http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/[/url])

Interessante.

Por mim, eu empossava a Esquerda com acordo escrito.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 13:38:58
A PAF já comunicou ao PR não ter condições para formar governo?

As tuas perguntas não são inocentes :D, mas não comunicou, nem vai comunicar isso, antes pelo contrário.

A coligação já se mostrou disponível para governar com governo minoritário com muita "humildade" e em "diálogo". Experimenta escrever no google "coligação" "humildade" e "diálogo" para veres a quantidade de vezes que repetiram essas palavras nos últimos dias.  :D

O que falta é o PS dizer se está disponível ou não para deixar a coligação governar.
A coligação vai reunir-se com o PS em breve, talvez lhe diga isso ou não. Provavelmente, não vai dizer já.
Provavelmente, ainda nem o próprio PS sabe se deixa a coligação governar ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 13:42:11
O Cavaco dá posse a um governo de esquerda. Ele disse que é no quadro parlamentar que se deve resolver a questão. Parece uma mensagem clara.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-13 13:45:53
Passos a ceder. Afinal ha margem. ( so li as gordas)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 13:46:16
A proposta que o PSD mandou ao PS
http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/10/documento-facilitador-de-um-compromisso-politico-entre-paf-e-ps-para-a-governabilidade-de-portugal.pdf (http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/10/documento-facilitador-de-um-compromisso-politico-entre-paf-e-ps-para-a-governabilidade-de-portugal.pdf)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-13 14:02:58
O Cavaco dá posse a um governo de esquerda. Ele disse que é no quadro parlamentar que se deve resolver a questão. Parece uma mensagem clara.



....será ?.....não acredito.....eh.eh.... :P


http://observador.pt/opiniao/ora-ai-esta-ela-a-esquerda-unida/ (http://observador.pt/opiniao/ora-ai-esta-ela-a-esquerda-unida/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 14:04:51
Se o Cavaco Silva quiser, pode mandar às urtigas o acordo PS+PC+BE.
Para as diversas hipóteses ver aqui:
[url]http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/12/coligacao-ja-se-vira-para-belem-o-presidente-da-lhes-posse/[/url])


Isto foi bem lembrado:

Citar
Nuno Morais Sarmento, ex-ministro da Presidência e ex-dirigente do PSD, considera que a Constituição “deixa um espaço grande” à interpretação do Presidente e lembra o episódio de 2005 em que o então Presidente da República, Jorge Sampaio, demitiu o Governo liderado por Pedro Santana Lopes, havendo uma maioria absoluta que o sustentava (PSD+CDS). “Pode haver uma maioria no Parlamento e o PR achar que não lhe serve. Foi o que aconteceu com Santana.“


Isto era o que convinha à Coligação:

Citar
“Cavaco Silva foi muito claro quando excluiu a possibilidade de formação de um Governo que integrasse posições ao arrepio do respeito que é devido aos compromissos internacionais do Estado português. Penso que o PR não deve deixar apodrecer a situação e deve reassumir a iniciativa” e indigitar Pedro Passos Coelho como primeiro-ministro, defendeu Santana em artigo de opinião este fim de semana no DN. Segundo este ex-governante, “se houver algo mais para dialogar, para esclarecer e para negociar que seja feito no Parlamento e que cada um assuma as suas responsabilidades”.

 
Se o Cavaco nomear o governo minoritário PSD + CDS e se depois ele cair no parlamento depois da moção de rejeição, isso pode ser bem ou mal visto pelos portugueses, e o PS pode ou não pagar a fatura nas eleições seguintes. E o Cavaco sabe bem disso, ele ganhou a primeira maioria absoluta assim, em 87.
Foi derrubado no parlamento e depois ganhou as eleições seguintes com maioria absoluta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 14:17:56
O Cavaco vetar um governo de esquerda seria uma vingança depois do que aconteceu em 2005.
Acho que pode acontecer isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-13 14:51:24
Se o Cavaco der posse ao governo minoritário de direita PSD+CDS e depois o PS+CDU+BE votarem a favor da moção de rejeição e derrubarem o governo, e o Cavaco continuar a vetar o governo de esquerda, nesse caso, deverá existir depois um governo de iniciativa presidencial com outro primeiro ministro nomeado por ele (como aconteceu em 1978 depois da moção de rejeição), pelo menos até ser possível haver novas eleições (6 meses depois das anteriores eleições).

Mas pode até acontecer o Cavaco nomear o governo minoritário de direita e depois o PS se acobardar e não votar favoravelmente à moção de rejeição, por medo de como isso pode ser visto pelo povo, e assim o governo se aguentar.


Mas para já, o que importa é que, mesmo que a esquerda se organize, o Cavaco ainda tem uma palavra a dizer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-10-13 15:02:55
Com cedências quem ganha é o António Costa, a Coligação cede o bloco e a cdu têm de ceder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-13 15:11:06
Com cedências quem ganha é o António Costa, a Coligação cede o bloco e a cdu têm de ceder.

viste as 23 cedências?
aquilo é só palha...

tem lá a sobretaxa e o salário mínimo, o resto...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-13 19:10:53
Sem estar dentro do que se passa, parece existir a percepção de que tanto a direita como a esquerda estão dispostas a cedências para com o PS para poderem formar Governo. O PS parece também estar sintonizado com as condições do Presidente da República de que os compromissos internacionais devem ser respeitados.

De repente, António Costa parece estar em estado de graça, deve sentir-se "muito amado" pelos lideres dos outros partidos...

Mas quando se decidir, o lado que ficar de fora (a direita ou a esquerda...) irá fazer-lhe a vida negra durante a governação, e a esquerda será mais implacável nesse processo do que a direita (na minha opinião). Ai, logo no dia seguinte à decisão, acaba-se-lhe o estado de graça...

Até ao fim desta semana parece que uma decisão será anunciada.

     :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-13 20:31:56
O Cavaco dá posse a um governo de esquerda. Ele disse que é no quadro parlamentar que se deve resolver a questão. Parece uma mensagem clara.

Se o PPC declarar não ter condições e o António Costa disser que tem apoio do BE e PCP para formar um governo estável, Cavaco não tem nenhum argumento para inviabilizar esse governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-13 20:34:59
O Cavaco dá posse a um governo de esquerda. Ele disse que é no quadro parlamentar que se deve resolver a questão. Parece uma mensagem clara.

Se o PPC declarar não ter condições e o António Costa disser que tem apoio do BE e PCP para formar um governo estável, Cavaco não tem nenhum argumento para inviabilizar esse governo.

O que o PPC diz é que ganhou e o PS não quer dar condições de estabilidade. Ou seja, o PPC não desiste e re-afirma a intenção de governar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-13 20:46:26
Pelos vistos o PPC tem de aprender a arte do compromisso. Dizer que o PS não lhe dá condições de estabilidade é ser francamente piegas  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 21:21:41
o Costa diz que só aprova a moção de rejeição de um governo minoritário da PAF se tiver uma alternativa de governo (subentende-se que, se não o tiver, abstém-se e viabiliza o governo pelo menos no arranque)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-13 21:56:16
Do que vi e ouvi, vamos ter um governo de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 22:04:12
o costa hoje debitou uma série de coisas, com bastante impacto orçamental, que diz serem essenciais e que a PAF terá ignorado. parecia que estava a recitar o programa do PS.
se a PF quer governar mais vale fotocopiar o programa eleitoral dos socialistas. se mudarem uma virgula é chumbado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-13 22:09:18
o costa hoje debitou uma série de coisas, com bastante impacto orçamental, que diz serem essenciais e que a PAF terá ignorado. parecia que estava a recitar o programa do PS.
....
E conseguiu dizê-lo sem se rir !!
Kudos p ele
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-13 22:14:17
http://youtu.be/SoWK7RGvzJU (http://youtu.be/SoWK7RGvzJU)

O que mudou lol já sei és diferença entre pensar que se ganha com maioria absoluta e depois se perder lol esperavam o que do monhé socrático ....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-13 22:23:10
também impressiona a quantidade de vezes que o costa diz a palavra humildade, quando o ps nunca pediu desculpas ao país pela bancarrota a que nos conduziu o presidiário.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-13 23:29:47
Boas,

Não sou propriamente novo por aqui---há uns anos atrás cheguei a participar assiduamente com outro username (e dessa altura retenho essencialmente três nomes---Incognitus e Lark, sempre à "batatada" eheh, mas sempre com argumentação consistente, e o James Dean com umas historietas de vida bem divertidas e sapientes), mas desde então, meio por falta de tempo, meio por esgotamento "netiano", deixei de frequentar uma série de pousos. Creio que a sal(ganh)ada política em que o país ficou depois destas eleições me tornou curioso para vir ler o que por aqui se escrevia e defendia---e que os conteúdos que encontrei, por seu turno, me impeliram a tornar a inscrever.

Em relação ao Costa, e considerando que a decisão final não é dele (vai haver um referendo dentro do partido para legitimar uma qualquer decisão, certo? E é dessa votação que sairá apurado o rumo de eventuais futuras coligações, certo?), penso que neste momento está a fazer um excelente trabalho de "auscultação" de vontades, e de exercício sereno de poder (não de governação, mas preparação para governação). O PSD ganhou as eleições---é um facto---mas é o PS que tem neste momento a chave para desbloquear o impasse (ou seja, uma boa parte do PODER---ficando o PR com o restante). A grande incógnita é então saber como vai reagir o partido, sabendo-se unicamente que há vontades a pender para os dois lados...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 00:46:49
O Cavaco dá posse a um governo de esquerda. Ele disse que é no quadro parlamentar que se deve resolver a questão. Parece uma mensagem clara.

Se o PPC declarar não ter condições e o António Costa disser que tem apoio do BE e PCP para formar um governo estável, Cavaco não tem nenhum argumento para inviabilizar esse governo.

Achas que o PPC vai declarar não ter condições? Porquê?

Isso não me faz sentido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-14 00:48:37
Boas,

Não sou propriamente novo por aqui---há uns anos atrás cheguei a participar assiduamente com outro username (e dessa altura retenho essencialmente três nomes---Incognitus e Lark, sempre à "batatada" eheh, mas sempre com argumentação consistente, e o James Dean com umas historietas de vida bem divertidas e sapientes), mas desde então, meio por falta de tempo, meio por esgotamento "netiano", deixei de frequentar uma série de pousos. Creio que a sal(ganh)ada política em que o país ficou depois destas eleições me tornou curioso para vir ler o que por aqui se escrevia e defendia---e que os conteúdos que encontrei, por seu turno, me impeliram a tornar a inscrever.

Em relação ao Costa, e considerando que a decisão final não é dele (vai haver um referendo dentro do partido para legitimar uma qualquer decisão, certo? E é dessa votação que sairá apurado o rumo de eventuais futuras coligações, certo?), penso que neste momento está a fazer um excelente trabalho de "auscultação" de vontades, e de exercício sereno de poder (não de governação, mas preparação para governação). O PSD ganhou as eleições---é um facto---mas é o PS que tem neste momento a chave para desbloquear o impasse (ou seja, uma boa parte do PODER---ficando o PR com o restante). A grande incógnita é então saber como vai reagir o partido, sabendo-se unicamente que há vontades a pender para os dois lados...

Bem-vindo de volta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 00:59:57
Dei uma volta pelas noticias e não vi nada de interessante em relação à reunião entre Costa e Passos.
O Passos falar ou não falar com o Costa acho que é a mesma coisa, pq ele ainda não se vai comprometer com nada. A ideia dele é arrastar a situação. Quanto mais tempo passar melhor é para ele e para a esquerda.
O Santana Lopes tem razão no que disse. O Cavaco devia decidir-se e dar posse à coligação que ganhou as eleições, e depois logo se vê.
Eu acho que o PS se acobarda e não vota a favor da moção de rejeição, nem contra o OE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 01:12:55
Depois destas declarações não vale a pena o Passos andar a falar com o Costa. Isso fica-lhe mal.

Citar
António Costa diz que PS está "melhor posicionado" para formar executivo

"O que é claro neste momento, é que o Partido Socialista está numa posição melhor do que a direita para formar um Governo que será estável nos próximos quatro anos", declarou o líder socialista, acrescentando que "pela primeira vez pode haver um Governo que reflita a maioria de esquerda no parlamento sem constituir um risco para as regras europeias".

[url]http://visao.sapo.pt/governo-antonio-costa-diz-que-ps-esta-melhor-posicionado-para-formar-executivo=f833379[/url] ([url]http://visao.sapo.pt/governo-antonio-costa-diz-que-ps-esta-melhor-posicionado-para-formar-executivo=f833379[/url])

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-14 01:15:37
Depois destas declarações não vale a pena o Passos andar a falar com o Costa. Isso fica-lhe mal.

Citar
António Costa diz que PS está "melhor posicionado" para formar executivo

"O que é claro neste momento, é que o Partido Socialista está numa posição melhor do que a direita para formar um Governo que será estável nos próximos quatro anos", declarou o líder socialista, acrescentando que "pela primeira vez pode haver um Governo que reflita a maioria de esquerda no parlamento sem constituir um risco para as regras europeias".

[url]http://visao.sapo.pt/governo-antonio-costa-diz-que-ps-esta-melhor-posicionado-para-formar-executivo=f833379[/url] ([url]http://visao.sapo.pt/governo-antonio-costa-diz-que-ps-esta-melhor-posicionado-para-formar-executivo=f833379[/url])


Eu ouvi isso, na TV, e por isso disse que o governo será de esquerda. A não ser que o Costa considere algumas vozes internas... mas duvido.

Mas amanhã, hoje, com os resultados oficiais, já se saberá se ele precisará somente do BE ou de mais alguém.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 01:24:18
Por enquanto, atribuo uma maior probabilidade do Cavaco aceitar um governo minoritário de direita do que aceitar um governo maioritário de esquerda, com BE e CDU, e se por acaso o Cavaco der posse ao governo minoritário de direita, acho que o Costa deixa a liderança do PS. Parece-me que o Costa está a arriscar tudo em ir para o governo, e se falhar acho que não deve continuar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 01:34:04
Bem-vindo de volta.

Obrigado, Incognitus.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 01:38:24
Por enquanto, atribuo uma maior probabilidade do Cavaco aceitar um governo minoritário de direita do que aceitar um governo maioritário de esquerda, com BE e CDU, e se por acaso o Cavaco der posse ao governo minoritário de direita, acho que o Costa deixa a liderança do PS. Parece-me que o Costa está a arriscar tudo em ir para o governo, e se falhar acho que não deve continuar.

O Cavaco não pretende dar posse a uma solução que não ofereça condições de estabilidade nem governabilidade, que seria o caso se optasse qualquer solução de minoria.

Quanto ao Costa, é verdade que a jogada é de alto risco--- e se não resultar, vai ser uma queda estrondosa. Mas nesta altura ele ainda tem muitas redes de suporte...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 11:00:49
Por enquanto, atribuo uma maior probabilidade do Cavaco aceitar um governo minoritário de direita do que aceitar um governo maioritário de esquerda, com BE e CDU, e se por acaso o Cavaco der posse ao governo minoritário de direita, acho que o Costa deixa a liderança do PS. Parece-me que o Costa está a arriscar tudo em ir para o governo, e se falhar acho que não deve continuar.

O Cavaco não pretende dar posse a uma solução que não ofereça condições de estabilidade nem governabilidade, que seria o caso se optasse qualquer solução de minoria.

Quanto ao Costa, é verdade que a jogada é de alto risco--- e se não resultar, vai ser uma queda estrondosa. Mas nesta altura ele ainda tem muitas redes de suporte...

Para o Cavaco pode ser mais instável um governo de maioria de esquerda com partidos que são contra o Tratado Orçamental do que um governo minoritário de direita que não é contra isso.
Quando o Cavaco disse "encarreguei Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", foi com a intenção do Passos se entender com Costa, e não com a intenção do Costa se entender com a esquerda.
Cavaco ainda não pediu nada ao Costa. Tudo o que o Costa fez foi por sua iniciativa. Se for bem sucedido, foi uma boa jogada politica, sem duvida, mas se for mal sucedido, será apenas alguém que tentou entrar numa festa sem ser convidado e que foi barrado à entrada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-14 11:38:45
Citar
Pergunta do dia - O que prefere ?

Sapo.pt

Um governo PSD-CDS:6380 votos 54%

Um governo PS apoiado por BE e CDU:3213 votos 27%

Um governo PS-BE-CDU:2304 votos 19%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 13:29:16
Pergunta do dia - O que prefere ?

Sapo.pt

Um governo PSD-CDS:6380 votos 54%

Um governo PS apoiado por BE e CDU:3213 votos 27%

Um governo PS-BE-CDU:2304 votos 19%

Batman, no site do Público tens um inquérito muito semelhante, mas com resultados completamente diferentes...  :-\
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 13:33:52
Para o Cavaco pode ser mais instável um governo de maioria de esquerda com partidos que são contra o Tratado Orçamental do que um governo minoritário de direita que não é contra isso.
Quando o Cavaco disse "encarreguei Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", foi com a intenção do Passos se entender com Costa, e não com a intenção do Costa se entender com a esquerda.
Cavaco ainda não pediu nada ao Costa. Tudo o que o Costa fez foi por sua iniciativa. Se for bem sucedido, foi uma boa jogada politica, sem duvida, mas se for mal sucedido, será apenas alguém que tentou entrar numa festa sem ser convidado e que foi barrado à entrada.

Isto muda de figura no momento em que houver um acordo (de coligação ou de entendimento) à esquerda---em papel, e com os compromissos dos envolvidos preto-no-branco.

Por enquanto, é certo, não há.

A minha curiosidade continua a prender-se com o referendo dentro do PS. Seria um erro grave o Costa não o efectuar quando (e se) obtiver o entendimento com o BE e PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 13:39:34
era interessante saber se todos os deputados do PS estão de acordo com isto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 13:42:38
era interessante saber se todos os deputados do PS estão de acordo com isto.

Sabemos que todos não estão. Interessante era saber quantidades. Não só nos deputados, mas junto de todos os sócios do partido. E até que ponto não estará uma maioria dentro do partido contra uma coligação à esquerda.  :D



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 13:45:05
isso então era anedótico. um governo do PS/PCP/BE ser rejeitado pelo PSD/CDS e alguns do PS  ;D

o que vale é que o tacho fala sempre mais alto
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-14 13:48:39
isso então era anedótico. um governo do PS/PCP/BE ser rejeitado pelo PSD/CDS e alguns do PS  ;D

o que vale é que o tacho fala sempre mais alto

O ditador costa não é parvo. Já limpou o partido e as listas dos seguristas mais convictos. Só sobra os socráticos e os yes man. Daí não virá perigo para essa escumalha.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 13:51:21
O Lello é um dos indefectíveis do Sócrates e estas declarações têm estado a ser interpretadas como o Sócrates ser contra a aliança à esquerda.
http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i (http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 14:29:00
Para o Cavaco pode ser mais instável um governo de maioria de esquerda com partidos que são contra o Tratado Orçamental do que um governo minoritário de direita que não é contra isso.
Quando o Cavaco disse "encarreguei Pedro Passos Coelho de desenvolver diligências com vista a avaliar as possibilidades de constituir uma solução governativa que assegure a estabilidade política e a governabilidade do país", foi com a intenção do Passos se entender com Costa, e não com a intenção do Costa se entender com a esquerda.
Cavaco ainda não pediu nada ao Costa. Tudo o que o Costa fez foi por sua iniciativa. Se for bem sucedido, foi uma boa jogada politica, sem duvida, mas se for mal sucedido, será apenas alguém que tentou entrar numa festa sem ser convidado e que foi barrado à entrada.

Isto muda de figura no momento em que houver um acordo (de coligação ou de entendimento) à esquerda---em papel, e com os compromissos dos envolvidos preto-no-branco.

Por enquanto, é certo, não há.

A minha curiosidade continua a prender-se com o referendo dentro do PS. Seria um erro grave o Costa não o efectuar quando (e se) obtiver o entendimento com o BE e PCP.

Pode haver um acordo (de coligação ou de entendimento) à esquerda---em papel, e com os compromissos dos envolvidos preto-no-branco e mesmo assim o Cavaco achar que essa solução não lhe serve.
Foi isso que o Morais Sarmento disse há dias e que me faz sentido: "Pode haver uma maioria no parlamento e PR achar que não lhe serve. Foi o que aconteceu com Santana Lopes". Em 2005, o PR Jorge Sampaio demitiu o governo liderado por Santana Lopes, quando havia uma maioria absoluta no parlamento (PSD+CDS).
E pode justificá-lo falando das politicas que CDU e BE defenderam recentemente até à falta de legitimidade, por causa do PS nunca ter equacionado a hipótese de uma coligação à esquerda na campanha eleitoral, que é uma coisa que algumas pessoas ligadas ao PS até têm dito, mas a justificação pode até parecer sectária, o que importará será a decisão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 14:37:39
O Presidente não demite governos, pode é dissolver o parlamento e daí o governo cai por falta de apoio parlamentar.
É importante este pormenor porque neste caso o parlamento não pode ser dissolvido pela questão dos prazos de 6 meses.

Portanto qualquer governo que se apresente com maioria parlamentar na situação actual teria que ser empossado, pois tem apoio do parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 14:42:00
o passos hoje já endureceu mais o discurso
http://rr.sapo.pt/noticia/36805/passos_nao_aceita_que_pais_fique_refem_de_um_jogo_politico_partidario (http://rr.sapo.pt/noticia/36805/passos_nao_aceita_que_pais_fique_refem_de_um_jogo_politico_partidario)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 14:44:47
Boa tarde,

Tal como o utilizador "Jsebastião" também já leio este fórum há bastante tempo.

Achei que, pelo tema em si, que era hora de me registar e deixar a minha opinião (e também porque sou um investidor e defensor da Tesla e já leio o Paulo Santos no Seeking Alpha há bastante tempo. Curiosamente parece-me que a thread da Tesla aqui é "poucochinha" ) ;)

Em primeiro lugar quero desde já dizer que não pertenço a nenhum partido e não tenho nada contra nenhum partido, excepto talvez contra o MRPP, PPM, PDA, PNR, PTP, PPV, PDR, PURP....mas é porque não faço ideia de quem são nem o que querem mesmo fazer (para além de serem do "contra" qualquer coisa).

Em relação ao assunto desta thread, a minha opinião é a seguinte do que se poderá passar nos próximos tempos:

Da forma como os acontecimentos se precipitam penso que já é evidente que o António Costa não está a fazer "bluff" no seu encosto à esquerda e que um acordo do PS com a PaF tem muito poucas hipóteses de sucesso neste momento. Ontem nos discursos a seguir à reunião entre o PS e a PaF isso foi evidente.

Penso que o que poderá acontecer é já na próxima semana, a PaF confirmar ao Presidente da República que pretende ser governo e o PS afirmar também que quer formar governo (minoritário) próprio, levando um conjunto de acordos de incidência parlamentar (num conjunto de matérias) com o BE e PCP. Também me parece claro que nem o BE nem o PCP estão interessados em formar uma coligação de governo com um Programa de Governo do PS (ambos já disseram que há pontos "impossíveis" de concordância e que o foco das discussões têm sido noutros pontos). Para além disso "amarrar" o BE e o PCP a uma coligação de governo seria a "morte" ou da coligação ou desses partidos muito rapidamente.

Acho que o PCP e o BE querem um PS (minoritário) no governo para serem eles a "cozer em lume brando" o seu "parceiro" e até acharem que está na altura de se ir a votos.

Há neste momento a dúvida, portanto, em que matérias poderá haver esses acordos. E é aqui que, quanto a mim, está o cerne da questão. Sabemos que, no mínimo, terão que ser potencialmente suficientes para permitir passar o "Programa de Governo" na Assembleia.

Perante este cenário, tenho poucas dúvidas que o Presidente da República (sendo a figura tão institucional que é) irá optar por chamar primeiro a PaF a formar governo, pela simples razão de ter sido a força política mais votada nas eleições (do ponto de vista institucional, não o fazer, seria visto como um desrespeito às próprias eleições e aos seus resultados).

É claro que o problema vem a seguir para a PaF.

Já se sabe que o BE e o PCP irão votar contra qualquer "Programa de Governo" da PaF, mas esta votação irá obrigar o PS a mostrar as suas verdadeiras cores e a dizer na Assembleia se efectivamente rejeita ou se se abstém (pelo meio irão discutir cada ponto do Programa e o PS também terá que dizer onde não concorda etc. etc.). Há a hipótese também de cerca de 10 deputados "faltarem" nessa sessão e mesmo querendo...o PS não conseguir rejeitar...da forma que o PS internamente pode estar, não é um cenário despropositado ;)

Portanto, se se abstiver, o Programa passa e termina o caso. Abre-se outro para o OE-2016, mas isso é outro assunto e isto tem que ser pensado passo-a-passo.

Se a decisão for uma efectiva rejeição, o caso "volta" ao Presidente da República e este avalia se a hipótese do PS (com os acordos com o BE e PCP) é válida para formar governo ou não.

É aqui que irá depender muito do que o PS tiver para mostrar, sendo que irá partir de uma posição onde rejeitou um anterior Programa de Governo (e compromisso) e que portanto terá que apresentar algo "melhor" do que aquilo que rejeitou em relação aos "pilares" que o Presidente da República enumerou previamente (garantias de estabilidade para 4 anos, manter os compromissos internacionais, cumprimento do tratado orçamental, etc.).

A "bitola" estará por isso, mais alta para o PS.

Portanto, se os acordos de incidência parlamentar com o PCP e o BE não forem suficientemente abrangentes, há motivo para o Presidente da República não aceitar essa solução de governo minoritário do PS por achar que não cumpre com os critérios que ele próprio enumerou (mesmo que até permitam aprovar um Programa de Governo).

Ou seja, se esses acordos forem apenas uma "base" minima possível para aprovar apenas o "Programa de Governo", poderá não dar garantias e confiança ao Presidente para que exista uma base consensual suficiente que permita aprovar as diversas leis na assembleia durante os 4 anos da legislatura (isto é, existência de estabilidade governativa).

(Já agora, uma situação irónica possível é que se o Programa de Governo do PS passar e for aprovado, no passo seguinte de aprovação do OE para 2016 e se os temas dos acordos de incidência parlamentar não forem suficientes para aprovar todas as matérias do OE, é o PS que terá que procurar "entender-se" com a PaF para conseguir aprovar essas matérias) ;)

Se essa situação de "base" mínima ocorrer, penso que a hipótese mais provável nesse cenário, e porque não é possível marcar novas eleições, é o actual governo manter-se em gestão e passar a decisão para o próximo Presidente da República.

Por isso, tudo depende não só da existência desses Acordos com o BE e o PCP, mas também do que eles abrangem.

Se os acordos forem realmente válidos e abrangentes e convencerem o Presidente da República então este não terá outra possibilidade do que dar posse ao António Costa e ao governo minoritário do PS. Sendo certo, que o PS ficará sempre numa posição complicada e refém do PCP e do BE (e da PaF) e que qualquer problema que surja fora do âmbito dos acordos poderá originar uma crise e o PS ficar sem condições para governar.

Penso que ainda muita coisa se irá passar, mas não será um "passeio no parque" esta vontade do António Costa de ser 1º-ministro.

Ate é paradoxal, mas a PaF até pode ter mais a ganhar com esta atitude do PS, ficando na oposição, do que se formasse governo agora. Pois como oposição poderá ficar mais resguardada e a aguardar que surja a primeira crise que mostre ao (novo) Presidente da República que a situação governativa não é estável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 15:02:49
O Presidente não demite governos, pode é dissolver o parlamento e daí o governo cai por falta de apoio parlamentar.
É importante este pormenor porque neste caso o parlamento não pode ser dissolvido pela questão dos prazos de 6 meses.

Portanto qualquer governo que se apresente com maioria parlamentar na situação actual teria que ser empossado, pois tem apoio do parlamento.

Não se fala em demitir governo, até pq ainda não existe governo. :-)
E tb não está em causa demitir o parlamento, até pq como dizes, não o pode fazer.

Fala-se em optar por dar posse a um governo minoritário de direita ou a um governo maioritário de esquerda, ou entre um governo minoritário de direita ou de esquerda.

Não existe nada na lei que obrigue Cavaco a optar por um governo de maioria absoluta de esquerda em vez de um governo de minoria de direita. Ele pode optar por dar posse ao governo de minoria de direita, até pq foram esses partidos que ganharam as eleições. Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 15:14:33
Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

Não é bem assim. Já houve governos minoritários e um deles foi do cavaco que se veio a transformar numa maioria absoluta.
Mas nunca houve uma alternativa sólida a esses governos minoritários. Nunca a oposição (em maioria) se mostrou disposta a formar governo.
Logo nunca esses governos tiveram um alternativa viável e estável.
Não é o que parece estar a acontecer agora.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 15:21:12
O Presidente não demite governos, pode é dissolver o parlamento e daí o governo cai por falta de apoio parlamentar.
É importante este pormenor porque neste caso o parlamento não pode ser dissolvido pela questão dos prazos de 6 meses.

Portanto qualquer governo que se apresente com maioria parlamentar na situação actual teria que ser empossado, pois tem apoio do parlamento.

Não se fala em demitir governo, até pq ainda não existe governo. :-)
E tb não está em causa demitir o parlamento, até pq como dizes, não o pode fazer.

Fala-se em optar por dar posse a um governo minoritário de direita ou a um governo maioritário de esquerda, ou entre um governo minoritário de direita ou de esquerda.

Não existe nada na lei que obrigue Cavaco a optar por um governo de maioria absoluta de esquerda em vez de um governo de minoria de direita. Ele pode optar por dar posse ao governo de minoria de direita, até pq foram esses partidos que ganharam as eleições. Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

O demitir governo vinha na sequência da tua resposta que dava o exemplo Sampaio-Santana em 2005. Aí o Presidente dissolveu a assembleia, coisa que não pode ser feita agora.

Quanto á situação actual, não há nada que obrigue o Cavaco a escolher uma posição mas se a esquerda parlamentar diz que chumba um governo de direita serve de pouco ao Cavaco empossar um governo de minoria de direita porque é chumbado no parlamento. Logo apresentando-se um governo de esquerda com apoio de maioria parlamentar o Cavaco é na prática obrigado a empossar esse governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 15:58:11
Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

Não é bem assim. Já houve governos minoritários e um deles foi do cavaco que se veio a transformar numa maioria absoluta.
Mas nunca houve uma alternativa sólida a esses governos minoritários. Nunca a oposição (em maioria) se mostrou disposta a formar governo.
Logo nunca esses governos tiveram um alternativa viável e estável.
Não é o que parece estar a acontecer agora.

L

No caso do governo minoritário de Cavaco Silva, o PSD tinha apenas 86 deputados (agora PSD + CDS têm 104, mais deputados) e foi eleito na mesma só com o PSD, sem CDS, sem PS, sem PRD etc...
Portanto, nessa altura, existia uma maioria negativa maior no parlamento do que a atual, e o Cavaco foi eleito na mesma primeiro ministro. No ano seguinte, deitaram o governo abaixo, e foi depois é que o PSD de Cavaco ganhou com maioria absoluta.
Eu não sei se PS+ CDS+ PRD, em 86, não quisessem tb ir para o governo em vez do PSD, mas mesmo sendo verdade que seja a primeira vez que uma maioria negativa se organiza para formar governo, isso não obriga o Cavaco a optar por ela. Ele pode optar pela minoria que ganhou as eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 16:11:30
Quanto á situação actual, não há nada que obrigue o Cavaco a escolher uma posição mas se a esquerda parlamentar diz que chumba um governo de direita serve de pouco ao Cavaco empossar um governo de minoria de direita porque é chumbado no parlamento. Logo apresentando-se um governo de esquerda com apoio de maioria parlamentar o Cavaco é na prática obrigado a empossar esse governo.

Sim, o Presidente da República não é obrigado a empossar uma maioria parlamentar. Fá-lo apenas se isso for o melhor para o País no seu entender.

Pode sempre manter este governo em gestão por exemplo.

Tal como também pode dissolver o parlamento mesmo que exista uma maioria.

E não creio que seja linear que o Presidente da República dê posse ao PS mesmo que este tenha acordos com o PCP e o BE. Depende muito do que sejam esses acordos.

Mas antes disso, a PaF irá ser convidada a tentar formar governo primeiro (disso não tenho muitas dúvidas).


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-14 16:13:22
Mais um excelente texto do Pedro Magalhães:

http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/ (http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/)

(dados de 2011, infelizmente)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 16:14:33
O Presidente não demite governos, pode é dissolver o parlamento e daí o governo cai por falta de apoio parlamentar.
É importante este pormenor porque neste caso o parlamento não pode ser dissolvido pela questão dos prazos de 6 meses.

Portanto qualquer governo que se apresente com maioria parlamentar na situação actual teria que ser empossado, pois tem apoio do parlamento.

Não se fala em demitir governo, até pq ainda não existe governo. :-)
E tb não está em causa demitir o parlamento, até pq como dizes, não o pode fazer.

Fala-se em optar por dar posse a um governo minoritário de direita ou a um governo maioritário de esquerda, ou entre um governo minoritário de direita ou de esquerda.

Não existe nada na lei que obrigue Cavaco a optar por um governo de maioria absoluta de esquerda em vez de um governo de minoria de direita. Ele pode optar por dar posse ao governo de minoria de direita, até pq foram esses partidos que ganharam as eleições. Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

O demitir governo vinha na sequência da tua resposta que dava o exemplo Sampaio-Santana em 2005. Aí o Presidente dissolveu a assembleia, coisa que não pode ser feita agora.

Quanto á situação actual, não há nada que obrigue o Cavaco a escolher uma posição mas se a esquerda parlamentar diz que chumba um governo de direita serve de pouco ao Cavaco empossar um governo de minoria de direita porque é chumbado no parlamento. Logo apresentando-se um governo de esquerda com apoio de maioria parlamentar o Cavaco é na prática obrigado a empossar esse governo.

O exemplo que dei, na verdade, não fui eu que me lembrei dele, foi o Morais Sarmento, do PSD, é só para demonstrar que o PR tem legitimidade para não optar pela maioria absoluta do parlamento, se assim o quiser.

Se o PSD + CDS for chamado a governar depois vemos se o PS vai votar favoravelmente à moção de rejeição e depois contra o OE. Eu acho que o PS não vota favoravelmente à moção de rejeição e que tb não vota contra o OE.

Mas mesmo que o PS faça cair o governo, com a moção de rejeição que a CDU e BE já disseram que iam apresentar, o Cavaco pode continuar a rejeitar um governo de esquerda e preferir novas eleições. E como elas só se podem realizar 6 meses depois das anteriores eleições, haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-14 16:16:22
Mais um excelente texto do Pedro Magalhães:

[url]http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/[/url] ([url]http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/[/url])

(dados de 2011, infelizmente)


Eu ainda não li, mas acho que a resposta é gajas. Só pensando em gajas é que percebo a votação do BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 16:21:17
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-14 16:29:54
Mais um excelente texto do Pedro Magalhães:

[url]http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/[/url] ([url]http://www.pedro-magalhaes.org/o-que-os-eleitores-querem/[/url])

(dados de 2011, infelizmente)


Eu ainda não li, mas acho que a resposta é gajas. Só pensando em gajas é que percebo a votação do BE.


Basicamente os eleitores, votem em que partido votem, são algo conservadores e bastante estatistas. Logo qualquer partido que queira governar tem de ter isto em conta e ir de encontro aos desejos da população.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 16:47:30
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Além disso as preocupações com saídas da UE/Euro/Nato/etc não se deveriam colocar porque os partidos que as defendem tiveram votações reduzidas e o PS não as defende. O resultado duma coligação é encontrar pontos em comum, não implementar o que cada um pensa individualmente.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 16:57:13
Sim, o Presidente da República não é obrigado a empossar uma maioria parlamentar. Fá-lo apenas se isso for o melhor para o País no seu entender.

Pode sempre manter este governo em gestão por exemplo.

Tal como também pode dissolver o parlamento mesmo que exista uma maioria.

E não creio que seja linear que o Presidente da República dê posse ao PS mesmo que este tenha acordos com o PCP e o BE. Depende muito do que sejam esses acordos.

Mas antes disso, a PaF irá ser convidada a tentar formar governo primeiro (disso não tenho muitas dúvidas).
Dissolver o parlamento não pode, pq existe uma regra que diz que o parlamento só pode ser dissolvido 6 meses depois das eleições.
Manter este governo em gestão durante muitos meses, tb é dificil pq tem que apresentar o OE, e a ministra das finanças já disse que é o novo governo que tem legitimidade para enviar o OE.
No caso do governo minoritário for para o governo e a moção de rejeição for aprovada, acho tb que o governo não se pode manter em gestão, pois a aprovação da moção de rejeição implica a demissão do governo.
O que o PR pode fazer é optar por um governo de iniciativa presidencial depois da moção de rejeição ser aprovada até poder haver novas eleições, 6 meses depois das anteriores eleições.
Mas concordo que a PAF vai ser chamada pelo PR para formar governo, pelo menos por enquanto, ainda penso que isso vá acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 16:59:11
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-14 16:59:25
devem ser muito novos  o PCP e PS ja foram os maiores inimigos a serio com espioes metidos dentro e tudo

tipo PCP(KGB)   PS (CIA)

os votantes pcp na  maioria  tem 60 anos
eles nao se esquecem foi PS acabou com revoluçao do "povo"

o ps so governa com  o bloco esta cheio votantes comunistas jovens inocentes so querem e ver gaijas  8)




Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 17:08:02
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 17:20:10
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.
Óbvio, até porque ninguém vai deixar a sua vida profissional/ocupação sabendo que vai ser ministro por dois ou três dias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-14 17:24:29
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.

que seria la para abril
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 17:25:31
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.
Óbvio, até porque ninguém vai deixar a sua vida profissional/ocupação sabendo que vai ser ministro por dois ou três dias.

Olha que depende, 2 ou 3 dias não qualifica para administrador duma Mota-Engil, Lusoponte, etc? :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 17:28:32
Dissolver o parlamento não pode, pq existe uma regra que diz que o parlamento só pode ser dissolvido 6 meses depois das eleições.
Manter este governo em gestão durante muitos meses, tb é dificil pq tem que apresentar o OE, e a ministra das finanças já disse que é o novo governo que tem legitimidade para enviar o OE.
No caso do governo minoritário for para o governo e a moção de rejeição for aprovada, acho tb que o governo não se pode manter em gestão, pois a aprovação da moção de rejeição implica a demissão do governo.
O que o PR pode fazer é optar por um governo de iniciativa presidencial depois da moção de rejeição ser aprovada até poder haver novas eleições, 6 meses depois das anteriores eleições.
Mas concordo que a PAF vai ser chamada pelo PR para formar governo, pelo menos por enquanto, ainda penso que isso vá acontecer.

Sim, neste caso particular o Presidente da República está impedido de convocar novas eleições, porque não pode ser convocada eleições nos primeiros 6 meses após o acto eleitoral e porque o Presidente da República está impedido para o fazer no último semestre do seu mandato.

Neste caso concreto, só poderá haver eleições a partir de Abril de 2016.

Mas se o moção de rejeição ao Programa de Governo da PaF for aprovada (com os votos do PCP, BE e PS) e o Presidente da República não validar a opção do PS (com acordo com o PCP e BE), o PR pode optar por manter este governo em gestão até ser possível convocar eleições. Não há nenhum impedimento nisso.

Relativamente ao OE é defendido por alguns constitucionalistas que um governo de gestão tem legitimidade para apresentar e aprova-lo no parlamento, desde que, claro, consiga essa aprovação no Parlamento. Mas se este cenário se colocar irá fazer correr muita tinta, sem dúvida.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-14 17:28:52
Bem-vindo, McKricas.

Um aparte, o tópico da TSLA aqui terá o debate que for gerado -- mas como existem menos entusiastas fervorosos, não existe debate. Curiosamente nem é por falta de pessoas que gostem do carro. É sim por falta de pessoas que gostem da acção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-14 17:29:48
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.

Em todo o caso a PAF formar governo, embrulhos, debates, moções, etc, perde-se bastante tempo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 17:30:28
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavras dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 17:37:44
PCP, um partido de confiança
http://oinsurgente.org/2015/10/14/o-que-disse-o-pcp-sobre-o-ps-nos-ultimos-4-anos/ (http://oinsurgente.org/2015/10/14/o-que-disse-o-pcp-sobre-o-ps-nos-ultimos-4-anos/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 17:38:49
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavra dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.

Isso não é assim tão complicado.

Basta que os acordos que o PS possa vir a ter com o PCP e o BE e que apresente ao PR sejam vagos ou muito limitados.

Será fácil para o Presidente da República dizer e mostrar que aqueles acordos não dão segurança para uma governação do PS para 4 anos e para os desafios que o país ainda tem à sua frente.

Já se o PS apresenta-se uma coligação de governo a 3 com o PCP e o BE, então nesse caso já seria diferente. Mas isso eu não consigo acreditar que o PCP e o BE queiram ou que seja possível, invalidava toda a estratégia destes 2 partidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 17:39:52
Já agora, um excelente artigo do José Manuel Fernandes:

http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/ (http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 17:44:51
A queda do Santana não me parece comparável, no sentido que aí o presidente poderia ter ficado quieto e deixar estar o governo, aqui tem que optar por empossar alguém, e ou escolhe Paf que cai no parlamento ou escolhe PS+companhia.

Isto no cenário do PS se coligar/obter maioria parlamentar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 17:46:22
Bem-vindo, McKricas.

Um aparte, o tópico da TSLA aqui terá o debate que for gerado -- mas como existem menos entusiastas fervorosos, não existe debate. Curiosamente nem é por falta de pessoas que gostem do carro. É sim por falta de pessoas que gostem da acção.

Obrigado Incognitus.

Eu vou tentar passar pelo tópico e deixar alguns pontos de vista (eu gosto dos carros e da acção) ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 17:49:26
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavra dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.

Isso não é assim tão complicado.

Basta que os acordos que o PS possa vir a ter com o PCP e o BE e que apresente ao PR sejam vagos ou muito limitados.

Será fácil para o Presidente da República dizer e mostrar que aqueles acordos não dão segurança para uma governação do PS para 4 anos e para os desafios que o país ainda tem à sua frente.

Já se o PS apresenta-se uma coligação de governo a 3 com o PCP e o BE, então nesse caso já seria diferente. Mas isso eu não consigo acreditar que o PCP e o BE queiram ou que seja possível, invalidava toda a estratégia destes 2 partidos.

Basta o acordo referir que cumpre os compromissos internacionais do País (permanência na UE, Euro, etc) que retira os argumentos ao Cavaco.

Segurança e estabilidade para 4 anos não podem ser argumentos, senão governos minoritários não poderiam existir. E acordos assinados pelo BE e PCP têm tanta validade como assinados pelos restantes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 17:51:33
A queda do Santana não me parece comparável, no sentido que aí o presidente poderia ter ficado quieto e deixar estar o governo, aqui tem que optar por empossar alguém, e ou escolhe Paf que cai no parlamento ou escolhe PS+companhia.

Isto no cenário do PS se coligar/obter maioria parlamentar.

É importante não subestimar a importância do Presidente da República de pedir à PaF para formar governo primeiro (como sendo a força política mais votada).

É apenas nesse caso que os partidos e neste caso o PS é obrigado a dizer o que aceita ou não no Parlamento e isso é importante para o passo seguinte, que é o PS a seguir tentar convencer o PR que tem uma melhor alternativa.

É essa "melhor" alternativa que vai ser analisa e discutida....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-14 17:55:23
eu nao estou ver uniao

os tipos sao mesmos de 1975 verao quente  nao acredito PCP  e PS sejam compativeis

Costa  e apoiado  soares   junto com esquerda sovietica adora Cunhal...


uma uniao  acabava  um destes partidos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-14 17:55:42
Pergunta do dia - O que prefere ?

Sapo.pt

Um governo PSD-CDS:6380 votos 54%

Um governo PS apoiado por BE e CDU:3213 votos 27%

Um governo PS-BE-CDU:2304 votos 19%

Batman, no site do Público tens um inquérito muito semelhante, mas com resultados completamente diferentes...  :-\


.....ora aqui vai:.....eh.eh.... ???

Citar
Quem deve o Presidente da República chamar a formar Governo ?

em Coligação terá governo instável, Costa fragilizado não se demite

Publico.pt

PSD e CDS-PP 36%

PS 4%

PSD, CDS-PP e PS 4%

PS, BE e PCP 56%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 18:00:28
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavra dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.

Isso não é assim tão complicado.

Basta que os acordos que o PS possa vir a ter com o PCP e o BE e que apresente ao PR sejam vagos ou muito limitados.

Será fácil para o Presidente da República dizer e mostrar que aqueles acordos não dão segurança para uma governação do PS para 4 anos e para os desafios que o país ainda tem à sua frente.

Já se o PS apresenta-se uma coligação de governo a 3 com o PCP e o BE, então nesse caso já seria diferente. Mas isso eu não consigo acreditar que o PCP e o BE queiram ou que seja possível, invalidava toda a estratégia destes 2 partidos.

Basta o acordo referir que cumpre os compromissos internacionais do País (permanência na UE, Euro, etc) que retira os argumentos ao Cavaco.

Segurança e estabilidade para 4 anos não podem ser argumentos, senão governos minoritários não poderiam existir. E acordos assinados pelo BE e PCP têm tanta validade como assinados pelos restantes.

Repara que a decisão é apenas do Presidente da República e ele tem toda a latitude para decidir. Não existe nada na Constituição que impeça, limite ou defina como o PR deve agir neste caso.

O que significa que se o PR não ficar convencido que a opção do PS com os acordos conseguidos com o PCP e o BE não forem realmente algo que lhe dê garantias que Portugal irá ter uma solução de governo estável e que cumpra com todas os requisitos que ele enumerou, ele não aceita e nem necessita de dar nenhuma explicação.

E conhecendo a forma como este Presidente encara as situações de compromisso não tenho grande dúvidas que irá ser exigente para com o PS, principalmente depois deste se apresentar após ter rejeitado a tentativa de governo encabeçada pela PaF.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Plasx em 2015-10-14 18:01:03
Está á vista desarmada que no final deste processo politico Costa acabará completamente queimado. O seu futuro politico no Ps = game over. Porquê?

Porque o PR nao irá aceitar um governo de minoria PS com o apoio "fantasma" de Be e CDU. Se por outro lado o PAF formar governo e Costa votar a favor da rejeiçao e provocar a queda do Governo, nas seguintes eleiçoes o Ps passa de 32% para 26% ou menos.

O jogo que Costa está a fazer vai ter um decisor final que se chama PR. Quando este tomar uma decisao e se esta for contra o desejo de Costa, a este nao lhe resta mais que sair de fino do Ps e pedir desculpas aos Portugueses pela anedota em que transformou a formaçao de um novo governo.

Lose Lose situation para Costa ...


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-14 18:07:03
A acontecer um acordo com BE e PCP, estes também farão parte do elenco governativo e da distribuição de tachos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-14 18:08:45
Caso o PS chegue realmente a ter um acordo parlamentar ou de preferência juntar o BE no governo que margem (política, não legal/constitucional)  teria o Cavaco para recusar?

Iria ser uma victimização tal por parte da esquerda em como foram impedidos de governar e que estavam a ir contra o povo que nem quero imaginar...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-14 18:15:26
A acontecer um acordo com BE e PCP, estes também farão parte do elenco governativo e da distribuição de tachos.

Não, segundo o que se sabe até ao momento.

Se isso acontecesse, o BE e o PCP ficariam "amarrados" a um programa do PS sobre o qual não poderiam dizer mais tarde que estavam contra. Iria contra os seus próprios programas (e ideologias) e seria suicídio político.

Se por outro lado, o BE e o PCP aceitarem um conjunto de acordos parlamentares sobre um conjunto de temas (e duração) como contrapartida de apoiar o PS para formar governo, isso seria "gerivel" na sua base de apoio política e mantinham a capacidade de dizer que não a qualquer outro tema que não estivesse incluido nos acordos.

Claro, que o PS ficaria numa situação de dependência...mas esse é o preço que o PS parece que pretende pagar...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 18:16:12
A queda do Santana não me parece comparável, no sentido que aí o presidente poderia ter ficado quieto e deixar estar o governo, aqui tem que optar por empossar alguém, e ou escolhe Paf que cai no parlamento ou escolhe PS+companhia.

Isto no cenário do PS se coligar/obter maioria parlamentar.

Eu acho que é comparável pelos motivos que referi da falta de legitimidade e de haver pessoas do PS que estão contra a aliança com o resto da esquerda, mas a tua opinião pode ser de que não é comparável... não temos de concordar, trata-se apenas de opiniões.

Em relação à Paf cair no parlamento, não é certo que isso aconteça. Pode não cair. O PS ainda não afirmou que vota a favor da moção de rejeição do BE ou da CDU. Eu já disse a minha opinião, que quando chegar a altura, e se chagar a altura, o PS não vai votar a favor da moção de rejeição, mas isso só saberemos se chegar a altura.

Uma coisa que tb escrevi ontem é que o Costa pode cair, e disse isso sem ter lido que já existem pessoas do PS a pedir um congresso extraordinário e que tb já existem candidatos para disputar a liderança com o Costa.

Isso é uma outra coisa que, na minha opinião, pode fazer o Cavaco dar posse ao governo minoritário PSD+ CDS, pois isso mostra que o PS está dividido quanto à ideia de um entendimento com BE e CDU, e até quanto ao seu líder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:19:21
Bem-vindo, McKricas.

Um aparte, o tópico da TSLA aqui terá o debate que for gerado -- mas como existem menos entusiastas fervorosos, não existe debate. Curiosamente nem é por falta de pessoas que gostem do carro. É sim por falta de pessoas que gostem da acção.

Obrigado Incognitus.

Eu vou tentar passar pelo tópico e deixar alguns pontos de vista (eu gosto dos carros e da acção) ;)

eu gosto da acção e principalmente do musk. tesla, solar city e spacex.
acho que é das coisas com mais futuro neste momento, qualquer delas.
cá estaremos para ver no que vai dar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-14 18:24:36
parece a posição acertada
Citar
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje que não vai governar com o programa do PS e recusou sujeitar o país a uma «chantagem política», uma vez que foi a coligação quem venceu as eleições.
«Eu não vou governar com o programa do PS e não vou com certeza sujeitar o país a uma espécie de chantagem política em que quem perdeu impõe a quem ganhou as condições para dizer o que é que o PS acha importante para dar o seu contributo à estabilidade», afirmou Pedro Passos Coelho.
O primeiro-ministro, que falava aos jornalistas no final de um encontro com os parceiros sociais no âmbito do Conselho Europeu que 15 de outubro, em Bruxelas, rejeitou a inversão de papéis e disse ainda que não tenciona ter «mais nenhuma reunião com o PS».
Diário Digital / Lusa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 18:32:38
Já agora, um excelente artigo do José Manuel Fernandes:

[url]http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/[/url])


Muito bom, de facto, com argumentação bem organizada e clara.

Mas há um pormenor que invalida grandemente o cenário de catástrofe que ali se adivinha: o Costa não sacrifica aquilo que as fundações radicalistas reclamam. Parece-me que foi bem claro quanto a isso. Há pontos que pura e simplesmente não estão em debate e nunca vão estar. E mesmo assim, com esse condicionalismo que para alguns poderia ser considerado fracturante em termos de ideologia, continua a ser "bom negócio" para PC e BE aceitarem as condições que o PS lhes oferecer.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:35:30
Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

Não é bem assim. Já houve governos minoritários e um deles foi do cavaco que se veio a transformar numa maioria absoluta.
Mas nunca houve uma alternativa sólida a esses governos minoritários. Nunca a oposição (em maioria) se mostrou disposta a formar governo.
Logo nunca esses governos tiveram um alternativa viável e estável.
Não é o que parece estar a acontecer agora.

L

No caso do governo minoritário de Cavaco Silva, o PSD tinha apenas 86 deputados (agora PSD + CDS têm 104, mais deputados) e foi eleito na mesma só com o PSD, sem CDS, sem PS, sem PRD etc...
Portanto, nessa altura, existia uma maioria negativa maior no parlamento do que a atual, e o Cavaco foi eleito na mesma primeiro ministro. No ano seguinte, deitaram o governo abaixo, e foi depois é que o PSD de Cavaco ganhou com maioria absoluta.
Eu não sei se PS+ CDS+ PRD, em 86, não quisessem tb ir para o governo em vez do PSD, mas mesmo sendo verdade que seja a primeira vez que uma maioria negativa se organiza para formar governo, isso não obriga o Cavaco a optar por ela. Ele pode optar pela minoria que ganhou as eleições.

uma maioria negativa é uma maioria que não deixa passar o governo.
nem sequer existiu tal minoria quando o cavaco formou o primeiro governo.
só passou a existir tempos depois quando uma moção de rejeição foi aprovada.
nunca houve nenhuma intenção de PS+PRD+PCP formarem governo. por parte de qualquer um deles.

neste momento não existe uma maioria negativa. O costa já disse que viabilizaria um governo da PaF se não tivesse alternativa para apresentar.
se tiver governo para apresentar, haverá uma maioria positiva. uma maioria que quer e pode formar governo.

havendo uma maioria pronta para formar governo e que respeite os compromissos internacionais do país, não me parece que o cavaco tenha possibilidade de dizer não a um governo PS+PCP+BE. possibilidade moral. prática, parece que tem. mas não sei.
a actuação do presidente não é completemente livre. como não pode dissolver a assembleia, não sei se não terá um imperativo constitucional de convidar o segundo partido mais votado - PS - a formar governo. isso será para os constitucionalistas apurarem. nós aqui também poderiamos apurar mas tínhamos que ler a constituição toda no que toca aos poderes, obrigações e deveres presidenciais.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:39:47
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.

que seria la para abril

seis meses de um governo apenas com poderes de gestão corrente?
na situação em que o país se encontra?
isso é suicidário.
se o cavaco não quiser mesmo dar a hipótese ao PS de formar governo só tem uma saída - demitir-se.
a presidente da assembleia da republica - assunção esteves, uma constitucionalista - toma o lugar dele e faz o que tem que ser feito - mandatar o António Costa para formar governo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:41:41
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.

Em todo o caso a PAF formar governo, embrulhos, debates, moções, etc, perde-se bastante tempo.

precisamente. se houver uma alternativa já constituída à esquerda não faz sentido mandatar o Passos para formar governo.
será um governo para caír imediatamente e só se perde tempo e dinheiro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:43:46
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavras dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.

O Sampaio nessa altura podia dissolver o parlamento - e fê-lo.
O Cavaco não pode.
Na situação actual do país, não podemos ficar no limbo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:45:57
Se o PS apresentar um governo com apoio de uma maioria parlamentar não vejo como o Presidente poderia justificar empossar um governo minoritário que seria chumbado de seguida.

Lembraste como o Sampaio justificou a queda do Governo de Santana Lopes, quando havia maioria parlamentar do PSD+CDS?
Eu não lembro exatamente de quais as palavra dele (tinha até alguma curiosidade de as reler), mas lembro que ele usou exemplos de pessoas destacados da direita, que estavam contra o governo de PSD+CDS da altura, para dizer que não havia legitimidade democrática, apesar da maioria que tinham no parlamento.

A situação de agora é similar nesse sentido. Existem tb agora várias pessoas ligadas ao PS que não são (e nunca foram) a favor de uma aliança com o resto da esquerda, e que dizem que o PS deve ficar na oposição e o PSD + CDS no governo.

Isso não é assim tão complicado.

Basta que os acordos que o PS possa vir a ter com o PCP e o BE e que apresente ao PR sejam vagos ou muito limitados.

Será fácil para o Presidente da República dizer e mostrar que aqueles acordos não dão segurança para uma governação do PS para 4 anos e para os desafios que o país ainda tem à sua frente.

Já se o PS apresenta-se uma coligação de governo a 3 com o PCP e o BE, então nesse caso já seria diferente. Mas isso eu não consigo acreditar que o PCP e o BE queiram ou que seja possível, invalidava toda a estratégia destes 2 partidos.

penso que o que se está a preparar é um governo PS+CDS+PCP e eventual até PAN. Com ministros (ou secretários de estado) de todos esses partidos.
não será uma maioria de mera incidência parlamentar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:48:15
A queda do Santana não me parece comparável, no sentido que aí o presidente poderia ter ficado quieto e deixar estar o governo, aqui tem que optar por empossar alguém, e ou escolhe Paf que cai no parlamento ou escolhe PS+companhia.

Isto no cenário do PS se coligar/obter maioria parlamentar.

É importante não subestimar a importância do Presidente da República de pedir à PaF para formar governo primeiro (como sendo a força política mais votada).

É apenas nesse caso que os partidos e neste caso o PS é obrigado a dizer o que aceita ou não no Parlamento e isso é importante para o passo seguinte, que é o PS a seguir tentar convencer o PR que tem uma melhor alternativa.

É essa "melhor" alternativa que vai ser analisa e discutida....

Como disse, acho que não faz sentido o presidente mandatar o Passos para formar governo, havendo em cima da mesa uma alternativa maioritária, respeitadora dos acordos internacionais e pronta a formar governo.
seria apenas perder tempo. e um gesto fútil de teimosia por parte do cavaco.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-14 18:48:53
....haveria um governo de iniciativa presidencial, com um novo primeiro ministro nomeado por ele. É uma situação que já aconteceu em 1978, depois de uma moção de rejeição ter derrubado o governo da altura.

Os governos de iniciativa presidencial já não são possíveis desde a revisão constitucional de 1982.

Não sabia disso...

Então, se a PAF formar governo, a moção de rejeição for aprovada e o governo cair, e o PR preferir novas eleições, o governo talvez fique em gestão até haver novas eleições.

que seria la para abril

seis meses de um governo apenas com poderes de gestão corrente?
na situação em que o país se encontra?
isso é suicidário.
se o cavaco não quiser mesmo dar a hipótese ao PS de formar governo só tem uma saída - demitir-se.
a presidente da assembleia da republica - assunção esteves, uma constitucionalista - toma o lugar dele e faz o que tem que ser feito - mandatar o António Costa para formar governo.

L

O Cavaco demitir-se (mesmo à beirinha de terminar o mandato) sabendo desse cenário provável? Impensável.  :D

Não foi ele que veio a público dizer que já tinha "tudo pensado" para depois das eleições?  8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:51:44
Caso o PS chegue realmente a ter um acordo parlamentar ou de preferência juntar o BE no governo que margem (política, não legal/constitucional)  teria o Cavaco para recusar?

Iria ser uma victimização tal por parte da esquerda em como foram impedidos de governar e que estavam a ir contra o povo que nem quero imaginar...

estaria a mergulhar o país numa crise constitucional muito grave.
teria a esquerda toda na rua a exigir a sua demissão.
estaria a provocar uma convulsão política denecessária e completamente ao arrepio da seu pedido de estabilidade governativa, com graves consequências para o país.
não acredito que o faça.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 18:52:27
Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

Não é bem assim. Já houve governos minoritários e um deles foi do cavaco que se veio a transformar numa maioria absoluta.
Mas nunca houve uma alternativa sólida a esses governos minoritários. Nunca a oposição (em maioria) se mostrou disposta a formar governo.
Logo nunca esses governos tiveram um alternativa viável e estável.
Não é o que parece estar a acontecer agora.

L

No caso do governo minoritário de Cavaco Silva, o PSD tinha apenas 86 deputados (agora PSD + CDS têm 104, mais deputados) e foi eleito na mesma só com o PSD, sem CDS, sem PS, sem PRD etc...
Portanto, nessa altura, existia uma maioria negativa maior no parlamento do que a atual, e o Cavaco foi eleito na mesma primeiro ministro. No ano seguinte, deitaram o governo abaixo, e foi depois é que o PSD de Cavaco ganhou com maioria absoluta.
Eu não sei se PS+ CDS+ PRD, em 86, não quisessem tb ir para o governo em vez do PSD, mas mesmo sendo verdade que seja a primeira vez que uma maioria negativa se organiza para formar governo, isso não obriga o Cavaco a optar por ela. Ele pode optar pela minoria que ganhou as eleições.

uma maioria negativa é uma maioria que não deixa passar o governo.
nem sequer existiu tal minoria quando o cavaco formou o primeiro governo.
só passou a existir tempos depois quando uma moção de rejeição foi aprovada.
nunca houve nenhuma intenção de PS+PRD+PCP formarem governo. por parte de qualquer um deles.

neste momento não existe uma maioria negativa. O costa já disse que viabilizaria um governo da PaF se não tivesse alternativa para apresentar.
se tiver governo para apresentar, haverá uma maioria positiva. uma maioria que quer e pode formar governo.

havendo uma maioria pronta para formar governo e que respeite os compromissos internacionais do país, não me parece que o cavaco tenha possibilidade de dizer não a um governo PS+PCP+BE. possibilidade moral. prática, parece que tem. mas não sei.
a actuação do presidente não é completemente livre. como não pode dissolver a assembleia, não sei se não terá um imperativo constitucional de convidar o segundo partido mais votado - PS - a formar governo. isso será para os constitucionalistas apurarem. nós aqui também poderiamos apurar mas tínhamos que ler a constituição toda no que toca aos poderes, obrigações e deveres presidenciais.

L

Onde escrevi maioria negativa, lê maioria na oposição.
Se o Cavaco der posse a um governo minoritário é isso que vai acontecer.
O governo do PSD de Cavaco caiu com uma moção de censura, em 87, um ano depois de ter sido eleito, e depois do OE ter sido aprovado. A moção de rejeição é parecida e faz cair o governo, mas acontece quando se apresenta o programa eleitoral. Mas isto é só um pormenor que não altera o que disseste.

Quando à legitimidade do PR para vetar um governo PS + BE + CDU, ele tem. Não há ninguém que tenha dito o contrário, pelo menos daqueles que são os "entendidos" na matéria e que falam na comunicação social.

Eu que não sou um "entendido" acho que tem a mesma legitimidade que teve o Sampaio quando fez cair o governo de PSD+CDS, quando havia uma maioria no parlamento que suportava o governo.

Legitimidade, não lhe parece faltar. Algumas pessoas podem é não concordar com essa decisão, o que parece ser o teu caso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 18:58:19
Em Portugal, até é essa a tradição. Já houve vários governos minoritários em Portugal.

Não é bem assim. Já houve governos minoritários e um deles foi do cavaco que se veio a transformar numa maioria absoluta.
Mas nunca houve uma alternativa sólida a esses governos minoritários. Nunca a oposição (em maioria) se mostrou disposta a formar governo.
Logo nunca esses governos tiveram um alternativa viável e estável.
Não é o que parece estar a acontecer agora.

L

No caso do governo minoritário de Cavaco Silva, o PSD tinha apenas 86 deputados (agora PSD + CDS têm 104, mais deputados) e foi eleito na mesma só com o PSD, sem CDS, sem PS, sem PRD etc...
Portanto, nessa altura, existia uma maioria negativa maior no parlamento do que a atual, e o Cavaco foi eleito na mesma primeiro ministro. No ano seguinte, deitaram o governo abaixo, e foi depois é que o PSD de Cavaco ganhou com maioria absoluta.
Eu não sei se PS+ CDS+ PRD, em 86, não quisessem tb ir para o governo em vez do PSD, mas mesmo sendo verdade que seja a primeira vez que uma maioria negativa se organiza para formar governo, isso não obriga o Cavaco a optar por ela. Ele pode optar pela minoria que ganhou as eleições.

uma maioria negativa é uma maioria que não deixa passar o governo.
nem sequer existiu tal minoria quando o cavaco formou o primeiro governo.
só passou a existir tempos depois quando uma moção de rejeição foi aprovada.
nunca houve nenhuma intenção de PS+PRD+PCP formarem governo. por parte de qualquer um deles.

neste momento não existe uma maioria negativa. O costa já disse que viabilizaria um governo da PaF se não tivesse alternativa para apresentar.
se tiver governo para apresentar, haverá uma maioria positiva. uma maioria que quer e pode formar governo.

havendo uma maioria pronta para formar governo e que respeite os compromissos internacionais do país, não me parece que o cavaco tenha possibilidade de dizer não a um governo PS+PCP+BE. possibilidade moral. prática, parece que tem. mas não sei.
a actuação do presidente não é completemente livre. como não pode dissolver a assembleia, não sei se não terá um imperativo constitucional de convidar o segundo partido mais votado - PS - a formar governo. isso será para os constitucionalistas apurarem. nós aqui também poderiamos apurar mas tínhamos que ler a constituição toda no que toca aos poderes, obrigações e deveres presidenciais.

L

Onde escrevi maioria negativa, lê maioria na oposição.
Se o Cavaco der posse a um governo minoritário é isso que vai acontecer.
O governo do PSD de Cavaco caiu com uma moção de censura, em 87, um ano depois de ter sido eleito, e depois do OE ter sido aprovado. A moção de rejeição é parecida e faz cair o governo, mas acontece quando se apresenta o programa eleitoral. Mas isto é só pormenor que não altera o que disseste.

Quando à legitimamente do PR para vetar um governo PS + BE + CDU, ele tem. Não há ninguém que tenha dito o contrário, pelo menos daqueles que são os "entendidos" na matéria e que falam na comunicação social.

Eu que não sou um "entendido" acho que tem a mesma legitimidade que teve o Sampaio quando fez cair o governo de PSD+CDS, quando havia uma maioria no parlamento que suportava o governo.

Legitimidade, não lhe parece faltar. Algumas pessoas podem é não concordar com essa decisão, o que parece ser o teu caso.

como disse, o sampaio tinha uma alternativa. dissolver a assembleia e convocar novas eleições. e aproveitou essa alternativa.
o cavaco não tem. e também, como disse atrás não sei se o presidente não terá uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado - PS - a formar governo se o primeiro partido - PSD - não conseguir assegurar uma maioria estável.

é algo para os constitucionalistas se pronunciarem. eventualmente o tribunal constitucional terá que se pronunciar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-14 19:13:52
o psd  deixou defice alto para depois eleicoes


quem for governo vai aplicar austuridade que tanto prometeram ser contra.

eu axo quem deve governar e maioria
mas esta maioria ps/be/pcp  foi clandestina sem avisar e nao promete durar tempo das vacas magras
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 19:16:30
como disse, o sampaio tinha uma alternativa. dissolver a assembleia e convocar novas eleições. e aproveitou essa alternativa.
o cavaco não tem. e também, como disse atrás não sei se o presidente não terá uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado - PS - a formar governo se o primeiro partido - PSD - não conseguir assegurar uma maioria estável.

é algo para os constitucionalistas se pronunciarem. eventualmente o tribunal constitucional terá que se pronunciar.

L

O Cavaco tb tem alternativa. Tem a alternativa de dar posse a um governo de minoria de direita, ou de esquerda, apoiado por CDU e BE, ou dar posse a um governo de maioria de esquerda, se ela existir, com PS+BE+CDU.

O presidente não tem "uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado" para formar governo. Desafio-te a encontrar onde isso esteja escrito.
Como escrevi antes, as opiniões que ouvi de "entendidos" na TV foi que o PR pode optar (legalmente) por um governo minoritário de direita a um governo maioritário de esquerda PS+BE+CDU, se assim o quiser.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 19:28:36

O presidente não tem "uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado" para formar governo. Desafio-te a encontrar onde isso esteja escrito.
Como escrevi antes, as opiniões que ouvi de "entendidos" na TV foi que o PR pode optar (legalmente) por um governo minoritário de direita a um governo maioritário de esquerda PS+BE+CDU, se assim o quiser.

joão, eu escrevi que não sabia se. teria que ir ler a constituição para o saber.
na minha opinião tem uma obrigação moral de o fazer. não pode deixar o país com um governo de gestão por seis meses, numa conjuntura económica destas.
aí é que os europeus deitariam as mãos à cabeça e com razão. não com um governo estável, por mais esquerda que seja.
o governo da grécia é o equivalente a um governo do BE no nosso país. E o Tsipras agora é o quiducho da Merkl.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-14 19:30:26

O presidente não tem "uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado" para formar governo. Desafio-te a encontrar onde isso esteja escrito.
Como escrevi antes, as opiniões que ouvi de "entendidos" na TV foi que o PR pode optar (legalmente) por um governo minoritário de direita a um governo maioritário de esquerda PS+BE+CDU, se assim o quiser.

joão, eu escrevi que não sabia se. teria que ir ler a constituição para o saber.
na minha opinião tem uma obrigação moral de o fazer. não pode deixar o país com um governo de gestão por seis meses, numa conjuntura económica destas.
aí é que os europeus deitariam as mãos à cabeça e com razão. não com um governo estável, por mais esquerda que seja.
o governo da grécia é o equivalente a um governo do BE no nosso país. E o Tsipras agora é o quiducho da Merkl.

L

teve fase rebelde de 6 meses que lixou os capitais de quem investia na grecia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 19:37:29
Acho que o Cavaco não vai demorar demasiado tempo para dar posse ao novo governo, seja ele qual for.

Citar
Em 2009 e 2011 Cavaco deu posse a novo governo dentro de um mês e 16 dias, respectivamente, o que indica que o Presidente assumiu rapidez para resolver estas situações.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/cavaco-da-posse-a-novo-governo-dentro-de-a-4-semanas_230879.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/cavaco-da-posse-a-novo-governo-dentro-de-a-4-semanas_230879.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-14 19:37:34

O presidente não tem "uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado" para formar governo. Desafio-te a encontrar onde isso esteja escrito.
Como escrevi antes, as opiniões que ouvi de "entendidos" na TV foi que o PR pode optar (legalmente) por um governo minoritário de direita a um governo maioritário de esquerda PS+BE+CDU, se assim o quiser.

joão, eu escrevi que não sabia se. teria que ir ler a constituição para o saber.
na minha opinião tem uma obrigação moral de o fazer. não pode deixar o país com um governo de gestão por seis meses, numa conjuntura económica destas.
aí é que os europeus deitariam as mãos à cabeça e com razão. não com um governo estável, por mais esquerda que seja.
o governo da grécia é o equivalente a um governo do BE no nosso país. E o Tsipras agora é o quiducho da Merkl.

L

A Bélgica não passou um ano ou algo do género na mesma situação?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 19:50:07
Na Bélgica demorou 500 dias para formar governo e na Alemanha demorou 86 dias.

Mas por enquanto acho que o Cavaco não vai demorar muito para dar posse a um novo governo. Não espero que demore 2 meses.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-14 20:08:29
Una demoram 500 dias formar governo outros tem  governos nao vao durar 500 dias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 20:15:32
Disseram há pouco que os votos dos emigrantes foram contados e que a coligação ganhou mais três deputados e o PS mais um.
Este resultado faz com que PSD + CDS fique com mais deputados do que PS + BE.
107 vs 86 + 19 = 105
Estavam empatados.
Mas isso talvez não seja relevante para formar governo...


Disseram tb que o Cavaco vai já ouvir os partidos na próxima semana, o que parece indicar que o Cavaco vai demorar pouco tempo para tomar uma decisão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Ledo em 2015-10-14 21:18:19
No círculo fora da europa o nos cidadãos tem mais do dobro dos votos do PS e não elege nenhum? Dados retirados do MAI. Acho isso muito estranho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 22:12:51
Na campanha eleitoral de 2011, quando PSD e CDS não concorreram coligados, o Passos Coelho, apesar de ter pedido maioria absoluta, garantiu tb que em qualquer caso o CDS iria para o Governo, o que acabou por se verificar.

Isto é um argumento que foi usado por uma pessoa do PSD, na TV, para dizer que uma coligação à esquerda tem menos legitimidade, pq o PS nunca disse aos seus eleitores que se iria coligar com a esquerda... é um pouco politiquice... mas com a divisão do PS neste momento até é um argumento que faz algum sentido... pq não se sabe se o PS teria os mesmos votos se tivesse dito antes que se iria coligar com o resto da esquerda...talvez não tivesse...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-14 22:18:24
mesmo o bloco teria provavelmente muito menos votos pois muita gente apenas votou neles como partido de protesto (conheco alguns)
so o PCP ficaria na mesma
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-14 22:32:59
Sobre o BE, não digo a mesma coisa, pq a líder do BE falou dessa possibilidade na campanha eleitoral, inclusive no debate com o Costa. O Costa é que fugiu do assunto.

Citar
Bloco disponível para diálogo de governo

A porta-voz do Bloco de Esquerda manifestou-se disponível para um diálogo de Governo, mas António Costa não respondeu.
[url]http://www.rtp.pt/noticias/entrevistas-e-debates/antonio-costa-e-catarina-martins-o-frente-a-frente-na-integra_v858386[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/entrevistas-e-debates/antonio-costa-e-catarina-martins-o-frente-a-frente-na-integra_v858386[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-14 23:12:24

O presidente não tem "uma obrigação constitucional de mandatar o segundo partido mais votado" para formar governo. Desafio-te a encontrar onde isso esteja escrito.
Como escrevi antes, as opiniões que ouvi de "entendidos" na TV foi que o PR pode optar (legalmente) por um governo minoritário de direita a um governo maioritário de esquerda PS+BE+CDU, se assim o quiser.

joão, eu escrevi que não sabia se. teria que ir ler a constituição para o saber.
na minha opinião tem uma obrigação moral de o fazer. não pode deixar o país com um governo de gestão por seis meses, numa conjuntura económica destas.
aí é que os europeus deitariam as mãos à cabeça e com razão. não com um governo estável, por mais esquerda que seja.
o governo da grécia é o equivalente a um governo do BE no nosso país. E o Tsipras agora é o quiducho da Merkl.

L

A Bélgica não passou um ano ou algo do género na mesma situação?

sim, a bélgica teve um care taker government durante uma pipa de tempo. acho que estabeleceu um recorde.
muita gente pensa que a bélgica passou esse tempo sem governo. não é assim. teve um governo com poderes muito limitados.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 00:08:23
Isto não tem haver com o tema, mas achei engraçado. :-)

Citar
Garcia Pereira suspenso do PCTP/MRPP por "incompetência"
Hoje às 19:06

"Se nestas condições objetivamente favoráveis o Partido não alcançou nenhum dos objetivos políticos imediatos ao seu alcance (..) tal fica unicamente a dever-se à incompetência, oportunismo e anticomunismo primário do secretário-geral do Partido e dos quatro membros do comité permanente do comité central, que tudo fizeram para sabotar a aplicação do comunismo, do marxismo-leninismo, dos métodos de trabalho, do programa político e da linha de massas que sempre caracterizaram a vida e luta do Partido", pode ler-se num comunicado publicado no jornal "Luta Popular", o site do órgão central do partido.

Segundo o mesmo texto, cada um dos cinco membros suspensos terá de apresentar "o relatório sobre as respectivas actividades políticas e a autocritica quanto aos erros que cometeu na direcção do Partido".

O partido vai agora reunir um congresso extraordinário, marcado para os dias 29 e 30 de abril e 1 de maio de 2016.

"Viva o partido comunista operário! Morte aos Traidores!" são as duas frases que encerram o comunicado do PCT/MRPP.
[url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4834514[/url] ([url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4834514[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 01:11:26
Isto não tem haver com o tema, mas achei engraçado. :-)


Isso não é engraçado. É de ir às lágrimas!  :D (e é uma pena que já não seja uma hipótese "matar os traidores"...  :'()

Entretanto, o Expresso indica os cenários mais prováveis para a (des)governação: http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 01:20:54
Isto não tem haver com o tema, mas achei engraçado. :-)


Isso não é engraçado. É de ir às lágrimas!  :D (e é uma pena que já não seja uma hipótese "matar os traidores"...  :'()

Entretanto, o Expresso indica os cenários mais prováveis para a (des)governação: [url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url])


É fantástico. O Expresso, o mais importante semanário português, recusa-se admitir a hipótese de um governo PS+PCP+BE. Está fora das suas cogitações.
É caso para dizer que é mais cego aquele que não quer ver.
Ou então é incompetência jornalística pura. Ou melhor: Incompetência pura.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 01:25:43
Citar
Entretanto, o Expresso indica os cenários mais prováveis para a (des)governação: [url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url])


É fantástico. O Expresso, o mais importante semanário português, recusa-se admitir a hipótese de um governo PS+PCP+BE. Está fora das suas cogitações.
É caso para dizer que é mais cego aquele que não quer ver.
Ou então é incompetência jornalística pura. Ou melhor: Incompetência pura.

L


Esse é o cenário #3, ou está-me a escapar alguma coisa?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 01:31:45
Citar
Entretanto, o Expresso indica os cenários mais prováveis para a (des)governação: [url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-14-Que-mais-nos-ira-acontecer--Cenarios-de-governo-e-ingovernabilidade[/url])


É fantástico. O Expresso, o mais importante semanário português, recusa-se admitir a hipótese de um governo PS+PCP+BE. Está fora das suas cogitações.
É caso para dizer que é mais cego aquele que não quer ver.
Ou então é incompetência jornalística pura. Ou melhor: Incompetência pura.

L


Esse é o cenário #3, ou está-me a escapar alguma coisa?


penso que te está a escapar alguma coisa.
o cenário #3 é um governo do PS apenas com apoio parlamentar do PCP e BE.

o cenário do PCP e BE serem governo, isto é, serem representados ministerialmente, tendo ministros e secretários de estado tal como o PS - em proporcionalidade com as suas votações evidentemente - não é sequer mencionada.

a mim parece-me que este jornalista está analisar a realidade política portuguesa desde Marte, através de um telescópio embaciado.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-15 01:33:46
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 01:39:33
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.

Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 01:50:26
Mas será que essa opção está de facto em cima da mesa? Até agora não ouvi o PS a falar de acordos nesses parâmetros.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 01:57:36
Mas será que essa opção está de facto em cima da mesa? Até agora não ouvi o PS a falar de acordos nesses parâmetros.

nem nesses nem noutros. não falou em acordo apenas com incidência parlamentar, nem falou em chamar o PCP e o BE para o governo.
falou apenas da abertura a acordos com o PCP e BE.

os jornalistas é que se recusam a colocar essa hipótese. ou por ingenuidade ou por incompetência.
é uma hipótese que está perfeitamente na mesa. e na minha opinião é única alternativa viável à coligação PSD/CDS.

L

PS: alguma vez se encarou a hipótese do PSD governar sozinho (não dispondo de maioria absoluta) tendo apenas um acordo parlamentar com o CDS?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 02:15:21
Jornais tem medo afugentar o capital

estamos falar uniao com  sao COMUNISTAS   :D

que nao largam o osso da nato

http://observador.pt/2015/10/12/comunistas-na-rua-em-protestos-anti-nato-ate-final-do-mes/ (http://observador.pt/2015/10/12/comunistas-na-rua-em-protestos-anti-nato-ate-final-do-mes/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-15 03:56:06
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.

Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L

Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-15 04:16:21
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.

Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L

Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?


Porque é que Cabaco não faz uma espécie de sorteio com bolinhas numa esfera que roda tipo euromilhões e o que saísse em primeiro era o que governava... Organizava um cocktail e convidava os lideres dos cinco partidos com representação parlamentar, alguma imprensa e pronto: já está.

Que falta de imaginação tem Cabaco...

    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 04:21:38
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.

Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L

Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?

Em Portugal não, que eu me lembre.
O que eu acho estranho é tão pouca (quase nenhuma) gente levar em conta o cenário mais natural e que faz sentido, para uma coligação da esquerda. Uma maioria com representação governamental para lá do PS. O PS sozinho no governo não representa nada para lá de si próprio. E tendo em conta os resultados eleitorais isso é muito pouco.
A única forma de legitimar um governo PS é com a participação formal e activa dos outros dois partidos da esquerda. e têm que ser os dois. o BE e o PCP. Só um não chega para uma maioria estável.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-15 04:43:27
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.

Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L

Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?

Em Portugal não, que eu me lembre.
O que eu acho estranho é tão pouca (quase nenhuma) gente levar em conta o cenário mais natural e que faz sentido, para uma coligação da esquerda. Uma maioria com representação governamental para lá do PS. O PS sozinho no governo não representa nada para lá de si próprio. E tendo em conta os resultados eleitorais isso é muito pouco.
A única forma de legitimar um governo PS é com a participação formal e activa dos outros dois partidos da esquerda. e têm que ser os dois. o BE e o PCP. Só um não chega para uma maioria estável.

L

Sim, isso é óbvio e natural.

O que acho interessante é se o PS conseguir aproximar o BE e o PCP do seu programa eleitoral e leva-los a abandonar algumas das suas bandeiras mais radicais e extremistas: se o PS (António Costa) conseguir esse feito (por mares nunca antes navegados) será um jackpot inédito do lado da esquerda no panorama eleitoral português.

Por outro lado, se depois na Governação as coisas não correrem como se esperava, a esquerda leva um rombo de todo o tamanho e a abstenção crónica em Portugal ganhará também adeptos no caso da direita não apresentar alguém muito atractivo no futuro.

Não é que Passos Coelho não seja um candidato "atractivo" mas como "vox populi" diz: a mesma água não passa duas vezes debaixo da ponte.

    :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-15 09:46:45
Eu penso que, se o PSD não conseguir formar governo (ou este for censurado) a bola fica nas mãos do PS.

Para o PS seria melhor meter a CDU e o BE no governo. Para a CDU e BE e para o país menos mau seria um governo só do PS. Se a CDU e o BE estiverem disponíveis para deixar passar o governo (e eventualmente um orçamento) o Cavaco terá dificuldade em rejeitar.

Mas continuo a considerar mais provável um governo que inclua o PSD.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-15 09:57:19
Governo formado pelo ps, pcp e be...lindo. Aceitam-se apostas:

1) Portugal vai à falência em menos de 1 ano;

2) Portugal vai à falência em menos de 2 anos;

3) És um optimista...obviamente Portugal vai à falência em menos de 6 meses.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 10:09:59
Eu penso que, se o PSD não conseguir formar governo (ou este for censurado) a bola fica nas mãos do PS.

Para o PS seria melhor meter a CDU e o BE no governo. Para a CDU e BE e para o país menos mau seria um governo só do PS. Se a CDU e o BE estiverem disponíveis para deixar passar o governo (e eventualmente um orçamento) o Cavaco terá dificuldade em rejeitar.


Como já disse, se o PS se mostrar disposto a formar governo com o PCP e o BE, será uma perda de tempo convidar o PSD a formar governo. Para todos. Para o PSD para o PS, PCP e BE e principalmente, para o país.
Até me parece que o Passos recusaria esse encargo, mesmo que o Cavaco o convidasse. Tenho-o como um gajo racional e que coloca o interesse do país à frente dos interesses do partido.

Mas continuo a considerar mais provável um governo que inclua o PSD.

Não acredito. Acho que essa hipótese está já fora de questão. Se te estás a referir a um governo de bloco central PSD/PS ou PSD/CDS/PS.
Se te estás a referir a um governo PSD/CDS, não está fora de questão enquanto a disponibilidade do PS+PCP+BE para formar governo não for pública e esse projecto de governo tenha um programa consentâneo com os compromissos internacionais do País.

Não é que esses compromissos sejam do meu agrado ou que ache que que o Portugal os deva cumprir.
Não existe é concerteza mandato do eleitorado para não os cumprir. Isso sim, implicaria novas eleições.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-15 10:22:37
Isto só lá vai com o Jerónimo em ministro da economia. O resto são tangas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-15 10:26:32
Isto só lá vai com o Jerónimo em ministro da economia. O resto são tangas.

E o Louçã nas Finanças!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 10:29:11
Isto só lá vai com o Jerónimo em ministro da economia. O resto são tangas.

E o Louçã nas Finanças!

hear, hear.
por acaso acho que seria um excelente ministro das finanças.
mas preferia-o como candidato a PR.
e acho que dava uma abada ao Marcelo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-15 10:38:39
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-15 10:45:36
Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.
Concordo. Seria um erro monumental o Costa ser PM sem arrastar os outros para o governo. À primeira necessidade de cortes os outros saltavam fora dos acordos e o PS enterrava-se à la PASOK.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-15 10:55:29

Até me parece que o Passos recusaria esse encargo, mesmo que o Cavaco o convidasse. Tenho-o como um gajo racional e que coloca o interesse do país à frente dos interesses do partido.

L

Grande elogio ao Passos.

E quanto ao Costa, também estás convencido que a primeira preocupação dele são os interesses do país?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 11:22:34
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.


Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L


Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?


Em Portugal não, que eu me lembre.
O que eu acho estranho é tão pouca (quase nenhuma) gente levar em conta o cenário mais natural e que faz sentido, para uma coligação da esquerda. Uma maioria com representação governamental para lá do PS. O PS sozinho no governo não representa nada para lá de si próprio. E tendo em conta os resultados eleitorais isso é muito pouco.
A única forma de legitimar um governo PS é com a participação formal e activa dos outros dois partidos da esquerda. e têm que ser os dois. o BE e o PCP. Só um não chega para uma maioria estável.

L


Lark, Incognitus,

O que está em cima da mesa são mesmos Acordos de Incidência Parlamentar do PS com o PCP e o BE. Embora tenha sido referido na primeira declaração que:

Citar
...Jerónimo de Sousa garantiu a António Costa que viabilizará um governo PS e até admite assumir “responsabilidades governativas”, mas não põe essa participação como condição para esse apoio.
(...)
E garantiu que não põe como condição entrar num governo socialista. E também “não significa que o programa do PCP ou do PS tenham de estar contidos no programa do governo”. “[Mas essa] solução governativa terá da nossa parte compreensão política e apoiamos a sua viabilização”, afirmou.

in http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-disponibilizase-para-viabilizar-governo-ps-e-para-fazer-parte-dele-1710468 (http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-disponibilizase-para-viabilizar-governo-ps-e-para-fazer-parte-dele-1710468)

Mas após a última reunião técnica o disscurso foi diferente:

Citar
"O PS tem condições para formar Governo, apresentar programa e entrar em funções. Quanto aos desenvolvimentos futuros, eles resultarão da identificação da política que for possível fazer. Como sempre, quer esse Governo, quer os trabalhadores e o povo, em particular, poderão contar com a nossa activa participação para assegurar todas as medidas que correspondam aos direitos, interesses, rendimentos, salários dos trabalhadores, reformados. Tudo o que não corresponda, contarão com a oposição do PCP", disse Jorge Cordeiro, da comissão política do comité central comunista.

in http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/pcp_mantem_disposicao_para_viabilizar_governo_ps_mas_sem_ilusoes.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/pcp_mantem_disposicao_para_viabilizar_governo_ps_mas_sem_ilusoes.html)

Mesmo o PS fala também fala em acordo (para 4 anos):

Citar
(...)
António Costa considerou os encontros com PCP e BE positivos e estabeleceram-se equipas técnicas para que os três partidos chegassem a um entendimento para um Governo alternativo, liderado pelo PS. Como? Ainda não é certo se haverá acordo ou sequer se este será para um apoio de PCP e BE a um governo minoritário do PS com um acordo parlamentar, se há a possibilidade de PCP e BE irem para o Governo.

Mas sabe-se que a base de partida do PS é um acordo para quatro anos.

in http://observador.pt/2015/10/14/ps-negoceia-a-esquerda-acordo-para-quatro-anos-e-a-direita-so-um-orcamento-do-estado/ (http://observador.pt/2015/10/14/ps-negoceia-a-esquerda-acordo-para-quatro-anos-e-a-direita-so-um-orcamento-do-estado/)

e

Citar
O "caderno de encargos" ontem revelado por Jerónimo de Sousa para um acordo político com o PS revela muito mais pontos de convergência do que de divergência com o programa eleitoral dos socialistas

in http://www.dn.pt/portugal/interior/equipas_mistas_pspcp_ja_detalham_acordo_politico_4824723.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/equipas_mistas_pspcp_ja_detalham_acordo_politico_4824723.html)

É manifestamente mais fácil conseguir um Acordo parlamentar num conjunto de matérias do que o PCP e o BE aceitarem ficar "amarrados" num governo e tirando as primeiras declarações do Jerónimo, que foram feitas logo a seguir às eleições depois do discurso eleitoral do BE (e onde o PCP precisava de marcar posição) nunca mais, nem PS nem PCP, voltaram a falar da possibilidade do PCP governar.

O discurso é sempre na perspectiva do PS ("O PS tem condições de formar governo..", etc.) nunca referem que o PCP e o PS formarão governo, nem nada parecido. Aliás, pela última noticia recente do PCP, este indiciou exactamente que se oporiam a qualquer matéria que não correspondesse à sua política. Isso é um pouco mais complicado se forem governo.

Para além do mais, seria extremamente complicado ao PCP (e ao BE) explicar ao seu eleitorado e aos seus militantes que colocariam todas as suas políticas "na gaveta" e aceitavam o programa do PS como modelo de governo.

Com um Acordo Parlamentar apenas, a única coisa que o PCP (e o BE) necessita de referir é que estão dispostos a alguma "flexibilidade" temporária em alguma matérias do seu programa em nome de um "ideal mais alto" que é terminar com a "Política de direita" e que numa fase seguinte irão perseguir os restantes objectivos ideológicos...  (há uma noticia num jornal onde dizem mesmo isto, mas não consigo encontrar neste momento)

É também por isso, que nem o Expresso nem nenhuma publicação coloca a hipótese sequer de PS+PCP+BE como uma coligação formal de governo.

E é por isso também que o acredito que o Presidente da República só aceitará esta hipótese se os Acordos forem mesmo muito bons e que um governo de gestão poderá ser uma alternativa viável se este cenário vier a ocorrer e os acordos não derem perspectivas de estabilidade duradoura.







Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 11:25:22

Até me parece que o Passos recusaria esse encargo, mesmo que o Cavaco o convidasse. Tenho-o como um gajo racional e que coloca o interesse do país à frente dos interesses do partido.

L

Grande elogio ao Passos.

E quanto ao Costa, também estás convencido que a primeira preocupação dele são os interesses do país?

sim, pretty much.
embora amigo do sócrates é muito diferente dele. é honesto e é um excelente político.
acho que foi banana na campanha eleitoral, a qual foi uma desgraça. parecia que estava à espera que o poder lhe caísse no colo.

Por outro lado poder ter sido uma jogada genial.
Não ter propositadamente ganho as eleições para fazer o que acho que ele sempre quis fazer: chamar o resto da esquerda a governar e acabar com a tanga do arco governativo, de uma vez por todas.

E ao chamar o resto da esquerda a governar, garante a sobrevivência do PS português vs o PS francês, o PSOE ou o Pasok, que se estão a finar.
Por definição o líder da coligação recebe os louros (se os houver para receber).
Se a coisa correr bem ao Costa, a maioria absoluta do PS sozinho nas próximas eleições (daqui a quatro anos) é uma possibilidade real.
Se tiver a sorte de haver uma recuperação da economia ocidental e mais especificamente europeia, mais real é ainda.

Ganhando uma maioria absoluta, reduz o PCP e o BE à suas dimensões naturais ou mesmo abaixo disso. Os dois juntos podem vir a representar não mais que 10% do eleitorado.

Mas isto seria estar a dar-lhe o crédito de uma inteligência política superior. Embora seja um excelente político não sei se esta elocubrações machiavelianas passarão pela cabeça dele.

De qualquer forma reagiu ao desastre eleitoral de uma forma combativa e imaginativa. Vamos a ver no que vai dar.

Regressando ao ponto, penso que o Costa não é menos dedicado ao bem do país que o Passos. Diria que é, é mais político. O que pode fazer parecer que se preocupa mais com o poder do que com o País. Mas como qualquer bom político que se preze dirá, não se pode fazer nada pelo país, se não se tem o poder.

E sim, fiz um elogio ao Passos e penso que merecido. Tenho consideração por ele.

Nunca faria o mesmo elogio ao Portas que considero um fuinha, um oportunista, um aldrabão e eventualmente, mesmo um criminoso.
Diria até, que leva a palma ao Sócrates.

Ou ao Cavaco que considero um burgesso um incapaz e um aldrabãozeco (não comparável ao Portas que está num escalão muito superior) que beneficiou com a fraude do BPN (e sabe-se lá que mais) e ofereceu uma desculpa esfarrapada ao público português.

Público português que o recompensou com a favorabilidade mais baixa da história de qualquer presidente da república portuguesa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 11:29:41
Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.
Concordo. Seria um erro monumental o Costa ser PM sem arrastar os outros para o governo. À primeira necessidade de cortes os outros saltavam fora dos acordos e o PS enterrava-se à la PASOK.

Esse é precisamente o receio que uma parte importante do PS neste momento tem :)

O Francisco Assis já se colocou no terreno por alguma razão...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 11:30:34
Eu nesse cenário não acredito (Governo do PS com apoio apenas parlamentar). Acho que o Presidente não chegaria a considerá-lo. Já uma coligação com BE e PCP, isso acho possível.


Exactamente. O PCP e o BE têm que estar fully commited. Com ministros no governo.
Um acordo apenas de incidência parlamentar é uma coisa fragílissima.
Eu compreenderia que o Cavaco não desse posse a um governo assim.

L


Não é só ser frágil. Seria na prática estar a empossar o segundo partido mais votado "sem mais". Alguma vez isso aconteceu?


Em Portugal não, que eu me lembre.
O que eu acho estranho é tão pouca (quase nenhuma) gente levar em conta o cenário mais natural e que faz sentido, para uma coligação da esquerda. Uma maioria com representação governamental para lá do PS. O PS sozinho no governo não representa nada para lá de si próprio. E tendo em conta os resultados eleitorais isso é muito pouco.
A única forma de legitimar um governo PS é com a participação formal e activa dos outros dois partidos da esquerda. e têm que ser os dois. o BE e o PCP. Só um não chega para uma maioria estável.

L


Lark, Incognitus,

O que está em cima da mesa são mesmos Acordos de Incidência Parlamentar do PS com o PCP e o BE. Embora tenha sido referido na primeira declaração que:

Citar
...Jerónimo de Sousa garantiu a António Costa que viabilizará um governo PS e até admite assumir “responsabilidades governativas”, mas não põe essa participação como condição para esse apoio.
(...)
E garantiu que não põe como condição entrar num governo socialista. E também “não significa que o programa do PCP ou do PS tenham de estar contidos no programa do governo”. “[Mas essa] solução governativa terá da nossa parte compreensão política e apoiamos a sua viabilização”, afirmou.

in [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-disponibilizase-para-viabilizar-governo-ps-e-para-fazer-parte-dele-1710468[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-disponibilizase-para-viabilizar-governo-ps-e-para-fazer-parte-dele-1710468[/url])

Mas após a última reunião técnica o disscurso foi diferente:

Citar
"O PS tem condições para formar Governo, apresentar programa e entrar em funções. Quanto aos desenvolvimentos futuros, eles resultarão da identificação da política que for possível fazer. Como sempre, quer esse Governo, quer os trabalhadores e o povo, em particular, poderão contar com a nossa activa participação para assegurar todas as medidas que correspondam aos direitos, interesses, rendimentos, salários dos trabalhadores, reformados. Tudo o que não corresponda, contarão com a oposição do PCP", disse Jorge Cordeiro, da comissão política do comité central comunista.

in [url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/pcp_mantem_disposicao_para_viabilizar_governo_ps_mas_sem_ilusoes.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/pcp_mantem_disposicao_para_viabilizar_governo_ps_mas_sem_ilusoes.html[/url])

Mesmo o PS fala também fala em acordo (para 4 anos):

Citar
(...)
António Costa considerou os encontros com PCP e BE positivos e estabeleceram-se equipas técnicas para que os três partidos chegassem a um entendimento para um Governo alternativo, liderado pelo PS. Como? Ainda não é certo se haverá acordo ou sequer se este será para um apoio de PCP e BE a um governo minoritário do PS com um acordo parlamentar, se há a possibilidade de PCP e BE irem para o Governo.

Mas sabe-se que a base de partida do PS é um acordo para quatro anos.

in [url]http://observador.pt/2015/10/14/ps-negoceia-a-esquerda-acordo-para-quatro-anos-e-a-direita-so-um-orcamento-do-estado/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/14/ps-negoceia-a-esquerda-acordo-para-quatro-anos-e-a-direita-so-um-orcamento-do-estado/[/url])

e

Citar
O "caderno de encargos" ontem revelado por Jerónimo de Sousa para um acordo político com o PS revela muito mais pontos de convergência do que de divergência com o programa eleitoral dos socialistas

in [url]http://www.dn.pt/portugal/interior/equipas_mistas_pspcp_ja_detalham_acordo_politico_4824723.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/equipas_mistas_pspcp_ja_detalham_acordo_politico_4824723.html[/url])

É manifestamente mais fácil conseguir um Acordo parlamentar num conjunto de matérias do que o PCP e o BE aceitarem ficar "amarrados" num governo e tirando as primeiras declarações do Jerónimo, que foram feitas logo a seguir às eleições depois do discurso eleitoral do BE (e onde o PCP precisava de marcar posição) nunca mais, nem PS nem PCP, voltaram a falar da possibilidade do PCP governar.

O discurso é sempre na perspectiva do PS ("O PS tem condições de formar governo..", etc.) nunca referem que o PCP e o PS formarão governo, nem nada parecido. Aliás, pela última noticia recente do PCP, este indiciou exactamente que se oporiam a qualquer matéria que não correspondesse à sua política. Isso é um pouco mais complicado se forem governo.

Para além do mais, seria extremamente complicado ao PCP (e ao BE) explicar ao seu eleitorado e aos seus militantes que colocariam todas as suas políticas "na gaveta" e aceitavam o programa do PS como modelo de governo.

Com um Acordo Parlamentar apenas, a única coisa que o PCP (e o BE) necessita de referir é que estão dispostos a alguma "flexibilidade" temporária em alguma matérias do seu programa em nome de um "ideal mais alto" que é terminar com a "Política de direita" e que numa fase seguinte irão perseguir os restantes objectivos ideológicos...  (há uma noticia num jornal onde dizem mesmo isto, mas não consigo encontrar neste momento)

É também por isso, que nem o Expresso nem nenhuma publicação coloca a hipótese sequer de PS+PCP+BE como uma coligação formal de governo.

E é por isso também que o acredito que o Presidente da República só aceitará esta hipótese se os Acordos forem mesmo muito bons e que um governo de gestão poderá ser uma alternativa viável se este cenário vier a ocorrer e os acordos não derem perspectivas de estabilidade duradoura.


Aceito que possa ser como dizes, embora não tenha havido nenhuma rejeição categórica de um governo com ministros do PCP e do BE.
Na minha opinião só um governo assim terá legitimidade e assegurará a estabilidade necessária para durar quatro anos.
E é totalmente do interesse do PS, como expliquei no outro post, que assim seja.

A ver vamos. É uma actividade difícil, a especulação, sobretudo quando especulamos sobre o futuro...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 11:43:46

Aceito que possa ser como dizes, embora não tenha havido nenhuma rejeição categórica de um governo com ministros do PCP e do BE.
Na minha opinião só um governo assim terá legitimidade e assegurará a estabilidade necessária para durar quatro anos.
E é totalmente do interesse do PS, como expliquei no outro post, que assim seja.

A ver vamos. É uma actividade difícil, a especulação, sobretudo quando estamos a falar do futuro...

Concordo!

Há muita coisa para acontecer ainda. Nada ainda é liquido.

É interessante que sabe-se muito pouco das "reuniões técnicas" que o PS tem tido com o BE e o PCP, nem dos temas que têm sido discutdos (para além do PS dizer que estão a "decorrer na normalidade")...


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 11:49:45
É interessante que sabe-se muito pouco das "reuniões técnicas" que o PS tem tido com o BE e o PCP, nem dos temas que têm sido discutdos (para além do PS dizer que estão a "decorrer na normalidade")...


isso para mim indicia a preparação de um facto consumado, de uma proposta de governo a submeter ao PR, que seja irrecusável.
A offer he can't refuse...

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=SeldwfOwuL8#)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-15 11:50:27
Um bom resumo da Helena Matos sobre o momento actual

Citar
A golpada passa por apresentar como inevitável que Cavaco Silva emposse directamente António Costa, poupando Costa a ter de fazer cair o governo da coligação vencedora na Assembleia da República. Depois de o país mediático ter andado com Costa ao colo durante anos, o líder do PS quer agora que Cavaco prolongue o embalo e o poupe a essa imagem que o tempo tornará fatal. Digamos que é muito pedir e muito supor que os outros são parvos.

[url]http://observador.pt/opiniao/a-golpada/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/a-golpada/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 11:58:38
Bem...já começam sair alguns comentários...não muito positivos...

Citar
Ilda Figueiredo afasta cenário de "programa comum" entre PS e PCP

O PCP garante PS poderá ser Governo, mas não se compromete com um “programa comum” disse na quarta-feira à noite a antiga eurodeputada Ilda Figueiredo na RTP2. A comunista, que também é membro do Comité Central do partido, afirmou que o PS “tem condições para assumir o Governo” e “deve fazer tudo o que é necessário para evitar que o PSD e CDS constituem no Governo”, mas diz que não haverá programa comum entre os dois partidos. “O compromisso pode ser negociado a cada momento, isso é possível”, assinalou a antiga deputada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-15 12:05:47
Citar
Ai preocupem-se, preocupem-se…

José Manuel Fernandes
14/10/2015,

Vejo demasiada gente com responsabilidades tranquila com o cenário de um governo de "maioria de esquerda". Já esqueceram tudo? Não sabem o que reivindicam BE e PCP? Acham que Portugal resiste a tudo?


Os comunistas comem crianças ao pequeno-almoço? Não, claro que não. Então qual o problema de admitir que participem numa solução de governo? Até pode ser que o Mário Nogueira se torne numa pessoa razoável…

E não são os bloquistas aquela malta porreira com que se bebe uns copos no Bairro Alto ou no Frágil? Sim, e também sabem comportar-se à mesa (só não gostam é de gravatas). Então, porque não integrá-los no “arco da governação”? A Catarina até tem aquele ar tão frágil e quase amoroso…

Afinal, acrescenta-se, não se pode descartar 18% do eleitorado.

Pois é. A democracia amolece-nos, a memória esvai-se, a cultura política rareia e há demasiada preguiça para tentar perceber que o que parece igual é, afinal, radicalmente diferente. Por isso, nestes dias em que um líder do PS que perdeu tudo numas eleições procura salvar a sua pele criando a ficção de uma “maioria de esquerda”, é bom termos bem presente o que está em causa. E percebermos que a aparência não é tudo: o piano e a vista para a Acrópole de Varoufakis não evitaram que tivesse levado a Grécia à quase catástrofe, pois o que conta não é ir de mota para as reuniões do Governo, o que conta são as ideias erradas que se tem dentro da cabeça.

Vamos lá então esclarecer alguns equívocos e desmontar algumas mentiras.

A falsa ideia da “maioria de esquerda”

De repente surgiu a ideia de que existe em Portugal uma “maioria de esquerda” no Parlamento que só não governa porque não se une, e não se une por causa dos traumas do PREC e da luta de morte entre os que defendiam uma democracia como a nossa e os que lutaram por uma democracia popular como as que existiam no Leste da Europa.

Capa do Programa Eleitoral do PCP nas primeiras eleições legislativas, Abril de 1976
Capa do Programa Eleitoral do PCP nas primeiras eleições legislativas, Abril de 1976

Primeiro que tudo, a ideia da “maioria de esquerda” não é nova, não é de Costa, nem sequer dos debutantes do Livre. Data de 1976, das primeiras eleições para a Assembleia da República. E era o slogan de campanha do PCP. “Por uma maioria de esquerda” lia-se então pelas paredes de todo o país, e lembro-me bem disso porque foram as primeiras eleições em que votei (não tinha ainda idade para votar nas eleições de 1975, para a Constituinte). Foi então o programa do PCP, foi sempre o programa do PCP, continua a ser o programa do PCP, que nunca desistiu da ideia de atrair a si um PS que abandonasse as políticas “de direita”. Jerónimo de Sousa não mudou – quem mudou foi António Costa, e com ele o PS, que está a querer que acreditemos que este é um PCP diferente. Não é, como já veremos.

Depois, o que não tem faltado na Assembleia da República são “maiorias de esquerda”, se bem que apenas aritméticas: de 1976 a 1979; de 1983 a 1985; de 1995 a 2002; e de 2005 a 2011. Em todas essas ocasiões o PS podia ter governado com o PCP, mas nunca o fez. Não o fez mesmo quando governou apenas com uma maioria relativa, sujeita a acordos pontuais para sobreviver.

O que distingue a actual “maioria de esquerda” das anteriores é que, desta vez, o líder do PS precisa do resto da esquerda para impedir que governe quem ganhou as eleições – a coligação. Apenas isso e uma enorme falta de princípios ou de escrúpulos.

Desde o dia em que Mário Soares deixou bem claro, no famoso debate com Cunhal, que havia uma fronteira que separava o socialismo democrático dos marxismos revolucionários, até à defenestração de Seguro, o PS sempre se aproximou de todos quantos, à sua esquerda, foram trocando as diferentes variantes de utopias comunistas pela aceitação da nossa economia social de mercado. Aconteceu com os primeiros dissidentes do MES, com várias revoadas de dissidentes do PCP, até com a esquecida UEDS onde militou António Vitorino. Sempre houve e continua a haver gente a percorrer esse caminho, gente como a que, por exemplo, está hoje no Livre.

Em contrapartida, o que o PS nunca fez foi colocar-se numa posição de dependência de partidos que não são apenas radicais, são revolucionários e têm como programa último destruir o capitalismo. Partidos como aqueles a que agora esmola apoio.

O mito das várias esquerdas

É uma espécie de mantra que serve para todas as ocasiões: tudo seria diferente se as diferentes esquerdas se unissem em vez de se combaterem. Daria para escrever um tratado sobre como a divisão das esquerdas não é fruto do sectarismo dos seus dirigentes, antes o resultado das suas crenças e daquilo a que Karl Popper chamou a “miséria do historicismo”. Mas não vou por aí. Vou apenas recordar evidências que, googlando um pouco, logo saltariam à vista de quem procurasse não ficar pela superfície.

O que separa a tradição socialista e social-democrata dos partidos de inspiração revolucionária não é serem mais ou menos de esquerda, nem é saber se estavam em 1975 na Fonte Luminosa ou nas barricadas que nesse dia cercaram Lisboa, ou ainda como olharam para o golpe de Praga ou para os julgamentos de Moscovo: de tudo isso se pode dizer que são coisas que pertencem à História. A verdadeira separação está hoje, como aliás sempre esteve, na fronteira da liberdade – a fronteira que fez com que, nesses momentos decisivos, estivessem em lados opostos da barricada.

Para o PCP, tal como para os sectores mais ortodoxos do Bloco, é absolutamente indiferente saber se é agora ou daqui por 20 anos que vão reivindicar a saída da NATO ou do euro. Isso é tática e dependerá sempre da melhor oportunidade. O importante são os seus objectivos estratégicos, algo que aprenderam com Lenine. Ora esses objectivos podem estar escondidos sob muitas camadas de verniz democrático, mas estão sempre lá. Não caíram à mesa das conversas com António Costa.

Leiam por exemplo esta frase: “A mesma fibra que temos hoje é a que tínhamos há 40 anos: a fibra dos revolucionários, dos que arriscam, dos que aprendem, dos que nunca esquecem onde têm as suas raízes, as mais profundas, as do pensamento.” Sabem quem a proferiu? Joana Mortágua, a irmã gémea de Mariana Mortágua que milita na metade UDP do Bloco. E sabem quando? Há menos de um ano. Não se iludam: é assim que pensa quem realmente forma a ossatura do Bloco. Os olhos verdes de Catarina são encantadores são apenas isso: encantadores.

joana_mortgua._40_anos_udp._c_guedes
Joana Mortágua, 18 de Dezembro de 2014, falando do futuro do “marxismo revolucionário”

E agora leiam isto: “O PCP tem como base teórica o marxismo‐leninismo: concepção materialista e dialéctica do mundo”. Ou isto: “O PCP tem como objectivos supremos a construção em Portugal do socialismo e do comunismo que permitirão pôr fim à exploração do homem pelo homem […] A acção e a identidade do Partido são inseparáveis destes objectivos e do ideal comunista.” São duas das alíneas dos Estatutos do PCP, que todos os militantes são obrigados a aceitar e praticar. Estatutos que, como temos vista inúmeras vezes, não são letra morta ou uma vestígio esquecido do passado (foram revistos em 2012). Jerónimo de Sousa é sem dúvida um avô simpático que adora os seus netos, mas é a esta disciplina que está obrigado. E que aceita e promove.

Noutros países, comunistas e radicais de esquerda evoluíram para posições mais moderadas e acabaram por se integrar e aceitar o nosso regime democrático e a nossa forma de viver em liberdade. Aconteceu com os eurocomunistas, de que é herdeiro, por exemplo, o actual primeiro-ministro de Itália. Ou com os verdes alemães, muitos dos quais na sua juventude ainda foram mais revolucionários e violentos do que o nosso Francisco Louçã.

Nada disso sucedeu em Portugal, e não serão as cenouras estendidas por António Costa que induzirão uma espécie de moderno milagre das rosas. Por isso, como nenhum destes dois partidos revolucionários se afastou da sua matriz de sempre, o que está a acontecer torna-se bem mais grave: ao colocar num mesmo patamar todas “as esquerdas”, é Costa que esbate as diferenças que permitiram ao PS ser um dos dois grandes partidos da nossa democracia e não apenas uma esquerda que só de distingue da outra porque é um bocadinho menos de esquerda.

Costa diz agora que é como se “estivesse a derrubar o que restava do Muro de Berlim”. Talvez, só que desta vez que restava desse muro cai sobre o PS, não sobre um PCP que continua, tranquilo, a ser o que sempre foi.

O que significa que, a partir de agora, está-se em terra incognita.

O logro do “virar a página da austeridade”

Eu sei: o socialismo e a social-democracia atravessam uma crise profunda em toda a Europa. E também sei porquê: o seu sucesso dependia da sua maior propensão para redistribuir a riqueza crescente que as sociedades desenvolvidas geraram nos últimos 200 anos; a sua crise começou, primeiro, quando “acabou o dinheiro dos outros”, isto é, quando deixou de ser possível cobrar mais e mais impostos, e, depois, quando “acabou o dinheiro dos bancos” e, em vez dele, surgiram as obrigações das dívidas.

Poderia de novo alongar-me sobre estes pontos, mas fico-me pela triste constatação da forma como o PS de Costa entendeu enfrentar essa crise de identidade. E essa foi procurando apresentar-se como o campeão da anti-austeridade. O nosso PS não só nunca reconheceu a sua responsabilidade nas decisões que nos levaram até à bancarrota (pelo contrário: uma das causas de Costa no seu combate contra Seguro foi evitar que isso fosse feito, que o legado de Sócrates fosse posto em causa), como actuou demasiadas vezes no país e no parlamento de forma indistinguível da do Bloco ou do PCP.

É isso que justifica a leitura que Costa, e todos à sua esquerda, fazem dos resultados eleitorais: a de que a grande clivagem em Portugal é entre os partidos anti-austeridade e uns malvados que andaram a empobrecer deliberadamente o país. Esta cassete não é apenas mistificadora e indecorosa no que representa de mentira (a austeridade chegou com os PEC de Sócrates, o memorando que este assinou com a troika previa metas para o défice que teriam exigido ainda mais austeridade do que aquela que houve); esta cassete subverte a divisão entre partidos responsáveis e de governo e partidos irresponsáveis e populistas.

António Costa a 25 de Janeiro de 2015, depois das eleições gregas
António Costa ao Expresso a 25 de Janeiro de 2015, depois das eleições gregas

Nos últimos anos, sobretudo no último ano, pouco ou nada separou o discurso do PS do discurso da esquerda radical: Costa saudou a vitória do Syriza e só se demarcou de Tsipras e Veroufakis quando o desastre era evidente; Costa, e boa parte dos que escolheu para a sua direcção, namoraram a ideia da reestruturação da dívida; Costa não se cansou de atacar o Pacto Orçamental que agora diz querer cumprir; e por aí adiante. Tudo isto afastou o PS da matriz pragmática, com os pés na terra, de um partido de Governo, para o aproximar do discurso populista e extremista dos radicais. Neste quadro o “programa de Centeno” sempre foi, percebemos hoje com muito mais clareza, a cortina de fumo destinada a mascarar uma deriva sem precedentes. Foi um programa em que Costa verdadeiramente nunca acreditou, ao ponto de nem entender muito bem o que lá estava escrito, ou o detalhe das suas famosas contas, como ficou claro nos debates e na campanha eleitoral. Foi um engodo para eleitores moderados e ainda com memória dos desvarios dos anos de Sócrates.

Por isso a dúvida, mais do que legítima: se esse “programa de Centeno”, mesmo sendo moderado, já era arriscado em termos económicos, podendo colocar Portugal fora dos limites do Pacto Orçamental num ápice, o que é que Costa pode agora oferecer, com credibilidade, a comunistas e bloquistas que não faça imediatamente explodir o défice e, como ele, a dívida?

Não nos preocupemos, acabarão por ter juízo. Até Tsipras teve…

Hollande prometeu a Lua e nem sequer entregou uma amostra de Plutão. Porque há-de Costa ser diferente? Se Tsipras se transformou num social-democrata rendido ao realismo, não dramatizemos com este aristocrata da política bem habituado aos corredores do poder.

Eu sei que muitos acham que, no fim do dia, o líder do Partido Socialista fará, sendo primeiro-ministro, o que é necessário fazer – porque não terá alternativa, como os outros não tiveram. Acabará então por ater-se às regras europeias, mesmo que esbracejando. Já vimos o filme várias vezes. Mas com uma diferença: o filme era protagonizado por líderes com uma legitimidade eleitoral que Costa não tem nem nunca terá e suportados por maiorias sólidas, exactamente o contrário do que acontecerá se houver o famoso “governo de esquerda”.

Um governo minoritário de Costa não terá um segundo de “estado de graça”. Os eleitores não deixarão de o ver como um usurpador, e nunca ao longo da nossa longa história o nosso bom povo tratou com respeito ou sequer tolerância os usurpadores. Um governo minoritário de Costa também não poderá contar com qualquer tolerância dos partidos à sua direita, que nunca se esquecerão de que foram eles que ganharam as eleições, depois de terem sido eles que, durante uma legislatura inteira, tiveram de tomar as medidas mais impopulares de toda a nossa história democrática, fazendo-o contra tudo e contra todos e com um sucesso que começa a estar à vista (mesmo de quem insiste em ser cego, surdo e mudo). Por fim, um governo minoritário de Costa estará sempre dependente da boa-vontade dos partidos à sua esquerda, e estes só têm uma coisa a ganhar neste processo: saborearem o gosto de impedirem os vencedores das eleições de 4 de Outubro de governarem, de acordo com o mandato que o povo lhes deu, mesmo que limitado. Saboreado esse petisco, só terão depois a perder quando chegar a altura de o líder do PS fazer as contas que hoje parece desconhecer e descobrir que o dinheiro não se multiplicou como os pães e os peixes dos evangelhos.

Nessa altura, o “homem capaz de fazer pontes” perceberá que só conseguiu irritar todos e ficar sozinho no meio da ponte. Nessa altura o “kingmaker” entenderá como o seu poder – que persegue por motivos estritamente pessoais, para sobreviver no PS – está afinal nas mãos de outros.

De resto, deixem-me fazer uma pergunta singela: já vimos o que a coligação ofereceu ao PS, propondo-se adoptar 23 pontos do seu programa eleitoral; mas alguém já vislumbrou algo que possa estar sequer perto de ser um acordo do PS com o PCP ou com o Bloco? O que vimos – o comunicado do PCP, as exigências do Bloco – fariam estoirar o défice instantaneamente, mostrando até que ponto é conversa fiada a ideia que Costa anda a tentar passar para a imprensa internacional de que estes estão a negociar “um programa de governo comum sem por em causa os compromissos de Portugal como membro activo da zona euro”.

Estamos pois no limbo. O PCP nem sequer disse que aprovaria o primeiro orçamento de Costa. O Bloco só celebrou, de forma bem estridente e inopinada, o fim do governo de Passos. Para já é tudo o que há das “conversações avançadas” com a esquerda.

É por isso que digo e repito: só se deixa enganar quem quer ser enganado. De novo.

E o pior é que Portugal não passa, já não está a passar, incólume por esta traficância. Sofreu-se muito para conter a subida da despesa pública, sofreu-se imenso para começar a adaptar a economia aos mercados abertos e competitivos destes tempo de globalização, penou-se sem fim para trazer os juros para os níveis a que estão, que permitem que Portugal se financie nos mercados, e tudo isso pode ser deitado pela janela fora no altar de um ego sem limites. (Já agora: outra das mentiras mil vezes repetidas pelo PS é que os nossos juros só estão baixos por causa da actuação do Banco Central Europeu, esquecendo que essa actuação também devia beneficiar a Grécia e esta continua a enfrentar juros incomportáveis que a condenam a depender, como sabemos, da ajuda externa. Ou seja, o que faz esta diferença é o que se conseguiu em Portugal e o que não se conseguiu na Grécia).

Temos pois razões sem fim para nos preocuparmos. Por devermos ter consciência que o nosso PCP não deixou de ser o nosso PCP; que para uma Mortágua sorridente e gentil há outra Mortágua a celebrar o marxismo revolucionário; e que se houve alguma radicalização nos partidos de governo, essa radicalização foi de um PS que no passado queria privatizar a TAP e agora quer desprivatizar, que antes aprovou leis onde se admitia o plafonamento das pensões e hoje faz em torno dessa hipótese uma demagogia que até deixaria corado Jerónimo de Sousa.

E sim, preocupem-se muito porque não há nada mais perigoso que um homem desesperado que não tem nada a perder depois de ter perdido tudo. Um homem como António Costa se está a revelar, até para enorme surpresa dos que tinham com ele relações pessoais de amizade.

Se não nos preocupar-nos podemos acordar demasiado tarde, depois de demasiado mal ter sido feito. Já nos aconteceu.

http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/ (http://observador.pt/opiniao/ai-preocupem-se-preocupem-se/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 12:14:31
itg, esse artigo já foi sugerido lá mais para trás.

Vou sugerir uma voz do contra, para variar.

André Freire, no Público: http://www.publico.pt/politica/noticia/um-governo-de-esquerdas-uma-revolucao-democratica-para-portugal-1711171?page=-1 (http://www.publico.pt/politica/noticia/um-governo-de-esquerdas-uma-revolucao-democratica-para-portugal-1711171?page=-1)

(os sublinhados são meus)

Citar
Um governo de esquerdas, uma “revolução” democrática para Portugal

Não sabemos o que ocorrerá com um governo de esquerdas, se se vier a verificar, porque nunca teve lugar… mas sabemos de ciência certa que as soluções do PS com a direita não produzem estabilidade governativa.

No que respeita às legislativas de 4-10-2015, sabemos hoje que a direita (PSD & CDS-PP: PaF) perdeu cerca de 700 mil votos face a 2011, teve 38,3% dos votos e 107 mandatos parlamentares (46,5%), e perdeu seguramente a maioria absoluta para governar a solo (116 lugares ou mais). Pelo contrário, a oposição averbou 61,7% dos votos. Só a oposição de esquerda com deputados eleitos (BE, PAN, PCP/CDU e PS) reuniu 52,16% dos votos e soma 123 lugares. Nestas condições, numa qualquer democracia digna desse nome, se a força política vencedora o for apenas com maioria relativa, terá de conseguir aliados para governar. Caso contrário, poderá ser o segundo partido mais votado a pilotar o governo, se for capaz de liderar uma alternativa no Parlamento, e o vencedor com maioria relativa pode passar à oposição. Esta é uma solução não só plenamente democrática como muitíssimo comum. Todavia, vários jornalistas/comentadores tecnicamente impreparados e/ou ideologicamente enviesados, junto com a direita manipulatória, falam já em golpe de Estado, PREC ou “fraude pós eleitoral”, caso não seja o PaF a liderar o governo. Todos clamam contra uma alegada “ilegitimidade democrática” em caso de uma solução de governo que juntasse o PS com os partidos à sua esquerda. É preciso dizer que tal é totalmente falso: uma tal solução seria não só totalmente congruente com a teoria e a prática democrática na Europa e no mundo, como seria também congruente com a teoria e a prática constitucional em Portugal.

Vejamos alguns exemplos. Em Espanha, onde a maioria governamental (quer ao nível local, regional ou nacional) precisa de apoio maioritário na assembleia para ser empossada, o chamado “voto de investidura”, tivemos um fenómeno idêntico na sequência das eleições regionais de 2015. Assim, os conservadores do PP ganharam as eleições com maioria relativa em Aragão, com 27,5% dos votos, mas governa o PSOE (socialista) com a CHA (Chunta Aragonesista). Nas ilhas baleares, o PP ganhou com 28,5% mas governa o PSOE com o MÉS (Mais Maiorca). O PP ganhou com 37,5% em Castilha-La-Mancha mas governa o PSOE em solução minoritária com apoio parlamentar de outros partidos que não o Partido Popular. Finalmente, o PP ganhou na Comunidade Valenciana com 26,6% mas governa o PSOE com o Compromís (uma coligação de nacionalistas valencianos progressistas e ecologistas). Alguém falou de golpes de estado ou fraudes pós eleitorais? Não, de todo em todo: é apenas e só a democracia a funcionar! É que o mundo democrático não começa e acaba em Portugal, ao contrário do que alguns comentadores impreparados possam pensar… ou do que alguns manipuladores interesseiros gostam de sugerir… E não se pense que é só nas democracias parlamentares com “voto de investidura” que assim é: em 2007, em Timor Leste, um sistema semipresidencial desenhado à imagem do português, a Fretilin (esquerda pós marxista) ganhou as eleições com maioria relativa mas foi o CNRT (liderado por Xanana Gusmão) que governou em aliança com outros partidos, porque ninguém queria “dançar o tango” com a Fretilin… Ou seja, estas situações também acontecem em sistemas semipresidenciais, obviamente, e à esquerda, naturalmente. Quanto à plena democraticidade e constitucionalidade de um governo de esquerdas liderado pelo PS, mesmo tendo o PaF ganho as eleições, estamos conversados. Alguns poderão alegar que, todavia, os eleitores não foram advertidos da possibilidade de um governo de esquerdas durante a campanha, mas tal é falso. Costa sempre disse que não aceitava que só PS, PSD e CDS-PP pudessem governar… E, durante a campanha, o BE (e de algum modo também o PCP/CDU) avançou condições inesperadamente pragmáticas para um governo de esquerdas… Portanto, os eleitores sabiam ao que vinham. Mais, se o PS conseguir um acordo estável de governo com BE, PCP/CDU e PAN, por exemplo, e, consequentemente, chumbar o programa de governo do PaF para apresentar ao PR uma solução de governo alternativa, tal será a aplicação prática do conceito de “moção de censura construtiva” que o PS sempre defendeu, sem ser preciso pôr mais o que quer que seja na lei.

Mas se tal situação se vier a verificar, então será uma verdadeira “revolução democrática”. Se é certo que há muitíssimos fatores que dificultam uma união das esquerdas no governo, a verdade é que para haver um tal compromisso aquilo que é verdadeiramente axial é partirmos do princípio demoliberal básico da igualdade política, “uma pessoa, um voto”. Ou seja, é óbvio que tem que haver cedências mútuas e, num estrito respeito da democracia, é óbvio que os partidos maiores terão de ter maior peso no estabelecimento de um programa comum, e os partidos mais pequenos terão de ter menos peso. Ora é precisamente isso a que, pela primeira vez na história democrática do país, quer o BE, quer o PCP/CDU dizem abertamente querer quando afirmam que não pretendem a aplicação integral dos seus programas, sequer maioritária, para apoiarem um governo PS, apenas pretendem obter ganhos significativos para os seus constituintes (programáticos, naturalmente) em sede de um “programa comum”. Mas se, por um lado, nem os votos dos bloquistas ou dos comunistas podem valer mais do que os dos socialistas, situação que verificaria se fossem os partidos minoritários (e não os socialistas) a determinar as linhas de rumo fundamentais de um tal programa de governo, por outro lado, os votos dos comunistas e os dos bloquistas têm que valer o mesmo que o voto de todos os outros grupos sociais e políticos. Ou seja, verificada a condição anterior, nada de axiomático e democrático poderia justificar a exclusão político-governativa de comunistas e bloquistas. Tal é aliás um imperativo de inclusividade democrática. Mais, respeitado que seja o axioma referido atrás na estruturação de um eventual programa comum de esquerdas, então acontecerá uma normalização democrática em Portugal, que ficará assim alinhada com o resto da Europa após o fim da guerra fria: as alianças de partidos de esquerda radical (eurocéticos e/ou críticos dos blocos político militares, NATO, etc.) com os sociais-democratas (e outros) têm ocorrido amiúde na Europa Ocidental (Luke March & André Freire, A Esquerda Radical em Portugal e na Europa, Quid Novi, 2012).

Há ainda uma outra falsidade que não resiste ao escrutínio histórico mais superficial: a ideia, esta semana reiterada pelo líder do “bloco central sindical” (a UGT), de que os governos do PS com a direita, ou da direita com o PS (como agora se perspetiva), produzem maior governabilidade. Não sabemos o que ocorrerá com um governo de esquerdas, se se vier a verificar, porque nunca teve lugar… mas sabemos de ciência certa que as soluções do PS com a direita não produzem estabilidade governativa. Todos os governos que juntaram a esquerda e a direita (PS e CDS-PP, 1977-1978; PS e PSD, 1983-1985; PS e PSD, este como “partido de suporte” no Parlamento, 2009-2011) foram sempre instáveis, ou seja, de curta duração. É fácil perceber porquê: se se juntam num mesmo governo partidos que competem e devem competir pelo controle do governo, logo que haja oportunidade (e sondagens favoráveis...) um deles deitará o governo abaixo para controlar sozinho o executivo.

Finalmente, temos a questão europeia. A Europa é cada vez menos social e cada vez menos democrática, apesar de ser uma promessa fundamental de democratização da globalização e de regulação do capitalismo global (André Freire, org., O Futuro da Representação Política Democrática, Nova Vega, 2015). Uma outra voz de Portugal na UE, europeísta mas assertivamente crítica, é absolutamente necessária. Ora isso não se consegue com as direitas, que exultam com o atual rumo da Europa, exige um governo de esquerdas, que pugne por uma Europa mais democrática e mais social. Neste caso, as “linhas vermelhas” devem ser o europeísmo dos socialistas e a consciência de que, aqui como na Grécia, a esmagadora maioria dos cidadãos não quer nem a saída de Portugal do Euro, nem muito menos a saída da UE. É por isso que, se as esquerdas radicais portuguesas (mas também o PS) quiserem ter um governo de esquerdas e aprender com os erros (nomeadamente do Syriza na Grécia), então devem ser críticos q.b. do statu quo na UE, com vista à sua transformação, mas devem também a todo o custo evitar quaisquer maximalismos que, amiúde, levam a resultados opostos ao esperado…
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 12:21:21
whooaa...
André Freire rulez...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 12:22:03
Aceito que possa ser como dizes, embora não tenha havido nenhuma rejeição categórica de um governo com ministros do PCP e do BE.
Na minha opinião só um governo assim terá legitimidade e assegurará a estabilidade necessária para durar quatro anos.
E é totalmente do interesse do PS, como expliquei no outro post, que assim seja.

A ver vamos. É uma actividade difícil, a especulação, sobretudo quando especulamos sobre o futuro...

L

Do PS sim, mas pode não ser do BE nem do PCP---raciocínio que McKricas já desenvolveu.

Num cenário destes, i.e., sem coligação, mesmo que haja outros acordos escritos, continuas a acreditar que o Cavaco vai escolher esquerda?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 12:28:03
Aceito que possa ser como dizes, embora não tenha havido nenhuma rejeição categórica de um governo com ministros do PCP e do BE.
Na minha opinião só um governo assim terá legitimidade e assegurará a estabilidade necessária para durar quatro anos.
E é totalmente do interesse do PS, como expliquei no outro post, que assim seja.

A ver vamos. É uma actividade difícil, a especulação, sobretudo quando especulamos sobre o futuro...

L

Do PS sim, mas pode não ser do BE nem do PCP---raciocínio que McKricas já desenvolveu.

Num cenário destes, i.e., sem coligação, mesmo que haja outros acordos escritos, continuas a acreditar que o Cavaco vai escolher esquerda?

é mais duvidoso.
O Costa só tem é que forçar o BE e o PCP a participar no governo e mais nada.
Se eles não quiserem, o PS que se abstenha no programa de governo e no orçamento apresentado pela PaF.
quem sai mal visto é o PCP e o BE.
Não estamos em altura de meias tintas nem de números de circo.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-15 12:36:28
Lark, tu és um sonhador.

Os teus sonhos e desejos estão a dar-te cabo da análise racional.

Alguma vez o louçã dava abada ao marcelo nas presidenciais?
Lembra-te que o rosas já foi cadidato...
Lembra-te que ninguém quer ver o louçã no telejornal da tvi.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 12:45:08
Lark, tu és um sonhador.

Os teus sonhos e desejos estão a dar-te cabo da análise racional.

Alguma vez o louçã dava abada ao marcelo nas presidenciais?
Lembra-te que o rosas já foi cadidato...
Lembra-te que ninguém quer ver o louçã no telejornal da tvi.

olha não tinha essa ideia. nem o vejo na TVI.
mas com a esquerda por trás dele, se passasse à segunda volta (se o Marcelo não ganhasse à primeira volta) acho que o Louçã tinha hipótese.
sampaios da nóvoa, marias de belém etc põe-me mal disposto.
O Rosas foi candidado do BE, não de uma maioria de esquerda.
Na minha opinião o Costa devia avançar radicalmente para o governo com o PCP e o BE e apresentar uma alternativa de esquerda para a presidência da república.
não os aparatchick do PS, que já ninguém os pode ver.
O Louçã seria uma aposta viável, para mim. long shots como eu gosto mas com payoffs elevados.
às vezes ser um pouco irracional (ou aparentar) é a única via racional.

L

PS: e às vezes acerto nas minhas especulações malucas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-15 12:53:15
Mas os teus desejos, não são os desejos do costa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 12:56:15
Estamos a assistir a jogo político puro e duro; ou pouco mais do que isso.
Parece-me que tanto o PCP quanto o BE percebem claramente que só terão a perder entrando em coligação real com o PS (com cargos ministeriais, etc).
E terão a ganhar em apenas dar apoio, sem coligação formal, e mais tarde espetarem a faca no PS.
O PCP teve que ser o primeiro a levantar a lebre, pois os resultados eleitorais não foram grande coisa em relação ao BE. Logo um bocado de poeria no ar para afastar a conversa desse tema foi uma jogada de mestre.
O BE teve um excelente resultado eleitoral, vai entrar num governo para queimar a sua imagem? Alienar os seus eleitores?
O PS está metido nisto, porque Costa e aliados, estão a tentar salvar a sua pele política.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-15 13:18:12
O BE entra no governo porque quer chegar ao poder, a mesma coisa se passa em Espanha com o Podemos a coligar-se com o PSOE, e dessa forma ter maior influencia na politica do país. Já realizaram que só via capitalizar votos de protesto não chegam lá.
E entrar no governo não tem que necessariamente queimar a imagem, revejam o que aconteceu na Grécia com o Syriza, que saiu reforçado nas eleições após estar no poder.

Já o PCP é ligeiramente diferente por ser mais ortodoxo e possivelmente resiste mais a sair do conforto da oposição.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 13:29:41
Não estamos em altura de meias tintas nem de números de circo.

L

Pelo contrário, estamos numa altura particularmente favorável a números de circo.

Em relação a questões de responsabilidade VS aproveitamento pessoal das circunstâncias, não ponho as mãos no fogo por nenhum dos actuais representantes políticos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 13:32:27
extrema direita a norte europa

e extrema esquerda a sul europa

isto nao dura muito

sao incompativeis


nos USA  extrema direita governa alternancia com  direita e ja e duro

com extremas tao opostas na europa  vai ser circo ate rebentar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 13:34:47
Em relação ao artigo do André Freire.

Concordo que caso exista acordo firme, basicamente uma coligação entre CDU, PS e BE que há legitimidade no quadro parlamentar para governarem.

Não concordo com a leitura que ele dá na fase seguinte do artigo.

Ele diz: "É que o mundo democrático não começa e acaba em Portugal"
É bem verdade. Mas há que fazer uma ressalva em relação, por exemplo, aos casos espanhóis todos que foram citados.
É que seja aqui, na Espanha, ou na Nova Zelândia, há que ver quais os partidos que estão a coligar-se e o que defendiam na campanha eleitoral (ou até nos últimos anos).
Uma coisa é ajustar-se "pentelhos" em relação às propostas. Outra coisa é mandar o defendido na campanha pela janela.
Um eleitor do BE, que viu a Mariana Mortágua (que teve uma exposição mediática brutal  nos últimos meses) defender ad nauseam que a dívida era para ser renegociada (basicamente está sempre implícito perdão duma parte significativa) e agora vê o BE dizer que deixa essa questão de lado para permitir o PS governar, o que pensa? Vale a pena votar nestes moldes?

Para mim isto diverge completamente da imagem de "revolução democrática" no bom sentido, que ele quer transmitir. Para mim é o oposto.
É mais uma degrau escalado, no sentido de alienar completamente as pessoas do processo de eleição dos seus representantes.

PS: O parágrafo final, para quem acusa outros de cegueira ideológica é bem transparente. Acusa-se os outros do mesmo mal que sofremos. Como diz o ditado: "Vê o cisco no olho dos outros, mas não vê a trave no seu"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 13:36:18
Lark, tu és um sonhador.

Os teus sonhos e desejos estão a dar-te cabo da análise racional.

Alguma vez o louçã dava abada ao marcelo nas presidenciais?
Lembra-te que o rosas já foi cadidato...
Lembra-te que ninguém quer ver o louçã no telejornal da tvi.

olha não tinha essa ideia. nem o vejo na TVI.
mas com a esquerda por trás dele, se passasse à segunda volta (se o Marcelo não ganhasse à primeira volta) acho que o Louçã tinha hipótese.
sampaios da nóvoa, marias de belém etc põe-me mal disposto.
O Rosas foi candidado do BE, não de uma maioria de esquerda.
Na minha opinião o Costa devia avançar radicalmente para o governo com o PCP e o BE e apresentar uma alternativa de esquerda para a presidência da república.
não os aparatchick do PS, que já ninguém os pode ver.
O Louçã seria uma aposta viável, para mim. long shots como eu gosto mas com payoffs elevados.
às vezes ser um pouco irracional (ou aparentar) é a única via racional.

L

PS: e às vezes acerto nas minhas especulações malucas.

O Marcelo, com a embalagem mediática que a comunicação social lhe deu nos últimos anos (enquanto comentador político "mais ou menos" imparcial, e sempre extremamente afável e simpático), tem o cargo no bolso.

Não há nenhum nome em perspectiva, seja de esquerda seja de direita, que dispute essa popularidade.

O Louçã tem estado muito afastado dos media populares. Não é uma altura favorável para arriscar uma candidatura à presidência, até porque também já há outros nomes sugeridos à esquerda que vão polarizar os votos que não escolherem o Marcelo.

Seria um suicídio o Louça avançar agora, contra estas circunstância todas. O que não significa que o BE não possa lança um outro candidato testa-de-ferro como fez o PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 13:37:47
Em relação ao artigo do André Freire.

Concordo que caso exista acordo firme, basicamente uma coligação entre CDU, PS e BE que há legitimidade no quadro parlamentar para governarem.

Não concordo com a leitura que ele dá na fase seguinte do artigo.

Ele diz: "É que o mundo democrático não começa e acaba em Portugal"
É bem verdade. Mas há que fazer uma ressalva em relação, por exemplo, aos casos espanhóis todos que foram citados.
É que seja aqui, na Espanha, ou na Nova Zelândia, há que ver quais os partidos que estão a coligar-se e o que defendiam na campanha eleitoral (ou até nos últimos anos).
Uma coisa é ajustar-se "pentelhos" em relação às propostas. Outra coisa é mandar o defendido na campanha pela janela.
Um eleitor do BE, que viu a Mariana Mortágua (que teve uma exposição mediática brutal  nos últimos meses) defender ad nauseam que a dívida era para ser renegociada (basicamente está sempre implícito perdão duma parte significativa) e agora vê o BE dizer que deixa essa questão de lado para permitir o PS governar, o que pensa? Vale a pena votar nestes moldes?

Para mim isto diverge completamente da imagem de "revolução democrática" no bom sentido, que ele quer transmitir. Para mim é o oposto.
É mais uma degrau escalado, no sentido de alienar completamente as pessoas do processo de eleição dos seus representantes.

vao votar nos maoistas como protesto
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 13:38:25
Eu acho que o Cavaco vai tomar uma decisão em breve, na próxima semana ou semanas, e que quanto mais breve for, mais favorável será para a coligação PSD+CDS, pois PS+BE+CDU ficam com menos tempo para se organizarem. Acho portanto que vai ser PSD+CDS que vão formar governo.
E depois logo se vê, no parlamento, quando for votada a moção de rejeição do BE e/ou CDU, se o PS tem coragem para derrubar a coligação PSD+CDS ou não. Eu acho que não vai ter.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 13:43:16
Eu acho que o Cavaco vai tomar uma decisão em breve, na próxima semana ou semanas, e que quanto mais breve for, mais favorável será para a coligação PSD+CDS, pois PS+BE+CDU ficam com menos tempo para se organizarem. Acho portanto que vai ser PSD+CDS que vão formar governo.
E depois logo se vê, no parlamento, quando for votada a moção de rejeição do BE e/ou CDU, se o PS tem coragem para derrubar a coligação PSD+CDS ou não. Eu acho que não vai ter.

Isto dependerá do sentido de unidade interna que o PS terá por essa altura, atendendo à definição dos "seus desejos", sendo que neste momento tal unidade é incerta (pelo menos para quem está de fora---como eu), ou não existe de todo, com várias vozes a puxar em sentidos contrários.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 13:44:16
A situação do MRPP é ridícula.
Há 15 dias atrás ele serviria para encabeçar um governo, caso tivessem votos para tal. Liderar um país, com a complexidade que tal acarreta.
Agora chutado do partido por "incompetência" ... realmente, bastante coerente ...

Numa coisa são fiáveis. Na boa linha comunista uma "purga" nunca fez mal a ninguém.
O Garcia deve é agradecer não estarmos em mil novecentos e troca o passo, senão ainda ia tirar umas férias num sítio bem aprazível (not!)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 13:51:17
A situação do MRPP é ridícula.
Há 15 dias atrás ele serviria para encabeçar um governo, caso tivessem votos para tal. Liderar um país, com a complexidade que tal acarreta.
Agora chutado do partido por "incompetência" ... realmente, bastante coerente ...

Numa coisa são fiáveis. Na boa linha comunista uma "purga" nunca fez mal a ninguém.
O Garcia deve é agradecer não estarmos em mil novecentos e troca o passo, senão ainda ia tirar umas férias num sítio bem aprazível (not!)


foi partido chines radical igual ao do garcia  que mudou a china para  "socialismo de mercado"  haja esperança  :D

eu nao estou e ver pcp governar para o socialismo de mercado... com comite rigido que tem hoje em dia..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 14:53:27
Mas os teus desejos, não são os desejos do costa

se fossem, o costa não tinha tido um resultado tão desolador nestas eleições.
o ambiente político em Portugal, na Europa e no ocidente em geral está muito favorável a acções atrevidas e all ins da parte da esquerda.
O Sanders nos US está a disputar a nomeação com a Hillary neck to neck.
O Corbyn ganhou as eleições para leader do labour e pode bem vir a ser o próximo primeiro-ministro tal como o sanders tem chances para a presidência.

Citar
On 6 June 2015, Corbyn announced his candidacy for the leadership of the Labour Party. Although he was initially regarded as a fringe hopeful in the leadership election—having only just secured sufficient nominations from fellow Labour MPs to be placed on the ballot—Corbyn quickly emerged as the lead candidate in opinion polls and secured the support of the majority of trade unions affiliated to the Labour Party, as well as three non-affiliated unions.[3] On 12 September 2015, he was elected Leader of the Labour Party, with a landslide vote of 59.5% in the first round of the ballot.

O podemos e o syriza têm feito furor.

Ha que agarrar a oportunidade  e o air du temps, coisa que só agora o Costa parece estar a apanhar.
Tem que ser atrevido e apontar alto.
Escolher o Louçã como candidato a PR seria mais um passo na ofensiva geral.
O Louçã fazia o pleno da esquerda, sem problemas. Se chegava para ganhar ao Marcelo? Não sei...

Quem é que dava alguma coisa por um black senator do Illinois no início da campanha para as eleições de 2008 nos US?
Quem é que dava alguma coisa pelo syriza tanto nas eleições passadas como nas mais recentes?

Aproveitando a onda global o Costa podia até tomear uma posição de liderança na europa, liderando uma aproximação dos partidos socialistas aos ecologistas e à esquerda radical, eventualmente safando a Internacional Socialista (a organização que agrega os partidos social-democratas) da falência e irrelevância política a que estão votados neste momento. Imagina o PSD alemão aliado aos ecologistas e ao die linke a ganhar as eleições na alemanha? que volta é que isto podia dar à europa? e o corbyn a ganhar as eleições no uk? e o sanders nos US?

O Costa se fosse suficientemente atrevido poderia ser o primeiro a chegar ao poder com o pleno da esquerda. dava-lhe uma projecção internacional brutal.
Mas para isso tem que ir all in e até chocar o eleitorado, propondo o Louçã para a presidência.

Neste momento a direita não sabe como lidar com este fenómeno - aqui (se o costa os tivesse no sítio e fosse atrevido), em espanha, na grécia, nos estados unidos, no uk.

estão completamente em contra-pé. estão a lidar com algo que pensavam estar morto e enterrado. tal como foram recentemente completamente varridos pela ressurgência do keynesianismo.

têm que inventar um argumentário completamente novo para combater esta onda. entretanto, com um bocado de atrevimento a esquerda instala-se no governo e tem potencial para mudar a europa. e o mundo.

percebes o long shot do Louçã, nesta perspectiva?

tudo vale a pena quando a alma não é pequena já dizia o fernando coiso....

L (all in)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 14:57:50
eu so vejo estrema direita a ganhar popularidade

talvez seja dos refugiados

na grecia queem  ganhou   popularidade foi Merkel que perdeu logo a seguir com fronteira aberta imigrantes arabes


talvez o  Sanders seja  esperança do lark
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:03:09
Como diz o ditado: "Vê o cisco no olho dos outros, mas não vê a trave no seu"

é um bocadinho mais que um ditado.
é mateus 7:5 e quem fala é Jesus.

Citação de: JC
Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-15 15:05:58
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.

Acho altamente improvável que o PCP viabilizasse um governo de PS+BE. Isto ou vai PS+BE+PCP ou não vai.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 15:07:18
Como diz o ditado: "Vê o cisco no olho dos outros, mas não vê a trave no seu"

é um bocadinho mais que um ditado.
é mateus 7:5 e quem fala é Jesus.

Citação de: JC
Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão.

L

Não sabia.
Devia ter estado com mais atenção na catequese ... eheheh

Sempre a aprender!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:07:52
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.

Acho altamente improvável que o PCP viabilizasse um governo de PS+BE. Isto ou vai PS+BE+PCP ou não vai.

yep!
acho que estou a bater um recorde de concordâncias contigo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 15:09:47
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.

Acho altamente improvável que o PCP viabilizasse um governo de PS+BE. Isto ou vai PS+BE+PCP ou não vai.

Só há que ter em atenção que o BE e o PCP tem uma luta fratricida. Logo o PS vai estar metido numa jeitosa ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:16:56
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.

Acho altamente improvável que o PCP viabilizasse um governo de PS+BE. Isto ou vai PS+BE+PCP ou não vai.

Só há que ter em atenção que o BE e o PCP tem uma luta fratricida. Logo o PS vai estar metido numa jeitosa ...

Durante a legislatura a luta fica metida no congelador. não será por aí.
Mais depressa o Costa se acagaça do que o BE e o PCP recuam.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 15:20:09
Isso é a tua opinião Lark.
Achas que o PCP vai ficar impávido e sereno a ver o BE "comer" o seu eleitorado?
Isto vai dar pano pra mangas.

PS: Para o Costa e a sua sobrevivência, está mais que visto que o ideal será levar isto até às últimas consequências, ou seja, coligação formal entre PS, BE e CDU. Os "atrelados" BE e CDU, é que parece-me que não vão alinhar nessa opção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 15:24:17
O PCP perdeu os jovens para o BE.

se nao os recupera a lei da mortalidade humana  vai extinguir o partido.

e uma questao sobrevivência

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:32:48
Isso é a tua opinião Lark.

claro que é a minha opinião. queres que ponha um disclaimer a dizer isso?
não leves a mal. é assim que escrevo. coloco as minha opiniões como se fossem factos incontestáveis. é um defeito tramado.

Achas que o PCP vai ficar impávido e sereno a ver o BE "comer" o seu eleitorado?

porque é que o eleitorado do PCP seria 'comido' pelo BE, se estivessem os dois partidos no governo?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 15:36:12
eu nao acredito  pcp se junte ao costa no governo


vai queimar o governo PS/Be   devagarinho

quando o costa voltar com pec
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 15:40:51
A linguagem escrita é tramada, o meu tom a dizer que era a tua opinião não carregava o mínimo de criticismo ou agressividade, apenas estava a querer enquadrar.

O resultado das eleições, o protagonismo da Mortágua, a empatia que as pessoas tiveram com a Catarina Martins, mostram que o "embalo" está do lado do BE.
Que dinâmica se irá desenvolver com ambos os partidos a terem cargos ministeriais, não faço ideia; é algo que leva consigo tantas variáveis que sinceramente não tenho resposta para a tua pergunta. Mas que o PCP não irá ficar à sombra da bananeira, isso aposto que não irá.
 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 15:46:18
eu nao acredito  pcp se junte ao costa no governo


vai queimar o governo PS/Be   devagarinho

quando o costa voltar com pec

Tb acho que o PCP não se junta ao Costa no governo, mas mais por causa dos sindicatos.
O PCP ir para o governo seria uma grande surpresa para mim.


Mas parece que estão a dar como certo que o governo vai de ser esquerda e eu acho que vai ser de direita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:51:29
A linguagem escrita é tramada, o meu tom a dizer que era a tua opinião não carregava o mínimo de criticismo ou agressividade, apenas estava a querer enquadrar.

O resultado das eleições, o protagonismo da Mortágua, a empatia que as pessoas tiveram com a Catarina Martins, mostram que o "embalo" está do lado do BE.
Que dinâmica se iria desenvolver com ambos a ter cargos ministeriais, não faço ideia; é algo que leva consigo tantas variáveis que sinceramente não tenho resposta para a tua pergunta. Mas que o PCP não iria ficar a sombra da bananeira, isso aposto que não ia.

a não ser que o BE tenha ministros espectaculares em pastas especiais, não vejo porque é que o eleitorado do PCP há-de ser comido.
pode até dar-se o contrário, o  PCP acabar por ter um ministro extremamente popular.
só por ai é que vejo possibilidade de se comerem um ao outro (ups, isto não me saiu lá muito bem).

a ida para o governo é mais ao menos uma colocação da disputa pelo eleitorado no congelador. não dá vantagem nem a um nem a outro.
a não ser que apareça o tal ou tais ministros estrela. mas isso tanto pode aparecer de um lado ou do outro.

na minha humilde opinião...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 15:51:53
nem na grecia o PC se unio aos bloquistas


tem haver patido comunista com sindicatos  contra austuridade....

os sindicatos controlam mais menos as ruas

sem eles começam aos tiros
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 15:54:49
nem na grecia o PC se unio aos bloquistas


tem haver patido comunista com sindicatos  contra austuridade....

não é a mesma situação. lá os bloquistas tinham maioria, o pasok faliu e eles seriam o parceiro menor da coligação.
cá, estarão ao nível do bloco e debaixo do chapéu de chuva do PS.

não significa que vão para o governo por causa disso. estou apenas a dizer que são situações diferentes.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 15:58:12
nem na grecia o PC se unio aos bloquistas


tem haver patido comunista com sindicatos  contra austuridade....

não é a mesma situação. lá os bloquistas tinham maioria, o pasok faliu e eles seriam o parceiro menor da coligação.
cá, estarão ao nível do bloco e debaixo do chapéu de chuva do PS.

não significa que vão para o governo por causa disso. estou apenas a dizer que são situações diferentes.

L


estou falar governo com esquerda aplicar austuridade 

o tsipras so viaja de helicóptero...

quem controla ruas sao sindicatos

em portugal sindicatos sao do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-15 15:59:23
A linguagem escrita é tramada, o meu tom a dizer que era a tua opinião não carregava o mínimo de criticismo ou agressividade, apenas estava a querer enquadrar.

O resultado das eleições, o protagonismo da Mortágua, a empatia que as pessoas tiveram com a Catarina Martins, mostram que o "embalo" está do lado do BE.
Que dinâmica se iria desenvolver com ambos a ter cargos ministeriais, não faço ideia; é algo que leva consigo tantas variáveis que sinceramente não tenho resposta para a tua pergunta. Mas que o PCP não iria ficar a sombra da bananeira, isso aposto que não ia.

a não ser que o BE tenha ministros espectaculares em pastas especiais, não vejo porque é que o eleitorado do PCP há-de ser comido.
pode até dar-se o contrário, o  PCP acabar por ter um ministro extremamente popular.
só por ai é que vejo possibilidade de se comerem um ao outro (ups, isto não me saiu lá muito bem).

a ida para o governo é mais ao menos uma colocação da disputa pelo eleitorado no congelador. não dá vantagem nem a um nem a outro.
a não ser que apareça o tal ou tais ministros estrela. mas isso tanto pode aparecer de um lado ou do outro.

na minha humilde opinião...

L

Mas há sempre a questão de elementos do partido virem para a com. social mandar farpas, ficares com uma pasta mais "cabeluda". Mais outro tipo de intrigas que não consigo antecipar.
Acho é que não ficam tipo meninos de coro a olhar um para o outro.
Mas aceito que o que digo é muito especulativo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-15 16:02:14
Citar
A que Governo deve o Presidente da República dar posse ?

 Passos Coelho num Governo minoritário de direita  42%

 António Costa num Governo maioritário de esquerda  34%

 Passos Coelho num Governo de aliança com o PS  24%

IOL.pt

Os resultados do(s) presente(s) inquérito(s) representam apenas a opinião das pessoas que exprimiram a sua preferência, não permitindo a generalização de resultados
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 18:10:26
O PS nunca pode formar governo sozinho, tem que levar o BE no mínimo, o PCP talvez tenha menos "flexibilidade" para isso.

Mas num cenário PS sozinho com acordo parlamentar seria um governo tic-tac pronto a explodir quando BE e PCP quisessem, basta ver que até estando no governo há ás vezes demissões irrevogáveis :) O Costa pode ser muito nabo em tudo mas já leva demasiado tempo de politica para não saber isso.

Acho altamente improvável que o PCP viabilizasse um governo de PS+BE. Isto ou vai PS+BE+PCP ou não vai.

Bem, eu penso que depende...

Neste momento PS+BE têm 86+19 = 105  deputados. A PaF tem 107, mais 2 portanto.

Ou seja, o PCP é sempre preciso para viabilizar o governo do PS (seja de que forma for). Só o BE (ou o PCP) com o PS, não chega.

Mas, dito isto, não é linear que o PCP não viesse a viabilizar uma solução de coligação PS+BE por acordo.

Até diria mais, penso que seria o melhor que o PCP poderia ter.

Isso significaria que o PS e o BE ficariam numa posição de dependência do PCP com o PCP a poder inverter posições ou a distanciar-se em algumas matérias e atacar o governo quando quisesse e bem entendesse.

É claro que o BE é que nunca iria aceitar ficar em tal situação.

Também acho que o PS apenas aceitará um Acordo com o BE e com o PCP com tudo muito detalhado, por escrito, assinado em notário, publicado na comunicação social, etc. etc. para poder ter alguma segurança que aquilo que se está a acordar entre todos será minimamente cumprido....mesmo assim poderá (irá?) sempre haver um assunto no futuro que poderá fazer "rasgar" o acordo por uma razão de "superior interesse nacional"....

É por essa razão que depois do PS votar contra a PaF formar governo, tenho muitas dúvidas que o Presidente da República entre esta solução e uma solução com um governo de gestão, opte pela primeira.

Acho que nenhuma destas soluções é boa, mas para a primeira acontecer, têm mesmo que ser muito bons acordos....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 18:22:44
tenho muitas dúvidas que o Presidente da República entre esta solução e uma solução com um governo de gestão, opte pela primeira.

como é que se pode pensar num governo de gestão por seis meses na situação em que estamos economicamente?
os europeus deitavam as mãos à cabeça e diziam que nós éramos loucos.
o processo já é suficientemente lento tal como está. vamos atrasá-lo ainda mais? para depois marcar novas eleições?
se o PS+BE+PCP chegarem a acordo, esse acordo será o programa de governo que é público por natureza.
e que será debatido detalhadamente na assembleia. O PR saberá muito bem o conteúdo dele.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 18:25:33
Estamos a assistir a jogo político puro e duro; ou pouco mais do que isso.
Parece-me que tanto o PCP quanto o BE percebem claramente que só terão a perder entrando em coligação real com o PS (com cargos ministeriais, etc).
E terão a ganhar em apenas dar apoio, sem coligação formal, e mais tarde espetarem a faca no PS.
O PCP teve que ser o primeiro a levantar a lebre, pois os resultados eleitorais não foram grande coisa em relação ao BE. Logo um bocado de poeria no ar para afastar a conversa desse tema foi uma jogada de mestre.
O BE teve um excelente resultado eleitoral, vai entrar num governo para queimar a sua imagem? Alienar os seus eleitores?
O PS está metido nisto, porque Costa e aliados, estão a tentar salvar a sua pele política.


É tal e qual isto!

O PCP foi "obrigado" a mexer-se devido ao BE ter tido melhores resultados que eles nas eleições. O PCP viu muitos votos irem parar ao BE e precisavam de reagir.

Surpreenderam o BE de tal forma que obrigaram estes a adiar a conversa que tinham marcado com o PS para a semana seguinte para "melhor se preparem internamente".

Por isso o BE de certa forma também foi "obrigado" a seguir em frente devido ao PCP ter-se mexido.

Foi um efeito "bola de neve"...

É irónico que o BE, por exemplo, teve até recentemente vários problemas internos (inclusive um que terminou com a saída do Rui Tavares e da Ana Drago em conflito do BE) porque o BE nunca quis assumir uma posição para vir a ser opção de governação. Grande parte do BE continua hoje também a não querer, vide o Luis Fazenda há poucos dias (http://observador.pt/2015/10/08/luis-fazenda-nao-quer-be-no-governo-so-aceita-governo-ps/ (http://observador.pt/2015/10/08/luis-fazenda-nao-quer-be-no-governo-so-aceita-governo-ps/)).

:D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-15 19:18:13
tenho muitas dúvidas que o Presidente da República entre esta solução e uma solução com um governo de gestão, opte pela primeira.


como é que se pode pensar num governo de gestão por seis meses na situação em que estamos economicamente?
os europeus deitavam as mãos à cabeça e diziam que nós éramos loucos.
o processo já é suficientemente lento tal como está. vamos atrasá-lo ainda mais? para depois marcar novas eleições?
se o PS+BE+PCP chegarem a acordo, esse acordo será o programa de governo que é público por natureza.
e que será debatido detalhadamente na assembleia. O PR saberá muito bem o conteúdo dele.

L


Lark,

Eu não sei obviamente o que se vai passar, apenas partilho o que sei e a minha opinião com base nisso.
Mas tentando responder-te da melhor maneira, penso que um governo de gestão não é uma boa opção. Mas é possível que talvez seja a menos má entre as alternativas.

Repara que há vários constitucionalistas que defendem que um Governo de Gestão pode até apresentar, discutir e aprovar um OE.

O próprio Tribunal Constitucional refere:

Citar
(...) Em 2002, o então Presidente, Jorge Sampaio, teve dúvidas sobre se devia ou não promulgar um decreto-lei do Governo de António Guterres sobre o regime jurídico dos hospitais e centros de saúde. Na resposta, os juízes do Palácio Ratton consideraram, no acórdão 65/02, que o “critério decisivo” é o da “estrita necessidade da sua prática” e que o legislador constitucional não quis restringir o âmbito dos atos que um Governo de gestão apenas aos “chamados atos de gestão corrente” –  “o interesse público pode reclamar a prática inadiável, por exemplo, de atos legislativos”.


in http://observador.pt/2015/07/23/governo-esta-em-gestao-ou-pode-aprovar-o-que-quiser/ (http://observador.pt/2015/07/23/governo-esta-em-gestao-ou-pode-aprovar-o-que-quiser/)

No mesmo artigo é referido ainda que o próprio Cavaco Silve explicou as competência de um Governo de Gestão:
Citar
Quando Cavaco Silva aceitou a demissão do primeiro-ministro José Sócrates, em 2011, explicou na comunicação ao país o que eram as competências de um Governo de gestão, esclarecendo que este não estava “impedido de praticar os atos necessários à condução dos destinos do país, tanto no plano interno, como no plano externo”.


Ou seja, na verdade um Governo de Gestão tem mais amplitude do que se pode imaginar para governar.

E a questão até poderá ser ainda mais interessante....

Segundo a Constituição, artigo 186, um governo de gestão ocorre apenas “antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

Na prática isto significa que um Governo de Gestão só ocorre quando o Presidente da República dissolve o Parlamento ou quando aceita a demissão do primeiro-ministro.

Até ao momento, nenhum dos casos ocorreu....e a Constituição não impõe nenhum limite ou prazo pós-eleitoral para um novo Governo tomar posse.

E sem prazos obrigatórios, na teoria, o Presidente da República pode nem empossar ninguém se não estiver satisfeito com as soluções que lhe forem apresentadas.

Seria interessante a situação de o Presidente da República resolver Não dissolver o Parlamento...deixando o actual governo como está, até o próximo Presidente poder decidir mais capazmente....

Não me tinha lembrado ainda desta ;)

Já agora uma nota: foi um Governo de gestão que negociou o memorando de entendimento com a troika em 2011. Pois foi o Governo de José Sócrates que naquela altura já tinha caído (depois do chumbo do PEC IV) e já tinham sido convocadas eleições antecipadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 19:23:50
tenho muitas dúvidas que o Presidente da República entre esta solução e uma solução com um governo de gestão, opte pela primeira.


como é que se pode pensar num governo de gestão por seis meses na situação em que estamos economicamente?
os europeus deitavam as mãos à cabeça e diziam que nós éramos loucos.
o processo já é suficientemente lento tal como está. vamos atrasá-lo ainda mais? para depois marcar novas eleições?
se o PS+BE+PCP chegarem a acordo, esse acordo será o programa de governo que é público por natureza.
e que será debatido detalhadamente na assembleia. O PR saberá muito bem o conteúdo dele.

L


Lark,

Eu não sei obviamente o que se vai passar, apenas partilho o que sei e a minha opinião com base nisso, sendo que, posso também dizer, tenho familiares perto de alguns centros de decisão e isso por vezes, ajuda ;)

Mas tentando responder-te da melhor maneira, penso que um governo de gestão não é uma boa opção. Mas é possível que talvez seja a menos má entre as alternativas.

Repara que há vários constitucionalistas que defendem que um Governo de Gestão pode até apresentar, discutir e aprovar um OE.

O próprio Tribunal Constitucional refere:

Citar
(...) Em 2002, o então Presidente, Jorge Sampaio, teve dúvidas sobre se devia ou não promulgar um decreto-lei do Governo de António Guterres sobre o regime jurídico dos hospitais e centros de saúde. Na resposta, os juízes do Palácio Ratton consideraram, no acórdão 65/02, que o “critério decisivo” é o da “estrita necessidade da sua prática” e que o legislador constitucional não quis restringir o âmbito dos atos que um Governo de gestão apenas aos “chamados atos de gestão corrente” –  “o interesse público pode reclamar a prática inadiável, por exemplo, de atos legislativos”.


in [url]http://observador.pt/2015/07/23/governo-esta-em-gestao-ou-pode-aprovar-o-que-quiser/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/07/23/governo-esta-em-gestao-ou-pode-aprovar-o-que-quiser/[/url])

No mesmo artigo é referido ainda que o próprio Cavaco Silve explicou as competência de um Governo de Gestão:
Citar
Quando Cavaco Silva aceitou a demissão do primeiro-ministro José Sócrates, em 2011, explicou na comunicação ao país o que eram as competências de um Governo de gestão, esclarecendo que este não estava “impedido de praticar os atos necessários à condução dos destinos do país, tanto no plano interno, como no plano externo”.


Ou seja, na verdade um Governo de Gestão tem mais amplitude do que se pode imaginar para governar.

E a questão até poderá ser ainda mais interessante....

Segundo a Constituição, artigo 186, um governo de gestão ocorre apenas “antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos”.

Na prática isto significa que um Governo de Gestão só ocorre quando o Presidente da República dissolve o Parlamento ou quando aceita a demissão do primeiro-ministro.

Até ao momento, nenhum dos casos ocorreu....e a Constituição não impõe nenhum limite ou prazo pós-eleitoral para um novo Governo tomar posse.

E sem prazos obrigatórios, na teoria, o Presidente da República pode nem empossar ninguém se não estiver satisfeito com as soluções que lhe forem apresentadas.

Seria interessante a situação de o Presidente da República resolver Não dissolver o Parlamento...deixando o actual governo como está, até o próximo Presidente poder decidir mais capazmente....

Não me tinha lembrado ainda desta ;)

Já agora uma nota: foi um Governo de gestão que negociou o memorando de entendimento com a troika em 2011. Pois foi o Governo de José Sócrates que naquela altura já tinha caído (depois do chumbo do PEC IV) e já tinham sido convocadas eleições antecipadas.


ok, admito que um governo de gestão seja um cenário plausível.
também é um cenário de pesadelo.
e vai pôr muita gente na rua a pedir a cabeça do cavaco.
até pode dar uma coisinha má ao homenzinho, sensível como é.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 19:43:24
podes ver  isto como  plano estrategico

esperar pelos espanhoes do psoe/podemos

depois criar grande UNIAO ESQUERDISTA IBERICA! :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 19:54:36
podes ver  isto como  plano estrategico

esperar pelos espanhoes do psoe/podemos

depois criar grande UNIAO ESQUERDISTA IBERICA! :D

nunca curti o termo 'ibérico'.
somos o país com fronteiras definidas mais antigo da península.
não há cá ibérico...
a espanha se não se põe a pau até acaba por perder a catalunha e o país basco. e calhando a galiza. vê lá onde vai ficar a ibéria.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-15 20:29:59

Até me parece que o Passos recusaria esse encargo, mesmo que o Cavaco o convidasse. Tenho-o como um gajo racional e que coloca o interesse do país à frente dos interesses do partido.

L

Grande elogio ao Passos.

E quanto ao Costa, também estás convencido que a primeira preocupação dele são os interesses do país?

sim, pretty much.
embora amigo do sócrates é muito diferente dele. é honesto e é um excelente político.
acho que foi banana na campanha eleitoral, a qual foi uma desgraça. parecia que estava à espera que o poder lhe caísse no colo.

Por outro lado poder ter sido uma jogada genial.
Não ter propositadamente ganho as eleições para fazer o que acho que ele sempre quis fazer: chamar o resto da esquerda a governar e acabar com a tanga do arco governativo, de uma vez por todas.

E ao chamar o resto da esquerda a governar, garante a sobrevivência do PS português vs o PS francês, o PSOE ou o Pasok, que se estão a finar.
Por definição o líder da coligação recebe os louros (se os houver para receber).
Se a coisa correr bem ao Costa, a maioria absoluta do PS sozinho nas próximas eleições (daqui a quatro anos) é uma possibilidade real.
Se tiver a sorte de haver uma recuperação da economia ocidental e mais especificamente europeia, mais real é ainda.

Ganhando uma maioria absoluta, reduz o PCP e o BE à suas dimensões naturais ou mesmo abaixo disso. Os dois juntos podem vir a representar não mais que 10% do eleitorado.

Mas isto seria estar a dar-lhe o crédito de uma inteligência política superior. Embora seja um excelente político não sei se esta elocubrações machiavelianas passarão pela cabeça dele.

De qualquer forma reagiu ao desastre eleitoral de uma forma combativa e imaginativa. Vamos a ver no que vai dar.

Regressando ao ponto, penso que o Costa não é menos dedicado ao bem do país que o Passos. Diria que é, é mais político. O que pode fazer parecer que se preocupa mais com o poder do que com o País. Mas como qualquer bom político que se preze dirá, não se pode fazer nada pelo país, se não se tem o poder.

E sim, fiz um elogio ao Passos e penso que merecido. Tenho consideração por ele.

Nunca faria o mesmo elogio ao Portas que considero um fuinha, um oportunista, um aldrabão e eventualmente, mesmo um criminoso.
Diria até, que leva a palma ao Sócrates.

Ou ao Cavaco que considero um burgesso um incapaz e um aldrabãozeco (não comparável ao Portas que está num escalão muito superior) que beneficiou com a fraude do BPN (e sabe-se lá que mais) e ofereceu uma desculpa esfarrapada ao público português.

Público português que o recompensou com a favorabilidade mais baixa da história de qualquer presidente da república portuguesa.

L

Também tenho muito mais estima pessoal pelo Passos do que pelo Portas.
Mas tenho sérias dúvidas do Costa. Considero que o PS deveria ter pedido desculpa do descalabro socrático, mas está minado por interesses e infiltrado pela maçonaria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-15 21:49:20
Mortágua na sic notícias confirmou agora que o acordo com o PS seria de incidência parlamentar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-15 22:05:15
vi a entrevista que o costa deu em bruxelas, o homem parecia arrasado e rebentado
o que se passa costa? nao estas a curtir a festa?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-15 22:20:12

Até me parece que o Passos recusaria esse encargo, mesmo que o Cavaco o convidasse. Tenho-o como um gajo racional e que coloca o interesse do país à frente dos interesses do partido.

L

Grande elogio ao Passos.

E quanto ao Costa, também estás convencido que a primeira preocupação dele são os interesses do país?

sim, pretty much.
embora amigo do sócrates é muito diferente dele. é honesto e é um excelente político.
acho que foi banana na campanha eleitoral, a qual foi uma desgraça. parecia que estava à espera que o poder lhe caísse no colo.

Por outro lado poder ter sido uma jogada genial.
Não ter propositadamente ganho as eleições para fazer o que acho que ele sempre quis fazer: chamar o resto da esquerda a governar e acabar com a tanga do arco governativo, de uma vez por todas.

E ao chamar o resto da esquerda a governar, garante a sobrevivência do PS português vs o PS francês, o PSOE ou o Pasok, que se estão a finar.
Por definição o líder da coligação recebe os louros (se os houver para receber).
Se a coisa correr bem ao Costa, a maioria absoluta do PS sozinho nas próximas eleições (daqui a quatro anos) é uma possibilidade real.
Se tiver a sorte de haver uma recuperação da economia ocidental e mais especificamente europeia, mais real é ainda.

Ganhando uma maioria absoluta, reduz o PCP e o BE à suas dimensões naturais ou mesmo abaixo disso. Os dois juntos podem vir a representar não mais que 10% do eleitorado.

Mas isto seria estar a dar-lhe o crédito de uma inteligência política superior. Embora seja um excelente político não sei se esta elocubrações machiavelianas passarão pela cabeça dele.

De qualquer forma reagiu ao desastre eleitoral de uma forma combativa e imaginativa. Vamos a ver no que vai dar.

Regressando ao ponto, penso que o Costa não é menos dedicado ao bem do país que o Passos. Diria que é, é mais político. O que pode fazer parecer que se preocupa mais com o poder do que com o País. Mas como qualquer bom político que se preze dirá, não se pode fazer nada pelo país, se não se tem o poder.

E sim, fiz um elogio ao Passos e penso que merecido. Tenho consideração por ele.

Nunca faria o mesmo elogio ao Portas que considero um fuinha, um oportunista, um aldrabão e eventualmente, mesmo um criminoso.
Diria até, que leva a palma ao Sócrates.

Ou ao Cavaco que considero um burgesso um incapaz e um aldrabãozeco (não comparável ao Portas que está num escalão muito superior) que beneficiou com a fraude do BPN (e sabe-se lá que mais) e ofereceu uma desculpa esfarrapada ao público português.

Público português que o recompensou com a favorabilidade mais baixa da história de qualquer presidente da república portuguesa.

L

Também tenho muito mais estima pessoal pelo Passos do que pelo Portas.
Mas tenho sérias dúvidas do Costa. Considero que o PS deveria ter pedido desculpa do descalabro socrático, mas está minado por interesses e infiltrado pela maçonaria.

O que é que querias? Que o Costa fosse à televisão de camisa e de corda ao pescoço, pedir desculpa?
Eu conheço tanto o Costa como conheço o Passos. Que é nada!
Só posso falar das minhas percepções que não valem um tusto no que toca à avaliação da honestidade das pessoa. Houve tempos em que pensei que o Dias Loureiro era uma pessoa honesta, vê lá. Até fiquei com uma lágrima ao canto do olho quando o Duarte Lima contou a história de como venceu o cancro. Não muito tempo depois diz-se, (a polícia brasileira quer interrogá-lo) foi ao brasil dar um tiro numa mulher para ganhar 5 milhões de euros. portanto não diria a ninguém para seguir os meus julgamentos de pessoas.

O passos parece-me boa pessoa.
O costa parece-me mais político, com mais jogo de cintura, mas não o tenho como desonesto.
Vale o que vale. Que é poucochinho.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 22:27:00
Mortágua na sic notícias confirmou agora que o acordo com o PS seria de incidência parlamentar


Tb vi. Ela disse mais coisas interessantes.

Deu a entender que as condições para o BE apoiar o governo do PS são as que a líder do partido falou no debate com o Costa.

Ou seja, são estas:
Citar
Bloco disponível para diálogo de governo

A porta-voz do Bloco de Esquerda manifestou-se disponível para um diálogo de Governo, mas António Costa não respondeu.

No seu minuto final, Catarina Martins elencou as condições para um diálogo de Governo entre socialistas e bloquistas. "Se o PS estiver disponível para abandonar esta ideia de cortar 1660 milhões de euros nas pensões, abandonar o corte da TSU (Taxa Social Única) e o regime conciliatório de despedimentos, no dia 5 de outubro cá estarei para que possamos conversar sobre um Governo que possa salvar o país, que possa pensar como reestruturar a sua dívida para termos futuro e emprego".

[url]http://www.rtp.pt/noticias/entrevistas-e-debates/antonio-costa-e-catarina-martins-o-frente-a-frente-na-integra_v858386[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/entrevistas-e-debates/antonio-costa-e-catarina-martins-o-frente-a-frente-na-integra_v858386[/url])


E levantou algumas duvidas quanto à possibilidade do presidente manter o governo em gestão no caso da moção de rejeição ser aprovada no parlamento. Não disse abertamente que não o podia fazer, mas questionou. Eu tb tenho duvidas nisto.
Se a moção rejeição for aprovada o governo caí, e ao cair tenho duvidas que possa ficar em gestão.
Em 1978 aconteceu uma situação similar e o que aconteceu depois foi que houve um governo de iniciativa presidencial com outro primeiro ministro escolhido pelo presidente, mas desde 1982 que já não pode haver um governo de iniciativa presidencial...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 22:41:23
o partido  dos jovens defende os reformados...os ja tem emprego
"Se o PS estiver disponível para abandonar esta ideia de cortar 1660 milhões de euros nas pensões, abandonar o corte da TSU (Taxa Social Única) e o regime conciliatório de despedimentos,



e coisa eu nao entendo


so se for mesmo pelas miudas que la tem  8)

pelo menos extrema direita americana  tem propaganda de criar jobs!
 tipo isto  "new job and business opportunities for Latinos in this country"

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 22:47:57
Sobre as condições do PCP para apoiar o governo do PS:

Citar
As respostas do PS para as exigências do PCP

Exigências feitas por Jerónimo de Sousa depois de encontro com PS têm vários pontos de encontro com propostas socialistas.


No seu discurso após a reunião de quarta-feira com o PS, Jerónimo de Sousa enunciou dez condições para um entendimento político entre os dois partidos. Deixou de fora grande parte do património ideológico do PCP que contraria as opções socialistas pela União Europeia, pela Zona Euro e pela NATO.

“Perante o quadro de correlação de forças e o pronunciamento do povo, não é apenas de uma questão de composição do Governo que se trata, mas sim de uma solução de resposta aos anseios e às necessidades dos trabalhadores, do povo e do país”, afirmou o líder comunista, passando depois a enunciar as concretizações políticas que entende necessárias.

A Renascença olhou para essas condições e lembra o que diz o PS sobre cada uma delas.

1 - A valorização dos salários, designadamente o aumento do salário mínimo para 600 euros no início de 2016 e do valor real das pensões de reforma

Problema. No programa do PS define-se como essencial o congelamento das pensões durante a legislatura. São 1.600 milhões de euros que, se forem descongelados, é preciso ir buscar a outro lado. Quanto ao salário mínimo, Costa nunca se comprometeu com números e remeteu sempre para negociações com parceiros, o que levou Jerónimo de Sousa a acusá-lo de deixar o assunto nas mãos dos patrões

2 - O combate aos empregos precários, designadamente com alterações à legislação laboral e a aprovação de um Plano Nacional de Combate à Precariedade

Sem problema. O PS também promete grande combate à precaridade.

3 - A reposição dos direitos na legislação do trabalho, nomeadamente valorizando a contratação colectiva

Problema. Esta será a mais difícil de resolver. O PS quer flexibilizar e esta reposição tornará mais rígidos os contratos.

4 – A reposição dos salários, pensões, feriados e outros direitos cortados, nomeadamente dos complementos de reforma

Problema e não problema. Quanto aos feriados não há obstáculos ao entendimento entre comunistas e socialistas. O mesmo não acontece nos complementos de reforma (ver ponto 1). A reposição de salário também é defendida pelo PS, ainda que faseada, mas o PCP não diz que tem de ser imediata

6 - Uma política fiscal justa que tribute fortemente os grupos económicos e financeiros e alivie os impostos sobre os trabalhadores, os reformados e pensionistas, os micro, pequenos e médios empresários e o povo

Sem problemas. Pode ser um ponto de consenso. O PS de Costa revoga o apoio do PS de Seguro à reforma do IRC e recusa a diminuição das taxas. No IRS, o PS quer voltar a aumentar o número de escalões para tornar o imposto mais progressivo. E a descida do IVA da restauração dá resposta às preocupações do PCP com pequenos e médios empresários

7 – O reforço e diversificação do financiamento da Segurança Social e a garantia dos apoios sociais, designadamente do abono de família, subsídio de desemprego e subsídio social de desemprego

Não problema. É outro ponto de consenso: o PS defende o mesmo. Jerónimo de Sousa não se pronunciou neste discurso sobre o ponto mais polémico do PS para a Segurança Social: a descida temporária das contribuições, que tem sido rejeitada por todos, tanto à esquerda como à direita.

8 – A contratação de médicos, enfermeiros de família e outros profissionais para o SNS, a reposição do transporte de doentes não urgentes e a eliminação das taxas moderadoras

Sem problema. O PS também promete mais meios para o Serviço Nacional de Saúde.

9 - A reversão dos processos de concessão, subconcessão e privatização, designadamente das empresas de transportes;

Sem problema. O PS defende o mesmo

10 - A revogação da recente alteração à Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez

Sem problema. Toda a esquerda defende o mesmo e a revogação desta lei que introduziu o pagamento de taxas moderadoras nos abortos feitos a pedido da mulher deve ser dos primeiros diplomas a ser aprovado no novo Parlamento.

[url]http://rr.sapo.pt/noticia/36404/as_respostas_do_ps_para_as_exigencias_do_pcp[/url] ([url]http://rr.sapo.pt/noticia/36404/as_respostas_do_ps_para_as_exigencias_do_pcp[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-15 22:48:22
Isto é cómico. Jerónimo a negociar com PS e o Edgar Silva, candidato presidencial do PCP, a bater forte e feio na subjugação do país à entidades externas, à intromissão da Europa na soberania nacional, etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 22:49:07
o do pcp e nao passa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-15 22:51:57
Com esta brincadeira se o Costa não se entender com o BE+PCP, o PPC entala-o.

O Cavaco indigita o PPC, o PPC submete o programa de governo sem mudar uma virgula e obriga o PS a abster-se, voltando atrás na palavra, perdendo a face e sendo atacado pelo BE e PCP, ou então chumba o programa e força a queda do governo. Em qualquer dos casos fica sempre mal.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 22:57:52
o do pcp e nao passa

Se não houver acordo entre PCP e PS não há PS no governo, pq PSD+CDS têm mais deputados do que PS+BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 23:07:40
vi a entrevista que o costa deu em bruxelas, o homem parecia arrasado e rebentado
o que se passa costa? nao estas a curtir a festa?

Acho que o Costa está a fazer as coisas certas para que possa ir para o governo. Dá entrevistas aos estrangeiros, vai a Bruxelas... está empenhadissimo e a esforçar-se imenso... esse empenho tão forte faz-me ter duvidas quanto à possibilidade do PS não votar favoravelmente à moção de rejeição do BE e/ou CDU no parlamento, no caso de isso vir a acontecer.
Eu achava que na hora da verdade o PS se acobardava, mas agora tenho dúvidas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-15 23:23:19
Citar
Costa confia na nomeação de Cavaco. E vê trunfo no calendário
HÁ 38 MINUTOS
António Costa mostrou-se confiante de que Cavaco o nomeará, numa conversa com eurodeputados. Negociação com o BE já vai na distribuição de medidas pela legislatura. PCP quer desfazer medidas laborais.


Na discreta conversa em Bruxelas, o secretário-geral do PS insistiu por mais do que uma vez que PCP e Bloco não vão colocar em causa os compromissos europeus. E apontou um risco para o país, que virá se Cavaco quiser dar posse ao Governo PSD/CDS, mesmo havendo um acordo maioritário à esquerda. Eis, portanto, o trunfo: Há medidas extraordinárias em vigor que vão cair, a 31 de dezembro, se não for aprovado rapidamente um orçamento para 2016. E só a esquerda, dirá Costa, estará em condições de aprovar rapidamente esse orçamento – garantindo o cumprimento das metas orçamentais.

Dito de outra forma: o PS deitará sempre abaixo o governo de direita (se tiver maioria à esquerda), ficando o Governo de Passos em gestão e sem poder para aprovar leis. Se o Presidente não desse posse ao PS, o país iria viver em duodécimos até haver novo Governo e novo orçamento. Situação que, com a queda das medidas extra, deixaria logo em risco o défice do próximo ano.

A chave na mão do Presidente

A preocupação de alguns eurodeputados, ao que apurou o Observador, é a mesma que outros dirigentes nacionais do PS já manifestaram no Largo do Rato. É que para o argumento valer, Costa tem que garantir desde já que PCP e BE aprovam o 1º orçamento da legislatura. E que aprovam, com ele, a permanência de parte dessas medidas extraordinárias. A missão não parece fácil: entre elas está a sobretaxa de IRS e o corte de salários da função pública – que a esquerda propunha devolver na íntegra no primeiro momento. Aceitarão?

Em Bruxelas, António Costa mostrou também confiança nisso – até confiança num acordo mais global. Mas é aqui, sobretudo no plano político, que o PS entra em território ainda incógnito face ao papel que o Presidente da República ainda terá no processo. Na reunião, Costa admitiu que não vai ser fácil fechar a negociação. E, nos bastidores, há socialistas que admitem ter dúvidas que podem fugir ao controlo do partido. “O Presidente tem a chave na mão”, admite fonte do secretariado nacional, contactada pelo Observador. “Pode exigir, por exemplo, que PCP e BE integrem o Governo”. E esse é um ponto onde as negociações ainda não chegaram – e é um passo que ninguém sabe se os dois partidos estão dispostos a dar.

PS admite deixar cair mais uma medida, para dar espaço ao BE

Para já, é nas contas que as reuniões técnicas à esquerda se têm desenrolado. Mário Centeno, o homem que fez o cenário macroeconómico do PS, anda à volta dos números para acomodar exigências de ambos os partidos. Segundo fontes contactadas pelo Observador, o encontro de terça-feira com os bloquistas foi visto como “animador” para os lados do Rato. Fala-se já de um trabalho de distribuição das propostas do BE pelos primeiros três anos da legislatura (nomeadamente o descongelamento das pensões), com uma folga extra que virá de uma medida que o PS deixou cair: o crédito fiscal aos mais pobres, bastante criticado por Catarina Martins durante a campanha – e que implicaria forte despesa pública a partir de 2017.

Antes, no início do processo, os socialistas já tinham deixado cair mais duas propostas do seu programa – que lhe eram, aliás, centrais: a redução da TSU e o novo mecanismo para negociar despedimentos nas empresas.

A próxima reunião com os bloquistas, onde o PS dirá o que cabe ou não no seu cenário macroeconómico, ficou entretanto adiada para esta sexta-feira, já depois do PS fazer as suas próprias contas – e de Costa dar o aval sobre os limites em que o partido admite ceder.

PCP concentra-se em desbloquear contratos coletivos

Do lado do PCP, as informações mais fiáveis vêm ainda da primeira reunião, onde os socialistas assumem ter ficado “de boca aberta” com a abertura dos comunistas. “As exigências do PCP foram mais centradas em matéria laboral do que em questões orçamentais”, diz a mesma fonte da direção do PS. Sobretudo na revogação de boa parte das medidas aprovadas pela direita (com a troika), para desbloquear os contratos coletivos – dando uma ajuda importante à CGTP, que viu o número de trabalhadores abrangidos por contratos coletivos descer de cerca de 2 milhões para pouco mais de 200 mil, em apenas quatro anos”. A juntar a isto, Jerónimo de Sousa quis também a anulação dos contratos de concessão da Metro de Lisboa e do Porto, da Carris e STCP – empresas públicas onde o partido comunista tem forte representação laboral.

Mesmo assim, há alguns sinais de que nem tudo são rosas, neste processo de diálogo à esquerda. As declarações de Jorge Cordeiro e de Ilda Figueiredo, dizendo que o PCP aprovará o Governo PS, negociando depois as medidas uma a uma, na AR, deixaram apreensivos alguns socialistas. “Chegar a um acordo com os dois já é difícil, juntar-lhe a exigência de cumprir o Tratado Orçamental… vai ser preciso muito jeito. Isto é tudo muito bonito, mas… só acredito quando chegar ao fim”, explica um dirigente do PS.

Esta sexta-feira, António Costa estará de volta a Lisboa. E o processo negocial dos socialistas com a esquerda devem entrar em fase final: Costa e Centeno têm reunião marcada, para definir até onde admitem ir, nomeadamente na troca de medidas do programa socialista com as do BE e com outras do PCP. A direita está, até lá, em stand-by: Costa quer assegurar que tem hipóteses de chegar a uma maioria antes de dizer um não definitivo a Passos. A carta prometida, com as exigências do PS, ainda nem seguiu para São Bento.

[url]http://observador.pt/2015/10/15/costa-confia-na-nomeacao-de-cavaco-o-trunfo-esta-no-calendario/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/15/costa-confia-na-nomeacao-de-cavaco-o-trunfo-esta-no-calendario/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-15 23:38:35
Sobre as condições do PCP para apoiar o governo do PS:

Citar
As respostas do PS para as exigências do PCP

Exigências feitas por Jerónimo de Sousa depois de encontro com PS têm vários pontos de encontro com propostas socialistas.

Interessante, se bem que na sua maioria previsíveis.

Isto são "exigências", mas desconfio que estejam sujeitas a diálogo e a um "limar de arestas", usando uma expressão utilizada pelo Costa. Ou seja, serão ainda para debater e possivelmente para haver algumas concessões.

Continuo a achar o trabalho do Costa francamente bom neste cenário de pós-eleitoral. Foi desastrado durante a campanha, mas parece estar agora muito mais determinado sobre o que pretende alcançar. Pela negativa, o partido ainda fala a várias vozes, os ecos de contestação interna fazem-se ouvir com algum estrondo, e o problema do/a candidato/a à Presidência já não tem solução.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-15 23:50:19
Se costa conseguir  por BE e PCP aplicar austuridade  dentro governo e uma vitoria  para bruxelas PS e PSD


vai partir estes partidos todos


e como portas com  reforma do estado  se fosse frente    deixa-va  existir  por isso nao fez...


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-16 01:21:59
no dia em que o costa aplicar austeridade o governo cai, por isso eh que uma solucao assim so duraria 1 ano ou parecido
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-16 08:32:07
Isto explica bastante da nossa desgraça (e dos gregos).
Citar
Partidos comunistas há muitos, mas na União Europeia o PCP é o que tem mais votos. E, logo a seguir, o grego é o que tem melhores números.


Comunistas na Europa. O PCP é o que mais resiste (http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-16 11:18:32
Isto explica bastante da nossa desgraça (e dos gregos).
Citar
Partidos comunistas há muitos, mas na União Europeia o PCP é o que tem mais votos. E, logo a seguir, o grego é o que tem melhores números.


Comunistas na Europa. O PCP é o que mais resiste ([url]http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/[/url])


No UK tiveram pouco mais de mil votos, caramba nem os militantes votam! :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-16 11:52:48
Partidos de extrema esquerda só subsistem em sociedades com muito ignorância.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-16 12:45:17
Isto explica bastante da nossa desgraça (e dos gregos).
Citar
Partidos comunistas há muitos, mas na União Europeia o PCP é o que tem mais votos. E, logo a seguir, o grego é o que tem melhores números.


Comunistas na Europa. O PCP é o que mais resiste ([url]http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/[/url])


No UK tiveram pouco mais de mil votos, caramba nem os militantes votam! :D


nos países anglo-saxões, tradicionalmente bipartidários, a esquerda radical costuma estar 'dentro' do partido democrata/labour. não há tradição de partidos comunistas ou partidos de esquerda radical.

no UK e nos US, é muito claro onde está a esquerda radical: é ler o post corbyn & sanders neste forum (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4209.0.html).

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-16 13:31:31
E levantou algumas duvidas quanto à possibilidade do presidente manter o governo em gestão no caso da moção de rejeição ser aprovada no parlamento. Não disse abertamente que não o podia fazer, mas questionou. Eu tb tenho duvidas nisto.

Ouvi outras pessoas sobre isto e disseram que pode. Vou assumir que pode.
A esquerda é que tem algum receio que o Cavaco decida fazer isso.
Neste momento, a esquerda tem mais receio que haja eleições antecipadas do que a direita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-16 13:45:57
E levantou algumas duvidas quanto à possibilidade do presidente manter o governo em gestão no caso da moção de rejeição ser aprovada no parlamento. Não disse abertamente que não o podia fazer, mas questionou. Eu tb tenho duvidas nisto.

Ouvi outras pessoas sobre isto e disseram que pode. Vou assumir que pode.
A esquerda é que tem algum receio que o Cavaco decida fazer isso.
Neste momento, a esquerda tem mais receio que haja eleições antecipadas do que a direita.

Li, penso que no Observador, que algumas das leis introduzidas com a troika terminavam a 31 Dezembro e portanto teriam que ser reintroduzidas para 2016 num novo orçamento anual, coisa que um governo de gestão não poderia fazer porque trabalha em duodécimo, mês a mês.
Seria um argumento apresentado pelo PS para tirar a hipótese de governo de gestão ao Cavaco, portanto não sei até que ponto terá validade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-16 13:51:00
Numa pesquisa rápida, ate o Passos Coelho falou neste problema dos duodécimos

Citar
Vamos a alguns pontos mais concretos. O Governo deixou 600 milhões em aberto para o próximo Orçamento, sem medida prevista, mas na área das pensões. Tendo em conta que o Orçamento de 2016 só estará em vigor em Março, é possível que a primeira medida do próximo Governo tenha que ser um imposto sobre as pensões?

Espero em primeiro lugar que o Orçamento possa entrar em vigor mais cedo.

Não é fácil, como sabe.

… E espero que seja mais cedo até por uma razão prática: é que enquanto não tivermos novo orçamento nós teremos de viver num regime de duodécimos relativamente ao orçamento anterior, mas sem a aplicação de medidas extraordinárias. O que significa que todas as medidas que hoje vigoram, quer do lado da receita, quer do lado da despesa (e que hoje vigoram) caem…

Corte de salários da função pública, por exemplo?

Por exemplo. E a sobretaxa, por aí fora. Portanto, isso representaria seguramente – tal como o Conselho de Finanças Públicas disse – um défice excessivo claro e um desequilíbrio externo. Portanto, eu espero que seja possível…


http://observador.pt/especiais/passos-coelho/ (http://observador.pt/especiais/passos-coelho/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-16 14:48:59
E levantou algumas duvidas quanto à possibilidade do presidente manter o governo em gestão no caso da moção de rejeição ser aprovada no parlamento. Não disse abertamente que não o podia fazer, mas questionou. Eu tb tenho duvidas nisto.


Ouvi outras pessoas sobre isto e disseram que pode. Vou assumir que pode.
A esquerda é que tem algum receio que o Cavaco decida fazer isso.
Neste momento, a esquerda tem mais receio que haja eleições antecipadas do que a direita.


Li, penso que no Observador, que algumas das leis introduzidas com a troika terminavam a 31 Dezembro e portanto teriam que ser reintroduzidas para 2016 num novo orçamento anual, coisa que um governo de gestão não poderia fazer porque trabalha em duodécimo, mês a mês.
Seria um argumento apresentado pelo PS para tirar a hipótese de governo de gestão ao Cavaco, portanto não sei até que ponto terá validade.

Sim, ontem deixei uma noticia com isso:
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Na discreta conversa em Bruxelas, o secretário-geral do PS insistiu por mais do que uma vez que PCP e Bloco não vão colocar em causa os compromissos europeus. E apontou um risco para o país, que virá se Cavaco quiser dar posse ao Governo PSD/CDS, mesmo havendo um acordo maioritário à esquerda. Eis, portanto, o trunfo: Há medidas extraordinárias em vigor que vão cair, a 31 de dezembro, se não for aprovado rapidamente um orçamento para 2016. E só a esquerda, dirá Costa, estará em condições de aprovar rapidamente esse orçamento – garantindo o cumprimento das metas orçamentais.


Mas isso é uma opinião politica. É como dizem um trunfo que o Costa acha que tem. A minha duvida era mais jurídica. Questionava se o Cavaco estava obrigado a dar posse um governo de esquerda depois da moção de rejeição fazer cair o governo, e pelas opiniões que ouvi não está.

Sobre a questão do OE que tem de ser enviado até dia 31 de Dez, a União Europeia já está a pedir neste momento um esboço do OE, mesmo sem haver um governo novo, o que o Passos se está a recusar a fazer, mas parece ser por decisão politica e não por impossibilidade legal.

O Passos disse que:
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“Não faria sentido que o Governo que está de saída apresentasse o projeto de um orçamento que não vai fazer”.
Passos não aponta para uma data de entrega e diz que não tem condições para o fazer. Espera, no entanto, que o Governo que venha a ser formado envie o documento “com um mês de antecedência em relação à data estimada para aprovação pelo parlamento”, permitindo que a Comissão e o Eurogrupo se pronunciem antes do orçamento ser aprovado. “E isso Portugal não deixará de fazer”, acrescenta.
[url]http://jornaldeportugal.pt/passos-espera-que-o-proximo-governo-assuma-os-compromissos-com-a-ue/[/url] ([url]http://jornaldeportugal.pt/passos-espera-que-o-proximo-governo-assuma-os-compromissos-com-a-ue/[/url])

A questão do OE talvez se resolva, mas se não se resolver, há tb quem diga que Portugal se aguenta por um tempo sem ter o OE aprovado.
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A opinião é de Bagão Félix.

O ex-ministro das Finanças acredita ainda que governar sem um Orçamento aprovado e em duodécimos, por pouco tempo, não é grave, graças à almofada financeira de 15 milhões que Maria Luís Albuquerque garantiu ter nos cofres do Estado e que permite fazer face a qualquer evolução negativa.

A política de incentivos do Banco Central Europeu, que "é uma aliada que antes nao havia" também ajuda a manter a calma ao país.
[url]http://www.noticiasaominuto.com/politica/469167/governo-de-gestao-nao-coloca-pais-em-bancarrota[/url] ([url]http://www.noticiasaominuto.com/politica/469167/governo-de-gestao-nao-coloca-pais-em-bancarrota[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-16 15:01:02
Se o Cavaco der posse a um novo governo em breve, depois o "esboço" do OE que agora a UE está a pedir já pode ser enviado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-16 15:33:42
Ontem a Manuela Ferreira Leite foi muito dura com o Costa, e ela costuma ter uma opinião coincidente com a do Cavaco, como a própria já reconheceu antes, ela disse "que do ponto de vista político nunca sentiu nenhuma divergência de fundo com Cavaco Silva."
Isso tb me faz pensar que mesmo que haja acordo à esquerda as coisas não vão ser fáceis para o Costa...

Citar
“O que António Costa está a fazer é um verdadeiro golpe de Estado”

Comentário de Manuela Ferreira Leite no programa “Política Mesmo” da TVI24

“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico, pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais (…) que é uma interpretação do meu ponto de vista absolutamente abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, afirmou.

“O Dr. António Costa, se tinha na sua mente que ia aliar-se ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, só tinha legitimidade para fazer essa negociação se tivesse dito isso em campanha eleitoral. Não disse. Nunca anunciou tal. Não teve nenhum resultado eleitoral que não estivesse à espera e, portanto, não tem nenhuma legitimidade para estar a interpretar os votos nele como um mandato. Ele não tem mandato para se ir aliar à esquerda. O povo português, 70%, não quer”, defendeu.

[url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-16 18:15:02
Logo hoje que o Costa vai dar uma entrevista na TVI é que libertam o Sócrates.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-16 18:19:14
Ontem a Manuela Ferreira Leite foi muito dura com o Costa, e ela costuma ter uma opinião coincidente com a do Cavaco, como a própria já reconheceu antes, ela disse "que do ponto de vista político nunca sentiu nenhuma divergência de fundo com Cavaco Silva."
Isso tb me faz pensar que mesmo que haja acordo à esquerda as coisas não vão ser fáceis para o Costa...

Citar
“O que António Costa está a fazer é um verdadeiro golpe de Estado”

Comentário de Manuela Ferreira Leite no programa “Política Mesmo” da TVI24

“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico, pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais (…) que é uma interpretação do meu ponto de vista absolutamente abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, afirmou.

“O Dr. António Costa, se tinha na sua mente que ia aliar-se ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, só tinha legitimidade para fazer essa negociação se tivesse dito isso em campanha eleitoral. Não disse. Nunca anunciou tal. Não teve nenhum resultado eleitoral que não estivesse à espera e, portanto, não tem nenhuma legitimidade para estar a interpretar os votos nele como um mandato. Ele não tem mandato para se ir aliar à esquerda. O povo português, 70%, não quer”, defendeu.

[url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url])



Percebo a indignação da senhora, mas por esta ordem de ideias, então o PS também não tem "legitimidade" para acordos com a coligação---e neste caso ainda é pior, porque a mensagem de "fim da austeridade" foi repetida ad-nauseum pelo Costa durante a campanha, bem como a ideia de que o Orçamento de Estado não iria passar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-16 18:46:03
Essa interpretação de Ferreira Leite também é válida, ao lado da interpretação que a esquerda faz dos resultados eleitorais.
Essas interpretações politicas a Constituição parece permitir.

Depois, cada eleitor, de acordo com as suas convicções tem mais facilidade ou dificuldade em aceitar as duas interpretações com peso igual e normalmente pende mais para uma e menos para outra.

No confronto entre essas duas interpretações, há uma condicionante decisiva, que vem de um "arbitro" que decide e tem legitimidade constitucional para decidir em última instância, independentemente das críticas que lhe possam ser dirigidas quando decidir. Esse "arbitro" é o Presidente da Republica que já marcou a sua condição: Os compromissos internacionais têm de ser respeitados.

Caso "os compromissos internacionais" não sejam respeitados por esta nova coligação de esquerda, com tudo o que isso implica de mais ou menos austeridade, o Presidente da Republica não aceitará esse governo de coligação de esquerda pós-eleitoral, mesmo que tenha maioria absoluta no Parlamento. Preto no branco.

Portanto... o BE e o PCP é que têm de se adaptar às condições impostas pelo Presidente (e pelos vistos também pelo PS que concorda com o Presidente) e ceder na parte em que os "compromissos internacionais" sejam respeitados mesmo que isso signifique a manutenção de um grau de austeridade ainda elevado, na perspectiva do BE e do PCP.

No fundo, o que o PS quer é que seja corrigido (reduzido) aquela margem do ter "ido mais além da Troika" no grau de austeridade levado a cabo pelo governo PSD-CDS.

Eu apenas me pergunto se o impacto nos números, na economia e nas pessoas, será melhor, pior, igual... a médio, a longo prazo... mas para isso é que existem economistas e financeiros qualificados...


    :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-16 18:52:58
Essa interpretação de Ferreira Leite também é válida, ao lado da interpretação que a esquerda faz dos resultados eleitorais.
Essas interpretações politicas a Constituição parece permitir.

Depois, cada eleitor, de acordo com as suas convicções tem mais facilidade ou dificuldade em aceitar as duas interpretações com peso igual e normalmente pende mais para uma e menos para outra.

No confronto entre essas duas interpretações, há uma condicionante decisiva, que vem de um "arbitro" que decide e tem legitimidade constitucional para decidir em última instância, independentemente das críticas que lhe possam ser dirigidas quando decidir. Esse "arbitro" é o Presidente da Republica que já marcou a sua condição: Os compromissos internacionais têm de ser respeitados.

Caso "os compromissos internacionais" não sejam respeitados por esta nova coligação de esquerda, com tudo o que isso implica de mais ou menos austeridade, o Presidente da Republica não aceitará esse governo de coligação de esquerda pós-eleitoral, mesmo que tenha maioria absoluta no Parlamento. Preto no branco.

Portanto... o BE e o PCP é que têm de se adaptar às condições impostas pelo Presidente (e pelos vistos também pelo PS que concorda com o Presidente) e ceder na parte em que os "compromissos internacionais" sejam respeitados mesmo que isso signifique a manutenção de um grau de austeridade ainda elevado, na perspectiva do BE e do PCP.

No fundo, o que o PS quer é que seja corrigido (reduzido) aquela margem do ter "ido mais além da Troika" no grau de austeridade levado a cabo pelo governo PSD-CDS.

Eu apenas me pergunto se o impacto nos números, na economia e nas pessoas, será melhor, pior, igual... a médio, a longo prazo... mas para isso é que existem economistas e financeiros qualificados...


    :D

A questão aqui é saber se o PR confia o suficiente na estabilidade e solidez de uma proposta da esquerda (seja ela qual for) a ponto de lhe passar o poder para as mãos, mesmo que essa "proposta" afirme que respeita os compromissos internacionais.  O suficiente, ou pelo menos mais do que numa proposta à direita com minoria parlamentar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-16 18:58:10
minha duvida se eleitores da esquerda radical vao engolir

isso  implantar  austeridade..

Mais depressa um comunista se  junta aos Nazis penso eu...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-16 19:26:31
A questão aqui é saber se o PR confia o suficiente na estabilidade e solidez de uma proposta da esquerda (seja ela qual for) a ponto de lhe passar o poder para as mãos, mesmo que essa "proposta" afirme que respeita os compromissos internacionais.  O suficiente, ou pelo menos mais do que numa proposta à direita com minoria parlamentar.

Existe sempre o risco dessa "estabilidade e solidez" da coligação se esfumar no futuro.
Só o tempo o dirá. Acho que nem o próprio Presidente pode garantir em absoluto a "estabilidade" no futuro.



minha duvida se eleitores da esquerda radical vao engolir

isso  implantar  austeridade..

Mais depressa um comunista se  junta aos Nazis penso eu...

Os eleitores nesta altura são parte menos importante da equação.
Os eleitores já esgotaram o seu papel: colocar a cruz no dia das eleições.
Daqui a 4 anos, a época já será outra...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-16 19:33:09
Agora à direita ... :D

Vasco Polido Valente profetiza um dilúvio, no Público (http://www.publico.pt/politica/noticia/antes-do-diluvio-1711271?frm=opi (http://www.publico.pt/politica/noticia/antes-do-diluvio-1711271?frm=opi)):

Citar
Antes do Dilúvio

A realidade não se inventa com uma aritmética duvidosa e meia dúzia de frases sibilinas.

António Costa não percebeu o essencial, ou seja, que um Governo como o que ele se prepara para fabricar com o PCP e o Bloco é impossível em democracia e só se aguenta, e mal, em ditadura. Com um Parlamento aberto e uma oposição a meia dúzia de votos da maioria absoluta; com liberdade de expressão e de reunião; com um regime judicial, apesar de tudo, independente; com partidos sólidos nas câmaras de mais de metade do país; com uma economia de mercado; e com uma Igreja Católica intocável: é um contra-senso e uma loucura. A cada erro, a cada fracasso, haverá uma tempestade geral e Costa não tem, fora da sua geringonça, em quem se apoiar. E mesmo no PC e no Bloco não vai ser fácil encontrar quem queira partilhar o desastre. A realidade não se inventa com uma aritmética duvidosa e meia dúzia de frases sibilinas.

Além disto, que chega e sobra, o Governo PS não pode dispensar uma disciplina rigorosa no seu próprio partido, que sempre viveu de uma larga tolerância, e nos partidos da extrema-esquerda em que não manda e são uma quantidade desconhecida, jurem agora o que jurarem. Costa andará sempre a olhar por cima do ombro e cairá dia a dia em qualquer armadilha que lhe estenderem. A boa-fé, que ele também não observou, não é uma das virtudes do radicalismo, por muito cândida que a dra. Catarina pareça. A intriga endémica da esquerda crescerá sem parar, com a ajuda dos grupinhos que nasceram ultimamente e um batalhão de comentadores à procura do seu lugar ao sol. Imerso neste caldeirão, o Governo, sem meios para impor a sua autoridade, irá muito depressa cair numa irremediável barafunda.

E, por fim, Costa não tem dinheiro para pagar os compromissos do PS e os que vier a tomar para angariar os votos do PC e do Bloco. Em vários tons, os papas da economia já avisaram que, nesse capítulo, o programa do PS leva a uma segunda catástrofe. Para não os citar todos, basta falar da sra. dra. Teodora Cardoso, presidente de um organismo respeitável, o Conselho das Finanças Públicas. Previne a senhora que “o regresso a uma política de estímulo ao consumo privado pode agravar o défice externo”, “o défice orçamental” e, logicamente, “o grau de endividamento” do país. E, para não deixar dúvidas, Teodora Cardoso não hesita em dizer que a estratégia de Costa cria o “risco” de provocar uma “nova crise”. Se criar, como de resto pessoalmente acredito, não se tornará a ouvir em Portugal o nome do PS.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-16 20:38:40
Citação de: VPV
Se criar, como de resto pessoalmente acredito, não se tornará a ouvir em Portugal o nome do PS.



não vai criar puto - já me fartei de repetir que não há grande espaço de manobra dentro do euro - assim como esta estratégia é a única que garante a sobrevivência ao PS.
Chamar a si a esquerda radical.
Se o não fizesse e deixasse passar um governo PSD/CDS ou pior, entrasse num governo com eles, sucedia ao PS o mesmo que ao PASOK e ao BE o mesmo que ao Syriza.
Ao PCP não sucedia nada como não sucedeu ao partido comunista grego.
Quem o PS quer bem pertinho de si é o BE. o PCP é só para fazer número.

(http://freetimehub.com/wp-content/uploads/04-godfather-keep-friend.jpg)

L


PS: ah... e o VPV é um péssimo forecaster. nunca o vi acertar uma. para além de ter ficado um velhote velhaco e mal humorado. é pena. espero não vir a envelhecer assim.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-16 21:16:25

O Costa pensa que ainda está em campanha e que as eleições ainda não aconteceram....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-16 22:08:27
Ontem a Manuela Ferreira Leite foi muito dura com o Costa, e ela costuma ter uma opinião coincidente com a do Cavaco, como a própria já reconheceu antes, ela disse "que do ponto de vista político nunca sentiu nenhuma divergência de fundo com Cavaco Silva."
Isso tb me faz pensar que mesmo que haja acordo à esquerda as coisas não vão ser fáceis para o Costa...

Citar
“O que António Costa está a fazer é um verdadeiro golpe de Estado”

Comentário de Manuela Ferreira Leite no programa “Política Mesmo” da TVI24

“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico, pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais (…) que é uma interpretação do meu ponto de vista absolutamente abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, afirmou.

“O Dr. António Costa, se tinha na sua mente que ia aliar-se ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, só tinha legitimidade para fazer essa negociação se tivesse dito isso em campanha eleitoral. Não disse. Nunca anunciou tal. Não teve nenhum resultado eleitoral que não estivesse à espera e, portanto, não tem nenhuma legitimidade para estar a interpretar os votos nele como um mandato. Ele não tem mandato para se ir aliar à esquerda. O povo português, 70%, não quer”, defendeu.

[url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url])



Percebo a indignação da senhora, mas por esta ordem de ideias, então o PS também não tem "legitimidade" para acordos com a coligação---e neste caso ainda é pior, porque a mensagem de "fim da austeridade" foi repetida ad-nauseum pelo Costa durante a campanha, bem como a ideia de que o Orçamento de Estado não iria passar.


Acho que é uma situação diferente, pq:

a) o PS não ganhou as eleições, nem colocou a hipótese de se coligar com o resto da esquerda em campanha eleitoral
b) em 2011, PSD falou da hipótese de coligar com CDS, na campanha eleitoral, antes de se coligar
c) haver acordos pontuais entre a coligação de direita e o PS são historicamente normais, mas não se passa o mesmo entre PS e o resto da esquerda
d) os programas eleitorais entre a coligação de direita e o PS têm mais em comum do que os programas eleitorais entre PS e o resto da esquerda, isso mesmo foi dito por quem está à esquerda do PS na campanha eleitoral. Por exemplo, Jerónimo de Sousa disse:"Ao contrário do que a torrente de comentadores e analistas se apressaram a difundir, a propósito do documento programático do PS, não só é falsa a ideia de uma divergência de propósitos políticos entre o PS e o atual Governo, como o que esse documento revela é a impossibilidade de romper com o que designam de austeridade"
e) aquilo que parece é que o Costa quer ser primeiro ministro a "qualquer preço", expressão até usada por socialistas. Mais do que politica, parece estar em causa o seu "próprio umbigo". A maneira como ele ganhou as eleições ao Seguro já tinha mostrado um pouco isso. Ele terá muitas dificuldades de se aguentar como líder do partido se não for para o governo.
f) neste momento, existe uma divisão no PS e os mesmos argumentos usados pela MFL são usados tb por pessoas ligadas ao PS


Mas a importância que dou às palavras da MFL é mais pq ela costuma pensar de forma similar ao Cavaco.
Se ela pensa assim, acho que o Cavaco tb deverá pensar assim, e isso não parece bom para o Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-16 23:00:29
Ontem a Manuela Ferreira Leite foi muito dura com o Costa, e ela costuma ter uma opinião coincidente com a do Cavaco, como a própria já reconheceu antes, ela disse "que do ponto de vista político nunca sentiu nenhuma divergência de fundo com Cavaco Silva."
Isso tb me faz pensar que mesmo que haja acordo à esquerda as coisas não vão ser fáceis para o Costa...

Citar
“O que António Costa está a fazer é um verdadeiro golpe de Estado”

Comentário de Manuela Ferreira Leite no programa “Política Mesmo” da TVI24

“Estamos perante um país em estado de choque, uma grande parte em grande pânico, pela interpretação que está a ser dada aos resultados eleitorais (…) que é uma interpretação do meu ponto de vista absolutamente abusiva e que corresponde a um verdadeiro golpe de Estado”, afirmou.

“O Dr. António Costa, se tinha na sua mente que ia aliar-se ao Partido Comunista e ao Bloco de Esquerda, só tinha legitimidade para fazer essa negociação se tivesse dito isso em campanha eleitoral. Não disse. Nunca anunciou tal. Não teve nenhum resultado eleitoral que não estivesse à espera e, portanto, não tem nenhuma legitimidade para estar a interpretar os votos nele como um mandato. Ele não tem mandato para se ir aliar à esquerda. O povo português, 70%, não quer”, defendeu.

[url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/opiniao/comentario/manuela-ferreira-leite-o-que-antonio-costa-esta-a-fazer-e-um-verdadeiro-golpe-de-estado[/url])



Percebo a indignação da senhora, mas por esta ordem de ideias, então o PS também não tem "legitimidade" para acordos com a coligação---e neste caso ainda é pior, porque a mensagem de "fim da austeridade" foi repetida ad-nauseum pelo Costa durante a campanha, bem como a ideia de que o Orçamento de Estado não iria passar.


Acho que é uma situação diferente, pq:

a) o PS não ganhou as eleições, nem colocou a hipótese de se coligar com o resto da esquerda em campanha eleitoral
b) em 2011, PSD falou da hipótese de coligar com CDS, na campanha eleitoral, antes de se coligar
c) haver acordos pontuais entre a coligação de direita e o PS são historicamente normais, mas não se passa o mesmo entre PS e o resto da esquerda
d) os programas eleitorais entre a coligação de direita e o PS têm mais em comum do que os programas eleitorais entre PS e o resto da esquerda, isso mesmo foi dito por quem está à esquerda do PS na campanha eleitoral. Por exemplo, Jerónimo de Sousa disse:"Ao contrário do que a torrente de comentadores e analistas se apressaram a difundir, a propósito do documento programático do PS, não só é falsa a ideia de uma divergência de propósitos políticos entre o PS e o atual Governo, como o que esse documento revela é a impossibilidade de romper com o que designam de austeridade"
e) aquilo que parece é que o Costa quer ser primeiro ministro a "qualquer preço", expressão até usada por socialistas. Mais do que politica, parece estar em causa o seu "próprio umbigo". A maneira como ele ganhou as eleições ao Seguro já tinha mostrado um pouco isso. Ele terá muitas dificuldades de se aguentar como líder do partido se não for para o governo.
f) neste momento, existe uma divisão no PS e os mesmos argumentos usados pela MFL são usados tb por pessoas ligadas ao PS


Mas a importância que dou às palavras da MFL é mais pq ela costuma pensar de forma similar ao Cavaco.
Se ela pensa assim, acho que o Cavaco tb deverá pensar assim, e isso não parece bom para o Costa.


Eu estava mais a criticar os argumentos que a Ferreira Leite usou, porque me parece que dão para os dois lados (e há ali um em concreto que é pura demagogia - dos "70% do povo não quer."). Mas passo a comentar os teus pontos:

Citar
a) o PS não ganhou as eleições, nem colocou a hipótese de se coligar com o resto da esquerda em campanha eleitoral


Certo. É factual. Estes factos não podem é ser usados como argumento de que a hipótese de acordo (ou mesmo coligaçã)o---anunciada agora como hipótese--- não é válida. Isto parece-me óbvio. Pode não agradar a muita gente, e pode ter apanhado outros de surpresa, mas nada disto a torna ilegítima.

Citar
b) em 2011, PSD falou da hipótese de coligar com CDS, na campanha eleitoral, antes de se coligar


Também é factual. Neste caso, o facto apenas indica um comportamento diferente por parte de outras forças políticas (foram mais "bem comportados", mas mais mal comportados noutras vertentes). Nada mais. Não tem importância prática nem influência directa sobre a situação actual.

Citar
c) haver acordos pontuais entre a coligação de direita e o PS são historicamente normais, mas não se passa o mesmo entre PS e o resto da esquerda


Não é impeditivo de uma tentiva de acordo à esquerda. Mais, este hábito histórico não deve ser invocado como uma barreira, nem como prenúncio de catástrofe. Não há dados concretos que o indiquem. Apenas especulação. Mas assim com há os profetas da desgraça, também há os da bonança.

Citar
d) os programas eleitorais entre a coligação de direita e o PS têm mais em comum do que os programas eleitorais entre PS e o resto da esquerda, isso mesmo foi dito por quem está à esquerda do PS na campanha eleitoral. Por exemplo, Jerónimo de Sousa disse:"Ao contrário do que a torrente de comentadores e analistas se apressaram a difundir, a propósito do documento programático do PS, não só é falsa a ideia de uma divergência de propósitos políticos entre o PS e o atual Governo, como o que esse documento revela é a impossibilidade de romper com o que designam de austeridade"


Outro facto. E outro facto que não impede que, por via de concessões, uma aliança de esquerda não possa ser legitima(da)---e até fazer com que um acordo programático final torne as divergências de opinião mais próximas do que a proximidade entre PS e coligação. Não esqueçamos que as maiores divergências de todas---a adesão à UE e os compromissos internacionais já assumidos---não são negociáveis.

Citar
e) aquilo que parece é que o Costa quer ser primeiro ministro a "qualquer preço", expressão até usada por socialistas. Mais do que politica, parece estar em causa o seu "próprio umbigo". A maneira como ele ganhou as eleições ao Seguro já tinha mostrado um pouco isso. Ele terá muitas dificuldades de se aguentar como líder do partido se não for para o governo.


Acerca do "querer ser Primeiro Ministro a qualquer preço", o Coelho dá lições ao Costa. Basta ir pesquisar ao youtube pela expressão "As mentiras de Passos Coelho". A ambição e o instinto de sobrevivência são características comuns a todos os políticos que pretendem chegar ao poder. Onde está a linha que as separa do egoísmo cego? Depende de cada político e depende do julgamento pessoal que fazemos deles. Ou seja, é algo completamente subjectivo e enviesado pelas nossas crenças e conhecimentos particulares.
(vou dar uma ajuda: https://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec (https://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec)    ;D)

Citar
f) neste momento, existe uma divisão no PS e os mesmos argumentos usados pela MFL são usados tb por pessoas ligadas ao PS


Outro facto. O que não se conhece é a extensão dessa divisão. Os argumentos são usados por todos os que se opõem a uma aliança de esquerda e refutados por todos os que concordam com ela.  :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Mystery em 2015-10-16 23:05:15
E contudo ainda há quem acredite  que esta instabilidade política não vai ter repercussões muito negativas na economia portuguesa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-16 23:08:41
Citar
O povo português, 70%, não quer.

Acerca disto, e de uma outra "máxima" proferida pelo ilustre Durão há uns dias atrás ("É sabido que quem votou no PS apoia um acordo com a coligação."), é a mais pura demagogia manipulatória (passe o pleonasmo). Nem tenho de explicar isto, por tão estúpido e óbvio que é,  mas com que direito se colocam estes dois ilustras na mente de TODOS os vontantes? Como podem afirmar que todas as pessoas que votaram PS desejam uma coligação à direita? Ou que 70% do eleitorado não quer um acordo à esquerda?

Uns quererão, outros não, outros ainda (a maioria, creio) nem sequer pensou no assunto quando estava a votar.

Interrogo-me para quem será dirigido este tipo de discurso... ???
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-17 00:03:57
A questão dos 70%, não faz sentido, e o Golpe de Estado tb não.
Por vezes, os políticos exageram para se fazerem ouvir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-10-17 00:55:02
Com este frenesim todo nos últimos dias deu para perceber o fanatismo que reina por aqui, nas TV's e na rua.

A esquerda tem ou não tem maioria no parlamento?

Qual é o "golpe de Estado"?

Uma coisa é não gostarmos de políticas de esquerda e aí cada um tem direito à sua ideologia, outra bem diferente é querer governar quando existe uma maioria disposta a juntar-se.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-17 01:42:52
Com este frenesim todo nos últimos dias deu para perceber o fanatismo que reina por aqui, nas TV's e na rua.

A esquerda tem ou não tem maioria no parlamento?

Uma coisa é não gostarmos de políticas de esquerda e aí cada um tem direito à sua ideologia, outra bem diferente é querer governar quando existe uma maioria disposta a juntar-se.

Não é assim tão simples, embora ultimamente se esteja a tornar um lugar comum atirar com esta ideia (muitíssimo redutora) para o ar.

Os conceitos de "Esquerda" e "Direita", à luz deste tipo de comentários, saem completamente deturpados, em particular se pensarmos nos pontos que unem os partidos associados a cada um deles. Dito de outro modo, se formos analisar as coisas através do prisma das proximidades ideológicas, o que temos é uma maioria de centro (composta por PSD+PS, e seguida de perto pelo CDS), e uma minoria de (extrema) esquerda (composta pelo Bloco e PC).

Dá imenso jeito fazer associações baseadas em "verdades historicamente assentes", que já não se questionam, apenas se usam e re-usam por hábito enraizado, como é neste caso a "Esquerda" e a "Direita". Para quem deseja um cenário de esquerda, então dá mesmo muito jeito falar nestes moldes, e perpetuar a mensagem sem olhar para os seus infundados fundamentos, sem ligar realmente ao que interessa, e sem perceber que a esquerda não existe (existe várias, e entre elas as diferenças são certamente maiores do que as de um certo partido em relação à direita).

Agora, se há um desejo explícito de uma das forças de centro para virar à esquerda, então há uma legitimação de um certo desejo de alteração, o que não significa, em todo o caso, que "a esquerda tem maioria no parlamento".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-17 11:07:11
Costa acorda da letargia e passividade (em relação à coligação) e passa ao ataque:
(http://www.publico.pt/politica/noticia/em-carta-dura-costa-critica-displicencia-de-passos-1711449 (http://www.publico.pt/politica/noticia/em-carta-dura-costa-critica-displicencia-de-passos-1711449))

(os sublinhados são meus)

Citar
Em carta dura, Costa critica "displicência" de Passos

O tom não é amigável e o caderno de encargos não é pequeno. Num total de 14 páginas, Costa apresenta a sua agenda para um entendimento político com o PSD e o CDS.

É duro o tom da carta enviada pelo secretário-geral do PS ao presidente do PSD e líder da coligação Portugal à Frente, ainda que cumpra as regras de cortesia de abrir com a saudação nominal do seu interlocutor, bem como a manifestação final de “consideração pessoal”, manuscritas pelo próprio António Costa.

A missiva de seis páginas enviada a Pedro Passos Coelho, sexta-feira ao fim da tarde, é acompanhada de um documento de oito páginas intitulado Pontos essenciais dos objectivos do PS ausentes da proposta feita pela coligação na segunda-feira para servir de base negocial. Nesse documento, que foi preparado por Mário Centeno, os socialistas respondem ao documento da coligação e enumeram uma série de medidas que integravam o seu programa eleitoral e que consideram as suas condições para uma negociação de um acordo de viabilização do Governo PSD-CDS.

Na carta, a que o PÚBLICO teve acesso, António Costa estranha o facto de Passos Coelho se ter apresentado “displicente, sem nada a propor” na primeira reunião com o PS. E termina a afirmar que, “com total franqueza”, quer “sublinhar cinco conclusões” que retira das reuniões com a coligação. E é nessas conclusões que é evidenciada a distância que ainda há a percorrer para que possa haver um entendimento.

A primeira conclusão de Costa é a de que a coligação “prosseguiu, durante o diálogo com o PS, uma política de falta de transparência e ocultação de informação”, que classifica de “reveladora da sua incapacidade de, de boa-fé, construir uma qualquer plataforma de entendimento”. E concretizando, Costa diz que tal “incapacidade revelou-se particularmente grave na ausência de informação consistente sobre a situação orçamental, sobre a situação do sector financeiro e sobre os fundamentos das projecções económicas para 2016 e 2107”, bem como “sobre os impactos financeiros das medidas de políticas propostas no programa da coligação”.

A segunda conclusão de Costa é que a coligação “revelou-se incapaz de assumir qualquer correcção à política económica prosseguida aos longo dos últimos quatro anos” e mantém “no essencial a estratégia de consolidação das contas públicas através de políticas de empobrecimento do país”.

A terceira conclusão é que a coligação “confirmou a manutenção do objectivo de redução de rendimentos das famílias portuguesas como política para uma ‘poupança’ de 600 milhões de euros/ano (2400 ao longo da legislatura) na área da segurança social”.

A quarta conclusão de Costa é que a coligação mantém “inalteráveis aspectos essenciais do seu programa de enfraquecimento das funções sociais do Estado, que foram explicitamente rejeitados por uma ampla maioria do eleitorado”. Exemplificando com “a abertura à privatização do ensino e a ausência de compromissos claros de alteração da política de ciência”.

A quinta conclusão é que a coligação “não manifestou qualquer disponibilidade para a construção de uma política europeia que, no respeito pelos compromissos europeus de Portugal, se empenhasse em criar condições mais favoráveis para concretizar uma recuperação da economia portuguesa”.

Apesar do tom crítico da carta, Costa nunca fala de vontade de rompimento de conversações da parte dos socialistas. Pelo contrário, faz questão de manifestar a sua estranheza pelo facto de Passos Coelho ter rompido negociações. E afirma a surpresa com “o modo – no mínimo deselegante – como sem esperar sequer pela resposta escrita a que nos comprometemos, o Dr. Passos Coelho pôs ‘ponto final’” aos contactos entre partidos.

António Costa recorda que, na segunda reunião, enumerou uma série de medidas que o PS desejava ver contempladas pela coligação no programa de Governo e no Orçamento do Estado e que foram verbalizadas a Pedro Passos Coelho e a Paulo Portas no segundo encontro de trabalho que decorreu no Rato no dia 13. São precisamente essas medidas sistematizadas por escrito que agora foram enviadas à coligação, na expectativa de que na próxima semana as conversações possam prosseguir.

Explicações em directo

Mas na sexta-feira à noite, na TVI, António Costa deu como acabadas as conversas com a coligação. Não por ele, embora tenha enumerado as razões do seus descontentamento, mas pelo próprio líder do PSD: “A última vez que ouvi falar dessas conversas foi o dr. Passos Coelho a pôr-lhes fim.”

E foi a propósito delas que Costa lançou uma nuvem de fumo. Foi na segunda parte da entrevista, quando o programa já só passava no cabo, que sugeriu que um dos motivos pelos quais a conversa com a coligação azedou foi por causa de “uma má notícia para o país que um dia os portugueses vão saber”. Mais: “Foram sempre deixando cair uma nova surpresa desagradável que um dia vão ser tornadas públicas sobre a real situação financeira do país.”

Sem querer revelar a que factos se estava a referir, sempre respondeu com um “sim” quando o jornalista Pedro Pinto lhe perguntou se eram factos de “grande gravidade económica”. “Infelizmente os portugueses vão ficar a saber”, porque “há um limite” para “o que não se diz”, reafirmou Costa.


A sombra estava lançada e ajudava a explicar a primeira parte da entrevista, em que António Costa se tinha demorado a explicar como estavam a correr bem as negociações à esquerda. Mas também para balizar que tipo de horizonte têm: “Um governo que tenha condições na perspectiva da legislatura”, ou seja, para quatro anos. Para que não haja dúvidas, afirmou: “Não há cá governos de gestão.”

Isto, depois de repetir qual é a posição do PS sobre o actual xadrez político: a coligação ganhou as eleições, tem o direito de formar governo e o PS só não viabiliza o programa de governo, se tiver “uma alternativa de governo estável”. E, quando lhe perguntaram, respondeu sem hesitar: “Neste momento, o PS está, tudo indica, em melhores condições de formar uma maioria governativa do que a coligação PSD-CDS.”   


Má notícia para o páis? Grande gravidade económica? Um dia os portugueses vão ficar a saber?

HEIN????

Estratégia a pedra no sapato: gerar desconfiança (e pânico?) sem abrir o jogo...  >:(



Fica um resumo das propostas sugeriras pelo PS:
(http://www.publico.pt/politica/noticia/propostas-do-ps-a-coligacao-1711441 (http://www.publico.pt/politica/noticia/propostas-do-ps-a-coligacao-1711441))

Citar
Rendimento

    Acabar até 2017 com os cortes extraordinários de salários do Estado.
    Criação do complemento salarial anual, para trabalhadores pobres.
    Repor o RSI nos níveis de protecção de 2010.

Emprego

    Redução do IVA da restauração para 13% e programas de forte incentivo à reabilitação urbana, como formas de criar emprego.
    Programa de apoio ao emprego jovem “Contrato-Geração”.
    Reformas a tempo parcial e incentivos à contratação pelas empresas de jovens desempregados ou à procura do primeiro emprego.
    Evitar o uso excessivo dos contratos a prazo e os falsos recibos verdes, alterando as regras do seu regime de Segurança Social.
    Agravar a Segurança Social das empresas que revelem excessiva precarização das relações laborais.
    Avaliar o regime de protecção no desemprego para trabalhadores independentes.
    Limitar o uso pelo Estado de trabalho precário.
    Relançar a negociação colectiva sectorial e também no Estado.
    Revogação do banco de horas individual.

Empresas

    Apoio público para financiar as empresas e dinamizar a actividade económica e a criação de emprego.
    Remover obstáculos e reduzido o tempo e o custo do investimento com programa Simplex para as empresas.

Combate à pobreza e às desigualdades

    Nova prestação social para melhorar rendimento dos trabalhadores pobres.
    Renovação das políticas de mínimos sociais.
    Aumento do abono de família, do abono pré-natal e da majoração para as famílias monoparentais e da reposição do valor de referência do CSI.
    Programa de combate à pobreza das crianças e jovens.

Saúde

    Defender o SNS
    Reduzir as taxas moderadoras.

Justiça fiscal

    Reestruturar os escalões do IRS. Imposto sobre heranças de elevado valor. Fim do quociente familiar. Revisão da tributação municipal do património. Créditos fiscais e da Segurança Social. Proibição das execuções fiscais sobre a casa de morada de família.
    Fim da privatização ou concessão dos  transportes coletivos urbanos.
    Investimento na Ciência, na Inovação, na Educação, na Formação e na Cultura.
    Programa Novo Impulso para a Convergência na Europa.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-17 11:18:10


Má notícia para o páis? Grande gravidade económica? Um dia os portugueses vão ficar a saber?

HEIN????

Estratégia a pedra no sapato: gerar desconfiança (e pânico?) sem abrir o jogo...  >:(



Demagogia no seu ponto mais alto.

Nunca pensei que existisse alguém pior que o Sócrates.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-17 13:55:45


Má notícia para o páis? Grande gravidade económica? Um dia os portugueses vão ficar a saber?

HEIN????

Estratégia a pedra no sapato: gerar desconfiança (e pânico?) sem abrir o jogo...  >:(



Demagogia no seu ponto mais alto.

Nunca pensei que existisse alguém pior que o Sócrates.

Vejam o que o tosta fez quando perdeu as eleições da associação académica ....perdeu e não entregou as chaves a quem tinha ganho ou seja mostra mau perder e estar no sangue .....monhés são  assim
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-17 14:32:03
Claramente o PS quer governar com o BE e PCP, porque aquela lista de exigências só contempla aumentos de custos e reduções de receitas, não contempla formas de os financiar. É uma lista estruturalmente impossível de forma a que não exista qualquer possibilidade de entendimento com o PSD/CDS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-17 15:46:02
Não conheço essa história da associação acadêmica mas a ser verdade junta-se a tomada do PS das mãos do Seguro, sem bases racionais nenhumas como episódios que vão demosntrando o carácter da pessoa.
E agora este espetáculo que estamos a assistir. Tentar salvar a sua pele política usando joguinhos de poder; que por mero acaso influenciam a vida de uns milhões de pessoas, mas isso é um mero detalhe.

E contudo ainda há quem acredite  que esta instabilidade política não vai ter repercussões muito negativas na economia portuguesa.

Concordo. Saia o que sair desta brincadeira toda, teremos um construção muito precária. Também me parece que não teremos meses ou anos saudáveis pela frente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-17 16:04:44
Um detalhe que ainda não vi ser comentado em lado nenhum e que até estou admirado da coligação não usar como defesa para os ataques do tipo:
"Os portugueses deram-vos o poder mas duma forma moderada; tiveram uma derrota porque já não possuem maioria absoluta".

O Syriza, que nas eleições de Janeiro teve 36,34% dos votos (35,46% em Setembro), segundo a esquerda (principalmente a extrema esquerda) tinha legitimidade até para fazer Deus descer à Terra. Segundo as visões desse quadrante, era a expressão do povo grego a empossar um governo para mudar os destinos do país. Era uma avalanche popular, um grito dos gregos a dizer basta. A descrição dava a entender que um povo martirizado desencadeou um tsunami em termos de votos.

Eu sempre referi aqui no fórum, que a votação em termos percentuais não indicava nada disso, o discurso era bem empolado e exagerado. As pessoas ao fazerem estas descrições "esqueciam-se" sempre da bonificação de assentos parlamentares ...

O PS vendeu essa história; o BE e o PCP tiveram sonhos molhados com essa versão.

Eis que no nosso país, uma coligação com 36,86% dos votos aparece, na visão dos mesmos partidos que citei anteriormente, como algo em que os portugueses não confiam (que até têm aversão), como algo ultra-frágil. A incoerência no discurso é espantosa.

(nos resultados que estive a consultar o PPD/PSD ainda tem mais 1,5% dos votos numa coluna separada. O CDS 0,14%. São os votos da Madeira? Assim sendo a percentagem acima da obtida pelo Syriza ainda seria maior ... )
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-18 09:35:54
Citar
Costa vive impasse à esquerda e à direita

  Maria Luís desmente Costa e Marco António diz que a coligação quer negociar. No PCP começa a ser dado por adquirido que não haverá acordo.

[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/costa-vive-impasse-a-esquerda-e-a-direita-1711522?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/costa-vive-impasse-a-esquerda-e-a-direita-1711522?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-18 11:24:02
Claramente o PS quer governar com o BE e PCP, porque aquela lista de exigências só contempla aumentos de custos e reduções de receitas, não contempla formas de os financiar. É uma lista estruturalmente impossível de forma a que não exista qualquer possibilidade de entendimento com o PSD/CDS.

Hmmm... mas aquilo é "apenas" um lista de exigências, não é um programa governativo.

O que estás a dizer é que o PS apresentou propositadamente um documento que sabe que a coligação vai rejeitar---por ser inaplicavel---, de modo a que possam deitar a culpas de um falhanço nas negociações para o outro lado. Mas...  se aquelas exigência fazem parte do programa governativo do PS de origem, então não são de "má fé". Quer dizer, o PS tenciona mesmo tentar estas ideias, com ou sem a coligação. Claro que à esquerda é sempre mais fácil que isto tudo passe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-18 11:27:45


Má notícia para o páis? Grande gravidade económica? Um dia os portugueses vão ficar a saber?

HEIN????

Estratégia da pedra no sapato: gerar desconfiança (e pânico?) sem abrir o jogo...  >:(



Demagogia no seu ponto mais alto.

Nunca pensei que existisse alguém pior que o Sócrates.

Quanto ao Costa, desta vez tenho de concordar. Aquilo foi mesmo muito mau. Vamos ver como é que ele descalça esta bota---i.e. se diz rapidamente qual é o "segredo", ou se se mantém "estrategicamente" calado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-18 11:46:14
Deixo uma actualização da minha opinião com base nas noticias dos últimos dias:

1) As negociações entre o PS e o PCP e BE não estão a funcionar como o PS esperaria. Há, como se esperava, vários problemas em várias matérias e nem um Acordo de incidência parlamentar será possivelmente alcançado. No máximo, o PCP e o BE irão apoiam o Programa de Governo do PS e deixam para a discussão no parlamento cada medida do OE do eventual governo PS.

Penso que com o apuramento dos deputados dos círculos eleitorais internacionais as coisas ficaram mais complicadas, pois o PS tinha a secreta esperança que o número total dos seus deputados com os do BE permitiriam ficar à frente dos da PaF (e assim evitariam a necessidade do PCP). Caso que acabou por não acontecer com o reforço dos deputados na PaF.

2) O PS conta com um trunfo importante e penso que está a desenhar toda a sua estratégia à volta disso. O facto de que mesmo sem Acordos com o BE e o PCP, de conseguir formar governo rapidamente com o seu Programa de Governo (com o tal apoio mínimo do PCP e do BE). E com isso chegar à discussão do OE para permitir recolocar as medidas extraordinárias para cumprimento do Tratado orçamental para 2016.

Ironicamente isso até poderá depois ser feito com o apoio da PaF no Parlamento. Seria muito complicado e difícil de explicar estes não aprovarem estas medidas....

Mais, esta situação poderá completamente invalidar a hipótese de um Governo de Gestão, pois é necessário recolocar as medidas extraordinárias para cumprir o Tratado Orçamental. Este facto tem, por isso, muita força.

Portanto, e tendo por base estes factos e dependendo também das conversas que haverá na 3a e 4a-feira entre o Presidente da República e os partidos (principalmente o PS), penso que o Presidente da República poderá fazer o seguinte :

1) Se o PS disser ao PR que rejeita o Programa da PaF por ter uma "melhor" alternativa - mas o PR não concordar, penso que veremos o Presidente da República a chamar a PaF e o PS e sentarem-se os 3 à mesa para tentar promover um acordo comum.

2) Mesmo que o PS continue a rejeitar o acordo, penso que o Presidente da República irá dar sempre primeiro a possibilidade à PaF de formar governo no parlamento por ser a força política mais votada e porque institucionalmente é "o mais correcto a fazer". Isso levará o PS a ter que dizer explicitamente no Parlamento o que fará e esse facto é bastante importante por vários motivos.

O PS, com base na informação que teve das conversas anteriores com o PR, terá mesmo que decidir o que irá fazer e se a sua "melhor" alternativa mais as medidas que eventualmente o PR lhe irá dizer para concordar esta hipótese, vale o risco.

3) Se o PS realmente vier a rejeitar o Programa da PaF no Parlamento, penso que o Presidente da República não terá outra hipótese do que permitir o PS de formar governo, mas não é linear se o fará sem colocar um conjunto de imposições ao PS.

Vamos vendo como as coisas se irão desenrolar estes próximos dias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-18 11:55:06
Claramente o PS quer governar com o BE e PCP, porque aquela lista de exigências só contempla aumentos de custos e reduções de receitas, não contempla formas de os financiar. É uma lista estruturalmente impossível de forma a que não exista qualquer possibilidade de entendimento com o PSD/CDS.

Hmmm... mas aquilo é "apenas" um lista de exigências, não é um programa governativo.

O que estás a dizer é que o PS apresentou propositadamente um documento que sabe que a coligação vai rejeitar---por ser inaplicavel---, de modo a que possam deitar a culpas de um falhanço nas negociações para o outro lado. Mas...  se aquelas exigência fazem parte do programa governativo do PS de origem, então não são de "má fé". Quer dizer, o PS tenciona mesmo tentar estas ideias, com ou sem a coligação. Claro que à esquerda é sempre mais fácil que isto tudo passe.

Neste momento, não há qualquer hipótese de nenhum acordo entre a PaF e o PS (infelizmente).

Ambos querem chegar ao Parlamento como governo formal, para então se colocar à discussão cada medida para o OE de 2016.

É no Parlamento que tanto o PS como a PaF querem discutir cada uma dessas matérias específicas. A única diferença está em quem é que será Governo e por isso com que Programa de Governo base se irá partir para essa discussão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-18 12:51:59
Claramente o PS quer governar com o BE e PCP, porque aquela lista de exigências só contempla aumentos de custos e reduções de receitas, não contempla formas de os financiar. É uma lista estruturalmente impossível de forma a que não exista qualquer possibilidade de entendimento com o PSD/CDS.

Hmmm... mas aquilo é "apenas" um lista de exigências, não é um programa governativo.

O que estás a dizer é que o PS apresentou propositadamente um documento que sabe que a coligação vai rejeitar---por ser inaplicavel---, de modo a que possam deitar a culpas de um falhanço nas negociações para o outro lado. Mas...  se aquelas exigência fazem parte do programa governativo do PS de origem, então não são de "má fé". Quer dizer, o PS tenciona mesmo tentar estas ideias, com ou sem a coligação. Claro que à esquerda é sempre mais fácil que isto tudo passe.

Essas ideias no programa do PS vêm supostamente juntas a formas de as financiar. Ali, só vêm os custos como sendo não negociáveis, mas depois na receita não dizem que nada não é negociável.

Basicamente isto só pode ser assim por um de dois motivos:
* Porque querem que as negociações falhem ou;
* Porque não querem apresentar coisas desagradáveis para serem vistas pelo público em geral (as formas de financiar). Só querem apresentar futuros sorridentes com medidas agradáveis, o "pagar", isso é culpa dos outros.

---------

Outra coisa, aquelas exigências passariam tanto á esquerda como à direita ... se não fosse necessário pagar por elas de alguma forma.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-18 13:22:00

Neste momento, não há qualquer hipótese de nenhum acordo entre a PaF e o PS (infelizmente).

Ambos querem chegar ao Parlamento como governo formal, para então se colocar à discussão cada medida para o OE de 2016.

É no Parlamento que tanto o PS como a PaF querem discutir cada uma dessas matérias específicas. A única diferença está em quem é que será Governo e por isso com que Programa de Governo base se irá partir para essa discussão.

Consideras mais provável não haver qualquer acordo (nem à esquerda nem à direita) do que haver um acordo entre PaF e PS?

Andam por aí uns rumores de que o PCP está a roer a corda às propostas do PS.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-18 15:08:59

O Costa pensa que ainda está em campanha e que as eleições ainda não aconteceram....

Exatamente.
O único que não parece estar em campanha é o Passos.
A esquerda fala em fim da política de austeridade, aumento do rendimento das famílias, combate a precariedade, fim da governação ruinosa.

Já sabemos que as opiniões dos partidos e dos eleitores variam e já se contaram as espingardas. Agora é tempo de nogociar e cada um dizer quais as medidias para si mais importantes e ver se o outro pode ceder nalgumas e nas outras tentarem-se encontrar a meio do caminho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-18 16:47:43
O Passos podia convidar o Costa para a festa (o governo) de forma um pouco mais amigável.  :)

Citar
Se o PS prefere discutir estas matérias enquanto futuro membro de coligação de governo mais alargada (…) então que o diga também com clareza.

Passos desafia Costa a integrar Governo PSD/CDS
[url]http://observador.pt/2015/10/18/passos-antonio-costa-mostra-radicalismo-pais-nao-entende/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/18/passos-antonio-costa-mostra-radicalismo-pais-nao-entende/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-18 18:24:11

Neste momento, não há qualquer hipótese de nenhum acordo entre a PaF e o PS (infelizmente).

Ambos querem chegar ao Parlamento como governo formal, para então se colocar à discussão cada medida para o OE de 2016.

É no Parlamento que tanto o PS como a PaF querem discutir cada uma dessas matérias específicas. A única diferença está em quem é que será Governo e por isso com que Programa de Governo base se irá partir para essa discussão.

Consideras mais provável não haver qualquer acordo (nem à esquerda nem à direita) do que haver um acordo entre PaF e PS?

Andam por aí uns rumores de que o PCP está a roer a corda às propostas do PS.

Nesta fase acredito que não haverá nenhum tipo de acordo nem à esquerda nem à direita.

É já público as "dificuldades" que existem com o PCP e o BE. Destes dois, a única coisa que o PS terá é o seu apoio para a não rejeição de um eventual governo. Algo que estes partidos já fizeram saber que um "qualquer" governo da PaF terá o seu voto de rejeição no Parlamento - uma posição claramente "democrática", pois claro.

Com a PaF é notório as acusações e as "não-negociações" que estão a ocorrer.

Assim, não havendo nenhum tipo de acordo nesta fase, o que importa é quem terá a melhor hipótese de ser chamado a formar governo, e portanto, com que Programa de Governo (o do PS ou o da PaF) base se iniciará a discussão do OE para 2016.

Da parte da PaF, o trunfo é o de ter tido a maior votação nas legislativas. Da parte do PS é o facto de contar com a não rejeição do Programa de Governo por parte do PCP e pelo BE.

Cabe ao Presidente da República conseguir encontrar algum acordo ou influenciar de alguma forma algum estes partidos para se gerar uma solução mais estável de governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-18 21:35:23
Acho que PSD + CDS vão para o governo, com ou sem PS.

Esta sondagem pode dar uma ajudinha.

Citar
Sondagem: se eleições fossem hoje, coligação reforçaria vantagem

Portugal à Frente conseguiria mais de 41% dos votos, mas isso ainda não chegaria para garantir uma maioria absoluta
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/sondagem-tvi/sondagem-se-eleicoes-fossem-hoje-coligacao-reforcaria-vantagem[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/sondagem-tvi/sondagem-se-eleicoes-fossem-hoje-coligacao-reforcaria-vantagem[/url])


Mas o motivo é mais pq acho muito dificil o Cavaco dar posse a um governo de esquerda com CDU e BE, quando existem mais semelhanças nos programas eleitorais entre a coligação de direita e o PS, e quando o próprio não deverá simpatizar nada com essa ideia.

Com o convite (tímido) do Passos para o Costa ir para o governo, fica tb dificil para o Costa se recusar a um acordo com a coligação de direita, mesmo que seja um acordo de incidência parlamentar, pois Costa já não poderá dizer que não houve abertura da parte da coligação, pois até lhe convidou para ir para o governo, embora um pouco tardiamente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-10-19 13:12:19
Os derrotados que deveriam demitir-se no dia das eleições são agora convidados a formar governo.
Quem diria tamanha capicua..

http://www.dn.pt/portugal/interior/passos_coelho_desafia_ps_a_integrar_governo_costa_ficou_em_silencio_4841798.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/passos_coelho_desafia_ps_a_integrar_governo_costa_ficou_em_silencio_4841798.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 15:08:18
A TVI diz que Passos vai ser indigitado primeiro ministro na 4ª feira.

Não haverá surpresas. Será um governo minoritário PSD+CDS, que poderá ser chumbado no parlamento pela esquerda, quando for votada a moção de rejeição da CDU e BE.

O Costa já recusou o convite do Passos para ir para o governo. Ele disse que:

Citar
"O que nos separa não são lugares no Governo, que recusámos desde o início, ou o relacionamento pessoal - bastante cordial, devo reconhecê-lo - mas a imperiosa necessidade do país e a soberana vontade dos portugueses de uma reorientação de política, que persistem em não aceitar", contrapõe António Costa na carta de resposta a que a agência Lusa teve acesso.
[url]http://www.ionline.pt/417686[/url] ([url]http://www.ionline.pt/417686[/url])


Mas é dificil de acreditar nisto, quando se sabe que o programa eleitoral do PS tem mais em comum com a coligação de direita do que com CDU e BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 16:08:25
Um dado interessante é que bastam 9 deputados do PS não votarem a favor da moção de rejeição para que o governo de direita possa continuar. Não é muito fácil que isso aconteça, pq os deputados do PS foram escolhidos pelo Costa antes das eleições e pode haver algum castigo para quem não votar a favor, mas pelo menos uma deputada independente do PS já disse que uma maioria de esquerda "não é legítima".

Citar
Independente do PS contra governo à esquerda
[url]http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-19 16:12:37
Também para dizer a verdade, o que interessa à estrutura do PS não são uns poucos lugares no governo e sim parte dos milhares de tachos que há para distribuir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-19 16:27:26
Os derrotados que deveriam demitir-se no dia das eleições são agora convidados a formar governo.
Quem diria tamanha capicua..

[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/passos_coelho_desafia_ps_a_integrar_governo_costa_ficou_em_silencio_4841798.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/passos_coelho_desafia_ps_a_integrar_governo_costa_ficou_em_silencio_4841798.html[/url])


O ideal seria mesmo isto.
Ou seja, o PS aceitar juntar-se ao PSD/CDS e formarem uma coligação de Governo para 4 anos, SE o objectivo fosse mesmo fazer o melhor pelo país (e é o que eu, particularmente também defendo)

Pela minha interpretação seria a expressão real dos votos das eleições que tivemos.

Esta solução teria mais de 70% dos votos dos eleitores e 193 deputados na Assembleia - ou seja mais 2/3 do Parlamento. Seria possível fazer e aprovar qualquer coisa, inclusive mudanças à Constituição se necessário fosse. Não haveria nenhuma reforma ou nada que não pudesse ser feito.

Para além disso, o PSD, o CDS e o PS são realmente os partidos pró-europeistas e que até assinaram o "Memorando de Entendimento" em 2011. Seria a forma de governo mais estável possível e seria a melhor mensagem que se poderia passar para a Europa e para os mercados.

O próprio PS poderia agir muito melhor como parte do governo na defesa dos interesses que diz que quer defender do que como oposição. Muito semelhante ao que o CDS fez com o PSD nos famosos Conselhos de Ministros nos últimos anos, pois é ali que as medidas são realmente discutidas e negociadas.

É claro que isto NUNCA irá acontecer porque o interesse particular dos partidos (e neste caso concreto do PS) nunca o permitirão - continua-se na senda de que ou somos "Poder" ou somos "Contra-Poder"

E assim iremos continuar...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 16:47:58
Sérgio Sousa Pinto é outro deputado do PS que não deve votar a favor da moção de rejeição.
http://www.ionline.pt/artigo/416173/contra-estrategia-de-alianca-a-esquerda-sergio-sousa-pinto-demite-se?seccao=Portugal_i (http://www.ionline.pt/artigo/416173/contra-estrategia-de-alianca-a-esquerda-sergio-sousa-pinto-demite-se?seccao=Portugal_i)

Dos 9 necessários, pelo menos 2 já se manifestaram contra um governo de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 17:09:51
O PS Açores tb parece estar contra o Costa. O PS elegeu 3 deputados pelos Açores. Se seguirem o presidente do PS/Açores são mais 3 deputados que não votarão a favor da moção de rejeição.

Citar
PS-Açores contra César, defende Governo da direita. PSD ressuscita César de 96
[url]http://observador.pt/2015/10/16/ps-acores-contra-cesar-defende-governo-da-direita/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/16/ps-acores-contra-cesar-defende-governo-da-direita/[/url])


Dos 9 necessários, já só faltariam 4. :-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 17:59:45
Mais 2 deputados do PS contra um governo de esquerda:

Eurico Brilhante Dias
http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS (http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS)

José Lello
http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i (http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i)


Dos 9 necessários, já só faltariam 2.

Tb vai ser dificil a moção de rejeição ser aprovada no parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-10-19 19:31:14
Daqui a pouco a PaF tem maioria absoluta  :D :D :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-19 19:40:08
A sério que já só faltam dois?     ???

Então está feito: sem que os eleitores saibam o CDS suborna um e o PSD suborna o outro.
Será o "plano Neo-Limiano" com semelhanças ao "Queijo Limiano" do tempo de Guterres.

Os deputados têm é de pôr a recompensa "debaixo do colchão",
assim também acautelam os valores de uma possível falência da República!

    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-19 19:48:42
A sério que já só faltam dois?     ???

E estes são os que vieram a público assumir a discordância/discórdia.

É um mistério quantos serão ao todo. Quer deputados, quer sócios do partido, quer eleitorado (bom, eleitorado já se sabe mais ou menos, olhando para a sondagem que dá +3% à Paf se houvesse eleições hoje.)

Mas se a moção de censura não passar,  teremos à mesma uma situação instável no parlamento...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-19 20:38:40
discordarem nao quer dizer que votem contra, depois ha a disciplina partidaria
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-19 20:42:31
Mais 2 deputados do PS contra um governo de esquerda:

Eurico Brilhante Dias
[url]http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS[/url] ([url]http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS[/url])

José Lello
[url]http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i[/url] ([url]http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i[/url])


Dos 9 necessários, já só faltariam 2.

Tb vai ser dificil a moção de rejeição ser aprovada no parlamento.


Nas questões que podem "deitar abaixo" um governo os deputados estão obrigados à disciplina de voto, ou outro instrumento legal semelhante.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-19 20:43:30
Isso deve ser uma regra interna e não uma lei.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-19 21:18:45
Mais 2 deputados do PS contra um governo de esquerda:

Eurico Brilhante Dias
[url]http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS[/url] ([url]http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS[/url])

José Lello
[url]http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i[/url] ([url]http://www.ionline.pt/artigo/416709/jose-lello-esses-individuos-do-be-e-do-pcp-nao-estao-a-ser-serios-?seccao=Portugal_i[/url])


Dos 9 necessários, já só faltariam 2.

Tb vai ser dificil a moção de rejeição ser aprovada no parlamento.


Nas questões que podem "deitar abaixo" um governo os deputados estão obrigados à disciplina de voto, ou outro instrumento legal semelhante.

Podem faltar?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 21:32:42
Isso deve ser uma regra interna e não uma lei.

Sim.

E existem mais 2 pontos interessantes:
a) Depois das presidenciais, vai muito provavelmente haver eleições internas no PS. Já existem candidatos.
b) O PS elegeu 15 deputados que foram apoiantes do Seguro. Contabilizei apenas um deles que já disse que estava contra um governo de esquerda, o Eurico Brilhante Dias, mas pode haver mais desse grupo que estão contra.


Eu acho dificil a moção de rejeição ser aprovada e tb acho dificil o Costa se segurar como líder do PS depois.
O Costa talvez tenha ficado cego depois das eleições. Ele devia ter ouvido primeiro o partido e só depois a CDU e o BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-19 21:36:58
Não fiquem com esperanças: esta coisa da disciplina partidária, os deputados prevaricadores levam um pontapé no rabo e metem lá outros bem comportados (alinhados) com a direcção do Partido.

Isto internamente não há democracia, é como o regime de Kim Jong-un (Coreia do Norte): só não são fuzilados, claro; mas porque a Lei não o permite, porque se a Lei permitisse... não sei não!

    :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-19 21:47:40
O Costa é que vai levar um pontapé no rabo se continuar com a ideia de um governo de esquerda.  :P

Mas não ponho de parte que, perante a divisão do PS, ele abandone a ideia de um governo de esquerda, com a desculpa de que não é possível haver entendimento com CDU e BE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-19 21:57:08
O Costa é que vai levar um pontapé no rabo se continuar com a ideia de um governo de esquerda.  :P

Mas não ponho de parte que, perante a divisão do PS, ele abandone a ideia de um governo de esquerda, com a desculpa de que não é possível haver entendimento com CDU e BE.

É complicado dar esta desculpa agora (a não ser que seja mesmo verdadeira). Por um lado, já cortou definitivamente com a Paf, pelo que não tem alternativa política nenhuma, por por outro será muito difícil internamente fazer passar essa desculpa---e se ele se contorce mais um milímetro, quebra.  A jogada à esquerda é reconhecidamente ambiciosa, e o risco e as hipóteses de falhanço são exponencialmente maiores, mas ele já passou hoje, de forma declarada, do "point of no return". Em poker, é um "All In". ;D

Quanto à expulsão de deputados por desobedecerem à disciplina de voto, isso pode ser feito assim sem mais nem menos? Quer dizer... não têm de cumprir o mandato primeiro?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-19 22:10:04
O Costa é que vai levar um pontapé no rabo se continuar com a ideia de um governo de esquerda.  :P

Mas não ponho de parte que, perante a divisão do PS, ele abandone a ideia de um governo de esquerda, com a desculpa de que não é possível haver entendimento com CDU e BE.

É complicado dar esta desculpa agora (a não ser que seja mesmo verdadeira). Por um lado, já cortou definitivamente com a Paf, pelo que não tem alternativa política nenhuma, por por outro será muito difícil internamente fazer passar essa desculpa---e se ele se contorce mais um milímetro, quebra.  A jogada à esquerda é reconhecidamente ambiciosa, e o risco e as hipóteses de falhanço são exponencialmente maiores, mas ele já passou hoje, de forma declarada, do "point of no return". Em poker, é um "All In". ;D

Quanto à expulsão de deputados por desobedecerem à disciplina de voto, isso pode ser feito assim sem mais nem menos? Quer dizer... não têm de cumprir o mandato primeiro?

depende.
o que acontece normalmente é que existe um acordo escrito, entre o deputado e o partido, em que o deputado se compromete a votar segundo as linhas do partido.
eventualmente pode ser apenas sobre alguns assuntos - deputados católicos do PS poderem votar contra o aborto, sendo a linha partidária a favor do aborto, por exemplo.
nos casos em que se aplica o acordo, se o deputado não concordar com a linha do partido, deverá demitir-se (devido ao acordo)  e será substituído pelo seguinte na lista que foi proposta a eleições.
o que acontece quando existe acordo escrito e mesmo assim o deputado não se demite, não sei.
Não sei como é que se passou o caso do deputado do queijo, que votou ao lado dos governos guterres, tendo sido eleito pelo CDS.
Haveria acordo? Penso que sim e o deputado foi expulso do grupo parlamentar, passando a independente.
Não há forma de forçar um deputado a resignar.
A única coisa que pode haver é um acordo que o deputado jura cumprir pela sua honra. Se quebrar o juramento, ninguém o pode forçar a demitir-se.
Haverá alguns que dão mais importância à sua honra, outros menos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-19 23:48:06
Obrigado pelo esclarecimento, Lark. Quebrar a disciplina de voto é, portanto, uma opção limite, que encerra em si uma "morte política" (implica a saída do partido, bem como, de certa maneira, a perda do sentido de honra e palavra). Não estou a ver isso suceder com os casos citados, e logo em grupo.

---

O Portas, em mais uma jogada hiper-calculista (porque sabe que a reposta do Costa é um inevitável e sonoro "NÃO"), acaba de lhe oferecer o lugar, em prol do "interesse superior da nação". Enfim, acredite neste gesto de altruísmo e boa-vontade quem quiser. Ah, Portas, brilhante e arguta raposa... só sais bem na fotografia (ou talvez não).

---

Vou deixar mais um artigo de opinião interessante, que vem desmistificar, com argumentos concretos, aquilo que tem vindo a ser passado e repetido com alguma insistência pelo lado da coligação nos últimos dias: que tudo o que se está a passar com as movimentações do Costa é uma knee-jerk reaction, fruto do imprevisto.

Daniel Oliveira, no Expresso (http://expresso.sapo.pt/blogues/opiniao_daniel_oliveira_antes_pelo_contrario/2015-10-19-Basta-ouvir-o-que-os-partidos-disseram):

Citar
Basta ouvir o que os partidos disseram

À medida que o argumento da ilegitimidade de uma solução com apoio claro de uma maioria parlamentar vai perdendo terreno, foi surgindo, com um razoável grau de histeria, a acusação de que António Costa estaria a trair os seus eleitores ao forjar uma aliança contranatura com os partidos à sua esquerda, em vez do entendimento natural e expectável com o PSD e o CDS. Como mostrei aqui, apenas com citações dos últimos meses, passa-se exatamente o contrário. Antes das eleições, Costa disse várias vezes que BE e PCP não podiam ser excluídos de soluções de governo. PCP e Bloco mostraram-se disponíveis, mediante condições. No sentido inverso, Costa e Passos afastaram de forma explícita qualquer possibilidade de entendimento. Não venham interpretar a vontade escondida dos eleitores. Concentrem-se no que os eleitores sabiam: que aliança à esquerda era, segundo Costa, Catarina e Jerónimo, um assunto em debate, e que o bloco central estava, segundo Passos e Costa, fora de questão. O que concluem disto? Que a primeira é uma traição e a segunda a única escolha decente que sobra a António Costa.

Ninguém minimamente sério e informado sobre o nosso sistema constitucional, põe em causa a legitimidade de uma maioria de deputados garantir a formação de um governo. Se não fosse este o espírito da Constituição e a lei quisesse privilegiar as coligações pré-eleitorais em relação às coligações pós-eleitorais, teríamos o sistema de bónus que os gregos criaram. Não temos. Não se pode governar com o apoio dos representantes de 38,4% dos eleitores contra a vontade dos representantes de 50,7% dos eleitores. Dizer que defender isto é promover um golpe de Estado é subverter a própria ideia de democracia representativa.

Esgotado o filão do “golpe de Estado”, passámos para a fase da interpretação da vontade dos eleitores para além do seu voto expresso. Devo dizer que não me envolvo neste tipo de debate. Porque ele torna o sistema representativo numa charada. Mesmo cada voto individual é exercido por múltiplas razões. Se é por ir por aí, fico-me apenas por o que os eleitores sabiam antes das eleições.

Ao contrário de antecessores seus, António Costa recusava o termo “arco da governação”. Disse-o no congresso do PS, a 30 de novembro de 2014: “Recusamos o conceito do arco da governação como delimitando quem são os partidos representados na Assembleia da República que têm acesso e têm a legitimidade a partilhar responsabilidades governativas. Em democracia quem decide quem representa o povo é o povo e ninguém se pode substituir ao povo a excluir parte dos seus representantes das suas plenas responsabilidades. E portanto que fique claro: nós não excluiremos os partidos à nossa esquerda da responsabilidade que também têm de não serem só partidos de protesto mas de serem também partidos de solução para os problemas nacionais.”

No final de agosto foi ainda mais claro, numa entrevista ao “Sol”: “Da minha parte, nunca pus nenhum obstáculo a um acordo com o PCP. Na Câmara de Lisboa tentei fazê-lo, os comunistas recusaram sempre. Rejeito em absoluto a ideia de arco da governação, a ideia de que o poder apenas pertence ao PS, PSD e CDS.” E voltou a repetir esta mesma ideia várias vezes na campanha. Não anunciou uma aliança pós-eleitoral? Nunca nenhum líder do PS ou do PSD o fez no passado, porque isso seria desistir do voto útil. Mas disse mais do que Passos dissera na campanha de 2011 quando, depois das eleições, se aliou ao CDS. E disse mais do que algum líder do PS alguma vez dissera. Jornalistas, comentadores e eleitores atentos sabiam, porque tinham todos os dados para saber, que Costa tinha uma abordagem diferente em relação aos partidos à sua esquerda e não excluía entendimentos de governação com estes.

Quanto à disponibilidade de Bloco, não preciso de recordar as três condições postas por Catarina Martins, no debate com António Costa, para que o BE participasse numa solução de governo. Não estavam lá, ao contrário do que hoje gritam os súbitos defensores da pureza ideológica bloquista, a saída da NATO ou do euro. Eram propostas precisas em que a porta-voz do Bloco voltou a insistir nos dias seguintes.

Jerónimo de Sousa terá sido, dos três, o menos claro. Mas foi ele que disse, a meio da campanha: “Há 4 anos [PSD e CDS] tiveram mais de 50% dos votos e agora já nem conseguem maioria absoluta. A maioria dos portugueses estará contra este Governo. Há sempre quem afirme que o PS vai precisar de nós. Mas nós não abdicaremos de uma solução alternativa, de uma solução patriótica e de esquerda.” Noutro momento, insistiu: “Se o povo português quiser, estamos em condições de assumir responsabilidades, incluindo governativas, para defender os interesses dos trabalhadores e do povo”

Sobre o cenário inverso (viabilização de um governo minoritário de Passos) os eleitores também tinham muita informação. Bloco de Esquerda e PCP disseram sempre que nunca contariam com eles. Quanto a António Costa, essa posição não poderia ter sido mais clara. E não passou despercebida a ninguém, já que a declaração de 18 de setembro foi a mais debatida e analisada de toda a campanha eleitoral: “É evidente que não viabilizaremos, nem há acordo possível entre o PS e a coligação de direita. (…) A última coisa que fazia sentido é que o voto no PS, que é um voto das pessoas que querem mudar de política, servisse depois para manter esta política.” Numa entrevista aceitou a ideia do bloco central numa situação extrema. Pediram-lhe um exemplo: “uma ameaça de invasão de marcianos”. Olhem para o céu. Apesar do ambiente de pré-apocalipse que a comunicação social está a criar, parece que ainda não vêm aí extraterrestres.

Mas não foi apenas Costa. Também Pedro Passos Coelho disse, com todas as letras, que um governo de entendimento entre a coligação e o PS era uma fantasia (razão pela qual PSD e CDS teriam de ter maioria). Passo a palavra ao próprio, numa entrevista ao “Sol” anterior às eleições: “Não me parece que haja, no atual contexto, nenhuma ideia de que um governo juntando CDS, PSD e Partido Socialista pudesse sequer funcionar. (…) Todos os sinais que temos hoje é que qualquer coisa parecido com isso que descreveu não tem nenhumas condições para funcionar porque o programa económico é divergente, o modelo económico é diferente”.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 00:21:55
O Costa é que vai levar um pontapé no rabo se continuar com a ideia de um governo de esquerda.  :P

Mas não ponho de parte que, perante a divisão do PS, ele abandone a ideia de um governo de esquerda, com a desculpa de que não é possível haver entendimento com CDU e BE.

É complicado dar esta desculpa agora (a não ser que seja mesmo verdadeira). Por um lado, já cortou definitivamente com a Paf, pelo que não tem alternativa política nenhuma, por por outro será muito difícil internamente fazer passar essa desculpa---e se ele se contorce mais um milímetro, quebra.  A jogada à esquerda é reconhecidamente ambiciosa, e o risco e as hipóteses de falhanço são exponencialmente maiores, mas ele já passou hoje, de forma declarada, do "point of no return". Em poker, é um "All In". ;D

O Costa pode estar tão cego que só quando estiver no parlamento vai perceber que tem vários deputados da sua cor politica contra si, e isso pode fazê-lo recuar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 00:47:37
voces dao por garantido um acordo com os comunistas, mas isso sera dificilimo de acontecer.

e mesmo que aconteca nao sera provavelmente um acordo para 4 anos. o cavaco olha para aquilo, diz que nao chega e que quer 4 anos e la se vai plano do costa ao ar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 01:40:52
O Costa é que vai levar um pontapé no rabo se continuar com a ideia de um governo de esquerda.  :P

Mas não ponho de parte que, perante a divisão do PS, ele abandone a ideia de um governo de esquerda, com a desculpa de que não é possível haver entendimento com CDU e BE.

É complicado dar esta desculpa agora (a não ser que seja mesmo verdadeira). Por um lado, já cortou definitivamente com a Paf, pelo que não tem alternativa política nenhuma, por por outro será muito difícil internamente fazer passar essa desculpa---e se ele se contorce mais um milímetro, quebra.  A jogada à esquerda é reconhecidamente ambiciosa, e o risco e as hipóteses de falhanço são exponencialmente maiores, mas ele já passou hoje, de forma declarada, do "point of no return". Em poker, é um "All In". ;D

O Costa pode estar tão cego que só quando estiver no parlamento vai perceber que tem vários deputados da sua cor politica contra si, e isso pode fazê-lo recuar.

Não faço parte do partido e não conheço que tramoias poderão estar a ser cozinhadas no sentido de contrariar internamente o Costa, mas aquilo que me parece, de o ouvir falar nestes últimos dias, é que está serenamente, e conscientemente, a pavimentar o caminho que se propôs seguir---o da formação de um governo com alianças à esquerda. A julgar pelo passado, nomeadamente o recente, na Câmara de Lisboa, não me parece o tipo de pessoa a quem possam escapar detalhes dessa importância (mais, ele está rodeado de apoiantes a quem também se exige que façam esse esforço de "pensar nos cenários todos", no pun intended)---por esta altura é certo que sabe quem é a sua oposição dentro do partido---à unidade---e sabe também como será previsível que decorrera uma votação sobre a moção de censura, caso se verifique.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 01:44:21
voces dao por garantido um acordo com os comunistas, mas isso sera dificilimo de acontecer.

Eu não dou nada por garantido e concordo que 1) é dificil de acontecer, 2) a acontecer, durará pouco tempo, mas não deixo por isso de enaltecer o Costa por estar a tentar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 01:44:59
voces dao por garantido um acordo com os comunistas, mas isso sera dificilimo de acontecer.

e mesmo que aconteca nao sera provavelmente um acordo para 4 anos. o cavaco olha para aquilo, diz que nao chega, que quer 4 anos e la se vai plano do costa ao ar

Em teoria um governo de maioria (de esquerda) até podia ter mais probabilidade de sucesso de chegar ao fim dos 4 anos do que um governo minoritário (de direita).

Eu acho muito improvável o Cavaco dar posse a um governo à esquerda, não acredito que isso vá acontecer, mesmo que haja acordo à esquerda, mas penso que será mais por fatores deste género: factos que já aconteceram no passado que o Cavaco tão bem conhece; divisão do eleitorado do PS neste momento; o PS não ter dito que se ia coligar com a esquerda antes das eleições; ele próprio não simpatizar com essa ideia. 

O Cavaco não é um politico sem experiência. Ele está completamente à vontade nisto. Há poucos dias, ele esteve no Algarve num torneio de golfe solidário, entrevistaram-no, e ele estava bastante alegre e a desfrutar do momento, só repetia que o cenário que está acontecer já estava previsto. E ele tb não é completamente imparcial. Ele tem um passado grande ligado ao PSD...

Em 1987, o governo de PSD de Cavaco caiu e o presidente da republica Mário Soares (do PS) recusou-se a aceitar uma solução de governo PS-PRD, e convocou novas eleições. O Cavaco conhece muito bem este episódio. Ele teve a seguir a primeira maioria absoluta. Agora, não pode haver eleições já, mas pode haver daqui a 6 meses, e se for necessário o Cavaco opta por isso, ficando o governo em gestão.

Mas acho que isso não vai acontecer pq acho que não vai haver acordo à esquerda, e acho que CDU e BE vão dizer que é por culpa do PS de Costa, enquanto que o PS vai dizer que a culpa é da CDU e BE.
É o que costuma acontecer. Aconteceu isso tb entre a coligação de direita e o PS em alguns acordos que tentaram fazer. Mas acho que o motivo pode ser a divisão no PS, e não o dizerem. A divisão do PS pode ser grande neste momento.
Acho mais provável o Costa recuar do que haver vários processos disciplinares por não votarem a favor da moção de rejeição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 02:20:15
voces dao por garantido um acordo com os comunistas, mas isso sera dificilimo de acontecer.

Eu não dou nada por garantido e concordo que 1) é dificil de acontecer, 2) a acontecer, durará pouco tempo, mas não deixo por isso de enaltecer o Costa por estar a tentar.

Achas bem o Costa estar a tentar ser primeiro ministro à força depois de ter perdido as eleições, e depois de ter tirado o Seguro de líder por ter ganho as eleições europeias sem maioria absoluta dizendo que o PS devia ter obtido a maioria absoluta nas mesmas?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 02:36:27
adorava ver o costa como PM, iria ser muito divertido !

forca costa!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-20 02:52:24
forca costa!!!

primeiro o mrpp a dizer morte aos traidores e agora tu?
a mandar o costa para a forca?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-20 04:38:32
forca costa!!!

primeiro o mrpp a dizer morte aos traidores e agora tu?
a mandar o costa para a forca?

L

A forca é demasiado. Discordo da forca.
Basta atirar um bolo enorme com ovos podres...

     ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 11:19:40
Em teoria um governo de maioria (de esquerda) até podia ter mais probabilidade de sucesso de chegar ao fim dos 4 anos do que um governo minoritário (de direita).

Eu acho muito improvável o Cavaco dar posse a um governo à esquerda, não acredito que isso vá acontecer, mesmo que haja acordo à esquerda, mas penso que será mais por fatores deste género: factos que já aconteceram no passado que o Cavaco tão bem conhece; divisão do eleitorado do PS neste momento; o PS não ter dito que se ia coligar com a esquerda antes das eleições; ele próprio não simpatizar com essa ideia. 

O Cavaco não é um politico sem experiência. Ele está completamente à vontade nisto. Há poucos dias, ele esteve no Algarve num torneio de golfe solidário, entrevistaram-no, e ele estava bastante alegre e a desfrutar do momento, só repetia que o cenário que está acontecer já estava previsto. E ele tb não é completamente imparcial. Ele tem um passado grande ligado ao PSD...

Em 1987, o governo de PSD de Cavaco caiu e o presidente da republica Mário Soares (do PS) recusou-se a aceitar uma solução de governo PS-PRD, e convocou novas eleições. O Cavaco conhece muito bem este episódio. Ele teve a seguir a primeira maioria absoluta. Agora, não pode haver eleições já, mas pode haver daqui a 6 meses, e se for necessário o Cavaco opta por isso, ficando o governo em gestão.

Mas acho que isso não vai acontecer pq acho que não vai haver acordo à esquerda, e acho que CDU e BE vão dizer que é por culpa do PS de Costa, enquanto que o PS vai dizer que a culpa é da CDU e BE.
É o que costuma acontecer. Aconteceu isso tb entre a coligação de direita e o PS em alguns acordos que tentaram fazer. Mas acho que o motivo pode ser a divisão no PS, e não o dizerem. A divisão do PS pode ser grande neste momento.
Acho mais provável o Costa recuar do que haver vários processos disciplinares por não votarem a favor da moção de rejeição.

O Presidente da República não terá muitas alternativas caso a PaF tenha o seu Programa de Governo rejeitado pelo PS, PCP e BE.

Só poderá ouvir de novo os partidos e 1) Pedir ao PS para formar governo ou 2) Manter o actual governo em gestão.

A 2ª opção, neste momento é muito complicada. Colocaria o País numa posição muito frágil e sem as medidas extraordinárias o Tratado Orçamental fica comprometido. Novas eleições só podem ocorrer, no mínimo, em Abril. Significaria que na melhor das hipóteses só teríamos orçamento para final de Maio ou Junho. Antes disso, já teríamos os juros a escalar e a UE cá de novo.

Assim, só restaria ao Presidente da República a 1ª opção.

No entanto, mesmo optando por essa situação, penso que haveria sempre um conjunto de imposições para o PR deixar o PS formar governo, porque penso que esse governo, a existir, será sempre também frágil....e uma delas, poderia bem ser para se voltar a fazer eleições assim que seja possível (pelo próximo Presidente)...

Começo a acreditar que seria mesmo o melhor, embora não para o BE e o PCP que a iriam contestar até ao último fôlego...Teríamos um governo em plenas funções por 6 ou 7 meses e novas eleições para deixar o povo dar ou não legitimidade a este governo.

Ironicamente, para o António Costa até poderia não ser um má opção. O António Costa sabe que será sempre visto como alguém que perdeu as eleições e que arranjou "uma forma" de ser PM à força e portanto não terá nunca a mesma força política que se fosse sufragado pelos votos em eleições. Esta opção permitiria-lhe também que até essas eleições 1) se mantivesse em funções e nos cargos e 2) demonstrar até lá que é possível governar bem e "cortar com a austeridade" com resultados válidos e visíveis.

Para a PaF, seria bom ou mau dependendo daquilo que o Costa conseguisse fazer nesse período...se Costa tivesse mesmo sucesso, poderia comprometer os votos na PaF.

Em relação à disciplina de voto, o expediente mais usado pelos deputados é a de "faltar" (e inclusive apresentar o justificativo da falta) quando não concordam com a posição do partido. É a única forma de não lhe instaurarem um processo pelo partido.

Mas neste caso concreto, duvido muito que este expediente vá resultar. Não irão ser permitidas faltas nesse dia e o PS irá encarregar-se de ter a certeza disso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 11:21:42
Achas bem o Costa estar a tentar ser primeiro ministro à força depois de ter perdido as eleições, e depois de ter tirado o Seguro de líder por ter ganho as eleições europeias sem maioria absoluta dizendo que o PS devia ter obtido a maioria absoluta nas mesmas?

É uma forma de colocar as coisas (que respeito).

Outra é: está a tentar melhorar a política em Portugal, segundo as suas convicções (menos austeridade, diálogo com os partido de extrema esquerda, tirar a coligação do poder, melhorar as condições de vida dos mais desfavorecidos---sim, eu acredito nisto, apesar da evidente "sede de poder" que o domina).

Perdeu as eleições, é um facto, mas como alguém disse nas redes sociais, isto não é o concurso para Miss-Portugal, e as vitórias e derrotas não podem ser avaliadas nem consideradas de uma perspectiva unitária de partidos ou pessoas. Há toda uma dinâmica pluralista e multifacetada que prevê, ao abrigo da constituição, várias hipóteses para a formação de um governo quando não há uma maioria absoluta.

Eu não considero que o Costa esteja a usurpar nada (é a minha opinião), e embora tenha cometido alguns erros e argoladas ao longo do caminho, vejo o trabalho dele, no geral, como positivo. Mesmo que venha a falhar (e se falhar, a queda vai ser grande).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 11:21:58
se o costa fosse PM :

-o governo nao iria durar muito, cairia a primeira medida de austeridade (estas medidas sao inevitaveis)
-o PS seria castigado nas proxs eleicoes
-seria muito divertido ver as reaccoes !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 11:23:32
adorava ver o costa como PM, iria ser muito divertido !

forca costa!!!

Acho que ele pensa da mesma forma que tu, menos a ironia.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 11:25:17
voces dao por garantido um acordo com os comunistas, mas isso sera dificilimo de acontecer.

e mesmo que aconteca nao sera provavelmente um acordo para 4 anos. o cavaco olha para aquilo, diz que nao chega e que quer 4 anos e la se vai plano do costa ao ar
Concordo. Quem se associar ao Costa tem a certidão de óbito passada porque se querem o dinheiro dos alemães têm de baixar as calças à austeridade. O PCP vê muito mais à frente que os outros dois e não vai na conversa.

E, já agora, é giro chamar austeridade a uma coisa que é ter as contas equilibradas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 11:25:38
pessoalmente acho q nao vai haver acordo solido com a esquerda, isto porque o BE e PCP nao querem ficar associados a governacao e nao querem deixar de fazer a sua oposicao do "contra tudo o que eh mau e a favor de tudo o que eh bom"

portanto o costa vai aparecer no melhor dos casos com um acordo para o primeiro orcamento...

com tao pouco e se eu fosse o cavaco mandava-o bugiar, ate porque acordos com a direita ficarao obviamente impossibilitados e os comunistas vao chumbar tudo a seguir
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 11:29:19
Começo a acreditar que seria mesmo o melhor, embora não para o BE e o PCP que a iriam contestar até ao último fôlego...Teríamos um governo em plenas funções por 6 ou 7 meses e novas eleições para deixar o povo dar ou não legitimidade a este governo.

Ironicamente, para o António Costa até poderia não ser um má opção. O António Costa sabe que será sempre visto como alguém que perdeu as eleições e que arranjou "uma forma" de ser PM à força e portanto não terá nunca a mesma força política que se fosse sufragado pelos votos em eleições. Esta opção permitiria-lhe também que até essas eleições 1) se mantivesse em funções e nos cargos e 2) demonstrar até lá que é possível governar bem e "cortar com a austeridade" com resultados válidos e visíveis.

Para a PaF, seria bom ou mau dependendo daquilo que o Costa conseguisse fazer nesse período...se Costa tivesse mesmo sucesso, poderia comprometer os votos na PaF.

Em relação à disciplina de voto, o expediente mais usado pelos deputados é a de "faltar" (e inclusive apresentar o justificativo da falta) quando não concordam com a posição do partido. É a única forma de não lhe instaurarem um processo pelo partido.

Mas neste caso concreto, duvido muito que este expediente vá resultar. Não irão ser permitidas faltas nesse dia e o PS irá encarregar-se de ter a certeza disso.

Subscrevo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-20 11:50:28

Uma acordo à esquerda implica , como no caso do Syriza , aplicar austeridade,
eles sabem-no e não vão querer .
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 11:59:37
Uma acordo à esquerda implica , como no caso do Syriza , aplicar austeridade,
eles sabem-no e não vão querer .

Certo, mas colocando-te na perspectiva "deles", olha para a alternativa...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-20 12:05:58
Uma acordo à esquerda implica , como no caso do Syriza , aplicar austeridade,
eles sabem-no e não vão querer .

Certo, mas colocando-te na perspectiva "deles", olha para a alternativa...

A esquerda moderna está a definhar ideologicamente, vide Krugman, Stiglitz, Corbyn & Co ... é um discurso de desespero, sem rigor científico , sem estratégia,
é apenas uma reação ao seu próprio vazio.

Enquanto a esquerda não assumir que para redistribuir é preciso criar bases
sólidas de crescimento e criação de riqueza, colectivismo com capitalismo pode
funcionar, é preciso ser coerente .

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 12:25:04
Uma acordo à esquerda implica , como no caso do Syriza , aplicar austeridade,
eles sabem-no e não vão querer .

Certo, mas colocando-te na perspectiva "deles", olha para a alternativa...

A esquerda moderna está a definhar ideologicamente, vide Krugman, Stiglitz, Corbyn & Co ... é um discurso de desespero, sem rigor científico , sem estratégia,
é apenas uma reação ao seu próprio vazio.

Enquanto a esquerda não assumir que para redistribuir é preciso criar bases
sólidas de crescimento e criação de riqueza, colectivismo com capitalismo pode
funcionar, é preciso ser coerente .


Ok, não contesto---mas estás a desviar-te do assunto: à mesma, que opção será neste momento melhor para eles? Pegarem na mão do Costa e aceitarem fazer concessões, ganhando em troca margem negocial para fazer passar algumas propostas, ou... NADA, que é continuarem na oposição, com a mesma cassete de sempre, e sem conseguir fazer... nada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-20 12:27:48


Ok, não contesto---mas estás a desviar-te do assunto: à mesma, que opção será neste momento melhor para eles? Pegarem na mão do Costa e aceitarem fazer concessões, ganhando em troca margem negocial para fazer passar algumas propostas, ou... NADA, que é continuarem na oposição, com a mesma cassete de sempre, e sem conseguir fazer... nada.

Não está no ADN deles, é contra-natura, nunca o fizeram nem vão fazê-lo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 13:14:07
O Presidente da República não terá muitas alternativas caso a PaF tenha o seu Programa de Governo rejeitado pelo PS, PCP e BE.

Só poderá ouvir de novo os partidos e 1) Pedir ao PS para formar governo ou 2) Manter o actual governo em gestão.

A 2ª opção, neste momento é muito complicada. Colocaria o País numa posição muito frágil e sem as medidas extraordinárias o Tratado Orçamental fica comprometido. Novas eleições só podem ocorrer, no mínimo, em Abril. Significaria que na melhor das hipóteses só teríamos orçamento para final de Maio ou Junho. Antes disso, já teríamos os juros a escalar e a UE cá de novo.

Assim, só restaria ao Presidente da República a 1ª opção.

Por enquanto, continuo a achar que Cavaco Silva não dará posse a um governo de esquerda, mesmo que a moção de rejeição fosse aprovada no parlamento (o que acho que tb não vai acontecer).

Sobre a situação frágil que seria um governo de gestão, o António Bagão Félix (Ex ministro das finanças e conselheiro de estado), já disse que um governo de gestão não era assim tão grave “se a situação for entendida como transitória”.

Citar
Em declarações ao i, o conselheiro de Estado admite que “se a situação for entendida como transitória” pelos mercados e pelos investidores, o facto de um governo estar sem um Orçamento aprovado e a governar em duodécimos (em regime provisório) não irá atirar o país para a bancarrota nem fazer disparar os juros da dívida pública.

O ex-ministro da Segurança Social e do Trabalho de Durão Barroso, e das Finanças no governo de Santana Lopes, lembra que Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, garantiu que Portugal tem uma almofada financeira (15 milhões de euros)para fazer face a qualquer evolução negativa nos mercados. A garantia foi dada quando os juros da dívida subiram em força em Maio, na sequência da incerteza e do risco de incumprimentos da Grécia.

Além disso, sublinha Bagão Félix, a política de incentivos do Banco Central Europeu, que veio permitir o alívio das taxas de juro associadas às obrigações dos países periféricos, “é uma aliada que antes não havia [antes das crises da dívidas soberanas], na medida em que o BCEaguenta o preço do dinheiro, por assim dizer”, clarifica o ex-ministro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-20 13:34:52
O PCP, pelo menos, tem dado indicações claras que está muito mais inclinado para deixar passar legislação do PS do que em formar uma coligação formal.
O papel de ficar de fora a mandar bitaites é muito mais apelativo que ir queimar o cortiço estando no governo.

---///---

Em relação a estas "negociações" os eleitores estão a ser tratados como umas crianças, com bastante falta de respeito por parte dos partidos.

Que adultos sérios e com experiência de vida, acreditam que numa negociação séria e sem interesses "ocultos", os intervenientes andam todos os dias na rua a "lavar roupa suja" e a chutar as canelas uns dos outros.
A linguagem usada e a forma como andam a picar-se uns aos outros, nada têm à ver com intervenientes interessados em avançar com o processo.

Se nós aqui no fórum , a debater o sexo dos anjos, começamos a usar adjectivação forte, a ser picuinhas, indelicados, está mais que visto que não vamos a lado nenhum.
Adicionem milhões de expectadores e temos a receita perfeita para o insucesso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 13:44:57
pessoalmente acho q nao vai haver acordo solido com a esquerda, isto porque o BE e PCP nao querem ficar associados a governacao e nao querem deixar de fazer a sua oposicao do "contra tudo o que eh mau e a favor de tudo o que eh bom"

portanto o costa vai aparecer no melhor dos casos com um acordo para o primeiro orcamento...

com tao pouco e se eu fosse o cavaco mandava-o bugiar, ate porque acordos com a direita ficarao obviamente impossibilitados e os comunistas vao chumbar tudo a seguir


Um acordo para o primeiro orçamento já é suficiente.

O presidente da republica não pode pedir uma garantia aos outros partidos de que não vão derrubá-lo a seguir. Se pudesse, os governos de minoria não teriam caído no passado. E já caíram 5 ou 6. Só um se aguentou até ao fim.

Pelo raciocínio que estás a dizer, mandaria tb o governo de minoria de direita bugiar, pq existe ainda menos garantias de que chegue ao fim da legislatura, quando existe uma maioria de esquerda no parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 13:59:04
Em relação a estas "negociações" os eleitores estão a ser tratados como umas crianças, com bastante falta de respeito por parte dos partidos.

Que adultos sérios e com experiência de vida, acreditam que numa negociação séria e sem interesses "ocultos", os intervenientes andam todos os dias na rua a "lavar roupa suja" e a chutar as canelas uns dos outros.
A linguagem usada e a forma como andam a picar-se uns aos outros, nada têm à ver com intervenientes interessados em avançar com o processo.

Se nós aqui no fórum , a debater o sexo dos anjos, começamos a usar adjectivação forte, a ser picuinhas, indelicados, está mais que visto que não vamos a lado nenhum.
Adicionem milhões de expectadores e temos a receita perfeita para o insucesso.

Concordo em absoluto e junto-me ao protesto (mesmo que inconsequente). É devido a esta realidade suja do jogo político que há tanto desinteresse e tanta abstenção. Mas penso por outro lado que é impossível mudar a situação, de tal forma "minado" está o sistema---apenas podemos depositar um pouco da nossa confiança (através do voto e do debate cívico) nos candidatos, partidos e sistemas que nos parecerem menos maus.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 14:13:08
Eu até acho um pouco engraçado esta imprevisibilidade política, de não se saber ao certo quem são os partidos que vão formar governo. Isso não é diferente lá fora, embora a linguagem usada possa ser diferente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 14:18:04
O Costa tem tanta lata que ainda convida o PPC para ministro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-20 14:23:19
Em relação a estas "negociações" os eleitores estão a ser tratados como umas crianças, com bastante falta de respeito por parte dos partidos.

Que adultos sérios e com experiência de vida, acreditam que numa negociação séria e sem interesses "ocultos", os intervenientes andam todos os dias na rua a "lavar roupa suja" e a chutar as canelas uns dos outros.
A linguagem usada e a forma como andam a picar-se uns aos outros, nada têm à ver com intervenientes interessados em avançar com o processo.

Se nós aqui no fórum , a debater o sexo dos anjos, começamos a usar adjectivação forte, a ser picuinhas, indelicados, está mais que visto que não vamos a lado nenhum.
Adicionem milhões de expectadores e temos a receita perfeita para o insucesso.

Concordo em absoluto e junto-me ao protesto (mesmo que inconsequente). É devido a esta realidade suja do jogo político que há tanto desinteresse e tanta abstenção. Mas penso por outro lado que é impossível mudar a situação, de tal forma "minado" está o sistema---apenas podemos depositar um pouco da nossa confiança (através do voto e do debate cívico) nos candidatos, partidos e sistemas que nos parecerem menos maus.

Sim o sistema está completamente minado e pervertido.
Os "pategos" só são chamados para fazer uma cruz de 4 em 4 anos. E pagar impostos, é claro!
O sistema tem que evoluir; os representantes têm que ter menos poder, e a população referendar muito mais questões.
Mesmo a nível local, o sistema deveria ser muito mais aberto e tentando envolver muito mais a população. O feedback das pessoas têm que ter muito mais peso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 15:06:34
Em relação à disciplina de voto, o expediente mais usado pelos deputados é a de "faltar" (e inclusive apresentar o justificativo da falta) quando não concordam com a posição do partido. É a única forma de não lhe instaurarem um processo pelo partido.

Mas neste caso concreto, duvido muito que este expediente vá resultar. Não irão ser permitidas faltas nesse dia e o PS irá encarregar-se de ter a certeza disso.

Sobre a disciplina de voto, acho que é um assunto complexo, desconheço os estatutos do PS, ainda não ouvi nem li ninguém a pronunciar-se sobre a hipótese de alguns deputados do PS violarem a disciplina de voto (acho que se vai começar a falar disto quando o Cavaco nomear o Passos como primeiro ministro), mas acho que mesmo que haja disciplina de voto não acontecerá nada aos deputados do PS se o Costa deixar de ser líder depois, e já houve pelo menos uma situação em que houve disciplina de voto no PS, em 2010, contra a adopção por homossexuais, e alguns deputados do PS, pelo menos 7, disseram que não iam cumprir, e depois o PS acabou por abrir excepções para esses deputados.
A ideia que tenho é que é mais fácil castigar um ou outro deputado do que castigar vários deputados.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 16:19:48
Em relação à disciplina de voto, o expediente mais usado pelos deputados é a de "faltar" (e inclusive apresentar o justificativo da falta) quando não concordam com a posição do partido. É a única forma de não lhe instaurarem um processo pelo partido.

Mas neste caso concreto, duvido muito que este expediente vá resultar. Não irão ser permitidas faltas nesse dia e o PS irá encarregar-se de ter a certeza disso.


Sobre a disciplina de voto, acho que é um assunto complexo, desconheço os estatutos do PS, ainda não ouvi nem li ninguém a pronunciar-se sobre a hipótese de alguns deputados do PS violarem a disciplina de voto (acho que se vai começar a falar disto quando o Cavaco nomear o Passos como primeiro ministro), mas acho que mesmo que haja disciplina de voto não acontecerá nada aos deputados do PS se o Costa deixar de ser líder depois, e já houve pelo menos uma situação em que houve disciplina de voto no PS, em 2010, contra a adopção por homossexuais, e alguns deputados do PS, pelo menos 7, disseram que não iam cumprir, e depois o PS acabou por abrir excepções para esses deputados.
A ideia que tenho é que é mais fácil castigar um ou outro deputado do que castigar vários deputados.


Concordo com o que dizes, mas neste caso concreto, e se o PS realmente decidir aprovar a moção de rejeição, não creio que deixará na mão dos deputados nenhum "livre arbítrio" que impeça essa rejeição.

Os deputados podem dizer o que quiserem fora do parlamento, mas quando o "partido fala mais alto" depois "alinham".

Vê o caso da Helena Freitas, que até publicou no Facebook que concordava que o Passos tinha todo o direito de governar e que estava contra o PS coligar-se aos partidos da Esquerda (http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/ (http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/))

Mas passados apenas 2 dias acabou a participar nas negociações com os Verdes:
http://www.dn.pt/portugal/interior/negociacoes_a_esquerda_antonio_costa_da_prioridade_a_familias_mais_pobres_4830693.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/negociacoes_a_esquerda_antonio_costa_da_prioridade_a_familias_mais_pobres_4830693.html)

 :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 16:40:00
O Presidente da República não terá muitas alternativas caso a PaF tenha o seu Programa de Governo rejeitado pelo PS, PCP e BE.

Só poderá ouvir de novo os partidos e 1) Pedir ao PS para formar governo ou 2) Manter o actual governo em gestão.

A 2ª opção, neste momento é muito complicada. Colocaria o País numa posição muito frágil e sem as medidas extraordinárias o Tratado Orçamental fica comprometido. Novas eleições só podem ocorrer, no mínimo, em Abril. Significaria que na melhor das hipóteses só teríamos orçamento para final de Maio ou Junho. Antes disso, já teríamos os juros a escalar e a UE cá de novo.

Assim, só restaria ao Presidente da República a 1ª opção.

Por enquanto, continuo a achar que Cavaco Silva não dará posse a um governo de esquerda, mesmo que a moção de rejeição fosse aprovada no parlamento (o que acho que tb não vai acontecer).

Sobre a situação frágil que seria um governo de gestão, o António Bagão Félix (Ex ministro das finanças e conselheiro de estado), já disse que um governo de gestão não era assim tão grave “se a situação for entendida como transitória”.

Citar
Em declarações ao i, o conselheiro de Estado admite que “se a situação for entendida como transitória” pelos mercados e pelos investidores, o facto de um governo estar sem um Orçamento aprovado e a governar em duodécimos (em regime provisório) não irá atirar o país para a bancarrota nem fazer disparar os juros da dívida pública.

O ex-ministro da Segurança Social e do Trabalho de Durão Barroso, e das Finanças no governo de Santana Lopes, lembra que Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, garantiu que Portugal tem uma almofada financeira (15 milhões de euros)para fazer face a qualquer evolução negativa nos mercados. A garantia foi dada quando os juros da dívida subiram em força em Maio, na sequência da incerteza e do risco de incumprimentos da Grécia.

Além disso, sublinha Bagão Félix, a política de incentivos do Banco Central Europeu, que veio permitir o alívio das taxas de juro associadas às obrigações dos países periféricos, “é uma aliada que antes não havia [antes das crises da dívidas soberanas], na medida em que o BCEaguenta o preço do dinheiro, por assim dizer”, clarifica o ex-ministro.

Mas o problema não é apenas a situação dos mercados e dos juros da dívida, nessa matéria concordo que as coisas até podiam se aguentar com a ajuda do BCE.

O problema principal é o Tratado Orçamental. Se neste momento já é o que é para tentar chegar a um deficit abaixo dos 3% (e ainda sem certezas) com todas as medidas extraordinárias em curso, imagina como seria sem essas medidas em vigor durante quase 6 meses em 2016....

Seria impossível de cumprir e teríamos vários problemas com a UE.

Para além disso, ainda há o facto de esta medida ir contra tudo o que o Presidente da Republica sempre disse até hoje relativamente ao cumprimento dos acordos internacionais.

Já para não falar que esta decisão será muito provavelmente a última de Cavaco Silva e será também este o chegar ao fim da sua vida política. Não me parece que seja com um "Governo de Gestão" que ele quererá ser lembrado....

É por isso que não acredito minimamente que um Governo de Gestão possa vir a ser hipótese neste momento.

Acredito que será mais provável que se o governo da PaF cair na moção de rejeição o PR tenha que decidir pedir ao António Costa para governar mas colocando-lhe várias condições e inclusive uma forma de prazo de validade para o próximo Presidente convocar novas eleições e validar nas urnas ou não este governo.

É a regra de viver com menor dos possíveis males...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 17:00:36
Em relação à disciplina de voto, o expediente mais usado pelos deputados é a de "faltar" (e inclusive apresentar o justificativo da falta) quando não concordam com a posição do partido. É a única forma de não lhe instaurarem um processo pelo partido.

Mas neste caso concreto, duvido muito que este expediente vá resultar. Não irão ser permitidas faltas nesse dia e o PS irá encarregar-se de ter a certeza disso.


Sobre a disciplina de voto, acho que é um assunto complexo, desconheço os estatutos do PS, ainda não ouvi nem li ninguém a pronunciar-se sobre a hipótese de alguns deputados do PS violarem a disciplina de voto (acho que se vai começar a falar disto quando o Cavaco nomear o Passos como primeiro ministro), mas acho que mesmo que haja disciplina de voto não acontecerá nada aos deputados do PS se o Costa deixar de ser líder depois, e já houve pelo menos uma situação em que houve disciplina de voto no PS, em 2010, contra a adopção por homossexuais, e alguns deputados do PS, pelo menos 7, disseram que não iam cumprir, e depois o PS acabou por abrir excepções para esses deputados.
A ideia que tenho é que é mais fácil castigar um ou outro deputado do que castigar vários deputados.


Concordo com o que dizes, mas neste caso concreto, e se o PS realmente decidir aprovar a moção de rejeição, não creio que deixará na mão dos deputados nenhum "livre arbítrio" que impeça essa rejeição.

Os deputados podem dizer o que quiserem fora do parlamento, mas quando o "partido fala mais alto" depois "alinham".

Vê o caso da Helena Freitas, que até publicou no Facebook que concordava que o Passos tinha todo o direito de governar e que estava contra o PS coligar-se aos partidos da Esquerda ([url]http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/11/independente-do-ps-contra-governo-a-esquerda/[/url]))

Mas passados apenas 2 dias acabou a participar nas negociações com os Verdes:
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/negociacoes_a_esquerda_antonio_costa_da_prioridade_a_familias_mais_pobres_4830693.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/negociacoes_a_esquerda_antonio_costa_da_prioridade_a_familias_mais_pobres_4830693.html[/url])

 :D


Isso quase arruma com a questão sobre violarem a disciplina de voto...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-20 17:07:39
.....pois........


Citar
António Costa: "Estão criadas condições para que o PS possa formar governo"

20 Out, 2015 - 16:43 R.R.

PSD e CDS não têm "solução de governo estável e consistente para os próximos anos. Declarações depois de o PS ter sido ouvido pelo Presidente da República

O PSD não conseguiu formar uma “solução maioritária” no actual quadro parlamentar e não se deve adiar o que é a “solução” que pode assegurar a estabilidade, afirmou o líder do PS, António Costa, após um encontro com o Presidente da República, esta terça-feira.

"Estão criadas condições para que o PS possa formar governo", viabilizado pelos deputados do PCP e Bloco de Esquerda na Assembleia da República (AR).

Costa diz que não se deve perder tempo. Não é do ”interesse nacional prolongar no tempo esta situação de indefinição”.

Questionado pelos jornalistas, o líder do PS não revelou se o PS chumbará a proposta de Orçamento do Estado 2016, mas aludiu à "falta de suporte maioritário" da coligação PSD/CDS na AR.

A coligação PSD/CDS tem uma representação parlamentar “claramente insuficiente” para garantir uma “solução de governo estável e consistente para os próximos anos” e “dar tradução governativa à grande maioria dos portugueses que expressou uma inequívoca vontade” de mudar de políticas.


[Em actualização]

......e agora ?.....eh.eh..... 8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-20 17:11:57
O sistema tem que evoluir; os representantes têm que ter menos poder, e a população referendar muito mais questões.
Mesmo a nível local, o sistema deveria ser muito mais aberto e tentando envolver muito mais a população. O feedback das pessoas têm que ter muito mais peso.

sou de opinião diferente. considero que os representantes devem ter mais poder. e os partidos menos.

os representantes devem ser, por ordem de importância:

1. representantes das suas ideias.
2. representantes dos seus eleitores.
3. representantes do partido que apoiou a sua eleição.

os governantes deveriam ser obrigatoriamente representantes à priori. queres ir para o governo? apresenta-te a eleições e faz-te eleger.
é o sistema britânico em que os governantes são obrigatoriamente oriundos do parlamento.

os representantes deveriam ser muito bem pagos. muitas vezes mais do que são neste momento.
deveriam ter um staff  adequado à sua disposição para serem efectivos escrutinadores do poder executivo - vide congresso americano.
o parlamento em si deveria ter sofisticadas agências de controlo das actividades executivas.
agências absolutamente alheias aos partidos, pagas pelo contribuintes, aos quais os representantes poderiam encomendar investigações, análises e estudos.
uma das agências seria a agência jurídica, que seria encarregue de apoiar os representantes na elaboração de leis. nenhuma lei deveria ser elaborada fora do perímetro parlamentar.

e mais umas coisas....

não sou contra o referendo mas penso que seria mais efectivo a nível local, não nacional. a banalização do referendo torna-o manipulável e fácilmente usados por demagogos.
nacionalmente penso que como está, está bem. apenas grandes temas transversais são apresentados a referendo - aborto, regionalização.

L



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 17:17:44
.....pois........


Citar
António Costa: "Estão criadas condições para que o PS possa formar governo"
....

......e agora ?.....eh.eh..... 8)

O Cavaco vai provavelmente ignorar o Costa e dar posse ao Passos como primeiro ministro (foi o que a TVI e alguns jornais já avançaram ontem), ele tb já tinha dito no discurso que não se "substituía ao parlamento", e depois logo se vê, no parlamento, se o PS faz o governo cair ou não, quando for apresentada a moção de rejeição pela CDU e BE.
Talvez faça... e depois talvez o Cavaco dê posse a um governo PS minoritário, com apoio do BE e CDU, ou talvez não...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 17:18:06
pessoalmente acho q nao vai haver acordo solido com a esquerda, isto porque o BE e PCP nao querem ficar associados a governacao e nao querem deixar de fazer a sua oposicao do "contra tudo o que eh mau e a favor de tudo o que eh bom"

portanto o costa vai aparecer no melhor dos casos com um acordo para o primeiro orcamento...

com tao pouco e se eu fosse o cavaco mandava-o bugiar, ate porque acordos com a direita ficarao obviamente impossibilitados e os comunistas vao chumbar tudo a seguir

Um acordo para o primeiro orçamento já é suficiente.

O presidente da republica não pode pedir uma garantia aos outros partidos de que não vão derrubá-lo a seguir. Se pudesse, os governos de minoria não teriam caído no passado. E já caíram 5 ou 6. Só um se aguentou até ao fim.

Pelo raciocínio que estás a dizer, mandaria tb o governo de minoria de direita bugiar, pq existe ainda menos garantias de que chegue ao fim da legislatura, quando existe uma maioria de esquerda no parlamento.


o presidente tem todo o direito de avaliar as condicoes de governabilidade, nao foi o que o sampaio fez com o santana lopes?

neste caso nao pode derrubar o parlamento mas pode deixar um governo de gestao e convocar eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 17:20:28
.....pois........


Citar
António Costa: "Estão criadas condições para que o PS possa formar governo"

20 Out, 2015 - 16:43 R.R.

PSD e CDS não têm "solução de governo estável e consistente para os próximos anos. Declarações depois de o PS ter sido ouvido pelo Presidente da República

O PSD não conseguiu formar uma “solução maioritária” no actual quadro parlamentar e não se deve adiar o que é a “solução” que pode assegurar a estabilidade, afirmou o líder do PS, António Costa, após um encontro com o Presidente da República, esta terça-feira.

"Estão criadas condições para que o PS possa formar governo", viabilizado pelos deputados do PCP e Bloco de Esquerda na Assembleia da República (AR).

Costa diz que não se deve perder tempo. Não é do ”interesse nacional prolongar no tempo esta situação de indefinição”.

Questionado pelos jornalistas, o líder do PS não revelou se o PS chumbará a proposta de Orçamento do Estado 2016, mas aludiu à "falta de suporte maioritário" da coligação PSD/CDS na AR.

A coligação PSD/CDS tem uma representação parlamentar “claramente insuficiente” para garantir uma “solução de governo estável e consistente para os próximos anos” e “dar tradução governativa à grande maioria dos portugueses que expressou uma inequívoca vontade” de mudar de políticas.


[Em actualização]

......e agora ?.....eh.eh..... 8)

Agora: "Let the game begin...."
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 17:26:35

O Cavaco vai provavelmente ignorar o Costa e dar posse ao Passos como primeiro ministro (foi o que a TVI e alguns jornais já avançaram ontem), ele tb já tinha dito no discurso que não se "substituía ao parlamento", e depois logo se vê, no parlamento, se o PS faz o governo cair ou não, quando for apresentada a moção de rejeição pela CDU e BE.
Talvez faça... e depois talvez o Cavaco dê posse a um governo PS minoritário, com apoio do BE e CDU, ou talvez não...

Não há grandes dúvidas que o Presidente da República irá nomear o Passos para formar governo primeiro. A PaF foi a força política mais votada e é "institucionalmente" o correcto a fazer e este PR sabe-se que é muito institucional.

Para além disso, é muito importante a vários níveis que o PS efectivamente se pronuncie no Parlamento e diga o qual é mesmo a sua vontade.

Pois para fazer isso o PS terá também que dizer Porquê e qual a alternativa "melhor" que possui.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 17:30:54
.....pois........

Citar
António Costa: "Estão criadas condições para que o PS possa formar governo"
[Em actualização]
......e agora ?.....eh.eh..... 8)
Agora: "Let the game begin...."

E agora, nada. O Presidente ainda não se pronunciou, portanto nada muda. Excepto talvez que venham a surgir mais uma dezenas de artigos de opinião na CS sobre estas declarações do Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-20 17:31:15
se o PS já tem essa alternativa e já a apresentou ao presidente, anunciando que chumbaria na assembleia, o programa de governo, é apenas perder tempo empossar o Passos.
não estamos em condições de perder esse tempo por questões de lana caprina.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-20 17:39:29
.....pois........

Citar
António Costa: "Estão criadas condições para que o PS possa formar governo"
[Em actualização]

......e agora ?.....eh.eh..... 8)

Agora: "Let the game begin...."


E agora, nada. O Presidente ainda não se pronunciou, portanto nada muda. Excepto talvez que venham a surgir mais uma dezenas de artigos de opinião na CS sobre estas declarações do Costa.


Bem...com esta decisão o PS confirma as intenções que tinha apenas "falado" até aqui, ou seja, o PS moveu efectivamente a primeira peça do jogo.

Para além disso, outra novidade é ele referir que tem "suporte maioritário para o conjunto da legislatura", ou seja tem um acordo supostamente para 4 anos. Embora eu acredite que isto não seja bem assim e o PS apenas esteja a "atirar forte" neste momento, pois continuam as reuniões com o BE e isso significa que há coisas que não estão decididas.

in http://www.tsf.pt/politica/interior/costa_diz_a_cavaco_que_tem_condicoes_para_formar_governo_4844880.html (http://www.tsf.pt/politica/interior/costa_diz_a_cavaco_que_tem_condicoes_para_formar_governo_4844880.html)

A 2a peça a mexer será pelo Presidente amanhã.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 18:10:51
pessoalmente acho q nao vai haver acordo solido com a esquerda, isto porque o BE e PCP nao querem ficar associados a governacao e nao querem deixar de fazer a sua oposicao do "contra tudo o que eh mau e a favor de tudo o que eh bom"

portanto o costa vai aparecer no melhor dos casos com um acordo para o primeiro orcamento...

com tao pouco e se eu fosse o cavaco mandava-o bugiar, ate porque acordos com a direita ficarao obviamente impossibilitados e os comunistas vao chumbar tudo a seguir

Um acordo para o primeiro orçamento já é suficiente.

O presidente da republica não pode pedir uma garantia aos outros partidos de que não vão derrubá-lo a seguir. Se pudesse, os governos de minoria não teriam caído no passado. E já caíram 5 ou 6. Só um se aguentou até ao fim.

Pelo raciocínio que estás a dizer, mandaria tb o governo de minoria de direita bugiar, pq existe ainda menos garantias de que chegue ao fim da legislatura, quando existe uma maioria de esquerda no parlamento.


o presidente tem todo o direito de avaliar as condicoes de governabilidade, nao foi o que o sampaio fez com o santana lopes?

neste caso nao pode derrubar o parlamento mas pode deixar um governo de gestao e convocar eleicoes

Não achas que faltam mais condições de governabilidade a um governo minoritário de PSD+CDS, com os partidos de esquerda a ameaçar chumbá-lo no parlamento, do que um governo minoritário de PS com o apoio dos outros partidos de esquerda?

Já existe acordo entre o PS e a CDU e BE. Tanto PS, como BE, já disseram que existe acordo. Ainda não ouvi a CDU dizer, mas tb vai dizê-lo ou já disse... Tanto BE, como CDU, querem livrar-se do governo de direita e estão dispostos a acordos. Irem para o governo é que era mais dificil, mas apoiarem o PS estando de fora acho que não será muito dificil de aceitarem, até pq lhes dá força politica.

É verdade que Sampaio ( tb Soares em 87), optaram por ouvir o povo, mas só lendo os argumentos que eles usaram é que se percebe qual foi ao certo o motivo. Eu até gostava de os ler, mas na rápida pesquisa que fiz não encontrei.
O que me lembro é que havia muita gente a dizer que não havia legitimidade para o Santana Lopes governar na altura, mesmo pessoas ligadas ao PSD, que diziam que devia de haver eleições, porque ele não tinha sido eleito pelo povo. Quem foi eleito foi o Durão, que abandonou o governo. 
Mas a situação mais semelhante foi a que aconteceu com Soares, em 87, houve um governo que foi derrubado no parlamento, havia uma alternativa PS+PRD, mas o Soares optou por ouvir o povo.
A diferença é que agora tem que se esperar 6 meses.

Na minha opinião, se o Cavaco optar por um governo de gestão, vai argumentar que o PS não colocou a hipótese de um governo de esquerda na campanha eleitoral, e vai salientar a divisão do eleitorado do PS nesta altura. Ou seja, invocará mais a falta de legitimidade, que é o que a Manuela Ferreira Leite tem falado e outras pessoas de direita. Claro que a falta de legitimidade é uma coisa subjectiva.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-20 18:14:07
se o PS já tem essa alternativa e já a apresentou ao presidente, anunciando que chumbaria na assembleia, o programa de governo, é apenas perder tempo empossar o Passos.
não estamos em condições de perder esse tempo por questões de lana caprina.

L

lark,

O PR não pode aceitar as intenções de voto de um partido e ignorar o voto de todos os deputados da assembleia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 18:16:46
joao, a tua pergunta sobre quem tem mais condicoes nao faz sentido, eu falei num governo de gestao e convocar eleicoes porque nenhum ofereceria as condicoes que o presidente pressupoe como essenciais.

isto eh perfeitamente legitimo e dentro dos poderes do presidente. o acordo que existe nao vale nada, todos sabemos que os comunistas vao mandar o governo abaixo logo a seguir ao primeiro ano. o presidente
pode levar isto em conta, tem esse direito

mas ate eu prefiro que o costa seja PM !! haha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 18:17:36
se o PS já tem essa alternativa e já a apresentou ao presidente, anunciando que chumbaria na assembleia, o programa de governo, é apenas perder tempo empossar o Passos.
não estamos em condições de perder esse tempo por questões de lana caprina.

L

claro que nao eh perda de tempo, o parlamento tem de se pronunciar e nao os lideres dos partidos

es um grande democrata !  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 18:24:06
a tua pergunta sobre quem tem mais condicoes nao faz sentido, eu falei num governo de gestao e convocar eleicoes porque nenhum ofereceria as condicoes que o presidente pressupoe como essenciais.

isto eh perfeitamente legitimo e dentro dos poderes do presidente. o acordo que existe nao vale nada, todos sabemos que os comunistas vao mandar o governo abaixo logo a seguir ao primeiro ano. o presidente
pode levar isto em conta, tem esse direito

mas ate eu prefiro que o costa seja PM !! haha

Se percebo, o que dizes é que o Passos não devia dar posse a um governo de esquerda nem de direita e continuava com um governo de gestão, é isto?... mas essa é a hipótese já está praticamente fora de questão, pq desde ontem que vários órgãos de comunicação dizem que o Cavaco vai dar posse ao Passos como primeiro ministro...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-20 18:24:38
temos dar palavra aos  Daniel Campelos

http://www.publico.pt/espaco-publico/jornal/o-voto-do-queijo-limiano-150752 (http://www.publico.pt/espaco-publico/jornal/o-voto-do-queijo-limiano-150752)

Foi unica vez governo minoritario durou 4 anos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 18:25:48
a tua pergunta sobre quem tem mais condicoes nao faz sentido, eu falei num governo de gestao e convocar eleicoes porque nenhum ofereceria as condicoes que o presidente pressupoe como essenciais.

isto eh perfeitamente legitimo e dentro dos poderes do presidente. o acordo que existe nao vale nada, todos sabemos que os comunistas vao mandar o governo abaixo logo a seguir ao primeiro ano. o presidente
pode levar isto em conta, tem esse direito

mas ate eu prefiro que o costa seja PM !! haha

Se percebo, o que dizes é que o Passos não devia dar posse a um governo de esquerda nem de direita e continuava com um governo de gestão, é isto?... mas essa é a hipótese já está praticamente fora de questão, pq desde ontem que vários órgãos de comunicação dizem que o Cavaco vai dar posse ao Passos como primeiro ministro...

sei la se esta, ja vi muita coisa contraditoria. so digo que esta no direito do presidente, nao eh inevitavel ter de indigitar o costa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 18:28:29
a seguranca social esta com as contas descontroladas, um governo de PS tera de fazer algo em relacao a isso e os comunistas vao estrebuchar

como vao passar o segundo orcamento? nao vao! mas nas contas do PS nao ha problema pois prevem crescimentos economicos de 3% ao ano!! haaha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 18:28:38
se o PS já tem essa alternativa e já a apresentou ao presidente, anunciando que chumbaria na assembleia, o programa de governo, é apenas perder tempo empossar o Passos.
não estamos em condições de perder esse tempo por questões de lana caprina.

Uma coisa é o que o Costa diz cá fora, outra é o que o Presidente ouviu lá dentro, e outra ainda o que Presidente acha daquilo que ouviu...  :D

Onde estava a querer chegar é que em termos práticos, até o PR decidir o que vai fazer, nada muda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-20 18:33:32
a tua pergunta sobre quem tem mais condicoes nao faz sentido, eu falei num governo de gestao e convocar eleicoes porque nenhum ofereceria as condicoes que o presidente pressupoe como essenciais.

isto eh perfeitamente legitimo e dentro dos poderes do presidente. o acordo que existe nao vale nada, todos sabemos que os comunistas vao mandar o governo abaixo logo a seguir ao primeiro ano. o presidente
pode levar isto em conta, tem esse direito

mas ate eu prefiro que o costa seja PM !! haha

Se percebo, o que dizes é que o Passos não devia dar posse a um governo de esquerda nem de direita e continuava com um governo de gestão, é isto?... mas essa é a hipótese já está praticamente fora de questão, pq desde ontem que vários órgãos de comunicação dizem que o Cavaco vai dar posse ao Passos como primeiro ministro...

sei la se esta, ja vi muita coisa contraditoria. so digo que esta no direito do presidente, nao eh inevitavel ter de indigitar o costa

Podes apostar o teu lanche em como o Passos vai ser indigitado primeiro ministro.  :)
Quando saem noticias deste género estão certas. Servem apenas para preparar a opinião publica...

Eu só não aposto o meu lanche em como ele fique muito tempo como primeiro ministro...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-20 18:38:07
a tua pergunta sobre quem tem mais condicoes nao faz sentido, eu falei num governo de gestao e convocar eleicoes porque nenhum ofereceria as condicoes que o presidente pressupoe como essenciais.

isto eh perfeitamente legitimo e dentro dos poderes do presidente. o acordo que existe nao vale nada, todos sabemos que os comunistas vao mandar o governo abaixo logo a seguir ao primeiro ano. o presidente
pode levar isto em conta, tem esse direito

mas ate eu prefiro que o costa seja PM !! haha

Se percebo, o que dizes é que o Passos não devia dar posse a um governo de esquerda nem de direita e continuava com um governo de gestão, é isto?... mas essa é a hipótese já está praticamente fora de questão, pq desde ontem que vários órgãos de comunicação dizem que o Cavaco vai dar posse ao Passos como primeiro ministro...

sei la se esta, ja vi muita coisa contraditoria. so digo que esta no direito do presidente, nao eh inevitavel ter de indigitar o costa

Podes apostas o teu lanche em como o Passos vai ser indigitado primeiro ministro.  :)
Quando saem noticias deste género estão certas. Servem apenas para preparar a opinião publica...

Eu não aposto o meu lanche é que ele fique muito tempo como primeiro ministro...

sim, o passos vai ser. mas foi sim da indigitacao do costa que falei. nao acho obvio que ele seja, como se nao houvesse alternativa da parte do presidente
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 18:41:33
O Cavaco vai entalar o Costa e obrigá-lo a clarificar se chumba ou não o governo. Se não chumba tem a esquerda à perna. Se chumba tem de apresentar alternativa e ainda fica mais refém do BE e do PCP porque aí tem de avançar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 18:51:57
O Cavaco vai entalar o Costa e obrigá-lo a clarificar se chumba ou não o governo. Se não chumba tem a esquerda à perna. Se chumba tem de apresentar alternativa e ainda fica mais refém do BE e do PCP porque aí tem de avançar.

Já passámos dessa fase há muito tempo (vem do tempo da campanha eleitoral e das declarações do chumbo do Orçamento, que vai dar mais ou menos ao mesmo)

O Cavaco está sem poder para "entalar" o Costa, uma vez que é o próprio Costa a dizer ao Cavaco que já tem acordo à esquerda.

É wishful thinking pensar que o Cavaco vai meter o Costa na ordem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 18:54:49
O PCP não lhe dá esse acordo. Isso é que será wishfull thinking. O PCP nunca ficará associado a qualquer medida negativa. São muitos anos a virar frangos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 18:57:56
é preciso que se diga que acordo PS+BE é lixo. é igual à PAF.
o PCP é a chave do Costa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 19:03:06
é preciso que se diga que acordo PS+BE é lixo. é igual à PAF.
o PCP é a chave do Costa

Certo, mas o Costa menciona um acordo à esquerda, não um acordo com o BE.

Parece-me evidente que para o Costa, tendo estas declarações por base, o chumbo ao governo é certo.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-20 19:10:35
O líder do PCP e da CDU considera que o PS “não tem coragem para dizer que Portugal para ter futuro como uma nação livre e independente tem que se libertar destes constrangimentos do euro”.


PS/CDS/PSD ate BE gostam do endividamento.....

PCP quer inflacao

o POVO votou no euro e endividamento
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 19:10:48
eu penso que o cavaco não o indigita sem um acordo muito concreto, incluindo o PCP. o PCP não me mete em coisas concretas, muito menos onde mete UE.
bom, vamos ver. eu acho que o cavaco dá posse ao PPC para ver se o costa tem as bolas no sitio e para ele ficar com o ónus de deitar abaixo o vencedor das eleições. tem um impacto bastante diferente de palavras vagas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-20 19:13:01
o PPC se tiver juízo até pede é ao cavaco para indigitar o costa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 19:27:09
O líder do PCP e da CDU considera que o PS “não tem coragem para dizer que Portugal para ter futuro como uma nação livre e independente tem que se libertar destes constrangimentos do euro”.

Bom... olhando bem para as coisas, essa afirmação está correctíssima. eheh

Quanto ao que o líder do PCP considera que o líder do PS não tem, está errado. O Costa não quer a saída do euro, e não é por falta de coragem. Coragem, por seu turno, é coisa que parece não lhe estar a faltar neste momento, pelo modo como está a desafiar as convenções e o "arco da governação".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-20 19:27:45
o PPC se tiver juízo até pede é ao cavaco para indigitar o costa

Ahahaha!  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-20 19:42:07
se o PS já tem essa alternativa e já a apresentou ao presidente, anunciando que chumbaria na assembleia, o programa de governo, é apenas perder tempo empossar o Passos.
não estamos em condições de perder esse tempo por questões de lana caprina.

L

lark,

O PR não pode aceitar as intenções de voto de um partido e ignorar o voto de todos os deputados da assembleia.

falácia mr k! 100 push ups.

o facto do PR indigitar o Costa como PM e encarregá-lo de formar governo, não ignora de forma nenhuma a expressão democrática dos representantes do povo.
eles pronunciar-se-ão aquando da aprovação do programa de governo.
haverá sempre uma votação seja com o Passos a apresentar um governo minoritário, seja com o costa a apresentar um governo maioritário.

por maioria de razão, a teórica, hipotética, provável maioria terá mais chances de aprovar um programa de governo do que uma teórica, hipotética, provável minoria.
é uma questão de bom senso.
os deputados pronunciar-se-ão de uma forma ou doutra.
a forma aparentemente, teoricamente, hipoteticamente  mais económica e rápida será encarregar o Costa de formar governo.
encarregar o Passos de formar governo tendo já o PS anunciado um acordo parlamentar maioritário é um capricho. caro!

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-20 20:04:51
(http://2.fotos.web.sapo.io/i/o2c0418e1/18923626_6ngzu.png)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-21 02:30:12
Carlos César: PS só mostra acordo depois da indigitação.

ahah!!!  so neste pais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-21 13:50:44
o PPC se tiver juízo até pede é ao cavaco para indigitar o costa

Ahahaha!  :D

Dito e feito.  :P

----

Ainda assim, o que me parece mais lógico é o Cavaco indigitar o Passos, mas apenas porque não quer ficar ele com a "mancha" de ter dado o governação de mão beijada à esquerda, e prefere passar essa responsabilidade à votação no parlamento. (bom, e também porque para todos os efeitos ainda há algumas probabilidades de o parlamento não deitar abaixo o governo do Passos).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-21 16:25:23
No discurso de Cavaco, quando mandatou o Passos para avaliar a possibilidade da constituição de um governo estável, estabeleceu estas exigências:
«exige-se a observância das obrigações decorrentes da participação nas organizações internacionais de defesa coletiva, como a NATO, e da adesão plena à União Europeia e à Zona Euro.»

Será que isto contraria as exigências de Cavaco?

Citar
PCP propõe em Bruxelas apoios para quem saia do euro

Em Lisboa, negoceiam com António Costa. Em Bruxelas, eurodeputados do PCP estão a recolher assinaturas - querem inscrever no Orçamento comunitário uma rubrica para financiar saída de Estados da zona euro

[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-20-PCP-propoe-em-Bruxelas-apoios-para-quem-saia-do-euro[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-20-PCP-propoe-em-Bruxelas-apoios-para-quem-saia-do-euro[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Paquinho em 2015-10-21 16:47:04
Como é possível ser sequer hipótese?

Citar
Ferro Rodrigues disponível para a presidência da Assembleia da República

[url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/ferro_rodrigues_disponivel_para_a_presidencia_da_assembleia_da_republica.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/ferro_rodrigues_disponivel_para_a_presidencia_da_assembleia_da_republica.html[/url])



Não há memória?

Citar

Ferro Rodrigues perde recurso

O Tribunal da Relação de Lisboa deliberou manter a decisão do Tribunal de Instrução Criminal de não levar a julgamento os dois jovens que acusaram Ferro Rodrigues de abusos sexuais no âmbito do processo Casa Pia.

[url]http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/ferro-rodrigues-perde-recurso.html[/url] ([url]http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/portugal/detalhe/ferro-rodrigues-perde-recurso.html[/url])




Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-21 18:00:48
Na prática, a coligação de direita precisa agora de convencer 9 deputados do PS e PAN a não votarem a favor da moção de rejeição para continuar no governo.
Talvez deva começar por estes.

Deputados que já se manifestaram contra um governo de esquerda:
Eurico Brilhante Dias (ex-apoiante de Seguro) (poderá abster-se por vontade própria)   
José Lello (amigalhaço de Sócrates) (é dificil de convencer, mas poderá abster-se por vontade própria)
Sérgio Sousa Pinto (demitiu-se do secretariado nacional do PS) (poderá abster-se por vontade própria)
Helena Freitas (2 dias depois de se manifestar contra um governo de esquerda estava a reunir-se com a CDU para haver uma maioria de esquerda) (não deve dar para a convencer, pq o Costa já a convenceu)

Deputados que apoiaram o Seguro contra o Costa (14):
Aveiro – Rosa Albernaz (não disse sim, nem não)
Beja – Pedro do Carmo
Coimbra – Pedro Coimbra
Faro – Jamila Madeira
Leiria – António Sales
Lisboa – João Soares e Joaquim Raposo
Porto – José Luís Carneiro e João Paulo Correia
Porto – Ricardo Bexiga
Santarém – António Gameiro
Viana do Castelo – José Manuel Carpinteira
Vila Real – Francisco Rocha
Viseu – António Borges

Deputados do PS/Açores:
(O novo líder do PS/Açores manifestou-se contra uma aliança à esquerda)
Carlos César (Convencer este está fora de hipótese)
Lara Martinho (dificil)
João Castro (dificil)

Deputado do PAN:
André Silva (O Costa já se reuniu com ele, mas ele ainda não disse publicamente o que ia fazer.
O Passos já devia ter-se reunido com ele. Foi o Passos que foi mandatado pelo PR para fazer um governo estável, mas foi o Costa quem mais tem feito para ser primeiro ministro) (poderá optar por abster-se não participando na guerra entre a direita e a esquerda).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-21 20:19:58
http://observador.pt/2015/10/21/5-passos-direita-ja-prepara/ (http://observador.pt/2015/10/21/5-passos-direita-ja-prepara/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-21 21:28:53
ja comecaram a fazer as contas ao que se sabe das negociacoes do PS com os comunistas. parece que o PS ja se comprometeu a gastar mais 2 mil milhoes ate ao momento.

portanto preparem-se para um grande aumento de impostos: o IRS,  imposto sucessorio, IRC e mais valias sao alvos obvios

depois ainda vamos ter as derrapagens dos custos da SS e nas contas do PS em relacao as receitas, vai ser lindo ver a coisa a acontecer !! costa ao poder ! haha !!!!!!!

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-21 21:37:57
Eu vejo os impostos mais no lado das grandes empresas a subir. Eles são contra o "grande capital". Durante um ano ainda aguentam, mas depois as grandes empresas, as que ainda não saíram de cá, fazem as malas.
Ele subirem o IRS não acredito.

Um anito e temos eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-21 21:48:49
Eu vejo os impostos mais no lado das grandes empresas a subir. Eles são contra o "grande capital". Durante um ano ainda aguentam, mas depois as grandes empresas, as que ainda não saíram de cá, fazem as malas.
Ele subirem o IRS não acredito.

Um anito e temos eleições.

eles tem de ir burcar o guito nalgum lado, o IRC, herancas e mais valias nao dao la para grande coisa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-21 21:54:43
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-21 22:00:49
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Falta defeniçao de rico
EU PENSO RICO DEVE SER ISTO PELA PRESPETIVA DE UM  SOCIALISTA COM POTE VAZIO
Um rico em portugal e alguem com 50 000  EUROS no banco e habitaçao paga!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-21 22:55:32
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Neo, e tu, lembras-te daquilo que leste no programa eleitoral apresentado pela coligação?  ;D 


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: VladIII em 2015-10-22 00:46:31
Eu penso que o costa vai formar governo mesmo. Nao sei se isso é bom ou mau, ou melhor ou pior, mas ele quando discursa, por exemplo ontem, no fim da reuniao, a falar com os jornalistas, fez o simbolo dos maçons com as maos, por duas vezes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 01:00:35
Diz-se no daily telegraph que hà uma segunda revolta na europa e que muitos dos integrantes da coligação querem a saida do euro.


http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11946412/Defiant-Portugal-shatters-the-eurozones-political-complacency.html (http://www.telegraph.co.uk/finance/economics/11946412/Defiant-Portugal-shatters-the-eurozones-political-complacency.html)





The delayed fuse on the eurozone's debt-deflation policies has finally detonated in a second country. Portugal has joined the revolt against austerity.

The rickety scaffolding of fiscal discipline and economic surveillance imposed on southern Europe by Germany is falling apart on its most vulnerable front.

The anti-austerity revolt in Portugal is a foretaste of what may happen in a string of EMU states when the global economic expansion rolls over

Antonio Costa, Portugal's Socialist leader and son of a Goan poet, has refused to go along with further pay cuts for public workers, or to submit tamely to a Right-wing coalition under the thumb of the now-departed EU-IMF 'Troika'.

Against all assumptions, he has suspended his party's historic feud with Portugal's Communists and combined in a triple alliance with the Left Bloc. The trio have demanded the right to govern the country, and together they have an absolute majority in the Portuguese parliament.

• Portugal's 'Berlin wall moment': Communists and anti-euro Leftists set for government

The verdict from the markets has been swift. "We would be very reluctant to invest in Portuguese debt," said Rabobank, describing the turn of events as a political shock.

The country's president has the constitutional power to reappoint the old guard - and may in fact do so over coming days - but this would leave the country ungovernable and would be a dangerous demarche in a young Democracy, with memories of the Salazar dictatorship still relatively fresh.

"The majority of the Portuguese people did not vote for the incumbent coalition. They want a change," said Miriam Costa from Lisbon University.

Joseph Daul, head of conservative bloc in the European Parliament, warned that Portugal now faces six months of chaos, and risks going the way of Greece.

• Indebted Portugal is still the problem child of the eurozone

Mr Costa's hard-Left allies both favour a return to the escudo. Each concluded that Greece's tortured acrobatics under Alexis Tspiras show beyond doubt that it is impossible to run a sovereign economic policy within the constraints of the single currency.

The Communist leader, Jeronimo de Sousa, has called for a "dissolution of monetary union" for the good of everybody before it does any more damage to the productive base of the European economy.

His party is demanding a 50pc write-off of Portugal's public debt and a 75pc cut in interest payments, and aims to tear up the EU's Lisbon Treaty and the Fiscal Compact. It wants to nationalize the banks, reverse the privatisation of the transport system, energy, and telephones, and take over the "commanding heights of the economy".

A durable rebalancing of the economy has not taken place... Portugal faces an acute growth challenge
International Monetary Fund

Catarina Martins, the Left Bloc's chief, is more nuanced but says that if the Portuguese people have to choose between "dignity and the euro", then dignity should prevail. "Any government that refuses to obey Wolfgang Schauble must be prepared to see the European Central Bank close down its banks," she said.

She is surely right about that. The lesson of the Greek drama is that the ECB is the political enforcer of monetary union, willing to bring rebels to their knees by pulling the plug on a nation's banking system.

These two parties have for now submited to eurozone pieties, agreeing vaguely to abide by EMU fiscal rules. Such lip-service is meaningless.

The EU Fiscal Compact requires Portugal to cut its public debt from 127pc to 60pc of GDP over twenty years, under pain of sanctions, with parallel cuts in Italy, Spain, France, and Belgium that feed on each other and are likely to trap monetary union in a contractionary vortex for another generation.

For Portugal it entails a primary budget surplus on such a scale that it cannot possibly be compatible with the economic agenda of the Left.

Mr Costa's own proposals - scarcely more moderate - put him on a collision course with the European Commission. He has vowed to "turn the page on austerity", reverse Troika cuts, roll back labour reform, review the privatisation of public transport and the water works, and launch a 55-point reflation package led by spending on health care and education.

The upset in Portugal has caught Europe's elites off guard. The eurozone is enjoying a cyclical rebound of sorts, driven by the happy trifecta of cheap energy, a cheap euro, and cheap credit. The ECB's quantitative easing has flushed the system with liquidity though Europe still has one foot in deflation.

Europe's leaders thought the crisis was over and believed their own propaganda that Portugal has successfully clawed its way back to safety by adhering strictly to Troika terms. This was always wishful thinking.

William Buiter, Citigroup’s chief economist, says Portugal has many of the same economic ‘pathologies’ as Greece, with debt ratios already beyond the point of no return, and a fresh solvency crisis almost inevitable in the next downturn.

Portugal's combined public and private debt is 370pc of GDP. This is the second highest in the developed world after Japan, but Japan is an international creditor while Portugal has net external liabilities of 215pc of GDP. "A systemic solution to the problem of excessive leverage is needed," says the International Monetary Fund.

The IMF praises Portugal's “export miracle” but warns that the gains have been narrowly based. While exports have jumped from 30pc to 40pc of GDP since 2010, there have been no such advances in "domestic-value added" shipments, which are what matter for competitiveness. “A durable rebalancing of the economy has not taken place and the nontradable sector is still dominant,” it said.

“Portugal faces an acute growth challenge. Productivity growth has been declining over the past half-century. Portugal’s working-age population is projected to fall, and the country’s capital stock is contracting because of underinvestment,” it said.

It is this mix of high debt and chronically low growth that is so toxic, compounded by deflationary forces that poison with debt dynamics. The IMF says the only sure way to escape the stagnation trap within EMU constraints is a blast of radical market reform. Yet reforms have already "stalled". They now look implausible.

The anti-austerity revolt in Portugal is a foretaste of what may happen in a string of EMU states when the global economic expansion rolls over, as it may well do within a couple of years on historical patterns.

The social and political damage caused by the eurozone's self-inflicted slump from 2008-2014 is still fermenting, a combustible atmosphere if the region is soon hit by fresh downturn.

The currency bloc is in worse shape on almost every metric than it was before the Lehman crisis. Debt levels are 35 percentage points of GDP higher. EMU-wide unemployment is stuck at 11pc. The credibility of eurozone leadership is in tatters.

Powerful populist forces are waiting in the wings in Spain, Italy, and France. The events in Portugal have shown that every election in Southern Europe is a now an "event risk". Political chickens are coming home to roost, and economic time is running out.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 01:04:16
Eu sei que isto é mau.
É o trabalho de 4 anos deitados à Rua.
É o refresso a 2010.
É o Syriza em Portugal.


Varoufakis em Coimbra.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 01:05:48
O Povo português quiz . O povo português teve.
 ;)

Onde pôr o dinheirinho ?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 01:08:50
Varoufakis queria sair do euro, lembram-se ?
Os bancos fecharam...
À ultima da hora tsipras ganhou juizo e ejectou-o e inverteu a politica.

Agora Favourakis vem catetequizar portugal.
Talvez seja por este pais que a UE rebente.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 02:51:50
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Neo, e tu, lembras-te daquilo que leste no programa eleitoral apresentado pela coligação?  ;D

sim ! e mesmo que nao lembrasse, outra qq lembraria. que raio de argumento
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 02:52:18
Eu penso que o costa vai formar governo mesmo. Nao sei se isso é bom ou mau, ou melhor ou pior, mas ele quando discursa, por exemplo ontem, no fim da reuniao, a falar com os jornalistas, fez o simbolo dos maçons com as maos, por duas vezes.

muito bom
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-22 12:27:58
O sistema tem que evoluir; os representantes têm que ter menos poder, e a população referendar muito mais questões.
Mesmo a nível local, o sistema deveria ser muito mais aberto e tentando envolver muito mais a população. O feedback das pessoas têm que ter muito mais peso.

sou de opinião diferente. considero que os representantes devem ter mais poder. e os partidos menos.

os representantes devem ser, por ordem de importância:

1. representantes das suas ideias.
2. representantes dos seus eleitores.
3. representantes do partido que apoiou a sua eleição.

os governantes deveriam ser obrigatoriamente representantes à priori. queres ir para o governo? apresenta-te a eleições e faz-te eleger.
é o sistema britânico em que os governantes são obrigatoriamente oriundos do parlamento.

os representantes deveriam ser muito bem pagos. muitas vezes mais do que são neste momento.
deveriam ter um staff  adequado à sua disposição para serem efectivos escrutinadores do poder executivo - vide congresso americano.
o parlamento em si deveria ter sofisticadas agências de controlo das actividades executivas.
agências absolutamente alheias aos partidos, pagas pelo contribuintes, aos quais os representantes poderiam encomendar investigações, análises e estudos.
uma das agências seria a agência jurídica, que seria encarregue de apoiar os representantes na elaboração de leis. nenhuma lei deveria ser elaborada fora do perímetro parlamentar.

e mais umas coisas....

não sou contra o referendo mas penso que seria mais efectivo a nível local, não nacional. a banalização do referendo torna-o manipulável e fácilmente usados por demagogos.
nacionalmente penso que como está, está bem. apenas grandes temas transversais são apresentados a referendo - aborto, regionalização.

L

Imagina que tens umas lojas, uns apartamentos e uns terrenos e que queres rentabilizar esse patrimônio.
Mas gerir tanta coisa pode ser complexo.
Decidir se queres plantar algo nos terrenos, o que será mais rentável.
Tratar de arranjar clientes para as lojas.
Lidar com os inquilinos nos apartamentos, com condomínios, obras, etc.

Dada a complexidade decides contratar um gestor.
E confrontas 4 ou 5 gestores.
Cada um faz uma proposta mais fantástica que o outro.
Um vai plantar eucalíptos nos terrenos. Outro frutos vermelhos.
Outro vai pegar no dinheiro das rendas e investir num ETF xpto.

Agora imagina que as coisas correm mal. Com o primeiro escolhido.
E a seguir escolhes outro e corre mal novamente.
Em ambos os casos andam a meter dinheiro ao bolso por fora do contrato. E fazem opções que são absurdas.
Voltamos a escolher o primeiro, só porque ele vem novamente com outras propostas xpto e muito bem sonantes?
Não começaremos a pensar se não será melhor não delegar tanto em um gestor? Que o gestor tem "poder" a mais e facilmente nos enrola?

O eleitor ao escolher os representantes está basicamente nessa situação.
Só que o eleitor não tem a hipótese retirar poderes aos maus gestores. Pelo contrário; embora esteja provado que os gestores têm sido maus, eles têm cada vez mais poder.
É como se o dono dos imóveis da alegoria anterior, entregasse as "chaves" de todos os imóveis e contas bancárias por 4 anos, com basicamente plenos poderes para o gestor.
Tudo na base da confiança, quando anteriormente, por inúmeras vezes já foi escaldado.

--- /// ---

Os representantes estarem tão amarrados aos partidos é algo que faz-me uma confusão enorme.
James Madison defendia (e estou a fazer uma interpretação livre) que seria uma forma de estabilizar minimante o Parlamento, para que não houvessem 1001 ideias desgarradas, e que em certas situações dificilmente gerariam acordo.
Eu entendo este ponto de vista, mas acho que o conceito foi pervertido.
Como disseste, e bem, os representantes devem ter uma escala de valores a obedecer e os valores do partido não devem estar no topo da lista.
Ontem o António Barreto, numa entrevista, defendia que acha que o Tribunal Constitucional deveria declarar ilegal os documentos que amarram os deputados à disciplina de voto.
Não faço a mínima ideia se tem fundamentação legal ou não, mas no aspecto ético, parece-me uma ideia muito válida.

Em relação aos salários, também concordo. Deveriam nos cargos superiores serem maiores, mas associados a muito menor protecção jurídica e com mecanismos claros de responsabilização em caso de má gestão evidente.
E a questão de passagem entre público e privado deveria ser muito clara também.

Em relação aos referendos:
Eu entendo que haveria dificuldades numa fase inicial. Tenho a convicção que nas primeiras participações as pessoas poderiam tomar decisões mais discutíveis.
Mas acho que haveria um benefício óbvio. As pessoas seriam envolvidas no processo. E deixariam de ter a desculpa fácil de que votaram em fulano e que fulano não fez o que prometeu.
A população teria que refletir mais à fundo nas questões, com menor pendor clubístico e com maior responsabilidade.
Não sei se já viste a legislação sobre o referendo. Aquilo basicamente e na prática, impede a população de lançar temas para serem referendados.
Não te faz confusão que em n anos tivéssemos apenas 2 ou 3 referendos?
Já viste como por exemplo, a decisão de albergar os JO de Inverno de 2022 na Alemanha, não foi tomada centralmente?
Nós aqui é comer e calar, mesmo que se tratem de projectos que estão claramente contra a vontade da população.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-22 12:43:32
Eliminar esses documentos não faria diferença enquanto o sistema se mantivesse. Isto porque o partido poderia sempre aplicar disciplina e o resultado seria as pessoas perderem o lugar dentro do partido.

A mudança teria que ser muito mais complexa, teria que passar por o partido não ter poder sobre os representantes (o que parece impossível num sistema baseado à partida em partidos).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-22 12:50:11
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

Neo, e tu, lembras-te daquilo que leste no programa eleitoral apresentado pela coligação?  ;D

sim ! e mesmo que nao lembrasse, outra qq lembraria. que raio de argumento

Tens razão---retracto-me. A minha intervenção nem sequer é um argumento---não sei em que estava a pensar para responder daquela forma, mas não era de certeza na tua frase. Vou ter mais atenção nas respostas "a quente"...

nota: não estou a ser irónico---às vezes o tom de escrita pode ser interpretado dessa maneira. Não é o caso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-22 12:57:41
Os representantes estarem tão amarrados aos partidos é algo que faz-me uma confusão enorme.
James Madison defendia (e estou a fazer uma interpretação livre) que seria uma forma de estabilizar minimante o Parlamento, para que não houvessem 1001 ideias desgarradas, e que em certas situações dificilmente gerariam acordo.
Eu entendo este ponto de vista, mas acho que o conceito foi pervertido.
Como disseste, e bem, os representantes devem ter uma escala de valores a obedecer e os valores do partido não devem estar no topo da lista.
Ontem o António Barreto, numa entrevista, defendia que acha que o Tribunal Constitucional deveria declarar ilegal os documentos que amarram os deputados à disciplina de voto.
Não faço a mínima ideia se tem fundamentação legal ou não, mas no aspecto ético, parece-me uma ideia muito válida.

Em relação aos salários, também concordo. Deveriam nos cargos superiores serem maiores, mas associados a muito menor protecção jurídica e com mecanismos claros de responsabilização em caso de má gestão evidente.
E a questão de passagem entre público e privado deveria ser muito clara também.


Em relação aos referendos:
Eu entendo que haveria dificuldades numa fase inicial. Tenho a convicção que nas primeiras participações as pessoas poderiam tomar decisões mais discutíveis.
Mas acho que haveria um benefício óbvio. As pessoas seriam envolvidas no processo. E deixariam de ter a desculpa fácil de que votaram em fulano e que fulano não fez o que prometeu.
A população teria que refletir mais à fundo nas questões, com menor pendor clubístico e com maior responsabilidade.
Não sei se já viste a legislação sobre o referendo. Aquilo basicamente e na prática, impede a população de lançar temas para serem referendados.
Não te faz confusão que em n anos tivéssemos apenas 2 ou 3 referendos?
Já viste como por exemplo, a decisão de albergar os JO de Inverno de 2022 na Alemanha, não foi tomada centralmente?
Nós aqui é comer e calar, mesmo que se tratem de projectos que estão claramente contra a vontade da população.

Concordo com estas ideias todas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 13:06:37
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil (http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2011/02/11/40-dos-c-227-es-e-30-dos-gatos-portugueses-t-234-m-excesso-de-peso.aspx). A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-22 13:10:53
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil ([url]http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2011/02/11/40-dos-c-227-es-e-30-dos-gatos-portugueses-t-234-m-excesso-de-peso.aspx[/url]). A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.


Ias ter o PAN à perna (no pun intended) durante o resto da legislatura (ou da vida)...  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-22 13:45:18
mais hipoteses: gasolina, imposto automovel, imposto sobre a riqueza, impostos sobre "artigos de luxo"
vai ser uma festa ver o politico mais derrotado das eleicoes como PM e com um programa em que ninguem se lembra de ter votado :D

No outro dia lembrei-me que existem imensos cães em Portugal. Fui ver e estima-se que sejam 1 milhão e oitocentos mil ([url]http://www.jn.pt/blogs/osbichos/archive/2011/02/11/40-dos-c-227-es-e-30-dos-gatos-portugueses-t-234-m-excesso-de-peso.aspx[/url]). A isto acresce 1 milhão de gatos. (acho um número muito elevado, mas adiante)

Ora, uma espécie de IUC anual mas para cães e gatos a cinquenta euros cada, e usando o famoso ceteris paribus com o que o PCP costuma fazer todas as contas, já dava 140M anuais (sei que já existe uma taxa local, câmara ou junta, mas não sei se é anual).

E, pronto, assim de repente já arranjei mais 140M para o orçamento. Já me qualifico, no mínimo, para sub-secretário de estado.


Isso ainda não está bem pensado. Tens que tornar a coisa mais complexa, discriminar por cão e gato, peso, raça, etc. Senão não fica uma coisa bem feita. E arranja ai uma inspecção qualquer, anual ou mais frequente. E uns papéis que tenham que ser renovados regularmente (mas não durante a inspecção, entenda-se).

Isto lembra-me que o outro dia num atendimento do Estado me pediram um documento. A inovação não foi de me pedirem um documento de outra parte do Estado. Naquele caso, pediram-me um documento emitido por aquele mesmo serviço, naquele mesmo local, dois anos antes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 14:02:19
Euro zone: Is Portugal's new socialist coalition the new Syriza?



End the euro and bring back nationalisation

While the new trio said it wants to return to the escudo – Portugal's currency prior to the introduction of the euro on 1 January 1999 – Communist leader Jeronimo de Sousa has gone further in his proposals.

He has called for a "dissolution of monetary union", which he claims has damaged the productive base of the European economy, and a 50% write-off of the country's public debt.

As well as nationalising the banks, De Souza also wants to wipe out the EU's Fiscal Compact, and EU's 2007 Lisbon Treaty, which form the constitutional basis of the union.

The leader of the Left Bloc, Catarina Martins, although more subtly, has also pointed to an exit from the euro zone, describing how the Portuguese would have to choose between "dignity and the euro".

These policies are bound to provoke a head-on collision with creditors and political enforcers, the ECB. This could have dramatic consequences for Portugal, as the ECB has not hesitated to quell rebel nations – such as Greece – in the past by killing off their banking systems.

If the country wants to remain in the euro, meanwhile, Europe's elite also say Portugal will have to maintain a primary surplus that does not make growth possible.

Markets are holding their breath, while large banks such as Rabobank already sharing their "reluctance" to buy Portuguese debt.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-22 14:52:54
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Pergunta do dia - Na sua opinião, quem deve Cavaco Silva indigitar para primeiro-ministro ?

Sapo.pt

Mais informações

Passos Coelho:5729 votos 60%

António Costa:2798 votos 29%

Não sei/Não respondo:1035 votos 11%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 17:44:29
O Cavaco fala hoje depois das 20.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=795630 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=795630)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-22 17:57:31
Imagina que tens umas lojas, uns apartamentos e uns terrenos e que queres rentabilizar esse patrimônio.
Mas gerir tanta coisa pode ser complexo.
Decidir se queres plantar algo nos terrenos, o que será mais rentável.
Tratar de arranjar clientes para as lojas.
Lidar com os inquilinos nos apartamentos, com condomínios, obras, etc.

Dada a complexidade decides contratar um gestor.
E confrontas 4 ou 5 gestores.
Cada um faz uma proposta mais fantástica que o outro.
Um vai plantar eucalíptos nos terrenos. Outro frutos vermelhos.
Outro vai pegar no dinheiro das rendas e investir num ETF xpto.

Agora imagina que as coisas correm mal. Com o primeiro escolhido.
E a seguir escolhes outro e corre mal novamente.
Em ambos os casos andam a meter dinheiro ao bolso por fora do contrato. E fazem opções que são absurdas.
Voltamos a escolher o primeiro, só porque ele vem novamente com outras propostas xpto e muito bem sonantes?
Não começaremos a pensar se não será melhor não delegar tanto em um gestor? Que o gestor tem "poder" a mais e facilmente nos enrola?

O eleitor ao escolher os representantes está basicamente nessa situação.
Só que o eleitor não tem a hipótese retirar poderes aos maus gestores. Pelo contrário; embora esteja provado que os gestores têm sido maus, eles têm cada vez mais poder.
É como se o dono dos imóveis da alegoria anterior, entregasse as "chaves" de todos os imóveis e contas bancárias por 4 anos, com basicamente plenos poderes para o gestor.
Tudo na base da confiança, quando anteriormente, por inúmeras vezes já foi escaldado.

deixa-me primeiro rectificar uma imprecisãozita nos teus argumentos:
os gestores, na administração pública, são os governantes. mais precisamente o poder executivo. no caso corrente, passos, portas e resto dos ministros, sec. de estado etc
os representantes não são gestores. não têm poder executivo. são legisladores.

em processos referendários, os eleitores substituem-se (em parte) ao legislador. Não legislam (por isso disse em parte) mas encarregam os representantes de legislar de  acordo com a decisão referendária, passando por cima de qualquer maioria que exista na assembleia.
mas nunca se substituem ao gestor. ao governo. ao ramo executivo. o ramo que tem a seu cargo executar a vontade dos eleitores.
vontade essa expressa através do processo legislativo pelos seus representantes.

os representantes como o seu nome indica, representam-nos. representam os seus eleitores.
o problema, a meu ver, no nosso sistema político, é que não representam os eleitores. representam os partidos.

no sistema anglo-saxónico não é assim. Os representantes são eleitos por um círculo eleitoral e têm que prestar contas a esse círculo.
e os governantes saiem saem (no caso britânico) directamente do parlamento para o governo.
se não se é representante não se pode ser ministro.
neste sistema,os governantes são de maior qualidade porque conhecem muito bem o processo legislativo e os representantes igualmente, porque quem quer ser ministro tem que ser primeiro representante.

L

PS: fiz várias alterações, é melhor reler...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 20:20:28
o cobardolas do cavaco fez o melhor discurso da sua carreira como presidente, nem parecia o mesmo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 20:33:11
o cobardolas do cavaco fez o melhor discurso da sua carreira como presidente, nem parecia o mesmo

dificilmente se pode chamar ao homem de cobardolas depois deste discurso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-22 20:40:55
O que é que disse?  :D

---------------------

Ah, já vi

http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-indigita-passos-para-primeiroministro-1712066 (http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-indigita-passos-para-primeiroministro-1712066)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 20:44:24
na minha interpretacao o cavaco deu a entender que nao vai indigitar o costa por nada deste mundo, vem ai governo de gestao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 20:45:33
O que é que disse?  :D

---------------------

Ah, já vi

[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-indigita-passos-para-primeiroministro-1712066[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/cavaco-indigita-passos-para-primeiroministro-1712066[/url])


bateu forte e feio, em particular no costa por aquilo que ele quer fazer que é contra-natura e contra os interesses do país (no entender dele, e no meu também)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 20:49:45
sim, deu a entender que o costa eh um oportunista que se esta a lixar para o pais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-22 20:49:56
o cobardolas do cavaco fez o melhor discurso da sua carreira como presidente, nem parecia o mesmo

dificilmente se pode chamar ao homem de cobardolas depois deste discurso

Já tou como o eagle51, chamar qualquer coisa ao cavaco na linha de cobardolas, apático, etc. será muito difícil a partir de hoje.  :D Nunca vi um discurso de Cavaco tão contundente.
Ele deve ter pensado, que daqui a 3 meses tou fora vida política, por isso...aqui vai disto: PUMMM

A esquerdalha vai adormecer a espumar pela boca hoje.  :D

(claro que daqui a 1 mes o governo do coelho já caiu...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 20:50:29
na minha interpretacao o cavaco deu a entender que nao vai indigitar o costa por nada deste mundo, vem ai governo de gestao

o que mais queria era eleições neste preciso momento. infelizmente tal não é possível. a segunda melhor alternativa (assumindo a queda do governo da coligação) é um de gestão até ao marcelo convocar eleições antecipadas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 20:51:12
chiça, que grande castanhada que deu no BE e no PCP (além de ter dito indirectamente que o costa está a tentar salvar a pele) !
bem, agora é que vamos ver se os deputados do PS são todos marionetas ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 20:52:42
na minha interpretacao o cavaco deu a entender que nao vai indigitar o costa por nada deste mundo, vem ai governo de gestao
hummm.... ele diz que temos de ter estabilidade. deixar isto em banho maria até junho ou julho, altura em que temos eleições, resultados e governo em funções ? não me parece. eu acho que o gajo vai ter de comer com o costa mesmo que lhe trema a mão a assinar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 20:53:27
chiça, que grande castanhada que deu no BE e no PCP (além de ter dito indirectamente que o costa está a tentar salvar a pele) !
bem, agora é que vamos ver se os deputados do PS são todos marionetas ou não.

acho que este discurso deu grande força aos seguristas e anti-costistas. assim espero...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 20:54:21
era o gozo supremo que alguns deputados do ps não votassem a favor da rejeição.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-22 20:56:00

O Cavaco disse o óbvio, que qualquer pessoa racional pensa, perante o Histórico dos partidos em causa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-22 20:56:57
.....the dice are rolled....eh.eh...


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quinta-feira, 22 de outubro de 2015 -Memória (XVII)

«Trata-se, aliás, de uma realidade comum e natural nas democracias europeias. Na verdade, se excluirmos os casos particulares da Suécia e da Dinamarca, países onde existe uma forte tradição de consenso político e social, todos os governos dos Estados-membros da União Europeia dispõem atualmente de apoio maioritário nos respetivos parlamentos. Alguns Portugueses podem não estar conscientes deste facto, e por isso repito: os governos de 26 países da União Europeia dispõem de apoio parlamentar maioritário. Não há nenhum motivo para que Portugal seja uma exceção àquilo que acontece em todos os Estados-membros da União Europeia.»

Aníbal Cavaco Silva, presidente da República (Julho de 2015)

in "Ladrões de bicicletas"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-22 20:57:25
era o gozo supremo que alguns deputados do ps não votassem a favor da rejeição.  :D

E que fossem todos seguristas, enviando de seguida um sms ao costa "revenge is a bitch."

(e que fosse apanhado por uma camara de TV.)  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 20:58:07
chiça, que grande castanhada que deu no BE e no PCP (além de ter dito indirectamente que o costa está a tentar salvar a pele) !
bem, agora é que vamos ver se os deputados do PS são todos marionetas ou não.

acho que este discurso deu grande força aos seguristas e anti-costistas. assim espero...

isso so seria verdade se o presidente fosse do PS, assim ate pode resultar ao contrario
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-22 20:58:48
Eu já tinha escrito que o Cavaco não era um politico sem experiência e que estava completamente à vontade nisto. Eu disse que ele esteve no Algarve num torneio de golfe solidário e que quando entrevistaram-no ele estava bastante alegre e a disfrutar do momento, e hoje viu-se de novo. Ele disse o que disse, sem tremer.  :)

No discurso anterior já tinha fechado a porta à CDU e BE ao falar da Nato e da Zona Euro, mas neste foi ainda mais claro.
Com Cavaco, não há governo de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-22 21:02:53
o joao galamba ja se esta a passar na RTP, muito divertido !! heeh
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 21:04:18
.....the dice are rolled....eh.eh...


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quinta-feira, 22 de outubro de 2015 -Memória (XVII)

«Trata-se, aliás, de uma realidade comum e natural nas democracias europeias. Na verdade, se excluirmos os casos particulares da Suécia e da Dinamarca, países onde existe uma forte tradição de consenso político e social, todos os governos dos Estados-membros da União Europeia dispõem atualmente de apoio maioritário nos respetivos parlamentos. Alguns Portugueses podem não estar conscientes deste facto, e por isso repito: os governos de 26 países da União Europeia dispõem de apoio parlamentar maioritário. Não há nenhum motivo para que Portugal seja uma exceção àquilo que acontece em todos os Estados-membros da União Europeia.»

Aníbal Cavaco Silva, presidente da República (Julho de 2015)

in "Ladrões de bicicletas"

como disse uns quantos posts atrás: não foram a eleições dois blocos. quanto muito foram 3. PaF, PS e anti-PaF/PS. ganhou um bloco. e um outro deu golpe de rins contra todas as expectativas e vontades de muitos dos seus eleitores.

se houver alguma dúvida disto, vejam-se as mais recentes sondagens pós-eleições. melhor ainda, façam-se eleições !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 21:04:55
só uma pergunta: contamos já com mais valias retroactivas de 2015 a 40% ou só em 2016 ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 21:05:01
o joao galamba ja se esta a passar na RTP, muito divertido !! heeh

um palhaço socrático que anda com grande azia há 4 anos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-22 21:06:23
o joao galamba ja se esta a passar na RTP, muito divertido !! heeh

um palhaço socrático que anda com grande azia há 4 anos

Quando o Sócrates era PM o Galamba tinha umas camisas de melhor qualidade :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-22 21:08:49

A filha do bombista é tão overrated ...  ::)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-22 21:16:56
Ainda é muito menina.

o galamba é na linha do radicalismo bloquista que assumiu a liderança do ps.

o outro é a cassete habitual comunista.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-22 21:26:19

Esta é dedicada ao Batman & Robin - Costa/Galamba  ;)

http://www.youtube.com/watch?v=MCDMCLwosIc (http://www.youtube.com/watch?v=MCDMCLwosIc)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-22 21:51:09
Talvez agora alguns deputados do PS percebam que o Cavaco jamais dará posse a um governo de esquerda, e decidam não votar a favor da moção de rejeição para conservarem o lugar deles no parlamento, fazendo ao mesmo tempo cair o Costa.
O Costa está já à beira de um precipício, com um pequenino toque cai.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 21:53:01
Talvez agora alguns deputados do PS percebam que o Cavaco jamais dará posse a um governo de esquerda, e decidam não votar a favor da moção de rejeição para conservarem o lugar deles no parlamento, fazendo ao mesmo tempo cair o Costa.
O Costa está já à beira de um precipício, com um pequenino toque cai.

Façam-me o favor e que o toque não seja pequenino. Que deem um pontapé nas costas ao costa, tal como ele deu ao seguro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-22 22:02:30
extraordinário! eu e o Tyler Durden estamos de acordo...
ele há coisas...

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In what is bad news for anyone who hoped Portugal wouldn't end up mired in an intractable political stalemate, President Anibal Cavaco Silva has appointed Pedro Passos Coelho to serve another term as PM.

That's bound to make the situation worse given everything noted above about the relationship between Costa and Coelho. As Communist leader Jerónimo de Sousa said earlier this week, appointing Coelho as prime minister would be “a manifest waste of time”.


zh (http://www.zerohedge.com/news/2015-10-22/manifest-waste-time-portugal-reappoints-pm-defiance-anti-euro-left-coalition)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-22 22:33:12
extraordinário! eu e o Tyler Durden estamos de acordo...
ele há coisas...

Citar
In what is bad news for anyone who hoped Portugal wouldn't end up mired in an intractable political stalemate, President Anibal Cavaco Silva has appointed Pedro Passos Coelho to serve another term as PM.

That's bound to make the situation worse given everything noted above about the relationship between Costa and Coelho. As Communist leader Jerónimo de Sousa said earlier this week, appointing Coelho as prime minister would be “a manifest waste of time”.


zh ([url]http://www.zerohedge.com/news/2015-10-22/manifest-waste-time-portugal-reappoints-pm-defiance-anti-euro-left-coalition[/url])


tretas. perda de tempo porque é garantida a queda da coligação ? talvez, vamos ver.
e é por isso que se faz bypass à convicções ? se o cavaco não acredita num governo de esquerda nem quer aceitar um governo de esquerda com estas caracteristicas porque haveria de dar de mão beijada o ouro ao bandido ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 22:37:09
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-22 23:10:59
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-22 23:31:25
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
O juro subisse, etc.

O Desemprego subisse etc.

A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

O PR tem todas as cartas.

Devia era saber jogá-las.

Poe nomear costa como primeiro ministro.

O Pais afunda,

E Aí Cavaco  dissolve assembleia , convoca novas eleições e costa é obliterado.
Essa seria a minha solução preferida.


presevar  Coelho para segunda rodada, esturricar costa...., e convocar novas eleições.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-22 23:43:24
nao se podem esquecer  PS tem responsablidades afinal foi  o quis entrar no euro no plotao da frente!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-22 23:56:09
o cavaco já não pode dissolver o parlamento. só há duas hipóteses:
a) ou fica o governo 'chumbado' em gestão até ao novo presidente tomar posse (e possivelmente convocar eleições)
b) tem de aceitar o costa como PM + os acordos à esquerda.

duvido que opte por um governo de iniciativa presidencial porque é entendimentos dos constitucionalistas que, desde a revisão de 82, tal só é aceitável se não houver mais nenhuma alternativa.
ora, se a esquerda diz que consegue governar, há realmente uma alternativa. o cavaco não se vai sobrepor a isso, penso eu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 00:04:43
não sei se é na constituição que estão os prazos mas este episódio devia fazer com que os partidos se entendessem e repensassem isto dos poderes limitados.

trata-se o presidente da republica como se fosse um irresponsável qualquer. então pode lá estar e fazer o que lhe apetecer, dentro dos poderes constitucionais, durante 4 anos e meio e depois já não pode fazer parte das coisas nos últimos 6 meses ? como se fosse um miúdo traquinas ?
epá... até o governo assina coisas, e bem piores, nos últimos dias que lá está e o PR não pode resolver crises políticas da melhor forma que entender nos últimos 6 meses ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-23 00:08:14
o cavaco já não pode dissolver o parlamento. só há duas hipóteses:
a) ou fica o governo 'chumbado' em gestão até ao novo presidente tomar posse (e possivelmente convocar eleições)
b) tem de aceitar o costa como PM + os acordos à esquerda.

duvido que opte por um governo de iniciativa presidencial porque é entendimentos dos constitucionalistas que, desde a revisão de 82, tal só é aceitável se não houver mais nenhuma alternativa.
ora, se a esquerda diz que consegue governar, há realmente uma alternativa. o cavaco não se vai sobrepor a isso, penso eu.

Não percebo nada de politica....., mas li isto no site do Presidente.



"E só pode demitir o Governo, ouvido o Conselho de Estado, quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (o que significa que não o pode fazer simplesmente por falta de confiança política)."

Se os bancos começarem a fechar com falta de dinheiro......, ( Como aconteceu na Grecia ) , se a nossa adesão à Nato  e UE fôre, postas em causa.., disturbios nas ruas..., (Como aconteceu na Grecia ) , isso não são raz~oes suficientes para disolver parlamento ?

E uma bancarrota imimente nãao poe em causa o normal funcionamento das instituições democraticas ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-23 00:12:53
Seja como fôr..., a melhor opção talvez fosse Costa,
Em seis meses piorava tudo ,´Costa saia desfeito, já que não tem o charme do Tsipras
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 00:19:57
Vejo uns quantos comentários a avaliar a coisa ao contrário no que toca aos "seguristas" e "pontapeadores de Costa". O que se está a passar é exactamente o contrário: união mais coesa dentro do PS por causa do discurso do PR. Mais do que isso: união mais coesa entre as várias esquerdas. Esqueçam a hipótese de rebelião no partido contra a disciplina de voto---not gonna happen.

A Quadratura do Círculo foi muito interessante hoje, especialmente pelas intervenções do Pacheco Pereira acerca do PCP actual e da escolha que está a fazer. Basicamente, é assim: eles até podem ser contra Europa, a Nato e mais o camandro, mas há uma coisa que contra a qual eles neste momento são mais (mais contra): a direita tal como sugerida pela PaF. O suficiente para apoiarem o Costa. Outra coisa: da experiência do Pacheco Pereira nas negociações de abertura entre PSD e PCP, há uns anos atrás, o que ele diz é que foi o único partido que, tendo feito determinadas promessas de compromisso, não as quebrou.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 00:21:21
nas eleições elegem-se é deputados (e estes é que aprovam o programa de governo). e para convocar eleições antecipadas é preciso dissolver o parlamento. o cavaco já não pode fazer isso.

artigo 172º
http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/crp_pt_2005.pdf (http://www.cne.pt/sites/default/files/dl/crp_pt_2005.pdf)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-10-23 00:25:00
Sim, a única alternativa é governo de gestão com Passos ou indigitado pelo Cavaco até novo Presidente da República.

Eu também gostava que Costa governasse. A centrais sindicais já deram o mote para a balburdia que iria ser...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 00:32:39
Vejo uns quantos comentários a avaliar a coisa ao contrário no que toca aos "seguristas" e "pontapeadores de Costa". O que se está a passar é exactamente o contrário: união mais coesa dentro do PS por causa do discurso do PR. Mais do que isso: união mais coesa entre as várias esquerdas. Esqueçam a hipótese de rebelião no partido contra a disciplina de voto---not gonna happen.
é provável.

mas também pode haver oportunismo para o pós costa porque muitos percebem que o costa + esquerda vai cair em 1 ou 2 anos, por desentendimento entre a esquerda, e ser fortemente penalizado pelos eleitores.

se a moção de rejeição não for aprovada haverá um novo líder no ps. o ppc é PM, deixam cozinhar a paf um ou dois anos e com um líder mais moderado (um assis, por exemplo) conseguem um bom resultado daqui a 2 anos.

neste momento estar alinhado com o costa é um suicídio a 2 anos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-10-23 00:39:48
O Cavaco não quer uma solução de esquerda porque tem medo de ir parar à choldra
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 00:41:30
Vejo uns quantos comentários a avaliar a coisa ao contrário no que toca aos "seguristas" e "pontapeadores de Costa". O que se está a passar é exactamente o contrário: união mais coesa dentro do PS por causa do discurso do PR. Mais do que isso: união mais coesa entre as várias esquerdas. Esqueçam a hipótese de rebelião no partido contra a disciplina de voto---not gonna happen.
é provável.

mas também pode haver oportunismo para o pós costa porque muitos percebem que o costa + esquerda vai cair em 1 ou 2 anos, por desentendimento entre a esquerda, e ser fortemente penalizado pelos eleitores.

se a moção de rejeição não for aprovada haverá um novo líder no ps. o ppc é PM, deixam cozinhar a paf um ou dois anos e com um líder mais moderado (um assis, por exemplo) conseguem um bom resultado daqui a 2 anos.

neste momento estar alinhado com o costa é um suicídio a 2 anos.

Ainda é muito cedo para fazer esse tipo de estimativas, parece-me, porque não há dados sobre o programa eleitoral.

Se aquilo que referi de facto suceder (a moção de cesura passar e o governo Paf cair---cenário que me parece, de longe, o mais provável), a próxima grande incógnita é saber como vai reagir o Cavaco. Fazer um discurso como o que ele fez hoje não me pareceu corajoso por aí além, pareceu-me antes imaturo e ao mesmo tempo desesperado. Vamos ver se tem realmente coragem para impor um governo de gestão e chumbar um acordo para governo à esquerda. Vamos ver se é assim que quer ficar na fotografia: algo a que ele é muito... "sensível".

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 00:45:52
Vai ser engraçado ver tipos como este (http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS) a votarem a favor do programa de governo do costa se este chegar a ser indigitado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 00:53:03
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
O juro subisse, etc.

O Desemprego subisse etc.

A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

O PR tem todas as cartas.

Devia era saber jogá-las.

Pode nomear costa como primeiro ministro.

O Pais afunda,

E Aí Cavaco  dissolve assembleia , convoca novas eleições e costa é obliterado.
Essa seria a minha solução preferida.


presevar  Coelho para segunda rodada, esturricar costa...., e convocar novas eleições.


Então e se---grande galo para o país---o desempenho do Costa fosse, imaginemos, minimamente e surpreendentemente razoável?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 00:55:59
Vai ser engraçado ver tipos como este ([url]http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-10-14-Socialista-Eurico-Brilhante-Dias-contra-governo-de-Esquerda-liderado-pelo-PS[/url]) a votarem a favor do programa de governo do costa se este chegar a ser indigitado.


Aqui (artigo de hoje à tarde): http://www.publico.pt/politica/noticia/deputados-do-ps-a-espera-dos-termos-do-acordo-de-costa-para-decidir-apoio-1711961 (http://www.publico.pt/politica/noticia/deputados-do-ps-a-espera-dos-termos-do-acordo-de-costa-para-decidir-apoio-1711961)

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"Seguristas" à espera dos termos do acordo de Costa para decidir apoio

Maioria dos deputados seguristas tenderá a respeitar a orientação do partido nas votações essenciais.

Os 15 deputados tidos como "seguristas" na nova bancada socialista têm na mão o poder de decidir o rumo da nova legislatura. Se o Presidente da República indigitar Passos Coelho como primeiro-ministro e António Costa der indicação de voto a favor de uma moção rejeição do programa de governo da coligação, a aprovação ou chumbo desta moção depende de nove votos. Mas o risco de haver este número de deputados socialistas a deixar passar um programa de governo da coligação parece muito reduzido.

Entre os seguristas, a tendência parece apontar para o respeito da orientação do partido nas votações essenciais, como é o caso de um Orçamento do Estado ou de uma moção de rejeição do programa do governo. No entanto, há quem admita que é preciso esperar para decidir.

A reunião da comissão política desta quinta-feira à noite é, assim, apontada como determinante para uma tomada de posição. Aí, Costa terá de tornar claro aos dirigentes do PS a base de sustentação de um governo à esquerda e o impacto que a aparente discrepância entre os entendimentos com o BE e PCP pode ter para uma solução estável e credível.

Um risco que, contudo, alguns socialistas admitiam ser controlável. “Basta um acordo firme com um dos partidos [à esquerda]”, resumia um socialista, “porque o outro partido deixa de ter autonomia estratégica”. Assim, se um dos partidos à esquerda decidisse deixar de apoiar um governo do PS, e esse governo caísse por falta de apoio, o partido que furasse o acordo ficaria com o ónus de ter deitado abaixo um governo da esquerda.

Mas ainda há algumas hesitações. “Eu estou à espera”, admite Eurico Brilhante Dias, eleito deputado e que foi membro do secretariado de Seguro. “Eu não quero quebrar a disciplina de voto”, afirma o economista ao PÚBLICO. No entanto, dá a entender que a reunião da comissão política do PS desta quinta-feira será determinante para encerrar o assunto: “A única coisa que eu equaciono é olhar para os termos do acordo [que Costa anunciou ter com os partidos à sua esquerda]."

António Gameiro, deputado e presidente da Federação Distrital de Santarém do PS, também não é taxativo. Questionado sobre se votaria contra um Orçamento proposto por um governo do seu partido, responde que “depende, mas em princípio não”. E explica o que o levaria a desrespeitar a disciplina de voto: um Orçamento que propusesse nacionalizações, que colocasse em causa a economia de mercado ou promovesse o desrespeito pelos compromissos internacionais como o Tratado Orçamental europeu.

Também Jamila Madeira considera que “são importantes todos os esforços com vista à estabilidade governativa e para cumprir as premissas que os eleitores expressaram com o seu voto”, desde que sejam salvaguardados os princípios constitucionais. Não se compromete, porém, com uma posição, porque diz que o “caminho é estranho”.

Ao PÚBLICO a deputada eleita por Faro diz não conhecer os detalhes dos acordos entre o PS, o Bloco e o PCP, razão pela qual recusa “fazer extrapolações”. “O caminho é estranho, é um caminho que não nos é habitual e, portanto, é preciso que sejam salvaguardadas alguns aspectos, dadas as divergências que existem à nossa esquerda e que são divergências relevantes.” E deixa uma pergunta: "De que forma estão a ser salvaguardadas essas divergências? Desconheço, mas acho que não são coisas de pormenor, são coisas substanciais.”

Fiéis à disciplina de voto

Mas há também, entre os deputados agora eleitos e que apoiaram Seguro contra Costa, quem afaste terminantemente a possibilidade de ir contra a actual direcção. Um destes é o presidente da distrital do Porto, a maior do país. “Respeitarei a orientação do partido, porquanto ela corresponda a uma orientação política dos seus órgãos internos”, assevera José Luís Carneiro. Para justificar a sua posição, Carneiro lembra que os candidatos a deputados assinaram uma carta de princípios em que se comprometiam a respeitar a disciplina de voto em matérias que envolvessem questões relacionadas com o governo do país.

Também reeleita, Maria Rosa Albernaz assume uma posição clara: “Sou militante do PS desde antes do 25 de Abril e a minha vida tem sido sempre a defender as posições do PS, submetendo-me às maiorias.” O respeito pelo partido implica para a deputada que, “em questões de governo ou questões políticas essenciais para o partido, [vai] sempre pela decisão da maioria”.

A posição de Albernaz, que não faz parte da comissão política, vai ao encontro de quem admite outra possível divisão interna no PS. A saber, a que opõe os que são a favor do respeito pelos resultados eleitorais e seus vencedores e os que defendem a legitimidade de um governo PS apoiado pela maioria de esquerda. Mas aí a violação da disciplina de voto parece difícil de se vir a verificar.

O deputado Vitalino Canas, tido como um socialista com posições mais ao centro, descarta a possibilidade de virar o seu voto contra o partido. Questionado sobre a possibilidade de votar contra a disciplina partidária, Canas responde: “Absolutamente, não.” Lembra o regulamento do grupo parlamentar, mas acrescenta que nem precisaria dessa linha de orientação. “Mesmo que assim não fosse, não me passaria pela cabeça fugir à disciplina de voto.” Por ser um “institucionalista”, acrescenta, votaria sempre com o PS, “independentemente do governo que esteja em causa”.

Sem hesitações, a deputada independente Helena Freitas diz que será leal a António Costa com a decisão que vier tomar em relação a uma solução governativa, mas também sublinha que, “se em algum momento sentir que os [seus] princípios venham a ser postos em causa" sai.

“Tenho a certeza que António Costa está a fazer uma avaliação sensata da situação e não posso dizer muito mais, porque não conheço os detalhes do acordo e a situação em concreto. Seria precipitado”, declara ao PÚBLICO.

A deputada, que lidera a lista por Coimbra, acrescenta que “há um mandato muito claro para encetar uma dinâmica de compromisso e que António Costa interpretou e procurou fazê-lo à esquerda e à direita”. Sublinha que este “é um momento de compromisso e António Costa interpretou-o da melhor maneira”.

O deputado e líder da distrital socialista de Viseu, António Borges, avisa que os “parlamentares têm compromissos de disciplina no grupo parlamentar, responsabilidades perante o país e para com o secretário-geral” e considera “prematuro” que se tomem decisões definitivas sem se conhecer a solução ou o programa de governo.

António Borges, que apoiou o ex-líder socialista, não tem “nenhum preconceito” em relação a um governo liderado pelo secretário-geral: “Só isso é a garantida do cumprimento dos compromissos internacionais, é a garantia do regresso às políticas que eu próprio perfilho.” “Naturalmente que ainda não conhecemos qual é o acordo final que estará em causa, mas da minha parte a prioridade é afastar esta direita do governo, sobretudo, depois do que ela fez durante quatro anos.”

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 01:02:27
"E só pode demitir o Governo, ouvido o Conselho de Estado, quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas (o que significa que não o pode fazer simplesmente por falta de confiança política)."

Essa situação não se coloca neste momento, pq existe uma outra lei que diz que o PR não pode dissolver a assembleia da republica nos últimos 6 meses do seu mandato, e o PR já está no fim do mandato.

O que vai acontecer agora é que a coligação de direita vai formar governo nos próximos 10 dias.
Poucos dias depois, vão haver várias moções de rejeição votadas no parlamento, colocadas por BE, CDU e possivelmente tb pelo PS. Se as moções de rejeição forem aprovadas pela maioria dos deputados o governo cai. Para não cair é preciso que 8 deputados do PS e um do PAN ou 9 deputados do PS não votem a favor.

Se o governo cair, o Cavaco pode manter o governo em gestão até ao fim do seu mandato e o próximo PR marcará novas eleições, ou pode dar posse ao governo de esquerda.

Se optar por não dar posse ao governo de esquerda poderá dar o exemplo de 1987.
Em 1987, o parlamento derrubou o governo minoritário PSD de Cavaco, havia uma maioria no parlamento (PS + PRD) que queria governar, mas o PR da altura (Mário Soares) optou por marcar novas eleições, que foram ganhas pelo PSD de Cavaco com maioria absoluta. Essa moção de censura que derrubou o governo foi colocada pelo PRD. Esse partido acabou por se extinguir passado uns anos. Os discursos de Cavaco nessa altura devem ter sido muito duros, talvez similares ao ultimo que fez, e dizem que ele era tb muito popular na altura, especialmente pelo eleitorado feminino.  :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 01:18:23
nunca falam na fidelidade ao voto daqueles que os elegeram mas sim ao partido. que marionetas...
esta do vitalino canas define bem os princípios daquela gente (e são todos assim, da esquerda à direita).

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O deputado Vitalino Canas, tido como um socialista com posições mais ao centro, descarta a possibilidade de virar o seu voto contra o partido. Questionado sobre a possibilidade de votar contra a disciplina partidária, Canas responde: “Absolutamente, não.” Lembra o regulamento do grupo parlamentar, mas acrescenta que nem precisaria dessa linha de orientação. “Mesmo que assim não fosse, não me passaria pela cabeça fugir à disciplina de voto.” Por ser um “institucionalista”, acrescenta, votaria sempre com o PS, “independentemente do governo que esteja em causa”.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 01:47:59
O Cavaco não quer uma solução de esquerda porque tem medo de ir parar à choldra

O problema não é uma solução de esquerda. O problema mesmo são os malucos do BE e PCP. O Cavaco pelos vistos ainda lhe sobra algum juízo e por isso não quer malucos no governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 01:49:49
Vejo uns quantos comentários a avaliar a coisa ao contrário no que toca aos "seguristas" e "pontapeadores de Costa". O que se está a passar é exactamente o contrário: união mais coesa dentro do PS por causa do discurso do PR. Mais do que isso: união mais coesa entre as várias esquerdas. Esqueçam a hipótese de rebelião no partido contra a disciplina de voto---not gonna happen.
é provável.

mas também pode haver oportunismo para o pós costa porque muitos percebem que o costa + esquerda vai cair em 1 ou 2 anos, por desentendimento entre a esquerda, e ser fortemente penalizado pelos eleitores.

se a moção de rejeição não for aprovada haverá um novo líder no ps. o ppc é PM, deixam cozinhar a paf um ou dois anos e com um líder mais moderado (um assis, por exemplo) conseguem um bom resultado daqui a 2 anos.

neste momento estar alinhado com o costa é um suicídio a 2 anos.

Ninguém pensa a prazos tão longos. Mais vale 1-2 anos de tachos na mão, do que tachos a voar daqui a 1-2 anos.

A pressão para o PS governar é forte seja como for, estamos a falar de pessoal que estrutura a sua vida em torno de estar no Governo regularmente (seja no PS, seja no PSD, entenda-se). Os únicos que ainda não sentem essa pressão até são os do BE e PCP. Não faz deles melhores, apenas os faz menos conhecedores dessa realidade, logo se habituam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 01:52:09
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
O juro subisse, etc.

O Desemprego subisse etc.

A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

O PR tem todas as cartas.

Devia era saber jogá-las.

Pode nomear costa como primeiro ministro.

O Pais afunda,

E Aí Cavaco  dissolve assembleia , convoca novas eleições e costa é obliterado.
Essa seria a minha solução preferida.


presevar  Coelho para segunda rodada, esturricar costa...., e convocar novas eleições.


Então e se---grande galo para o país---o desempenho do Costa fosse, imaginemos, minimamente e surpreendentemente razoável?

De início e exceptuando medidas malucas à Syriza, o desempenho seja de quem for é razoável ... continua basicamente o trajecto actual. Sem radicalismos não existem colapsos a 6 meses, 1 ano, ou mesmo 2 anos (excepto com uma recessão vinda de fora).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Plasx em 2015-10-23 02:43:38
Contrariando o que muitos dizem e opinam (que o PR ajudou a posiçao do PS), para mim o PR acabou de entregar uma pistola com uma bala ao Costa. Vamos ver agora se o Costa sai de fino ou se comete suicidio.

Se o PS provocar a queda do Governo, o PR vai provocar a queda do PS tal será a afronta (PR no seu entender) feita pelos socialistas ao "apelo/aviso" do PR. Nao tenho duvidas que acontecendo a queda do Governo, nas proximas eleiçoes (a serem realizadas em 8Meses+-) a coligaçao á direita terá maioria absoluta. O PS terá muitos problemas se voltar a concorrer sozinho e ser novamente humilhado nas urnas... ou vao se coligar antes das eleiçoes com CDU e BE?

Está um jogo "bonito"...mas o País que se lixe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 08:02:09
Citar
Citação de João-D


Se o governo cair, o Cavaco pode manter o governo em gestão até ao fim do seu mandato e o próximo PR marcará novas eleições


.....time will say, but......também acredito neste prognóstico.....eh.eh.... 8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-23 08:30:32
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 09:05:05
Citar
Os nervos da direita europeia

O que se passa em Lisboa e o perigo de chegar a Madrid.

A direita europeia, que durante dois dias se reuniu em Madrid sob o chapéu do Partido Popular Europeu, está muito nervosa e tem razões para isso. Os resultados eleitorais em Portugal e a situação política daí decorrente têm estado debaixo de fogo, mas o que verdadeiramente preocupa os partidos conservadores da União são as eleições gerais em Espanha, marcadas para Dezembro. O que temem é a influência que o exemplo português possa vir a ter no contexto das negociações que naturalmente ocorrerão, caso nenhum partido obtenha a maioria absoluta nesse sufrágio – como, de resto, indicam as sondagens que têm vindo a ser publicadas no país vizinho......

texto integral: [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-23 09:17:24
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.

pois eu acho que muita gente que votou PS foi surpreendida com a coligação de esquerda, no mínimo não vai votar em ninguém.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-23 09:38:00
O Cavaco é mesmo burro politicamente, foi extremar a posição e colocar-se como inimigo a abater, o que só dá mais união ao PS e motivos ao BE/PCP para apoio.

Se tentar forçar ainda mais a posição com um governo de gestão o PS ganha as próximas eleições na calma. As pessoas não gostam de sentir que votaram mas que só os votos de que o PR gosta contam.

pois eu acho que muita gente que votou PS foi surpreendida com a coligação de esquerda, no mínimo não vai votar em ninguém.

Mas o PS apela sempre ao voto útil para obter maioria sozinho e não depender de coligações. Caso o BE/PCP sejam impedidos de apoiar um governo ainda mais força dá ao PS para fazer esse apelo e concentrar votos.
Por isso é que acho este discurso do PR um erro enorme, basicamente esvaziou o BE/PCP de utilidade, só servem para fazer número aparentemente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lucky Luke em 2015-10-23 10:32:51
o discurso do Cavaco foi um discurso vergonhoso e tendencioso impróprio dum Presidente
o pior Presidente da História da nossa democracia
mas não se podia esperar mais dum palhaço corrupto
eu já estava à espera, não foi surpresa nenhuma
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-23 10:56:25
é o parlamento que decide e é o parlamento que tem de chumbar. o cavaco não pode saber se todos os deputados do ps+pcp+be votam contra. então e se houver dissidentes ?
fez muito bem (embora eu já nem esperasse que ele tivesse bolas para obrigar o costa a chumbar isto - o cavaco surpreendeu-me pela positiva, no discurso e na decisão)
Também me surpreendeu,
Aliás, para mim, foi o melhor discurso que ele fez até agora.

Sim.
Foi um bom discurso de Cavaco.
Ele recusou-se a indigitar costa e afirmou mais : Um governo de esquerda levaria a que os mercados perdessem confiança em Portugal.
O juro subisse, etc.

O Desemprego subisse etc.

A Aposta de cavaco é que  os deputados do PS se dividam, viabilizando o governo.

E se isto não acontecer ?

O PR tem todas as cartas.

Devia era saber jogá-las.

Pode nomear costa como primeiro ministro.

O Pais afunda,

E Aí Cavaco  dissolve assembleia , convoca novas eleições e costa é obliterado.
Essa seria a minha solução preferida.


presevar  Coelho para segunda rodada, esturricar costa...., e convocar novas eleições.


Então e se---grande galo para o país---o desempenho do Costa fosse, imaginemos, minimamente e surpreendentemente razoável?

De início e exceptuando medidas malucas à Syriza, o desempenho seja de quem for é razoável ... continua basicamente o trajecto actual. Sem radicalismos não existem colapsos a 6 meses, 1 ano, ou mesmo 2 anos (excepto com uma recessão vinda de fora).

Bom dia Incognitus.
É bom rever nomes conhecidos,
Se o  costa fôr razoável ficará debaixo de fogo do PCP e BE o PAF pode não o apoiar . caindo costa.
Ao Aliàs-se à esquerda Costa está a entrar em areias movediças.

Vai desestabilizar espanha dando novo alento ao podemos ,vai agitar os mercados ,pode desfazer o qye fez coellho.

Mas o opovo portugues escolheu,

Agora aguente-se


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 11:15:21
Citar
Os nervos da direita europeia

O que se passa em Lisboa e o perigo de chegar a Madrid.

A direita europeia, que durante dois dias se reuniu em Madrid sob o chapéu do Partido Popular Europeu, está muito nervosa e tem razões para isso. Os resultados eleitorais em Portugal e a situação política daí decorrente têm estado debaixo de fogo, mas o que verdadeiramente preocupa os partidos conservadores da União são as eleições gerais em Espanha, marcadas para Dezembro. O que temem é a influência que o exemplo português possa vir a ter no contexto das negociações que naturalmente ocorrerão, caso nenhum partido obtenha a maioria absoluta nesse sufrágio – como, de resto, indicam as sondagens que têm vindo a ser publicadas no país vizinho......

texto integral: [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/os-nervos-da-direita-europeia-1712062?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29[/url])



Dentro do mesmo artigo, destaco outro ponto que me parece manifestamente mais importante do que a questão do "medo de contágio" e do "perigo" (eheh) para a direita em Espanha:

Citar
Ora a hipótese de formação de um governo de esquerda em Portugal cria condições objectivas para uma contaminação política tendente ao enfraquecimento da influência do PPE, o que também explica o radicalismo de alguns dos seus dirigentes. O que não é aceitável é a notória intromissão desses dirigentes em assuntos que apenas dizem respeito aos portugueses e ao seu direito inalienável de encontrarem eles próprios as soluções que entenderem de acordo com a sua Constituição e as leis em vigor. Sobretudo quando tais interferências usam e abusam de argumentos primários baseados em ameaças e com o objectivo de espalhar o medo, como fizeram Joseph Daul, presidente do PPE, ou António Lopez-Isturiz, secretário-geral do mesmo partido. O recurso a este argumentário também é, por si só, sinal da fragilidade do actual discurso do establishment europeu, que já não consegue disfarçar a sua falta de soluções e é incapaz de mobilizar e seduzir os cidadãos da União em torno de projectos e causas comuns.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lucky Luke em 2015-10-23 11:42:29
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 11:47:58
Uns verdadeiros democratas
PCP vota contra condenação de crimes na Coreia do Norte (http://www.dn.pt/politica/interior/pcp-vota-contra-condenacao-de-crimes-na-coreia-do-norte-3712935.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-23 11:52:11
Seja como fôr..., a melhor opção talvez fosse Costa,
Em seis meses piorava tudo ,´Costa saia desfeito, já que não tem o charme do Tsipras
My point exactly !

Se por ventura ficar um governo de gestão quem sai mais chamuscado durante esse tempo será quem está frente daquilo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-23 11:56:16
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Olha que nao! O Humberto Delgado nao era comunista
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: mibusiness em 2015-10-23 12:50:04
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Nessa linha de raciocínio o Fidel é/foi um verdadeiro salvador humanista por ter combatido e derrubado a ditadura elitista de Cuba em prol do povo!

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lucky Luke em 2015-10-23 13:06:54
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Nessa linha de raciocínio o Fidel é/foi um verdadeiro salvador humanista por ter combatido e derrubado a ditadura elitista de Cuba em prol do povo!
Não tenhas duvidas que foi. O Baptista era um ditador
depois deixou-se corromper pelo poder e tornou-se ele um ditador
the usual shit
mas apesar de ser uma ditadura Cuba ao menos tem um sistema público de saúde, grandes condições para a prática de desporto entre outras benesses sociais que demonstram alguma preocupação com o povo que um ditador "clássico" como o Baptista não tem/tinha
Os USA não foram à Baia dos Porcos defender a democracia...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 13:28:58
Não vale a pena responder mais ao Lucky Luke porque ele não está mais entre nós. Não estou para aturar retardados que comem a teoria comunista sem vomitarem. O comunismo deve ter sido só a ideologia que mais pessoas matou no mundo, é surreal que um comunista aponte para pormenores dos outros perante um passado desses.

E como ele não vai mudar de ideias, vai pelo menos mudar de sítio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 13:32:37
Já agora, sobre a Cuba "pré-Castro":

Socio-Economic Conditions in Pre-Castro Cuba*
http://ctp.iccas.miami.edu/FACTS_Web/Cuba%20Facts%20Issue%2043%20December.htm (http://ctp.iccas.miami.edu/FACTS_Web/Cuba%20Facts%20Issue%2043%20December.htm)

Isto era algo que eu não sabia -- basicamente a Cuba já estava muito bem posicionada social e economicamente (em termos relativos, face aos países comparáveis) antes da revolução, pelo que o que conseguiu desde então foi essencialmente andar para trás em termos relativos. De resto como seria de esperar, mas eu também acreditava na versão do Lucky até procurar mais informação. A propaganda é poderosa.

Ironicamente a Venezuela também estava bem até a derreterem. E o mesmo já se sabia da Argentina no passado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 13:45:35
Nestas coisas é difícil ter número correctos mas as estimativas apontam para 100M de mortes nos regimes comunistas vs os 25M dos nazis (isto só para ter uma perspectiva de como o comunismo, que ainda é tão popular em Portugal, conseguiu ser muito pior do que nazismo que já de si era abjecto).
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Black_Book_of_Communism#Comparison_of_Communism_and_Nazism
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 13:46:53
Nestas coisas é difícil ter número correctos mas as estimativas apontam para 100M de mortes nos regimes comunistas vs os 25M dos nazis (isto só para ter uma perspectiva de como o comunismo, que ainda é tão popular em Portugal, conseguiu ser muito pior do que nazismo que já de si era abjecto).
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Black_Book_of_Communism#Comparison_of_Communism_and_Nazism

O comunismo é tão inacreditavelmente mau, que nem mata somente de forma directa, mas também de forma indirecta -- via fome. Na Coreia do Norte até as crianças estão a ficar mais pequenas (menos altas) devido ao falhanço comunista em gerir uma economia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-23 13:58:41
A queda argentina ja foi forte  ja foi top 10  rico mundo

À exceção daquelas nações que adotaram o comunismo, é difícil encontrar um exemplo de país cuja economia tenha sido mais espetacularmente destruída pelo seu governo do que a Argentina

http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1562 (http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1562)

Durante as três primeiras décadas do século XX, a Argentina ultrapassou o Canadá e a Austrália não somente em termos de população, mas também em termos de renda total e renda per capita.   
A partir de 1930, no entanto, a coisa começou a degringolar.  Em termos macroeconômicos, a Argentina era, até então, um dos mais estáveis e sólidos países do mundo

e prova qualquer pais rico hoje pode ficar pobre em menos 50 anos

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 14:10:51
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Na Revolução de Outubro nos idos 1917, o comunismo também deu muitas vidas para acabar com o Imperialismo Russo. A democracia que se seguiu foi curiosa...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 14:17:20
Nestas coisas é difícil ter número correctos mas as estimativas apontam para 100M de mortes nos regimes comunistas vs os 25M dos nazis (isto só para ter uma perspectiva de como o comunismo, que ainda é tão popular em Portugal, conseguiu ser muito pior do que nazismo que já de si era abjecto).
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Black_Book_of_Communism#Comparison_of_Communism_and_Nazism

O comunismo é tão inacreditavelmente mau, que nem mata somente de forma directa, mas também de forma indirecta -- via fome. Na Coreia do Norte até as crianças estão a ficar mais pequenas (menos altas) devido ao falhanço comunista em gerir uma economia.

e a coreia do norte tem varios campos de concentracao onde as pessoas ficam la por 3 geracoes
podem procurar por uma peca do 60 minutes, eh horrivel o que se aprende mas importante

sao criancas que nascem e morrem num campo de concentracao, sem nunca terem feito nada
o PCP esta ao nivel dum partido nazi, a unica diferenca eh que mascaram a coisa com palavras bonitas
enquanto os nazis eram mais obvios e directos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-23 14:18:25
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Uma coisa é certa , essas mortes foram em vão porque não foi graças a
essa "luta" que o regime caiu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 14:21:07
Paulo Rangel até espumou ao dizer que o PCP nem é um partido de visão democrática
um merdas como ele ao falar dum partido que foi o único a oferecer vidas em prol da democracia e contra a ditadura fascista devia lavar a boca suja com sabão azul

Uma coisa é certa , essas mortes foram em vão porque não foi graças a
essa "luta" que o regime caiu.

os comunistas dizem mal do estado novo mas a intencao era substitui-lo por algo 1000x pior
por mim podiam ter morridos todos as maos do estado novo, a luta deles nao eh a da liberdade mas a dum horror indescritivel
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 14:21:50
Nestas coisas é difícil ter número correctos mas as estimativas apontam para 100M de mortes nos regimes comunistas vs os 25M dos nazis (isto só para ter uma perspectiva de como o comunismo, que ainda é tão popular em Portugal, conseguiu ser muito pior do que nazismo que já de si era abjecto).
https://en.wikipedia.org/wiki/The_Black_Book_of_Communism#Comparison_of_Communism_and_Nazism

O comunismo é tão inacreditavelmente mau, que nem mata somente de forma directa, mas também de forma indirecta -- via fome. Na Coreia do Norte até as crianças estão a ficar mais pequenas (menos altas) devido ao falhanço comunista em gerir uma economia.

e a coreia do norte tem varios campos de concentracao onde as pessoas ficam la por 3 geracoes
podem procurar por uma peca do 60 minutes, eh horrivel o que se aprende mas importante

E agora andam uns tipos a defender a legitimidade do PCP governar via acordo com o arqui-inimigo PS e BE. Das duas uma, o PCP é o que era e portanto estamos pertante um partido com DNA destruidor de democracias ou o PCP afinal não é o que diz ser, e querem meter no governo (mesmo que indirectamente) um partido que se altera radicalmente para atingir um objectivo politico (e isso é tão confiável que faz das habituais mentiras em campanhas eleitorais, umas verdadeiras fábulas de encantar).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 14:23:39
na festa do avante a coreia do norte tem sempre la um representante que sobe ao palco principal no comicio, juntamente com muitos outros representantes de partidos comunistas do mundo
alem disso tem uma loja oficial, podem la ir comprar as fotos dos 3 lideres para meterem na parede da sala
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 14:25:06
os comunistas dizem mal do estado novo mas a intencao era substitui-lo por algo 1000x pior
por mim podia ter morridos todos as maos do estado novo, a luta deles nao eh a da liberdade mas a dum horror indescritivel
apenas defendiam a substituição de uma ditadura por outra, até pior, diga-se. ainda hoje é isso que defendem, embora as pessoas não percebam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 14:25:33
E já agora, a acrescentar, para aqueles que dizem que um governo de esquerda tem todo o direito democrático em governar se obtiver maioria parlamentar pós-eleições, gostaria de lembrar que o Hitler e o seu partido também foram democraticamente eleitos. Isto para dizer que é absolutamente correcto um PR recusar-se dar posse a uma governo em que não confia ou acredita defender os interesses da nação.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-23 14:27:22
os comunistas dizem mal do estado novo mas a intencao era substitui-lo por algo 1000x pior
por mim podia ter morridos todos as maos do estado novo, a luta deles nao eh a da liberdade mas a dum horror indescritivel
apenas defendiam a substituição de uma ditadura por outra, até pior, diga-se. ainda hoje é isso que defendem, embora as pessoas não percebam.

Rio-me quando se fala de um Alentejo sem Indústria, os Comunistas sempre em luta, mas aquilo não anda para a frente.
Mesmo com a realidade diante dos olhos, não percebem que as políticas que defendem é que são o entrave ao desenvolvimento da Região.

A Realidade é que está mal. :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-23 14:30:11
quando hoje em dia até ninguém os impede de se organizarem em cooperativas e darem cabo da concorrência, uma vez que não irão procurar o lucro e poderão apresentar preços melhores para idêntica qualidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-23 14:59:48
E já agora, a acrescentar, para aqueles que dizem que um governo de esquerda tem todo o direito democrático em governar se obtiver maioria parlamentar pós-eleições, gostaria de lembrar que o Hitler e o seu partido também foram democraticamente eleitos. Isto para dizer que é absolutamente correcto um PR recusar-se dar posse a uma governo em que não confia ou acredita defender os interesses da nação.

Percebo o ponto mas acho que nesse caso o partido deveria ser considerado ilegal e deixar de existir/não poder concorrer a eleições, isso seria matéria para um tribunal decidir.
Não me parece válido é ter partidos legais, que concorrem a eleições e depois não contam porque o PR não concorda com os seus programas.

Num cenário dum BE/PCP ganhar umas eleições com maioria como seria? Não poderia governar?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 15:08:19
E já agora, a acrescentar, para aqueles que dizem que um governo de esquerda tem todo o direito democrático em governar se obtiver maioria parlamentar pós-eleições, gostaria de lembrar que o Hitler e o seu partido também foram democraticamente eleitos. Isto para dizer que é absolutamente correcto um PR recusar-se dar posse a uma governo em que não confia ou acredita defender os interesses da nação.

Percebo o ponto mas acho que nesse caso o partido deveria ser considerado ilegal e deixar de existir/não poder concorrer a eleições, isso seria matéria para um tribunal decidir.
Não me parece válido é ter partidos legais, que concorrem a eleições e depois não contam porque o PR não concorda com os seus programas.

Num cenário dum BE/PCP ganhar umas eleições com maioria como seria? Não poderia governar?

Concordo que se partidos fascistas são proibidos por lei, os comunistas deveriam igualmente sê-lo. Só não o são porque a nossa lei é enviezada.

https://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/Legislacao_Anotada/LeiPartidosPoliticos_Anotado.pdf (https://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/Legislacao_Anotada/LeiPartidosPoliticos_Anotado.pdf)

Penso que isto ainda está em vigor.

Citar
Artigo 8.º
Salvaguarda da ordem constitucional democrática

Não são consentidos partidos políticos armados nem de tipo militar, militarizados ou paramilitares, nem partidos racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.  
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 15:17:24
Acho que podia haver um pouco mais de tolerância no fórum.
O comunismo até tem mudado ao longo dos anos, como se percebe pela China.
Não é proibido que o comunismo não se possa adaptar aos novos tempos.
Na sua história, a religião Católica matou milhões de pessoas e apesar disso é a religião que tem mais fiéis no mundo, porque se soube adaptar.

Mas é completamente absurdo estar a falar de mortes.
Tenho a certeza que o PCP de Jerónimo de Sousa não pretende matar ninguém.

Não foi por nada disso que o Cavaco pareceu rejeitar um governo de esquerda.
Sugiro que quem não ouviu o discurso do Cavaco ou não se lembre dele, que o procure, pq o Cavaco foi claro nos motivos que deu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 15:21:54
O comunismo para mudar tem que deixar de ser comunismo ... se não é comunismo, então o problema com o mesmo no fórum não existe. Sendo comunismo, é uma coisa aberrante, anti-ética e anti-humana.

O comunismo é incompatível com o capitalismo, e o capitalismo é a razão para o nível de vida decente que se conseguiu no mundo desenvolvido, e que gerou até recursos suficientes para se poder ter social-democracia e redistribuição. O comunismo na China já não é comunismo, pois existe propriedade privada, concorrência, capitalismo.

----

De qualquer forma a intolerância que notas apenas ocorre na circunstância em que se dizem coisas tão aberrantes que só podem ser propaganda para retardados ou seja, o equivalente político às fraudes que o fórum sempre combateu. Permitir isso aqui seria o mesmo que permitir Afinsas e afins a avançarem os seus argumentos e a captarem patos.

Por exemplo, o Lark sair-se com o ROUBO de uma arte do Banksy para vender como sendo a síntese do capitalismo, quando centenas de milhões de pessoas investem e laboram honestamente a produzir e servir os outros todos os dias, é obviamente propaganda para retardados. Isso não pode ser permitido, não vá algum inocente acreditar em tal aberração.

----

Outra coisa, eu nem sequer vejo GRANDE problema em existir um governo do PS com apoio do BE e PCP, porque acho que apesar de tudo o PS controlaria a maluqueira do BE e PCP, não implementando nada de alucinado. Quanto muito ver-se-ia um pequeno subir das arbitrariedades a favor de amigos, versus o que um PSD produziria (que também produziria algumas, mas nada na escala de um Sócrates).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 15:31:02
nao sei se nao seria ao contrario e o PCP e BE eh que controlariam o PS, forcando-o novamente a rebentar com as contas do estado

para os comunistas a bancarrota eh provavelmente um alvo desejado para provocar uma crise e depois a revolucao
para os comunistas o pior pode ser melhor, a revolucao esta sempre na sua mente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 15:35:02
....1º teste, com a "nova" composição da A.R., a eleição do seu presidente (em directo).....eh.eh..... ???


http://sicnoticias.sapo.pt/diretos/2015-10-23-Eleicao-do-presidente-da-Assembleia-da-Republica (http://sicnoticias.sapo.pt/diretos/2015-10-23-Eleicao-do-presidente-da-Assembleia-da-Republica)


http://economico.sapo.pt/noticias/conheca-todas-as-230-caras-no-novo-parlamento_232534.html (http://economico.sapo.pt/noticias/conheca-todas-as-230-caras-no-novo-parlamento_232534.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-23 15:41:28
nao sei se nao seria ao contrario e o PCP e BE eh que controlariam o PS, forcando-o novamente a rebentar com as contas do estado

para os comunistas a bancarrota eh provavelmente um alvo desejado para provocar uma crise e depois a revolucao
para os comunistas o pior pode ser melhor, a revolucao esta sempre na sua mente.

O PS, uma vez estando no governo, para não se deixar controlar pelo BE/PCP pode sempre invocar a estabilidade e os interesses do pais para pressionar o PSD/CDS a deixarem passar leis, austeridade, etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 15:44:07
nao sei se nao seria ao contrario e o PCP e BE eh que controlariam o PS, forcando-o novamente a rebentar com as contas do estado

para os comunistas a bancarrota eh provavelmente um alvo desejado para provocar uma crise e depois a revolucao
para os comunistas o pior pode ser melhor, a revolucao esta sempre na sua mente.

O PS, uma vez estando no governo, para não se deixar controlar pelo BE/PCP pode sempre invocar a estabilidade e os interesses do pais para pressionar o PSD/CDS a deixarem passar leis, austeridade, etc.

nao acredito, depois desta golpada nao conseguem ajuda a direita
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 15:55:56
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Comunicação ao País do Presidente da República sobre a indigitação do Primeiro-Ministro

Portugueses

Na Comunicação ao País que realizei no dia 6 de outubro, afirmei que Portugal necessita de uma solução governativa que assegure a estabilidade política.

Referi também que essa solução governativa deve dar garantias firmes de que respeitará os compromissos internacionais historicamente assumidos pelo Estado português e as grandes opções estratégicas adotadas desde a instauração do regime democrático, opções que – importa ter presente – foram sufragadas pela esmagadora maioria dos cidadãos nas eleições de dia 4 de outubro.

Os contactos efetuados entre os partidos políticos que apoiam e se reveem no projeto da União Europeia e da Zona Euro não produziram os resultados necessários para alcançar uma solução governativa estável e duradoura.

Esta situação é tanto mais singular quanto as orientações políticas e os programas eleitorais desses partidos não se mostram incompatíveis, sendo, pelo contrário, praticamente convergentes quanto aos objetivos estratégicos de Portugal.

Daí o meu repetido apelo a um entendimento alargado em torno das grandes linhas orientadoras de política nacional.

Lamento profundamente que, num tempo em que importa consolidar a trajetória de crescimento e criação de emprego e em que o diálogo e o compromisso são mais necessários do que nunca, interesses conjunturais se tenham sobreposto à salvaguarda do superior interesse nacional.

Neste contexto, e tendo ouvido os partidos representados na Assembleia da República, indigitei hoje, como Primeiro-Ministro, o Dr. Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da coligação que venceu as eleições do passado dia 4 de outubro.

Tive presente que nos 40 anos de democracia portuguesa a responsabilidade de formar Governo foi sempre atribuída a quem ganhou as eleições.

Assim ocorreu em todos os atos eleitorais em que a força política vencedora não obteve a maioria dos deputados à Assembleia da República, como aconteceu nas eleições legislativas de 2009, em que o Partido Socialista foi o partido mais votado, elegendo apenas 97 deputados, não tendo as demais forças políticas inviabilizado a sua entrada em funções.

Tive também presente que a União Europeia é uma opção estratégica do País. Essa opção foi essencial para a consolidação do regime democrático português e continua a ser um dos fundamentos da nossa democracia e do modelo de sociedade em que os Portugueses querem viver, uma sociedade desenvolvida, justa e solidária.

A observância dos compromissos assumidos no quadro da Zona Euro é decisiva, é absolutamente crucial para o financiamento da nossa economia e, em consequência, para o crescimento económico e para a criação de emprego.

Fora da União Europeia e do Euro o futuro de Portugal seria catastrófico.

Em 40 anos de democracia, nunca os governos de Portugal dependeram do apoio de forças políticas antieuropeístas, isto é, de forças políticas que, nos programas eleitorais com que se apresentaram ao povo português, defendem a revogação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental, da União Bancária e do Pacto de Estabilidade e Crescimento, assim como o desmantelamento da União Económica e Monetária e a saída de Portugal do Euro, para além da dissolução da NATO, organização de que Portugal é membro fundador.

Este é o pior momento para alterar radicalmente os fundamentos do nosso regime democrático, de uma forma que não corresponde sequer à vontade democrática expressa pelos Portugueses nas eleições do passado dia 4 de outubro.

Depois de termos executado um exigente programa de assistência financeira, que implicou pesados sacrifícios para os Portugueses, é meu dever, no âmbito das minhas competências constitucionais, tudo fazer para impedir que sejam transmitidos sinais errados às instituições financeiras, aos investidores e aos mercados, pondo em causa a confiança e a credibilidade externa do País que, com grande esforço, temos vindo a conquistar.

Devo, em consciência, dizer aos Portugueses que receio muito uma quebra de confiança das instituições internacionais nossas credoras, dos investidores e dos mercados financeiros externos. A confiança e a credibilidade do País são essenciais para que haja investimento e criação de emprego.

É tanto mais incompreensível que as forças partidárias europeístas não tenham chegado a um entendimento quando, num passado recente, votaram conjuntamente, na Assembleia da República, a aprovação do Tratado de Lisboa, do Tratado Orçamental e do Mecanismo Europeu de Estabilidade, enquanto os demais partidos votaram sempre contra.

Cabe ao Presidente da República, de forma inteiramente livre, fazer um juízo sobre as diversas soluções políticas com vista à nomeação do Primeiro-Ministro.

Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas.

Aliás, é significativo que não tenham sido apresentadas, por essas forças políticas, garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível.

Portugueses,

A responsabilidade do Presidente da República na formação do Governo encontra-se regulada pelo artigo 187 da Constituição, segundo o qual o Presidente deve nomear o Primeiro-Ministro tendo em conta os resultados eleitorais, depois de ouvidos os partidos políticos com representação parlamentar.

Sigo a regra que sempre vigorou, repito, que sempre vigorou na nossa democracia: quem ganha as eleições é convidado a formar Governo pelo Presidente da República.

No entanto, a nomeação do Primeiro-Ministro pelo Presidente da República não encerra o processo de formação do Governo. A última palavra cabe à Assembleia da República ou, mais precisamente, aos Deputados à Assembleia da República.

A rejeição do Programa do Governo, por maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, implica a sua demissão.

É, pois, aos Deputados que cabe apreciar o Programa do Governo que o Primeiro-Ministro apresentará à Assembleia da República no prazo de dez dias após a sua nomeação.

É aos Deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem.


Como Presidente da República assumo as minhas responsabilidades constitucionais.

Compete agora aos Deputados assumir as suas.

Boa noite.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-23 16:04:18
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Ferro Rodrigues é o novo Presidente da Assembleia da República

Eduardo Ferro Rodrigues foi eleito Presidente da Assembleia da República com 120 votos a favor. Fernando Negrão candidato apoiado pelo PSD/CDS teve apenas 108. Houve dois votos em branco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-23 16:05:43
Após a chamada de cada um dos 230 deputados para votarem, os trabalhos do parlamento foram interrompidos na tarde desta sexta-feira durante 15 minutos. O socialista Alberto Martins foi escolhido pelo PSD para ser o presidente interino da Assembleia da República nesta sessão inaugural da XIII legislatura.

Ferro eleito com 120 votos. 2 votos abaixo do total PS-PCP-Bloco, mas com folga acima dos 116 requeridos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 16:31:20
Esta eleição era demasiado fácil para o Ferro Rodrigues. Se falhasse era prova de tudo aquilo que a direita anda a dizer de mal sobre o eventual governo de esquerda. Jamais iriam cair nesse erro nesta altura.

Muito mais importante é que mesmo assim houve 2 a não alinharem no esquema. Serão o embrião da rebelião dentro do PS ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 16:34:26
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Cavaco é um "ganda" maluco!

O que quiz fazer e dizer Cavaco, ontem à noite?

Indigitar Pedro Passos Coelho era um gesto esperado, e consistente com a prática política portuguesa.

A surpresa não foi essa.

Mesmo sabendo que Passos dificilmente terá um programa aprovado no parlamento, Cavaco decidiu que valia a pena tentar.

Nada a dizer por aí.

 

Contudo, ao criticar duramente o PS, o Bloco e o PCP, o presidente deu a entender que jamais nomeará um governo apoiado pelas três forças de esquerda.

Com isso, elimina uma segunda solução possível para o Governo de Portugal.

Ao insistir que Bloco e PCP não apoiam a Europa e a Nato, Cavaco anula uma hipótese viável, sem dar qualquer alternativa.

 

Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.

Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.

Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

 

Assim foi com o PS.

Horas depois da comunicação de Cavaco, já o PS dizia que ia chumbar o governo de Passos, e até os moderados, como Assis, consideravam inaceitáveis as palavras do presidente.

O "boomerang" regressou e bateu na cara de Cavaco.

 

Em resumo: o discurso do presidente dividiu ainda mais as águas, afastando cada vez mais as forças de direita das forças de esquerda.

Agora, ou se está de um lado, ou se está do outro.

Contudo, esta clarificação não adianta nada.

O que fará Cavaco, se Passos for chumbado na Assembleia?

Mantém em gestão o governo, sem Orçamento, até que seja eleito novo presidente?

 

A outra hipótese é a nomeação de um governo de iniciativa presidencial.

Cavaco chamaria alguém de fora dos partidos, para governar o país durante seis meses.

Mas, quem apoiará esse mal amado governo?

Nem a direita nem a esquerda o quererão fazer...

 

O discurso de Cavaco lançou Portugal numa guerra política sem precedentes.

Os próximos tempos serão divisionistas, duros e complexos para todos.

A direita está radicalizada e unida, a esquerda está radicalizada e unida.

E a eleição presidencial vai transformar-se também numa guerra entre esquerda e direita.

Um dos principais prejudicados do discurso de Cavaco foi Marcelo, e o maior beneficiado foi Sampaio da Nóvoa.

 

Se a intenção de Cavaco era deixar a presidência da República com um governo da sua área política em São Bento e um presidente da sua área política em Belém, acho que fez tudo errado.

Passos vai ser derrubado, e quem sabe se Marcelo não começou a perder as eleições.

Ontem, Cavaco foi mesmo um "ganda" maluco.


publicado por Domingos Amaral às 10:29 |

link do post: [url]http://domingosamaral.com/cavaco-e-um-ganda-maluco-152394[/url] ([url]http://domingosamaral.com/cavaco-e-um-ganda-maluco-152394[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 16:40:33
A coligação de direita tem 107 deputados. O que quer dizer que houve 1 deputado que votou no candidato da coligação de direita para presidente da AR.
Esse deputado tanto pode ter sido do PAN como do PS, mas é um deputado entre os 9 necessários que a coligação de direita precisa para continuar no governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 16:45:32
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Cavaco é um "ganda" maluco!

O que quiz fazer e dizer Cavaco, ontem à noite?

Indigitar Pedro Passos Coelho era um gesto esperado, e consistente com a prática política portuguesa.

A surpresa não foi essa.

Mesmo sabendo que Passos dificilmente terá um programa aprovado no parlamento, Cavaco decidiu que valia a pena tentar.

Nada a dizer por aí.

 

Contudo, ao criticar duramente o PS, o Bloco e o PCP, o presidente deu a entender que jamais nomeará um governo apoiado pelas três forças de esquerda.

Com isso, elimina uma segunda solução possível para o Governo de Portugal.

Ao insistir que Bloco e PCP não apoiam a Europa e a Nato, Cavaco anula uma hipótese viável, sem dar qualquer alternativa.

 

Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.

Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.

Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

 

Assim foi com o PS.

Horas depois da comunicação de Cavaco, já o PS dizia que ia chumbar o governo de Passos, e até os moderados, como Assis, consideravam inaceitáveis as palavras do presidente.

O "boomerang" regressou e bateu na cara de Cavaco.

 

Em resumo: o discurso do presidente dividiu ainda mais as águas, afastando cada vez mais as forças de direita das forças de esquerda.

Agora, ou se está de um lado, ou se está do outro.

Contudo, esta clarificação não adianta nada.

O que fará Cavaco, se Passos for chumbado na Assembleia?

Mantém em gestão o governo, sem Orçamento, até que seja eleito novo presidente?

 

A outra hipótese é a nomeação de um governo de iniciativa presidencial.

Cavaco chamaria alguém de fora dos partidos, para governar o país durante seis meses.

Mas, quem apoiará esse mal amado governo?

Nem a direita nem a esquerda o quererão fazer...

 

O discurso de Cavaco lançou Portugal numa guerra política sem precedentes.

Os próximos tempos serão divisionistas, duros e complexos para todos.

A direita está radicalizada e unida, a esquerda está radicalizada e unida.

E a eleição presidencial vai transformar-se também numa guerra entre esquerda e direita.

Um dos principais prejudicados do discurso de Cavaco foi Marcelo, e o maior beneficiado foi Sampaio da Nóvoa.

 

Se a intenção de Cavaco era deixar a presidência da República com um governo da sua área política em São Bento e um presidente da sua área política em Belém, acho que fez tudo errado.

Passos vai ser derrubado, e quem sabe se Marcelo não começou a perder as eleições.

Ontem, Cavaco foi mesmo um "ganda" maluco.


publicado por Domingos Amaral às 10:29 |

link do post: [url]http://domingosamaral.com/cavaco-e-um-ganda-maluco-152394[/url] ([url]http://domingosamaral.com/cavaco-e-um-ganda-maluco-152394[/url])



A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 16:54:12
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António José Seguro sentiu-se mal e foi operado de urgência

O ex-líder do PS, António José Seguro, foi operado de urgência, nesta sexta-feira, depois de se ter sentido mal durante a noite.

O Diário de Notícias avança que Seguro foi alvo de uma intervenção cirúrgica no Hospital Cuf Descobertas em Lisboa, após ter sido visto numa clínica das Caldas da Rainha....

Texto integral:http://zap.aeiou.pt/antonio-jose-seguro-sentiu-se-mal-e-foi-operado-de-urgencia-87002 ([url]http://zap.aeiou.pt/antonio-jose-seguro-sentiu-se-mal-e-foi-operado-de-urgencia-87002[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 17:10:23
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António José Seguro sentiu-se mal e foi operado de urgência

O ex-líder do PS, António José Seguro, foi operado de urgência, nesta sexta-feira, depois de se ter sentido mal durante a noite.

O Diário de Notícias avança que Seguro foi alvo de uma intervenção cirúrgica no Hospital Cuf Descobertas em Lisboa, após ter sido visto numa clínica das Caldas da Rainha....

Texto integral:http://zap.aeiou.pt/antonio-jose-seguro-sentiu-se-mal-e-foi-operado-de-urgencia-87002 ([url]http://zap.aeiou.pt/antonio-jose-seguro-sentiu-se-mal-e-foi-operado-de-urgencia-87002[/url])


Era de esperar que pelo menos um destes dirigentes se mostrasse coerente e usasse o SNS em vez de sempre se dirigirem ao sector privado (o qual depois não permitem aos restantes cidadãos via um sistema transparente que tanto permita usar o SNS como o privado).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 17:20:34
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

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Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 17:22:59
Epá... confronto radicalista entre esquerda e direita nos partidos e na assembleia ainda lá vou. Nas presidenciais nem pensar---não há qualquer hipótese de qualquer um dos candidatos fazer frente ao Marcelo, mesmo que, todos os candidatos juntos, consigam chutar a decisão para uma segunda volta.

Pelo menos por enquanto, já que os próximos tempos se afiguram uma autêntica incógnita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 17:33:32
O próximo PR pode ter grande importância no caso da moção de rejeição ser aprovada no parlamento e o Cavaco optar por um governo de gestão, pq o próximo PR vai poder decidir entre dar posse a um governo de esquerda e marcar novas eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 18:12:14
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

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Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 18:27:38
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

"Abrir a porta" não é aceitar toda uma a ideologia, mas é dialogar. Parece-me que um dos princípios básicos que regem PSD e PS, pelos menos estes dois, é aceitar a existência de outras ideologias e formas de pensamento, por mais distantes que sejam, e potenciar pontes de diálogo.

O PSD já o fez no passado, em relação ao PCP. O Costa tentou na Câmara, embora tenha levado um não.

Considero-me bastante longe das ideologias que suportam os programas comunistas, mas também me considero longe aceitar que a sua proibição seja imposta em democracia. Tendo estes aspectos em conta, faz-me confusão que se rejeite totalmente o diálogo e a aproximação (tal como me faz confusão que, havendo esta tentativa, do outro lado haja uma rejeição completa). Fazer o contrário---que é excluir, marginalizar e promover intolerante---é um mau princípio de partida para qualquer situação de convivência.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 18:34:03
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

"Abrir a porta" não é aceitar toda uma a ideologia, mas é dialogar. Parece-me que um dos princípios básicos que regem PSD e PS, pelos menos estes dois, é aceitar a existência de outras ideologias e formas de pensamento, por mais distantes que sejam, e potenciar pontes de diálogo.

O PSD já o fez no passado, em relação ao PCP. O Costa tentou na Câmara, embora tenha levado um não.

Considero-me bastante longe das ideologias que suportam os programas comunistas, mas também me considero longe aceitar que a sua proibição seja imposta em democracia. Tendo estes aspectos em conta, faz-me confusão que se rejeite totalmente o diálogo e a aproximação (tal como me faz confusão que, havendo esta tentativa, do outro lado haja uma rejeição completa). Fazer o contrário---que é excluir, marginalizar e promover intolerante---é um mau princípio de partida para qualquer situação de convivência.

E o fascismo, achas que deve ser proibido?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 18:36:34
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

"Abrir a porta" não é aceitar toda uma a ideologia, mas é dialogar. Parece-me que um dos princípios básicos que regem PSD e PS, pelos menos estes dois, é aceitar a existência de outras ideologias e formas de pensamento, por mais distantes que sejam, e potenciar pontes de diálogo.

O PSD já o fez no passado, em relação ao PCP. O Costa tentou na Câmara, embora tenha levado um não.

Considero-me bastante longe das ideologias que suportam os programas comunistas, mas também me considero longe aceitar que a sua proibição seja imposta em democracia. Tendo estes aspectos em conta, faz-me confusão que se rejeite totalmente o diálogo e a aproximação (tal como me faz confusão que, havendo esta tentativa, do outro lado haja uma rejeição completa). Fazer o contrário---que é excluir, marginalizar e promover intolerante---é um mau princípio de partida para qualquer situação de convivência.

E o fascismo, achas que deve ser proibido?

Não. Objectivamente não.

O que não é sinónimo de achar que não deva ser combatido. Através de meios democráticos, não de proibição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 18:39:01
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

"Abrir a porta" não é aceitar toda uma a ideologia, mas é dialogar. Parece-me que um dos princípios básicos que regem PSD e PS, pelos menos estes dois, é aceitar a existência de outras ideologias e formas de pensamento, por mais distantes que sejam, e potenciar pontes de diálogo.

O PSD já o fez no passado, em relação ao PCP. O Costa tentou na Câmara, embora tenha levado um não.

Considero-me bastante longe das ideologias que suportam os programas comunistas, mas também me considero longe aceitar que a sua proibição seja imposta em democracia. Tendo estes aspectos em conta, faz-me confusão que se rejeite totalmente o diálogo e a aproximação (tal como me faz confusão que, havendo esta tentativa, do outro lado haja uma rejeição completa). Fazer o contrário---que é excluir, marginalizar e promover intolerante---é um mau princípio de partida para qualquer situação de convivência.

E o fascismo, achas que deve ser proibido?

Não. Objectivamente não.

O que não é sinónimo de achar que não deva ser combatido. Através de meios democráticos, não de proibição.

Mas então se um dia tivesses um partido fascista no nosso parlamento e o PSD+CDS se juntassem a eles para formarem maioria, ficavas bem em ter fascistas no governo ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 18:42:04
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

"Abrir a porta" não é aceitar toda uma a ideologia, mas é dialogar. Parece-me que um dos princípios básicos que regem PSD e PS, pelos menos estes dois, é aceitar a existência de outras ideologias e formas de pensamento, por mais distantes que sejam, e potenciar pontes de diálogo.

O PSD já o fez no passado, em relação ao PCP. O Costa tentou na Câmara, embora tenha levado um não.

Considero-me bastante longe das ideologias que suportam os programas comunistas, mas também me considero longe aceitar que a sua proibição seja imposta em democracia. Tendo estes aspectos em conta, faz-me confusão que se rejeite totalmente o diálogo e a aproximação (tal como me faz confusão que, havendo esta tentativa, do outro lado haja uma rejeição completa). Fazer o contrário---que é excluir, marginalizar e promover intolerante---é um mau princípio de partida para qualquer situação de convivência.

E o fascismo, achas que deve ser proibido?

Não. Objectivamente não.

O que não é sinónimo de achar que não deva ser combatido. Através de meios democráticos, não de proibição.

Em Portugal o fascismo é proibido e o comunismo não.

A tua posição é coerente. A posição actual da lei em Portugal não é.

----

Por mim ou ambos deviam ser permitidos, ou ambos deviam ser proibidos. Inclino-me porém para ambos serem proibidos, pois ambos visam restringir a liberdade de terceiros.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-23 18:46:03
Defeniçao Fascismo “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”


eu axo que um acordo era entre facistas e comunistas!  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 18:49:49
A direita está radicalizada ? Absurdo total. Então passaram as últimas 2 semanas a abrir portas ao PS e isso é ser radical ?

Abriu ao PS, mas fechou as portas à CDU e BE. O Cavaco é o PR de "todos os portugueses" e não deve excluir partidos. O Cavaco fez um discurso demasiado duro para um PR. Não sei como o povo viu o discurso, mas os discursos estão de facto muito radicalizados, tanto à direita como à esquerda.

Isto tb pode ser verdade, mas só saberemos com certeza quando for votada a moção de rejeição.

Citar
Mas, o erro maior foi o apelo à desunião do PS.
Ao falar na consciência individual dos deputados, o presidente deu o seu aval à revolta no PS, tentando que a ala dos seguristas se afastasse de Costa, votando a favor do Governo de Passos Coelho.
Ora, os partidos são entidades que não gostam de ser atacadas, e quando o são, têm tendência para se unirem à volta do líder.

Mas o PSD abrir a porta ao BE ou ao PCP seria um abuso. Seria trair totalmente a ideologia.

O Cavaco radicalizou (e fez bem), mas ele não é a direita. É um PR vindo da direita. Por direita e esquerda devemos estar a falar de partidos e seus dirigentes, coisa que o Cavaco já não é.

Eu referi-me ao PR estar a (tentar) fechar a porta ao BE e PCP, e não ao PSD e CDS fecharem a porta ao BE e CDU.

Como dizes e bem o Cavaco não devia ser de direita, nem de esquerda, devia de ser o PR de "todos os portugueses", mas não é essa a ideia com que se fica ao (tentar) excluir a hipótese do BE e CDU apoiarem um governo. O Cavaco pareceu ter falado como o grande líder do PSD e não como uma figura imparcial. Uma figura imparcial não exclui partidos.
Quem devia ter feito um discurso daqueles devia ter sido o Passos ou o Portas.

Eu concordo com o Cavaco quando fala que é incompreensível o PS não ter chegado a acordo com a coligação de direita, quando os seus programas eleitorais são praticamente convergentes, ao contrário do que acontece com os outros partidos de esquerda, que nos seus programas eleitorais defendem a saída do Euro, nomeadamente a CDU, mas acho que é ao PSD e CDS é que compete dizer isso e não ao PR.
Basicamente, o Cavaco traçou as linhas gerais para o PSD e CDS seguirem nos próximos tempos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-23 19:05:50
Defeniçao Fascismo “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”


eu axo que um acordo era entre facistas e comunistas!  ;D

São duas manifestações extremas da mesma coisa, o colectivismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 19:40:47
Existem grandes semelhanças entre o que o PR disse e o que o Durão Barroso tinha dito no dia 21.

Citar
Governo em Portugal com partidos anti-europeus seria "inconsistente" e "incoerente", diz Barroso

"Houve uma força política que ganhou claramente as eleições, a coligação PSD/CDS-PP, com uma vitória clara, mas é verdade que não teve a maioria no parlamento. Por isso seria desejável que houvesse algum acordo entre forças políticas que partilham dos mesmos grandes objetivos, nomeadamente em termos europeus, porque senão não teremos estabilidade e sim um Governo assente numa solução inconsistente e incoerente", disse Durão Barroso à entrada para o Congresso do Partido Popular Europeu (PPE), onde será agraciado com o prémio de Mérito do PPE.

 "é preciso ver que há partidos em Portugal que merecem todo o respeito, mas que são contra a pertença de Portugal à União Europeia, contra a inclusão do Tratado Orçamental, contra o Tratado de Lisboa - expressamente estão a reclamar a revogação do Tratado de Lisboa -, além de serem contra a NATO, o Fundo Monetário Internacional (FMI), contra a Organização Mundial do Comércio".

"Uma maioria deve ter coerência e consistência".

"E eu desejo - neste momento não sei o que se pode esperar, parece uma situação complicada - que Portugal não ponha em risco todos os sacrifícios que foram feitos, não se pode brincar com o fogo", vincou.

"Portugal não pode estar no centro da União Europeia, a cumprir os objetivos a que está obrigado, com partidos que, a menos que se tenham convertido noutra coisa diferente, são estruturalmente contra isso. E que o disseram, não num programa há muitos anos, mas sim nestas eleições", salientou.

"Muitos especuladores gostariam de jogar com a instabilidade de Portugal, portanto, não se pode brincar com o fogo"

"estabilidade não significa exatamente os mesmos membros no Governo", mas sim "um apoio suficientemente forte a uma solução governativa, que tenha coerência".

"Uma maioria coerente é necessária em democracia, senão é apenas um artifício para algumas pessoas se manterem no poder a qualquer custo, o que não me parece correto", declarou.

[url]http://portocanal.sapo.pt/noticia/72121[/url] ([url]http://portocanal.sapo.pt/noticia/72121[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-23 20:15:36
Citar
Pacheco Pereira: “Cavaco fez uma declaração de guerra a 2 milhões e 700 mil portugueses”

Em entrevista à Renascença, o social-democrata diz que "tudo aquilo que corra mal na economia portuguesa devido à instabilidade" passou a ser responsabilidade do Presidente e de Passos. Discurso de Cavaco está "no limite do legal" e une mais a esquerda.

texto integral:http://rr.sapo.pt/noticia/37625/pacheco_pereira_cavaco_fez_uma_declaracao_de_guerra_a_2_milhoes_e_700_mil_portugueses ([url]http://rr.sapo.pt/noticia/37625/pacheco_pereira_cavaco_fez_uma_declaracao_de_guerra_a_2_milhoes_e_700_mil_portugueses[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-23 20:24:01
Citar
Pacheco Pereira: “Cavaco fez uma declaração de guerra a 2 milhões e 700 mil portugueses”

Em entrevista à Renascença, o social-democrata diz que "tudo aquilo que corra mal na economia portuguesa devido à instabilidade" passou a ser responsabilidade do Presidente e de Passos. Discurso de Cavaco está "no limite do legal" e une mais a esquerda.

texto integral:http://rr.sapo.pt/noticia/37625/pacheco_pereira_cavaco_fez_uma_declaracao_de_guerra_a_2_milhoes_e_700_mil_portugueses ([url]http://rr.sapo.pt/noticia/37625/pacheco_pereira_cavaco_fez_uma_declaracao_de_guerra_a_2_milhoes_e_700_mil_portugueses[/url])



Se o ex-maoista dissesse bem do Cavaco ou do Passos seria altamente preocupante...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 20:29:16
o fininho da rtp perguntou ao carlos cesar pelas medidas de compensacao dos acordos com os comunistas, o gajo nao respondeu

o cesar acrescentou que nos rendimentos das pessoas (trabalho, pensoes) nao se pode tocar, mesmo em caso de recessao ou algo imprevisto.
sao os ricos que vao pagar isto, os ricos !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-23 20:31:51
ahaha .. acho que ele refere-se ao IRS (trabalho).

Penso que se preparam para aumentar IRC, tx liberatoria (IRS capital), e IVA nas actividades de ricos.
Sabendo a receita que dá o IRC, até diria que o principal aumento será na tx liberatoria de 28% para 75%.
E no IVA de coisas de luxo de 23% para 35%.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 20:32:24
mas repara como eh impossivel investir em portugal, esta sempre tudo a mudar
eh uma lotaria
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-23 20:34:35
Uma coligação de esquerda achas que se importa com investimento estrangeiro ou privado. Eles até detestam essa forma de investimento.

Gostam mais de investimento público para defender o povo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-23 20:50:33
ahaha .. acho que ele refere-se ao IRS (trabalho).

Penso que se preparam para aumentar IRC, tx liberatoria (IRS capital), e IVA nas actividades de ricos.
Sabendo a receita que dá o IRC, até diria que o principal aumento será na tx liberatoria de 28% para 75%.
E no IVA de coisas de luxo de 23% para 35%.  :D

25% nao eh o max permitido na UE? esta na altura de lutar pelo aumento desse tecto e contra os neoliberais alemaes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 20:55:36
Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 21:53:12
E o fascismo, achas que deve ser proibido?
Não. Objectivamente não.
O que não é sinónimo de achar que não deva ser combatido. Através de meios democráticos, não de proibição.
Mas então se um dia tivesses um partido fascista no nosso parlamento e o PSD+CDS se juntassem a eles para formarem maioria, ficavas bem em ter fascistas no governo ?

Isto é uma matéria espinhosa, que pode facilmente levar a contradições argumentativas (calculo que não suceda apenas comigo), nomeadamente quando determinados cenários de What If são postos em cima da mesa.

A contradição maior de todas, quer em relação ao comunismo, quer em relação ao fascimo, é que negam a liberdade democrática por princípio ideológico. Ora, se a democracia advoga que deve haver liberdade e igualdade de expressão para todos os cidadãos, como enquadrar e lidar com opiniões que negam essa mesma liberdade? É um contrasenso, ou aparenta ser. Se aceitarmos expressões comunistas ou fascistas, estamos a aceitar a própria negação da democracia, se negarmos estamos a violar o princípio fundamental a democracia. É um beco sem saída--- e é uma falha não solucionável por completo, a meu ver. O limite What If extremo deste paradoxo seria eleger democraticamente uma maioria fascista que depois imporia um regime totalitario e derrubaria a democracia---um what if imensamente improvável de resto, embora haja aproximações que não são tanto.

A maneira de lidar com esta situação é encontrar um ponto de equilíbrio entre a liberdade de expressão e a liberdade de actuação, ou seja, defendendo a primeira na totalidade e limitando a segunda quando começa a interferir com---e a corromper---o "tecido democrático", previsto na Constituição e no conjunto de leis que regem um estado democrático. Agora, os limites, ou a fronteira, entre expressão e actuação teriam de ser vistos caso a caso, e penso que é isso que sucede, de resto, em relação a todas as leis que rejam qualquer situação.

Pegando na tua questão: respeitaria a vontade popular e a legitimidade democrática dessa situação, mesmo não gostando e não concordando com as ideologias dessa maioria.

Fazendo o paralelo para o que se está a passar agora, e que é semelhante ao que sugeres, mas em relação à esquerda (a diferença grande é que não é o CDS, um partido "menor", que está à procura de um acordo, é o PS, um partido com bastante mais peso e expressão), tem de se ter em conta que houve grandes concessões por parte do PCP, a ponto de enterrar parte da sua ideologia (enterrar é um bom termo neste contexto, creio, porque indica que não está esquecida, apenas adormecida enquanto o acordo durar). E que é um PCP com direito a negociação, mas sem grande poder final (algum há sempre de ter, mas é reduzidíssimo), até porque a orientação mestra é do PS, e eles aceitam isso. Não há risco nenhum, na minha opinião---é mesmo zero--- de vermos a democracia a ser limitada por princípios comunistas, porque não é isso que está em causa, embora haja o evidente risco de asneirada nas contas públicas, à conta do desejo de fazer passar medidas ainda mais populares e "imediatistas" que as do PS.

EDITADO---reparei só agora que escreveste PSD+CDS, e não apenas CDS, o que torna o paralelismo mais aproximado. A minha resposta, contudo, é na mesma aplicável a esse cenário.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-10-23 21:59:22
Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.

Não não é ....não te lembras do queijo limiano .... ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 22:02:21
Não é ainda certo que o Cavaco não dê posse a um governo de esquerda, pois apesar das considerações duras que fez, depois disse isto:

Citar
No entanto, a nomeação do Primeiro-Ministro pelo Presidente da República não encerra o processo de formação do Governo. A última palavra cabe à Assembleia da República ou, mais precisamente, aos Deputados à Assembleia da República.
A rejeição do Programa do Governo, por maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, implica a sua demissão.

É, pois, aos Deputados que cabe apreciar o Programa do Governo que o Primeiro-Ministro apresentará à Assembleia da República no prazo de dez dias após a sua nomeação.
É aos Deputados que compete decidir, em consciência e tendo em conta os superiores interesses de Portugal, se o Governo deve ou não assumir em plenitude as funções que lhe cabem.
Como Presidente da República assumo as minhas responsabilidades constitucionais.
Compete agora aos Deputados assumir as suas.

Dizem que o ex PR Sampaio tb fez um discurso muito duro, depois do Durão Barroso ter deixado o governo e ter ido para a presidência da Comissão Europeia, mas independentemente do discurso deu posse ao Santana Lopes. Só alguns meses depois deitou o governo abaixo, o que ainda foi mais humilhante, e pior para a direita, pois o Santana Lopes ter estado no governo sem ir a votos fez com que a direita ficasse mal vista pelo povo.

Agora pode acontecer uma coisa similar, se o Costa for para o governo, pode ficar mal vista pelo povo, por querer ir para o governo à força, com o apoio dos partidos da (extrema) esquerda e sem ter falado dessa hipótese na campanha eleitoral.

Esta pode ser a jogada de direita. Não sei é se o próximo PR vai depois querer marcar novas eleições.
Não sei se o Marcelo é homem para fazer isso. Se calhar, não é. Se calhar, para ele é indiferente ter um governo de esquerda ou de direita. Ele até foi à festa do Avante...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 22:03:41
Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.

Não pode ser secreto, porque então a disciplina de voto deixaria de poder ser verificada.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 22:15:08
Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.

Não pode ser secreto, porque então a disciplina de voto deixaria de poder ser verificada.

E deveria ser assim. O voto não devia ser verificado. Os votos deviam ser secretos.
Em democracia não devia de haver essa coisa de "disciplina de voto".


Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.

Não não é ....não te lembras do queijo limiano .... ;)

Lembro, mas o voto electrónico na AR podia ser uma coisa relativamente recente...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-23 22:17:20
Na votação de hoje para presidente da AR o voto foi secreto.
Na votação da moção de rejeição o voto tb vai ser secreto?

Se o voto for secreto será obviamente mais fácil para alguns deputados do PS não votarem a favor do que se não for secreto.

Não pode ser secreto, porque então a disciplina de voto deixaria de poder ser verificada.

E deveria ser assim. O voto não devia ser verificado. Os votos deviam ser secretos.
Em democracia não devia de haver essa coisa disciplina de voto.

Estou de acordo contigo (parece-me evidente que é uma imposição anti-democrática), mas estava a responder à tua pergunta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-23 23:43:44
Um constitucionalista disse na TV que se o governo for chumbado no parlamento, o Cavaco pode escolher outro primeiro ministro que não seja de esquerda, semelhante ao que o PR Sampaio fez quando o Durão Barroso saiu, mas não sei se isso ficará bem visto pelo povo, e provavelmente seria tb chumbado no parlamento pela esquerda. :-)

Se fizer isso, deve ficar definido que é só até poder haver novas eleições, para que isso não fique mal visto pelo povo.
 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-24 01:20:10
um governo de gestão até ao verão (altura em que haveria um novo governo, fruto de eleições antecipadas) fica logo com 4 medidas de austeridade revogadas em janeiro. segundo o gomes ferreira da sic só essas representam 2.000M. agora imagine-se sectores como o da saúde e afins a viverem em roda livre até ao verão. lindo...

se houver mesmo eleições antecipadas, esse governo assim que tomar posse é para enfiar logo uma valente martelada no pessoal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-24 01:32:20
de qq das formas acho que o cavaco não pode deixar um governo em gestão porque:
a) nenhuma medida passa na oposição
b) a oposição propõe reversão de austeridade e é tudo aprovado com completo descontrolo orçamental

seria deixar uns fantoches até ao verão. nem o psd/cds se devem querer sujeitar a isso.

penso que o cavaco só pode nomear o costa a seguir. não existe alternativa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-24 01:54:29
de qq das formas acho que o cavaco não pode deixar um governo em gestão porque:
a) nenhuma medida passa na oposição
b) a oposição propõe reversão de austeridade e é tudo aprovado com completo descontrolo orçamental

seria deixar uns fantoches até ao verão. nem o psd/cds se devem querer sujeitar a isso.

penso que o cavaco só pode nomear o costa a seguir. não existe alternativa.

Sim, o Costa ganhou, efectivamente...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 10:04:53
de qq das formas acho que o cavaco não pode deixar um governo em gestão porque:
a) nenhuma medida passa na oposição
b) a oposição propõe reversão de austeridade e é tudo aprovado com completo descontrolo orçamental

seria deixar uns fantoches até ao verão. nem o psd/cds se devem querer sujeitar a isso.

penso que o cavaco só pode nomear o costa a seguir. não existe alternativa.

Sim, o Costa ganhou, efectivamente...

Não vejo dessa forma. Eu percebo o Cavaco e só para ver escumalha tipo galambas e moreiras a espumar pela boca, já valeu a pena aquele discurso, mas se fosse eu, teria dado o governo a costa.

Vocês têm de dar uns passos atrás e tentar ver o "quadro" todo. O Costa prepara-se para subir ordenados & pensões da fpublica (despesa) e descer impostos relevantes (iva p restauração, e supostamente irs para todos, com o acabar com a sobretaxa). Ou seja, das duas uma: ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-24 10:24:53

O Cavaco aposta na erosão das ambições da esquerda.

Ele sabe, por experiência, que a indefinição é sempre contra o consenso, dentro
de partidos, e que só o poder os une.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-24 12:22:11
ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D

Vai beneficiar do programa de compras, infinito, do Mário e consequente queda dos juros que desde junho estão, novamente, a cair.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 12:38:55
ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D

Vai beneficiar do programa de compras, infinito, do Mário e consequente queda dos juros que desde junho estão, novamente, a cair.

O que é que isso tem a ver com o défice explodir porque aumentas a despesa?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-24 13:03:08
ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D

Vai beneficiar do programa de compras, infinito, do Mário e consequente queda dos juros que desde junho estão, novamente, a cair.

O que é que isso tem a ver com o défice explodir porque aumentas a despesa?

A despesa com juros diminui (não faço ideia quanto) e a restante despesa, com todas as maluqueiras que se lembrarem, é financiada com idas ao mercado com taxas cada vez mais baixas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 13:19:09
resumindo

Sem recessao e muita criatividade contablistica duram 4 anos  e claro tem  calar as bocas dos radicais para ir mercado com mais baixos juros.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 13:24:19
ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D

Vai beneficiar do programa de compras, infinito, do Mário e consequente queda dos juros que desde junho estão, novamente, a cair.

O grande benefício que me parece que ninguém está a ver, é a boleia que Portugal vai apanhar no reescalonamenta da dívida grega.
o governo 'bom aluno' mais alemão que a merkl, não teria capacidade nem moralidade para exigir as mesmas condições de que a grécia vai beneficiar.
a primeira coisa a fazer é pedir ao FMI para dizer de sua justiça no que toca à sustentabilidade da dívida portuguesa.
evidentemente irá dizer a mesma coisa que disse da grécia: é insustentável. logo terá que ser reformulada tal como na grécia irá ser.

european QE 2 + reescalonamento da dívida = hmmm... duas legislaturas da (8 anos) da esquerda no poder? talvez mais?

mais. o exemplo português poderá ser a faísca que dá origem à mudança na europa. e não só do sul. as coligações à esquerda poderão começar a suceder-se e os governos conservadores a caírem como dominós. a europa daqui a meia dúzia de anos poderá ser muito diferente do que é agora.
então, se por milagre, o corbyn no UK e o sanders nos US chegarem ao poder, estamos a falar do mundo e não só da europa.

levando em conta o exemplo clinton, em que a economia se expandiu brutalmente, podemos ter à nossa frente um bull de uma dezena de anos, ou mais.
a crise da procura de que enferma o ocidente, poderá vir a ser resolvida por grandes programas de investimento a nível europeu e mundial.
e pode ser que saiamos finalmente do pântano estagnado em que as economias vivem desde a crise imobiliária.

pode-se dizer que o futuro é cor-de rosa. e não só a nível político.
não auguraria era a mesma coisa para o sector bancário. é capaz de vir a ser um short evidente. já não seria sem tempo.

L

PS: por favor dêem o devido desconto às minha especulações político-económicas. isto não são long shots. são moon shots.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-24 13:36:46
ou descobriu algo que mais ninguém descobriu no mundo todo (nem hollande, valls, renzi, tsipras, etc.) e provavelmente receberá o nobel da economia, ou em pouco tempo teremos a 4ª falência nos últimos 40 anos.

E depois... depois o futuro dirá a votação à direita.  :D


Vai beneficiar do programa de compras, infinito, do Mário e consequente queda dos juros que desde junho estão, novamente, a cair.


O grande benefício que me parece que ninguém está a ver, é a boleia que Portugal vai apanhar no reescalonamenta da dívida grega.
o governo 'bom aluno' mais alemão que a merkl, não teria capacidade nem moralidade para exigir as mesmas condições de que a grécia vai beneficiar.
a primeira coisa a fazer é pedir ao FMI para dizer de sua justiça no que toca à sustentabilidade da dívida portuguesa.
evidentemente irá dizer a mesma coisa que disse da grécia: é insustentável. logo terá que ser reformulada tal como na grécia irá ser.

european QE 2 + reescalonamento da dívida = hmmm... duas legislaturas da (8 anos) da esquerda no poder? talvez mais?

mais. o exemplo português poderá ser a faísca que dá origem à mudança na europa. e não só do sul. as coligações à esquerda poderão começar a suceder-se e os governos conservadores a caírem como dominós. a europa daqui a meia dúzia de anos poderá ser muito diferente do que é agora.
então, se por milagre, o corbyn no UK e o sanders nos US chegarem ao poder, estamos a falar do mundo e não só da europa.

levando em conta o exemplo clinton, em que a economia se expandiu brutalmente, podemos ter à nossa frente um bull de uma dezena de anos, ou mais.
a crise da procura de que enferma o ocidente, poderá vir a ser resolvida por grandes programas de investimento a nível europeu e mundial.

e pode ser que saiamos finalmente do pântano estagnado em que as economias vivem desde a crise imobiliária.

pode-se dizer que o futuro é cor-de rosa. e não só a nível político.
não auguraria era a mesma coisa para o sector bancário. é capaz de vir a ser um short evidente. já não seria sem tempo.

L

PS: por favor dêm o devido desconto às minha especulações político-económicas. isto não saõ long shots. são moon shots.




.....oxalá.......Lark..........eh,.eh......

(http://ses.ens-lyon.fr/servlet/com.univ.collaboratif.utils.LectureFichiergw?ID_FICHIER=1210685418610&ID_FICHE=3486)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 13:44:28
PS: por favor dêem o devido desconto às minha especulações político-económicas. isto não são long shots. são moon shots.

parece que com o acordo ortográfico 'dêem' passou a escrever-se 'deem' assim como 'lêem' passou a escrever-se 'leem', e por aí fora.
parece-me bem. a acentuação no português é um galicismo (francesismo) dispensável ( poderia perfeitamente escrever-se dispensavel por exemplo).

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 14:09:27
A despesa com juros diminui (não faço ideia quanto) e a restante despesa, com todas as maluqueiras que se lembrarem, é financiada com idas ao mercado com taxas cada vez mais baixas.

E achas que alguma vez descerá para acomodar o aumento de despesa de uma coligação de radicais de esquerda??
Só podes estar louco como o lark.  :D

Não te esqueças que com défice a disparar + dívida o mais provável é Portugal entrar em default antes da legislatura do golpista costa acabar. Mesmo com juros negativos, a nossa situação é de altíssimo défice e um super alto rácio de dívida pública e privada.
Se a inflação voltar aos 2%, o default português é imediato, porque o Mário nem hesitará em subir os juros. E a direita volta para 8 anos de poder à lá Cavaco (porque desta vez a esquerda será toda responsabilizada pelas suas péssimas ideias).
 
Se for uma direita verdadeiramente liberal, podemos ter o início época de ouro em Portugal.

A mesma viragem poderá facilmente acontecer na Itália e em França, virando ambos para o capitalismo liberal, dando décadas de prosperidade à Europa.


O que o louco do lark sugere, se acontecer, a Europa mergulhará na idade das trevas tipo américa do sul das venezuelas e argentinas, onde a impressão de moeda para disfarçar o mau modelo económico de esquerda socialista irá imperar. E atrás dele virá a corrupção, mediocridade e pobreza. Miséria e filas de 7 horas para comprar um rolo de papel higiénico com um saco de notas. E o que eram países prósperos, tornar-se-ão misérias e estados falhados.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-24 14:27:35
Citar
Novo governo ainda pode voltar às mãos de Cavaco (que pode não fazer nada)

24 Outubro, 2015 por ZAP

Cavaco Silva atirou para a Assembleia da República a responsabilidade de viabilizar o governo de Passos Coelho, que indigitou como primeiro-ministro. Mas a bola ainda pode voltar ao Presidente da República.

Este cenário ganha força à luz das promessas já feitas pelos partidos de Esquerda.

O PS já anunciou que prepara uma moção para fazer cair o governo e o Bloco de Esquerda também garantiu que vai fazer o mesmo.

Ora, se a maioria de Esquerda “chumbar” o governo de Passos Coelho, como parece previsível que aconteça, Cavaco Silva ainda será chamado ao jogo e terá então quatro possibilidades, explica o constitucionalista Paulo Otero na Rádio Renascença.

“Primeira hipótese: o Presidente da República pode voltar a convidar o Dr. Pedro Passos Coelho para tentar formar novo Governo. Nada o impede dessa hipótese.

Segunda hipótese: o Presidente da República pode encarregar o líder do segundo partido mais votado para tentar encontrar uma plataforma de entendimento que pode ser condicionada pelo Presidente da República.

Terceira hipótese: o Presidente da República pode indigitar como primeiro-ministro uma terceira individualidade. Isto é, uma individualidade que não é nem o líder do primeiro partido mais votado, nem o líder do segundo partido mais votado.

Quarta e última hipótese: o Presidente da República pode, pura e simplesmente, não fazer nada. Isto é, está em termo de mandato, entende que a questão deve ser resolvida pelo seu sucessor e o Governo cujo programa foi rejeitado pela Assembleia permanece em funções a título de Governo de gestão.”

Paulo Otero lembra, de resto, que já vivemos uma situação “idêntica”, com um Governo de Gestão, com Nobre da Costa, “no primeiro Governo de iniciativa presidencial no tempo do general Ramalho Eanes”.

E, caso venha a confirmar-se este Governo de Gestão, o mesmo pode ficar em funções até ao segundo trimestre do próximo ano, ainda de acordo com o mesmo Constitucionalista.

Paulo Otero explica que a Constituição não permite ao Presidente da República dissolver o Parlamento nos seis meses que se seguem às eleições legislativas.

Mas há uma forma de contornar este facto, frisa Paulo Otero, notando que os deputados podem decidir fazer “uma revisão cirúrgica da lei fundamental”.

“O Parlamento não pode ser dissolvido nos seis meses subsequentes à eleição. Mas, o Parlamento tem poderes para assumir uma eventual revisão da Constituição, encurtando esse prazo”, diz.

“Isto é, os deputados podem entender-se para, atendendo à necessidade e ao impasse constitucional que se tenha gerado, reduzir o limite ou pura e simplesmente suprimir o limite dos seis meses”, sublinha Paulo Otero.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-24 15:00:17
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-24 15:04:41
Posto isto... O Passos já se prepara para um governo de gestão, a meu ver bem (o PaF foi a força mais votada). Escusava era de ter começado logo com este discurso vergonhoso do Cavaco...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 16:23:23
Vai dizer isso ao pessoal que foi brutalmente espancado na festa do avante  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-24 16:31:46
Vai dizer isso ao pessoal que foi brutalmente espancado na festa do avante  :D

E comparamos isso com a morte efetiva de pessoas? santa paciência...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 16:50:46
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(

nao, o que ele disse eh que existe o centrao e os comunistas e foi o centrao que ganhou as eleicoes com 70% dos votos. como tal para ele a solucao tem de ser encontrada no centrao e nao nos malucos dos comunistas que so tem 20% dos votos e se isso nao foi feito eh porque o PS tem la um oportunista que so pensa nele
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-24 16:53:54
Quanto a mim, as criticas do Cavaco visaram demonstrar que existem mais semelhanças entre o PS e a coligação de direita (europeístas) do que entre o PS e os outros partidos de esquerda (não europeístas) e que, por esse motivo, o PS devia ter tentado negociar com a coligação de direita depois de ter perdido as eleições.
Apesar da dureza das palavras, acho que generalidade do povo percebeu isso. Penso que o povo percebe que o Costa está a tentar ir para o governo à força, e isso acho que é o mais importante, porque vão haver mais eleições no futuro, e mesmo que o Costa chegue a ser primeiro ministro, acho que o povo não vai esquecer da forma como lá chegou.
Pode tb ter servido para alguns deputados do PS não votarem a favor da moção de rejeição, ou pode ainda servir para preparar o povo para manter o governo em gestão, ou ainda para nomear outro primeiro ministro de direita...
Não se sabe ainda qual vai ser a opção que Cavaco vai escolher. Acho que nunca aconteceu um presidente manter um governo em gestão depois de este ter sido demitido no parlamento. Se fizer isso, acho que vão haver muitas pessoas de esquerda a dizerem que é inconstitucional. A consequência de uma moção de rejeição aprovada é a demissão do governo. É isso que está na lei. Será uma grande polémica se o Cavaco decidir manter o governo em gestão. Não tenho a certeza que o vá fazer.
 Em vez de fazer isso, o Cavaco pode fazer um outro discurso muito duro na tomada de posse de António Costa, tentando condicionar o próximo PR a marcar novas eleições quando voltar a existir essa possibilidade.
Se eu não tivesse a certeza que o povo queria um governo de gestão, optava por esta opção.
Quero tb dizer que apesar de ter escrito que o Cavaco foi demasiado duro e que falou como "o grande líder do PSD", Jorge Sampaio tb fez discursos muito duros no curto período em que o Santana Lopes foi primeiro ministro e que Mário Soares tb fez discursos muito duros quando o Cavaco foi primeiro ministro.
É importante olhar tb para aquilo que os outros presidentes fizeram...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 17:04:18
Vai dizer isso ao pessoal que foi brutalmente espancado na festa do avante  :D

E comparamos isso com a morte efetiva de pessoas? santa paciência...

Tu comparas com o que quiseres. Não podes esquecer é que países governados pela extrema esquerda já mataram muitos mais do que pela extrema direita. Matam pela fome, miséria e suicídio.

Mesmo em Portugal desde que o corrupto nos levou à falência há quem já se tenha suicidado por ter perdido emprego, empresa, etc.

Há muitas formas de matar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-24 18:00:48
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(

A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-24 18:46:39
Defeniçao Fascismo “Tudo no Estado, nada contra o Estado, e nada fora do Estado.”


eu axo que um acordo era entre facistas e comunistas!  ;D

São duas manifestações extremas da mesma coisa, o colectivismo.
A questão é mesmo essa: o nível a partir do qual se ilegaliza a ideologia uma vez que colectivistas todos são, mesmo o PS, PSD, CDS e demais partidos.
Parece claro, porém, que PCP, MRPP e companhia defendem uma ideologia já nesse extremo que justificaria a ilegalização, tal como o fascismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 19:24:30
e o BE? também é para ilegalizar?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 19:28:02
e o BE? também é para ilegalizar?

L

antes de responder a isso, temos de perguntar o que é o BE, visto tratar-se de uma mistura de partidos de esquerda, alguns deles bastante radicais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 19:32:46
e o BE? também é para ilegalizar?

L

antes de responder a isso, temos de perguntar o que é o BE, visto tratar-se de uma mistura de partidos de esquerda, alguns deles bastante radicais

sim, está cheio de maoistas, trotskistas e afins. tal como o syriza. é para ilegalizar?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-24 19:34:55
claro que é para ilegalizar. Tal como o fascismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 19:38:33
e o BE? também é para ilegalizar?

L

antes de responder a isso, temos de perguntar o que é o BE, visto tratar-se de uma mistura de partidos de esquerda, alguns deles bastante radicais

sim, está cheio de maoistas, trotskistas e afins. é para ilegalizar?

L

eventualmente. o que defendem ? não o que andam a dizer em campanhas eleitorais e comicios de rua. mas sim qual a sua genese ? se esta tem por base usar a democracia para conquistar poder e com isso destrui-la, não fará sentido ?

se forem tão ou mais radicais que um partido fascita ou comunista, não será melhor ilegalizar ?

ou então, aceitar todos os partidos sejam eles tão extremistas quanto quiserem. sem qualquer excepção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 19:39:46
e o BE? também é para ilegalizar?

L

antes de responder a isso, temos de perguntar o que é o BE, visto tratar-se de uma mistura de partidos de esquerda, alguns deles bastante radicais

sim, está cheio de maoistas, trotskistas e afins. é para ilegalizar?

L

eventualmente. o que defendem ? não o que andam a dizer em campanhas eleitorais e comicios de rua. mas sim qual a sua genese ? se esta tem por base usar a democracia para conquistar poder e com isso destrui-la, não fará sentido ?

se forem tão ou mais radicais que um partido fascita ou comunista, não será melhor ilegalizar ?

ou então, aceitar todos os partidos sejam eles tão extremistas quanto quiserem. sem qualquer excepção.

portanto PCP e BE são para ilegalizar.
correcto?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 19:41:42
e o BE? também é para ilegalizar?

L

antes de responder a isso, temos de perguntar o que é o BE, visto tratar-se de uma mistura de partidos de esquerda, alguns deles bastante radicais

sim, está cheio de maoistas, trotskistas e afins. é para ilegalizar?

L

eventualmente. o que defendem ? não o que andam a dizer em campanhas eleitorais e comicios de rua. mas sim qual a sua genese ? se esta tem por base usar a democracia para conquistar poder e com isso destrui-la, não fará sentido ?

se forem tão ou mais radicais que um partido fascita ou comunista, não será melhor ilegalizar ?

ou então, aceitar todos os partidos sejam eles tão extremistas quanto quiserem. sem qualquer excepção.

portanto PCP e BE são para ilegalizar.
correcto?

L

queres uma resposta preto e branco ? só tenho cinzentas. afinal a democracia tem pouco de preto e branco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 19:46:53
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 19:51:52
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

sim, mas depois perguntariam: seria isso uma medida democrática ?

a minha resposta é tão simples quanto dizer que devemos ser livres de fazermos o que quisermos, mas com o limite de não podermos fazer algo a alguém que não o queira
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-24 20:21:11
e o BE? também é para ilegalizar?

L


Olá a todos.
Começo  por agradecer a quem tem mantido este espaço de troca de ideias.
No que se refere ao tema em questão suponhamos que tinha sido a alemaanha a ganhar a guerra e a russia a perdê-la.
A Ideologia politica comununista cairia em descredito , é obvio.
E os comunistas seriam ilegalizados.

A Sobrevivencia da ideologia também depende do desfecho de conflitos militares.
Se maomé tivesse perdido a guerra com Meca , hoje não havia Islão.
Mas nem só de conflitos militares em que as forças vitoriosas impoem a sua ideologia   aos derrotados.

O Cristianismo de inicio espalhou-se entre as comunidades judaicas expulsas da  Judeia.
Os judeus perderam as guerras com os romanos no primeiro ou segundo seculo. Foram exilados e entre essas comunidades de exilados espalhou-se uma nova mensagem de esperança - Após a morte  viria a ressurreição. Deus não tinha abandonado Israel.
O Cristianismo é assim uma religião de derrotados que depois é imposta ao império Romano.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 20:23:31
vejam isto mais pelo lado do bullying esqueçam partidos
quando  tentam impor sua vontade a outro ou outros ameaçando não dar apoio
permitindo que alguns grupos ofereçam ou concedam ajuda aos outros e outras formas de intimidaçao


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 20:27:19
e o BE? também é para ilegalizar?

L


Olá a todos.
Começo  por agradecer a quem tem mantido este espaço de troca de ideias.
No que se refere ao tema em questão suponhamos que tinha sido a alemaanha a ganhar a guerra e a russia a perdê-la.
A Ideologia politica comununista cairia em descredito , é obvio.
E os comunistas seriam ilegalizados.

A Sobrevivencia da ideologia também depende do desfecho de conflitos militares.
Se maomé tivesse perdido a guerra com Meca , hoje não havia Islão.
Mas nem só de conflitos militares em que as forças vitoriosas impoem a sua ideologia   aos derrotados.

O Cristianismo de inicio espalhou-se entre as comunidades judaicas expulsas da  Judeia.
Os judeus perderam as guerras com os romanos no primeiro ou segundo seculo. Foram exilados e entre essas comunidades de exilados espalhou-se uma nova mensagem de esperança - Após a morte  viria a ressurreição. Deus não tinha abandonado Israel.
O Cristianismo é assim uma religião de derrotados que depois é imposta ao império Romano.

Qual crédito ? A imposição pela força da ideologia comunista nos Países invadidos pela União Soviética (primeiro libertados dos nazis mas depois os russos deixaram-se ficar) não abona muito a favor da sua credibilidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 21:13:23
Este debate é extremamente interessante (pelo menos para mim). Faço um apelo aos participantes para que o mantenham dentro de níveis de tolerância e respeito "aceitáveis" (é subjetivo, mas se cada um fizer um esforço, evitam-se chatices que não trariam nenhuma vantagem, pelo contrário).

Deixei lá mais para trás um primeiro contributo, mas tenho uma dúvida sobre um ponto essencial: onde está determinado na lei portuguesa que o "fascismo" é proibido? Quero apenas perceber como o "categorizam" e que características indicam para identificar uma manifestação política dessa idealogia.

Na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Fascism
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 21:16:57
Este debate é extremamente interessante (pelo menos para mim). Faço um apelo aos participantes para que o mantenham dentro de níveis de tolerância e respeito "aceitáveis" (é subjetivo, mas se cada um fizer um esforço, evitam-se chatices que não trariam nenhuma vantagem, pelo contrário).

Deixei lá mais para trás um primeiro contributo, mas tenho uma dúvida sobre um ponto essencial: onde está determinado na lei portuguesa que o "fascismo" é proibido? Quero apenas perceber como o "categorizam" e que características indicam para identificar uma manifestação política dessa idealogia.

Na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Fascism

Se não me engano, tens um post do Inc. mais atrás com uma transcrição da Constituição sobre essa matéria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 21:40:39
Este debate é extremamente interessante (pelo menos para mim). Faço um apelo aos participantes para que o mantenham dentro de níveis de tolerância e respeito "aceitáveis" (é subjetivo, mas se cada um fizer um esforço, evitam-se chatices que não trariam nenhuma vantagem, pelo contrário).

Deixei lá mais para trás um primeiro contributo, mas tenho uma dúvida sobre um ponto essencial: onde está determinado na lei portuguesa que o "fascismo" é proibido? Quero apenas perceber como o "categorizam" e que características indicam para identificar uma manifestação política dessa idealogia.

Na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Fascism

Se não me engano, tens um post do Inc. mais atrás com uma transcrição da Constituição sobre essa matéria.

Obrigado. Fui à procura, e não tendo dado com o post, fui onde devia ter ido em primeiro lugar... Google (duh!).

Na Constituição:

Citar
Artigo 46.º
Liberdade de associação

1.   Os cidadãos têm o direito de, livremente e sem dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência e os
respectivos fins não sejam contrários à lei penal.

2.   As associações prosseguem livremente os seus fins sem interferência das autoridades públicas e não podem ser dissolvidas pelo Estado ou suspensas as suas actividades senão nos casos previstos na lei e mediante decisão judicial.

3.   Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela.

4.  Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.

Segunda questão: o PNR não configura uma violação flagrante deste 4º ponto? Quer dizer, eles não enganam ninguém...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 21:45:00
Este debate é extremamente interessante (pelo menos para mim). Faço um apelo aos participantes para que o mantenham dentro de níveis de tolerância e respeito "aceitáveis" (é subjetivo, mas se cada um fizer um esforço, evitam-se chatices que não trariam nenhuma vantagem, pelo contrário).

Deixei lá mais para trás um primeiro contributo, mas tenho uma dúvida sobre um ponto essencial: onde está determinado na lei portuguesa que o "fascismo" é proibido? Quero apenas perceber como o "categorizam" e que características indicam para identificar uma manifestação política dessa idealogia.

Na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Fascism

Se não me engano, tens um post do Inc. mais atrás com uma transcrição da Constituição sobre essa matéria.

Obrigado. Fui à procura, e não tendo dado com o post, fui onde devia ter ido em primeiro lugar... Google (duh!).

Na Constituição:

Citar
Artigo 46.º
Liberdade de associação

1.   Os cidadãos têm o direito de, livremente e sem dependência de qualquer autorização, constituir associações, desde que estas não se destinem a promover a violência e os
respectivos fins não sejam contrários à lei penal.

2.   As associações prosseguem livremente os seus fins sem interferência das autoridades públicas e não podem ser dissolvidas pelo Estado ou suspensas as suas actividades senão nos casos previstos na lei e mediante decisão judicial.

3.   Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação nem coagido por qualquer meio a permanecer nela.

4.  Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.

Segunda questão: o PNR não configura uma violação flagrante deste 4º ponto? Quer dizer, eles não enganam ninguém...

Foi exactamente essa a frase que o Inc transcreveu :)

E sim, o PNR devia ser ilegalizado. Ainda estou a perceber qual a argumentação para se considerar que eles não são extrema-direita (fascistas).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-24 21:59:03
Este debate é extremamente interessante (pelo menos para mim). Faço um apelo aos participantes para que o mantenham dentro de níveis de tolerância e respeito "aceitáveis" (é subjetivo, mas se cada um fizer um esforço, evitam-se chatices que não trariam nenhuma vantagem, pelo contrário).

Deixei lá mais para trás um primeiro contributo, mas tenho uma dúvida sobre um ponto essencial: onde está determinado na lei portuguesa que o "fascismo" é proibido? Quero apenas perceber como o "categorizam" e que características indicam para identificar uma manifestação política dessa idealogia.

Na wikipedia: https://en.wikipedia.org/wiki/Fascism

Eu já deixei a lei num dos tópicos, penso que este, e numa resposta a ti ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 22:06:36
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Rol (https://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Rol)ão_Preto

https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Nacional-Sindicalista (https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Nacional-Sindicalista)


a extrema direita tambem lutou contra salazar!
Em 10 de Julho de 1934 Rolão Preto é detido, após uma última representação ao Presidente da República, general Carmona, em defesa de um governo nacional com a participação de todas as tendências políticas nacionalistas, é exilado quatro dias residindo durante um tempo em Valência de Alcântara, em Espanha, frente a Castelo de Vide. Em 29 de Julho o nacional-sindicalismo é proibido por meio de uma nota oficiosa de Salazar, que afirma que o movimento se inspirava «em certos modelos estrangeiros», nomeadamente o fascismo italiano.


A questao e porque so proibem o fascismo?

(http://www.arqnet.pt/imagens3/imag020303.jpg)

e depois...

Rolao-preto e condecorado por Mário Soares (enquanto Presidente da República), em 10 de Fevereiro de 1994, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo, pelo seu «entranhado amor pela liberdade».......

e como o otelo....


http://www.arqnet.pt/portal/biografias/rolaopreto.html (http://www.arqnet.pt/portal/biografias/rolaopreto.html)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Camisas_Azuis (https://pt.wikipedia.org/wiki/Camisas_Azuis)
Camisas Azuis foi a designação dada aos militantes do Movimento Nacional Sindicalista em Portugal no período de 1932 a 1934, que utilizavam um uniforme composto por uma camisa azul e calças ou calções condizentes.

A utilização de camisas coloridas como identificador dos movimentos nacionalistas teve raiz no movimento dos camisas vermelhas de Giuseppe Garibaldi durante a unificação da Itália. Foi retomada por Benito Mussolini com as camisas negras e alastrou pelos movimentos fascistas das décadas de 1920 e 1930, cujas milícias eram identificadas pela cor das camisas usadas pelos seus integrantes[/i].

Os nazis alemães camisas castanhas; os integralistas brasileiros camisas verdes; os falangistas espanhóis e os integralistas portugueses camisas azuis. Seguindo essa mesma tradição, a Mocidade Portuguesa instituiu a camisa verde como parte central do seu uniforme.


o facismo ja era proibido  desde o tempo salazar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 22:33:57
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 22:36:16
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L


a questao e mesmo porque so proibem o fachismo?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 22:37:31
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L


a questao e mesmo porque so proibem o fachismo?

também achas que BE e PCP, são para ilegalizar, reg?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 22:37:54
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L
começa tu próprio por dar a resposta sff
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 22:42:39
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L


a questao e mesmo porque so proibem o fachismo?

também achas que BE e PCP, são para ilegalizar, reg?

L


eu axo  sao farinha mesmo saco 

 proibem os fachistas   tambem  deviam proibir comunistas mais radicais  o que nao falta e revolucionarios piores que fachistas

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 22:43:54
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L

a pergunta nao eh bem essa, a pergunta eh a que eu fiz! pois esses partidos pretendem realmente destruir a nossa democracia e colocar no seu lugar ditaduras
penso que enquanto se portarem bem o melhor eh nao ilegalizar. mas convinha arranjar forma de divulgar melhor as suas intencoes nefastas. e os fascistas tb
podem ser legalizados desde que contenham o seu hate speech, nao achas lark? hehehe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 22:44:18
Eu já deixei a lei num dos tópicos, penso que este, e numa resposta a ti ...


Encontrei: http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg221293.html#msg221293 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg221293.html#msg221293)

Tive de ir ler os posts um-a-um, porque "ideologia fascista" não devolve essa mensagem se utilizares a pesquisa aqui do fórum. Não foi para mim, mas em todo o caso passou-me ao lado.  :(

Já agora, na net encontrei este artigo do Observador (http://observador.pt/2015/05/05/a-constituicao-permite-a-criacao-de-um-partido-fascista/ (http://observador.pt/2015/05/05/a-constituicao-permite-a-criacao-de-um-partido-fascista/)) e que indica o momento da redação da Constituição, 1976, para o facismo ter sido apontado como ideologia proibida. Imagino que, talvez por nessa altura termos tido um PC como força histórica opositora, e de relevo, ao regime ditatorial, a ideia de o colocar ao mesmo nível do fascismo nem se tenha equacionado. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 22:44:53
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L
começa tu próprio por dar a resposta sff

a minha resposta é abundantemente conhecida. se não a sabes (o que acharia bizarro), pergunta ao neo.
continuas a considerar que BE e PCP devem ser ilegalizados, eagle?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 22:46:56
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L

a pergunta nao eh bem essa, a pergunta eh a que eu fiz! pois esses partidos pretendem realmente destruir a nossa democracia e colocar no seu lugar ditaduras
penso que enquanto se portarem bem o melhor eh nao ilegalizar. mas convinha arranjar forma de divulgar melhor as suas intencoes nefastas. e os fascistas tb
podem ser legalizados desde que contenham o seu hate speech, nao achas lark? hehehe


Essa é a única forma de poderem "coabitar" numa democracia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 22:47:17
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L
começa tu próprio por dar a resposta sff

a minha resposta é abundantemente conhecida. se não a sabes (o que acharia bizarro), pergunta ao neo.
continuas a considerar que BE e PCP devem ser ilegalizados, eagle?

L

a sério, faz-me o frete e repete a tua resposta (já conhecida). para não haver margens para dúvidas. e peço-te a ti e não faz sentido pedir a outros que falem por ti.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-24 22:49:33
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L


a questao e mesmo porque so proibem o fachismo?

também achas que BE e PCP, são para ilegalizar, reg?

L

Claramente que se o fascismo é ilegal, o comunismo também o deveria ser. Portanto se não podem existir partidos fascistas, o PCP e BE também deveriam ser ilegalizados.

Qual a dúvida? Alternativa é berrar-se para eliminar a proibição do fascismo -- isto se quisermos ser consistentes.

------

Querer que o fascismo seja ilegal e o comunismo seja legal não é uma posição coerente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 22:52:22
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 22:52:31
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L

a pergunta nao eh bem essa, a pergunta eh a que eu fiz! pois esses partidos pretendem realmente destruir a nossa democracia e colocar no seu lugar ditaduras
penso que enquanto se portarem bem o melhor eh nao ilegalizar. mas convinha arranjar forma de divulgar melhor as suas intencoes nefastas. e os fascistas tb
podem ser legalizados desde que contenham o seu hate speech, nao achas lark? hehehe

o teu riso é despropositado.
já falámos disto e até há bem pouco tempo.
sabes perfeitamente a minha opinião.
a pergunta que tu fazes, é a pergunta que tu fazes.
a pergunta que eu faço é se o PCP e o BE devem ser ilegalizados. alguns users já responderam afirmativamente.
a tua resposta foi uma não resposta.
podes responder directamente?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 22:54:42
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais

pois sao.

 sovieticos ou fachistas sao mesma coisa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 22:55:40
esquecam la o PCP e BE.

partidos que procuram destruir a democracia devem ser ilegais?

o que foi dito é que os comunistas que são para ilegalizar. por automek, anti-ditador, eagle et al.
o BE e PCP são comunistas. são para ilegalizar?
a pergunta também é para ti, neo.
é algo muito objectivo: os partidos que perfilham a ideologia comunista são para ilegalizar?

L

a pergunta nao eh bem essa, a pergunta eh a que eu fiz! pois esses partidos pretendem realmente destruir a nossa democracia e colocar no seu lugar ditaduras
penso que enquanto se portarem bem o melhor eh nao ilegalizar. mas convinha arranjar forma de divulgar melhor as suas intencoes nefastas. e os fascistas tb
podem ser legalizados desde que contenham o seu hate speech, nao achas lark? hehehe

o teu riso é despropositado.
já falámos disto e até há bem pouco tempo.
sabes perfeitamente a minha opinião.
a pergunta que tu fazes, é a pergunta que tu fazes.
a pergunta que eu faço é se o PCP e o BE devem ser ilegalizados. alguns users já responderam afirmativamente.
a tua resposta foi uma não resposta.
podes responder directamente?

L

os nossos comunistas portam-se bem, nao achas?
para ser coerente o melhor eh legalizar os fascistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 22:58:23
Mas parem de dar condecorações bombistas

fica mal para pais que se diz de direito
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:01:22
Mas parem de dar condecorações bombistas

fica mal para pais que se diz de direito

quais atentados?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-24 23:01:33
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais

Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:02:45
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais

Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.

ainda agora vao julgar a le pen por hate speech, isto nao acontece aos comunistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:03:03
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais


Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.

qual é a tua posição nesta questão, D?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:05:07
Citar
Artigo 46: associações armadas, militarizadas, racistas ou que perfilhem a ideologia fascista

O PNR defende que todos os Portugueses exprimam as suas ideias em igualdade de circunstâncias, sem medo ou coacção, bem ao contrário do terrorismo politicamente correcto, que apregoa cinicamente a liberdade e quotidianamente lança “caças ás bruxas”, impondo a sua cartilha repleta de dogmas e cheia de tabus.

O PNR entende que Portugal só será verdadeiramente livre quando ninguém tiver receio de dizer o que pensa sem ser diabolizado à luz dos dogmas dessa ditadura do pensamento.

Exemplo de condicionalismo limitador da liberdade de expressão é o artigo 46º n.4 da Constituição da Républica Portuguesa.

Passemos á sua análise.

O artigo 46º com o seu número 4 foi aprovado em 1976, tendo sido o seu texto, posteriormente alterado quando das revisões de 1982 e 1997 no sentido de lhe ampliar o alcance e apertar o cerco às mentes pensadoras e incómodas aos donos do sistema.

Actualmente é a seguinte a sua redacção:

“Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista”.

Como diz Marcello Rebelo de Sousa, na sua Constituição da Républica Portuguesa, Comentada (ed. Lex) em comentário a este artigo e a propósito igualmente da criminalização de pessoas e organizações que incitem á discriminação religiosa e à explicitação de uma nova agravante nos crimes de difamação e injúria (a negação dos crimes de guerra ou contra a paz e a humanidade) operada pela Lei 65/98 de 2 de Setembro na 3ª alteração do Código Penal de 1982: “duvida-se do excesso de zelo de tais inovações: a liberdade de expressão se está na base do principío da tolerância, não pode impor a tolerância como o bom pensamento constitucional, o que seria a negação dela mesma como liberdade; por outro lado, o artigo 46ºn. 4 proíbe as organizações, não veda em absoluto, a expressão individual do pensamento (racista, fascista, etc.) – até porqe nesse caso teria de ser reinstaurada a censura (proibida no artigo 37, n.2 da Constituição).

Este é o entendimento dominante na doutrina e na jurisprudência sobre o aludido artigo 46º n.4.

Mas politicamente permanece incompreensível, porque é que se penalizam organizações que perfilham ideais fascistas e simultâneamente se permitem partidos e movimentos totalitários, quando não terroristas que não adoptam aquela ideologia.

Os Portugueses merecem saber porque não se podem organizar livremente!

O PNR, que não adopta nenhuma das ideologias visadas, lutará, na próxima legislatura pela revogação do nº4 do artigo 46º da Constituição!

Só assim existirá verdadeira liberdade para os Portugueses!

pnr (http://www.pnr.pt/comunicados/artigo-46-associacoes-armadas-militarizadas-racistas-ou-que-perfilhem-a-ideologia-fascista/)

estou absolutamente de acordo com o PNR.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 23:06:09

Claramente que se o fascismo é ilegal, o comunismo também o deveria ser. Portanto se não podem existir partidos fascistas, o PCP e BE também deveriam ser ilegalizados.

Qual a dúvida? Alternativa é berrar-se para eliminar a proibição do fascismo -- isto se quisermos ser consistentes.

Pegar na questão dessa forma é tomar de assumida um suposição generalista que na prática pode não se verificar. Seria a mesma coisa que dizer: "se o comunismo é legal, o fascimo também devia ser." É uma formulação enviesada pela sintaxe, logo de raiz.

Mais correcto será perguntar: o comunismo e o fascimo, enquanto ideologias com expressão, devem ser proibidos ou permitidos numa sociedade democrática?

Citar
Querer que o fascismo seja ilegal e o comunismo seja legal não é uma posição coerente.

Se calhar para quem defenda o capitalismo, esta ideia seja pão-pão queijo-queijo, mas a perspectiva, para quem for comunista ou fascista, é outra. Nesse caso cada uma delas pode considerar que a outra, e apenas a outra, deve ser proibida. Desta perspectiva, que não considera a questão de "quem matou mais inocentes", as duas ideologias são completamente diferentes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-24 23:09:09
Para clarificar a minha opinião:

1. considero que nenhum partido deve ser ilegal à partida
2. considero que o Estado deve ter um papel fortemente fiscalizador, através dos seus meios de Justiça para verificar e garantir que certos principios essenciais num Estado de direito não são atacados por um partido
3. entre esses principios essenciais encontra-se a liberdade de expressão, não atentar à liberdade individual, direito à Justiça isenta, evitar ataques xenofobos e afins, garantir principios economicos viáveis para o tipo de sociedade em que vivemos (isto é algo mais subjectivo e não necessariamente um principio essencial, mas para mim é muito importante), não quebrar acordos internacionais através dos quais Portugal tem um papel definido na sociedade da nações (novamente importante para mim, mas talvez não para os outros), etc

tipicamente um partido fascista ou comunista acabam por ir contra um ou mais dos principios acima. assim sendo devem ser penalizados, ilegalizando-os. mas "portando-se" bem, nada contra cada um ter uma opinião politica bem "vincada"...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 23:12:29
Citar
Artigo 46: associações armadas, militarizadas, racistas ou que perfilhem a ideologia fascista

O PNR defende que todos os Portugueses exprimam as suas ideias em igualdade de circunstâncias, sem medo ou coacção, bem ao contrário do terrorismo politicamente correcto, que apregoa cinicamente a liberdade e quotidianamente lança “caças ás bruxas”, impondo a sua cartilha repleta de dogmas e cheia de tabus.

O PNR entende que Portugal só será verdadeiramente livre quando ninguém tiver receio de dizer o que pensa sem ser diabolizado à luz dos dogmas dessa ditadura do pensamento.

Exemplo de condicionalismo limitador da liberdade de expressão é o artigo 46º n.4 da Constituição da Républica Portuguesa.

Passemos á sua análise.

O artigo 46º com o seu número 4 foi aprovado em 1976, tendo sido o seu texto, posteriormente alterado quando das revisões de 1982 e 1997 no sentido de lhe ampliar o alcance e apertar o cerco às mentes pensadoras e incómodas aos donos do sistema.

Actualmente é a seguinte a sua redacção:

“Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista”.

Como diz Marcello Rebelo de Sousa, na sua Constituição da Républica Portuguesa, Comentada (ed. Lex) em comentário a este artigo e a propósito igualmente da criminalização de pessoas e organizações que incitem á discriminação religiosa e à explicitação de uma nova agravante nos crimes de difamação e injúria (a negação dos crimes de guerra ou contra a paz e a humanidade) operada pela Lei 65/98 de 2 de Setembro na 3ª alteração do Código Penal de 1982: “duvida-se do excesso de zelo de tais inovações: a liberdade de expressão se está na base do principío da tolerância, não pode impor a tolerância como o bom pensamento constitucional, o que seria a negação dela mesma como liberdade; por outro lado, o artigo 46ºn. 4 proíbe as organizações, não veda em absoluto, a expressão individual do pensamento (racista, fascista, etc.) – até porqe nesse caso teria de ser reinstaurada a censura (proibida no artigo 37, n.2 da Constituição).

Este é o entendimento dominante na doutrina e na jurisprudência sobre o aludido artigo 46º n.4.

Mas politicamente permanece incompreensível, porque é que se penalizam organizações que perfilham ideais fascistas e simultâneamente se permitem partidos e movimentos totalitários, quando não terroristas que não adoptam aquela ideologia.

Os Portugueses merecem saber porque não se podem organizar livremente!

O PNR, que não adopta nenhuma das ideologias visadas, lutará, na próxima legislatura pela revogação do nº4 do artigo 46º da Constituição!

Só assim existirá verdadeira liberdade para os Portugueses!

pnr ([url]http://www.pnr.pt/comunicados/artigo-46-associacoes-armadas-militarizadas-racistas-ou-que-perfilhem-a-ideologia-fascista/[/url])

estou absolutamente de acordo com o PNR.

L


Yeah, right!

Estou de acordo com a argumentação, mas essa frase aí largada no meio, como quem não quer a coisa...  >:(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-24 23:26:39
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais




Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.

qual é a tua posição nesta questão, D?

L

1-Não vejo motivos para diferenciar comunismo de fascismo.
2-A lei poderia por limites naquilo que os partidos podem defender. Esses limites teriam que ser genéricos e não usar rótulos como fascismo ou comunismo.
Por exemplo, difícil um partido defender tudo o que pensamos ser o fascismo, mas facilmente poderá defender algumas das coisas que associamos ao fascismo. Também é fácil defender-se algumas das coisas que os comunistas geralmente defendem.
3-Os partidos não poderiam ultrapassar esses limites (mas poderiam defender a sua alteração obviamente).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 23:31:34
 os Panteras Negras tornaram-se um grupo revolucionário marxista que defendia o armamento de todos os negros, a isenção dos negros de pagamento de impostos e de todas as sanções da chamada "América Branca", a libertação de todos os negros da cadeia e o pagamento de indenizações aos negros por "séculos de exploração branca". A ala mais radical do movimento defendia a luta armada

Os confrontos entre os Panteras Negras e a polícia, nos anos de 1960 e nos anos de 1970, resultaram em vários tiroteios na Califórnia, em Nova Iorque e em Chicago. Um desses confrontos resultou na prisão de Huey Newton por ter matado um policial.

Na medida em que alguns membros da organização foram considerados culpados de atos criminosos, o grupo passou a ser alvo de ataques violentos por parte da polícia, o que suscitou investigações, no Congresso dos Estados Unidos, sobre a repressão policial contra os Panteras. Em meados dos anos de 1970, a perda de muitos membros e a queda da simpatia do público pelos líderes negros levaram a uma mudança dos métodos da organização, que passou a se dedicar à atividade política convencional e à prestação de serviços sociais às comunidades negras.

Em meados dos anos de 1980, a organização estava efetivamente desfeita. Segundo a ex-militante Ericka Huggins, "o FBI quebrou os Panteras Negras. Acabar conosco se tornou uma questão de honra, e nisso eles foram bastante competentes". Em um único ano, afirmou ela, 28 membros dos Panteras Negras foram assassinados, e vários outros foram presos.[

https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_dos_Panteras_Negras

o lark o que axas destes?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-24 23:32:03
Para clarificar a minha opinião:

1. considero que nenhum partido deve ser ilegal à partida
2. considero que o Estado deve ter um papel fortemente fiscalizador, através dos seus meios de Justiça para verificar e garantir que certos principios essenciais num Estado de direito não são atacados por um partido
3. entre esses principios essenciais encontra-se a liberdade de expressão, não atentar à liberdade individual, direito à Justiça isenta, evitar ataques xenofobos e afins, garantir principios economicos viáveis para o tipo de sociedade em que vivemos (isto é algo mais subjectivo e não necessariamente um principio essencial, mas para mim é muito importante), não quebrar acordos internacionais através dos quais Portugal tem um papel definido na sociedade da nações (novamente importante para mim, mas talvez não para os outros), etc

tipicamente um partido fascista ou comunista acabam por ir contra um ou mais dos principios acima. assim sendo devem ser penalizados, ilegalizando-os. mas "portando-se" bem, nada contra cada um ter uma opinião politica bem "vincada"...

Penso que o "não quebrar acordos internacionais" é abusivo.
Penso que qualquer partido pode ser contra qualquer acordo internacional.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:37:02
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais





Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.


qual é a tua posição nesta questão, D?

L


1-Não vejo motivos para diferenciar comunismo de fascismo.
2-A lei poderia por limites naquilo que os partidos podem defender. Esses limites teriam que ser genéricos e não usar rótulos como fascismo ou comunismo.
Por exemplo, difícil um partido defender tudo o que pensamos ser o fascismo, mas facilmente poderá defender algumas das coisas que associamos ao fascismo. Também é fácil defender-se algumas das coisas que os comunistas geralmente defendem.
3-Os partidos não poderiam ultrapassar esses limites (mas poderiam defender a sua alteração obviamente).

Já agora, qual a tua?


discordo totalmente.
tinha a ideia que eras um libertário. pelos vistos estava enganado.

a minha opinião é clara e pública. já a dei várias vezes e a última vez ainda há pouco tempo

sou contra qualquer tipo de proibição.

Il est interdit d'interdire ! (https://fr.wikipedia.org/wiki/Il_est_interdit_d%27interdire_!)

e

(http://statusmind.com/images/2014/02/Best-Quotes-33464-statusmind.com.jpg)


aparentemente esta posição parece não ser partilhada pelos users que intervieram recentemente (com as devidas excepções).
tu surprendeste-me negativamente.
julgava-te um libertário.
afinal és um proíbicionista como outro qualquer.

L


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:41:09
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 23:48:46
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L

tu eras facilmente deposto por um nazista, comunista, facista  ou grupo armado   no caso de uma grande crise nacional e mundial.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:49:40
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:50:13
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L

tu eras facilmente deposto por um nazista, comunista, facista  ou grupo armado   no caso de uma grande crise nacional e mundial.

sim? duvido! seriamente!

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:50:33
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L

tu eras facilmente deposto por um nazista, comunista, facista  ou grupo armado   no caso de uma grande crise nacional e mundial.

o lark ia morrer num campo de reeducacao comunista, ele nem tem nocao  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:51:30
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:52:57
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-24 23:53:24

sou contra qualquer tipo de proibição.

Il est interdit d'interdire ! ([url]https://fr.wikipedia.org/wiki/Il_est_interdit_d%27interdire_[/url]!)

e

([url]http://statusmind.com/images/2014/02/Best-Quotes-33464-statusmind.com.jpg[/url])

afinal és um proíbicionista como outro qualquer.



Hmmm... Lark, há uma diferença entre o que defendes por escrito e a imagem que apresentas. A imagem fala em liberdade de exprimir opiniões, não de agir em conformidade. São coisas bem diferentes, expressões e acções, mesmo que signifiquem coerência.

E seres contra qualquer tipo de proibição---bom, há uma palavra para isso: anarquia.

(a anarquia, também devia ser proibida por lei?---situação caricata, não? pelo menos se pensarmos que a anarquia proibe a democracia sem utilizar regras escritas...hahaha!)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:54:26
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L

tu eras facilmente deposto por um nazista, comunista, facista  ou grupo armado   no caso de uma grande crise nacional e mundial.

o lark ia morrer num campo de reeducacao comunista, ele nem tem nocao  :D

tu então estás a negar tudo o que andaste para aqui a parlapatar estes anos todos...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:55:03
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?

neste tópico não disseste.
dissimulaste.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-24 23:55:53
já que há tanto interesse na minha opinião: je suis an Antiautoritariste (https://fr.wikipedia.org/wiki/Antiautoritarisme). parece libertarianismo. não sou.
a parte do socialismo bakuninista também não tem nada a ver. a parte voltaireana tem tudo.
basicamente sou contra qualquer tipo de autoridade proíbicionista.
o tipo da que foi aqui abundantemente demonstrada.

L



tu eras facilmente deposto por um nazista, comunista, facista  ou grupo armado   no caso de uma grande crise nacional e mundial.

sim? duvido! seriamente!

L

 republica em portugal  caiu facilmente bastou exercito  e  salazar e uma crise
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:56:32
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?

neste tópico não disseste.
dissimulaste.

L

devia estar com vergonha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:57:46
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?

neste tópico não disseste.
dissimulaste.

L

devia estar com vergonha

nem mais...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:59:07
o lark a pensar assim nao vai viver mais de 1 mes apos a grande revolucao comunista de portugal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-24 23:59:35

sou contra qualquer tipo de proibição.

Il est interdit d'interdire ! ([url]https://fr.wikipedia.org/wiki/Il_est_interdit_d%27interdire_[/url]!)

e

([url]http://statusmind.com/images/2014/02/Best-Quotes-33464-statusmind.com.jpg[/url])

afinal és um proíbicionista como outro qualquer.



Hmmm... Lark, há uma diferença entre o que defendes por escrito e a imagem que apresentas. A imagem fala em liberdade de exprimir opiniões, não de agir em conformidade. São coisas bem diferentes, expressões e acções, mesmo que signifiquem coerência.

E seres contra qualquer tipo de proibição---bom, há uma palavra para isso: anarquia.

(a anarquia, também devia ser proibida por lei?---situação caricata, não? pelo menos se pensarmos que a anarquia proibe a democracia sem utilizar regras escritas...hahaha!)


procura por aí no forum por 'political compass' e Lark.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-24 23:59:43
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?

neste tópico não disseste.
dissimulaste.

L

devia estar com vergonha

nem mais...

L

o que vale eh que tu me puseste na ordem  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:01:27
o lark a pensar assim nao vai viver mais de 1 mes apos a grande revolucao comunista de portugal

quando é que esse discurso de faz de conta acaba?
get real...
é tudo na base do reductio ad absurdum?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:02:02
camaradas!!!

segundo o avante o jeronimo anda a negociar renacionalizacoes com o PS

haha

então? ainda não percebi a tua posição aqui nesta questão.
estás a fugir com o rabucho à seringa?

L
ja disse 2x que sou contra proibir, precisas dum boneco?

neste tópico não disseste.
dissimulaste.

L

devia estar com vergonha

nem mais...

L

o que vale eh que tu me puseste na ordem  :D

don't mention it...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-25 00:03:53
o lark a pensar assim nao vai viver mais de 1 mes apos a grande revolucao comunista de portugal

quando é que esse discurso de faz de conta acaba?
get real...
é tudo na base do reductio ad absurdum?

L

gulag para ti, espertinho

suas a soberba burguesa por todos os poros
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:06:29
Marcelo diz que tudo fará para não passar “problemas evitáveis” ao seu sucessor em Belém


O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa afirmou este sábado que, se for eleito, não onerará o seu sucessor com problemas evitáveis relativamente aos poderes do Estado e sugeriu que poderá só fazer um mandato em Belém.

Marcelo Rebelo de Sousa falava na Voz do Operário, numa sessão de apresentação da sua candidatura presidencial em Lisboa, depois de o ter feito no Porto e, primeiro, em Celorico de Basto, num discurso em que também considerou negativo para Portugal um Governo de gestão em funções por seis ou sete meses.

“Não há dissoluções do parlamento anunciadas - isto é, a apreciação a ser feita deve ter lugar no momento em que se coloque a necessidade ou não desse exercício e não meses ou anos antes. No que depender de mim, tudo farei para tentar não onerar o meu sucessor com problemas evitáveis relativamente ao exercício dos poderes do Estado”, afirmou o professor catedrático da Faculdade de Direito de Lisboa e antigo presidente do PSD, numa referência indireta ao atual chefe de Estado, Cavaco Silva. Este recado de Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido pela assistência com uma enorme salva de palmas.

Num discurso com cerca de 45 minutos, sem comentários diretos à atual conjuntura política portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa referiu contudo que antigos chefes de Estado como Ramalho Eanes e Mário Soares recusaram indigitar soluções de Governo que lhe foram propostas, e que mesmo Jorge Sampaio hesitou e ponderou longamente se nomearia o executivo liderado por Pedro Santana Lopes, após Durão Barroso ter assumido as funções de presidente da Comissão Europeia em 2004.

Marcelo Rebelo de Sousa foi mais direto na crítica a governos de gestão prolongados no tempo. “O Presidente da República deve fazer tudo o que está ao seu alcance para obter governos viáveis e duradouros, envolvendo orçamentos de Estado”, já que, “o Orçamento do Estado é vizinho da constituição do Governo”, referiu Marcelo Rebelo de Sousa. Depois, o professor universitário deixou um aviso: “Não é bom para um país saído de uma situação de crise ter de viver seis meses sem Orçamento do Estado, o que implica um Governo em plenitude de funções”.

MARCELO ADMITE POSSIBILIDADE DE APENAS UM MANDATO EM BELÉM

O Professor deixou também uma referência indireta à possibilidade de apenas cumprir um mandato em Belém, caso seja eleito Presidente da República. “Um Presidente da República pode ser tentado a pensar o final do seu primeiro mandato em função da sua reeleição, o que já me levou a defender que, não havendo em Portugal um só mandato de seis ou sete anos (como seria o ideal), mas dois mandatos de cinco anos, algum dia um Presidente eleito dará o exemplo de fazer os seus cinco anos sem qualquer reeleição e, por isso, não se autocondicionando por causa dela”, afirmou.

Num novo recado, advertiu que o papel presidencial deve começar a ser exercido “muito antes do ato eleitoral e da formação do Governo”. “Essa é uma responsabilidade que assumo: trabalhar desde o primeiro dia no sentido de aplanar os caminhos, de fazer como Jorge Sampaio de criar pontes e empatias a partir da Presidência da República - isso é um longo processo, mas é essencial”, vincou, colocando de novo como quadro de referência da sua atuação o antigo líder socialista e presidente da Câmara de Lisboa.

Numa intervenção em que referiu várias vezes os exemplos dos antigos chefes de Estado Jorge Sampaio, Ramalho Eanes e Mário Soares, mas nunca Cavaco Silva, Marcelo Rebelo de Sousa demarcou-se tanto da lógica de um Presidente da República presidencialista, ultrapassando os poderes, como da lógica do Presidente parlamentarista.

“Sou naturalmente próximo das pessoas e não vou mudar um centímetro a minha maneira de ser”, declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas, acrescentando que será como chefe de Estado, caso seja eleito, aquilo que é como professor universitário, dirigente de instituições de solidariedade social, como voluntário em hospitais ou na comunicação social. “Serei próximo, direto, aberto e frontal, preocupado não com problemas abstratos, mas com problemas concretos de pessoas de carne e osso, disse.

expresso (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-24-Marcelo-diz-que-tudo-fara-para-nao-passar-problemas-evitaveis-ao-seu-sucessor-em-Belem)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:10:46
Marcelo Rebelo de Sousa não quer “divisão” entre portugueses

O candidato a Presidente da República disse esta tarde em Lisboa que "não há portugueses inimigos" uns dos outros e que não pode haver "exlusões" no debate político.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou o PREC esta tarde para dizer que “não quer voltar a ter divisão entre os portugueses” e afirmando, numa clara mensagem sobre o discurso de Cavaco Silva, que “cabemos todos na democracia”. O debate é legítimo, mas tem de ser um debate feito com serenidade e sem exclusões, não confundindo adversários e inimigos”, lembrou o candidato à Presidência da República.

Rebelo de Sousa já não quer ser visto nem como professor, nem como comentador político. Quer ser encarado como candidato a Belém, como uma figura independente e como um conciliador. “O que nos une é muito mais importante do que aquilo que nos separa. É um dever de todos trabalhar pela esperança”, afirmou o antigo comentador no seu primeiro discurso como candidato em Lisboa.

Esta esperança é, no entanto, “difícil” no “calor de uma refrega eleitoral”, especialmente quando “essas eleições culminam em resultados com leituras muito variadas”. Marcelo voltou ainda a insistir que que “as presidenciais não são segunda volta das legislativas”nem de “compensação pelas semanas que vivemos” e avisa que “são outra coisa completamente diversa”.

Sobre o Presidente que quer ser, Marcelo afirmou que não é vantajoso ter “um Presidente da República que fosse ao mesmo tempo primeiro-ministro e mandar no Governo, seria indesejável”, mas também não vale a pena ser “um presidente que se apague totalmente”. “O Presidente da República tem de ser referencial do Estado e da voz popular. Deve ser segurança para os momentos de crise”, concluiu.

observador (http://observador.pt/2015/10/24/marcelo-rebelo-de-sousa-nao-quer-divisao-entre-portugeses/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-25 00:13:07
em relacao a noticia do avante... aposto que o PCP esta a negociar a renacionalizacao da TAP

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:14:47
o lark a pensar assim nao vai viver mais de 1 mes apos a grande revolucao comunista de portugal

quando é que esse discurso de faz de conta acaba?
get real...
é tudo na base do reductio ad absurdum?

L

gulag para ti, espertinho

suas a soberba burguesa por todos os poros

eu não suo, transpiro...
os proletários é que suam...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:15:39
em relacao a noticia do avante... aposto que o PCP esta a negociar a renacionalizacao da TAP

e o link? do you mind?
dss que preguiçosice...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-25 00:16:51
tb nao tenho, alguem disse na TVI
supostamente era no sector dos transportes

o costa esta a fazer bluff, as negociacoes devem estar a ser muito mais dificeis do que ele admite
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 00:20:18
Lark, encontrei. Está aqui: http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600)

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:21:27
o lark a pensar assim nao vai viver mais de 1 mes apos a grande revolucao comunista de portugal

quando é que esse discurso de faz de conta acaba?
get real...
é tudo na base do reductio ad absurdum?

L

gulag para ti, espertinho

suas a soberba burguesa por todos os poros

eu não suo, transpiro...
os proletários é que suam...

L

Ta melhor camarada mas nao te safas da PURGAÇÃO  dessas ideias anarquistas anti comite central
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:23:43
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:25:52
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L


em portugal e um social democrata  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 00:27:11
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:28:37
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

e  isso que esquerdistas como lark NAO QUEREM perceber
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 00:29:08
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L


Curiosamente o Lark nesse post estava errado quanto ao vbm, como se verificou.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 00:33:37
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L


em portugal e um social democrata  ;D


Não se lembram do estudo que o Incognitus publicou há uns dias atrás sobre a esquerda e sobre a direita? (que dava em alguns casos o PSD mais à esquerda que o Bloco? Pois bem...)

Olhando para o resultado, está ligeiramente mais à esquerda do que imaginava. Apenas isso.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:37:40
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L


em portugal e um social democrata  ;D


Não se lembram do estudo que o Incognitus publicou há uns dias atrás sobre a esquerda e sobre a direita? (que dava em alguns casos o PSD mais à esquerda que o Bloco? Pois bem...)

Olhando para o resultado, está ligeiramente mais à esquerda do que imaginava. Apenas isso.


o estudo e americano  esta puxar sempre mais para direita
republicanos como ha USA nem existem na europa


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 00:38:40
Não fui eu que publiquei, mas o espanto desse estudo é que na prática eram todos mais ou menos iguais. O risco está em existir um líder e seguidores mais "puristas".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:39:42
Lark, encontrei. Está aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,172.msg184600.html#msg184600[/url])

Não estás mesmo colado às arestas, portanto ainda há esperança... eheh!

Este é o meu:


tchiii...
és um perigoso comunista...

L


em portugal e um social democrata  ;D


Não se lembram do estudo que o Incognitus publicou há uns dias atrás sobre a esquerda e sobre a direita? (que dava em alguns casos o PSD mais à esquerda que o Bloco? Pois bem...)

Olhando para o resultado, está ligeiramente mais à esquerda do que imaginava. Apenas isso.


isso é um teste para americanos.
a política americana está brutalmente shiftada para a direita.
o roosevelt ou o kennedy, até o nixon, hoje seriam considerados far left...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 00:41:59
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

Concordo inteiramente.

Em relação à consistência na contradição, há modos de conjugar esses dois contrários---sem sair da democracia. Afinal de contas, as leis também servem para prevenir e punir acções anti-democráticas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:46:39
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

Concordo inteiramente.

Em relação à consistência na contradição, há modos de conjugar esses dois contrários---sem sair da democracia. Afinal de contas, as leis também servem para prevenir e punir acções anti-democráticas.

concordas com a ilegalização?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:51:05
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 00:54:19
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia

eu não sou a favor de proíbir nada.
sou a favor de combater...

em democracia combate-se pela persuasão, pelo discurso e pelo voto.
ameaças militares ou terroristas combatem-se com armas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 00:55:15
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia

eu não sou a favor de proíbir nada.
sou a favor de combater...

em democracia combate-se pela persuasão, pelo discurso e pelo voto.
ameaças militares ou terroristas combatem-se com armas.


combater o odio com isso nao resulta  :-[

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:01:06
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia

eu não sou a favor de proíbir nada.
sou a favor de combater...

em democracia combate-se pela persuasão, pelo discurso e pelo voto.
ameaças militares ou terroristas combatem-se com armas.




L


combater o odio com isso nao resulta  :-[

isso não é uma frase um bocado vazia, ó reg?

o que não falta é ódio na sociedade. e inveja, despeito, coragem, medo, altruísmo, egoísmo e toda a panóplia de sentimentos humanos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:02:03
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

Concordo inteiramente.

Em relação à consistência na contradição, há modos de conjugar esses dois contrários---sem sair da democracia. Afinal de contas, as leis também servem para prevenir e punir acções anti-democráticas.

concordas com a ilegalização?


Não. Não dessa maneira que estás a imaginar---a frase do Inc aponta para um estado de aceitação e negação simultâneo do comunismo e fascismo. Eu estou de acordo com essa ideia, já que tenho sentimentos contraditórios em relação ao modo de encarar essas ideologias. Eu disse lá para trás que era objectivamente contra a proibição de poderem existir enquanto associações dentro de uma democracia, mas sou também objectivamente contra a ideia de colocar essas ideologias em prática.

Um pouco como tu, defendo que devam ser combatidas pela persuassão e pelo discurso. Mas isto tem limites. Imagina o seguinte: a diplomacia foi usada para travar as ideias expansionistas do Hitler numa primeira fase, mas como não resultou, das palavras foi necessário passar ao actos, ou seja, a uma declaração de guerra.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:09:52
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia

eu não sou a favor de proíbir nada.
sou a favor de combater...

em democracia combate-se pela persuasão, pelo discurso e pelo voto.
ameaças militares ou terroristas combatem-se com armas.




L


combater o odio com isso nao resulta  :-[

isso não é uma frase um bocado vazia, ó reg?

o que não falta é ódio na sociedade. e inveja, despeito, coragem, medo, altruísmo, egoísmo e toda a panóplia de sentimentos humanos.

L

Nas crises aumenta e ha sempre  tendencia de culpar  bode espiatorio
depois e como hitler    culpa os  impuros aproveita  fraquesa da republica para governar a seu belo prazer
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:10:02
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

Concordo inteiramente.

Em relação à consistência na contradição, há modos de conjugar esses dois contrários---sem sair da democracia. Afinal de contas, as leis também servem para prevenir e punir acções anti-democráticas.

concordas com a ilegalização?


Não. Não dessa maneira que estás a imaginar---a frase do Inc aponta para um estado de aceitação e negação simultâneo do comunismo e fascismo. Eu estou de acordo com essa ideia, já que tenho sentimentos contraditórios em relação ao modo de encarar essas ideologias. Eu disse lá para trás que era objectivamente contra a proibição de poderem existir enquanto associações dentro de uma democracia, mas sou também objectivamente contra a ideia de colocar essas ideologias em prática.

Um pouco como tu, defendo que devam ser combatidas pela persuassão e pelo discurso. Mas isto tem limites. Imagina o seguinte: a diplomacia foi usada para travar as ideias expansionistas do Hitler numa primeira fase, mas como não resultou, das palavras foi necessário passar ao actos, ou seja, a uma declaração de guerra.

mas olha lá, estamos todos numa de redução ao absurdo?
estamos no sec xxi, na união europeia.
é evidente que esta conversa toda de proibições não é inocente.
não é por acaso que aparece neste momento da vida política portuguesa.
é marginal e insignificante, mas não é inocente.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:15:25
o lark ate e favor proibir o isla radical...  agora e so aplicar o mesmo a partidos perigosos defendem usar violencia

eu não sou a favor de proíbir nada.
sou a favor de combater...

em democracia combate-se pela persuasão, pelo discurso e pelo voto.
ameaças militares ou terroristas combatem-se com armas.




L


combater o odio com isso nao resulta  :-[

isso não é uma frase um bocado vazia, ó reg?

o que não falta é ódio na sociedade. e inveja, despeito, coragem, medo, altruísmo, egoísmo e toda a panóplia de sentimentos humanos.

L

Nas crises aumenta e ha sempre  tendencia de culpar  bode espiatorio
depois e como hitler    culpa os  impuros aproveita  fraquesa da republica para governar a seu belo prazer

os discursos de ódio, dentro de uma democracia, servem de vacina à própria democracia.
proíbidos, perdemos a imunidade.
uma democracia vibrante, onde o debate político é plural e intenso, é a melhor defesa contra os totalitarismos.

querer fazer crer o contrário é querer fazer-nos de idiotas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:17:35
http://www.dn.pt/globo/interior/a-crise-esta-a-fortalecer-os-partidos-neonazis-na-europa-3205387.html...... (http://www.dn.pt/globo/interior/a-crise-esta-a-fortalecer-os-partidos-neonazis-na-europa-3205387.html......)

a crise ucrania...
http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-07-24-Tres-partidos-comunistas-proibidos-de-concorrer-a-eleicoes-autarquicas-na-Ucrania (http://sicnoticias.sapo.pt/mundo/2015-07-24-Tres-partidos-comunistas-proibidos-de-concorrer-a-eleicoes-autarquicas-na-Ucrania)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:19:18
Ser-se pela liberdade também é pelo ser-se contra a possibilidade dos outros atentarem contra ela. Fascistas e comunistas defendem abertamente dar-se cabo da liberdade de terceiros. Defendem roubar-te a casa, o carro, a empresa, etc. Eventualmente se berrares muito defendem roubar-te a própria vida, como fizeram amiúde. Idem para fascistas por motivos diferentes.

Portanto é perfeitamente consistente ser-se pela liberdade e pela ilegalização de ambos.

Concordo inteiramente.

Em relação à consistência na contradição, há modos de conjugar esses dois contrários---sem sair da democracia. Afinal de contas, as leis também servem para prevenir e punir acções anti-democráticas.

concordas com a ilegalização?


Não. Não dessa maneira que estás a imaginar---a frase do Inc aponta para um estado de aceitação e negação simultâneo do comunismo e fascismo. Eu estou de acordo com essa ideia, já que tenho sentimentos contraditórios em relação ao modo de encarar essas ideologias. Eu disse lá para trás que era objectivamente contra a proibição de poderem existir enquanto associações dentro de uma democracia, mas sou também objectivamente contra a ideia de colocar essas ideologias em prática.

Um pouco como tu, defendo que devam ser combatidas pela persuassão e pelo discurso. Mas isto tem limites. Imagina o seguinte: a diplomacia foi usada para travar as ideias expansionistas do Hitler numa primeira fase, mas como não resultou, das palavras foi necessário passar ao actos, ou seja, a uma declaração de guerra.

mas olha lá, estamos todos numa de redução ao absurdo?
estamos no sec xxi, na união europeia.
é evidente que esta conversa toda de proibições não é inocente.
não é por acaso que aparece neste momento da vida política portuguesa.
é marginal e insignificante, mas não é inocente.

L

Percebo a tua questão e a ideia do oportunismo, mas não considero que seja nem marginal, nem insignificante---pelo contrário é das tais questões que deviam estar sempre presentes, em qualquer contexto de debate polítco---"lest we forget!!!".

Estamos no sec. XXI e na EU (e, certo, aqui aconchegadinhos neste paraíso português), mas move  óculo um pouco mais para a direita no mapa, ou um pouco mais para baixo, e diz-me onde te encontras. E nem sequer estamos a meter a religião ao barulho... a intolerância impera, e o radicalismo, seja ele político ou religioso, é o seu principal municiador.





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:25:55
Em portugal ha um acordo de esquerda

praticamente e tudo da esquerda.... por isso brincam

mas no resto mundo ha grandes divisoes  basta crise que coisa fica feia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:36:00
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(

A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.

De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:43:33
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(

A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.

De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...

Karnuss, nada de errado com a argumentação. A história tem uma palavra dizer. Uma palavra trágica, lamentável e condenável, infelizmente com demasiado peso para poder ser ignorada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:46:19
"Immorality is subjective..."  ;D

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=X5cQcmAtjJ0#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:46:54
A história lá fora não é a nossa. FACTO 2: temos imensos casos de poder local governado pelo PCP e/ou BE. Na prática distinguem-se dos restantes? Fazem purgas, gulags etc.? Praticaram coisas que justifiquem uma medida gravíssima como de repente, dizer aos eleitores e residentes dessas autarquias algo como:
 
- "desculpem lá, mas o voto que colocaram nas utnas não presta para nada e é ilegal. E vocês às tantas também são ilegais por votarem neles, por isso juizinho que o Estaline e o(s) Kim(s) mataram gente que se fartaram"

?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:48:04
A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir.

eu sou extremamente irritante e andrajoso.
mas por exemplo o varoufakis não.
não generalizemos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 01:52:29
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:54:03
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:58:03
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?


Consigo melhor: mostrar a prática do PCP quando chega ao poder em Portugal (neste caso, Poder Local). Não acontece nada de especial, e nas eleições seguintes podem ficar ou ser corridos de lá como qualquer outro partido.

Arranjo uma citação de um comunista destacado, pode ser?

http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp (http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:59:05
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?

tu é que tens que provar que os comunistas portugueses ou os bloquistas são assassinos.
isso de afirmar que são, just because, não chega.

estamos outra vez a chegar aos limites do surreal. parece a américa.
dizem-se as maiores alarvidades com a maior impunidade.

agora perto de 1 milhão de eleitores têm que provar que não são assassinos.
prova-me tu primeiro que não és assassino.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-25 01:02:38
Eu não sei se a ilegalização será uma medida demasiado forte, demasiado "letal".
Porque depois o pessoal conserva a ideologia nas "catacumbas".

Mais vale estarem visíveis. Mais vale serem apenas bloqueados ao poder caso não cumpram com os requisitos mínimos ou básicos do assumir do Poder, isto é: respeitarem os valores fundamentais, a liberdade, direitos e garantias dos outros.

Exemplo:
É como os neo-nazis que fizeram teses de doutoramento a negar o Holocausto e defendiam que tal não passava de propaganda Ocidental.

No fundo, não se proíbe um neo-nazi de exprimir a sua tese, nem se destrói a tese na incineradora, pelo contrário, a tese serve como evidência até onde pode ir a alucinação da mente humana, na capacidade em crer em fantasias mesmo perante a evidência da existência física de campos de concentração ainda hoje conservados e fotografias tiradas na época do amontoado de cadáveres, já para não falar nos testemunhos directos de quem sobreviveu.

Também não se proíbe nos EUA aqueles que defendem a tese de que os EUA não pousaram na Lua e que tudo foi um embuste orquestrado pelo Governo dos EUA. Eles têm a liberdade de exercer uma fraude literária e lucrar com tal fraude. Quem se sentir lesado tem a liberdade de processar em Tribunal e ser ressarcido se a sentença lhe for favorável.

A liberdade é o denominador comum na expressão individual.

Para a chegada ao Poder (ser-se Presidente ou ser-se Governo ou ser-se Primeiro Ministro) caso os valores que foram construídos pós 2ª Guerra Mundial sejam ameaçados, haverá outros mecanismos mais "soft" do que a ilegalização. Em casos extremos a ilegalização pode ocorrer e até já deve ter ocorrido...

    :)



A Democracia em si mesmo não permite facilmente tornar Partidos que potencialmente destruiriam essa mesma Democracia em Partidos ilegais. Por isso mesmo é que é Democracia. Além do mais, um Partido com tais intenções nunca anunciaria previamente a intenção de destruir a Democracia incómoda.

Por isso, a Democracia, contém os genes da sua própria destruição: permite que um Partido sufragado democraticamente, caso atinja uma maioria enorme (brutal) no Parlamento, possa alterar sozinho a Constituição, tornar-se autocrático, totalitário e destruir a Democracia que o permitiu chegar ao Poder.

Historicamente isso já aconteceu, com mecanismos democráticos diferentes da nossa:

O incêndio do Reichstag em 27 de fevereiro de 1933 deu a Hitler a razão do golpe de Estado para suprimir seus adversários políticos. No dia seguinte, 28 de fevereiro, ele convenceu a República de Weimar e o presidente Paul von Hindenburg para emitir o Decreto do Incêndio do Reichstag, que suspendeu a maioria das liberdades civis. Em 23 de março, o Reichstag aprovou a Lei de Concessão de Plenos Poderes de 1933, que deu ao gabinete o direito de promulgar leis sem o consentimento do parlamento. Com efeito, este deu a Hitler poderes ditatoriais. Agora possuindo poder praticamente absoluto, os nazistas criaram controle totalitário; eles aboliram os sindicatos e outros partidos políticos e seus adversários políticos foram presos, primeiro em wilde Lager, acampamentos improvisados​​, em seguida, nos campos de concentração. O nazismo tinha sido estabelecido, no entanto, o Reichswehr permaneceu imparcial: Poder sobre a Alemanha Nazista permaneceu virtual, não absoluto.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Nacional_Socialista_dos_Trabalhadores_Alem%C3%A3es (https://pt.wikipedia.org/wiki/Partido_Nacional_Socialista_dos_Trabalhadores_Alem%C3%A3es)



Mas um país não vive sozinho e isolado no mundo. Haveria contestação e oposição de países de regimes democráticos e com poder militar, provavelmente apareceriam sanções politicas internacionais, já para não falar no efeito dos (malditos) mercados que fariam fugir capitais e nem se atreveriam a pôr um tostão no pais em vias de se tornar totalitário (os mercados são tramados...).

Essa actuação dos mercados, seria uma das poucas situações que agradaria aos partidos de oposição de extrema esquerda (caso fossem de extrema esquerda) e que tivessem sido excluídos e/ou minimizados do poder; talvez felicitassem os mercados pela sua actuação correcta: não proverem financiamento ao recente regime totalitário.

Esse ponto 4 da nossa Constituição (e outras Constituições também têm pontos idênticos) foi uma resposta generalizada e natural ao problema do Nazismo alemão (Nacional Socialismo ou Fascismo alemão e Fascismo Italiano) que levou à destruição da Europa e ao genocídio planeado (Holocausto).

"Fascismo é a denominação que se dá ao regime político que surgiu na Europa entre 1919 e 1945, portanto, no intercurso das duas grandes guerras mundiais (I Guerra Mundial e II Guerra Mundial). Suas características básicas são: o totalitarismo, o nacionalismo, o idealismo e o militarismo.

(...)

Apesar de ter origem oficialmente em 1919, o fascismo torna-se conhecido a partir de 1922, quando Mussolini chega ao poder. Um mês depois de assumir o comando do estado italiano, o Parlamento lhe concederia plenos poderes enquanto governo. Benito Mussolini baseou o Estado fascista no corporativismo, no intervencionismo econômico por parte do Estado e também no expansionismo militarista. Mussolini permaneceu no poder até 1943. Foram, portanto, 21 anos de governo sob o regime fascista, resumido por Benito Mussolini da seguinte forma: “Tudo para o Estado, nada contra o Estado, nada fora do Estado”."


http://www.infoescola.com/historia/fascismo/ (http://www.infoescola.com/historia/fascismo/)



Os valores do "Fascismo" são contrários aos actuais valores. No caso de se permitir a existência de organizações deste calibre, dificilmente passariam no crivo da Constituição e outros poderes constituídos e construídos ao longo de muitos anos...

Há quem defenda que o que aconteceu na União Soviética não foi comunismo, mas sim ditadura de Estado (totalitarismo) que teve um nome bem conhecido: Estalinismo. Dizem que os valores do comunismo foram pervertidos na União Soviética e que actualmente continuam a ser pervertidos com o nosso PCP... isto para dizer que há quem defenda que o PCP é um falso Partido Comunista.

O enorme perigo para a democracia e liberdade seria em todos os países e ao mesmo tempo (algo improvável) partidos totalitários assumirem o poder. O totalitarismo é o pior da característica dos partidos fascistas. Vivemos uma era de equilíbrio de poderes, no contexto nacional e internacional.

Para quem quiser compreender melhor a essência de um regime totalitário, a obra que é considerada uma referência obrigatória é "As Origens do Totalitarismo" (https://books.google.pt/books/about/As_origens_do_totalitarismo.html?id=45oFxHCSq48C&source=kp_cover&hl=pt-PT) de Hannah Arendt (https://en.wikipedia.org/wiki/The_Origins_of_Totalitarianism (https://en.wikipedia.org/wiki/The_Origins_of_Totalitarianism)).

Eu como sou "preguiçoso" ainda não li.



    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:04:34
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?

tu é que tens que provar que os comunistas portugueses ou os bloquistas são assassinos.
isso de afirmar que são, just because, não chega.

estamos outra vez a chegar aos limites do surreal. parece a américa.
dizem-se as maiores alarvidades com a maior impunidade.

agora perto de 1 milhão de eleitores têm que provar que não são assassinos.
prova-me tu primeiro que não és assassino.

L
E o Lider

basta terem mau lider....
e  ficam como alemaes.....
axas alemaes foram assassinos...
 mas votaram  em um  extreminador
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:05:51
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D

ah, eu não tenho nada contra os hippies...
se tiver é inveja..

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:09:43
Por isso, a Democracia, contém os genes da sua própria destruição: permite que um Partido sufragado democraticamente, caso atinja uma maioria enorme (brutal) no Parlamento, possa alterar sozinho a Constituição, tornar-se autocrático, totalitário e destruir a Democracia que o permitiu chegar ao Poder.

Historicamente isso já aconteceu, com mecanismos democráticos diferentes da nossa:


está a acontecer na Hungria.
curiosamente não são os comunistas a fazê-lo. são os do costume...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:11:54
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(


A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.


De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...


Que extrema direita é que matou gente? Estás a equacionar o Estado novo como "extrema direita"? Quais são as suas características que para ti o tornam "direita", para não falar "extrema"?

E sobre as vítimas mortais. Será que estás a considerar alguma estatística válida? Aparentemente quem tenta obter números chega a valores baixos versus Portugal ANTES do Estado Novo, e a outros países DEPOIS de democráticos. E isso sem dar relevância nenhuma à não participação na 2ªGG, que salvou certamente muita gente.

http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext (http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext)

Karnuss, não querendo de forma nenhuma defender o Estado novo, parece-me que emites essas afirmações sem verdadeiro suporte factual. Que são uma coisa em que acreditas sem saberes porquê.

E se dissermos que a FP 25 eram "de esquerda" (seriam?), estas só em 7 anos fizeram 13 vítimas mortais, sem qualquer controlo do país. Imagina-se que com o controlo do país provocariam um número várias ordens de magnitude superior de vítimas.

(A esquerda com apenas poder local não tem qualquer poder para provocar vítimas, nem o sistema que prevalece nesses locais é comunista ...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:14:22
1- A história lá fora não é a nossa. FACTO 2: temos imensos casos de poder local governado pelo PCP e/ou BE. Na prática distinguem-se dos restantes? Fazem purgas, gulags etc.? Praticaram coisas que justifiquem uma medida gravíssima como de repente, dizer aos eleitores e residentes dessas autarquias algo como:
 
- "desculpem lá, mas o voto que colocaram nas utnas não presta para nada e é ilegal. E vocês às tantas também são ilegais por votarem neles, por isso juizinho que o Estaline e o(s) Kim(s) mataram gente que se fartaram"

?

1 - Esse argumento é factual, mas também é factual que não há um único caso de implementação comunista que tenha corrido minimamente bem até ao fim.... Para as vítimas, isto é. Para os milhões de vítimas, isto é.

2 - Poder. Local. Muito bem circunspecto por regulamentção democrática. Basicamente, quanto aos princípios ideológicos vitais comunistas, estão dentro de coletes de forças. Mas não penses que não lhes passou pela cabeça umas quantas purgas e Gulags.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:16:52
Por isso, a Democracia, contém os genes da sua própria destruição: permite que um Partido sufragado democraticamente, caso atinja uma maioria enorme (brutal) no Parlamento, possa alterar sozinho a Constituição, tornar-se autocrático, totalitário e destruir a Democracia que o permitiu chegar ao Poder.

Historicamente isso já aconteceu, com mecanismos democráticos diferentes da nossa:


está a acontecer na Hungria.
curiosamente não são os comunistas a fazê-lo. são os do costume...

L

Citar
Detractors dub Orban a dictator – Viktator - a cynical opportunist who has built a political career on whipping up xenophobia while slowly stifling dissent. US Senator and former presidential candidate John McCain branded Orban a "neo-fascist dictator" in 2014, after Hungary sought closer ties with Vladimir Putin's authoritarian Russia.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 01:20:08
Por isso, a Democracia, contém os genes da sua própria destruição: permite que um Partido sufragado democraticamente, caso atinja uma maioria enorme (brutal) no Parlamento, possa alterar sozinho a Constituição, tornar-se autocrático, totalitário e destruir a Democracia que o permitiu chegar ao Poder.

Historicamente isso já aconteceu, com mecanismos democráticos diferentes da nossa:


está a acontecer na Hungria.
curiosamente não são os comunistas a fazê-lo. são os do costume...

L

Citar
Detractors dub Orban a dictator – Viktator - a cynical opportunist who has built a political career on whipping up xenophobia while slowly stifling dissent. US Senator and former presidential candidate John McCain branded Orban a "neo-fascist dictator" in 2014, after Hungary sought closer ties with Vladimir Putin's authoritarian Russia.

L

curiosamente os que levantam a ameaça comunista portuguesinha e very typical, têm um man crush enorme pelo Putin e pelo Xi Jinping, uns belos de uns autoritários e totalitários.
estes são ditadores, mas são bons ditadores...
a ditadura saudita também passa ao lado...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:20:45
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?

tu é que tens que provar que os comunistas portugueses ou os bloquistas são assassinos.
isso de afirmar que são, just because, não chega.

estamos outra vez a chegar aos limites do surreal. parece a américa.
dizem-se as maiores alarvidades com a maior impunidade.

agora perto de 1 milhão de eleitores têm que provar que não são assassinos.
prova-me tu primeiro que não és assassino.

L

A maior parte desse milhão de eleitores não é bem comunista. Não tenciona partilhar o que é seu e perder a posse da sua casa e de outros bens. A ideia é mais partilhar o que é dos outros.

Se a sua ideia fosse partilharem o que era seu, nem precisavam de ir a votos, podiam começar já que ninguém os impediria. Portanto se nãp começam, é óbvio que o objectivo é outro qualquer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 01:22:13
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?

tu é que tens que provar que os comunistas portugueses ou os bloquistas são assassinos.
isso de afirmar que são, just because, não chega.

estamos outra vez a chegar aos limites do surreal. parece a américa.
dizem-se as maiores alarvidades com a maior impunidade.

agora perto de 1 milhão de eleitores têm que provar que não são assassinos.
prova-me tu primeiro que não és assassino.

L

A maior parte desse milhão de eleitores não é bem comunista. Não tenciona partilhar o que é seu e perder a posse da sua casa e de outros bens. A ideia é mais partilhar o que é dos outros.

Se a sua ideia fosse partilharem o que era seu, nem precisavam de ir a votos, podiam começar já que ninguém os impediria. Portanto se nãp começam, é óbvio que o objectivo é outro qualquer.

Tu és lixado.  ;D ;D ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:24:28
Por isso, a Democracia, contém os genes da sua própria destruição: permite que um Partido sufragado democraticamente, caso atinja uma maioria enorme (brutal) no Parlamento, possa alterar sozinho a Constituição, tornar-se autocrático, totalitário e destruir a Democracia que o permitiu chegar ao Poder.

Historicamente isso já aconteceu, com mecanismos democráticos diferentes da nossa:


está a acontecer na Hungria.
curiosamente não são os comunistas a fazê-lo. são os do costume...

L

Citar
Detractors dub Orban a dictator – Viktator - a cynical opportunist who has built a political career on whipping up xenophobia while slowly stifling dissent. US Senator and former presidential candidate John McCain branded Orban a "neo-fascist dictator" in 2014, after Hungary sought closer ties with Vladimir Putin's authoritarian Russia.

L

curiosamente os que levantam a ameaça comunista, têm um man crush enorme pelo Putin e pelo Xi Jinping, uns belos de uns autoritário e totalitários.
estes são ditadores, mas são bons ditadores...
a ditadura saudita também passa ao lado...

L

Ironicamente, o maior problema do comunismo não é o totalitarismo/ditaduras/etc.

O maior problema do comunismo é interferir com a propriedade privada e a economia de mercado. Deixando de o fazer, até um país nominalmente comunista se desenvolve.

De resto isto acontece até em democracia, onde um país ser governado por um partido único durante 60 ou 70 anos não é um obstáculo ao desenvolvimento. O obstáculo só se gera se o partido for alucinado, anti-propriedade e anti-economia de mercado.

Dito de outra forma, um socialista/comunista só é um problema se for REALMENTE socialista/comunista. Se não o for e admitir propriedade privada e economia de mercado, não há problema.

Aliás, alguns dos deputados do PS disseram isso mesmo: que desde que o BE/PCP reconheçam a economia de mercado, não há problema.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:28:32
mais uma vez e questao de  lider...
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deng_Xiaoping
este comunista implantou o  neoliberalismo em zonas especiais...

Em 1978, Deng Xiaoping sobe ao poder. Com a tomada do poder, os partidários do antigo líder são afastados do poder político, adotam-se as Quatro Modernizações, fazendo a abertura econômica do país ao capitalismo, implantando assim o socialismo de mercado. A partir daí a China passa a receber investimentos privados estrangeiros, desenvolver empresas privadas e criar várias ZEE (Zonas Econômicas Especiais). O governo chinês desenvolve uma política de reaproximação com o governo dos Estados Unidos, o que levou ao restabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países em 1979. No período de 1981 a 2001, o PIB chinês cresceu a taxa media de 9,5% por ano.

o problema nas ditaduras e nao sabe o sai na rifa  e for mau nao sai de la ate morrer...

a china teve pior ditador Mao Tse-tung e logo depois teve um com visao

sera PCP  finalmente esta negociar isto com o costa :D
azendo a abertura econômica do país ao capitalismo, implantando assim o socialismo de mercado. A partir daí a China PORTUGAL passa a receber investimentos privados estrangeiros, desenvolver empresas privadas e criar várias ZEE (Zonas Econômicas Especiais)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:41:07
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:43:03
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(


A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.


De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...


Que extrema direita é que matou gente? Estás a equacionar o Estado novo como "extrema direita"? Quais são as suas características que para ti o tornam "direita", para não falar "extrema"?

E sobre as vítimas mortais. Será que estás a considerar alguma estatística válida? Aparentemente quem tenta obter números chega a valores baixos versus Portugal ANTES do Estado Novo, e a outros países DEPOIS de democráticos. E isso sem dar relevância nenhuma à não participação na 2ªGG, que salvou certamente muita gente.

[url]http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext[/url] ([url]http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext[/url])

Karnuss, não querendo de forma nenhuma defender o Estado novo, parece-me que emites essas afirmações sem verdadeiro suporte factual. Que são uma coisa em que acreditas sem saberes porquê.

E se dissermos que a FP 25 eram "de esquerda" (seriam?), estas só em 7 anos fizeram 13 vítimas mortais, sem qualquer controlo do país. Imagina-se que com o controlo do país provocariam um número várias ordens de magnitude superior de vítimas.

(A esquerda com apenas poder local não tem qualquer poder para provocar vítimas, nem o sistema que prevalece nesses locais é comunista ...)


Mas qual estado novo, Inc? Estou a falar da morte do Alcindo Ribeiro no bairro alto, às mãos do grupo de skinheads liderados pelo Mário Machado.

http://observador.pt/especiais/alcindo-monteiro/ (http://observador.pt/especiais/alcindo-monteiro/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 01:43:31
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".

porque proibiram facismo  na constituiçao e comunismo ficou fora?
sao dois extremos da mesma coisa poder total sobre tudo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-10-25 01:47:17
Reg, quando a constituição foi escrita tínhamos acabado de sair de uma ditadura fascista. Daí ter sido proibida. Se tivéssemos tido 50 anos de ditadura comunista, provavelmente seria ao contrário.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:53:37
O presidente basicamente "ilegalizou" o BE e o PCP. Uma estupidez pegada... Não concordo politicamente com nenhum destes partidos, mas se os querem ilegais que o façam ANTES das eleições, não é assim (basicamente afirmou que 20% dos votantes ficam de hoje em diante "proibidos" de votar como o fizeram).

E indo um pouco mais atrás, comparar a actual extrema esquerda em PT (estão a ver aqueles urbanistas e freaks do BE e LiVRE a fazer mal a alguém?), com a extrema direita lusa (que andou a matar recentemente pessoas no bairro alto)... Citando o Inc, é uma retardadice :(


A esquerda com poder suficiente terá uma inclinação nata para matar muito mais pessoas, porém.

Em todo o caso se os fascistas são proibidos, não há razão para os comunistas não o serem também. Isto é como o voto das mulheres ou dos negros. Não está (estava) na lei mas é (era) uma coisa óbvia.


De facto, Almada, Loures, Beja etc. têm sido um antro de mortandade e fome. Têm noção do ridículo do que estão a argumentar? FACTO: A Extrema direita matou gente em Portugal, não há muito tempo. A extrema esquerda é irritante e tem mau gosto a vestir. Querem pôr ambas as coisas no mesmo plano? Balhamedeus...


Que extrema direita é que matou gente? Estás a equacionar o Estado novo como "extrema direita"? Quais são as suas características que para ti o tornam "direita", para não falar "extrema"?

E sobre as vítimas mortais. Será que estás a considerar alguma estatística válida? Aparentemente quem tenta obter números chega a valores baixos versus Portugal ANTES do Estado Novo, e a outros países DEPOIS de democráticos. E isso sem dar relevância nenhuma à não participação na 2ªGG, que salvou certamente muita gente.

[url]http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext[/url] ([url]http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?pid=S0003-25732007000400010&script=sci_arttext[/url])

Karnuss, não querendo de forma nenhuma defender o Estado novo, parece-me que emites essas afirmações sem verdadeiro suporte factual. Que são uma coisa em que acreditas sem saberes porquê.

E se dissermos que a FP 25 eram "de esquerda" (seriam?), estas só em 7 anos fizeram 13 vítimas mortais, sem qualquer controlo do país. Imagina-se que com o controlo do país provocariam um número várias ordens de magnitude superior de vítimas.

(A esquerda com apenas poder local não tem qualquer poder para provocar vítimas, nem o sistema que prevalece nesses locais é comunista ...)


Mas qual estado novo, Inc? Estou a falar da morte do Alcindo Ribeiro no bairro alto, às mãos do grupo de skinheads liderados pelo Mário Machado.

[url]http://observador.pt/especiais/alcindo-monteiro/[/url] ([url]http://observador.pt/especiais/alcindo-monteiro/[/url])


Um crime racista, possivelmente? Uma cena doida? Dificilmente um crime político.

Imagino que volta e meia um branco também morra por ser branco beto, por razões algo similares. Não sairá descrito nas notícias dessa forma e deverá ser difícil determinar que essa foi a razão. Ainda o outro dia morreu um puto na margem sul devido aos ténis.

---------

Nota que o fascismo não foi proibido em Portugal devido a crimes dessa natureza.

---------

Além do mais reparei que indicaste um crime que ocorreu há 20 anos. E esses skins eram partidários?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 01:55:02
Eu fico com ideia de que há é gente muito medrosa que precisa de proibições para ter um sono descansado.

Não, a questão é hipotética. Serem os dois possíveis (fascismo e comunismo) ou serem os dois impossíveis. É tão simples quanto isso.

Não há grandes razões para pensar que o comunismo seja de alguma forma mais benéfico ou menos maléfico que o fascismo. Aliás, até ironicamente, a forma de fascismo pela qual Portugal passou não foi agressiva, quando comparada a todo o género de experiências vividas no país comunista "médio".

porque proibiram facismo  na constituiçao e comunismo ficou fora?
sao dois extremos da mesma coisa poder total sobre tudo

Bem, porque foram comunistas e simpatizantes a escrever a Constituição, claro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 02:15:16
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 02:18:42
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

reformas econômicas de Xiaoping foram feitas de baixo para cima: primeiro as mudanças foram testadas nos municípios e nas províncias; só depois a reforma foi implantada, gradualmente, em todo o país

O pcp esta reformar-se esta testar no monicipio o neoliberalismo com ajuda do psd  ;)
tem que se dar mais tempo

se for como Gorbachev também implantou amplas reformas, mas foram medidas que vieram de cima para baixo e que foram postas em prática nacionalmente  deu porcaria! :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-25 02:18:52
1-  Estão optimistas em relação à evolução economica do país ?

2- Acham que Cavaco irá nomear costa,e sua coligação syriza  conseguindo este acordo com Merkel ?

3- acham que Cavaco se vai recusar a nomear Costa e a sua coligação ?
4- E o que acontece a seguir ?


5- Irá haver  governo de iniciativa presidencial.?


6- Ou irá cavaco consegur derrotar costa e o PC nomear PM que se se alie com PAF ?



7- Esta confusão irá afectar o credito que os bancos dão e as nosas relações com o BCE ?

Obrigado pelas respostas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 02:20:59
CDS/PS/PSD=70%... isto e como inc diz e tudo luta por taxos

se for crise serio fazem governo do centro..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 02:34:30
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 02:40:07
http://www.publico.pt/mundo/noticia/neonazis-gregos-formam-novo-partido-para-contornar-ilegalizacao-1622151 (http://www.publico.pt/mundo/noticia/neonazis-gregos-formam-novo-partido-para-contornar-ilegalizacao-1622151)


o gregos bem tentam..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-25 02:43:57
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L


Deixo aqui uns argumentos tipo "Shark Tank - I'm out":      :)


Considerando que o BE e o PCP têm "gaijas" boas e receptivas, é um desperdício ilegaliza-los!
Depois seria mais difícil encontra-las nos outros partidos que são grandes...

Vejo a Catarina vestida de preto cabedal, saltos altos e uma chibata a chicotear o rabo do Costa, do Passos e do Portas!
Ela estragou os planos de todos! Como disse o Louça: "Tem fibra".

O PCP tem lá uma que achava que alguns bustos da Assembleia da Republica, que são parte da nossa história, deviam ser censurados; apagados!

Só por isso, merecem ambos continuar!
A "fibra" e as asneiras também fazem parte da História de Portugal.


    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 02:44:39
[url]http://www.publico.pt/mundo/noticia/neonazis-gregos-formam-novo-partido-para-contornar-ilegalizacao-1622151[/url] ([url]http://www.publico.pt/mundo/noticia/neonazis-gregos-formam-novo-partido-para-contornar-ilegalizacao-1622151[/url])


o gregos bem tentam..


tentam exactamente o quê, reg?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 02:52:34
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

É a tal coisa, ou deviam fazer isso ou legalizar o fascismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 02:55:43
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-25 08:43:55
o que não falta é ódio na sociedade. e inveja, despeito, coragem, medo, altruísmo, egoísmo e toda a panóplia de sentimentos humanos.

L

É por isso é que a esquerda radical pode ser perigosa num governo. Se parece ilógico que se chegarem ao governo comecem a tomar decisões estalinistas, a verdade é que as pessoas pouco mudam. Quando se está perante pessoas, que na sua génese impõem a sua vontade sobre os outros, torna-se assustador.

O potencial para aplicar doutrinas socialistas puras está lá, uma vez no governo, porquê não aplicá-las? Até porque se não o fizerem, também, não são esquerda radical mas uma outra coisa qualquer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 10:25:19
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D

Não li os posts todos mas não vi ninguém a insurgir-se contra a legalização de organizações que se revêem no fascismo portugues pre 25 de Abril.
O que dá impressão é que quem quer legalização do BE/PCP está muito contente com a ilegalização do fascismo já que isso é um pequeno alçapão lógico para justificar o desejo de proibir BE/PCP.
Nem percebo bem aparte esse pequeno argumento sofista, com que base se iria ilegalizar. Eles afirmam respeitar a democracia tal como está (não creio que tenham no programa ou estatutos algo a dizer que logo cheguem ao poder pretendem eliminar a democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado). Claro que vem logo os argumentos, "isso é o que dizem mas nos outros países sempre que chegaram ao poder foi o que se viu".
Com argumentos desses teríamos uma bela justiça se começássemos a condenar as pesssoas não pelos crimes mas pela possibilidade de os cometer.Alguém que tivesse tido uns pais envolvidos no mundo do crime ou cujo rosto se enquadrasse nos estereotipos faciais que vem nos manuais de criminologia deveria ser preso porque embora pareça ser muito solicito ao ajudar velhinhas a atravessar a rua tem a educaçºão do meio ou a ferocidade estampada no rosto e é uma questão de lhe surgir oportunidade para desatar a cometer crimes.

Nem sei bem a que é que corresponde proibição do fascismo já que pelo que se lê o PNR até se enquadra bem. É simplesmente proibição de usar a palavra fascista ou Salazar no nome ou programa?


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 11:08:20
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L


Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D


Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D


1- Não li os posts todos mas não vi ninguém a insurgir-se contra a legalização de organizações que se revêem no fascismo portugues pre 25 de Abril.
O que dá impressão é que quem quer legalização do BE/PCP está muito contente com a ilegalização do fascismo já que isso é um pequeno alçapão lógico para justificar o desejo de proibir BE/PCP.


Nem percebo bem aparte esse pequeno argumento sofista, com que base se iria ilegalizar. 2 Eles afirmam respeitar a democracia tal como está (não creio que tenham no programa ou estatutos algo a dizer que logo cheguem ao poder pretendem eliminar a democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado). Claro que vem logo os argumentos, "isso é o que dizem mas nos outros países sempre que chegaram ao poder foi o que se viu"
.
Com argumentos desses teríamos uma bela justiça se começássemos a condenar as pesssoas não pelos crimes mas pela possibilidade de os cometer.Alguém que tivesse tido uns pais envolvidos no mundo do crime ou cujo rosto se enquadrasse nos estereotipos faciais que vem nos manuais de criminologia deveria ser preso porque embora pareça ser muito solicito ao ajudar velhinhas a atravessar a rua tem a educaçºão do meio ou a ferocidade estampada no rosto e é uma questão de lhe surgir oportunidade para desatar a cometer crimes.

1 - Nem sei bem a que é que corresponde proibição do fascismo já que pelo que se lê o PNR até se enquadra bem. É simplesmente proibição de usar a palavra fascista ou Salazar no nome ou programa?


1 - Penso que deves ler mais para trás. Já foi debatido e já foi denunciado o PNR, até com palavras dos próprios.

2 - É extamente isso que pensam certas pessoas (vide citações a negriyo abaixo e em particular o sublinhado que fiz). Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).

António Barreto antevê governo de esquerda a "rebentar com toda a força" (http://www.rtp.pt/noticias/eleicoes-legislativas-2015/antonio-barreto-anteve-governo-de-esquerda-a-rebentar-com-toda-a-forca_n867815)

Citar
Entrevistado na RTP3, António Barreto considerou que o PS tem tudo a perder num entendimento à esquerda. E vaticinou vida breve para essa solução de governo, caso esta se concretize, e um futuro negro para Portugal.

Na Grande Entrevista, conduzida por Vítor Gonçalves, o sociólogo afirmou que, nas últimas três semanas, António Costa demonstrou uma enorme sede de sobrevivência política, agarrando-se à hipótese de chefiar um governo.

E apontou o que considera ser a irresistível "atração pelo poder" que tem movido PCP, BE e PS. "Resumo numa simples frase: cheira bem, cheira a poder", afirmou.

O sociólogo não põe, contudo, em causa a legitimidade das negociações à esquerda. Afirma que a coligação está a ver "fugir-lhe o poder" e por isso tenta tudo, até acusar a esquerda de querer usurpar o poder.

"Há duas esquerdas", lembrou Barreto, vaticinando que será isso que derrubará um eventual governo que se venha a formar à esquerda.

"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.

Contra comunismo, contra fascismo

Um governo com o comunismo não vai funcionar, nem "durar quatro anos", considera Barreto. "Quando se começar a discutir" sobre renacionalizações, o Tratado Orçamental e o défice orçamental, ou a estratégia da NATO e da União Europeia, " tudo isto, vai ser possível fazer com o Partido Comunista sempre a engolir sapos?" pergunta.

"Chegando a Aveiras vai-se ver que este governo de esquerda, artificial e oportunista, vai rebentar com toda a força", anteviu mesmo o sociólogo.

"Sou contra o comunismo como sou contra o fascismo, sou contra os dois", reconhece António Barreto, sem receio de ser chamado "anti-comunista primário". E questiona mesmo "não sei porque é que o comunismo tem uma benção superior à do fascismo".

Para o sociólogo, a abertura do PCP a um acordo de governo baseia-se, primeiro, nos "quatro anos de austeridade que não acabaram tão mal quanto eles pensavam" e, segundo, no facto de o PCP estar nos anos recentes "à margem do sistema político".

António Barreto diz que Portugal não é um país independente, está sob um protetorado fortíssimo europeu, económico e financeiro, e levará muito tempo a recuperar alguma soberania. O que teria também modificado a atitude do PCP.

"O PCP percebeu que os inimigos dele já não está cá estão na Europa", afirma e que os novos movimentos de esquerda em Espanha, Itália e Grécia, lhe mostraram que tinha de se aproximar do sistema democrático e de ter uma nota de "bom comportamento democrático e governativo", ou teria chegado ao fim.

"Fantasia alucinada"

Sobre a proposta comunista de querer que a União Europeia pague a saída de países do euro, António Barreto ironiza e diz que alguns partidos estão a transformar a União Europeia numa espécie de "Santa Casa da Misericórdia" que deve pagar todos os erros e disparates dos países-membros. "Estamos no domínio da fantasia alucinada", refere.

Para António Barreto, Cavaco Silva não pode recusar a tomada de posse de um governo por motivos políticos como o pôr em causa os compromissos europeus ou a participação de Portugal na NATO, se houver um compromisso dos partidos sobre essa questão.

O sociólogo diz ainda que as negociações entre o PS e a coligação falharam porque nenhum dos dois quis. "É preciso fazer uma grande coligação", como na Alemanha, recomenda, lamentando a incapacidade portuguesa de a formar.

António Barreto considera também que Passos Coelho cometeu um erro de análise, ao acreditar que António Costa nunca fosse tentar acordos à esquerda. Ou então, admite, "raciocinou com cinismo", acreditando que um governo de esquerda acabaria por resultar em novas eleições e uma "gloriosa" maioria à direita.

António Barreto desenha um futuro negro para um governo com o Bloco de Esquerda e do PCP no poder, afirmando que acabará num segundo resgate e num novo ciclo de grande austeridade.

Um cenário que faz com que o Partido Socialista neste governo tenha "tudo a perder à sua esquerda e à sua direita, tudo a perder. E tem a ganhar uma dúzia ou duas dúzias de meses de poder político para meia dúzia de pessoas. É pouco para um grande partido democrático", diz António Barreto. E Portugal também tem a perder, acrescenta.
Elites são o problema
Quanto à protelada apresentação do acordo à esquerda, que tem sido falado mas se mantém desconhecido, o sociólogo não hesita em referir diversos aspetos "anti-democráticos" da situação.

Para António Barreto, a situação de Portugal começa a assemelhar-se à da Grécia.

Já os portugueses, ao fim de quatro anos de austeridade, estão "apenas um pouco mais pobres" e "mais rijos", mas, sobretudo, mais "inseguros" quanto ao futuro e com "menos ilusões e menos interessados na política".

O sociólogo desdramatiza também a emigração e considera que a crise revelou que os portugueses "tiveram mais juízo do que se pensava e se portaram melhor do que as elites", as quais se "têm portado muitíssimo mal".

"Com elites decentes não teríamos a corrupção que temos, não teríamos a justiça que temos", uma justiça "miserável, em todos os estudos de opinião é o pior sector". "Nunca se viu na Europa uma coisa destas", concluiu.





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 11:37:18

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 11:43:44

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

Tens razão. Ainda é pior o do que isso, a meu ver. É mais assim: sem quererem saber se o primeiro indivíduo foi colocado de forma justa na prisão, querem colocar já os outros dois ou três, por assumirem que o primeiro foi (e está) justiçado. E em cima desta "ideia que já está vendida" (pois a mera menção da palavra "fascimo" é tomada como um argumento dogmático de medo), ninguém está verdadeiramente interessado em "mexer na porcaria" (olhar para esse artigo na Constituição e ver se faz sentido nos dias de hoje).

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 11:43:53

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 11:46:59

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

eagle, disseste exactamente a mesma coisa que eu disse. os users não estão a dizer algo diferente. estão a dizer precisamente o que eu disse. e tu acabaste de o confirmar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 11:47:36

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Que genéro de coerência é essa que admite um erro, NÃO O CORRIGE, e torna conscientemente a repetí-lo?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 11:51:42

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 11:52:20

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Não é por uma questão de coerência mas sim de equilibrio. Como disse, não é bonito. Mas prefiro o equilibrio em situações destas. Estamos a falar de extremismos e não de situações comuns. Portanto não me chateia nada que os dois extremos sejam injustiçados para evitar que apenas um seja.

Lark, tens a certeza que aquilo que eu disse em cima é o mesmo que tu disseste ? Não me parece... Tu afirmas que aqui todos estão a favor da ilegalização como primeira medida, enquanto a mim me parece que todos estão a favor da ilegalização como medida de recurso. Ligeira diferença, talvez....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 11:52:37
em que é que ficamos?
é para ilegalizar o PCP e o BE ou não?

L

Já andam um bocado confusos na geometria ao achar que um passo à esquerda são 2 passos atrás, por isso achar que ilegalizações protegem democracia não é um erro de lógica muito maior  ;D

Parece que a ideia não está a passar ... é uma questão de coerência, seria de ilegalizar o PCP/BE ou legalizar o fascismo.

Por uma questão de ética, o PCP e o BE deviam ser os que, a bem do espírito democrático, da liberdade e da coerência, deveriam pedir a legalização do fascismo ...  :D

Não li os posts todos mas não vi ninguém a insurgir-se contra a legalização de organizações que se revêem no fascismo portugues pre 25 de Abril.
O que dá impressão é que quem quer legalização do BE/PCP está muito contente com a ilegalização do fascismo já que isso é um pequeno alçapão lógico para justificar o desejo de proibir BE/PCP.
Nem percebo bem aparte esse pequeno argumento sofista, com que base se iria ilegalizar. Eles afirmam respeitar a democracia tal como está (não creio que tenham no programa ou estatutos algo a dizer que logo cheguem ao poder pretendem eliminar a democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado). Claro que vem logo os argumentos, "isso é o que dizem mas nos outros países sempre que chegaram ao poder foi o que se viu".
Com argumentos desses teríamos uma bela justiça se começássemos a condenar as pesssoas não pelos crimes mas pela possibilidade de os cometer.Alguém que tivesse tido uns pais envolvidos no mundo do crime ou cujo rosto se enquadrasse nos estereotipos faciais que vem nos manuais de criminologia deveria ser preso porque embora pareça ser muito solicito ao ajudar velhinhas a atravessar a rua tem a educaçºão do meio ou a ferocidade estampada no rosto e é uma questão de lhe surgir oportunidade para desatar a cometer crimes.

Nem sei bem a que é que corresponde proibição do fascismo já que pelo que se lê o PNR até se enquadra bem. É simplesmente proibição de usar a palavra fascista ou Salazar no nome ou programa?

É a proibição da ideologia fascista. Está algures para trás. "...ou que perfilhem a ideologia fascista”. É portanto uma proibição de partidos que perfilhem a ideologia fascista.

É perfeitamente natural que se isso está na lei, também nela devesse estar "ou que perfilhem a ideologia comunista".

Por fim, nota que é típico na política usar-se o "fait accompli". Os fascistas já estão nessa lista de proibidos, os comunistas não estão. Usa-se esse facto para "teoricamente" se dizer que deveria ser igual, mas depois ninguém fazer nada porque ninguém quer que seja igual (por sabe-se lá que razão). O facto é que a lei é enviezada, e o comunismo não tem qualquer vantagem sobre o fascismo, pelo contrário.

Também na realidade não seria de ilegalizar o PCP e BE, seria sim de ilegalizar os partidos "que perfilhassem a ideologia comunista".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 11:54:12

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 11:54:31
Que genéro de coerência é essa que admite um erro, NÃO O CORRIGE, e torna conscientemente a repetí-lo?

é o género de coerência ditatorial, totalitária e autoritária.
o deus das democracias nos livre de termos este género de gente algum dia no poder.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 11:55:31

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Lark, estou a comentar aquele parte das citação do eagle onde diz: "Se isso (de corrigir o erro) não é viável".  Não estou a dizer que não é viável---embora seja evidente que não há ninguém, à excepção do PNR, interessado em ir agitar essas águas. Até porque a haver uma mudança na Constituição, não seria certamente catapultada por esse artigo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 11:57:36

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 11:57:41

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Oh, mas achas que uma Assembleia controlada por partidos de esquerda alguma vez eliminaria algo tão obviamente injusto, mas que é "bom para eles"?

Ainda não deves ter compreendido que a base da ideologia de esquerda é favorecer as próprias opções face a opções neutras. É favorecer outcomes discrecionários em vez de outcomes livres. Porque achas que existe tanto asco a coisas como apoiar a cultura em função do público (nota, não se trata de apoiar ou não)?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 11:58:19
Também na realidade não seria de ilegalizar o PCP e BE, seria sim de ilegalizar os partidos "que perfilhassem a ideologia comunista".

Hahaha. Brincalhão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 11:58:59
Citar
Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).
Pois para muita gente prevenção é proibição, e estariam perfeitamente confortáveis se como medida de prevenção do crime se prendesse pessoas "potencialmente" perigosos e para prevenção de epidemias se matasse pessoas "potencialmente" portadoras do virus.


Citar
"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.
Não creio que frases do tipo "acabar com democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado" estejam no programa ou estatutos dos BE/PCP (alguém que mostre isso).De qq forma parece-me que o A. Barreto invoca esse juizo de intenções como argumento para o PS não se aliar ao PCP e não para ilegalizar.

Eu não tenho simpatias nenhumas pelo fascismo e não vou dispender tempo e energia a lutar pela legalização, mas se me aparecesse uma petição para o tal artigo aqui referido ser revisto era capaz de assinar (depende como estivesse escrita).
Se tal surgisse num cenário em que estivesse em discussão a ilegalização do PCP vs legalização de organizações com valores fascistas, muitos dos intervenientes  do forum iriam recusar assinar a petição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 11:59:30

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Outra coisa sem sentido. É ÓBVIO que quem peça que o fascismo seja tão legal como o comunismo vai ser visto como fascista, A MENOS que seja a esquerda a fazê-lo. Só a esquerda pode eliminar essa injustiça sem ser penalizada politicamente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 12:02:56
Citar
Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).
Pois para muita gente prevenção é proibição, e estariam perfeitamente confortáveis se como medida de prevenção do crime se prendesse pessoas "potencialmente" perigosos e para prevenção de epidemias se matasse pessoas "potencialmente" portadoras do virus.


Citar
"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.
Não creio que frases do tipo "acabar com democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado" estejam no programa ou estatutos dos BE/PCP (alguém que mostre isso).De qq forma parece-me que o A. Barreto invoca esse juizo de intenções como argumento para o PS não se aliar ao PCP e não para ilegalizar.

Eu não tenho simpatias nenhumas pelo fascismo e não vou dispender tempo e energia a lutar pela legalização, mas se me aparecesse uma petição para o tal artigo aqui referido ser revisto era capaz de assinar (depende como estivesse escrita).
Se tal surgisse num cenário em que estivesse em discussão a ilegalização do PCP vs legalização de organizações com valores fascistas, muitos dos intervenientes  do forum iriam recusar assinar a petição.

Vou tentar entender a última frase.

* TALVEZ votasses pela legalização do fascismo para tornar a situação justa.
* NÃO votarias pela ilegalização do comunismo para tornar a situação justa.

Isso implica que achas que o comunismo de alguma forma é menos perigoso que o fascismo, e que perferes uma situação injusta em que só uma das ideologias é proibida, a uma situação justa em que ambas são proibidas. São opiniões.

Imagino que depois um país onde o comunismo seja proibido e o fascismo permitido, possivelmente incomoda-te? Ou nem por isso?

Aliás, se fossemos pela prevenção se calhar até era de ser o comunismo proibido e o fascismo livre. Porquê? Porque com tanto comunista, o risco de um regime puramente comunista é real, ao passo que não existem praticamente fascistas pelo que o risco de um regime fascista é mínimo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:04:58
alguma vez, mesmo quando o PSD e o CDS tinham maioria absoluta, se dispuseram a tentar fazer aprovar a revogação desse artigo?
resposta: NÃO!

alguma vez algum grupo de cidadãos se mostrou disponável para fazer a recolha de assinaturas necessária para peticionar a assembleia para que esta revogue o artigo?
resposta: NÃO!

parece-me qu eo PSD e o CDS estão claramente em falta com os seus eleitores ao ingnorarem este assunto, e os próprios eleitores não estão para se cansar a tomar iniciativas para mudar o estado de coisas.

posso desde já dizer: apresentem-me uma petição para revogar o artigo e eu assino na hora.

aposto que este grupo de cidadãos preocupados vai já pôr-se em campo para definir o texto da petição e começar a recolher assinaturas.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:04:58

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:06:52
alguma vez, mesmo quando o PSD e o CDS tinham maioria absoluta, se dispuseram a tentar fazer aprovar a revogação desse artigo?
resposta: NÃO!

alguma vez algum grupo de cidadãos se mostrou disponável para fazer a recolha de assinaturas necessária para peticionar a assembleia para que esta revogue o artigo?
resposta: NÃO!

parece-me qu eo PSD e o CDS estão claramente em falta com os seus eleitores ao ingnorarem este assunto, e os próprios eleitores não estão para se cansar a tomar iniciativas para mudar o estado de coisas.

posso desde já dizer: apresentem-me uma petição para revogar o artigo e eu assino na hora.

aposto que este grupo de cidadãos preocupados vai já pôr-se em campo para definir o texto da petição e começar a recolher assinaturas.

L

L

Queres ser tu o primeiro ? Ou o teu papel é só provocar os outros ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 12:09:19
alguma vez, mesmo quando o PSD e o CDS tinham maioria absoluta, se dispuseram a tentar fazer aprovar a revogação desse artigo?
resposta: NÃO!

alguma vez algum grupo de cidadãos se mostrou disponável para fazer a recolha de assinaturas necessária para peticionar a assembleia para que esta revogue o artigo?
resposta: NÃO!

parece-me qu eo PSD e o CDS estão claramente em falta com os seus eleitores ao ingnorarem este assunto, e os próprios eleitores não estão para se cansar a tomar iniciativas para mudar o estado de coisas.

posso desde já dizer: apresentem-me uma petição para revogar o artigo e eu assino na hora.

aposto que este grupo de cidadãos preocupados vai já pôr-se em campo para definir o texto da petição e começar a recolher assinaturas.

L

L

É perfeitamente óbvio que ninguém quer fazer nada quanto ao assunto pois o assunto é extraodinariamente impopular. E que os ÚNICOS que podem fazer alguma coisa quanto a repor a justiça são partidos de esquerda ou extrema-esquerda.

Logo só podemos avaliar a acção DESSES quanto à eliminação dessa injustiça - pois são os únicos na posição de a eliminar.

É também óbvio que as decisões na esquerda são essencialmente tomadas em função daquilo que desejam, existem estudos sobre isto até para o Tribunal Constitucional (os juízes eleitos por partidos de esquerda votam mais em função do interesse político do que os outros, onde o voto é mais imprevisível).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 12:10:38
alguma vez, mesmo quando o PSD e o CDS tinham maioria absoluta, se dispuseram a tentar fazer aprovar a revogação desse artigo?
resposta: NÃO!

alguma vez algum grupo de cidadãos se mostrou disponável para fazer a recolha de assinaturas necessária para peticionar a assembleia para que esta revogue o artigo?
resposta: NÃO!

parece-me qu eo PSD e o CDS estão claramente em falta com os seus eleitores ao ingnorarem este assunto, e os próprios eleitores não estão para se cansar a tomar iniciativas para mudar o estado de coisas.

posso desde já dizer: apresentem-me uma petição para revogar o artigo e eu assino na hora.

aposto que este grupo de cidadãos preocupados vai já pôr-se em campo para definir o texto da petição e começar a recolher assinaturas.

L

L

Queres ser tu o primeiro ? Ou o teu papel é só provocar os outros ?

A posição do Lark é a do "fait accompli". É uma coisa que vale a pena usar para interpretar a política. Ele está muito confortável em o fascismo ser proibido e o comunismo não. Nominalmente diz algo diferente porque soa bem, mas não faria nada para alterar essa realidade.

Se fosse o comunismo a coisa proibida, a posição do Lark seria bem diferente e já teríamos uma petição iniciada e já existiriam berros na rua por parte de milhares de pessoas de esquerda quanto à injustiça.

É como a coisa funciona.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:12:04

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

A PaF não tem que resolver nada.
tem que apresentar o projecto de revogação da lei, demonstrando que é injusta e ultrapassada. tem que tomar a iniciativa.

tem que trabalhar. tem que fazer o que é suposto fazer-se em democracia.

e meu caro, classificar os outros não é proíbir os outros.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 12:12:56
Citar
Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).
Pois para muita gente prevenção é proibição, e estariam perfeitamente confortáveis se como medida de prevenção do crime se prendesse pessoas "potencialmente" perigosos e para prevenção de epidemias se matasse pessoas "potencialmente" portadoras do virus.


Citar
"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.
Não creio que frases do tipo "acabar com democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado" estejam no programa ou estatutos dos BE/PCP (alguém que mostre isso).De qq forma parece-me que o A. Barreto invoca esse juizo de intenções como argumento para o PS não se aliar ao PCP e não para ilegalizar.

Eu não tenho simpatias nenhumas pelo fascismo e não vou dispender tempo e energia a lutar pela legalização, mas se me aparecesse uma petição para o tal artigo aqui referido ser revisto era capaz de assinar (depende como estivesse escrita).
Se tal surgisse num cenário em que estivesse em discussão a ilegalização do PCP vs legalização de organizações com valores fascistas, muitos dos intervenientes  do forum iriam recusar assinar a petição.

Vou tentar entender a última frase.

* TALVEZ votasses pela legalização do fascismo para tornar a situação justa.
* NÃO votarias pela ilegalização do comunismo para tornar a situação justa.

Isso implica que achas que o comunismo de alguma forma é menos perigoso que o fascismo, e que perferes uma situação injusta em que só uma das ideologias é proibida, a uma situação justa em que ambas são proibidas. São opiniões.

Imagino que depois um país onde o comunismo seja proibido e o fascismo permitido, possivelmente incomoda-te? Ou nem por isso?

Aliás, se fossemos pela prevenção se calhar até era de ser o comunismo proibido e o fascismo livre. Porquê? Porque com tanto comunista, o risco de um regime puramente comunista é real, ao passo que não existem praticamente fascistas pelo que o risco de um regime fascista é mínimo.

Eu estou-me nas tintas para o fascismo e não me vou mexer para alterar a situação, mas se aparecessem com uma petição não me custava assinar.
Se aparecessem com uma petição a favor da ilegalização do comunismo não assinava.
Nem sei, nem vou perder tempo a avaliar quem é mais ou menos perigoso: não tenho medo nem de comunistas nem de fascistas.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:15:06
já disse e repito.

apresentem-me uma petição e eu assino na hora.

não estão para se dar ao trabalho de elaborar a petição?
não estão para se dar ao trabalho de contactar os deputados da Paf?

é pena!
mas então não se queixem.

os instrumentos democráticos estão aí. é só utilizá-los.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:16:50

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

A PaF não tem que resolver nada.
tem que apresentar o projecto de revogação da lei, demonstrando que é injusta e ultrapassada. tem que tomar a iniciativa.

tem que trabalhar. tem que fazer o que é suposto fazer-se em democracia.

e meu caro, classificar os outros não é proíbir os outros.

L

classificar não é proibir. é apenas o primeiro passo para lá se chegar. nem sempre, mas por vezes... e já o vimos tantas e tantas vezes acontecer. "estrelas amarelas ao peito", "burgueses", "intelectuais", "pretos", "colonialistas", "mulheres", etc. tudo classificaçãoes que serviram de base para definir o que determinadas pessoas podiam ou não fazer. incluindo se podiam ou não viver.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:18:22
já disse e repito.

apresentem-me uma petição e eu assino na hora.

não estão para se dar ao trabalho de elaborar a petição?
não estão para se dar ao trabalho de contactar os deputados da Paf?

é pena!
mas então não se queixem.

os instrumentos democráticos estão aí. é só utilizá-los.

L

dizes e repetes, repetes e repetes. só não fazes. igual a todos nós. portanto pára lá de pedir aos outros e começa tu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:20:30

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

A PaF não tem que resolver nada.
tem que apresentar o projecto de revogação da lei, demonstrando que é injusta e ultrapassada. tem que tomar a iniciativa.

tem que trabalhar. tem que fazer o que é suposto fazer-se em democracia.

e meu caro, classificar os outros não é proíbir os outros.

L

classificar não é proibir. é apenas o primeiro passo para lá se chegar. nem sempre, mas por vezes... e já o vimos tantas e tantas vezes acontecer. "estrelas amarelas ao peito", "burgueses", "intelectuais", "pretos", "colonialistas", "mulheres", etc. tudo classificaçãoes que serviram de base para definir o que determinadas pessoas podiam ou não fazer. incluindo se podiam ou não viver.

não fui eu que demonstrei a intenção de proíbir.
as tuas tentativas de tentar virar o bico ao prego são patéticas.

faz alguma coisa.
com as capacidades da informática nestes dias, é bastante fácil pôr qualquer coisa a mexer.
abre uma página no facebook. um ashtag no twitter.
podes estar certo que estarei lá a apoiar a iniciativa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:23:28

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

A PaF não tem que resolver nada.
tem que apresentar o projecto de revogação da lei, demonstrando que é injusta e ultrapassada. tem que tomar a iniciativa.

tem que trabalhar. tem que fazer o que é suposto fazer-se em democracia.

e meu caro, classificar os outros não é proíbir os outros.

L

classificar não é proibir. é apenas o primeiro passo para lá se chegar. nem sempre, mas por vezes... e já o vimos tantas e tantas vezes acontecer. "estrelas amarelas ao peito", "burgueses", "intelectuais", "pretos", "colonialistas", "mulheres", etc. tudo classificaçãoes que serviram de base para definir o que determinadas pessoas podiam ou não fazer. incluindo se podiam ou não viver.

não fui eu que demonstrei a intenção de proíbir.
as tuas tentativas de tentar virar o bico ao prego são patéticas.

faz alguma coisa.
com as capacidades da informática nestes dias, é bastante fácil pôr qualquer coisa a mexer.
abre uma página no facebook. um ashtag no twitter.
podes estar certo que estarei lá a apoiar a iniciativa.

L

tem lá atenção às classificações que estás a usar. "patético" pode não ser muito agradável...
volto a dizer o mesmo que te digo sempre que pedes aos outros para fazerem algo. se estás disposto a assinar uma petição, então em vez de pedir aos outros para a criarem, cria-a tu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:28:53

todo este raciocínio é extraordinariamente falacioso.
two wrongs don't make one right.

se entendem que a proibição de partidos fascistas é um erro, porquê cometê-lo a dobrar e a triplicar, ilegalizando e PCP e o BE?

é uma curiosa noção de justiça:

diz este brilhante raciocínio que se se colocou injustamente um indíviduo na prisão (ilegalização de partidos fascistas), tem que se encarcerar injustamente um outro, ou até dois, para fazer justiça.


é um raciocínio brilhante, digno de mentes muito avançadas.

parabéns. devem ter batido algum recorde. de qualquer coisa.

L

Lark,

Parece-me que na generalidade o que os users estão a dizer é diferente: nenhum devia ser ilegal, mas se um deles é, então os outros tb devem ser.

Ou seja, não se trata de cometer um novo erro para emendar um erro existente, mas sim corrigir o primeiro erro em primeiro lugar. E se isso não é viável, então equilibrar, mesmo que implique duplicar os erros.

Não é bonito, não é provavelmente a melhor forma de fazer justiça, mas ninguém é perfeito nem tem varinha mágica. Se tu tens, força. Só não te esqueças que não estamos no plano teórico mas sim a comentar algo real (fascismo proibido na constituição mas comunismo não).

Não estou de acordo com isto. Nada, nada, nada. Então se um erro está cometido e não se consegue "emendar", vamos fazer mais erros iguais... just for the sake of coherence? ???  ???

Porque é que não se consegue emendar?
Consegue-se perfeitamente: pelos métodos democráticos. Eleger representantes que revoguem esse artigo da constituição.
Ou peticionar a assembleia para o fazer, com os representantes existentes.

L

Concordo, vamos então esperar que o provavel governo de esquerda que aí vem, tão defensor das liberdades, faça essa emenda e revogue o artigo da constituição. Eu estou sentado e vocês ?

não fiques sentado. levanta-te e arranja assinaturas suficientes para fazer uma petição à assembleia da república.

melhor ainda: contacta os deputados da PaF e pede-lhes para apresentarem legislação no sentido de revogar esse artigo da constituição.
diz-lhes a eles para levantarem o rabo e mexerem-se.

L

Não tenho a certeza se o teu propósito é provocar ou se apenas enviesado nas análises que fazes. Vamos ter governo de esquerda e queres que seja o PaF a resolver algo, para o qual necessitaria de maioria de 2/3 no parlamento ?

Chamas autoritários a todos os outros users, ou a quase todos, e ao mesmo tempo afirmas volta e meia que dizemos o mesmo que tu.

Apresentas-te como libertário, defensor de todas as liberdades, mas és rápido a classificar os outros quando achas que têm opinião distinta.

"defendo a tua liberdade, mas se defendes algo diferente do que eu defendo, então meto-te um rotulo que à partida considero negativo"

A PaF não tem que resolver nada.
tem que apresentar o projecto de revogação da lei, demonstrando que é injusta e ultrapassada. tem que tomar a iniciativa.

tem que trabalhar. tem que fazer o que é suposto fazer-se em democracia.

e meu caro, classificar os outros não é proíbir os outros.

L

classificar não é proibir. é apenas o primeiro passo para lá se chegar. nem sempre, mas por vezes... e já o vimos tantas e tantas vezes acontecer. "estrelas amarelas ao peito", "burgueses", "intelectuais", "pretos", "colonialistas", "mulheres", etc. tudo classificaçãoes que serviram de base para definir o que determinadas pessoas podiam ou não fazer. incluindo se podiam ou não viver.

não fui eu que demonstrei a intenção de proíbir.
as tuas tentativas de tentar virar o bico ao prego são patéticas.

faz alguma coisa.
com as capacidades da informática nestes dias, é bastante fácil pôr qualquer coisa a mexer.
abre uma página no facebook. um ashtag no twitter.
podes estar certo que estarei lá a apoiar a iniciativa.

L

tem lá atenção às classificações que estás a usar. "patético" pode não ser muito agradável...
volto a dizer o mesmo que te digo sempre que pedes aos outros para fazerem algo. se estás disposto a assinar uma petição, então em vez de pedir aos outros para a criarem, cria-a tu.

ok, peço desculpa pelo 'patético'.
mas não será evidente que as pessoas que levantaram a lebre e que demonstraram de imediato a sua intenção de proíbir, de equilibrar um erro com outros dois, sejam os primeiros a fazer algo para resolver a situação?

têm que ser os que são contra as proibições que têm que se levantar para proteger as vossas liberdades? defendendo vocês proibições?
não achas que estarás a exagerar (exagerar é o maior eufemismo, neste contexto)?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 12:33:00
sem usar o "citar" que o lençol vai grande...

realmente quem se sente incomodado com algo, deve agir em conformidade

a minha questão é que tu estás a espicaçar os outros a agir em conformidade com a vontade de proibir (se tal realmente se verifica), mas tu próprio deverias agir. afinal se és contra as proibições porque não fazes algo concreto para eliminar a proibição dos fascismo ?

estou a exagerar em quê ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 12:45:52
Realmente é preciso má-fé.
Querem proibir os partidos de esquerda, e arranjaram um sofisma rídiculo que emula a lógica de uma pseudo-implicação.
No entanto rectificar a primeira premissa é coisa que não interessa absolutamente nada porque a seguir nem esse argumento teriam para esgrimir na vossa senda prohibicionista  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 12:50:57
sem usar o "citar" que o lençol vai grande...

realmente quem se sente incomodado com algo, deve agir em conformidade

a minha questão é que tu estás a espicaçar os outros a agir em conformidade com a vontade de proibir (se tal realmente se verifica), mas tu próprio deverias agir. afinal se és contra as proibições porque não fazes algo concreto para eliminar a proibição dos fascismo ?

estou a exagerar em quê ?

desculpa eagle, mas não vou explicar mais.
se ainda não percebeste, não me parece que venhas a perceber. e não tem nada a ver coma tua capacidade intelectual.
não queres perceber!

0. achas a ilegalização de partidos fascistas injusta;
1. queres ilegalizar os partidos comunistas, compensando uma injustiça com outra.
2. não queres fazer nada por isso.
3. queres que os outros façam por ti.

acho que está tudo dito.

já agora, como te propunhas levar a cabo a ilegalização do PCP e do BE? tinham que ser o próprio BE e o PCP a auto proibir-se?
também não estavas disposto a fazer nada para que isso acontecesse?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 12:52:34
Realmente é preciso má-fé.
Querem proibir os partidos de esquerda, e arranjaram um sofisma rídiculo que emula a lógica de uma pseudo-implicação.
No entanto rectificar a primeira premissa é coisa que não interessa absolutamente nada porque a seguir nem esse argumento teriam para esgrimir na vossa senda prohibicionista  ;D

Ninguém quer proibir os partidos de esquerda. Apenas se pede coerência, ou fascismo e comunismo são proibidos ou ambos são livres. A solução final tanto faz, é mais justa e fala-se disto por uma questão de princípios.

Mas claro, os partidos "de esquerda" geralmente não querem saber de princípios, apenas de resultados. Daí que mesmo que tomem consciência desta injustiça, nada fazem para a eliminar. Porque o resultado (fascismo proibido, comunismo não) lhes interessa. Os partidos de direita nada podem fazer nesta situação pois politicamente seria extraordinariamente negativo fazerem alguma coisa.

----

De notar por fim que se a questão fosse ao contrário, a esquerda berraria na rua pela legalização do comunismo, em vez de dizer aos outros (que NÃO são fascistas) "eh pah se querem resolver isso façam vocês uma petição". É a tal coisa, não lhes interessam os princípios, apenas os resultados. É a mesma coisa na cultura (querem determinadas coisas apoiadas, não o que seja escolhido livremente) ou na educação (querem determinados públicos favorecidos, e não escolha livre) e por aí adiante.

Isto de resto é óbvio para qualquer pessoa minimamente inteligente.

-----

Mas pronto, vamos concordar: "que façam outros quaisquer o referendo para isso". Se algum dia chegar a vez do comunismo, lá estarei para dar a mesma resposta, também, se é uma resposta aceitável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 12:55:20
sem usar o "citar" que o lençol vai grande...

realmente quem se sente incomodado com algo, deve agir em conformidade

a minha questão é que tu estás a espicaçar os outros a agir em conformidade com a vontade de proibir (se tal realmente se verifica), mas tu próprio deverias agir. afinal se és contra as proibições porque não fazes algo concreto para eliminar a proibição dos fascismo ?

estou a exagerar em quê ?

desculpa eagle, mas não vou explicar mais.
se ainda não percebeste, não me parece que venhas a perceber. e não tem nada a ver coma tua capacidade intelectual.
não queres perceber!

0. achas a ilegalização de partidos fascistas injusta;
1. queres ilegalizar os partidos comunistas, compensando uma injustiça com outra.
2. não queres fazer nada por isso.
3. queres que os outros façam por ti.

acho que está tudo dito.

já agora, como te propunhas levar a cabo a ilegalização do PCP e do BE? tinham que ser o próprio BE e o PCP a auto proibir-se?
também não estavas disposto a fazer nada para que isso acontecesse?

L

Está mal interpretado. Não é necessário achar que os partidos fascistas estarem ilegalizados é injusto. Se calhar é justo, devido ao que advogam.

A questão é que os comunistas advogam similar.

Portanto INDEPENDENTENTE de se achar que é justo ou não algum estar ilegalizado, é justo estarem OU AMBOS ou NENHUM ilegalizados. Porque são a mesma coisa. A única situação injusta é um ser legal e o outro ilegal. O resto são opiniões.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 13:06:38
Citar
Apenas se pede coerência, ou fascismo e comunismo são proibidos ou ambos são livres.
Se essa coerência incomoda tanto lutem pela rectificação.
Eu posso ver falta de coerência mas não é coisa que me incomode e por isso não vou ter nenhuma atitude proactiva.
Mas poderei ter uma atitude de apoio preguiçoso: se vierem com petição pro-legalização assino, já se vierem com petição pro-proibição não assino.

Citar
De notar por fim que se a questão fosse ao contrário, a esquerda berraria na rua pela legalização do comunismo,
Mas quem impede os fascistas de fazer o mesmo? (não tem de se constituir em partido para se encontrarem numa avenida e berrarem).
Se vierem meia duzia de skin heads a minha casa com a tal petição, não me vou entrincheirar, abro-lhes a porta e assino. Transmitam-lhes que podem vir sem medo que não vou sacar da negra  ;D
 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 13:12:39
Lark, vais-me desculpar, mas estás totalmente equivocado. Eu percebo-te muito bem. Se não percebesse não estava a aqui a dialogar contigo. Não concordo contigo. Principalmente na forma como actuas ou pedes aos outros para actuar.

E não quero ilegalizar os comunistas para compensar a injustiça da ilegalização do fascismo. Quero é eliminar as proibições de partidos (estamos a dizer o mesmo, não estamos ?).

Mas não sou naive ao ponto de achar que alguma vez neste País, o fascismo seria legalizado. Portanto temos duas hipóteses teóricas. Aceitar isso ou equilibrar as coisas.

E reforço o teórico. Não há qualquer hipótese de legalizar o fascismo. Seja porque o parlamento é dominado pela esquerda (mesmo quando a direita tem maioria absoluta, esta não atinge os 2/3 e um partido de centro-esquerda não se iria esticar por uma alteração destas), seja porque a sociedade não iria compreender ou aceitar esta medida.

Mais te digo, não vou fazer nada para proibir um partido comunista. Pelos motivos acima, tal seria igualmente impossível. Chama-me hipocrita. Ou chama-me realista. Ou não me chames nada. As you wish.

Já agora, por curiosidade, fiz o Political Compass e qual não é o meu espanto quando o resultado dá libertário de esquerda. Ainda bem que aquilo tem o eixo de referência muito à direita. Senão estava já a beber vinagre para me purgar...

E agora vou preparar-me para ver o Benfica, esse clube acarinhado pelo fascismo do estado novo. E pelas elites governativas desse regime. Ah não, o Sporting é que é um clube de elites. Grande confusão que é isto do futebol. Ainda bem que a politica é simples.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 13:26:00
Lark, vais-me desculpar, mas estás totalmente equivocado. Eu percebo-te muito bem. Se não percebesse não estava a aqui a dialogar contigo. Não concordo contigo. Principalmente na forma como actuas ou pedes aos outros para actuar.

E não quero ilegalizar os comunistas para compensar a injustiça da ilegalização do fascismo. Quero é eliminar as proibições de partidos (estamos a dizer o mesmo, não estamos ?).

Mas não sou naive ao ponto de achar que alguma vez neste País, o fascismo seria legalizado. Portanto temos duas hipóteses teóricas. Aceitar isso ou equilibrar as coisas.

E reforço o teórico. Não há qualquer hipótese de legalizar o fascismo. Seja porque o parlamento é dominado pela esquerda (mesmo quando a direita tem maioria absoluta, esta não atinge os 2/3 e um partido de centro-esquerda não se iria esticar por uma alteração destas), seja porque a sociedade não iria compreender ou aceitar esta medida.

Mais te digo, não vou fazer nada para proibir um partido comunista. Pelos motivos acima, tal seria igualmente impossível. Chama-me hipocrita. Ou chama-me realista. Ou não me chames nada. As you wish.

Já agora, por curiosidade, fiz o Political Compass e qual não é o meu espanto quando o resultado dá libertário de esquerda. Ainda bem que aquilo tem o eixo de referência muito à direita. Senão estava já a beber vinagre para me purgar...

E agora vou preparar-me para ver o Benfica, esse clube acarinhado pelo fascismo do estado novo. E pelas elites governativas desse regime. Ah não, o Sporting é que é um clube de elites. Grande confusão que é isto do futebol. Ainda bem que a politica é simples.


ok. bom futebol.

SPOOOOOOORRRRTING!

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: eagle51 em 2015-10-25 13:28:35
Lark, vais-me desculpar, mas estás totalmente equivocado. Eu percebo-te muito bem. Se não percebesse não estava a aqui a dialogar contigo. Não concordo contigo. Principalmente na forma como actuas ou pedes aos outros para actuar.

E não quero ilegalizar os comunistas para compensar a injustiça da ilegalização do fascismo. Quero é eliminar as proibições de partidos (estamos a dizer o mesmo, não estamos ?).

Mas não sou naive ao ponto de achar que alguma vez neste País, o fascismo seria legalizado. Portanto temos duas hipóteses teóricas. Aceitar isso ou equilibrar as coisas.

E reforço o teórico. Não há qualquer hipótese de legalizar o fascismo. Seja porque o parlamento é dominado pela esquerda (mesmo quando a direita tem maioria absoluta, esta não atinge os 2/3 e um partido de centro-esquerda não se iria esticar por uma alteração destas), seja porque a sociedade não iria compreender ou aceitar esta medida.

Mais te digo, não vou fazer nada para proibir um partido comunista. Pelos motivos acima, tal seria igualmente impossível. Chama-me hipocrita. Ou chama-me realista. Ou não me chames nada. As you wish.

Já agora, por curiosidade, fiz o Political Compass e qual não é o meu espanto quando o resultado dá libertário de esquerda. Ainda bem que aquilo tem o eixo de referência muito à direita. Senão estava já a beber vinagre para me purgar...

E agora vou preparar-me para ver o Benfica, esse clube acarinhado pelo fascismo do estado novo. E pelas elites governativas desse regime. Ah não, o Sporting é que é um clube de elites. Grande confusão que é isto do futebol. Ainda bem que a politica é simples.


ok. bom futebol.

SPOOOOOOORRRRTING!

L

Raios, nem nisto.... :)

BEEEEENFIIIIICA !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 13:33:26
Lark, vais-me desculpar, mas estás totalmente equivocado. Eu percebo-te muito bem. Se não percebesse não estava a aqui a dialogar contigo. Não concordo contigo. Principalmente na forma como actuas ou pedes aos outros para actuar.

E não quero ilegalizar os comunistas para compensar a injustiça da ilegalização do fascismo. Quero é eliminar as proibições de partidos (estamos a dizer o mesmo, não estamos ?).

Mas não sou naive ao ponto de achar que alguma vez neste País, o fascismo seria legalizado. Portanto temos duas hipóteses teóricas. Aceitar isso ou equilibrar as coisas.

E reforço o teórico. Não há qualquer hipótese de legalizar o fascismo. Seja porque o parlamento é dominado pela esquerda (mesmo quando a direita tem maioria absoluta, esta não atinge os 2/3 e um partido de centro-esquerda não se iria esticar por uma alteração destas), seja porque a sociedade não iria compreender ou aceitar esta medida.

Mais te digo, não vou fazer nada para proibir um partido comunista. Pelos motivos acima, tal seria igualmente impossível. Chama-me hipocrita. Ou chama-me realista. Ou não me chames nada. As you wish.

Já agora, por curiosidade, fiz o Political Compass e qual não é o meu espanto quando o resultado dá libertário de esquerda. Ainda bem que aquilo tem o eixo de referência muito à direita. Senão estava já a beber vinagre para me purgar...

E agora vou preparar-me para ver o Benfica, esse clube acarinhado pelo fascismo do estado novo. E pelas elites governativas desse regime. Ah não, o Sporting é que é um clube de elites. Grande confusão que é isto do futebol. Ainda bem que a politica é simples.


ok. bom futebol.

SPOOOOOOORRRRTING!

L

Raios, nem nisto.... :)

BEEEEENFIIIIICA !

se toda a gente gostasse do mesmo isto era tudo era uma chatice.
e o amarelo não se vendia.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 14:59:55
Futebol. Finalmente um assunto com interesse!!!  :D

Acho que já todos entenderam as opiniões e motivações dos outros, e acho que já todos entenderam que ninguém vai fazer absolutamente nada para tentar alterar a Constituição, seja para "legalizar" o fascimo, seja para "ilegalizar" o comunismo. Também já foram dadas justificações totalmente palusíveis para que isso não suceda a nível partidário, porque não é do interesse de ninguém (pelo contrário, é uma lebre que mais vale manter longe do debate público). Let's move on?

Voltando ao assunto do tópico, the clock is ticking---para os dois lados. A Paf tem de apresentar o programa de Governo, e a "coligação" de esquerda tem de se entender rapidamente sobre uma base de "associação firme e duradoura"... por escrito.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 15:06:21
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?


Consigo melhor: mostrar a prática do PCP quando chega ao poder em Portugal (neste caso, Poder Local). Não acontece nada de especial, e nas eleições seguintes podem ficar ou ser corridos de lá como qualquer outro partido.

Arranjo uma citação de um comunista destacado, pode ser?

[url]http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp[/url] ([url]http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp[/url])

Não parece uma boa escolha Karnuss. O Octávio Teixeira é um elemento que há muitos anos que está contra a linha oficial do partido. Inclusivamente a citação no site da esquerda.net que deixaste é parcial.

Ora aqui vai um texto mais completo dessa intervenção:
Citar
Octávio Teixeira arrasa teses comunistas

O ex-líder parlamentar do PCP, Octávio Teixeira tece fortes criticas, no programa "Politicamente" da RCP de amanhã, às teses do PCP ao XVIII Congresso daquele partido. (Oiça as críticas de Octávio Teixeira no fim do texto)

Pessoalmente não acompanho essas teses", diz o economista e ex-líder parlamentar dos comunistas Octávio Teixeira entrevistado no programa "Politicamente" que vai amanhã para o ar, entre as12h e as 13 horas, no Rádio Clube Português (RCP).

Octávio Teixeira manifesta total desacordo com as referências à Coreia do Norte e à ex-URSS no documento aprovado pelo Comité Central dos comunistas e que está em discussão no seio dos militantes daquele partido para posterior aprovação no XVIII Congresso, que decorrerá de 29 de Novembro a 1 de Dezembro, no Campo Pequeno, em Lisboa.

Nas teses o PCP considera a República Democrática e Popular da Coreia um país que "define como orientação e objectivo a construção duma sociedade socialista".


Questionado por Pedro Adão e Silva e Pedro Marques Lopes se subscreve as teses naquele capítulo Octávio Teixeira é peremptório: "Nunca a Coreia do Norte foi considerada pelo PCP como um país socialista e não vejo razão nenhuma para alterar essa posição".

Confrontado pelos seus entrevistadores sobre declarações no sentido das teses feitas há já alguns anos pelo actual líder parlamentar dos comunistas, Bernardino Soares, Octávio Teixeira desvaloriza-as: "Foi um descuido, um lapso".

Também relativamente às considerações sobre a queda da ex-URSS, justificadas nas teses pelas "graves cedências e capitulações ideológicas, políticas e de classe que se manifestaram sobretudo a partir de meados da década de 80", numa alusão à administração Gorbatchov, são contestadas.

Octávio Teixeira afirma que "a análise do que sucedeu na URSS e no antigo mundo socialista já está razoavel e suficientemente bem feita em congressos anteriores" afirmando não acompanhar estas teses também nesse capítulo.

O ex-líder parlamentar comunista não tem "a mínima dúvida que quem quer que tenha apresentado essa proposta teve algum vencimento de causa" porque as teses foram aprovadas pelo Comité Central.
[url]http://expresso.sapo.pt/actualidade/octavio-teixeira-arrasa-teses-comunistas=f427966[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/actualidade/octavio-teixeira-arrasa-teses-comunistas=f427966[/url])


Portanto, aquilo que eu disse mantém-se. A linha oficial do PCP é, de facto, de apoio tanto aos lider da Coreia do Norte, como aos assassinos da ex-URSS. Não consegues encontrar nenhuma afirmação oficial, seja do tempo do Cunhal, seja do Carlos Carvalhas, seja do Jerónimo de Sousa a condenar quaisquer destes regimes.

Donde se deduz que quem vota no PCP está confortável com essa linha oficial de apoio a países que assassinaram milhões de pessoas e que perseguem, prendem, escravizam e matam quem esteja contra a linha oficial do seus lideres.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 15:08:21
Se vierem meia duzia de skin heads a minha casa com a tal petição, não me vou entrincheirar, abro-lhes a porta e assino. Transmitam-lhes que podem vir sem medo que não vou sacar da negra  ;D
Se esse movimento de recolha de assinaturas fosse considerado uma associação de pessoas eram logo presos com base na constituição.

Citar
4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 15:22:33
Se vierem meia duzia de skin heads a minha casa com a tal petição, não me vou entrincheirar, abro-lhes a porta e assino. Transmitam-lhes que podem vir sem medo que não vou sacar da negra  ;D
Se esse movimento de recolha de assinaturas fosse considerado uma associação de pessoas eram logo presos com base na constituição.

Citar
4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.

Bastava não serem skins (nem aparentarem ser) e dizerem que não eram fascistas.

Isto daria um belo sketch à boa moda dos Monty Pyton

- Errr... Are you young men fascists?
- No Ma'am! Simply collecting signatures for a petition.
- It's that a swastika tattooed on you right bicep?
- Is it? I wonder... Haven't noticed that before... Goddamn kids playing with black markers... gonna give'em hell when I get home! Just sign there, Ma'am, if you please...
- Am I joining a club, here?
- No club, Ma'am, it's a Party.
- Oh... I always loved parties...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 15:31:30
um grupo que ande a recolher assinaturas para ilegalizar a entrada de negros em cinemas presume-se que é uma associação de pessoas (embora não formal) que defende o racismo. ilegal, portanto.
se ao invés disso andarem a recolher assinaturas a querer a legalização do fascismo não parece diferente. o mais certo era irem directo para o calabouço da esquadra mais próxima.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 16:00:58
Se vierem meia duzia de skin heads a minha casa com a tal petição, não me vou entrincheirar, abro-lhes a porta e assino. Transmitam-lhes que podem vir sem medo que não vou sacar da negra  ;D
Se esse movimento de recolha de assinaturas fosse considerado uma associação de pessoas eram logo presos com base na constituição.

Citar
4. Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.

Eu estou-me nas tintas para os gajos, mas o que digo é que se vierem ter comigo com texto razoavel (nada de liberdade de criar milicias ou coisas do genero), assino sem receio de ser preso por cumplicidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 17:34:37
nao eh um tema facil de responder com grandes certezas, mas so quero falar duma diferenca:

o discurso dos partidos comunistas eh muito mais facil de aceitar, falam da inclusao, da solidariedade, dos pobres, etc etc

o discurso dos fascistas eh muito mais problematico numa democracia, pelo menos alguma parte dele

mas depois de terem poder sao todos iguais





Também depende dos países. Na maioria da Europa a extrema-direita tem razoável implantação. Nisso, Portugal é a excepção. E também é excepção em ter um partido comunista com alguma implantação e muito ortodoxo.


qual é a tua posição nesta questão, D?

L


1-Não vejo motivos para diferenciar comunismo de fascismo.
2-A lei poderia por limites naquilo que os partidos podem defender. Esses limites teriam que ser genéricos e não usar rótulos como fascismo ou comunismo.
Por exemplo, difícil um partido defender tudo o que pensamos ser o fascismo, mas facilmente poderá defender algumas das coisas que associamos ao fascismo. Também é fácil defender-se algumas das coisas que os comunistas geralmente defendem.
3-Os partidos não poderiam ultrapassar esses limites (mas poderiam defender a sua alteração obviamente).

Já agora, qual a tua?


discordo totalmente.
tinha a ideia que eras um libertário. pelos vistos estava enganado.

a minha opinião é clara e pública. já a dei várias vezes e a última vez ainda há pouco tempo

sou contra qualquer tipo de proibição.

Il est interdit d'interdire ! ([url]https://fr.wikipedia.org/wiki/Il_est_interdit_d%27interdire_[/url]!)

e

([url]http://statusmind.com/images/2014/02/Best-Quotes-33464-statusmind.com.jpg[/url])


aparentemente esta posição parece não ser partilhada pelos users que intervieram recentemente (com as devidas excepções).
tu surprendeste-me negativamente.
julgava-te um libertário.
afinal és um proíbicionista como outro qualquer.

L[/size][/size]


Defendo um grande grau de liberdade económica mas não sou um libertário.
Quanto a "ser uma proibicionista como outro qualquer" não me parece uma frase muito educada. Entre os extremos existem múltiplos graus.
Eu penso que cada partido pode defender o que quiser. Apenas acho que um estado democrático deve impor alguns limites:
1-Devem defender algum tipo de escolha democrática. Não podem dizer que, se alguma vez ganharem, nunca mais haverá eleições (é a essência de um estado democrático). Claro que podem defender diferentes tipos de democracia;
2-Deve existir um sistema de justiça com algum grau de independência (é a base de um estado de direito);
3-Deve existir salvaguarda dos chamados direitos negativos. Todos temos direito a não ser assassinados ou encarcerados sem um julgamento justo (são os direitos humanos básicos).
Tudo o resto poderão defender (embora eu posso discordar): coletivização dos meios de produção, ausência de propriedade privada, ausência de empresas públicas, igualdade de rendimentos, impostos baixos, nacionalismo, racismo, imigração livre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 17:36:28
Citar
Apenas se pede coerência, ou fascismo e comunismo são proibidos ou ambos são livres.
Se essa coerência incomoda tanto lutem pela rectificação.
Eu posso ver falta de coerência mas não é coisa que me incomode e por isso não vou ter nenhuma atitude proactiva.
Mas poderei ter uma atitude de apoio preguiçoso: se vierem com petição pro-legalização assino, já se vierem com petição pro-proibição não assino.

Citar
De notar por fim que se a questão fosse ao contrário, a esquerda berraria na rua pela legalização do comunismo,
Mas quem impede os fascistas de fazer o mesmo? (não tem de se constituir em partido para se encontrarem numa avenida e berrarem).
Se vierem meia duzia de skin heads a minha casa com a tal petição, não me vou entrincheirar, abro-lhes a porta e assino. Transmitam-lhes que podem vir sem medo que não vou sacar da negra  ;D

O que impede os fascistas é que não há (ou não há quase) fascistas ...

Bem, compreendo, a esquerda não tem que pedir a eliminação de injustiças que não a incomodem. Isso explica muita coisa, desde a corrupção na cultura, até ao não berrarem contra reformas ou salários demasiado elevados se forem os seus constituintes a recebê-los, e o contribuinte que se lixe. Ou se queixe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 17:43:13
Citar
Em todo o caso, não estamos a falar de condenações, estamos a falar de "prevenção" (tipo... para que não se torne a repetir), embora para isso sejam necessárias leis para proibir (ou não, se a ideia for permitir tudo).
Pois para muita gente prevenção é proibição, e estariam perfeitamente confortáveis se como medida de prevenção do crime se prendesse pessoas "potencialmente" perigosos e para prevenção de epidemias se matasse pessoas "potencialmente" portadoras do virus.


Citar
"Mais do que os programas eleitorais é preciso ver o programa dos próprios partidos", recordou António Barreto, sublinhando por exemplo que, para o PCP, a democracia é transitória e instrumental, circunstância que vai impedir uma caminhada com o PS.
Não creio que frases do tipo "acabar com democracia burguesa e instaurar ditadura do proletariado" estejam no programa ou estatutos dos BE/PCP (alguém que mostre isso).De qq forma parece-me que o A. Barreto invoca esse juizo de intenções como argumento para o PS não se aliar ao PCP e não para ilegalizar.

Eu não tenho simpatias nenhumas pelo fascismo e não vou dispender tempo e energia a lutar pela legalização, mas se me aparecesse uma petição para o tal artigo aqui referido ser revisto era capaz de assinar (depende como estivesse escrita).
Se tal surgisse num cenário em que estivesse em discussão a ilegalização do PCP vs legalização de organizações com valores fascistas, muitos dos intervenientes  do forum iriam recusar assinar a petição.

Vou tentar entender a última frase.

* TALVEZ votasses pela legalização do fascismo para tornar a situação justa.
* NÃO votarias pela ilegalização do comunismo para tornar a situação justa.

Isso implica que achas que o comunismo de alguma forma é menos perigoso que o fascismo, e que perferes uma situação injusta em que só uma das ideologias é proibida, a uma situação justa em que ambas são proibidas. São opiniões.

Imagino que depois um país onde o comunismo seja proibido e o fascismo permitido, possivelmente incomoda-te? Ou nem por isso?

Aliás, se fossemos pela prevenção se calhar até era de ser o comunismo proibido e o fascismo livre. Porquê? Porque com tanto comunista, o risco de um regime puramente comunista é real, ao passo que não existem praticamente fascistas pelo que o risco de um regime fascista é mínimo.

Eu estou-me nas tintas para o fascismo e não me vou mexer para alterar a situação, mas se aparecessem com uma petição não me custava assinar.
Se aparecessem com uma petição a favor da ilegalização do comunismo não assinava.
Nem sei, nem vou perder tempo a avaliar quem é mais ou menos perigoso: não tenho medo nem de comunistas nem de fascistas.

Eu presentemente também não tenho qualquer medo e estou-me a borrifar se há fascistas ou comunistas.

Porém eu gosto de defender princípios e não situações concretas. Ideologias que defendem retirar liberdade e direitos fundamentais a outros deveriam ser proibidas, mesmo que no presente não apresentem risco. Até porque se alguma vez apresentarem risco, aí de certeza que é impossível e até perigoso ilegalizá-las.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 18:24:42
Karnuss, a história lá fora não é a nossa. É verdade. Mas se queres mostrar que o PCP cá é diferente dos comunistas assassinos, é simples: arranja uma citação do PCP a condenar o regime da URSS que matou milhões de pessoas. Ou a criticar o regime da Coreia do Norte e os seus campos de trabalhos forçados. Consegues ?


Consigo melhor: mostrar a prática do PCP quando chega ao poder em Portugal (neste caso, Poder Local). Não acontece nada de especial, e nas eleições seguintes podem ficar ou ser corridos de lá como qualquer outro partido.

Arranjo uma citação de um comunista destacado, pode ser?

[url]http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp[/url] ([url]http://www.esquerda.net/content/oct%C3%A1vio-teixeira-critica-teses-para-o-xviii-congresso-do-pcp[/url])


Se queres saber de que um Homem é capaz: dá-lhe poder. E não estou a falar de poder local.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 18:28:37
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D

ah, eu não tenho nada contra os hippies...
se tiver é inveja..

L


Eu também não tenho muito. Tenho rinite alérgica, o meu olfato é fraco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 18:31:34
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D

ah, eu não tenho nada contra os hippies...
se tiver é inveja..

L


Eu também não tenho muito. Tenho rinite alérgica, o meu olfato é fraco.

também deviam ser proíbidos?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 18:53:50
um grupo que ande a recolher assinaturas para ilegalizar a entrada de negros em cinemas presume-se que é uma associação de pessoas (embora não formal) que defende o racismo. ilegal, portanto.
se ao invés disso andarem a recolher assinaturas a querer a legalização do fascismo não parece diferente. o mais certo era irem directo para o calabouço da esquadra mais próxima.

Não necessariamente. Podes querer a legalização do fascismo e não ser fascista. Aqui no forum, a grande maioria é a favor de legalização do fascismo e certamente muitos desses não são fascistas. Alguns nem perigosos amigos do capitalismo são.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 18:57:54
Ninguém quer fazer uma minuta do texto?
Comentamos e melhoramos aqui no forum e depois metemos aqui:

http://peticaopublica.com/ (http://peticaopublica.com/)

Até pode servir de publicidade para este forum que se tornou num dos melhores locais para quem gosta de discutir politica.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 19:01:04
um grupo que ande a recolher assinaturas para ilegalizar a entrada de negros em cinemas presume-se que é uma associação de pessoas (embora não formal) que defende o racismo. ilegal, portanto.
se ao invés disso andarem a recolher assinaturas a querer a legalização do fascismo não parece diferente. o mais certo era irem directo para o calabouço da esquadra mais próxima.

Não necessariamente. Podes querer a legalização do fascismo e não ser fascista. Aqui no forum, a grande maioria é a favor de legalização do fascismo e certamente muitos desses não são fascistas. Alguns nem perigosos amigos do capitalismo são.
concordo. mas a interpretação pode bem ser à letra. andas a fazer uma petição = és fascista.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 20:23:52
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D

ah, eu não tenho nada contra os hippies...
se tiver é inveja..

L


Eu também não tenho muito. Tenho rinite alérgica, o meu olfato é fraco.

também deviam ser proíbidos?

L

Claro que não. Mas deveriam tomar banho mais frequentemente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 21:04:47
O Varoufakis pode ter ideias de esquerda, mas veste à direita. Vestir à esquerda é aquela malta com as roupas hippies, étnicas, keffiehs, etc, e com aquelas rastas e a mania de não usar shampôo e sabonete porque fazem mal à natureza e o odor a corpo suado é tão natural como a sua sede ;D

ah, eu não tenho nada contra os hippies...
se tiver é inveja..

L


Eu também não tenho muito. Tenho rinite alérgica, o meu olfato é fraco.

também deviam ser proíbidos?

L

Que ironia. O Lark parece que não percebe que o que deve ser proibido é apenas aquilo que atenta contra a liberdade de terceiros.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 21:06:23
Ninguém quer fazer uma minuta do texto?
Comentamos e melhoramos aqui no forum e depois metemos aqui:

[url]http://peticaopublica.com/[/url] ([url]http://peticaopublica.com/[/url])

Até pode servir de publicidade para este forum que se tornou num dos melhores locais para quem gosta de discutir politica.


D.Antunes, eu disse atrás e repito -- em Portugal só um partido de esquerda poderia propor isso. Quaisquer outros que propusessem isso seriam vistos como fascistas. Se a esquerda não o propõe porque não tem princípios, ninguém o vai propor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 21:11:11
Até a Merkl leva com o epiteto de nazi quanto mais um liberal a propor a abolição da proibição do fascismo. basta procurar no google por fascistas neo liberais para ver e verborreia que para aí vai.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 21:16:30
Ei-los, a nata do verdadeiro fascismo (ou a nata do café com leite, que nesta versão está mesmo ao lado do chá):

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=OKgHUrKZiXA#)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-25 21:19:08
Ninguém quer fazer uma minuta do texto?
Comentamos e melhoramos aqui no forum e depois metemos aqui:

[url]http://peticaopublica.com/[/url] ([url]http://peticaopublica.com/[/url])

Até pode servir de publicidade para este forum que se tornou num dos melhores locais para quem gosta de discutir politica.


D.Antunes, eu disse atrás e repito -- em Portugal só um partido de esquerda poderia propor isso. Quaisquer outros que propusessem isso seriam vistos como fascistas. Se a esquerda não o propõe porque não tem princípios, ninguém o vai propor.


E esse "problema" não bate só aos proponentes... quem lá deixasse uma assinatura ficava imediatamente com uma "mancha no currículo". Imagino a tinta que ia correr dentro das secretas à conta de uma petição desse género. Sem dúvida que o fórum ia ficar bem divulgado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 21:29:28
Ninguém quer fazer uma minuta do texto?
Comentamos e melhoramos aqui no forum e depois metemos aqui:

[url]http://peticaopublica.com/[/url] ([url]http://peticaopublica.com/[/url])

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D.Antunes, eu disse atrás e repito -- em Portugal só um partido de esquerda poderia propor isso. Quaisquer outros que propusessem isso seriam vistos como fascistas. Se a esquerda não o propõe porque não tem princípios, ninguém o vai propor.


Para quem se rege por princípios, a convicção de se ter razão deveria pesar mais do que eventuais concordâncias de opinião.
Grandes princípios que se tem quando se desistem deles por ter medo que lhe chamem nomes feios :-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 21:35:02
Ninguém quer fazer uma minuta do texto?
Comentamos e melhoramos aqui no forum e depois metemos aqui:

[url]http://peticaopublica.com/[/url] ([url]http://peticaopublica.com/[/url])

Até pode servir de publicidade para este forum que se tornou num dos melhores locais para quem gosta de discutir politica.


D.Antunes, eu disse atrás e repito -- em Portugal só um partido de esquerda poderia propor isso. Quaisquer outros que propusessem isso seriam vistos como fascistas. Se a esquerda não o propõe porque não tem princípios, ninguém o vai propor.


Para quem se rege por princípios, a convicção de se ter razão deveria pesar mais do que eventuais concordâncias de opinião.
Grandes princípios que se tem quando se desistem deles por ter medo que lhe chamem nomes feios :-)


Supostamente todos terão os mesmos princípios... mas a esquerda tem um custo extraordinariamente menor em pô-los em prática neste caso. É de esperar pela esquerda, portanto, pois certamente que vão fazer a coisa certa.

Naturalmente ninguém faria sacrifícios como morrerem centenas de milhar de jovens numa guerra, se uma parte da população tivesse uma solução que produzisse o mesmo resultado sem mortos.

Por outro lado, se essa parte da população tivesse a capacidade de alcançar esse resultado sem violência, mas não o fizesse por uma razão mesquinha qualquer, certamente que essa parte da população (e não aqueles que teriam que fazer os sacrifícios) ficaria bastante mal na fotografia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 21:40:52
Eu tenho princípios muito fortes e nobres e sou tão generoso que até delego nos outros lutar por eles  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-25 21:42:11
Mas alguém acredita que isto ia ser aceite sem prenderem os autores da petição ? Num país onde a constituição ainda tem isto no preambulo (revisão de 2005):

Citar
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência
nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios
basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir
caminho para uma sociedade socialista
, no respeito da vontade do povo português, tendo em
vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.

Os liberais que se dêem por felizes em não serem engavetados por atentarem ao socialismo que a constituição quer enfiar pela goela abaixo de toda a gente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-25 22:12:04
Últimas petições criadas:

- Petição para Deus não fazer chover terça-feira dia 25 de Outubro de 2015
- JUSTIÇA : Queremos o Benfica na segunda divisão
- Petição para a Atribuição da Liberdade Condicional Obrigatoria aos 2/3 da Pena
- Reposição/Criação da Freguesia de Moscavide
- BE MY PARTNER ON THIS PROJECT
- Destuiçäo de Cavaco Silva
- Ps Perdeu
- Petição para a restituição de uma Monarquia Constitucional em Portugal
- Queremos que o ZIMBORA vá à latada do Porto.
- Queremos a Manuela Ferreira Leite na Playboy

http://peticaopublica.com/ (http://peticaopublica.com/)



Vocês andam preocupados com petições de menor importância.
Deixo aqui duas petições de máxima importância retiradas da lista "Últimas petições":

 - Petição para Deus não fazer chover terça-feira dia 25 de Outubro de 2015   (esta já foi rejeitada porque choveu no dia 25/Out/2015)
 - Queremos a Manuela Ferreira Leite na Playboy   (esta ainda pode ser aceite. Há que ter esperança...)


    ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 22:16:39
Eu tenho princípios muito fortes e nobres e sou tão generoso que até delego nos outros lutar por eles  ;D

Não deves ter compreendido.

* Se todos têm princípios iguais, então é absurdo pedir daqueles que teriam um custo elevado para ver os princípios aplicados, quando outros não teriam qualquer custo. Já dei um exemplo que qualquer pessoa honesta teria compreendido.

----------

É como dizeres que um pai não dá valor à vida do filho quando este se afoga e o pai que não sabe nadar deixa que seja o nadador salvador a salvá-lo. É patentemente absurdo. E já agora não introduzas que o nadador salvador está a meia hora de distância. Neste caso a aplicação dos princípios está tão disponível para esquerda como para direita. Mas só a esquerda não tem um custo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-25 22:17:05
Mas alguém acredita que isto ia ser aceite sem prenderem os autores da petição ? Num país onde a constituição ainda tem isto no preambulo (revisão de 2005):

Citar
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência
nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios
basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir
caminho para uma sociedade socialista
, no respeito da vontade do povo português, tendo em
vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.

Os liberais que se dêem por felizes em não serem engavetados por atentarem ao socialismo que a constituição quer enfiar pela goela abaixo de toda a gente.

Claro que não prendiam os autores da petição. Não estão a defender a ideologia fascista, mas sim a defender a sua legalização.
É como o aborto. Penso que muitos que defendem a sua legalização não acham que seja uma coisa excelente.

Nota: mesmo a defesa da ideologia fascista seria dificilmente criminalizável. Seria ir contra a liberdade de pensamento e de expressão. Seria uma forma de censura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 22:21:13
Mas alguém acredita que isto ia ser aceite sem prenderem os autores da petição ? Num país onde a constituição ainda tem isto no preambulo (revisão de 2005):

Citar
A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência
nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios
basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir
caminho para uma sociedade socialista
, no respeito da vontade do povo português, tendo em
vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno.

Os liberais que se dêem por felizes em não serem engavetados por atentarem ao socialismo que a constituição quer enfiar pela goela abaixo de toda a gente.

Claro que não prendiam os autores da petição. Não estão a defender a ideologia fascista, mas sim a defender a sua legalização.
É como o aborto. Penso que muitos que defendem a sua legalização não acham que seja uma coisa excelente.

Nota: mesmo a defesa da ideologia fascista seria dificilmente criminalizável. Seria ir contra a liberdade de pensamento e de expressão. Seria uma forma de censura.

Pelo que entendi a única coisa que está proibida é mesmo criar partidos de ideologia fascista. Não investiguei mas penso que nem existe uma pena associada -- apenas estão proibidos esses partidos.

De reparar que ninguém ganha nada em eliminar essa proibição. É apenas uma questão de coerência.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 22:37:53
CAMARADA ZENITH!

temos que lutar pela legalização dos partidos fascistas e nazis em Portugal!
só nós o podemos fazer!

lutaram os afro-americanos pelas suas liberdades civis? Não! Foram os supremacistas brancos que lutaram!
lutaram as mulheres pela sua liberdade de voto? Não! Foram os machistas-chauvinistas-misoginistas-eoutrascoisasacabadasemistas que lutaram!
lutaram os portugueses pela independência de Portugal! Não! Foram os espanhóis que lutaram!
lutou o benfica pela vitória hoje no estádio da luz? Não! Foi o sporting que lutou! .... hmmm isto assim até faz sentido... ah, pois...
lutou o benfica pela vitória hoje no estádio da luz? Não! Foi o sporting que lutou pela vitória do benfica!  hmmm... espera. não lutou.
Os traidores sportinguistas acabaram por ganhar o jogo traindo o glorioso! Marte aos traidores (traidores para marte - o planeta vermelho encarnado)!

viva a liberdade de expressão!
todos à manif pela legalização dos partidos nazis-fascistas, quarta-feira na baixa da banheira!

Camarada Lark


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 22:40:45
https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Constituinte_(Portugal) (https://pt.wikipedia.org/wiki/Assembleia_Constituinte_(Portugal))
da ver quem aceitou leis constituiçao foi PS e Comunistas


Resumo das Eleições para a Assembleia Constituinte de Portugal de 1975

 Partido Votos  Votos (%)  Assentos  Assentos(%)
 
  Partido Socialista 2 162 972  37,87% 116 46,4%

  Partido Popular Democrático 1 507 282  26,39% 81 32,4%

 Partido Comunista Português 711 935  12,46% 30 12%

Centro Democrático Social 434 879  7,61% 16 6,4%

Movimento Democrático Português 236 318  4,14% 5 2%

Frente Socialista Popular 66 307  1,16% 0 0%

Movimento de Esquerda Socialista 58 248  1,02% 0 0%


   
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-25 22:46:59
......o que saberá o "sopinha de massa", que nós não ??.......eh.eh....

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-25-Marques-Mendes.-O-Presidente-vai-indigitar-Antonio-Costa-para-formar-Governo- (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-25-Marques-Mendes.-O-Presidente-vai-indigitar-Antonio-Costa-para-formar-Governo-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 22:51:57
CAMARADA ZENITH!

temos que lutar pela legalização dos partidos fascistas e nazis em Portugal!
só nós o podemos fazer!

lutaram os afro-americanos pelas suas liberdades civis? Não! Foram os supremacistas brancos que lutaram!
lutaram as mulheres pela sua liberdade de voto? Não! Foram os machistas-chauvinistas-misoginistas-eoutrascoisasacabadasemistas que lutaram!
lutaram os portugueses pela independência de Portugal! Não! Foram os espanhóis que lutaram!
lutou o benfica pela vitória hoje no estádio da luz? Não! Foi o sporting que lutou! .... hmmm isto assim até faz sentido... ah, pois...
lutou o benfica pela vitória hoje no estádio da luz? Não! Foi o sporting que lutou pela vitória do benfica!  hmmm... espera. não lutou.
Os traidores sportinguistas acabaram por ganhar o jogo traindo o glorioso! Marte aos traidores (traidores para marte - o planeta vermelho encarnado)!

viva a liberdade de expressão!
todos à manif pela legalização dos partidos nazis-fascistas, quarta-feira na baixa da banheira!

Camarada Lark

Bem, Republicanos brancos lutaram por direitos para os negros durante bastante tempo, não estou bem a ver a tua lógica. Lá porque Democratas os impediram de ter esses direitos mais cedo, não deixaram de ser brancos a lutarem por eles, ao lado dos negros. Foram igualmente brancos a lutar pelo fim da escravatura negra ...

Nota também que aqui ninguém está a lutar por coisa nenhuma, é apenas uma questão de coerência.

--------

Nota ainda que num sistema inicialmente democrático, só se conquista um direito se o status quo votar a favor dele. Ou então tem que ser via uma revolução. Em Portugal o "Status Quo" é o domínio da esquerda -- e bem maior do que parece por uma leitura simples dos resultados das eleições, porque pelo menos o PSD também tem uma boa dose de esquerda (ao ponto de um militante do PSD ter sido daqui banido por ser claramente um comunista cego).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 22:54:56
bom, hoje é o bizarro day
vejam esta notícia do breitbart.com
para quem não sabe, o breitbart é um site da extrema direita americana.
já me doi o corpo todo de tanto rir.

EURO DEMOCRACY CRISIS: PORTUGAL PREZ BANS ANTI-EU PARTIES FORMING GOVERNMENT

Portugal is in the midst of a constitutional crisis after President Anibal Cavaco Silva refused to allow a coalition of left-wing anti-austerity parties to take power even though they have a majority in parliament.

The centre-right party of Prime Minister Pedro Passos Coelho will instead be allowed to continue in power to satisfy the desires of Brussels, despite falling well short of a majority in elections earlier this month. Its ability to govern is in question, however, with the left easily able to vote down government legislation.

Antonio Costa, the radical leader of the Socialist Party, branded the President’s actions a “grave mistake” and accused him of trying to steal power from parliament.

“It is unacceptable to usurp the exclusive powers of parliament. The Socialists will not take lessons from professor Cavaco Silva on the defence of our democracy,” he said.

He vowed to go ahead in forming a coalition with the Left Bloc and the Communists, and immediately subject the government to a vote of no confidence.


However President Silva defended his decision, saying it was too risky to let Eurosceptic parties take power.

“In 40 years of democracy, no government in Portugal has ever depended on the support of anti-European forces, that is to say forces that campaigned to abrogate the Lisbon Treaty, the Fiscal Compact, the Growth and Stability Pact, as well as to dismantle monetary union and take Portugal out of the euro, in addition to wanting the dissolution of NATO,” he said.

“This is the worst moment for a radical change to the foundations of our democracy.

“After we carried out an onerous programme of financial assistance, entailing heavy sacrifices, it is my duty, within my constitutional powers, to do everything possible to prevent false signals being sent to financial institutions, investors and markets.”

He also tried to justify his decision by saying the majority of Portuguese people did not vote for parties that want to leave the euro, as the Left Alliance and Communists do.

Green MEP Rui Taveres said: “The president has created a constitutional crisis. He is saying that he will never allow the formation of a government containing Leftists and Communists. People are amazed by what has happened.”

Portugal went to the polls three weeks ago in an election that saw a major set-back for the governing centre-right. Nonetheless, they remained the largest party and so got first shot at forming a new government, but have found no coalition partners.

The IMF says Portugal remains “highly vulnerable” after leaving a Troika-imposed austerity regime, and warns that it could slide back into crisis if it fails to deliver on reforms, the Telegraph reports.

Its public debt stands at 127 per cent of GDP, and total debt is 370 per cent, which is even worse than Greece.

Under the Greek constitution, new elections cannot be held until next year, leaving the possibility of nearly a year of uncertainty.

breitbart.com (http://www.breitbart.com/london/2015/10/24/president-bans-anti-euro-government-power-portugal/)

(http://images.clipartof.com/small/432696-Royalty-Free-RF-Clipart-Illustration-Of-A-Yellow-Emoticon-Rolling-On-The-Floor-And-Laughing.jpg)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-10-25 22:56:30
Eu tenho princípios muito fortes e nobres e sou tão generoso que até delego nos outros lutar por eles  ;D

Não deves ter compreendido.

* Se todos têm princípios iguais, então é absurdo pedir daqueles que teriam um custo elevado para ver os princípios aplicados, quando outros não teriam qualquer custo. Já dei um exemplo que qualquer pessoa honesta teria compreendido.

----------

É como dizeres que um pai não dá valor à vida do filho quando este se afoga e o pai que não sabe nadar deixa que seja o nadador salvador a salvá-lo. É patentemente absurdo. E já agora não introduzas que o nadador salvador está a meia hora de distância. Neste caso a aplicação dos princípios está tão disponível para esquerda como para direita. Mas só a esquerda não tem um custo.

Não sei o que é que o exemplo do pai que não sabe nadar tem a ver. Neste caso ninguém fora da esquerda pode invocar que não sabe nadar.

E a teoria de lutar pelos principios desde que não exija sacrificios também deve ser original no campo da ética.  É uma nova interpretação da história do bom samaritano

Citar
Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando-o meio morto.  Por uma coincidência descia por aquele caminho um sacerdote; quando o viu, passou de largo. Do mesmo modo também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo.  Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele.  Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o.

O sacerdote e o levita partilhavam dos mesmo princípios do samaritano, mas como não eram versados nas artes da medicina e socorrismo não se meteram para não prejudicar o ferido com um tratamento inadequado, deixando o trabalho para quem o pudesse fazer com menos esforço ou mais competência. Querem ver que o samaritano nem era médico e foi-se meter onde não era chamado  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 22:56:58
É trocar o Presidente. Essa possibilidade já aí vem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-25 22:57:16

Antonio Costa, the radical leader of the Socialist Party, branded the President’s actions a “grave mistake” and accused him of trying to steal power from parliament.
reen MEP Rui Taveres said: “The president has created a constitutional crisis. He is saying that he will never allow the formation of a government containing Leftists and Communists. People are amazed by what has happened.”

desde varoufakis foi coimbra

para extrangeiro isto ja e a grecia ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 22:59:57
Eu tenho princípios muito fortes e nobres e sou tão generoso que até delego nos outros lutar por eles  ;D

Não deves ter compreendido.

* Se todos têm princípios iguais, então é absurdo pedir daqueles que teriam um custo elevado para ver os princípios aplicados, quando outros não teriam qualquer custo. Já dei um exemplo que qualquer pessoa honesta teria compreendido.

----------

É como dizeres que um pai não dá valor à vida do filho quando este se afoga e o pai que não sabe nadar deixa que seja o nadador salvador a salvá-lo. É patentemente absurdo. E já agora não introduzas que o nadador salvador está a meia hora de distância. Neste caso a aplicação dos princípios está tão disponível para esquerda como para direita. Mas só a esquerda não tem um custo.

Não sei o que é que o exemplo do pai que não sabe nadar tem a ver. Neste caso ninguém fora da esquerda pode invocar que não sabe nadar.

E a teoria de lutar pelos principios desde que não exija sacrificios também deve ser original no campo da ética.  É uma nova interpretação da história do bom samaritano

Citar
Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores que, depois de o despirem e espancarem, se retiraram, deixando-o meio morto.  Por uma coincidência descia por aquele caminho um sacerdote; quando o viu, passou de largo. Do mesmo modo também um levita, chegando ao lugar e vendo-o, passou de largo.  Um samaritano, porém, que ia de viagem, aproximou-se do homem e, vendo-o, teve compaixão dele.  Chegando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma hospedaria e tratou-o.

O sacerdote e o levita partilhavam dos mesmo princípios do samaritano, mas como não eram versados nas artes da medicina e socorrismo não se meteram para não prejudicar o ferido com um tratamento inadequado, deixando o trabalho para quem o pudesse fazer com menos esforço ou mais competência. Querem ver que o samaritano nem era médico e foi-se meter onde não era chamado  ;D

1) O pai não saber nadar é para mostrar que numa situação em que os custos são desiguais e os principios iguais, será a parte com menores custos a implementar os princípios. O paralelo é óbvio, no presente a esquerda não teria custo em implementar o princípio.

2) Não se trata de lutar desde que não existam sacrifícios e sim de existirem duas partes que podem repor a coerência e uma delas não ter sequer sacrifícios.

Eu já expliquei isto de forma a que qualquer pessoa de boa fé entenderia. Não vou continuar. Vamos ter que concordar em discordar.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-25 23:56:57
Portugal made it to zero hedge! yay!
infelizmente não pelas melhores razões.
bizarro day indeed: breitbart e agora ZH.

Europe "Crosses Rubicon" As Portugal Usurps Democracy, Bans Leftist Government
 
On Thursday evening, we took a close look at how the political landscape has changed in Portugal following inconclusive elections held earlier this month.

For those unaware, the worry in Brussels has always been that either Spain, Portugal or, in a less likely scenario, Italy, would go the way of Greece by electing politicians that would seek to roll back austerity, shun fiscal rectitude, and demand debt relief.

As we’ve noted on any number of occasions over the past nine months, that’s why Berlin adopted such a hardline approach to negotiations with Alexis Tsipras and Yanis Varoufakis. There was never any hope of setting Athens on a “sustainable path.” It was always about deterring more “meaningful” states from going the Syriza route.

Well as it turns out, the troika’s efforts to subvert the democratic process in Greece by using the purse string to overthrow the government apparently did not deter the Portuguese leftists. Put differently, the ATM lines, empty shelves, and gas station queues Greece witnessed over the summer have not had their intended psychological effect in Portugal as Socialist leader Antonio Costa announced earlier in the week that he’s prepared to align with the Communists and with Left Bloc to form a government in defiance of the Right-wing coalition. The Left alliance would have an absolute majority in parliament and would likely adopt an anti-austerity, and perhaps even an anti-euro, platform.

In an effort to head off this eventuality, President Anibal Cavaco Silva appointed Pedro Passos Coelho to serve another term as PM on Thursday. That was a slap in the face for Costa, and as we noted just moments after the announcement, Silva’s decision is likely to leave Portugal mired in an intractable political stalemate which is just about the last thing Europe needs as Brussels attempts to put the Greek debacle in the rearview while confronting the worsening refugee crisis.

Sure enough, Costa is now threatening to topple the government on the heels of what is widely viewed as an usurpation of democracy. Here’s Reuters:

Portugal's opposition Socialists pledged on Friday to topple the centre-right minority government with a no-confidence motion, saying the president had created "an unnecessary political crisis" by nominating Pedro Passos Coelho as prime minister.
 
The move could wreck Passos Coelho's efforts to get his centre-right government's programme passed in parliament in 10 days' time, extending the political uncertainty hanging over the country since an inconclusive Oct. 4 election.
 
This set up a confrontation with the main opposition Socialists, who have been trying to form their own coalition government with the hard left Communists and Left Bloc, who all want to end the centre-right's austerity policies.
 
"The president has created an unnecessary political crisis" by naming Passos Coelho as prime minister," Socialist leader Antonio Costa said.
 
The Socialists and two leftist parties quickly showed that they control the most votes when parliament reopened on Friday, electing a Socialist speaker of the house and rejecting the centre-right candidate.
 
"This is the first institutional expression of the election results," Costa said. "In this election of speaker, parliament showed unequivocally the majority will of the Portuguese for a change in our democracy."
 
Antonio Barroso, senior vice president of the Teneo Intelligence consultancy in London, said Costa was likely to threaten any Socialist lawmaker with expulsion if they vote for the centre-right government's programme.
 
"Therefore, the government is likely to fall, which will put the ball back on the president's court," Barroso said in a note.
And here’s more from The Telegraph on the effort to undercut the democratic process:

Portugal has entered dangerous political waters. For the first time since the creation of Europe’s monetary union, a member state has taken the explicit step of forbidding eurosceptic parties from taking office on the grounds of national interest.
 
Anibal Cavaco Silva, Portugal’s constitutional president, has refused to appoint a Left-wing coalition government even though it secured an absolute majority in the Portuguese parliament and won a mandate to smash the austerity regime bequeathed by the EU-IMF Troika.
 
He deemed it too risky to let the Left Bloc or the Communists come close to power, insisting that conservatives should soldier on as a minority in order to satisfy Brussels and appease foreign financial markets.
Democracy must take second place to the higher imperative of euro rules and membership.
 
“In 40 years of democracy, no government in Portugal has ever depended on the support of anti-European forces, that is to say forces that campaigned to abrogate the Lisbon Treaty, the Fiscal Compact, the Growth and Stability Pact, as well as to dismantle monetary union and take Portugal out of the euro, in addition to wanting the dissolution of NATO,” said Mr Cavaco Silva.
 
“This is the worst moment for a radical change to the foundations of our democracy.
 
"After we carried out an onerous programme of financial assistance, entailing heavy sacrifices, it is my duty, within my constitutional powers, to do everything possible to prevent false signals being sent to financial institutions, investors and markets,” he said.
 
Mr Cavaco Silva argued that the great majority of the Portuguese people did not vote for parties that want a return to the escudo or that advocate a traumatic showdown with Brussels.
 
This is true, but he skipped over the other core message from the elections held three weeks ago: that they also voted for an end to wage cuts and Troika austerity. The combined parties of the Left won 50.7pc of the vote. Led by the Socialists, they control the Assembleia.
 
The Socialist leader, Antonio Costa, has reacted with fury, damning the president’s action as a “grave mistake” that threatens to engulf the country in a political firestorm.
 
“It is unacceptable to usurp the exclusive powers of parliament. The Socialists will not take lessons from professor Cavaco Silva on the defence of our democracy,” he said.
 
Mr Costa vowed to press ahead with his plans to form a triple-Left coalition, and warned that the Right-wing rump government will face an immediate vote of no confidence.
Note what's happened here. The will of the people is now being characterized as a "false signal" to "financial institutions, investors, and markets."

In other words, what voters want means nothing. This is about what "markets" and "financial instiutions" want. What the electorate wants is nothing more than a "false signal."

This is precisely what we predicted would happen should the political situation in Portugal not unfold in a way that pleases Berlin and Brussels. Germany and, to a lesser extent, the IMF are now in complete control of the European political process. There's no "democracy" left. It's either get with the austerity program and stick with it, or face the consequences which, as we saw with Greece, could entail the closure of banks and the willful destruction of the economy.

We can however, take solace in the fact that Cavaco Silva's attempts to appease financial markets will invariably backfire, because if there's anything investors hate, it's uncertainty and the move to reappoint Passos Coelho will only serve to bring about a protracted political conflict with the Left. Watch Portuguese bond yields next week for hints as to whether the President's decision has achieved the stated goal of calming "investors" and "markets."

We'll close with the following quote from The Telegraph's Ambrose Evans-Pritchard:

Mr Cavaco Silva is effectively using his office to impose a reactionary ideological agenda, in the interests of creditors and the EMU establishment, and dressing it up with remarkable Chutzpah as a defence of democracy.
 
The Portuguese Socialists and Communists have buried the hatchet on their bitter divisions for the first time since the Carnation Revolution and the overthrow of the Salazar dictatorship in the 1970s, yet they are being denied their parliamentary prerogative to form a majority government.
 
This is a dangerous demarche. The Portuguese conservatives and their media allies behave as if the Left has no legitimate right to take power, and must be held in check by any means.
 
These reflexes are familiar – and chilling – to anybody familiar with 20th century Iberian history, or indeed Latin America. That it is being done in the name of the euro is entirely to be expected.

zh (http://www.zerohedge.com/news/2015-10-25/europe-crosses-rubicon-portugal-usurps-democracy-bans-leftist-government)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-25 23:59:32
Em última análise este ou o próximo Presidentes vão aceitar o governo de coligação de esquerda ou então vamos andar no nirvana até eleições antecipadas. E nessas o PS até poderia formar uma frente de esquerda para conquistar a maioria.

O nirvana agradará tanto à esquerda como a possibilidade de formar governo. Aliás, arrisco-me a dizer que o nirvana agradará mais à esquerda radical (BE, PCP) do que o PS formar governo, pois destruirá "a austeridade", ao passo que o PS no governo deve revalidar a maioria das medidas que se esgotam se não existir novo OE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 00:22:16
vai ser taooooooooooooo giro ter o costa como PM !
tentem eh fazer ja as partilhas, heeh
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-26 00:26:23
vai ser taooooooooooooo giro ter o costa como PM !
tentem eh fazer ja as partilhas, heeh

ã?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-26 00:50:21
Se a moção de rejeição for aprovada, a esquerda vai muito provavelmente formar governo.

O governo de gestão parece estar quase fora de hipótese. Disseram que havia rumores que tanto Passos como Portas não queriam ficar num governo de gestão, embora depois um porta voz da coligação tenha dito que não tinham fechado a porta a nenhuma solução, mas talvez seja um rumor verdadeiro.
E tb não acho que o Cavaco quererá ser o único presidente que manteve um governo de gestão depois do mesmo ter sido chumbado no parlamento.
Tem tb a alternativa de nomear um novo primeiro ministro de direita, mas não faz sentido fazer isso, pq seria chumbado de seguida no parlamento pela esquerda.
Não parece restar alternativa. Talvez faça um outro discurso duro, quando nomear o Costa como primeiro ministro, para tentar que o Marcelo dissolva a AR e marque novas eleições, mas pelas declarações recentes do Marcelo, não me parece que ele esteja para aí virado, pelo que o governo de esquerda poderá se manter por algum tempo, quem sabe até ao fim da legislatura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-26 00:57:56
agora a Forbes...
o cavaco decididamente ficou mal na fotografia internacional...

The Fallout From The Greek Crisis Threatens European Democracy
Frances Coppola

Overnight, on August 20-21, 1968, the combined forces of five Warsaw Pact countries, led by the USSR, invaded Czechoslovakia and overthrew the reforming government of Alexander Dubcek.

Dubcek’s government aimed to establish “socialism with a human face”. In April 1968, it announced an “action plan” which re-established free speech and removed state controls on industry. The ensuing period of social and democratic reform became known as the “Prague Spring”.

But there was growing disapproval of Dubcek’s reforms, not only from other Warsaw Pact governments but also from hardline Communist elements within Czechoslovakia. The end came when a visit from President Tito of Yugoslavia – a country not in the Warsaw Pact – fuelled rumours that Dubcek intended to take Czechoslovakia out of the Warsaw Pact. A few days later, tanks rolled through the streets of Prague.

The “Prague Spring” was crushed. Over 100 civilians were killed, and Dubcek and his allies were arrested.

Within days of the invasion, a “protocol” was issued which banned all parties and organisations which “violated socialist principles”. Dubcek was allowed to remain in power for a few months after signing this protocol, but the USSR eventually put in place a puppet government, led by Gustav Husak, which overturned Dubcek’s reforms and ended free speech in Czechoslovakia for a generation. Indeed, it ended it throughout the Warsaw Pact. There was no further overt opposition to Soviet dominance until the fall of the Berlin Wall in 1989.


Fast forward nearly half a century, to January 2015. The people of Greece joyfully elected a Left government that promised them an end to austerity and freedom from the debt burden that is crushing their economy. And to start with, things looked good. Yanis Varoufakis, the charismatic new Finance Minister, embarked on a whirlwind tour of EU states to drum up support for his new approach. Christine Lagarde, the head of the IMF, observed that the members of the Greek government were “competent, intelligent and had thought about their issues”, and should be taken seriously. And although the European Commission was not exactly happy about the idea of changing the 2012 Memorandum of Understanding, it was – at least at first – apparently prepared to negotiate a coherent and realistic alternative.

But it soon became apparent that the “core” EU states, led by Germany, were in no mood to offer Greece concessions. And the “periphery” states were not going to support the Greek government because it would encourage their own nascent anti-austerity movements. The Greek government was isolated.

The end came on July 28th, 2015, when the ECB froze financial support to Greece’s banks, forcing the Finance Minister to close them and impose strict capital controls. The people of Greece still voted against austerity in a referendum a week later. But it quickly became apparent that this vote was hollow. Faced with economic disaster due to the bank closure, and with growing calls from core states for Greece to be forced out of the Euro against the will of its population, the Greek government’s position became ever weaker.

Then the EU went in for the kill. Overnight, on July 12-13, 2015, the combined forces of the European Commission, Eurogroup and European Council broke the Greek prime minister, Alexis Tsipras, in 17 hours of mental torture.

The conditions imposed on Greece under the terms of its new bailout make its government little more than a puppet, tasked merely with implementing policies imposed by the EU institutions. But this fundamental denial of democracy has been welcomed by financial markets and ratings agencies. Despite the frankly incredible nature of the new bailout deal, Greece’s credit rating has been upgraded and its bond yields have fallen.

Greece has learned its lesson. In September, the Greek people re-elected the newly compliant Syriza government, knowing that this means more harsh austerity and only a faint glimmer of hope for debt relief and economic restoration. They decisively rejected the new party of Syriza dissidents that proposed leaving the Euro. Better poverty and privation than loss of European identity, it seems.

This has not been lost on other countries. Portugal’s President, Cavaco Silva, has just intervened in the aftermath of a democratic election, to prevent a coalition of Left parties from coming to power, dedicated to ending austerity and restoring the Portuguese economy through increased spending.The President said that Portugal cannot have an “anti-European” government:

In 40 years of democracy, no government in Portugal has ever depended on the support of anti-European forces, that is to say forces that campaigned to abrogate the Lisbon Treaty, the Fiscal Compact, the Growth and Stability Pact, as well as to dismantle monetary union and take Portugal out of the euro, in addition to wanting the dissolution of NATO.

As Ambrose Evans-Pritchard of the Telegraph puts it,

Mr Cavaco Silva is effectively using his office to impose a reactionary ideological agenda, in the interests of creditors and the EMU establishment, and dressing it up with remarkable Chutzpah as a defence of democracy.”

And why is Mr. Silva interfering with the decision of the Portuguese people? Simple. He fears a Greek fate:

After we carried out an onerous programme of financial assistance, entailing heavy sacrifices, it is my duty, within my constitutional powers, to do everything possible to prevent false signals being sent to financial institutions, investors and markets.

The Left coalition – which insists it is not anti-EU, just anti-austerity - has rejected the President’s plan for a centre-right minority government, vowing to topple it with a vote of no confidence. The stage seems set for months of political chaos in Portugal. It is hard to see how this will please financial institutions, investors and markets, as the President suggests. No, this seems more aimed at avoiding a re-run of Syriza’s failed experiment. It is a worrying development.

Just as the crushing of the Prague Spring ended overt opposition to Soviet state communism for a generation, so the breaking of the Syriza government has ended overt opposition to the dominance of Brussels. No-one dare oppose the European institutions. True, they are unlikely to send in tanks, or shoot civilians. But the ECB can impose deprivation on whole populations if it chooses. And after the breaking of Greece, no-one is in any doubt that it would do so if it believed that would prevent failure of the Euro project.

In 1968, the President of the U.S., Lyndon Johnson, had this to say about the crushing of the Prague Spring:

It is a sad commentary on the communist mind that a sign of liberty in Czechoslovakia is deemed a fundamental threat to the security of the Soviet system.

It is indeed a sad commentary on the European mind that a sign of liberty in Greece is deemed a fundamental threat to the security of the Eurozone system.

But systems held together by fear ultimately fail. Governments that persistently deny the democratic rights of their people are eventually brought down. The growing democratic deficit at the heart of the Eurozone is the biggest threat to its survival. Eventually, just as the fall of the Berlin Wall triggered the collapse of the Iron Curtain and the dissolution of the Soviet Union, popular uprisings will bring down what Evans-Pritchard describes as the “monster” created by Brussels.

Such dramatic collapses are greeted with joy at the time, but history teaches us that the fall of empires is inevitably followed by traumatic economic and political restructuring. It can be many decades – or even centuries – before peace and prosperity are restored.

Those who want to believe that systematic denial of democracy in European states will eventually lead to the creation of a peaceful and democratic United States of Europe are deluding themselves. Denial of democracy cannot possibly bring about democracy. Nor can it create peace. When the Euro eventually fails – as it must – Europe will be once again plunged into chaos. And the longer the Euro takes to fail, and the more repressive the institutions dedicated to preserving it become, the more disastrous its eventual failure will be.

We should wind this monstrosity up. Now. Before it destroys us all.

Frances Coppola / Forbes (http://www.forbes.com/sites/francescoppola/2015/10/24/the-portuguese-presidents-decision-shows-the-eu-is-becoming-like-the-soviet-union/3/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-26 01:00:00
Talvez seja interessante ver a esquerda junta no governo pela primeira vez.

Se calhar, vamos ficar surpreendidos por governarem tão bem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 01:27:19
por aqui se ve a qualidade do jornalismo, sempre que percebo dum assunto fico desiludido
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-26 10:14:35
Talvez seja interessante ver a esquerda junta no governo pela primeira vez.

Se calhar, vamos ficar surpreendidos por governarem tão bem.

Isso é complicado no contexto europeu e económico actual. Para isso, tinham que governar entre o centro e a direita, como a coligação, mas sem falhas.

Não vai acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-26 10:17:15
Ontem nas eleições polacas o partido de esquerda que em 1989 resultou do antigo partido comunista não conseguiu qualquer lugar no parlamento. E não é só na Polónia que se viu a aniquilação dos comunistas. Noutros países de leste observou-se o mesmo fenómeno.
Não há dúvida que a melhor vacina contra o comunismo é levar com ele várias décadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-10-26 10:44:25
A Polónia deve ser um paraíso para os direitistas viverem. Nenhum partido de esquerda teve votos suficientes para entrar no parlamento, quanto mais para formar governo. :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-26 11:17:45
Sai um Expresso (http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/podem-por-a-uber-a-pagar-licencas-1712168?page=-1):

Citar
Jorge Miranda sem dúvidas: Governo de gestão será “inconstitucional”

O constitucionalista defende que o Presidente da República deveria convidar o segundo partido mais votado para formar Governo caso a coligação veja o seu programa chumbado no Parlamento. “Em última análise”, diz, “poderia haver um Governo de iniciativa presidencial”

O Presidente da República não poderá deixar um Governo em gestão e deverá convidar o segundo partido mais votado para formar um novo Executivo. É esta a interpretação que o constitucionalista Jorge Miranda faz da Constituição portuguersa, e em entrevista ao “Diário Económico” desta segunda-feira afirma: “Se um Governo não conseguir passar na Assembleia da República, se houver uma moção de rejeição aprovada, terá de ser substituído.”

E dá um exemplo: “Foi o que aconteceu em 1978, a seguir à queda do Governo do PS com apoio do CDS, o Presidente Eanes nomeou Nobre da Costa primeiro-ministro.” Jorge Miranda lembra ainda que Nobre da Costa “não passou na Assembleia e o Presidente [Ramalho Eanes] nomeou Mota Pinto. Mais tarde, Mota Pinto viria a pedir a demissão, em consequência da possível aprovação de moções de censura, e o Presidente nomeou Maria de Lourdes Pintasilgo”.

Ainda na opinião de um dos pais da lei fundamental portuguesa, perante uma conjuntura interna e externa tão exigente “o país não aguentaria um Governo de gestão e esse seria inconstitucional”. Argumenta Miranda que “não é possível manter indefinidamente um governo de gestão, até pela sua natureza, porque é um Governo que, segundo a Constituição, está confinado às decisões absolutamente necessárias para a correta gestão. Gestão, não é sequer decisão política fundamental. Quando pensamos que ainda não há um Orçamento para 2016 e que há uma situação internacional tão difícil, com a crise dos refugiados, a situação na Síria, a situação na União Europeia...”

Para o professor jubilado da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, Cavaco Silva deveria convidar o segundo partido mais votado “e depois se veria o que iria acontecer”. Um governo de esquerda teria viabilidade? “Tenho muitas dúvidas. Acredito que será relativamente fácil – embora não tanto quanto isso – um entendimento entre PS e Bloco. Já quanto ao PC tenho muita dificuldade”, responde Miranda.

O constitucionalista admite que, “em última análise, poderia haver um governo de iniciativa presidencial. Mas esse seria o último recurso”. E recua novamente a 1978, estava a atual Constituição em vigor há apenas dois anos, para lembrar que “o Presidente Eanes entendeu que não havia condições para um governo maioritário na Assembleia e recorreu aos governos de iniciativa presidencial. Mas um governo de iniciativa presidencial é, por natureza, um governo muito precário e que só poderá aguentar-se no poder até à realização de eleições.”

E conclui: “Vamos ter eleições dentro de um ano ou até menos. Acho que é inevitável.”
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 11:39:18
Se calhar o homem até tem razão. E certamente o país precisa por razões óbvias de um OE. Mas não deixa de impressionar o surrealismo:

Citar
Quando pensamos que ainda não há um Orçamento para 2016 e que há uma situação internacional tão difícil, com a crise dos refugiados, a situação na Síria, a situação na União Europeia...”

Dá a ideia que não consegue medir o que é ou não relevante para Portugal ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-26 11:47:32
A Polónia deve ser um paraíso para os direitistas viverem. Nenhum partido de esquerda teve votos suficientes para entrar no parlamento, quanto mais para formar governo. :)

Embora tenha dúvidas que essa direita seja a "nossa" do liberalismo. Não sei se não será uma direita mais tipo Hungria...o que eu pessoalmente dispenso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 11:49:33
vai ser taooooooooooooo giro ter o costa como PM !
tentem eh fazer ja as partilhas, heeh

ã?

L

herancas ! vem ai impostos novos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-26 11:52:33
heranças a 25%, mais valias a 50%, imposto de selo a 10% em cada compra/venda em bolsa, juros a 40%, IMI de segundas habitações a 20%, IRC a 50% acima de 10K de lucro, IRS a 85% acima de 20K. há muito por onde cobrar. os ricos que paguem a crise.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-26 12:01:29
heranças a 25%, mais valias a 50%, imposto de selo a 10% em cada compra/venda em bolsa, juros a 40%, IMI de segundas habitações a 20%, IRC a 50% acima de 10K de lucro, IRS a 85% acima de 20K. há muito por onde cobrar. os ricos que paguem a crise.

Já me ri hoje.  :D (mas não tem piada nenhuma, pois poderá mesmo tornar-se verdade)

Por um lado, ainda bem que não temos petróleo ou pedras preciosas... senão ainda apanhávamos com um chavez durante 20 anos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-26 13:01:45
http://www.cartacapital.com.br/economia/planalto-estuda-taxar-herancas-em-ate-25-9923.html (http://www.cartacapital.com.br/economia/planalto-estuda-taxar-herancas-em-ate-25-9923.html)

no brasil ja se fala taxar heranças em até 25%
e Imposto sobre fortunas

por ca deve ser igual
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-26 17:45:26
http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/ (http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 18:04:16
[url]http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/[/url])


É uma cedência pequena. Os salários já começaram a recuperar e para já não há perspectivas de aumento de impostos sobre o rendimento ... prometer que não se corta salários e que não se aumenta taxas de imposto pode ser cumprido desde que não exista uma deterioração do ambiente externo.

Só o prometer de não existirem cortes nas pensões pode ser mais difícil -- mas novamente, o PCP e BE devem aceitar cortes nas pensões vindouras (não nas existentes).

--------

Porém nesse artigo existem coisas bem mais improváveis a partir da secção "O que querem PCP e BE?".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 18:06:43
[url]http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/26/ps-jura-ao-pcp-e-be-4-anos-sem-cortar-salarios-nem-subir-irs/[/url])




É uma cedência pequena. Os salários já começaram a recuperar e para já não há perspectivas de aumento de impostos sobre o rendimento ... prometer que não se corta salários nem pensões e que não se aumenta taxas de imposto pode ser cumprido desde que não exista uma deterioração do ambiente externo.


"desde de que"... ?

nao digas nabices inc !  :D olha mas eh para as contas do estado, nao ha margem nenhuma. se tivermos um problema o plano deles eh negociar tipo syriza.

aqui esta a lista do que pretendem adicionalmente:

Devolução dos salários da função pública e das pensões na íntegra (o PS propunha devolução em dois anos, PCP e BE queriam reposição imediata). Nos salários, o acordo provável é o de uma reposição a cada trimestre, ao longo de 2016;
Eliminação da sobretaxa de IRS (o PS propunha eliminação em dois anos, PCP e BE queriam imediatamente) – é um ponto em aberto, segundo o DN desta segunda-feira;
Criação de mais escalões de IRS (havia oito antes da troika, agora há cinco). A ideia é dar mais rendimentos às classes mais baixas e, possivelmente, aumentar a carga fiscal sobre as médias/mais altas. O PS disse na campanha que não se comprometia enquanto não tivesse mais dados, para não inviabilizar as metas traçadas com a UE;
Aumento do salário mínimo (o valor atual é de 505 euros, PS propunha 522 e PCP e BE 600 euros). Também aqui não haverá acordo;
Baixa do IVA da restauração (todos de acordo em baixar para a taxa intermédia de 13%);
Baixa do IVA na eletricidade (PCP e BE querem baixar de 23% para 6%, como antes da troika, o PS nunca se comprometeu);
Reposição das 35 horas semanais de trabalho na função pública (onde todos estão de acordo);
Valorização da contratação coletiva;
Reposição de feriados (também com acordo geral);
Reforço do abono de família, subsídio de desemprego e subsídio social de desemprego;
Reversão dos processos de concessão, subconcessão e privatização, designadamente das empresas de transportes (da TAP ao Metro de Lisboa, Carris, Metro do Porto e STCP, todos eles já adjudicados a empresas privadas);
Fim das taxas moderadoras no aborto.

prepara-te mas eh para o FMI
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 18:08:39
Eu comentei a primeira parte, também disse que isso que listaste é muito mais improvável.

------------

Mas uma coisa é estranha. Porque é que estão todos de acordo em baixar a jornada de trabalho para os funcionários públicos? O que é que os faz aprovar em consenso tal desigualdade? Será que isto passa no Tribunal Constitucional, esta iniquidade?  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 18:09:11
Eu comentei a primeira parte, também disse que isso que listaste é muito mais improvável.

------------

Mas uma coisa é estranha. Porque é que estão todos de acordo em baixar a jornada de trabalho para os funcionários públicos? O que é que os faz aprovar em consenso tal desigualdade? Será que isto passa no Tribunal Constitucional, esta iniquidade?  :D

improvavel em que sentido
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 18:10:37
realco que as contas do PS sao todas feitas com crescimentos de 3% ao ano
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 18:11:14
Eu comentei a primeira parte, também disse que isso que listaste é muito mais improvável.

------------

Mas uma coisa é estranha. Porque é que estão todos de acordo em baixar a jornada de trabalho para os funcionários públicos? O que é que os faz aprovar em consenso tal desigualdade? Será que isto passa no Tribunal Constitucional, esta iniquidade?  :D

improvavel em que sentido

Muito mais improvável de existir acordo sobre isso.

Aquilo com que o artigo começa é um compromisso fácil (não baixar salários, não subir impostos sobre o rendimento).

Depois tem essa lista toda que é um compromisso difícil para não dizer impossível.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-26 18:18:09
realco que as contas do PS sao todas feitas com crescimentos de 3% ao ano

Isso é o mais fácil...é só fazer investimento inteligente  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-26 18:20:35
realco que as contas do PS sao todas feitas com crescimentos de 3% ao ano

Isso é o mais fácil...é só fazer investimento inteligente  ;D

Mas alguém está interessado na Realidade , quando a ficção é, tão ,
mais apelativa e cool.... :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-26 18:27:35
o excel destes é muito melhor do que o do gaspar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 18:28:12
Eu comentei a primeira parte, também disse que isso que listaste é muito mais improvável.

------------

Mas uma coisa é estranha. Porque é que estão todos de acordo em baixar a jornada de trabalho para os funcionários públicos? O que é que os faz aprovar em consenso tal desigualdade? Será que isto passa no Tribunal Constitucional, esta iniquidade?  :D

improvavel em que sentido

Muito mais improvável de existir acordo sobre isso.

Aquilo com que o artigo começa é um compromisso fácil (não baixar salários, não subir impostos sobre o rendimento).

Depois tem essa lista toda que é um compromisso difícil para não dizer impossível.

inc, estas na lua

deves achar que o PCP da borlas, ainda nao percebeste bem o que vem ai se achas que vai ser algo parecido ao titulo do artigo
o costa quer ser PM e portugal vai pagar o preco que o PCP quiser

ou entao nao ha acordo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 18:31:38
eu se fosse a voces abria mas era uma conta bancaria fora de portugal, se calhar ate fora de UE
tratava das partilhas e de ter um broker fora de portugal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-26 18:38:13
e podemos ir preparando a foto para as agências noticiosas.  :D
(https://oinsurgente.files.wordpress.com/2015/10/costa_centeno_troika.png?w=584&h=416)
(roubada ao Insurgente)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-26 19:06:12
A Polónia deve ser um paraíso para os direitistas viverem. Nenhum partido de esquerda teve votos suficientes para entrar no parlamento, quanto mais para formar governo. :)

E tem tido um crescimento muito superior ao da restante UE.
Se a memória não me falha, foi o único país que passou ao lado da crise de 2008.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-26 19:08:50
eu se fosse a voces abria mas era uma conta bancaria fora de portugal, se calhar ate fora de UE
tratava das partilhas e de ter um broker fora de portugal


Esse tem sido o meu tema preferido hà ANOS.

Basta olhar o boneco do meu perfil.


EU falido.

O incognitus que o diga.

Hà anos que falo sobre alternativas ao investimento no caso da saida de Portugal da UE.

Investimento em  ouro..,conta  na suiça..,investimento no imobiliário...., investimento em fundos imobiliários....;   Investimentos em divida alemã..., enfim..,como não falir se Portugal falir.

A Grecia tem uma importância estrategica - um poder negocial - que Portugal não tem.

(Temos a base dos açores que nos dá algum poder negocial ).

A Estadia da Grecia na Europa esteve por um fio.

Pode ser mais facil portugal sair do euro do que a Grecia.


O que fazer ?
Onde investir ?

( Podemos continuar a conversa no  topico portugal falido )
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-26 19:09:15
A Polónia deve ser um paraíso para os direitistas viverem. Nenhum partido de esquerda teve votos suficientes para entrar no parlamento, quanto mais para formar governo. :)

E tem tido um crescimento muito superior ao da restante UE.
Se a memória não me falha, foi o único país que passou ao lado da crise de 2008.

não será porque tem o zloty?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 19:13:40
A Polónia deve ser um paraíso para os direitistas viverem. Nenhum partido de esquerda teve votos suficientes para entrar no parlamento, quanto mais para formar governo. :)

E tem tido um crescimento muito superior ao da restante UE.
Se a memória não me falha, foi o único país que passou ao lado da crise de 2008.

não será porque tem o zloty?

L

O Zloty parece estar agarrado ao Euro há pelo menos 10 anos (que é o quão para trás consegui encontrar rapidamente).



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-26 19:14:14
Eu comentei a primeira parte, também disse que isso que listaste é muito mais improvável.

------------

Mas uma coisa é estranha. Porque é que estão todos de acordo em baixar a jornada de trabalho para os funcionários públicos? O que é que os faz aprovar em consenso tal desigualdade? Será que isto passa no Tribunal Constitucional, esta iniquidade?  :D

improvavel em que sentido

Muito mais improvável de existir acordo sobre isso.

Aquilo com que o artigo começa é um compromisso fácil (não baixar salários, não subir impostos sobre o rendimento).

Depois tem essa lista toda que é um compromisso difícil para não dizer impossível.

inc, estas na lua

deves achar que o PCP da borlas, ainda nao percebeste bem o que vem ai se achas que vai ser algo parecido ao titulo do artigo
o costa quer ser PM e portugal vai pagar o preco que o PCP quiser

ou entao nao ha acordo

É o chamado vender a alma ao diabo a troco de poder ligar para casa e dizer: mãe, já sou primeiro-ministro!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 19:18:55
o PCP quer la saber se o pais aguenta ou nao, sem crises nao ha revolucoes

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-26 19:26:03
o PCP quer la saber se o pais aguenta ou nao, sem crises nao ha revolucoes

O Costa quer lá saber se o país aguenta ou não. Ele tem um estilo de vida que é preciso manter...ai não e tal...é para bem dos portugueses.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-26 19:50:48
o PCP quer la saber se o pais aguenta ou nao, sem crises nao ha revolucoes

O Costa quer lá saber se o país aguenta ou não. Ele tem um estilo de vida que é preciso manter...ai não e tal...é para bem dos portugueses.

o PCP e mais forte e TEIMOSO  que Tsipras e Varoufakis
Quem vai capitular
Costa   ou Portugal um deles cai primeiro!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-26 20:40:49
Amigos, e se o PSD apresentasse um orçamento bem esgalhado?

Salário mínimo 800 eur, IVA restauração 3%, IVA utilities 3%.
Reposição de feriados e mais uns 4 ou 5 dias extra.
Função pública só trabalha 30 horas.
Reposição de salários e mais um aumento de 5%.
E umas quantas coisas fofinhas nessa linha.

Suportado em crescimentos de 8% ao ano.

O PCP e o BE tinham tomates para chumbar?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-26 21:07:29
o plano syriza do PS:

 “se forem precisas medidas extra nos 4 anos, não serão cortados salários ou pensões – e não subirão impostos. Desvio maior implicará rever as metas.” (do defice, entenda-se)

os credores que de adaptem as nossas necessidades !  :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-26 21:18:21
Adaptam-se as metas do défice e em cima disso pede-se um perdão da dívida para acomodar esse novo défice. O Sócrates e o Teixeira dos Santos vão ser contratado para consultores atendendo à vasta experiência que têm em défices e falências.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-26 21:21:04
Amigos, e se o PSD apresentasse um orçamento bem esgalhado?

Salário mínimo 800 eur, IVA restauração 3%, IVA utilities 3%.
Reposição de feriados e mais uns 4 ou 5 dias extra.
Função pública só trabalha 30 horas.
Reposição de salários e mais um aumento de 5%.
E umas quantas coisas fofinhas nessa linha.

Suportado em crescimentos de 8% ao ano.

O PCP e o BE tinham tomates para chumbar?

Certamente que veriam para lá desse denso nevoeiro neoliberal e chumbariam na mesma.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 00:19:49
Amigos, e se o PSD apresentasse um orçamento bem esgalhado?

Salário mínimo 800 eur, IVA restauração 3%, IVA utilities 3%.
Reposição de feriados e mais uns 4 ou 5 dias extra.
Função pública só trabalha 30 horas.
Reposição de salários e mais um aumento de 5%.
E umas quantas coisas fofinhas nessa linha.

Suportado em crescimentos de 8% ao ano.

O PCP e o BE tinham tomates para chumbar?

Certamente que veriam para lá desse denso nevoeiro neoliberal e chumbariam na mesma.

Não. Diriam antes que esses planos não foram apresentadas antes das eleições...  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 00:28:29
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

Mas falta o essencial. O acordo. Por escrito. E o prazo temporal do mesmo. E saber o PCP está "dentro" ou "fora" (dúvida que para muitos continua a ser o cerne do problema). E saber o que significa "acordo sólido" no dicionário do Costa (que disse que não colocaria entraves a uma governação de direita se não obtivesse uma coisa dessas à esquerda). Falta, em suma, o sangue para fazer deste governo uma galinha de cabidela (pun intended).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 00:36:18
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 00:47:25
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

o mais eficiente eh mesmo uma ditadura, concordo com o lark
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 00:52:18
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

o mais eficiente eh mesmo uma ditadura, concordo com o lark

deve ser de mim, mas hoje não te consigo perceber...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 00:53:54
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

Evidente para muito pouca gente. Vê o que está escrito para trás, quer por participantes aquo no fórum, quem pela Comunicação Social, comentadores, Opinion Makers (ainda existem?),etc. Os cenários possíveis eram muitos e os focos de incerteza só se foram dissipando a cada nova interacção (a cada passagem da bola para o campo contrário). Logo após o discurso do Cavaco, houve quem vaticinasse que o governo iria ser de gestão (O Paulo Tavares na TSF, e o Miguel Sousa Tavares disse no Expresso deste FDS que tem poucas dúvidas sobre isso).

Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento. Tinha piada agora os seguristas darem um último ar da sua graça...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 01:03:50
Nos últimos dias tem havido uma certa convergência e consenso de opiniões sobre aquilo que poderá ser a decisão de Cavaco se a moção de censura passar (e essa opinião aponta para a indigitação de Costa como PM, à frente de um governo com acordo entre as esquerdas). Com mais esta notícia do PS que "Jura" (novidade absoluta em política, embora já houvesse uma canção do Rui Veloso com um final bem à maneira), as coisa parecem estar a encaminar-se para esse cenário.

mas esse cenário é evidente desde o princípio.
não dá para perceber o teatro que o cavaco e a PaF insistem em fazer.
eu, na posição do Passos, dizia ao cavaco: ' tenho muita pena, mas não há condições para uma maioria estável da Paf com quem quer que seja.'

vamos perder tempo e dinheiro a empossar um governo que não vai passar - e toda a gente sabe que não vai passar - na apresentação do programa de governo?
o que é isto?
algum ritual masoquista?

L

Evidente para muito pouca gente. Vê o que está escrito para trás, quer por participantes aquo no fórum, quem pela Comunicação Social, comentadores, Opinion Makers (ainda existem?),etc. Os cenários possíveis eram muitos e os focos de incerteza só se foram dissipando a cada nova interacção (a cada passagem da bola para o campo contrário). Logo após o discurso do Cavaco, houve quem vaticinasse que o governo iria ser de gestão (O Paulo Tavares na TSF, e o Miguel Sousa Tavares disse no Expresso deste FDS que tem poucas dúvidas sobre isso).

Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento. Tinha piada agora os seguristas darem um último ar da sua graça...

para mim já é evidente desde o princípio.

O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 01:07:03
Também falta outra coisa: a votação da moção de censura no Parlamento.

acho que não é uma moção de rejeição.
é logo na apresentação / votação do programa de governo.
é logo rejeitado e o governo cai imediatamente.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-27 02:00:40
E há alguma obrigação de um programa de governo ser sujeito a votação?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 02:09:31
E há alguma obrigação de um programa de governo ser sujeito a votação?

sim. é a primeira coisa  a fazer.
apresentar o programa e pedir a aprovação dos deputados.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-27 02:25:23
Não parece ser isso que a Constituição diz:

a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo;
e)
 Votar moções de confiança e de censura ao Governo;»

«Artigo 162.º
(Competência de fiscalização)
Compete à Assembleia da República, no exercício de funções de fiscalização:
a)
 Vigiar pelo cumprimento da Constituição e das leis e apreciar os actos do Governo e
da Administração;
b)
 Apreciar a aplicação da declaração do estado de sítio ou do estado de emergência;
c)
 Apreciar, para efeito de cessação de vigênc
ia ou de alteração, os decretos-leis,
salvo os feitos no exercício da competência
legislativa exclusiva do Governo, e os
decretos legislativos regionais previs
tos na alínea b) do n.º 1 do artigo 227.º;
d)
 Tomar as contas do Estado e das demais entidades públicas que a lei determinar,
as quais serão apresentadas até 31 de Dezembro do ano subsequente, com o parecer
do Tribunal de Contas e os demais elementos necessários à sua apreciação;
e)
 Apreciar os relatórios de execução dos planos nacionais.
Artigo 163.º
(Competência quanto a outros órgãos)
Compete à Assembleia da República, relativamente a outros órgãos:
a)
 Testemunhar a tomada de posse do Presidente da República;
b)
 Dar assentimento à ausência do Presidente da República do território nacional;
c)
 Promover o processo de acusação cont
ra o Presidente da República por crimes
praticados no exercício das suas funções
e decidir sobre a suspensão de membros do
Governo, no caso previsto no artigo 196.º;
d)
 Apreciar o programa do Governo;
e)
 Votar moções de confiança e de censura ao Governo;
f)
 Acompanhar e apreciar, nos termos da
lei, a participação de Portugal no processo de
construção da união europeia;
g)
 Eleger, segundo o sistema de represent
ação proporcional, cinco membros do
Conselho de Estado e os membros do Conselho Superior do Ministério Público que lhe
competir designar;
h)
 Eleger, por maioria de dois terços do (...)»

https://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/constpt2005.pdf (https://www.parlamento.pt/Legislacao/Documents/constpt2005.pdf)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 02:30:34
a primeira coisa é submeter o programa de governo à aprovação da assembleia.
é, na prática, uma moção de confiança. se rejeitada, provoca a queda do governo, na hora.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-27 02:33:58
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 10:03:22
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!

Parece uma mera questão burocrática/formal. Na prática, com mais ou menos passos (coelho... haha) , vai dar ao mesmo, visto que a queda do governo depende directamente da "apreciação" do programa.

Fiquei curioso para ver como se processa a coisa.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 10:17:59
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.

-----

O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-27 10:23:41
Perdão, a Constituição diz: «Apreciar o programa do Governo» - apreciar não é = a votar.

O que é votado são as «moções de confiança e de censura ao Governo;»!

É verdade o programa de governo é apenas apresentado.

Porém a oposição pode, e é o que julgo que vai acontecer, apresentar uma moção para a rejeição do programa de governo que ao ser votada positivamente obriga à demissão do mesmo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 10:30:51
Citar
Artigo 192.º
(Apreciação do programa do Governo)
1. O programa do Governo é submetido à apreciação da Assembleia da República, através de
uma declaração do Primeiro-Ministro, no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação.
2. Se a Assembleia da República não se encontrar em funcionamento efectivo, será
obrigatoriamente convocada para o efeito pelo seu Presidente.
3. O debate não pode exceder três dias e até ao seu encerramento pode qualquer grupo
parlamentar propor a rejeição do programa ou o Governo solicitar a aprovação de um voto de
confiança.
4. A rejeição do programa do Governo exige maioria absoluta dos Deputados em efectividade
de funções.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 12:07:00
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 12:12:58
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

L

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 12:21:31
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.


a apresentação não significa votação.
mas não há votação sem apresentação.

a votação pode tomar várias formas.
uma votação pura e simples para aprovar o programa, no fim da apresentação, que configura na prática uma moção de confiança.
uma votação de uma moção de rejeição durante a fase de apresentação ou no fim desta.

nem sei bem o que é que se está a discutir aqui. eu não sou jurista e muito menos constitucionalista. mas não me parece que isto seja uma questão complexíssima.

L

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.

se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-27 12:26:35
Já há Governo. E foi feito com a prata da casa


http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-27-Ja-ha-Governo.-E-foi-feito-com-a-prata-da-casa (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-27-Ja-ha-Governo.-E-foi-feito-com-a-prata-da-casa)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 12:28:57
Hmm...

Ministério da Agricultura e Ministério da Cultura. Estes são novidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 12:54:26

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.

se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

L

Não.

Se o Partido A não fizer nada, o Plano é apenas apresentado e não se passa mais nada.

Não há nenhuma votação e seguem os trabalhos.

Apenas se o Governo quiser é que pode apresentar uma moção de confiança e nesse caso haverá uma votação.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-27 14:01:45
PPC é pragmático como um raio, se n houve acordo com o AC é porque este defacto não o queria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 14:09:34
Vai ser giro o cavaco dar posse ao costa depois ter de cumprimentar no final, um a um, os ministros na cerimónia de posse.  :D
https://www.presidencia.pt/?idc=37&idi=75859 (https://www.presidencia.pt/?idc=37&idi=75859)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 16:19:19
A apresentação do Plano de Governo não implica nenhuma votação.

Apenas a apresentação de uma moção de rejeição permite que a Assembleia de pronuncie pelo voto.

-----

O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.

Não me custa a acreditar que esteja tudo "arranjado", mas custa-me a acreditar que já haja consensos sobre todas as matérias e sobretudo que haja papelada assinada. Sei que as notícias nos OCS nem sempre são fidedignas, mas nos últimos dias tem havido reuniões que se presumem ser para fechar os acordos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 16:28:48
onde eh que esta o famoso acordo a esquerda???

isto ate agora parece tudo uma grande tanga
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-27 16:39:24
Citar
Costa via Facebook: "Governo não tem futuro e tem consciência disso"

27 Out, 2015 - 14:19

Texto diz que novo executivo "demonstra uma coligação de direita esgotada em si mesma, fechada sobre si própria, sem qualquer capacidade de atracção e de mobilização da sociedade portuguesa".

Texto integral: [url]http://rr.sapo.pt/noticia/37872/[/url] ([url]http://rr.sapo.pt/noticia/37872/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 16:44:29
o PS tem de conseguir um acordo para 4 anos senao estao lixados, o governo caira e levam uma tareia nas urnas

os gajos ate a mae vao vender por um acordo dessa duracao e o PCP vai aproveitar-se disso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-27 17:08:00
O PS vai entrar a aumentar salários, pensões, feriados, etc.
A factura disso vai demorar a aparecer porque o BCE ajuda a manter os juros baixos e já não está a troika a controlar o défice de perto.
Se caírem ao fim de 1-2 anos acho que até agradecem, irem a eleições antes de ser preciso voltar a apertar as contas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-27 17:16:03
O psd de certa maneira tem de conseguir inverter o ciclo de: a esquerda dá os direitos adquiridos, leva o país à falência, a direita vem a faz austeridade.

Se não o fizer, o povo que é burro, continuará a votar na esquerdalha porque pensa que a austeridade é uma "opção política".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-27 17:22:59
O psd de certa maneira tem de conseguir inverter o ciclo de: a esquerda dá os direitos adquiridos, leva o país à falência, a direita vem a faz austeridade.

Se não o fizer, o povo que é burro, continuará a votar na esquerdalha porque pensa que a austeridade é uma "opção política".

Basta não governar quando o país falir.  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-27 17:23:38
O psd de certa maneira tem de conseguir inverter o ciclo de: a esquerda dá os direitos adquiridos, leva o país à falência, a direita vem a faz austeridade.

Se não o fizer, o povo que é burro, continuará a votar na esquerdalha porque pensa que a austeridade é uma "opção política".

Basta não governar quando o país falir.  ;D

Resistir ao tacho....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 17:25:53
O psd de certa maneira tem de conseguir inverter o ciclo de: a esquerda dá os direitos adquiridos, leva o país à falência, a direita vem a faz austeridade.

Se não o fizer, o povo que é burro, continuará a votar na esquerdalha porque pensa que a austeridade é uma "opção política".

Basta não governar quando o país falir.  ;D
e se meterem eleições pelo meio implorar aos eleitores para não votarem neles.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-27 17:31:17
O psd de certa maneira tem de conseguir inverter o ciclo de: a esquerda dá os direitos adquiridos, leva o país à falência, a direita vem a faz austeridade.

Se não o fizer, o povo que é burro, continuará a votar na esquerdalha porque pensa que a austeridade é uma "opção política".

Basta não governar quando o país falir.  ;D
e se meterem eleições pelo meio implorar aos eleitores para não votarem neles.

Diz que vai ter que aplicar mais austeridade do que na ultima vez que governou. (a verdade)
quando a troika veio para portugal era igual estar lá o psd ou o ps, o resultado ia ser o mesmo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 18:05:46
o passos teve demasiado pressa em ir para o governo, devia ter deixado o socrates arder mais uns meses para depois os burros nao poderem dizer que o socrates nao faliu o pais e que o pec 4 ia salvar tudo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 18:07:44
O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.

Não me custa a acreditar que esteja tudo "arranjado", mas custa-me a acreditar que já haja consensos sobre todas as matérias e sobretudo que haja papelada assinada. Sei que as notícias nos OCS nem sempre são fidedignas, mas nos últimos dias tem havido reuniões que se presumem ser para fechar os acordos.

O acordo nas matérias que o PS designou como importantes estão feitos.
É um acordo de mínimos que o PS considera que permite rejeitar o governo da PaF.

Tudo o que está a acontecer nos últimos dias é apenas "fumo & espelhos".

O PS só vai divulgar alguma coisa concreta quando o Passos Coelhos apresentar o seu plano de governo e o seu governo for rejeitado.

Antes disso, sujeitava-se a que o Passos apresenta-se exactamente as mesmas medidas ao Parlamento como sendo as suas medidas.

Isso iria criar um problema de coerência (mais um) que era bastante complicado de explicar.

Como é que o BE e o PCP explicavam a aprovação da mesma medida ao PS que dias antes tinham rejeitado no programa da PaF ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 18:09:36

Lark,
isto é muito simples:

1) O governo apresenta no Parlamento o seu Plano de governo.
2) O partido A decide que não concorda com o Plano
3) O Partido A apresenta uma moção de rejeição
4) Os deputados votam
5) O Plano é aprovado ou rejeitado
6) Se o Plano for rejeitado, o Governo cai.

Fim.

se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

L

Não.

Se o Partido A não fizer nada, o Plano é apenas apresentado e não se passa mais nada.

Não há nenhuma votação e seguem os trabalhos.

Apenas se o Governo quiser é que pode apresentar uma moção de confiança e nesse caso haverá uma votação.

tens a certeza? aceito que sim, porque parece-me saberes do que falas.
de qualquer forma penso que isto seja um preceito constitucional. ou um regulamento da AR, emanado de um preceito constitucional.
tens algum link para esta regulação/preceito?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 18:11:14
José Vítor Malheiros conta-nos Coisas simples que Cavaco não percebe (http://www.publico.pt/politica/noticia/coisas-simples-que-cavaco-nao-percebe-1712432?page=-1)

Citar
O princípio que afirma “quem ganha as eleições deve governar” tem sido repetidamente enunciado, glosado, gritado e guinchado pela direita nos últimos dias. E, dito assim, e ouvido com o sentido crítico em ponto morto, parece fazer sentido. Mas, neste particular como em tudo, convém distinguir a opinião dos factos e acontece que a norma constitucional ou o princípio jurídico ou a tradição política que afirma “quem ganha as eleições deve governar” não existe. E, quando alguém afirma que ele existe, mente.

Se alguém quiser dizer “eu acho que quem ganha as eleições deve governar” tem todo o direito de o fazer, mas trata-se aqui de uma expressão de vontade pessoal, que não tem (e, verdade seja dita, não exige) nenhuma ancoragem na realidade da lei ou da política. Da mesma maneira, é aceitável que se diga “em princípio, quem ganha as eleições deve governar” mas, como todas as frases que começam com esta fórmula de caução, isso quer dizer que, em muitas circunstâncias, não acontece como “em princípio”.

De facto, se “quem ganhasse as eleições devesse governar” e se esse tivesse sido o entendimento dos constituintes, teria sido fácil incluir o preceito na Constituição. Mas o que lá está escrito é que “o Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais” (artigo 187º) e que o novo governo, para governar, não pode ver o seu programa rejeitado pelo Parlamento (artigo 195º). Ou seja, para nomear um primeiro-ministro é preciso que o Presidente da República o queira fazer, que ouça previamente os partidos políticos e que a sua nomeação “tenha em conta os resultados eleitorais”, o que é, convenha-se, uma norma algo vaga, que apela fundamentalmente ao bom senso. E, para que um novo governo entre efectivamente em funções basta que o seu programa não seja rejeitado pelo Parlamento.

Por que é que quem ganha as eleições (entenda-se por esta expressão “o partido ou coligação que tenha obtido mais votos”) não adquire, por esse simples facto, o direito a governar, sem mais considerações? Porque um partido pode ter mais votos que qualquer um dos outros e não ter, por esse facto, um apoio suficiente no Parlamento para garantir a governabilidade e estabilidade (como acontece com a coligação PSD-CDS neste momento). Assim, sabiamente, a Constituição impõe ao Presidente da República que use do bom-senso (uma imposição que Cavaco Silva considera intolerável) e faça o seu melhor para, sem violar o sentimento expresso nas urnas pela maioria dos portugueses, encontrar uma solução governativa não só funcional mas tão estável quanto possível.

No máximo, poderia defender-se que “quem ganha as eleições deve ser indigitado PM” e apresentar-se depois ao Parlamento ver se consegue um apoio maioritário ou não - mas a Constituição nem sequer isso exige.

Uma das razões por que o princípio “quem ganha as eleições deve governar” ou “o partido que tem mais votos deve governar” não faz sentido é porque, a existir, ele implicaria que, no caso de uma maioria relativa (como a que tem a coligação PSD-CDS neste momento) outros partidos fossem obrigados a deixar passar o programa de governo, de forma a viabilizar o governo minoritário, ainda que tivessem de ir contra a sua consciência e trair o seu eleitorado, os seus programas, princípios e promessas. Não faria sentido. Os fanáticos da direita que gritam que o PSD deve poder governar porque teve mais votos que o PS estão de facto a dizer, forçosamente, que o PS devia deixar passar o programa do PSD, por muito que aqueles o considerem anti-patriótico, anti-democrático, socialmente injusto, empobrecedor, irrealista e destruidor de riqueza. Não faz sentido e é evidente que se trata de uma argumentação desonesta, que os próprios nunca aplicariam se a situação fosse ao contrário.

Por que razão, então, houve no passado governos minoritários? Porque não foram rejeitados pela maioria do Parlamento.

A Constituição, note-se, obriga o Presidente da República a “ter em conta os resultados eleitorais”, globalmente, e não apenas os votos do partido mais votado. Se Cavaco insistir, de forma sectária, em apenas indigitar e empossar um Governo se ele for encabeçado pelo seu próprio partido, ainda que ele seja minoritário e tenha contra si a maioria do Parlamento, e se recusar a indigitar e empossar um Governo dirigido por António Costa, ainda que ele tenha a suportá-lo a maioria do Parlamento, estará a ignorar este imperativo constitucional. Será uma decisão de uma extrema gravidade, inaceitável num regime democrático e incompatível com um regime democrático.

Há quem vocifere, à direita que, se é assim, então passa a ser impossível ter governos minoritários e vai ser muito mais difícl ter governos estáveis. Não é verdade. Um governo minoritário pode ser respeitável, o que o actual governo PSD-CDS não é e o próximo também não será. Não é o facto de esta coligação não conseguir gerar um governo que seja minimamente respeitável que significa que outro governo minoritário não o possa ser.


Isto arruma praticamente com o "debate" acerca do "vencedor que se presume vitorioso".

Argumentos em contrário?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 18:17:51
o passos teve demasiado pressa em ir para o governo, devia ter deixa o socrates arder mais uns meses para depois os burros nao poderem dizer que o socrates nao faliu o pais e que o pec 4 ia salvar tudo
Idealmente até que falhasse mesmo o pagamento de um mês de pensões ou de salários.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 18:21:15


se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

L


Não.

Se o Partido A não fizer nada, o Plano é apenas apresentado e não se passa mais nada.

Não há nenhuma votação e seguem os trabalhos.

Apenas se o Governo quiser é que pode apresentar uma moção de confiança e nesse caso haverá uma votação.


tens a certeza? aceito que sim, porque parece-me saberes do que falas.
de qualquer forma penso que isto seja um preceito constitucional. ou um regulamento da AR, emanado de um preceito constitucional.
tens algum link para esta regulação/preceito?

L


Podes ver o art.º 192 que o Automek já aqui deixou:
http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg222294.html#msg222294 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg222294.html#msg222294)

E pode ver nesta noticia da apresentação do Programa de Governo do Sócrates em 2005 como se passou:
http://www.rtp.pt/noticias/pais/programa-do-governo-em-debate-no-parlamento_n7537 (http://www.rtp.pt/noticias/pais/programa-do-governo-em-debate-no-parlamento_n7537)

Citar
(...)
Apesar das críticas, nenhum partido deverá apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo, tendo o executivo já anunciado que também não apresentará um voto de confiança ao documento.

Desta forma, o programa do Governo de José Sócrates será o primeiro a ser debatido no Parlamento sem votação desde 1995, quando o então primeiro-ministro socialista António Guterres viu o documento orientador do seu executivo passar sem votação no Parlamento.
(...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-27 18:22:45
o passos teve demasiado pressa em ir para o governo, devia ter deixa o socrates arder mais uns meses para depois os burros nao poderem dizer que o socrates nao faliu o pais e que o pec 4 ia salvar tudo
Idealmente até que falhasse mesmo o pagamento de um mês de pensões ou de salários.

Sem dúvida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 18:23:02
O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.

Não me custa a acreditar que esteja tudo "arranjado", mas custa-me a acreditar que já haja consensos sobre todas as matérias e sobretudo que haja papelada assinada. Sei que as notícias nos OCS nem sempre são fidedignas, mas nos últimos dias tem havido reuniões que se presumem ser para fechar os acordos.

O acordo nas matérias que o PS designou como importantes estão feitos.
É um acordo de mínimos que o PS considera que permite rejeitar o governo da PaF.

Tudo o que está a acontecer nos últimos dias é apenas "fumo & espelhos".

O PS só vai divulgar alguma coisa concreta quando o Passos Coelhos apresentar o seu plano de governo e o seu governo for rejeitado.

Antes disso, sujeitava-se a que o Passos apresenta-se exactamente as mesmas medidas ao Parlamento como sendo as suas medidas.

Isso iria criar um problema de coerência (mais um) que era bastante complicado de explicar.

Como é que o BE e o PCP explicavam a aprovação da mesma medida ao PS que dias antes tinham rejeitado no programa da PaF ?

Percebo o raciocínio, mas contraponho: as medidas que estão a ser alvo de debate para firmar o acordo estão todas a ser anunciadas na Comunicação Social com grande minúcia. Nada impede a Paf de olhar para elas e copiar a direito. Mas se o fizessem iam cair no ridículo evidente de não as terem proposto no programa eleitoral em primeiro lugar, e de ser facilmente demonstrável que tinham copiada o modelo para tentar um golpe no Parlamento.

Por outro lado, se a Paf por acaso enveredasse por esse caminho, nada impediria por sua vez a esquerda de mudar alguns pormenores à pressa para fazer diferenciar os programas. Apenas o suficiente para chumbarem o da Paf e para passarem o seu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 18:25:45
Isto arruma praticamente com o "debate" acerca do "vencedor que se presume vitorioso".

Argumentos em contrário?
Vendo por outro prisma. O presidente é eleito com base em promessas eleitorais. Imaginemos que uma promessa principal era de que iria defender a manutenção do pais na UE.

Entretanto o PCP ganha as eleições com a promessa de abandonar a UE. O que faz o presidente ? Demite-se para não dar posse ? Dá posse e trai os +50% dos eleitores que o elegeram ?

E se não der posse ? Há matéria para avaliação do tribunal constitucional ? Eu penso que não porque a decisão tem sempre de ser discriccionária com base no que o próprio presidente prometeu quando foi eleito, caso contrário a decisão seria sempre igual, independentemente de quem lá estivesse. Seria o mesmo que dizer que estar lá o Soares, o Cavaco ou um robot era o mesmo.

Além disso a constituição não diz que tem de governar quem ganhou mas também não diz que tem de governar quem tem o apoio maioritário no parlamento. A expressão "atendendo aos resultados" e "ouvidos os partidos" é vaga e abre, penso que intencionalmente, a porta ao que o PR queira fazer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 18:30:58


se o partido A não fizer nada, o governo tem que submeter a aprovação do plano a votação. é uma moção de confiança.
se a oposição ficar caladinha o tempo todo, o programa de governo não é aceite tacitamente.
tem sempre que haver uma votaçao. nesse caso quem apresenta o programa, terá que tomar a iniciativa.

L


Não.

Se o Partido A não fizer nada, o Plano é apenas apresentado e não se passa mais nada.

Não há nenhuma votação e seguem os trabalhos.

Apenas se o Governo quiser é que pode apresentar uma moção de confiança e nesse caso haverá uma votação.


tens a certeza? aceito que sim, porque parece-me saberes do que falas.
de qualquer forma penso que isto seja um preceito constitucional. ou um regulamento da AR, emanado de um preceito constitucional.
tens algum link para esta regulação/preceito?

L


Podes ver o art.º 192 que o Automek já aqui deixou:
[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg222294.html#msg222294[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg222294.html#msg222294[/url])

E pode ver nesta noticia da apresentação do Programa de Governo do Sócrates em 2005 como se passou:
[url]http://www.rtp.pt/noticias/pais/programa-do-governo-em-debate-no-parlamento_n7537[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/pais/programa-do-governo-em-debate-no-parlamento_n7537[/url])

Citar
(...)
Apesar das críticas, nenhum partido deverá apresentar uma moção de rejeição ao programa de Governo, tendo o executivo já anunciado que também não apresentará um voto de confiança ao documento.

Desta forma, o programa do Governo de José Sócrates será o primeiro a ser debatido no Parlamento sem votação desde 1995, quando o então primeiro-ministro socialista António Guterres viu o documento orientador do seu executivo passar sem votação no Parlamento.
(...)



I stand corrected, Sir.
sempre a aprender.

muchas gracias,
L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-27 18:38:31
O acordo nas matérias que o PS designou como importantes estão feitos.
É um acordo de mínimos que o PS considera que permite rejeitar o governo da PaF.

Tudo o que está a acontecer nos últimos dias é apenas "fumo & espelhos".

O PS só vai divulgar alguma coisa concreta quando o Passos Coelhos apresentar o seu plano de governo e o seu governo for rejeitado.

Antes disso, sujeitava-se a que o Passos apresenta-se exactamente as mesmas medidas ao Parlamento como sendo as suas medidas.

Isso iria criar um problema de coerência (mais um) que era bastante complicado de explicar.

Como é que o BE e o PCP explicavam a aprovação da mesma medida ao PS que dias antes tinham rejeitado no programa da PaF ?
Percebo o raciocínio, mas contraponho: as medidas que estão a ser alvo de debate para firmar o acordo estão todas a ser anunciadas na Comunicação Social com grande minúcia. Nada impede a Paf de olhar para elas e copiar a direito. Mas se o fizessem iam cair no ridículo evidente de não as terem proposto no programa eleitoral em primeiro lugar, e de ser facilmente demonstrável que tinham copiada o modelo para tentar um golpe no Parlamento.

Por outro lado, se a Paf por acaso enveredasse por esse caminho, nada impediria por sua vez a esquerda de mudar alguns pormenores à pressa para fazer diferenciar os programas. Apenas o suficiente para chumbarem o da Paf e para passarem o seu.

As medidas que se ouvem na comunicação social são apenas "rumores" e são exactamente o que o PS quer que neste momento se saiba - são "fumo".

Uma coisa são as medidas reais que o PS apresentasse ANTES da moção de rejeição, outra coisa completamente diferente, são "rumores" que "alguém" deixa cair para a CS sabe-se lá com que intenção.

A PaF não pode tomar nenhuma acção baseada em "rumores"......mas poderia agir segundo as medidas reais apresentadas pelo PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 18:50:21
Isto arruma praticamente com o "debate" acerca do "vencedor que se presume vitorioso".

Argumentos em contrário?
Vendo por outro prisma. O presidente é eleito com base em promessas eleitorais. Imaginemos que uma promessa principal era de que iria defender a manutenção do pais na UE.

Entretanto o PCP ganha as eleições com a promessa de abandonar a UE. O que faz o presidente ? Demite-se para não dar posse ? Dá posse e trai os +50% dos eleitores que o elegeram ?

E se não der posse ? Há matéria para avaliação do tribunal constitucional ? Eu penso que não porque a decisão tem sempre de ser discriccionária com base no que o próprio presidente prometeu quando foi eleito, caso contrário a decisão seria sempre igual, independentemente de quem lá estivesse. Seria o mesmo que dizer que estar lá o Soares, o Cavaco ou um robot era o mesmo.

Em que é que esta hipotética mas improvável situação contraria o argumento apresentado de que a afirmação "Quem vence as eleições deve governar!" decorre apenas e só de mera opinião da pessoa que a profere?

Concordo, no entanto, que seria um caso bicudo de "governação", para o qual não tenho resposta. A Constituição não o obriga a empossar essa maioria, mas qualquer outra decisão serviria apenas para atrasar o inevitável, já que o PC teria sempre maioria no Parlamento.

O que farias tu se fosses Presidente?

Citar
Além disso a constituição não diz que tem de governar quem ganhou mas também não diz que tem de governar quem tem o apoio maioritário no parlamento. A expressão "atendendo aos resultados" e "ouvidos os partidos" é vaga e abre, penso que intencionalmente, a porta ao que o PR queira fazer.

Não contesto o direito que o Presidente tem de julgar em conformidade com a sua consciência e de poder optar pela solução que lhe parece melhor para o país. Não coloco isso em causa.

Pretendo é limpar de uma vez por todas a falácia que diz que o vencedor das eleições deve governar---e que qualquer outra solução é uma imoralidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-27 19:13:38
eles nao mostram o acordo

como querem presidente deixe governar  um governo de tres partidos  que tem fama nao cumprir  e ser contra os tratados europeus
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 19:18:57
O que farias tu se fosses Presidente?
Eu se fosse presidente empossaria sempre quem ganha e deixaria o chumbo nas mãos do parlamento. Por uma razão: o mandato de deputado é atribuído pelos eleitores à pessoa e não ao partido. Embora saibamos que há disciplina de voto, o partido não é dono da vontade deputado. Este é suposto representar aqueles que o elegeram e votar conforme entender que melhor serve os interesses de quem o elegeu.
Sendo assim, deve ser o deputado, individualmente, a demonstrar essa vontade de chumbo e não o líder do partido a afirmá-lo, em nome colectivo, na reunião com o PR.

Mas compreendo quaisquer das outras argumentações.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-27 19:42:16
O Acordo entre o PS e o BE com o PCP já existe e está assinado há vários dias (desde a célebre declaração da Catarina Martins sobre o governo do Passos ter acabado). Apenas não foi (e não será divulgado) enquanto o governo da PaF não for rejeitado pela Assembleia.

Está tudo arranjado.

Não me custa a acreditar que esteja tudo "arranjado", mas custa-me a acreditar que já haja consensos sobre todas as matérias e sobretudo que haja papelada assinada. Sei que as notícias nos OCS nem sempre são fidedignas, mas nos últimos dias tem havido reuniões que se presumem ser para fechar os acordos.

O acordo nas matérias que o PS designou como importantes estão feitos.
É um acordo de mínimos que o PS considera que permite rejeitar o governo da PaF.

Tudo o que está a acontecer nos últimos dias é apenas "fumo & espelhos".

O PS só vai divulgar alguma coisa concreta quando o Passos Coelhos apresentar o seu plano de governo e o seu governo for rejeitado.

Antes disso, sujeitava-se a que o Passos apresenta-se exactamente as mesmas medidas ao Parlamento como sendo as suas medidas.

Isso iria criar um problema de coerência (mais um) que era bastante complicado de explicar.

Como é que o BE e o PCP explicavam a aprovação da mesma medida ao PS que dias antes tinham rejeitado no programa da PaF ?

É uma boa lógica.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 21:09:08
o principal, que eh o acordo dos 4 anos, nao esta feito

e o PS precisa dos 4 anos, senao pode ser um cataclismo para o proprio PS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-27 21:11:58
mas concordo que estao a dizer tantas parvoices sobre derrubar o governo que devem ter o acordo feito para o primeiro orcamento
senao seriam malucos (mas nunca se sabe, podem estar a jogar um jogo de pressao mutua com apresentacao de factos consumados ao publico)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-27 21:16:27
Como não tenho TV , só internet , não tenho acompanhado os debates nas TVs ,etc.
Parece-me que o argumento de que o Partido mais votado deve governar , não me parece lógico.
Para Governar é preciso maioria no parlamento e se o partido mais votado não tiver maioria como governaria ?
Até o partido MENOS votado  poderia ser Governo desde que tivesse apoio da maioria dos deputados que teoricamente representam a vontade do povo.

Se fôr nomeado PM , Costa vamos ver o que acontece.
Costa até pode depois aliar-se à coligação de direita   para fazer passar certas medidas ( se esta quiser, claro ).

Ou então se bloco, PCP e bloco de direita se unirem Costa fica bloqueado.

Seja como fôr Costa como PM está frito.

Se se aliar com PCP , Bloco, hà crise com credores.

Se se aliar com  bloco de direita- hà crise com as forças  de esquerda.

Costa pode ir navegando entre os dois..,mas não será tarefa fácil.





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 21:29:54
José Vítor Malheiros conta-nos Coisas simples que Cavaco não percebe ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/coisas-simples-que-cavaco-nao-percebe-1712432?page=-1[/url])

Citar
O princípio que afirma “quem ganha as eleições deve governar” tem sido repetidamente enunciado, glosado, gritado e guinchado pela direita nos últimos dias. E, dito assim, e ouvido com o sentido crítico em ponto morto, parece fazer sentido. Mas, neste particular como em tudo, convém distinguir a opinião dos factos e acontece que a norma constitucional ou o princípio jurídico ou a tradição política que afirma “quem ganha as eleições deve governar” não existe. E, quando alguém afirma que ele existe, mente.

Se alguém quiser dizer “eu acho que quem ganha as eleições deve governar” tem todo o direito de o fazer, mas trata-se aqui de uma expressão de vontade pessoal, que não tem (e, verdade seja dita, não exige) nenhuma ancoragem na realidade da lei ou da política. Da mesma maneira, é aceitável que se diga “em princípio, quem ganha as eleições deve governar” mas, como todas as frases que começam com esta fórmula de caução, isso quer dizer que, em muitas circunstâncias, não acontece como “em princípio”.

De facto, se “quem ganhasse as eleições devesse governar” e se esse tivesse sido o entendimento dos constituintes, teria sido fácil incluir o preceito na Constituição. Mas o que lá está escrito é que “o Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais” (artigo 187º) e que o novo governo, para governar, não pode ver o seu programa rejeitado pelo Parlamento (artigo 195º). Ou seja, para nomear um primeiro-ministro é preciso que o Presidente da República o queira fazer, que ouça previamente os partidos políticos e que a sua nomeação “tenha em conta os resultados eleitorais”, o que é, convenha-se, uma norma algo vaga, que apela fundamentalmente ao bom senso. E, para que um novo governo entre efectivamente em funções basta que o seu programa não seja rejeitado pelo Parlamento.

Por que é que quem ganha as eleições (entenda-se por esta expressão “o partido ou coligação que tenha obtido mais votos”) não adquire, por esse simples facto, o direito a governar, sem mais considerações? Porque um partido pode ter mais votos que qualquer um dos outros e não ter, por esse facto, um apoio suficiente no Parlamento para garantir a governabilidade e estabilidade (como acontece com a coligação PSD-CDS neste momento). Assim, sabiamente, a Constituição impõe ao Presidente da República que use do bom-senso (uma imposição que Cavaco Silva considera intolerável) e faça o seu melhor para, sem violar o sentimento expresso nas urnas pela maioria dos portugueses, encontrar uma solução governativa não só funcional mas tão estável quanto possível.

No máximo, poderia defender-se que “quem ganha as eleições deve ser indigitado PM” e apresentar-se depois ao Parlamento ver se consegue um apoio maioritário ou não - mas a Constituição nem sequer isso exige.

Uma das razões por que o princípio “quem ganha as eleições deve governar” ou “o partido que tem mais votos deve governar” não faz sentido é porque, a existir, ele implicaria que, no caso de uma maioria relativa (como a que tem a coligação PSD-CDS neste momento) outros partidos fossem obrigados a deixar passar o programa de governo, de forma a viabilizar o governo minoritário, ainda que tivessem de ir contra a sua consciência e trair o seu eleitorado, os seus programas, princípios e promessas. Não faria sentido. Os fanáticos da direita que gritam que o PSD deve poder governar porque teve mais votos que o PS estão de facto a dizer, forçosamente, que o PS devia deixar passar o programa do PSD, por muito que aqueles o considerem anti-patriótico, anti-democrático, socialmente injusto, empobrecedor, irrealista e destruidor de riqueza. Não faz sentido e é evidente que se trata de uma argumentação desonesta, que os próprios nunca aplicariam se a situação fosse ao contrário.

Por que razão, então, houve no passado governos minoritários? Porque não foram rejeitados pela maioria do Parlamento.

A Constituição, note-se, obriga o Presidente da República a “ter em conta os resultados eleitorais”, globalmente, e não apenas os votos do partido mais votado. Se Cavaco insistir, de forma sectária, em apenas indigitar e empossar um Governo se ele for encabeçado pelo seu próprio partido, ainda que ele seja minoritário e tenha contra si a maioria do Parlamento, e se recusar a indigitar e empossar um Governo dirigido por António Costa, ainda que ele tenha a suportá-lo a maioria do Parlamento, estará a ignorar este imperativo constitucional. Será uma decisão de uma extrema gravidade, inaceitável num regime democrático e incompatível com um regime democrático.

Há quem vocifere, à direita que, se é assim, então passa a ser impossível ter governos minoritários e vai ser muito mais difícl ter governos estáveis. Não é verdade. Um governo minoritário pode ser respeitável, o que o actual governo PSD-CDS não é e o próximo também não será. Não é o facto de esta coligação não conseguir gerar um governo que seja minimamente respeitável que significa que outro governo minoritário não o possa ser.


Isto arruma praticamente com o "debate" acerca do "vencedor que se presume vitorioso".

Argumentos em contrário?


o vitor malheiros é uma 'cabeça'. escreve extraordinariamente bem e principalmente 'pensa' extraordinariamente bem.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-27 21:35:04

o vitor malheiros é uma 'cabeça'. escreve extraordinariamente bem e principalmente 'pensa' extraordinariamente bem.

L


artigos do josé vitor malheiros no público (http://www.publico.pt/autor/jose-vitor-malheiros)
blog do josé vitor malheiros (http://versaletes.blogspot.pt/)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 22:45:54
um bom resumo da situação pelo joão miguel ramos no publico
Citar
Na sua caminhada para primeiro-ministro, António Costa começou por pedir uma maioria absoluta. Como a maioria absoluta estava difícil, chegava maioria relativa. Como a maioria relativa estava difícil, chegava ao PS ter mais deputados do que o PSD. Como o PS não teve mais deputados do que o PSD, chegava um acordo de legislatura com o Bloco e com o PCP. Como o Bloco e o PCP não falam um com o outro, chega um acordo de legislatura com o Bloco e um outro com o PCP. Como o PCP não quer acordos de legislatura, é possível que chegue um acordo de investidura. E se o PCP nem um acordo de investidura quiser, António Costa há-de contentar-se com um acordo verbal e um bacalhau.

(...)
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/antonio-costa-anda-a-aldrabarnos-1712387[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/antonio-costa-anda-a-aldrabarnos-1712387[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-27 23:43:22
O que farias tu se fosses Presidente?
Eu se fosse presidente empossaria sempre quem ganha e deixaria o chumbo nas mãos do parlamento. Por uma razão: o mandato de deputado é atribuído pelos eleitores à pessoa e não ao partido. Embora saibamos que há disciplina de voto, o partido não é dono da vontade deputado. Este é suposto representar aqueles que o elegeram e votar conforme entender que melhor serve os interesses de quem o elegeu.
Sendo assim, deve ser o deputado, individualmente, a demonstrar essa vontade de chumbo e não o líder do partido a afirmá-lo, em nome colectivo, na reunião com o PR.

Mas compreendo quaisquer das outras argumentações.

Pelo menos parecemos concordar quanto ao que seria lógico que o Presidente fizesse. Mas não percebo uma coisa no teu texto, o "chumbo nas mãos do Parlamento". Se o PCP, no caso hipotético que colocas, tem maioria, não há lugar a qualquer chumbo, já que os deputados eleitos não se vão chumbar a si próprios...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-27 23:53:46
Eu estava referir-me a vitórias sem maioria, como é o caso actual, em que deve ser o parlamento a chumbar. No caso de alguém vencer com maioria absoluta nem se colocava a questão. Seria aprovado pelo parlamento, certamente.

De qualquer das formas, e uma vez que o meu principio seria sempre de empossar o vencedor, se o PCP ganhasse as eleições teria de ponderar demitir-me e deixar essa tarefa ao meu sucessor.
Como é que um PR pode empossar um governo com ideias muito contrárias às que ele defendeu na sua própria campanha eleitoral ? Vai trair os seus próprios eleitores ? E como é que pode promulgar as leis emanadas desse governo ? É um dilema moral que me parece só ter solução com a demissão (nem sei se é este o termo correcto).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 00:05:53
Eu estava referir-me a vitórias sem maioria, como é o caso actual, em que deve ser o parlamento a chumbar. No caso de alguém vencer com maioria absoluta nem se colocava a questão. Seria aprovado pelo parlamento, certamente.

De qualquer das formas, e uma vez que o meu principio seria sempre de empossar o vencedor, se o PCP ganhasse as eleições teria de ponderar demitir-me e deixar essa tarefa ao meu sucessor.
Como é que um PR pode empossar um governo com ideias muito contrárias às que ele defendeu na sua própria campanha eleitoral ? Vai trair os seus próprios eleitores ? E como é que pode promulgar as leis emanadas desse governo ? É um dilema moral que me parece só ter solução com a demissão (nem sei se é este o termo correcto).

Nem sei se seria possível um Presidente demitir-se numa situação dessas---o que, em todo o caso, só atrasaria mais o processo inevitável de tomada de posse.

A minha pergunta (o que farias) estava relacionada com esse caso que colocaste para análise, não com a situação actual.  :D (eu não sei o que faria)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 00:09:25
Fernando Negrão

"Se me perguntar a minha opinião, eu direi que os partidos que são contra a integração na União Europeia, os partidos que são contra a moeda única, os partidos que são contra as alianças militares como a NATO não devem integrar um governo na União Europeia".

As palavras são de Fernando Negrão, candidato apresentado pelo PSD e CDS à presidência da Assembleia da República, ontem felizmente derrotado, e foram proferidas ontem, diante das câmaras de televisão.

Se considerarmos que Negrão é um verdadeiro jurista (não daqueles que fez Direito apenas para facilitar o tráfico de influências e ganhar dinheiro em negócios escuros), um juiz de direito e uma pessoa geralmente considerada como um democrata e uma pessoa de bom senso, podemos apreciar bem o nível de desnorte, de fúria revanchista e de radicalismo anti-democrático que invadiu as fileiras do PSD.

O que Cavaco nunca soube mas aparentemente até um deputado até aqui legalista e institucionalista como Negrão esqueceu é que quem “não deve” integrar um governo não são as forças que defendem ou criticam esta ou aquela política, mas sim e apenas as forças que não possuam apoio parlamentar suficiente.

São apenas essas as forças que “não devem” estar no Governo. Ser contra a moeda única, o euro ou a NATO não é proibido e não é um crime. É apenas uma opinião e não existem em Portugal crimes de opinião.

Negrão e todo o PSD e todo o CDS podem ter uma opinião diferente, mas isso não torna a sua opinião mais correcta e certamente não a torna mais respeitável. Negrão pode dizer que não gosta, pode dar argumentos para justificar por que razão não gosta, mas não pode dizer, em abstracto, que algumas forças “não devem” integrar o Governo para mais quando, em concreto, essas forças até possuem todos os requisitos políticos e constitucionais para o fazer e tudo, na política e na Constituição, diz que “devem”.

Não há, nos programas dessas forças políticas com quem Negrão não simpatiza, nada que esteja em choque com a Constituição – como aliás o Tribunal Constitucional tem de garantir.

O que lamentavelmente Negrão deixou de perceber é que o único dever que existe em relação a quem deve ou não deve integrar o Governo é o dever de respeitar a Constituição e a vontade do povo expressa nas eleições, que se traduz na composição do Parlamento. É lamentável que um deputado como Negrão considere que o seu “achómetro” se deve sobrepor à soberania da Assembleia da República.

A decisão sobre quem deve ou não deve estar no Governo pertence ao povo. Isto, pelo menos por enquanto, enquanto o PSD, o CDS e Cavaco não conseguirem lançar o país numa guerra civil para instaurar um regime autoritário sem máscaras, como é cada vez mais claro que sonham fazer.

José Vitor Malheiros (http://versaletes.blogspot.pt/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 00:14:59
eu tambem demitia...quando ha extremistas no poder com MAIORIA ABSULUTA melhor e dar tempo ao povo

tempo encher despença enquanto supermercado nao ficava vazio

tempo meter poupanças no colchao

tempo do povo se preparar para mais um PREC.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 00:17:42
o melhor cura contra a "extrema-esquerda" eh deixar os gajos governar

claro que vao haver vitimas, paciencia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 00:23:04
eu tambem demitia...quando ha extremistas no poder com MAIORIA ABSULUTA melhor e dar tempo ao povo

tempo encher despença enquanto supermercado nao ficava vazio

tempo meter poupanças no colchao

tempo do povo se preparar para mais um PREC.

Não é o caso, como certamente sabes, e estamos muito longe dessa realidade.

Se hipoteticamente fosse o caso, então o partido que tivesse estado anteriormente no Governo seria o principal responsável pela "alteração" na vida política.

Um governo de maioria absoluta formado por extremistas não seria nada semelhante ao que se passou durante o PREC, seria muito pior, porque estariam legalmente mandatados pelo povo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 01:02:12
O pessoal do Blasfémias deve ter andado a ler o THINKfn nestes últimos dias. Só assim se explica o timing de publicação deste artigo de opinião (http://blasfemias.net/2015/10/25/portugueses-de-segunda-2/):

Citar
portugueses de segunda

Todos conhecemos os crimes do fascismo e do nazismo, como conhecemos também, muito bem, os do comunismo. Não há, a este respeito, qualquer hipótese de dúvida ou de negação. Mas há algumas diferenças substanciais que não podem ser ignoradas. Primeiro, que os crimes do fascismo e do nazismo, com excepção de alguns – poucos – regimes latino-americanos que duraram mais algum tempo, terminaram – felizmente . com o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945, ao passo que os crimes do comunismo expandiram-se por um enorme número de países europeus, africanos, asiáticos e americanos, cujos regimes, em parte, se extinguiram em 1989, mas outros – infelizmente, muitos ainda – por aí continuam, como Cuba, China, Coreia do Norte, Angola (o MPLA ainda se reclama um partido marxista-leninista, ou já não?).. Mas há outra diferença muito importante, que não convém escamotear: é que enquanto os partidos europeus originários na extrema-direita, como a Frente Nacional, rejeitam a herança fascista e nazi, ao ponto de expulsarem quem a defenda (no caso da FN, o próprio fundador, o que não foi coisa pouca) alguém terá ouvido já o Partido Comunista Português a renegar a União Soviética e os crimes de Lenine, Estaline, Mao, Fidel de Castro, etc.? Não, pelo contrário, quando lhes falam no assunto dizem que a história de URSS não está bem contada, que, como disse uma senhora deputada do PCP, nunca estudara o estalinismo, logo, não podia condená-lo, ou mesmo que a Coreia do Norte era uma democracia, como proclamou esse extraordinário ex-líder parlamentar do PCP, agora autarca em Loures, o senhor Bernardino Soares. Ou seja e em conclusão: ao contrário do novo mantra nacional, imposto por António Costa e ao qual até já o ecletético Professor Marcelo aderiu, em termos políticos há, efectivamente há, portugueses de primeira e de segunda, e quem defende regimes assassinos qualifica-se imediatamente nesse último grupo. E mais: do mesmo modo que a Constituição proíbe as organizações políticas fascistas, também o acesso ao poder de gente que defende os regimes comunistas não deveria ser permitido, a não ser que se considere que os crimes destes foram melhores que os dos outros. Por muito que possa custar aceitar, Cavaco Silva tem razão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 02:18:31
O pessoal do Blasfémias deve ter andado a ler o THINKfn nestes últimos dias. Só assim se explica o timing de publicação deste artigo de opinião ([url]http://blasfemias.net/2015/10/25/portugueses-de-segunda-2/[/url]):

Citar
portugueses de segunda

Todos conhecemos os crimes do fascismo e do nazismo, como conhecemos também, muito bem, os do comunismo. Não há, a este respeito, qualquer hipótese de dúvida ou de negação. Mas há algumas diferenças substanciais que não podem ser ignoradas. Primeiro, que os crimes do fascismo e do nazismo, com excepção de alguns – poucos – regimes latino-americanos que duraram mais algum tempo, terminaram – felizmente . com o fim da 2ª Guerra Mundial, em 1945, ao passo que os crimes do comunismo expandiram-se por um enorme número de países europeus, africanos, asiáticos e americanos, cujos regimes, em parte, se extinguiram em 1989, mas outros – infelizmente, muitos ainda – por aí continuam, como Cuba, China, Coreia do Norte, Angola (o MPLA ainda se reclama um partido marxista-leninista, ou já não?).. Mas há outra diferença muito importante, que não convém escamotear: é que enquanto os partidos europeus originários na extrema-direita, como a Frente Nacional, rejeitam a herança fascista e nazi, ao ponto de expulsarem quem a defenda (no caso da FN, o próprio fundador, o que não foi coisa pouca) alguém terá ouvido já o Partido Comunista Português a renegar a União Soviética e os crimes de Lenine, Estaline, Mao, Fidel de Castro, etc.? Não, pelo contrário, quando lhes falam no assunto dizem que a história de URSS não está bem contada, que, como disse uma senhora deputada do PCP, nunca estudara o estalinismo, logo, não podia condená-lo, ou mesmo que a Coreia do Norte era uma democracia, como proclamou esse extraordinário ex-líder parlamentar do PCP, agora autarca em Loures, o senhor Bernardino Soares. Ou seja e em conclusão: ao contrário do novo mantra nacional, imposto por António Costa e ao qual até já o ecletético Professor Marcelo aderiu, em termos políticos há, efectivamente há, portugueses de primeira e de segunda, e quem defende regimes assassinos qualifica-se imediatamente nesse último grupo. E mais: do mesmo modo que a Constituição proíbe as organizações políticas fascistas, também o acesso ao poder de gente que defende os regimes comunistas não deveria ser permitido, a não ser que se considere que os crimes destes foram melhores que os dos outros. Por muito que possa custar aceitar, Cavaco Silva tem razão.



afinal, a china é comunista?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 02:28:18
De nome. Comunista certamente já não é bem porque permite propriedade privada e uma economia de mercado. Agora é mais uma ditadura, digamos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 08:40:55
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-28 09:14:20
gostava de saber se estes pontos do manifesto eleitoral do BE vão ser incluídos no acordo

Citar
Ora, a importância sistémica do setor bancário prova a necessidade do seu controlo
democrático. Para além de ser condição para a transparência e o escrutínio, a propriedade
estatal é indispensável à garantia de orientação para o interesse público e não pelos critérios
particulares e de mera maximização da remuneração dos seus donos.
“Uma das medidas para alteração da estrutura da propriedade bancária deveria ser a conversão
em propriedade estatal dos benefícios ou créditos fiscais contabilizáveis como fundos
próprios dos bancos, um primeiro passo para a nacionalização dos mesmos”.
...
Renacionalizar as autoestradas originariamente construídas sem custos para o utilizador
(SCUT’s), isentando-as de portagens, tendo em vista a melhoria da sinistralidade
rodoviária, da fluidez da circulação automóvel e a redução do tráfego no atravessamento
de zonas urbanas e, desta forma, contribuir para a melhoria dos padrões ambientais
e de qualidade de vida das populações;
...
O Bloco compromete-se com uma política de nacionalização do setor da energia, para impedir
a desregulação e a ineficiência, garantindo o controlo público sobre as empresas do setor.
Assim, o capital público deve voltar a ser maioritário na Galp, na EDP e na REN. A coordena-
ção dos planos de investimento e desenvolvimento do setor energético deve ser garantida
por uma Autoridade Nacional da Energia.

[url]http://www.bloco.org/media/manifestolegislativas2015.pdf[/url] ([url]http://www.bloco.org/media/manifestolegislativas2015.pdf[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-28 10:12:21
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque

O facto de o António Costa ter um discurso tão definitivo contra a PaF é prova mais que suficiente que o acordo já existe.

Se assim não fosse, o discurso seria muito mais moderado.

Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos.

Hoje o Público saiu com esta noticia:
Citar
(..) a direcção do PS não pretende que as negociações sejam aceleradas pois não tenciona que os conteúdos exactos deste entendimento venham a público e sejam conhecidos pelo país antes de o programa de Governo da coligação ser apresentado na Assembleia da República para debate parlamentar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, António Costa não quer que os termos do acordo sejam revelados antes de ver o que Passos Coelho tem a propor ao país.

in http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult (http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 10:28:25
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque

O facto de o António Costa ter um discurso tão definitivo contra a PaF é prova mais que suficiente que o acordo já existe.

Se assim não fosse, o discurso seria muito mais moderado.

Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. o que queres dizer nao se percebe.

Hoje o Público saiu com esta noticia:
Citar
(..) a direcção do PS não pretende que as negociações sejam aceleradas pois não tenciona que os conteúdos exactos deste entendimento venham a público e sejam conhecidos pelo país antes de o programa de Governo da coligação ser apresentado na Assembleia da República para debate parlamentar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, António Costa não quer que os termos do acordo sejam revelados antes de ver o que Passos Coelho tem a propor ao país.

in [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url])


nada indica que isso seja verdade em relacao a um acordo com o PCP, so com o BE eh que parece haver acordo

esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "

o que interessa aqui eh sempre o prazo que garantem ao governo. claro que qq acordo e sempre sempre coisas especificas, o que queres dizer nao se percebe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 10:39:20
uma garantia do costa :

"Acordo com BE e PCP será "para a legislatura”, diz Costa"

se isto for realmente o objectivo entao podes ter a certeza que o mais provavel eh ainda nao haver acordo com o PCP
para o PCP suportar um governo por 4 anos teria de receber muito em troca, pessoalmente ate acho que nunca vai acontecer
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-28 10:41:27
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-28 10:43:16
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque

O facto de o António Costa ter um discurso tão definitivo contra a PaF é prova mais que suficiente que o acordo já existe.

Se assim não fosse, o discurso seria muito mais moderado.

Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. o que queres dizer nao se percebe.

Hoje o Público saiu com esta noticia:
Citar
(..) a direcção do PS não pretende que as negociações sejam aceleradas pois não tenciona que os conteúdos exactos deste entendimento venham a público e sejam conhecidos pelo país antes de o programa de Governo da coligação ser apresentado na Assembleia da República para debate parlamentar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, António Costa não quer que os termos do acordo sejam revelados antes de ver o que Passos Coelho tem a propor ao país.

in [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url])


nada indica que isso seja verdade em relacao a um acordo com o PCP, so com o BE eh que parece haver acordo

esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
o que interessa eh o prazo, claro que qq acordo e sempre sempre cenas especificas. o que queres dizer nao se percebe.


O Acordo do PS obriga a que tenha que ser com o BE e com o PCP (e os Verdes). Apenas com o BE, o total de deputados é inferior aos da PaF.

---
O que quero dizer é que o Acordo foi feito em temas e matérias (muito) especificas.

Portanto o acordo é valido enquanto durar o teor de cada uma dessas matérias. Se dura 4 anos ou 2 meses é indiferente e depende de cada matéria.

Exemplo: O PS pode acordar com o PCP a reposição dos salários da FP em 2 anos e o aumento do salário mínimo em 4 anos.

Isto não significa que o Acordo "seja para 4 anos".
----
Edit:

Significa isto, que o PCP apenas dá garantia de aprovar essas e apenas essas medidas.

O resto é discutido no Parlamento
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-28 10:51:21
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 11:01:51
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque

O facto de o António Costa ter um discurso tão definitivo contra a PaF é prova mais que suficiente que o acordo já existe.

Se assim não fosse, o discurso seria muito mais moderado.

Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. o que queres dizer nao se percebe.

Hoje o Público saiu com esta noticia:
Citar
(..) a direcção do PS não pretende que as negociações sejam aceleradas pois não tenciona que os conteúdos exactos deste entendimento venham a público e sejam conhecidos pelo país antes de o programa de Governo da coligação ser apresentado na Assembleia da República para debate parlamentar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, António Costa não quer que os termos do acordo sejam revelados antes de ver o que Passos Coelho tem a propor ao país.

in [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url])


nada indica que isso seja verdade em relacao a um acordo com o PCP, so com o BE eh que parece haver acordo

esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
o que interessa eh o prazo, claro que qq acordo e sempre sempre cenas especificas. o que queres dizer nao se percebe.


O Acordo do PS obriga a que tenha que ser com o BE e com o PCP (e os Verdes). Apenas com o BE, o total de deputados é inferior aos da PaF.

---
O que quero dizer é que o Acordo foi feito em temas e matérias (muito) especificas.

Portanto o acordo é valido enquanto durar o teor de cada uma dessas matérias. Se dura 4 anos ou 2 meses é indiferente e depende de cada matéria.

Exemplo: O PS pode acordar com o PCP a reposição dos salários da FP em 2 anos e o aumento do salário mínimo em 4 anos.

Isto não significa que o Acordo "seja para 4 anos".
----
Edit:

Significa isto, que o PCP apenas dá garantia de aprovar essas e apenas essas medidas.

O resto é discutido no Parlamento


isso que descreves eh um acordo para 1 ano, um orcamento

"depois logo ve se"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 11:02:52
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-28 11:15:09
O que na verdade faz falta a Portugal é ter cá a troika!

Com eles haviam obrigações das quais não se podia fugir, e aí até os alucinados do PCP e BE podiam estar no governo.


(diga-se que em termos familiares acho sairei beneficiado se o Costa "usurpar" o poder)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-28 11:21:01
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera

porque não?
Só se o psd quiser ser ele a aplicar a austeridade.  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 11:35:24
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera

porque não?
Só se o psd quiser ser ele a aplicar a austeridade.  ;D

acho que os gajos vao deixar o PS nas maos dos comunistas para toda a gente ver o erro que foi este acordo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-28 11:41:38
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera

porque não?
Só se o psd quiser ser ele a aplicar a austeridade.  ;D

acho que os gajos vao deixar o PS nas maos dos comunistas para toda a gente ver o erro que foi este acordo

pois, e a seguir vem a direita aplicar austeridade, e o povo pensa, grande erro que foi o acordo à esquerda, sempre estamos melhor com quem aplica austeridade.

As pessoas só acham isso se a esquerda tiver que aplicar austeridade e essa austeridade for maior do que a anterior (direita).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-28 11:43:06
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

Até uma criança de 5 anos percebe.
O PCP mal ache que é o momento certo, irá espetar a faca no PS.
Uma coligação, que não seja formal, com elementos do PCP e do BE com cargos governativos, é uma fantochada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 11:44:57
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera

porque não?
Só se o psd quiser ser ele a aplicar a austeridade.  ;D

acho que os gajos vao deixar o PS nas maos dos comunistas para toda a gente ver o erro que foi este acordo

pois, e a seguir vem a direita aplicar austeridade, e o povo pensa, grande erro que foi o acordo à esquerda, sempre estamos melhor com quem aplica austeridade.

As pessoas só acham isso se a esquerda tiver que aplicar austeridade e essa austeridade for maior do que a anterior (direita).

isso tb eh verdade mas em doses pequenas pois os gajos tem pressa e nao vao aguentar o PS muito tempo
mas deixar passar qq coisa era bom, realmente
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-28 11:49:13
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 11:52:48
o costa esta entalado e sem margem negocial devido as suas declaracoes. o PCP tem o gajo na mao pois o costa tem de apresentar um acordo ou seria uma humilhacao gigante.
o que vai sair das negociacoes vai ser um desastre para o pais, o PCP vai conseguir tudo o que quiser. e provavelmente por apenas 1 ano, nao vejo o PCP a apoiar ninguem por 4 anos
o costa precisa do PCP, o contrario ja nao eh verdade. preparem-se para o choque

O facto de o António Costa ter um discurso tão definitivo contra a PaF é prova mais que suficiente que o acordo já existe.

Se assim não fosse, o discurso seria muito mais moderado.

Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. o que queres dizer nao se percebe.

Hoje o Público saiu com esta noticia:
Citar
(..) a direcção do PS não pretende que as negociações sejam aceleradas pois não tenciona que os conteúdos exactos deste entendimento venham a público e sejam conhecidos pelo país antes de o programa de Governo da coligação ser apresentado na Assembleia da República para debate parlamentar.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, António Costa não quer que os termos do acordo sejam revelados antes de ver o que Passos Coelho tem a propor ao país.

in [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-fara-governo-com-independentes-de-esquerda-1712511?frm=ult[/url])


nada indica que isso seja verdade em relacao a um acordo com o PCP, so com o BE eh que parece haver acordo

esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
o que interessa eh o prazo, claro que qq acordo e sempre sempre cenas especificas. o que queres dizer nao se percebe.


O Acordo do PS obriga a que tenha que ser com o BE e com o PCP (e os Verdes). Apenas com o BE, o total de deputados é inferior aos da PaF.

---
O que quero dizer é que o Acordo foi feito em temas e matérias (muito) especificas.

Portanto o acordo é valido enquanto durar o teor de cada uma dessas matérias. Se dura 4 anos ou 2 meses é indiferente e depende de cada matéria.

Exemplo: O PS pode acordar com o PCP a reposição dos salários da FP em 2 anos e o aumento do salário mínimo em 4 anos.

Isto não significa que o Acordo "seja para 4 anos".
----
Edit:

Significa isto, que o PCP apenas dá garantia de aprovar essas e apenas essas medidas.

O resto é discutido no Parlamento


Faz sentido.

Em todo o caso, estamos ainda em terrenos de muita incerteza e dúvida face ao que o PR vai achar, quando a bola lhe for devolvida novamente para as mãos. Ou seja, com base nestes pressupostos que apontas, parece-me ainda bem possível que considere um Governo de Gestão (porque o acordo das esquerdas não cumpre os "requisitos mínimos" segundo a sua opinião, e seria pior ainda que uma solução de gestão por 6 meses)...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-28 12:00:43
esta frase eh ininteligivel :
"Não há acordos para 4 anos. Há acordos em matérias e temas específicos. "
tradução: há acordo até as contas se escavacarem todas e serem precisas medidas de austeridade. nesse dia deixa de haver acordo.
é impossível o costa ser burro demais para não perceber isto pelo que facilmente se deduz que este pseudo-acordo é uma tábua de salvação para adiar o fim da carreira política como líder do ps.

O costa conta que nessa altura o psd da-lhe a mão.

isso nunca acontecera

porque não?
Só se o psd quiser ser ele a aplicar a austeridade.  ;D

acho que os gajos vao deixar o PS nas maos dos comunistas para toda a gente ver o erro que foi este acordo

pois, e a seguir vem a direita aplicar austeridade, e o povo pensa, grande erro que foi o acordo à esquerda, sempre estamos melhor com quem aplica austeridade.

As pessoas só acham isso se a esquerda tiver que aplicar austeridade e essa austeridade for maior do que a anterior (direita).

isso tb eh verdade mas em doses pequenas pois os gajos tem pressa e nao vao aguentar o PS muito tempo
mas deixar passar qq coisa era bom, realmente

Têm pressa!!!
Lembra-te que só governam se tiverem maioria, e a esquerda ainda tem que se queimar um bom pedaço para chegarem ao governo.

O PCP e o BE não apoiam um governo que aplique austeridade. logo estão safos da critica do povo e ainda ganham mais alguns votos. O PS tem que aplicar austeridade durante um tempo alargado para se queimar bastante, senão dizem que foram vitimas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-28 12:03:52
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Mas antes disso suceder estão milhões de pessoas satisfeitas e felizes pela reposição de salários e pensões, o resto não conta para elas (essa a reacção generalizada dos benificiários, e vejo isso na minha familia e amigos)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-28 12:21:20
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Mas antes disso suceder estão milhões de pessoas satisfeitas e felizes pela reposição de salários e pensões, o resto não conta para elas (essa a reacção generalizada dos benificiários, e vejo isso na minha familia e amigos)
Se forem inconscientes (o que parece ser o caso, sem ofensa  :D) só lhes podemos recomendar que não se habituem ao novo salário/pensão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-10-28 12:25:44
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Mas antes disso suceder estão milhões de pessoas satisfeitas e felizes pela reposição de salários e pensões, o resto não conta para elas (essa a reacção generalizada dos benificiários, e vejo isso na minha familia e amigos)
Se forem inconscientes (o que parece ser o caso, sem ofensa  :D) só lhes podemos recomendar que não se habituem ao novo salário/pensão.
Sim nisso são, mas eu acho que são a imagem de uma grande parte dos funcionários publicos/pensionistas portugueses.

Como um amigo me disse "enquanto o pau vai e vem folgam as costas"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-28 12:51:57
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Mas antes disso suceder estão milhões de pessoas satisfeitas e felizes pela reposição de salários e pensões, o resto não conta para elas (essa a reacção generalizada dos benificiários, e vejo isso na minha familia e amigos)

A estratégia do PS deve ser mesmo essa. Dar rendimento imediato para verem se daqui um ano conseguem um crescimento entre os 2.5% e 3%, e consequentes benefícios que daí advêm no curto prazo. Depois provocam a ruptura com o PCP e vão para novas eleições. Mas desta vez, a dizer "vejam mesmo com os acordos à esquerda o que conseguimos fazer". Agora imaginem com a maioria absoluta...

Depois, são mais quatro anos com austeridade agravada, mas com o PS no poleiro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-28 13:57:21
Isto só muda de mentalidades quando a esquerda, no poder, falhar o pagamento de pelo menos 1 mês de salários/pensões. Não precisa de ser uma falha de 100%...basta só conseguirem pagar 80%. Nesse dia a mentalidade de esquerdalha do povo ignorante desaparece toda.
Mas antes disso suceder estão milhões de pessoas satisfeitas e felizes pela reposição de salários e pensões, o resto não conta para elas (essa a reacção generalizada dos benificiários, e vejo isso na minha familia e amigos)

A estratégia do PS deve ser mesmo essa. Dar rendimento imediato para verem se daqui um ano conseguem um crescimento entre os 2.5% e 3%, e consequentes benefícios que daí advêm no curto prazo. Depois provocam a ruptura com o PCP e vão para novas eleições. Mas desta vez, a dizer "vejam mesmo com os acordos à esquerda o que conseguimos fazer". Agora imaginem com a maioria absoluta...

Depois, são mais quatro anos com austeridade agravada, mas com o PS no poleiro.

Isto. É tão simples.
O PS subindo ao poder agora, tem 1-2 anos para distribuir benesses á vontade. Só a UE poderia implicar com orçamento devido ao risco do défice, mas na práctica nada podem fazer, que o país já não está sob ajuda externa. E por outro lado Itália também está com problemas com o orçamento na UE e o Renzi já disse que fica assim na mesma, Franca igual, o défice abaixo dos 3% já ficou lá para 2017. Portugal só tem que seguir o mesmo caminho.

E 1-2 anos para os políticos que temos já é longuíssimo prazo, quando a conta vier logo se ve, pode ser que o crescimento de 3% ano se realize :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-28 13:58:32
Em todo o caso, estamos ainda em terrenos de muita incerteza e dúvida face ao que o PR vai achar, quando a bola lhe for devolvida novamente para as mãos. Ou seja, com base nestes pressupostos que apontas, parece-me ainda bem possível que considere um Governo de Gestão (porque o acordo das esquerdas não cumpre os "requisitos mínimos" segundo a sua opinião, e seria pior ainda que uma solução de gestão por 6 meses)...

O problema principal com um Governo de Gestão é que obriga o país a entrar em duodécimos provavelmente sem a aplicação das medidas extraordinárias e pelo menos durante o 1º semestre de 2016 (até serem marcadas novas eleições).

Em termos económicos, isso significaria falhar por completo o Tratado Orçamental e meter o país à deriva.

É algo potencialmente muito mau. Acredito que possa mesmo ser pior do que a alternativa de um Governo PS.

A dúvida reside na questão se é ou não possível continuar a aplicar as medidas extraordinárias que vigoraram em 2015 num governo de gestão por este obrigar a que a despesa de um determinado mês seja igual à do mês homólogo (com as actuais medidas extraordinárias).

Mas sendo extraordinárias, elas também findam em 31 de Dezembro de 2015. O que significa que em 2016 não podem ser aplicadas.

Há manifestação de alguns constitucionalistas que indicam que é possível. Mas também há quem ache o contrário.

É uma matéria que o TC teria que ser chamado a pronunciar-se. E isso significaria mais um período de tempo para ser dado esse parecer.

Por isso, neste momento, acredito que o Presidente da República prefira nomear o António Costa como PM do que entrar por uma alternativa duvidosa e potencialmente destruidora.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 14:05:55
eu quero ver acordo

se la nao estiver  austeridade  vai ser mesmo que governo de gestao....

pode ser austeridade camuflada  tipo eu dou aumentos em 2017..devolvo metade em 2016 etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 15:46:14
De toda a maneira, com uma alternativa de esquerda e tendo em conta os pressupostos do acordo, é fácil perceber que a médio prazo a qualidade de vida em Portugal vai perder-se substancialmente e vamos afastar-nos ainda mais dos outros países da UE incluindo os da europa de leste que já começam a dar cartas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 16:20:26
De toda a maneira, com uma alternativa de esquerda e tendo em conta os pressupostos do acordo, é fácil perceber que a médio prazo a qualidade de vida em Portugal vai perder-se substancialmente e vamos afastar-nos ainda mais dos outros países da UE incluindo os da europa de leste que já começam a dar cartas.

Isso, porém, a acontecer só acontece a médio prazo, e as pessoas olham para o curto prazo. Se aliviarem medidas de austeridade, subirem salários e pensões, no curto prazo ganham uma popularidade grande. Se eleições ocorressem depois também no curto prazo, ganha-las-iam. Até a economia no muito curto prazo se daria bem com isso.

É devido a esses fenómenos que chegámos onde chegámos. A prazo Portugal só recupera versus a Europa (em termos relativos) com políticas opostas, de moeda forte -- é o que a história nos ensina, mas que ninguém sabe nem quer aprender.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-10-28 16:24:35
Quem manda agora é a UE, ela é que tem poder de aprovar o orçamento de Portugal. Por isso, não vão poder entrar em grandes "cavalarias".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 16:25:56
http://observador.pt/2015/03/19/maria-luis-albuquerque-portugal-tem-os-cofres-cheios/ (http://observador.pt/2015/03/19/maria-luis-albuquerque-portugal-tem-os-cofres-cheios/) :D

Portugal pode estar "tranquilamente durante um período prolongado sem precisar de ir ao mercado" caso exista algum período de turbulência nos mercados. Maria Luís diz aos jovens: "multipliquem-se".......
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 16:31:08
De toda a maneira, com uma alternativa de esquerda e tendo em conta os pressupostos do acordo, é fácil perceber que a médio prazo a qualidade de vida em Portugal vai perder-se substancialmente e vamos afastar-nos ainda mais dos outros países da UE incluindo os da europa de leste que já começam a dar cartas.

Isso, porém, a acontecer só acontece a médio prazo, e as pessoas olham para o curto prazo. Se aliviarem medidas de austeridade, subirem salários e pensões, no curto prazo ganham uma popularidade grande. Se eleições ocorressem depois também no curto prazo, ganha-las-iam. Até a economia no muito curto prazo se daria bem com isso.

É devido a esses fenómenos que chegámos onde chegámos. A prazo Portugal só recupera versus a Europa (em termos relativos) com políticas opostas, de moeda forte -- é o que a história nos ensina, mas que ninguém sabe nem quer aprender.

Completamente de acordo contigo Incognitus. Porém, como tu dizes pagar-se-ão os efeitos mais cedo ou mais tarde quando chegar a fatura para pagar e ela virá. Portugal está condenado a empobrecer com essas políticas. Eu nâo sou contra isso. Considero-me uma pessoa liberal e como tal não me faz comichâo as pessoas escolherem uma via que as empobrece. O que me incomoda é que depois a culpa é dos outros que são corruptos, gatunos ou outra coisa mas certamente que não é culpa minha. Isso sim, faz-me comichão...

Aliás, é bem notório que a maior parte das pessoas põe a culpa nos mercados, na banca, nos politicos, etc... Não digam que não tenham culpa, mas antes de criticar os outros, olhem para si e pensem um bocadinho...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 16:32:31
acho um pouco estranho que ninguém esteja a pensar na questão da dívida.
é falta de lembrança ou porque não convém?

mais tarde ou mais cedo o FMI vai proclamar formalmente a insustentabilidade da dívida portuguesa.
tal como já o fez com a grécia.

a dívida vai ter de ser reformulada. haircut, extensão de prazos, whatever...
o serviço da dívida vai ter de baixar.

outra coisa: a partir de janeiro o ECB já não pode fazer a ninguém o que fez à grécia.
deixa de ter hipótese de estrangular os bancos.
a bomba atómica deixa de existir.

por isso: tenho quase a certeza que a dívida vai ser reformulada e em condições idênticas senão melhores que as gregas.

penso que seria conveniente contar com isso na elaboração de cenários macro-económicos.
este post/tópico até devia passar para o forum principal, porque um dos grandes beneficiários vai ser o PSI.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 16:37:44
acho um pouco estranho que ninguém esteja a pensar na questão da dívida.
é falta de lembrança ou porque não convém?

mais tarde ou mais cedo o FMI vai proclamar formalmente a insustentabilidade da dívida portuguesa.
tal como já o fez com a grécia.

a dívida vai ter de ser reformulada. haircut, extensão de prazos, whatever...
o serviço da dívida vai ter de baixar.

outra coisa: a partir de janeiro o ECB já não pode fazer a ninguém o que fez à grécia.
deixa de ter hipótese de estrangular os bancos.
a bomba atómica deixa de existir.

por isso: tenho quase a certeza que a dívida vai ser reformulada e em condições idênticas senão melhores que as gregas.

penso que seria conveniente contar com isso na elaboração de cenários macro-económicos.
este post/tópico até devia passar para o forum principal, porque um dos grandes beneficiários vai ser o PSI.

L

não convém...BCE com QE, juros em minimos...muito subsidio da UE a entrar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-28 16:39:32
(...)

outra coisa: a partir de janeiro o ECB já não pode fazer a ninguém o que fez à grécia.
deixa de ter hipótese de estrangular os bancos.
a bomba atómica deixa de existir.

(...)


Lark: se puderes explica-me este paragrafo, porque já vi que estou "a leste" do que se passou...

    :-\
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 16:46:30
(...)

outra coisa: a partir de janeiro o ECB já não pode fazer a ninguém o que fez à grécia.
deixa de ter hipótese de estrangular os bancos.
a bomba atómica deixa de existir.

(...)


Lark: se puderes explica-me este paragrafo, porque já vi que estou "a leste" do que se passou...

    :-\

tenho que procurar os posts. penso que estão no tópico da grécia.
mas basicamente, a responsabilidade sobre os bancos deixa de ser nacional. o paizinho deixa de ser o estado para ser o ECB.
se o ECB estrangular os bancos está a estrangular os seus filhos. e por estatuto não pode fazer isso.
basicamente a capacidade do ECB pressionar os governos, através dos bancos, acaba em Janeiro.
por isso é que as coisas na grécias estão tão calmas.
a partir de janeiro a grécia vai de novo colocar a questão da reformulação da dívida em cima da mesa.
respaldada pelo FMI, que não dará luz verde  a nenhum empréstimo sem a dívida ser reformulada.

portugal só vai ter que apanhar a boleia.
é chato para o passos, mas é assim a vida. quem vai ganhar os louros (e os euros) vai ser o costa. azarinho.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 16:56:10
Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 17:13:59
Lark, a questão da divida é um detalhe. O problema principal não é esse. Mesmo que a divida de Portugal fosse agora zero, o país nâo sairia dos problemas e amarras em que se encontra. Tem uma industria relativamente fraca, um tecido exportador incapaz de competir com muitos paises da zona euro, uma carga fiscal elevada, custos do trabalho elevados, uma produtividade fraca, um país extremamente burocrático que odeia todos os que têm mais dinheiro do que "eu" e por aí fora.

Isto não tem nada a ver com divida ou com sustentabilidade da mesma. Isto são coisas básicas que devem ser mudadas e que implicam mudança de mentalidade. E para isso, os portugueses não estão preparados
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 17:19:51
Lark, a questão da divida é um detalhe. O problema principal não é esse. Mesmo que a divida de Portugal fosse agora zero, o país nâo sairia dos problemas e amarras em que se encontra. Tem uma industria relativamente fraca, um tecido exportador incapaz de competir com muitos paises da zona euro, uma carga fiscal elevada, custos do trabalho elevados, uma produtividade fraca, um país extremamente burocrático que odeia todos os que têm mais dinheiro do que "eu" e por aí fora.

Isto não tem nada a ver com divida ou com sustentabilidade da mesma. Isto são coisas básicas que devem ser mudadas e que implicam mudança de mentalidade. E para isso, os portugueses não estão preparados

pode ser um detalhe mas não é pequeno.
se acontecer, significa que muitas das exigências do BE e do PCP podem ser satisfeitas sem colocar em causa o deficit.
não me parece coisa pouca.
implica que a economia beneficiará de um estímulo valente e prolongado.
a tese de que as medidas seriam para 1 ou ano ou dois cai por terra.
com um serviço da dívida muito reduzido, as medidas austeritárias podem ser quase todas ou mesmo todas removidas.
haveria que fazer as contas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 17:20:25
A resolução bancária não será nenhuma borla. A não esquecer que tipicamente a mesma leva ao apagar dos accionistas e devedores, BEM como ao apagar dos depósitos acima dos limites providenciados por fundos de garantia. Como no Chipre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-28 17:20:56
Thanks!
Vou estar atento a ver o que acontece...

    :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 17:24:23
Isso nao e popular lark

basicamente e ter mais  casos BES  ao quadrado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 17:26:09
Isso nao e popular lark

basicamente e ter mais  casos BES  ao quadrado.

Dependendo do banco, seria muito pior que o BES -- no BES os depositantes não perderam dinheiro, nem todos os credores foram zerados.

Com um default do Estado Português, o que aconteceria nos bancos seria muito pior do que o BES.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 17:30:20
Isso nao e popular lark

basicamente e ter mais  casos BES  ao quadrado.

Dependendo do banco, seria muito pior que o BES -- no BES os depositantes não perderam dinheiro, nem todos os credores foram zerados.

Com um default do Estado Português, o que aconteceria nos bancos seria muito pior do que o BES.

sim por isso disse ao quadrado  :-\

eu axo nem os 100 000 ficam garatidos....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 17:35:33
Isso nao e popular lark

basicamente e ter mais  casos BES  ao quadrado.

não percebo porquê.
com governo de direita ou com governo de esquerda vai acontecer.
ou é solvente e é recapitalizado ou é insolvente e é liquidado.
tudo a cargo do ECB.
não depende de nada, vai acontecer.

o que eu estou a sublinhar é que deixa de ser responsabilidade do estado português.
pode ter impacto nos cidadãos portugueses. mas não nas contas do estado.

a arma que colocou a grécia de joelhos evaporar-se-á.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-28 17:58:31
Mas Lark, a ELA foi expandida muito, mesmo muito. Penso que chegou aos 89 G euros.
Em algum ponto teria que existir um limite a essa expansão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 18:08:36
Mas Lark, a ELA foi expandida muito, mesmo muito. Penso que chegou aos 89 G euros.
Em algum ponto teria que existir um limite a essa expansão.

the point being?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-28 18:13:08
Mas Lark, a ELA foi expandida muito, mesmo muito. Penso que chegou aos 89 G euros.
Em algum ponto teria que existir um limite a essa expansão.

the point being?

L

Que a questão de ter existido chantagem, não é tão linear assim.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 18:17:34
Mas Lark, a ELA foi expandida muito, mesmo muito. Penso que chegou aos 89 G euros.
Em algum ponto teria que existir um limite a essa expansão.

the point being?

L

Que a questão de ter existido chantagem, não é tão linear assim.

tenha ou não existido (existiu) a questão é que não haverá possibilidade de existir, a partir de janeiro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 18:21:44
chantagem foi no BES

eu se fosse ao salgado :D  metia o BCE tribunal por descriminaçao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 18:47:27
Parece bom de mais para ser verdade... Até tenho medo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 18:51:56
Lark, o que quis dizer é que se suprimires a divida, a base do problema continua lá. Portugal não soube gerir de forma conveniente os fundos europeus e não aproveitou de forma eficaz a divida gigantesca que criou.Mesmo com uma divida a zero, tudo iria recomeçar. Não te esqueças que, se por acaso, a divida ficasse instantaneamente a zero isso não seria só para Portugal mas também para outros países, ou seja, divida zero para todos logo não tirarias vantagem desse cenário. E mesmo esse cenário não seria certamente a custo zero pois o custo seria repercutido em alguém.

A realidade é que os portugueses não sabem gerir dinheiro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 18:58:47
Na america os bancos sao controlados pelos  bancos centrais e tem os  to big to fail...

um  grande banco sera sempre resgatado e divida fica para governos....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 19:02:00
Lark, o que quis dizer é que se suprimires a divida, a base do problema continua lá. Portugal não soube gerir de forma conveniente os fundos europeus e não aproveitou de forma eficaz a divida gigantesca que criou.Mesmo com uma divida a zero, tudo iria recomeçar. Não te esqueças que, se por acaso, a divida ficasse instantaneamente a zero isso não seria só para Portugal mas também para outros países, ou seja, divida zero para todos logo não tirarias vantagem desse cenário. E mesmo esse cenário não seria certamente a custo zero pois o custo seria repercutido em alguém.

A realidade é que os portugueses não sabem gerir dinheiro.

até posso admitir que sim. mas repara, o que dizes é algo genérico, uma reflexão sobre a economia portuguesa dos últimos 40 anos.

eu estou a falar de outra coisa. do futuro imediato. faltam dois meses para os bancos passarem totalmente para a alçada do BCE.
um governo que esteja disposto a fincar o pé e dizer que quer renegociar a dívida com o apoio do FMI, tal como a Grécia, não estará sujeito à mesma sorte que teve a grécia quando o quis fazer. o BCE estrangulou-lhe a liquidez dos bancos.
esse instrumento de pressão deixa de existir. ao mesmo tempo que um instrumento de pressão muito forte em sentido contrário passa a existir - a declaração do FMI em como a dívida portuguesa é tão insustentável como a da grécia e que tem que ser reformulada.

o governo que lá estiver, benefíciará imenso desta conjuntura. aparentemente não será o da PaF.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 19:04:27
Na america os bancos sao controlados pelos  bancos centrais e tem os  to big to fail...

um  grande banco sera sempre resgatado e divida fica para governos....

então reg?
é precisamente isso que eu estou a dizer que não acontecerá a partir de janeiro.
estou a escrever para o boneco?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 19:07:17
Lark, o que quis dizer é que se suprimires a divida, a base do problema continua lá. Portugal não soube gerir de forma conveniente os fundos europeus e não aproveitou de forma eficaz a divida gigantesca que criou.Mesmo com uma divida a zero, tudo iria recomeçar. Não te esqueças que, se por acaso, a divida ficasse instantaneamente a zero isso não seria só para Portugal mas também para outros países, ou seja, divida zero para todos logo não tirarias vantagem desse cenário. E mesmo esse cenário não seria certamente a custo zero pois o custo seria repercutido em alguém.

A realidade é que os portugueses não sabem gerir dinheiro.

até posso admitir que sim. mas repara, o que dizes é algo genérico, uma reflexão sobre a economia portuguesa dos últimos 40 anos.

eu estou a falar de outra coisa. do futuro imediato. faltam dois meses para os bancos passarem totalmente para a alçada do BCE.
um governo que esteja disposto a fincar o pé e dizer que quer renegociar a dívida com o apoio do FMI, tal como a Grécia, não estará sujeito à mesma sorte que teve a grécia quando o quis fazer. o BCE estrangulou-lhe a liquidez dos bancos.
esse instrumento de pressão deixa de existir. ao mesmo tempo que um instrumento de pressão muito forte em sentido contrário passa a existir - a declaração do FMI em como a dívida portuguesa é tão insustentável como a da grécia e que tem que ser reformulada.

o governo que lá estiver, benefíciará imenso desta conjuntura. aparentemente não será o da PaF.

L

Não fica sujeito à mesma sorte da Grécia, mas fica sujeito à mesma sorte do Chipre ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 19:08:00
Na america os bancos sao controlados pelos  bancos centrais e tem os  to big to fail...

um  grande banco sera sempre resgatado e divida fica para governos....

então reg?
é precisamente isso que eu estou a dizer que não acontecerá a partir de janeiro.
estou a escrever para o boneco?

L


eu nao acredito  que deixem cair grandes bancos......

nao estou ver espanhoes deixarem cair  por exemplo um santander   e resto europa a ver...


novos chipres vao ser bancos gregos que sao pequenos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 19:11:06
Lark, penso que estás a ver o problema à luz dos dados que tens hoje. Não me parece que uma redução importante da divida seja uma enorma vantagem se outros países beneficiarem de uma atitude semelhante (também eles com redução da divida). Logo, a vantagem desvanece-se. A vantagem só existiria se Portugal fosse beneficiado em detrimento de outros e nisso não acredito.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 19:17:30
Lark, penso que estás a ver o problema à luz dos dados que tens hoje. Não me parece que uma redução importante da divida seja uma enorma vantagem se outros países beneficiarem de uma atitude semelhante (também eles com redução da divida). Logo, a vantagem desvanece-se. A vantagem só existiria se Portugal fosse beneficiado em detrimento de outros e nisso não acredito.

bem podia ser beneficiado  e pequeno teve imitir  divida mercado  juros 7%

nao pediu ate hoje perdao divida.... a grecia ja teve varios  e montes resgastes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 19:18:00
Na america os bancos sao controlados pelos  bancos centrais e tem os  to big to fail...

um  grande banco sera sempre resgatado e divida fica para governos....

então reg?
é precisamente isso que eu estou a dizer que não acontecerá a partir de janeiro.
estou a escrever para o boneco?

L


eu nao acredito  que deixem cair grandes bancos......

nao estou ver espanhoes deixarem cair  por exemplo um santander   e resto europa a ver...

a partir de janeiro quem deixa cair ou não deixa cair é o BCE. ou recapitaliza ou liquida.
os governos deixam de se preocupar com isso. não têm que incorrer em dívida para segurar bancos ou seja o que for.
é só isto.
e deixam de estar sujeitos a qualquer pressão do BCE. Como a grécia esteve.
cidadãos com depósitos em bancos não solventes, estão em perigo de bail-in, acima do seguro de garantia dos depósitos.
cidadãos com depósitos em bancos em dificuldades, mas solventes, não tem com o que se preocupar. o banco será recapitalizadopelo BCE.

em qualquer dos casos os governos estão fora disso e as contas públicas também.
tentei explicar o melhor possível. mais que isto temo não conseguir.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-28 19:20:17
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 19:22:45
eu so digo que grandes bancos  tem maneiras de serem resgatados  pelos governos  ;)

na america ja foram tantas vezes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 19:26:49
Lark, penso que estás a ver o problema à luz dos dados que tens hoje. Não me parece que uma redução importante da divida seja uma enorma vantagem se outros países beneficiarem de uma atitude semelhante (também eles com redução da divida). Logo, a vantagem desvanece-se. A vantagem só existiria se Portugal fosse beneficiado em detrimento de outros e nisso não acredito.

não percebo o raciocínio. a redução da dívida é positiva para o país seja em que circunstâncias for. não é uma vantagem competitiva. portugal não fica em vantagem sobre ninguém. os partidos que estiverem no governo é que disfrutarão da vantagem do contexto positivo.

se a dívida for reduzida a metade para nós e para os outros todos, não me doa a mim a cabeça. é bom para todos. as economias revitalizam-se e quanto maior for o número de países com a dívida perdoada melhor será para cada país em particular.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-28 19:41:37
Lark, penso que estás a ver o problema à luz dos dados que tens hoje. Não me parece que uma redução importante da divida seja uma enorma vantagem se outros países beneficiarem de uma atitude semelhante (também eles com redução da divida). Logo, a vantagem desvanece-se. A vantagem só existiria se Portugal fosse beneficiado em detrimento de outros e nisso não acredito.

não percebo o raciocínio. a redução da dívida é positiva para o país seja em que circunstâncias for. não é uma vantagem competitiva. portugal não fica em vantagem sobre ninguém. os partidos que estiverem no governo é que disfrutarão da vantagem do contexto positivo.

se a dívida for reduzida a metade para nós e para os outros todos, não me doa a mim a cabeça. é bom para todos. as economias revitalizam-se e quanto maior for o número de países com a dívida perdoada melhor será para cada país em particular.

L

Não me parece que o facto de reduzires a divida vai aumentar significativamente a qualidade de vida. Os países não vão crescer mais com isso, ou pelo menos muito mais do que agora. Certo, terás mais dinheiro para investir, mas esse será sempre um efeito de curto prazo porque todo o mercado da divida que permitiu o crescimento dos ultimos anos mudaria significativamente. Quem emprestou já não quererá emprestar porque sabe que um dia por decisão do BCE, do FMI ou de um governo, eles saltam fora e dizem que deixam de pagar ou sustentar caloteiros. E isso não é uma decisão que possa ser controlada, É uma decisão arbitrária e, portanto, sai do controlo de quem investe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 19:44:43
Lark, penso que estás a ver o problema à luz dos dados que tens hoje. Não me parece que uma redução importante da divida seja uma enorma vantagem se outros países beneficiarem de uma atitude semelhante (também eles com redução da divida). Logo, a vantagem desvanece-se. A vantagem só existiria se Portugal fosse beneficiado em detrimento de outros e nisso não acredito.

não percebo o raciocínio. a redução da dívida é positiva para o país seja em que circunstâncias for. não é uma vantagem competitiva. portugal não fica em vantagem sobre ninguém. os partidos que estiverem no governo é que disfrutarão da vantagem do contexto positivo.

se a dívida for reduzida a metade para nós e para os outros todos, não me doa a mim a cabeça. é bom para todos. as economias revitalizam-se e quanto maior for o número de países com a dívida perdoada melhor será para cada país em particular.

L

Não me parece que o facto de reduzires a divida vai aumentar significativamente a qualidade de vida. Os países não vão crescer mais com isso, ou pelo menos muito mais do que agora. Certo, terás mais dinheiro para investir, mas esse será sempre um efeito de curto prazo porque todo o mercado da divida que permitiu o crescimento dos ultimos anos mudaria significativamente. Quem emprestou já não quererá emprestar porque sabe que um dia por decisão do BCE, do FMI ou de um governo, eles saltam fora e dizem que deixam de pagar ou sustentar caloteiros. E isso não é uma decisão que possa ser controlada, É uma decisão arbitrária e, portanto, sai do controlo de quem investe.

hmmm se bem conheço os capitalistas, não é assim que funcionam.
se virem uma economia a crescer a bom ritmo, virão investir no matter what. e emprestar e contratar. se fosse a ti não me preocupava.
eu não estou nada preocupado, pelo contrário.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 19:47:39
No euro.... com politicas gastar o nao tem  tudo por decreto

o mais certo e rebentarem a cada dez anos


pelo menos depositos nao vao querer ter.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-28 20:22:46
No euro.... com politicas gastar o nao tem  tudo por decreto

Se tiveres moeda própria e gastares o que não tens, rebentas na mesma. Só que de forma hipócrita e às escondidas.
Ou seja quando deres por ti estás em filas de 7 horas para conseguir 1 pão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-28 20:56:59
No euro.... com politicas gastar o nao tem  tudo por decreto

Se tiveres moeda própria e gastares o que não tens, rebentas na mesma. Só que de forma hipócrita e às escondidas.
Ou seja quando deres por ti estás em filas de 7 horas para conseguir 1 pão.

Se não têm pão, que comam brioches...  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:00:15
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.

o inc tem razao, as novas regras eh deixar rebentar e deixar para o sistema bancario nacional com o resto da conta
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 21:10:04
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.



o inc tem razao, as novas regras eh deixar rebentar e deixar para o sistema bancario nacional com o resto da conta

leste o artigo que deixei acima?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:20:30
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.



o inc tem razao, as novas regras eh deixar rebentar e deixar para o sistema bancario nacional com o resto da conta

leste o artigo que deixei acima?

ok, entao a conta que sobra eh paga por uma coisa europeia
mas a primeira parte (deixar rebentar) eh igual
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:24:04
portanto agora podemos ter os bancos a financiar um estado falido ou bolhas numa economia falida e os outros paises pagam parte da conta?
a uniao europeia eh so boas ideias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 21:26:45
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.



o inc tem razao, as novas regras eh deixar rebentar e deixar para o sistema bancario nacional com o resto da conta

leste o artigo que deixei acima?

ok, entao a conta que sobra eh paga por uma coisa europeia
mas a primeira parte (deixar rebentar) eh igual

liquidar ou vender. tal como faz a FDIC nos US.
não estou bem a perceber a dúvida.

o que quer que aconteça, não implica ir ao bolso dos contribuintes.
se ninguém quiser comprar, liquida-se. os depósitos estão seguros pelo fundo de garantias de depósitos. acima de 100k puf. se for caso disso.
mais que provavelmente o banco passa de mãos.

não estou a perceber as objecções.

vou repetir pela última vez: o problema dos bancos deixou de ser dos governos dos países. é um problema do BCE. não afecta as contas nacionais.
sinceramente, melhor que isto não sei explicar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 21:29:10
portanto agora podemos ter os bancos a financiar um estado falido ou bolhas numa economia falida e os outros paises pagam parte da conta?
a uniao europeia eh so boas ideias

é a união bancária. qual é a diferença para os estados unidos?
isso já me está a parecer má vontade.
por isso vou ficar por aqui.
os acontecimentos logo mostrarão o que eu quero dizer.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:30:09
a objeccao eh que pode criar arbitragens, podes incentivar bolhas no teu pais ou dividas publicas insustentaveis para os outros depois pagarem a factura

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:31:46
portanto agora podemos ter os bancos a financiar um estado falido ou bolhas numa economia falida e os outros paises pagam parte da conta?
a uniao europeia eh so boas ideias

é a união bancária. qual é a diferença para os estados unidos?
isso já me está a parecer má vontade.
por isso vou ficar por aqui.
os acontecimentos logo mostrarão o que eu quero dizer.

L

serem paises diferentes faz com q seja diferente, isto um dia rebenta tudo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-28 21:34:50
mas sem estas coisas tb eh dificil o euro existir, o problema eh o euro
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-28 21:48:34
a objeccao eh que pode criar arbitragens, podes incentivar bolhas no teu pais ou dividas publicas insustentaveis para os outros depois pagarem a factura
o défice/divida deixa de ser um problema.
1. Nacionalizam-se os bancos como o BE defende (conversão dos empréstimos em capital)
2. Emite-se dívida para financiar os défices. Não importa qual o nível do défice porque é tudo absorvido, via dívida, pelos bancos públicos
3. Não se paga a dívida e o BCE assegura a solvência do banco até aos 100K de depósitos. No limite se o banco falir cria-se a CGD2, CGD3, etc. e volta-se ao ponto 1.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-28 21:58:25
a objeccao eh que pode criar arbitragens, podes incentivar bolhas no teu pais ou dividas publicas insustentaveis para os outros depois pagarem a factura
o défice/divida deixa de ser um problema.
1. Nacionalizam-se os bancos como o BE defende (conversão dos empréstimos em capital)
2. Emite-se dívida para financiar os défices. Não importa qual o nível do défice porque é tudo absorvido, via dívida, pelos bancos públicos
3. Não se paga a dívida e o BCE assegura a solvência do banco até aos 100K de depósitos. No limite se o banco falir cria-se a CGD2, CGD3, etc. e volta-se ao ponto 1.

Dito desta forma, parece um processo manhoso de lavagem de dinheiro.

A questão é: então e como vão reagir as pessoas ao saberem desta possibilidade? Os que têm dinheiro, isto é? A confiança na banca fica seriamente abalada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-28 22:46:21
deve pensar paises seguros para guardar aquelas moedas mealheiro  estam vias extinçao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 23:21:18
a objeccao eh que pode criar arbitragens, podes incentivar bolhas no teu pais ou dividas publicas insustentaveis para os outros depois pagarem a factura
o défice/divida deixa de ser um problema.
1. Nacionalizam-se os bancos como o BE defende (conversão dos empréstimos em capital)
2. Emite-se dívida para financiar os défices. Não importa qual o nível do défice porque é tudo absorvido, via dívida, pelos bancos públicos
3. Não se paga a dívida e o BCE assegura a solvência do banco até aos 100K de depósitos. No limite se o banco falir cria-se a CGD2, CGD3, etc. e volta-se ao ponto 1.

Dito desta forma, parece um processo manhoso de lavagem de dinheiro.

A questão é: então e como vão reagir as pessoas ao saberem desta possibilidade? Os que têm dinheiro, isto é? A confiança na banca fica seriamente abalada.

porquê?
é muito mais seguro o BCE que o governo. o BCE financia-se a taxas negativas.
e um banco se vai rebentar, rebenta de uma forma ou de outra.
melhor que rebente nas mão do BCE que nas mãos dos governos.

estou um bocado surpreendido com a reacção a esta questão; que não é nova, tanto que citei um artigo que já estava no tópico da grécia.

o que há a reter é: a partir de janeiro os governos 'rebeldes' já não podem ser 'forçados' pelo BCE. pelo menos da mesma maneira que a grécia foi.
a questão da insustentabilidade da dívida continua tanto em cima da mesa como sempre esteve.

a grécia tem uma promessa 'escondida' de alívio da dívida. brevemente passará a não estar escondida.
a dívida portuguesa é tão insustentável como a da Grécia. brevemente, também, será renegociada.

qualquer das duas só depois de janeiro.

e o costa teve um timing perfeito nesta questão. provavelmente de uma forma completamente involuntária.
o alívio do serviço da dívida vai dar para repôr salários e pensões. espero. e até talvez dê para mais algum investimento público.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: andre.p em 2015-10-28 23:42:06
Larck. Segundo a tua visão todos os credores vão levar calote ou só o BCE?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-28 23:59:50
Larck. Segundo a tua visão todos os credores vão levar calote ou só o BCE?

todos, ora essa. 50 cents on the euro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-10-29 00:32:12
O BCE virou comunista :) :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 00:57:17
http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html)

como da para ver nao ha nenhum acordo concluido, ainda estao todos a negociar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 01:03:08
Lark, tens que compreender o que "recapitalizar" pode significar.

1ª Pista: Não é dar dinheiro.

2ª Pista: Olhar para o Chipre.

3ª Pista: A UE não tem qualquer responsabilidade em salvar depósitos.



o inc tem razao, as novas regras eh deixar rebentar e deixar para o sistema bancario nacional com o resto da conta

leste o artigo que deixei acima?

O recapitalizar é apos os depósitos rebentarem. O Chipre é o exemplo para o qual podes olhar, já foi segundo regras similares.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-29 01:19:51
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html[/url])

como da para ver nao ha nenhum acordo concluido, ainda estao todos a negociar


Então a baixa do IVA na restauração é mesmo para avançar com um impacto estimado de 260M (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/impostos/iva/detalhe/peritos_do_ps_propoem_reducao_do_iva_na_restauracao_para_13_ja_em_2016.html) e não podem baixar o IVA da electricidade porque tem um impacto de 100M (http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html) ?

Se não podem fazer as duas parece-me que era mais importante (e com menos impacto) descer o custo da electricidade, tanto mais que se baixarem o IVA da restauração nem sequer beneficiam os clientes porque os preços não vão baixar. Irá ficar nas mãos dos restaurantes (que o irão gastar ou investir, certo, mas perde-se o impacto que se pretende transmitir).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 01:28:16
parece mesmo que o cavaco hoje mandou mais uma ameaca ao costa de nao o indigitar, sera que estou a imaginar?
logo veremos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-29 01:37:29
também pode ser apenas para mais tarde dizer "eu bem avisei" quando escrever o resto das memórias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 08:19:21
também pode ser apenas para mais tarde dizer "eu bem avisei" quando escrever o resto das memórias.

sim, pode. o homem nao eh claro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 08:20:35
http://observador.pt/2015/10/29/primeira-brecha-na-maioria-de-esquerda-ps-quer-repor-cortes-da-direita-em-dezembro-be-recusa/ (http://observador.pt/2015/10/29/primeira-brecha-na-maioria-de-esquerda-ps-quer-repor-cortes-da-direita-em-dezembro-be-recusa/)

outra noticia que confirma que nao ha acordo

isto eh com o BE, o mais aberto dos dois partidos comunistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-29 08:40:25
[url]http://observador.pt/2015/10/29/primeira-brecha-na-maioria-de-esquerda-ps-quer-repor-cortes-da-direita-em-dezembro-be-recusa/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/29/primeira-brecha-na-maioria-de-esquerda-ps-quer-repor-cortes-da-direita-em-dezembro-be-recusa/[/url])

outra noticia que confirma que nao ha acordo

isto eh com o BE, o mais aberto dos dois partidos comunistas


O Neo tem muita razão numa coisa: os próximos tempos serão muito divertidos.

(deixa-me é levantar já algum dinheiro e meter em casa, antes do zé povinho ignorante perceber o que lhes irá acontecer)  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 11:22:30
Bem, o repor os cortes é básico. É algo do qual o PS não vai poder prescindir.

Se isso não passa nada passa.

E atira para a necessidade do PS e PSD se entenderem.

----------

O PS até podia deixar passar o OE e DEPOIS mandar o governo abaixo ... os cortes seriam aí um "fait accompli".  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-29 11:28:30
Têm de repor os cortes devido às metas orçamentais ?! Continuamos escravos dos nazis e dos credores ? As pessoas não são números, pá !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-29 12:09:13
Os reaças do PS nunca tiveram muita sensibildiade social.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-29 12:19:40
Temos que acabar com as ditaduras dos mercados camaradas.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-29 12:26:08
Temos que acabar com as ditaduras dos mercados camaradas.  :D

Desta vez vai ser diferente, a união de esquerdas é forte e não querem nem permitirão que o País e os Portugueses sejam joguetes nas mãos dos credores.   ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-10-29 12:32:01
Temos que acabar com as ditaduras dos mercados camaradas.  :D

Desta vez vai ser diferente, a união de esquerdas é forte e não querem nem permitirão que o País e os Portugueses sejam joguetes nas mãos dos credores.   ;D

E o pior é que a maioria das pessoas acredita nisto, que podemos obrigar quem nos empresta a emprestar cada vez mais, só porque queremos.

É como aquele pessoal que acha que uma acção não cai mais, porque tem um feeling ou porque simplesmente não quer que caia mais.

Este tipo de comportamento revela alguma dissonância cognitiva que não foi debelada, do tipo da criança que põe a mão à frente dos olhos e acha que a pessoa que está à sua frente desapareceu.  :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-29 12:35:41
Temos que acabar com as ditaduras dos mercados camaradas.  :D

Desta vez vai ser diferente, a união de esquerdas é forte e não querem nem permitirão que o País e os Portugueses sejam joguetes nas mãos dos credores.   ;D

E o pior é que a maioria das pessoas acredita nisto, que podemos obrigar quem nos empresta a emprestar cada vez mais, só porque queremos.

É como aquele pessoal que acha que uma acção não cai mais, porque tem um feeling ou porque simplesmente não quer que caia mais.

Este tipo de comportamento revela alguma dissonância cognitiva que não foi debelada, do tipo da criança que põe a mão à frente dos olhos e acha que a pessoa que está à sua frente desapareceu.  :)

E como os portugueses sofrem tanto disto Tridion. Ainda me lembro de um amigo que foi ao aumento capital do banif a 1 centimo "porque é impossível isto descer mais...e pensa..pensa...basta subir para 2 centimos que eu duplico o meu investimento"  :D

Hoje já vai em 370 ações do banif para uma bica no café da esquina.  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-29 13:37:14

Só espero que o Cavaco deixe um Governo de Gestão até novas eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-29 13:38:57
@ Lark:

Em relação à questão da ELA:
Acho que convêm colocarmos os valores em perspectiva. Portugal no total teve de apoio da Troika 78 G euros. Sendo 66 G euros de apoio ao Estado e 12 G como uma "almofada" de emergência caso fosse necessário apoiar a banca.
A ELA no caso grego atingiu 89 G euros (isso foi o último valor que fixei, se calhar até superou esse valor).

@ fórum em geral:

No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.
Se há depósitos a arder, haverá menor capital para consumo e investimento.
Bonds e outros investimentos em que haja default implicam uma situação de maior precariedade para quem tinha esses papeis. Não me parece que seja bom para a economia.
Mas a bem da neutralidade, admito que muitos desses activos estejam em "mãos" estrangeiras.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-29 13:43:11

Mas alguém tem dúvidas que um Governo apoiado por BE e PCP não levaria
a fuga de capitais e sedes de empresas?

Pelo que tenho conversado estes últimos dias o desvairo do pessoal de Esquerda
é ainda mais lunático que eu pensava: existe uma "fome" consumista que precisa
de verbas públicas para ser saciada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-29 13:44:04
No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.

Estas medidas vêm sempre acompanhadas por restrições aos movimentos senão os bancos faliam num ápice.

Citar
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-10-29 13:48:42
No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.

Estas medidas vêm sempre acompanhadas por restrições aos movimentos senão os bancos faliam num ápice.

Citar
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url])



Mas o pessoal informado tira o dinheiro antes de serem aplicadas estas restrições como aconteceu na Grécia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-29 13:55:35
No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.

Estas medidas vêm sempre acompanhadas por restrições aos movimentos senão os bancos faliam num ápice.

Citar
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url])



Isto ainda é pior, congelamento de contas...

Mas será que alguém vai ser apanhado desprevenido? Quer dizer, uma notícia com este impacto espalha-se rapidamente, mesmo que não seja abertamente difundida nos OCS.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-29 13:57:45

Só espero que o Cavaco deixe um Governo de Gestão até novas eleições.
Eu penso que o PPC não vai querer. Acabará por obrigar o Cavaco a indigitar o Costa.

Mas até era giro ter o governo em funções e a oposição a governar no parlamento, a aprovar medidas umas atrás das outras.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-29 14:00:10

Eu penso que o PPC não vai querer. Acabará por obrigar o Cavaco a indigitar o Costa.


Muitos esquecem que PSD e CDS não querem sair do Poder, é preferível
para eles ser Governo de Gestão do que oposição, sem poder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-29 14:24:02
Em menos de um ano pode aconter... (http://expresso.sapo.pt/blogues/blogue:beiramarplantado/2015-10-29-Costa-demite-se-e-pede-eleicoes-antecipadas-a-Marcelo):

Citar
Costa demite-se e pede eleições antecipadas a Marcelo

Muita futurologia se tem feitos estes dias. Deixo uma minha.

Lisboa 6 de julho de 2016 - Costa demite-se e pede eleições antecipadas a Marcelo

O primeiro-ministro António Costa entregou hoje em Belém o seu pedido de demissão. Após semanas de tensão com o Parlamento, Costa tira assim consequências das dificuldades em encontrar um entendimento à esquerda para o Orçamento de 2017, após recusa terminante de PSD e CDS em ser “muleta” do governo minoritário. À saída da reunião com o Presidente da República, o secretário-geral do PS declarou aos jornalistas que “face à intransigência de Bloco de Esquerda e Partido Comunista para cumprimento das nossas obrigações internacionais, vi-me obrigado a este passo. O PS teve toda a abertura em negociar matérias várias, mas infelizmente há quem à esquerda insista em fazer o jogo da direita”.

Nas reacções posteriores, os líderes de BE e PCP são unânimes: “o dr. Costa não teve qualquer vontade em encontrar um acordo. Estivemos dispostos a ceder em matérias que nos eram caras a favor dum compromisso de esquerda compatível com a visão da Comissão Europeia, mas António Costa não cedeu em nada. A proposta do PS tem pontos inaceitáveis para o Bloco e comunicámos isso desde início”, afirmou Catarina Martins enquanto que o Comité Central comunista faz saber por comunicado que “os trabalhadores e o povo português sabem e continuam a saber que o Partido Comunista Português está sempre ao seu lado. O PS optou por prosseguir a política de PSD e CDS e o PCP não pode acompanhar esse caminho”.

Uma convivência difícil

Recorde-se que o governo de António Costa havia conseguido negociar o Orçamento de 2016 sem grandes dificuldades com os partidos que o apoiavam no Parlamento, tendo apenas a execução orçamental mostrado algumas dificuldades.

O apoio do Partido Comunista havia sido conquistado após o compromisso de reverter as privatizações na área dos transportes, tema caro à CGTP que assim veria intocado o seu controlo sobre as greves gerais graças aos sindicatos dos transportes. Mas as dificuldades jurídicas e financeiras em operar tal reversão, aliás ainda por concretizar, fariam de Francisco Lopes, secretário-geral comunista, um interlocutor muito incómodo do primeiro-ministro no Parlamento. Ainda assim a ruptura só agora se concretiza, tendo apenas o caso da demissão do ministro da educação, que muitos socialistas atribuíram a maquinações comunistas, beliscado a convivência.

Já a redução do IVA da electricidade e a reposição na íntegra dos salários da Função Pública, operadas logo em janeiro de 2016, tinham até hoje amarrado o Bloco ao apoio ao governo de Costa, depois de a chamada de Rui Tavares para o executivo ter merecido duras críticas de Francisco Louçã à data da tomada de posse - críticas nunca repetidas por Catarina Martins que preferiu ignorar por completo o antigo eurodeputado. Mas se publicamente tudo parecia correr bem, em privado vários dirigentes do Bloco assumiram durante a legislatura o risco do Partido Socialista usar a popularidade de governar à esquerda para fazer mossa no eleitorado do Bloco. Fontes das negociações agora abortadas relataram mesmo que a líder do Bloco terá confidenciado “saber agora como se sentiram Seguro, Sócrates e Sampaio da Nóvoa”.

“Muralha de aço da decência”

Ostensivamente António Costa procurara nos últimos dias ainda apelar ao PSD e ao CDS para “em nome do interesse nacional” aceitarem negociar com o executivo o orçamento, mas forma fontes da bancada do PS a classificar os apelos de “jogo político”. Desde a tomada de posse do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho e Paulo Portas assumiram a total e permanente indisponibilidade de votar favoravelmente “toda e qualquer proposta que emane do grupo parlamentar do Partido Socialista ou do governo”, estratégia sufragada pelos respectivos partidos nos Congressos Nacionais de janeiro e apelidada por Lobo Xavier de “importante e coerente muralha de aço da decência: a um partido derrotado que salta para o poder pela mão dos radicais não se pode dar a mão”, diria o comentador dias depois de Cavaco chamar Costa ao cargo de primeiro-ministro, “PSD e CDS devem todos os dias lembrar a ilegitimidade política do governo e lembrar que Costa foi derrotado pelo povo, cabendo aos partidos agir em conformidade”. Numa reacção rápida aos acontecimentos de hoje, Nuno Magalhães, líder parlamentar centrista, disse aos jornalistas que “estamos preparados para eleições desde o dia em que Costa tomou o poder”. Questionado sobre se isso quereria dizer que o CDS iria pedir a Marcelo a marcação de eleições antecipadas, respondeu: “quem tem medo de ouvir o povo é quem já perdeu eleições uma vez”, escusando-se a detalhar mais.

Marcelo recebe partidos sexta-feira

Com a ruptura à esquerda e a intransigência à direita, ao Presidente da República pouco deverá restar que marcar eleições, ainda que Marcelo tenha no seu curto mandato sempre fugido a tal passo várias vezes reclamado por figuras públicas e pela oposição. Face às crescentes dificuldades do estado português se financiar desde a apresentação do Orçamento de Estado para 2016, duramente criticado pelo Conselho de Finanças Públicas e pela Comissão Europeia nomeadamente devido a empolamentos na receita no recém-introduzido imposto sucessório e no aumento do IRS operado pelos novos escalões, o Presidente deixou vários avisos - mas não quis passar disso. E certo é que nem os dados recentes da execução orçamental que apontam para um défice muito mais elevado têm, nas sondagens, tirado o PS dos calcanhares da coligação PSD-CDS onde se alojou quando os efeitos populares das suas políticas se fez sentir. E já não falta no PS quem sonhe com uma vitória eleitoral, como verbalizou Mário Soares: “tive sempre dúvidas da aliança à esquerda e não acompanhei o meu camarada António Costa nesse caminho, mas a verdade é que o PS hoje pode ganhar as eleições e se se confirmar o desaparecimento do Bloco como se vê nas sondagens isso significa que os portugueses entenderam que o seu voto tem de ser no PS para se oporem ao bloco de direita do PSD e do PP”.

O Conselho de Estado reúne-se segunda-feira.

----

Michael Seufert
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-29 17:23:16
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/iva-de-gas-e-eletricidade-nao-devera-baixar-para-6-como-o-be-queria-4860314.html[/url])

como da para ver nao ha nenhum acordo concluido, ainda estao todos a negociar


Neo-liberal,

O acordo que me refiro que existe não é ao nível destes "detalhes".

O que quero dizer é que mesmo que até venha a não existir acordo nestes "detalhes", a base e o resto do acordo continua a existir e seguirá para a frente. Talvez mude a forma ou algum pormenor, mas será apenas isso.

Basta reparares nas posições oficiais de cada partido e de cada dirigente do PS e do BE. Não há nenhuma posição que implique um mínimo de moderação e de cautela nos discursos para a opinião pública.

O único que ainda se resguarda um pouco mais é o PCP.
Mas a posição do PS já está extremada de tal forma que não tem a mínima hipótese de voltar atrás sem deitar a perder toda a credibilidade do PS.

Quem está a querer negociar algo nunca se coloca numa posição onde deixa de poder controlar a sua própria posição e de conseguir dar um passo atrás se for necessário.....além do facto de que o PS estaria sempre numa melhor posição negocial com a capacidade intacta de apresentar ao BE e ao PCP ou a possibilidade da coligação à direita ou a possibilidade de deixar o Plano de Governo da PaF passar (como o fez na noite dos resultados eleitorais).

Mas os discursos e as posições dos partidos, neste momento, são sempre definitivos, sem espaço para qualquer outra possibilidade. Vê o exemplo da moção de rejeição em conjunto, o discurso do PS sobre actual governo ser de curta duração, etc. etc.

Alguém acreditar que as negociações possam ainda estão a decorrer, dadas estas posições, é querer ignorar o que se passa "entre as linhas".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 17:30:35
Bem, se existir um acordo em alguma altura o BE e PCP têm que aprovar um OE que vai inevitavelmente revalidar as medidas austeritárias que esses dois partidos não desejam, quanto muito com alterações cosméticas a essas medidas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 17:33:56
No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.

Estas medidas vêm sempre acompanhadas por restrições aos movimentos senão os bancos faliam num ápice.

Citar
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url])



Isto ainda é pior, congelamento de contas...

Mas será que alguém vai ser apanhado desprevenido? Quer dizer, uma notícia com este impacto espalha-se rapidamente, mesmo que não seja abertamente difundida nos OCS.


isso é uma notícia de 2013.
agora também não estou a perceber o alarme.
a responsabilidade sobre os bancos, a batata quente, vai passar das mãos dos governos, para as mãos do BCE. só isso.
a situação financeira dos bancos é exactamente a mesma que está. ou boa ou má. os stress tests - desta vez à séria e não para alemão ver como os outros - o dirão.

só referi esta questão como background da situação regulatória em que o próximo governo se encontrará.
enquanto que a grécia foi submetida a uma asfixia financeira implacável por parte do BCE, qualquer governo a partir de janeiro já não será susceptível a esse tipo de pressão.
apenas isto.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-10-29 17:51:53
Bem, se existir um acordo em alguma altura o BE e PCP têm que aprovar um OE que vai inevitavelmente revalidar as medidas austeritárias que esses dois partidos não desejam, quanto muito com alterações cosméticas a essas medidas.

Acredito que o acordo que já exista é um "acordo de mínimos". Tudo o resto que possam vir entretanto a conseguir, será uma adição, mas não comprometerá o acordo inicial.

E penso que o OE de 2016 será "meigo" nessas medidas e mesmo que o PCP e o BE aprovem medidas austeritárias será com o compromisso que serão removidas em breve.

Mas também acho que depois do Costa conseguir ter o Plano de Governo e o OE-2016 aprovados, todo o cenário muda radicalmente e tudo a partir dessa altura irá depender das "evoluções macro-económicas".

Entretanto, tudo o que o Costa conseguir até essa altura, será um ganho para ele que poderá capitalizar numas próximas eleições.

Aquilo que a PaF conseguiu fazer nestas eleições, será a vez do Costa fazer nas próximas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 17:53:43
National Bank of Greece (NBG): Stress Test Anxiety Got The Better Of Greek Banks

Greek banks pushing hard to recover capital grounds before stress test

For many Greek banks, it is of prime importance to be in a good shape before the stress test. Most of them are struggling to bring their capital figure in better shape so that their existing investors are saved from huge losses from bailout.

According to Financial Times, Piraeus Bank SA (OTCMKTS:BPIRY), one of Greece's largest lenders, offered its minor bondholders last week, the option to convert their bonds into ordinary shares. This step will significantly increase bank’s core tier one capital ratio, which will give a positive signal about the company’s financial strength.

Industry sources informed Financial Times that other big banks in Greece (as National Bank of Greece, Alpha Bank and Eurobank) are planning similar steps to give a positive impression to the international lenders and regulators.

The stress test planned by European Central Bank (ECB) is a key measure to determine the funds required to recapitalize the banks. The tests are basically a part of the €86 billion bailout planned for the country in which €15-25 billion will be allotted to revive the banking sector.

Capital controls measures were imposed by the government of Prime Minister Alexis Tsipras at the end of June. Greek banks have been negotiating to raise funds with institutional investors in the US and Europe both, which resulted in improved confidence.

Banks are confident that asset quality review and a stress test of ECB will not highlight a shortfall of more than €5 billion. They are putting their efforts to raise an amount equal to €5 billion from investors in the western world, mainly hedge funds.

In the current scenario of banks, the previously forecasted amount of €25 billion to recapitalize them won’t be needed according to experts. The banks will be capitalized again with an amount less than that. The base-line scenario of the test will allow the banks to cover the shortfall through private funds; as a result of the fears of massive public buyouts resulting in huge losses on shareholders are slowly diminishing.

Apart from the funds received from private investors, any shortfall will be met by the Hellenic Financial Stability Fund (HFSF), through which a mix of new shares and contingent convertible bonds (Cocos) will be bought.

Currently, the final game lies in how regulators regain the stability of the banking system with involvement of private sector; so that the dependence on bailout funds is reduced as much as possible.

Using huge public money sums to bailout banks will give Greek government massive control over banks, and trusting leftist Syriza government to keep control over a major sector of economy is a bit hard for many.

National Bank of Greece
On October 26, 2015, National Bank of Greece (ADR) (NYSE:NBG) stock plunged more than 11% to close at $0.78. It was able to maintain a range of $0.77 - $0.84 and reported a trade volume of 14,404,356. Overall, the stock has maintained a downward trend after it slightly recovered last week.

National Bank of Greece has lost more than 52% of its market value year-to-date (YTD) and has maintained a market cap of $3.22 billion. In comparison to S&P 500 Index, the stock's value has declined of over 52% whereas the S&P 500 index has gained 0.66% YTD.

The rise in non-performing loans was modest this quarter. It increased to 24.6% compared to 24.3% recorded in the previous quarter. Non-performing loans are a major factor that the regulators still think that the bank would be needing support from the bailout fund after all. For this quarter, the net interest income plunged by 3.7% compared to the previous quarter.

fonte (http://www.businessfinancenews.com/25552-national-bank-of-greece-nbg-stress-test-anxiety-got-the-better-of-greek-ban/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 18:17:18
Bem, se existir um acordo em alguma altura o BE e PCP têm que aprovar um OE que vai inevitavelmente revalidar as medidas austeritárias que esses dois partidos não desejam, quanto muito com alterações cosméticas a essas medidas.

garanto-te que nao vai haver acordo com mudancas comesticas, vai ser mais que isso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-29 18:31:31
Mais que isso ....

(https://encrypted-tbn1.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQptR7WBjZta6XW2NRMrRVLsQzIAwtU2y9_5hVCwT31JJ95Ku7F)

uniao iberica pelo socialismo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 18:45:42
Bem, se existir um acordo em alguma altura o BE e PCP têm que aprovar um OE que vai inevitavelmente revalidar as medidas austeritárias que esses dois partidos não desejam, quanto muito com alterações cosméticas a essas medidas.

garanto-te que nao vai haver acordo com mudancas comesticas, vai ser mais que isso

Pois, isso parece difícil - mas o único acordo que possa interessar ao PS tem que incluir isso ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 18:47:01
No caso dum bail-in, na minha opinião, há alguns riscos para a economia.
No caso de depósitos acima dos 100k  levarem talhada, isso em princípio levará a que pessoas com esses montantes em outros bancos comecem a recear a situação e possam retirar dinheiro dessas contas. Não será bom para o racio dos bancos não afectados.

Estas medidas vêm sempre acompanhadas por restrições aos movimentos senão os bancos faliam num ápice.

Citar
Para evitar uma corrida aos levantamentos de dinheiro, já que este tipo de medidas implica um risco de fuga de capitais e cruza a linha que o Eurogrupo tinha dito que não ultrapassaria, o Governo cipriota deverá aprovar no domingo uma lei a proibir o levantamento de parte dos depósitos bancários a partir de terça-feira, já que segunda-feira é feriado no país. No entanto, por precaução, as instituições bancárias receberam instruções para garantir que online e nas agências abertas ao sábado não seriam feitas excepções.
[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/cipriotas-em-choque-tentam-levantar-dinheiro-mas-contas-ja-estao-bloqueadas-1588027[/url])



Isto ainda é pior, congelamento de contas...

Mas será que alguém vai ser apanhado desprevenido? Quer dizer, uma notícia com este impacto espalha-se rapidamente, mesmo que não seja abertamente difundida nos OCS.


isso é uma notícia de 2013.
agora também não estou a perceber o alarme.
a responsabilidade sobre os bancos, a batata quente, vai passar das mãos dos governos, para as mãos do BCE. só isso.
a situação financeira dos bancos é exactamente a mesma que está. ou boa ou má. os stress tests - desta vez à séria e não para alemão ver como os outros - o dirão.

só referi esta questão como background da situação regulatória em que o próximo governo se encontrará.
enquanto que a grécia foi submetida a uma asfixia financeira implacável por parte do BCE, qualquer governo a partir de janeiro já não será susceptível a esse tipo de pressão.
apenas isto.

L


A pressão será exactamente igual à que ocorreu no Chipre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-29 18:50:03
vai ser diferente o chipre tinha milionarios

portugal na maioria  sao pobres
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 19:51:02
Bem, se existir um acordo em alguma altura o BE e PCP têm que aprovar um OE que vai inevitavelmente revalidar as medidas austeritárias que esses dois partidos não desejam, quanto muito com alterações cosméticas a essas medidas.

garanto-te que nao vai haver acordo com mudancas comesticas, vai ser mais que isso

Pois, isso parece difícil - mas o único acordo que possa interessar ao PS tem que incluir isso ...

os comunistas tem de conseguir um acordo muito vantajoso, senao parecem traidores a causa, daqueles que vao para a cama com os partidos de direita e o raio.
a pureza moral e ideologica eh constantemente avaliada naqueles meios psicoticos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-29 20:01:21
Duvido PCP aceite o socialismo de mercado....


uma coisa sao chineses.....

outra coisa

e a linha oposta   comite central comunista portugues.
saudosista da URSS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 20:04:28
uma competicao que ha entre o BE e o PCP eh a de quem eh ideologicamente mais puro
portanto calculo que isso dificulte as negociacoes ao PS, nenhum quer ser comido e obter menos vantagens para depois
parecer menos dedicado a causa dos direitos dos trabalhadores

pela mesma razao vao estar ambos ansiosos para saltar do barco qd o PS ja for governo, ambos quererao ser os primeiros
para assim reivindicarem-se como os mais puros na defesa dos trabalhadores e distanciarem-se da austeridade que obviamente
vira algures durante o mandato
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 20:05:04
Duvido PCP aceite o socialismo de mercado....


uma coisa sao chineses.....

outra coisa

e a linha oposta   comite central comunista portugues.
saudosista da URSS

isso seria sacrilegio, eh para vendidos aburguesados
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 20:23:55
http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/ (http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/)
PCP diz que reuniões com a esquerda têm sido “inconclusivas”

a lua de mel nao esta a correr bem

mais uma vez se confirma que ainda nao ha acordo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-29 21:05:20
[url]http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/[/url])
PCP diz que reuniões com a esquerda têm sido “inconclusivas”

a lua de mel nao esta a correr bem

mais uma vez se confirma que ainda nao ha acordo


Não há maneira de saber isso, mas neste momento acredito mais nas indicações do McKricas a esse respeito---é o cenário que tem mais lógica. Já há um acordo de "mínimos" que firma as grandes orientações de entendimento. Estas outras questões que têm vindo a público são detalhes menores, ainda a acertar, mas que não são determinantes para o entendimento.

Em relação aos cenários do Presidente, no caso de queda deste governo, eu aposto na indigitação do Costa, apenas e porque não acredito que o Cavaco queira ficar com a mancha no currículo de ter agrilhoado o país durante uma série de meses---ainda para mais quando o parlamento se pronunciou com firmeza, apresentando uma alternativa válida. Mesmo que a contragosto, será sempre melhor para ele que a responsabilidade de uma eventual crise governativa calhe a outros agentes políticos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 21:32:19
[url]http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/[/url])
PCP diz que reuniões com a esquerda têm sido “inconclusivas”

a lua de mel nao esta a correr bem

mais uma vez se confirma que ainda nao ha acordo


Não há maneira de saber isso, mas neste momento acredito mais nas indicações do McKricas a esse respeito---é o cenário que tem mais lógica. Já há um acordo de "mínimos" que firma as grandes orientações de entendimento. Estas outras questões que têm vindo a público são detalhes menores, ainda a acertar, mas que não são determinantes para o entendimento.

Em relação aos cenários do Presidente, no caso de queda deste governo, eu aposto na indigitação do Costa, apenas e porque não acredito que o Cavaco queira ficar com a mancha no currículo de ter agrilhoado o país durante uma série de meses---ainda para mais quando o parlamento se pronunciou com firmeza, apresentando uma alternativa válida. Mesmo que a contragosto, será sempre melhor para ele que a responsabilidade de uma eventual crise governativa calhe a outros agentes políticos.


isso nao eh assim, o PCP atraves do jornal avante tem vindo a dizer desde o inicio que as negociacoes estao ser dificeis
o PCP nunca escondeu isso, desde o inicio. e nao sao detalhes. por exemplo afirmaram no avante ainda ha uns 5 dias que estava tudo empancado
nas reprivatizacoes dos transportes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 21:34:45
em relacao a celebrar um acordo como indicacao de que ha acordo... epa o BE faz exactamente isso desde a primeira reuniao com o costa e obviamente que nao tinha acordo nesse dia
podem perfeitamente ser tacticas politicas para se pressionarem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 22:19:35
Nigel Farage Rages At Modern Day "Brezhnev Doctrine" In Portugal's Democracy Crisis
 
Nigel Farage unleashes another of his must-watch rage-fests aimed at the collapse of democracy in Europe. Amid the stunning "democracy crisis" in Portugal, where, as we detailed here, the government has lost its majority but the anti-EU opposition is being prevented from attempting to form a coalition, Farage fumes "this is the modern day implementation of the Brezhnev Doctrine. This is exactly what happened to states living inside the USSR."

Citar
“This is the modern day implementation of the Brezhnev Doctrine. This is exactly what happened to states living inside the USSR . What is being made clear here with Greece and indeed with Portugal is that a country only has democratic rights if it’s in favour of the [European] project. If not, those rights are taken away.
 
And perhaps none of this should surprises us as Mr. Juncker has told us before: there can be no democratic choice against the European treaties.
 
And the German Finance Minister, Mr. Schäuble, has said: elections change nothing – there are rules.
 
I think for anyone that believes in democracy, Portugal should be the final straw. It should be the warning that this project, [in order to] to protect itself and all its failings, will destroy the individual rights of peoples and of nations.

My country has always believed in parliamentary democracy so strongly that twice in the last century it risked everything to fight for parliamentary democracy, not just for Britain but for the rest of Europe too.

And I actually believe that for all of us that believe in democracy and want to see it reimplemented, the British referendum offers a golden opportunity.”


The opposition in Portugal might be socialists, but the country is effectively suspending democracy to prevent Eurosceptics with a massive electoral mandate from taking power.

As we concluded previously, note what's happened here. The will of the people is now being characterized as a "false signal" to "financial institutions, investors, and markets."

ZH (http://www.zerohedge.com/news/2015-10-28/nigel-farage-rages-modern-day-brezhnev-doctrine-portugals-democracy-crisis)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 22:21:46
é de ir às lágrimas...

o zero hedge a citar o Nigel Farage, presidente do UKIP, partido de extrema direita no UK.

a doutrina do Cavaco e da PaF, é a moderna implementação da doutrina Brejnev...
impagável...

L

PS: num universo em que a china é capitalista, não é de admirar que a direita portuguesa seja classificada de soviética...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-29 22:23:23
Bem, não creio que o povo Português tenha dado qualquer mandato contra a UE e o Euro. No mínimo os votos ex-BE+PCP são "pró-Euro".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 22:24:58
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 22:26:04
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal

sim claro. e eu sou um bonobo...
de qualquer forma não é essa a questão aqui.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 22:41:37
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal

sim claro. e eu sou um bonobo...
de qualquer forma não é essa a questão aqui.

L

os bonobos sao tarados sexuais, dai falares tanto das gemeas mortagua
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 22:49:25
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal

sim claro. e eu sou um bonobo...
de qualquer forma não é essa a questão aqui.

L

os bonobos sao tarados sexuais, dai falares tanto das gemeas mortagua

ai, ai...
a ironia é uma coisa desperdiçada em ti...

eu sou um chimpanzé.
sou tanto um bonobo como o Nigel Farage é um liberal.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-29 22:51:48
de qualquer forma os meus primos bonobos não são tarados sexuais. São free minds within free bodies. pensam largo...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 22:53:24
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal

sim claro. e eu sou um bonobo...
de qualquer forma não é essa a questão aqui.

L

os bonobos sao tarados sexuais, dai falares tanto das gemeas mortagua

ai, ai...
a ironia é uma coisa desperdiçada em ti...

eu sou um chimpanzé.
sou tanto um bonobo como o Nigel Farage é um liberal.

L

eu tinha percebido, que diabo
agora posso dizer o mesmo sobre ti ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-29 23:17:26
UKIP nao eh de extrema direita, isso sao preconceitos
querem simplesmente recuperar algumas decisoes para o parlamento e governo britanico e vez de se meterem numa utopia
de resto ate sao um partido liberal


sim claro. e eu sou um bonobo...
de qualquer forma não é essa a questão aqui.

L


os bonobos sao tarados sexuais, dai falares tanto das gemeas mortagua


ai, ai...
a ironia é uma coisa desperdiçada em ti...

eu sou um chimpanzé.
sou tanto um bonobo como o Nigel Farage é um liberal.

L


compara  a inglaterra  com europa  do sul
Nigel Farage é um liberal sim senhor  o resto sao socialistas de mercado.

http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/exclusive-nigel-farage-change-ukip-5247000 (http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/exclusive-nigel-farage-change-ukip-5247000)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 23:46:12
em relacao ao acordo com o PCP:

perguntaram ao jeronimo hoje na sic noticias se o acordo estava pronto, ele disse que nao

isto encerra qqs duvidas !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-29 23:59:49
portanto o que isto quer dizer eh que o Costa esta todo entalado ! ja prometeu o que ainda nao tem
e agora tem de dar tudo ao PCP, tudo mesmo, para evitar a humilhacao total

vao desmaiar qd virem o acordo, o PCP vai esmifrar o costa
ou entao.. nao ha acordo e o costa eh humilhado, acabando a sua carreira em desgraca monumental
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-30 00:26:43
Era de nacionalizar já estes palhaços canadianos. Mandamos uma fragata e tomamos conta daquilo.
Aviso: governo de esquerda põe em risco “rating” que segura Portugal no BCE (http://observador.pt/especiais/unico-rating-que-mantem-banca-nacional-no-bce-em-risco/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-30 00:38:55
Era de nacionalizar já estes palhaços canadianos. Mandamos uma fragata e tomamos conta daquilo.
Aviso: governo de esquerda põe em risco “rating” que segura Portugal no BCE ([url]http://observador.pt/especiais/unico-rating-que-mantem-banca-nacional-no-bce-em-risco/[/url])


Ameaçarem cortar o rating é claramente um ataque neoliberal.

Tal como é um ataque neoliberal não nos reestruturarem a dívida que se sabe impagável.

 :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-30 00:40:49
em relacao ao acordo com o PCP:

perguntaram ao jeronimo hoje na sic noticias se o acordo estava pronto, ele disse que nao

isto encerra qqs duvidas !!

Bom, ele disse também que mais de que um papel, vale a palavra.

Vamos então esperar que as negociações terminem.

Não aposto tanto quanto tu na vantajosa posição negocial que o PCP tem em relação ao PS.  Se não houver acordo, o Costa está politicamente frito, é verdade, mas o PCP também não sai por cima---perdem ambos os partidos, e mais do que isso, perde um conceito de "esquerda unida" que também deve estar a ter o seu peso na vontade de arranjar uma solução.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-30 00:43:43
em relacao ao acordo com o PCP:

perguntaram ao jeronimo hoje na sic noticias se o acordo estava pronto, ele disse que nao

isto encerra qqs duvidas !!

Bom, ele disse também que mais de que um papel, vale a palavra.

Vamos então esperar que as negociações terminem.

Não aposto tanto quanto tu na vantajosa posição negocial que o PCP tem em relação ao PS.  Se não houver acordo, o Costa está politicamente frito, é verdade, mas o PCP também não sai por cima---perdem ambos os partidos, e mais do que isso, perde um conceito de "esquerda unida" que também deve estar a ter o seu peso na vontade de arranjar uma solução.

O PCP  ganha  politicas comunistas  aplicadas pelo partido do Soares :D

Finalmente PS aplica politicas de esquerda!

O PCP sempre olhou para PS como partido da DIREITA!
nao perde grande coisa junto seu eleiturado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-30 00:49:24
Isto são declarações do Jerónimo de hoje à noite:

Citar
Jerónimo de Sousa: o acordo está pronto? "Não é a fase em que nos encontramos"

“Está pronto o acordo com o Partido Socialista?” A pergunta tem estado na boca de todos e foi por aí mesmo que começou a entrevista a Jerónimo de Sousa, na SIC Notícias. O secretário-geral do PCP não quis adiantar-se muito e respondeu apenas: “Não é a fase em que nos encontramos”.

O comunista explicava porquê: “Nós, nas reuniões de trabalho, procuramos fundamentalmente ir aos conteúdos da política, porque sendo verdade que no plano institucional há uma nova realidade”, o “grande desafio que se coloca é saber que conteúdos de politica é que existem. Repare, nós falamos no plano institucional, mas há uma outra dimensão importante: sem dúvida que a maioria do povo português quer ver este governo pelas costas e neste quadro é preciso encontra respostas, repostas em relações muito concretas”.

“E aquilo que estamos a fazer”, continuou Jerónimo, “é procurar convergências em relação a salários, reformas e pensões, a devolver daquilo que foi roubado a quem trabalha ou trabalhou, melhorar acesso à saúde e à educação e aos apoios socais”. São estas as “aspirações profundas” que o secretário-geral do PCP enumerou.


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Respeitará o Tratado Orçamental? "Obviamente, nós não fazemos isso"

Desafiado a esclarecer se, mesmo apoiando um Governo liderado por António Costa, aceitaria respeitar o Tratado Orçamental, Jerónimo de Sousa deixou claro que: “Obviamente, nós [PCP] não fazemos isso”.

O secretário-geral do PCP falava sobre a questão dos constrangimentos impostos pelas regras do Tratado Orçamental e da necessidade de cumprir o défice. “Podemos fazer como o macaco sábio, não ouço, não vejo, não falo, [mas] o problema é que a questão não deixa de existir“, sublinhou Jerónimo de Sousa.

Mesmo reconhecendo que o PCP jamais aceitará as regras impostas pelo Tratado, Jerónimo de Sousa explicou que “não há contradição nenhuma” entre apoiar um Governo liderado pelo PS (que quer respeitar as regras do Euro) e a posição do PCP. Mas a luta para alterar essas regras não vai deixar de fazer parte do ADN do partido, mesmo apoiando esta solução. “O problema não está no erro está em persistir no erro“.


Citar
Jerónimo de Sousa e o BES. “Defendemos o controlo público da banca"

Na SIC Notícias, o secretário-geral do PCP falava sobre as intervenções que o Estado português foi obrigado a fazer para acudir a vários bancos. Com o exemplo do BES bem presente, Jerónimo de Sousa deixou claro que o PCP defende “o controlo público da banca” para parar com a “sangria” que tem afetado os portugueses.

“Defendemos o controlo público da banca, neste caso concreto em que se corre o risco de vender barato um banco com esta dimensão e em que o Estado já pôs dinheiro e corre o risco de pôr mais. [Então], entrega à privatização e depois quem paga?”, começou por perguntar o líder comunista. “Mais uma vez a solução parece ser sempre a mesma. Esta realidade tem de ser tratada politicamente. O que é que preciso mais para levar a esta exigência desse controlo público da banca? Depois de tantos escândalos, depois do BPP, BPN, do BES, o que é preciso mais para acabar com esta sangria que estão fazer aos portugueses para acudir aos desmames da banca?”, interrogou Jerónimo de Sousa, antes de criticar o “falhanço redondo do sistema de supervisão”.

Ainda assim, o secretário-geral do PCP fez questão de lembrar que a banca, assim como as questões do Tratado Orçamental e da reestruturação da dívida, não está em cima da mesa.


Citar
Jerónimo de Sousa não aceitaria repor parte dos cortes como o PS pretende

A notícia foi avançada pelo Observador, esta quinta-feira: o PS quer repor (parte dos) cortes em dezembro para evitar que as contas derrapem já em 2016. Ao Observador, fonte do Bloco de Esquerda próxima dessas negociações lembrou que, “tecnicamente há sempre forma” de compensar despesas no orçamento seguinte – uma versão que parece contrariar a do PS, que reconhece que tal “vai ter de ser feito”, para “as contas não derraparem”.

Ora, e Jerónimo de Sousa? Aceitaria aprovar uma lei especial para repor alguns dos cortes feitos pela direita? Como, por exemplo, os cortes salariais dos funcionários públicos? Um redondo “não“, disparou. “Se isso acontecer [se os cortes não sobreviveram no próximo Orçamento] não vem mal ao mundo, até porque o Tribunal Constitucional considerou que esses cortes deviam valer [apenas] até ao final de 2015″. O secretário-geral comunista acrescentou, ainda, ter “algumas dúvidas” em relação à constitucionalidade dessa lei.

http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/ (http://observador.pt/2015/10/29/esquerda-unida-em-mocao-de-rejeicao-conjunta-ao-governo/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-30 01:16:19
Têm de repor os cortes devido às metas orçamentais ?! Continuamos escravos dos nazis e dos credores ? As pessoas não são números, pá !

Cada vez que vejo uma frase destas quase tenho sincope, desculpe-me o automek.

Se eu não pagar a minha internet ( 31,82 cêntimos ) , fico sem internet, isolado.
Se eu não colocar dinheiro no telemovel fico sem poder falar.
Se eu não pagar renda- ou condominio -  sou atirado para a rua.

As pessoas são números.
Mesmo quem pede às portas dos supermercados.., sabe  isso : Se lhes derem 2 euros eles ficam felizes.
Mas se levarem 10 cêntimos, ficam frustrados.

As pessoas são  números.

O ùnico que pode prescindir da ditadura dos  números é o sepultado.
Esse não come..,não bebe.., não consome,,,não se desloca..,  dorme o sono eterno livre da ditadura dos números.

São numeros aquilo que separa o sem abrigo do principe saudita com jacto particular.

Está tudo dito.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-30 01:23:58
Eu não gozei com as pessoas que passam dificuldades mas sim com o discurso do PS.

Antes era "as pessoas não são números";"não podemos fazer sofrer as pessoas por causa dos números".
Agora parece que já é "temos de repor os cortes em Janeiro para não derrapar com as contas públicas".

Parece que de repente as pessoas deixaram de interessar para o PS e os números passaram a ser a prioridade. O comentário irónico foi para evidenciar a demagogia do PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-30 01:34:06
em relacao ao acordo com o PCP:

perguntaram ao jeronimo hoje na sic noticias se o acordo estava pronto, ele disse que nao

isto encerra qqs duvidas !!

Bom, ele disse também que mais de que um papel, vale a palavra.

Vamos então esperar que as negociações terminem.

Não aposto tanto quanto tu na vantajosa posição negocial que o PCP tem em relação ao PS.  Se não houver acordo, o Costa está politicamente frito, é verdade, mas o PCP também não sai por cima---perdem ambos os partidos, e mais do que isso, perde um conceito de "esquerda unida" que também deve estar a ter o seu peso na vontade de arranjar uma solução.

O PCP  ganha  politicas comunistas  aplicadas pelo partido do Soares :D

Finalmente PS aplica politicas de esquerda!

O PCP sempre olhou para PS como partido da DIREITA!
nao perde grande coisa junto seu eleiturado

Por isso é que perde muita coisa. Só com o eleitorado que tem não vai a lado nenhum. E se um acordo não lhe interessasse para nada, nem sequer se tinham sentado à mesa em primeiro lugar.  Mas enfim, isto é conversa circular, vai-se repetindo de tempos a tempos.

Quanto à entrevista do Jerónimo, nada de particularmente novo ou surpreendente. Ninguém espera que ele venha dar beijinhos a soluções capitalistas ou neo-liberais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-30 02:53:39
em relacao ao acordo com o PCP:

perguntaram ao jeronimo hoje na sic noticias se o acordo estava pronto, ele disse que nao

isto encerra qqs duvidas !!

Bom, ele disse também que mais de que um papel, vale a palavra.

Vamos então esperar que as negociações terminem.

Não aposto tanto quanto tu na vantajosa posição negocial que o PCP tem em relação ao PS.  Se não houver acordo, o Costa está politicamente frito, é verdade, mas o PCP também não sai por cima---perdem ambos os partidos, e mais do que isso, perde um conceito de "esquerda unida" que também deve estar a ter o seu peso na vontade de arranjar uma solução.

o jeronimo nao disse que so faltaria assinar, ele disse claramente q ainda nao ha acordo

em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-30 03:06:26
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-30 03:09:18
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-30 03:35:21
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-30 03:42:00
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

burgues rico ! paga e cala.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-10-30 09:45:32
A parte mais engraçada da entrevista é esta,

Citar
Jerónimo de Sousa admitiu rever as metas do défice num acordo com o PS e o Bloco de Esquerda. "Gostava que um economista me explicasse por que é que o défice tem que ser de 3% em vez de 4%", atirou.


Com dúvidas destas não admira o país andar de falência em falência...

http://www.ionline.pt/419600 (http://www.ionline.pt/419600)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-10-30 10:59:06
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

A CGTP vai tratar disso.  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-30 13:39:11
Citar
Adolfo Mesquita Nunes para João Galamba: “Daqui a 15 dias és tu”

30.10.2015 às 13h04 Expresso

O próprio Governo de Passos Coelho, que acaba de assumir posse no Palácio da Ajuda, espera uma vida curta

Video: [url]http://cmtv.sapo.pt//atualidade/detalhe/novo_governo_em_analise_no_dia_da_tomada_de_posse.html[/url] ([url]http://cmtv.sapo.pt//atualidade/detalhe/novo_governo_em_analise_no_dia_da_tomada_de_posse.html[/url])

À chegada ao Palácio da Ajuda, onde decorre a tomada de posse do XX Governo constitucional, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, cumprimentou João Galamba e disse ao deputado socialista: “Daqui a 15 dias és tu que subirás esta escadaria”. O episódio foi testemunado por uma jornalista da RTP.

Esta sexta-feira, o Presidente da República deu posse a 15 ministros e 36 secretários de Estado numa cerimónia conjunta no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Normalmente são agendados dois eventos em separado.

A declaração de Mesquita Nunes para Galamba prova que o próprio Executivo recém-empossado já antecipa a sua queda, com a anunciada moção de rejeição do PS, BE e PCP no Parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-30 13:49:56
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-30 14:01:10
Citar
Adolfo Mesquita Nunes para João Galamba: “Daqui a 15 dias és tu”

30.10.2015 às 13h04 Expresso

O próprio Governo de Passos Coelho, que acaba de assumir posse no Palácio da Ajuda, espera uma vida curta

Video: [url]http://cmtv.sapo.pt//atualidade/detalhe/novo_governo_em_analise_no_dia_da_tomada_de_posse.html[/url] ([url]http://cmtv.sapo.pt//atualidade/detalhe/novo_governo_em_analise_no_dia_da_tomada_de_posse.html[/url])

À chegada ao Palácio da Ajuda, onde decorre a tomada de posse do XX Governo constitucional, o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, cumprimentou João Galamba e disse ao deputado socialista: “Daqui a 15 dias és tu que subirás esta escadaria”. O episódio foi testemunado por uma jornalista da RTP.

Esta sexta-feira, o Presidente da República deu posse a 15 ministros e 36 secretários de Estado numa cerimónia conjunta no Palácio da Ajuda, em Lisboa. Normalmente são agendados dois eventos em separado.

A declaração de Mesquita Nunes para Galamba prova que o próprio Executivo recém-empossado já antecipa a sua queda, com a anunciada moção de rejeição do PS, BE e PCP no Parlamento.



continuo a coçar a cabeça e a interrogar-me o porquê desta perda de tempo ridícula.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-30 14:06:27
A democracia nunca fará sentido na cabeça da esquerdalha radical.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-30 14:49:14
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-30 14:54:27
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

E fechar a operação marquês.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-30 16:35:37
lark,

Para muitos também é perda de tempo estar a rebentar o país até que venha novamente o FMI. :)

Na verdade "esta perda de tempo" deve garantir tachos e renovações e contratos...só pode...

não percebi kitano.
as duas frases parecem contradizer-se.

a primeira frase parece querer dizer que um futuro governo de esquerda será uma perda de tempo.
a segunda parece querer dizer que este intervalo vai ser aproveitado pela PaF para instalar a sua clientela em tachos e fechar contratos danosos.

ou interpretei mal?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-10-30 17:36:18
A primeira é ironia, daí o :)
A segunda é a minha justificação para esta perda de tempo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-30 17:38:09
o cavaco até lhe interessa o costa para ver se deixa de ter o corte nas pensões.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-30 17:38:20
A primeira é ironia, daí o :)
A segunda é a minha justificação para esta perda de tempo

ah! dou-me muito mal com os emerdicons.
ok, assim já percebo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-30 17:42:25
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
eu acho que o PCP sabe isto e vai negociar com isto em mente
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-30 17:48:55
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
eu acho que o PCP sabe isto e vai negociar com isto em mente

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-30 17:59:43
IMO as críticas ao Cavaco não são justas porque pelo que se viu, até mesmo ontem à noite na entrevista ao Jerónimo, não há acordo na esquerda pronto.

Portanto, das duas uma, ou não empossava ninguém e deixava andar ate a esquerda mostrar um acordo ou empossava este governo. Eu penso que fez bem, uma vez que foram os vencedores. Porquê ? Porque haverá um governo legítimo em gestão até que a esquerda decida apresentar o acordo. Isto vai colocar pressão nos partidos.

Eu daquilo que li hoje do Cavaco, sobretudo isto,
Citar
Mas mais, justificou dar posse a Passos Coelho com o facto de não lhe ter sido apresentado nenhum Governo alternativo. Disse-o com todas as letras:

Até ao momento da indigitação do primeiro-ministro não me foi apresentada, por parte das outras forças políticas, uma solução alternativa de Governo estável”, disse.
[url]http://observador.pt/2015/10/30/cavaco-fixa-5-compromissos-e-3-objetivos-para-costa-ler/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/30/cavaco-fixa-5-compromissos-e-3-objetivos-para-costa-ler/[/url])

estou convencido que não empossa o Costa enquanto não vi o acordo escrito, preto no branco. O Costa pode esquecer em ser empossado com base em projectos de intenção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-30 18:44:33
em relacao a posicao negocial, o PCP nao pode correr o risco de parecer a muleta da direita.
portanto se o acordo nao for de sonho podem ter menos a perder em ficar sem ele
ja o costa precisa de um acordo a todo o custo

O futuro do PCP, se não quiser morrer aos poucos, é se adaptar-se aos "tempos modernos" (como de resto parece ser a tendência noutros países europeus---a facção portuguesa é uma excepção na irredutibilidade).

Esta é claramente a grande oportunidade que têm para agarrar o comboio. Não vão ter um cenário tão propício quanto este durante muitos anos, se é que alguma vez voltarão sequer a ter, e se não o agarram, ainda pioram mais essa hipótese.

Não estou a dizer para esquecerem a ideologia, mas para começarem a abrir a mente à realidade. Ajustarem-se. Ok, pode não lhes estar no sangue agir assim, mas o problema (também) é deles. O cenário, em caso de não haver acordo, é o Costa dar o governo à Paf (e a seguir demitir-se), o que remete o PCP para o seu cantinho habitual dentro do armário, onde podem vociferar e gritar à vontade, que ninguém os ouve.

acho que eh o oposto, se o PCP de adaptar aos tempos modernos morre logo
olha para os exemplos dos partidos comunistas no resto da europa, qd de modernizam morrem.
eu acho que o PCP sabe isto e vai negociar com isto em mente

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

L

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...

---

Em relação ao acordo entre as esquerdas, e ao que se avizinha de governação para os próximos tempos, peço-vos que vejam a Quadratura do Círculo de ontem---nomeadamente as intervenções do Pacheco Pereira e do Jorge Coelho. Face ao que foi dito, se o acordo ainda não está feito, então está para muito breve. Até lá, serenidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-30 18:57:13

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-30 19:41:13

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

L

eu axo  que PCP em Portugal e Lark diz...
O Costa vai ter virar   comunista se quer ser PM por quatro anos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-30 21:55:40
......os que tiveram a "inteligência" de sair.....a tempo.....eh.eh.... 8)

Citar
Pires de Lima saiu da Ajuda de elétrico para o Cais do Sodré

30.10.2015 às 20h36 Expresso

A selfie da ex-equipa do ministério da Economia no elétrico 18

As tomadas de posse provocam sempre alguns embaraços a quem deixa o governo, porque quem chega de automóvel com motorista ao Palácio da Ajuda por vezes não tem como sair de lá. Pires de Lima e os três secretários de Estado cessantes iam preparados e, no final, apanharam o elétrico 18, da Ajuda para o Cais do Sodré. E não faltou uma selfie
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-10-30 22:10:26
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

burgues rico ! paga e cala.


Vocês estão todos a ver mal a coisa.
Pensei que já conseguiam ver "a coisa". Eu explico:

    :)


Desde que ouvi na rádio, logo no início do mandato do Governo de Passos Coelho (há cerca de 4 anos, portanto), uma funcionária pública telefonar ao programa e dizer que os funcionários públicos não eram quaisquer trabalhadores e que deviam ter mais direitos do que os outros... fiquei esclarecido!

Fiquei esclarecido porque a funcionária disse o que a alma lhe falava, não ocultou como fazem outros...

Nesta perspectiva, temos dois tipos de trabalhadores:

1) Os Funcionários Públicos (trabalhadores de primeira qualidade devido ao serviço público que prestam)
2) Os outros (trabalhadores de segunda qualidade por não prestarem nenhum serviço público)


Ah... já me esquecia: "os outros", como trabalham fora do universo do Estado, são neo-liberais que se dedicam à iniciativa privada e como é do conhecimento geral, são suspeitos de permanentemente evadirem-se e defraudar o fisco (fraude e evasão fiscal) logo devem ser muito controlados e apanhar com medidas implacáveis de penas de multa, penas de prisão, penhoras de residências, penhoras de automóveis, electrodomésticos, aparelhos de electrónica, etc...

A República afunda quando os neo-liberais se furtam às suas obrigações fiscais porque têm a liberdade de trabalhar 40, 50, 60, 70 horas por semana... enquanto os Funcionários Públicos têm a sua liberdade restrita a trabalharem menos horas por semana (tipo 35 ou no máximo 40 horas por semana). 40 horas são excessivas na medida em que prestam um serviço público e não praticam "fraude e evasão fiscal".


    :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-10-30 23:56:05
A parte dos roubos que têm que ser repostos também é engraçada. No mundo do Jerónimo o dinheiro "aparece" (já no do Soares era assim), não vai ter que roubar a uns para repor a outros ...  :D

eh como as 35h da funcao publica, alguem vai ficar pior.

As 35 horas são incompreensíveis. Partindo de um ponto onde todos estão a 40 horas, qual a lógica de beneficiar alguns dando-lhes agora 35? Os outros são mais escuros?

Se é para ser 35, que seja para todos.

burgues rico ! paga e cala.


Vocês estão todos a ver mal a coisa.
Pensei que já conseguiam ver "a coisa". Eu explico:

    :)


Desde que ouvi na rádio, logo no início do mandato do Governo de Passos Coelho (há cerca de 4 anos, portanto), uma funcionária pública telefonar ao programa e dizer que os funcionários públicos não eram quaisquer trabalhadores e que deviam ter mais direitos do que os outros... fiquei esclarecido!

Fiquei esclarecido porque a funcionária disse o que a alma lhe falava, não ocultou como fazem outros...

Nesta perspectiva, temos dois tipos de trabalhadores:

1) Os Funcionários Públicos (trabalhadores de primeira qualidade devido ao serviço público que prestam)
2) Os outros (trabalhadores de segunda qualidade por não prestarem nenhum serviço público)


Ah... já me esquecia: "os outros", como trabalham fora do universo do Estado, são neo-liberais que se dedicam à iniciativa privada e como é do conhecimento geral, são suspeitos de permanentemente evadirem-se e defraudar o fisco (fraude e evasão fiscal) logo devem ser muito controlados e apanhar com medidas implacáveis de penas de multa, penas de prisão, penhoras de residências, penhoras de automóveis, electrodomésticos, aparelhos de electrónica, etc...

A República afunda quando os neo-liberais se furtam às suas obrigações fiscais porque têm a liberdade de trabalhar 40, 50, 60, 70 horas por semana... enquanto os Funcionários Públicos têm a sua liberdade restrita a trabalharem menos horas por semana (tipo 35 ou no máximo 40 horas por semana). 40 horas são excessivas na medida em que prestam um serviço público e não praticam "fraude e evasão fiscal".


    :P

Muitos parabens pelo texto inspirado.
Adorei.
É isso mesmo !!!

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 01:17:00

o PCP é como a igreja católica. se se adapta aos tempos modernos, morre.
concordo com o neo que é uma jogada de extremo risco por parte do PCP.

Concordo com a primeira afirmação, discordo em absoluto da segunda---até a igreja tem vindo a adaptar-se. Ultimamente, com impulso empreendedor do "jovem Francis", revela abertura em áreas que antes eram "o diabo".

Não vejo como uma ou outra instituição possam sobreviver sem se adaptarem. Darwin explica...


O Papa está a tentar adaptar a Igreja aos tempos modernos. Resta saber se consegue. Sem ser assassinado, por exemplo. Ou sem a Igreja Católica se partir em duas, como no cisma católicos / protestantes.

O PCP ao adaptar-se aos tempos modernos, passa a ser o BE. Deixa de ter razão de existir.

L

Eu vejo o PCP actual como refém da sua geração (ao passo que o BE é um pouco o contrário). Quando se extinguir a geração do 25 de Abril, acaba o PCP, por não haver representantes que viveram a revolução, e que depois acabaram por não conseguir o poder com a passagem a uma democracia representativa em 76. O PCP que temos hoje ainda se sustenta muito na velha guarda que sobrou desse tempo (quer em constituintes, quer em eleitorado). Daqui a 10 anos, talvez menos, se mantiver o essencial da sua linha de actuação, estará enfraquecido, se não mesmo extinto. É apenas a minha visão da coisa. A questão da "adaptação" e "modernização" não significa que mudem de ideologias nem de matrizes existenciais, mas antes que manifestam alguma abertura à convivência com o sistema democrático (no qual são, de resto, ao mesmo tempo agentes legitimados e reféns)---e um discurso virado para gerações mais novas. O Jerónimo, nesse sentido, e fora o ar "sorridente e bonacheirão", é um pouco a representação metafórica do partido. Não só não se vislumbram sinais de juventude, como já se olha para ele com uma certa condescendência. A necessidade de rejuvenescimento de imagem (pelo menos de imagem) parece-me essencial. Significa isto que o objectico não será mudar de pilares, mas antes criar uma nova concepção nova na mente do eleitorado a cativar (um re-focus). Nesse sentido, não há como evitar uma comparação com o que foi o BE desde o seu início, com o que se passou durante a liderança bipartida, e com os tempos mais recentes até estas eleições.

Quanto ao vir a ocupar um espaço que agora pertence ao BE, talvez seja inevitável (não sei), mas isso está muito longe de significar que não tem razão de existir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-31 01:24:28
O Jerónimo foi um segundo fôlego do PCP, depois do Carvalhas que entusiasmava tanto a plateia como o Bento XVI a celebrar uma missa. A seguir tem de ser um tipo assim como o Arménio Carlos, para passar aquelas ideais absurdas do PCP, como se tivesse a dizer a coisa mais acertada do mundo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 01:32:28
o que eu acho que vem ai:

1-o acordo vai ser para apenas o primeiro orcamento
2-vai ser pessimo para o PS e portugal
3-o governo cai ou no proximo orcamento ou antes, por exemplo por altura da recapitalizacao do NB
4-coligacao ganha com maioria absoluta

o PCP por apenas um orcamento vai esmifrar o PS, o PCP nao eh um partido normal e so faz acordos se forem excelentes para a sua causa
ate porque tem muito a perder em se meter em baguncas, tem de ser bem recompensado pelo risco
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 01:35:40
Ja repararam como o PS e o BE tem andado a mentir sobre o acordo desde o primeiro dia?

So o PCP diz a verdade. So acredito no acordo qd o PCP disser que as coisas estao bem encaminhadas.
O resto sao mentiras. Como as que estao na capa do expresso .
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 02:17:57
o que eu acho que vem ai:

1-o acordo vai ser para apenas o primeiro orcamento
2-vai ser pessimo para o PS e portugal
3-o governo cai ou no proximo orcamento ou antes, por exemplo por altura da recapitalizacao do NB
4-coligacao ganha com maioria absolita

o PCP por apenas um orcamento vai esmifrar o PS, o PCP nao eh um partido normal e so faz acordos se forem excelentes para a sua causa
ate porque tem muito a perder em se meter em baguncas, tem de ser bem recompensado pelo risco

Mas se fizerem um OE "à PCP" até ganham votos ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 02:21:02
O Jerónimo foi um segundo fôlego do PCP, depois do Carvalhas que entusiasmava tanto a plateia como o Bento XVI a celebrar uma missa. A seguir tem de ser um tipo assim como o Arménio Carlos, para passar aquelas ideais absurdas do PCP, como se tivesse a dizer a coisa mais acertada do mundo.

Sem dúvida, mas esse fôlego está-se a acabar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 02:25:12
o que eu acho que vem ai:

1-o acordo vai ser para apenas o primeiro orcamento
2-vai ser pessimo para o PS e portugal
3-o governo cai ou no proximo orcamento ou antes, por exemplo por altura da recapitalizacao do NB
4-coligacao ganha com maioria absolita

o PCP por apenas um orcamento vai esmifrar o PS, o PCP nao eh um partido normal e so faz acordos se forem excelentes para a sua causa
ate porque tem muito a perder em se meter em baguncas, tem de ser bem recompensado pelo risco

Mas se fizerem um OE "à PCP" até ganham votos ...

eu acho que perdem, se os portugueses quisessem um OE assim podia votar no PCP a dar-lhe a vitoria
e ha outras razoes tb, estou sem paciencia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 02:37:49
o que eu acho que vem ai:

1-o acordo vai ser para apenas o primeiro orcamento
2-vai ser pessimo para o PS e portugal
3-o governo cai ou no proximo orcamento ou antes, por exemplo por altura da recapitalizacao do NB
4-coligacao ganha com maioria absolita

o PCP por apenas um orcamento vai esmifrar o PS, o PCP nao eh um partido normal e so faz acordos se forem excelentes para a sua causa
ate porque tem muito a perder em se meter em baguncas, tem de ser bem recompensado pelo risco

Mas se fizerem um OE "à PCP" até ganham votos ...

eu acho que perdem, se os portugueses quisessem um OE assim podia votar no PCP a dar-lhe a vitoria
e ha outras razoes tb, estou sem paciencia

Bem, os Portugueses deram uma maioria à esquerda. Só não votam directamente muito mais no BE e PCP porque têm medo de uma maluqueira comunista -- já que apesar de tudo a população em geral é a favor da Europa, do Euro, da NATO, da propriedade privada, etc. Mas mesmo o PCP não vai colocar isso em causa, e "ex-isso" à população até lhe agrada a restante demagogia do PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 02:50:09
o programa do PS nao tem nada a ver com o do PCP e nao existe essa "maioria de esquerda", isso eh uma grande treta que infelizmente aparece em todo o lado
o que os portugueses fizeram foi sim dar uma maioria aos partidos social democradas, maioria essa de 70%

isso da esquerda e direita eh algo que nao faz sentido, o que temos sao comunistas e social-democratas. essa eh a verdadeira divisao.
o programa do PS eh muito mais prox do da coligacao do que dos comunistas. a coisa da esquerda direita eh uma mentira que so eh
alimentada porque ajuda os partidos do centrao a disfarcar a falta de alternativas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 02:54:31
Bem, os Portugueses deram uma maioria à esquerda. Só não votam directamente muito mais no BE e PCP porque têm medo de uma maluqueira comunista -- já que apesar de tudo a população em geral é a favor da Europa, do Euro, da NATO, da propriedade privada, etc. Mas mesmo o PCP não vai colocar isso em causa, e "ex-isso" à população até lhe agrada a restante demagogia do PCP.

100% de acordo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 02:57:13
A propaganda que passa para fora(estrangeiro) e essa que povo votou na extrema esquerda

o lark ja deixou noticias atras

quando PSD/PS sao maioria...



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 02:57:51
o programa do PS nao tem nada a ver com o do PCP e nao existe essa "maioria de esquerda", isso eh uma grande treta que infelizmente aparece em todo o lado
o que os portugueses fizeram foi sim dar uma maioria aos partidos social democradas, maioria essa de 70%


isso da esquerda e direita eh algo que nao faz sentido, o que temos sao comunistas e social-democratas. essa eh a verdadeira divisao.
a coisa da esquerda direita eh uma mentira que so eh alimentada porque ajuda os partidos do centrao a disfarcar a falta de alternativas

Não. O que sucedeu foi algo ligeiramente diferente de uma escolha entre esquerda e direita. Foi uma escolha entre Paf e não Paf. A aritmética a fazer é unicamente essa---se os portugueses queriam estar a ser governados pelos mesmos, ou se queriam mudar. A maior ou menor aproximação ou afastamento entre as políticas de esquerda e direita não tiveram importância nenhuma no momento do voto. A escolha foi bem mais simples e desinformada do que isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:01:57
o programa do PS nao tem nada a ver com o do PCP e nao existe essa "maioria de esquerda", isso eh uma grande treta que infelizmente aparece em todo o lado
o que os portugueses fizeram foi sim dar uma maioria aos partidos social democradas, maioria essa de 70%


isso da esquerda e direita eh algo que nao faz sentido, o que temos sao comunistas e social-democratas. essa eh a verdadeira divisao.
a coisa da esquerda direita eh uma mentira que so eh alimentada porque ajuda os partidos do centrao a disfarcar a falta de alternativas

Não. O que sucedeu foi algo ligeiramente diferente de uma escolha entre esquerda e direita. Foi uma escolha entre Paf e não Paf. A aritmética a fazer é unicamente essa---se os portugueses queriam estar a ser governados pelos mesmos, ou se queriam mudar. A maior ou menor aproximação ou afastamento entre as políticas de esquerda e direita não tiveram importância nenhuma no momento do voto. A escolha foi bem mais simples e desinformada do que isso.

isso eh uma treta girante, um brainwash. eh a conversa falaciosa dos partidos que querem o acordo para assim legitimarem politicamente a sua fraude eleitoral no parlamento com uma reinterpretacao das eleicoes. mas eh uma reinterpretacao completamente impossivel e falsa, que visa apenas enganar os distraidos e assim legitimar eleitoralmente o golpe palaciano que estao a fazer no parlamento. para ser verdade o que estas a dizer a questao teria de ter sido colocada nesses termos ao eleitorado e antes das eleicoes, coisa que nunca foi.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:02:53
A propaganda que passa para fora(estrangeiro) e essa que povo votou na extrema esquerda

o lark ja deixou noticias atras

quando PSD/PS sao maioria...

Lá fora, ninguém quer e todos querem um novo Syriza.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 03:04:52
A propaganda que passa para fora(estrangeiro) e essa que povo votou na extrema esquerda

o lark ja deixou noticias atras

quando PSD/PS sao maioria...

Lá fora, ninguém quer e todos querem um novo Syriza.

Querem e ver casa dos outros a arder  ::)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:08:15
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:12:28
o programa do PS nao tem nada a ver com o do PCP e nao existe essa "maioria de esquerda", isso eh uma grande treta que infelizmente aparece em todo o lado
o que os portugueses fizeram foi sim dar uma maioria aos partidos social democradas, maioria essa de 70%


isso da esquerda e direita eh algo que nao faz sentido, o que temos sao comunistas e social-democratas. essa eh a verdadeira divisao.
a coisa da esquerda direita eh uma mentira que so eh alimentada porque ajuda os partidos do centrao a disfarcar a falta de alternativas

Não. O que sucedeu foi algo ligeiramente diferente de uma escolha entre esquerda e direita. Foi uma escolha entre Paf e não Paf. A aritmética a fazer é unicamente essa---se os portugueses queriam estar a ser governados pelos mesmos, ou se queriam mudar. A maior ou menor aproximação ou afastamento entre as políticas de esquerda e direita não tiveram importância nenhuma no momento do voto. A escolha foi bem mais simples e desinformada do que isso.

isso eh uma treta girante, um brainwash. eh a conversa mentirosa dos partidos que querem o acordo para assim legitimarem politicamente a sua fraude eleitoral no parlamento com uma reinterpretacao das eleicoes. mas eh uma reinterpretacao completamente impossivel e falsa, que visa apenas enganar os distraidos e assim legitimar eleitoralmente o golpe palaciano que estao a fazer no parlamento. para ser verdade o que estas a dizer a questao teria de ter sido colocada ao eleitorado antes das eleicoes, coisa que nunca foi.
[/u]

Apenas estou a dizer que a maioria rejeitou a continuidade da Paf no poder. Apenas isso. Essa questão não se coloca. O discurso dos partidos das esquerdas foi coerente numa coisa: fim da austeridade. Foi nisto que as pessoas votaram.

Quanto ao resto, não vejo nenhuma conversa mentirosa, não vejo nenhuma fraude, não vejo falsidades nem tentativa de enganar quem quer que seja, e não vejo nenhum golpe palaciano. Tudo o que estamos a viver me parece uma salutar convivência democrática, com algumas crispações emocionais à mistura e muitos naturais discursos de ódio pelo meio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:15:54
o programa do PS nao tem nada a ver com o do PCP e nao existe essa "maioria de esquerda", isso eh uma grande treta que infelizmente aparece em todo o lado
o que os portugueses fizeram foi sim dar uma maioria aos partidos social democradas, maioria essa de 70%


isso da esquerda e direita eh algo que nao faz sentido, o que temos sao comunistas e social-democratas. essa eh a verdadeira divisao.
a coisa da esquerda direita eh uma mentira que so eh alimentada porque ajuda os partidos do centrao a disfarcar a falta de alternativas

Não. O que sucedeu foi algo ligeiramente diferente de uma escolha entre esquerda e direita. Foi uma escolha entre Paf e não Paf. A aritmética a fazer é unicamente essa---se os portugueses queriam estar a ser governados pelos mesmos, ou se queriam mudar. A maior ou menor aproximação ou afastamento entre as políticas de esquerda e direita não tiveram importância nenhuma no momento do voto. A escolha foi bem mais simples e desinformada do que isso.

isso eh uma treta girante, um brainwash. eh a conversa mentirosa dos partidos que querem o acordo para assim legitimarem politicamente a sua fraude eleitoral no parlamento com uma reinterpretacao das eleicoes. mas eh uma reinterpretacao completamente impossivel e falsa, que visa apenas enganar os distraidos e assim legitimar eleitoralmente o golpe palaciano que estao a fazer no parlamento. para ser verdade o que estas a dizer a questao teria de ter sido colocada ao eleitorado antes das eleicoes, coisa que nunca foi.
[/u]

Apenas estou a dizer que a maioria rejeitou a continuidade da Paf no poder. Apenas isso. Essa questão não se coloca. O discurso dos partidos das esquerdas foi coerente numa coisa: fim da austeridade. Foi nisto que as pessoas votaram.

Quanto ao resto, não vejo nenhuma conversa mentirosa, não vejo nenhuma fraude, não vejo falsidades nem tentativa de enganar quem quer que seja, e não vejo nenhum golpe palaciano. Tudo o que estamos a viver me parece uma salutar convivência democrática, com algumas crispações emocionais à mistura e muitos naturais discursos de ódio pelo meio.

estas a descrever 100% das eleicoes, nao me lembro de ninguem ter ganho no passado com mais de 50% de votos. portanto eh um raciocionio que nao faz sentido pois implica que todos os governos passados foram recusados por uma maioria. e ao nivel parlamentar tb nao faz sentido

as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

voces estao a engolir falacias que visam legitimar uma fraude politica e eleitoral
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 03:20:38
o povo se votasse pelo fim austuridade

o PS nao tinha 30%


tinha 5% como pasok da grecia

e o BE novo Syriza  tinha 36%....



quem votou no PS nao votou  Syriza
PS partido dos Pec4  pec 5  pec 6...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:21:09
1 - o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

2 - o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

1 - Eu não estou a engolir nada. Eu votei nessa opção com a mente bem clara.  ;D

2 - Está. É verdade. Considera, contudo, que o programa do PS, com o eventual acordo à esquerda, não vai mudar nas suas linha essenciais (os limites são claros), e no final vai continuar muito mais proximo da coligação Paf. O acordo não muda nada a esse nível. O PS não vai virar um partido comunista, não vai renunciar à Europa, e não vai desrespeitar os compromissos internacionais assumidos.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:26:01
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:28:37
A propaganda que passa para fora(estrangeiro) e essa que povo votou na extrema esquerda

o lark ja deixou noticias atras

quando PSD/PS sao maioria...

Lá fora, ninguém quer e todos querem um novo Syriza.

Querem e ver casa dos outros a arder  ::)

Exacto. Hás-de reconhecer que tudo que sucedeu na Grécia foi fascinante de seguir... aqui de longe...  :-X
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:28:41
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.

nao posso concordar com isso pois a questao nunca foi colocada ao eleitorado nesses termos antes das eleicoes, portanto eh uma interpretacao ilegitima dos resultados eleitorais
e eu conheco muita gente que agora mudaria o seu voto com base no que sabem do ataque ao poder do costa e nao se reveem nisso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:33:12
1 - o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

2 - o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

1 - Eu não estou a engolir nada. Eu votei nessa opção com a mente bem clara.  ;D

2 - Está. É verdade. Considera, contudo, que o programa do PS, com o eventual acordo à esquerda, não vai mudar nas suas linha essenciais (os limites são claros), e no final vai continuar muito mais proximo da coligação Paf. O acordo não muda nada a esse nível. O PS não vai virar um partido comunista, não vai renunciar à Europa, e não vai desrespeitar os compromissos internacionais assumidos.

foste a unica pessoa que votou com isso em mente, mais ninguem sabia o que vinha ai
como tu nao es o unico votante o meu argumento mantem-se inalterado.

claro que vai mudar as linhas essenciais, o programa economico daquele toto que vai ser ministro das financas ja esta todo adulterado
e isto so com o acordo com o BE, falta ainda o do PCP para piorar mais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:39:11
eu tenho a certeza que o programa que ira sair deste acordo vai estar mais distanciado do programa do PS do que um programa negociado entre PS e coligacao

portanto ate os eleitores socialistas estao a ser atraicoados com esta golpada. mas muitos nao vem isso porque estao cegos pelo brainwash da conversa da "esquerda", tem modelos errados daquilo que efectivamente divide os partidos em portugal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:39:38
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.

nao posso concordar com isso pois a questao nunca foi colocada ao eleitorado nesses termos antes das eleicoes, portanto eh uma interpretacao ilegitima dos resultados eleitorais
e eu conheco muita gente que agora mudaria o seu voto com base no que sabem agora do ataque ao poder do costa e nao se reveem nisso

Então não foi? Foi colocada de forma objectiva e por demais vezes repetida pelo Costa: fim da austeridade. Este é o denominador comum que une os votos à esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 03:43:57
http://observador.pt/2014/11/12/ninguem-faz-assim-e-austeridade-desaparece/ (http://observador.pt/2014/11/12/ninguem-faz-assim-e-austeridade-desaparece/)

O futuro líder do PS não garante o fim da austeridade e quer repor "tão cedo quanto possível" os cortes. Em entrevista à RTP, Costa ainda diz que ninguém o vê como "fantasma nem clone".
António Costa não promete uma reposição integral da sobretaxa em 2016 nem garante a reposição integral dos cortes nos salários funcionários públicos no mesmo ano. Em entrevista à RTP, António Costa foi cauteloso nas promessas e remeteu para a apresentação do programa de Governo as medidas mais concretas e não garantiu o fim da austeridade: “Ninguém faz assim [fazendo um gesto com os dedos] e a austeridade desaparece”.


O Costa so quer e ser PM

ja nem sabe para onde se virar...   esta tramado com PCP :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 03:46:20
1 - o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

2 - o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

1 - Eu não estou a engolir nada. Eu votei nessa opção com a mente bem clara.  ;D

2 - Está. É verdade. Considera, contudo, que o programa do PS, com o eventual acordo à esquerda, não vai mudar nas suas linha essenciais (os limites são claros), e no final vai continuar muito mais proximo da coligação Paf. O acordo não muda nada a esse nível. O PS não vai virar um partido comunista, não vai renunciar à Europa, e não vai desrespeitar os compromissos internacionais assumidos.
foste a unica pessoa que votou com isso em mente, mais ninguem sabia o que vinha ai
como tu nao es o unico votante o meu argumento mantem-se inalterado.

claro que vai mudar as linhas essenciais, o programa economico daquele toto que vai ser ministro das financas ja esta todo adulterado
e isto so com o acordo com o BE, falta ainda o do PCP para piorar mais

Estás a intepretar mal. Eu votei na opção "não à Paf". É por isso que não estou a engolir nada. Obviamente que não sou vidente e não sabia o que se ia passar depois, mas o que se passou está dentro das hipóteses que são aceitáveis para mim. As outra seriam: maioria do PS e maioria absoluta do PS. Qualquer uma delas estaria bem para mim, assim como está bem para 62% do eleitorado. "Não à Paf" é a única leitura que podes fazer dos 62%. Todas as outras são especulativas e não têm qualquer base de sustento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:51:00
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.

nao posso concordar com isso pois a questao nunca foi colocada ao eleitorado nesses termos antes das eleicoes, portanto eh uma interpretacao ilegitima dos resultados eleitorais
e eu conheco muita gente que agora mudaria o seu voto com base no que sabem agora do ataque ao poder do costa e nao se reveem nisso

Então não foi? Foi colocada de forma objectiva e por demais vezes repetida pelo Costa: fim da austeridade. Este é o deniminador comum que une os votos à esquerda.

isso eh como dizer que os partidos estao todos unidos por serem a favor da "felicidade dos portugueses". nao faz sentido.
pois se ate a coligacao disse que era contra a austeridade ! repito, a coligacao disse o mesmo que o PS a esse respeito, que ia acabar com a austeridade. todos disseram o mesmo.

repara, as diferencas sao minimas entre os programas do PS e coligacao a esse respeito. as verdadeiras diferencas sobre o que isso de acabar a austeridade quer dizer sao entre o centrao e os comunistas.

portanto uma palavra nao os une certamente, da mesma forma que as palavras "felicidade dos portugueses" nao os unem politicamente pois querem dizer coisas diferentes para cada partido.

para realmente haver legitimidade teriam de ter explicado antes das eleicoes que planeavam fazer este acordo, da forma como foi feito eh fraude eleitoral
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 03:51:10
OK. Quem tramou PS e teu voto

foi BE e Catarina
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 03:52:53
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais


Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.


nao posso concordar com isso pois a questao nunca foi colocada ao eleitorado nesses termos antes das eleicoes, portanto eh uma interpretacao ilegitima dos resultados eleitorais
e eu conheco muita gente que agora mudaria o seu voto com base no que sabem agora do ataque ao poder do costa e nao se reveem nisso


Então não foi? Foi colocada de forma objectiva e por demais vezes repetida pelo Costa: fim da austeridade. Este é o deniminador comum que une os votos à esquerda.


isso eh como dizer que os partidos estao unidos por serem a favor da felicidade dos portugueses.
pois se ate a coligacao disse que era contra a austeridade ! repito, a coligacao disse o mesmo que o PS a esse respeito, que ia acabar com a austeridade. todos disseram o mesmo.

repara, as diferencas sao minimas entre os programas do PS e coligacao a esse respeito. as verdadeiras diferencas sobre o que isso de acabar a austeridade quer dizer sao entre o centrao e os comunistas.

portanto uma palavra nao os une certamente, da mesma forma que as palavras "felicidade dos portugueses" nao os une politicamente pois querem dizer coisas diferentes para cada partido.

para realmente haver legitimidade teriam de ter explicado antes das eleicoes que planeavam fazer este acordo


http://www.sol.pt/noticia/386390/o-princ (http://www.sol.pt/noticia/386390/o-princ)ípio-do-fim-da-austeridade

PSD/CDS  era fim 2019...

O Governo aponta 2019 como o ano em que os portugueses verão o fim da sobretaxa do IRS. E 2018 como o ano em que os funcionários públicos receberão os seus salários, a taxa do IRC ficará nos 17% e acabará a contribuição sobre o sector energético. Para já, fica adiada a descida da TSU (Taxa Social Única).


PSD e PS era quase mesma coisa

mas agora costa virou comunista ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 03:54:08
sim, ha diferencas mas sao pequenas

muito menores que em relacao ao programa do PCP ou BE
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 04:06:23
as pessoas votam em programas eleitorais, nao contra programas eleitorais

Não. A maioria da população, e creio que concordarás comigo pelo menos neste ponto, não conhece os programas eleitorais de nenhum dos partidos. O que conhece é a realidade do dia-a-dia, e a realidade que tinha antes deste governo.

A austeridade, que no vosso diccionário quer dizer "controlo das contas públicas", no diccionário do povo quer dizer perda de regalias e degradação geral das condições de vida. São dois pontos de vista válidos sobre a mesma palavra, mas há um deles que prevelece na mente do eleitorado quando vai fazer a cruz.

nao posso concordar com isso pois a questao nunca foi colocada ao eleitorado nesses termos antes das eleicoes, portanto eh uma interpretacao ilegitima dos resultados eleitorais
e eu conheco muita gente que agora mudaria o seu voto com base no que sabem agora do ataque ao poder do costa e nao se reveem nisso

Então não foi? Foi colocada de forma objectiva e por demais vezes repetida pelo Costa: fim da austeridade. Este é o deniminador comum que une os votos à esquerda.

1 - isso eh como dizer que os partidos estao todos unidos por serem a favor da "felicidade dos portugueses". nao faz sentido.

2 - pois se ate a coligacao disse que era contra a austeridade ! repito, a coligacao disse o mesmo que o PS a esse respeito, que ia acabar com a austeridade. todos disseram o mesmo.

3 - repara, as diferencas sao minimas entre os programas do PS e coligacao a esse respeito. as verdadeiras diferencas sobre o que isso de acabar a austeridade quer dizer sao entre o centrao e os comunistas.

4 - portanto uma palavra nao os une certamente, da mesma forma que as palavras "felicidade dos portugueses" nao os unem politicamente pois querem dizer coisas diferentes para cada partido.

5 - para realmente haver legitimidade teriam de ter explicado antes das eleicoes que planeavam fazer este acordo, da forma como foi feito eh fraude eleitoral

1 - Não, não é. A mensagem não tem a ver com qualquer unidade combinada entre partidos (à esquerda). É tão, mas tão simples: Não à austeridade = Não à Paf. E necessitava de ser assim simples, para ser perfeitamente entendida por quem ia votar. Faz todo o sentido.

2 - Após 4 anos de flagelo e devastação, e depois das mentiras do Passos antes das outras eleições, quem é que ia acreditar nisso?

3 - Eu sei disso. O que estou a dizer é que o programa do PS não se vai afastar muito dessa matriz. Vai fazer algumas concessões naturais decorrentes do acordo, mas vai continuar muito mais próximo do programa da Paf.

4 - Mais uma vez, não se trata de "união pré-programada entre partidos", trata-se de união decorrente do voto no "não à PAf".

5 - Não concordo. E não tens nenhuma base constituciona/legal onde te possas apoiar para afirmares isso. É apenas a tua opinião.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 04:12:52
tu pensas PCP se vai contentar com pouco..

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 04:17:28
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 04:27:27
O que povo pensa vai acontecer daqui 2 anos

se isso fosse tudo aumentado hoje ?

 ???
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-10-31 10:06:31
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

Existem muitas pessoas a favor, mas a Troika permitiu alguma pedagogia e
existe uma população que entende que isso significa mais despesa e mais despesa
é mais impostos.
Falo até de operários com um discurso que se pode considerar e direita,
e muitos estão contra as aventuras de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-10-31 11:00:29
o programa economico daquele toto que vai ser ministro das financas ja esta todo adulterado
e isto so com o acordo com o BE, falta ainda o do PCP para piorar mais

Quem é que vai ser o ministro das financas do suposto governo Costa?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-31 11:26:17
"Não à austeridade" que coisa de atrasado mental. Parece as Miss Mundo que desejam o fim da guerra e da fome... O défice esse não precisa de ser corrigido. E como diz o comunista: porquê um défice de 3% e não 4%?  :D

O problema é que quando o país for à falência, os efeitos desta não cairão sobre os JSebastião que há em Portugal. Vão cair precisamente sobre os mais fracos.

Mas aí a culpa será dos mercados que se recusam a emprestar dinheiro a juros pequenitos de 0,001%. Bandidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-31 11:39:16
Teixeira dos Santos: Novo Governo deve agir rapidamente para evitar reposição integral de salários (http://observador.pt/2015/10/31/teixeira-dos-santos-novo-governo-deve-agir-rapidamente-para-evitar-reposicao-integral-de-salarios/)

Tem razão. Só é pena não ter sido tão assertivo quando deixou o outro falir o país.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 11:52:08
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

Existem muitas pessoas a favor, mas a Troika permitiu alguma pedagogia e
existe uma população que entende que isso significa mais despesa e mais despesa
é mais impostos.
Falo até de operários com um discurso que se pode considerar e direita,
e muitos estão contra as aventuras de esquerda.

Claro, mas ao nível de alucinação que eu descrevi pelo menos 60% da população vai, se não mais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 12:20:15
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

o teu ponto de vista esta errado, a maioria dos portugueses votou em partidos que lhes prometeram disciplina orcamental
esse eh o ponto relevante. sim, tenho grandes duvidas que a maioria dos portugueses queira as coisas da tua lista e vote nisso
se perceberem que ha riscos. o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 12:20:45
o programa economico daquele toto que vai ser ministro das financas ja esta todo adulterado
e isto so com o acordo com o BE, falta ainda o do PCP para piorar mais


Quem é que vai ser o ministro das financas do suposto governo Costa?


O nome que tem vindo a público é este: http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/ (http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/)

Não sei se será ou não, mas tudo aponta para.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 12:28:40
"Não à austeridade" que coisa de atrasado mental. Parece as Miss Mundo que desejam o fim da guerra e da fome... O défice esse não precisa de ser corrigido. E como diz o comunista: porquê um défice de 3% e não 4%?  :D

O problema é que quando o país for à falência, os efeitos desta não cairão sobre os JSebastião que há em Portugal. Vão cair precisamente sobre os mais fracos.

Mas aí a culpa será dos mercados que se recusam a emprestar dinheiro a juros pequenitos de 0,001%. Bandidos.

Bom dia, Anti-Ditador,

Eu sei que sou relativamente novo por aqui, pelo menos nesta incursão recente, e que ainda não tens informação suficiente para pode tecer um juízo minimamente sustentado sobre meus normais comportamentos na troca de ideias e opiniões.  Por isso, eu esclareço: não vou deixar de falar contigo em bons modos, não vou deixar de comentar opiniões que manifestes, não vou deixar de te responder sempre que achar que devo, mas também não vou reagir na mesma moeda a ad hominem's. É escusado perderes o teu tempo comigo utilizando esse tipo de abordagem---não me incomodam nada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 12:34:43
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 12:39:45
austeridade vai ter de continuar nalguma versao, mesmo com o PS
isso eh garantido, basta ver as contas do estado para o entender
quem diz que a austeridade eh opcional nao percebe nada das contas do estado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 12:41:23
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

isso eh uma pergunta ridicula e feita de ma fe pois nao eh possivel dar um numero certo
mas obviamente que muitos votaram no PS porque o Costa tambem prometeu disciplina orcamental, eh so ter um cerbero
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 12:49:58
a disciplina orcamental eh alias mais uma das coisas que une o centrao entre si e que separa o PS dos comunistas... so mais uma das muitas e muitas e muitas

nao ha pois nenhuma uniao programatica entre comunistas e PS, nao ha nenhuma coerencia como nos querem vender
sao tudo mentiras para justificar politicamente o ataque do costa ao poder, e a malta come porque eh ignorante e nao  percebe que "a esquerda" na realidade nao existe
o que existe eh o centrao e os comunistas

e eh tb por isto que esta alianca pouco natural vai rebentar em pouco tempo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 12:52:18
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

isso eh uma pergunta ridicula e feita de ma fe pois nao eh possivel dar um numero certo
mas obviamente que muitos que votaram no PS votaram porque o Costa tambem prometeu disciplina orcamental, eh so ter um cerbero

Não é de má fé, e acredita que eu também gostaria de conhecer esse valor (ando a dizer isso desde comecei a participar aqui, quando falei no referendo interno dentro do PS).

"Não é possível dar um número certo"... eu diria antes que "não é possíve dar qualquer tipo de número", nem certo, nem aproximado, nem errado, porque é algo completamente desconhecido. É por ser completamente desconhecido que não podes afirmar que as pessoas que votaram no PS queriam uma aliança à direita. Umas queriam, outras não, outras nem pensaram no caso e apenas queriam que o PS ganhasse. Não te podes substituir ao eleitorado, adivinhando o que vai na cabeça de cada um, para sustentar a tua ideia sobre o que achas que aconteceu.

Ter mais certeza do que isto, neste momento, é impossível. 

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 13:09:44
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

isso eh uma pergunta ridicula e feita de ma fe pois nao eh possivel dar um numero certo
mas obviamente que muitos que votaram no PS votaram porque o Costa tambem prometeu disciplina orcamental, eh so ter um cerbero

Não é de má fé, e acredita que eu também gostaria de conhecer esse valor (ando a dizer isso desde comecei a participar aqui, quando falei no referendo interno dentro do PS).

"Não é possível dar um número certo"... eu diria antes que "não é possíve dar qualquer tipo de número", nem certo, nem aproximado, nem errado, porque é algo completamente desconhecido. É por ser completamente desconhecido que não podes afirmar que as pessoas que votaram no PS queriam uma aliança à direita. Umas queriam, outras não, outras nem pensaram no caso e apenas queriam que o PS ganhasse. Não te podes substituir ao eleitorado, adivinhando o que vai na cabeça de cada um, para sustentar a tua ideia sobre o que achas que aconteceu.

Ter mais certeza do que isto, neste momento, é impossível.

tu ainda nao percebeste que o programa do PS eh muito mais parecido com o do PSD/CDS do que com o dos comunistas

existe uma uniao programatica no centro, mas nao existe uma uniao programatica a esquerda, isso eh uma invencao.
isto que eu afirmo eh absolutamente obvio

muita gente votou no PS porque o PS prometeu estabilidade orcamental, senao teriam votado na coligacao

portanto o que o PS agora esta a fazer eh a atraicoar muitos dos seus proprios eleitores ao fazer acordos com partidos com programas completamente distintos
o programa que vai sair dum acordo com os comunistas e PS sera sempre muito mais distante do programa original do PS do que o programa dum acordo entre PS e coligacao

mas para depois disfarcarem isto apelam ao tribalismo de esquerda que na realidade nao tem reflexo programatico, e tu vais na conversa

esta fraude eleitoral so se resolve com novas eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 13:24:52
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

o teu ponto de vista esta errado, a maioria dos portugueses votou em partidos que lhes prometeram disciplina orcamental
esse eh o ponto relevante. sim, tenho grandes duvidas que a maioria dos portugueses queira as coisas da tua lista e vote nisso
se perceberem que ha riscos. o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Se fosse feito um referendo sobre essas medidas, como achas que o eleitorado votaria? Até uma parte do PSD votaria a favor disso, provavelmente uma parte grande.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 13:25:16
para concluir o meu raciocinio, o PS esta a atraicoar esse centro que votou nele e corre o risco com este acordo de dar uma maioria absoluta a coligacao daqui a um ano
ha uns 20% que votam de forma tribalista e sempre no PS mas os restantes 12% podem mudar de barco e nao sao precisos muitos

ate o BE corre o risco de perder muitos eleitores
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-10-31 13:27:12
a disciplina orcamental eh alias mais uma das coisas que une o centrao entre si e que separa o PS dos comunistas... so mais uma das muitas e muitas e muitas

nao ha pois nenhuma uniao programatica entre comunistas e PS, nao ha nenhuma coerencia como nos querem vender
sao tudo mentiras para justificar politicamente o ataque do costa ao poder, e a malta come porque eh ignorante e nao  percebe que "a esquerda" na realidade nao existe
o que existe eh o centrao e os comunistas

e eh tb por isto que esta alianca pouco natural vai rebentar em pouco tempo

Eu não coloco isso em causa. O que coloco em causa é se a maioria do povo não votaria a favor daquele tipo de medidas dogmáticas, principalmente se desligadas dos comunistas que as propalam.

Nisso não acho que tenhas razão. Duvido seriamente que a maioria do eleitorado votasse contra aquelas medidas populistas e irracionais. A maioria votaria a favor das mesmas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 13:31:14
o que voces estao a fazer eh a engolir e a incorporarem no discurso as balelas que os partidos que querem o acordo andam a contar por ai para se justificarem no ataque ao poder

balelas como "maioria de esquerda", "62% recusaram este governo" e por ai fora.

o programa do PS esta muito mais prox do programa da coligacao que dos comunistas, mesmo em materias apenas economicas
os vossos raciocios sao o resultado dum brainwash e nao dum raciocinio limpo

Mas tens dúvidas que exceptuando as medidas mais radicais, o povo é esmagadoramente a favor de:
* Baixar os impostos para o que eram antes;
* Repor os salários;
* Repor as pensões;
* Subir o salário mínimo para 600 EUR;
* Repor os abonos de família;
* Etc

E que igualmente a maioria do povo acha que baixas de rating são ataques neoliberais?
E que a dívida é impagável e devíamos ter um alívio das taxas de juro usurárias que nos asfixiam?

o teu ponto de vista esta errado, a maioria dos portugueses votou em partidos que lhes prometeram disciplina orcamental
esse eh o ponto relevante. sim, tenho grandes duvidas que a maioria dos portugueses queira as coisas da tua lista e vote nisso
se perceberem que ha riscos. o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Se fosse feito um referendo sobre essas medidas, como achas que o eleitorado votaria? Até uma parte do PSD votaria a favor disso, provavelmente uma parte grande.

referendadas em pacote? nao tenho duvidas que chumbavam se explicassem as pessoas o preco das medidas.
aquilo que tu nao entendes eh que:

1-grande parte do eleitorado do BE nao acredita em nada do que o BE diz, votaram neles porque estao chateados com os outros partidos e se calhar agora ja nao votavam
2-a maioria do eleitorado do PS eh de centro e nao quer problemas orcamentais nem caos, votaram no PS porque tal lhes foi prometido

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-10-31 13:34:32
Neo, tu estás a dar 1 ano ao governo Costa mas isto é bem capaz de aguentar mais do que dois anos até chegar à necessidade de austeridade (altura em que o PCP e/ou BE saltam fora).
Agora de início vão devolver uma porrada de coisas. Há o sentimento inicial de mais dinheiro do bolso que até é capaz de fazer crescer o consumo (e eventualmente compensar a descida do investimento). No défice hão-de arranjar forma de conseguir que seja ultrapassado no primeiro ano e não ter de baixar tanto no segundo. Além disso com o BCE a ajudar, ainda é capaz de haver emissões a taxa baixa. A coisa parece-me que ainda vai levar tempo até se partir tudo outra vez (até lá o PCP e o BE mantém-se fiéis para capitalizar o momento positivo).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 13:35:37
Neo, tu estás a dar 1 ano ao governo Costa mas isto é bem capaz de aguentar mais do que dois anos até chegar à necessidade de austeridade (altura em que o PCP e/ou BE saltam fora).
Agora de início vão devolver uma porrada de coisas. Há o sentimento inicial de mais dinheiro do bolso que até é capaz de fazer crescer o consumo (e eventualmente compensar a descida do investimento). No défice hão-de arranjar forma de conseguir que seja ultrapassado no primeiro ano e não ter de baixar tanto no segundo. Além disso com o BCE a ajudar, ainda é capaz de haver emissões a taxa baixa. A coisa parece-me que ainda vai levar tempo até se partir tudo outra vez (até lá o PCP e o BE mantém-se fiéis para capitalizar o momento positivo).

mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 14:01:03
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 14:08:33
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 14:16:50
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 14:22:41
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo


isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L


Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?


não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L


deixa ca ver um comunista gosta banca  NACIONALIZADA liquidado, recapitalizado, dado ou vendido. :D
O BE disse forma indireta (campanha eleitural) era capitalizar banca com depositos acima 100 000 euros?
e taxas da fortuna acima 100 000 euros nos depositos...

Os bloquistas defendem, à cabeça, a criação de um imposto sobre grandes fortunas, uma taxa agravada para bens de luxo, o fim do que chama de “borlas fiscais aos grandes grupos económicos no IRC” e a criação de uma taxa sobre transações bolsistas. É uma incógnita o que o PS pode integrar;

À cabeça, Jerónimo de Sousa e companhia defendem a criação de um Imposto sobre Património Imobiliário assente em duas frentes: um imposto de 0,5% sobre depósitos acima dos 100 mil euros e um imposto de 0,5% sobre ações e títulos de dívida com exceção da dívida pública portuguesa. Tal, explicam, permitiria ao Estado encaixar 2.300 milhões de euros/ano;

http://observador.pt/2015/10/27/pagar-um-acordo-esquerda-pode-ir-buscar-dinheiro-aliviar-austeridade/ (http://observador.pt/2015/10/27/pagar-um-acordo-esquerda-pode-ir-buscar-dinheiro-aliviar-austeridade/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 14:22:56
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L

acho estranho ainda nao ter houvido isso a proposito no NB
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 14:37:49
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L

acho estranho ainda nao ter houvido isso a proposito no NB

será a propósito do NB e de todos os outros bancos europeus.
mas pronto, se só acreditares quando leres com os teus olhos, embora eu tenha postado um artigo perfeitamente esclarecedor sobre a matéria, não há realmente nada mais que eu possa fazer.

está a suceder um efeito de surdez selectiva em relação a esta questão.
é nova, é surpreendente, não entra nos esquemas mentais habituais -> é para ignorar.
o reg e tu têm-na ignorado olimpicamente.
what else can I do?
repetir-me até à exaustão?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 14:42:24
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L

acho estranho ainda nao ter houvido isso a proposito no NB

será a propósito do NB e de todos os outros bancos europeus.
mas pronto, se só acreditares quando leres com os teus olhos, embora eu tenha postado um artigo perfeitamente esclarecedor sobre a matéria, não há realmente nada mais que eu possa fazer.

está a suceder um efeito de surdez selectiva em relação a esta questão.
é nova, é surpreendente, não entra nos esquemas mentais habituais -> é para ignorar.
o reg e tu têm-na ignorado olimpicamente.
what else can I do?
repetir-me até à exaustão?

L

o lark deixar falir.....  e os empregos vai tudo para rua... ate parece tu proprio acreditas nisso.

se BCE deixar falir...o mais certo e politicos meterem a colher.
sao quantos os empregados da banca!

dito de outra forma
Camarada e os trabalhadores tem ser defendidos do capitalismo selvagem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 14:45:18
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L

acho estranho ainda nao ter houvido isso a proposito no NB

será a propósito do NB e de todos os outros bancos europeus.
mas pronto, se só acreditares quando leres com os teus olhos, embora eu tenha postado um artigo perfeitamente esclarecedor sobre a matéria, não há realmente nada mais que eu possa fazer.

está a suceder um efeito de surdez selectiva em relação a esta questão.
é nova, é surpreendente, não entra nos esquemas mentais habituais -> é para ignorar.
o reg e tu têm-na ignorado olimpicamente.
what else can I do?
repetir-me até à exaustão?

L

o lark deixar falir.....  e os empregos vai tudo para rua... ate parece tu proprio acreditas nisso.

se BCE deixar falir...o mais certo e politicos meterem a colher.
sao quantos os empregados da banca!

ok reg, como queiras.
não me vais ver tentar explicar isto outra vez. há limites.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 14:53:21
tu  alguma vez acreditas era liquidado mesmo BCE a mandar fechar..

com tanta gente a ir rua!


portugal e de esquerda  nem PSD/CDS o fazem quanto mais um geronimo
tu estas ignorar que europa sao PAISES independentes

nao tem nada ver estados americanos


por exemplo  eu duvido BCE  segure o montepio e banif...  mas estado nao deixou cair..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 15:08:16
tu  alguma vez acreditas era liquidado mesmo BCE a mandar fechar..

com tanta gente a ir rua!


portugal e de esquerda  nem PSD/CDS o fazem quanto mais um geronimo
tu estas ignorar que europa sao PAISES independentes

nao tem nada ver estados americanos


por exemplo  eu duvido BCE  segure o montepio e banif...  mas estado nao deixou cair..

olha, não falta muito para o sistema entrar em vigor - 2 meses.
depois logo verás com os teus próprios olhos.
espero que comentes aqui o que tiveres entendido.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 15:17:21
tu  alguma vez acreditas era liquidado mesmo BCE a mandar fechar..

com tanta gente a ir rua!


portugal e de esquerda  nem PSD/CDS o fazem quanto mais um geronimo
tu estas ignorar que europa sao PAISES independentes

nao tem nada ver estados americanos


por exemplo  eu duvido BCE  segure o montepio e banif...  mas estado nao deixou cair..

olha, não falta muito para o sistema entrar em vigor - 2 meses.
depois logo verás com os teus próprios olhos.
espero que comentes aqui o que tiveres entendido.

L

o Montepio  deve ser mais fraco hoje dia  (na america bancos deste tamanho sao liquidados)

vamos ver

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 15:37:06
Teixeira dos Santos: Novo Governo deve agir rapidamente para evitar reposição integral de salários ([url]http://observador.pt/2015/10/31/teixeira-dos-santos-novo-governo-deve-agir-rapidamente-para-evitar-reposicao-integral-de-salarios/[/url])

Tem razão. Só é pena não ter sido tão assertivo quando deixou o outro falir o país.


Já está a ser bem visível este movimento.
Grandes críticos da "austeridade" (opinion makers) começarem a criticar o possível rumo a tomar pela coligação de esquerda.
Basicamente criticam sempre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 15:41:13
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

Na minha opinião, nem uma sondagem daria algo conclusivo.
O meu feeling (que é uma insignificância) é que haverá muitos eleitores do PS que se sentem atraiçoados pela eventual coligação. Que não sentem a menor ligação ao discurso do PCP por exemplo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-10-31 15:45:14
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

Na minha opinião, nem uma sondagem daria algo conclusivo.
O meu feeling (que é uma insignificância) é que haverá muitos eleitores do PS que se sentem atraiçoados pela eventual coligação. Que não sentem a menor ligação ao discurso do PCP por exemplo.

mas tanto na candidatura a secretário geral do PS, como na campanha eleitoral, o costa não defendeu a possibilidade de entendimento à esquerda?
esá tudo dito! os socialistas votaram nele duas vezes. concordaram duas vezes. há dúvidas?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-10-31 15:46:32
tu  alguma vez acreditas era liquidado mesmo BCE a mandar fechar..

com tanta gente a ir rua!


portugal e de esquerda  nem PSD/CDS o fazem quanto mais um geronimo
tu estas ignorar que europa sao PAISES independentes

nao tem nada ver estados americanos


por exemplo  eu duvido BCE  segure o montepio e banif...  mas estado nao deixou cair..

Pensava que o BCE só intervem nos grandes bancos e que os pequenos não eram sujeitos aos testes de stress e que ficavam sob jurisdição nacional.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 15:52:21
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas


Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.


Na minha opinião, nem uma sondagem daria algo conclusivo.
O meu feeling (que é uma insignificância) é que haverá muitos eleitores do PS que se sentem atraiçoados pela eventual coligação. Que não sentem a menor ligação ao discurso do PCP por exemplo.


mas tanto na candidatura a secretário geral do PS, como na campanha eleitoral, o costa não defendeu a possibilidade de entendimento à esquerda?
esá tudo dito! os socialistas votaram nele duas vezes. concordaram duas vezes. há dúvidas?

L


O Costa na campanha nao disse nada

O BE ainda falou pouco coisa
 o LIVRE  foi mais direto
http://visao.sapo.pt/lusa/livre-coloca-reservas-a-coligacao-pre-eleitoral-com-o-ps=f799747 (http://visao.sapo.pt/lusa/livre-coloca-reservas-a-coligacao-pre-eleitoral-com-o-ps=f799747)

PS/livre   era unica uniao antes elecoes


o LIVRE foi mais direto  antes elecoes ja dizia isto
http://observador.pt/2015/10/01/livre-desafia-ps-a-formar-bloco-de-esquerda-para-ser-governo/ (http://observador.pt/2015/10/01/livre-desafia-ps-a-formar-bloco-de-esquerda-para-ser-governo/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 15:54:55
Neo, tu estás a dar 1 ano ao governo Costa mas isto é bem capaz de aguentar mais do que dois anos até chegar à necessidade de austeridade (altura em que o PCP e/ou BE saltam fora).
Agora de início vão devolver uma porrada de coisas. Há o sentimento inicial de mais dinheiro do bolso que até é capaz de fazer crescer o consumo (e eventualmente compensar a descida do investimento). No défice hão-de arranjar forma de conseguir que seja ultrapassado no primeiro ano e não ter de baixar tanto no segundo. Além disso com o BCE a ajudar, ainda é capaz de haver emissões a taxa baixa. A coisa parece-me que ainda vai levar tempo até se partir tudo outra vez (até lá o PCP e o BE mantém-se fiéis para capitalizar o momento positivo).

Exactamente.
E há muitas medidas que podem tomar que agradaram aos simpatizantes do PCP e não abrem (diretamente e no curto prazo; indiretamente e a médio prazo ...) um buraco no OE.
São possíveis porque falou-se em não aumentar impostos sobre os rendimentos do trabalho (visão mesmo à PCP)
-Taxas sobre os grande depósitos
-IMI
-Heranças
-IRC

E outras do mesmo tipo.
Engordas o OE no curto prazo, permitindo torrar em medidas populares.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 15:59:21
Neo, tu estás a dar 1 ano ao governo Costa mas isto é bem capaz de aguentar mais do que dois anos até chegar à necessidade de austeridade (altura em que o PCP e/ou BE saltam fora).
Agora de início vão devolver uma porrada de coisas. Há o sentimento inicial de mais dinheiro do bolso que até é capaz de fazer crescer o consumo (e eventualmente compensar a descida do investimento). No défice hão-de arranjar forma de conseguir que seja ultrapassado no primeiro ano e não ter de baixar tanto no segundo. Além disso com o BCE a ajudar, ainda é capaz de haver emissões a taxa baixa. A coisa parece-me que ainda vai levar tempo até se partir tudo outra vez (até lá o PCP e o BE mantém-se fiéis para capitalizar o momento positivo).

Exactamente.
E há muitas medidas que podem tomar que agradaram aos simpatizantes do PCP e não abrem (diretamente e no curto prazo; indiretamente e a médio prazo ...) um buraco no OE.
São possíveis porque falou-se me não aumentar impostos sobre os rendimentos do trabalho (visão mesmo à PCP)
-Taxas sobre os grande depósitos
-IMI
-Heranças
-IRC

E outras do mesmo tipo.
Engordas o OE no curto prazo, permitindo torrar em medidas populares.

Se isso for frente... tudo psd/cds  fez para atrair empresas vai para lixo

nem os vistos gold escapam

e reformados estrangeiros tambem deixam de vir
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 16:04:06
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas

Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.

Na minha opinião, nem uma sondagem daria algo conclusivo.
O meu feeling (que é uma insignificância) é que haverá muitos eleitores do PS que se sentem atraiçoados pela eventual coligação. Que não sentem a menor ligação ao discurso do PCP por exemplo.

mas tanto na candidatura a secretário geral do PS, como na campanha eleitoral, o costa não defendeu a possibilidade de entendimento à esquerda?
esá tudo dito! os socialistas votaram nele duas vezes. concordaram duas vezes. há dúvidas?

L

Nos meses antes da campanha e na própria campanha diz-se tanta coisa.
O PCP não malhou no PS?
O PS não malhou no BE?
Acho que alguém neutro (não estou a acusar-te de não seres, falo em geral), se der-se ao trabalho, consegue arranjar artigos para suportar as duas teses antagónicas.

O programa eleitoral é tão extenso e diz-se tanta coisa em campanha. Para muita gente o argumento do acordo à esquerda pode ter passado ao lado no seu radar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-10-31 16:06:24
O LIVRE foi bem honesto

penso sempre falaram numa uniao com PS  desde  ano 2014

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 16:08:32
Duas coisas estranhas:

- Ainda não terem reunido simultaneamente os 3 partidos.
- Pelas indicações, parece que teremos 3 moções de censura independentes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 16:59:57
mas como eh que vao recapitalizar o novo banco sem uma revolta dos comunistas? vai ser dificil
vao precisar de um orcamento rectificativo

isso vai ser tarefa do BCE. não do governo. andei a escrever para o boneco?

L

Na Merica  os bancos pequenos vao falencia.

O BES na europa e pequeno ou grande?

não se sei se vai ser liquidado, recapitalizado, dado ou vendido.
o facto é que isso a partir de janeiro deixa de ter seja o que for a ver com o governo e contribuintes portugueses.
ainda vou ter que repetir isto muitas vezes?

L

acho estranho ainda nao ter houvido isso a proposito no NB

será a propósito do NB e de todos os outros bancos europeus.
mas pronto, se só acreditares quando leres com os teus olhos, embora eu tenha postado um artigo perfeitamente esclarecedor sobre a matéria, não há realmente nada mais que eu possa fazer.

está a suceder um efeito de surdez selectiva em relação a esta questão.
é nova, é surpreendente, não entra nos esquemas mentais habituais -> é para ignorar.
o reg e tu têm-na ignorado olimpicamente.
what else can I do?
repetir-me até à exaustão?

L

as vezes a implementacao inicial duma regra pode ser excepcoes
ignorar porque? pareces doido, sempre a imaginar conspiracoes e o raio, a mim tanto me faz o processo que acabem por usar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-10-31 17:03:33
Neo, tu estás a dar 1 ano ao governo Costa mas isto é bem capaz de aguentar mais do que dois anos até chegar à necessidade de austeridade (altura em que o PCP e/ou BE saltam fora).
Agora de início vão devolver uma porrada de coisas. Há o sentimento inicial de mais dinheiro do bolso que até é capaz de fazer crescer o consumo (e eventualmente compensar a descida do investimento). No défice hão-de arranjar forma de conseguir que seja ultrapassado no primeiro ano e não ter de baixar tanto no segundo. Além disso com o BCE a ajudar, ainda é capaz de haver emissões a taxa baixa. A coisa parece-me que ainda vai levar tempo até se partir tudo outra vez (até lá o PCP e o BE mantém-se fiéis para capitalizar o momento positivo).

Exactamente.
E há muitas medidas que podem tomar que agradaram aos simpatizantes do PCP e não abrem (diretamente e no curto prazo; indiretamente e a médio prazo ...) um buraco no OE.
São possíveis porque falou-se em não aumentar impostos sobre os rendimentos do trabalho (visão mesmo à PCP)
-Taxas sobre os grande depósitos
-IMI
-Heranças
-IRC

E outras do mesmo tipo.
Engordas o OE no curto prazo, permitindo torrar em medidas populares.

mas creio que a situacao das contas publicas vai exigir mais do que voces pensam
por ex as contas da SS estao descontroladas. e o crescimento economico vai ser abaixo das previsoes
ou seja vao ter problemas nao so para pagar novas despesas como ate so para manter tudo na mesma
mas tanto faz, pode demorar mais um ano, nao digo que nao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 17:08:19
Eu não digo que aquelas receitas chegam.
O que eu digo (na linha do Automek), é que poderás ter uma fase de "lua de mel" usando o capital reunido com aquelas medidas e que não impactarão imediatamente o OE.
A médio prazo, vai dar barraca, não tenho grandes dúvidas.

Então com as contas da SS metidas ao barulho ...
É um verdadeiro elefante na sala e toda a gente finge que não o vê.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-10-31 17:25:19
O acordo da coligação de esquerda ainda deve ser um ficheiro Word com 1 página, e 1 frase: "Ponto 1. Derrubar a direita"
"Ponto 2. |"

 :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-10-31 17:27:19
Citar
Pergunta do dia - Imagine estas duas forças políticas em confronto numas eleições legislativas. Em qual votaria ?

Sapo.pt

Coligação PSD-CDS:6542 votos 45%

Coligação PS-BE-CDU:5469 votos 37%

Não votaria em nenhuma:1024 votos 7%

Votaria em branco:647 votos 4%

Nem sequer ia votar:954 votos 7%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-10-31 17:28:43
Só 7% não iriam votar?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-31 18:53:08
7% já é uma taxa de abstenção considerável...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-10-31 18:54:53
E destes:

«Não votaria em nenhuma:1024 votos 7%

Votaria em branco:647 votos 4%»

talvez alguns % também fossem para a abstenção...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 23:28:17
o teu problema eh que estas a enfiar o eleitorado do PS todo no saco dos comunistas


Queres sustentar a tua opinião com números?

Quantos são a favor de uma ligação à direita e quantos são à esquerda?

Se souberes, partilha a fonte, porque eu estou a zeros nessa matéria.


Na minha opinião, nem uma sondagem daria algo conclusivo.
O meu feeling (que é uma insignificância) é que haverá muitos eleitores do PS que se sentem atraiçoados pela eventual coligação. Que não sentem a menor ligação ao discurso do PCP por exemplo.


Só se saberia com eventuais novas eleições. Que não se podem fazer porque o Cavaco fez questão de tornar esses cenário impossível.

Não duvido que haja quem se sinta "atraiçoado", duvido é que em termos percentuais esse valor chegue sequer a 10% dos votantes no PS. Mas lá está, como tu,  isto não passa de um feeling. Se tornasse a haver novas eleições, penso que os números finais estariam próximos de um empate técnico entre Paf e restantes partidos.

Não me convencem é com a lenga-lenga do embuste e do golpe de estado e da eligitimidade (para os descrentes, tomar o remédio (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg222440.html#msg222440), se os sintomas persistirem, repetir a dose até passarem) que o eleitorado todo votou de olhos fechados, e que mudariam todos o sentido de voto se tivesse havido uma maior awareness quanto à possibilidade de uma coligação à esquerda, por conta da maior proximidade entre dos programas do PS e da Paf.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-10-31 23:34:14
o programa economico daquele toto que vai ser ministro das financas ja esta todo adulterado
e isto so com o acordo com o BE, falta ainda o do PCP para piorar mais


Quem é que vai ser o ministro das financas do suposto governo Costa?


O nome que tem vindo a público é este: [url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url])

Não sei se será ou não, mas tudo aponta para.


Nem a propósito (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-10-31-Centeno-Trigo-Mendes-Fonseca-Galamba.-Costa-ja-tem-ministeriaveis):

Citar
Centeno, Trigo, Mendes, Fonseca, Galamba... Costa já tem ministeriáveis

Mário Centeno é dado como certo num governo de António Costa, caso este seja mesmo indigitado por Cavaco Silva. Mas há muitos outros nomes de que já se fala. Veja quais

O governo de Passos Coelho tomou posse ontem mas é já no governo de António Costa que estão todos os olhos. A decisão de Cavaco Silva depois da anunciada rejeição ao programa do governo PSC/CDS não é conhecida, mas o cenário tido como mais provável é o de dar posse a um governo PS viabilizado pelo BE e PCP, partidos entre os quais decorrem negociações nesse sentido.

Nos últimos dias, António Costa tem tido vários encontros, recolhendo conselhos e opiniões para a formação de um governo que, ao que tudo indica, não integrará elementos nem do BE nem do PCP.

Na semana passada, o líder socialista esteve em Sintra, onde reside, a conversar com o seu presidente de Câmara e amigo Basílio Horta. Entretanto, almoçou com Freitas do Amaral, que lhe declarou apoio durante a campanha, e com António Capucho, com quem esteve esta semana na cafetaria do hotel Altis em Belém.

Capucho garante ao Expresso que “não foi sondado” para o governo e que “também lhe disse que não queria lugar nenhum”. O mesmo se passou com Freitas, que já fez saber que não tinha sido convidado.

Mas no PS há quem olhe para os nomes de Freitas e Capucho como peças importantes para os sinais que Costa quererá dar ao centro: “Ele pode nomeá-los para cargos importantes do Estado para mostrar essa abertura”, explica um destacado socialista. Aliás, é seguindo esta lógica, que outros dirigentes consideram também muito importante que “nas pastas económicas e nas da estrutura do Estado Costa jogue ao centro... para compensar”.

Neste quadro, Mário Centeno, que é muito bem cotado junto do BCE e do FMI, é tido como essencial: “É um sinal de garantia de que não haverá mais radicalismos.”

A lista dos ministeriáveis socialistas vai beber muito aos independentes que Costa foi buscar para as listas de deputados. Seguindo este raciocínio, economistas como Paulo Trigo Pereira ou Manuel Caldeira Cabral podem vir a ter lugar no Executivo (outro economista, que não foi candidato pelo PS, Ricardo Paes Mamede, também tem sido referido); assim como os académicos Tiago Brandão Rodrigues, Alexandre Quintanilha ou Helena Freitas. Mas também Margarida Marques e Maria Manuel Leitão Marques são faladas. De Bruxelas poderão vir Elisa Ferreira e Carlos Zorrinho. Ninguém se surpreenderia com os regressos de Capoulas Santos ou Vieira da Silva. Graça Fonseca, um dos braços-direitos de Costa desde sempre, é tida como certa, assim como Rocha Andrade, outro dos “indispensáveis” do líder socialista, ou Adalberto Campos Fernandes. Ana Catarina Mendes, Pedro Nuno Santos e João Galamba também integram a lista dos potenciais governantes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-01 01:36:45
É por isto que eu aplaudo o Cavaco, por quem nem tenho grande apreço, por ele ter indigitado o PPC e deixado a decisão do chumbo nas mãos do parlamento. Belíssimo parágrafo do António Barreto.

Citar
O modo como os chefes de partido, que se julgam donos dos deputados, se referiram ao Parlamento diz tudo sobre o papel desta instituição. Afirmaram o que lhes convinha, sobre um futuro governo, sem jamais ponderar a hipótese de que o voto livre de um deputado não seja totalmente previsível. Até o Presidente da República apelou aos deputados para votarem de uma maneira ou de outra. Na direita ou na esquerda, o desprezo pelos deputados sempre foi uma constante. Ora, mesmo que votem com disciplina, como fizeram para eleger o seu Presidente, têm de ser ouvidos. O problema é que o Parlamento não passa de uma comissão interpartidária para resolver formalidades.
...
[url]http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pior-e-dificil-4853493.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pior-e-dificil-4853493.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 02:03:47
É por isto que eu aplaudo o Cavaco, por quem nem tenho grande apreço, por ele ter indigitado o PPC e deixado a decisão do chumbo nas mãos do parlamento. Belíssimo parágrafo do António Barreto.

Citar
O modo como os chefes de partido, que se julgam donos dos deputados, se referiram ao Parlamento diz tudo sobre o papel desta instituição. Afirmaram o que lhes convinha, sobre um futuro governo, sem jamais ponderar a hipótese de que o voto livre de um deputado não seja totalmente previsível. Até o Presidente da República apelou aos deputados para votarem de uma maneira ou de outra. Na direita ou na esquerda, o desprezo pelos deputados sempre foi uma constante. Ora, mesmo que votem com disciplina, como fizeram para eleger o seu Presidente, têm de ser ouvidos. O problema é que o Parlamento não passa de uma comissão interpartidária para resolver formalidades.
...
[url]http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pior-e-dificil-4853493.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/antonio-barreto/interior/pior-e-dificil-4853493.html[/url])



Eu não aplaudo o Cavaco, mas concordo em absoluto com a ideia do voto livre---mesmo que o eventual levantamento da disciplina de voto por conta dos partidos não resolvesse por si só o problema. Para que não houvesse pressões de qualquer espécie, o voto no parlamento teria sempre de ser feito em segredo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-01 04:05:16
o problema eh que os deputados nao tem legitimidade propria, ninguem vota a pensar neles como no UK
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-01 08:54:43
Mário Centeno será um fantoche nas mãos da extrema esquerda. Se o BCE e o FMI caírem nesse erro, vão merecer a próxima falência portuguesa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-01 09:42:52
Citar
Pergunta do dia - Imagine estas duas forças políticas em confronto numas eleições legislativas. Em qual votaria ?

Sapo.pt

Coligação PSD-CDS:10872 votos 45%

Coligação PS-BE-CDU:9193 votos 38%

Não votaria em nenhuma:1749 votos 7%

Votaria em branco:1042 votos 4%

Nem sequer ia votar:1569 votos 6%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 11:05:26
Alguns jornais andam a noticiar que a Catarina Martins afirma já haver "acordo à esquerda". Não consigo é perceber se o PCP e os Verdes estão incluídos---porque é assunto omisso nos artigos ou é algo não aparece nas palavras que citam dela.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-01 11:06:13
Quem é que vai ser o ministro das financas do suposto governo Costa?


O nome que tem vindo a público é este: [url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url])

Não sei se será ou não, mas tudo aponta para.


Imaginei que era esse. Mas o Centeno não é mais vocacionado para a economia do trabalho (liberalização)?

O Trigo (e a Francisca) é que é de finanças públicas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 11:17:42
Quem é que vai ser o ministro das financas do suposto governo Costa?


O nome que tem vindo a público é este: [url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/09/06/centeno-acusa-coligacao-de-nao-saber-fazer-contas/[/url])

Não sei se será ou não, mas tudo aponta para.


Imaginei que era esse. Mas o Centeno não é mais vocacionado para a economia do trabalho (liberalização)?

O Trigo (e a Francisca) é que é de finanças públicas.


No artigo seguinte que partilhei, apontam para esse cenário (Centeno na pasta da Economia).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-01 11:21:28
Quem é o idiota que acredita que o centeno vai aprovar legislação a liberalizar o mercado de trabalho, com o apoio do be e do pcp?  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-01 11:24:45

Legalize !! Centeno , Legalize !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 11:30:15
Quem é o idiota que acredita que o centeno vai aprovar legislação a liberalizar o mercado de trabalho, com o apoio do be e do pcp?  :D

Não dizias no post anterior que ele ia ser um fantoche nas mãos da extrema esquerda? 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 12:41:37
Alguns jornais andam a noticiar que a Catarina Martins afirma já haver "acordo à esquerda". Não consigo é perceber se o PCP e os Verdes estão incluídos---porque é assunto omisso nos artigos ou é algo não aparece nas palavras que citam dela.


Afinal ainda não há "fumo branco"... é só entre PS e BE... >:(

No Público (http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-da-esquerda-recupera-todas-as-pensoes-em-quatro-anos-1712999):

Citar
Acordo da esquerda recupera todas as pensões em quatro anos

A porta-voz do Bloco de Esquerda assumiu que já “há acordo” entre o PS e Bloco, assentando esse compromisso numa matéria já fechada. Segundo Catarina Martins, a negociação vai permitir que os pensionistas recuperem “as suas pensões ao longo da legislatura”.

Numa entrevista ao Diário de Notícias, publicada este domingo, a bloquista definiu nesse assunto a conquista política que o esforço de entendimento tinha conseguido. “Se tivessem um governo de direita iam perder com cortes, se fosse Governo PS ficariam congeladas, e o que posso dizer agora é que já há acordo para que as pensões sejam todas descongeladas e as mais baixas terão mesmo um aumento real”.

Catarina Martins adiantou ainda a convicção que esse acordo se estende ao PCP. “Só existe acordo se for com os três partidos, por uma questão de estabilidade do Parlamento”, afirmou antes de defender que o entendimento terá de ser expressão pública através da assinatura de um documento. “Creio que quanto menos ambiguidades nesta matéria melhor”, disse antes apresentar que “isto tem de ser público, não deve haver uma redacção ambígua sobre um processo de convergência”.


A convicção?   :-\
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-01 12:42:32
Quem é o idiota que acredita que o centeno vai aprovar legislação a liberalizar o mercado de trabalho, com o apoio do be e do pcp?  :D

Não dizias no post anterior que ele ia ser um fantoche nas mãos da extrema esquerda?

Se o for não liberaliza coisa nenhuma, pelo que o AD estaria a ser consistente.

Mas ele é a favor de liberalizar seja o que for? Isso é raro em Portugal, principalmente na esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-01 12:58:21
http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/ (http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/)

mais uma vez... ainda esta tudo ainda a ser negociado. andaram a mentir dizendo que ja tinham acordo

o BE quer provavelmente deixar de ser mero partido de protesto, com eles vai haver acordo certamente
o problema aqui eh o PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-01 13:00:54
a esquerda portuguesa eh uma fraude autentica
no caso do bloco as medidas destinam-se a devolver dinheiro a pessoas que ja estao no topo dos rendimentos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 13:14:23
o BE quer provavelmente deixar de ser mero partido de protesto, com eles vai haver acordo certamente
o problema aqui eh o PCP

Yeap. Estaca zero.

Em relação ao acordo Bloco, há pelo menos uma novidade de relevo: já não é tudo para "reverter em 2016". Já falam na meta dos 4 anos, o que revela que o Costa (ainda) tem está por cima nas negociações, que o BE ganhou algum "juízo orçamental". Visto de outro modo, estamos de facto mais próximos daquilo que de qualquer modo iria ser um acordo entra Paf e PS...  :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-01 13:14:56
a esquerda portuguesa eh uma fraude autentica
no caso do bloco as medidas destinam-se a devolver dinheiro a pessoas que ja estao no topo dos rendimentos

Esta não percebi...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-01 13:18:38
PSD taxou rendimentos forma progressiva...

tipico da social democracia

  EXEMPLO: A um rendimento de 20 000 euros anuais será aplicada uma taxa maior ... a uma taxa superior, contribuindo, desta forma, para o bem comum

PSD=esquerda na Alemanha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 13:40:36
O acordo de esquerdas parece uma fraude que só serve para o PS entrar no governo e a coligação de direita sair. O objetivo de CDU e BE é apenas tirar Passos e Portas de lá e o objetivo do PS é governar sozinho e que a CDU e BE não votem a favor de nenhuma moção de rejeição ou censura, quando o PS estiver no governo.
Na prática, é só isso que é necessário para o PS continuar no governo.

Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleição, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.

E depois disso o PS depende da boa vontade do Cavaco. O governo de gestão está praticamente fora de hipótese. É provavelmente inconstitucional e nunca aconteceu, depois de um governo cair no parlamento. Mas se o Cavaco continuar a achar que o acordo é incoerente e inconsistente ele pode depois dar posse a um outro primeiro ministro de direita, como Rui Rio ou Manuela Ferreira Leite...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-01 13:45:39
O acordo de esquerdas parece uma fraude que só serve para o PS entrar no governo e a coligação de direita sair. O objetivo de CDU e BE é apenas tirar Passos e Portas de lá e o objetivo do PS é governar sozinho e que a CDU e BE não votem a favor de nenhuma moção de rejeição ou censura, quando o PS estiver no governo.
Na prática, é só isso que é necessário para o PS continuar no governo.

Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleições, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.

E depois disso o PS depende da boa vontade do Cavaco. O governo de gestão está praticamente fora de hipótese. É provavelmente inconstitucional e nunca aconteceu, depois de um governo cair no parlamento, mas se o Cavaco continuar a achar que o acordo é incoerente e inconsistente ele pode depois dar posse a um outro primeiro ministro de direita, como Rui Rio ou Manuel Ferreira Leite...


de mal pior

o povo votou no primeiro menistro

tirar passos e por la outro e ainda pior
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-01 13:46:42
PSD taxou rendimentos forma progressiva...

tipico da social democracia

  EXEMPLO: A um rendimento de 20 000 euros anuais será aplicada uma taxa maior ... a uma taxa superior, contribuindo, desta forma, para o bem comum

PSD=esquerda na Alemanha

qualquer semelhança entre o PSD português e o PSD alemão é pura coincidência.
no parlamento europeu pertencem a blocos adversários:
o PSD português ao PPE (conservador);
o PSD alemão ao PSE (social-democrata) que agrega os partidos socialistas europeus.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-01 13:49:33
PSD taxou rendimentos forma progressiva...

tipico da social democracia

  EXEMPLO: A um rendimento de 20 000 euros anuais será aplicada uma taxa maior ... a uma taxa superior, contribuindo, desta forma, para o bem comum

PSD=esquerda na Alemanha

qualquer semelhança entre o PSD português e o PSD alemão é pura coincidência.
no parlamento europeu pertencem a blocos adversários:
o PSD português ao PPE (conservador);
o PSD alemão ao PSE (social-democrata) que agrega os partidos socialistas europeus.

L

eu nao axo  tirado  idiologia
tem mesma forma de governar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 13:57:12
O acordo de esquerdas parece uma fraude que só serve para o PS entrar no governo e a coligação de direita sair. O objetivo de CDU e BE é apenas tirar Passos e Portas de lá e o objetivo do PS é governar sozinho e que a CDU e BE não votem a favor de nenhuma moção de rejeição ou censura, quando o PS estiver no governo.
Na prática, é só isso que é necessário para o PS continuar no governo.

Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleição, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.

E depois disso o PS depende da boa vontade do Cavaco. O governo de gestão está praticamente fora de hipótese. É provavelmente inconstitucional e nunca aconteceu, depois de um governo cair no parlamento. Mas se o Cavaco continuar a achar que o acordo é incoerente e inconsistente ele pode depois dar posse a um outro primeiro ministro de direita, como Rui Rio ou Manuel Ferreira Leite...


de mal pior

o povo votou no primeiro menistro

tirar passos e por la outro e ainda pior

Concordo que não é uma boa solução, mas não excluo ainda essa hipótese. 
Vai depender do acordo e da vontade do Cavaco.
Essa solução seria provavelmente temporária até poder haver novas eleições.


O Cavaco tem ainda uma outra solução que é demitir-se para que as eleições presidências e por consequência as legislativas aconteçam mais rapidamente, mas esta hipótese é apenas teórica, pois o Cavaco não deve se quer pensar em demitir-se.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: PMACS em 2015-11-01 14:19:42
A Catarina a dar o recado ao Cassete Girómino!

Bloco diz que acordo à esquerda só faz sentido a três (http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/legislativas-2015/2015-11-01-Bloco-diz-que-acordo-a-esquerda-so-faz-sentido-a-tres)

E se não houver acordo com o PC? Será que Costa arrisca chumbar o programa do governo e depois não ter acordo para levar ao PR?
Seria o descrédito total dele, do PS e da esquerda!! Abriría uma guerra na esquerda Portuguesa, provavelmente não haveria tempo para um congresso extraordinário no PS e Costa iria a eleições outra vez! Uma festa para a direita!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 14:22:22
Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleição, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.


Por falar disto e com base na noticia posso atualizar um post antigo.
http://www.tvi24.iol.pt/politica/31-10-2015/carlos-cesar-eleito-presidente-do-grupo-parlamentar-do-ps (http://www.tvi24.iol.pt/politica/31-10-2015/carlos-cesar-eleito-presidente-do-grupo-parlamentar-do-ps)

Não devo estar muito longe da verdade se disser que os 15 deputados que não votaram no Carlos César foram estes:

Na prática, a coligação de direita precisa agora de convencer 9 deputados do PS e PAN a não votarem a favor da moção de rejeição para continuar no governo.
Talvez deva começar por estes.

Deputados que já se manifestaram contra um governo de esquerda:
Eurico Brilhante Dias (ex-apoiante de Seguro) (poderá abster-se por vontade própria)   
José Lello (amigalhaço de Sócrates) (é dificil de convencer, mas poderá abster-se por vontade própria)
Sérgio Sousa Pinto (demitiu-se do secretariado nacional do PS) (poderá abster-se por vontade própria)
Helena Freitas (2 dias depois de se manifestar contra um governo de esquerda estava a reunir-se com a CDU para haver uma maioria de esquerda) (não deve dar para a convencer, pq o Costa já a convenceu)

Deputados que apoiaram o Seguro contra o Costa (14):
Aveiro – Rosa Albernaz (não disse sim, nem não)
Beja – Pedro do Carmo
Coimbra – Pedro Coimbra
Faro – Jamila Madeira
Leiria – António Sales
Lisboa – João Soares e Joaquim Raposo
Porto – José Luís Carneiro e João Paulo Correia
Porto – Ricardo Bexiga
Santarém – António Gameiro
Viana do Castelo – José Manuel Carpinteira
Vila Real – Francisco Rocha
Viseu – António Borges

Deputados do PS/Açores:
(O novo líder do PS/Açores manifestou-se contra uma aliança à esquerda)
Carlos César (Convencer este está fora de hipótese)
Lara Martinho (dificil)
João Castro (dificil)

Deputado do PAN:
André Silva (O Costa já se reuniu com ele, mas ele ainda não disse publicamente o que ia fazer.
O Passos já devia ter-se reunido com ele. Foi o Passos que foi mandatado pelo PR para fazer um governo estável, mas foi o Costa quem mais tem feito para ser primeiro ministro) (poderá optar por abster-se não participando na guerra entre a direita e a esquerda).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 14:38:40
A Catarina a dar o recado ao Cassete Girómino!

Bloco diz que acordo à esquerda só faz sentido a três ([url]http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/legislativas-2015/2015-11-01-Bloco-diz-que-acordo-a-esquerda-so-faz-sentido-a-tres[/url])

E se não houver acordo com o PC? Será que Costa arrisca chumbar o programa do governo e depois não ter acordo para levar ao PR?
Seria o descrédito total dele, do PS e da esquerda!! Abriría uma guerra na esquerda Portuguesa, provavelmente não haveria tempo para um congresso extraordinário no PS e Costa iria a eleições outra vez! Uma festa para a direita!!


Se não houver acordo de esquerda ou se a moção de rejeição não for aprovada, o Costa deixaria muito provavelmente de ser líder do partido. Ele já não poderá recuar sem ficar mal visto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-01 15:52:01
A Catarina a dar o recado ao Cassete Girómino!

Bloco diz que acordo à esquerda só faz sentido a três ([url]http://sicnoticias.sapo.pt/especiais/legislativas-2015/2015-11-01-Bloco-diz-que-acordo-a-esquerda-so-faz-sentido-a-tres[/url])

E se não houver acordo com o PC? Será que Costa arrisca chumbar o programa do governo e depois não ter acordo para levar ao PR?
Seria o descrédito total dele, do PS e da esquerda!! Abriría uma guerra na esquerda Portuguesa, provavelmente não haveria tempo para um congresso extraordinário no PS e Costa iria a eleições outra vez! Uma festa para a direita!!

É o que diz o Neo. Vai custar os olhos da cara ao Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-11-01 15:53:17
Quem tem brilhado? Nem é o Costinha do castelo, mas os olhos bonitos da Catarina!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-01 16:03:51
O acordo de esquerdas parece uma fraude que só serve para o PS entrar no governo e a coligação de direita sair. O objetivo de CDU e BE é apenas tirar Passos e Portas de lá e o objetivo do PS é governar sozinho e que a CDU e BE não votem a favor de nenhuma moção de rejeição ou censura, quando o PS estiver no governo.
Na prática, é só isso que é necessário para o PS continuar no governo.

Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleição, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.

E depois disso o PS depende da boa vontade do Cavaco. O governo de gestão está praticamente fora de hipótese. É provavelmente inconstitucional e nunca aconteceu, depois de um governo cair no parlamento. Mas se o Cavaco continuar a achar que o acordo é incoerente e inconsistente ele pode depois dar posse a um outro primeiro ministro de direita, como Rui Rio ou Manuel Ferreira Leite...


de mal pior

o povo votou no primeiro menistro

tirar passos e por la outro e ainda pior

Concordo que não é uma boa solução, mas não excluo ainda essa hipótese. 
Vai depender do acordo e da vontade do Cavaco.
Essa solução seria provavelmente temporária até poder haver novas eleições.


O Cavaco tem ainda uma outra solução que é demitir-se para que as eleições presidências e por consequência as legislativas aconteçam mais rapidamente, mas esta hipótese é apenas teórica, pois o Cavaco não deve se quer pensar em demitir-se.

Sem um acordo muito forte, como é que o PCP e BE deixam passar a reimplementação das medidas de austeridade que de outra forma desapareceriam?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-01 16:05:42
a esquerda portuguesa eh uma fraude autentica
no caso do bloco as medidas destinam-se a devolver dinheiro a pessoas que ja estao no topo dos rendimentos

Esta não percebi...

É literalmente como dito pelo Neo. Os cortes que se querem repor incidiam sempre sobre os rendimentos mais elevados, ou seja, aqueles que estão no topo dos rendimentos.

Basicamente é isso que o BE e PCP estão a defender -- isso e o aumento de desigualdade inerente, entenda-se.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-01 16:11:39
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 16:39:25
O acordo de esquerdas parece uma fraude que só serve para o PS entrar no governo e a coligação de direita sair. O objetivo de CDU e BE é apenas tirar Passos e Portas de lá e o objetivo do PS é governar sozinho e que a CDU e BE não votem a favor de nenhuma moção de rejeição ou censura, quando o PS estiver no governo.
Na prática, é só isso que é necessário para o PS continuar no governo.

Mas primeiro vamos ver se a moção de rejeição vai ser aprovada. Na eleição do Carlos César, braço direito de António Costa, como líder do grupo parlamentar do PS, houve 5 deputados que votaram contra a sua eleição, 9 que votaram em branco e 1 que não votou.

E depois disso o PS depende da boa vontade do Cavaco. O governo de gestão está praticamente fora de hipótese. É provavelmente inconstitucional e nunca aconteceu, depois de um governo cair no parlamento. Mas se o Cavaco continuar a achar que o acordo é incoerente e inconsistente ele pode depois dar posse a um outro primeiro ministro de direita, como Rui Rio ou Manuel Ferreira Leite...



de mal pior

o povo votou no primeiro menistro

tirar passos e por la outro e ainda pior


Concordo que não é uma boa solução, mas não excluo ainda essa hipótese. 
Vai depender do acordo e da vontade do Cavaco.
Essa solução seria provavelmente temporária até poder haver novas eleições.


O Cavaco tem ainda uma outra solução que é demitir-se para que as eleições presidências e por consequência as legislativas aconteçam mais rapidamente, mas esta hipótese é apenas teórica, pois o Cavaco não deve se quer pensar em demitir-se.


Sem um acordo muito forte, como é que o PCP e BE deixam passar a reimplementação das medidas de austeridade que de outra forma desapareceriam?


Para CDU e BE pode já ser uma vitória tirar de lá Passos e Portas, independentemente do governo cair ou não depois. Existe uma má relação entre os lideres dos partidos de direita e os lideres dos partidos de esquerda, isso tb é por culpa de Passos e Portas que desprezaram esses partidos quando estiveram no governo. Isso foi um erro. Mesmo que fosse muito dificil de acordar seja o que for com esses partidos, deviam ter-se reunido algumas vezes.
Para além das questões politicas, existe essa grande animosidade entre lideres, que acho que é o que une a esquerda neste momento.


No entanto, o Cavaco provavelmente só dará posse a um governo que prometa respeitar o que deixo a seguir. O Cavaco disse isso para o governo da coligação de direita e para um governo de esquerda será igual. Muitas dessas coisas sabe-se que tanto CDU nem BE aceitam, mas como esses partidos não vão para o governo, pode talvez bastar que eles se comprometam a não deitar abaixo o governo PS durante alguns meses.

Acho que se o Cavaco pudesse marcar já novas eleições, o PS nunca iria para o governo desta forma sem haver novas eleições, sobretudo pq o PS não falou dessa hipótese na campanha eleitoral, mas assim tudo pode acontecer.

Citar
Exige-se ao Governo que agora toma posse que respeite as regras europeias de disciplina orçamental aplicáveis aos países da Zona Euro e subscritos pelo Estado português, nomeadamente o Pacto de Estabilidade e Crescimento, os pacotes legislativos denominados «Six Pack» e «Two Pack» e o Tratado Orçamental, de modo a que Portugal saia rapidamente do Procedimento por Défice Excessivo, reduza o rácio da dívida pública e alcance o objetivo de médio prazo fixado para o défice estrutural.

Exige-se, igualmente, que o Governo respeite os compromissos assumidos pelo Estado português no âmbito da União Bancária, e assegure uma participação ativa e construtiva na negociação da Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento, de modo a melhorar as condições de competitividade dos produtos portugueses nos mercados norte-americanos.

[url]http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=97376[/url] ([url]http://www.presidencia.pt/?idc=22&idi=97376[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 17:24:06
Aqui explicam o que significa as exigências de Cavaco.

Citar
Os 5 mandamentos que Cavaco impôs a (Passos) Costa
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/os-5-mandamentos-que-cavaco-impos-a-passos-costa_233257.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/os-5-mandamentos-que-cavaco-impos-a-passos-costa_233257.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-01 20:43:28
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.

Mas. por outro lado, não serão esses os afectados pelo "reajustamento" dos escalões do IRS proposto pelo PS?
Poderão dar com uma mão e tirar com a outra.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-01 20:51:48
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.


Mas. por outro lado, não serão esses os afectados pelo "reajustamento" dos escalões do IRS proposto pelo PS?
Poderão dar com uma mão e tirar com a outra.

Os de 5K mensais já não devem sofrer a não ser que ainda metam uma taxa acima de 45%. Eu acho que os escalões, se é para beneficiar os rendimentos mais baixos, deverão ser introduzidos entre os 7K e os 20K anuais e talvez mais um entre 20K e 40K.
http://www.economias.pt/escaloes-de-irs-2015/ (http://www.economias.pt/escaloes-de-irs-2015/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Mystery em 2015-11-01 21:50:06
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.

O Francisco Louçã, há uns anos atrás, defendia a taxação violenta de quem tivesse casas de luxo... as que estivessem avaliadas acima de 100K
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-01 21:52:03
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.

O Francisco Louçã, há uns anos atrás, defendia a taxação violenta de quem tivesse casas de luxo... as que estivessem avaliadas acima de 100K

isso era comprar  uma guerra

ate comunas sabem nao devem  meter o nariz na casa das pessoas

direito pequena propriadade os do PCP aceitaram meter isso na constituiçao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-01 21:59:20
andam por ai informacoes que o "acordo de esquerda" nem sequer vai incluir um unico orcamento, apenas a viabilizacao do governo

se for assim a coisa torna-se numa fraude ainda maior, cavaco nao pode indigitar o costa

estaria a empossar um governo minoritario, sem apoio no parlamento e que perdeu as eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-01 22:04:26
Para o BE quem ganha uma pensão de 5K não é rico. Os ricos são o Amorim, Belmiro, soares dos santos e companhia. A maioria das pessoas nem percebe a injustiça que o BE defende.

O Francisco Louçã, há uns anos atrás, defendia a taxação violenta de quem tivesse casas de luxo... as que estivessem avaliadas acima de 100K

isso era comprar  uma guerra

ate comunas sabem nao devem  meter o nariz na casa das pessoas

direito pequena propriadade os do PCP aceitaram meter isso na constituiçao

As ideias anarco-sindicalistas do Louçã ainda têm muita força no BE, são ideias destrutivas , anti-capital,
anti-empreendedorismo e de nítida dependência de um pensamento "virtuoso" e "incontestável" .
É assim que eles se definem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-01 23:31:34
andam por ai informacoes que o "acordo de esquerda" nem sequer vai incluir um unico orcamento, apenas a viabilizacao do governo

se for assim a coisa torna-se numa fraude ainda maior, cavaco nao pode indigitar o costa

estaria a empossar um governo minoritario, sem apoio no parlamento e que perdeu as eleicoes

O rumor que ouvi na TV é que vão haver 3 acordos. Um acordo entre PS e BE, entre PS e CDU, e outro entre BE e CDU, e que curiosamente o acordo entre BE e CDU é o que estava a ser mais dificil. Não sei é se vão tornar os acordos públicos. Mas é óbvio que o primeiro orçamento do governo de esquerda seria aprovado. Não faz sentido ser de outro modo.
O que poderia estar em causa são as exigências europeias que o Cavaco tem repetido nos discursos e que tanto BE como CDU já disseram que não concordam, mas mesmo isso pode não ser motivo para o Cavaco recusar o governo minoritário de PS, pq o PS compromete-se a cumprir essas exigências.

Mas isso são questões para se falar depois da moção de rejeição. Se houver 8 deputados do PS que se abstenham na moção de rejeição e o deputado do PAN tb se abstiver o governo de direita continua em funções. Não é provável, mas pode acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-02 09:13:50
.....enquanto uns preparam "acordos" outros os desfazem.....eh.eh.... ::)


http://www.publico.pt/politica/noticia/psd-e-cds-desfazem-acordo-de-governo-mas-sao-oposicao-unida-1713022?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29 (http://www.publico.pt/politica/noticia/psd-e-cds-desfazem-acordo-de-governo-mas-sao-oposicao-unida-1713022?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+PublicoPolitica+%28Publico.pt+-+Pol%C3%ADtica%29)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-02 10:48:02
Esta já se tornou numa neo liberal, preocupada com as contas públicas e com a economia. Só falta o Jerónimo começar a falar em controlar o défice e a dívida.
http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/ (http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-02 13:36:01
Esta já se tornou numa neo liberal, preocupada com as contas públicas e com a economia. Só falta o Jerónimo começar a falar em controlar o défice e a dívida.
[url]http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/01/catarina-martins-assume-acordo-de-governo-mas-sem-detalhes/[/url])


Há um Ministério recentemente criado pelo Dr. Passos Coelho que lhe cabia que nem uma luva...  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-02 13:50:19
andam por ai informacoes que o "acordo de esquerda" nem sequer vai incluir um unico orcamento, apenas a viabilizacao do governo

se for assim a coisa torna-se numa fraude ainda maior, cavaco nao pode indigitar o costa

estaria a empossar um governo minoritario, sem apoio no parlamento e que perdeu as eleicoes

O rumor que ouvi na TV é que vão haver 3 acordos. Um acordo entre PS e BE, entre PS e CDU, e outro entre BE e CDU, e que curiosamente o acordo entre BE e CDU é o que estava a ser mais dificil. Não sei é se vão tornar os acordos públicos. Mas é óbvio que o primeiro orçamento do governo de esquerda seria aprovado. Não faz sentido ser de outro modo.
O que poderia estar em causa são as exigências europeias que o Cavaco tem repetido nos discursos e que tanto BE como CDU já disseram que não concordam, mas mesmo isso pode não ser motivo para o Cavaco recusar o governo minoritário de PS, pq o PS compromete-se a cumprir essas exigências.

Mas isso são questões para se falar depois da moção de rejeição. Se houver 8 deputados do PS que se abstenham na moção de rejeição e o deputado do PAN tb se abstiver o governo de direita continua em funções. Não é provável, mas pode acontecer.

Se esse for o cenário efectivo, serei o primeiro a dizer que é uma vergonha. É uma vergonha que os três partidos não se entendam de outra maneira, pelos menos face ao que está em jogo. Um acordo de entendimento com as eventuais grande linhas orientadoras não faz sentido de uma maneira que não seja todos sentados à mesma mesa e a debruçarem-se sobre um único documento comum. Qualquer outra solução me parece um péssimo princípio (dentro de um cenário governativo que para mim é 100% legítimo), e sobretudo um primeiro mau sinal passado ao povo português e aos mercados. *

Do ponto de vista estritamente partidário, se não houver acordo a três, cada um dos partidos envolvidos sairá imensamente fragilizado. E é algo que não se esquece nem se desculpa quando houver novas eleições.

----EDITADO---

* Qualquer pessoa sabe como funcionam as "conversas paralelas". Ter acordos e conversas bilaterais numa relação a três é a forma mais rápida para haver segredos, traições e desentendimentos. Imaginem como se passará algo do género num cenário partidário, já de si imensamente propenso a interesses e intrigas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-02 13:55:55
Estamos falar dois partidos comunistas
e um social democrata

ate parece voces acreditam isto unir  esquerda  pelos mesmos valores  e facil

algum deles vai por socialismo sovitico/ social democracia na gaveta!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-02 13:56:43
Não me admira que haja uma troca da tonalidade politica:

1) A esquerda no poder com um discurso neo-liberal.
2) A direita na oposição com o discurso da esquerda tradicional.

Se assim for, o critério claramente é:

1) Partidos no poder com discursos e actuações neo-liberais.
2) Partidos na oposição com discursos de esquerda.


Este critério ainda não é perceptível pelos eleitores.
Quando for... a taxa dos abstencionistas sobe.

Talvez seja por isso que já há opiniões de que o voto devia ser obrigatório como no Brasil.


    :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-02 14:00:26
Estamos falar dois partidos comunistas
e um social democrata

ate parece voces acreditam isto unir  esquerda  pelos mesmos valores  e facil

algum deles vai por socialismo sovitico/ social democracia na gaveta!

Fácil não é de certeza---nem estou a dizer que seja. Estou antes a dizer que se é mesmo para chegarem a um acordo (isto é, se todos estão dispostos a fazer concessões nesse sentido, e se todos desejam mesmo um entendimento), então que seja um acordo que faça um mínimo de sentido. Não considero que três acordos bilaterais, em substituição de um único acordo, seja melhor do que nada. Se o cenário for esse, prefiro o "nada".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-02 14:06:27
Não me admira que haja uma troca da tonalidade politica:

1) A esquerda no poder com um discurso neo-liberal.
2) A direita na oposição com o discurso da esquerda tradicional.

Se assim for, o critério claramente é:

1) Partidos no poder com discursos e actuações neo-liberais.
2) Partidos na oposição com discursos de esquerda.



Este critério ainda não é perceptível pelos eleitores.
Quando for... a taxa dos abstencionistas sobe.

Talvez seja por isso que já há opiniões de que o voto devia ser obrigatório como no Brasil.

    :D

Para mim a jogada do Costa foi sempre a fazer algo deste género, não de forma tão vincada como sugeres (que implicasse uma troca de posições e ideologias com a direita), mas de forma a conseguir governar perto daquilo que seria um eventual programa de "centro conjunto" entre PS e Paf, tendo pelo meio de conseguir convencer os dois partidos comunistas em troca de algumas pequenas concessões. Ou seja, o Costa assim garante duas coisas: 1 - governa de acordo com esse eventual programa de centro, 2 - Fica com os jobs e os tachos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-02 14:14:24
Não me admira que haja uma troca da tonalidade politica:

1) A esquerda no poder com um discurso neo-liberal.
2) A direita na oposição com o discurso da esquerda tradicional.

Se assim for, o critério claramente é:

1) Partidos no poder com discursos e actuações neo-liberais.
2) Partidos na oposição com discursos de esquerda.



Este critério ainda não é perceptível pelos eleitores.
Quando for... a taxa dos abstencionistas sobe.

Talvez seja por isso que já há opiniões de que o voto devia ser obrigatório como no Brasil.

    :D

Para mim a jogada do Costa foi sempre a fazer algo deste género, não de forma tão vincada como sugeres (que implicasse uma troca de posições e ideologias com a direita), mas de forma a conseguir governar perto daquilo que seria um eventual programa de "centro conjunto" entre PS e Paf, tendo pelo meio de conseguir convencer os dois partidos comunistas em troca de algumas pequenas concessões. Ou seja, o Costa assim garante duas coisas: 1 - governa de acordo com esse eventual programa de centro, 2 - Fica com os jobs e os tachos.

concordo menos na parte riscada :-X
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-03 11:42:54
Mais um bom artigo do Rui Ramos


Citar
NOVO GOVERNO
A próxima golpada

Rui Ramos 

Em Portugal, não entrámos numa época de polarização política, mas de golpismo parlamentar e de confusão ideológica. O perigo não é a guerra civil, mas o apodrecimento do regime.


Vivemos há um mês no país dos cenários. Subitamente, tudo se tornou possível. Pela primeira vez, a democracia portuguesa pode ser governada por quem perdeu as eleições. Para chegarem ao poder, os derrotados de 4 de Outubro prestaram-se à mais extraordinária ginástica: António Costa esqueceu o seu precioso plano Centeno, o BE rifou a  intransigente oposição ao Tratado Orçamental, e o PCP pôs no sótão a sua implacável campanha contra o euro – em conjunto, renegaram todas as propostas e bandeiras com que pediram votos e convenceram os eleitores. Quem votou no PS porque era um “partido do centro”, vê-o agora a perfilhar as bolas que o BE e o PCP lhe atiram; quem votou no BE e no PCP porque eram “contra tudo”, vê-os agora a aceitar tudo. O poder corrompe, e o poder de uma maioria parlamentar forjada no desespero e no cinismo da derrota, corrompe muito mais.

António Costa transformou um dos maiores fracassos da política portuguesa numa vitória: é como se D. Sebastião, depois de perder em Alcácer-Quibir, tivesse reaparecido como sultão de Marrocos. Ora, o que custa, nestas coisas, é a primeira vez. Uma golpada nunca é a última golpada. Qual é a próxima? O PCP e o BE vão “entalar” o PS? Ou é Costa quem vai “entalar” o PCP e o BE? As pensões e os salários sobem mesmo, ou isso é apenas outro embuste, para cair em Janeiro, a pretexto dos “mercados” e da “Europa”? Manter-se-á Costa fiel aos seus parceiros de ocasião, ou tentará mudar de montada e obrigar o PSD e o CDS, com a ajuda de Bruxelas e do próximo presidente da república, a assumir a “responsabilidade” de lhe viabilizar o governo? As esquerdas serviram-lhe para chegar ao poder; vai a direita servir-lhe para lá ficar? Ninguém sabe. Nada, a partir de agora, é impossível.

Quem pensa que em Portugal entrámos numa época de polarização e de ideologia, está talvez enganado. Entrámos na época do golpismo parlamentar e da confusão ideológica. O perigo não é a guerra civil, mas o apodrecimento do regime através da quebra de todas as regras e da degradação de todos os projectos. A política desligou-se da sociedade. A velha regra do vencedor das eleições governar tinha uma razão de ser. Não era só permitir governos minoritários num sistema que dificulta maiorias absolutas. Era mais do que isso: era manter alguma relação, mesmo que esforçada, entre o voto e as soluções de governo. Quando, a meio da noite eleitoral, os resultados ficavam definidos, o eleitor podia ir para a cama, porque já sabia quem iria ser o primeiro-ministro. O cidadão tinha assim a sensação de haver decidido o governo. Isso acabou. A partir de agora, o eleitor vota, mas sem ideia nenhuma do que pode resultar desse voto: tudo dependerá das intrigas e das combinações dos chefes políticos.

Entre o eleitor e o governo, a oligarquia inseriu o parlamento como uma camada intermédia de enredo e de manipulação, onde os derrotados se transformam em vencedores e os partidos anti-euro reaparecem como partidos do euro. Para a metamorfose da nossa política estar completa, falta apenas a atomização dos partidos em pequenos grupúsculos imprevisíveis. Então, as possibilidades de combinação serão ainda mais infinitas e vertiginosas.

Em Portugal, a oligarquia libertou-se dos eleitores. Atreveu-se a isso, porque imagina que já não tem diante de si cidadãos, mas apenas dependentes do Estado, que pode rebaixar à vontade. No meio disto, estão os grandes interesses (empresariais, corporativos, sindicais), cuja margem de manobra vai aumentar, e os grandes ingénuos, convencidos que isto é a “democracia”, quando é apenas a podridão.

[url]http://observador.pt/opiniao/a-proxima-golpada/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/a-proxima-golpada/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-03 12:19:25
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-03 12:22:54
São 3 artigos de opinião dos mesmos imbecis que não viram a falência de 2011.

E que secalhar depois culparam a correr os mercados financeiros e a alemanha.

Ignorância que assola este país é terrível. Esperança a olhar para 3 partidos de extrema esquerda a discutir formas de subir despesa pública seria de rir se não tivesse como consequência a 4ª falência da esquerdalha.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-03 12:32:14
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Jsebastião, eu considero-me uma pessoa ponderada, sou muito curioso e gosto de ouvir a opinião de todos. Por isso, se me permites a liberdade, gostaria de saber a tua opinião do que poderia ser um bom governo de esquerda? Ou indo mesmo mais longe, um que superasse as expectativas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-03 12:55:52
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Jsebastião, eu considero-me uma pessoa ponderada, sou muito curioso e gosto de ouvir a opinião de todos. Por isso, se me permites a liberdade, gostaria de saber a tua opinião do que poderia ser um bom governo de esquerda? Ou indo mesmo mais longe, um que superasse as expectativas.

Estou sem tempo agora para uma resposta mais longa, e responderei com gosto mais tarde.

Um primeiro ponto que me parece essencial para um bom governos de esquerda: entendimento, abertura, confiança e respeito entre todas as parte envolvidas, de modo a poder haver condições para criar compromissos duradouros. Sem estas bases, não pode haver um "bom governo de esquerda".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 13:09:55
Unir  Comunistas e Democratas  durante 4 anos so com politicas populares

e muita abundancia e solidariedade do BCE  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 14:12:29
Citar
Disseram aos burros que as auto-estradas eram sem custos, e os burros acreditaram. Disseram-lhes que o investimento público se pagaria a si próprio e os burros pediram mais. Disseram aos burros que viveriam mais tempo, reformar-se-iam mais cedo e receberiam mais, e os burros acreditaram. Disseram aos burros que a culpa era das agências de rating, que o palheiro estava bem e que não havia nada com que se preocupar, e os burros zurraram contra as agências de rating. Disseram aos burros que bastava o PEC I, depois que bastava o PEC II, depois que bastava o PEC III, mas eles ainda hoje acreditam que teria bastado o PEC IV. Os burros acreditaram sem questionar que era possível escapar sem cortar na ração. Os burros acreditavam que o cavalo dourado vivia à custa da mãe, depois de um empréstimo, depois que o amigo lhe emprestava milhões e agora acham que é tudo culpa dos jornais. Os burros acreditaram que Hollande e Tsipras iriam violar as regras da matemática e ainda hoje acham que foi a matemática que fez jogo sujo. Quando Varoufakis lhes disse que poderiam ser cavalos se relinchassem alto suficiente, os burros cumpriram as instruções.

Os burros acham que a palha é grátis. Mas se parassem um momento para olhar para trás, veriam que não só a palha não é grátis como são eles que a carregam no lombo. A deles e a dos cavalos que os vão conseguindo enganar.
Carlos Guimarães Pinto
[url]http://oinsurgente.org/2015/11/03/os-burros/[/url] ([url]http://oinsurgente.org/2015/11/03/os-burros/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-11-03 14:23:08
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Jsebastião, eu considero-me uma pessoa ponderada, sou muito curioso e gosto de ouvir a opinião de todos. Por isso, se me permites a liberdade, gostaria de saber a tua opinião do que poderia ser um bom governo de esquerda? Ou indo mesmo mais longe, um que superasse as expectativas.

Estou sem tempo agora para uma resposta mais longa, e responderei com gosto mais tarde.

Um primeiro ponto que me parece essencial para um bom governos de esquerda: entendimento, abertura, confiança e respeito entre todas as parte envolvidas, de modo a poder haver condições para criar compromissos duradouros. Sem estas bases, não pode haver um "bom governo de esquerda".

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-03 14:41:40
Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

Percebemos pelo teu testemunho que tens uma experiência abundante a lidar com funcionários públicos.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-11-03 14:45:11
Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

Percebemos pelo teu testemunho que tens uma experiência abundante a lidar com funcionários públicos.  :D

O que te leva a dizer isso? Por acaso lido, por causa daquilo que faço. Muito trabalho técnico com Câmaras Municipais, Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, Agência Portuguesa do Ambiente, Ministério do Ambiente, Instituto da Mobilidade e Transportes, Direção Geral da Energia. sei do que falo. E tenho muitos amigos que são técnicos e funcionários nestas instituições. Mas se percebes mais do que eu, força aí - relata a tua experiência.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-03 15:47:16
Segundo ponto que me parece essencial para um "bom governo de esquerda": diálogo social.

Diálogo com parceiros e instituições, com sindicatos, com câmaras municipais e até com a própria oposição, que neste caso seria o PSD e o CDS, no sentido de ouvir e de aceitar opiniões e proposta numa base construtiva. Promover uma continuidade e regularidade neste diálogo, e promover bases para um entendimento que envolva a sociedade.

Em termos de abertura e comunicação, é fazer o exacto contrário do que sucedeu nestes últimos quatro anos, basicamente.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 16:11:09
os  sindicatos  sao PS e PCP  e claro que eles aceitam  muito melhor um governo deles


quanto ao resto  o estado vai crescer mais

na França ja gastam mais 50% do PIB

e o Hollande meteu  muitas politicas socialistas na gaveta!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 16:13:03
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 16:16:00

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
É um excelente ponto karnuss. Em países com estados fortes e que funcionam (Suécia ou Bélgica, por exemplo), os directores gerais (e abaixo, claro) são funcionários de carreira e não de nomeação. São pessoas que fazem a sua carreira na administração pública, com o objectivo de servir o cliente (neste caso o cidadão) e seguem as orientação com igual empenho, sejam qual for o partido que estiver no poder.

Cá esses lugares são distribuídos com base em relações, que muitas vezes se iniciam nas juventudes partidárias e concelhias e sobem por aí fora nas estruturas partidárias. Basta ver esta CRESAP que, concorde-se ou não, foi criada para supostamente tornar a administração publica mais independente das nomeações politicas e que tem sido sistematicamente ultrapassada. Então no ministério da SS parece que é um escândalo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 16:17:23
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-11-03 16:25:31

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
É um excelente ponto karnuss. Em países com estados fortes e que funcionam (Suécia ou Bélgica, por exemplo), os directores gerais (e abaixo, claro) são funcionários de carreira e não de nomeação. São pessoas que fazem a sua carreira na administração pública, com o objectivo de servir o cliente (neste caso o cidadão) e seguem as orientação com igual empenho, sejam qual for o partido que estiver no poder.

Cá esses lugares são distribuídos com base em relações, que muitas vezes se iniciam nas juventudes partidárias e concelhias e sobem por aí fora nas estruturas partidárias. Basta ver esta CRESAP que, concorde-se ou não, foi criada para supostamente tornar a administração publica mais independente das nomeações politicas e que tem sido sistematicamente ultrapassada. Então no ministério da SS parece que é um escândalo.

Concordo plenamente. Infelizmente em Portugal deu-se cabo das Direcções Gerais (que funcionavam como descreves lideradas por funcionários de carreira, com um conhecimento profundo sobre as matérias técnicas e os recursos humanos), e substituíram-nas por institutos e empresas públicas, para facilitar a atribuição de tachos - muitas vezes estas empresas e institutos são lideradas por "paraquedistas" sem qualquer conhecimento do local que estão a liderar, das matérias que lá se discutem e das pessoas que lá trabalham. Quando finalmente aprendem e dominam verdadeiramente as questões técnicas/administrativas, mudam de poiso por novo tacho ou mudança de governo. E lá começa tudo de novo... É frustrante ter de estar sempre a começar do início, explicar como funciona, a um chefe "paraquedista" que ainda para mais nos despreza por questões ideológicas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 16:44:42
pelo que dizes  eles so sabem de ideológia   :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-03 17:01:01
Citar
Disseram aos burros que as auto-estradas eram sem custos, e os burros acreditaram. Disseram-lhes que o investimento público se pagaria a si próprio e os burros pediram mais. Disseram aos burros que viveriam mais tempo, reformar-se-iam mais cedo e receberiam mais, e os burros acreditaram. Disseram aos burros que a culpa era das agências de rating, que o palheiro estava bem e que não havia nada com que se preocupar, e os burros zurraram contra as agências de rating. Disseram aos burros que bastava o PEC I, depois que bastava o PEC II, depois que bastava o PEC III, mas eles ainda hoje acreditam que teria bastado o PEC IV. Os burros acreditaram sem questionar que era possível escapar sem cortar na ração. Os burros acreditavam que o cavalo dourado vivia à custa da mãe, depois de um empréstimo, depois que o amigo lhe emprestava milhões e agora acham que é tudo culpa dos jornais. Os burros acreditaram que Hollande e Tsipras iriam violar as regras da matemática e ainda hoje acham que foi a matemática que fez jogo sujo. Quando Varoufakis lhes disse que poderiam ser cavalos se relinchassem alto suficiente, os burros cumpriram as instruções.

Os burros acham que a palha é grátis. Mas se parassem um momento para olhar para trás, veriam que não só a palha não é grátis como são eles que a carregam no lombo. A deles e a dos cavalos que os vão conseguindo enganar.
Carlos Guimarães Pinto
[url]http://oinsurgente.org/2015/11/03/os-burros/[/url] ([url]http://oinsurgente.org/2015/11/03/os-burros/[/url])



É um manifesto da classe?  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 17:04:52
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais


Sim, essa noticia é interessante:

Citar
"Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento".

"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido duradouro e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.

O presidente do Grupo Parlamentar insistiu neste ponto: "Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição se não tivermos em simultâneo a garantia que temos uma alternativa acordada e consolidada com os restantes partidos políticos".

Continuo a considerar que um "acordo de mínimos" entre o PS, BE e o PCP já deve existir. Mas este discurso do Carlos César parece-me indicar uma alteração na posição do PS... é um recuo face ao que ouvimos anteriormente e depois do PS ter estado nos últimos dias muito contido nos discursos.

É claramente um discurso mais moderado e até volta a colocar a "hipótese" de que o PS poderá viabilizar este governo.

Muito interessante...

Pode ser uma eventual alteração da estratégia (uma tentativa de voltar ao discurso e à posição inicial) ou apenas uma forma de valer-se deste argumento para pressionar o PCP a não andar para trás.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 17:07:50
 O PCP  e partido comunista mais forte europa e teimoso

tem muito perder!


O Costa vai ter ser mais comunista que o Soares :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-11-03 17:11:44
O PCP  e partido comunista mais forte europa e teimoso

tem muito perder!


O Costa vai ter ser mais comunista que o Soares :D

O Costa tem que meter uma cunha no Partido Comunista Brasileiro para convencer o Jerónimo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-03 17:12:18
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

João,

Vamos lá encerrar essa falácia.
O que o PS tem que cumprir é o programa de governo com que se apresentou a eleições.
Se para tal, precisa de se coligar como BE e o PCP, está a fazer tudo o que pode, para cumprir esse programa.
Essa é a única promessa que é para cumprir.
As alianças que tem que fazer, são meios, para cumprir esse programa. Sem coligação haveria zero possibilidades de cumprimento.

Vou dizer outra vez: a única promessa que qualquer partido tem que fazer, é o cumprimento integral do  seu programa de governo.
nenhum partido tem que avisar ou deixar de avisar que fará tudo para cumprir essa promessa, incluindo coligações. Está implícito!
neste caso, a única forma que o Costa encontra para cumprir o programa, é coligar-se.

A ver se essa falácia se extingue, de uma vez por todas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 17:18:01
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa que o PS apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

É normal os partidos alterarem o Programa de Governo uma vez eleitos. Foi feito em quase todas as legislativas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 17:18:45
programa de governo do PS era QUASE  igual  PSD/CDS

o que vai sair daqui vai ser bem mais estilo do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-03 17:21:24
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-03 17:23:46
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L

o que eu estou a argumentar é que
Citação de: João-D
embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda
é uma falácia.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 17:23:57
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L

pode dizer foi tirar da gaveta o Socialismo marxista do Soares
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 17:25:15
programa de governo do PS era QUASE  igual  PSD/CDS

o que vai sair daqui vai ser bem mais estilo do PCP

O PCP pretende essencialmente 3 coisas:

1- Aumento do salario minimo para os 600€
2- Reversão das concessões e das privatizações realizadas
3- Defesa da Contratação Colectiva.

Penso que seja a primeira que neste momento deverá estar a dar muitos problemas....

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 17:28:04
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

João,

Vamos lá encerrar essa falácia.
O que o PS tem que cumprir é o programa de governo com que se apresentou a eleições.
Se para tal, precisa de se coligar como BE e o PCP, está a fazer tudo o que pode, para cumprir esse programa.
Essa é a única promessa que é para cumprir.
As alianças que tem que fazer, são meios, para cumprir esse programa. Sem coligação haveria zero possibilidades de cumprimento.

Vou dizer outra vez: a única promessa que qualquer partido tem que fazer, é o cumprimento integral do  seu programa de governo.
nenhum partido tem que avisar ou deixar de avisar que fará tudo para cumprir essa promessa, incluindo coligações. Está implícito!
neste caso, a única forma que o Costa encontra para cumprir o programa, é coligar-se.

A ver se essa falácia se extingue, de uma vez por todas.

L

Lark, lê melhor o que escrevi. Eu não critiquei a coligação, antes pelo contrário, disse que a coligação PS + CDU + BE era aceitável.
O que disse que era muito pouco aceitável era o PS governar sozinho, não coligado no governo com CDU e BE, quando teve menos votos e tem menos deputados do que PSD+ CDS.

O que falam na comunicação social é que vai haver um acordo de incidência parlamentar e que o PS vai para o governo sozinho, e isso não é uma coligação.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 17:36:48
se PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado

quando  programa era quase igual PSD/CDS


para eleitores e fraude.


Se para tal, precisa de se coligar PSD/CDS,  NAO  está a fazer tudo o que pode
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 17:38:09
Lark,

As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa do PS que apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

Podem, claro.
e aí poderá haver razão de dizer que o PS se prepara para governar com um programa que não foi sufragado.
não torna o governo ilegítimo, mas pelo menos poder-se-á dizer isso.
dizer que o PS não avisou que se ia coligar, é que é completamente irrelevante.

L

Percebo o argumento.

Não considero que seja errado o PS tentar coligar-se para tentar formar governo - se o governo da PaF cair.

Considerava errado se a PaF - tendo sido a força mais votada, não fosse chamada a tentar formar governo primeiro. E também considerava errado que o PS ou outra força partidária, tentasse formar governo sem ele próprio poder ser uma alternativa real (coligado ou sozinho).

Considero errado também (por outras razões) que o PS e a PaF não tenham tentado realmente criar um entendimento tendo como objectivo o interesse do país.

Considero errado rejeitar um Governo apenas por ser de "direita", como anunciaram imediatamente o PCP e o BE logo na noite das eleições e sem haver uma tentativa primeiro de tentar algum entendimento ou negociação.

Mas se o Programa de Governo cair, não houver hipótese de eleições e se o PS realmente conseguir formar uma alternativa real, então não posso deixar de aceitar o resultado e de considerar isso como parte das regras do "jogo".

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 17:42:58
As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa que o PS apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

É normal os partidos alterarem o Programa de Governo uma vez eleitos. Foi feito em quase todas as legislativas.
Exacto. Daí que um partido que altere o programa de governo no qual os eleitores votaram já é, por si só, uma fraude porque não foi naquilo que os eleitores votaram. Isto é inquestionável. Se um programa tem a medida A + B e no final vão fazer C + D é uma fraude eleitoral, por muito parecido que seja ao inicial.
Pior ainda se na campanha não dizem que podem vir a coligar-se com outros partidos e ter de adaptar o programa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-03 17:45:13
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

João,

Vamos lá encerrar essa falácia.
O que o PS tem que cumprir é o programa de governo com que se apresentou a eleições.
Se para tal, precisa de se coligar como BE e o PCP, está a fazer tudo o que pode, para cumprir esse programa.
Essa é a única promessa que é para cumprir.
As alianças que tem que fazer, são meios, para cumprir esse programa. Sem coligação haveria zero possibilidades de cumprimento.

Vou dizer outra vez: a única promessa que qualquer partido tem que fazer, é o cumprimento integral do  seu programa de governo.
nenhum partido tem que avisar ou deixar de avisar que fará tudo para cumprir essa promessa, incluindo coligações. Está implícito!
neste caso, a única forma que o Costa encontra para cumprir o programa, é coligar-se.

A ver se essa falácia se extingue, de uma vez por todas.

L

Lark, lê melhor o que escrevi. Eu não critiquei a coligação, antes pelo contrário, disse que a coligação PS + CDU + BE era aceitável.
O que disse que era muito pouco aceitável era o PS governar sozinho, não coligado no governo com CDU e BE, quando teve menos votos e tem menos deputados do que PSD+ CDS.

O que falam na comunicação social é que vai haver um acordo de incidência parlamentar e que o PS vai para o governo sozinho, e isso não é uma coligação.

joão,
a falácia que eu estou a referir é apenas
Citar
embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral
.
não pode. não faz sentido.
o PS coligar-se-á para poder cumprir o seu programa de governo.
que é a única coisa deve ser exigido, a qualquer partido.

se para cumprir tem que fazer acordos, de governo ou parlamentares, não está  a fazer mais do que a sua obrigação para com o eleitorado.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 17:50:01
so  se for  eleiturado com tachos  ;D

porque  mudar para politicas a PCP?


quando o centro psd/cds/ps defende a mesma coisa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-03 17:51:00
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

Concordo, esse É um cenário que o Presidente poderia bloquear, e seria justo se o fizesse. E curiosamente neste momento também parece o cenário mais provável ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-03 17:53:00

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.
É um excelente ponto karnuss. Em países com estados fortes e que funcionam (Suécia ou Bélgica, por exemplo), os directores gerais (e abaixo, claro) são funcionários de carreira e não de nomeação. São pessoas que fazem a sua carreira na administração pública, com o objectivo de servir o cliente (neste caso o cidadão) e seguem as orientação com igual empenho, sejam qual for o partido que estiver no poder.

Cá esses lugares são distribuídos com base em relações, que muitas vezes se iniciam nas juventudes partidárias e concelhias e sobem por aí fora nas estruturas partidárias. Basta ver esta CRESAP que, concorde-se ou não, foi criada para supostamente tornar a administração publica mais independente das nomeações politicas e que tem sido sistematicamente ultrapassada. Então no ministério da SS parece que é um escândalo.

Concordo plenamente. Infelizmente em Portugal deu-se cabo das Direcções Gerais (que funcionavam como descreves lideradas por funcionários de carreira, com um conhecimento profundo sobre as matérias técnicas e os recursos humanos), e substituíram-nas por institutos e empresas públicas, para facilitar a atribuição de tachos - muitas vezes estas empresas e institutos são lideradas por "paraquedistas" sem qualquer conhecimento do local que estão a liderar, das matérias que lá se discutem e das pessoas que lá trabalham. Quando finalmente aprendem e dominam verdadeiramente as questões técnicas/administrativas, mudam de poiso por novo tacho ou mudança de governo. E lá começa tudo de novo... É frustrante ter de estar sempre a começar do início, explicar como funciona, a um chefe "paraquedista" que ainda para mais nos despreza por questões ideológicas.

É devido ao fenómeno que debatem que existem milhares de tachos para distribuir. E também é devido a existirem milhares de tachos para distribuir, que "político" é uma carreira viável e que muitas pessoas se baseiam nisso para conseguirem um melhor nível de vida para si.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 17:54:56
Nem pensar que o Cavaco indigita o Costa sem um acordo com algum detalhe, que envolva a maioria do parlamento. Seria um verdadeiro golpe de estado. Isso nunca vai acontecer. Ficariam estes em gestão até vir o próximo presidente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-03 17:55:11
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais


Sim, essa noticia é interessante:

Citar
"Enquanto não existir um acordo firmado com o PCP e Bloco de Esquerda, não vale a pena valorar o estado das negociações como estando a 90 ou a 40 por cento".

"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido duradouro e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.

O presidente do Grupo Parlamentar insistiu neste ponto: "Não votaremos nem apresentaremos nenhuma moção de rejeição se não tivermos em simultâneo a garantia que temos uma alternativa acordada e consolidada com os restantes partidos políticos".

Continuo a considerar que um "acordo de mínimos" entre o PS, BE e o PCP já deve existir. Mas este discurso do Carlos César parece-me indicar uma alteração na posição do PS... é um recuo face ao que ouvimos anteriormente e depois do PS ter estado nos últimos dias muito contido nos discursos.

É claramente um discurso mais moderado e até volta a colocar a "hipótese" de que o PS poderá viabilizar este governo.

Muito interessante...

Pode ser uma eventual alteração da estratégia (uma tentativa de voltar ao discurso e à posição inicial) ou apenas uma forma de valer-se deste argumento para pressionar o PCP a não andar para trás.

Uma estratégia viável seria deixar o PSD aprovar o OE e DEPOIS derrubá-lo com uma desculpa qualquer. Isto seria bastante confortável para o PS, BE E PCP, pois nenhum deles teria que viabilizar a manutenção das medidas "temporárias" (OE) de austeridade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 17:57:38
As coligações podem implicar uma alteração nos Programas de Governo.

Aliás, se o PS conseguir o apoio do PCP e do BE, deverão facilmente existir várias alterações ao Programa que o PS apresentou nas legislativas.

Mesmo no caso da PaF, e como se poderá antecipar, o Programa de Governo está neste momento a ser "trabalhado" para tentar ir mais ao encontro da aceitação pelo PS.

É normal os partidos alterarem o Programa de Governo uma vez eleitos. Foi feito em quase todas as legislativas.
Exacto. Daí que um partido que altere o programa de governo no qual os eleitores votaram já é, por si só, uma fraude porque não foi naquilo que os eleitores votaram. Isto é inquestionável. Se um programa tem a medida A + B e no final vão fazer C + D é uma fraude eleitoral, por muito parecido que seja ao inicial.
Pior ainda se na campanha não dizem que podem vir a coligar-se com outros partidos e ter de adaptar o programa.

Sim, embora na prática sejam poucos os que votam tendo em atenção o "Programa de Governo".

Não temos esse nível de literacia na política.

Mas concordo que deveria ser submetido na Assembleia exactamente o mesmo programa sem alterações assim que um partido é eleito.

Não quer dizer que esse Programa não venha a sofrer alterações. É perfeitamente normal haver mudanças no decorrer da governação. Nada é imutável.

Mas deveriam haver razões fortes para serem aceites essas alterações.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 18:00:40
Não temos esse nível de literacia na política.

pois nao 
Mas o  povo sabe  diferença entre   politicas comunistas

e politicas  social democrata


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-03 18:02:08

Uma estratégia viável seria deixar o PSD aprovar o OE e DEPOIS derrubá-lo com uma desculpa qualquer. Isto seria bastante confortável para o PS, BE E PCP, pois nenhum deles teria que viabilizar a manutenção das medidas "temporárias" (OE) de austeridade.

O que referes é o que acontece "normalmente" nas situações de governos minoritários.
O último governo do Sócrates foi exactamente isso que aconteceu.

É o deixar arder o governo em "lume brando" até chegar a altura certa que é controlada pela partido na oposição...

Neste caso essa hipótese tem o problema que obriga o António Costa a ter que demitir-se e abrir espaço para outro secretário geral.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-03 18:16:21
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Jsebastião, eu considero-me uma pessoa ponderada, sou muito curioso e gosto de ouvir a opinião de todos. Por isso, se me permites a liberdade, gostaria de saber a tua opinião do que poderia ser um bom governo de esquerda? Ou indo mesmo mais longe, um que superasse as expectativas.

Estou sem tempo agora para uma resposta mais longa, e responderei com gosto mais tarde.

Um primeiro ponto que me parece essencial para um bom governos de esquerda: entendimento, abertura, confiança e respeito entre todas as parte envolvidas, de modo a poder haver condições para criar compromissos duradouros. Sem estas bases, não pode haver um "bom governo de esquerda".

Uma coisa que poderão fazer diferente (e também o atual governo de direita) é serem um pouco menos arrogantes. Não falo dos Ministros e secretários de Estado, mas sim dos tachos de nomeação política (dirigentes de topo e intermédios). Os tipos que foram para lá eram extremamente arrogantes, e aparentemente achavam que os funcionários públicos que tutelavam eram todos um bando de preguiçosos inúteis. E isto foi-me relatado por vários amigos que são técnicos na função pública, em diversos serviços. Até podem achar que um Estado mais pequeno é mais vantajosos (concordo), e que há excesso de FP em algumas áreas (tb concordo),. não podem é chegar aos serviços e humilhar todos os subalternos, tratando-os como madraços incompetentes. Não há ambiente de trabalho e produtividade que resistam...


O próximo governo, seja ele qual for, terá de ter mais cuidado nas nomeações.

A má educação, a arrogância, a falta de humildade é transversal à direita e à esquerda. A título de exemplo, o anterior presidente da CML "convidou"  funcionário da autarquia a irem para as juntas. E não ouve grande hipótese de negociação, explicando-lhes que podiam acabar na mobilidade.

Outro exemplo, é que os primeiros cortes efectuados nos salários foi feito pelo governo PS.

E há mais casos, como os cartazes na campanha do PS, que utilizaram empregados em situação precária.

Por isso, esse argumento para mim não pega.

Prefiro uma besta que diga ao que venha, do que um dissimulado que nos lixa nas costas.

Concordo, contudo, que todas as lideranças devem ser um exemplo. Mas isso não chega para ser um bom governo.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-03 18:35:37
O homem escreve bem, mas usa argumentos "fabricados", que aparentemente derivam apenas do seu desprezo por um governo de acordo entre as esquerdas. Muito em concreto, quando fala em "regra"---essa regra de que fala não existe (existe antes um hábito), tal como não existem os alicerces democráticos para a sustentar.

Por acaso hoje no Público saíram dois ou três artigos de opinião que seria interessante partilhar para contrapor a esse. Não só do ponto de vista argumentatitvo, mas do ponto de vista do olhar de esperança que oferecem sobre os novos horizontes que se aproximam.

Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem a CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

João, em caso de "não acordo", defendo que o PS não chumbe o governo da Paf, de acordo com o que o próprio PS afirmou que faria. Seria uma pena deixar passar tamanha oportunidade, mas é com isso que estou a contar, e aí, sim, passo a considerar ilegítima qualquer solução de governação que com o PS à cabeça.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 19:05:42
Se o PS for para o governo sozinho não será só uma situação que nunca aconteceu em Portugal, como será uma situação rara na Europa, e desconheço se já aconteceu alguma vez.

Se o PS fosse para o governo com CDU e BE, embora se pudesse criticar o PS por não ter falado da hipótese da coligação de esquerda na campanha eleitoral, era aceitável pq PS + CDU + BE tinham mais deputados do que PSD+CDS, mas o PS tirar a hipótese do PSD+CDS governarem, quando o PS tem menos votos e menos deputados do que PSD + CDS, e depois decidir ir para o governo sozinho, sem CDU+BE, é muito pouco aceitável, pelo menos do ponto de vista moral e ético, e acho que o PS poderá pagar por isso numas próximas eleições.

Concordo, esse É um cenário que o Presidente poderia bloquear, e seria justo se o fizesse. E curiosamente neste momento também parece o cenário mais provável ...

Tb acho que seria justo, mas pelas noticias parece que Portas e Passos estão convencidos de que o Cavaco não vai bloquear.
Fala-se que eles planeiam ir para a oposição, o que não é muito normal. Não é muito normal um ex-primeiro ministro ir para a oposição depois de ter estado no governo. Eles provavelmente planeiam isso pq acham que o governo PS não irá durar até ao fim da legislatura e que o PS pagará o preço nas eleições seguintes.

Mas antes da fase de bloquear ou não, vai ser a fase da moção de rejeição ser aprovada ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 19:48:36
João, em caso de "não acordo", defendo que o PS não chumbe o governo da Paf, de acordo com o que o próprio PS afirmou que faria. Seria uma pena deixar passar tamanha oportunidade, mas é com isso que estou a contar, e aí, sim, passo a considerar ilegítima qualquer solução de governação que com o PS à cabeça.

A questão que coloco não é essa.
A questão é simplesmente se o PS planeia ir para o governo sozinho ou acompanhado.
Se for coligado, pode-se aceitar facilmente, pq há várias situações dessas na Europa, mas se for sozinho e só com acordo parlamentar, o Cavaco terá muitos motivos para bloquear o governo PS, pq isso não é normal. Não é normal o partido que perdeu eleições ir governar sozinho tirando a coligação que ganhou as eleições, independentemente desse partido ter conseguido a "proeza" de ter um acordo parlamentar com outros partidos.

Na hipótese do Cavaco não bloquear, ele irá quase de certeza dizer no discurso da tomada de posse do António Costa como primeiro ministro que só não bloqueia pq não pode marcar novas eleições e que as alternativas tinham custos para Portugal. Ele não irá poupar o Costa no discurso que fará, e mais tarde quando houver novas eleições os portugueses poderão decidir de novo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 20:08:33
“Não está nenhum acordo fechado”, diz Carlos César

porra, nunca mais

Já ouvi as declarações.

Seria muito caricato o PS dizer que o acordo estava fechado e depois 8 deputados do PS não votarem favoravelmente à moção de rejeição e com isso o governo não cair. Para não cair são precisos 8 deputados do PS e um do PAN não votarem favoravelmente.

Acho que o PS só vai anunciar que o acordo está fechado se a moção de rejeição for aprovada no parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 22:52:57
"PS pressiona BE e PCP a concluírem acordo"

como eh que isto bate certo com as criticas ao cavaco por nao indigitar o costa?
a politica tem mentira a mais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 23:07:09
"PS pressiona BE e PCP a concluírem acordo"

como eh que isto bate certo com as criticas ao cavaco por nao indigitar o costa?
a politica tem mentira a mais
E andam estes tipos a dizer que é uma perda de tempo porque vai cair. Perda de tempo ? Algum governo tem de haver, nem que seja em gestão. Nesse caso que seja o vencedor das eleições uma vez que ainda não há alternativa de governo no parlamento. Queriam que nomeassem o Costa para um governo de gestão enquanto não se entendia com os comunas ? Grandes aldrabões.

O Costa se não ceder ao PCP vai fazer uma enorme figura triste e sairá pela porta pequena do PS, o que seria mais do que merecido uma vez que foi o maior nabo político desde o 25 de Abril, ao perder a eleições mais fáceis que já se realizaram até hoje.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:11:52
"PS pressiona BE e PCP a concluírem acordo"

como eh que isto bate certo com as criticas ao cavaco por nao indigitar o costa?
a politica tem mentira a mais
E andam estes tipos a dizer que é uma perda de tempo porque vai cair. Perda de tempo ? Algum governo tem de haver, nem que seja em gestão. Nesse caso que seja o vencedor das eleições uma vez que ainda não há alternativa de governo no parlamento. Queriam que nomeassem o Costa para um governo de gestão enquanto não se entendia com os comunas ? Grandes aldrabões.

O Costa se não ceder ao PCP vai fazer uma enorme figura triste e sairá pela porta pequena do PS, o que seria mais do que merecido uma vez que foi o maior nabo político desde o 25 de Abril, ao perder a eleições mais fáceis que já se realizaram até hoje.

o PS veio hoje a publico ameacar o BE e PCP que sem acordo vao deixar a direita governar, haha
estao a ficar nervosos. as negociacoes nao podem estar a correr tao bem como andaram a dizer (mentir)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:21:13
o Costa corre o risco duma humilhacao gigante e os comunistas vao usar isso para o esmifrar todo
vao depenar essa galinha tonta
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 23:24:56
Finalmente uma grande Vitoria para o PCP :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 23:28:37
O PS sempre disse que se não houver acordo deixa a direita governar.

A novidade que pode existir é dizerem que é importante que o acordo seja aclarado (comunicado?!) antes da discussão do programa do governo (segunda feira).

Citar
"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido durador e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.
[url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url] ([url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:32:55
ideias do BE para aumentar impostos:

 IMI (progressividade com quatro escalões), no IRC (progressividade por via de 3 novos escalões), um imposto sobre grandes fortunas (IGF), a reposição do imposto sobre heranças e ainda uma taxa marginal sobre transações financeiras.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:33:46
O PS sempre disse que se não houver acordo deixa a direita governar.

A novidade que pode existir é dizerem que é importante que o acordo seja aclarado (comunicado?!) antes da discussão do programa do governo (segunda feira).

Citar
"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido durador e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.
[url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url] ([url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url])



nao pa, a novidade eh virem a publico pressionar os comunistas com um governo de direita para terem um acordo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-03 23:40:21
ideias do BE para aumentar impostos:

 IMI (progressividade com quatro escalões), no IRC (progressividade por via de 3 novos escalões), um imposto sobre grandes fortunas (IGF), a reposição do imposto sobre heranças e ainda uma taxa marginal sobre transações financeiras.
Neo, é real (foi a Mortágua que disse) ou é especulação tua ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:42:13
ideias do BE para aumentar impostos:

 IMI (progressividade com quatro escalões), no IRC (progressividade por via de 3 novos escalões), um imposto sobre grandes fortunas (IGF), a reposição do imposto sobre heranças e ainda uma taxa marginal sobre transações financeiras.
Neo, é real (foi a Mortágua que disse) ou é especulação tua ?

a mortagua falou nisso numa entrevista, ela disse que as propostas do BE sao todas orcamentalmente neutras e que virao ai aumentos de impostos sobre o capital

as medidas que aqui meti sao especulacao minha baseadas em propostas do BE de 2012
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 23:44:25
O Hollande tambem disse isso

depois meteu grande parte disso na gaveta!


mas  o PS frances e do centro

o Bloco e comunista..
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-03 23:47:33
O PS sempre disse que se não houver acordo deixa a direita governar.

A novidade que pode existir é dizerem que é importante que o acordo seja aclarado (comunicado?!) antes da discussão do programa do governo (segunda feira).

Citar
"Quando houver esse acordo, ele deverá ser comunicado e é importante que esse acordo seja aclarado, evidentemente, antes da discussão do programa do Governo [que se inicia na segunda-feira], porque é esse o compromisso do PS. Nós só nos constituiremos como uma força política que contribui para o derrube do Governo PSD/CDS se formos simultaneamente portadores de uma alternativa responsável, estável, com sentido durador e que proporcione aos portugueses um sentimento de tranquilidade e de confiança", afirmou.
[url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url] ([url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685[/url])



nao pa, a novidade eh virem a publico pressionar os comunistas com um governo de direito para terem um acordo


Olha, pah, não acho que haja novidade em o PS pressionar os outros partidos de esquerda para haver acordo, pq desde das eleições que o PS tem pressionado os outros partidos de esquerda para que haja acordo.


Uma outra novidade que vejo é que o PS pretende apresentar uma moção de rejeição própria. Quer dizer que não vai haver uma moção de rejeição conjunta, mas 3 moções de rejeição. Bastaria uma para fazer o governo cair, mas seria engraçado se as 3 não tivessem aprovação no parlamento.

Citar
"Se esse acordo for conseguido - e presume-se que tem uma alta probabilidade de o ser -, votaremos a nossa própria moção de rejeição, se for ela a primeira a ser votada. Se assim não for, vale aquilo que dissemos na noite das eleições [de 04 de outubro]: Não deixaremos o país sem Governo", referiu.
[url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685&page=2[/url] ([url]http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=4868685&page=2[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 23:49:51
http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-pressiona-pcp-e-bloco-so-chumba-governo-se-tiver-acordo-firmado-antes-da-discussao-do-programa-1713233 (http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-pressiona-pcp-e-bloco-so-chumba-governo-se-tiver-acordo-firmado-antes-da-discussao-do-programa-1713233)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-03 23:52:21
eu aposto num acordo bem estilo   do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:53:45
eu aposto num acordo bem estilo   do PCP

vai ser lindo, metam o dinheiro todo fora de portugal  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-03 23:54:08
"PS pressiona BE e PCP a concluírem acordo"

como eh que isto bate certo com as criticas ao cavaco por nao indigitar o costa?
a politica tem mentira a mais

E andam estes tipos a dizer que é uma perda de tempo porque vai cair. Perda de tempo ? Algum governo tem de haver, nem que seja em gestão. Nesse caso que seja o vencedor das eleições uma vez que ainda não há alternativa de governo no parlamento. Queriam que nomeassem o Costa para um governo de gestão enquanto não se entendia com os comunas ? Grandes aldrabões.

O Costa se não ceder ao PCP vai fazer uma enorme figura triste e sairá pela porta pequena do PS, o que seria mais do que merecido uma vez que foi o maior nabo político desde o 25 de Abril, ao perder a eleições mais fáceis que já se realizaram até hoje.


o PS veio hoje a publico ameacar o BE e PCP que sem acordo vao deixar a direita governar, haha
estao a ficar nervosos. as negociacoes nao podem estar a correr tao bem como andaram a dizer (mentir)


E olha quem veio logo a correr manifestar abertura a entendimentos...  Nervosos andam todos.

Amanhã, pelos vistos, há uma reunião supostamente decisiva para o acordo à esquerda. (http://observador.pt/2015/11/03/acordo-ps-be-estara-fechado-falta-pcp/)

---

Mais pontos que considero importantes para uma "boa governação à esquerda":

Respeito pelos compromissos europeus assumidos. O Presidente da República enumerou recentemente aquilo que considerava importante o novo governo respeitar, e o PS tem vindo a dizer, desde cedo, que estas questões não são hipóteses negociáveis no eventual acordo à esquerda. Em paralelo com essa ideia, interessa haver um esforço ao longo da legislatura para que as metas orçamentais sejam cumpridas, garantindo que os partidos assinantes do acordo não"roam a corda" ao mínimo pretexto.

Dinamização da Economia, do mercado de laboral e combate ao desemprego. Estancar a saída de jovens e mão-de-obra qualificada/especializada para o estrangeiro. Criar melhores condições de acesso ao mercado de trabalho para os jovens e para os desempregados de longa duração. Penalizar as políticas de contratação precária por parte das empresas. Terminar com as más práticas do Estado-empregador neste contexto.  Limitar o fosso das desiguldades nos salários---de modo a que não haja um desequilíbrio tão vincado entre quem ganha mais e quem ganha menos. Ter como meta o aumento do rendimento disponível das famílias, incidindo nas classes média e baixa, e contextualmente, em situações comprovadas de maiores dificuldades face ao contextos. Reposição de salários e pensões, e alivio da carga fiscal, pelo menos para os níveis próximos dos que existiam em 2011---reverter aquilo que o governo anterior decidiu fazer por sua exclusiva iniciativa, e que não estava previsto no memorando de entendimento com a Troika. Os aumentos da receita devem ser equacionados de outra forma, com impostos que incidam sobre rendimentos que não provenham exclusivamente do trabalho (capital e grandes fortunas na mira).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-03 23:57:48
abertura manifestam todos, isso sai barato. ate porque se o acordo nao se realizar vao querer culpar os outros por falta de abertura  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 00:04:13
abertura manifestam todos, isso sai barato. ate porque se o acordo nao se realizar vao querer culpar os outros por falta de abertura  :D

Essa é a minha questão: são todos iguais nesse aspecto. Nesse e em muitos outros, em que se acusa cegamente, sem se olhar para dentro da própria casa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 00:15:52
Dinamização da Economia, do mercado de laboral e combate ao desemprego. Estancar a saída de jovens e mão-de-obra qualificada/especializada para o estrangeiro.
Isto pode estar em qualquer programa eleitoral, de qualquer partido.
Faz-se atraindo investimento, tornando o país amigo de quem queira montar uma empresa, desregulando, desburocratizando, diminuindo impostos, etc.

Curiosamente, tudo o que defendes parece-me que leva a um resultado oposto.
Criar melhores condições de acesso ao mercado de trabalho para os jovens e para os desempregados de longa duração.
Como ? incentivos ? subsidio ? isso distorce o mercado (entre quem já está no mercado com empregados efectivos e quem se estabelece com custos de pessoal mais baixo) e leva a esquemas (tipo acaba o apoio, fecha-se e abre-se ao lado em nome de outras pessoas).
E porquê privilegiar estas pessoas ? Um jovem de 20 tem mais direito ao trabalho que uma pessoa de 40 ou de 50 ? Parece um tratamento desigual.

Penalizar as políticas de contratação precária por parte das empresas.
Meio caminho andado para as empresas, na dúvida, não contratarem. Pensarem não 2 mas 3 vezes antes de contratar alguém. Num país onde há falsos recibos verdes e onde há contratos temporários renovados até ao limite é porque não é fácil despedir quem deixa de produzir.

Terminar com as más práticas do Estado-empregador neste contexto.
Em vez de terminar e que tal reduzir o estado empregador ?
  Limitar o fosso das desiguldades nos salários---de modo a que não haja um desequilíbrio tão vincado entre quem ganha mais e quem ganha menos.
Vamos limitar o que podem ganhar os quadros de topo ? Para os empurramos para fora do país ?

Ter como meta o aumento do rendimento disponível das famílias, incidindo nas classes média e baixa, e contextualmente, em situações comprovadas de maiores dificuldades face ao contextos. Reposição de salários e pensões, e alivio da carga fiscal, pelo menos para os níveis próximos dos que existiam em 2011---reverter aquilo que o governo anterior decidiu fazer por sua exclusiva iniciativa, e que não estava previsto no memorando de entendimento com a Troika. Os aumentos da receita devem ser equacionados de outra forma, com impostos que incidam sobre rendimentos que não provenham exclusivamente do trabalho (capital e grandes fortunas na mira).
Isto é um aumento brutal da despesa e quase nada na receita (impostos sobre o capital são bons para demagogia mas insignificantes em valor e muito voláteis - aumenta-se um pouco e desaparece facilmente para outras paragens). Só consegues isto (do aumento do rendimento) martelando brutalmente o IRS e o IRC do sector privado. Ou seja, novo desincentivo ao investimento e ao emprego.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 00:32:44
quando se le titulos noticias a ideia fica  estao pronto atacar neoliberais dos credores

PCP propõe em Bruxelas apoios para quem saia do euro
PCP e Bloco propõem rejeição do “Tratado Orçamental”.
Jerónimo diz que portugal tem de se libertar do euro
PS jura (ao PCP e BE): 4 anos sem cortar salários
Francisco Louçã admite saída do euro
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 00:34:06
Automek, entendo as tuas objecções, e percebo que para cada "medida" e "desejo" que eu possa enumerar encontram-se logo não sei quantas razões que justificam a sua não implementação, mas os "comos" devem ser reservados a quem faz as políticas---aos especialistas em cada área (que eu, manifestamente, não sou). Estou apenas a enunciar aquilo que espero de "um bom governo de esquerda" (já agora, concordo que há pontos "genéricos" que também seriam exemplos para um "bom governo de direita"---nada de anormal, dado que há aproximações entre os programas do PS e da coligação---e que há objectivos que são comuns).

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-04 00:36:58
Mais pontos que considero importantes para uma "boa governação à esquerda":

Respeito pelos compromissos europeus assumidos. O Presidente da República enumerou recentemente aquilo que considerava importante o novo governo respeitar, e o PS tem vindo a dizer, desde cedo, que estas questões não são hipóteses negociáveis no eventual acordo à esquerda. Em paralelo com essa ideia, interessa haver um esforço ao longo da legislatura para que as metas orçamentais sejam cumpridas, garantindo que os partidos assinantes do acordo não"roam a corda" ao mínimo pretexto.
...

O Cavaco tem falado dos compromissos europeus desde que pediu ao Passos para avaliar a possibilidade de formar governo, isso é sem duvida uma questão central para o Cavaco, mas se para haver acordo tivesse que estar escrito que CDU e BE tinham que respeitar os compromissos europeus, então acho que não haveria acordo nenhum.
BE e CDU rejeitam uma serie de compromissos europeus e já o repetiram depois das eleições, nomeadamente o Tratado Orçamental.
Eu só acho que isso pode não ser decisivo pq o que falam é que o PS vai para o governo sozinho. E como vai para o governo sozinho, na prática é só o PS que vai governar e pode garantir que vai respeitar os compromissos europeus.
Na minha opinião, o acordo de incidência parlamentar serve apenas para tirar a coligação de direita do governo e para garantir, de alguma forma, que o governo do PS não é depois derrubado, pelo menos durante uns meses, provavelmente um ano, até ao PS ter que apresentar o próximo orçamento de estado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 01:58:18
Citar
Acordo à esquerda: já se conhecem as primeiras medidas

O JNegócios está a avançar as linhas gerais do acordo entre PS, PCP e BE, que pode ser fechado esta quarta-feira. TSU vai baixar para salários até 600€, pensões até 628€ terão aumento de 0,3%.

As linhas gerais do acordo entre PS, PCP e Bloco de Esquerda, que poderá ficar fechado esta quarta-feira, estão a ser avançadas pelo Jornal de Negócios na sua edição online. O mesmo jornal começou por noticiar que haverá uma reunião decisiva entre socialistas e comunistas e que o acordo está apenas dependente do “sim” final do PCP no que respeita ao grau de envolvimento dos comunistas numa solução de Governo.

Vamos então por pontos para se perceber o que já está fechado, segundo o Negócios.

IVA da restauração baixa — esta era uma bandeira comum aos três partidos, portanto ninguém teve de ceder. A ideia será repor o IVA da restauração nos 13% já no Orçamento para 2016. Já o IVA sobre a energia mantém-se inalterado, valendo aqui a posição dos socialistas

TSU desce só para salários até 600€ — o compromisso assumido pelo PS era a baixa generalizada da TSU, tanto para trabalhadores como para empresas. A medida que fica é portanto uma versão muito mitigada da inicial. A redução é feita faseadamente, em três anos, numa descida de 1, 3 pontos percentuais ao ano e só para os trabalhadores. Portanto, em 2016, a TSU para quem tem salários até 600€ baixa de 11% para 9, 7%. O corte é temporário. A partir de 2019, a TSU volta a subir. Ao contrário do que estava previsto no programa elaborado por Mário Centeno, esta redução na contribuição dos trabalhadores não terá efeitos nas pensões futuras dos mesmos, o que quer dizer que terá de ser o Orçamento do Estado a cobrir esse valor. O Jornal de Negócios refere que ainda não se sabe se os trabalhadores da Função Pública ficam abrangidos por este corte. Na proposta do PS ficavam de fora.

Pensões até 628€ atualizadas — o programa do PS previa apenas a subida das pensões mínimas, mas aqui PCP e Bloco levaram vantagem, conseguindo um aumento para as pensões até aos 628€, que estavam congeladas desde 2010. Este foi o limite abaixo do qual não houve cortes durante o Governo de Passos Coelho. Segundo o Jornal de Negócios, o aumento é indexado à inflação e pelas contas que o jornal fez, o aumento previsto para 2016 deve rondar os 0, 3%

Reposição integral dos cortes da Função Pública — fica confirmado o que já se sabia, que iria existir uma reposição integral dos cortes nos salários da Função Pública até ao final de 2016. Aqui o PS fez uma cedência no tempo em que a reposição vai ser feita. Em vez dos dois anos previstos, vai tudo acontecer num ano, mas não de uma vez. Depois cederam PCP e Bloco, que queriam a reposição imediata, mas que vai acontecer faseadamente: a cada trimestre, os funcionários públicos com salários acima dos 1500€ vão ver repostos 25% dos cortes

Outras medidas que já se conheciam eram a eliminação de metade da sobretaxa de IRS em 2016 e a outra metade em 2017 e a criação de um complemento salarial para trabalhadores pobres em sede de IRS — uma proposta do PS

IRC a mexer — no programa do PS apenas estava previsto parar a descida do IRC, mas segundo o que avança o Negócios, há outras alterações. Está prevista a subida do nível de participação mínima necessária para que os lucros distribuídos e recebidos fiquem isentos de IRC (ou seja, menos acionistas vão ter direito a isenção de IRC): era de 5% passa a 10%. Algumas das medidas que foram postas em marcha pela reforma fiscal de Lobo Xavier – e aprovadas por António José Seguro – vão ser revertidas, como os prazos para o reporte de prejuízos.

Há uma série de outras medidas que vão ser remetidas para a negociação em sede de concertação social. A saber:
medidas de combate à precariedade laboral como a penalização de empresas com excessiva rotatividade de trabalhadores ou a limitação do número e contratos a prazo;

diversificação do financiamento da Segurança Social, que inclui, por parte do PS, medidas como a criação de um imposto sucessório e alterações à TSU das empresas

imposto sobre heranças e grandes fortunas: nenhum vai avançar em 2016, o PS queria taxar as heranças, o PCP e o Bloco as grandes fortunas. Fica tudo para a concertação social.
[url]http://observador.pt/2015/11/04/acordo-a-esquerda-ja-se-conhecem-as-primeiras-medidas/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/04/acordo-a-esquerda-ja-se-conhecem-as-primeiras-medidas/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 02:36:24
Automek, entendo as tuas objecções, e percebo que para cada "medida" e "desejo" que eu possa enumerar encontram-se logo não sei quantas razões que justificam a sua não implementação, mas os "comos" devem ser reservados a quem faz as políticas---aos especialistas em cada área (que eu, manifestamente, não sou). Estou apenas a enunciar aquilo que espero de "um bom governo de esquerda" (já agora, concordo que há pontos "genéricos" que também seriam exemplos para um "bom governo de direita"---nada de anormal, dado que há aproximações entre os programas do PS e da coligação---e que há objectivos que são comuns).

As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

E já agora, proponho que as pessoas só trabalhem quando sentirem vontade, pois só nesse caso serão mais felizes e produtivas. Acho ainda que as grandes superficies devem ser obrigadas a baixar os preços para metade, em vez de se encherem com lucros indevidos. Se o Pingo Doce o fez é porque é possível fazê-lo e o resto são desculpas do grande capital.

----------

Um pouco à parte, propor menos impostos e mais rendimentos e o diabo a sete como estava ali para trás não faz sentido nenhum. É de um irrealismo sem limites, embora a população até acredite em tais coisas.

----------

Outra coisa, aquilo que achas que um bom governo deveria fazer é o que todos têm tentado fazer desde o 25 de Abril, excepto quando o FMI, malvado, os impede.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 02:38:46
Automek, entendo as tuas objecções, e percebo que para cada "medida" e "desejo" que eu possa enumerar encontram-se logo não sei quantas razões que justificam a sua não implementação, mas os "comos" devem ser reservados a quem faz as políticas---aos especialistas em cada área (que eu, manifestamente, não sou). Estou apenas a enunciar aquilo que espero de "um bom governo de esquerda" (já agora, concordo que há pontos "genéricos" que também seriam exemplos para um "bom governo de direita"---nada de anormal, dado que há aproximações entre os programas do PS e da coligação---e que há objectivos que são comuns).

As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

E já agora, proponho que as pessoas só trabalhem quando sentirem vontade, pois só nesse caso serão mais felizes e produtivas. Acho ainda que as grandes superficies devem ser obrigadas a baixar os preços para metade, em vez de se encherem com lucros indevidos. Se o Pingo Doce o fez é porque é possível fazê-lo e o resto são desculpas do grande capital.

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Um pouco à parte, propor menos impostos e mais rendimentos e o diabo a sete como estava ali para trás não faz sentido nenhum. É de um irrealismo sem limites, embora a população até acredite em tais coisas.

Eu  acredito nisso  quando tiver minas ouro / petrolio no quintal  8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 05:54:20
esse artigo do JN nao tem suficientes medidas do lado da receita, ali ha gato
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 08:32:51
Um artigo de opinião interessante (não transcrevo porque tem vários gráficos e links)
A vantagem de ter Mário Centeno no governo (http://observador.pt/opiniao/a-vantagem-de-ter-mario-centeno-no-governo/)

Qualquer dos quatro pontos parece bastante bons para estimular o emprego. Pena é que o BE seja tão anti-emprego.
Citar
1. descida da TSU para os trabalhadores, a fim de estimular formas de poupança alternativas à Segurança Social (mesmo que o programa do PS diga que é para estimular o consumo);

2. descida da TSU para as empresas (por contrapartida da diversificação de receitas da Segurança Social) para baixar os custos do trabalho, incentivando assim o emprego;

3. o processo conciliatório para cessação de contrato de trabalho, adicionando um novo mecanismo que aumenta a flexibilidade do mercado laboral (ideia importada da Alemanha);

4. o complemento salarial anual, um subsídio atribuído a trabalhadores cujas famílias tenham rendimentos abaixo de um determinado patamar. Ideia importada dos Estados Unidos, onde constitui uma das principais formas de combate à pobreza. Tem como objectivo apoiar trabalhadores de baixos rendimentos sem os efeitos perversos do salário mínimo.


O ponto 4. tem a particularidade de minimizar o que se tem falado tantas vezes aqui: a imoralidade de alguém trabalhar e ficar quase com o mesmo rendimento disponível que outra pessoa que não trabalha e recebe uma acumulação de apoios sociais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 08:46:37
Mário Centeno se aplica as suas ideias, vai mais longe que a direita (e provavelmente com melhores resultados).

pcp e be aprovar isso? Esqueçam.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 09:00:48
Mário Centeno se aplica as suas ideias, vai mais longe que a direita (e provavelmente com melhores resultados).

pcp e be aprovar isso? Esqueçam.  :D

acho que isso da TSU ja foi ao ar nas negociacoes com o BE, foi logo das primeiras coisas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-04 09:18:30
http://www.publico.pt/politica/noticia/afastamento-do-psd-do-centro-facilitou-acordo-a-esquerda-1713245 (http://www.publico.pt/politica/noticia/afastamento-do-psd-do-centro-facilitou-acordo-a-esquerda-1713245)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-04 09:21:43
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/afastamento-do-psd-do-centro-facilitou-acordo-a-esquerda-1713245[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/afastamento-do-psd-do-centro-facilitou-acordo-a-esquerda-1713245[/url])


Por acaso acho o contrário, o PS teve que aliar-se à esquerda radical porque o PSD ocupou-lhe completamente o centro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 09:23:32
Mário Centeno se aplica as suas ideias, vai mais longe que a direita (e provavelmente com melhores resultados).

pcp e be aprovar isso? Esqueçam.  :D

acho que isso da TSU ja foi ao ar nas negociacoes com o BE, foi logo das primeiras coisas

Ter que explicar as suas ideias a uma actriz e a um que não sabe a diferença entre 3% e 4% do défice.
Explicar ideias a 2 cassetes.

Deve ser lindo estas reuniões.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-04 09:27:40
"PS pressiona BE e PCP a concluírem acordo"

como eh que isto bate certo com as criticas ao cavaco por nao indigitar o costa?
a politica tem mentira a mais

E andam estes tipos a dizer que é uma perda de tempo porque vai cair. Perda de tempo ? Algum governo tem de haver, nem que seja em gestão. Nesse caso que seja o vencedor das eleições uma vez que ainda não há alternativa de governo no parlamento. Queriam que nomeassem o Costa para um governo de gestão enquanto não se entendia com os comunas ? Grandes aldrabões.

O Costa se não ceder ao PCP vai fazer uma enorme figura triste e sairá pela porta pequena do PS, o que seria mais do que merecido uma vez que foi o maior nabo político desde o 25 de Abril, ao perder a eleições mais fáceis que já se realizaram até hoje.


o PS veio hoje a publico ameacar o BE e PCP que sem acordo vao deixar a direita governar, haha
estao a ficar nervosos. as negociacoes nao podem estar a correr tao bem como andaram a dizer (mentir)


E olha quem veio logo a correr manifestar abertura a entendimentos...  Nervosos andam todos.

Amanhã, pelos vistos, há uma reunião supostamente decisiva para o acordo à esquerda. ([url]http://observador.pt/2015/11/03/acordo-ps-be-estara-fechado-falta-pcp/[/url])

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Mais pontos que considero importantes para uma "boa governação à esquerda":

Respeito pelos compromissos europeus assumidos. O Presidente da República enumerou recentemente aquilo que considerava importante o novo governo respeitar, e o PS tem vindo a dizer, desde cedo, que estas questões não são hipóteses negociáveis no eventual acordo à esquerda. Em paralelo com essa ideia, interessa haver um esforço ao longo da legislatura para que as metas orçamentais sejam cumpridas, garantindo que os partidos assinantes do acordo não"roam a corda" ao mínimo pretexto.

Dinamização da Economia, do mercado de laboral e combate ao desemprego. Estancar a saída de jovens e mão-de-obra qualificada/especializada para o estrangeiro. Criar melhores condições de acesso ao mercado de trabalho para os jovens e para os desempregados de longa duração. Penalizar as políticas de contratação precária por parte das empresas. Terminar com as más práticas do Estado-empregador neste contexto.  Limitar o fosso das desiguldades nos salários---de modo a que não haja um desequilíbrio tão vincado entre quem ganha mais e quem ganha menos. Ter como meta o aumento do rendimento disponível das famílias, incidindo nas classes média e baixa, e contextualmente, em situações comprovadas de maiores dificuldades face ao contextos. Reposição de salários e pensões, e alivio da carga fiscal, pelo menos para os níveis próximos dos que existiam em 2011---reverter aquilo que o governo anterior decidiu fazer por sua exclusiva iniciativa, e que não estava previsto no memorando de entendimento com a Troika. Os aumentos da receita devem ser equacionados de outra forma, com impostos que incidam sobre rendimentos que não provenham exclusivamente do trabalho (capital e grandes fortunas na mira).


Essa retórica é muito interessante e concordo com ela a 100%. Diria que a sua implementação é que tem sido complicada, até porque muito do que está aí escrito é o que tem sido defendido pelos partidos da governação desde o 25 de Abril.

Parece que as políticas são sempre mal aplicadas ou mal interpretadas. Porquê é que achas que é desta vez que a união de esquerda, com o António Costa a PM, vão fazê-las funcionar?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-04 09:45:06
....ora aqui está a solução do "Queixadas".....eh.eh.... 8)

Citar
Passos disposto a ficar à frente de um governo de gestão

  Primeiro-ministro está a adaptar o programa à situação de Governo de minoria e está aberto a negociar com o PS. Mas já afirmou que continuará em gestão “até ser substituído”.

texto integral: [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-coelho-disposto-a-ficar-num-governo-de-gestao-1713228?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-coelho-disposto-a-ficar-num-governo-de-gestao-1713228?frm=ult[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 10:17:07
Automek, entendo as tuas objecções, e percebo que para cada "medida" e "desejo" que eu possa enumerar encontram-se logo não sei quantas razões que justificam a sua não implementação, mas os "comos" devem ser reservados a quem faz as políticas---aos especialistas em cada área (que eu, manifestamente, não sou). Estou apenas a enunciar aquilo que espero de "um bom governo de esquerda" (já agora, concordo que há pontos "genéricos" que também seriam exemplos para um "bom governo de direita"---nada de anormal, dado que há aproximações entre os programas do PS e da coligação---e que há objectivos que são comuns).

As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

E já agora, proponho que as pessoas só trabalhem quando sentirem vontade, pois só nesse caso serão mais felizes e produtivas. Acho ainda que as grandes superficies devem ser obrigadas a baixar os preços para metade, em vez de se encherem com lucros indevidos. Se o Pingo Doce o fez é porque é possível fazê-lo e o resto são desculpas do grande capital.

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Um pouco à parte, propor menos impostos e mais rendimentos e o diabo a sete como estava ali para trás não faz sentido nenhum. É de um irrealismo sem limites, embora a população até acredite em tais coisas.

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Outra coisa, aquilo que achas que um bom governo deveria fazer é o que todos têm tentado fazer desde o 25 de Abril, excepto quando o FMI, malvado, os impede.

Curioso... muitos dos pontos que foquei estão, de facto, de uma maneira ou de outra, presentes no artigo que está a anunciar as medidas em cima da mesa para acordo.

Não é verdade que todos têm tentado fazer isso desde o 25 de Abril. A excepção óbvia é este último governo de Passos Coelho, que foi mais além das exigências da Troika, evidenciando um consenso óbvio entre a sua ideologia neo-liberal e a vontade de seguir os mandamentos dos credores. Bem se queixa o Pacheco Pereira que os valores originais do PPD se perderam completamente neste último mandato.

Em todo o caso, ainda não terminei os pontos que quero abordar. Faltam a saúde, a educação e a tecnologia... (e o regresso do desenvolvimento do Simplex).

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-04 10:23:07
....ora aqui está a solução do "Queixadas".....eh.eh.... 8)

Citar
Passos disposto a ficar à frente de um governo de gestão

  Primeiro-ministro está a adaptar o programa à situação de Governo de minoria e está aberto a negociar com o PS. Mas já afirmou que continuará em gestão “até ser substituído”.

texto integral: [url]http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-coelho-disposto-a-ficar-num-governo-de-gestao-1713228?frm=ult[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/passos-coelho-disposto-a-ficar-num-governo-de-gestao-1713228?frm=ult[/url])

PPC já mudou de opinião.

[url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/passos-coelho-nao-vai-ficar-a-frente-de-um-governo-de-gestao_v869724[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/passos-coelho-nao-vai-ficar-a-frente-de-um-governo-de-gestao_v869724[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 10:23:25
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 10:24:37
Essa retórica é muito interessante e concordo com ela a 100%. Diria que a sua implementação é que tem sido complicada, até porque muito do que está aí escrito é o que tem sido defendido pelos partidos da governação desde o 25 de Abril.

Parece que as políticas são sempre mal aplicadas ou mal interpretadas. Porquê é que achas que é desta vez que a união de esquerda, com o António Costa a PM, vão fazê-las funcionar?

Não sei se vão ou não---mas quero que tenham a possibilidade de tentar. Mesmo que falhem os objectivos na maior parte das áreas (como é provável, não tenho grande ilusões), tenho a esperança que façam muito melhor do que eventualmente faria a Paf, que essa, sim, para mim falhou à grande nos últimos 4 anos.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 10:29:19
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...

Dívida Pública.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 10:48:50
Essa retórica é muito interessante e concordo com ela a 100%. Diria que a sua implementação é que tem sido complicada, até porque muito do que está aí escrito é o que tem sido defendido pelos partidos da governação desde o 25 de Abril.

Parece que as políticas são sempre mal aplicadas ou mal interpretadas. Porquê é que achas que é desta vez que a união de esquerda, com o António Costa a PM, vão fazê-las funcionar?

Não sei se vão ou não---mas quero que tenham a possibilidade de tentar. Mesmo que falhem os objectivos na maior parte das áreas (como é provável, não tenho grande ilusões), tenho a esperança que façam muito melhor do que eventualmente faria a Paf, que essa, sim, para mim falhou à grande nos últimos 4 anos.

Problema de pessoas como tu, é que quando a esquerda voltar a falir o país - tu ou desapareces do fórum, ou começas com uma narrativa de que a culpa é da direita e do PEC IV, da Goldman Sachs, da Alemanha e dos mercados em geral.

Dizer que a direita "falhou à grande" quando teve 4 anos a limpar a merda que a esquerda fez é surreal.

Pior é que 62% pensa igual ou pior que tu. O que explicará as nossas próximas falências.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 10:50:17
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...

Dívida Pública.
Não percebi. O objectivo era ter o défice abaixo de 3% e com melhorias anuais. Nada disso foi cumprido e ainda acham que a austeridade foi excessiva e que o governo foi para além da troika.
Se há défice é normal que a dívida pública aumente. Não percebo a dúvida...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 10:53:06
Dizer que a troika e o psd partilham uma mentalidade neo-liberal é outra digna das reuniões do be e do pcp.

A troika que foi a única que nos emprestou dinheiro quando mais ninguém queria, e ainda é insultada é surreal.

Significa que aqui o Sebastião não faz a mínima ideia de que o país foi à falência em 2011. Ou é funcionário público ou é daquelas empresas protegidas pelo estado. Não deve fazer muito para receber ordenado, e paga poucos impostos. Pode ser que um dia uma das falências te calhe a ti...mudas logo o disco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-04 11:04:35
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...

Dívida Pública.
Não percebi. O objectivo era ter o défice abaixo de 3% e com melhorias anuais. Nada disso foi cumprido e ainda acham que a austeridade foi excessiva e que o governo foi para além da troika.
Se há défice é normal que a dívida pública aumente. Não percebo a dúvida...

Ele acha que como o défice diminui a divida também diminui. Ainda lhe falta perceber que défice significa +divida.

Como a troika de esquerda defende aumentar o défice é natural que a divida também aumente. Neste caso ele já percebe.

Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 11:08:39
Deixem lá o Jsebastião acabar com a minha dúvida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 11:09:25
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 11:13:04
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

como eh que correu a teu ultimo apoio politico ? acho que foi na grecia, nao ? :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 11:16:05
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

como eh que correu a teu ultimo apoio politico ? acho que foi na grecia, nao ? :D

não percebi...
reformula

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 11:21:19
Dizer que a troika e o psd partilham uma mentalidade neo-liberal é outra digna de um atrasado mental das reuniões do be e do pcp.

A troika que foi a única que nos emprestou dinheiro quando mais ninguém queria, e ainda é insultada é surreal.

Significa que aqui o Sebastião não faz a mínima ideia de que o país foi à falência em 2011. Ou é funcionário público ou é daquelas empresas protegidas pelo estado. Não deve fazer muito para receber ordenado, e paga poucos impostos. Pode ser que um dia uma das falências te calhe a ti...mudas logo o disco.

Carrísimo,

Hás de encontrar o texto que eu (não) coloquei aqui a dizer que sou/fui contra a vinda da troika. Procura bem... pode ser que (não) encontres.

O que sou é contra a forma absolutamente lamentável e subserviente com a negociações foram conduzidas entre o governo de Passos Coelho e a Troika ao longo da governação. Defesa dos interesses nacionais, nem vê-la.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 11:25:23
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

já reparaste que isso que disseste vale tanto como 'quem apoia a troika europeia é vigarista ou burro!'.
o que quer dizer que não vale nada?

não seria melhor amenizares as tuas intervenções? isto não é exactamente uma taberna.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 11:28:44
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...


Dívida Pública.

Não percebi. O objectivo era ter o défice abaixo de 3% e com melhorias anuais. Nada disso foi cumprido e ainda acham que a austeridade foi excessiva e que o governo foi para além da troika.
Se há défice é normal que a dívida pública aumente. Não percebo a dúvida...


Também não percebi. Ou, pelo  menos, vejo as coisas ao contrário. O Governo, com toda a política de austeridade que seguiu, e com a consequente devastação social que gerou, não conseguiu cumprir as metas a que se propôs. Não percebo que razão possa haver para justificar que não se devem tentar caminhos diferentes, nomeadamente os propostos pela eventual nova ligação entre as esquerdas.

Faço uma sugestão para vossa leitura (http://www.publico.pt/politica/noticia/quem-semeia-ventos-recolhe-tempestades-1711431?page=-1):

Citar
Quem semeia ventos recolhe tempestades

Esta “coligação negativa” é a resposta à outra “coligação negativa”, a do PSD-CDS, que assim funcionou nos últimos quatro anos.

1. Quem semeou os ventos do modo como se respondeu na Europa à crise financeira e bancária, dos produtos tóxicos e dos bancos perto da falência recolheu a tempestade de uma “economia que mata”. Os bancos foram salvos, pelo menos para já, mas o crescimento estagnou ou andou para trás, as diferenciações sociais agravaram-se, o desemprego cresceu exponencialmente, os salários baixaram, os direitos laborais diminuíram, quando não foram extintos, as disfunções sociais agravaram-se. Todas. Veja-se a “crise dos refugiados”, espelho do estado da Europa.

2. Quem semeou os ventos da passagem da crise tóxica dos bancos para a “crise das dívidas soberanas”, uma invenção política alemã cujos efeitos perversos alargaram e aprofundaram a crise nos países do Sul, mas também em França, recolheu um reforço do poder de Merkel e Schäuble, o fim do directório com a França e o poder único de Berlim e dos seus mais directos aliados, e uma fractura entre duas Europas cujos efeitos estão apenas no início. A Europa já não é o que era e muito menos é o que se desejava que fosse. É um poder cinzento e duro, afastado de qualquer esperança e que serve para pôr na ordem povos que se arrogam de querer outra coisa.

3. Quem semeou os ventos de uma Europa assente na política de Diktat, de imposição de acordos cegos e desiguais, quem estiolou tudo à sua volta, quem levou a Europa a abandonar regras democráticas, entregar os poderes dos parlamentos nacionais aos burocratas de Bruxelas e aos políticos de um Partido Popular Europeu cada vez mais conservador e à direita recolhe fenómenos como a crescente sensação em muitos países de que a sua soberania deixou de ter sentido e de que, com ela, se perde a democracia que só a proximidade permite, o acentuar da crise profunda dos partidos socialistas e da sua posição de mandaretes do PPE, e efeitos como o do Syriza e a vitória, num dos mais importantes partidos socialistas da Europa, de pessoas como Jeremy Corbyn.

4. Quem semeou os ventos de uma ideia autoritária e antidemocrática do “não há alternativa”, afastando do direito ao poder assente no voto todos os que faziam parte de partidos e movimentos remetidos para o “inferno” de estar fora do “arco de governação”, excluiu milhões de europeus que votam “errado” de sequer terem o direito de poderem governar sem serem sujeitos a humilhações, como aconteceu com os gregos e dividiu os partidos como sendo de primeira (os que aceitam que “não há alternativa” e fazem a política económica e social da direita) e de segunda, centristas críticos da Europa, sociais-democratas, socialistas, esquerdistas diversos, comunistas, excluídos da democracia, em que votar não significa nada, porque estão “de fora” do euro e das “regras europeias”

5. Quem semeou os ventos de que nada há a fazer porque “não há alternativa” recolheu uma enorme instabilidade dos sistemas políticos, com a perda muito significativa dos votos nos partidos do “arco da governação”, mesmo que ainda estejam no governo, uma crescente ingovernabilidade, e o ascenso de movimentos de contestação do actual estado de coisas de natureza muito diferente. Ainda não se deu uma clara ruptura, mas os partidos do “não há alternativa” têm cada vez menos votos. E a abstenção cresce, assim como várias manifestações de contestação do sistema democrático e da “classe política”, e uma deslegitimação acentuada de governos, parlamentos, partidos e presidentes.

6. Quem semeou os ventos da arrogância, de um governo que não ouviu ninguém e não falou com ninguém, que recusou qualquer entendimento com o PS na aplicação do memorando, a não ser aqueles que se destinavam a dar caução às suas políticas impopulares, que fez o que queria, muitas vezes na ilegalidade, fora da Constituição e da lei, outras vezes na fronteira da legalidade, que mais do que ninguém embateu em sucessivos vetos do Tribunal Constitucional, que substituiu a boa-fé do Estado pela má-fé e pelo dolo, que, sem hesitar, quebrou contratos com os mais necessitados, ao mesmo tempo que lembrava a intangibilidade dos contratos com os mais poderosos, quem transformou o fisco numa máquina sem lei que não respeita ninguém (como antes Sócrates fez com a ASAE), quem acusou os outros de serem “piegas”, de terem culpa por estarem desempregados, de serem velhos do Restelo, antiquados e fora da moda do “empreendedorismo”, quem dividiu velhos e novos, empregados e desempregados, funcionários públicos e outros trabalhadores, quem mentiu (e mente) descaradamente a todos sem pudor nem desculpa recolheu a tempestade de um número significativo (e maioritário) de portugueses não os querer ver nem pintados. A herança de radicalização que deixaram dividiu como nunca o país e os portugueses e permitiu que uma parte maioritária daqueles cujo único voto se pode somar – os que votaram contra o Governo – sejam capazes de quase tudo para não os deixar governar, mesmo correndo imensos riscos. O impulso que permite sequer imaginar que possa haver um acordo PS-BE-PCP, uma mudança abissal da vida política portuguesa, fechando quarenta anos de discórdia e exclusão, não é sequer o da esquerda versus a direita, mas apenas pura e simplesmente o de “nem pensar em vê-los lá de novo”. O PS, que podia ter compreendido isto e ganhado as eleições, andou a pedir licença para ser bem visto nos salões da coligação e obviamente perdeu-as.

7. Para isso, estão dispostos, insisto, a quase tudo e são de facto uma “coligação negativa”, o que muitas vezes é mais seguro e sólido do que uma “coligação positiva”. E a tempestade recolhida com os ventos da arrogância dos últimos anos é que ninguém quer sequer admitir falar com ou permitir que o PaF governe, mesmo sendo o partido mais votado, mas com o pequeno problema de que, não tendo a maioria absoluta, não tem maioria nenhuma. É que esta “coligação negativa” é a resposta à outra “coligação negativa”, a do PSD-CDS, que assim funcionou nos últimos quatro anos. Se não houvesse base constitucional para isto acontecer, seria quase um golpe de Estado, mas, como há, não é. Tanto não o é que várias vezes vários políticos eminentes da área do PaF a defenderam no passado contra Sócrates, por exemplo, ou a exerceram na prática ao votar o PEC IV. Quem com ferro mata com ferro morre.

8. Quem semeou os ventos de uma governação agressiva e autista recolhe hoje a tempestade de ficar isolado. O PaF tem legitimidade para governar, e admito que o Presidente indigite Passos Coelho como primeiro-ministro, mas não existe qualquer legitimidade para exigir que o PS permita que passe o governo ou o Orçamento. Uma tem um sujeito (o PaF), outra tem outro sujeito (PS), e, não havendo entendimento, a solução de um governo minoritário do PaF não é viável. Não existe um direito divino ou exclusivo para que uma coligação, mesmo tendo ganho, exija que os outros aceitem a sua política, quando tem uma maioria contra. O Parlamento é um local de geometria variável e, em democracia, cada peça dessa geometria move-se como entende, com os riscos inerentes. Em teoria, a perda da maioria absoluta não implica necessariamente que não se possa governar, como já aconteceu no passado, mas também não implica actuar como se uma maioria relativa fosse absoluta. A tempestade que a coligação recolheu foi fruto de ter radicalizado de tal modo as fracturas da vida política portuguesa que colocou PS, BE e PCP unidos contra ela, um feito único.

9. Quem semeou os ventos de um governo que se comportou como uma verdadeira “coligação negativa” recolhe a tempestade de uma outra “coligação negativa”. O que move um lado e outro é, dito mais prosaicamente e de forma plebeia, o “pó” que uns e outros reciprocamente se dedicam. E não se pense que é apenas do lado PS-BE-PCP que há “pó”. As coisas entre o ignorante e o absurdo que se dizem sobre os novos bolcheviques que vêm aí com Jerónimo de Sousa com a faca na boca e Catarina Martins de cabelo à norte-coreano, dos insultos do catálogo completo contra António Costa e toda a gente que não alinha no discurso dominante, esmagador, catastrófico, do “não há alternativa” ao PAF, mostram que, a haver radicalismo, ele está bem representado dos dois lados.

10. Pode fazer-se a pergunta mais retórica e hipócrita: e Portugal? E os custos para Portugal? A pergunta é hipócrita por só ter sido feita agora por aqueles que viram com indiferença a destruição maciça de recursos e vidas, a arrogância do poder, a incompetência e o favorecimento, a perda da independência muito para além da presença temporária da troika cá, mas institucionalizando a troika lá, sem nunca perguntarem por Portugal. Mas podem perguntar por Portugal. Está mal, pode ainda ficar pior, mas aquilo a que assistimos hoje não nasceu hoje – nasceu ontem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 11:31:03
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

já reparaste que isso que disseste vale tanto como 'quem apoia a troika europeia é vigarista ou burro!'.
o que quer dizer que não vale nada?

não seria melhor amenizares as tuas intervenções? isto não é exactamente uma taberna.

L

Lark, há pessoas que não entendem que os insultos não só não levam a nada, como demonstram, da maneira mais rápida, a falta de argumentos de quem os usa. Deste ponto de vista, acabam por não significar uma perda de tempo por completo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 11:40:43
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...

Dívida Pública.
Não percebi. O objectivo era ter o défice abaixo de 3% e com melhorias anuais. Nada disso foi cumprido e ainda acham que a austeridade foi excessiva e que o governo foi para além da troika.
Se há défice é normal que a dívida pública aumente. Não percebo a dúvida...

Também não percebi. Ou, pelo  menos, vejo as coisas ao contrário. O Governo, com toda a política de austeridade que seguiu, e com a consequente devastação social que gerou, não conseguiu cumprir as metas a que se propôs. Não percebo que razão possa haver para justificar que não se devem tentar caminhos diferentes, nomeadamente os propostos pela eventual nova ligação entre as esquerdas.
Mas eu não coloco em causa a ligação do PS/PCP/BE e a sua pretenção em governar Portugal. Para mim tanto faz, pois penso que todos terão que seguir um guião mínimo e aceite pela União Europeia.
O que me faz impressão é achar que cortar os salários é austeridade, mas desvalorizar a moeda (como o pretendido pelo PCP e BE) não é considerado austeridade e até é o santo graal do desenvolvimento económico.

Referia-se uma desvalirozação de 50% caso se voltasse ao escudo. Será que a perca de metade do poder de compra não implica em si uma grnade dose de austeridade (até bem maior que a actual)? Imagina ganhares 1.000€ por mês e no mês seguinte receberes o equivamente a 500€. Isso não é austeridade?

E para mim ainda mais grave, é que a desvalorização da moeda iria apoiar mais os endividados, do que os trabalhadores por conta de outrém que recebem os salários mais baixos.

Iria diminuir a taxa de desemprego (e assim seria bom para o grande número de desempregados), mas os rendimentos iriam levar uma grande machadada.

Jsebastião, parece-me que és uma pessoa com experiência, como foi a crise dos anos 80 e que Portugal tinha moeda própria? É que eu lembro-me... E foi bem pior que a actual.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 11:52:18
Jsebastião, parece-me que és uma pessoa com experiência, como foi a crise dos anos 80 e que Portugal tinha moeda própria? É que eu lembro-me... E foi bem pior que a actual.

Local, a crise e respectiva intervenção do FMI em 83/85 foi muito mais benigna que esta precisamente por dispormos de moeda própria.
Em 83 pedimos a intervenção, em 1985 esta chegou ao fim, em 1987 a bolsa batia recordes (antes do crash do mesmo ano).

O cavaco, então primeiro ministro estava muito preocupado com o investimento estrangeiro em portugal. mas não pelas razões normais.
temia que fosse demasiado e levasse a um crescimento da inflação.

83/85 é exactamente um exemplo de como como pode ser mais facilmente ultrapassada uma crise quando se tem moeda própria.

L

junto um pdf com a análise do que se passou nas duas intervenções anteriores do FMI em portugal: 76 e 83.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 11:58:04
Esta crise vai sempre ser pior

A demografia e igual ao japao das piores da europa  e nao tem  a riqueza dos japoneses.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 12:02:04
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 12:10:11
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:14:55
Automek, entendo as tuas objecções, e percebo que para cada "medida" e "desejo" que eu possa enumerar encontram-se logo não sei quantas razões que justificam a sua não implementação, mas os "comos" devem ser reservados a quem faz as políticas---aos especialistas em cada área (que eu, manifestamente, não sou). Estou apenas a enunciar aquilo que espero de "um bom governo de esquerda" (já agora, concordo que há pontos "genéricos" que também seriam exemplos para um "bom governo de direita"---nada de anormal, dado que há aproximações entre os programas do PS e da coligação---e que há objectivos que são comuns).

As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

E já agora, proponho que as pessoas só trabalhem quando sentirem vontade, pois só nesse caso serão mais felizes e produtivas. Acho ainda que as grandes superficies devem ser obrigadas a baixar os preços para metade, em vez de se encherem com lucros indevidos. Se o Pingo Doce o fez é porque é possível fazê-lo e o resto são desculpas do grande capital.

----------

Um pouco à parte, propor menos impostos e mais rendimentos e o diabo a sete como estava ali para trás não faz sentido nenhum. É de um irrealismo sem limites, embora a população até acredite em tais coisas.

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Outra coisa, aquilo que achas que um bom governo deveria fazer é o que todos têm tentado fazer desde o 25 de Abril, excepto quando o FMI, malvado, os impede.

Curioso... muitos dos pontos que foquei estão, de facto, de uma maneira ou de outra, presentes no artigo que está a anunciar as medidas em cima da mesa para acordo.

Não é verdade que todos têm tentado fazer isso desde o 25 de Abril. A excepção óbvia é este último governo de Passos Coelho, que foi mais além das exigências da Troika, evidenciando um consenso óbvio entre a sua ideologia neo-liberal e a vontade de seguir os mandamentos dos credores. Bem se queixa o Pacheco Pereira que os valores originais do PPD se perderam completamente neste último mandato.

Em todo o caso, ainda não terminei os pontos que quero abordar. Faltam a saúde, a educação e a tecnologia... (e o regresso do desenvolvimento do Simplex).

Jsebastião, o governo do Passos Coelho foi praticamente o único que fez algo que se fosse feito a longo prazo, levaria a um aproximar desses objectivos.

De resto é o que se vê na evolução relativa de Portugal e Europa -- Portugal aproxima-se somente quando aplica medidas de moeda forte, ou seja, medidas restrictivas de déficit e liberalizadoras da economia. Dito de outra forma, Portugal aproxima-se da Alemanha quando faz mais como a Alemanha.

Que não é o que defendes. Repara que o que as pessoas "defendem" como objectivos, e aquilo que advogam como forma de os alcançar, muitas vezes são duas coisas perfeitamente opostas. Defender maior protecção do empregado e maior penalização do empregador geralmente não alcança o objectivo de mais emprego e melhor salários -- alcança exactamente o oposto, pois torna relativamente mais interessante ser-se empregado do que empregador. O resultado é menos emprego e menores salários.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:17:48
Essa retórica é muito interessante e concordo com ela a 100%. Diria que a sua implementação é que tem sido complicada, até porque muito do que está aí escrito é o que tem sido defendido pelos partidos da governação desde o 25 de Abril.

Parece que as políticas são sempre mal aplicadas ou mal interpretadas. Porquê é que achas que é desta vez que a união de esquerda, com o António Costa a PM, vão fazê-las funcionar?

Não sei se vão ou não---mas quero que tenham a possibilidade de tentar. Mesmo que falhem os objectivos na maior parte das áreas (como é provável, não tenho grande ilusões), tenho a esperança que façam muito melhor do que eventualmente faria a Paf, que essa, sim, para mim falhou à grande nos últimos 4 anos.

Jsebastião, vê-se que não compreendes o que ocorreu nos últimos 4 anos. O que ocorreu nos últimos 4 anos era inevitável ANOS antes de a PaF ser sequer governo ou o Passos ser sequer lider do PSD.

Estás a defender uma tentativa de fazer o mesmo que tornou inevitáveis os últimos 4 anos. Porque quem rebentou isto tudo não foi a PaF.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:20:33
Foi para além da exigência da troika e mesmo assim não cumpriu com os objectivos propostos. :-\
Há por aí uma qualquer contradição...

Dívida Pública.

O principal problema é que mesmo pessoas educadas como o Jsebastião não fazem idea sequer das ligações mais óbvias que existem. Só sabem que o Passos foi um gajo mau, que cortou coisas, o malvado. E que aumentou a dívida, veja-se lá!

O tipo não só foi além da troika como aumentou a dívida ...  :D

Ou seja, devia ter feito menos, ter mais déficit, e devia também ter cortado a dívida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:23:17
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

Bem, ele não está a discutir política.

Ele está a discutir déficit = +dívida. Que é uma certeza absoluta. Se alguém acredita noutra coisa ou faz acreditar noutra coisa, basicamente só pode ser um vigarista ou ignorante dessa dinâmica (não digo burro, pode simplesmente não saber).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:25:12
Dizer que a troika e o psd partilham uma mentalidade neo-liberal é outra digna das reuniões do be e do pcp.

A troika que foi a única que nos emprestou dinheiro quando mais ninguém queria, e ainda é insultada é surreal.

Significa que aqui o Sebastião não faz a mínima ideia de que o país foi à falência em 2011. Ou é funcionário público ou é daquelas empresas protegidas pelo estado. Não deve fazer muito para receber ordenado, e paga poucos impostos. Pode ser que um dia uma das falências te calhe a ti...mudas logo o disco.

Carrísimo,

Hás de encontrar o texto que eu (não) coloquei aqui a dizer que sou/fui contra a vinda da troika. Procura bem... pode ser que (não) encontres.

O que sou é contra a forma absolutamente lamentável e subserviente com a negociações foram conduzidas entre o governo de Passos Coelho e a Troika ao longo da governação. Defesa dos interesses nacionais, nem vê-la.

Consegues ter exemplos daquilo que achas que não foi defendido?

O principal interesse nacional em questão era fazer como a troika dizia. A única coisa que não foi defendida e que talvez o pudesse ter sido, foi um perdão de dívida, porque alteração para condições mais favoráveis foi defendido e obtido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 12:27:59
a unica alternativa a troika era sair do euro, isso que fique claro

depois ja podiam imprimir com uma moeda desvalorizada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:28:31
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

já reparaste que isso que disseste vale tanto como 'quem apoia a troika europeia é vigarista ou burro!'.
o que quer dizer que não vale nada?

não seria melhor amenizares as tuas intervenções? isto não é exactamente uma taberna.

L

Lark, há pessoas que não entendem que os insultos não só não levam a nada, como demonstram, da maneira mais rápida, a falta de argumentos de quem os usa. Deste ponto de vista, acabam por não significar uma perda de tempo por completo.

Aquilo não é uma falta de argumento nem um insulto. Se não sabes que déficits levam inevitavelmente a mais dívida, é algo que tens que colmatar para compreender o que aconteceu -- em vez de criticares como fizeste a existência de mais dívida ao mesmo tempo que criticaste a existência de medidas para diminuir os déficits!

Compreendes que essa tua opinião basicamente foi similar às pessoas que criticam as agências de rating por baixarem o rating a Portugal e que logo depois dizem que a dívida é impagável?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 12:31:50
a unica alternativa a troika era sair do euro, isso que fique claro

depois ja podiam imprimir com uma moeda desvalorizada

esse é um facto.
que torna praticamente tudo o resto irrelevante.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:33:09
a unica alternativa a troika era sair do euro, isso que fique claro

depois ja podiam imprimir com uma moeda desvalorizada

Porém a prazo o uso de políticas de moeda fraca leva a que Portugal não se aproxime, ou leva mesmo a que se afaste, do nível de vida da Europa.

E não é credível pensar que se iria para a moeda fraca como uma medida de excepção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 12:36:52
Local, não sou assim tão "experiente"... em 85 tinha 6 anos---e fui felizmente poupado aos efeitos mais nefastos dessa crise. Mais logo vou ler com atenção o documento que o Lark partilhou.

Queria salientar uma coisa: eu sou, ou tento ser, de uma maneira geral, apartidário. Embora me identifique mais com ideais de esquerda, mais para o lado moderado do que para o lado radical, não há um partido com o qual me identifique por completo---pelo contrário, acho que são mais os pormenores que me afastam dos partidos (de todos os partidos em geral) do que me aproximam, pelo que a minha escolha no momento em que vou votar não segue qualquer sentido de militância, mas antes o princípio do "mal menor", em conformidade com os contextos e cenários do momento. Dito isto, e penso que já o referi mais para trás, não tenho qualquer simpatia pelas ideologias de extrema esquerda baseadas em princípios comunistas, mas isso não significa que pretenda erradicar à força (quando o sentido de voto geral da população não o permite) tais ideias do debate político e da opinião pública. Considero um erro, bem como um mau aproveitamento de recursos, não ouvir todas forças políticas escolhidas pelo povo. Prefiro, por princípio, integrar e ouvir do que afastar e marginalizar.

Concluindo, e pegando na tua questão da desvalorização da moeda---concordo com o que dizes. Levar as coisas para esse lado de uma forma extrema (como no exemplo do regresso ao escudo) seria uma outra forma de austeridade, porventura muito mais danosa para o tecido social em geral. Eu defendo poderação e moderação. E defendo uma conjugação de ideias que venham de todos os pólos da vida política. Parece utópico, e em muitos aspectos é mesmo impraticável por força idiossincrática das pessoas que ocupam os cargos políticos, mas é a minha forma de racionalização lógica de uma política mais "correcta".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-04 12:42:05
Essa retórica é muito interessante e concordo com ela a 100%. Diria que a sua implementação é que tem sido complicada, até porque muito do que está aí escrito é o que tem sido defendido pelos partidos da governação desde o 25 de Abril.

Parece que as políticas são sempre mal aplicadas ou mal interpretadas. Porquê é que achas que é desta vez que a união de esquerda, com o António Costa a PM, vão fazê-las funcionar?

Não sei se vão ou não---mas quero que tenham a possibilidade de tentar. Mesmo que falhem os objectivos na maior parte das áreas (como é provável, não tenho grande ilusões), tenho a esperança que façam muito melhor do que eventualmente faria a Paf, que essa, sim, para mim falhou à grande nos últimos 4 anos.

Sinceramente, o programa eleitoral que mais me transmitiu esperança , e consequentemente o governo que mais expectativas positivas me criou, foi sem dúvida, o do Eng. José Sócrates.

A flexi-segurança, o combate ao trabalho precário, a sociedade da informação (simplex e pc magalhães), energias renováveis, com os parques eólicos, plano nacional de barragens e carro eléctrico, plano rodoviária nacional concluído com autoestradas sem custos, o parque escolar, o complemento solidário para idosos, etc. e ainda faltou um novo aeroporto e a ligação do país à rede transeuropeia de alta velocidade. O que não há para gostar destas ideias?

Fiquei convencido que o país ia realmente ficar melhor, mais moderno e olhar de igual para os países do norte da europa.

Por outro lado, íamos ter um governo que respeitava os mais fracos, os idosos, as pessoas de baixos recursos, os funcionários públicos e que não nos metiam em guerras como o do Durão ou em trapalhadas de estado, como o Santana tornar-se PM por co-adopção e sem ir a votos.

Uma maioria de centro-esquerda para devolver esperança aos portugueses. Estava cheio de esperança.

Só que a esperança é uma coisa engraçada, como nos enchemos dela, também, nos esvaímos. Principalmente, quando as palavras de quem as transmite são diferentes daquilo que praticam. E por isso deixei de ter esperança nas palavras.

Agora sou mais prático, aprendi à minha conta, e agora só volto a ter esperança quando a puder utilizar para pagar a conta da EDP, do IMI, do Pingo Doce, etc.

Se calhar é por ser mais velho e estar desiludido, mas a minha filha continua a ter muita esperança. Quando estamos a fazer os TPC de matemática, ela responde resultados ao calhas na esperança de estarem certos. Mas infelizmente, para ela, não chega esperança, é preciso assimilarmos a realidade e aceitá-la, sem lutas, sem confrontos.

E não é pelo partido A,B ou C ter o político mais brilhante da sua geração ou existirem grandes consensos que a realidade vai mudar. Não vai ser agora com o país e a europa em situação delicada, que as políticas de esperança vão funcionar. Porque senão o governo de José Sócrates tinha sido bestial.

E todos nós sabemos que não foi assim...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:43:57
JSebastião, o problema não são as ideias de esquerda ou direita. O problema são noções básicas do que é déficit, de onde vem a dívida, etc.

E também de como funciona a economia. O que leva alguém a contratar. O que é que acontece se aumentares o risco de contratar ou o diminuires. Etc, etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 12:44:01
Há dois tipos de pessoas que defende a troika de esquerda, as vigaristas e as burras.

tens a certeza de que é isto que queres dizer?
já se está a discutir política a nível futebolístico?

L

já reparaste que isso que disseste vale tanto como 'quem apoia a troika europeia é vigarista ou burro!'.
o que quer dizer que não vale nada?

não seria melhor amenizares as tuas intervenções? isto não é exactamente uma taberna.

L

Lark, há pessoas que não entendem que os insultos não só não levam a nada, como demonstram, da maneira mais rápida, a falta de argumentos de quem os usa. Deste ponto de vista, acabam por não significar uma perda de tempo por completo.

Aquilo não é uma falta de argumento nem um insulto. Se não sabes que déficits levam inevitavelmente a mais dívida, é algo que tens que colmatar para compreender o que aconteceu -- em vez de criticares como fizeste a existência de mais dívida ao mesmo tempo que criticaste a existência de medidas para diminuir os déficits!

Compreendes que essa tua opinião basicamente foi similar às pessoas que criticam as agências de rating por baixarem o rating a Portugal e que logo depois dizem que a dívida é impagável?

Não foi bem isso que critiquei, Inc, foi antes o falhanço dessas medidas para diminuir os déficits.

E não, não sou assim tão ignorante. Eu compreendo a relação entre défice e dívida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 12:50:55
As medidas não falharam necessariamente em diminuir o déficit. Para isso terias que olhar para o déficit em termos "ceteris paribus", ou seja, o que teria ocorrido ao déficit SEM as medidas.

A implosão económica deu-se devido ao terminar do aumento rápido de dívida (pública e privada) -- terminar esse que era inevitável e teria sido ainda mais brutal sem as medidas. Isto porque a dívida adicional que nos foi concedida só ocorreria no contexto das medidas tomadas.

Além disso, a expansão rápida de déficits e dívidas anteriores SUBREPRESENTAVA o que estava realmente a ocorrer, porque o próprio aumento da dívida aumentava a dimensão da economia e portanto dos impostos que eram colectados. Assim que essa dinâmica fosse interrompida (como foi), rapidamente se revelaria a extensão real do problema criado -- com déficits de 10% e maiores ainda, se toda a dinâmica fosse interrompida instantaneamente.

Daí que a "destruição" da economia não tenha resultado das medidas tomadas após o estoiro. Resultou sim das medidas tomadas antes, que tornaram a implosão inevitável. Daí que em 2007/2009 fosse possível prever o aumento brutal do desemprego, a falência dos bancos, etc (como foi aqui previsto). Ou seja, ANOS antes do PSD "neoliberal" ascender ao governo, já o resultado seguinte era inevitável.

-----------

Por fim, historicamente Portugal aproxima-se da Europa quanto toma medidas de moeda forte (contenção de déficits, liberalização da economia) e afasta-se desta quando toma "medidas bem intencionadas de esquerda".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 12:55:41
Sinceramente, o programa eleitoral que mais me transmitiu esperança , e consequentemente o governo que mais expectativas positivas me criou, foi sem dúvida, o do Eng. José Sócrates.

A flexi-segurança, o combate ao trabalho precário, a sociedade da informação (simplex e pc magalhães), energias renováveis, com os parques eólicos, plano nacional de barragens e carro eléctrico, plano rodoviária nacional concluído com autoestradas sem custos, o parque escolar, o complemento solidário para idosos, etc. e ainda faltou um novo aeroporto e a ligação do país à rede transeuropeia de alta velocidade. O que não há para gostar destas ideias?

Fiquei convencido que o país ia realmente ficar melhor, mais moderno e olhar de igual para os países do norte da europa.

Por outro lado, íamos ter um governo que respeitava os mais fracos, os idosos, as pessoas de baixos recursos, os funcionários públicos e que não nos metiam em guerras como o do Durão ou em trapalhadas de estado, como o Santana tornar-se PM por co-adopção e sem ir a votos.

Uma maioria de centro-esquerda para devolver esperança aos portugueses. Estava cheio de esperança.

Só que a esperança é uma coisa engraçada, como nos enchemos dela, também, nos esvaímos. Principalmente, quando as palavras de quem as transmite são diferentes daquilo que praticam. E por isso deixei de ter esperança nas palavras.

Agora sou mais prático, aprendi à minha conta, e agora só volto a ter esperança quando a puder utilizar para pagar a conta da EDP, do IMI, do Pingo Doce, etc.

Se calhar é por ser mais velho e estar desiludido, mas a minha filha continua a ter muita esperança. Quando estamos a fazer os TPC de matemática, ela responde resultados ao calhas na esperança de estarem certos. Mas infelizmente, para ela, não chega esperança, é preciso assimilarmos a realidade e aceitá-la, sem lutas, sem confrontos.

E não é pelo partido A,B ou C ter o político mais brilhante da sua geração ou existirem grandes consensos que a realidade vai mudar. Não vai ser agora com o país e a europa em situação delicada, que as políticas de esperança vão funcionar. Porque senão o governo de José Sócrates tinha sido bestial.

E todos nós sabemos que não foi assim...

Tridion, estou consensual em relação a tudo o que dizes, excepto numa situação: todos sabemos que não foi assim---e todos sabemos que não só não foi assim como o resultado final deixou uma factura pesada para os que vieram a seguir---contudo, não posso servir-me desse caso para fazer uma generalização pessimista (e determinista) em relação a todas as novas situações que aparecerem no caminho. No nosso contexto, a escolha para mim fiou delimitada dentro dos parâmetros que enunciei mais atrás: escolher os mesmos para governar, seguindo as mesmas políticas, ou escolher outros, na esperança de fazerem melhor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 12:57:45
se tudo fosse igual menos o euro a recessao teria sido mais suave e com menos desemprego

o problema eh fazer desvalorizacao interna, alem de ser super complicado de aplicar nao ajuda a reduzir a divida
eh como se nos tivessemos endividado numa moeda estrangeira
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 13:01:27
Sinceramente, o programa eleitoral que mais me transmitiu esperança , e consequentemente o governo que mais expectativas positivas me criou, foi sem dúvida, o do Eng. José Sócrates.

A flexi-segurança, o combate ao trabalho precário, a sociedade da informação (simplex e pc magalhães), energias renováveis, com os parques eólicos, plano nacional de barragens e carro eléctrico, plano rodoviária nacional concluído com autoestradas sem custos, o parque escolar, o complemento solidário para idosos, etc. e ainda faltou um novo aeroporto e a ligação do país à rede transeuropeia de alta velocidade. O que não há para gostar destas ideias?

Fiquei convencido que o país ia realmente ficar melhor, mais moderno e olhar de igual para os países do norte da europa.

Por outro lado, íamos ter um governo que respeitava os mais fracos, os idosos, as pessoas de baixos recursos, os funcionários públicos e que não nos metiam em guerras como o do Durão ou em trapalhadas de estado, como o Santana tornar-se PM por co-adopção e sem ir a votos.

Uma maioria de centro-esquerda para devolver esperança aos portugueses. Estava cheio de esperança.

Só que a esperança é uma coisa engraçada, como nos enchemos dela, também, nos esvaímos. Principalmente, quando as palavras de quem as transmite são diferentes daquilo que praticam. E por isso deixei de ter esperança nas palavras.

Agora sou mais prático, aprendi à minha conta, e agora só volto a ter esperança quando a puder utilizar para pagar a conta da EDP, do IMI, do Pingo Doce, etc.

Se calhar é por ser mais velho e estar desiludido, mas a minha filha continua a ter muita esperança. Quando estamos a fazer os TPC de matemática, ela responde resultados ao calhas na esperança de estarem certos. Mas infelizmente, para ela, não chega esperança, é preciso assimilarmos a realidade e aceitá-la, sem lutas, sem confrontos.

E não é pelo partido A,B ou C ter o político mais brilhante da sua geração ou existirem grandes consensos que a realidade vai mudar. Não vai ser agora com o país e a europa em situação delicada, que as políticas de esperança vão funcionar. Porque senão o governo de José Sócrates tinha sido bestial.

E todos nós sabemos que não foi assim...

Tridion, estou consensual em relação a tudo o que dizes, excepto numa situação: todos sabemos que não foi assim---e todos sabemos que não só não foi assim como o resultado final deixou uma factura pesada para os que vieram a seguir---contudo, não posso servir-me desse caso para fazer uma generalização pessimista (e determinista) em relação a todas as novas situações que aparecerem no caminho. No nosso contexto, a escolha para mim fiou delimitada dentro dos parâmetros que enunciei mais atrás: escolher os mesmos para governar, seguindo as mesmas políticas, ou escolher outros, na esperança de fazerem melhor.

O que não compreendes é que genericamente "as mesmas políticas" da PaF levam a prazo a melhores resultados do que "os outros na esperança de fazer melhor" ao voltarem ás políticas anteriores que causaram o problema e que genericamente nos estagnam ou fazem regredir versus a Europa.

Porém nota, essas políticas são no curto prazo bastante mais agradáveis.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:01:39
se tudo fosse igual menos o euro a recessao teria sido mais suave e com menos desemprego

o problema eh fazer desvalorizacao interna, alem de ser super complicado de aplicar nao ajuda a reduzir a divida
eh como se nos tivessemos endividado numa moeda estrangeira

ajuda a reduzir a dívida e muito. a inflação provocada pela desvalorização inflaciona away a dívida.
desde que esteja denominada na própria moeda claro.
quem tem moeda própria endivida-se nessa moeda. quem não o faz, arrisca-se, como os polacos com o franco suíço.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 13:09:53
1- As medidas não falharam necessariamente em diminuir o déficit. Para isso terias que olhar para o déficit em termos "ceteris paribus", ou seja, o que teria ocorrido ao déficit SEM as medidas.

2 - A implosão económica deu-se devido ao terminar do aumento rápido de dívida (pública e privada) -- terminar esse que era inevitável e teria sido ainda mais brutal sem as medidas. Isto porque a dívida adicional que nos foi concedida só ocorreria no contexto das medidas tomadas.

Além disso, a expansão rápida de déficits e dívidas anteriores SUBREPRESENTAVA o que estava realmente a ocorrer, porque o próprio aumento da dívida aumentava a dimensão da economia e portanto dos impostos que eram colectados. Assim que essa dinâmica fosse interrompida (como foi), rapidamente se revelaria a extensão real do problema criado -- com déficits de 10% e maiores ainda, se toda a dinâmica fosse interrompida instantaneamente.

Daí que a "destruição" da economia não tenha resultado das medidas tomadas após o estoiro. Resultou sim das medidas tomadas antes, que tornaram a implosão inevitável. Daí que em 2007/2009 fosse possível prever o aumento brutal do desemprego, a falência dos bancos, etc (como foi aqui previsto). Ou seja, ANOS antes do PSD "neoliberal" ascender ao governo, já o resultado seguinte era inevitável.

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Por fim, historicamente Portugal aproxima-se da Europa quanto toma medidas de moeda forte (contenção de déficits, liberalização da economia) e afasta-se desta quando toma "medidas bem intencionadas de esquerda".

1- Compreendo e concordo. Mas a comparação, para ser "justa", teria então de ser feita tendo em conta não só a não aplicação das medidas, como a aplicação hipotética de outras medidas. Mas isso parece-em virtualmente impossível de conseguir avaliar na prática.

2 - Sim, tenho visto estes pontos abordados e debatidos, volta e meia, quer aqui no fórum, quer nos OCS em artigos de opinião que focam o assunto. Não contesto que os factos tenham sido esses (e que a culpa da situação em que nos encontrávamos em 2011 vinha já de trás), o que contesto é forma como o governo de Passos Coelho aplicou a austeridade--- foi a "régua e esquadro", sem o menor sentido de sensibilidade social e capacidade de diálogo.

Agora, temos uma equipa de economistas dentro do PS que propõe uma situação alternativa daqui para a frente, mesmo que balizada pelos compromissos europeus, e que contrasta (ou contrastava, até há poucas semanas) com o programa da Paf. Será que eles também são ignorantes ou aldrabões? (enquanto que os da Paf são donos da razão e da honestidade? eheh). Para mim, nem se coloca qualquer dúvida qual dos caminhos vou escolher.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 13:11:09
sao aldraboes  tambem porque dizem economia vai crescer 3% ao ano  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 13:12:21
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 13:17:36
isso ja foi discutido no topico grecia

quem tem emprego/pensao/rendimento  fica bem no euro


quem esta desempregado esta lixado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 13:21:54
sao aldraboes  tambem porque dizem economia vai crescer 3% ao ano  :P

Teremos de nos contentar com essa realidade (a de haver aldrabões "eleitoralistas" dos dois lados---e ao centro também  :-[).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 13:23:42
sao aldraboes  tambem porque dizem economia vai crescer 3% ao ano  :P

Teremos de nos contentar com essa realidade (a de haver aldrabões "eleitoralistas" dos dois lados---e ao centro também  :-[).

mas eh mais irritante quando os aldraboes juram que os outros mentem mas eles nunca o fazem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:28:43
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:33:47
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L

até o schauble o confirmou ao dizer que a seria melhor para a grécia fazer o processo de ajustamento fora do euro.
toda a gente na europa o sabe.
a questão é que está tudo tão investido no projecto do euro, que ninguém se atreve a contestá-lo.
e assim lá vamos andando, estupidamente, na direcção do abismo. porque embora toda a gente veja o abismo ninguém se atreve a dizê-lo.

até ao dia em que a coisa for tão evidente, que acontece ao euro o que aconteceu ao muro de berlim. desaparece da noite para o dia.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 13:34:14
mas ter moeda propria tb tem desvantagens num pais de malucos de esquerda que so querem imprimir e nunca reformam os problemas estruturais

a politica de imprimir nao aumenta a produtividade e mascara os problemas, garantindo ordenados baixos para sempre

o ideal era ter uma mistura de ambos: reformas estruturais e moeda propria. mas em portugal isso nao parece funcionar pois sem ter uma pistola na cabeca ninguem quer reformar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 13:38:19
sao aldraboes  tambem porque dizem economia vai crescer 3% ao ano  :P

Teremos de nos contentar com essa realidade (a de haver aldrabões "eleitoralistas" dos dois lados---e ao centro também  :-[).

mas eh mais irritante quando os aldraboes juram que os outros mentem mas eles nunca o fazem

Outra realidade com a qual temos de conviver dos dois lados.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:38:51
mas ter moeda propria tb tem desvantagens num pais de malucos de esquerda que so querem imprimir e nunca reformam os problemas estruturais

a politica de imprimir nao aumenta a produtividade e mascara os problemas, garantindo ordenados baixos para sempre

o ideal era ter uma mistura de ambos: reformas estruturais e moeda propria. mas em portugal isso nao parece funcionar pois sem ter uma pistola na cabeca nada muda

sim, temos um problema genético, já sei. é o haplotipo errado para ter moeda própria
somos uns merdas, já se sabe.

porque é que os autoflagelantes não se autoflagelam em privado?
porque é que têm que impingir o self hatred aos outros também?

se acham que são uns merdas digam-no em privado uns aos outros.
não meçam o resto do país pela sua fita-métrica.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 13:39:45
mas ter moeda propria tb tem desvantagens num pais de malucos de esquerda que so querem imprimir e nunca reformam os problemas estruturais

a politica de imprimir nao aumenta a produtividade e mascara os problemas, garantindo ordenados baixos para sempre

o ideal era ter uma mistura de ambos: reformas estruturais e moeda propria. mas em portugal isso nao parece funcionar pois sem ter uma pistola na cabeca nada muda

sim, temos um problema genético, já sei. é o haplotipo errado para ter moeda própria
somos uns merdas, já se sabe.

porque é que os autoflagelantes não se autoflagelam em privado?
porque é que têm que impingir o self hatred nos outros também?

se acham que são uns merdas digam-no em privado uns aos outros.
não meçam o resto do país pela sua medida.

L

chegamos ao momento em que negas o obvio, mete la a cabeca no buraco sr avestruz
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:42:08
mas ter moeda propria tb tem desvantagens num pais de malucos de esquerda que so querem imprimir e nunca reformam os problemas estruturais

a politica de imprimir nao aumenta a produtividade e mascara os problemas, garantindo ordenados baixos para sempre

o ideal era ter uma mistura de ambos: reformas estruturais e moeda propria. mas em portugal isso nao parece funcionar pois sem ter uma pistola na cabeca nada muda

sim, temos um problema genético, já sei. é o haplotipo errado para ter moeda própria
somos uns merdas, já se sabe.

porque é que os autoflagelantes não se autoflagelam em privado?
porque é que têm que impingir o self hatred nos outros também?

se acham que são uns merdas digam-no em privado uns aos outros.
não meçam o resto do país pela sua medida.

L

chegamos ao momento em que negas o obvio, mete la a cabeca no buraco sr avestruz

o que é o óbvio?

a teoria que os portugueses têm um defeito nos genes que os impede de ter moeda própria?
que temos que ser governados economicamente pelo exterior?

para mim não é nada óbvio.
acho que só é óbvio para quem sente isso em relação a si próprio.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 13:42:39
1- As medidas não falharam necessariamente em diminuir o déficit. Para isso terias que olhar para o déficit em termos "ceteris paribus", ou seja, o que teria ocorrido ao déficit SEM as medidas.

2 - A implosão económica deu-se devido ao terminar do aumento rápido de dívida (pública e privada) -- terminar esse que era inevitável e teria sido ainda mais brutal sem as medidas. Isto porque a dívida adicional que nos foi concedida só ocorreria no contexto das medidas tomadas.

Além disso, a expansão rápida de déficits e dívidas anteriores SUBREPRESENTAVA o que estava realmente a ocorrer, porque o próprio aumento da dívida aumentava a dimensão da economia e portanto dos impostos que eram colectados. Assim que essa dinâmica fosse interrompida (como foi), rapidamente se revelaria a extensão real do problema criado -- com déficits de 10% e maiores ainda, se toda a dinâmica fosse interrompida instantaneamente.

Daí que a "destruição" da economia não tenha resultado das medidas tomadas após o estoiro. Resultou sim das medidas tomadas antes, que tornaram a implosão inevitável. Daí que em 2007/2009 fosse possível prever o aumento brutal do desemprego, a falência dos bancos, etc (como foi aqui previsto). Ou seja, ANOS antes do PSD "neoliberal" ascender ao governo, já o resultado seguinte era inevitável.

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Por fim, historicamente Portugal aproxima-se da Europa quanto toma medidas de moeda forte (contenção de déficits, liberalização da economia) e afasta-se desta quando toma "medidas bem intencionadas de esquerda".

1- Compreendo e concordo. Mas a comparação, para ser "justa", teria então de ser feita tendo em conta não só a não aplicação das medidas, como a aplicação hipotética de outras medidas. Mas isso parece-em virtualmente impossível de conseguir avaliar na prática.

2 - Sim, tenho visto estes pontos abordados e debatidos, volta e meia, quer aqui no fórum, quer nos OCS em artigos de opinião que focam o assunto. Não contesto que os factos tenham sido esses (e que a culpa da situação em que nos encontrávamos em 2011 vinha já de trás), o que contesto é forma como o governo de Passos Coelho aplicou a austeridade--- foi a "régua e esquadro", sem o menor sentido de sensibilidade social e capacidade de diálogo.

Agora, temos uma equipa de economistas dentro do PS que propõe uma situação alternativa daqui para a frente, mesmo que balizada pelos compromissos europeus, e que contrasta (ou contrastava, até há poucas semanas) com o programa da Paf. Será que eles também são ignorantes ou aldrabões? (enquanto que os da Paf são donos da razão e da honestidade? eheh). Para mim, nem se coloca qualquer dúvida qual dos caminhos vou escolher.

A aplicação da austeridade foi uma das mais socialmente responsáveis de todas as austeridades aplicadas, pois focou-se muito mais fortemente nos rendimentos mais elevados... existe um estudo sobre isto mas seria difícil de o achar.

Agora com o país mais equilibrado há medidas que podem ser aplicadas que antes não podiam. Mas o equilíbrio ainda é ténue.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 13:43:44
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:46:49
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

parece-me que tu andas mais contente do que eu.
eu ficarei contente quando sairmos debaixo da canga do euro, que nos está a matar.
quando começas a chamar nomes, é porque a tua capacidade argumentativa se está a esvaír.
é incrível. agora o name calling é algo não só aceite, como encorajado.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 13:47:07
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

O Lark quer sair euro
com governo nao faz nada a problidade sair e mais elevada  ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 13:48:09
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

parece-me que tu andas mais contente do que eu.
eu ficarei contente quando sairmos debaixo da canga do euro, que nos está a matar.

L

O que nos mata não é o Euro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 13:52:02
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

parece-me que tu andas mais contente do que eu.
eu ficarei contente quando sairmos debaixo da canga do euro, que nos está a matar.

L

O que nos mata não é o Euro.

a verdade esta no meio
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 13:52:16
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
A procura não se mantém, é fortemente contraída pela perda de poder de compra. Tudo o resto concordo.
Em Portugal a crise foi muito significativa com perdas no pib a rondar os 3%. O que poderia acontecer caso tivessemos uma contração de 11% como teve a Islândia?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 13:58:56
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
A procura não se mantém, é fortemente contraída pela perda de poder de compra. Tudo o resto concordo.
Em Portugal a crise foi muito significativa com perdas no pib a rondar os 3%. O que poderia acontecer caso tivessemos uma contração de 11% como teve a Islândia?

a procura interna, na própria moeda, de bens não importados, mantém-se. o que estimula a substituição das importações por produção própria, estimulando ainda mais a economia.

a Islândia já está fora da crise. e os banqueiros dentro. da choldra.
tomara nós.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Europeu em 2015-11-04 14:00:37
Se os economistas do ps disserem que Portugal vai crescer 30% ao ano o jsebastião acredita, porque é preciso ter esperança
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 14:07:46
Vou abster-me de adjectivar e qualificar os artigos de opinião de aqui para a frente---é uma futilidade---as posições políticas de cada interveniente aqui no fórum determinam a forma como olham para os artigos (o que é compreensível), por vezes sem ligarem à argumentação neles contida (o que já não é tão compreensível). Por isso, cada um que tire as suas conclusões sobre a valia dos artigos. A mim interessa-me apenas sublinhar a ideia de que há caminhos alternativos que também são defensáveis---sem que isso não implique abdicar da razão.

Santana Castilho propõe um novo encontro com a história: (http://www.publico.pt/politica/noticia/a-esquerda-e-um-novo-encontro-com-a-historia-constitucional-1713183?frm=opi)

Citar
A esquerda e um novo encontro com a história constitucional

O acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes.

As afirmações que se seguem são correctas no essencial, ainda que uma análise mais longa pudesse melhorá-las, com detalhes:

1. Nos 41 anos da nossa democracia, o PS suportou demasiadas vezes políticas de direita, corroendo, assim, a sua matriz ideológica.

2. Porque o PS, finalmente, resolveu fazer diferente e negociar com o PCP, PEV e BE, logo soaram as trombetas do alarme social e financeiro, sopradas pelos monopolistas do “arco da governação”.

3. A tradição de desentendimento político entre a esquerda e a acusação sistemática de que PC, PEV e BE preferiam o protesto à responsabilidade de governar, agora que parecem em vias de reversão, viraram virtude para os arautos da inevitabilidade. Assumiram-nas como garantidas e aterroriza-os a hipótese de se ter fechado esse ciclo.

 Não lhe conhecemos nem a forma nem a fórmula, são muitos que não o querem, mas acredito que a esquerda portuguesa se prepara para um novo encontro com a nossa história constitucional. O que daí resultará tem risco alto e as fragilidades à partida são evidentes, como é próprio das mudanças relevantes em política. Porém, se desse encontro sair um governo de legislatura, teremos, definitivamente e sem retorno, uma outra forma de fazer política em Portugal. Ao contrário, se falhar, contemos com uma longa hegemonia da direita, reforçada pela provável maioria que conquistará em eleições antecipadas, que governará com o absolutismo que lhe conhecemos e a que juntará boa dose de previsível vingança. Antecipa-o o discurso de Cavaco Silva e a linguagem dos avençados do “ajustamento” e da doutrina do “não há alternativa”, agora em perda, mas bem patente nas televisões e na imprensa.

A evolução problemática (e pouco falada) das finanças públicas de alguns países do norte da Europa, Alemanha inclusa, poderá abrir novas janelas negociais à rigidez do Tratado Orçamental, quem sabe mesmo se à desejável discussão sobre a sustentabilidade das dívidas soberanas. Com efeito, ao invés da relevância dada ao acordo transatlântico, (que sem sequer ter sido, ainda, assinado, já foi, pelo Presidente da República, surpreendentemente, incluído na lista das obrigações de Portugal) pouco ou nada se disse na comunicação social sobre a 107ª sessão plenária da ONU, que “decidiu elaborar e aprovar, mediante um processo de negociações intergovernamentais, um instrumento jurídico multilateral para os processos de reestruturação das dívidas soberanas”. Porém, enquanto essas janelas não forem abertas, é essencial cumprir o Tratado Orçamental, ainda que com políticas diferentes daquelas que, recentemente, sonegaram direitos e aumentaram as desigualdades sociais, sendo vital que PCP, PEV e BE o aceitem e aceitem que é bem melhor ser o PS a fazê-lo que qualquer direita enraivecida.

Posto isto, recordemos o óbvio e alguns factos: as eleições legislativas não nos permitem escolher o primeiro-ministro, mas, outrossim, 230 deputados, ainda que o seu resultado influencie, de acordo com a Constituição, a indigitação deste; a coligação PSD/CDS ganhou as eleições, com 38% dos votos expressos (2.079.049); o PS, PCP, PEV e BE, ainda que não tenham concorrido coligados, obtiveram, em conjunto, 51% dos votos apurados (2.736.845); se avaliarmos os resultados tomando por referência o número de eleitores potenciais, poderemos afirmar que apenas 21,9% dos portugueses manifestaram o seu apoio à coligação PSD/CDS; mais do que Cavaco Silva, é António Costa quem tem, agora, o poder de decidir sobre o futuro Governo do país; que se saiba, nenhum partido impôs ao PS, para que um Governo de esquerda seja constituído com estabilidade e apoio parlamentar, a violação de qualquer dos tratados internacionais que Portugal subscreveu, ainda que algum deles lhes não mereça concordância.

Tudo visto, o acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes e uma realidade pautada pela força dos mercados e pelo poder financeiro da ganância e da especulação. A esquerda tem que saber suportar as influências das ondas de rumores postos a circular sobre eventuais avanços e recuos. Tem que enfrentar um tempo mediático, dissonante do tempo necessário a negociações complexas e sérias. Tem que resistir a discutir na praça pública aquilo que só sob reserva negocial pode terminar em compromisso entre quatro organizações políticas que, tendo propósitos comuns, têm muitas divergências sobre a forma de os conseguir.

Termos em que só a virtude da prudência se pode opor, com sucesso, ao desassossego das falanges de direita, compreensível e irremediavelmente feridas pela síndrome de Hubris (perda de contacto com a realidade, própria de governantes excessivos, que se julgam detentores da verdade única).

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 14:09:12
Se os economistas do ps disserem que Portugal vai crescer 30% ao ano o jsebastião acredita, porque é preciso ter esperança

Fizeste-me rir. Sem ironia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-04 14:12:21
Se os economistas do ps disserem que Portugal vai crescer 30% ao ano o jsebastião acredita, porque é preciso ter esperança

Exato: os socialistas "bending" a matemática do Universo :D

btw o Cavaco só pode aceitar um Governo do A. Costa se BE e PCP assinarem que votam favoravelmente em todos os orçamentos.
Qualquer outro cenário é inviável , se o PCP viabiliza abstendo-se , teoricamente ,
o Governo pode cair com chumbo do PàF.
Não estou a ver o PCP a assinar um cheque em branco, muito menos por 4 anos.

Vamos à solução mais séria, Governo de gestão até Abril e eleições esclarecedoras
a seguir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 14:14:38
Se os economistas do ps disserem que Portugal vai crescer 30% ao ano o jsebastião acredita, porque é preciso ter esperança

Exato: os socialistas "bending" a matemática do Universo :D

btw o Cavaco só pode aceitar um Governo do A. Costa se BE e PCP assinarem que votam favoravelmente em todos os orçamentos.
Qualquer outro cenário é inviável , se o PCP viabiliza abstendo-se , teoricamente ,
o Governo pode cair com chumbo do PàF.
Não estou a ver o PCP a assinar um cheque em branco, muito menos por 4 anos.

Vamos à solução mais séria, Governo de gestão até Abril e eleições esclarecedoras
a seguir.

Justo era eleições entre a coligação de direita e a coligação de esquerda. Assim não haveria dúvidas. Mas agora de uma maneira ou de outra dificilmente não teremos instabilidade até meio de 2016.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-04 14:20:01


Justo era eleições entre a coligação de direita e a coligação de esquerda. Assim não haveria dúvidas. Mas agora de uma maneira ou de outra dificilmente não teremos instabilidade até meio de 2016.

O desespero da Esquerda moderna transformou-se em demagogia vazia de qualquer ideologia.
Esta estória de ganhar no parlamento é "quitte ou double" , se conseguirem vão
para o poder e conseguem alimentar-se de clientelismo, se não der, terão de
afirmar nas eleições se aceitam coligações pós eleitorais e aí acabaram os estratagemas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 14:29:31
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
A procura não se mantém, é fortemente contraída pela perda de poder de compra. Tudo o resto concordo.
Em Portugal a crise foi muito significativa com perdas no pib a rondar os 3%. O que poderia acontecer caso tivessemos uma contração de 11% como teve a Islândia?

a procura interna, na própria moeda, de bens não importados, mantém-se. o que estimula a substituição das importações por produção própria, estimulando ainda mais a economia.

a Islândia já está fora da crise. e os banqueiros dentro. da choldra.
tomara nós.

L
Se somos dos paises com maior abertura ao exterior, é previsível que a procura contraia fortemente. Não é um processo soma nula.
A Islândia já está fora da crise é certo, mas parece-me que não se compara com o nível que tinham anteriormente.
Em Portugal a justiça trabalha muito lentamente, mas ainda estou esperançado que alguns dos banqueiros sejam presos. Mas pelo menos já temos alguns políticos presos...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-04 14:29:59
Não vejo mal da esquerda ir para o governo, vejo mal, é não entenderem coisas óbvias, e nesse caso só compreendo das tais duas maneiras.

Se repararem, os rendimentos mais altos vão viver melhor. Eu acho que a esquerda até está a ficar bem de direita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 14:34:00
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
A procura não se mantém, é fortemente contraída pela perda de poder de compra. Tudo o resto concordo.
Em Portugal a crise foi muito significativa com perdas no pib a rondar os 3%. O que poderia acontecer caso tivessemos uma contração de 11% como teve a Islândia?

a procura interna, na própria moeda, de bens não importados, mantém-se. o que estimula a substituição das importações por produção própria, estimulando ainda mais a economia.

a Islândia já está fora da crise. e os banqueiros dentro. da choldra.
tomara nós.

L
Se somos dos paises com maior abertura ao exterior, é previsível que a procura contraia fortemente. Não é um processo soma nula.
A Islândia já está fora da crise é certo, mas parece-me que não se compara com o nível que tinham anteriormente.
Em Portugal a justiça trabalha muito lentamente, mas ainda estou esperançado que alguns dos banqueiros sejam presos. Mas pelo menos já temos alguns políticos presos...

de acordo. mas saiu da crise.
nós não saímos e quando e se sairmos estaremos ainda pior que a islândia na comparação com o período pré-crise.

local, já não há dúvidas em relação às vantagens de ter moeda própria numa situação de choque económico.
os que têm reagem, como a polónia que passou ao lado da crise.
os que não têm prejudicam-se, com F grande.

qual era a solução? saltarmos foras do euro? não à la gardére.
mas num processo consensuado com a UE, suportado pelo BCE no sentido da nova moeda não crashar, seria óptimo.
para todos. europa central e do sul leste e oeste.
toda a gente sabe isso.
só que ninguém se atreve a dizer que a experiência do euro falhou.
e lá vamos andando neste limbo asfixiante.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-04 14:36:44

Se repararem, os rendimentos mais altos vão viver melhor. Eu acho que a esquerda até está a ficar bem de direita.

A esquerda nunca será de direita porque nunca criará, ou saberá criar riqueza.

A esquerda moderna assemelha-se aos vírus , multiplica-se até ao colapso do hospedeiro . 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-04 14:47:48
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 14:53:59
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

Meu caro a única coisa que interessa é precisamente o governo. Se o governo incentivar negócios feitos com capital social entre empreendedores e pessoal que detém o capital; negócios feitos em bolsa; negócios em que o capital é disperso de forma privada mas colectiva (Ver Seedrs), etc. Se incentivar este tipo de negócios, em detrimento de negócios feitos com empréstimos, então os privados irão se adaptar de forma natural, e tu verás o endividamento privado a cair.

A nível dos privados individuais a questão é a mesma...favorecer o consumo com capitais próprios e dificultar (Via fiscal) a compra com crédito. Também aí as coisas tenderão para um novo ponto de equilíbrio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-04 14:55:48
Lark, agora não consigo tirar o pdf, mas irei fazê-lo mais logo.

Do ponto de vista pessoal, posso-te dizer que lembro-me, em 85, da falta de produtos básicos, como o leite. Era racionado era entregue uma quantidade por pessoa. Isso implicava que toda a gente tinha que ir para a fila, fossem velhos ou crianças. Também me lembro, que um ordenado de professora, não dava para as despesas. Por exemplo, não tinha possibilidades de ter um automóvel.

Compara essa realidade com a actual, parece-me que as diferenças são monstruosas.

são. sendo que esta crise é muito pior.
há aí qualquer coisa que te está a distorcer a visão das gravidades relativas das duas crises.

a de 83 estava acabada em 85.
a de 2009, estará acabada... quem sabe?

L
Para um indivíduo que não perdeu o emprego, a outra foi muito pior. O poder de compra real diminuiu muito mais com a desvalorização da moeda que com os cortes "ligeiros" efectuados aos ordenados actuais. E a acção social está mais implantada agora que antigamente.

Parece-me que é um caso de escolha, entre um corte drástico e rápido ou um corte mais lento e mais controlado.

o problema é exactamente esse. num regime de fixed rate (dentro do euro ou pegged), o desemprego dispara e dada a deflação os empregados até podem ver o seu poder de compra subir - se não lhes forem ao bolso de outras formas.
num regime de floating rate, são todos penalizados pela mesma medida. o desemprego não dispara, a procura mantém-se, as importações ficam mais caras, a exportações são estimuladas, a substituição de importações é estimulada aumentando o output económico, o investimento estrangeiro aumenta. É uma forma muito mais benigna de ajustamento económico do que a desvalorização interna. que é feita à custa de desemprego; o que é muito mais duro. e muito mais prolongado.
basicamente não há nenhuma vantagem na desvalorização interna, vulgo austeridade. só há desvantagens.

isso já foi dito pelo FMI e por todos os economistas de boa fé. e até para nós, leigos é mais que evidente.

não diria que quem diz o contrário é vigarista ou burro, como fez o heras, mas é concerteza o pior tipo de cego; aquele que não quer ver.

L
A procura não se mantém, é fortemente contraída pela perda de poder de compra. Tudo o resto concordo.
Em Portugal a crise foi muito significativa com perdas no pib a rondar os 3%. O que poderia acontecer caso tivessemos uma contração de 11% como teve a Islândia?

a procura interna, na própria moeda, de bens não importados, mantém-se. o que estimula a substituição das importações por produção própria, estimulando ainda mais a economia.

a Islândia já está fora da crise. e os banqueiros dentro. da choldra.
tomara nós.

L
Se somos dos paises com maior abertura ao exterior, é previsível que a procura contraia fortemente. Não é um processo soma nula.
A Islândia já está fora da crise é certo, mas parece-me que não se compara com o nível que tinham anteriormente.
Em Portugal a justiça trabalha muito lentamente, mas ainda estou esperançado que alguns dos banqueiros sejam presos. Mas pelo menos já temos alguns políticos presos...

de acordo. mas saiu da crise.
nós não saímos e quando e se sairmos estaremos ainda pior que a islândia na comparação com o período pré-crise.

local, já não há dúvidas em relação às vantagens de ter moeda própria numa situação de choque económico.
os que têm reagem, como a polónia que passou ao lado da crise.
os que não têm prejudicam-se, com F grande.

qual era a solução? saltarmos foras do euro? não à la gardére.
mas num processo consensuado com a UE, suportado pelo BCE no sentido da nova moeda não crashar, seria óptimo.
para todos. europa central e do sul leste e oeste.
toda a gente sabe isso.
só que ninguém se atreve a dizer que a experiência do euro falhou.
e lá vamos andando neste limbo asfixiante.

L
A Estónia é um exemplo de como um país pegued ao Euro e que também já recuperou da crise.
Por isso nem todos ficam lixados como dizes.

Sobre a saida do Euro, parece-me que ainda é cedo para dizer que se tornou num projecto falhado. Está a sofrer dos males de ser um processo em formação.
Como diz a prof, aber...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-04 14:57:48
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

parece-me que tu andas mais contente do que eu.
eu ficarei contente quando sairmos debaixo da canga do euro, que nos está a matar.
quando começas a chamar nomes, é porque a tua capacidade argumentativa se está a esvaír.
é incrível. agora o name calling é algo não só aceite, como encorajado.

L

Se sairmos do euro as pensões desvalorizam. Mas a esquerda nem quer ouvir falar em reforma (=cortes) das pensões.

Outra maneira de desvalorizar era reduzir as contribuições para a SS dos empregadores e aumentar dos empregados. Mas lembram-se das manifestações que isso originou quando o governo o quiz fazer?

Uma alternativa à desvalorização e inflação são os cortes de salários, pensões e outras prestação (e um imposto sobre rendas, tipo PPP). Mas tudo isto é muito difícil politicamente.
Atualmente já nem são muito precisas reduções de salários privados. O défice externo já foi revertido. Mas o défice público ainda não está bem e o sistema de pensão, na actual situação demográfica e com baixo crescimento económico, é insustentável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-04 15:00:40

Se repararem, os rendimentos mais altos vão viver melhor. Eu acho que a esquerda até está a ficar bem de direita.

A esquerda nunca será de direita porque nunca criará, ou saberá criar riqueza.

A esquerda moderna assemelha-se aos vírus , multiplica-se até ao colapso do hospedeiro .

Sim, sem duvida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 15:02:29
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

mr T, desculpe mas vou ter demonstrar a falácia que está aí embebida.
se nós já tivemos um determinado output económico, não há nenhuma razão para não o voltarmos a ter.
a capacidade produtiva está cá.
a mão de obra está cá.
as duas à capacidade máxima geram um GDP idêntico ao que já geraram.

só não o farão se a capacidade produtiva se tivesse reduzido - fábricas desmanteladas, espaço comercial dedicado a outra coisa qualquer etc.
destruição física mesmo. do tipo de uma catástrofe natural.
não aconteceu. a capacidade produtiva está aí.

a mão de obra está aí. se existe capacidade produtiva, então existe capacidade de empregar a mão de obra.
aqui só se poderia considerar uma quebra, se a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar se tivesse reduzido. o que até pode ter acontecido devido à emigração.
mas é a única razão para não podermos atingir o mesmo output económico que já tivemos.
a procura interna, se em pleno emprego, equivaleria à que já existiu.
a diferença é a dívida que poderá reduzir a procura. em pleno emprego é difícil que isso aconteça. e é mais uma razão para termos moeda própria. poder estimular a procura.

o output alcançado antes, como uma marca de água, pode ser alcançado outra vez. não depende da dívida.
depende de utilizar a capacidade produtiva e a mão de obra de forma maximizada.

isso é uma falácia muito utilizada, mas já desmontada há muito tempo. por vários economistas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-04 15:21:27
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

mr T, desculpe mas vou ter demonstrar a falácia que está aí embebida.
se nós já tivemos um determinado output económico, não há nenhuma razão para não o voltarmos a ter.
a capacidade produtiva está cá.
a mão de obra está cá.
as duas à capacidade máxima geram um GDP idêntico ao que já geraram.

só não o farão se a capacidade produtiva se tivesse reduzido - fábricas desmanteladas, espaço comercial dedicado a outra coisa qualquer etc.
destruição física mesmo. do tipo de uma catástrofe natural.
não aconteceu. a capacidade produtiva está aí.

a mão de obra está aí. se existe capacidade produtiva, então existe capacidade de empregar a mão de obra.
aqui só se poderia considerar uma quebra, se a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar se tivesse reduzido. o que até pode ter acontecido devido à emigração.
mas é a única razão para não podermos atingir o mesmo output económico que já tivemos.
a procura interna, se em pleno emprego, equivaleria à que já existiu.
a diferença é a dívida que poderá reduzir a procura. em pleno emprego é difícil que isso aconteça. e é mais uma razão para termos moeda própria. poder estimular a procura.

o output alcançado antes, como uma marca de água, pode ser alcançado outra vez. não depende da dívida.
depende de utilizar a capacidade produtiva e a mão de obra de forma maximizada.

isso é uma falácia muito utilizada, mas já desmontada há muito tempo. por vários economistas.

L

Isso não é assim. Para além de usares um modelo de economia demasiado simplificado, esquecendo que as coisas são mais complexas e que existem múltiplas influências entre actividades externas e internas, não tens em consideração até factos simples.
Um exemplo: existia um grande desequilíbrio externo. Isso originava que se estava a consumir mais do que se devia. Por exemplo, se ias a uma loja e compravas roupa importada, ou viagens à Riviera Maia ou televisores, uma parte do dinheiro era para pagar esses bens, outra parte ficava nos importadores, grossistas e retalhistas. Reduzindo o consumo de bens importados, o dono da loja de eletrodomésticos deixou de comprar os colares de filigrama portuguesa para dar à mulher ou à amante, o proprietário da pequena agência de viagens já não vai almoçar ao restaurante do João porque a mulher trabalhava na loja de roupa que faliu e ele tem que poupar.
Claro que a agência de viagens continuaria a ter capacidade de produção (vender mais viagens) e a ourivesaria também (fazer e vender mais penduricalhos).

Basicamente, se todos os portugueses obtivessem um crédito para compras este NAtal iria aumentar o consumo (interno e externo) aumentando a produção nacional. Acabando o crédito, tudo se reduz (consumo nacional e importado, comércio nacional e indústria nacional).
Mesmo sem crédito, se POR MAGIA hoje ao chegar a casa todos os portugueses tivessem 10 000 euros em cima da mesa da cozinha, o PIB aumentava rapidamente. Era ver os restaurantes cheios e pessoal a reclamar por não haver mesas. As importações também (tudo com iPhone novo no Natal). Daqui a um ano, com o dinheiro gasto, retornava a um nível próximo da actual. Será que então dirias: em Nov/Dez 2015 o PIB cresceu 15%. O país tem essa capacidade de produção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-04 15:32:17
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

mr T, desculpe mas vou ter demonstrar a falácia que está aí embebida.
se nós já tivemos um determinado output económico, não há nenhuma razão para não o voltarmos a ter.
a capacidade produtiva está cá.
a mão de obra está cá.
as duas à capacidade máxima geram um GDP idêntico ao que já geraram.

só não o farão se a capacidade produtiva se tivesse reduzido - fábricas desmanteladas, espaço comercial dedicado a outra coisa qualquer etc.
destruição física mesmo. do tipo de uma catástrofe natural.
não aconteceu. a capacidade produtiva está aí.

a mão de obra está aí. se existe capacidade produtiva, então existe capacidade de empregar a mão de obra.
aqui só se poderia considerar uma quebra, se a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar se tivesse reduzido. o que até pode ter acontecido devido à emigração.
mas é a única razão para não podermos atingir o mesmo output económico que já tivemos.
a procura interna, se em pleno emprego, equivaleria à que já existiu.
a diferença é a dívida que poderá reduzir a procura. em pleno emprego é difícil que isso aconteça. e é mais uma razão para termos moeda própria. poder estimular a procura.

o output alcançado antes, como uma marca de água, pode ser alcançado outra vez. não depende da dívida.
depende de utilizar a capacidade produtiva e a mão de obra de forma maximizada.

isso é uma falácia muito utilizada, mas já desmontada há muito tempo. por vários economistas.

L

Isso não é assim. Para além de usares um modelo de economia demasiado simplificado, esquecendo que as coisas são mais complexas e que existem múltiplas influências entre actividades externas e internas, não tens em consideração até factos simples.
Um exemplo: existia um grande desequilíbrio externo. Isso originava que se estava a consumir mais do que se devia. Por exemplo, se ias a uma loja e compravas roupa importada, ou viagens à Riviera Maia ou televisores, uma parte do dinheiro era para pagar esses bens, outra parte ficava nos importadores, grossistas e retalhistas. Reduzindo o consumo de bens importados, o dono da loja de eletrodomésticos deixou de comprar os colares de filigrama portuguesa para dar à mulher ou à amante, o proprietário da pequena agência de viagens já não vai almoçar ao restaurante do João porque a mulher trabalhava na loja de roupa que faliu e ele tem que poupar.
Claro que a agência de viagens continuaria a ter capacidade de produção (vender mais viagens) e a ourivesaria também (fazer e vender mais penduricalhos).

Basicamente, se todos os portugueses obtivessem um crédito para compras este NAtal iria aumentar o consumo (interno e externo) aumentando a produção nacional. Acabando o crédito, tudo se reduz (consumo nacional e importado, comércio nacional e indústria nacional).

parece-me que te apressaste a desmentir algo que conheces mal.
se todos os portugueses estivessem empregados, haveria salários e crédito, hoje a condições muito melhores do que antes.
O GDP tenderia a superar o seu máximo anterior e em muito.

a capacidade produtiva existe. basta pôr a mão de obra a trabalhar, com dinheiro no bolso e acesso ao crédito novamente.
a mão de obra daqui e de acolá. para exportarmos e importarmos e comerciarmos e todos crescermos.

na história da civilização sempre houve ciclos de dívida e o GDP não parou de crescer.
só mesmo quando havia destruição da capacidade produtiva, como as invasões bárbaras ou grandes diminuições de população como a provocada pela peste negra.
na ausência destas catástrofes naturais, o GDP aumenta em função da produtividade. não em função da dívida.
sei que ideologicamente isto é delicado para ti. mas não estou muito preocupado com isso.
mais com factos e em como realmente a economia funciona.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 15:43:11
E a demografia a encolher  como o japao...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 16:04:22
isto ate eh comico pois o lark agora anda todo contente com um possivel governo de esquerda mas que vai fazer tudo menos reformar o pais, ele apoia essa forma de fazer politica e depois nega que ela exista

lark, es muito nabo nestas coisas. os paises nordicos aguentam moedas fortes precisamente porque tem uma cultura reformista. no sul imprimimos e desvalorizamos. toda a gente sabe isto menos tu.

parece-me que tu andas mais contente do que eu.
eu ficarei contente quando sairmos debaixo da canga do euro, que nos está a matar.

L

O que nos mata não é o Euro.

a verdade esta no meio

A verdade só está no meio se o uso de uma moeda fora do euro para devalorizar no contexto de reformas fosse uma excepção.

Sendo um sistema, é fortemente negativo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 16:06:09
Vou abster-me de adjectivar e qualificar os artigos de opinião de aqui para a frente---é uma futilidade---as posições políticas de cada interveniente aqui no fórum determinam a forma como olham para os artigos (o que é compreensível), por vezes sem ligarem à argumentação neles contida (o que já não é tão compreensível). Por isso, cada um que tire as suas conclusões sobre a valia dos artigos. A mim interessa-me apenas sublinhar a ideia de que há caminhos alternativos que também são defensáveis---sem que isso não implique abdicar da razão.

Santana Castilho propõe um novo encontro com a história: ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/a-esquerda-e-um-novo-encontro-com-a-historia-constitucional-1713183?frm=opi[/url])

Citar
A esquerda e um novo encontro com a história constitucional

O acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes.

As afirmações que se seguem são correctas no essencial, ainda que uma análise mais longa pudesse melhorá-las, com detalhes:

1. Nos 41 anos da nossa democracia, o PS suportou demasiadas vezes políticas de direita, corroendo, assim, a sua matriz ideológica.

2. Porque o PS, finalmente, resolveu fazer diferente e negociar com o PCP, PEV e BE, logo soaram as trombetas do alarme social e financeiro, sopradas pelos monopolistas do “arco da governação”.

3. A tradição de desentendimento político entre a esquerda e a acusação sistemática de que PC, PEV e BE preferiam o protesto à responsabilidade de governar, agora que parecem em vias de reversão, viraram virtude para os arautos da inevitabilidade. Assumiram-nas como garantidas e aterroriza-os a hipótese de se ter fechado esse ciclo.

 Não lhe conhecemos nem a forma nem a fórmula, são muitos que não o querem, mas acredito que a esquerda portuguesa se prepara para um novo encontro com a nossa história constitucional. O que daí resultará tem risco alto e as fragilidades à partida são evidentes, como é próprio das mudanças relevantes em política. Porém, se desse encontro sair um governo de legislatura, teremos, definitivamente e sem retorno, uma outra forma de fazer política em Portugal. Ao contrário, se falhar, contemos com uma longa hegemonia da direita, reforçada pela provável maioria que conquistará em eleições antecipadas, que governará com o absolutismo que lhe conhecemos e a que juntará boa dose de previsível vingança. Antecipa-o o discurso de Cavaco Silva e a linguagem dos avençados do “ajustamento” e da doutrina do “não há alternativa”, agora em perda, mas bem patente nas televisões e na imprensa.

A evolução problemática (e pouco falada) das finanças públicas de alguns países do norte da Europa, Alemanha inclusa, poderá abrir novas janelas negociais à rigidez do Tratado Orçamental, quem sabe mesmo se à desejável discussão sobre a sustentabilidade das dívidas soberanas. Com efeito, ao invés da relevância dada ao acordo transatlântico, (que sem sequer ter sido, ainda, assinado, já foi, pelo Presidente da República, surpreendentemente, incluído na lista das obrigações de Portugal) pouco ou nada se disse na comunicação social sobre a 107ª sessão plenária da ONU, que “decidiu elaborar e aprovar, mediante um processo de negociações intergovernamentais, um instrumento jurídico multilateral para os processos de reestruturação das dívidas soberanas”. Porém, enquanto essas janelas não forem abertas, é essencial cumprir o Tratado Orçamental, ainda que com políticas diferentes daquelas que, recentemente, sonegaram direitos e aumentaram as desigualdades sociais, sendo vital que PCP, PEV e BE o aceitem e aceitem que é bem melhor ser o PS a fazê-lo que qualquer direita enraivecida.

Posto isto, recordemos o óbvio e alguns factos: as eleições legislativas não nos permitem escolher o primeiro-ministro, mas, outrossim, 230 deputados, ainda que o seu resultado influencie, de acordo com a Constituição, a indigitação deste; a coligação PSD/CDS ganhou as eleições, com 38% dos votos expressos (2.079.049); o PS, PCP, PEV e BE, ainda que não tenham concorrido coligados, obtiveram, em conjunto, 51% dos votos apurados (2.736.845); se avaliarmos os resultados tomando por referência o número de eleitores potenciais, poderemos afirmar que apenas 21,9% dos portugueses manifestaram o seu apoio à coligação PSD/CDS; mais do que Cavaco Silva, é António Costa quem tem, agora, o poder de decidir sobre o futuro Governo do país; que se saiba, nenhum partido impôs ao PS, para que um Governo de esquerda seja constituído com estabilidade e apoio parlamentar, a violação de qualquer dos tratados internacionais que Portugal subscreveu, ainda que algum deles lhes não mereça concordância.

Tudo visto, o acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes e uma realidade pautada pela força dos mercados e pelo poder financeiro da ganância e da especulação. A esquerda tem que saber suportar as influências das ondas de rumores postos a circular sobre eventuais avanços e recuos. Tem que enfrentar um tempo mediático, dissonante do tempo necessário a negociações complexas e sérias. Tem que resistir a discutir na praça pública aquilo que só sob reserva negocial pode terminar em compromisso entre quatro organizações políticas que, tendo propósitos comuns, têm muitas divergências sobre a forma de os conseguir.

Termos em que só a virtude da prudência se pode opor, com sucesso, ao desassossego das falanges de direita, compreensível e irremediavelmente feridas pela síndrome de Hubris (perda de contacto com a realidade, própria de governantes excessivos, que se julgam detentores da verdade única).




Aparentemente a lógica é que chegámos a um gasto de mais de 50% do PIB com o Estado através de políticas de direita.

Que fará se tivessem sido políticas de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 16:09:03
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

Exacto.

E sim, o que motivou o pico foi a expansão de dívida tanto privada como pública. A parte em que o Estado esteve mal, é que expandiu na medida em que a economia insustentável lhe permitiu expandir. Por exemplo, Espanha nesse caso não fez bem o mesmo e até chegou a um superávit orçamental.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 16:09:33
na prespetiva de um comunista

tudo o que for  gastos abaixo 100% do PIB  e um  estado Neoliberal :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 16:11:47
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

mr T, desculpe mas vou ter demonstrar a falácia que está aí embebida.
se nós já tivemos um determinado output económico, não há nenhuma razão para não o voltarmos a ter.
a capacidade produtiva está cá.
a mão de obra está cá.
as duas à capacidade máxima geram um GDP idêntico ao que já geraram.

só não o farão se a capacidade produtiva se tivesse reduzido - fábricas desmanteladas, espaço comercial dedicado a outra coisa qualquer etc.
destruição física mesmo. do tipo de uma catástrofe natural.
não aconteceu. a capacidade produtiva está aí.

a mão de obra está aí. se existe capacidade produtiva, então existe capacidade de empregar a mão de obra.
aqui só se poderia considerar uma quebra, se a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar se tivesse reduzido. o que até pode ter acontecido devido à emigração.
mas é a única razão para não podermos atingir o mesmo output económico que já tivemos.
a procura interna, se em pleno emprego, equivaleria à que já existiu.
a diferença é a dívida que poderá reduzir a procura. em pleno emprego é difícil que isso aconteça. e é mais uma razão para termos moeda própria. poder estimular a procura.

o output alcançado antes, como uma marca de água, pode ser alcançado outra vez. não depende da dívida.
depende de utilizar a capacidade produtiva e a mão de obra de forma maximizada.

isso é uma falácia muito utilizada, mas já desmontada há muito tempo. por vários economistas.

L

A procura interna era alicerçada num aumento contínuo de dívida pública e privada. Não era alicerçada na produção nacional existir para trocar -- tal como se via nos desequilíbrios externos. A economia que provocava o desequilíbrio externo não era sustentável.

A capacidade para consumir a crédito existe sempre mas não é sustentável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 18:08:32
Não vejo mal da esquerda ir para o governo, vejo mal, é não entenderem coisas óbvias, e nesse caso só compreendo das tais duas maneiras.

Se repararem, os rendimentos mais altos vão viver melhor. Eu acho que a esquerda até está a ficar bem de direita.
É, aliás, chocante ver o BE a defender a eliminação da sobretaxa que apanhava salários e pensões mais elevados ou a defender o IVA mais baixo na restauração e deixar a electricidade a 23%.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 18:11:55
santana carrilho
Citar
A esquerda e um novo encontro com a história constitucional

O acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes.

As afirmações que se seguem são correctas no essencial, ainda que uma análise mais longa pudesse melhorá-las, com detalhes:

1. Nos 41 anos da nossa democracia, o PS suportou demasiadas vezes políticas de direita, corroendo, assim, a sua matriz ideológica.

O Santana Carrilho está completamente errado. Ambos os partidos, PS e PSD, têm tidos as mesmas politicas colectivistas desde o 25 de Abril.
Portanto, sabendo que no dicionário de politica portguesa esquerda = colectivismo, conclui-se que é o inverso do que ele diz. O PSD é que suportou demasiadas vezes politicas de esquerda ao longo destes 41 nos (e não diria que corroeu a sua matriz porque na realidade o PSD é um partido de esquerda - colectivista - igual ao PS). Tal como o CDS, diga-se.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 18:40:26
santana carrilho
Citar
A esquerda e um novo encontro com a história constitucional

O acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes.

As afirmações que se seguem são correctas no essencial, ainda que uma análise mais longa pudesse melhorá-las, com detalhes:

1. Nos 41 anos da nossa democracia, o PS suportou demasiadas vezes políticas de direita, corroendo, assim, a sua matriz ideológica.

O Santana Carrilho está completamente errado. Ambos os partidos, PS e PSD, têm tidos as mesmas politicas colectivistas desde o 25 de Abril.
Portanto, sabendo que no dicionário de politica portguesa esquerda = colectivismo, conclui-se que é o inverso do que ele diz. O PSD é que suportou demasiadas vezes politicas de esquerda ao longo destes 41 nos (e não diria que corroeu a sua matriz porque na realidade o PSD é um partido de esquerda - colectivista - igual ao PS). Tal como o CDS, diga-se.

Automek, creio que isso é uma questão de intepretação---em concreto naquilo que são políticas de esquerda e de direita e da sua maior ou menor aproximação ao colectivismo. Ou seja, o dicionário por onde ele está a interpretar os termos não é o mesmo que o teu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 18:45:22
Voces estao ver mal

Isto e Grande vitoria do PCP

finalmente  o Ps governa a esquerda :D ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 18:46:15
Ele consegue destrinçar politicas de direita e esquerda, associando-as ao PSD e PS, quando esses partidos são exactamente iguais em termos de politicas. E ambos extremamente colectivistas.
Se derem a alguém um programa do PS ou do PSD, sem dizer de quem é, é impossível identificar a quem pertence lendo apenas as medidas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-04 18:48:48
santana carrilho
Citar
A esquerda e um novo encontro com a história constitucional

O acordo que unirá a esquerda implica um equilíbrio difícil entre programas políticos diferentes.

As afirmações que se seguem são correctas no essencial, ainda que uma análise mais longa pudesse melhorá-las, com detalhes:

1. Nos 41 anos da nossa democracia, o PS suportou demasiadas vezes políticas de direita, corroendo, assim, a sua matriz ideológica.

O Santana Carrilho está completamente errado. Ambos os partidos, PS e PSD, têm tidos as mesmas politicas colectivistas desde o 25 de Abril.
Portanto, sabendo que no dicionário de politica portguesa esquerda = colectivismo, conclui-se que é o inverso do que ele diz. O PSD é que suportou demasiadas vezes politicas de esquerda ao longo destes 41 nos (e não diria que corroeu a sua matriz porque na realidade o PSD é um partido de esquerda - colectivista - igual ao PS). Tal como o CDS, diga-se.

Automek, creio que isso é uma questão de intepretação---em concreto naquilo que são políticas de esquerda e de direita e da sua maior ou menor aproximação ao colectivismo. Ou seja, o dicionário por onde ele está a interpretar os termos não é o mesmo que o teu.

Uma coisa, certamente que não se chega ao Estado a gastar 50% do PIB com políticas da direita, a menos que seja uma direita alucinada a meter o país em guerras.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-04 19:10:07
PAN está contra o voo da águia Vitória (http://www.maisfutebol.iol.pt/benfica/04-11-2015/pan-esta-contra-o-voo-da-aguia-vitoria?utm_campaign=auto-tw&utm_source=twitter&utm_medium=social)

Agora sim, uma partido que defende o que é certo e está-se a marimbar para agradar às maiorias!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 19:21:00
PAN está contra o voo da águia Vitória ([url]http://www.maisfutebol.iol.pt/benfica/04-11-2015/pan-esta-contra-o-voo-da-aguia-vitoria?utm_campaign=auto-tw&utm_source=twitter&utm_medium=social[/url])

Agora sim, uma partido que defende o que é certo e está-se a marimbar para agradar às maiorias!


finalmente um partido com as prioridades correctas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-04 19:22:01
Ele consegue destrinçar politicas de direita e esquerda, associando-as ao PSD e PS, quando esses partidos são exactamente iguais em termos de politicas. E ambos extremamente colectivistas.
Se derem a alguém um programa do PS ou do PSD, sem dizer de quem é, é impossível identificar a quem pertence lendo apenas as medidas.

Eu estou sempre a dizer isto, mas vou continuar a dizer, o PS está com um grave problema que é o do PSD ter-lhe ocupado o centro. Se é para votar em quem defende o estado social, mas também quer alguma liberdade económica acaba por preferir o PSD.

O PS esvaziado de ideias vira-se para a verdadeira esquerda, mas mesmo aí é mais "atraente" votar no BE.

Estou convencido que o PS ou se reinventa ou vai ser ultrapassado pelo BE na próxima década.

E o que é a reinvenção do PS? Basicamente ser o PSD com uma linguagem menos arrogante e com menos casos dúbios, mas isso em face dos últimos acontecimentos e com as pessoas que continuam a popular o PS torna-se difícil.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 19:29:46
Sim, tinha de ser um Assis, um Vitorino ou alguém assim. Discurso fácil e com tendência reformista. Não se pede um liberal, mas pelo menos um tipo com tendências sociais democratas.
Longe daquela malta ex socrática que rodeia o Costa ou da velharia que ainda debita a cassete do 25 de Abril.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 21:57:37
a reuniao de hoje com o PCP correu tao bem que nem sequer ha noticias sobre o assunto
"os verdes" ja falam em viabilizar o governo do PS sem acordo, algo que o PS sempre recusou
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:12:32
Ele consegue destrinçar politicas de direita e esquerda, associando-as ao PSD e PS, quando esses partidos são exactamente iguais em termos de politicas. E ambos extremamente colectivistas.
Se derem a alguém um programa do PS ou do PSD, sem dizer de quem é, é impossível identificar a quem pertence lendo apenas as medidas.

Eu estou sempre a dizer isto, mas vou continuar a dizer, o PS está com um grave problema que é o do PSD ter-lhe ocupado o centro. Se é para votar em quem defende o estado social, mas também quer alguma liberdade económica acaba por preferir o PSD.

O PS esvaziado de ideias vira-se para a verdadeira esquerda, mas mesmo aí é mais "atraente" votar no BE.

Estou convencido que o PS ou se reinventa ou vai ser ultrapassado pelo BE na próxima década.

E o que é a reinvenção do PS? Basicamente ser o PSD com uma linguagem menos arrogante e com menos casos dúbios, mas isso em face dos últimos acontecimentos e com as pessoas que continuam a popular o PS torna-se difícil.

Mas "a viragem à esquerda" não se dá por efeitos de falta de ideias (diferenciadoras) nem por conta da eventual ocupação do espaço programático por parte o PSD. Dá-se apenas e só por causa dos resultados nas eleições, não sendo, ainda assim, uma verdadeira viragem, mas antes uma aproximação em relação a algumas matérias, por via das concessões derivadas de um acordo (em que todas a partes têm de ceder nalguma coisa para se atingirem compromissos).

Automek, quanto à igualdade "exacta" nas políticas entre PS e PSD, parece-me mais coisa aparente nos manuais programáticos apresentados para estas eleições (porque falam em objectivos, e a maioria desses objectivos são de facto comuns entre os dois partidos), mas depois cá fora o discurso e as medidas concretas anunciadas são diferentes---no sentido de apontarem para caminhos e abordagens opostos para chegar ao mesmo sítio.

"Ambos extremamente colectivistas"? Podes desenvolver esta afirmação?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:13:34
a reuniao de hoje com o PCP correu tao bem que nem sequer ha noticias sobre o assunto
"os verdes" ja falam em viabilizar o governo do PS sem acordo, algo que o PS sempre recusou

Mas a reunião já terminou?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 22:18:20
a reuniao de hoje com o PCP correu tao bem que nem sequer ha noticias sobre o assunto
"os verdes" ja falam em viabilizar o governo do PS sem acordo, algo que o PS sempre recusou

Mas a reunião já terminou?

as vezes esqueco-me que em portugal os horarios sao anormais
pode ser que nao tenha terminado, tal como dizes
mas tb nao vi noticias a dizer que ainda estavam reunidos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 22:26:39
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 22:28:20
A luta em portugal e

PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar

BE/PCP = 99% do estado controlar

o 1% e pequena propriedade  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:31:24
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado

A definição conheço, não percebo é a associação que fazes a PSD e PS, juntando-lhe um qualificativo pesadito...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 22:33:39
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado

A definição conheço, não percebo é a associação que fazes a PSD e PS, juntando-lhe um qualificativo pesadito...

para direita nao existe  50% e peso enorme!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:34:45
A luta em portugal e

PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar

BE/PCP = 99% do estado controlar

o 1% e pequena propriedade  ;D

Tipo piolhos e carraças.  :D

"PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar"? Assim tanto? De que estamos a falar em concreto? (como fazem essas estimativas? Quer dizer... há inicitiva privada praticamente livre no sector empresarial, e há liberdade democrática a nível pessoal...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 22:37:48
A luta em portugal e

PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar

BE/PCP = 99% do estado controlar

o 1% e pequena propriedade  ;D

Tipo piolhos e carraças.  :D

"PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar"? Assim tanto? De que estamos a falar em concreto? (como fazem essas estimativas? Quer dizer... há inicitiva privada praticamente livre no sector empresarial, e há liberdade democrática a nível pessoal...)

sebastiao, qual eh a % do pib ocupada pelo estado portugues?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 22:41:39
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado

A definição conheço, não percebo é a associação que fazes a PSD e PS, juntando-lhe um qualificativo pesadito...
São os partidos que têm governado desde o 25 de Abril e conseguiram que o estado crescesse até gastar 50% do que a economia produz. Isto além da criação de um país onde não se pode dar um p* sem um camião de leis, requerimentos, carimbos, autorizações e proibições.

A parte do "qualificativo pesadito" não percebi. PS e PSD são iguais nas políticas e são colectivistas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:42:10
A luta em portugal e

PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar

BE/PCP = 99% do estado controlar

o 1% e pequena propriedade  ;D

Tipo piolhos e carraças.  :D

"PSD/CDS/PS = 50% do estado controlar"? Assim tanto? De que estamos a falar em concreto? (como fazem essas estimativas? Quer dizer... há inicitiva privada praticamente livre no sector empresarial, e há liberdade democrática a nível pessoal...)

sebastiao, qual eh a % do pib ocupada pelo estado portugues?

ok... ok...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 22:45:10
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado

A definição conheço, não percebo é a associação que fazes a PSD e PS, juntando-lhe um qualificativo pesadito...
São os partidos que têm governado desde o 25 de Abril e conseguiram que o estado crescesse até gastar 50% do que a economia produz. Isto além da criação de um país onde não se pode dar um p* sem um camião de leis, requerimentos, carimbos, autorizações e proibições.

A parte do "qualificativo pesadito" não percebi. PS e PSD são iguais nas políticas e são colectivistas.

"extremamente"

Já agora, como comparamos com outros estados europeus em termos de peso do estado no PIB?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-04 22:46:14
ok ok é que sabes a resposta e já percebeste que vives numa república socialista, ou é ok ok porque nem isso sabes?

Com as tuas ideias, e a tua retórica completamente vazia e difusa, não consigo perceber bem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 22:55:15
Sebastião, o PIB português é aprox 174bis = 174.000.000.000 euros.

Estas são as receitas e despesas do estado:
(http://2.bp.blogspot.com/-xc6Y7aRwVTg/VYqUKMNz0gI/AAAAAAAABeM/ZYxyMPtpgg4/s1600/2015_03_saldo_relatorio_INE.jpg)
Fonte: http://dividapublicaportuguesa.blogspot.pt/2015/06/pib-e-saldo-do-estado-relatorio-do-ine.html (http://dividapublicaportuguesa.blogspot.pt/2015/06/pib-e-saldo-do-estado-relatorio-do-ine.html)


Como vês, dos 174b que a economia produz, o estado vai buscar uns 85bis de impostos (é a receita do estado) e gasta-os. Grosso modo o estado absorve praticamente 50% do que é produzido na economia.

Também dá para ver como estamos amarrados a salários e prestações sociais (onde estão incluídas as pensões), o que torna a despesa bastante rígida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 22:55:44
tu devias era perguntar  que serviços e bens   tens  de alguem que gasta 50%

?????
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 22:56:45
ja ja ja ja ja ja ja !!!

PCP insiste com PS. Salário mínimo deve subir já para 600
http://observador.pt/2015/11/04/pcp-insiste-ps-salario-minimo-deve-subir-ja-600/ (http://observador.pt/2015/11/04/pcp-insiste-ps-salario-minimo-deve-subir-ja-600/)

as empresas tem lucros a mais, toca a pagar o justo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 22:57:17
tu devias era perguntar  que serviços e bens   tens  de alguem que gasta 50%

?????

40% do pib sao pensoes e ordenados
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-04 22:58:17
tu devias era perguntar  que serviços e bens   tens  de alguem que gasta 50%

?????

40% do pib sao pensoes e ordenados

vao aumentar salarios e pensoes  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 22:59:22
arrota costa !! viva a revolucao!!!

o Partido Comunista deixa claro que propõe, “no imediato“, a “valorização dos salários, pensões e reformas, com devolução do que foi roubado“, o “aumento do Salário Mínimo Nacional para 600 euros em 2016“, a “defesa da contratação coletiva e reposição dos direitos individuais e coletivos retirados nas sucessivas revisões do código de trabalho”, o “financiamento da Segurança Social”, a “reposição da proteção e dos apoios sociais perdidos em 2010” e, entre outras coisas, a “reversão das privatizações, designadamente nos transportes“.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:00:33
acho que ha o risco de nao haver acordo nenhum

e por 4 anos eh uma garantia que nao havera
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 23:06:26
parece um manifesto do PREC  :D
Nacionalizações já !!!

Citar
A terminar, o Partido Comunista assume ainda a vontade de “promover o crescimento económico, o emprego e a produção nacional”, de “garantir as funções sociais do Estado e os serviços públicos” e de “afirmar a soberania” do país. E explica: estes objetivos são “inseparáveis de opções essenciais, como a recuperação do controlo público de setores estratégicos ou a renegociação da dívida – condições indispensáveis ao desenvolvimento do País -, ou a resposta a outros constrangimentos externos”.
[url]http://observador.pt/2015/11/04/pcp-insiste-ps-salario-minimo-deve-subir-ja-600/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/04/pcp-insiste-ps-salario-minimo-deve-subir-ja-600/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:10:06
como diziam ontem, ja ha acordo e so falta o PCP assinar
agora os do PCP respondem que ja ha acordo e so falta o PS assinar   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 23:15:08
eheheh, o cavaco deve estar a rir-se imenso com estes cromos.
ah e tal, é uma perda de tempo indigitar o PPC.
o costa não só consegue perder as eleições mais fáceis de sempre, como agora ainda leva chibatadas do pcp. que amadorismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:21:03
usando a linguagem do proprio costa, o PCP nao quer umas bolas de natal na arvore do PS

" A situação dos trabalhadores, do povo e do País exigem medidas que, não podendo ser isoladas de eixos e políticas de fundo"

ahaha, o costa esta tramado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 23:22:48
Sebastião, o PIB português é aprox 174bis = 174.000.000.000 euros.

Estas são as receitas e despesas do estado:
([url]http://2.bp.blogspot.com/-xc6Y7aRwVTg/VYqUKMNz0gI/AAAAAAAABeM/ZYxyMPtpgg4/s1600/2015_03_saldo_relatorio_INE.jpg[/url])
Fonte: [url]http://dividapublicaportuguesa.blogspot.pt/2015/06/pib-e-saldo-do-estado-relatorio-do-ine.html[/url] ([url]http://dividapublicaportuguesa.blogspot.pt/2015/06/pib-e-saldo-do-estado-relatorio-do-ine.html[/url])


Como vês, dos 174b que a economia produz, o estado vai buscar uns 85bis de impostos (é a receita do estado) e gasta-os. Grosso modo o estado absorve praticamente 50% do que é produzido na economia.

Também dá para ver como estamos amarrados a salários e prestações sociais (onde estão incluídas as pensões), o que torna a despesa bastante rígida.


Agradeço o quadro, o link, e a breve explicação, Automek.   :)

Quando dizes 85bis em impostos, não deviam ser antes 76bis ("Receita corrente")?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 23:28:57
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:35:21
Camaradas,

O BE revelou nestas negociacoes ser um partido sem principios que apenas serve os interesses da direita e do grande capital sob uma pele de cordeiro

Eh pois mais uma grande vitoria para o PCP desmascarar perante o pais a natureza corrupta e burguesa desse partido revisionista e sem norte ideologico

Com este objectivo principal concluido ja podemos elaborar um comunicado frontal e directo para os lacaios de direita do PS e acabar na praca publica com esta palhacada do acordo.

Prepara ai um comunicado o' camarada bernardino !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:36:20
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)

acho que eh o resultado da famosa reuniao decisiva de hoje
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:46:40
alternativas do costa:

1-vender a mae ao PCP e fazer "tudo" o que eles querem
2-sem acordo ser totalmente humilhado, tornar-se no novo santana lopes (a joke)
3-tentar culpar o cavaco inventado um esquema qualquer para pedir a indigitacao e ve-la recusada "por forcas de bloqueio da direita"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-04 23:49:05
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)

acho que eh o resultado da famosa reuniao decisiva de hoje

Não há notícias nenhumas sobre a dita, sendo que essas declarações também não são daí derivadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-04 23:50:06
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)

acho que eh o resultado da famosa reuniao decisiva de hoje

Não há notícias nenhumas sobre a dita, sendo que essas declarações também não daí derivadas.

1 + 1 ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-04 23:54:03
Agradeço o quadro, o link, e a breve explicação, Automek.   :)

Quando dizes 85bis em impostos, não deviam ser antes 76bis ("Receita corrente")?
Ah, sim, 76. O resto é défice para completar os 85 que gasta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 00:04:12
ha muita gente que quando analisa o PCP fa-lo como se o PCP fosse um partido normal, nao percebem o PCP e chegam sempre a conclusoes erradas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 00:14:43
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)


acho que eh o resultado da famosa reuniao decisiva de hoje


Não há notícias nenhumas sobre a dita, sendo que essas declarações também não daí derivadas.


1 + 1 ...


Não vejo relação entre as duas coisas. Vejo muito mais lógica nesse comunicado como uma tomada de posição forte face ao César.

O PS pode ceder nalgumas coisas, mas os 600€ em 2016 não é uma delas.

As notícias que vão saindo no Expresso apontam noutras direcções:

http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-04-Mais-salario-mais-pensoes--Quem-ganha-menos-dinheiro-gasta-mais (http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-04-Mais-salario-mais-pensoes--Quem-ganha-menos-dinheiro-gasta-mais)

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-04-Trabalhadores-com-salario-minimo-recebem-mais-um-ordenado-no-proximo-ano (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-04-Trabalhadores-com-salario-minimo-recebem-mais-um-ordenado-no-proximo-ano)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-05 00:15:33
a reunião ps/pcp começou às 21.20 na sede do pcp. isso não é um atentado aos trabalhadores ? é de averiguar se estão a pagar horas extraordinárias. mandem o arménio investigar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-05 00:16:01
O PSD e o CDS só para irritar o PCP e o BE  :D
Citar
PSD/CDS querem comemorar 25 de novembro

PSD e CDS-PP vão apresentar uma proposta de evocação do 25 de novembro de 1975 na Assembleia da República. “O 25 de Abril deu-nos a liberdade, o 25 de Novembro confirmou-a perante ameaças de regimes totalitários. Creio que, na casa da democracia que é a Assembleia, é fundamental que se possa fazer uma evocação o mais consensual possível e com a dignidade que essa data e esse aniversário merece”, defendeu o líder parlamentar do CDS-PP.

Interrogado sobre por que motivo PSD e CDS-PP não propuseram assinalar o 25 de Novembro de 1975 na anterior legislatura, quando tinham maioria de deputados para aprovar essa proposta, Nuno Magalhães respondeu: “Porque não fazia 40 anos”.

Lusa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-05 00:19:59
ha muita gente que quando analisa o PCP fa-lo como se o PCP fosse um partido normal, nao percebem o PCP e chegam sempre a conclusoes erradas


http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/ (http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 00:28:02
a reunião ps/pcp começou às 21.20 na sede do pcp. isso não é um atentado aos trabalhadores ? é de averiguar se estão a pagar horas extraordinárias. mandem o arménio investigar.

uma reuniao importante comeca as 21.20 em vez de comecar as 8h00 para poderem trabalhar o dia todo num acordo ?

nao deve ser assim tao importante... haha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 00:29:42
Estas declarações do Jerónimo são uma resposta às declarações de ontem do Carlos César, obviamente.

É uma pena que não se consigam entender---a alternativa para ambos os partidos é muito pior.   :-[

(ainda assim, parece-me prematuro atirar a toalha ao chão---ou lançar os foguetes, dependendo do lado)


acho que eh o resultado da famosa reuniao decisiva de hoje


Não há notícias nenhumas sobre a dita, sendo que essas declarações também não daí derivadas.


1 + 1 ...


Não vejo relação entre as duas coisas. Vejo muito mais lógica nesse comunicado como uma tomada de posição forte face ao César.

O PS pode ceder nalgumas coisas, mas os 600€ em 2016 não é uma delas.

As notícias que vão saindo no Expresso apontam noutras direcções:

[url]http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-04-Mais-salario-mais-pensoes--Quem-ganha-menos-dinheiro-gasta-mais[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-04-Mais-salario-mais-pensoes--Quem-ganha-menos-dinheiro-gasta-mais[/url])

[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-04-Trabalhadores-com-salario-minimo-recebem-mais-um-ordenado-no-proximo-ano[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-04-Trabalhadores-com-salario-minimo-recebem-mais-um-ordenado-no-proximo-ano[/url])


o PS vai ter de ceder em muita coisa, nao nalgumas coisas, para poder ter um acordo com o PCP
isto de mandar bocas por comunicados comeca a parecer as negociacoes PS / PaF
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 00:30:29
tudo isto cheira mal ha semanas, mas agora ainda cheira pior
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-05 00:32:38
ha muita gente que quando analisa o PCP fa-lo como se o PCP fosse um partido normal, nao percebem o PCP e chegam sempre a conclusoes erradas


[url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url])

grande artigo. aquilo é tenebroso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 00:38:26
o PCP para mandar um comunicado com as suas propostas eh porque provavelmente dali nao quer sair
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 00:52:56
ha muita gente que quando analisa o PCP fa-lo como se o PCP fosse um partido normal, nao percebem o PCP e chegam sempre a conclusoes erradas


[url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url])

grande artigo. aquilo é tenebroso.


É mesmo.

Também tens isto, para contextualizar historicamente a coisa: https://en.wikipedia.org/wiki/The_Black_Book_of_Communism
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-05 00:57:29
eheheh, o cavaco deve estar a rir-se imenso com estes cromos.
ah e tal, é uma perda de tempo indigitar o PPC.
o costa não só consegue perder as eleições mais fáceis de sempre, como agora ainda leva chibatadas do pcp. que amadorismo.

Bem sei que a literacia não é o forte do povo português. Mesmo assim, penso que não era assim tão fácil as pessoas esquecerem-se do estado em que o PS deixou o país e das imensas negociatas que fizeram. Lembra-te do que aconteceu ao PASOK na Grécia.
Em Portugal, o PCP é demasiado radical para ganhar muitos votos ao PS e o BE fartou-se de fazer asneiras durante anos (fez uma campanha razoável e foi levado ao colo pela comunicação social nas últimas semanas e só assim conseguiu subir). Extrema direita praticamente não existe em Portugal, nem existe nenhum outro partido centrista. Isso tudo, mais o desgaste da PaF pelas condições extremamente difícieis de governação, foi o que permitiu ao PS subir um pouco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 01:03:41
Medida colectivista = medida que visa retirar a liberdade individual de pessoas e empresas e/ou aumentar o peso do estado


A definição conheço, não percebo é a associação que fazes a PSD e PS, juntando-lhe um qualificativo pesadito...

São os partidos que têm governado desde o 25 de Abril e conseguiram que o estado crescesse até gastar 50% do que a economia produz. Isto além da criação de um país onde não se pode dar um p* sem um camião de leis, requerimentos, carimbos, autorizações e proibições.

A parte do "qualificativo pesadito" não percebi. PS e PSD são iguais nas políticas e são colectivistas.


"extremamente"

Já agora, como comparamos com outros estados europeus em termos de peso do estado no PIB?


Temos vindo a ganhar terreno, mas o PSD neoliberal voltou a aproximar-nos da média. De resto há despesa do Estado e despesa do Estado. Por exemplo, um sistema de saúde como o Francês ou um de educação como o da Suécia ou Holanda são bastante mais liberais do que o Português apesar de até poderem implicar maior despesa (o que nem é o caso devido ao sistema de educação Português, por exemplo, ser muito ineficiente em número de profissionais e -- embora agora menos -- salários).

Government expenditure accounted for 48.1% of GDP in the EU in 2014
http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/6899478/2-07072015-AP-EN.pdf/797f4af9-c37f-4631-8211-5dd0b32fcb31 (http://ec.europa.eu/eurostat/documents/2995521/6899478/2-07072015-AP-EN.pdf/797f4af9-c37f-4631-8211-5dd0b32fcb31)



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-05 01:10:23
ha muita gente que quando analisa o PCP fa-lo como se o PCP fosse um partido normal, nao percebem o PCP e chegam sempre a conclusoes erradas


[url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/pcp-um-partido-de-funcionarios-politicos/[/url])


Excelente artigo. Ainda é pior do que eu pensava.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 01:44:52
Já agora, como comparamos com outros estados europeus em termos de peso do estado no PIB?
Temos vindo a ganhar terreno, mas o PSD neoliberal voltou a aproximar-nos da média. De resto há despesa do Estado e despesa do Estado. Por exemplo, um sistema de saúde como o Francês ou um de educação como o da Suécia ou Holanda são bastante mais liberais do que o Português apesar de até poderem implicar maior despesa (o que nem é o caso devido ao sistema de educação Português, por exemplo, ser muito ineficiente em número de profissionais e -- embora agora menos -- salários).

Muito interessante---dos países representados, o país que tem menos despesa mesmo assim chega aos 35% do PIB. E Portugal está muito próximo da média (das duas médias consideradas, na verdade).  Reletivizando a questão, temos então um sistema "moderadamente colectivista".

No quadro dos vários tipos de despesa, é notório o peso imenso que representam os regimes de protecção social em todos os países, e dentro destes, o item "Old Age", que suponho que represente as pensões.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 01:48:32
Entretanto, já há notícias sobre a reunião PS-PCP (http://=http://www.publico.pt/politica/noticia/costa-reuniuse-com-jeronimo-1713411?frm=ult), mas não revelam nada sobre o que se passou lá dentro...

Citar
Costa reuniu-se com Jerónimo
Líder do PS entrou e saiu da sede do PCP sem nada dizer.

António Costa esteve na noite desta quarta-feira reunido com Jerónimo de Sousa na sede do PCP. O líder socialista, filmado pela TVI à entrada e saída do encontro, nada disse sobre o andamento das negociações com os comunistas com vista a um Governo liderado pelo PS.

“Quando chegarmos ao fim das conversas, falamos”, disse António Costa, à saída da reunião, que durou mais de duas horas e meia.

António Costa esteve na reunião acompanhado por Pedro Nuno Santos, Ana Catarina Mendes e Carlos César.

Nos últimos dias, tem sido referido que as negociações entre o PS e o PCP estão mais atrasadas do que entre os socialistas e o Bloco de Esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 02:26:44
Já agora, como comparamos com outros estados europeus em termos de peso do estado no PIB?
Temos vindo a ganhar terreno, mas o PSD neoliberal voltou a aproximar-nos da média. De resto há despesa do Estado e despesa do Estado. Por exemplo, um sistema de saúde como o Francês ou um de educação como o da Suécia ou Holanda são bastante mais liberais do que o Português apesar de até poderem implicar maior despesa (o que nem é o caso devido ao sistema de educação Português, por exemplo, ser muito ineficiente em número de profissionais e -- embora agora menos -- salários).

Muito interessante---dos países representados, o país que tem menos despesa mesmo assim chega aos 35% do PIB. E Portugal está muito próximo da média (das duas médias consideradas, na verdade).  Reletivizando a questão, temos então um sistema "moderadamente colectivista".

No quadro dos vários tipos de despesa, é notório o peso imenso que representam os regimes de protecção social em todos os países, e dentro destes, o item "Old Age", que suponho que represente as pensões.

Não se pode comparar os números directamente. Para a mesma despesa ou até para uma despesa mais elevada, um sistema pode respeitar muito mais o indivíduo do que outro -- o colectivismo é-o enquanto sobrepõe a opção do colectivo à opção individual. Se o sistema tenta preservar a opção individual, para uma mesma despesa consegue ser muito menos colectivista.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-05 08:58:29
Sebastião, dizer que estamos na média é enganador sem ir ao detalhe das contas.

Imagina dois países com igual população, ambos com 10 funcionários públicos, a ganharem o mesmo.
No primeiro são 5 professores e 5 médicos.
No segundo são 4 professores, 3 médicos, 1 inspector, 1 administrativo e 1 director.
Parecem iguais em despesa, certo ?

Em áreas como a saúde e educação, em que temos uma estrutura soviética de planeamento central, só indo ao detalhe é que se conseguem comparar números com outros países. Os estudos internacionais nunca  chegam a esse ponto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 12:03:58
1 - Sebastião é uma boa caricatura da ignorância da esquerdalha que acusa psd de neo-liberal e nem sabe o peso do estado no pib.

2-Nem percebe que os países que são mais ricos e para onde emigram os jovens portugueses (se lhes dada essa opção) são todos capitalistas, neo-liberais.

Respondendo às questões que abordas (esqueci-me de o fazer na mensagem anterior):

1 - Consideras então que a ignorância a respeito de macroeconomia é uma característica única da "esquerda"? E que o eleitorado de direita nasceu todo ensinado e votou em plena consciência dos factores que determinam os comportamentos económicos e financeiros estatais? Consideras ainda que a "esquerda" é toda assim? Ou não será antes que não há absolutamente nenhuma relação entre estes factores, e que o desconhecimento sobre estas matérias é, em termos percentuais médios, igual à "esquerda", à "direita" e ao "centro"?

2 - Dá-me ideia que quem emigra não está propriamente interessado em saber isso. E de um ponto de vista prático, esse "conhecimento" não serve de facto para nada. Quem emigra tem uma motivação concreto: encontrar melhores condições de vida---encontrar oportunidades que não encontraram no país de origem.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-05 12:14:41
Sebastião, dizer que estamos na média é enganador sem ir ao detalhe das contas.

Imagina dois países com igual população, ambos com 10 funcionários públicos, a ganharem o mesmo.
No primeiro são 5 professores e 5 médicos.
No segundo são 4 professores, 3 médicos, 1 inspector, 1 administrativo e 1 director.
Parecem iguais em despesa, certo ?

Em áreas como a saúde e educação, em que temos uma estrutura soviética de planeamento central, só indo ao detalhe é que se conseguem comparar números com outros países. Os estudos internacionais nunca  chegam a esse ponto.

São dois problemas diferentes.
Um é o peso do estado na economia e pode estar ligado á orientação política, e nesse caso olhando para as estatísticas Portugal não se destaca como exemplo de extremismo colectivista.
O segundo é um problema de organização ou gestão que não tem nada a ver com orientação politica. Muitas grandes empresas tem fama de ter estruturas burocráticas pesadas e pouco flexíveis (até há anedotas) e isso não tem nada a ver com orientações politicas mas competencia em organizar e gerir.
Nesse aspecto o governo do PSD até deve ter sido dos que mais se destacou pela negativa: começa com uma estrutura supostamente leve do governo com super-ministérios depois passa para a inflação de ministérios, falha completamente na articulação das agencias como se viu nas cenas BdP-CMVM no caso BES.

O melhor exemplo de tentativa de descentralização que vi até foi com o Santana.
Lembro-me de queria por a secretaria do turismo no Algarve, o que não é descabido, mas logo a seguir o Telmo Correia que era o secretario do turismo aparece na TV a dizer que achava muito bem e ele "ia a Faro sempre que fosse preciso". Fiquei estufefacto porque imaginava que ele ficaria em Faro e"viria  a Lisboa sempre que fosse preciso". Claro que executantes deste calibre, pode-se ser bom na concepção mas a prática acabará por ser um desastre.
E não creio que a incompreensão do Telmo Correia quando ao significado de descentralização possa ser justificado por ter uma mente colectivista  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-05 12:20:57
1 - Sebastião é uma boa caricatura da ignorância da esquerdalha que acusa psd de neo-liberal e nem sabe o peso do estado no pib.

2-Nem percebe que os países que são mais ricos e para onde emigram os jovens portugueses (se lhes dada essa opção) são todos capitalistas, neo-liberais.

Respondendo às questões que abordas (esqueci-me de o fazer na mensagem anterior):

1 - Consideras então que a ignorância a respeito de macroeconomia é uma característica única da "esquerda"? E que o eleitorado de direita nasceu todo ensinado e votou em plena consciência dos factores que determinam os comportamentos económicos e financeiros estatais? Consideras ainda que a "esquerda" é toda assim? Ou não será antes que não há absolutamente nenhuma relação entre estes factores, e que o desconhecimento sobre estas matérias é, em termos percentuais médios, igual à "esquerda", à "direita" e ao "centro"?

2 - Dá-me ideia que quem emigra não está propriamente interessado em saber isso. E de um ponto de vista prático, esse "conhecimento" não serve de facto para nada. Quem emigra tem uma motivação concreto: encontrar melhores condições de vida---encontrar oportunidades que não encontraram no país de origem.

1- Não esquerdalha caviar é um termo que resume boa parte do eleitorado de que tu fazes parte: acusas psd e troika de serem neo liberais, e depois nem sabes o peso que o estado tem no PIB. Caviar porque provavelmente vives na função pública ou empresa protegida pelo estado e que não percebeu que fomos à falência, e iremos outra vez se be, pcp e ps aprovarem 50% do que prometeram. São contas básicas que alguém com a 4ª classe deveria perceber;

2- Quem emigra pode não estar interessado, mas se lhes dada essa opção, emigram DE CERTEZA ABSOLUTA, para países capitalistas, neo liberais que se baseiam no lucro. Se não têm oportunidades em Portugal, porque achas que é? Porque tá cheio de capitalismo? PENSA. USA A CABEÇA.

Olha a tua volta e vê para onde emigram os jovens se tiverem essa opção.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-05 13:42:48

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 15:08:09
Anti-Ditador, não quero ter trabalho a ter que andar a apagar posts insultuosos. Se mantiveres essa atitude vou ter que te banir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 15:14:10

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.

Sector público tem por definição ligação ao Estado. Querias dizer sector privado?

Bem, nem o governo tem responsabilidades no desemprego (cuja onda já era inevitável ANOS antes do governo o ser), nem tem grande forma de o resolver directamente -- só o pode resolver indirectamente, com as tais medidas neoliberais que ninguém quer. Pensar o contrário é não entender o que é que leva à geração de emprego (numa palavra, pode resumir-se a "lucro" em duas a "potencial lucro"). O governo não pode ditar lucros, e aliás tentar facilitá-lo é também mal visto e ninguém o quer.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-05 15:30:13
São dois problemas diferentes.
Um é o peso do estado na economia e pode estar ligado á orientação política, e nesse caso olhando para as estatísticas Portugal não se destaca como exemplo de extremismo colectivista.
O segundo é um problema de organização ou gestão que não tem nada a ver com orientação politica.
Não concordo Zenith. Para mim colectivismo está relacionado, não só com o peso do estado, mas também com a liberdade dos seus cidadãos e empresas.

Dois países podem ter igual % despesa em educação mas se num houver liberdade de escolha e oferta privada/autonomia de escolas e no outro houver apenas escolas públicas e um brutal ministério soviético da educação, como o nosso, isso facilmente origina que o primeiro consegue ter turmas de 25 alunos (porque tem mais professores e menos burocratas) ao passo que o segundo tem de ter 30 alunos uma vez que há menos professores e um camião de burocratas.

E isto é claramente orientação política e não de organização.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 17:19:26
PCP: "Não caucionaremos medidas e políticas que atentem contra os interesses e direitos dos portugueses"

embrulha costa !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 18:50:29
Um pormenor, esta tentativa do PSD de renovar já algumas das medidas que necessitam de ser renovadas é interessante:
* Pode eliminar o problema de um governo de gestão.
* O PS tem dificuldade em chumbar as medidas pois depois se for para o governo precisa delas.
* O BE e PCP vão certamente chumbá-las, e isso depois faz com que não as possam aceitar, propostas pelo PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-05 18:52:54
De um modo geral, pode facilitar a vida a um governo de gestão e também a um governo de esquerda. De qualquer das formas é bom para o país.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-05 18:59:27
De um modo geral, pode facilitar a vida a um governo de gestão e também a um governo de esquerda. De qualquer das formas é bom para o país.

Como é que pode ser boa para Portugal, se atenta contra os portugueses?    ;D



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-05 19:03:31
Como todas as medidas, atenta contra alguns portugueses e benefícia outros tantos, na minha opinião (claro) - são medidas justas e beneficiam o país (conjunto dos portugueses)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-05 19:10:08
Kitano, estava a ser irónico.

Mas para mim, o partido do Inc. é que era:


As minhas propostas vão mais longe.

Eu proponho que sejam todos ricos e de boa saúde. Proponho também sexo de qualidade para todos, com pessoas sempre extremamente belas. Penso ainda que Portugal deveria levar à ONU uma proposta no sentido de se alcançar a paz mundial.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-05 19:23:44
Citar
A profecia de Marcelo Rebelo de Sousa voltou a concretizar-se: “António Costa não pode meter férias”, disse o professor em Agosto quando o PS foi varrido pela polémica dos cartazes. Nos últimos dias, o secretário-geral do PS voltou tirar uns dias de descanso. E, coincidência ou não, o acordo que foi a Belém dizer que estava certo com PCP e Bloco de Esquerda e que lhe permitia exigir a Cavaco que “não perdesse tempo” e o indigitasse primeiro-ministro, afinal continua por assinar. E Francisco Assis, que tem criticado a aproximação à esquerda, resolveu dar publicamente a cara e organizar um almoço com os militantes do PS críticos da direcção (que entretanto foi desmarcada).

Não é a primeira vez que António Costa tira férias em momentos politicamente relevantes para o partido. Já na recta final da disputa com António José Seguro para a liderança do PS, António Costa não abdicou de uma semana de férias familiares previamente agendadas.

O Costa não embrulha nada. Tá de férias.  :D ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 20:13:18
forca costa! as massas socialistas estao contigo !!!!!

costa ao poder ja !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-05 21:52:21
First Known Use of COLLECTIVISM
1857


Ayn Rand (/ˈaɪn ˈrænd/;[1] born Alisa Zinov'yevna Rosenbaum, Russian: Али́са Зино́вьевна Розенба́ум; February 2 [O.S. January 20] 1905 – March 6, 1982)

--------

É certo e garantido que foi a Ayn Rand que criou a palavra ... só pode.

--------

O Marx foi beber à fonte da Ayn, antes mesmo dela nascer.

CHARACTERISTICS OF THE MARXIST THEORY OF COLLECTIVISM
http://www.crvp.org/book/Series03/III-7a/chapter_vi.htm (http://www.crvp.org/book/Series03/III-7a/chapter_vi.htm)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-05 22:00:10
com o lark as conversas tendem a ir parar a discussao de pormenores irrelevantes, definicoes, etc... que seca sem substancia

lark, porque?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:00:16

1 - Continuamos na mesma. Percebo que  continues a assobiar para o ar e queiras associar à força (com se os maus modos fossem argumento firmado para alguma coisa) a ignorância sobre assuntos macroeconómicos a uma certa ideia de esquerda e "a uma boa parte do eleitorado" (deixa-me adivinhar: a 62% do votantes nas últimas eleições), mas depois não respondes ao óbvio (porque da verdade a pergunta não necessita de resposta). Não foi só a "esquerdalha" que faltou a essa aula na 4ª classe. Quanto ao "provavelmente" que insinuas, foi completamente ao lado. Sector público, sem qualquer ligação ao estado.

2 - Por acaso terei dito algo contrário a isso? A crítica que tenho mantido sempre é em relação ao modo como o governo decidiu, nestes últimos quatro anos, aplicar a austeridade. E pelo caminho sugerir publicamente aos desempregados que emigrassem, como se não tivesse nada a ver com o assunto ou responsabilidades mandatadas para o resolver. Falta de respeito maior pela dignidade das pessoas nessas condições não consigo imaginar. Nada que sobressaia particularmente numa forma de fazer política de onde parecem ter desapareceram os valores humanos mais elementares.

Sector público tem por definição ligação ao Estado. 1 - Querias dizer sector privado?

2 - Bem, nem o governo tem responsabilidades no desemprego (cuja onda já era inevitável ANOS antes do governo o ser), nem tem grande forma de o resolver directamente -- só o pode resolver indirectamente, com as tais medidas neoliberais que ninguém quer. Pensar o contrário é não entender o que é que leva à geração de emprego (numa palavra, pode resumir-se a "lucro" em duas a "potencial lucro"). O governo não pode ditar lucros, e aliás tentar facilitá-lo é também mal visto e ninguém o quer.

1 - Sim, privado. Evidentemente, foi uma gralha.

2 - Certo em relação às responsabilidades (não contesto, nem pretendo escamutear responsabilidades ou re-interpretar a historia), quanto às formas de o resolver, pode haver caminhos alternativos que não passem por "medidas que ninguém quer", e estou com exectativa para ver como corre essa aplicação se por acaso o Centeno chegar a "vias de facto".

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Não sei se os frequentadores e comentadores habituais deste espaço têm por hábito ver o programa A Quadratura do Círculo (que será porventura o espaço mais interessante e inteligente de debate político que passa hoje em dia na televisão), mas o modo como esse programa hoje abriu, com debate sobre um comentário que surgiu no blog Insurgente, nem a propósito, traça um paralelo de proximidade extrema como os episódios que se têm vindo a verificar aqui em relação à postura do Anti-Ditador e ao modo de "tratamento preferencial" que adopta em relação a tudo o que eu possa escrever, opinar... e eventualmente pensar. Não pretendo com isto comprar nenhuma guerra (até porque me recuso a participar nela), não me entendam mal, mas gostaria apenas que comparassem, em estilo e em conteúdo, a citação lida pelo Pacheco Pereira e os posts habituais do Anti-Ditador.

Tornando ao programa em causa e ao Pacheco Pereira, continuo a identificar-me quase na totalidade com o que ele diz e escreve (dos artigos que tem escrito para o Público, e não só)---e desta feita ficou-me "na retina" a questão da escolha do PS em chegar-se à esquerda, em vez de ter optado pelo abraço à coligação, e ao facto de ele achar que a fractura interna dentro do partido seria muito maior se tivesse ocorrido ao contrário. Também achei interessante a questão colocada pelo Lobo Xavier, contrapondo, a propósito das "linhas vermelhas" que os partidos de centro, quer à esquerda, quer à direita, não devem transpor quando se trata de coligações para governar. Foi (mais) um programa recheado de riqueza intelectual.

Faço ainda uma nota a propósito de um outro programa, o A Prova dos Nove, que passou uma hora antes noutro canal, e a um ponto que também esteve aqui no tópico ontem e hoje em debate: a questão do neoliberalismo enquanto ideologia vs enquanto peso na despesa do estado (ou seja, a negação do neoliberalismo através das contas públicas), sendo que de um lado estava o Francisco Assis, a expor exactmente aquilo que a maioria de opiniões manifestou aqui no fórum, e do outro o Fernando Rosas a falar em termos de ideologia e de políticas concretas, a tomar uma posição que vai ao encontro da ideia do Zenith sobre o assunto (de haver uma separação entre contas e ideologia).


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 01:06:10
mal posso esperar pelos proximos dias

Kosta ao poder ! ja ja ja!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 01:07:09
O Pacheco Pereira regra geral vê-se que não sabe do que fala (em textos, eu não vejo videos).

A ideia de que existem caminhos alternativos para gerar emprego é falaciosa. Temporariamente existem muitas formas de gerar emprego. Mas sustentadamente, só se gera emprego por via de alguém ter (ou pensar que vai ter) vantagem (leia-se lucro) em empregar.

---------

Sobre contas e liberalismo/individualismo, podem existir muitos graus do mesmo para a mesma despesa. Por exemplo, os países do Norte da Europa, de que geralmente a esquerda gosta, estão muitas vezes próximos do topo da liberdade económica (de que a esquerda geralmente não gosta).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:20:00
O Pacheco Pereira regra geral vê-se que não sabe do que fala (em textos, eu não vejo videos).

A ideia de que existem caminhos alternativos para gerar emprego é falaciosa. Temporariamente existem muitas formas de gerar emprego. Mas sustentadamente, só se gera emprego por via de alguém ter (ou pensar que vai ter) vantagem (leia-se lucro) em empregar.

Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.

Sobre a sustentabilidade das medidas para a criação de emprego, não haverá diversas formas de estimular o mercado/empresas de forma a chegar a esse objectivo?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 01:21:54
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:25:18
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:28:33
Um pormenor, esta tentativa do PSD de renovar já algumas das medidas que necessitam de ser renovadas é interessante:
* Pode eliminar o problema de um governo de gestão.
* O PS tem dificuldade em chumbar as medidas pois depois se for para o governo precisa delas.
* O BE e PCP vão certamente chumbá-las, e isso depois faz com que não as possam aceitar, propostas pelo PS.

Estava um comentador na rádio, não fixei o nome, a dizer que se as medidas não passarem, em Janeiro não há dinheiro para pagar a depesa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 01:29:00
Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.
Sebastião, repara que o Tsipras e o Hollande também tinham um discurso bastante anti austeridade, parecido ao do PP (o do Tsipras até era muito violento), cheio de chavões sobre crescimento e emprego, e ambos não tiveram outro remédio senão mudar o discurso e aceitar as medidas de contenção orçamental. Também não sabiam do que falavam ? Ou quando é preciso pagar salários e pensões (coisa que o PP não faz) a realidade sobrepoe-se aos discursos bonitos ?

Diga-se, já agora, que é bastante estranho que se grite tanto contra a austeridade quando o seu significado é contas equilibradas. Então é suposto o estado ter permanentemente défices brutais, a contar com um crescimento que irá aparecer um dia ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 01:31:02
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.

tudo o que ele sabe dizer eh que o governo faz maldades por razoes ideologicas, que quer castigar etc
e depois nunca fala de alternativas

o lobo xavier ao pe dele faz figura de sabio
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:50:19
Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.
Sebastião, repara que o Tsipras e o Hollande também tinham um discurso bastante anti austeridade, parecido ao do PP (o do Tsipras até era muito violento), cheio de chavões sobre crescimento e emprego, e ambos não tiveram outro remédio senão mudar o discurso e aceitar as medidas de contenção orçamental. Também não sabiam do que falavam ? Ou quando é preciso pagar salários e pensões (coisa que o PP não faz) a realidade sobrepoe-se aos discursos bonitos ?

São factos que não posso desmentir e contra eles não tenho argumentos. O meu refúgio continua a ser a hipótese (remota, é certo) de que haja uma alternativa que resulta (porque cada situação tem um contexto próprio, com infinitas variáveis). Eu sei que me vão dizer que o passado e as contas negam categoricamente essa hipótese, e que "a esperança é muito bonita até levar com o calhau da realidade em cima", mas também quero acreditar que os partidos na nossa esquerda têm pessoas com competência suficiente para também terem analisado essas situações. Quanto ao Pacheco Pereira, a vossa questão é a mesma: ele "não sabe fazer as contas"--- mas certamente que se dá com pessoas que sabem, e que conhecem também a realidade previsível por trás de cada caminho de alternativa.

Citar
Diga-se, já agora, que é bastante estranho que se grite tanto contra a austeridade quando o seu significado é contas equilibradas. Então é suposto o estado ter permanentemente défices brutais, a contar com um crescimento que irá aparecer um dia ?

Mais atrás defendi algo que tem a ver com o seguinte: "austeridade" pode tecnicamente significar isso, e certamente para quem aplica a contenção orçamental é mesmo isso que quer dizer, mas da forma como está a ser usada socialmente, o significado é um pouco diverso (embora na prática vá dar ao mesmo): significa basicamente perda de poder de compra, desemprego, pioria geral das condições de vida, pioria dos serviços prestados pelas empresas públicas, e indiferença e insensibilidade social generalizada por parte dos políticos. Por isso é que se grita tanto contra a austeridade---o Anti-Ditador farta-se de me chamar burro por não saber "coisas básica", mas esquece-se que grande maioria da população, naturalmente,  também não sabe essas coisas básicas, apenas vê à sua frente a realidade do dia-a-dia, e sofre na pele de cada vez que a Maria Luis altera um dígito no Excel. Há duas interpretações para "austeridade"---a de quem a aplica, e a de quem a sofre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 01:54:14
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.

tudo o que ele sabe dizer eh que o governo faz maldades por razoes ideologicas, que quer castigar etc
e depois nunca fala de alternativas

o lobo xavier ao pe dele faz figura de sabio

Eu acho que grande parte do discurso dele se centra em "valores", nos valores que esta leva de Sociais-Democratas decidiu enterrar durante a última governação.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 01:57:37
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.

tudo o que ele sabe dizer eh que o governo faz maldades por razoes ideologicas, que quer castigar etc
e depois nunca fala de alternativas

o lobo xavier ao pe dele faz figura de sabio

Eu acho que grande parte do discurso dele se centra em "valores", nos valores que esta leva de Sociais-Democratas decidiu enterrar durante a última governação.

mas ele nunca consegue explicar porque eh que foram enterrados, foram so porque "o governo quer castigar", e dai nunca sai

ele teria de dar alternativas as politicas, coisa que nunca faz.

tu tens alguns exemplos do enterro desses valores ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 02:03:42
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.

tudo o que ele sabe dizer eh que o governo faz maldades por razoes ideologicas, que quer castigar etc
e depois nunca fala de alternativas

o lobo xavier ao pe dele faz figura de sabio

Eu acho que grande parte do discurso dele se centra em "valores", nos valores que esta leva de Sociais-Democratas decidiu enterrar durante a última governação.

mas ele nunca consegue explicar porque eh que foram enterrados, foram so porque "o governo quer castigar", e dai nunca sai

ele teria de dar alternativas as politicas, coisa que nunca faz.

tu tens alguns exemplos do enterro desses valores ?

Sim, mas tenho de ir vasculhar os artigos dele no Público e na Sábado... 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 02:12:48
Já agora, esqueci-me de referir há pouco, quer na Provas dos Nove (pela voz do Fernando Rosas), quer na Quadratura do Círculo (pela voz do Jorge Coelho), se afirmou que o que está a ser debatido e acordado nas reuniões entre PS, BE e PCP é um programa governativo do PS, sobre o qual os outros partidos sugerem alterações localizadas que, na sua opinião, "ajudam a melhorar a vida dos portugueses" (sic. Fernando Rosas).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-06 02:29:46
Já agora, esqueci-me de referir há pouco, quer na Provas dos Nove (pela voz do Fernando Rosas), quer na Quadratura do Círculo (pela voz do Jorge Coelho), se afirmou que o que está a ser debatido e acordado nas reuniões entre PS, BE e
PCP
[/glow][/u][/b] é um programa governativo do PS, sobre o qual os outros partidos sugerem alterações localizadas que, na sua opinião, "ajudam a melhorar a vida dos portugueses" (sic. Fernando Rosas).



eu nisto so acredito PCP unico  nao disse que acordo estava feito
http://www.rtp.pt/noticias/eleicoes-legislativas-2015/be-afirma-que-ha-acordo-solido-com-ps-e-pcp-para-formar-governo_a867989 (http://www.rtp.pt/noticias/eleicoes-legislativas-2015/be-afirma-que-ha-acordo-solido-com-ps-e-pcp-para-formar-governo_a867989)
foi 22 Out, 2015

ate Bloco aldraba quando ainda nem havia acordo
http://www.rtp.pt/noticias/politica/mariana-mortagua-diz-que-acordo-entre-be-e-ps-ainda-nao-esta-fechado_v871060 (http://www.rtp.pt/noticias/politica/mariana-mortagua-diz-que-acordo-entre-be-e-ps-ainda-nao-esta-fechado_v871060)
04 Nov, 2015
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 02:32:31
Quanto ao Pacheco Pereira, a vossa questão é a mesma: ele "não sabe fazer as contas"--- mas certamente que se dá com pessoas que sabem, e que conhecem também a realidade previsível por trás de cada caminho de alternativa.
Então e o Tsipras e o Hollande, sendo candidatos a PM e PR respectivamente, não se davam com quem 'sabia fazer contas' ? Não levavam inclusivamente programas de governo com cenários macro económicos ? Estariam eles pior preparados do que o PP que é comentador da QC e que 'fala com quem sabe fazer contas' ? Custa a crer, não ?

significa basicamente perda de poder de compra, desemprego, pioria geral das condições de vida, pioria dos serviços prestados pelas empresas públicas, e indiferença e insensibilidade social generalizada por parte dos políticos. Por isso é que se grita tanto contra a austeridade
Depende do conceito de poder de compra. Se eu for jantar fora muitas vezes à custa do cartão de crédito e se o emissor do cartão me cortar o plafond, eu vou ter uma perda do poder de compra. Mas era um poder de compra falso, baseado em crédito.
Portugal viveu anos a fio em défice e a acumular dívida. O 'poder de compra' (ou seja, o nível de pensões, salários de FPs, subsídios sociais, serviços públicos prestados, etc.) era fictício, obtido através de crédito, dando a ilusão de um 'poder de compra' que na verdade não existia. Agora foi necessário voltar ao poder de compra real.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-06 03:05:30
NOVO GOVERNO
Acabou a austeridade. Reformados vão ter aumento de 1,8 euros
José Manuel Fernandes  5/11/2015,  14:02


Conforme vamos sabendo detalhes do acordo, vemos como tudo ou é um logro (a austeridade não acaba), ou um erro (por prejudicarem o investimento e o emprego), ou então é as duas coisas ao mesmo tempo.

É oficial: a austeridade vai acabar. Basta acabar com esta “perda de tempo” e António Costa sentar-se na cadeira de primeiro-ministro e a amiga Catarina (http://observador.pt/2015/11/04/passos-estara-disposto-liderar-governo-gestao/) dar-lhe o seu voto (os do PCP serão sempre mais difíceis (http://observador.pt/2015/11/04/pcp-insiste-ps-salario-minimo-deve-subir-ja-600/)). Os detalhes (http://observador.pt/2015/11/04/acordo-a-esquerda-ja-se-conhecem-as-primeiras-medidas/) já começaram a encher os espaços informativos.

A fuga de informação foi feita para um jornal de economia, o Negócios (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/impostos/detalhe/pensoes_impostos_tsu_herancas_o_que_esperar_que_um_acordo_a_esquerda.html), e estou certo que milhões de portugueses respiraram de alívio. As pensões mais baixas – as que nunca tinham tido cortes, sendo que as mais baixas até tinham vindo a ser actualizadas – vão ser aumentadas. Todos os que recebem menos de 628 euros de pensão (e são imensos) vão ser aumentados 0,3%. Uma festa: serão, na melhor das hipóteses, mais 1,8 euros por mês.

Daria para rir se não fosse trágico. Mas é sobretudo revelador: agora que teve de ver até onde chegava o dinheiro, a “maioria de esquerda” concluiu que, afinal, ele não chega a quase nada. Mas a austeridade acabou. “Virou-se a página”, como repete, qual um disco rachado, o putativo primeiro-ministro quando lhe põem um microfone à frente.

Dirão: mas esse é apenas um dos pontos do acordo. Também há o alívio da TSU para os salários mais baixos e a subida do salário mínimo. Deixemos de lado o salário mínimo, pois é tema ainda em aberto e que, se assumir a dimensão anunciada, pode ter consequências graves no nível de desemprego e naquilo que ganham os trabalhadores com salários mais próximos desse mínimo (Mário Centeno até já estudou o assunto (http://observador.pt/opiniao/a-vantagem-de-ter-mario-centeno-no-governo/), mas não se sabe se está esquecido ou distraído), e falemos só da TSU. Aí teremos, em 2016, uma descida que representará, para um trabalhador que ganhe 600 euros, mais 7,8 euros por mês, o que equivale a 26 cêntimos por dia.

Parece que é com isto que os ideólogos do “acordo” pretendem estimular o consumo interno. Vai ser um fartar vilanagem, está-se mesmo a ver. Dará para uma bica dia sim, dia não, e assim se retomará o “crescimento”. É tão ridículo que só tomando-nos a todos por tolos se pode imaginar que esta medida possa ter outro efeito que não o efeito colateral de abrir um rombo na segurança social. É que no bolso dos trabalhadores quase nem se dará por ela.

Mas esperem lá, alertar-nos-ão: também haverá a descida do IVA da restauração. Uma bica que custe hoje 60 cêntimos vai poder passar a custar 55 cêntimos. E aqui já ganhamos todos. Uma refeição baratinha, daquelas de 5,5 euros, por exemplo, poderá descer para 5 euros. Vai dar para pedir mais uma sobremesa aí de três em três dias. O consumo interno vai bater palmas. E o PIB disparar.

O problema é que nem a bica nem a refeiçãozita vão descer. Não desceram quando o governo de Guterres também cortou o IVA da restauração em 1996 (lembram-se? eu lembro-me), acham que é agora que isso ia acontecer? Desenganem-se. E desenganem-se até porque a associação do sector já veio dizer, agora ao Expresso Diário (http://leitor.expresso.pt/#library/expressodiario/04-11-2015/caderno-1/temas-principais/pensoes-salarios-e-impostos-7-coisas-que-mudam-com-o-acordo-a-esquerda), que era melhor não ter ilusões. Então, não descendo o preço da bica, vai haver é muito mais empregos. Dizem isto sem se rir e eu já estou a ver empregos aos montes: basta pensar como servir mais uma sobremesa de três em três dias a cada cliente vai justificar contratar mais um funcionário, ou mesmo dois.

Tenham pudor e não brinquem connosco: o fim do IVA na restauração será uma transferência quase directa de 300 milhões de euros de receitas do Estado para os bolsos dos empresários do sector. Pouco mais sucederá, porque o que tinha de suceder já sucedeu: basta andar pelo país (e não apenas por Lisboa ou pelo Porto) para ver como este sector até se modernizou com a crise e com o IVA a 23%. Se alguém precisa de ajuda em Portugal não são os donos dos cafés e restaurantes – pelo menos nunca virão em primeiro lugar.

Mas a cereja em cima do bolo do fim da austeridade é a reposição, já em 2016 mesmo que faseada, dos cortes nos salários da administração pública. De toda ela? Não: só da que ganha mais de 1500 euros. E esses cortes só são a sério nos que ganham mais de 3165 euros mensais, que esses sim vão recuperar mais depressa qualquer coisa que se veja: os 10% que lhes tinham cortado. O facto de praticamente todos os que andam nestas negociações caírem nesta categoria de portugueses não passa, está bem de ver, de uma mera coincidência. Mas se alguém vai realmente ficar a ganhar, são a dezena de milhar de portugueses, funcionários do Estados, muitos deles com acesso fácil as televisões, que ainda estão abrangidos por um corte de 10% nos seus salários. Não se admirem quando os virem na primeira linha dos que se juntaram ao coro da propaganda sobre o “fim da austeridade”.

Entretanto isso vai custar 430 milhões ao Estado. É muito, mas paciência: o que importa é ter esta parte das nossas queridas (e egoístas) elites satisfeitas.

Olhando para todas estas medidas só é possível tirar duas conclusões. A primeira, é que a conversa do “fim da austeridade” é para parolo ver e alto funcionário da administração pública beneficiar. A segunda, é que se estes é que são os amigos dos pobres (é assim que a esquerda se auto-define), então coitados dos pobres. Porque, como é óbvio, mesmo sendo muito pouca coisa para os que são mesmo mais necessitados, tudo isto também trará consigo uma factura.

E quem paga essa factura? Os ricos, responder-nos-ão, apontando para a empenhada e minuciosa desmontagem da reforma do IRC que até tinha sido negociada com o PS, que nessa altura a aprovava.

Pobres tontos: uma parte do que vão fazer com o IRC levará muitas empresas portuguesas, as que pagam impostos a sério, a regressarem aos esquemas que lhes permitiam evitar a dupla tributação dos seus lucros. E pobres de nós: uma das poucas reformas que podia tornar Portugal mais atrativo para o investimento estrangeiro esfuma-se no ar (já se está a esfumar no ar, como comprovarão se falarem com quem sabe e já nos diz que há investidores a desistir de Portugal).

Mas não faz mal: como diz o PCP, tudo o que seja esmifrar o “grande capital” servirá para reforçar o peso “a produção nacional”, mesmo que os produtores nacionais não tenham um tostão para investir e ainda menos para contratar mais trabalhadores, fazendo diminuir o desemprego.

É assim que, conforme vamos sabendo detalhes do acordo, vemos como tudo ou é um logro, ou um erro, ou então é as duas coisas ao mesmo tempo.

Logro, porque a austeridade não desaparece, toma sim outras formas e apenas se detetam mudanças de ritmo (face ao cenário da coligação) que só trazem riscos por troca com quase nenhumas vantagens.

Erro, porque toda a aposta é no consumo e, em nome disso, prejudica-se o investimento, em especial o investimento que pode inovar e trazer recursos para Portugal. Recursos e empregos.

Por fim, percebe-se de cada vez que se ouve falar alguém do Bloco ou sobretudo do PCP, está tudo montado em cima de uma teia frágil e artificial. Na guerra particular da esquerda, que não acabou, o que vai contar a partir do dia do “acordo” é saber quem vai depois conseguir atribuir o ónus a quem na altura em que a ruptura acontecer.

Não deixa de ser uma rica perspectiva para um país que, com prudência mas segurança, já dava sinais de ter dobrado o Cabo das Tormentas. E também não deixa de ser irónico – e ao mesmo tempo profundamente injusto por tudo o que na altura foi dito (http://observador.pt/2015/03/21/os-cofres-cheios-pergunta-antonio-costa/) – esta brincadeira só ser possível por Maria Luís ter deixado os “cofres cheios (http://observador.pt/2015/03/24/passos-explica-que-cofres-se-encheram-para-diminuir-stock-de-divida-e-poupar-em-juros/)”. Estivessem eles vazios e os 19 mil milhões de empréstimos a refinanciar já em 2016 bem poderiam colocar a próxima maioria muito rapidamente na mesma aflição em que se viu o Syriza. Então é que eu gostava de ver a solidariedade que Jerónimo e Catarina para com António Costa…

http://observador.pt/opiniao/acabou-a-austeridade-reformados-vao-ter-aumento-de-18-euros/ (http://observador.pt/opiniao/acabou-a-austeridade-reformados-vao-ter-aumento-de-18-euros/)



Reparei agora mesmo neste artigo de ontem de José Manuel Fernandes, ex-director do Público.
Coloquei (cheio de paciência) os "links" do texto. Divirtam-se.

    :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-06 03:30:02
Um artigo muito interessante, cheio de bons links, sem dúvida.   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-06 03:39:59
Estavam vocês aqui no parlatório...
e nem repararam que...
à meia noite e 56 minutos...
o PS fechara acordo com o BE.





Bloco de Esquerda fecha e aprova acordo com o PS

Comissão Política dos bloquistas confirma que "as negociações estão concluídas e estão reunidas condições para acordo à esquerda"

A direção do Bloco de Esquerda (BE) aprovou durante a noite desta quinta-feira o acordo com o PS tendo em vista a viabilização de um eventual governo de esquerda. A informação foi avançada há minutos pelo portal do partido, esquerda.net, numa curta notícia após a conclusão da reunião.

"A Comissão Política do Bloco de Esquerda aprovou na noite de quinta-feira o documento de trabalho resultante das negociações do Bloco com o Partido Socialista. A Comissão Política congratula-se com este resultado. Pela parte do Bloco, as negociações com o PS estão concluídas e estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela proteção do emprego, dos salários e das pensões", pode ler-se na nota publicada no site dos bloquistas depois dos trabalhos do órgão que assegura a direção política do partido.

---------------------------------------------------------------------------------------------
Catarina Martins
@catarina_mart
A com. política do Bloco acaba de aprovar o documento
resultante das negociações com PS. A esquerda responde pelo
emprego, salários, pensões
12:56 AM - 6 Nov 2015

---------------------------------------------------------------------------------------------

Catarina Martins, porta-voz nacional do partido, confirmou a conclusão das negociações com os socialistas e a aprovação do acordo com duas breves mensagens nas redes sociais Facebook e Twitter: "A Comissão Política do Bloco acaba de aprovar o documento resultante das negociações com PS. A esquerda responde pelo emprego, salários, pensões."

Já no passado domingo, em entrevista publicada pelo DN, a líder do BE afirmava "há acordo", sublinhando que uma das condições que definiu durante a campanha eleitoral para se entender com António Costa, o descongelamento das penões, estava satisfeita.

"O compromisso político que estávamos a fazer permite aos pensionistas recuperar as suas pensões ao longo da legislatura. Se tivessem um governo de direita iam perder com cortes, se fosse governo do PS ficariam congeladas, e o que posso dizer agora é que há acordo para que as pensões sejam todas descongeladas e as mais baixas terão mesmo um aumento real", disse Catarina Martins.

Para já, e com muita tinta a correr nas páginas dos jornais sobre o acordo, os bloquistas não adiantam mais pormenores sobre o entendimento.

http://www.dn.pt/portugal/interior/bloco-de-esquerda-fecha-e-aprova-acordo-com-o-ps-4872417.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/bloco-de-esquerda-fecha-e-aprova-acordo-com-o-ps-4872417.html)




Não sei se devo ficar satisfeito se preocupado...
E o PCP ?  Onde está o PCP ?


    ???


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 03:46:47
O Pacheco Pereira regra geral vê-se que não sabe do que fala (em textos, eu não vejo videos).

A ideia de que existem caminhos alternativos para gerar emprego é falaciosa. Temporariamente existem muitas formas de gerar emprego. Mas sustentadamente, só se gera emprego por via de alguém ter (ou pensar que vai ter) vantagem (leia-se lucro) em empregar.

Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.

Sobre a sustentabilidade das medidas para a criação de emprego, não haverá diversas formas de estimular o mercado/empresas de forma a chegar a esse objectivo?

Jsebastião, sobre o Pacheco Pereira já se viu em coisas simples que não sabia -- mas não me vou agora lembrar em quê pois não ando a ver o que diz.

Sobre chegar ao objectivo de empregar, só tens que te perguntar porque é que, regra geral, alguém emprega outra pessoa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 03:47:47
o PP so tem um argumento, o odio pessoal que nutre pelo PC

Eu diria que tem uma variedade imensa de argumentos de peso, independentemente de gostar ou não do PPC. Ainda diria mais, ele tem mais argumentos para criticar a actuação recente do PSD do que qualquer pessoa do PS e restantes esquerdas.

Trás lá uns textos específicos com os quais concordes muito e em que ele defenda coisas muito diferentes das do PSD recente, para vermos isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 03:55:48
Não sabe do que fala, ou defende opiniões e caminhos que considera válidos e que contrastam com a tua visão das coisas? É um pouco difícil engolir que ele, com a experiência que tem, não sabe do que fala.
Sebastião, repara que o Tsipras e o Hollande também tinham um discurso bastante anti austeridade, parecido ao do PP (o do Tsipras até era muito violento), cheio de chavões sobre crescimento e emprego, e ambos não tiveram outro remédio senão mudar o discurso e aceitar as medidas de contenção orçamental. Também não sabiam do que falavam ? Ou quando é preciso pagar salários e pensões (coisa que o PP não faz) a realidade sobrepoe-se aos discursos bonitos ?

São factos que não posso desmentir e contra eles não tenho argumentos. O meu refúgio continua a ser a hipótese (remota, é certo) de que haja uma alternativa que resulta (porque cada situação tem um contexto próprio, com infinitas variáveis). Eu sei que me vão dizer que o passado e as contas negam categoricamente essa hipótese, e que "a esperança é muito bonita até levar com o calhau da realidade em cima", mas também quero acreditar que os partidos na nossa esquerda têm pessoas com competência suficiente para também terem analisado essas situações. Quanto ao Pacheco Pereira, a vossa questão é a mesma: ele "não sabe fazer as contas"--- mas certamente que se dá com pessoas que sabem, e que conhecem também a realidade previsível por trás de cada caminho de alternativa.

Citar
Diga-se, já agora, que é bastante estranho que se grite tanto contra a austeridade quando o seu significado é contas equilibradas. Então é suposto o estado ter permanentemente défices brutais, a contar com um crescimento que irá aparecer um dia ?

Mais atrás defendi algo que tem a ver com o seguinte: "austeridade" pode tecnicamente significar isso, e certamente para quem aplica a contenção orçamental é mesmo isso que quer dizer, mas da forma como está a ser usada socialmente, o significado é um pouco diverso (embora na prática vá dar ao mesmo): significa basicamente perda de poder de compra, desemprego, pioria geral das condições de vida, pioria dos serviços prestados pelas empresas públicas, e indiferença e insensibilidade social generalizada por parte dos políticos. Por isso é que se grita tanto contra a austeridade---o Anti-Ditador farta-se de me chamar burro por não saber "coisas básica", mas esquece-se que grande maioria da população, naturalmente,  também não sabe essas coisas básicas, apenas vê à sua frente a realidade do dia-a-dia, e sofre na pele de cada vez que a Maria Luis altera um dígito no Excel. Há duas interpretações para "austeridade"---a de quem a aplica, e a de quem a sofre.

Vindo da situação que se veio, o desemprego era inevitável.

Mais ainda, a perda de poder de compra não só era inevitável, como fazia parte da solução. Não se compreender isso significa que não se compreende nada do que se passou. Se vires alguém a berrar "perdeu-se poder de compra" podes instantaneamente aplicar-lhe o rótulo de "ignorante" que estarás correcto.

Falta de consciência social é coisa essencialmente de esquerda, que não leva em conta as consequências do que defende sobre a população em geral. E no limite, não o leva em conta até ao ponto em que as pessoas não têm papel higiénico, pensos higiénicos ou morrem à fome (com esquerda suficiente). Nota que políticas de escudo forte e contenção orçamental foram as que aproximaram Portugal da Europa. As outras, ou fizeram estagnar ou fizeram regredir. Nota que políticas de liberalização e economia de mercado foram as que colocaram a China no caminho do desenvolvimento. Nota que países partidos ao meio como a RFA/RDA ou Coreia do Sul/Coreia do Norte, mostram para lá de qualquer dúvida qual é o sistema que funciona e qual é o que não funciona.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 04:03:16
Uma coisa que eu não percebo é como o pessoal de esquerda aceita sem piar (e aparentemente até luta por) que agora os salários e pensões que vão ser aumentados a sério sejam APENAS os mais elevados.

É de uma aberração extraordinária. Jsebastião, consegues explicar esta absurdidade? Isto é coisa de esquerda ou drogados?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-06 10:21:44
Sobre chegar ao objectivo de empregar, só tens que te perguntar porque é que, regra geral, alguém emprega outra pessoa.


he he...
Isso é uma boa pergunta,
A resposta depende do ângulo de visão de quem responde...


Claro que cada um tem a sua visão. Mas o que o Inc perguntou foi porque é que alguém emprega outra pessoa. Não interessa o que os outros pensam, interessa o pensamento de quem cria o posto de trabalho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 11:03:09
Uma coisa que eu não percebo é como o pessoal de esquerda aceita sem piar (e aparentemente até luta por) que agora os salários e pensões que vão ser aumentados a sério sejam APENAS os mais elevados.

É de uma aberração extraordinária. Jsebastião, consegues explicar esta absurdidade? Isto é coisa de esquerda ou drogados?

Queres que EU explique isso?

Apenas posso dizer que também considero um absurdo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-06 11:19:14
Uma coisa que eu não percebo é como o pessoal de esquerda aceita sem piar (e aparentemente até luta por) que agora os salários e pensões que vão ser aumentados a sério sejam APENAS os mais elevados.

É de uma aberração extraordinária. Jsebastião, consegues explicar esta absurdidade? Isto é coisa de esquerda ou drogados?

Queres que EU explique isso?

Apenas posso dizer que também considero um absurdo.

Podes argumentar como o Bagão Félix e com a Manuela Ferreira Leite, que são de direita, e que defendem a reposição de pensões.

Porque argumentam que os cortes são uma parte irrisória dos gastos dos estado, que os pensionistas já não podem programar mais as suas poupanças, que muitas vezes sustentam os filhos e netos, que têm elevados gasto com a sua saúde, que é onde está a camada da população mais pobre e desprotegida.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 11:28:13
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 11:34:09
Ainda não há acordo. PCP “continua a trabalhar”

trabalhar trabalhar trabalhar

pelo povo marchar !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 11:51:33
o BE e o PS tem estado a mentir sobre a existencia de acordo desde o final das eleicoes

so acredito num acordo qd o PCP disser que ha acordo, o resto eh lixo

ha aqui uma estrategia de fuga para a frente de forma a pressionar todos os intervenientes, incluindo a comissao politica do PS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 12:17:56
Vamos chegar ao dia do chumbo do governo e não vai haver acordo. Nesse dia as pessoas irão perceber o aldrabão que o Costa é.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-06 12:21:23

Quem está a ganhar com isto é o PCP, deixa o BE "enterrar-se" com PS e depois dizem
que foram os únicos coerentes que mantiveram o discurso e nunca fizeram concessões.

A Catarina Martins está a revelar-se , a ambição dela pelo poder é nítida, ela
é muito mais perigosa do que muitos julgam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 13:06:02

Quem está a ganhar com isto é o PCP, deixa o BE "enterrar-se" com PS e depois dizem
que foram os únicos coerentes que mantiveram o discurso e nunca fizeram concessões.

A Catarina Martins está a revelar-se , a ambição dela pelo poder é nítida, ela
é muito mais perigosa do que muitos julgam.


Se o acordo for para a frente, ela vai ganhar um protagonismo imenso durante os próximos meses/anos, não só porque sairá como uma das "vencedoras" do nó gordio em que tudo se encontra neste momento, como terá muito maior "peso participativo" (por fazer parte da solução governo) no parlamento e na comunicação social. Neste cenário, preparem-se para a ver/ouvir muitas mais vezes nas notícias. Do ponto de vista do Bloco, este resultado eleitoral conseguido será então para encarar com mais firmeza como um ponto de partida (e não de chegada) para "algo maior". E não sei se não será mesmo indicada para ministra de alguma coisa (indefinido, neste momento, se bem a a pasta da cultura continua a parecer a mais adequada).

Já se o acordo não for para a frente...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 13:30:15

Quem está a ganhar com isto é o PCP, deixa o BE "enterrar-se" com PS e depois dizem
que foram os únicos coerentes que mantiveram o discurso e nunca fizeram concessões.

A Catarina Martins está a revelar-se , a ambição dela pelo poder é nítida, ela
é muito mais perigosa do que muitos julgam.


Se o acordo for para a frente, ela vai ganhar um protagonismo imenso durante os próximos meses/anos, não só porque sairá como uma das "vencedoras" do nó gordio em que tudo se encontra neste momento, como terá muito maior "peso participativo" (por fazer parte da solução governo) no parlamento e na comunicação social. Neste cenário, preparem-se para a ver/ouvir muitas mais vezes nas notícias. Do ponto de vista do Bloco, este resultado eleitoral conseguido será então para encarar com mais firmeza como um ponto de partida (e não de chegada) para "algo maior". E não sei se não será mesmo indicada para ministra de alguma coisa (indefinido, neste momento, se bem a a pasta da cultura continua a parecer a mais adequada).

Já se o acordo não for para a frente...

acho que vai ser tudo ao contrario, ate porque o governo de esquerda vai correr muito mal e vai desfazer a virgindade de poder do BE que ira ficar com as maos sujas

eh alias disso que o PCP tem tanto medo, sao partidos que prometem tudo e nao podem destruir ilusoes para se manterem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 13:35:42

Quem está a ganhar com isto é o PCP, deixa o BE "enterrar-se" com PS e depois dizem
que foram os únicos coerentes que mantiveram o discurso e nunca fizeram concessões.

A Catarina Martins está a revelar-se , a ambição dela pelo poder é nítida, ela
é muito mais perigosa do que muitos julgam.


Se o acordo for para a frente, ela vai ganhar um protagonismo imenso durante os próximos meses/anos, não só porque sairá como uma das "vencedoras" do nó gordio em que tudo se encontra neste momento, como terá muito maior "peso participativo" (por fazer parte da solução governo) no parlamento e na comunicação social. Neste cenário, preparem-se para a ver/ouvir muitas mais vezes nas notícias. Do ponto de vista do Bloco, este resultado eleitoral conseguido será então para encarar com mais firmeza como um ponto de partida (e não de chegada) para "algo maior". E não sei se não será mesmo indicada para ministra de alguma coisa (indefinido, neste momento, se bem a a pasta da cultura continua a parecer a mais adequada).

Já se o acordo não for para a frente...

acho que vai ser tudo ao contrario, ate porque o governo de esquerda vai correr muito mal e vai desfazer a virgindade de poder do BE que ira ficar com as maos sujas

eh alias disso que o PCP tem tanto medo, sao partidos que prometem tudo e nao podem destruir ilusoes para se manterem

Se correr mal, de acordo. Se correr mal, há três partidos que estão basicamente entalados para a próxima década ou mais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 13:47:19
eh alias disso que o PCP tem tanto medo, sao partidos que prometem tudo e nao podem destruir ilusoes para se manterem

o PCP é realista por isso é que não quer nada escrito que o comprometa mais tarde. são muitos anos a virar frangos. ainda hoje no blasfémias uma crónia do arroja falava disso:

Citar
É muito simples: encostar o PC à parede, imputando-lhe a responsabilidade final pela existência, ou inexistência, do governo das esquerdas. Pelo PS e pelo Bloco são tudo rosas, e, por estes dois partidos, «estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela proteção do emprego, dos salários e das pensões», como a inefável Catarina Martins não se cansa de repetir, com o silêncio concordante de António Costa. Como quem diz: «agora, Jerónimo, a bola está do teu lado; vê bem o que fazes com ela».

Na verdade, este «acordo» das esquerdas serve mais para reorganizar os seus diversos bandos, do que para tirar a direita do poder, poder que seria sempre fictício se ela, por milagre, mantivesse o governo com uma maioria parlamentar de esquerda.

Dito de outro modo, entre o Partido Comunista e o Bloco, num cenário de coligação de poder, não ficarão os dois vivos. Um será responsável por tudo o que de mau venha a acontecer, enquanto que o outro levará os louros do que possa correr menos mal.

O PS sabe disto, o PC sabe disto e o Bloco sabe disto, e estão, no fim de contas, a tentarem empurrar-se uns aos outros para ver quem cai primeiro.

Só que nesta famigerada táctica, que é mais uma espertalhonice saloia do que um plano, esquece-se que o Partido Comunista Português tem décadas de história e que sobreviveu à URSS, ao Eurocomunismo, à queda do muro e à morte de Cunhal. Certamente que não serão meia dúzia de artistas recém-nascidos para a política, capitaneados por um náufrago agarrado a uma boia furada, que vão domar o velho urso. A coisa vai acabar mal, se é que alguma vez chegará a começar.
[url]http://blasfemias.net/2015/11/06/a-tactica-3/[/url] ([url]http://blasfemias.net/2015/11/06/a-tactica-3/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 14:08:14

Quem está a ganhar com isto é o PCP, deixa o BE "enterrar-se" com PS e depois dizem
que foram os únicos coerentes que mantiveram o discurso e nunca fizeram concessões.

A Catarina Martins está a revelar-se , a ambição dela pelo poder é nítida, ela
é muito mais perigosa do que muitos julgam.


Se o acordo for para a frente, ela vai ganhar um protagonismo imenso durante os próximos meses/anos, não só porque sairá como uma das "vencedoras" do nó gordio em que tudo se encontra neste momento, como terá muito maior "peso participativo" (por fazer parte da solução governo) no parlamento e na comunicação social. Neste cenário, preparem-se para a ver/ouvir muitas mais vezes nas notícias. Do ponto de vista do Bloco, este resultado eleitoral conseguido será então para encarar com mais firmeza como um ponto de partida (e não de chegada) para "algo maior". E não sei se não será mesmo indicada para ministra de alguma coisa (indefinido, neste momento, se bem a a pasta da cultura continua a parecer a mais adequada).

Já se o acordo não for para a frente...

acho que vai ser tudo ao contrario, ate porque o governo de esquerda vai correr muito mal e vai desfazer a virgindade de poder do BE que ira ficar com as maos sujas

eh alias disso que o PCP tem tanto medo, sao partidos que prometem tudo e nao podem destruir ilusoes para se manterem

Se correr mal, de acordo. Se correr mal, há três partidos que estão basicamente entalados para a próxima década ou mais.

isto tem tudo para correr mal, eh so olhar para as contas do estado para perceber que a austeridade tera de continuar

sera que o PCP se quer associar a tal empreitada? no max por um ano e so para derrubar o passos, nao acredito em mais
e ate um ano pode ser muito
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 14:12:12
LOL, genial. E depois ver se o PS chumba uma medida que estava no seu próprio programa.  :D

Citar
Despedimento conciliatório. Governo recupera medida de Centeno que PS deixou cair

Programa da direita admite introduzir na lei o mecanismo do despedimento conciliatório e a arbitragem em conflito laboral, ideia de Mário Centeno que estava no programa do PS (e que o Bloco fez cair).
[url]http://observador.pt/2015/11/06/despedimento-conciliatorio-governo-recupera-medida-de-centeno-que-ps-deixou-cair/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/06/despedimento-conciliatorio-governo-recupera-medida-de-centeno-que-ps-deixou-cair/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-06 14:24:40
Até pode correr bem, basta aumentar impostos na mesma proporção (em valor) das reposições salariais e das pensões. As tabelas de Irs vão ser revistas.
Isto numa óptica de curto prazo
O maior problema está no salário mínimo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-06 14:42:49
Sebastião, eu vi um bocado do programa com o debate em que estava o Assis e pensei ... o homem anda a ler o ThinkFN ... eheheh
A posição do Rosas chega a roçar a desonestidade intelectual. Ele usou termos como neoliberais extremos (ou radicais já não tenho certeza). Não faz sentido nenhum.
Nos últimos (largos) anos, o nível de coleta de impostos, o grau de apoios sociais e serviços prestados pelo estado, não tem nada a ver com um estado governado por liberais. Quanto mais radicais. Convém falar-se de coisas com o mínimo de ligação à realidade, senão estamos a debater o sexo dos anjos.

Em relação ao PP deves ter ouvido o argumento do L. Xavier. Não faltam blogs de esquerda e pessoas ligadas à esquerda, a proferirem insultos; afirmações e textos sem o mínimo de nível e ponta por onde se lhe pegue. Não ver que há ignorância dos dois lados é querer deturpar as coisas.
Viste que ele ficou totalmente entalado pela resposta do L. Xavier, nem quis se esticar muito por esse tema ...
Ele ainda há dias dizia que a candidatura da Maria de Belém era algo construído pela direita. Acho que ele tem um bias enorme. Se há chance de malhar nos "neoliberais" ele não perde tempo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-06 14:46:36
Acho incrível como o BE e PCP não querem ter ministros, SE ou whatever ...
E como os jornalistas e população não pressionam nessa questão.
Sem envolvimento directo no governo, será uma construção tão frágil ... aos meus olhos não faz sentido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-06 15:01:58
Quando comparamos o PIB com os níveis de 2006/2007 penso que devemos pensar sempre numa questão.
Os níveis de endividamento público, privado e empresarial é que permitiram aquele pico de valor no PIB.
Não é que a economia ou o paradigma do momento fossem algo de excepcional.
A entrada de capital (via crédito), permitia continuar com o motor a carburar em alta rotação.
O problema é que há limite para o montante de crédito que qualquer dos elementos citados consegue contrair.
E, até mais que o Governo (que parece ser o único elemento que interessa nestes debates, mas não é) as empresas e os privados estavam atolados em dívida. O ritmo de expansão de dívida não poderia continuar para sempre.
E na falta deste rocket fuel o PIB não tinha outra hipótese senão descer.

mr T, desculpe mas vou ter demonstrar a falácia que está aí embebida.
se nós já tivemos um determinado output económico, não há nenhuma razão para não o voltarmos a ter.
a capacidade produtiva está cá.
a mão de obra está cá.
as duas à capacidade máxima geram um GDP idêntico ao que já geraram.

só não o farão se a capacidade produtiva se tivesse reduzido - fábricas desmanteladas, espaço comercial dedicado a outra coisa qualquer etc.
destruição física mesmo. do tipo de uma catástrofe natural.
não aconteceu. a capacidade produtiva está aí.

a mão de obra está aí. se existe capacidade produtiva, então existe capacidade de empregar a mão de obra.
aqui só se poderia considerar uma quebra, se a quantidade de pessoas disponíveis para trabalhar se tivesse reduzido. o que até pode ter acontecido devido à emigração.
mas é a única razão para não podermos atingir o mesmo output económico que já tivemos.
a procura interna, se em pleno emprego, equivaleria à que já existiu.
a diferença é a dívida que poderá reduzir a procura. em pleno emprego é difícil que isso aconteça. e é mais uma razão para termos moeda própria. poder estimular a procura.

o output alcançado antes, como uma marca de água, pode ser alcançado outra vez. não depende da dívida.
depende de utilizar a capacidade produtiva e a mão de obra de forma maximizada.

isso é uma falácia muito utilizada, mas já desmontada há muito tempo. por vários economistas.

L

Vamos pegar num exemplo muito concreto e real.
De 2000 até 2006/2007 houve um boom enorme de compras de apartamentos, moradias, etc. Foi pelo menos o que eu vi ao meu redor.
E os preços escalaram de acordo com isso. Na minha zona a especulação era visível.
Como os preços eram altos, os créditos adaptaram-se para cativar os clientes. Créditos à 30 ou mais anos.
As pessoas que optaram por essa aquisição, e dados os preços envolvidos, fizeram a compra de uma vida. Optaram por consumir naquele momento algo de grande valor em detrimento de outros consumos nos anos seguintes.
E sabendo nós que várias pessoas fizeram simultaneamente a mesma opção, não me parece absurdo pensar que há inúmeros núcleos familiares que não poderão fazer uma compra do mesmo tipo nos próximos anos.
As empresas de construção para responderem a esse pico, compraram betoneiras, camiões, carrinhas, pás, picaretas, níveis, berbequins.
De que adianta eles terem esses instrumentos todos, se não há a mínima hipótese nos próximos tempos de haver um pico como o de 2000-2006?
E como sabemos a construção arrasta muita coisa. São arquitetos, decoradores, venda de tapetes, electrodomésticos, móveis. Quem trabalha nesses ramos associados também se equipou para responder ao pico. E quem trabalha nesses ramos compra Lcds, compra carros, gasta no cabeleireiro. E toda essa gente se equipou para responder ao pico.
Mas como o pico esteve intimamente ligado ao crédito auto, crédito pessoal, crédito à habitação e as pessoas atingiram o seu limite de crédito (optaram por consumir num determinado momento em detrimento de outro), não havia forma (do meu ponto de vista) de evitar a queda ocorrida no PIB. Era inevitável.

E tudo isto não aconteceu por acaso, sem que se desse por ela. Houve conivência política. Para que iriam andar a tentar abrandar o momento favorável?
E sempre fixe ficar no CV dum político ou presidente dum BC que durante o seu mandato as coisas bombaram.
O problema é o que vêm a seguir. É o tal "quem vier à seguir que feche a porta".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 15:02:40
 “Não vamos fazer como outros: acordos são acordos e fazem-se em reuniões, de forma séria, e quando houver resultados eles serão públicos“.

mais uma boca dos comunistas ao BE e PS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-06 15:12:51

parece-me que te apressaste a desmentir algo que conheces mal.
se todos os portugueses estivessem empregados, haveria salários e crédito, hoje a condições muito melhores do que antes.
O GDP tenderia a superar o seu máximo anterior e em muito.

a capacidade produtiva existe. basta pôr a mão de obra a trabalhar, com dinheiro no bolso e acesso ao crédito novamente.
a mão de obra daqui e de acolá. para exportarmos e importarmos e comerciarmos e todos crescermos.

na história da civilização sempre houve ciclos de dívida e o GDP não parou de crescer.
só mesmo quando havia destruição da capacidade produtiva, como as invasões bárbaras ou grandes diminuições de população como a provocada pela peste negra.
na ausência destas catástrofes naturais, o GDP aumenta em função da produtividade. não em função da dívida.
sei que ideologicamente isto é delicado para ti. mas não estou muito preocupado com isso.
mais com factos e em como realmente a economia funciona.

L

Só para responder ao ponto que sublinhei.
Já houve pico de dívida/PIB estatal bem acima dos 150% ao longo da história. À nível privado também havia maluqueiras.
A questão era que aconteciam defaults para limpar esses excessos de dívida. O mercado tinha forma de penalizar quem alocou mal os capitais.
E ficava terreno livre para quem poupou capital, poder investir.
Algo que não acontece neste momento.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 15:45:11
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-06 16:22:26
A pressão das bases dos partidos é tão grande (para nomearem boys para institutos publicos, ministérios, empresas publicas, fundações, etc) que vai sempre ter de haver acordo (mesmo que contrariados). Esta oportunidade para colocarem mamões nesses sítios é única. Eles nem querem governar, querem é mamar o deles e dar de mamar às bases.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-06 16:25:30
Ainda para mais quando tens os fundos do Portugal 2020 a bater à porta ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-06 16:53:17
A pressão das bases dos partidos é tão grande (para nomearem boys para institutos publicos, ministérios, empresas publicas, fundações, etc) que vai sempre ter de haver acordo (mesmo que contrariados). Esta oportunidade para colocarem mamões nesses sítios é única. Eles nem querem governar, querem é mamar o deles e dar de mamar às bases.

100% verdade.

Mas não é apenas os militantes das bases.

São os lobbies e as empresas que giram à volta dos partidos, que os apoiam e que organizam os seus negócios de acordo com os "ciclos legislativos". São estratégias montadas com anos de antecedência...

Há muito a perder e existe muito dinheiro envolvido...ainda por cima com partidos quase falidos...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Paquinho em 2015-11-06 17:07:20
Habemus Acordum

Confirma-se que as más notícias dão-se à sexta-feira. Vá lá que esperaram o fecho da bolsa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-06 17:09:36
O PCP e  ligeiramente diferente

 Costa quer ir pote dos taxos e subsidios de 2020 vai ter virar comunista
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 17:10:05
Em relação ao PP deves ter ouvido o argumento do L. Xavier. Não faltam blogs de esquerda e pessoas ligadas à esquerda, a proferirem insultos; afirmações e textos sem o mínimo de nível e ponta por onde se lhe pegue. Não ver que há ignorância dos dois lados é querer deturpar as coisas.
Viste que ele ficou totalmente entalado pela resposta do L. Xavier, nem quis se esticar muito por esse tema ...
Ele ainda há dias dizia que a candidatura da Maria de Belém era algo construído pela direita. Acho que ele tem um bias enorme. Se há chance de malhar nos "neoliberais" ele não perde tempo.

Sim, a resposta do Lobo Xavier tirou-lhe o tapete debaixo dos pés (porque puxou o assunto para fora da esfera política)---evitando que o PP conseguisse levar a conversa para onde aparentemente queria, e que era de facto uma associação entre grosseria e "trollismo" na internet e militarismo de direita (ou melhor, da direita que está indignada pela possibilidade de ascensão da esquerda ao poder). Não sei se te recordas de como o PP colocou o assunto ao LX, logo a tentar sacar uma reposta condicionada...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 17:20:12
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 17:22:29
Habemus Acordum

Confirma-se que as más notícias dão-se à sexta-feira. Vá lá que esperaram o fecho da bolsa
É ir hoje, Sábado e Domingo ao Multibanco  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 17:40:38
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.

Para todos os efeitos ocorreram mesmo APENAS nos mais elevados, não se compreende bem a tua posição e pareces procurar cenas irrelevantes para a manteres.

"Repor salários e pensões" = "aumentar muito os salários e pensões mais elevados". O resto são fantochadas políticas.

Não se compreende muito bem como aceitam isto, como o promovem, como o desculpam ou até como o tentam minimizar (como acabaste de fazer ao te agarrares a um "essencialmente" versus um "APENAS", ou quando usas o "vamos ver" quando a intenção é tal e qual como descrita).

Enfim, são coisas incompreensíveis. É um passar metade do tempo a berrar contra a desigualdade, e a outra metade a promover formas de a aumentar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 17:44:47
Imagino que o Pacheco Pereira nisto não diga nada. Vai insurgir-se imenso contra coisas complexas e que não domina. E depois vai numa coisa simples como esta ficar calado.

A hipocresia na política nacional é inacreditável. E o governo mais realista desde o 25 de Abril é aquele que todos odeiam. Tem alguma piada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-06 17:58:07

A hipocresia na política nacional é inacreditável. E o governo mais realista desde o 25 de Abril é aquele que todos odeiam. Tem alguma piada.

São sempre os mesmos: Republicanos,Socialistas, Revolucionários... you name it , a comer tudo e deixar o trabalho sujo para outro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-06 18:18:05
 :D  :D

Citar
Heloísa Apolónia, que não comentou ainda no detalhe o programa de Governo hoje entregue no parlamento, sublinhou que PSD e CDS-PP "continuam a recusar a ideia da derrota eleitoral" das legislativas de 04 de outubro, não reconhecendo o "novo quadro parlamentar" de maioria de deputados que reclamam uma "mudança de políticas".

(...)

De todo o modo, frisa Heloísa Apolónia, a "continuidade" de PSD e CDS-PP na liderança do país "foi recusada nas últimas eleições", sustenta, acusando ainda ambos os partidos de "arrogância" por apenas se mostrarem disponíveis para entendimentos com o PS e não com outras forças parlamentares.

E prosseguiu: "O Governo aquilo que tem demonstrado é apenas uma abertura para dialogar com o PS e não com os outros partidos. Acho que isso é de uma arrogância muito grande, querer pôr uma parte do parlamento fora da cena política. Acho isso extraordinariamente grave", declarou, criticando a ideia de "arco da governabilidade" que põe de parte os partidos à esquerda do PS.

in http://economico.sapo.pt/noticias/verdes-avancam-com-mocao-de-censura-autonoma_233997.html (http://economico.sapo.pt/noticias/verdes-avancam-com-mocao-de-censura-autonoma_233997.html)

É esta a justificação da moção de rejeição dos Verdes ?!? Não falaram connosco ?
 :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 18:20:13
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.

Para todos os efeitos ocorreram mesmo APENAS nos mais elevados, não se compreende bem a tua posição e pareces procurar cenas irrelevantes para a manteres.

"Repor salários e pensões" = "aumentar muito os salários e pensões mais elevados". O resto são fantochadas políticas.

Não se compreende muito bem como aceitam isto, como o promovem, como o desculpam ou até como o tentam minimizar (como acabaste de fazer ao te agarrares a um "essencialmente" versus um "APENAS", ou quando usas o "vamos ver" quando a intenção é tal e qual como descrita).

Enfim, são coisas incompreensíveis. É um passar metade do tempo a berrar contra a desigualdade, e a outra metade a promover formas de a aumentar.

Incognitus, ainda não se conhecem as medidas do acordo---nenhuma medida, para todos os efeitos---e estás já dizer como vão ser repostos os salários e pensões, sem mais nem menos, e sem a complementaridade de outras medidas. E no final é isso que interessa: quem, que estratos sociais vão ter mais poder depois de tudo conjugado. É só isso que estou a dizer, não se conhecem ainda os pormenores daquilo que aí vem. A frase, da maneira que a colocaste, é altamente redutora, pois não considera mais nada, e parece estar a dizer: vão aumentar APENAS os rendimentos dos mais abastados.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 18:20:30
Por acaso o PSD não tentar dialogar com o BE foi um erro. O BE é muito comunista mas parece um bocado de nome, não é tanto quanto o PCP. No BE há ali muito caviar, muita burgesia ... para o BE "socialismo é abundância". É só prometer-lhes um bocado de abundância e eles começam logo a ver o socialismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-06 18:21:56
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.

Para todos os efeitos ocorreram mesmo APENAS nos mais elevados, não se compreende bem a tua posição e pareces procurar cenas irrelevantes para a manteres.

"Repor salários e pensões" = "aumentar muito os salários e pensões mais elevados". O resto são fantochadas políticas.

Não se compreende muito bem como aceitam isto, como o promovem, como o desculpam ou até como o tentam minimizar (como acabaste de fazer ao te agarrares a um "essencialmente" versus um "APENAS", ou quando usas o "vamos ver" quando a intenção é tal e qual como descrita).

Enfim, são coisas incompreensíveis. É um passar metade do tempo a berrar contra a desigualdade, e a outra metade a promover formas de a aumentar.

Incognitus, ainda não se conhecem as medidas do acordo---nenhuma medida, para todos os efeitos---e estás já dizer como vão ser repostos os salários e pensões, sem mais nem menos, se sem a complementaridade de outras medidas. E no final é isso que interessa: quem, que estratos sociais vão ter mais poder depois de tudo conjugado. É só isso que estou a dizer, não se conhecem ainda os pormenores daquilo que aí vem. A frase, da maneira que a colocaste, é altamente redutora, pois não considera mais nada, e parece estar a dizer: vão aumentar APENAS os rendimentos dos mais abastados.

A própria intenção de repor os salários e pensões deveria levantar questões. Linearmente, esse repor dá-se todo nos extractos mais elevados. A reposição VAI aumentar APENAS os rendimentos dos mais abastados -- precisamente porque foi aí que incidiram os cortes que agora se querem eliminar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-06 18:30:59
Por acaso o PSD não tentar dialogar com o BE foi um erro. O BE é muito comunista mas parece um bocado de nome, não é tanto quanto o PCP. No BE há ali muito caviar, muita burgesia ... para o BE "socialismo é abundância". É só prometer-lhes um bocado de abundância e eles começam logo a ver o socialismo.

Eu acho que consideraram logo de início um caso perdido, por um lado, e algo demasiado fracturante internamente, por outro...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 18:32:18
Kosta ao poder !!! yeah !!

vamos la ver se o acordo eh para 4 anos, sem isso acho que o Kosta e o PS estao tramados pois o governo cai certamente
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-06 18:49:20
O PP é um ignorante funcional que "esconde" isso através do facto de ser eloquente.

É impressionante como não há semana em que ele não seja sovado pelo Lobo Xavier.


******************

Parece que vamos inocular a vacina do socialismo... nunca pensei que o PS se atirasse para o precipício.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-06 18:54:27
Por acaso o PSD não tentar dialogar com o BE foi um erro. O BE é muito comunista mas parece um bocado de nome, não é tanto quanto o PCP. No BE há ali muito caviar, muita burgesia ... para o BE "socialismo é abundância". É só prometer-lhes um bocado de abundância e eles começam logo a ver o socialismo.


Incognitus, eu concordo contigo.

Mas como seria possível conversar com o BE, se logo na noite das eleições no seu discurso, o BE avançou logo com a decisão de apresentar a Moção de Rejeição ?

Sem sequer existir uma justificação. Excepto pelo facto de que o PSD e o CDS pertencem à "Política de Direita"...
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/be_avanca_com_mocao_de_rejeicao_se_cavaco_der_mandato_a_coligacao.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/be_avanca_com_mocao_de_rejeicao_se_cavaco_der_mandato_a_coligacao.html)

Mais (ainda no dia 04 de Outubro):

Citar
A porta-voz do Bloco de Esquerda garante que o partido não se irá associar à coligação do PSD/CDS-PP, garantindo ainda que contestará se o Presidente da República, Cavaco Silva, viabilizar um governo sem maioria absoluta.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/catarina_martins_nao_sera_atraves_do_be_que_paf_conseguira_maioria_absoluta.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/eleicoes/legislativas/detalhe/catarina_martins_nao_sera_atraves_do_be_que_paf_conseguira_maioria_absoluta.html)
 :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-06 19:02:36
.....já existem 3 "acordos".......inclusive o com o PCP......

http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/ (http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/)


....veremos o que vai sair desta "salada"russa"....eh.eh..... :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 19:05:24
.....já existem 3 "acordos".......inclusive o com o PCP......

[url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url])


....veremos o que vai sair desta "salada"russa"....eh.eh..... :P


segundo o PCP eh uma proposta de acordo, nao eh ainda um acordo

estou triste :(
buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 19:06:18
claro que nao vao para o governo, nao querem sujar as maos... e vao tirar o tapete ao PS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-06 19:12:30
.....já existem 3 "acordos".......inclusive o com o PCP......

[url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url])


....veremos o que vai sair desta "salada"russa"....eh.eh..... :P


segundo o PCP eh uma proposta de acordo, nao eh ainda um acordo

estou triste :(
buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Eu acho que se chegarem ao Cavaco e disserem que o governo tem 3 acordos que o sustenta vão ter uma surpresa desagradável.
É o meu achómetro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-06 19:21:16
.....já existem 3 "acordos".......inclusive o com o PCP......

[url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/06/ps-pcp-perto-comunistas-resistem-acordo-politico/[/url])


....veremos o que vai sair desta "salada"russa"....eh.eh..... :P


segundo o PCP eh uma proposta de acordo, nao eh ainda um acordo

estou triste :(
buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa


Eu acho que se chegarem ao Cavaco e disserem que o governo tem 3 acordos que o sustenta vão ter uma surpresa desagradável.
É o meu achómetro.



....o "Queixadas",.......vai mandá-los comer malmequeres......

....o Sousa ou o Nóvoa.....que se amanhem.......

....lá para o verão de 2016......eh.eh....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 19:33:27
bom... nao ha acordo, ha um "possivel entendimento"

o kosta ainda nao baixou as calcas o suficiente para o gosto do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-06 19:55:40
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.

Jsebastião, simpatizo contigo porque eu também já fui esperançoso e acreditava em coisas porque queria acreditar. Se quiseres continuar assim, o melhor é deixares de frequentar este fórum porque se utilizares a racionalidade vai passar a concordar com muita coisa que por aqui é escrita.

E aí pufff acabaram-se o Pachecos, os Costas, as Catarinas, os Bagões e as ilusões em geral. Mas passas a ver mais claramente a realidade e aí garanto-te que começas a fazer muito mais dinheiro nos investimentos. Pelo menos foi assim comigo, mas isso vale o que vale...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 20:59:23
Quando o investimento cair a pique os comunas nem vão conseguir perceber que o mal é deles mesmo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-06 21:25:13
E aí pufff acabaram-se o Pachecos, os Costas, as Catarinas, os Bagões e as ilusões em geral. Mas passas a ver mais claramente a realidade e aí garanto-te que começas a fazer muito mais dinheiro nos investimentos. Pelo menos foi assim comigo, mas isso vale o que vale...

Comigo também foi exactamente assim!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 21:50:51
Quando o investimento cair a pique os comunas nem vão conseguir perceber que o mal é deles mesmo.

isso seria uma cabala contra as politicas do povo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-06 22:04:52
Paulo Fernandes doa ações da Altri aos filhos no valor de 38 milhões (http://observador.pt/2015/11/06/paulo-fernandes-doa-acoes-da-altri-aos-filhos-no-valor-de-38-milhoes/)

Planeamento fiscal!?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 22:13:50
parece-me que a entrevista do costa teve como grande objectivo a continuacao da fuga para a frente e dos factos consumados de modo a pressionar o PCP a fazer um acordo depressa

mas o auto-anunciado PM ate parecia nervoso e receoso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 22:24:24
Paulo Fernandes doa ações da Altri aos filhos no valor de 38 milhões ([url]http://observador.pt/2015/11/06/paulo-fernandes-doa-acoes-da-altri-aos-filhos-no-valor-de-38-milhoes/[/url])

Planeamento fiscal!?

Se tinha mais valias, deixou de as ter e os filhos recebem à cotação do dia da doação.
Além disso pode ter antecipado que venhamos a ter imposto sobre doações e/ou herança entre pais e filhos e quis antecipar-se.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 22:25:06
agora esta tudo a dizer que o acordo esta feito, mesmo qd o PCP nunca usou essa palavra
anda tudo maluco. deixem la os comunistas negociarem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 22:29:04
grandes vigaristas. para quem dizia que o costa podia ser logo indigitado porque estava tudo pronto, parecem bem atrasados.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 22:43:15
camaradas... se o PS nao pode aumentar impostos sobre os rendimentos e pensoes entao la tera de ser sobre o capital

mas o capital eh manhoso e foge, isto vai ser divertido de observar. as estimativas das receitas vao todas falhar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-06 22:49:54
camaradas... a partir de hoje e em homenagem ao grande momento que o nosso pais atravessa, tratam-me por camarada
vem ai acordo pois nada trava a justa luta do povo portugues

Kosta ao poder ! Viva o Povo unido, muito blablabla e austeridade nunca mais !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-06 22:58:44
Camarada, este momento exige uma banda sonora

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=90TJ6geLBlY#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:01:44
http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-05-Contrato-de-venda-da-TAP-so-devera-ser-assinado-depois-de-terca-feira (http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-05-Contrato-de-venda-da-TAP-so-devera-ser-assinado-depois-de-terca-feira)

camaradas... ainda nada esta perdido com a TAP. temos de negociar o fim deste roubo com o Kosta. avante camaradas, abril sempre !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 00:08:39
Não, não posso argumentar com isso. Porque na questão do INC também estão salários, e está um "APENAS" em maiúsculas a apontar para um escalão específico.

Filhos e netos têm todos os pensionistas (passa o exagero na generalização).

Há qualquer coisa que não bate certo nesta ideia, ou nesta notícia, ou em qualquer interpretação que se tenha perdido algures no caminho.

Não ... não há nada que não bata certo -- isto acontece porque os cortes aconteceram essencialmente nos salários e pensões mais elevados (o que toda a gente parece esquecer), e portanto se repõem os cortes, repõem-nos onde aconteceram, ou seja, nos salários e pensões mais elevados.

Ah bom... isso é bem diferente de dizeres que "os salários e pensões que vão ser aumentados a sério são APENAS os mais elevados."

De qualquer forma, não conheço ainda o que vão fazer ao certo, nem as medidas paralelas que vão tomar em relação a rendimentos, pensões e impostos. Vamos aguardar. É cedo para estar a pegar em especificidades descontextualizadas e estar a fazer comentários.

Citar
É igual a injustiça de agora descerem o horário de trabalho de 40 para 35 horas só para alguns. Qual a lógica, ética, igualdade ou socialidade disso?

Nenhuma, estou de acordo contigo neste caso.

Jsebastião, simpatizo contigo porque eu também já fui esperançoso e acreditava em coisas porque queria acreditar. Se quiseres continuar assim, o melhor é deixares de frequentar este fórum porque se utilizares a racionalidade vai passar a concordar com muita coisa que por aqui é escrita.

E aí pufff acabaram-se o Pachecos, os Costas, as Catarinas, os Bagões e as ilusões em geral. Mas passas a ver mais claramente a realidade e aí garanto-te que começas a fazer muito mais dinheiro nos investimentos. Pelo menos foi assim comigo, mas isso vale o que vale...

Tridion, pela tua lógica, seria antes imensamente melhor para mim (no sentido Danteiano do termo---"abandon all hope ye who enter here!") continuar a frequentar este fórum---afinal de contas, uma maneira de ficar "evangelizado" pela razão e pragmatismo dos seus frequentadores, e de perder crenças, ilusões e esperança, quando não todos os princípios ideológicos que, ao arrepio da matemática, fazem de mim uma alma perdida.  :D

Fora de brincadeira, queria assegurar-te que concordo com muita coisa que por aqui é escrita (mesmo que as ideologias e as crenças dos intervenientes sejam diferentes das minhas), e se reparares bem nas minhas intervenções, não defendo cegamente os agentes políticos, ou sequer ideologias, quando considero que erram ou se desviam daquilo que considero que está certo. Há inúmeros casos para aí espalhados em que demonstro isso, e aceito de bom grado opiniões normalmente associadas a outros quadrantes políticos porque me identifico, contextualmente, mais com elas (a nossa própria democracia e sistema político, aliás, reflectem um caldeirão disforme de ideologias associadas a diversas orientações). Algo, que, curiosamente, não vejo (quase) mais ninguém a fazer por aqui (há algumas honrosas excepções a esta regra)---quando é para dar a mão à palmatória, preferem ficar em silêncio e passar a outros assuntos.

A propsósito da "esperança" com que acolho os próximos tempos---essa por enquanto (pelo menos) não em abandonou (nem é coisa que suceda por escolha própria, de resto), mas queria aqui recordar as dezenas ou centenas de intervenções, neste mesmo tópico, que vaticinavam a impossibilidade de um acordo do PS com o PCP, e que diziam que isso era "wishful thinking", e que quem imaginava tal cenário era o mais ignorante dos ignorantes, e não conhecia a irredutibilidade PCP, etc. etc.  Estamos neste momento numa trajectória que aparentemente vai negar isso tudo. Ainda não é completamente certo, mas já houve um comunicado oficial do PCP a apontar para aí. É um primeiro grande sinal de que algo de facto mudou. Queria também recordar o resultado de uma sondagem que foi publicada hoje, e que nega de forma virtualmente absoluta a ideia de que os votantes no PS não queriam um acordo à esquerda (não perderam intenção de voto, até ganharam ligeiramente). São apenas dois pontos em que, afinal de contas, eu não estava no reino dos sonhos quando assumi as posições que assumi.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 00:12:58
Eu nao estou a ver o PCP no governo do Costa  aplicar politicas direita


e pelo visto nem BE esta no governo



TEM IR GOVERNO COM PASTAS E TUDO

Governo sem Catarina Martins nem Jerónimo

Os três acordos serão assinados separadamente e não haverá um acordo único, disse o líder do PS. O Governo socialista terá apoio do PCP e do Bloco de Esquerda mas exclusivamente no Parlamento. "A opção feita pelo PCP e BE é que o modelo de dar expressão [a esse apoio] era haver um governo do PS. Respeitamos essa opção", sublinhou António Costa.
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/costa_diz_que_ha_acordos_com_pcp_bloco_e_pev_mas_nao_para_quatro_anos.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/costa_diz_que_ha_acordos_com_pcp_bloco_e_pev_mas_nao_para_quatro_anos.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 00:15:02
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 00:17:27
Eu nao estou a ver o PCP no governo do Costa  aplicar politicas direita


e pelo visto nem BE esta no governo



TEM IR GOVERNO COM PASTAS E TUDO

Reg, é precisamente por isso que não estão no Governo. Estão a assinar um acordo para apoiar um Governo do PS, mas não participam nele, é uma posição coerente, embora mais frágil para a orgânica de um acordo. (embora na realidade deva haver umas quantas personalidades que estariam mortinhos para o fazer---para serem ministros)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:18:34
Eu nao estou a ver o PCP no governo do Costa  aplicar politicas direita


e pelo visto nem BE esta no governo



TEM IR GOVERNO COM PASTAS E TUDO

o PCP fica de fora e vai votar como sempre votou, portanto o costa nao vai poder governar a nao ser que a PaF vote a favor das medidas
creio que a PaF vai votar contra tudo e rapidamente o governo caira
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 00:19:08
um governo minoritario de um so  partido perdeu elecoes  com 30% votos a governar!!!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:23:32
um governo minoritario de um so  partido perdeu elecoes  com 30% votos a governar!!!!!

pode ser que o cavaco olhe para esta palhacada de acordo e se vomite todo, hehe
nao vejo como eh que o Kosta vai governar sem a PaF e nao vejo como eh que a PaF vai aceitar apoiar o PS depois da golpada do Kosta
creio que sera um mandato ingovernavel, mas vamos ver !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 00:37:06
É verdade que o PS não preparou o eleitorado nem o avisou de possível consenso à esquerda?

Castanheira Barros, candidato à Presidência da República, afirmou que o PS não esclareceu o eleitorado de que poderia optar por formar uma coligação com o PCP e BE, caso perdesse as eleições. Terá razão?


“[Se fosse eleito Presidente da República convocaria] eleições, chamando assim o povo português a pronunciar-se através do voto, com base noutros pressupostos políticos que não foram equacionados durante a última campanha eleitoral, tendo em consideração que o PS não esclareceu o eleitorado que poderia optar por formar uma coligação com o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda caso perdesse as eleições”
Castanheira Barros, candidato à Presidência da República, 27.10.2015

O contexto

O candidato à Presidência da República Castanheira Barros foi questionado, à margem de um encontro de candidaturas independentes a Belém, sobre o que faria, caso fosse
eleito Presidente, face a uma eventual rejeição do programa de governo. O advogado acabaria por responder que convocaria eleições, visto que o eleitorado português não tinha sido informado sobre as intenções do PS em se coligar com outros partidos de esquerda.

Graça Castanho, também candidata independente à Presidência, disse, depois da mesma reunião, que “os partidos não têm o direito de alterar as regras do jogo passado o período das campanhas eleitorais. É uma coligação para a qual o partido não preparou o eleitorado”. Uma semana antes, o ex-presidente da Comissão Europeia Durão Barroso tinha dito que “os eleitores socialistas não votaram no PS para um governo com o PCP e o BE. Toda a gente sabe que não foi esse o sentido de voto dos eleitores socialistas”. A antiga deputada pelo CDS-PP Inês Teotónio Pereira dizia ainda que “não é nada bom estar nas mãos de quem perdeu o jogo e ameaça furar a bola, porque não quer ir para a baliza”.

De facto, esta parece ser a interpretação geral, tanto de políticos como de comentadores, da acção de António Costa na sequência das eleições legislativas de 2015 – a de que o PS nunca tinha dado a entender que se poderia coligar com PCP e BE e esta tentativa de consenso pode ser encarada como um “logro” ou “engano” aos eleitores socialistas. Mas será verdade que António Costa nunca falou da possibilidade de consenso à esquerda?

Os factos

Comecemos pelo princípio, que neste caso nos faz recuar até às primárias do PS, quando António Costa disputava o lugar de secretário-geral do partido com António José Seguro. Nesta altura, Costa redigiu uma moção política de 28 páginas, de nome Mobilizar Portugal, que apresentava as suas ideias e “grandes opções de governo”, caso vencesse a concorrência e chegasse a primeiro-ministro. No início do documento encontram-se inscrições como “A responsabilidade do PS é transformar a 'maioria do contra' numa maioria de governo, liderar a construção de uma nova maioria política, consoante uma nova maioria social”; “O PS não pensa ser a única força necessária para dar um novo fôlego a Portugal – mas o PS sabe que é a sua responsabilidade, agora, ser o agregador determinante de uma nova maioria política e social”; e ainda “Nem uma maioria absoluta desviará o PS da procura dos compromissos políticos alargados e dos acordos de concertação social”.

Como se verifica, António Costa refere frequentemente a necessidade de formar consensos e de “maiorias” a partir da “maioria do contra”. Mas a referência aos partidos de esquerda torna-se mais explícita nas páginas seguintes: “O tão abusado conceito de ‘arco da governação’ não pode servir para justificar a exclusão sistemática de certos partidos da responsabilidade de governar. É na sua pluralidade que o Parlamento representa o país e não há qualquer razão para o PS ignorar as aspirações dos eleitores representados pelos partidos à sua esquerda.” E: “O problema de governabilidade à esquerda (…) tem dado uma inaceitável vantagem estratégica à direita. Que uma parte significativa do eleitorado há décadas não se envolva em nenhuma solução de governo representa um empobrecimento da democracia. Só por si, a contestação e a oposição não resolvem os problemas dos portugueses. A esquerda que no Parlamento se senta à esquerda do PS não pode voltar a enganar-se no adversário.”

Com o início da campanha eleitoral em Setembro, as referências directas a consensos com o BE ou o PCP desaparecem, e António Costa chega a bipolarizar o discurso e a dizer que o PS é o único partido que consegue fazer frente à coligação PSD-CDS: "Se querem outro caminho diferente daquele que foi seguido pelo Governo, também não há muitas escolhas, ou melhor, muitas escolhas há, só que a verdade é esta: depois de tudo visto e revisto, só há uma que é mesmo capaz de abrir um caminho e concretizar esse caminho."

Numa entrevista à Antena 1 a 18 de Setembro, o líder do Partido Socialista diz que inviabilizará qualquer Orçamento de direita, numa atitude que lhe valeu muitas críticas, desde Passos Coelho a Marcelo Rebelo de Sousa. António Costa rejeita qualquer ligação com os actuais partidos governantes, impossibilita acordos futuros e enfatiza que “a última coisa que fazia sentido é que o voto no PS, que é um voto das pessoas que querem mudar de política, servisse depois para manter esta política”.

Em resumo

É falso dizer que António Costa nunca revelou vontade política de se coligar à esquerda. Antes da campanha das legislativas, o PS foi explícito em afirmar que procurava consensos com os partidos fora do “arco da governação” e que a “esquerda que no Parlamento se senta à esquerda do PS” deveria parar de olhar para os socialistas como oposição e sim como futuros aliados. Durante a campanha, o PS focou-se num discurso antiausteridade e contra a direita, revelando que não aceitava nenhum Orçamento do Estado que viesse dos partidos da coligação Portugal à Frente.

Em suma, antes da campanha eleitoral o PS era “pró-consenso de esquerda”, mas essa posição enevoou-se em Setembro, encandeada por uma muito maior expressão de rejeição da direita. Contudo, uma posição não impossibilita a outra, e muito menos se pode dizer que o PS “enganou” o eleitorado. Quando muito, pode considerar-se que a possibilidade de um bloco unido PS-CDU-BE não foi “suficientemente” explorada pelos partidos de esquerda.

Publico (http://www.publico.pt/politica/noticia/e-verdade-que-o-ps-nao-preparou-o-eleitorado-nem-avisou-de-possivel-consenso-a-esquerda-1712613)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:46:05
pergunto onde esta um artigo do autor a dizer o mesmo antes das eleicoes e do anuncio da golpada ?
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claras e poderiam querer dizer muita coisa diferente

se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.

por ex "procurar acordos a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 00:50:08
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 00:51:49
um governo minoritario de um so  partido perdeu elecoes  com 30% votos a governar!!!!!

pode ser que o cavaco olhe para esta palhacada de acordo e se vomite todo, hehe
nao vejo como eh que o Kosta vai governar sem a PaF e nao vejo como eh que a PaF vai aceitar apoiar o PS depois da golpada do Kosta
creio que sera um mandato ingovernavel, mas vamos ver !

Isso já deve ter sucedido uma dúzia de vezes desde o acto eleitoral. O que lhe vai suceder agora é, parafraseando o Daniel Costa Oliveira, engolir uma manada de elefantes e emposar o Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:52:36
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L

nao esta nada escarrapachado. so para crentes muito ferverosos eh que esta.

a prova do que digo eh que ninguem sabia, ficou o pais surpreendido. se ninguem sabia eh porque nao avisaram, certo ?
usa o bom-senso, tens algum suponho
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:53:47
camarada lark,

estou bastante entusiasmado sim, desde o segundo governo do socrates que nao me divertia tanto
mas eu sou um pouco perverso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 00:54:38
quanto ao PCP, o melhor mesmo é ir à fonte (http://www.pcp.pt/sobre-trabalho-em-curso-com-ps-com-vista-uma-solucao-politica)

Citar
Sobre o trabalho em curso com o PS com vista a uma solução política 6 Novembro 2015

O PCP salienta a importância de não permitir a continuação em funções do Governo PSD/CDS e reafirma o seu propósito de apresentação de uma moção de rejeição do Programa do Governo que será votada na próxima terça-feira na Assembleia da República. Como temos afirmado, PSD e CDS não estão em condições de, por si só, prosseguirem o rasto de destruição e declínio que a sua política constituiu.

O PCP enviou ao PS esta tarde o texto de “Posição conjunta do PS e do PCP sobre solução política”, no seguimento da reunião realizada na última quarta-feira, que permite afirmar que estão reunidas as condições para pôr fim ao Governo PSD/CDS-PP, assegurar um governo da iniciativa do PS, num quadro em que está garantida uma composição da Assembleia da República para a formação de um governo do PS, a apresentação do programa, a sua entrada em funções e para a adopção de uma política que assegure uma solução duradoura.

No sentido do anúncio formal daquela Posição Conjunta o PCP propôs ao PS uma data para a sua divulgação pública.

O Gabinete de Imprensa do PCP informa ainda que no próximo domingo dia 8 de Novembro se realizará uma reunião do Comité Central do PCP.


L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 00:55:01
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L

nao esta nada escarrapachado. so para crentes muito ferverosos eh que esta.

a prova do que digo eh que ninguem sabia, ficou o pais surpreendido. se ninguem sabia eh porque nao avisaram, certo ?
usa o bom-senso, tens algum suponho

O que diz no artigo nega esta idea. É isso que o Lark está a tentar dizer-te...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 00:55:40
camarada lark,

estou bastante entusiasmado sim, desde o segundo governo do socrates que nao me divertia tanto
mas eu sou um pouco perverso

estás entusiamado com algo que já se previa acontecer há um mês?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:57:09
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L

nao esta nada escarrapachado. so para crentes muito ferverosos eh que esta.

a prova do que digo eh que ninguem sabia, ficou o pais surpreendido. se ninguem sabia eh porque nao avisaram, certo ?
usa o bom-senso, tens algum suponho

O que diz no artigo nega esta idea. É isso que o Lark está a tentar dizer-te...

e o que eu estou e dizer eh que se avisaram entao as pessoas tinham de saber, se nao sabiam eh porque nao avisaram. e claramente nao sabiam.

eh so usar o bom-senso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 00:58:42
camarada lark,

estou bastante entusiasmado sim, desde o segundo governo do socrates que nao me divertia tanto
mas eu sou um pouco perverso

estás entusiamado com algo que já se previa acontecer há um mês?

L

caramada lark,

tu sabias, o resto do pais nao sabia. como alias tambem sabias montes de coisas sobre o syriza e a sua estrategia genial. vais adivinhando e as vezes acertas outras nao.

estou entusiasmado principalmente pelo que vem ai, vai ser super divertido
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 01:00:12
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L

nao esta nada escarrapachado. so para crentes muito ferverosos eh que esta.

a prova do que digo eh que ninguem sabia, ficou o pais surpreendido. se ninguem sabia eh porque nao avisaram, certo ?
usa o bom-senso, tens algum suponho

O que diz no artigo nega esta idea. É isso que o Lark está a tentar dizer-te...

e o que eu estou e dizer eh que se avisaram entao as pessoas tinham de saber, se nao sabiam eh porque nao avisaram. e claramente nao sabiam.

eh so usar o bom-senso

acho que está under the influence de qualquer coisa forte...
se fosse a ti não me esticava muito mais.
depois tens que apagar e o caraças...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 01:01:33
se tivesse avisado sabiamos antes, como nao sabiamos antes nao avisou. isto eh tao simples quanto isto camarada lark.
o artigo eh falacioso pois reinterpreta a posteriori frases que na altura nao foram claro e poderiam querer dizer muita coisa diferente

por ex "acordo a esquerda" poderia referir-se a negociacoes parlamentes de leis particulares caso ganhasse as eleicoes.
nunca esclareceu e fe-lo propositadamente para esconder

mas agora isso ja nao interessa, ja passamos essa fase. agora queremos o Kosta no poder ja ja ja !

parece-me que estás a negar uma evidência.
está ali escarrapachado.

estás bué de excitadex com isto.
isto que se está a passar não é nenhuma novidade.
já ando a bater nesta tecla há que séculos.

de qualquer forma é irrelevante, ele ter dito (disse) ou não dito.
o que interessa é se há estabilidade governativa ou não.

não percebo o desinteresse do BE e do PCP em irem para o governo.
mas se se comprometem a apoiar o governo parlamentarmente, siga para bingo.
já vai tarde.

L

nao esta nada escarrapachado. so para crentes muito ferverosos eh que esta.

a prova do que digo eh que ninguem sabia, ficou o pais surpreendido. se ninguem sabia eh porque nao avisaram, certo ?
usa o bom-senso, tens algum suponho

O que diz no artigo nega esta idea. É isso que o Lark está a tentar dizer-te...

e o que eu estou e dizer eh que se avisaram entao as pessoas tinham de saber, se nao sabiam eh porque nao avisaram. e claramente nao sabiam.

eh so usar o bom-senso

acho que está under the influence de qualquer coisa forte...
se fosse a ti não me esticava muito mais.
depois tens que apagar e o caraças...

L

camarada lark,

essa foi muito seca !

com os desejos de melhores piadas,

camarada neo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 01:02:30
vais adivinhando e as vezes acertas outras nao.

desde que o profit factor seja maior que 1... tranquilo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 01:08:10
! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=L26A5ZKBQZE#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 01:54:26
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-07 03:06:30
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos (http://www.legislativas2015.pt/lista-de-partidos-politicos-em-portugal/) que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-07 04:27:15
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-07 05:19:57
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...

É isso!
E cada Partido ficava com a sua Regiãozinha!
Assim já não viamos um determinado Partido ladrar contra a governação de outro Partido porque esse outro Partido governava em outro "quintal" e em seara alheia não se ladra.

Seria interessante analisar as preferências dos cidadãos pelas Regiões e o progresso & bem estar que cada Região ideológica iria conseguir proporcionar aos cidadãos...
Seria uma Nação multicolor.

Era caso para acontecer:
És do PSD e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).
És comunista e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).

Etc...


    8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-07 09:11:24
Citar
Pergunta do dia - Qual dos seguintes líderes políticos lhe inspira mais confiança ?

SAPO.PT

Pedro Passos Coelho:1606 votos 36%

António Costa:780 votos 17%

Catarina Martins:479 votos 11%

Paulo Portas:95 votos 2%

Jerónimo de Sousa:303 votos 7%

Outro:63 votos 1%

Nenhum deles:1147 votos 26%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-07 09:19:48
parece-me que a entrevista do costa teve como grande objectivo a continuacao da fuga para a frente e dos factos consumados de modo a pressionar o PCP a fazer um acordo depressa

mas o auto-anunciado PM ate parecia nervoso e receoso



.....inteiramente de acordo....eh.eh.... 8)


http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-11-07-Antonio-Costa-ja-tem-programa-de-governo-fechado (http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2015-11-07-Antonio-Costa-ja-tem-programa-de-governo-fechado)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 11:12:21
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos ([url]http://www.legislativas2015.pt/lista-de-partidos-politicos-em-portugal/[/url]) que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


É uma utopia bem engraçada e estimulante (para o cérebro começar a fazer previsões e a traçar cenários---possíveis e impossíveis---tais como: "como se dividia o território em zonas?, e quem ficava com o quê? a percentagem territorial devia ser proporcional ao número de votos, ou seriam 5 regiões mais ou menos do mesmo tamanho? e haveria rotatividade de x em x anos? bom para o conceito, mau para os habitantes...), e certamente que a ideia de "democracia" teria então um teste ainda mais "a sério" quanto às suas reais capacidades e limitações, mas logo se colocariam uma série de entraves a tal sistema, porque violaria não sei quantos tratados e disposições internacionais, já para não fala na Constituição. Mas sem dúvida que resolvia logo uma série de outros "problemas de convivência social".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 11:23:48
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!

Colocadas as coisas nestes termos, de acordo, nada a objectar.

Incognitus, penso que os meus conceitos e valores estão relativamente claros para quem acompanhar o que escrevo. A respeito da "redistribuição de capital" pela máquina do Estado/governo, a quem se tira e a quem se dá, não há grandes dúvidas, sou "esquerdista" (embora de forma moderada, e independentemente de haver possibilidades financeiras/orçamentais para permitirem aquilo que desejaria ), ou seja, quem tem mais rendimentos, deve contribuir também mais manter o "Estado Social" a funcionar, e quem tem menos deve ser poupado, na medida do possível, à "austeridade". Se um partido com o qual simpatizo, e que diz pretender defender os mais desfavorecidos, faz exactamente o contrário, é obvio que não me cai nada bem. Agora, não posso é olhar para uma medida isolada, que é disso que estamos a falar, e traçar logo um juízo de valor para o cenário governativo todo.  Olhando para a medida isolada, parece absurda, olhando para o cenário todo, não faço a mais pequena ideia, porque não o conheço.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-07 11:32:17
Sim, para além das 2 regiões que já existem (Açores + Madeira), poderia dividir-se o Continente em 2 (Norte + Sul), ou 3 (Norte + Lisboa & arredores + Sul) ou 4 (autonomizando também o Algarve), ou 5 (dividindo a Região Norte em Norte + Centro), ou ainda 6 (se o Porto/Gaia, etc.  se autonomizasse também...)... mas penso que a fronteira geográfica e política mais natural ainda seria o rio Tejo...

É isso!
E cada Partido ficava com a sua Regiãozinha!
Assim já não viamos um determinado Partido ladrar contra a governação de outro Partido porque esse outro Partido governava em outro "quintal" e em seara alheia não se ladra.

Seria interessante analisar as preferências dos cidadãos pelas Regiões e o progresso & bem estar que cada Região ideológica iria conseguir proporcionar aos cidadãos...
Seria uma Nação multicolor.

Era caso para acontecer:
És do PSD e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).
És comunista e não estás satisfeito? Então vai p'ra tua terra... (Região).

Etc...


    8)

Ainda a propósito desta "ideia", não sei que hábitos de leitura tens, mas há um livro, Os Despojados (de Ursula K. Le Guin), que coloca em hipótese uma divisão da humanidade em duas facções e territórios diferentes (no caso são dois planetas diferentes), dentro do quais imperam dois sistemas políticos diferentes, um capitalista, outro anarco-comunista. O livro expõe conceitos políticos e ficcionaliza comparativamente como seria a vida nos dois planetas ao fim de umas centenas de anos. É uma boa leitura, mesmo que não se concorde com as ideias que lá estão expressas.

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Dispossessed
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 11:39:24
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 13:09:36
A propósito da entrevista do Costa, e tendo em conta a discussão de hoje com o Incognitus, houve uma pergunta específica sobre a questão da reposição das pensões, de todas as pensões (por insistência da entrevistadora), ao que o Costa, depois de ter ficado nitidamente perdido nos seus pensamentos (perdeu a articulação no discurso), respondeu que eram para repor, mas que isso ia ser feito para respeitar a Constituição. (tudo bem, eu continuo a esperar para ver de que forma vão buscar esse dinheiro aos casos que mais ganham, porque acho certo que o vão fazer por outros meios).

Se vão buscar o dinheiro aos que mais ganham, é uma incerteza.

O que é uma certeza, é que se repuserem as pensões e salários primeiro vão dar dinheiro aos que mais ganham!

Colocadas as coisas nestes termos, de acordo, nada a objectar.

Incognitus, penso que os meus conceitos e valores estão relativamente claros para quem acompanhar o que escrevo. A respeito da "redistribuição de capital" pela máquina do Estado/governo, a quem se tira e a quem se dá, não há grandes dúvidas, sou "esquerdista" (embora de forma moderada, e independentemente de haver possibilidades financeiras/orçamentais para permitirem aquilo que desejaria ), ou seja, quem tem mais rendimentos, deve contribuir também mais manter o "Estado Social" a funcionar, e quem tem menos deve ser poupado, na medida do possível, à "austeridade". Se um partido com o qual simpatizo, e que diz pretender defender os mais desfavorecidos, faz exactamente o contrário, é obvio que não me cai nada bem. Agora, não posso é olhar para uma medida isolada, que é disso que estamos a falar, e traçar logo um juízo de valor para o cenário governativo todo.  Olhando para a medida isolada, parece absurda, olhando para o cenário todo, não faço a mais pequena ideia, porque não o conheço.

Essa medida vai ser a de maior impacto de todas. É praticamente o cenário governativo. O impacto orçamental será tal que não vai sobrar grande coisa para grandes benesses para outros, visto que se vai gastar tudo a repor os salários e pensões mais elevados, bem como se vai perder receita ao desonerar os mesmos salários e pensões.

Só me pergunto é como o consenso para isto é tão grande no PS+PCP+BE. A única explicação que encontro, é que os quadros desses próprios partidos (quem manda) são beneficiados pelas medidas. Não há outra explicação possível, tal a aberração.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 13:10:56
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 13:37:31
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos ([url]http://www.legislativas2015.pt/lista-de-partidos-politicos-em-portugal/[/url]) que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


a minha opinião é que isso na prática configurava 5 países.
se já há quem nos considere uns tristes - na minha opinião, quem o faz são self loathing portugueses - então se não conseguíssemos manter uma democracia pluralista sem nos dividirmos em países diferente por família política, ganharíamos o direito a ser tratados como atrasadinhos mentais.

a democracia não é algo que vise minimizar o conflito.
a democracia é um sistema que impõe regras não violentas para a resolução de conflitos.

se um país não conseguir ou não quiser resolver os seus conflitos pelas regras democráticas então, provavelmente, não merece a democracia.

a minha opinião é precisamente que Portugal tem uma democracia já bem embebida e funcional. e está a resolver os seus conflitos pelas regras democráticas.

a democracia por mais que alguns gostassem que assim fosse, não é um processo de win-win. é um processo, as mais das vezes de win-lose.
nunca ninguém pretendeu que a democracia fosse um sistema para deixar as pessoas felizes e satisfeitas na resolução dos seus conflitos.

o que se pretende com a democracia é que os conflitos sejam derimidos de uma forma não violenta e com regras muito objectivas.
ocasionalmente, quando um conflito é resolvido, todas as partes ganham. a maior parte das vezes não.

o processo que leva a resultados mais satisfatórios para as partes é a negociação.
mas a negociação não é a mesma coisa que democracia.

a democracia, e nela a regra fundamental das maiorias, é precisamente resolver os conflitos quando as negociações falham.

os alemães negoceiam muito mais do que nós e chegam a resultados mais satisfatórios (aparentemente) que nós nos seus processos negociais.
é normal existirem coligações de governo que envolvem os social-democratas e os democratas-cristãos. como o governo actual.
mas isso é um sucesso do processo negocial, não do processo democrático.

o processo democrático existe precisamente, para que a violência não seja o último recurso quando as negociações falham.

fui suficientemente claro?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 13:51:39
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.

A do IVA é a única surreal. As outras 2 ele vai lá buscar o dinheiro quando mexer nos escalões do IRS (já disse que era preciso mais progressividade, leia-se: vai criar mais 1 ou 2 escalões e provavelmente será para "taxar mais os ricos").
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-07 13:57:19
Cada vez tenho menos paciência para a politica.
Hoje nem consegui ouvir a entrevista.
Televisão acesa, som desligado, Costa a falar sem se ouvir...
Headphones no ouvido e boa musica do computador...

Devo estar a ficar velho, senil, possivelmente com alzheimer...

Mas uma solução em Portugal era criar-se as tais 5 Regiões administrativas.
Cada região ficava governada por um Partido com actual representação parlamentar.
Com orçamento próprio e tudo (saúde, segurança, justiça, tropas, etc).

O pessoal que gosta do BE ia para a Região BE.
Quem gosta do PCP ia para a Região PCP.
Os socialistas iam para a Região PS.
Os sociais democratas para a Região PSD.
Finalmente os populares para a Região CDS.

Cada Partido com o seu "quintal" e a sua "horta", portanto.

Os cidadãos tinham a possibilidade de migrar para a Região que desejassem.
Mas cada Região era governada segundo a ideologia e as convicções de cada partido.

Seria manifestamente interdito uma Região qualquer fazer propaganda no território de outra Região, a tentar cativar cidadãos a migrarem para a sua Região. Cada Região tinha a liberdade de se organizar politicamente da forma que quisesse, mas nenhuma delas estava acima da Carta dos Direitos Humanos. As comunicações terrestres (auto-estradas, estradas, comboios, etc...) deviam ser livres e sem fronteiras, tal como um todo territorial.

Acabava-se de vez com esta palhaçada das campanhas eleitorais, com o confronto das ideologias, dos valores e da genética de cada Partido.
Cada Partido tinha o seu próprio território (Região) com os cidadãos que quisessem lá viver e trabalhar.

As eleições podiam ser em todo o território nacional, com os mesmos impressos de todos os Partidos ([url]http://www.legislativas2015.pt/lista-de-partidos-politicos-em-portugal/[/url]) que existem.
Caso um Partido desconhecido (ex: "Pessoas-Animais-Natureza", ou "Partido Trabalhista Português", ou "Partido Liberal Democrata", etc...) ficasse em 5º lugar no ranking nacional... o que estava nessa posição anteriormente cedia o Governo da respectiva Região (território) ao novo recém chegado.

Esta é a minha opinião politica, mesmo estando farto da política.
E a vossa opinião, qual é?


    ???


a minha opinião é que isso na prática configurava 5 países.
se já há quem nos considere uns tristes - na minha opinião, quem o faz são self loathing portugueses - então se não conseguíssemos manter uma democracia pluralista sem nos dividirmos em países diferente por família política, ganharíamos o direito a ser tratados como atrasadinhos mentais.

a democracia não é algo que vise minimizar o conflito.
a democracia é um sistema que impõe regras não violentas para a resolução de conflitos.

se um país não conseguir ou não quiser resolver os seus conflitos pelas regras democráticas então, provavelmente, não merece a democracia.

a minha opinião é precisamente que Portugal tem uma democracia já bem embebida e funcional. e está a resolver os seus conflitos pelas regras democráticas.

a democracia por mais que alguns gostassem que assim fosse, não é um processo de win-win. é um processo, as mais das vezes de win-lose.
nunca ninguém pretendeu que a democracia fosse um sistema para deixar as pessoas felizes e satisfeitas na resolução dos seus conflitos.

o que se pretende com a democracia é que os conflitos sejam derimidos de uma forma não violenta e com regras muito objectivas.
ocasionalmente, quando um conflito é resolvido, todas as partes ganham. a maior parte das vezes não.

o processo que leva a resultados mais satisfatórios para as partes é a negociação.
mas a negociação não é a mesma coisa que democracia.

a democracia, e nela a regra fundamental das maiorias, é precisamente resolver os conflitos quando as negociações falham.

os alemães negoceiam muito mais do que nós e chegam a resultados mais satisfatórios (aparentemente) que nós nos seus processos negociais.
é normal existirem coligações de governo que envolvem os social-democratas e os democratas-cristãos. como o governo actual.
mas isso é um sucesso do processo negocial, não do processo democrático.

o processo democrático existe precisamente, para que a violência não seja o último recurso quando as negociações falham.

fui suficientemente claro?

L


Uma explicação sintética e clara.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 14:02:16
Além disso as regiões do pcp, be e ps teriam que proibir os seus habitantes de emigrar, senão em poucos anos ficavam vazias.

É bom votar à esquerda quando temos quem pague impostos, quem escravizar...quando a mama acaba, acabam logo os ideais todos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 14:04:46
quando isto rebentar tudo o lark vai assobiar para o lado, como fez com o syriza
ate la eh so teoria maravilhosa  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 14:16:33
quando isto rebentar tudo o lark vai assobiar para o lado, como fez com o syriza
ate la eh so teoria maravilhosa  :D

e eu todo orgulhoso que tinha postado umas coisas com conteúdo.
e chega o zel e deita tudo por terra com duas linhas, prenhes, a rebentar, de conteúdo (ar basicamente; hot air...)

puxa pela cabecinha e escreve qualquer coisa de interesse em vez de bocas e bitates, seguidos de emerdicons...
não tens mais nada na cabeça que valha a pena mostrar aos outros?

é tudo o que para aí há? hot air?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 14:20:55
Já a do: "vamos baixar o IVA para gerar emprego" é mesmo de atrasado mental que nunca sai de casa. Se há sector onde há fartazana de oferta é precisamente o da restauração. A energia elétrica e gás que são absolutamente essenciais aos pobres e até importantes à generalidade dos sectores como a restauração, indústria, turismo, etc. isso tá quieto.

Surreal os níveis de estupidez na esquerdalha caviar portuguesa.

Quando rebentar tudo, passamos ao próximo assunto, esquecendo o 7 passos à frente da grecia, e a futura 4 falência portuguesa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 14:21:58
Ah, grande costa.
- Repor os salários mais altos da função pública
- Eliminar a sobretaxa que afectava os salários e pensões mais altas
- Baixar o IVA da restauração mas não mexer no IVA da luz e do gás

Aguardam-se as próximas medidas do Costa, o socialista, o defensor dos mais pobres.

Tudo medidas surreais. É difícil saber qual a mais surreal. Mas o pormenor de baixar o IVA da restauração mas não o da luz e gás é de um requinte à Lenin.

A do IVA é a única surreal. As outras 2 ele vai lá buscar o dinheiro quando mexer nos escalões do IRS (já disse que era preciso mais progressividade, leia-se: vai criar mais 1 ou 2 escalões e provavelmente será para "taxar mais os ricos").
Não me parece, uma vez que devolve 100% e apenas recolhe uma parte disso com a actualização dos escalões. Na prática é uma devolução liquida de dinheiro a quem já ganha mais em salários e pensões.

O IVA na restauração é a coisa mais injusta que se pode imaginar. Como se um tipo que ganhe 800 euros precisasse mais de ir ao restaurante do que da electricidade/gás para se aquecer ou cozinhar. É chocante.

Além disso ao baixar o IVA da restauração está a favorecer um sector em detrimento dos outros onde as pessoas iriam gastar o dinheiro que lhes passasse a sobrar, por terem contas menores de luz e gás.

Pelos vistos os trabalhadores da restauração são mais importantes do que os das indústrias de peixe, carne, vinho, calçado, vestuário, editorial, ou outra coisa qualquer onde as pessoas decidissem gastar livremente o dinheiro que lhes sobrou.

É o habitual favorecimento por parte de quem tem o poder discricionário de beneficiar A em detrimento de B. O que, diga-se, não surpreende num país que deixa pessoas em filas de espera para cirurgias e gasta milhões em apoios a filmes que são vistos por meia dúzia de pessoas. É o colectivismo no seu melhor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 14:31:37
O socialismo lidera a escolha  agora escolheu dar restauraçao

acontece muitas vez escolher favorecer um grupo expecifico. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 14:37:31
quando isto rebentar tudo o lark vai assobiar para o lado, como fez com o syriza
ate la eh so teoria maravilhosa  :D

e eu todo orgulhoso que tinha postado umas coisas com conteúdo.
e chega o zel e deita tudo por terra com duas linhas, prenhes, a rebentar, de conteúdo (ar basicamente; hot air...)

puxa pela cabecinha e escreve qualquer coisa de interesse em vez de bocas e bitates, seguidos de emerdicons...
não tens mais nada na cabeça que valha a pena mostrar aos outros?

é tudo o que para aí há? hot air?

L

tens razao, eu vou comentar como deve ser mas agora vou andar de skate! ate ja
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 15:22:58
SURREAL!

a palavra mais querida do forum (bom de alguns users do forum).

ok. tal como o agravamento dos impostos sobre as pensões foi progressivo, o desagravamento vais ser igualmente progresivo.
isto é, as pensões mais baixas sofrerão os maiores desagravamentos.
parece-me que isto é relativamente simples de entender.

quanto ao IVA:

a restauração é um sector que emprega um número enorme de trabalhadores. desagravar o IVA da restauração implica dar folga aos empresários da restauração para empregarem mais, uma vez que se torna numa actividade mais lucrativa. algum IVA ficará nos bolsos dos restauradores, outro será reflectido nos preços. isso não advém da bondade dos restauradores. advém da concorrência existente no mercado.

assim, a redução do IVA na restauração tem um impacto significativo no emprego e no bolso das pessoas.

Já no mercado da electricidade, a concorrência é uma anedota.
O desagravamento do IVA seria recolhido pelas companhias de elrctricidade e o consumidor ficava a ver navios.

O accionista das electricas (ou da maior eléctrica) - o estado chinês - encheria o seu rabinho de uma saborosa mais valia celestial.
Os consumidores continuariam a pagar os olhos da cara pela electricidade.

Falando em olhos da cara, entra por eles dentro a razão óbvia de um IVA ser desagravado e o outro não.

Inferir outra coisa parece-me SURREAL!

L

impagável, ver o João Loureiro a cantar o SURREAL!
ai ai... anos 80. o deserto musical...


! No longer available ([url]http://www.youtube.com/watch?v=rCZgZo92-M0#[/url])


Estás a gozar:

* O agravamento foi essencialmente sobre salários e pensões mais elevados.
* O desagravamento vai ser o retirar do agravamento, logo só vai aumentar salários e pensões mais elevados.

É engraçado como reescrevem a história para justificar seja o que for. Tanto que o agravamento foi sobre os pobres (mentira) como o desagravamento não ser sobre os salários e pensões mais elevados.

----------

Outra coisa, o Lark é ignorante sobre como funciona o pricing no sector eléctrico, e por isso produziu aí outra mentira. As tarifas são esmagadoramente ditadas centralmente pela ERSE, pelo que não variariam se o IVA variasse -- não existiriam apropriamentos por parte dos fornecedores. O IVA seria integralmente para o bolso do consumidor, ao contrário do que acontecerá na restauração.

-----------

Retirei daqui mentiras e propaganda do Lark, porque este não é o local para tratar os outros por retardados. Só o faço porque a totalidade do post eram mentiras e ignorância, com o objectivo de propagandear falsidades e ilusões. Existem factos que não devem ser ignorados (efeito dos cortes, efeito da retirada dos cortes "ceteris paribus", tarifas eléctricas, etc).

Quem quiser ver o que foi retirado pode vê-lo na minha citação acima.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 15:33:00
olha...
desapareceu-me o post.

curioso? porque terá sido?
disse alguma mentira?
insultei alguém?

seria necessário provar a falsidade do que afirmei.
quanto a insultos, não vejo nenhum.

este forum está a ficar difícil para liberdade de expressão...
cada um avaliará da propriedade do apagamento...


já agora...
se eu tivesse capacidade para isso... apagar posts.
alguém acredita que eu o faria?

pois, também não me parece.
a defesa da liberdade é muito bonita excepto quando nos incomoda.

para mim a defesa da liberdade, nomeadamente de expressão,  é um valor absoluto.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 15:34:21
olha...
desapareceu-me o post.

curioso? porque terá sido?
disse alguma mentira?
insultei alguém?

seria necessário provar a falsidade do que afirmei.
quanto a insultos, não vejo nenhum.

este forum está a ficar difícil para liberdade de expressão...
cada um avaliará da propriedade do apagamento...


já agora...
se eu tivesse capacidade para isso... apagar posts.
alguém acredita que eu o faria?

pois, também me parece.
a defesa da liberdade é muito bonita excepto quando nos incomoda.

para mim a defesa da liberdade, nomeadamente de expressão,  é um valor absoluto.

L

Mentiras, estão descritas acima. São mentiras quanto:
* Ao efeito dos cortes;
* Ao efeito da retirada dos cortes;
* Ao que aconteceria com uma retirada do IVA eléctrico, fruto de como está regulamentado o sector.

No geral, todas as mentiras ou configuram ignorância ou má fé, portanto é de deduzir que em ambos os casos são para propagandear algo falso.

-------------

A defesa da liberdade de expressão não é uma defesa para mentir com os dentes todos nem para propagandear ou de má fé, ou com base na ignorância.

Se fossem coisas onde existisse dúvida, o tópico não teria sido apagado. Seriam coisas debatíveis. Mas aqui no que falaste não existe dúvida, foste contra factos óbvios (como fazes bastantes vezes, de resto). De resto, tal como o vbm, não devias ter opiniões tão fortes onde tens tão pouca informação.

Novamente, o que PS, PCP e BE reclamam é a "reposição dos cortes". Os cortes incidiram sobre os rendimentos mais elevados. A sua reposição é, naturalmente e ceteris paribus, um aumentar dos rendimentos mais elevados. Não existiram cortes nos rendimentos mais baixos, pelo que a reposição não os aumenta, quanto mais aumentá-los mais do que os mais elevados. Nem se percebe bem onde foste buscar tal ideia maluca.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-07 15:48:16
Sem querer fazer advogado do diabo (do Lark, neste caso), no outro dia troquei alguns argumentos com alguém no twiter que tinha grande conhecimento na formação nos preços da energia na europa, e disse-me que o IVA pouco interessa na formação do preço final da energia. Até me partilhou um doc sobre o assunto, mas já não está disponível. Que as pessoas de baixos recursos devem ser ajudados com tarifas especiais.

Não quero com isto dizer que concordo com o IVA da restauração a 13%. Acho mesmo uma vergonha e altamente dispensável. Até porque é um dos sectores que mais foge ao pagamento de impostos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 15:53:20
Sem querer fazer advogado do diabo (do Lark, neste caso), no outro dia troquei alguns argumentos com alguém no twiter que tinha grande conhecimento na formação nos preços da energia na europa, e disse-me que o IVA pouco interessa na formação do preço final da energia. Até me partilhou um doc sobre o assunto, mas já não está disponível. Que as pessoas de baixos recursos devem ser ajudados com tarifas especiais.

Não quero com isto dizer que concordo com o IVA da restauração a 13%. Acho mesmo uma vergonha e altamente dispensável. Até porque é um dos sectores que mais foge ao pagamento de impostos.

Não estás a ser advogado do Lark -- o que descreves é aquilo de que falo. O IVA não entra para o cálculo das tarifas, estas são esmagadoramente ditadas por coisas fixadas pela ERSE, daí que não exista grande concorrência. O que acontece é que o preço se forma antes do IVA ser aplicado, ao contrário da restauração onde tudo se confunde.

Resultado: uma redução do IVA, seja na electricidade seja nos combustíveis, reflecte-se com elevadíssima probabilidade integralmente no preço final. Uma redução do IVA na restauração? Nem por isso.

(além de que falamos de commodities versus algo mais diferenciado, o que também tenderia a produzir o mesmo resultado mesmo sem a componente regulatória)

--------------

Idem para o resto, a maioria das pessoas sabe o que foram os cortes e o que implica a sua retirada -- para quê mentir sobre isso?

Para além de que é absurdo mentir, mostrar ignorância e AINDA tentar gozar com alguém. Devo dizer que a minha primeira reacção para tal retardadice quase foi banir de imediato, por ver ali tanta burrice e má fé concentrada. Só não o fiz porque eu e o Lark não estamos a comunicar directamente (ele tem-me em ignore), mas isso não significa que tenha de repente uma carta branca para fazer propaganda óbvia, mentirosa e ignorante, como outros já tentaram (JAM, Luísa, vbm) e sempre resultou em serem banidos. E para que não se pense que é uma coisa política, o JAM até estava nas estruturas do PSD (os outros não faço ideia, embora a Luísa me parecesse PCP e o vbm PS).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 16:07:09
Bem, "aparentemente" o Lark "acredita" que existiram cortes nos salários e pensões mais baixos. Alguém lhe vendeu a ideia a ele, só pode. Então "acredita" que há algo a repor nos salários e pensões mais baixos.

Só posso dizer que tem que se informar sobre o que foi cortado e portanto vai ser reposto, antes de assumir coisas que só lhe podem ter sido transmitidas pela propaganda do BE ou PCP.

-----------

E isto às tantas até é tão forte como a forma como acreditava que o YUAN tinha desvalorizado, ou que as instituições da UE teriam estado mal em não terem coberto o risco de incumprimento com CDS, e coisas assim.

Quando uma pessoa anda em meios cheios de mentirosos propagandistas, é possível acreditar seja no que for.

------------------

Os cortes que existiram foram sempre deste género:

Citar
A contribuição de sustentabilidade, que estava já prevista no Documento de Estratégia Orçamental para 2014-2018, aplica-se aos beneficiários da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações com rendimentos de pensões superiores a 1.000 euros mensais.

"superiores a". 1000. 1500. 800. Etc.

Quando se "repõe" algo, o que é reposto é o que existia, resultado: repor = "acima de 1000, 1500, 800 ficam a ganhar mais".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 16:20:23
A propaganda dos socialistas sempre foi  defender os pobres

deve ser por isso


a realidade e outra defendem grupos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 16:43:29
A propaganda dos socialistas sempre foi  defender os pobres

deve ser por isso


a realidade e outra defendem grupos

Sim, as medidas que no fundo atingem rendimentos mais elevados são sempre vendidas como sendo defesas dos pobres. Mas pensei que essa propaganda apenas entrasse na cabeça de pessoal um pouco mais fraco. Não é suposto pessoas inteligentes digerirem isso e acreditarem nessas falsidades.

Os cortes incidiram sobre os rendimentos e pensões mais elevadas. Os rendimentos e pensões mais baixas não foram afectados. Aliás, até foram aumentando ainda que devagar.

O que a esquerda planeia fazer nem a direita teria coragem -- favorecer os rendimentos mais elevados. Favorecer grupos específicos com horários de trabalho mais curtos, etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 16:45:28
defendem grupos de interesses e os seus previlegios (os direitos, lol) independentemente da justica relativa em relacao ao resto da sociedade
se for preciso destroiem a economia e lancam milhares no desemprego para reporem previlegios aos FPs que ganham mais, tem zero de responsabilidade sobre o efeito das medidas que tomam no total da sociedade

e agora ate as reformas milionarias dos banqueiros serao devolvidas, viva ao socialismo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-07 16:58:27
Ainda não percebi bem a questão com a reposição dos cortes.
Paradoxalmente os argumentos não focam muito a adequação da medida à situação económica actual, mas incidem mais no facto de que os maiores salários vão ser os maiores beneficiários.
Não andei a ver detalhes do prometido na campanha. Havia ou não a promessa de "reposição"? ou é coisa que surgiu nas ultimas semanas quando o AC vislumbrou possibilidade de ser PM?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 17:03:03
Mas de onde raios é que vem a ideia do IVA da luz ?
Se eu gasto 100 kWh a 0.1587€ (valor real) + 23% IVA = 19.52€
Se o IVA cai para 6% passo a pagar 100 kWh a 0.1587€ (valor real) + 6% IVA = 16.82€

Poupo 2.70€ euros que vou gastar onde me apetecer. Qual é a dúvida aqui ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:04:08
Ainda não percebi bem a questão com a reposição dos cortes.
Paradoxalmente os argumentos não focam muito a adequação da medida à situação económica actual, mas incidem mais no facto de que os maiores salários vão ser os maiores beneficiários.
Não andei a ver detalhes do prometido na campanha. Havia ou não a promessa de "reposição"? ou é coisa que surgiu nas ultimas semanas quando o AC vislumbrou possibilidade de ser PM?

Zenith, linearmente repor os cortes é aumentar os salários e pensões mais elevados e aumentar a desigualdade. Se o querem fazer, que façam, mas admitam que é o que é, em vez de criarem histórias da carochinha como o Lark fez.

Sobre a adequação da medida, a medida é desadequada -- vai novamente: expandir a desigualdade que beneficiava a função pública e piorar as contas do Estado, exigindo mais impostos. Eu já tinha dito que o pior do governo do Passos Coelho foi precisamente iniciar esse processo no final da sua governação. O PSD fez isso por motivos eleitoralistas e para o caso de perder as eleições deixar o país pior para quem viesse a seguir.

Não podemos agora para a mesma medida mas ainda mais intensa, pensar que é uma coisa agradável e positiva. Positiva será certamente para os rendimentos beneficiados, mas é um passo atrás para o país todo.

O que o país precisa é de avançar como um bloco, não de usar todos os recursos possíveis para favorecer os mesmos. Para avançar como um bloco não pode ter um Albatroz bem remunerado ao pescoço.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 17:07:18
Até um juiz é capaz de dizer os ricos que paguem a crise. Não há a mínima noção nas pessoas de que o conceito de salário elevado, em Portugal, está muito cá para baixo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:07:38
Mas de onde raios é que vem a ideia do IVA da luz ?
Se eu gasto 100 kWh a 0.1587€ (valor real) + 23% IVA = 19.52€
Se o IVA cai para 6% passo a pagar 100 kWh a 0.1587€ (valor real) + 6% IVA = 16.82€

Poupo 2.70€ euros que vou gastar onde me apetecer. Qual é a dúvida aqui ?

Não há grande dúvida. O preço da energia é estabelecido num mercado grossista, o preço do usa da rede é estabelecido administrativamente. A electricidade é uma commodity. Resultado: O IVA é repassado integralmente ou quase ao consumidor. Como seria uma quebra dos impostos na gasolina. Ou uma quebra do preço do petróleo.

O mesmo não se aplica à restauração porque não é uma verdadeira commodity nem existem preços regulamentados a representar uma grande parte do preço cobrado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 17:16:59
Em relação aos restaurantes não há dúvida que a maioria não irá baixar os preços. Isso é a própria associação que o afirma. Só ingenuamente é que se pode pensar o contrário.

Citar
"Não peçam para baixar preços. Os restaurantes nunca os aumentaram"

José Manuel Esteves, diretor-geral da Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), garante, em declarações ao Expresso, que mesmo com uma descida do IVA da restauração para 13%, “é impensável falar em diminuir preços”.

“Não nos peçam para baixar os preços, porque nunca os aumentámos, mesmo com a loucura do IVA que temos de pagar trimestralmente”, esclarece o responsável, ao reagir à notícia do Jornal de Negócios sobre essa ser uma das cláusulas do acordo entre PS, Bloco e PCP.

O presidente da AHRESP esclarece que o IVA da restauração “não foi repercutido nos preços, mas sim coberto pelos custos das empresas”, mostrando que as Pequenas e Médias Empresas “estão no limite”, não podendo suportar mais custos.

“As empresas do setor empenharam-se e descapitalizaram-se. Já nem temos rácios para recorrer a empréstimos bancários, ou sequer capacidade para recorrer aos fundos do Portugal 2020”, explica, salvaguardando que Portugal continua “a ter o preço médio por refeição mais baixo da Europa”.

Mais ainda. José Manuel Esteves acredita que, no caso de haver uma diminuição do IVA, o setor irá investir em contratar mais pessoas, tentando reconstruir os postos de trabalho que foram destruídos depois da imposição da troika.
[url]http://www.noticiasaominuto.com/economia/480352/nao-pecam-para-baixar-precos-os-restaurantes-nunca-os-aumentaram[/url] ([url]http://www.noticiasaominuto.com/economia/480352/nao-pecam-para-baixar-precos-os-restaurantes-nunca-os-aumentaram[/url])


Portanto, aquilo que se vai fazer é devolver lucros aos empresários da restauração, num favorecimento claro a este sector, que fica com um IVA mais baixo do que muitos produtos essenciais (e é bom recordar que com a quebra do consumo muitas outras industrias também foram prejudicadas e não apenas a restauração).

Ou seja, é uma perda de receita que tem de ser compensada por outra coisa qualquer ou seja, por alguém que possivelmente nem vai ao restaurante. É a igualdade e a defesa dos pobres que tanto apregoam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 17:17:11
bom, como o meu post foi novamente apagado, a ver se me explico:

tome-se este exemplo:

Citar

Filipe Pinhal passa de 70 mil a 14 mil euros de reforma

O ex-presidente do BCP Filipe Pinhal, que encabeça o movimento dos reformados indignados com os cortes nas suas pensões de reforma, recusou-se ontem, em entrevista em estúdio à TVI, a dizer o valor da sua pensão.

Segundo já foi referido por vários órgãos de comunicação social, designadamente a RTP, a pensão de Filipe Pinhal é de cerca de 70 mil euros por mês.     

Não se sabe se a totalidade da pensão de Pinhal vai ser sujeita à contribuição especial de solidariedade  inscrita no OE 2013, que, somando o IRS, pode significar cortes até 80%.

O também ex-presidente do BCP, Jardim Gonçalves, tem, por exemplo, 2/3 da sua pensão de reforma, no valor total de cerca de 174 mil euros por mês, a salvo da contribuição por se tratarem de prémios não abrangidos.

Mas imagine-se a pior situação para Pinhal. Se for mesmo tributado em 80% da sua reforma, em vez de 70 mil euros por mês, recebe só 14 mil euros por mês.

Não é suficiente? Não é um bom  contributo de solidariedade de Pinhal para acorrer à situação em que o país se encontra?

Filipe Pinhal, na condição de bancário indignado, é hoje o melhor apoiante de Passos Coelho.   

Certamente que o primeiro-ministro lhe diria: Oh homem indigne-se. Grite mais alto, dê entrevistas nos jornais, vá às televisões a ver se o governo consegue passar a mensagem.

Este mês, o Tribunal Constitucional deverá pronunciar-se sobre a inconstitucionalidade, ou não, da contribuição especial de solidariedade.

Será a salvação para os 70 mil euros de Pinhal?

Se o for, salvando também milhares de euros de muitas outras pensões milionárias, como vai o Tribunal Constitucional explicar aos portugueses a sua decisão?

Recorde-se que em França, há dois meses, o Tribunal Constitucional francês (Conselho Constitucional) pronunciou-se sobre matéria semelhante, em relação ao imposto de 75% para os milionários franceses, e aparentemente não decidiu pela inconstitucionalidade do mesmo (em violação do princípio da proporcionalidade), preferindo levantar a questão da igualdade entre os mais ricos em virtude do imposto ter uma base pessoal e não levar em conta os rendimentos do agregado familiar do milionário.   

A pensão do Filipe Pinhal não vai ser reposta a 100%.

A pensão de um pensionista que recebesse 1200 € e que foi cortada, vai ser reposta a 100%.

Entre um caso extremo e outro, a aplicação da reposição vai obedecer a um escalonamento progressivo. Mais, para as pensões mais baixas que foram afectadas (acima dos 1000 €) menos para as pensões mais altas.

A falácia aqui está em pretender que 1200 € é uma pensão elevada. Não é!
Mais: muitas destas pensões sustentam filhos (desempregados) e netos.

Suponho que esta explicação seja suficiente para clarificar o que eu digo.
Não é concerteza argumento para me chamar mentiroso e ameaçar de expulsão.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:18:31
Lark, 1200 EUR É uma pensão elevada em Portugal.


Citar
Mais, para as pensões mais baixas que foram afectadas (acima dos 100 €) menos para as pensões mais altas.

As pensões de velhice abaixo de 400 ou 500 EUR não foram afectadas. (possivelmente até mais acima).

As pensões tipo Pinhal e afins são irrelevantes e nem têm que entrar para o debate pois só o confundem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 17:22:56
Lark, 1200 EUR É uma pensão elevada em Portugal.


Citar
Mais, para as pensões mais baixas que foram afectadas (acima dos 100 €) menos para as pensões mais altas.

As pensões de velhice abaixo de 400 ou 500 EUR não foram afectadas.

As pensões tipo Pinhal e afins são irrelevantes e nem têm que entrar para o debate pois só o confundem.

bom, retirei-te da lista de ignorados para ver se nos entendemos.

estamos de acordo que as pensões afectadas pelos cortes foram aquelas acima dos 1000 €?

penso que foram estas mas não tenho a certeza. podem ter sido afectadas pensões menores.
agradecia esclarecimento.

repetindo: estamos de acordo que as pensões afectadas pelos cortes foram aquelas acima dos 1000 €? (número dependente de confirmação).

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:30:42
Lark, 1200 EUR É uma pensão elevada em Portugal.


Citar
Mais, para as pensões mais baixas que foram afectadas (acima dos 100 €) menos para as pensões mais altas.

As pensões de velhice abaixo de 400 ou 500 EUR não foram afectadas.

As pensões tipo Pinhal e afins são irrelevantes e nem têm que entrar para o debate pois só o confundem.

bom, retirei-te da lista de ignorados para ver se nos entendemos.

estamos de acordo que as pensões afectadas pelos cortes foram aquelas acima dos 1000 €?

penso que foram estas mas não tenho a certeza. podem ter sido afectadas pensões menores.
agradecia esclarecimento.

repetindo: estamos de acordo que as pensões afectadas pelos cortes foram aquelas acima dos 1000 €? (número dependente de confirmação).

L

O número carece de confirmação, sim. Mas existe um limite a partir do qual as pensões não foram afectadas, e abaixo desse limite estão a esmagadora maioria das pensões.

Portanto aumentos acima desse limite são SEMPRE regressivos, mesmo que dentro dos aumentos exista progressividade.

Mais, essa progressividade esmagadoramente TAMBÉM não ocorrerá acima do limite. Porquê? Porque os cortes foram progressivos, pelo que a sua retirada será regressiva -- ainda que possam existir excepções nas pensões milionárias (tipo acima de 5000-6000 EUR, porque certamente os juízes ainda devem querer ver regressividade para si próprios).

Compreendeste isto tudo? Se não, pergunta especificamente o que não compreendeste sff.

--------

Já agora, em Portugal é sempre algo difícil obter as estatísticas por escalão quando se precisa delas, parece que trabalha tudo para a secreta. Mas as contas da CGA felizmente dão-nos escalões (embora diferentes dos divulgados para a SS).

A CGA embora tenha apenas uma fracção dos pensionistas (uns 25% ou algo assim), tinha uns 80% das pensões efectivamente reduzidas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 17:38:36
ontem perguntaram ao costa pela devolucao das reformas aos banqueiros e ele escudou-se na constituicao e pelo que entendi confirmou
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:40:22
ondem perguntaram ao costa pela devolucao das reformas aos banqueiros e ele escudou-se na constituicao e pelo que entendi confirmou

Mas mesmo que aplicassem progressividade a essas seria irrelevante. Seria na mesma uma medida fortemente regressiva. Possivelmente a medida mais regressiva da história de Portugal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 17:42:39
O número carece de confirmação, sim. Mas existe um limite a partir do qual as pensões não foram afectadas, e abaixo desse limite estão a esmagadora maioria das pensões.

que há um floor na redução de pensões, já sabemos. haverá que identificar correctamente esse floor.

Portanto aumentos acima desse limite são SEMPRE regressivos, mesmo que dentro dos aumentos exista progressividade.

aumentos reposições acima do floor, só serão regressivas se o legislador entender. Que não entende.
se a reposição for afectada por um factor que regride entre 1 e 0, isto é:
pensão mais baixa que foi afectada tem uma reposição com um factor de 1 -> é reposta a 100%;
pensão mais alta que foi afectada tem uma reposição com um factor de 0 -> não é reposta;
essa reposição será progressiva em termos de taxação. quem recebe mais paga mais.
dentro do universo de pensões afectadas.

as pensões que não foram afectadas são irrelevantes para este raciocínio. precisamente porque não foram afectadas.

Mais, essa progressividade esmagadoramente TAMBÉM não ocorrerá acima do limite. Porquê? Porque os cortes foram progressivos, pelo que a sua retirada será regressiva -- ainda que possam existir excepções nas pensões milionárias (tipo acima de 5000-6000 EUR, porque certamente os juízes ainda devem querer ver regressividade para si próprios).

aplica-se o exposto acima

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 17:54:58
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.

* Errado quanto ao que não foi abrangido não interessar. Se reduzirem os impostos acima de quem ganha 10000 EUR/mês para 0% sem tocarem em mais ninguém certamente que não pensas tal coisa alucinada como dizer "Os que não são abrangidos não importam". Isso é uma posição absurda sem ponta por onde se lhe pegue que esgalhaste agora mesmo. A reposição é regressiva, tal como a sua implementação foi progressiva. As pessoas que ganham mais ficam a ganhar mais ainda, os outros ficam quietos.

Esse teu argumento é tão absurdo que nem sei como formulaste isso. Basicamente o que isso transparece é que queres acreditar em tal baboseira.

----------

E por favor não dispares contra "Baboseira" e afins. Não há mesmo forma outra aceitável de classificar isso que disseste. Só palavras piores, essa é a melhor que se encontra.

Pensa lá um bocado nisso de novo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 18:13:40
“Não estou disponível para um Governo que não tenha condições para a legislatura” diz o Costa...

mas o PCP nao quer garantir 4 anos, portanto se calhar nem acordo vamos ter... :'(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 18:13:59
Esse teu argumento é tão absurdo que nem sei como formulaste isso. Basicamente o que isso transparece é que queres acreditar em tal baboseira.

----------

E por favor não dispares contra "Baboseira" e afins. Não há mesmo forma outra aceitável de classificar isso que disseste. Só palavras piores, essa é a melhor que se encontra.

Pensa lá um bocado nisso de novo.

claro que disparo. é perfeitamente desnecessário.
se eu fizesse o mesmo apagavas.
é só evitares fazê-lo.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 18:21:55
http://observador.pt/2015/11/07/governo-a-esquerda-nao-permitira-privatizacao-da-tap/ (http://observador.pt/2015/11/07/governo-a-esquerda-nao-permitira-privatizacao-da-tap/)
Governo à esquerda “não permitirá” privatização da TAP

camaradas, a TAP eh nossa!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 18:26:12
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.



a reposição não será o oposto dos cortes. não é multiplicar os cortes por -1.
para uma reposição total aplicam-se os cálculos que se aplicam nas perdas nos portfólios.

(http://www.biznews.com/wp-content/uploads/2014/09/CapitalProtection1.jpg)

o que há a fazer (e vai ser feito) é transformar esta série, numa série que tende para zero. O Filipe Pinhal recebe zero.

a série tender para zero implica uma reposição regressiva / taxação progressiva.

como disse e volto a repetir, a pensão mais baixa afectada recebe 100% do valor necessário para a reposição.

isto é, assumindo que a pensão mais baixa de 1000 € sofreu um corte de 10%, o factor de reposição será:
(pensão actual * (1 + 0.1111..)) * 1

a pensão do filipe pinhal será:

(pensão actual * (1 + 3.0)) * 0 ( o filipe pinhal levou uma entaladela de 80% logo precisaria de uma uma reposição de 400% para regressar à origem)

a pensão que tenha sofrido um corte intermédio, digamos de 30% será calculada assim:

(pensão actual * (1 + 0.43..)) * (0.xxx) onde xxx é uma série que começa em 1 e tende para zero.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 18:27:03
Camaradas, o programa da revolucao :


Será reposta em vigor, em 1 de janeiro de 2016, a norma da lei no 53-B/2006 de 29 de dezembro, relativa à atualização das pensões, com a garantia de não haver corte no valor nominal das pensões.
A reposição do pagamento dos complementos de reforma dos trabalhadores do setor empresarial do estado;
Como forma de melhorar os rendimentos das famílias, será gradualmente reduzida até ao limite de 4 pp., sem consequências na formação das pensões, a TSU paga pelos trabalhadores com salário base bruto igual ou inferior a 600€/mensal. A perda de receita decorrente da adoção desta medida será compensada em cada ano com transferência do Estado para a Segurança Social de montante equivalente àquela redução.
O Governo proporá em sede de concertação social uma trajetória de aumento do salário mínimo que permita atingir os 600€ em 2019: €530 em 2016; €557 em 2017; €580 em 2018; e €600 em 2019. Esta evolução permitirá ganhos reais do salário mínimo em todos os anos da legislatura, e um aumento real acumulado superior a 10% (tendo em conta a inflação estimada para os próximos anos);
A reposição gradual dos salários da Função Pública inicia-se em Janeiro de 2016 (25% no primeiro trimestre; 50% no segundo; 75% no terceiro; 100% no quarto).
Emprego e precariedade

Um combate decidido à precariedade, incluindo aos falsos recibos verdes, ao recurso abusivo ao trabalho temporário e ao uso de estágios e de contratos emprego/inserção para substituição de trabalhadores;
O PS abdica do Programa de Governo o regime conciliatório;
Reforço dos poderes da Autoridade para as Condições de Trabalho na regularização de falsos recibos e outros vínculos ilegais, com imediata conversão em contratos de trabalho e acesso aos respetivos direitos;
A revisão da base de cálculo das contribuições pagas pelos trabalhadores a recibo verde;
Fiscalidade direta e indireta

Aumento da progressividade do IRS, nomeadamente através do aumento do número de escalões;
Eliminação do quociente familiar introduzido no OE de 2015, que tem uma natureza regressiva, e sua substituição por uma dedução por cada filho, sem caráter regressivo e com efeito neutro do ponto de vista fiscal;
Introdução de uma cláusula de salvaguarda que limite a 75 euros/ano os aumentos de IMI em reavaliação do imóvel que seja habitação própria permanente de baixo valor;
Proibição das execuções fiscais sobre a casa de morada de família relativamente a dívidas de valor inferior ao valor do bem executado e suspensão da penhora da casa de morada de família nos restantes casos;
Revisão de valores desproporcionados de coimas e juros por incumprimento de obrigações tributárias e introdução de mecanismos de cúmulo máximo nas coimas aplicadas por contraordenações praticadas por pessoas singulares, designadamente por incumprimento de obrigações declarativas;
Agilizar as situações e condições em que pode ser negociado e aceite um plano de pagamentos por dívidas fiscais e tributárias e à Segurança Social.
Redução do IVA da restauração para 13%;
Reverter, no que toca à recente reforma do IRC, a “participation exemption” (regressando ao mínimo de 10% de participação social) e o prazo para reporte de prejuízos fiscais (reduzindo dos 12 para 5 anos);
Criar um sistema de incentivos à instalação de empresas e ao aumento da produção nos territórios fronteiriços, designadamente através de um benefício fiscal, em IRC, modulado pela distribuição regional do emprego;
O alargamento do sistema de estímulos fiscais às PME em sede de IRC;
Redesenhar a tarifa social no sentido de a tornar automática para agregados familiares de baixos recursos e beneficiários de prestações sociais sujeitas a condição de recursos; no caso dos consumidores que, não auferindo prestações com a natureza anterior, se encontrem em situação vulnerável, a nota de rendimentos emitida pela Autoridade Tributária permitirá o cumprimento dos requisitos para a atribuição da tarifa social; os consumidores que, pelo seu nível de rendimento, estão hoje dispensados de apresentar declaração de rendimentos, deverão passar a fazê-lo para obter a nota de rendimentos da Autoridade Tributária e, dessa forma, aceder à tarifa social; o acesso à tarifa social dá acesso automático ao Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia (ASECE);
Retirar da fatura da energia elétrica a Contribuição do Audiovisual e incorporá-la no universo das comunicações sem perda de receita para a RTP.
Condições laborais na Administração Pública

O fim do regime de requalificação/mobilidade especial;
O cumprimento do direito à negociação coletiva na Administração Pública;
Melhoria dos serviços públicos de saúde, educação e ensino superior

O reforço da capacidade do SNS pela dotação dos recursos humanos, técnicos e financeiros adequados, para alcançar objetivos concretos de redução do tempo de espera no acesso aos cuidados, assim como para exames e tratamentos, de forma a assegurar cuidados de saúde de qualidade, com segurança e em tempo útil;
A redução global do valor das taxas moderadoras;
A eliminação das taxas moderadoras de urgência sempre que o utente seja referenciado e a reposição do direito ao transporte de doentes não urgentes de acordo com as condições clínicas e económicas dos utentes do SNS;
A garantia, até 2019, do acesso ao ensino pré-escolar a todas as crianças a partir dos três anos;
O reforço da Acção Social Escolar directa e indirecta;
Criar condições de estabilidade do corpo docente e demais trabalhadores das escolas, quer com a vinculação, quer revogando o regime de requalificação;
A redução do número de alunos por turma;
A progressiva gratuitidade dos manuais escolares do ensino obrigatório;
A promoção da integração de investigadores doutorados em laboratórios e outros organismos públicos e substituição progressiva da atribuição de bolsas pós-doutoramentos por contratos de investigador;
Privatizações congeladas (e revertidas as em curso)

Anulação das concessões e privatizações em curso dos transportes coletivos de Lisboa e Porto;
Reversão das fusões de empresas de água que tenham sido impostas aos municípios;
Reversão do processo de privatização da EGF, com fundamento na respetiva ilegalidade;
Nenhuma outra concessão ou privatização;
Sustentabilidade da Segurança Social

Não constará do Programa de Governo qualquer redução da TSU das entidades empregadoras;
A necessidade de diversificação das fontes de financiamento da Segurança Social deve ser objeto de negociação em sede de concertação social, comprometendo-se os partidos signatários a trabalhar em conjunto na proposta a apresentar pelo Governo ao Conselho Económico e Social;
A reavaliação das reduções e isenções da TSU;
Questões Ambientais

Garantir a não privatização da água. O acesso à água é considerado um direito humano, devendo um novo regime tarifário possuir tarifas sociais que permitam o acesso por todos;
Manutenção no sector público dos serviços de água em alta (captação, tratamento e elevação), revertendo o processo de fusões dos sistemas em alta, reformulando os sistemas na sua estrutura e procurando desenvolver novos sistemas de menores dimensões, com menos perdas e gastos energéticos, lançando mão de novas tecnologias que permitam igual qualidade e menores custos;
Respeito pelo princípio da autonomia das autarquias na decisão relativa aos sistemas municipais.
Incentivar a revisão dos contratos de concessão de primeira geração, procurando que o preço dos serviços da água corresponda a um preço justo;
Revisão da Convenção de Albufeira com o objetivo de garantir as exigências ambientais e os interesses nacionais (e.g. caudais mínimos, qualidade da água);
Recusa do aumento da tarifa fixa na água para utilização agrícola.
Reavaliar o Plano Nacional de Barragens, nomeadamente as barragens cujas obras ainda não iniciaram, como é o caso das barragens da Cascata do Tâmega.
Desenvolver um plano estratégico para a mobilidade de passageiros, considerando a generalidade dos modos de transporte e procurando a criação de condições para o desenvolvimento do transporte ferroviário;
Garantir a mobilidade das pessoas, tomando medidas urgentes que assegurem serviços de transportes públicos, nomeadamente nas zonas rurais e no interior do país.
Aumentar a produção e a produtividade das fileiras florestais através do aumento das áreas de montado de sobro e de azinho e de pinheiro bravo, travando a expansão da área do eucalipto, designadamente através da revogação da Lei que liberaliza a plantação de eucaliptos, criando um novo regime jurídico.
Outros

São repostos os quatro feriados eliminados na anterior legislatura
Foi retirada a referência à reforma o sistema eleitoral para a Assembleia da República e à introdução de círculos uninominais,
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-07 18:31:25
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.



a reposição não será o oposto dos cortes. não é multiplicar os cortes por -1.
para uma reposição total aplicam-se os cálculos que se aplicam nas perdas nos portfólios.

([url]http://www.biznews.com/wp-content/uploads/2014/09/CapitalProtection1.jpg[/url])

o que há a fazer (e vai ser feito) é transformar esta série, numa série que tende para zero. O Filipe Pinhal recebe zero.

a série tender para zero implica uma reposição regressiva / taxação progressiva.

como disse e volto a repetir, a pensão mais baixa afectada recebe 100% do valor necessário para a reposição.

isto é, assumindo que a pensão mais baixa de 1000 € sofreu um corte de 10%, o factor de reposição será:
(pensão actual * (1 + 1.1111..)) * 1

a pensão do filipe pinhal será:

(pensão actual * (1 + 0.1111..)) * 0

a pensão que tenha sofrido um corte intermédio, digamos de 30% será calculada assim:

(pensão actual * (1 + 0.43..)) * (0.xxx) onde xxx é uma série que começa em 1 e tende para zero.

L


Mas nesse caso não se pode chamar reposição. Reposição é reverter para a situação anterior aos cortes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 18:33:54
Camaradas, o programa da revolucao :

custa-te muito colocar a fonte?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 18:36:39
Esse teu argumento é tão absurdo que nem sei como formulaste isso. Basicamente o que isso transparece é que queres acreditar em tal baboseira.

----------

E por favor não dispares contra "Baboseira" e afins. Não há mesmo forma outra aceitável de classificar isso que disseste. Só palavras piores, essa é a melhor que se encontra.

Pensa lá um bocado nisso de novo.

claro que disparo. é perfeitamente desnecessário.
se eu fizesse o mesmo apagavas.
é só evitares fazê-lo.

L

Infelizmente estamos perante um facto indesmentível e tu escolheste uma baboseira qualquer para o afastar. Aliás, esta foi mesmo muito forte: baixar os impostos aos rendimentos mais elevados sem mexer nos mais baixos não é regressivo porque não se mexe nos mais baixos... foi grosso modo isto que disseste.

Pensa lá melhor nisso.

É mesmo inacreditável o que as pessoas acreditam desde que venha do seu quadrante político.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 18:37:28
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.



a reposição não será o oposto dos cortes. não é multiplicar os cortes por -1.
para uma reposição total aplicam-se os cálculos que se aplicam nas perdas nos portfólios.

([url]http://www.biznews.com/wp-content/uploads/2014/09/CapitalProtection1.jpg[/url])

o que há a fazer (e vai ser feito) é transformar esta série, numa série que tende para zero. O Filipe Pinhal recebe zero.

a série tender para zero implica uma reposição regressiva / taxação progressiva.

como disse e volto a repetir, a pensão mais baixa afectada recebe 100% do valor necessário para a reposição.

isto é, assumindo que a pensão mais baixa de 1000 € sofreu um corte de 10%, o factor de reposição será:
(pensão actual * (1 + 1.1111..)) * 1

a pensão do filipe pinhal será:

(pensão actual * (1 + 0.1111..)) * 0

a pensão que tenha sofrido um corte intermédio, digamos de 30% será calculada assim:

(pensão actual * (1 + 0.43..)) * (0.xxx) onde xxx é uma série que começa em 1 e tende para zero.

L


Mas nesse caso não se pode chamar reposição. Reposição é reverter para a situação anterior aos cortes.


não será reposição total. reposição total só para as pensões mais baixas que foram afetadas.
as outras terão uma reposição parcial pela forma que descrevi acima.

ou deverão ter algo similar. não faço a mínima ideia de como irão fazer.
mas se não fizerem desta forma, claro que será absurdo.

o cavaco e o filipe pinhal não podem voltar às pensões e às acumulações que tinham.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 18:38:29
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.



a reposição não será o oposto dos cortes. não é multiplicar os cortes por -1.
para uma reposição total aplicam-se os cálculos que se aplicam nas perdas nos portfólios.

([url]http://www.biznews.com/wp-content/uploads/2014/09/CapitalProtection1.jpg[/url])

o que há a fazer (e vai ser feito) é transformar esta série, numa série que tende para zero. O Filipe Pinhal recebe zero.

a série tender para zero implica uma reposição regressiva / taxação progressiva.

como disse e volto a repetir, a pensão mais baixa afectada recebe 100% do valor necessário para a reposição.

isto é, assumindo que a pensão mais baixa de 1000 € sofreu um corte de 10%, o factor de reposição será:
(pensão actual * (1 + 1.1111..)) * 1

a pensão do filipe pinhal será:

(pensão actual * (1 + 0.1111..)) * 0

a pensão que tenha sofrido um corte intermédio, digamos de 30% será calculada assim:

(pensão actual * (1 + 0.43..)) * (0.xxx) onde xxx é uma série que começa em 1 e tende para zero.

L


Mas nesse caso não se pode chamar reposição. Reposição é reverter para a situação anterior aos cortes.


Por amor de deus não inventem. O que é pedido é simplesmente retirar os cortes, que eram:
* Progressivos no global, mas não afectavam os rendimentos antes de um determinado ponto.
* Progressivos do limite para cima.

Retirar os cortes é regressivo. Esqueçam lá a dama e sejam realistas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 18:40:03
Duas coisas:

* A reposição será o oposto dos cortes e não outra coisa qualquer. Os cortes foram progressivos (maiores % para pensões/salários mais elevados). A "reposição" será assim necessariamente regressiva. Senão não é reposição, é outra coisa qualquer. Podes ter a certeza que reposição = reposição, na cabeça de quem a defende.



a reposição não será o oposto dos cortes. não é multiplicar os cortes por -1.
para uma reposição total aplicam-se os cálculos que se aplicam nas perdas nos portfólios.

([url]http://www.biznews.com/wp-content/uploads/2014/09/CapitalProtection1.jpg[/url])

o que há a fazer (e vai ser feito) é transformar esta série, numa série que tende para zero. O Filipe Pinhal recebe zero.

a série tender para zero implica uma reposição regressiva / taxação progressiva.

como disse e volto a repetir, a pensão mais baixa afectada recebe 100% do valor necessário para a reposição.

isto é, assumindo que a pensão mais baixa de 1000 € sofreu um corte de 10%, o factor de reposição será:
(pensão actual * (1 + 1.1111..)) * 1

a pensão do filipe pinhal será:

(pensão actual * (1 + 0.1111..)) * 0

a pensão que tenha sofrido um corte intermédio, digamos de 30% será calculada assim:

(pensão actual * (1 + 0.43..)) * (0.xxx) onde xxx é uma série que começa em 1 e tende para zero.

L


Mas nesse caso não se pode chamar reposição. Reposição é reverter para a situação anterior aos cortes.


não será reposição total. reposição total só para as pensões mais baixas que foram afetadas.
as outras terão uma reposição parcial pela forma que descrevi acima.

ou deverão ter algo similar. não faço a mínima ideia de como irão fazer.
mas se não fizerem desta forma, claro que será absurdo.

o cavaco e o filipe pinhal não podem voltar às pensões e às acumulações que tinham.

L


Esquece as "pensões mais elevadas". TODAS AS PENSÔES QUE VÃO VER RESPOSTOS OS CORTES SÂO AS PENSÕES E SALÁRIOS MAIS ELEVADOS.

São para aí o QUINTIL mais elevado das pensões em Portugal.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 18:41:38
Basicamente meteram social democracia na gaveta


ao eliminar   um sistema assente em impostos maioritariamente progressivos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 18:42:11
Basicamente meteram social democracia na gaveta


ao eliminar   um sistema assente em impostos maioritariamente progressivos

leste o que eu escrevi?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 18:43:40
De resto até o Pinhal e Cavaco vão ver algum de volta. Como nesse âmbito as pensões mais baixas não vêem nada de volta, ATÉ isso é regressivo.

Rir até com as desculpas.

Lark, as palavras ofensivas são para não te banir. É melhor colocares-me novamente em ignore porque eu não aturo propagandas como a que quenas aqui fazer, que é branquear a atitude fortemente regressiva proposta para este caso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 18:51:50
Basta ver aqui (http://www.economias.pt/tabela-salarial-cortes-funcao-publica/) os cortes que foram feitos na função pública.

Ora, se o Costa pretende devolver os cortes (a um ritmo de 25% por trimestre até ao fim de 2016), isso significa que estará tudo reposto daqui a um ano.

Parece claro que quem ganha abaixo de 600€ não vai ter nada reposto e que quem ganha +2.000€ vai ter o maior valor de reposição.

É, evidentemente, uma reposição de rendimentos a quem ganha mais, ficando quem ganha menos na mesma ou com uma reposição % muito menor.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 18:53:49
na sobretaxa acontece o mesmo embora com cálculos mais complicados porque implica deduzir valores de salários mínimos, etc.
mas o principio é o mesmo. quem vai ter a maior reposição % é quem ganha mais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 18:57:01
Camaradas, o programa da revolucao :

custa-te muito colocar a fonte?

L

observador
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:02:20
camaradas... o Kosta baixou as calcas !!!
a isto adicionem a TAP, que volta a ser do povo
--------------

Privatizações congeladas (e revertidas as em curso)
Anulação das concessões e privatizações em curso dos transportes coletivos de Lisboa e Porto;
Reversão das fusões de empresas de água que tenham sido impostas aos municípios;
Reversão do processo de privatização da EGF, com fundamento na respetiva ilegalidade;
Nenhuma outra concessão ou privatização;
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-07 19:03:17
Camaradas, o programa da revolucao :


custa-te muito colocar a fonte?

L


http://observador.pt/2015/11/07/programa-do-ps-eis-as-medidas-de-costa-com-be-pcp-e-pev/ (http://observador.pt/2015/11/07/programa-do-ps-eis-as-medidas-de-costa-com-be-pcp-e-pev/)

http://economico.sapo.pt/public/uploads/Proposta%20Programa-Governo20151107_finalCM.pdf (http://economico.sapo.pt/public/uploads/Proposta%20Programa-Governo20151107_finalCM.pdf)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 19:10:20
Afinal para já repõem 25% dos cortes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:12:06
Afinal para já repõem 25% dos cortes

camarada inc, vejo que o teu optimismo reaccionario continua intacto
prepara-te para os novos impostos sobre os ricos como tu
vem ai varias medidas de aumento de receita nao necessariamente listadas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 19:12:18
Imediato, sim, mas são 25% por trimestre até fazer os 100% ao longo de 2016.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 19:12:34
A reposição gradual dos salários da Função Pública inicia-se em Janeiro de 2016 (25% no primeiro trimestre; 50% no segundo; 75% no terceiro; 100% no quarto).

como o governo deve durar um ano
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 19:13:06
Ups 25% ao trimestre, é a loucura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:13:42
Ups 25% ao trimestre, é a loucura.

haha, reaccionario ! treme...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 19:14:14
E Grande vitoria do PCP ;D ;D :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 19:15:42
É incompreensível continuarmos subjugado aos agiotas que nos cobram taxas de juro altíssimas, enquanto temos cortes que levarão um ano a ser devolvidos. Se alguém tem de esperar não é o povo trabalhador mas sim os especuladores gananciosos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 19:16:59
Em pouco tempo vão colocar o país no rumo certo, e se caírem em um ano, até com maior votação!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-07 19:17:09
Os benefícios fiscais no IRC devem levar uma machadada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:17:27
É incompreensível continuarmos subjugado aos agiotas que nos cobram taxas de juro altíssimas, enquanto temos cortes que levarão um ano a ser devolvidos. Se alguém tem de esperar não é o povo trabalhador mas sim os especuladores gananciosos.

subjugados? mas nao por muito tempo... a revolucao final vem ai.
esta escrita nas estrelas do determinismo historico, tal como revelado por marx
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-11-07 19:22:05
Qual banco de terras qual quê?

Ocupação das terras dos capitalistas latifundiários já !

Camaradas, vamos renascer as gloriosas UCPs

http://youtu.be/NiHGNhFm3wM (http://youtu.be/NiHGNhFm3wM)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 19:23:44
Previsão: Na próxima semana temos um downgrade do rating da dívida pública portuguesa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 19:40:28
Previsão: Daqui a 1 ano ou quando acabar a "almofada financeira" vamos à falência. O que vier primeiro.

Falência = chamar a troika e colocar em marcha mais um plano de austeridade.

Conselho para a direita: deixem falhar pelo menos 1 ordenado/pensão à função pública/pensionistas antes de correrem a apagar o fogo. É garantia de pelo menos 10 anos de esquerdalha a espumar na oposição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 19:49:56
Uma coisa engraçada é que no cenário com estas medidas, os gastos sociais e com pessoal e suposto descerem!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-07 19:52:00
Uma coisa engraçada é que no cenário com estas medidas, os gastos sociais e com pessoal e suposto descerem!

Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:54:15
Uma coisa engraçada é que no cenário com estas medidas, os gastos sociais e com pessoal e suposto descerem!

Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...

eh o trickle down na versao loonie left
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 19:54:28
De resto até o Pinhal e Cavaco vão ver algum de volta. Como nesse âmbito as pensões mais baixas não vêem nada de volta, ATÉ isso é regressivo.

Rir até com as desculpas.

Lark, as palavras ofensivas são para não te banir. É melhor colocares-me novamente em ignore porque eu não aturo propagandas como a que quenas aqui fazer, que é branquear a atitude fortemente regressiva proposta para este caso.

insultas-me para não me banir?

eu expliquei pormenorizadamente como o sistema de reposição integral/parcial devia ser feita e isso é razão para banimento?

as pensões que não foram afectadas, não terão lugar a qualquer modificação.
se fossem modificadas seria um aumento de pensões, não uma reposição.
as pensões que não sofreram redução, em termos nominais não mexeram mas em termos reais até ganharam alguma coisa, dada a deflação que existe.

o universo de que se está a falar é o universo das pensões que foram reduzidas.

no universo das pensões que foram reduzidas a reposição deve ser regressiva (taxação progressiva) e sendo regressiva será parcial. excepto para o limite inferior que será integral já que o factor será igual a 1.

--------------------------

agora outro tema. estás-me a acusar de fazer propaganda? o que entendes por propaganda?
não fazes tu então também propaganda?
e propaganda de quê? do social-liberalismo?

----------------------------

o que descrevi acima é facilmente compreensível e significa uma reposição regressiva / taxação progressiva (manutenção da que já foi aplicada ao fim e ao cabo).

é a minha opinião de como as coisas devem ser feitas.
é uma opinião baseada em factos e em contas.

se não concordas, desmonta-a e prova o que entendes estar errado.
martelares simplesmente na mesma tecla não é argumento.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 19:56:14
estou a ver muitos bitates e muito poucos argumentos.
genericamente.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 19:56:39
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 19:59:20
camaradas !

as medidas para pagar a nossa revolucao seguem numa segunda lista :

-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam

bem hajam !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 20:00:41
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.

os avós com pensões baixas e que levaram cortes também têm filhos e netos a quem ajudam.
admito que qualquer de vocês esteja longe dessa realidade. ainda bem.
mas isso não significa que a realidade não seja muito diferente do que a pintam.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 20:04:36
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.

Isso ou que os ordenados dos funcionários públicos não pode ser cortado porque os familiares podem estar desempregados. E eles assim podem ajudar.

Ze povo imbecil que não percebe que o desemprego é provocado precisamente pelos impostos altos e alta burocracia (funcionários públicos que existem para trazer complexidade sem sentido).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:06:26
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.

Isso ou que os ordenados dos funcionários públicos não pode ser cortado porque os familiares podem estar desempregados. E eles assim podem ajudar.

Ze povo imbecil que não percebe que o desemprego é provocado precisamente pelos impostos altos e alta burocracia (funcionários públicos que existem para trazer complexidade sem sentido).

camarada anti-ditador, voce faz demasiado sentido para a sua saude

tome cuidado ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 20:06:35
avós com pensões baixas quem os ajuda e familia  pensao media SS e volta 400


http://www.publico.pt/economia/noticia/cerca-de-80-dos-pensionistas-recebem-reforma-media-de-364-euros-1624499 (http://www.publico.pt/economia/noticia/cerca-de-80-dos-pensionistas-recebem-reforma-media-de-364-euros-1624499)

ide dar dinheiro aos burgueses ricos seus socialistas populistas demagogos

e metam taxas nas doacoes e heranças entre avos e filhos  netos:D



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 20:08:56
camarada anti-ditador, voce faz demasiado sentido para a sua saude

tome cuidado ...

Camarada Neo-Liberal,

Vou seguir o conselho e tentar fazer o menos sentido possível.

(lark ajuda-me que eu estou perdido)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:14:01
camaradas,

O camarada Jeronimo garantiu hoje novamente que o PCP vai votar no parlamento com total independencia de acordos e como sempre fez no passado.
O PS nao vai conseguir passar nada sem os comunistas, vai ser ingovernavel !

Povo unido jamais blablabla !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 20:16:38
camaradas,

O camarada Jeronimo garantiu hoje novamente que o PCP vai votar no parlamento com total independencia de acordos e como sempre fez no passado.
O PS nao vai conseguir passar nada sem os comunistas, vai ser ingovernavel !

Povo unido jamais blablabla !

ó neo, mete lá um linkezito para se saber do que estás a falar...
dá assim tanto trabalho?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:20:38
De resto até o Pinhal e Cavaco vão ver algum de volta. Como nesse âmbito as pensões mais baixas não vêem nada de volta, ATÉ isso é regressivo.

Rir até com as desculpas.

Lark, as palavras ofensivas são para não te banir. É melhor colocares-me novamente em ignore porque eu não aturo propagandas como a que quenas aqui fazer, que é branquear a atitude fortemente regressiva proposta para este caso.

insultas-me para não me banir?

eu expliquei pormenorizadamente como o sistema de reposição integral/parcial devia ser feita e isso é razão para banimento?

as pensões que não foram afectadas, não terão lugar a qualquer modificação.
se fossem modificadas seria um aumento de pensões, não uma reposição.
as pensões que não sofreram redução, em termos nominais não mexeram mas em termos reais até ganharam alguma coisa, dada a deflação que existe.

o universo de que se está a falar é o universo das pensões que foram reduzidas.

no universo das pensões que foram reduzidas a reposição deve ser regressiva (taxação progressiva) e sendo regressiva será parcial. excepto para o limite inferior que será integral já que o factor será igual a 1.

--------------------------

agora outro tema. estás-me a acusar de fazer propaganda? o que entendes por propaganda?
não fazes tu então também propaganda?
e propaganda de quê? do social-liberalismo?

----------------------------

o que descrevi acima é facilmente compreensível e significa uma reposição regressiva / taxação progressiva (manutenção da que já foi aplicada ao fim e ao cabo).

é a minha opinião de como as coisas devem ser feitas.
é uma opinião baseada em factos e em contas.

se não concordas, desmonta-a e prova o que entendes estar errado.
martelares simplesmente na mesma tecla não é argumento.

L

Lark:
* A progressividade aplica-se a toda a gente. Se mexes no IRS, aplica-se aos que ganham mais e aos que ganham menos, independentemente de serem ou não afectados por uma medida. Isto é óbvio. Se ainda não o achares óbvio, basta uma medida que se aplique só a quem ganha mais de 10,000 EUR e lhe passe a taxa de IRS para 0%. Essa medida é regressiva, apesar de só atingir essas pessoas e não todas as outras. O teu argumento nisto é absurdo.
* A reposição não é feita "por um sistema", muito menos um esgalhado por ti. A reposição é feita eliminando os efeitos de leis anteriores numa proporção -- como essas leis aumentaram a progressividade, eliminá-las é regressivo.

Já desmontei isso n vezes e agora só fiz o mesmo. Isto é perfeitamente óbvio, tão óbvio quando o Yuan, CDS ou n outras coisas onde por alguma razão encalhas nos factos.

---------

Sobre propaganda, "propaganda" não é defender este ou aquele sistema. "Propaganda" é quando o fazes com factos falsos, procurando influenciar outros através da sua propensão para acreditar em algo, em vez de com base em argumentos verdadeiros (ou pelo menos potencialmente verdadeiros, se indeterminados).

Citar
Propaganda is a form of communication, often biased or misleading in nature, aimed towards influencing the attitude of a population toward some cause, position or political agenda.

-----------

Outra nota pois já vi que te estás a tentar safar por aí: uma medida que DIMINUI a progressividade é uma medida regressiva, ainda que o sistema se mantenha progressivo (o que ninguém nunca disse o contrário, pelo que se o estás a alegar basicamente estás em guerra com um espantalho).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 20:21:21
a propaganda e mais ao contrario

filhos pagam  a para os pais e avos

voces vivem lisboa esta cheia funcionarios estado e banqueiros tudo boas pensoes

nao sabem o pais que tem

http://www.publico.pt/economia/noticia/cerca-de-80-dos-pensionistas-recebem-reforma-media-de-364-euros-1624499 (http://www.publico.pt/economia/noticia/cerca-de-80-dos-pensionistas-recebem-reforma-media-de-364-euros-1624499)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:28:10
camaradas !

as medidas para pagar a nossa revolucao seguem numa segunda lista :

-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam

bem hajam !

A ideia é mais "os não-Estado pagam". Porque receber de volta receberão maciçamente os "do Estado", mas os custos vão cair sobre todos (em princípio também sobre os do Estado).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:32:00
camaradas !

as medidas para pagar a nossa revolucao seguem numa segunda lista :

-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam

bem hajam !

A ideia é mais "os não-Estado pagam". Porque receber de volta receberão maciçamente os "do Estado", mas os custos vão cair sobre todos (em princípio também sobre os do Estado).

ooooo' camarada inc, entao eh nao eh tudo a mesma coisa? o que disse eu?
o povo candido recebe do estado e os ricos recebem no privado. e de que maneira !! sempre a encherem-se ilegitimamente, com offshores e o raio. pois claro, agora tem de pagar o justo.
voce eh amigo do salgado, ja estou a percebe-lo ! mas o seu amigo vai para a prisao e agora eh a vez de voce fazer a sua parte pelo povo !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:34:01
Lark medidas regressivas destas possivelmente só te agradam porque:
* São propostas pela Esquerda.
* Beneficiam essencialmente trabalhadores e pensionistas do Estado.

Podes facilmente imaginar que um governo de direita que chegasse e implementasse taxas de IRS mais baixas para os rendimentos mais elevados (sem mexer em mais ninguém), tu não farias outra coisa que não fosse vociferar contra o mesmo. E repara isso até era mais justo, porque abrangeria toda a gente, em vez de beneficiar só camadas específicas. Certamente que aí não terias qualquer dúvida da regressividade da coisa.

Eu por outro lado sou consistente. Quando o Passos Coelho começou esta senda de reposição dos cortes, eu disse logo que foi a pior coisa que o seu governo fez.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:35:42
Lark medidas regressivas destas possivelmente só te agradam porque:
* São propostas pela Esquerda.
* Beneficiam essencialmente trabalhadores e pensionistas do Estado.

Podes facilmente imaginar que um governo de direita que chegasse e implementasse taxas de IRS mais baixas para os rendimentos mais elevados (sem mexer em mais ninguém), tu não farias outra coisa que não fosse vociferar contra o mesmo. E repara isso até era mais justo, porque abrangeria toda a gente, em vez de beneficiar só camadas específicas. Certamente que aí não terias qualquer dúvida da regressividade da coisa.

Eu por outro lado sou consistente. Quando o Passos Coelho começou esta senda de reposição dos cortes, eu disse logo que foi a pior coisa que o seu governo fez.

quem trabalha para o estado eh bonzinho e serve o pais altruisticamente, o que ha para perceber?
os ricos estao todos noutro lado, camarada! no privado, a encherem-se de vantagens obscuras e a servirem os seus proprios interesses, ora essa !
camaradas, fugiram estes anos todos as vossas obrigacoes pelo povo. agora chegou o momento de mudarem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:35:47
camaradas !

as medidas para pagar a nossa revolucao seguem numa segunda lista :

-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam

bem hajam !

A ideia é mais "os não-Estado pagam". Porque receber de volta receberão maciçamente os "do Estado", mas os custos vão cair sobre todos (em princípio também sobre os do Estado).

ooooo' camarada inc, entao eh nao eh tudo a mesma coisa? o que disse eu?
o povo candido recebe do estado e os ricos recebem no privado. e de que maneira !! sempre a encherem-se ilegitimamente, com offshores e o raio. pois claro, agora tem de pagar o justo.
voce eh amigo do salgado, ja estou a perceber-lo ! mas o seu amigo esta na prisao e agora eh a vez de voce fazer a sua parte pelo povo !!

No fundo é tudo amigo do Salgado, pelo menos tudo o que está fora do Estado. Daí que o Estado dê um bom aumento aos FPs e lhes reduza o horário de trabalho, enquanto os restantes "amigos do Salgado" ficam a chuchar.

-----------------


Mas a sério, foi longe a capitulação do PS para chegar a um acordo. E é preocupante que a ilusão das pessoas vai novamente ser alimentada no curto prazo, piorando ainda mais um fenómeno já forte em Portugal em que a esmagadora maioria das pessoas acredita na bondade deste tipo de medidas.

Ao mínimo conflito com a UE/BCE podemos ter que estar preparados para levantar dinheiro em antecipação, para ter em casa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:42:04
camaradas !

as medidas para pagar a nossa revolucao seguem numa segunda lista :

-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam
-os ricos pagam

bem hajam !

A ideia é mais "os não-Estado pagam". Porque receber de volta receberão maciçamente os "do Estado", mas os custos vão cair sobre todos (em princípio também sobre os do Estado).

ooooo' camarada inc, entao eh nao eh tudo a mesma coisa? o que disse eu?
o povo candido recebe do estado e os ricos recebem no privado. e de que maneira !! sempre a encherem-se ilegitimamente, com offshores e o raio. pois claro, agora tem de pagar o justo.
voce eh amigo do salgado, ja estou a perceber-lo ! mas o seu amigo esta na prisao e agora eh a vez de voce fazer a sua parte pelo povo !!

No fundo é tudo amigo do Salgado, pelo menos tudo o que está fora do Estado. Daí que o Estado dê um bom aumento aos FPs e lhes reduza o horário de trabalho, enquanto os restantes "amigos do Salgado" ficam a chuchar.

-----------------


Mas a sério, foi longe a capitulação do PS para chegar a um acordo. E é preocupante que a ilusão das pessoas vai novamente ser alimentada no curto prazo, piorando ainda mais um fenómeno já forte em Portugal em que a esmagadora maioria das pessoas acredita na bondade deste tipo de medidas.

foi longe pois com o PCP nao se brinca, camarada !
o ideal agora eh deixar o pais tomar a vacina e deixar o governo do povo ir ate as ultimas consequencias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 20:43:31
camaradas !

ainda faltam as medidas de aumento da receita, as que vao destruir a economia e provocar uma fuga de capitais

mas o Kosta vai deixar isso para outro dia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 20:44:51
Faz mal os capitalistas começam a fugir com capital do povo

tem ser no final 2016 com efeitos retroativos  ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:48:46
camaradas !

ainda faltam as medidas de aumento da receita, as que vao destruir a economia e provocar uma fuga de capitais

mas o Kosta vai deixar isso para outro dia

Garantidamente quem ainda tenha portfolio no mercado nacional pode desfazer-se dele, porque assim que colocarem uma taxa agressiva sobre as transacções irão deixar de existir traders de curto prazo. E sem esses, vai-se a liquidez toda.

----------

Mas ironicamente e a menos que o país fique comunista, se isto afectar muito o mercado nacional, em algum ponto pode tornar-se uma oportunidade de compra. Mas não deve ser coisa no curto prazo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 20:52:07
Sem dúvida que é preciso estar bem atento, porque eleições antecipadas podem ser um excelente ponto de compra de activos nacionais. Sobretudo acções a obrigações longo prazo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 20:52:22
Mas tem ser como belmiro começar comprar empresas aos trabalhadores  ;D


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 20:57:46
Mas tem ser como belmiro começar comprar empresas aos trabalhadores  ;D

Se os trabalhadores vendem acções ao desbarato a culpa não é do comprador.  ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 20:58:35
Sem dúvida que é preciso estar bem atento, porque eleições antecipadas podem ser um excelente ponto de compra de activos nacionais. Sobretudo acções a obrigações longo prazo.

Não creio que agora eleições antecipadas mudem o governo -- pelo contrário. As medidas são extremamente populares. Isto agora só volta a mudar quando chegarem as consequências, e essas estão longe de ser instantâneas a menos que o governo compre uma guerra com a UE/BCE.

(tudo isto assumindo que o Cavaco convoca o PS para o governo, claro)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 21:02:01
SE gregos duraram 6 meses  sempre agressivos

em portugal dura  1ano ou 2  na boa se o PCP deixar claro :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 21:04:03
Sem dúvida que é preciso estar bem atento, porque eleições antecipadas podem ser um excelente ponto de compra de activos nacionais. Sobretudo acções a obrigações longo prazo.

Não creio que agora eleições antecipadas mudem o governo -- pelo contrário. As medidas são extremamente populares. Isto agora só volta a mudar quando chegarem as consequências, e essas estão longe de ser instantâneas a menos que o governo compre uma guerra com a UE/BCE.

(tudo isto assumindo que o Cavaco convoca o PS para o governo, claro)

Quando digo eleições antecipadas refiro-me ao momento em que a materialização das consequências destas medidas tornará impossível a Portugal aceder ao mercado para financiar o seu défice, e consequentemente ter que chamar o FMI/Troika. Eu aposto em menos de 1 ano ou até a "almofada financeira" acabar, o que na minha opinião nunca será mais que 2 anos. É uma simples "previsão" que pode ser falível.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 21:08:06
a mim parece-me que um recuo agora no PSI, devido ao novo governo, é uma oportunidade de compra.
dentro do euro não há volta a dar. O PS vai cumprir como outro qualquer teria que cumprir.

poderemos ter é uma posição negocial mais forte quando se tratar da renegociação da dívida da grécia.
o governo anterior foi um dos maiores opositores dessa renegociação.
este não terá esse lastro, por isso estará muito mais à vontade para exigir, juntamente com o FMI, uma renegociação da nossa dívida que é tão impagável como a grega.

ao contrário da opinião que vai sendo expressa no tópico, acho que isto vai ser um governo de legislatura ou mesmo de legislaturas.
espero uma boa performance do PSI no próximo ano.
vai ser uma das apostas do zark.

acho que o pessoal está muito excitado com algo que era absolutamente previsível.
tal como é previsível que a nível de compromissos europeus nada de especial mude, excepto termos uma melhor posição negocial para a renegociação da dívida que é, ela também, mais que previsível.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 21:10:43
a mim parece-me que um recuo agora no PSI, devido ao novo governo, é uma oportunidade de compra.
dentro do euro não há volta a dar. O PS vai cumprir como outro qualquer teria que cumprir.

poderemos ter é uma posição negocial mais forte quando se tratar da renegociação da dívida da grécia.
o governo anterior foi um dos maiores opositores dessa renegociação.
este não terá esse lastro, por isso estará muito mais à vontade para exigir, juntamente com o FMI, uma renegociação da nossa dívida que é tão impagável como a grega.

ao contrário da opinião que vai sendo expressa no tópico, acho que isto vai ser um governo de legislatura ou mesmo de legislaturas.
espero uma boa performance do PSI no próximo ano.
vai ser uma das apostas do zark.

acho que o pessoal está muito excitado com algo que era absolutamente previsível.
tal como é previsível que a nível de compromissos europeus nada de especial mude, excepto termos uma melhor posição negocial para a renegociação da dívida que é, ela também, mais que previsível.

L

melhor posicao negocial... onde eh que ja ouvi isso ?   :D
lark,  depois da grecia devias duvidar mais da tua capacidade de previsao nestas materias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 21:12:45
Sem dúvida que é preciso estar bem atento, porque eleições antecipadas podem ser um excelente ponto de compra de activos nacionais. Sobretudo acções a obrigações longo prazo.

Não creio que agora eleições antecipadas mudem o governo -- pelo contrário. As medidas são extremamente populares. Isto agora só volta a mudar quando chegarem as consequências, e essas estão longe de ser instantâneas a menos que o governo compre uma guerra com a UE/BCE.

(tudo isto assumindo que o Cavaco convoca o PS para o governo, claro)

segundo sondagens a popularidade do costa so desceu, isto apesar de se conhecerem algumas das medidas ha algum tempo
acho que exageras quanto a burrice do povo portugues, os mesmo loucos sao menos de 50%
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 21:13:16
SE gregos duraram 6 meses  sempre agressivos

em portugal dura  1ano ou 2  na boa se o PCP deixar claro :D


eu não disse 2 anos porque quero chatear a esquerdalha. Apenas é fazer as contas

Citar
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) aponta para um saldo de reservas financeiras no final do ano de 8,6 mil milhões de euros, só do Tesouro. A isto somam-se as reservas da segurança social, autarquias, regiões e empresas públicas. No final de agosto, o Banco de Portugal contabilizava um total de 18,2 mil milhões de euros em numerário e depósitos das administrações públicas. - See more at: [url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url])


Grosso modo temos 24,8 mil milhões de euros de almofada. Em termos realistas nenhum governo PS/PSD/CDS usará mais de 20 mil milhões. Se o nosso défice actual é sensivelmente 3% (sem NB), e o PIB é à volta dos 175 kM€, então temos um défice de 5,25 kM€. Creio que o observador estimou em 2 kM€ o aumento de despesa destas medidas. Isso dá 7,25 kM€ ano. O que dará 14,5 kM€ em 2 anos de défice.

Como vão compensar do lado da receita, e eu acredito que as medidas a ser aprovadas pelo PS/PCP/BE terão necessariamente um efeito recessivo pois vão contrair o investimento + algum aumento de juros em pagamento porque premium que irão pedir a Portugal será maior daqui para a frente, penso que factualmente é difícil Portugal durar mais de 2 anos. Mesmo com esta "almofada" gigantesca.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 21:24:19
Sem dúvida que é preciso estar bem atento, porque eleições antecipadas podem ser um excelente ponto de compra de activos nacionais. Sobretudo acções a obrigações longo prazo.

Não creio que agora eleições antecipadas mudem o governo -- pelo contrário. As medidas são extremamente populares. Isto agora só volta a mudar quando chegarem as consequências, e essas estão longe de ser instantâneas a menos que o governo compre uma guerra com a UE/BCE.

(tudo isto assumindo que o Cavaco convoca o PS para o governo, claro)

segundo sondagens a popularidade do costa so desceu, isto apesar de se conhecerem algumas das medidas ha algum tempo
acho que exageras quanto a burrice do povo portugues, os mesmo loucos sao menos de 50%

Bem, há um aspecto em que as medidas podiam ser mais populares -- esse aspecto é que elas estão desenhadas para beneficiar brutalmente apenas uma fatia da população.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-07 21:25:20
SE gregos duraram 6 meses  sempre agressivos

em portugal dura  1ano ou 2  na boa se o PCP deixar claro :D


eu não disse 2 anos porque quero chatear a esquerdalha. Apenas é fazer as contas

Citar
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) aponta para um saldo de reservas financeiras no final do ano de 8,6 mil milhões de euros, só do Tesouro. A isto somam-se as reservas da segurança social, autarquias, regiões e empresas públicas. No final de agosto, o Banco de Portugal contabilizava um total de 18,2 mil milhões de euros em numerário e depósitos das administrações públicas. - See more at: [url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url])


Grosso modo temos 24,8 mil milhões de euros de almofada. Em termos realistas nenhum governo PS/PSD/CDS usará mais de 20 mil milhões. Se o nosso défice actual é sensivelmente 3% (sem NB), e o PIB é à volta dos 175 kM€, então temos um défice de 5,25 kM€. Creio que o observador estimou em 2 kM€ o aumento de despesa destas medidas. Isso dá 7,25 kM€ ano. O que dará 14,5 kM€ em 2 anos de défice.

Como vão compensar do lado da receita, e eu acredito que as medidas a ser aprovadas pelo PS/PCP/BE terão necessariamente um efeito recessivo pois vão contrair o investimento + algum aumento de juros em pagamento porque premium que irão pedir a Portugal será maior daqui para a frente, penso que factualmente é difícil Portugal durar mais de 2 anos. Mesmo com esta "almofada" gigantesca.


De início estas medidas vão ter um efeito expansivo. O recessivo só chega mais tarde.

A menos que as medidas do lado da receita levem tudo o que estas dão, claro. Mas duvido que o façam. As medidas do lado da receita em parte devem ser líricas, a contar com uma "não reacção" de parte dos pagadores.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 21:26:06
viste o link

80% pensoes sao abaixo 400 euros (maioria votantes sao pre-reformados)

o costa nisto nao ganha nada  de popular

e se daqui 2 anos os multibancos so derem 100 euros....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 21:51:53
a mim parece-me que um recuo agora no PSI, devido ao novo governo, é uma oportunidade de compra.
dentro do euro não há volta a dar. O PS vai cumprir como outro qualquer teria que cumprir.

poderemos ter é uma posição negocial mais forte quando se tratar da renegociação da dívida da grécia.
o governo anterior foi um dos maiores opositores dessa renegociação.
este não terá esse lastro, por isso estará muito mais à vontade para exigir, juntamente com o FMI, uma renegociação da nossa dívida que é tão impagável como a grega.

ao contrário da opinião que vai sendo expressa no tópico, acho que isto vai ser um governo de legislatura ou mesmo de legislaturas.
espero uma boa performance do PSI no próximo ano.
vai ser uma das apostas do zark.

acho que o pessoal está muito excitado com algo que era absolutamente previsível.
tal como é previsível que a nível de compromissos europeus nada de especial mude, excepto termos uma melhor posição negocial para a renegociação da dívida que é, ela também, mais que previsível.

L

melhor posicao negocial... onde eh que ja ouvi isso ?   :D
lark,  depois da grecia devias duvidar mais da tua capacidade de previsao nestas materias

por acaso estou bastante satisfeito com a minha capacidade de forecasting.
olha, a reeleição do tsipras, por exemplo.
nota-se que não estás muito satisfeito, mas, que posso eu fazer?
não vou errar para te agradar.

e olha que em geral, a opinião não é essa - sobre a minha capacidade de forecasting.
é bastante diferente e já tive provas disso.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-07 22:10:36
entao porque Bloco esquerda nao quis ir governo  lark?


eles adoram negociar dividas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 22:27:34
SE gregos duraram 6 meses  sempre agressivos

em portugal dura  1ano ou 2  na boa se o PCP deixar claro :D


eu não disse 2 anos porque quero chatear a esquerdalha. Apenas é fazer as contas

Citar
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) aponta para um saldo de reservas financeiras no final do ano de 8,6 mil milhões de euros, só do Tesouro. A isto somam-se as reservas da segurança social, autarquias, regiões e empresas públicas. No final de agosto, o Banco de Portugal contabilizava um total de 18,2 mil milhões de euros em numerário e depósitos das administrações públicas. - See more at: [url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/e-a-almofada-financeira-suficiente-num-governo-de-gestao/#sthash.VqbxZvJP.dpuf[/url])


Grosso modo temos 24,8 mil milhões de euros de almofada. Em termos realistas nenhum governo PS/PSD/CDS usará mais de 20 mil milhões. Se o nosso défice actual é sensivelmente 3% (sem NB), e o PIB é à volta dos 175 kM€, então temos um défice de 5,25 kM€. Creio que o observador estimou em 2 kM€ o aumento de despesa destas medidas. Isso dá 7,25 kM€ ano. O que dará 14,5 kM€ em 2 anos de défice.

Como vão compensar do lado da receita, e eu acredito que as medidas a ser aprovadas pelo PS/PCP/BE terão necessariamente um efeito recessivo pois vão contrair o investimento + algum aumento de juros em pagamento porque premium que irão pedir a Portugal será maior daqui para a frente, penso que factualmente é difícil Portugal durar mais de 2 anos. Mesmo com esta "almofada" gigantesca.

E ainda teremos o rollover de divida vencida (que não sei quanto é em 2016 e 2017 mas em que se tem de ir ao mercado - ainda que de início não deva ser difícil enganar mais alguns patos).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 22:32:23
Garantidamente quem ainda tenha portfolio no mercado nacional pode desfazer-se dele, porque assim que colocarem uma taxa agressiva sobre as transacções irão deixar de existir traders de curto prazo. E sem esses, vai-se a liquidez toda.

Corretoras com grande % de negociação no mercado nacional até podem ter de fechar. Quem quiser cá continuar é de estar atento à segregação de carteiras e/ou ao SII (http://www.cmvm.pt/pt/AreadoInvestidor/SistemaDeIndemnizacaoAosInvestidores/FAQSII/Pages/Respostas-as-perguntas-mais-frequentes.aspx).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-07 22:43:48
rofl

o fim do mundo em cuecas.
cadê o sangue frio?

não se vai passar nada de especial.
quem vender agora (PSI) vai vender perto ou mesmo na base.

o que vale é que estas coisas se determinam num instante.
vou guardar este post para rever daqui a três meses.

L

PSI diário
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-07 22:50:11
O ponto 2...
Deverá ser conhecido pela evolução das yields da Divida Pública possivelmente já na próxima semana ou a seguir à indigitação.
A subida das yields só se dá muito mais para a frente se o rating cair. Até lá, com o BCE a intervir, as baixas yields / taxas de novos empréstimos são garantidamente baixas.
Este tipo de medidas anima temporariamente a economia. É como alguém sair do banco com 30K que acabaram de lhe emprestar. Dá a impressão que ficou mais rico.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-07 23:08:13
Também não se ia passar nada na grécia e a população acabou às 3h da manhã em filas para levantar 10 euros.

E o 7 passos à frente desempregado.

E o tsipras de joelhos a assinar um monumental plano de austeridade.

O que vale é que a credibilidade do atrasado já praticamente toda gente conhece neste fórum.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-07 23:17:16
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.

os avós com pensões baixas e que levaram cortes também têm filhos e netos a quem ajudam.
admito que qualquer de vocês esteja longe dessa realidade. ainda bem.
mas isso não significa que a realidade não seja muito diferente do que a pintam.

L

Mas então a nossa preocupação deveria ser em melhorar a situação dos filhos e dos netos. A tua é a lógica da batata.

Existem reformados com boas pensões e com filhos bem empregados ou emigrados que não precisam de ser ajudados.
E existem  reformados com filhos e netos que precisam de ajuda, mas que não podem porque têm pensões baixas. Diria que é até o mais frequente, pois filho de pobre tem mais hipóteses de ser pobre.

Dizer que não se podem cortar as pensões por esse motivo é absurdo. Porque é que o estado ajuda mais um idoso pobre do que uma criança pobre? Porque a criança não vota? E a maior percentagem de pobreza está nas crianças. Uma criança com as necessidades básicas não cobertas é mau, não só no presente, mas para o futuro do país.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 23:18:02
Também não se ia passar nada na grécia e a população acabou às 3h da manhã em filas para levantar 10 euros.

E o 7 passos à frente desempregado.

E o tsipras de joelhos a assinar um monumental plano de austeridade.


camarada ! nao vale a pena insultar ninguem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-07 23:27:24
estou a ver muitos bitates e muito poucos argumentos.
genericamente.

L

Não tentes dar a volta.

A grande maioria dos idosos tem pensões que não foram cortadas.
Dentro da minoria que teve cortes, os que tinham maiores pensões tiveram maiores cortes.
Logo, dentro dessa minoria, os com pensões maiores são os que têm mais a ganhar. Será difícil que ganhem menos do que os outros.
E aparentemente a reversão será total.

Qualquer um destes pontos torna a reposição regressiva. Acumulando-se vários, torna-se uma medida de esquerda caviar.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-07 23:28:37
camaradas !

o determinismo materialista dialectico preve a inevitavel ascencao do comunismo como a justa forma de organizacao politica do futuro. a luta de classes continuara ate esse inevitavel momento.
nao fiquem pois parados a espera. juntem-se a nossa revolucao por um mundo mais justo e arrotem todo o vosso dinheiro para os FPs poderem viver como reis. queremos pois 35h laborais,
rendimentos acima do preco de mercado e sem despedimentos. alias, o proprio trabalho eh facultativo ! portanto, arrotem o dinheiro que eh de todos nos ! viva a revolucao, camaradas !!!
Kosta ao poder, ja !!!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-07 23:30:39
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-07 23:44:33
Neste país ainda existem alguns lúcidos que não ensandeceram e que gostam de usar a ironia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 02:27:36
Também não se ia passar nada na grécia e a população acabou às 3h da manhã em filas para levantar 10 euros.

E o 7 passos à frente desempregado.

E o tsipras de joelhos a assinar um monumental plano de austeridade.

O que vale é que a credibilidade do atrasado já praticamente toda gente conhece neste fórum.

Isso depende de a UE/BCE entrarem numa batalha ou não. Penso que se vai tentar evitar isso, mas há ali medidas que são um bocado uma afronta. Vamos ver.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 02:30:38
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 02:32:04
rofl

o fim do mundo em cuecas.
cadê o sangue frio?

não se vai passar nada de especial.
quem vender agora (PSI) vai vender perto ou mesmo na base.

o que vale é que estas coisas se determinam num instante.
vou guardar este post para rever daqui a três meses.

L

PSI diário

Na realidade mais do que um impacto no preço, a parte garantida é um impacto na liquidez se colocarem uma taxa sobre as transacções agressiva.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 02:35:21
Como o Lark diz, os avós com boas pensões ajudam ao filhos desempregados e os netos. Devem estar a pensar cortar os apoios a quem tem pais com boas pensões...
Essa é mais uma falácia bastante propagada. "Temos de manter os impostos altos para que os pais e avós tenham pensões para sustentar os filhos e netos". Talvez não fosse má ideia continuar a ter os cortes nas pensões mais altas e impostos mais baixos, para que haja investimento e emprego, de forma a que os filhos e netos possam voltar a ganhar a sua vida sem estarem dependentes dos pais e avós.

os avós com pensões baixas e que levaram cortes também têm filhos e netos a quem ajudam.
admito que qualquer de vocês esteja longe dessa realidade. ainda bem.
mas isso não significa que a realidade não seja muito diferente do que a pintam.

L

Mas então a nossa preocupação deveria ser em melhorar a situação dos filhos e dos netos. A tua é a lógica da batata.

Existem reformados com boas pensões e com filhos bem empregados ou emigrados que não precisam de ser ajudados.
E existem  reformados com filhos e netos que precisam de ajuda, mas que não podem porque têm pensões baixas. Diria que é até o mais frequente, pois filho de pobre tem mais hipóteses de ser pobre.

Dizer que não se podem cortar as pensões por esse motivo é absurdo. Porque é que o estado ajuda mais um idoso pobre do que uma criança pobre? Porque a criança não vota? E a maior percentagem de pobreza está nas crianças. Uma criança com as necessidades básicas não cobertas é mau, não só no presente, mas para o futuro do país.

Já repararam como o Lark continua com a cena das pensôes baixas terem levado um corte?

Eu juro que isto me espanta, que raio de mecanismo mental é que permite a uma pessoa ver os factos num segundo e actuar como se eles não existissem no segundo seguinte?


Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Lark, as pensões que foram cortadas não foram as baixas...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-08 04:01:08
Programa à esquerda. Eis os 51 compromissos do PS com BE, PCP e PEV

Ainda não há governo, nem "acordo político" para um governo liderado pelo Partido Socialista, mas já há medidas. PS fez várias cedências aos partidos à esquerda. Ei-las.

http://observador.pt/2015/11/07/programa-do-ps-eis-as-medidas-de-costa-com-be-pcp-e-pev/ (http://observador.pt/2015/11/07/programa-do-ps-eis-as-medidas-de-costa-com-be-pcp-e-pev/)


79 Comentários

Afonso Dias
7 Nov 2015

Curiosamente só mostra medidas popularuchas que aumentarão a Despesa.
As medidas para criar Receita estão guardadas a 7 chaves. Não convêm agora mostrar para não levantar a lebre. Fiquemos só a saber uma evidência matemática: Se Costa vai cumprir com as obrigações orçamentais prometidas à UE (não agravar défice e PIB), todo o encargo resultante das medidas demagógicas de Despesa, serão cobradas aos contribuintes pelo lado da Receita. Não há volta a dar. Mas Costa esconde desde já essas medidas “nada populares”.
Soubemos de uma exemplar : as poupanças das famílias acima de 100M€ vão ser taxadas ! São considerados ricos, e ninguém lhes mandou fazer poupanças !!





Parece que alguém teve acesso a fuga de informação: contas acima de 100k

Não considero quem tenha 100k rico.
Pensei que a noção de rico para a esquerda eram os do grande capital, tipo Champalimauds, Mellos, Belmiros, etc...
Que em Portugal contam-se pelos dedos e só por si não resolvem o problema da divida e défice.

Se esta taxa for em frente confirma-se o que sempre disse:
A esquerda no discurso ataca o grande capital mas na prática vão ao bolso da classe média...


    ???
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 04:22:07
Também é preciso saber se se irão restringir a contas de 100k pessoais ou se vão a empresas e tudo, não?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-08 05:11:31
Claro! Se for também a empresas ainda é pior: apanha o empresário da classe média e apanha a sua empresa.
Acaba por ser um imposto duplamente cobrado ao mesmo pois o que está em causa é um valor igual ou superior a 100k nas contas.

Significa que têm todos de estar atentos e não deixarem ir além dos 99,999k por conta...

O que me espanta em Portugal é que o trabalho de um governo fica sempre por terminar...
Já com Sócrates eu teria deixado passar o PEC IV, PEC V, etc...

Como disse Mário Soares (que se enganou): "vão deixar o governo fritar".
Assim interromperam-no e esta interrupção é agora a resposta da esquerda.

Seria interessante agora o PSD / CDS deixar a esquerda governar por muitos anos e à vontade,
pois pode ser que o próprio Mário Soares volte a repetir: "vão deixar o governo fritar".

Se fosse ao PSD e CDS, eu nem me candidatava nas próximas legislativas e talvez até nas seguintes...
Para que o frito saia bem cozinhado!


    :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-08 08:46:49
Soubemos de uma exemplar : as poupanças das famílias acima de 100M€ vão ser taxadas ! São considerados ricos, e ninguém lhes mandou fazer poupanças !!

100M ou 100k?

É que faz uma grande diferença...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 08:48:55
70% dos depositos sao abaixo 100 000 euros

eles ainda vao e baixar para 50 000 .....


http://economico.sapo.pt/noticias/depositantes-chamados-a-salvar-bancos-dentro-de-dois-meses_233251.html (http://economico.sapo.pt/noticias/depositantes-chamados-a-salvar-bancos-dentro-de-dois-meses_233251.html)

Dados do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) relativos a 2014 mostram que do total de dinheiro depositado nos bancos nacionais, 74% está coberto pela salvaguarda deste mecanismo – até 100 mil euros por titular de conta na instituição em causa, com algumas excepções previstas no decreto-lei 298/92.
 FGD no final do ano passado, 26% de todo o dinheiro que particulares e empresas tinham depositado em Portugal (162,677 mil milhões de euros), 41,6 mil milhões de euros estavam distribuídos por contas bancárias em que o saldo é superior a 100 mil euros.


vai ser giro ver como vao dar volta a garantia depositos com uma TAXA abaixo do limite 8)

"Não considero quem tenha 100k rico."

eu tambem nao
mas quando a fome e muita e dinheiro e pouco ate
Barracas sao nacionalizadas eu ja vi isso em mocambique  :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 11:06:47
Li na diagonal o discussão semântica sobre o "APENAS" e o em "todas" em torno das pensões (vejo agora que os termos são sinónimos desde o primeiro post  ::)), e no final chego à mesma conclusão de que parti no início: falta ver o "quadro geral" de medidas para perceber como vão ser compensadas estas reposições, e que estratos de rendimento vão efectivamente beneficiados e penalizados. E este "quadro geral" tem a ver essencialmente com as medidas para as receitas. Curiosamente, a única pessoa que mencionou algo remotamente relacionado com isto foi o Anti-ditador, ao mencionar mais escalões de IRS...  :D

Queria só lembrar, porque ninguém tocou no assunto quando estavam a criticar a não descida do IVA na electricidade (juntando-se portanto, à vontade do BE e do PCP), que estão previstas medidas de alívio para as famílias com menores rendimentos. Ainda não está definido ao certo onde vai ser colocada a linha, mas é algo que está previsto.

Em todo o caso, aqui fica um outro artigo sobre o panorama geral de medidas que estão previstas nos acordos entre as esquerdas.

No Público (http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-inclui-mais-de-70-medidas-negociadas-com-be-pcp-e-pev-no-seu-programa-de-governo-1713679?page=-1):

Citar
PS inclui mais de 70 medidas negociadas com BE, PCP e PEV no seu programa de Governo

Os partidos de esquerda chegaram a acordo sobre o programa do Governo. Rendimentos, combate à precariedade, políticas sociais e defesa dos serviços públicos são os objectivos.

As negociações decorreram sempre em separado. O PS fechou três acordos distintos, com o BE, o PCP e o PEV. Mas o resultado final é um conjunto de medidas que todos os partidos aceitam, e que fará parte do programa do Governo que o PS apresentará ao Parlamento, caso António Costa venha a ser indigitado primeiro-ministro. O caminho até lá ainda é incerto e não está garantido. Falta ao líder socialista uma garantia formal por parte do PCP de que aceita viabilizar a governação (condições para a aprovação de orçamentos, votação comum de moções de censura da direita, etc) ao longo da legislatura. Essa garantia já foi dada pelo BE, apurou o PÚBLICO.

O que revelamos é a totalidade das medidas aceites pelos negociadores socialistas nas várias rondas negociais com os seus três parceiros. Aí, os partidos chegaram ao acordo porventura mais difícil: saber, no concreto, o que pretendem que seja a governação. Trata-se de um programa que procura "inverter a tendência de quebra de rendimentos dos trabalhadores, dos funcionários públicos e dos pensionistas".

Fim dos cortes salariais e das pensões

Todos os pensionistas têm garantido um aumento anual das suas reformas com a reposição, já em Janeiro de 2016, da norma que actualiza as pensões (e foi suspensa em 2010, no último Governo de Sócrates). O Abono de Família, o Complemento Solidário para Idosos e o Rendimento Social de Inserção terão os seus valores repostos no Orçamento do Estado, ao nível do que existia em 2011, antes da entrada em vigor do Memorando de Entendimento com a troika.

O acordo garante ainda que vão ser repostos os complementos de reforma nas empresas do sector empresarial do Estado.

Os funcionários públicos terão direito à reposição integral dos seus salários até ao final do próximo ano. Como o PÚBLICO avançou, os partidos de esquerda comprometem-se a devolver, trimestralmente, um quarto do valor cortado, por forma a que no final do próximo ano não subsistam cortes salariais. Esta proposta ‘devolverá’ 10,5 euros por mês a cada trimestre aos funcionários com salários ilíquidos de 1500 euros; 12,25 euros por trimestre aos funcionários com salários de 1750 euros; e 14 euros a cada trimestre aos funcionários com salários de 2000 euros.

O acordo prevê, ainda, que a partir de 2018 sejam "descongeladas" as carreiras na Função Pública.

Com a mesma lógica "gradual", o acordo apresenta como objectivo que o Salário Mínimo Nacional chegue aos 600 euros em 2019. Até lá, durante os dois primeiros anos haverá um aumento de 5%, o que significa que já em 2016 o valor de referência seja 530 euros. No ano seguinte será de 557 euros.

O ponto seguinte do acordo conjuga as propostas que PS, BE e PCP tinham apresentado sobre políticas de emprego e de combate à precariedade. Os partidos comprometem-se a criar um "grupo de trabalho" conjunto para elaborar, em conjunto com o ministro da tutela, um "Programa Nacional de Combate à Precariedade" que será submetido à Concertação Social.

5 de Outubro será feriado

Além de ter deixado cair a sua proposta de "regime conciliatório" para os despedimentos, o PS aceitou várias sugestões de BE e PCP. Exemplos: a revogação da norma do Código de Trabalho que permite a contratação a prazo de desempregados de longa duração e jovens à procura do primeiro emprego para postos de trabalho permanentes; limitação dos contratos a termo; reforço da fiscalização das normas de trabalho e combate aos falsos recibos verdes e falsos estágios. Outra norma a revogar no Código do Trabalho será a possibilidade um "banco de horas" individual – essa será uma matéria a decidir na contratação colectiva.

O regime da "requalificação/mobilidade especial" também pode ter os dias contados, se os partidos de esquerda se vierem a entender no Parlamento. Bem como os bloqueios à contratação colectiva. A este propósito, o acordo prevê também que serão publicadas as "portaria de extensão" que alargam o âmbito dos contratos colectivos, obrigando as empresas a respeitar as normas negociadas por sindicatos e associações patronais.

O mesmo se aplica, tambem, aos Acordos Colectivos da Administração Pública Central, Regional e Local.

O próximo 5 de Outubro voltará a ser feriado. O mesmo, para o dia da Restauração da Independência, 1 de Dezembro. Os feriados religiosos voltarão, depois de uma negociação com a Igreja Católica.

Regressa também o regime das 35 horas de trabalho semanal para a Função Pública, desde que isso não implique aumentos de custos salariais. A mesma salvaguarda existe para outro ponto deste acordo: desde que isso não aumente os gastos com salários, serão eliminadas as restrições à contratação de trabalhadores para as administrações públicas.

Mais escalões no IRS e benefícios para PME

Esta é a boa notícia para a tão falada "classe média": O número de escalões do IRS será aumentado, bem como a "progressividade" do imposto, depois de um estudo dos efeitos sobre a receita fiscal a realizar em 2016 por um grupo de trabalho que apresentará ao Governo relatórios semestrais e será composto, também por representantes dos vários partidos que apoiam o Governo.

Mas há mais: melhoria das deduções à colecta; redução em 50% da sobretaxa, em 2016, e eliminação em 2017. As famílias passam a ter direito a uma dedução no IRS por cada filho, que substitui o actual "quociente familiar". Será, também, estudada a possibilidade de tornar o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) "progressivo", isto é, variável conforme os rendimentos. No IMI há mais novidades: os aumentos não podem exceder os 75 euros por ano no caso de se tratar de uma habitação própria permanente de baixo valor. É a chamada "cláusula de salvaguarda" para as reavaliações feitas pelas Finanças.

No caso de famílias endividadas serão proibidas as execuções fiscais sobre as casas, se a dívida for inferior ao valor da habitação. Não serão permitidas penhoras sobre a casa de morada de qualquer família endividada.

Ainda no fisco: serão revistos os valores "desproporcionados" de coimas e juros por incumprimento e serão introduzidos tectos máximos nas multas e contraordenações no caso de pessoas singulares.

Serão agilizados os acordos de planos de pagamentos de dívidas fiscais e à Segurança Social.

As Pequenas e Médias Empresas terão um novo conjunto de estímulos fiscais no IRC. E as empresas de produção situadas nos "territórios fronteiriços" receberão benefícios fiscais. No resto, as empresas só registam duas outras mudanças tributárias: a participation exemption regressa aos 10% de participação social, como era antes da última reforma do IRC, e o prazo para amortização de prejuízos fiscais é reduzido de 12 para cinco anos.

O IVA da restauração, como todos os partidos de esquerda defendiam nos seus programas, desce para os 13%.

TSU, recibos verdes e complemento salarial

Aproveitar os fundos comunitários para fortalecer o investimento público é a primeira das medidas. Nesse contexto, os partidos de esquerda concordam que é preciso "privilegiar" as empresas exportadoras ou com actividade fora do país cuja produção incorpore mais recursos nacionais.

Apoiar a produção nacional é outro dos objectivos para substituir importações, nomeadamente no sector alimentar.

As PME têm direito a um ponto específico: O Estado compromete-se a eliminar barreiras de acesso a mercados públicos, apoio técnico, informação detalhada sobre investimentos a realizar. Haverá, ainda, um programa de contratação pelo Estado de serviços inovadores para melhorar os serviços e reduzir a despesa.

O programa acordado inclui, como já era público, o compromisso do PS de não baixar a Taxa Social Única (TSU) para as empresas. A única mexida prevista na TSU destina-se aos trabalhadores com salários inferior a 600 euros, que não receberiam qualquer acréscimo de rendimentos por via da devolução da sobretaxa do IRS. Essa descida, até 4%, não terá consequências no cálculo futuro das pensões e será compensada com uma transferência equivalente do Estado para a Segurança Social. Exemplo: um salário de 505 euros brutos, em 2016, ganharia 7,5 euros no seu salário líquido. Já um salário bruto de 600 euros ganharia 9 euros no seu salário líquido.

O Governo liderado por Costa compromete-se a diversificar as fontes de financiamento da Segurança Social, nomeadamente penalizando as empresas que recorram a uma "rotação excessiva de trabalhadores". Outra das possibilidades admitidas por este acordo é a de taxar o valor acrescentado líquido das empresas.

Em contrapartida serão revistas as regras das contribuições a pagar pelos trabalhadores a recibos verdes, de modo a que incidam sobre o rendimento real, tendo por referência os meses recentes (e não a taxa fixa actual, que é cobrada mesmo em meses sem rendimentos).

Do programa consta ainda o Complemento Salarial Anual, destinado a trabalhadores que não recebem, anualmente, rendimentos suficientes que os coloquem acima da linha da pobreza.

Taxas moderadoras e PPP's

O Serviço Nacional de saúde tem direito a um capítulo autónomo, onde se garante o seu "reforço", e os recursos necessários para assegurar a redução do tempo de espera dos utentes, a revisão das comparticipações do Estado em medicamentos para doentes crónicos em ambulatório, o aumento da quota de medicamentos genéricos (para 30%, em valor).

Em contrapartida, será feita uma "avaliação externa independente" à experiências das Parcerias-Público-Privado (PPP) na saúde.

A oferta de cursos no ensino superior na área da saúde é outra das áreas cobertas por este compromisso, que pretende também "estimular a investigação e a produção nacional" no sector dos medicamentos.

Outra promessa é a reduzir o valor pago pelos cidadãos em taxas moderadoras, que serão usadas, apenas, para "regular a procura inapropriada". As taxas serão eliminadas sempre que o utente se dirija a uma urgência hospitalar enviado por médico ou enfermeiro de família, Linha Saúde 24 ou por qualquer serviço de emergência pré-hospitalar. Será revisto o regulamento de transporte de doentes. E, como já foi anunciado, também, será revogada a última alteração feita por PSD e CDS à Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez.

Manuais escolares e contratos para investigadores

O primeiro ponto do acordo, na área da Educação, prevê criar um "sistema de aquisição e retorno" de manuais escolares com o objectivo de garantir a "progressiva gratuitidade" dos recursos educativos exigidos formalmente no ensino básico e secundário.

Outro dos objectivos é a redução no número de alunos por turma e a continuação do projecto "escola a tempo inteiro". Até ao final da legislatura, os partidos de esquerda comprometem-se a garantir a universalidade da oferta da educação pré-escolar.

Um dos pontos em que a coligação PSD-CDS se adiantou aos partidos de esquerda foi na criação do Ministério da Cultura. Mas o ponto continua no programa comum a PS, BE, PCP e PEV.

O acordo prevê também várias mudanças nas carreiras de investigação e de docência no ensino superior para evitar a "emigração forçada". A mais emblemática dessas medidas será, talvez, a da criação de contratos para investigadores que substituam progressivamente as bolsas de "pós-doutoramento" que passam, assim, a ser mais curtas e a servir como "estímulo" para carreiras na investigação.

Descida na factura da electricidade e fim das privatizações

Estes foram, provavelmente, a par da subida do salário mínimo, as medidas mais difíceis de negociar entre os partidos.

O BE manteve até ao fim a intenção de baixar a taxa do IVA para 6%. O PS fez finca-pé na receita fiscal que os actuais 23% garantem ao Orçamento. O encontro final deu-se numa medida a meio caminho. A generalização para 500 mil famílias da tarifa social. Isso pode representar uma poupança de 7,62 euros mensais para as famílias de rendimentos mais baixos. Esta "tarifa social" será automática para todos os beneficiários de prestações sociais que estão sujeitas a prova de recursos, mas não só. Com a declaração de rendimentos anual, mesmo os que não obtiveram qualquer benefício social, desde que apresentem baixos recursos (um tecto ainda por fixar no acordo) podem aceder ao Apoio Social Extraordinário ao Consumidor de Energia.

O outro ponto era a reversão dos processos de concessão e privatização. O acordo final tem um capítulo sobre o assunto e defende a anulação das concessões e privatizações em curso dos transportes colectivos de Lisboa e Porto. A Metro do Porto e a Serviço de Transportes Colectivos do Porto (STCP) já assinaram com a Transdev e a Alsa, respectivamente, os contratos de subconcessão por um período de dez anos. Se no caso do Metro do Porto estes contratos de subconcessão já não são novidade - a Transdev esteve na construção e gestão da operação durante os primeiros anos, através do consórcio Normetro - já no caso do STCP é uma novidade, que mereceu muita contestação dos autarcas. 

Em Lisboa, os transportes colectivos (Carris e Metro) foram entregues à CET - Corporación Española de Transporte, do grupo Avanza – que em 2009 concorreu e ganhou a concessão para gerir os transportes urbanos da Covilhã.

Foi ainda acordado o cancelamento das fusões de empresas de água que tenham sido impostas aos municípios e a reversão do processo de privatização da gestora de resíduos EGF, com fundamento na respectiva ilegalidade e a garantia de que, no futuro, nenhuma outra concessão ou privatização terá lugar durante a vigência deste acordo. Recorde-se que a EGF foi vendida à Suma, empresa do grupo Mota-Engil, numa operação que não teve oposição da Autoridade da Concorrência (AdC). Inicialmente o regulador tinha avançado com uma investigação aprofundada porque o negócio suscitava dúvidas quanto a possíveis entraves à concorrência mas acabou por dar luz verde à venda.

Fora deste leque de medidas acordadas entre o PS e os três partidos à esquerda ficou a TAP, que o Bloco e a CDU querem ver totalmente na esfera do Estado. Na proposta de programa de Governo socialista mantém-se a ideia, que já constava no programa eleitoral, de que o PS "não permitirá que o Estado perca a titularidade sobre a maioria do capital social da TAP encontrando formas – designadamente através de uma efectiva acção junto das instituições europeias e do mercado de capitais – de capitalizar, modernizar e assegurar o desenvolvimento da empresa ao serviço dos portugueses e de uma estratégia de afirmação lusófona". com Maria João Lopes

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 11:34:32
Li na diagonal o discussão semântica sobre o "APENAS" e o em "todas" em torno das pensões (vejo agora que os termos são sinónimos desde o primeiro post  ::)), e no final chego à mesma conclusão de que parti no início: falta ver o "quadro geral" de medidas para perceber como vão ser compensadas estas reposições, e que estratos de rendimento vão efectivamente beneficiados e penalizados. E este "quadro geral" tem a ver essencialmente com as medidas para as receitas. Curiosamente, a única pessoa que mencionou algo remotamente relacionado com isto foi o Anti-ditador, ao mencionar mais escalões de IRS...  :D

Não é preciso ser um génio: as esmagadora maioria das sociedades desenvolvidas são sustentadas em boa parte por 2 impostos: IRS e IVA. Podem ter nomes diferentes em diferentes países, mas é basicamente isto.

Se a sobretaxa cai, o IVA restauração cai e os cortes caem, só sobra mexer nos escalões de IRS (criando mais progressividade - ou seja criando escalões intermédios e mais elevados que os existentes, que na minha opinião será recessivo)  e/ou aumentar o IVA em bens/serviços que têm IVA baixo ou intermédio e que ainda não sabemos que acontecerá; ou ainda aumentar o IVA de 23 para 25% que supostamente é o máximo que se pode cobrar dentro da UE.
Dentro destas possibilidades criar mais escalões de IRS e/ou aumentar os impostos nos existentes num país de gente burra e imbecil de esquerda é mais popular. Depois quando formos à falência outra vez a culpa é dos outros.

Tudo o resto, se aumentarem terá, na minha opinião um efeito altamente recessivo e penalizador de qualquer crescimento: IRC, derrama, IS, IMT, IMI,ISV, IUC, etc, etc, ... taxas e taxinhas do estado/autarquias, multinhas, coimazinhas,etc... E sem acrescentarem nada ou muito pouco na colecta de receitas para fazer face à despesa.

Se não fosse a UE hoje estávamos pior que a venezuela.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 11:46:16
Li na diagonal o discussão semântica sobre o "APENAS" e o em "todas" em torno das pensões (vejo agora que os termos são sinónimos desde o primeiro post  ::)), e no final chego à mesma conclusão de que parti no início: falta ver o "quadro geral" de medidas para perceber como vão ser compensadas estas reposições, e que estratos de rendimento vão efectivamente beneficiados e penalizados. E este "quadro geral" tem a ver essencialmente com as medidas para as receitas. Curiosamente, a única pessoa que mencionou algo remotamente relacionado com isto foi o Anti-ditador, ao mencionar mais escalões de IRS...  :D

Não é preciso ser um génio: as esmagadora maioria das sociedades desenvolvidas são sustentadas em boa parte por 2 impostos: IRS e IVA. Podem ter nomes diferentes em diferentes países, mas é basicamente isto.

Se a sobretaxa cai, o IVA restauração cai e os cortes caem, só sobra mexer nos escalões de IRS (criando mais progressividade - ou seja criando escalões intermédios e mais elevados que os existentes, que na minha opinião será recessivo)  e/ou aumentar o IVA em bens/serviços que têm IVA baixo ou intermédio e que ainda não sabemos que acontecerá; ou ainda aumentar o IVA de 23 para 25% que supostamente é o máximo que se pode cobrar dentro da UE.
Dentro destas possibilidades criar mais escalões de IRS e/ou aumentar os impostos nos existentes num país de gente burra e imbecil de esquerda é mais popular. Depois quando formos à falência outra vez a culpa é dos outros.

Tudo o resto, se aumentarem terá, na minha opinião um efeito altamente recessivo e penalizador de qualquer crescimento: IRC, derrama, IS, IMT, IMI,ISV, IUC, etc, etc, ... taxas e taxinhas do estado/autarquias, multinhas, coimazinhas,etc... E sem acrescentarem nada ou muito pouco na colecta de receitas para fazer face à despesa.

Se não fosse a UE hoje estávamos pior que a venezuela.

Anti-ditador, desta vez seria muito complicado suceder isso. Depois de todas as manobras para compor um Governo que não é de "bloco central", e de recusar liminarmente os apelos da Paf, o PS não tem absolutamente nenhuma margem para atribuir as culpas de um eventual falhanço governativo ao PSD/CDS.  Ninguém vai nessas conversa, a começar pelo eleitorado de esquerda.

É também por isso que o PCP e o BE não querem ministros próprios. A probabilidade do barco ir ao fundo é grande, e tais partidos preferem nem sequer embarcar na viagem---ficam em terra, com os pés secos e a certeza de que não vão afundar com o PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-08 11:52:47
Falam muito da responsabilidade dos funcionários públicos e que estão muito contentes com a situação, mas do meu conhecimento dessa realidade é que estão muito desconfiados e sabem que se está política falhar (e tem tudo para falhar) vai ser muito mais duro para eles.

Por isso, sentem que é um presente envenenado. É que nem todos os fp são corporativistas e têm apenas um neurónio.  ;)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-08 11:53:12
Citar
Medidas acordadas entre PS, BE, PCP e Os Verdes

Texto integral: [url]http://pt.scribd.com/doc/288876793/Medidas-acordadas-entre-PS-BE-PCP-e-Os-Verdes[/url] ([url]http://pt.scribd.com/doc/288876793/Medidas-acordadas-entre-PS-BE-PCP-e-Os-Verdes[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 12:18:18
ainda por cima a partir de 2017 as contas bancarias europeias vao ser reportadas
a solucao eh ter residencia oficial noutro pais ou esperar que o sistema de reporting nao funcione bem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 12:20:13
Falam muito da responsabilidade dos funcionários públicos e que estão muito contentes com a situação, mas do meu conhecimento dessa realidade é que estão muito desconfiados e sabem que se está política falhar (e tem tudo para falhar) vai ser muito mais duro para eles.

Por isso, sentem que é um presente envenenado. É que nem todos os fp são corporativistas e têm apenas um neurónio.  ;)

Quem lhes dera aos privados terem essas "preocupações": andarem desconfiados sobre se este aumento sobre um ordenado que já é superior à média por menos horas de trabalho se vai durar ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 12:22:17
outro aviso... o que quer que os impostos aumentem no inicio sera apenas o comeco... virao ainda mais impostos no caminho
as contas do estado tem tendencia natural para derraparem (principalmente devido as pensoes) e as receitas vao falhar por larga margem em relacao as previsoes

prepara-se para o maior ataque a classe media alta de sempre
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 12:24:01
Um pormenor, se impedirem os bancos de ficar com as casas em caso de incumprimento nos empréstimos, podem dizer adeus ao actual sector bancário em Portugal -- se isso for MESMO assim, a banca cai toda na Segunda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 12:25:20
quem tem miolos e planeia tem de arranjar forma de sair de portugal, eh um pais sem futuro numa caminhada auto-destrutiva
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 12:30:18
Li na diagonal o discussão semântica sobre o "APENAS" e o em "todas" em torno das pensões (vejo agora que os termos são sinónimos desde o primeiro post  ::)), e no final chego à mesma conclusão de que parti no início: falta ver o "quadro geral" de medidas para perceber como vão ser compensadas estas reposições, e que estratos de rendimento vão efectivamente beneficiados e penalizados. E este "quadro geral" tem a ver essencialmente com as medidas para as receitas. Curiosamente, a única pessoa que mencionou algo remotamente relacionado com isto foi o Anti-ditador, ao mencionar mais escalões de IRS...  :D

Não é preciso ser um génio: as esmagadora maioria das sociedades desenvolvidas são sustentadas em boa parte por 2 impostos: IRS e IVA. Podem ter nomes diferentes em diferentes países, mas é basicamente isto.

Se a sobretaxa cai, o IVA restauração cai e os cortes caem, só sobra mexer nos escalões de IRS (criando mais progressividade - ou seja criando escalões intermédios e mais elevados que os existentes, que na minha opinião será recessivo)  e/ou aumentar o IVA em bens/serviços que têm IVA baixo ou intermédio e que ainda não sabemos que acontecerá; ou ainda aumentar o IVA de 23 para 25% que supostamente é o máximo que se pode cobrar dentro da UE.
Dentro destas possibilidades criar mais escalões de IRS e/ou aumentar os impostos nos existentes num país de gente burra e imbecil de esquerda é mais popular. Depois quando formos à falência outra vez a culpa é dos outros.

Tudo o resto, se aumentarem terá, na minha opinião um efeito altamente recessivo e penalizador de qualquer crescimento: IRC, derrama, IS, IMT, IMI,ISV, IUC, etc, etc, ... taxas e taxinhas do estado/autarquias, multinhas, coimazinhas,etc... E sem acrescentarem nada ou muito pouco na colecta de receitas para fazer face à despesa.

Se não fosse a UE hoje estávamos pior que a venezuela.

Anti-ditador, desta vez seria muito complicado suceder isso. Depois de todas as manobras para compor um Governo que não é de "bloco central", e de recusar liminarmente os apelos da Paf, o PS não tem absolutamente nenhuma margem para atribuir as culpas de um eventual falhanço governativo ao PSD/CDS.  Ninguém vai nessas conversa, a começar pelo eleitorado de esquerda.

É também por isso que o PCP e o BE não querem ministros próprios. A probabilidade do barco ir ao fundo é grande, e tais partidos preferem nem sequer embarcar na viagem---ficam em terra, com os pés secos e a certeza de que não vão afundar com o PS.

Eu acho que as medidas de receita irão incluir uma componente realista pequena, e uma componente sonhadora muito grande. Isto se, como as medidas de despesa, forem muito influenciadas pelo BE+PCP. As medidas de receita do BE e PCP tendem a ser sonhadoras, com números muito grandes que quando postos em prática, não aparecerão.

Parece-me quase garantido um imposto sobre transacções, que a ser suficientemente grande deve levar a uma quebra substancial das transacções. E talvez também um imposto sobre depósitos, que fará os depósitos "fragmentarem-se".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-08 12:32:06
Uma sobretaxa sobre património financeiro acima de 50K/75K deve ser quase garantido (eu digo 50K/75K porque no Chipre foi 100K mas era uma praça financeira diferente - cá têm de baixar o limite).

Juros de depósitos e obrigações, dividendos e mais valias, sendo dinheiro 'fácil', tem de levar com 30 a 35% (ou alternativamente obrigarem ao englobamento no IRS, adicionando aos rendimentos do trabalho e fazendo a pessoa subir no escalão).

Casas acima de 100K tem de comer com IMI alto

Segundas habitações é para martelar a valer.

Carros acima de 25K é para levarem com imposto a sério.

E isto é só para o arranque.

Sugestões:
a) gastar o dinheiro rapidamente (viagens, refeições à grande, TVs de ultima geração, telemóveis, PCs, Ipads, etc. - esqueçam essa parvoíce de investirem o dinheiro ou guardarem-no para imprevistos)
b) investi-lo em coisas que não sejam reportadas (ouro físico, por exemplo)
c) enviar o dinheiro para um sitio sem reporte fiscal (neste momento deve ser mais seguro ter o dinheiro na Ironfx do que em Portugal  :D)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 12:32:34
eh o que eu tb acho, as receitas vao ter previsoes alucinadas e vao falhar por larga margem
o que vao conseguir eh destruir a economia e a reputacao do pais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 12:39:48
 investi-lo em coisas que não sejam reportadas

ouro nao paga juros mas  tambem nao paga a taxa do confisco :D

quando isto rebentar comprar empresas baratas aos trabalhadores como o Belmiro


aqui esta plano!
aproveitar a revoluçao do Povo 8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 13:00:10
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 13:02:32
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano


http://www.dn.pt/portugal/interior/antonio-costa-admite-que-pode-nao-repor-a-totalidade-dos-cortes-4237302.html (http://www.dn.pt/portugal/interior/antonio-costa-admite-que-pode-nao-repor-a-totalidade-dos-cortes-4237302.html) ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 13:04:06
creio que o lark e o zenith partem do principio que quem recebe este dinheiro

-foi roubado
-ganha pouco
-o pais nao precisa destes cortes, tem alternativas

parte da razao eh serem recebedores do estado, estes tem tratamento diferencial na cabeca sectaria deles
qd o pais rebentar vao assobiar para o lado, como fizeram no passado com a grecia e nao assumir o erro
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 13:08:37
creio que o lark e o zenith partem do principio que quem recebe este dinheiro

-foi roubado
-ganha pouco
-o pais nao precisa destes cortes, tem alternativas

parte da razao eh serem recebedores do estado, estes tem tratamento diferencial na cabeca sectaria deles
qd o pais rebentar vao assobiar para o lado, como fizeram no passado com a grecia, e nao assumir o erro

Nesses dias só vão querer falar de uma crise qualquer no Sudão do Sul, porque isso é que é relevante.

Esquerdalha caviar no seu melhor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 13:08:52
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 13:12:08
o que nos temos eh um pais entre a espada e a parede, entre a realidade e a sua cultura de magia financeira
por mim tomamos a vacina e deixamos o costa rebentar o pais

o PS arrisca-se a falir o pais 2x numa decada, hehe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 13:12:52
o problema e nao saber
´
quando e vao contra a parede >:(

hoje dizem sim amanha dizem nao  enfim

camaradas tem que se decidir de vez
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 13:13:06
creio que o lark e o zenith partem do principio que quem recebe este dinheiro

-foi roubado
-ganha pouco
-o pais nao precisa destes cortes, tem alternativas

parte da razao eh serem recebedores do estado, estes tem tratamento diferencial na cabeca sectaria deles
qd o pais rebentar vao assobiar para o lado, como fizeram no passado com a grecia, e nao assumir o erro

Nesses dias só vão querer falar de uma crise qualquer no Sudão do Sul, porque isso é que é relevante.

Esquerdalha caviar no seu melhor.

Tenho o Neo-Liberal ignorado, mas aparece indirectamente.
O Inc pugna pelo ensino da lógica no secundário e de facto dava muito jeito aos neo-liberais do forum
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 13:15:22
de notar que nos ja temos o record de intervencoes do FMI nas ultimas decadas, temos uma cultura especial
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 13:17:48
o problema e nao saber
´
quando e vao contra a parede >:(

hoje dizem sim amanha dizem nao  enfim

camaradas tem que se decidir de vez

Mas afinal o problema é o calendário ou  o anti-socialismo da medida?
O grande PPC grande arauto do socialismo pos os ricos a pagar e não é que o revisionista do AC quer devolver-lhes o que lhes foi justamente confiscado  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-08 13:28:18
Citar
Comité Central: saiba quem tem nas mãos o Governo de esquerda

São 148 membros, a grande maioria homens e com um peso de 70% de operários. Começou às 11 horas a reunião máxima do Partido Comunista Português. A comissão política do Bloco de Esquerda já deu aval a um Governo liderado pelo PS. Ontem, foi a vez da comissão nacional do PS aprovar o acordo. Hoje ao fim do dia, será a vez dos comunistas dizerem de sua justiça.

O Governo de esquerda está à vista, mas é nas mãos do comité central do PCP que está a decisão final.

texto integral: [url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-08-Comite-Central-saiba-quem-tem-nas-maos-o-Governo-de-esquerda[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-08-Comite-Central-saiba-quem-tem-nas-maos-o-Governo-de-esquerda[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-08 14:00:46
Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?
Não percebo a tua surpresa Zenith. Qualquer pessoa com tendências liberais defende um estado mais pequeno (em funções e em recursos absorvidos), logo os cortes eram uma boa medida. Ideal claro que seria que os cortes fossem permanente ou, melhor ainda, que eliminassem FPs cujo trabalho é inútil, mas mal por mal que ficassem os cortes. Não parece haver nenhuma incoerência no raciocínio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 14:11:42
Qualquer pessoa com tendências liberais tem meter na gaveta liberalismo  porque o sul europa sempre teve estado forte

na democracia.


quem e liberal esta tramado ;)

mais vale ser do grupo que o estado da recurços em troca de nada ;D

Como diz o ditado "Em Roma  se romano"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 14:25:11
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 14:29:15
 medida sensata  era ter empregos

porque o euro e tramado para baixar salarios
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 14:31:09
medida sensata  era ter empregos

porque o euro e tramado para baixar salarios

Estás a propor que o Estado empregue mais gente?  :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 14:34:59
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 14:42:27
qualquer aumento com o euro....pode ser fatal numa recessao


porque nao podem descer os salarios.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 14:49:00
Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?
Não percebo a tua surpresa Zenith. Qualquer pessoa com tendências liberais defende um estado mais pequeno (em funções e em recursos absorvidos), logo os cortes eram uma boa medida. Ideal claro que seria que os cortes fossem permanente ou, melhor ainda, que eliminassem FPs cujo trabalho é inútil, mas mal por mal que ficassem os cortes. Não parece haver nenhuma incoerência no raciocínio.

Eu tenho de explicar tudo tm tim por tintim!!!
O meu 1º post no asunto foi
Citar
Ainda não percebi bem a questão com a reposição dos cortes.
Paradoxalmente os argumentos não focam muito a adequação da medida à situação económica actual, mas incidem mais no facto de que os maiores salários vão ser os maiores beneficiários.

A adequação da medida de reposição foi o que colocaste agora, em que cada um tem a sua opinião. Mas durante alguns dias os argumentos (incluindo tu), focaram o facto de a medida ser injusta uma vez que beneficiava os que mais cortes sofreram ou seja os mais ricos, havendo textos a dizer que iria contribuir para aumento da desigualdade. Ou seja o problema parecia ser não a medida de reposição em si (que vem da campanha), mas o caracter anti-igualdade inerente à sua implementação. Seriam possivelmente argumentos esperados por parte de socialistas ou comunistas mas um pouco surpreendentes vindo de neo-liberais. Essa repentina senda a favor da igualdade só permite concluir que nos ultimos dias muita gente viu a luz do socialismo  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 14:50:44
O TC e  que devolveu os salarios/pensoes  e tal nao Foi?

isto nem e o costa


e o pais...

com este sistema e so aumentar impostos e pedir fiado  :o
http://expresso.sapo.pt/politica/tc-so-aceita-cortes-de-salarios-em-2014-e-2015-e-chumba-corte-nas-pensoes=f886006 (http://expresso.sapo.pt/politica/tc-so-aceita-cortes-de-salarios-em-2014-e-2015-e-chumba-corte-nas-pensoes=f886006)
sso terá de acontecer a partir de 2016, decidiram os juízes, mas tanto este ano como no Orçamento do ano que vem o Executivo pode continuar a reter uma parte dos salários dos trabalhadores do Estado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-08 15:04:59
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 15:09:32
Zenith nos so falamos nisto porque propaganda dos socialistas e defender os pobres

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:12:08
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.

Nos últimos tempos foi quando se viu que isto vai mesmo ser feito.

De resto, se se chama reposição ou não é irrelevante. É um aumento regressivo dirigido aos rendimentos mais elevados de Portugal. É tudo o que é.

Não se trata de assaltar ou não, trata-se simplesmente de favorecer clientelas específicas bem remuneradas -- algo que deveria ir contra a ideologia em causa, mas que aparentemente não incomoda por se dirigir às clientelas "correctas". Diga-se que nem é um fenómeno novo -- já se viu que a essa ideologia não incomodam injustiças, corrupções ou ilegalidades DESDE que favoreçam o público correcto (vide cultura, Sócrates, etc).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:14:15
creio que o lark e o zenith partem do principio que quem recebe este dinheiro

-foi roubado
-ganha pouco
-o pais nao precisa destes cortes, tem alternativas

parte da razao eh serem recebedores do estado, estes tem tratamento diferencial na cabeca sectaria deles
qd o pais rebentar vao assobiar para o lado, como fizeram no passado com a grecia e nao assumir o erro

Sim, isso é evidente até na forma como nunca se viu indignação contra salários ou pensões exagerados dentro do Estado, mesmo sabendo-se que é a população a pagá-los (ricos e pobres) e que intrinsecamente esses preços não diferem do resultado da corrupção normal (mas são formalmente recorrentes, caso pior que a corrupção).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:16:15
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?

O espantoso nisto é mesmo tu, um tipo inteligente, não veres nem problema no exagero dos salários e pensões, nem nas condições dos mesmos (dobro do tempo reformados, horários diferenciados, segurança superior), NEM nas medidas regressivas que favorecem esses salários e pensões na sua reposição.

Em vez disso, vês problemas noutras irrelevâncias quaisquer.

Isso sim é espantoso. Pensa lá nisso durante dois minutos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 15:17:28
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:19:29
o problema e nao saber
´
quando e vao contra a parede >:(

hoje dizem sim amanha dizem nao  enfim

camaradas tem que se decidir de vez

Mas afinal o problema é o calendário ou  o anti-socialismo da medida?
O grande PPC grande arauto do socialismo pos os ricos a pagar e não é que o revisionista do AC quer devolver-lhes o que lhes foi justamente confiscado  ;D

O curioso é mesmo isso. As medidas de cortes foram progressivas e são necessários PCP+BE+PS para reporem o favorecimento dos maiores rendimentos. De reparar que INSISTEM nesse ponto até sobre outros pontos cujo impacto foi mais distribuído. Ou seja, não se trata somente de favorecer os maiores rendimentos, mas também de dar prioridade a esse favorecimento.

Em vez de te opores a isso, curiosamente, achas bem tentar criar irrelevâncias para comentar. É meio surreal, para dizer a verdade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:22:46
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:24:49
Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?
Não percebo a tua surpresa Zenith. Qualquer pessoa com tendências liberais defende um estado mais pequeno (em funções e em recursos absorvidos), logo os cortes eram uma boa medida. Ideal claro que seria que os cortes fossem permanente ou, melhor ainda, que eliminassem FPs cujo trabalho é inútil, mas mal por mal que ficassem os cortes. Não parece haver nenhuma incoerência no raciocínio.

Eu tenho de explicar tudo tm tim por tintim!!!
O meu 1º post no asunto foi
Citar
Ainda não percebi bem a questão com a reposição dos cortes.
Paradoxalmente os argumentos não focam muito a adequação da medida à situação económica actual, mas incidem mais no facto de que os maiores salários vão ser os maiores beneficiários.

A adequação da medida de reposição foi o que colocaste agora, em que cada um tem a sua opinião. Mas durante alguns dias os argumentos (incluindo tu), focaram o facto de a medida ser injusta uma vez que beneficiava os que mais cortes sofreram ou seja os mais ricos, havendo textos a dizer que iria contribuir para aumento da desigualdade. Ou seja o problema parecia ser não a medida de reposição em si (que vem da campanha), mas o caracter anti-igualdade inerente à sua implementação. Seriam possivelmente argumentos esperados por parte de socialistas ou comunistas mas um pouco surpreendentes vindo de neo-liberais. Essa repentina senda a favor da igualdade só permite concluir que nos ultimos dias muita gente viu a luz do socialismo  ;D

Esse é um falso argumento (o inicial). MESMO que se ache que é uma medida economicamente adequada a este momento, a distribuição dos benefícios NÃO teria que estar concentrada nos escalões de rendimento mais elevados (via reposição em vez de outra coisa qualquer).

Sabendo isso, sabemos que o único objectivo é beneficiar especificamente esses escalões.

------

Sobre a medida ser mais equalitária, é de lembrar que muitos dos cortes se focaram em trazer os salários e pensões cortados para valores mais próximos da realidade. Ou seja, a reposição aumenta novamente a irracionalidade dos mesmos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 15:25:54
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego

Não concordo, por várias coisas.
a) Os países onde os salários são mais altos não são socialistas.
b) Portugal não é a Cuba ou a China para ter uma política de salários baixos.
c) Se aumentar o salário mínimo fosse uma coisa muito má, os salários seriam baixos por toda a Europa e não são.
d) Portugal tem tido uma politica de salários baixos e isso não tem feito o desemprego diminuir. 
e) As empresas que não tiverem capacidade de pagar o salário mínimo mais vale fecharem, outras empresas tomarão o seu lugar.
f) Só cerca de 10% de quem está empregado recebe salário mínimo (é só uma parte pequena da população) e acho que a maioria das empresas tem capacidade para pagar, decide é aproveitar-se do salário ser tão baixo para seu bom proveito.
g) O aumento do salário mínimo tb tem benefícios para a economia, por exemplo, aumenta o consumo.
h) O aumento do salário mínimo é sobretudo uma questão de justiça social. Em Portugal, o salário mínimo é demasiado baixo em comparação com outros países da Europa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:28:17
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 15:29:16
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.

800 euros/mês de trabalho efetivo?
E na Espanha e França, como é?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 15:30:19
medida socialista para proteger empregos
quando pais vai falencia.... quase todos tem moeda propria fazem isto.

e forma baixar salario  e protegerem /voltarem a empregar rapido

com euro numa recessao forte  nao querem baixar salario facilmente tem desemprego alto
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 15:31:40
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 15:35:21
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 15:37:58
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.

Nos últimos tempos foi quando se viu que isto vai mesmo ser feito.

De resto, se se chama reposição ou não é irrelevante. É um aumento regressivo dirigido aos rendimentos mais elevados de Portugal. É tudo o que é.

Não se trata de assaltar ou não, trata-se simplesmente de favorecer clientelas específicas bem remuneradas -- algo que deveria ir contra a ideologia em causa, mas que aparentemente não incomoda por se dirigir às clientelas "correctas". Diga-se que nem é um fenómeno novo -- já se viu que a essa ideologia não incomodam injustiças, corrupções ou ilegalidades DESDE que favoreçam o público correcto (vide cultura, Sócrates, etc).

Há uma falta de lógica tremenda.
Houve a promessa de reposição na campanha mas aparentemente esperava-se que o AC na eventualidade de ser PM renegasse a promessa. Até ver ainda não tentou subverter o significado da palavra.
Todos estes argumentos poderiam ter sido apresentados durante a campanha (e talvez levassem uns foristas indecisos a não votar no PS), mas não o foram. Não há nenhum problema em apresenta-los agora, mas dá uma sensação de inutil e desagradavel. Inutil porque eleições já foram e não adianta de nada e desagradavel porque à maneira de um jogo de futebol em que não se ganha (ou perde) pq adversário se meteu à defesa, justifica-se o desaire sugerindo que era obrigação o adversário ter jogado ao ataque :-)
Se alguém acha como o PS ou BE ou PCP devem proceder filiem-se num desses partidos e influenciem por dentro  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:38:22
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego

Não concordo, por várias coisas.
a) Os países onde os salários são mais altos não são socialistas.
b) Portugal não é a Cuba ou a China para ter uma política de salários baixos.
c) Se aumentar o salário mínimo fosse uma coisa muito má, os salários seriam baixos por toda a Europa e não são.
d) Portugal tem tido uma politica de salários baixos e isso não tem feito o desemprego diminuir. 
e) As empresas que não tiverem capacidade de pagar o salário mínimo mais vale fecharem, outras empresas tomaram o seu lugar.
f) Só cerca de 10% de quem está empregado recebe salário mínimo (é só uma parte pequena da população) e acho que a maioria das empresas tem capacidade para pagar, decide é aproveitar-se do salário ser tão baixo para seu bom proveito.
g) O aumento do salário mínimo tb tem benéficos para e economia, por exemplo aumenta o consumo.
h) O aumento do salário mínimo é sobretudo uma questão de justiça social. Em Portugal, o salário mínimo é demasiado baixo em comparação com outros países da Europa.

João, há aí uma série de mitos.

a) Os países onde os salários são mais elevados, têm-nos porque os conseguem pagar mantendo um equilíbrio externo .

b) A China não tem salários baixos por opção e sim porque partiu de um comunismo atroz. Os salários na China estão a aumentar MUITO rapidamente porque a China os pode pagar.

c) Os salários são mais elevados na Europa porque os pode pagar, e não são em Portugal porque não pode. Uma forma fácil de ver isso é o desequilíbrio externo do país. Não é uma opção.

d) Tens que ver as coisas "ceteris paribus". Portugal tem os salários que tem porque só pode pagar esses salários, e quando foram mais elevados tinha desequilíbrio externo. Só pagará salários mais elevados se tiver produção para o fazer e não por opção de salários baixos ou elevados. Isso é demagogia sem sentido económico.

e) As empresas que fecham perdem emprego, as novas só abrem se existirem oportunidades de lucro. Presentemente já há um desemprego elevado (embora em queda), o nível de desemprego vai depender da probabilidade de conseguir lucro, e face à produção possível os salários são um input a determinar se é ou não possível produzir lucro. As empresas não aparecem "porque sim", muito menos as de margens maiores capazes de pagar maiores salários.

f) É verdade que apenas uma pequena parte da população recebe o salário mínimo. Resta saber que parte dessa parte pode deixar de ser viável -- alguma parte será. Resta também saber das possíveis empresas emergentes, quantas são inviabilizadas por um nível mais elevado de SMN. Uma coisa sabemos com probabilidade elevada: um salário mínimo mais elevado tem uma contrapartida em nível de emprego, que só tende a ser facilmente colmatada num país com um superávit para com o exterior. Ou seja, uma Suiça consegue pagar grandes salários mínimos porque tem superávit, Portugal não consegue.

g) Aumentar o consumo se parcialmente dirigido ao exterior não é positivo para uma economia à beira de um desequilíbrio com o exterior (o equilíbrio é recente e frágil).

h) Não, o SMN é essencialmente uma questão económica, bem como o nível de salários em geral. Serem os salários baixos face à Europa é irrelevante, só interessa o desequilíbrio com o exterior. Se o país tiver um déficit grande com o exterior, seja qual for o nível salarial, ele é elevado demais. Existem 3 alternativas nesse ponto, uma directa e duas muito indirectas: A directa é tomar medidas para baixar o rendimento e consumo; as indirectas são a propensão para consumir nacional e aumentar a produção.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 15:39:37
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:42:13
Há muita gente aqui que subitamnete se converteu ao socialismo. Foi uma epifania  ;D

Nem por isso. Se reparares quem aqui estava defendeu cortes progressivos. O que se acha absurdo é agora fazerem-se reposições regressivas precisamente a quem ganha mais.

Aliás é estranho o Lark defender isso, e tu não comentares contra isso (não o defendes abertamente, mas vais fazendo piadas para o lado que se opõe a isto -- o que mostra a tua posição).

Ainda não percebi o que são reposições regressivas. Ou se repõe o que foi cortado, ou então a palavra mais adequada é reajustamento e não reposição. Foi isso que disse no post do Lark, mas parece que não percebeste.
Mas pelo que parece, o AC prometeu prometeu "reposição" na campanha. Se é "reposição" é óbvio que quem mais cortes sofreu mais recebe com reposição. Para já o AC ainda não tentou mudar o significado da palavra.
Embora a promessa venha da campanha, parece que nos últimos dias houve um surto de socialismo no neo-liberalismo tradicional já que há uma tremenda indignação com a possivel implementação de uma medida que beneficia ricos. De resto usar palavra beneficiar  é contraditório com uso da palavra reposição. Esta ultima tem implicito um antecedente e se for reposição total não há nem beneficiados nem prejudicados.

De resto se o AC começasse agora a dizer que as reposições eram parciais e com formula complicada para não favorecer os ricos, os argumentos seriam que o homem já está a negar o que prometeu e mais uma vez a assaltar os ricos.

Nos últimos tempos foi quando se viu que isto vai mesmo ser feito.

De resto, se se chama reposição ou não é irrelevante. É um aumento regressivo dirigido aos rendimentos mais elevados de Portugal. É tudo o que é.

Não se trata de assaltar ou não, trata-se simplesmente de favorecer clientelas específicas bem remuneradas -- algo que deveria ir contra a ideologia em causa, mas que aparentemente não incomoda por se dirigir às clientelas "correctas". Diga-se que nem é um fenómeno novo -- já se viu que a essa ideologia não incomodam injustiças, corrupções ou ilegalidades DESDE que favoreçam o público correcto (vide cultura, Sócrates, etc).

Há uma falta de lógica tremenda.
Houve a promessa de reposição na campanha mas aparentemente esperava-se que o AC na eventualidade de ser PM renegasse a promessa. Até ver ainda não tentou subverter o significado da palavra.
Todos estes argumentos poderiam ter sido apresentados durante a campanha (e talvez levassem uns foristas indecisos a não votar no PS), mas não o foram. Não há nenhum problema em apresenta-los agora, mas dá uma sensação de inutil e desagradavel. Inutil porque eleições já foram e não adianta de nada e desagradavel porque à maneira de um jogo de futebol em que não se ganha (ou perde) pq adversário se meteu à defesa, justifica-se o desaire sugerindo que era obrigação o adversário ter jogado ao ataque :-)
Se alguém acha como o PS ou BE ou PCP devem proceder filiem-se num desses partidos e influenciem por dentro  ;D

Não há qualquer falta de lógica. INDEPENDENTEMENTE de qualquer  promessa ou de qualquer nome ("reposição"), o efectivar dessa promessa como sendo uma reposição efectiva é um aumento regressivo de rendimento dirigido aos rendimentos mais elevados e por vezes até a classes específicas (e só a esses/essas).

Tal como se prometessem massacrar ciganos, independentemente de ser uma promessa, o resultado do cumprimento da promessa seria um massacre de ciganos.

De notar que sempre se defendeu aqui:
* Os cortes;
* E a sua não reposição.

Portanto não se percebe a parte de dizeres que isso deveria ser dito antes da campanha. Sempre o foi (tendo eu inclusive criticado o Passos Coelho por ter iniciado o processo!). Agora a questão é porque é que determinado público de esquerda não parece ver a regressividade da coisa e a apoia incondicionamente, como tu pareces fazer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 15:42:33
qq pessoa que sabe do que fala tambem sabe que aumentar o salario minimo numa altura de elevado desemprego eh uma parvoice pegada
mas whatever, somos o pais do pensamento magico. abaixo a politica de salarios baixos ! viva a revolucao camaradas !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 15:46:55
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?

O espantoso nisto é mesmo tu, um tipo inteligente, não veres nem problema no exagero dos salários e pensões, nem nas condições dos mesmos (dobro do tempo reformados, horários diferenciados, segurança superior), NEM nas medidas regressivas que favorecem esses salários e pensões na sua reposição.

Em vez disso, vês problemas noutras irrelevâncias quaisquer.

Isso sim é espantoso. Pensa lá nisso durante dois minutos.

Nunca argumentei aqui contra ou favor dos cortes contra ou a favor da reposição, porque nunca analisei os dados todos que me permitam chegar a uma conclusão irrefutável.
O que me choca aqui é uma argumentação fora de tempo, como uma entrada fora de tempo no futebol, com argumentos ad-hoc para cada momento, quando isso era promessa eleitoral, e houve semanas ou meses para os expor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:47:42
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.

800 euros/mês de trabalho efetivo?
E na Espanha e França, como é?

João, tens que fazer as contas para cada país, levando em conta o número de salários, número de meses de trabalho efectivo e quaisquer contribuições que incidam sobre os salários em excesso destes.

Mas uma coisa é importante compreender: é irrelevante como é em Espanha ou França, porque o empregador apenas pode comparar o que espera de lucro bruto da criação do novo posto de trabalho versus o custo que tem em o criar. Pouco lhe interessa como funcionaria essa equação em Espanha ou França. O que sabemos, agregado, é que a equação se traduz também depois em níveis de emprego e em desequilíbrio/equilíbrio externo.

-------

Já agora, Espanha teve um processo de correcção dos seus desequilíbrios externos similar ao Português, França nem tanto mas o desequilíbrio externo ainda parece pequeno. A posição Espanhola é parecida com a Portuguesa, actualmente.

-------

Outra nota: eu não estou a dizer que não se possa subir o SMN, também. Estou a dizer é que não é uma coisa óbvia e sempre positiva, se efectuada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:50:01
tretas

ele disse fazia aumentos progressivos durante anos  como psd/cds dizia devolvia em 2019



agora da tudo num ano

Os argumentos mudam de hora a hora.
Afinal o grande problema é o caracter anti-socialista da reposição ou a compressão temporal na implementação da medida?

O espantoso nisto é mesmo tu, um tipo inteligente, não veres nem problema no exagero dos salários e pensões, nem nas condições dos mesmos (dobro do tempo reformados, horários diferenciados, segurança superior), NEM nas medidas regressivas que favorecem esses salários e pensões na sua reposição.

Em vez disso, vês problemas noutras irrelevâncias quaisquer.

Isso sim é espantoso. Pensa lá nisso durante dois minutos.

Nunca argumentei aqui contra ou favor dos cortes contra ou a favor da reposição, porque nunca analisei os dados todos que me permitam chegar a uma conclusão irrefutável.
O que me choca aqui é uma argumentação fora de tempo, como uma entrada fora de tempo no futebol, com argumentos ad-hoc para cada momento, quando isso era promessa eleitoral, e houve semanas ou meses para os expor.

Zenith a posição sobre os cortes e possível reposição precede até qualquer campanha eleitoral. Aliás, como disse, até aqui existiram críticas ao Passos Coelho por iniciar a reposição.

Não são críticas ao Passos Coelho eventualmente subir salários no sector público, nota, talvez até em linha com o retomar da subida de salários em Portugal. São sim críticas a dirigir esse tipo de aumentos ao Estado e dentro do Estado, a salários onde existia legítima possibilidade de serem desequilibrados à partida (como a história das educadoras de infância em topo de carreira).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 15:50:17
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 15:51:21
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

ai nao? o que eh isto?

g) O aumento do salário mínimo tb tem benéficos para e economia, por exemplo aumenta o consumo.

mas acima de tudo pensa na pergunta dos 2000 euros, aumentar para 600 euros tem desvantagens
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 15:54:00
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

A noção de que uma subida do SMN conduz a maior justiça social, mesmo ignorando o desemprego, não é óbvia.

Se existir um Chinês a ganhar 300 EUR/mês para fazer 100 camisas, e um Português que faz as mesmas 100 ganhando 500 EUR quando os outros Portugueses todos ganham 600 EUR (para fazer outras coisas), não é óbvio que exista maior "justiça social" em esse Português ganhar 600 EUR em vez de 500. Nem é óbvio que mantenha o emprego, claro, mas aqui estamos a ignorar isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-08 15:54:38
É brutal pensar numa margem bruta de, por exemplo, 65%.

Salário mínimo de 600 x 14 meses + 23.75% da SS = custo anual de 10.395€ (vamos ignorar seguro de trabalho, inspecções médicas, formações obrigatórias e outros custos).

10.395 / 65% = 15.992€ / ano. Estas são as vendas que têm de se fazer a mais para justificar um trabalhador novo a ganhar 600€ brutos mensais.

Se for uma empresa de retalho, com venda directa ao público, essas vendas nem são 15.992€ mas sim com +23% de IVA. Ou seja, 19.670€ por ano, 1.639€ por mês (e é dividindo por 12 meses - o trabalhador de uma loja, por exemplo, trabalha 11 meses pelo que o aumento mensal até tem de ser superior).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 15:56:37
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

ai nao? o que eh isto?

g) O aumento do salário mínimo tb tem benefícios para e economia, por exemplo aumenta o consumo.

mas acima de tudo pensa na pergunta dos 2000 euros, aumentar para 600 euros tem desvantagens

Lê as outras alíneas que escrevi.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 16:02:03
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 16:06:02
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



Não significa que o Soares dos Santos perceba todas as implicações, nem sequer que exista uma política de salários baixos (que não existe -- como tu disseste só uma fracção dos salários são SMN, e o resto é estabelecido num mercado razoavelmente livre e não dirigido).

Isso da política dos salários baixos é:
* Um mito, em parte;
* Uma consequência da falta de liberalismo económico, do peso do Estado e regulamentação, do nível relativo de retorno e risco entre ser-se trabalhador e empregado, da educação, e mil e um outros factores.

Ou seja, a existir uma "política de salários baixos e desemprego elevado", ela é uma política difusa defendida pela generalidade da população via as opções que defende para o resto. Por exemplo, a dificuldade em despedir é, intrinsecamente, uma "política dos salários baixos e desemprego elevado" pois promove maior dificuldade de adaptação das empresas, maior risco em crescer, menor produtividade, etc. Tudo isso contibuiu para menores retornos do investimento e menor competitividade. O que contribui para menos emprego e menores salários.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 16:06:40
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".

Argumento acerca de quê? Apenas posso confessar que não consigo ler entrelinhas. Se ao se insurgirem contra a assimetria nos aumentos sem mencionar BE, PS ou PCP, mas depois dizem que aquilo que os chocava embora não explicito  não era a assimetria em si mas o facto de serem esses partidos a promover essas medidas, não tenho conhecimento pessoal dos autores para opinar acerca do que estavam exactamente a pensar quando escreveram da primeira ou segunda vez.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 16:08:46
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

A noção de que uma subida do SMN conduz a maior justiça social, mesmo ignorando o desemprego, não é óbvia.

Se existir um Chinês a ganhar 300 EUR/mês para fazer 100 camisas, e um Português que faz as mesmas 100 ganhando 500 EUR quando os outros Portugueses todos ganham 600 EUR (para fazer outras coisas), não é óbvio que exista maior "justiça social" em esse Português ganhar 600 EUR em vez de 500. Nem é óbvio que mantenha o emprego, claro, mas aqui estamos a ignorar isso.

O que é óbvio é que há pelo menos 10% da população que vive com o salário mínimo em condições não muito dignas e que ficará contente por receber mais um pouco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 16:08:59
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".

Argumento acerca de quê? Apenas posso confessar que não consigo ler entrelinhas. Se ao se insurgirem contra a assimetria nos aumentos sem mencionar BE, PS ou PCP, mas depois dizem que aquilo que os chocava embora não explicito  não era a assimetria em si mas o facto de serem esses partidos a promover essas medidas, não tenho conhecimento pessoal dos autores para opinar acerca do que estavam exactamente a pensar quando escreveram da primeira ou segunda vez.

Não estranhas tu próprio que seja a esquerda a implementar medidas de aumento da desigualdade, favorecimento dos rendimentos mais elevados e favorecimento de classes específicas? Chame-se-lhe o que se quiser, diga-se que foi promessa ou não, objectivamente aquela medida é exactamente isso -- e isso com força, diga-se.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 16:11:07
joao, porque nao aumentar para 2000 euros? os efeitos de q falas seriam ainda maiores

Essa comparação é idiota. Ninguém fala em aumentar para 2000 euros. Fala-se em aumentar para 600 euros até ao fim da legislatura.

nao eh uma comparacao, nao sabes ler?

estou simplesmente a ler os teus argumentos e a pensar que com 2000 euros seria tudo ainda melhor !! mais consumo e tudo o resto de que falas
ou nao concordas com o fim da politica de salarios baixos ?

Acho que não leste bem o que escrevi. Não defendi o aumento do salário mínimo por fazer bem à economia. Disse que o aumento do salário mínimo tratava-se sobretudo de justiça social. E disse tb que um aumento do salário mínimo para 600 euros até ao fim da próxima legislatura não fazia tão mal à economia como alguns argumentam.

A noção de que uma subida do SMN conduz a maior justiça social, mesmo ignorando o desemprego, não é óbvia.

Se existir um Chinês a ganhar 300 EUR/mês para fazer 100 camisas, e um Português que faz as mesmas 100 ganhando 500 EUR quando os outros Portugueses todos ganham 600 EUR (para fazer outras coisas), não é óbvio que exista maior "justiça social" em esse Português ganhar 600 EUR em vez de 500. Nem é óbvio que mantenha o emprego, claro, mas aqui estamos a ignorar isso.

O que é óbvio é que há pelo menos 10% da população que vive com o salário mínimo em condições não muito dignas e que ficará contente por receber mais um pouco.

O "não muito dignas" é relativo. E certamente que ficarão contentes. E ainda assim, não sabes se é uma coisa positiva, pois podes ter 2-3-4% da população a viver em condições piores do que essas porque no passado se levou o SMN até esses níveis.

Portanto "não é óbvio". Além disso os Chineses, Indianos e afins também são pessoas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 16:19:15
"politica de salarios baixos" implica que alguem quer salarios baixos, que eh tudo uma questao de vontade politica, de maldade, egoismo, ideologia

pois entao que subam os ordenados 1000%, vamos ser todos ricos camaradas!! viva a politica de salarios altos !!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 16:22:48
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 16:27:54
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".

Argumento acerca de quê? Apenas posso confessar que não consigo ler entrelinhas. Se ao se insurgirem contra a assimetria nos aumentos sem mencionar BE, PS ou PCP, mas depois dizem que aquilo que os chocava embora não explicito  não era a assimetria em si mas o facto de serem esses partidos a promover essas medidas, não tenho conhecimento pessoal dos autores para opinar acerca do que estavam exactamente a pensar quando escreveram da primeira ou segunda vez.

Não estranhas tu próprio que seja a esquerda a implementar medidas de aumento da desigualdade, favorecimento dos rendimentos mais elevados e favorecimento de classes específicas? Chame-se-lhe o que se quiser, diga-se que foi promessa ou não, objectivamente aquela medida é exactamente isso -- e isso com força, diga-se.

Não entendo o que adianta eu estranhar ou não. Se antes das eleições estranho e não gosto não voto neles. Se não for militante é a maneira mais diecta de expressar a não concordância.

Agora não sendo militante, seria um pouco ridiculo vir depois das eleições pregar sermões do tipo "vcs prometeram isso e estão a cumprir mas reparem que isso é contrário às vossas raizes ideologicas e por isso devem renegar as promessas". Seria como treinador de futebol dizer ao de um clube rival que  táctica deve adoptar no embate entre ambos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 16:35:04
Camarada esta mal habituado

Se eu votar num maoista radical

e depois o tipo fosse Neoliberal  era motivo para motim revoluçionario com purgas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 16:40:13
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



Leste esta parte:

Citar
O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 16:44:50
aumentar salarios por decreto  com euro.....


sabendo euro  nao desvaloriza numa recessao e mau desempregados


mete salario minimo a 900 euros e ve quanto vao contratar e despedir


querem aumentar proditividade paguem premios  de rendimento produtividade,  assiduidade etc e dificil  ???





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-08 17:01:32
O valor do SMN é como a dificuldade dos exames em disciplinas da universidade (ou secundário) . Se for demasiado fácil (baixo) leva ao desinteresse pelo estudo, falas ás aulas etc. Se for demasiado dificil, é chumbaria e abandono.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 17:03:27
Sempre a fugir às perguntas...tipico de esquerdalha caviar.

OK 600

PORQUE NAO 2000 ?????

Respondam de uma vez nao sejam timidos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 17:05:35
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



Leste esta parte:

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O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.


a solucao eh melhorar a economia, nao eh comecar a casa pelo telhado
ja olhaste bem para o nosso desemprego?

se 600 eh bom porque nao 2000? ainda mais motivacao e menos absentismo, nao ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 17:37:42
uma medidas socialistas  que se faz quando paises rebentam e dar cabo moeda para proteger empregos


com salarios mais altos vais destruir empregos

olha para gregos  desemprego  ja chegou 20% e 30%

fora euro nunca ia ser assim

eles nao baixam salario minimo nem fazem liberalizaçao mais moeda forte  = desastre desemprego

Não concordo, por várias coisas.
a) Os países onde os salários são mais altos não são socialistas.
b) Portugal não é a Cuba ou a China para ter uma política de salários baixos.
c) Se aumentar o salário mínimo fosse uma coisa muito má, os salários seriam baixos por toda a Europa e não são.
d) Portugal tem tido uma politica de salários baixos e isso não tem feito o desemprego diminuir. 
e) As empresas que não tiverem capacidade de pagar o salário mínimo mais vale fecharem, outras empresas tomarão o seu lugar.
f) Só cerca de 10% de quem está empregado recebe salário mínimo (é só uma parte pequena da população) e acho que a maioria das empresas tem capacidade para pagar, decide é aproveitar-se do salário ser tão baixo para seu bom proveito.
g) O aumento do salário mínimo tb tem benefícios para a economia, por exemplo, aumenta o consumo.
h) O aumento do salário mínimo é sobretudo uma questão de justiça social. Em Portugal, o salário mínimo é demasiado baixo em comparação com outros países da Europa.
a) Claro que não, em países socialistas não há economia que suporte salários altos. Slaários demasiado altos para a economia é que originam menor crescimento económico e piores salários (e/ou maior desemprego) no futuro.
b) Blá, blá, blá (Cuba tem salários ridiculamente baixos fruto do falhanço total do socialismo. A China era uma país muito pobre. Nas últimas décadas, a liberalização económica permitiu-lhe um crescimento espectacular e uma subida de salários como em nenhum outro país.
c) Tem que se ter em conta a economia de cada país. Mil euros não é muito para a Alemanha, 200 seria uma enormidade para a India. E existem muitos países europeus com fraco crescimento e grandes problemas de competitividade.
d) Política de salários baixos? São mais baixos do que nums países, maiores do que noutros. Curiosamente, comparando com o que é mais semelhante, temos salário mínimo muito menor do que na Grécia ou na Espanha e curiosamente temos menos desemprego do que esses países.
e) Pensa bem no que escreveste. Em Portugal temos um flagelo de falta de emprego. Temos muitos portugueses que gostariam de trabalhar e não têm emprego. Precisamos que surjam novas empresas e ao mesmo tempo de maximizar o número de existentes que se mantem. Neste momento, quanto mais emprego melhor (claro que, se daqui a uns anos tivermos desemprego baixo, nessa altura haverá concorrÊncia maior pelos trabalhadores e estes, não sendo burros, irão para onde tiverem melhores retribuições)
f) Era assim há uns anos, agora são mais.
E tens também que ter em conta que as empresas necessitam de diferenciar. Um pasteleiro de 2ª tem que ganhar mais do que um ajudante de pasteleiro e um chefe pasteleiro mais do que o pasteleiro de 2ª. A influência do ordenado mínimo é maior do que parece.
g) Aumento do consumo significa também mais importações. Isso poderá ser saudável em países com grande superavit externo (como a Alemanha) não em países com grande endividamento externo (do estado, dos particulares e das empresas)
h) Claro que era agradável termos salários mais elevados, mas primeiro temos que melhorar a economia. Bons salários são o resultado de uma economia saudável e produtiva. E, neste momento, parece-me mais urgente reduzir o desemprego do que melhorar os salários. Quem fala em justiça social também não deveria ter dúvidas quanto a isso.
Já me parece menos negativa a intenção do Costa criar um mecanismo que permita uma melhoria do rendimento de quem tem salários mais baixos.


É improdutivo ter que rebater listas de afirmações como estas. Uma ou outra podem ser questões discutíveis, mas muitas representam ignorância quanto a noções básicas de economia.

Nota: O Inc já tinha respondido. Duplamente improdutivo. Duplo perder tempo.
É clássico que o problema principal do aumento do SM é o aumento do desemprego. E que o aumento do consumo provoca desequilíbrios externos.
É mesmo discutível a existência de um SM. Memso que se admita que sim, o seu aumento deve ser considerado apenas em períodos de baixo desemprego.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 17:46:23
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Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



Leste esta parte:

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O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.


a solucao eh melhorar a economia, nao eh comecar a casa pelo telhado
ja olhaste bem para o nosso desemprego?

se 600 eh bom porque nao 2000? ainda mais motivacao e menos absentismo, nao ?


Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 17:56:08
eu axo errado andarem a decretar o salario minimo quando

nao tem moeda propria


euro+decreto= desemprego

ate parece desemprego e baixo. hoje e 13%  martelada

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 18:07:04
Uma medida sensata proposta pelo PS é o aumento do salário mínimo.

Não é necessariamente sensata. O salário mínimo actual já é maior do que parece (é quase 800 EUR/mês de trabalho efectivo, mais se levadas em conta outras obrigatoriedades), e o desemprego pode ter já uma componente estrutural devido a isso. Se isso for assim (e é difícil determinar se é ou não), então aumentar o salário mínimo tem potencial para aumentar o problema. Principalmente se simultaneamente castigarem ainda mais os recibos verdes (que já estão expostos a medidas draconianas mesmo presentemente).

Quando se pensa sobre o salário mínimo, é preciso pensar que presentemente já só é possível pagá-lo a postos de trabalho que gerem mais de 800 EUR/mês de margem. Já não é uma margem assim tão baixa, a que tem que ser vencida.

800 euros/mês de trabalho efetivo?
E na Espanha e França, como é?

E no Luxemburgo? E na Noruega? e no Qatar? E em MArte? E na Etiópia? E na ìndia? E em Marrocos?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 18:09:51
Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.

não te escondas atrás do pai... 2000 euros é incomportável porque?

600 é justo? SO????????????????? porque nao 1000? 750?? 1500??

onde é que anda o break-even nessa cabeçinha???

Vamos esquerdalha caviar que nunca criou 1 posto de trabalho a pagar 100 euros por mes quanto mais 600....onde anda esse break even...vamos não sejam timidos!!!!!!!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 18:14:11
É brutal pensar numa margem bruta de, por exemplo, 65%.

Salário mínimo de 600 x 14 meses + 23.75% da SS = custo anual de 10.395€ (vamos ignorar seguro de trabalho, inspecções médicas, formações obrigatórias e outros custos).

10.395 / 65% = 15.992€ / ano. Estas são as vendas que têm de se fazer a mais para justificar um trabalhador novo a ganhar 600€ brutos mensais.

Se for uma empresa de retalho, com venda directa ao público, essas vendas nem são 15.992€ mas sim com +23% de IVA. Ou seja, 19.670€ por ano, 1.639€ por mês (e é dividindo por 12 meses - o trabalhador de uma loja, por exemplo, trabalha 11 meses pelo que o aumento mensal até tem de ser superior).

E não são vendas (para venderes tens que comprar o produto/matéria-prima).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 18:14:47
A conversa tornou-se ridícula.
Só falta proporem a redução do SMN para 350 euros, com o custo de vida a ficar cada vez mais caro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 18:20:44
quando se mostra numeros a conversa fica ridicula  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 18:27:19
Zenith,

Anulação dos cortes anteriormente efectuados = mais despesa do estado em salários. Facto.

Nota-se, contudo, que esses gastos superiores do estado vão favorecer os que ganham mais, uma vez que foram esses que tiveram cortes superiores. Facto

O que se tem discutido é a estranheza por esta medida, atendendo a que vem do partido socialista, BE e PCP, pseudo-defensores dos pobres.

Um liberal nunca poderia dizer, ah e tal, eu concordo com o aumento da despesa mas não era para estes que ganham mais. Um liberal nunca ia defender aumento de despesa, apenas estranha que esse aumento seja distribuído aos mais ricos vindo de onde vem (a ti é que parece não te incomodar - imagino a gritaria que seria se fosse a PAF a fazer uma coisa destas).

As coisas eram ditas com ar tão sério e chocado que era dificil discernir ironia.
Na próxima coloquem uns bonecos de rir  ;D

E um argumento, Zenith? Ao fazeres essa resposta evitaste responder seja ao que for, o que é triste.

Já agora, não existiria gritaria se a PaF fizesse isso a favor de um público favorecido pela esquerda. A gritaria só ocorreria se feita a favor da população em geral, ou pior ainda, se feita ao país "ex-Estado".

Argumento acerca de quê? Apenas posso confessar que não consigo ler entrelinhas. Se ao se insurgirem contra a assimetria nos aumentos sem mencionar BE, PS ou PCP, mas depois dizem que aquilo que os chocava embora não explicito  não era a assimetria em si mas o facto de serem esses partidos a promover essas medidas, não tenho conhecimento pessoal dos autores para opinar acerca do que estavam exactamente a pensar quando escreveram da primeira ou segunda vez.

Não estranhas tu próprio que seja a esquerda a implementar medidas de aumento da desigualdade, favorecimento dos rendimentos mais elevados e favorecimento de classes específicas? Chame-se-lhe o que se quiser, diga-se que foi promessa ou não, objectivamente aquela medida é exactamente isso -- e isso com força, diga-se.

Não entendo o que adianta eu estranhar ou não. Se antes das eleições estranho e não gosto não voto neles. Se não for militante é a maneira mais diecta de expressar a não concordância.

Agora não sendo militante, seria um pouco ridiculo vir depois das eleições pregar sermões do tipo "vcs prometeram isso e estão a cumprir mas reparem que isso é contrário às vossas raizes ideologicas e por isso devem renegar as promessas". Seria como treinador de futebol dizer ao de um clube rival que  táctica deve adoptar no embate entre ambos.

Afinal qual é a tua posição sobre a coisa?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 18:29:03
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



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O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.


a solucao eh melhorar a economia, nao eh comecar a casa pelo telhado
ja olhaste bem para o nosso desemprego?

se 600 eh bom porque nao 2000? ainda mais motivacao e menos absentismo, nao ?


Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.


O dono de uma cadeia de supermercados pode enganar-se (embora seja difícil).
O dono de uma cadeia de supermercados pode querer ser popular.
O dono de uma cadeia de supermercados tem concorrentes que também terão que pagar esse mesmo SM (não é um exportador que perderá competitividade)
É sabido que o Pingo Doce até paga acima do SM, o que significa que até será menos atingido pela medida do que a concorrência (estão a ver porque é que o primeiro ponto era difícil...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 18:32:26
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Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



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O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.


a solucao eh melhorar a economia, nao eh comecar a casa pelo telhado
ja olhaste bem para o nosso desemprego?

se 600 eh bom porque nao 2000? ainda mais motivacao e menos absentismo, nao ?


Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.


O problema dos 600 EUR, ou 500, não é somente os empregos que podem ser eliminados. Esse é o menor problema de todos. O principal problema são os empregos que nunca chegam a surgir devido a isso (por não ser económico criá-los).

A "política de salários baixos" basicamente não existe (já expliquei atrás).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 18:33:14
A conversa tornou-se ridícula.
Só falta proporem a redução do SMN para 350 euros, com o custo de vida a ficar cada vez mais caro.

Não é ridícula. Há países sem SM,

O que digo é que quando a Troika chegou a Portugal o SM (e os outros, claro) deveria ter sido reduzido. Evitar-se-iam falências e despedimentos.

E digo que agora a prioridade é criar emprego, não aumentar salários. Cada coisa a seu tempo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 18:34:58
Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.

não te escondas atrás do pai... 2000 euros é incomportável porque?

600 é justo? SO????????????????? porque nao 1000? 750?? 1500??

onde é que anda o break-even nessa cabeçinha???

Vamos esquerdalha caviar que nunca criou 1 posto de trabalho a pagar 100 euros por mes quanto mais 600....onde anda esse break even...vamos não sejam timidos!!!!!!!!!

AD, na prática o João até é do PSD. Deixa lá essa cena da esquerdalha.

O problema é que as ideias que o João está a passar são senso comum em Portugal, apesar de incrivelmente mal informadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 18:35:46
quando troika entrou portugal o euro estava acima 1.30

hoje esta 1.08


ja foi cortado  ficou mais competitivo  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 18:35:55
quando se mostra numeros a conversa fica ridicula  :D

Ninguém mostrou nenhum número que indique que aumentar o SMN para 600 euros ao fim de 4 anos provoque desemprego.

Não vai provavelmente provocar desemprego, até porque só 10% da população recebe isso. E provavelmente grande parte dessas empresas vão suportar o aumento do SMN. Aliás, não se vê nenhum dono de uma empresa alarmado por causa do aumento do SMN.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 18:36:57
A conversa tornou-se ridícula.
Só falta proporem a redução do SMN para 350 euros, com o custo de vida a ficar cada vez mais caro.

Ninguém está a propor coisa nenhuma, só te estão a dizer:
* Que não é linear o SMN mais elevado ser positivo.
* Coisa que de resto tu sabes, porque rejeitaste logo os 2000 EUR.
* E que não existe uma política de salários baixos. Pelo contrário ainda recentemente foi necessário baixar os rendimentos (salários) das pessoas porque existia um desequilíbrio externo, mostrando que os rendimentos e consumo (e endividamento) eram elevados demais!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 18:39:53
quando se mostra numeros a conversa fica ridicula  :D

Ninguém mostrou nenhum número que indique que aumentar o SMN para 600 euros ao fim de 4 anos provoque desemprego.

Não vai provavelmente provocar desemprego, até porque só 10% da população recebe isso. E provavelmente grande parte dessas empresas vão suportar o aumento do SMN. Aliás, não se vê nenhum dono de uma empresa alarmado por causa do aumento do SMN.

O emprego destruído é o menor dos problemas (como disse acima).

Pensa sempre que quanto maior o SMN maior a fasquia que um negócio tem que superar para contratar uma pessoa. Logo algum impacto existe sempre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 18:43:59
porque querem fazer decreto para 4 anos


daqui 4 anos euro esta cotado a quanto?

portugal esta recessao ou crescimento?

eu nao sei

mas fazem decretos  para proximos 4 anos mexem com vida pessoas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 18:44:35
quando se mostra numeros a conversa fica ridicula  :D


Ninguém mostrou nenhum número que indique que aumentar o SMN para 600 euros ao fim de 4 anos provoque desemprego.

Não vai provavelmente provocar desemprego, até porque só 10% da população recebe isso. E provavelmente grande parte dessas empresas vão suportar o aumento do SMN. Aliás, não se vê nenhum dono de uma empresa alarmado por causa do aumento do SMN.


Mas tu já falaste com os empresários todos?
Porque não crias postos de trabalho a pagar 600 euros/mês?
Achas que não existe relação nenhuma entre o desemprego estrutural em Portugal que está acima dos 10% - o dobro de sociedades capitalista liberais, algumas que nem salário mínimo têm?

O facto de haver 10% a receber o SMN é falso.

http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html (http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html)
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Os trabalhadores a ganhar o salário mínimo nacional (505 euros brutos por mês) são um contingente com 674 mil pessoas. Pesam cerca 19,6% no total de empregados por conta de outrem e têm vindo sempre a aumentar. Os dados são de 2014, do Ministério da Economia, mas foram compilados e disponibilizados ontem pela Pordata.

“Em 2014, a percentagem de trabalhadores por conta de outrem com salário mínimo nacional subiu mais de sete pontos percentuais em relação a 2013, estando agora nos 20%”, sublinhou o portal de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, num comunicado enviado às redacções.

Segundo a metainformação da Pordata, esta percentagem incide sobre o número de empregados por conta de outrem no continente, tal como é categorizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Ora, fazendo a conta aos 19,6% de um total de 3,4 milhões de trabalhadores por conta de outrem registados no ano passado em Portugal continental, verifica-se que são quase 700 mil os que ganham o salário mínimo. Segundo apurou o Diário Económico, cerca de 30 mil trabalham no universo das Administrações Públicas.

Um dos motivos para a forte subida da incidência da retribuição mínima terá sido a actualização do seu valor, depois de ter estado desde 2011 nos 485 euros. Com esta medida, muitos trabalhadores que anteriormente não seriam contabilizados nesta categoria, passaram a ser.

De acordo com o INE, que não dispõe de dados sobre o salário mínimo mas antes sobre escalões de rendimentos, havia no ano passado mais de um milhão de pessoas a receber entre 310 e 600 euros líquidos mensais. São 29,9% do total de trabalhadores por conta de outrem. No segundo trimestre deste ano esta proporção manteve-se praticamente inalterada, nos 28,2%.

O aumento do salário mínimo é um dos pontos que está a ser negociado entre PS, BE e PCP, com os comunistas a defenderem um aumento para os 600 euros já em 2016.

Alojamento e restauração pagam mais salários mínimos
Aquele que tem sido um dos sectores de maior dinamismo na saída da crise é, ao mesmo tempo, um dos que mais recorre ao salário mínimo nacional: o turismo. No ano passado, mais de um em cada quatro trabalhadores por conta de outrem no sector do alojamento e restauração ganhava a retribuição mínima mensal.

“Destaca-se o sector do alojamento e restauração”, frisa a Pordata, acrescentando que neste sector a incidência da retribuição mínima mensal verifica-se em 26% dos casos. Desde pelo menos 2001 que este é o sector com maior percentagem de trabalhadores com salário mínimo.

Já o sector da electricidade e gás “destaca-se pela positiva com 0,1% do trabalhadores por conta de outrem” a receberem 505 euros brutos mensais, em 2014, nota ainda o portal de dados. Desde 2001 que sempre foi este o sector de actividade com menos assalariados a receber o mínimo estabelecido por lei.


Porque é que achas que nos últimos anos subimos de 5% a ganhar o SMN para segundo esta notícia 20%? Puxa pela cabeça...faz um esforço.

Adivinha o que irá acontecer a esta malta se subirmos 20% ao SMN!!!???

Uns vão ficar felizes a pensar que tiveram mais uma vitória contra os patrões.

Outros vão para casa beneficiar do subsídio de desemprego.

AVANTE CAMARADA!!!!!!!!!!!!!!


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 18:46:34
The Case for a Higher Minimum Wage
 
“If a meteor ever smashes the earth,” Molly Ball, of The Atlantic, tweeted on Wednesday, “there will still be 2 economists arguing whether minimum wage laws kill jobs.” More than two, I would say. For the past twenty years, studying the impact of minimum-wage increases has been a growth industry. One extensive review of the literature cited more than a hundred and sixty studies, and that was published in 2007. By now, we may well be approaching the two-hundred mark. And it’s still a contentious issue. Some economists say minimum-wage laws are harmful; others say they aren’t.

When experts disagree like this, it’s tempting to throw your hands up and say, “Who knows?” In this instance, though, there’s no need to despair. While the labor economists and econometricians are still arguing about which of their many studies can be relied upon, there are quite a few things about minimum wages, and their impact on the economy, that we know for sure. Taken together, these things amply justify raising the minimum wage, as President Obama called for in his State of the Union address.

The first statement we can make without fear of contradiction is that, at $7.25 an hour, the current minimum wage is pretty low. In nominal dollars, it’s gone up quite a bit over the past twenty-five years. In 1978, it was $2.65; in 1991, it was $4.25. But these figures don’t take into account rising prices, which eat away at purchasing power. After adjusting for inflation, the minimum wage is about $3.30 less than it was in 1968. Back then—forty-five years ago—the minimum wage was $10.56 an hour, according to a very useful chart from CNNMoney.

(http://cnnmoneytalkback.files.wordpress.com/2013/02/chart-minimum-wage-ee55a9a.jpg?w=614&h=412)

We also know that the U.S. minimum wage is low compared to its counterparts in other advanced countries. In France and Ireland, for example, the minimum remuneration level is more than eleven dollars an hour. Even in Great Britain, which is usually regarded as a country with a flexible, U.S.-style labor market, it is close to ten dollars an hour. Another informative chart, this one from Business Insider, shows that the U.S. minimum wage is comparable to ones in places like Greece, Spain, and Slovenia—countries where G.D.P. per capita and labor productivity are markedly lower than here in the United States. We have an advanced economy but a middle-level minimum wage.

(http://static5.businessinsider.com/image/4d49b7774bd7c89d29110000/chart-minimum-wages-feb-2011.jpg)

A second important and (largely) undisputed finding is that there is no obvious link between the minimum wage and the unemployment rate. During the nineteen sixties, when the minimum wage was raised sharply, unemployment rates were sharply lower than they were in the nineteen eighties, when the real value of the minimum wage fell dramatically. If you look across the states, some of which set a minimum wage above the federal minimum, you can’t see any sign of higher rates leading to higher unemployment. In Nevada, where the national minimum of $7.25 an hour applies, the jobless rate is 10.2 per cent. In Vermont, where the minimum wage is $8.60 an hour, the unemployment rate is 5.1 per cent. What these figures tell us is that other factors, such as the overall state of the economy and how local industries are doing, matter a lot more for employment than the level of the minimum wage does.

Now, this doesn’t mean that changes in minimum wages don’t affect employment at all. Other things being equal, they can obviously have an impact. Faced with a rise in their wage bills, some employers may choose to employ fewer workers. But this happens much less often than some elementary textbooks (and many neoclassical economists) would suggest. When the minimum wage goes up, many firms that employ low-wage workers simply pass on the higher costs to the customers in higher prices. (Since many of their competitors face an identical rise in costs, they don’t necessarily lose any business.) Other firms work their employees harder or give them more training, to increase their productivity. Even in academic studies that do show higher minimum wages having a negative impact on employment, the effect is generally a small one, and it is usually confined to teen-agers and unskilled workers.

As is—or as should be—well known, there are also a number of studies that show minimum-wage laws having no effect at all on employment, and even some studies showing a small positive effect. Since Berkeley’s David Card and Princeton’s Alan Krueger (who is now chairman of the Council of Economic Advisors) carried out their famous survey of New Jersey fast-food restaurants, two decades ago, and a found a slight increase in employment following a rise in the minimum wage, an enormous amount of effort has been put into discrediting their results, which many orthodox economists saw as a violation of fundamental economic laws. (If the price goes up, the quantity demanded must fall!) But this effort has largely failed. For whatever reason, minimum-wage laws just don’t seem to affect employment very much. This finding applies not just to studies carried out in the United States but to those done in the United Kingdom, Australia, and other countries, too.


In short, the potential costs of raising the minimum wage are small. But what about the potential benefits? For somebody who works a forty-hour week, and earns the minimum wage of $7.25, setting the rate at nine dollars would increase his or her annual salary from $15,080 to $18,720, which would be enough to push the person’s work income above the poverty threshold for a family of three. The numbers of people involved are far from insignificant. According to the White House fact sheet, some fifteen million workers would immediately receive a substantial pay rise. In addition, as employers reacted to the new law, many folks who currently earn a bit more than the minimum wage would also see their wages raised. Lawrence Mishel, the president of the liberal Economic Policy Institute, reckons that raising the rate to nine dollars would ultimately benefit twenty-one million workers, and boost overall wages by more than twenty billion dollars a year.


There is no truth in the suggestion that most of the beneficiaries would be high-school kids working at McDonalds on weekends for beer money. A study that the Employment Policy Institute published last summer said nearly nine out of ten workers who would benefit from a rise in the minimum wage are at least twenty years old. More than half of them work full time; over a third are married; more than a quarter are parents. More women than men would be among them: about fifty-five per cent of minimum-wage workers are female. In addition, most of the beneficiaries would be Caucasian. According to the E.P.I.’s tabulations, 56.1 per cent of those affected would be non-Hispanic white workers, 23.6 per cent would be Hispanic, 14.2 per cent would be black, and 6.1 per cent would be Asian or another race. To be sure, Obama’s “rainbow coalition” would benefit from a higher minimum wage, but so would many white working stiffs.

Because a good number of the people who would benefit are second earners, or third earners, in families that earn more than fifty thousand dollars a year—roughly the median household income—it is often argued that raising the minimum-wage laws is an inefficient way of tackling poverty and near-poverty. (Time’s Christopher Matthews, in making this argument, points out that Paul Krugman also used to make it in his pre-firebrand days.) The arithmetic cannot be denied. If your only goal is raising the after-tax income of the lowest-paid workers, it costs fewer dollars to do it via an income-support program, such as the Earned Income Tax Credit.

However, that doesn’t justify keeping the minimum wage where it is. In the current political and budget environment, there is little chance of pushing through another hike in income-support programs. Raising the minimum wage pushes the burden onto corporations and consumers, and it could also have some broader ramifications. After decades of wage stagnation, virtually everybody agrees that increasing the incomes of middle-class families is a top priority. Putting a higher floor under wages won’t solve the problem, but it can be part of the process of transitioning to a high-wage, high-productivity economy. When workers are paid more, they tend to work harder, and quit less readily. Firms, knowing they can’t simply rely on low wages, have an incentive to invest in new equipment and training programs. All of these things can boost productivity, which is the lynchpin of prosperity.

Finally, there is the moral issue. (Prior to the twentieth century, economics was considered a “moral science.”) With the decline of trade unions and the spread of aggressive management techniques, low-paid workers now have little bargaining power and few legal protections. Only the government can ensure that they receive a living wage. “Even with the tax relief we’ve put in place,” President Obama noted in his speech, “a family with two kids that earns the minimum wage still lives below the poverty line. That’s wrong.” And he’s right.

new yorker (http://www.newyorker.com/news/daily-comment/the-case-for-a-higher-minimum-wage)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 18:53:46
Minimum Wage Economics

I’m doing this kind of backwards, writing about the politics first. But I wanted to have my intellectual ducks — or rather, my lucky duckies — in a row before taking on the economics. And while I was grubbing around, Mike Konczal produced the perfect post summing it all up.

So what should you know? First, as John Schmitt (pdf anexo) documents at length, there just isn’t any evidence that raising the minimum wage near current levels would reduce employment. And this is a really solid result, because there have been a *lot* of studies. We can argue about exactly why the simple Econ 101 story doesn’t seem to work, but it clearly doesn’t — which means that the supposed cost in terms of employment from seeking to raise low-wage workers’ earnings is a myth.

Second — and this is news to me — the usual notion that minimum wages and the Earned Income Tax Credit are competing ways to help low-wage workers is wrong. On the contrary, raising the minimum wage is a way to make the EITC work better, ensuring that its benefits go to workers rather than getting shared with employers. This actually is Econ 101, but done right: given a second-best world in which you use imperfect tools to help deserving workers, two tools together can produce a better outcome than either one on its own.

So a minimum wage increase isn’t some kind of counsel-of-despair way to help workers a bit in a dysfunctional political scene (although there’s that too); it’s actually good policy.

krugman (http://krugman.blogs.nytimes.com/2013/02/16/minimum-wage-economics/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 18:56:30
Lark o  que  pensas do euro  salario minimo e recessao   juntos?


a grecia tem salario minimo maior USA e desemprego gigante
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-08 18:59:51
quando troika entrou portugal o euro estava acima 1.30

hoje esta 1.08


ja foi cortado  ficou mais competitivo  ;D

Isso é verdade. mas como o nosso comércio externo é principalmente intra-UE acaba por não ser muito.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 19:03:34
ajuda dar  cabo concorrencia   os suiços que o digam ;)

e ganha competividade para virem novas empresas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 19:07:20
The Case for a Higher Minimum Wage
 
“If a meteor ever smashes the earth,” Molly Ball, of The Atlantic, tweeted on Wednesday, “there will still be 2 economists arguing whether minimum wage laws kill jobs.” More than two, I would say. For the past twenty years, studying the impact of minimum-wage increases has been a growth industry. One extensive review of the literature cited more than a hundred and sixty studies, and that was published in 2007. By now, we may well be approaching the two-hundred mark. And it’s still a contentious issue. Some economists say minimum-wage laws are harmful; others say they aren’t.

When experts disagree like this, it’s tempting to throw your hands up and say, “Who knows?” In this instance, though, there’s no need to despair. While the labor economists and econometricians are still arguing about which of their many studies can be relied upon, there are quite a few things about minimum wages, and their impact on the economy, that we know for sure. Taken together, these things amply justify raising the minimum wage, as President Obama called for in his State of the Union address.

The first statement we can make without fear of contradiction is that, at $7.25 an hour, the current minimum wage is pretty low. In nominal dollars, it’s gone up quite a bit over the past twenty-five years. In 1978, it was $2.65; in 1991, it was $4.25. But these figures don’t take into account rising prices, which eat away at purchasing power. After adjusting for inflation, the minimum wage is about $3.30 less than it was in 1968. Back then—forty-five years ago—the minimum wage was $10.56 an hour, according to a very useful chart from CNNMoney.

([url]http://cnnmoneytalkback.files.wordpress.com/2013/02/chart-minimum-wage-ee55a9a.jpg?w=614&h=412[/url])

We also know that the U.S. minimum wage is low compared to its counterparts in other advanced countries. In France and Ireland, for example, the minimum remuneration level is more than eleven dollars an hour. Even in Great Britain, which is usually regarded as a country with a flexible, U.S.-style labor market, it is close to ten dollars an hour. Another informative chart, this one from Business Insider, shows that the U.S. minimum wage is comparable to ones in places like Greece, Spain, and Slovenia—countries where G.D.P. per capita and labor productivity are markedly lower than here in the United States. We have an advanced economy but a middle-level minimum wage.

([url]http://static5.businessinsider.com/image/4d49b7774bd7c89d29110000/chart-minimum-wages-feb-2011.jpg[/url])

A second important and (largely) undisputed finding is that there is no obvious link between the minimum wage and the unemployment rate. During the nineteen sixties, when the minimum wage was raised sharply, unemployment rates were sharply lower than they were in the nineteen eighties, when the real value of the minimum wage fell dramatically. If you look across the states, some of which set a minimum wage above the federal minimum, you can’t see any sign of higher rates leading to higher unemployment. In Nevada, where the national minimum of $7.25 an hour applies, the jobless rate is 10.2 per cent. In Vermont, where the minimum wage is $8.60 an hour, the unemployment rate is 5.1 per cent. What these figures tell us is that other factors, such as the overall state of the economy and how local industries are doing, matter a lot more for employment than the level of the minimum wage does.

Now, this doesn’t mean that changes in minimum wages don’t affect employment at all. Other things being equal, they can obviously have an impact. Faced with a rise in their wage bills, some employers may choose to employ fewer workers. But this happens much less often than some elementary textbooks (and many neoclassical economists) would suggest. When the minimum wage goes up, many firms that employ low-wage workers simply pass on the higher costs to the customers in higher prices. (Since many of their competitors face an identical rise in costs, they don’t necessarily lose any business.) Other firms work their employees harder or give them more training, to increase their productivity. Even in academic studies that do show higher minimum wages having a negative impact on employment, the effect is generally a small one, and it is usually confined to teen-agers and unskilled workers.

As is—or as should be—well known, there are also a number of studies that show minimum-wage laws having no effect at all on employment, and even some studies showing a small positive effect. Since Berkeley’s David Card and Princeton’s Alan Krueger (who is now chairman of the Council of Economic Advisors) carried out their famous survey of New Jersey fast-food restaurants, two decades ago, and a found a slight increase in employment following a rise in the minimum wage, an enormous amount of effort has been put into discrediting their results, which many orthodox economists saw as a violation of fundamental economic laws. (If the price goes up, the quantity demanded must fall!) But this effort has largely failed. For whatever reason, minimum-wage laws just don’t seem to affect employment very much. This finding applies not just to studies carried out in the United States but to those done in the United Kingdom, Australia, and other countries, too.


In short, the potential costs of raising the minimum wage are small. But what about the potential benefits? For somebody who works a forty-hour week, and earns the minimum wage of $7.25, setting the rate at nine dollars would increase his or her annual salary from $15,080 to $18,720, which would be enough to push the person’s work income above the poverty threshold for a family of three. The numbers of people involved are far from insignificant. According to the White House fact sheet, some fifteen million workers would immediately receive a substantial pay rise. In addition, as employers reacted to the new law, many folks who currently earn a bit more than the minimum wage would also see their wages raised. Lawrence Mishel, the president of the liberal Economic Policy Institute, reckons that raising the rate to nine dollars would ultimately benefit twenty-one million workers, and boost overall wages by more than twenty billion dollars a year.


There is no truth in the suggestion that most of the beneficiaries would be high-school kids working at McDonalds on weekends for beer money. A study that the Employment Policy Institute published last summer said nearly nine out of ten workers who would benefit from a rise in the minimum wage are at least twenty years old. More than half of them work full time; over a third are married; more than a quarter are parents. More women than men would be among them: about fifty-five per cent of minimum-wage workers are female. In addition, most of the beneficiaries would be Caucasian. According to the E.P.I.’s tabulations, 56.1 per cent of those affected would be non-Hispanic white workers, 23.6 per cent would be Hispanic, 14.2 per cent would be black, and 6.1 per cent would be Asian or another race. To be sure, Obama’s “rainbow coalition” would benefit from a higher minimum wage, but so would many white working stiffs.

Because a good number of the people who would benefit are second earners, or third earners, in families that earn more than fifty thousand dollars a year—roughly the median household income—it is often argued that raising the minimum-wage laws is an inefficient way of tackling poverty and near-poverty. (Time’s Christopher Matthews, in making this argument, points out that Paul Krugman also used to make it in his pre-firebrand days.) The arithmetic cannot be denied. If your only goal is raising the after-tax income of the lowest-paid workers, it costs fewer dollars to do it via an income-support program, such as the Earned Income Tax Credit.

However, that doesn’t justify keeping the minimum wage where it is. In the current political and budget environment, there is little chance of pushing through another hike in income-support programs. Raising the minimum wage pushes the burden onto corporations and consumers, and it could also have some broader ramifications. After decades of wage stagnation, virtually everybody agrees that increasing the incomes of middle-class families is a top priority. Putting a higher floor under wages won’t solve the problem, but it can be part of the process of transitioning to a high-wage, high-productivity economy. When workers are paid more, they tend to work harder, and quit less readily. Firms, knowing they can’t simply rely on low wages, have an incentive to invest in new equipment and training programs. All of these things can boost productivity, which is the lynchpin of prosperity.

Finally, there is the moral issue. (Prior to the twentieth century, economics was considered a “moral science.”) With the decline of trade unions and the spread of aggressive management techniques, low-paid workers now have little bargaining power and few legal protections. Only the government can ensure that they receive a living wage. “Even with the tax relief we’ve put in place,” President Obama noted in his speech, “a family with two kids that earns the minimum wage still lives below the poverty line. That’s wrong.” And he’s right.

new yorker ([url]http://www.newyorker.com/news/daily-comment/the-case-for-a-higher-minimum-wage[/url])


Os EUA têm um salário mínimo baixo e um desemprego baixo, o debate é diferente do Português. Embora também tenham um desequilíbrio externo, mas:
* Têm dólares que o mundo aceita.
* E o desemprego baixo significa que o SMN não é um factor, e também não o será no bolo dos salários.

Penso que ninguém tem dúvidas de que o SMN pode ser negativo a ALGUM nível. A questão foca-se em a que nível. Enquanto tivermos um desemprego elevado, não podemos ter a certeza desse nível se situar acima de onde o SMN está, presentemente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 19:16:58
Porque é que achas que nos últimos anos subimos de 5% a ganhar o SMN para segundo esta notícia 20%? Puxa pela cabeça...faz um esforço.

Adivinha o que irá acontecer a esta malta se subirmos 20% ao SMN!!!???

Uns vão ficar felizes a pensar que tiveram mais uma vitória contra os patrões.

Outros vão para casa beneficiar do subsídio de desemprego.

AVANTE CAMARADA!!!!!!!!!!!!!!

Gosto do Avante Camarada, mas não deve ser para mim.

Em vez de dizeres para os outros puxarem pela cabeça, vai meter a tua no forno, para ver se explode.

Falta-te alguma tolerância para ler opiniões diferentes da tua.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 19:17:41
The Capitalist’s Case for a $15 Minimum Wage

The fundamental law of capitalism is that if workers have no money, businesses have no customers. That’s why the extreme, and widening, wealth gap in our economy presents not just a moral challenge, but an economic one, too. In a capitalist system, rising inequality creates a death spiral of falling demand that ultimately takes everyone down.

Low-wage jobs are fast replacing middle-class ones in the U.S. economy. Sixty percent of the jobs lost in the last recession were middle-income, while 59 percent of the new positions during the past two years of recovery were in low-wage industries that continue to expand such as retail, food services, cleaning and health-care support. By 2020, 48 percent of jobs will be in those service sectors.

Policy makers debate incremental changes for arresting this vicious cycle. But perhaps the most powerful and elegant antidote is sitting right before us: a spike in the federal minimum wage to $15 an hour.

True, that sounds like a lot. When President Barack Obama called in February for an increase to $9 an hour from $7.25, he was accused of being a dangerous redistributionist. Yet consider this: If the minimum wage had simply tracked U.S. productivity gains since 1968, it would be $21.72 an hour -- three times what it is now.

CULTIVATING CONSUMERS

Traditionally, arguments for big minimum-wage increases come from labor unions and advocates for the poor. I make the case as a businessman and entrepreneur who sees our millions of low-paid workers as customers to be cultivated and not as costs to be cut.

Here’s a bottom-line example: My investment portfolio includes Pacific Coast Feather Co., one of the largest U.S. manufacturers of bed pillows. Like many other manufacturers, pillow-makers are struggling because of weak demand. The problem comes down to this: My annual earnings equal about 1,000 times the U.S. median wage, but I don’t consume 1,000 times more pillows than the average American. Even the richest among us only need one or two to rest their heads at night.

An economy such as ours that increasingly concentrates wealth in the top 1 percent, and where most workers must rely on stagnant or falling wages, isn’t a place to build much of a pillow business, or any other business for that matter.

Raising the minimum wage to $15 an hour would inject about $450 billion into the economy each year. That would give more purchasing power to millions of poor and lower-middle-class Americans, and would stimulate buying, production and hiring.

Studies by the Economic Policy Institute show that a $15 minimum wage would directly affect 51 million workers and indirectly benefit an additional 30 million. That’s 81 million people, or about 64 percent of the workforce, and their families who would be more able to buy cars, clothing and food from our nation’s businesses.

This virtuous cycle effect is described in the research of economists David Card and Alan Krueger (the current chairman of the White House Council of Economic Advisers) showing that, contrary to conventional economic orthodoxy, increases in the minimum wage increase employment. In 60 percent of the states that raised the minimum wage during periods of high unemployment, job growth was faster than the national average.

Some business people oppose an increase in the minimum wage as needless government interference in the workings of the market. In fact, a big increase would substantially reduce government intervention and dependency on public assistance programs.

FEDERAL BENEFITS

No one earning the current minimum wage of about $15,000 per year can aspire to live decently, much less raise a family. As a result, almost all workers subsisting on those low earnings need panoply of taxpayer-supported benefits, including the earned income tax credit, food stamps, Medicaid or housing subsidies. According to the Congressional Budget Office, the federal government spent $316 billion on programs designed to help the poor in 2012.

That means the current $7.25 minimum wage forces taxpayers to subsidize Wal-Mart Stores Inc. and other large employers, effectively socializing their labor costs. This is great for Wal-Mart and its shareholders, but terrible for America. It is both unjust and inefficient.

A higher minimum wage would also make low-income families less dependent on government programs: The CBO report shows that the federal government gives about $8,800 in annual assistance to the lowest-income households but only $4,000 to households earning $35,500, which would be about the level of earnings of a worker making $15 an hour.

An objection to a significant wage increase is that it would force employers to shed workers. Yet the evidence points the other way: Workers earn more and spend more, increasing demand and helping businesses grow.

Critics of raising the minimum wage also say it will lead to more outsourcing and job loss. Yet virtually all of these low-wage jobs are service jobs that can neither be outsourced nor automated.

Raising the earnings of all American workers would provide all businesses with more customers with more to spend. Seeing the economy as Henry Ford did would redirect our country toward a high-growth future that works for all.

bloomberg / Nicolas Hanauer (http://www.bloombergview.com/articles/2013-06-19/the-capitalist-s-case-for-a-15-minimum-wage)

o problema de alguns que dizem defender o capitalismo, é que acabam por ser os que mais o enterram.
como se explica acima.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 19:20:19
quando se mostra numeros a conversa fica ridicula  :D

Ninguém mostrou nenhum número que indique que aumentar o SMN para 600 euros ao fim de 4 anos provoque desemprego.

Não vai provavelmente provocar desemprego, até porque só 10% da população recebe isso. E provavelmente grande parte dessas empresas vão suportar o aumento do SMN. Aliás, não se vê nenhum dono de uma empresa alarmado por causa do aumento do SMN.

O emprego destruído é o menor dos problemas (como disse acima).

Pensa sempre que quanto maior o SMN maior a fasquia que um negócio tem que superar para contratar uma pessoa. Logo algum impacto existe sempre.

Pode-se criar melhores condições para a abertura de novas empresas, por exemplo, dando benefícios fiscais, isso já é feito com multinacionais que vêm para cá.

Se uma empresa não tem condições para pagar o SMN, mais vale fechar portas. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 19:25:58
The Case for a Higher Minimum Wage
By THE EDITORIAL BOARD

The political posturing over raising the minimum wage sometimes obscures the huge and growing number of low-wage workers it would affect. An estimated 27.8 million people would earn more money under the Democratic proposal to lift the hourly minimum from $7.25 today to $10.10 by 2016. And most of them do not fit the low-wage stereotype of a teenager with a summer job. Their average age is 35; most work full time; more than one-fourth are parents; and, on average, they earn half of their families’ total income.

None of that, however, has softened the hearts of opponents, including congressional Republicans and low-wage employers, notably restaurant owners and executives.

This is not a new debate. The minimum wage is a battlefield in a larger political fight between Democrats and Republicans — dating back to the New Deal legislation that instituted the first minimum wage in 1938 — over government’s role in the economy, over raw versus regulated capitalism, over corporate power versus public needs.

gráfico anexo

But the results of the wage debate are clear. Decades of research, facts and evidence show that increasing the minimum wage is vital to the economic security of tens of millions of Americans, and would be good for the weak economy. As Congress begins its own debate, here are answers to some basic questions about the need for an increase.

WHAT’S THE POINT OF THE MINIMUM WAGE? Most people think of the minimum wage as the lowest legal hourly pay. That’s true, but it is really much more than that. As defined in the name of the law that established it — the Fair Labor Standards Act of 1938 — the minimum wage is a fundamental labor standard designed to protect workers, just as child labor laws and overtime pay rules do. Labor standards, like environmental standards and investor protections, are essential to a functional economy. Properly set and enforced, these standards check exploitation, pollution and speculation. In the process, they promote broad and rising prosperity, as well as public confidence.

The minimum wage is specifically intended to take aim at the inherent imbalance in power between employers and low-wage workers that can push wages down to poverty levels. An appropriate wage floor set by Congress effectively substitutes for the bargaining power that low-wage workers lack. When low-end wages rise, poverty and inequality are reduced. But that doesn’t mean the minimum wage is a government program to provide welfare, as critics sometimes imply in an attempt to link it to unpopular policies. An hourly minimum of $10.10, for example, as Democrats have proposed, would reduce the number of people living in poverty by 4.6 million, according to widely accepted research, without requiring the government to tax, borrow or spend.

IS THERE AN ALTERNATIVE? No. Other programs, including food stamps, Medicaid and the earned-income tax credit, also increase the meager resources of low-wage workers, but they do not provide bargaining power to claim a better wage. In fact, they can drive wages down, because employers who pay poorly factor the government assistance into their wage scales. This is especially true of the earned-income tax credit, a taxpayer-provided wage subsidy that helps lift the income of working families above the poverty line.

Conservatives often call for increases to the E.I.T.C. instead of a higher minimum wage, saying that a higher minimum acts as an unfair and unwise tax on low-wage employers. That’s a stretch, especially in light of rising corporate profits even as pay has dwindled. It also ignores how the tax credit increases the supply of low-wage labor by encouraging more people to work, holding down the cost of labor for employers. By one estimate, increasing the tax credit by 10 percent reduces the wages of high-school educated workers by 2 percent.

There are good reasons to expand the tax credit for childless workers, as President Obama recently proposed. It is a successful antipoverty program and a capstone in the conservative agenda to emphasize work over welfare. But an expanded E.I.T.C. is no reason to stint on raising the minimum wage — just the opposite. A higher minimum wage could help offset the wage-depressing effect of a bolstered E.I.T.C., and would ensure that both taxpayers and employers do their part to make work pay.

HOW HIGH SHOULD IT BE? There’s no perfect way to set the minimum wage, but the most important benchmarks — purchasing power, wage growth and productivity growth — demonstrate that the current $7.25 an hour is far too low. They also show that the proposed increase to $10.10 by 2016 is too modest.

The peak year for the minimum wage was 1968, when its purchasing power was nearly $9.40 in 2013 dollars, as shown in the accompanying chart. Since then, the erosion caused by inflation has obviously overwhelmed the increases by Congress. Even a boost to $10.10 an hour by 2016 (also adjusted to 2013 dollars) would lift the minimum to just above its real value in 1968. So while it is better than no increase, it is hardly a raise.

The situation is worse when the minimum wage is compared with the average wages of typical American workers, the ones with production and nonsupervisory jobs in the private sector. From the mid-1960s to the early 1980s, when one full-time, full-year minimum wage job could keep a family of two above the poverty line, the minimum equaled about half of the average wage. Today, it has fallen to one-third; to restore it to half would require nearly $11 an hour, a better goal than $10.10.

The problem is that the average wage, recently $20.39 an hour, has also stagnated over the past several decades, despite higher overall education levels for typical workers and despite big increases in labor productivity. People are working harder and churning out more goods and services, but there’s no sign of that in their paychecks. If the average wage had kept pace with those productivity gains, it would be about $36 an hour today, and the minimum wage, at half the average, would be about $18.

That is not to suggest that the hourly minimum wage could be catapulted from $7.25 to $18. A minimum of $18 would be untenable with the average hovering in the low $20s. But it does confirm that impersonal market forces are not the only, or even the primary, reason for widespread wage stagnation. Flawed policies and changing corporate norms are also to blame, because they have allowed the benefits of productivity gains to flow increasingly to profits, shareholder returns and executive pay, instead of workers’ wages.

DOES IT KILL JOBS? The minimum wage is one of the most thoroughly researched issues in economics. Studies in the last 20 years have been especially informative, as economists have been able to compare states that raised the wage above the federal level with those that did not.

The weight of the evidence shows that increases in the minimum wage have lifted pay without hurting employment, a point that was driven home in a recent letter to Mr. Obama and congressional leaders, signed by more than 600 economists, among them Nobel laureates and past presidents of the American Economic Association.

That economic conclusion dovetails with a recent comprehensive study, which found that minimum wage increases resulted in “strong earnings effects” — that is, higher pay — “and no employment effects” — that is, zero job loss.

Evidence, however, does not stop conservatives from making the argument that by raising the cost of labor, a higher minimum wage will hurt businesses, leading them to cut jobs and harming the low-wage workers it is intended to help. Alternatively, they argue it will hurt consumers by pushing up prices precipitously. Those arguments are simplistic. Research and experience show that employers do not automatically cope with a higher minimum wage by laying off workers or not hiring new ones. Instead, they pay up out of savings from reduced labor turnover, by slower wage increases higher up the scale, modest price increases or other adjustments.

Which brings the debate over raising the minimum wage full circle. The real argument against it is political, not economic. Republican opposition will likely keep any future increase in the minimum wage below a level that would constitute a firm wage floor, though an increase to $10.10 an hour would help tens of millions of workers. It also would help the economy by supporting consumer spending that in turn supports job growth. It is not a cure-all; it is not bold or innovative. But it is on the legislative agenda, and it deserves to pass.

nyt / editorial (http://www.nytimes.com/2014/02/09/opinion/sunday/the-case-for-a-higher-minimum-wage.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 19:30:08
desculpem os lençois mas não faz sentido estar a escrever eu, se há quem exponha a questão mil vezes melhor do que eu...
espero que estes artigos contribuam para o debate.
há um pfd anexo muito interessante, num deles.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 19:34:29
João-D,
és secretamente um agente infiltrado do PCP?

tinha noção que estavas à direita no espectro político.
pergunto isto porque já te estão a chamar nomes e 'esquerda caviar' e coiso.

na minha opinião, diria que continuas no espaço do espectro político que eu julgava - centro direita.

mas há pessoal que está a clamar que és um perigoso comunista.

podes esclarecer?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 19:34:36
e dizem PSD e direita  lol

Joao e PSD  e muitos dizem o mesmo


para direita um emprego e sempre bom

lark eu bem te disse PSD portugal era igual ao SPD alemao  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 19:39:45
e dizem PSD e direita  lol

Joao e PSD  e muitos dizem o mesmo


para direita um emprego e sempre bom

O PSD considera-se a si próprio direita.
sabes de alguma coisa que eles não saibam?
ou estás num lugar que qualquer posição à tua esquerda é comunista?
é que seres de extrema direita não transforma o PSD, que está à tua esquerda, em esquerda.
A tua posição não é exactamente o centro do mundo político.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 19:41:56
e o que dizem....

maioria do PSD concorda com o Joao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 19:46:41
Os EUA têm um salário mínimo baixo e um desemprego baixo, o debate é diferente do Português. Embora também tenham um desequilíbrio externo, mas:
* Têm dólares que o mundo aceita.
* E o desemprego baixo significa que o SMN não é um factor, e também não o será no bolo dos salários.

Penso que ninguém tem dúvidas de que o SMN pode ser negativo a ALGUM nível. A questão foca-se em a que nível. Enquanto tivermos um desemprego elevado, não podemos ter a certeza desse nível se situar acima de onde o SMN está, presentemente.


Não é assim tão baixo. 7,25$ por hora, dá 58$ em 8 horas vezes 22 dias dá 1276$, +/- 1187 euros.
Embora eles recebam à semana e acho que lá tb pouca gente recebe o SMN.
Conheço quem trabalhou nos EUA nas obras e que ganhava bem mais do que duas vezes esse valor.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 19:51:10
entao e baixo  se quase nimguem o recebe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 19:51:30
Citar
Soares dos Santos: política de salários baixos é errada
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/soares-dos-santos-politica-de-salarios-baixos-e-errada-2247329.html[/url])



se 600 eh bom, 2000 euros eh melhor ! nao sejam timidos, camaradas !



Leste esta parte:

Citar
O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.

Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".


Tem pelo menos em teoria alguma lógica. Trabalhadores mais satisfeitos com o seu salário, poderão produzir mais.

Acho bem que se cometa a grande pequena loucura de aumentar o salário para 600 euros em 4 anos e depois verificar se isso trouxe mais produtividade ou não.


a solucao eh melhorar a economia, nao eh comecar a casa pelo telhado
ja olhaste bem para o nosso desemprego?

se 600 eh bom porque nao 2000? ainda mais motivacao e menos absentismo, nao ?


Não faz sentido falar de 2000 euros. 600 euros é suportável, 2000 não é suportável.

Não é por o SMN aumentar para 600 euros que o desemprego vai aumentar. Só cerca de 10% da população empregada recebe o SMN.
Trata-se de dar alguma justiça social a essas pessoas.

Se até o dono de uma grande cadeia de supermercados (Pingo Doce), que contrata supostamente vários trabalhadores menos qualificados, acha errado uma politica de salários baixos, porque isso "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos", então é porque quase todas as industrias e sectores poderão aguentar facilmente o aumento do SMN proposto pela esquerda.


dizes que aumentar o salario minimo em 20% eh comportavel
mas os 12% de desemprego nao parecem concordar contigo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 19:53:26
entretanto, no pais das politicas de salarios elevados e dos amigos dos pobres
http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-10-16/venezuela-raises-minimum-wage-30-it-s-still-only-13-a-month (http://www.bloomberg.com/news/articles/2015-10-16/venezuela-raises-minimum-wage-30-it-s-still-only-13-a-month)
After 30% Hike, Venezuela's Minimum Wage Is Just $13 a Month

(so para provocar os amigos dos pobres)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:02:21
estrategia da esquerda em portugal eh mais ou menos esta :

-destruir a economia com impostos para dar grandes rendimentos a quem recebe mama do estado
-queixarem-se da pobreza e dos desempregados resultantes, aumentarem os rendimentos dos pobres por decreto, taxar mais
-oops tb nao resultou, agora vamos baixar os lucros por decreto e taxar o capital mais
-iaiaiai, tb nao resultou! agora estamos todos pobres e miseraveis, foram os alemaes e os mercados !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 20:04:39
estrategia da esquerda em portugal eh mais ou menos esta :

-destruir a economia com impostos para dar grandes rendimentos a quem recebe mama do estado
-queixarem-se da pobreza e dos desempregados resultantes, aumentarem os rendimentos dos pobres por decreto, taxar mais
-oops tb nao resultou, agora vamos baixar os lucros por decreto e taxar o capital mais
-iaiaiai, tb nao resultou! agora estamos todos pobres e miseraveis, foram os alemaes e os mercados !

e a merkel q não manda dinheiro! Nazi!!!!!!!!!!!!!! FASCISTA!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 20:05:39
estrategia da esquerda em portugal eh mais ou menos esta :

-destruir a economia com impostos para dar grandes rendimentos a quem recebe mama do estado
-queixarem-se da pobreza e dos desempregados resultantes, aumentarem os rendimentos dos pobres por decreto, taxar mais
-oops tb nao resultou, agora vamos baixar os lucros por decreto e taxar o capital mais
-iaiaiai, tb nao resultou! agora estamos todos pobres e miseraveis, foram os americanos e os mercados !

olha lá...
em vez de estares para aí aos berros - parece que a situação política em portugal te meteu num frenesi nevrótico imparável - porque é que não vais alinhavando alguns argumentos? deixei aí muito material.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 20:09:14
ok, este tópico parece um comício.
está uma cacofonia que ninguém se entende...
é melhor deixar acalmar...
neo, berra aí até te cansares.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:10:20
CAMARADAS !!! VIVA A REVOLUCAO !!!!  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 20:10:42
viver a pala dos alemaes eh o grande plano economico do BE e PCP
na grecia tb tentaram

viver à pala não...receber a justa remuneração pelos danos de guerra que a alemanha provocou em portugal....

Toda gente sabe que foram aproximadamente 200 kM€. (bate certo com dívida pública?? épa coincidências... isso foi um estudo sério do jornal avante com o francisco louçã)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:13:05
CAMARADAS, COMECOU UMA NOVA ERA PARA OS TRABALHADORES !


-----------
Comité Central do PCP confirma "posição conjunta do PS e PCP"

O secretário-geral do PCP anunciou neste domingo que o Comité Central do partido “confirmou os termos da posição conjunta do PS e PCP sobre a solução política enviada ao PS”.

Jerónimo de Sousa garante que se trata de uma “solução duradoura na perspetiva da legislatura”. Ou seja, com vista aos quatro anos de duração habitual da legislatura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 20:15:04
(http://www.festadoavante.pcp.pt/sites/default/files/images/2012/galerias/mini-20120909_comicio_festa_avante_2012_13.JPG)
Vitoria DO POVO
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:16:39
vai ser lindo!!! os gajos vao-se matar uns aos outros, ehhe.
so espero que o cavaco nao destrua a diversao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 20:22:49
vai ser lindo!!! os gajos sao se matar uns aos outros, ehhe.
so espero que o cavaco nao destrua a diversao

continuo sem perceber essa agitação. isto era um outcome esperado há uma pipa de tempo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 20:27:54
PS e PCP  a governar


desde  PREC  nunca mais  se viu   emocoes  paixoes traicoes a flor pele 


epa vai ser lindo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:32:51
vai ser lindo!!! os gajos sao se matar uns aos outros, ehhe.
so espero que o cavaco nao destrua a diversao

continuo sem perceber essa agitação. isto era um outcome esperado há uma pipa de tempo.

L

eh como o natal, eu fico sempre excitado como uma crianca !!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 20:39:07
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 20:46:04
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas

já fiz...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 21:08:11
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas

O governo ainda não existe formalmente, mas neste tópico, em menos de dois dias, já lhe assinaram a certidão de óbito, incineraram o cadáver, e deitaram as cinzas no Atlântico. Tudo no meio de uma delirante e alarve festança onde parecem não faltar alucinogéneos. A "esquerdalha caviar" (tm) deve bater mesmo forte.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 21:22:24
porque a esquerda unida nao existe

o existe governo social democrata e comunistas



e mesma coisa  partido Uniao por um Movimento Popular   "Sarkozy" se fosse unir Frente Nacional  (le pen)por um acordo favor euro da europa imigraçao etc

era uniao direita nao existe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 21:35:39
porque a esquerda unida nao existe

o existe governo social democrata e comunistas



e mesma coisa  partido Uniao por um Movimento Popular   "Sarkozy" se fosse unir Frente Nacional  (le pen)por um acordo favor euro da europa imigraçao etc

era uniao direita nao existe

Não é por causa disso, é por corresponder ao cenário que os "médicos legistas" desejariam que acontecesse na realidade.

Ainda há milhentas variáveis desconhecidas, e, certo, uma enorme incerteza sobre como vai funcionar a dinâmica governativa entre os quatro partidos, mas aqui no fórum já se sabe de tudo com se fosse história passada.

Eu tenho a certeza de que vai haver uma infinidade de problemas no eventual novo governo de esquerda (nem sequer coloco a hipótese de não haver---e alguns deles provavelmente graves a ponto de colocarem em cheque os acordos). Não tenho é nenhuma acerca de como vão ser ultrapassados.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-08 21:37:46
Citar
Habemus acordum

por Henrique Monteiro, em 08.11.15
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 21:38:23
Sobre o número de pessoas a receber o SMN, as noticias são contraditórias.
Nesta noticia diz que em 2013, 11,7% recebia o SMN e que em 2012, 12,7% recebia o SMN.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/quantos-trabalhadores-recebem-o-salario-minimo-nao-se-sabe-ao-certo=f865074 (http://expresso.sapo.pt/sociedade/quantos-trabalhadores-recebem-o-salario-minimo-nao-se-sabe-ao-certo=f865074)
Nesta noticia, a Comissão Europeia disse que 12,9% dos portugueses recebia o SMN em 2014.
http://www.dn.pt/economia/interior/numero-de-portugueses-com-salario-minimo-triplica-desde-inicio-da-crise-4424356.html (http://www.dn.pt/economia/interior/numero-de-portugueses-com-salario-minimo-triplica-desde-inicio-da-crise-4424356.html)
Esse valor parece estar de acordo com os outros valores.
Mas nesta noticia a Pordata disse cerca de 20% recebia o SMN em 2014.
http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html (http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html)
O valor não pode ser de 12,9% e de 20% no mesmo ano.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 21:48:09
Sobre o número de pessoas a receber o SMN, as noticias são contraditórias.
Nesta noticia diz que em 2013, 11,7% recebia o SMN e que em 2012, 12,7% recebia o SMN.
[url]http://expresso.sapo.pt/sociedade/quantos-trabalhadores-recebem-o-salario-minimo-nao-se-sabe-ao-certo=f865074[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/sociedade/quantos-trabalhadores-recebem-o-salario-minimo-nao-se-sabe-ao-certo=f865074[/url])
Nesta noticia, a Comissão Europeia disse que 12,9% dos portugueses recebia o SMN em 2014.
[url]http://www.dn.pt/economia/interior/numero-de-portugueses-com-salario-minimo-triplica-desde-inicio-da-crise-4424356.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/economia/interior/numero-de-portugueses-com-salario-minimo-triplica-desde-inicio-da-crise-4424356.html[/url])
Esse valor parece estar de acordo com os outros valores.
Mas nesta noticia a Pordata disse cerca de 20% recebia o SMN em 2014.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/ha-quase-700-mil-pessoas-a-receber-o-salario-minimo_232801.html[/url])
O valor não pode ser de 12,9% e de 20% no mesmo ano.


O que é indesmentível é o seguinte: tu estavas errado e não era 10% (nem perto disso);

Outro ponto é o de que bate certo que à medida que o SMN foi aumentado pela coligação, mais pessoas passaram a ser consideradas a receber o SMN. O que é concordante com o facto que a economia não está a conseguir produzir muitos postos trabalho, nem sequer para receber o SMN!!!. O QUE DEVERIA DAR ALGUMAS PISTAS aos imbecis que acham que aumentar o SMN trará grandes benefícios a não ser atirar algumas dezenas de milhares de pessoas para o desemprego e colocar muitas à "beira desse precipício". Só quem não faz a mínima ideia de como está o tecido empresarial português, sobretudo ao nível de micro e pequenas empresas é que pode defender aumentos de 20% no SMN para os 600 euros - É DE LOUCOS quando até pessoal qualificado como engenheiros, advogados, gestores, contabilistas estão a receber precisamente essa quantia nos primeiros anos de carreira.


Mas o povo deu maioria à esquerdalha. Merece o que lhes vai acontecer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 21:55:34
O que é indesmentível é o seguinte: tu estavas errado e não era 10% (nem perto disso);

Eu estar errado ou certo é irrelevante, mas eu não disse que era de 10%, disse que era de cerca de 10%.
Se for de 12,9%, como disse a Comissão Europeia é um valor próximo de 10%.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 21:55:57
Em relação ao aumento do SMN (progressivo para 600 euros daqui a 4 anos) provocar mais desemprego, não é nada evidente que seja assim.
O SMN aumentou 20 euros em Outubro de 2014 e o desemprego até diminuiu desde essa altura.
Em Outubro de 2014 o desemprego foi de 13,4% e em Setembro de 2015 foi de 12,2%
http://www.peprobe.com/pt-pt/document/estimativas-de-emprego-e-desemprego-outubro-2014-ine (http://www.peprobe.com/pt-pt/document/estimativas-de-emprego-e-desemprego-outubro-2014-ine)
https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=224671396&DESTAQUESmodo=2 (https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=224671396&DESTAQUESmodo=2)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 22:00:39
e daqui 3 anos  o petrolio esta baixo o euro como esta
o crescimento existe?

hoje tens   12% desemprego e 20% receber o minimo  com recessao isso vai tudo desemprego
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 22:04:09
O que é indesmentível é o seguinte: tu estavas errado e não era 10% (nem perto disso);

Felizmente, há mais pessoas com olhos na cara, por aqui.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-08 22:04:50
Em relação ao aumento do SMN (progressivo para 600 euros daqui a 4 anos) provocar mais desemprego, não é nada evidente que seja assim.
O SMN aumentou 20 euros em Outubro de 2014 e o desemprego até diminuiu desde essa altura.
Em Outubro de 2014 o desemprego foi de 13,4% e em Setembro de 2015 foi de 12,2%
[url]http://www.peprobe.com/pt-pt/document/estimativas-de-emprego-e-desemprego-outubro-2014-ine[/url] ([url]http://www.peprobe.com/pt-pt/document/estimativas-de-emprego-e-desemprego-outubro-2014-ine[/url])
[url]https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=224671396&DESTAQUESmodo=2[/url] ([url]https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_destaques&DESTAQUESdest_boui=224671396&DESTAQUESmodo=2[/url])


Um SMN nos 600 euros, quanto mais cedo, com mais força irá atingir os trabalhadores não qualificados e os trabalhadores qualificados em início de carreira em sectores com muita procura e pouca oferta. E isto é certo como o lark ter falhado todas as previsões para a grécia.

Mas o povo merece. Votam em imbecis, têm imbecilidades.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-08 22:45:32
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 22:56:55
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

João, o que sucede aos níveis salariais que estão próximos e acima desses? Não devem/têm de subir também? Essa factura para as empresas não deve ser também calculada, uma vez que indirectamente vão existir muito mais custos? E até nas empresas que pagam acima do salário mínimo logo de base, terão também maiores custos para continuarem a estar "acima do mínimo". De uma forma geral, os custos de produção vão subir, e as contas "indirectas" são porventura muito maiores do que as directas (as decorrente dos cálculo de apenas o SMN).

Não estou a dizer que "é mau para a economia" (porque há uma forte probabilidade de estimular o consumo), mas estou a questionar a idea do "aumentar um bocadinho o SMN", uma vez que não vejo aqui apenas um "bocadinho"...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-08 23:05:05
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

na realidade é bom para a economia.
é ler acima.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 23:16:26
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

na realidade é bom para a economia.
é ler acima.

L


e bom para quem tem moeda propria isso sim

depois vem recessao e ficamos como os gregos com 30% desemprego e salario minimo nos 700 e tal euros
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 23:31:18
camaradas !

eu acho que uma das coisas que separa o pensamento de esquerda do resto eh que as pessoas de esquerda tendem a acreditar em coisas literalmente magicas, em "something for nothing"
e quando tudo rebenta em paises ao lado isso nao as demove, continuam sempre a acreditar

deve ser uma tendencia natural com que se nasce, nao faco ideia que proposito sirva

se aumentar o salario minimo eh bom para a economia nesse caso deviamos aumenta-lo o maximo possivel para obtermos uma economia incrivel !

avisem ja os paises africanos. vamos acabar com a fome no mundo, camaradas !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-08 23:34:04
Tsipras  plano económico de 12 mil milhões e vai inaugurar o mandato com um aumento do salário mínimo para os 751 euros por mês

deu resultado do caneco :o
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 23:34:59
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

na realidade é bom para a economia.
é ler acima.

L


e bom para quem tem moeda propria isso sim

depois vem recessao e ficamos como os gregos com 30% desemprego e salario minimo nos 700 e tal euros

mesmo com moeda propria eh algo errado com muito desemprego, o ideal seria em vez de aumentar o salario minimo cortar nos impostos dos mais pobres e aumentar os subsidios as custas do defice do estado

de notar que temos as empresas mais endividadas do OCDE
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:43:42
Os EUA têm um salário mínimo baixo e um desemprego baixo, o debate é diferente do Português. Embora também tenham um desequilíbrio externo, mas:
* Têm dólares que o mundo aceita.
* E o desemprego baixo significa que o SMN não é um factor, e também não o será no bolo dos salários.

Penso que ninguém tem dúvidas de que o SMN pode ser negativo a ALGUM nível. A questão foca-se em a que nível. Enquanto tivermos um desemprego elevado, não podemos ter a certeza desse nível se situar acima de onde o SMN está, presentemente.


Não é assim tão baixo. 7,25$ por hora, dá 58$ em 8 horas vezes 22 dias dá 1276$, +/- 1187 euros.
Embora eles recebam à semana e acho que lá tb pouca gente recebe o SMN.
Conheço quem trabalhou nos EUA nas obras e que ganhava bem mais do que duas vezes esse valor.

João, mas esses 1187 EUR comparam grosso modo presentemente com 800 EUR em Portugal, não com os 500 nominais do SMN.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:45:33
estrategia da esquerda em portugal eh mais ou menos esta :

-destruir a economia com impostos para dar grandes rendimentos a quem recebe mama do estado
-queixarem-se da pobreza e dos desempregados resultantes, aumentarem os rendimentos dos pobres por decreto, taxar mais
-oops tb nao resultou, agora vamos baixar os lucros por decreto e taxar o capital mais
-iaiaiai, tb nao resultou! agora estamos todos pobres e miseraveis, foram os americanos e os mercados !

olha lá...
em vez de estares para aí aos berros - parece que a situação política em portugal te meteu num frenesi nevrótico imparável - porque é que não vais alinhavando alguns argumentos? deixei aí muito material.

L

Na realidade aquilo que o Neo colocou é bastante parecido com o que está a ocorrer e com o que é previsível ocorrer (tendo em conta reacções passadas...).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:48:11
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas

O governo ainda não existe formalmente, mas neste tópico, em menos de dois dias, já lhe assinaram a certidão de óbito, incineraram o cadáver, e deitaram as cinzas no Atlântico. Tudo no meio de uma delirante e alarve festança onde parecem não faltar alucinogéneos. A "esquerdalha caviar" (tm) deve bater mesmo forte.

O governo com estas medidas:
* Não cai.
* E se caísse levaria a uma maior votação do PS.

Não vejo onde vês esse óbito. A única coisa que irá sofrer será a médio/longo prazo o povo, via um nível de vida menor do que o que seria de outra forma alcançado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:50:22
porque a esquerda unida nao existe

o existe governo social democrata e comunistas



e mesma coisa  partido Uniao por um Movimento Popular   "Sarkozy" se fosse unir Frente Nacional  (le pen)por um acordo favor euro da europa imigraçao etc

era uniao direita nao existe

Não é por causa disso, é por corresponder ao cenário que os "médicos legistas" desejariam que acontecesse na realidade.

Ainda há milhentas variáveis desconhecidas, e, certo, uma enorme incerteza sobre como vai funcionar a dinâmica governativa entre os quatro partidos, mas aqui no fórum já se sabe de tudo com se fosse história passada.

Eu tenho a certeza de que vai haver uma infinidade de problemas no eventual novo governo de esquerda (nem sequer coloco a hipótese de não haver---e alguns deles provavelmente graves a ponto de colocarem em cheque os acordos). Não tenho é nenhuma acerca de como vão ser ultrapassados.

Existem alguns potenciais problemas no curto prazo:
* O Cavaco.
* Os mercados ou UE/BCE.

Fora disso, os problemas colocam-se no médio/longo prazo via um nível de vida relativamente pior (mas mesmo aqui ainda existe algum equilíbrio para estoirar, conseguido pelo anterior governo --  é de lembrar que a economia presentemente está a crescer).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 23:50:29
Então porque não 750 euros ou 1000 euros? Não seria mais justo? Ou 2000 pá...é pá loucura, é pá loucura!!!!!!!!!!

A uma pergunta dessas, só uma resposta destas:

E porque não 50€... ou 20€... ou SMN="trabalhar de borla"?

Oferecer trabalho em troco de nada---zero euros ao fim de um mês de jorna---seria a condição ideal para estimular o aparecimento de novas empresas e limpar de uma vez a estatística do desemprego. Teríamos, em contrapartida, imensos empresários a refilar por não haver força de trabalho disponível para encher as fileiras nas linhas de produção---uma nova era na contestação social e no sindicalismo, quem sabe até um novo conceito de espécie-de-comunismo-ao-contrário.

A loucura, pá!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-08 23:52:30
o plano dos gajos eh literalmente falhar as metas orcamentais e depois dizer "olha la, o franca tb fez. entao e eu nao posso?"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:54:56
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

Quando a economia cresce o desemprego cai. Terías que saber o que teria ocorrido SEM aumento do SMN para poderes fazer a afirmação (o que é sempre difícil de fazer em economia).

Mas racionalmente, um aumento do SMN desqualifica economicamente algumas actividades pelo que ceteris paribus um SMN mais elevado deverá levar a um nível de emprego mais baixo. Existe uma razão para não existirem leiteiras nem amoladores presentemente. A razão é que as actividades não geram valor suficiente para fazer sentido persegui-las ... é um fenómeno similar ao provocado pelo SMN embora não provocado pelo SMN.

De resto, o próprio Estado sabe isso e cria excepções ao SMN para várias actividades (a part-time, etc). Porque não fazendo, essas actividades desapareciam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:57:01
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

João, o que sucede aos níveis salariais que estão próximos e acima desses? Não devem/têm de subir também? Essa factura para as empresas não deve ser também calculada, uma vez que indirectamente vão existir muito mais custos? E até nas empresas que pagam acima do salário mínimo logo de base, terão também maiores custos para continuarem a estar "acima do mínimo". De uma forma geral, os custos de produção vão subir, e as contas "indirectas" são porventura muito maiores do que as directas (as decorrente dos cálculo de apenas o SMN).

Não estou a dizer que "é mau para a economia" (porque há uma forte probabilidade de estimular o consumo), mas estou a questionar a idea do "aumentar um bocadinho o SMN", uma vez que não vejo aqui apenas um "bocadinho"...

Estimular o consumo pode parecer bom, mas é-o apenas no curto prazo (via emprego, etc), porque se produzir desequilíbrios externos essa bondade perde-se de seguida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-08 23:58:05
Anti-Ditador, o próximo post que tenha que apagar e serás banido. Por isso vê lá se consegues debater sem stress.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-08 23:58:33
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas

O governo ainda não existe formalmente, mas neste tópico, em menos de dois dias, já lhe assinaram a certidão de óbito, incineraram o cadáver, e deitaram as cinzas no Atlântico. Tudo no meio de uma delirante e alarve festança onde parecem não faltar alucinogéneos. A "esquerdalha caviar" (tm) deve bater mesmo forte.

O governo com estas medidas:
* Não cai.
* E se caísse levaria a uma maior votação do PS.

Não vejo onde vês esse óbito. A única coisa que irá sofrer será a médio/longo prazo o povo, via um nível de vida menor do que o que seria de outra forma alcançado.

Não sou eu que vejo o óbito, são outros foristas participantes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 00:00:01
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 00:00:38
camaradas !

eu acho que uma das coisas que separa o pensamento de esquerda do resto eh que as pessoas de esquerda tendem a acreditar em coisas literalmente magicas, em "something for nothing"
e quando tudo rebenta em paises ao lado isso nao as demove, continuam sempre a acreditar

deve ser uma tendencia natural com que se nasce, nao faco ideia que proposito sirva

se aumentar o salario minimo eh bom para a economia nesse caso deviamos aumenta-lo o maximo possivel para obtermos uma economia incrivel !

avisem ja os paises africanos. vamos acabar com a fome no mundo, camaradas !!

Às tantas é uma forma de pensamento relacionada com a minha teoria dos "pré-agrários". Não nos podemos esquecer que a evolução debaixo do paradigma actual (iniciado com a agricultura) é muito recente. É expectável que muitos modos de pensamento existentes hoje sejam ditados por uma evolução ocorrida no paradigma anterior. Uma evolução onde a riqueza "existia" para distribuir, em vez de ter que ser produzida recorrentemente pela actividade humana (o que lhe altera completamente a natureza).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 00:02:39
Então porque não 750 euros ou 1000 euros? Não seria mais justo? Ou 2000 pá...é pá loucura, é pá loucura!!!!!!!!!!

A uma pergunta dessas, só uma resposta destas:

E porque não 50€... ou 20€... ou SMN="trabalhar de borla"?

Oferecer trabalho em troco de nada---zero euros ao fim de um mês de jorna---seria a condição ideal para estimular o aparecimento de novas empresas e limpar de uma vez a estatística do desemprego. Teríamos, em contrapartida, imensos empresários a refilar por não haver força de trabalho disponível para encher as fileiras nas linhas de produção---uma nova era na contestação social e no sindicalismo, quem sabe até um novo conceito de espécie-de-comunismo-ao-contrário.

A loucura, pá!

Nos países onde não existe SMN esse problema não se coloca, pelo que estás basicamente a avançar com um argumento sem sentido. A menos que queiras provar a tua afirmação extraordinária, claro, mostrando porque é que aqui ocorreria algo que não ocorre onde não existe SMN.

Já o contrário (SMNs demasiado elevados) sabe-se que coloca problemas. Aliás, até tu o sabes, pois sabes que não pode ser 2000. Se sabes que não pode ser 2000, não tens forma de saber se pode ser 600. O nível de desemprego que existe, indica que pode ser errado colocar a fasquia nos 600. Aliás, até pode ser errado ter a fasquia nos 500.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 00:07:09
lark, faz ai as tuas previsoes para o sucesso deste governo e das suas politicas

O governo ainda não existe formalmente, mas neste tópico, em menos de dois dias, já lhe assinaram a certidão de óbito, incineraram o cadáver, e deitaram as cinzas no Atlântico. Tudo no meio de uma delirante e alarve festança onde parecem não faltar alucinogéneos. A "esquerdalha caviar" (tm) deve bater mesmo forte.

O governo com estas medidas:
* Não cai.
* E se caísse levaria a uma maior votação do PS.

Não vejo onde vês esse óbito. A única coisa que irá sofrer será a médio/longo prazo o povo, via um nível de vida menor do que o que seria de outra forma alcançado.

Não sou eu que vejo o óbito, são outros foristas participantes.

Os outros foristas não estão a dizer que o governo cai. Os outros foristas estão a dizer que o caminho traçado vai dar problemas. E vai. Mas não necessariamente no muito curto prazo.

Isto que agora se vai tentar aqui já ocorreu muitas vezes, incluindo na vez que causou os problemas actuais. Não há grande surpresa em qual vai ser o resultado final. Desde o 25 de Abril sempre que se tomaram este tipo de medidas Portugal não convergiu para o nível de vida da UE. Nos últimos 50 anos, todas as alturas em que Portugal convergiu para a Europa foram alturas pontuadas por políticas de moeda forte e controlo orçamental, ou seja, as opostas às tomadas agora.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 00:08:20
Os impostos sobre o trabalho representam mais de metade da receita total de impostos nos países da União Europeia. Nesta rubrica, Portugal destaca-se em sentido contrário, sendo o oitavo onde o IRS menos pesa na receita global.
Portugal é o décimo país da União Europeia onde os impostos sobre o consumo mais pesam no total da receita fiscal. Já no que diz respeito aos impostos sobre o capital, os portugueses ocupam o 13º lugar com o fardo mais elevado. As conclusões são do Eurostat que revela esta segunda-feira, 16 de Junho, a evolução dos impostos e do seu peso sobre o PIB dos vários países da União Europeia, com os dados mais recentes, referentes a 2012.

deve ser tipo isto mas vamos bater recorde no capital
http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/peso_dos_impostos_sobre_consumo_e_capital_na_receita_fiscal_esta_acima_da_media_europeia.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/peso_dos_impostos_sobre_consumo_e_capital_na_receita_fiscal_esta_acima_da_media_europeia.html)



eu digo governo costa  dura dois anos e depois  fica impupular porque deve faltar guito
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-09 00:11:33
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos

Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-09 00:18:56
Então porque não 750 euros ou 1000 euros? Não seria mais justo? Ou 2000 pá...é pá loucura, é pá loucura!!!!!!!!!!

A uma pergunta dessas, só uma resposta destas:

E porque não 50€... ou 20€... ou SMN="trabalhar de borla"?

Oferecer trabalho em troco de nada---zero euros ao fim de um mês de jorna---seria a condição ideal para estimular o aparecimento de novas empresas e limpar de uma vez a estatística do desemprego. Teríamos, em contrapartida, imensos empresários a refilar por não haver força de trabalho disponível para encher as fileiras nas linhas de produção---uma nova era na contestação social e no sindicalismo, quem sabe até um novo conceito de espécie-de-comunismo-ao-contrário.

A loucura, pá!

Nos países onde não existe SMN esse problema não se coloca, pelo que estás basicamente a avançar com um argumento sem sentido. A menos que queiras provar a tua afirmação extraordinária, claro, mostrando porque é que aqui ocorreria algo que não ocorre onde não existe SMN.

Já o contrário (SMNs demasiado elevados) sabe-se que coloca problemas. Aliás, até tu o sabes, pois sabes que não pode ser 2000. Se sabes que não pode ser 2000, não tens forma de saber se pode ser 600. O nível de desemprego que existe, indica que pode ser errado colocar a fasquia nos 600. Aliás, até pode ser errado ter a fasquia nos 500.

A resposta foi propositadamente absurda para mostrar que a pergunta também era. O Anti-ditador também o sabia, só que a insistência em obter uma resposta já começava a servir de anti-diálogo e dinamitar o debate, como também demonstram as reacções do João.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 00:19:55
http://observador.pt/2015/08/19/ps-carrega-no-cenario-medidas-custam-mais-defice-desce-menos/ (http://observador.pt/2015/08/19/ps-carrega-no-cenario-medidas-custam-mais-defice-desce-menos/)

2016 a economia cresceria 2,4% (mais 0,7 pontos percentuais), 3,1% em 2017 (mais 1,4 pontos percentuais), 2,8% em 2018 (mais 1,1 pontos percentuais) e 2,4% em 2019

da uma previsao de 2.7% de media durante a legislatura
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 00:24:38
como dizia o Kosta, "eu cumpro o que prometo" hahaha !

simplesmente mente de forma mais sofisticada, certamente que pretende culpar as previsoes economicas qd as promessas dele falharem ( sera por forca maior)

mentir eh uma arte
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 00:25:17
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

João, o que sucede aos níveis salariais que estão próximos e acima desses? Não devem/têm de subir também? Essa factura para as empresas não deve ser também calculada, uma vez que indirectamente vão existir muito mais custos? E até nas empresas que pagam acima do salário mínimo logo de base, terão também maiores custos para continuarem a estar "acima do mínimo". De uma forma geral, os custos de produção vão subir, e as contas "indirectas" são porventura muito maiores do que as directas (as decorrente dos cálculo de apenas o SMN).

Não estou a dizer que "é mau para a economia" (porque há uma forte probabilidade de estimular o consumo), mas estou a questionar a idea do "aumentar um bocadinho o SMN", uma vez que não vejo aqui apenas um "bocadinho"...

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.
Nos anos em que o SMN esteve congelado houve empresas que aumentaram os salários, porque tinham condições para tal.
Eu não vejo que seja um grande problema aumentar o SMN menos de 25 euros/ano até chegar aos 600 euros e vejo a questão mais como uma questão de justiça social. Acho simplesmente que trazer 450 euros/mês líquidos não dá para viver com dignidade atualmente. 
Eu mudaria a minha opinião nesta questão se houvesse um estudo que demonstrasse que este aumento faria mal à economia ou se houvesse um estudo que demonstrasse que este governo prejudicou a economia quando aumentou o SMN 20 euros em Outubro do ano passado.
Como não tenho conhecimento de nenhum estudo do género e tenho até conhecimento que o desemprego diminuiu no mesmo período, não posso deixar de concordar com esta medida em concreto. Com algumas outras, estou em desacordo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 00:25:46
em 2012 impostos capital eram 13 mais altos europa

os depositos  74% deles sao abaixo 100 000  euros

PSI 20  nao tem grande liquides   com imposto em cima morre


eu axo camaradas dos PS vao ter começar a ocupar Terras no alentejo  ;D


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 00:28:08
em 2012 impostos capital eram 13 mais altos europa

os depositos  74% deles sao abaixo 100 000  euros

PSI 20  nao tem grande liquides   com imposto em cima morre


eu axo camaradas dos PS vao ter começar a ocupar Terras no alentejo  ;D

os gajos vao tentar tudo, tudo, tudo

desde subir impostos ja de si altissimos a tentar renegociar derrapancos com bruxelas

vai ser divertido, vai-se meter em tantas embrulhadas que so nao vai ter tempo para governar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 00:46:40
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos

Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")

A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 00:51:35
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos

Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")

A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.

claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 00:52:52
A ideia não é aumentar o SMN para 600 euros no próximo ano, mas sim aumentar progressivamente até ser de 600 euros daqui a 4 anos.
Actualmente, quem recebe o SMN nacional leva aproximadamente 450 euros para casa depois dos descontos.

1) Consegue-se viver com dignidade ganhando tão pouco? 2) Consegue-se gostar do trabalho e ser produtivo ganhando tão pouco? 3) Porque não aumentar um bocadinho o SMN tornando a vida dessas pessoas um bocadinho menos má? 4) Será assim tão mau para a economia fazer isso?

Respostas:
1) e 2) Não.
3) e 4) Não vejo motivo para não aumentar um bocadinho o SMN. Não acho que seja assim tão mau para a economia. Temos o exemplo do ano passado em que o SMN aumentou 20 euros e o desemprego diminuiu no mesmo período.

João, o que sucede aos níveis salariais que estão próximos e acima desses? Não devem/têm de subir também? Essa factura para as empresas não deve ser também calculada, uma vez que indirectamente vão existir muito mais custos? E até nas empresas que pagam acima do salário mínimo logo de base, terão também maiores custos para continuarem a estar "acima do mínimo". De uma forma geral, os custos de produção vão subir, e as contas "indirectas" são porventura muito maiores do que as directas (as decorrente dos cálculo de apenas o SMN).

Não estou a dizer que "é mau para a economia" (porque há uma forte probabilidade de estimular o consumo), mas estou a questionar a idea do "aumentar um bocadinho o SMN", uma vez que não vejo aqui apenas um "bocadinho"...

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.
Nos anos em que o SMN esteve congelado houve empresas que aumentaram os salários, porque tinham condições para tal.
Eu não vejo que seja um grande problema aumentar o SMN menos de 25 euros/ano até chegar aos 600 euros e vejo a questão mais como uma questão de justiça social. Acho simplesmente que trazer 450 euros/mês líquidos não dá para viver com dignidade atualmente. 
Eu mudaria a minha opinião nesta questão se houvesse um estudo que demonstrasse que este aumento faria mal à economia ou se houvesse um estudo que demonstrasse que este governo prejudicou a economia quando aumentou o SMN 20 euros em Outubro do ano passado.
Como não tenho conhecimento de nenhum estudo do género e tenho até conhecimento que o desemprego diminuiu no mesmo período, não posso deixar de concordar com esta medida em concreto. Com algumas outras, estou em desacordo.

Os estudos em economia muitas vezes são pouco de fiar porque a economia não se presta lá muito ao processo científico, tanto por incluir seres humanos, como pelo facto de que o processo científico vive de replicar experiências alcançando os mesmos resultados.

"Pedir um estudo a comprovar algo" em economia geralmente resulta, consoante os interesses, num estudo a provar algo e o seu contrário.

--------------

Uma boa regra empírica para o SMN seria subi-lo gradualment sempre que o desemprego estivesse abaixo de X, e desce-lo gradualmente sempre que o desemprego estivesse acima de Y. Isto codificado em lei, para que sobrasse pouca arbitrariedade (a lei poderia estabelecer o X e Y, entenda-se, bem como a gradualidade das subidas e descidas). O resultado de tal lei seria que mesmo sem sabermos o SMN correcto, saberíamos que ele estava a evoluir no sentido correcto consoante o ambiente económico.

É certo e garantido, porém, que o nível actual de desemprego não levaria a subidas do SMN. Todos nós sabemos que existem níveis aos quais o SMN é nefasto (daí que toda a gente veja a irracionalidade dos 2000 EUR), mas nenhum de nós sabe qual o nível a partir do qual é nefasto -- só podemos saber que o desemprego é muito elevado neste momento, e que subir o SMN "ceteris paribus" não vai favorecer o emprego.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 03:08:38
camaradas !

este acordo eh uma fraude !!!!!!!!!!!!!!

"Acordo de esquerda não garante aprovação de orçamentos, apenas “apreciação conjunta” "

http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/ (http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/)

com link e tudo, lark
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 03:53:02
camaradas !

este acordo eh uma fraude !!!!!!!!!!!!!!

"Acordo de esquerda não garante aprovação de orçamentos, apenas “apreciação conjunta” "

[url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url])

com link e tudo, lark


Mas se as tais medidas forem reais, o BE e PCP passam tudo ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 07:36:34
Ontem o costa a discursar até invocou o PREC. Regredimos 40 anos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 08:49:38
So Medidas revolucionarias vao passar Camaradas
Nós queremos acabar com os ricos privados burgueses  decadentes  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-09 10:26:24
Os mercados não são estúpidos, ou se o são, são-no só em algumas vezes.
A não ser que estejam a ser estúpidos agora, esta é a forma como interpretam a situação política em Portugal:

Yields da Divida Pública:

http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield)      --->   0.299 +0.043    +16.80%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield)      --->   0.605 +0.068    +12.45%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield)      --->   1.063 +0.079    +8.03%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield)      --->   1.494 +0.109    +7.87%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield)    --->   2.820 +0.144    +5.42%


E parece que são mesmo para se agravarem em questão de horas...
Lá se vai o dinheiro barato...

    ???




Juros de Portugal sobem para níveis de Julho e spread volta a superar os 200 pontos
09 Novembro 2015, 08:44 por Sara Antunes | saraantunes@negocios.pt

Os juros da dívida portuguesa estão a subir para máximos de Julho e a afastar-se mais dos alemães, o que eleva para mais de 200 pontos base o prémio de risco exigido pelos investidores, numa altura em que os investidores aguardam pela definição do cenário político em Portugal.

http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/juros_de_portugal_sobem_para_niveis_de_julho_e_spread_volta_a_superar_os_200_pontos.html (http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/obrigacoes/detalhe/juros_de_portugal_sobem_para_niveis_de_julho_e_spread_volta_a_superar_os_200_pontos.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 10:29:37
penso que seja temporário. enquanto nos mantiverem o rating o BCE há-de intervir e comprar de forma a baixar as yields.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-09 10:46:31
Yields da Divida Pública:

http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield)      --->   0.322 +0.066    +25.78%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield)      --->   0.637 +0.099    +18.40%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield)      --->   1.113 +0.129    +13.11%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield)      --->   1.556 +0.171    +12.35%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield)    --->   2.864 +0.188    +7.03%


Dispararam...
   
     :o
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-09 10:58:25
A DBRS vai perder a credibilidade toda se não diminuir o rating português ASAP.

Medidas ridículas que vão destruir o país todo. A começar pelo ordenado mínimo, num país com 20% a receber SMN, e um desemprego de 12% é preciso ser bem cego para não perceber o que aí vem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-09 11:16:11
Bem, já li o programa de governo do PS e a ideia é mesmo fazer com que uma pessoa de ganhe 5.000 euros tenha a mesma qualidade de vida de quem ganha 500 euros.

Existem medidas como dar acesso à cultura aos mais pobres, criar um novo complemento Salarial para quem trabalhe só alguns meses por ano e não ganhe o valor do salário minimo anual, aumento do abono para os pobres, obrigar os senhorios a praticar rendas abaixo do mercado para os pobres poderem viver em sitios melhores, proibir a penhora da casa em casa de incumprimento do crédito se a dívida for superior ao valor do imóvel (praticamente os suburbios estão todos nesta situação), etc, etc.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 11:17:59
camaradas !

este acordo eh uma fraude !!!!!!!!!!!!!!

"Acordo de esquerda não garante aprovação de orçamentos, apenas “apreciação conjunta” "

[url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url])

com link e tudo, lark


Mas se as tais medidas forem reais, o BE e PCP passam tudo ...


se tais medidas nao garantem os orcamentos entao o acordo eh uma fraude pois o cavaco estaria a dar posse a um governo minoritario que perdeu as eleicoes em vez de um governo minoritario que ganhou
sem condicoes de estabilidade isto tudo nao passa duma golpada eleitoral disfarcada de acordo politico, de uma mera alteracao dos resultados eleitorais encapotada de acordo parlamentar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 11:29:50
A DBRS vai perder a credibilidade toda se não diminuir o rating português ASAP.

Medidas ridículas que vão destruir o país todo. A começar pelo ordenado mínimo, num país com 20% a receber SMN, e um desemprego de 12% é preciso ser bem cego para não perceber o que aí vem.
A dúvida será quando. Até lá safamo-nos com o BCE a comprar e a aguentar as yields. Isto era de ir ao mercado em força já de início e arrebanhar tudo o que conseguirmos de nova dívida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-09 11:46:36
Fixem esta expressão: "Complemento Salarial Anual"

Vai dar muito que falar nos próximos tempos!! :D :D :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-09 12:02:51
Eu recomendo aos dois Partidos coligados que governaram estes últimos 4 anos que se retirem das legislativas por 8 a 16 anos.
Não fazem falta nenhuma. É deixar a esquerda governar à vontade e ver no que dá...

Se der bons resultados... deu e lá continuarão. Ponto final.
Se der maus resultados, já a esquerda não pode dizer que a direita isto e aquilo.
E depois o povo há-de clamar pela desaparecida direita.

Gostava de ouvir o Mário novamente (se ainda for vivo; esperemos que sim!): "Vão deixar o governo fritar em lume brando..."

    8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 12:05:30
os comunistas vao muito rapidamente voltar-se contra o PS

vao tentar reclaramar para si todas as medidas populares e tentar meter as culpas no PS de tudo o que correr mal 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-09 12:14:48
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763 (http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 12:20:59
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url])


o deficit descer eh um milagre, certamente  !

decorem bem as aldrabices dos pressupostos economicos do PS para depois de lembrarem quando isto correr tudo mal

o Kosta nao mente... sao os especialistas economicos que o enganam, sao falhas tecnicas !!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 12:23:35
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url])


O cenário macro não é aquilo que eles ali apresentam. Ali apresentam os resultados do seu modelo mas não dizem que crescimento consideraram -- que é o que aqui está em causa.

O provável é terem mantido ou aumentado o crescimento esperado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 12:24:52
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url])


O cenário macro não é aquilo que eles ali apresentam. Ali apresentam os resultados do seu modelo mas não dizem que crescimento consideraram -- que é o que aqui está em causa.

O provável é terem mantido ou aumentado o crescimento esperado.


nem percebi que o sebastiao nao tinha percebido isso, estou a ficar demasiado crente nas capacidades dos outros
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 12:25:51
Eh pah o grande capital inequalitário já tomou conta do novo governo antes mesmo de ele tomar posse, e está a dirigir todos os recursos do povo para os 20% melhor assalariados e para os 20% com melhores pensões.

Isto exige uma revolução.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 12:27:01
os pressupostos macro sao os mesmo ou ainda melhores, mas qual eh a duvida sobre isso ?
nao gostam que o Kosta vos minta? admitam as aldrabices, pela vossa sanidade mental

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-09 12:29:25
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url])


O cenário macro não é aquilo que eles ali apresentam. Ali apresentam os resultados do seu modelo mas não dizem que crescimento consideraram -- que é o que aqui está em causa.

O provável é terem mantido ou aumentado o crescimento esperado.


nem percebi que o sebastiao nao tinha percebido isso, estou a ficar demasiado crente nas capacidades dos outros


Oh camarada(s).... leiam lá a minha frase que coloquei a negrito....  >:(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 12:30:15
penso que o derrapanco das contas publicas vai ser muito acima do que agora se imagina:

1-os gajos vao dar cabo da economia e vao assustar o investimento
2-eh provavel que venha uma recessao mundial nos proxs 2 anos
3-as receitas do programa original do PS baseiam-se em crescimentos de 3% ao ano, totalmente irrealistas
4-as novas receitas do actual programa sao obtidas com impostos sobre o capital, o que normalmente corre muito mal em termos de objectivos


Isto é verdade? (estou a perguntar porque desconheço mesmo de onde vem esta "informação")


A info vinha dos cenários macroeconómicos do PS antes das eleições. Para agora penso que ainda não se sabe.


claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe


A primeira afirmação está errada, a segunda não é mencionada, mas as previsões melhoram no geral em relação às do programa eleitoral:

[url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url] ([url]http://www.publico.pt/economia/noticia/programa-alterado-do-ps-preve-menos-defice-do-que-o-anterior-1713763[/url])


O cenário macro não é aquilo que eles ali apresentam. Ali apresentam os resultados do seu modelo mas não dizem que crescimento consideraram -- que é o que aqui está em causa.

O provável é terem mantido ou aumentado o crescimento esperado.


nem percebi que o sebastiao nao tinha percebido isso, estou a ficar demasiado crente nas capacidades dos outros


Oh camarada(s).... leiam lá a minha frase que coloquei a negrito....  >:(


camarada, nao consigo perceber o que quer dizer nem por primeira nem por segunda
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-09 12:38:36
Camarada NL, tu escreveste o seguinte:

Citar
claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe

E eu, para comentar, separei a tua mensagem em 2 afirmações. A primeira é "claro que mantiveram o cenario macro" (que está errada) e a segunda é "se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento" (assunto acerca do qual não há nenhuma menção no artigo do Público).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: purehawk em 2015-11-09 13:47:43
10:26
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield)      --->   0.299 +0.043    +16.80%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield)      --->   0.605 +0.068    +12.45%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield)      --->   1.063 +0.079    +8.03%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield)      --->   1.494 +0.109    +7.87%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield)    --->   2.820 +0.144    +5.42%

10:46
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield)      --->   0.322 +0.066    +25.78%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield)      --->   0.637 +0.099    +18.40%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield)      --->   1.113 +0.129    +13.11%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield)      --->   1.556 +0.171    +12.35%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield)    --->   2.864 +0.188    +7.03%

13:30
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-2-year-bond-yield)      --->   0.358 +0.102    +39.84%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-3-year-bond-yield)      --->   0.667 +0.129    +23.97%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-4-year-bond-yield)      --->   1.153 +0.169    +17.17%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-5-year-bond-yield)      --->   1.608 +0.227    +16.38%
http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield (http://www.investing.com/rates-bonds/portugal-10-year-bond-yield)    --->   2.903 +0.238    +8.89%


Os mercados são selvagens: precisam de mais regulação!
As yields não podem comportar-se como se fossem um miúdo com birra...

    8)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 14:06:49
Camarada NL, tu escreveste o seguinte:

Citar
claro que mantiveram o cenario macro, se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento ! ehhe

E eu, para comentar, separei a tua mensagem em 2 afirmações. A primeira é "claro que mantiveram o cenario macro" (que está errada) e a segunda é "se alguma coisa carregaram ainda mais no crescimento" (assunto acerca do qual não há nenhuma menção no artigo do Público).

esta errada porque? onde estao as novas previsoes de crescimento economico em que te baseias para dizeres isso ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 14:10:54
o pânico e a histeria a proporcionarem uma excelente oportunidade de compra.

não resistiu onde eu esperava - substimei a histeria.

nos ~5220 é, como já disse, uma compra descarada.

L

PSI diário
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 14:15:39
também faz pensar... e tirar uma conclusão relevante.
a capacidade predictiva do mercado é total BS.
uma coisa que era mais que evidente há um mês, só agora começou a ser descontada - e erradamente.

so much para 'o mercado vê o futuro a seis meses'.
neste caso já vai atrasado um mês em relação ao futuro, e no sentido contrário.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 14:43:02
O que era potencialmente previsivel era entenderem-se. Até eu disse logo isso, que a pressão dentro do PS para um entendimento seria esmagadora, que há milhares de pessoas que precisam que o seu partido esteja no governo regularmente (seja PS, seja PSD), e portanto estão dispostas a abdicar de muitos princípios para o conseguirem.

O que não era tão previsível é que capitulassem tanto em termos de medidas pedidas pelo BE e PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 14:50:55
O que era potencialmente previsivel era entenderem-se. Até eu disse logo isso, que a pressão dentro do PS para um entendimento seria esmagadora, que há milhares de pessoas que precisam que o seu partido esteja no governo regularmente (seja PS, seja PSD), e portanto estão dispostas a abdicar de muitos princípios para o conseguirem.

O que não era tão previsível é que capitulassem tanto em termos de medidas pedidas pelo BE e PCP.

eu previ isso, nao ? (ja pareco o lark)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Paquinho em 2015-11-09 15:07:30
Sou um lesado do Costa. Há por aqui mais alguém que queira juntar-se a mim e invadir as delegações regionais do PS na expectativa de nos ser reposto o dinheiro perdido por esta acção do Kamarada Kosta?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 15:14:25
Como disse aqui, a minha opinião sobre este assunto desde o inicio foi a seguinte:

- A existir "coligação de esquerda" esta era apenas através de um "Acordo de Incidência Parlamentar" e não envolvia lugares no governo;
- Esse acordo era apenas um "Acordo de mínimos";

Posso também vos dizer que esse acordo já existia desde o final da reunião que ocorreu entre o PS e o BE e onde a Catarina Martins referiu a tal frase do "Governo de Passos e Portas ter acabado nesse dia".

Atenção: isto não é uma opinião - digo isto porque soube o que se passou nesse dia na reunião entre o PS e o BE.
A posição do PS e do António Costa a seguir a essa reunião, apenas ajudou a confirmar os factos que soube.

Esse acordo mínimo era na verdade um acordo que nessa altura só tinha esta medida: Impedir o governo de direita de se formar e governar.

Não tinha nenhuma medidas económica, política ou outra qualquer. Era apenas este o objectivo do acordo.

O "acordo" com o PCP era igual, pois também estes tinham o mesmo objectivo - impedir a PaF de governar.

Na prática, este "acordo" traduzia-se apenas em:
- Submissão de uma "Moção de Rejeição" ao programa da PaF.
- Apoio do PCP e do BE a um "Plano de Governo" liderado pelo PS no Parlamento.

Não contemplava rigorosamente mais nada.

O PS desejava (mas não contava) com a sua indigitação imediata pelo Presidente e o que levou, foi apenas um acordo onde referia que tinha o apoio dos deputados do BE e do PCP na assembleia para um Programa de Governo seu.

Se não se tivesse passado mais nada a seguir, o plano seria seguido normalmente. Mesmo que a PaF formasse governo primeiro, seria (como vai ser) rejeitada na Assembleia da República e o PS formaria governo a seguir.

Mas, o problema foram os discursos do Presidente da República, pelas "mensagens" que passou e pelas condições que colocou, obrigou a que o acordo que existia não chegasse e acabasse por necessitar de mais abrangência e estabilidade. Foi por isso que as reuniões com o BE e o PCP continuaram na tentativa do PS criar um acordo mais firme para apresentar ao PR, ou seja que envolvesse medidas especificas que garantissem mais o apoio do BE e do PCP para TODA a legislatura.

Esse "melhor" acordo com o BE foi conseguido. O mesmo já não se passou com o PCP.

Na verdade, o acordo do PCP é o mesmo acordo que foi discutido desde o inicio. Ou seja, é apenas a garantia que o PCP não reprova um "Plano de Governo" do PS, caso a PaF queira submeter uma moção de rejeição a esse governo.

Tudo o resto, será para vir a ser debatido no Parlamento. Incluindo os OEs - o PCP não dá nenhum apoio prévio a nenhuma medida do PS.

O PS, ontem, foi obrigado a seguir em frente com apenas isto. Mesmo com a "capa" de que isto é um "acontecimento histórico", na verdade, este acordo foi um insucesso entre o PS e o PCP, que não conseguiu melhor do que aquilo que o PCP lhe deu logo após o dia das eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 15:14:43
O factor interessante no meio desta história é a estratégia que foi seguida e que ainda não acabou...

Isto é um "jogo de boxe"...e apenas assistimos ao 1º Round.

A opinião do PS para as eleições de dia 04/Oct do PS, era a de que estas eleições seriam muito difíceis (ao contrário do que se dizia na opinião pública).

Essa opinião era fundamentada pelo facto do PS saber que o PSD/CDS tinha conseguido reunir (até habilmente) suficiente simpatia e apoios no último ano, com o crescimento da economia, com as ajudas dos factores externos que existiam e até com as decisões que o Passos Coelho e a Maria Luis Albuquerque tinham tomado desde o ano passado.

O PS sabia que a opinião de muitos votantes ao Centro era de que a PaF conseguiu "salvar" o país e conduzi-lo ao crescimento, mesmo após passar pelo período conturbado com a Troika. O PS sabia (e sabe) que o País está melhor e que foram feitas muitas coisas que tinham a concordância dos votantes mais ao centro.

Mas o PS também sabia que se o PSD e o CDS fossem coligados que havia uma melhor hipótese de alargar o espaço à esquerda (dos eleitores que não se identificavam com as acções da PaF) e que queriam votar fora desse sector. Foi essencialmente por essa razão que o PS começou a "defender" mais esse eleitorado, no sentido de ganhar votos nesse quadrante.

Assim, a estratégia do PS era ganhar (com maioria ou minoria) mas essencialmente era contribuir para alargar o espaço à esquerda numa luta contra a PaF.

Foi o que acabou por acontecer. O PSD e o CDS juntos perderam a maioria do parlamento pelo alargamento do espaço à esquerda, devido ao "voto contra" na PaF.

O António Costa sabia disto desde o inicio pois fazia parte da estratégia. Já agora, o PSD e o CDS também o sabiam..mas não tinham outra alternativa ao que fizeram.

Foi por isso que Antonio Costa não se demitiu. Foi por isso que fez o discurso que fez na noite de eleições. E é por isso que esta "coligação de esquerda" já existia antes de nascer.

Hoje, temos o António Costa com a "coroa" de ser a pessoa que conseguiu "um acordo histórico" na política portuguesa por ter unido as esquerdas.

O Presidente da República não tem outra hipótese senão indigitar António Costa como Primeiro Ministro (as outras alternativas são todas muito piores) e vamos ter o "2º Round" do jogo.

O PS e o António Costa podem ser várias coisas, mas burros ou ignorantes não são.

O PS sabe que um governo com António Costa será sempre um governo frágil, com várias limitações e com "duas camisas de forças" muito fortes que não irão permitir  governar como o PS gostava.

A estratégia para este 2º Round é simples: ir para eleições "assim que for possível".

Mas ir para eleições em breve é voltar a dar a vitória à PaF. Estes ainda gozam do capital de simpatia e apoio dos eleitores do Centro.

A estratégia é fazer durante algum tempo a aplicação de medidas claramente populistas de forma a reverter esse apoio para o PS e para a figura de António Costa.

Mostrar António Costa como "O" unificador da Esquerda que impediu a Austeridade, que repôs tudo o que os "outros" tiraram e fez "voz forte" à UE (próximos passos).

A expectativa é assim, de que daqui a 1 ano (antes do OE de 2017) o PS possa submeter-se a eleições e ganhar com maioria absoluta.

Algo que neste momento não teria qualquer hipótese.

(Há ainda mais sobre este assunto, mas não quero fazer posts mais longos)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 16:15:09
 O Camarada Costa  ja esta pensar eleicoes quer tirar votos catarina o malandro  :-X
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 16:44:47
O BE e o PCP sabem ao que vão.

Não há ingénuos neste jogo.

Eles não esperam ter que ajudar em nada mais do que o OE para 2016.

O BE e o PS sabem que podem ambos ganhar mostrando uma "boa figura" nas próximas eleições. O PCP é diferente e é muito mais intransigente. As suas sindicais tornam as "aberturas" e as estratégias internas mais complicadas.

A única coisa que o PS terá que controlar é qual o momento para se atirar para eleições. Não pode ser muito tarde (porque custa mais dinheiro) nem pode ser muito cedo (enquanto durar alguma simpatia pela PaF).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-09 16:51:36
O BE e o PCP sabem ao que vão.

Não há ingénuos neste jogo.

Eles não esperam ter que ajudar em nada mais do que o OE para 2016.

O BE e o PS sabem que podem ambos ganhar mostrando uma "boa figura" nas próximas eleições. O PCP é diferente e é muito mais intransigente. As suas sindicais tornam as "aberturas" e as estratégias internas mais complicadas.

A única coisa que o PS terá que controlar é qual o momento para se atirar para eleições. Não pode ser muito tarde (porque custa mais dinheiro) nem pode ser muito cedo (enquanto durar alguma simpatia pela PaF).

A simpatia pela PAF não diminui estando esta na oposição.
Tudo vai depender dos mercados.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 17:04:26
quem tenha família e amigos FPs e pensionistas é bom avisarem que não se habituem aos novos ordenados e pensões.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 17:05:51
A simpatia pela PAF não diminui estando esta na oposição.
Tudo vai depender dos mercados.

Sim, vai depender muito do que a PAF fizer na oposição.

Mas a PAF irá começar a sofrer do mesmo problema que o PS sofreu, que é o de não viabilizar nenhuma medida do PS nem estar disponível para compromissos políticos ou económicos com o PS. Ou seja, irá começar a ser vista como um "factor de bloqueio", de arrogância, de não considerar o interesse do país, etc.

Como oposição irão estar contra tudo o que o PS fizer, afirmar repetidamente que o governo do PS é ilegítimo, etc. etc.

O problema é que esse discurso ao fim de alguns meses deixa de funcionar e age contra a própria PaF.

E isso irá afectar a sua popularidade....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-09 17:08:52
A PAF, só tem que se abster de todas as medidas. (pela estabilidade do país)  ;D
Votar contra, nunca.
Quem tem que deitar abaixo este governo é a própria esquerda.

Também não vota a favor.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-09 17:29:52
Resumindo e concluindo: o país fica dependente daquilo que o Arménio Carlos quiser.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 17:30:04
o pânico e a histeria a proporcionarem uma excelente oportunidade de compra.

não resistiu onde eu esperava - substimei a histeria.

nos ~5220 é, como já disse, uma compra descarada.


quase lá...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 17:30:14
A PAF, só tem que se abster de todas as medidas. (pela estabilidade do país)  ;D
Votar contra, nunca.
Quem tem que deitar abaixo este governo é a própria esquerda.

Também não vota a favor.

Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.



Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 17:31:17
So vao passar medidas socialistas populistas   vai ser giro o proximo ano ;D

O lark   e como esta grafico dos depositos na banca   :-\
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 17:34:32
É um bom resumo da situação
Quanto vai durar o Governo de esquerda? (http://sol.pt/noticia/479187)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-09 17:43:54
A PAF, só tem que se abster de todas as medidas. (pela estabilidade do país)  ;D
Votar contra, nunca.
Quem tem que deitar abaixo este governo é a própria esquerda.

Também não vota a favor.

Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.

tens razão, era esquisito, mas era o melhor para o país.
Eliminavas logo o PCP e o BE. hehehehehe

sempre representavas melhor o voto do eleitorado de direita.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 17:48:53
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 17:50:06
já alguém entrevistou o Soares, o anti-comunista, para saber a opinião dele sobre este acordo ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 17:50:28
CDS e centro

PCP nao e nada centro e radical
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-09 17:51:53
É um bom resumo da situação
Quanto vai durar o Governo de esquerda? ([url]http://sol.pt/noticia/479187[/url])


É uma boa opinião sim.

Mas peca apenas por uma coisa: O António Costa não deixará que o PCP (ou o BE) o atirem ao chão. Antes disso chegar a acontecer atira-se ele próprio para eleições.

É a unica forma de ser ele controlar o processo e de não ficar na mão de ninguém.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-09 17:52:23
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.

Não é irrelevante. Lê o que foi escrito atrás
O PS não precisava do BE nem da CDU

Logo as medidas não são tão lesivas para o eleitorado de direita que votou PSD CDS
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thorn Gilts em 2015-11-09 17:57:37
http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/64-teses/344-2015-11-09-14-44-45 (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/64-teses/344-2015-11-09-14-44-45)

A teoria do partidarismo governativo (Partisan Theory) sugere que as empresas conseguem melhores resultados sobre um governo de direita do que de esquerda (Füss & Bechtel, 2008) e que um partido de esquerda tem mais inclinação de que um partido de direita para implementar politicas expansionista, designadamente menores taxas de desemprego e maior crescimento, mas correndo o risco de inflação extra (Hibbs, 1994); teoria perseguida por vários autores.

A teoria do ciclo do negócio político (Political Business Cycle Theory), ou ciclos presidenciais (Presidential Cycles) nos Estados Unidos da América (EUA), sugere que o governo em funções adota politicas económicas expansionistas, essencialmente focadas no aumento da despesa no caso de países que não têm controlo sobre a emissão da moeda (ex. países europeus), de forma a melhorar a situação económica e social e fazer subir o preço das ações pouco antes das próximas eleições, com o objetivo de ganharem mais votos.

Em Portugal, muitos são os jornais económicos que procuram no mercado bolsista a resposta a determinados eventos políticos, principalmente aos resultados das eleições. Esta ideia, por vezes confirmada por muitos especialistas e practitioners nas referidas publicações, leva-nos à necessidade (ou pelo menos à curiosidade) de obter uma resposta mais robusta sobre esta alegada interação entre o mercado bolsista português e a política de Portugal, em particular com os resultados eleitorais.

Para além da satisfação da curiosidade, uma resposta positiva que confirme essa interação pode ser uma oportunidade para alavancar explicações e testes aos modelos político-económicos existentes e, de acordo com Boix & Adserà (2001), investigar os efeitos da globalização sobre a discricionariedade politica deixada aos partidos. Observação particularmente pertinente para os países Europeus, que ao contrário dos EUA não têm controlo sobre a oferta de moeda (emissão de moeda e taxas de juros).

Se os mercados responderem aos resultados das eleições, de tal forma que sejam capazes de induzir as políticas dos partidos a convergir, então o partidarismo do governo terá tendência a desaparecer, deixando de haver uma forte distinção entre um governo de esquerda e de direita no que toca a questões essenciais à economia do país. 

O meio académico é fértil em trabalhos empíricos, teóricos e em discussões sobre a influência do partidarismo político do governo nas taxas de retorno dos mercados bolsitas (Schneider & Tröger 2006), sendo que uma das últimas fontes a estimular esse interesse é a atenção do público na evolução dos mercados bolsistas (Füss & Bechtel, 2006), não só em Portugal, como um pouco por todo o mundo.

Entre as várias publicações destacam-se as de:

Santa-Clara & Valkanov (2003), onde observaram que os retornos do mercado bolsista norte-americano é maior durante o governo do partido Democrático (esquerda, mais liberal) do que no governo do partido Republicano (direita, mais conservador). De referir que não existe um consenso sobre partidos de esquerda e direita, principalmente quando comparamos os Estados Unidos da América com os países da União Europeia, pelo que a comparação entre as duas realidades é difícil.

Leblang & Mukherjee (2005), onde examinaram o efeito do partidarismo governativo e as expectativas de uma vitória eleitoral por partidos de esquerda ou direita na média e a volatilidade do preço das ações dos mercados americanos e ingleses entre 1930 e 2000 e concluíram que as expectativas racionais de maior inflação sobre um governo de esquerda diminuiu o volume de ações negociadas no mercado bolsista e consequentemente da média e volatilidade no preço das ações; verificaram que tal acontecia quando o governo de esquerda estava em funções, como quando era esperado que fosse um governo de esquerda a ganhar as eleições. Por outro lado, a expectativa de uma inflação mais baixa numa governação de direita levava a um maior volume de ações transacionadas e em consequência um aumento da média e da volatilidade no preço das ações durante a governação de direita, verificaram o mesmo comportamento quando era expectável que fosse um governo de direita a ganhar as eleições.

Füss & Bechtel, (2008), onde observam que o desempenho das ações de pequenas empresas alemãs estava positiva e negativamente relacionada com a probabilidade de um partido (coligação) de direita e de esquerda ganhar as eleições respetivamente. Referem o exemplo da queda rápida do índice bolsista alemão depois da vitória do Sozialdemokratische Partei Deutschlands (SPD), que é o Partido Social Democrático na Alemanha, considerado de centro-esquerda, contra a Christlich Demokratische Union Deutschlands (CDU) que é a Coligação Democrática Crista, considerada de centro-direita, nas eleições federais de 2002.

Döpke and Pierdzioch (2006), onde analisaram os movimentos bolsistas do mercado alemão com as políticas germânicas e concluíram que não existiam diferenças estatisticamente significativas entre um governo de direita ou de esquerda. Mas por outro lado, concluíram que os retornos do mercado de ações afetou a popularidade dos governos alemães.

Arin, Mochanov & Reich (2007), onde analisaram um conjunto de variáveis políticas para 17 democracias e concluíram a relação entre essas variáveis políticas e os retornos das ações era fraca. Dão dois exemplos “anedóticos”, o do mercado acionistas turco que atingiu o seu máximo histórico no dia seguinte ao anúncio dos resultados das eleições de 2007 e a resposta positiva do preço das obrigações polacas depois da queda do governo liderado por J. Kaczynski.

Stoian & Tatu-Cornea (2015), onde o seu estudo cobriu os anos de 2000 a 2010 e os 20 países da União Europeia, produzindo várias regressões utilizando variáveis politicas, financeiras e económicas, tendo concluindo que os mercados tem uma melhor performance em governos de direita. Sendo que os resultados foram consistentes para economias europeias desenvolvidas, mas sem evidências robustas para os mercados emergentes da União Europeia. Estes autores concluíram ainda que os retornos dos mercados bolsistas europeus não estão necessariamente relacionados com as crenças acerca das taxas de desemprego, inflação, deficit e divida. Avança mesmo que os investidores devem focar-se mais nas ações do Banco Central Europeu (BCE) sobre as taxas de juro, do que sobre os resultados das eleições.

Pantzalis et al. (2000), onde analisaram os retornos dos mercados acionistas em 33 países no período das eleições e observaram que os retornos dos principais índices desses países eram significativamente positivos nas duas semanas antes da semana das eleições. Eles observaram ainda retornos anormais fortes para eleições com elevado grau de incerteza, em particular, em países com avaliações baixas na política, economia e liberdade de empresa e em eleições em que o partido no poder perde.

São pois vários os estudos empíricos a observar os efeitos da política governativa e das eleições nos mercados bolsistas, mas longe de serem consensuais, com exceção do mercado norte-americano onde tais evidências tem sido mais e melhor documentadas, como no supra citado estudo de Santa-Clara and Valkanov (2003) e Leblang & Mukherjee (2005).

Sublinhe-se que, ao contrário dos países Europeus, os EUA têm controlo sobre a oferta de moeda, pelo que as suas estratégias político-monetárias têm necessariamente impacto nos retornos das ações. Por exemplo, para Viana & Santos (2010), ignorar o efeito da quantitative easing (QE) no mercado bolsista é como tocar piano só com um dedo, em que pode até resultar numa certa melodia mas incompleta, pois essa política monetária é extremamente agressiva e com grande impacto nos retornos do mercado bolsista. Significa isto que as eleições presidências nos EUA deverão ter impacto na alteração ou manutenção das expectativas e esperança dos intervenientes no mercado bolsista e agentes económicos e, ceteris paribus, consequentemente nos retornos pós-eleitorais do mercado bolsista como observaram alguns dos autores supra citados, mas não é possível endereçar imediata e diretamente tal comportamento aos mercados Europeus, onde os governos não tem o mesmo controlo sobre a oferta de moeda que os EUA tem.

Sem pretendermos colocar em causa a Political Business Cycle Theory e/ou Partisan Theory, a verdade é que é difícil acreditar que uma estratégia tão simples, baseada meramente no resultado das eleições, possa influenciar a dinâmica de preços de forma consistente, já que se fosse assim e os retornos verificados fossem além de uma sessão de bolsa depois das eleições, seria simples gerar dinheiro consistentemente e, aparentemente, sem grandes riscos de cálculo. Para além de que teríamos de observar uma condição ceteris paribus para as restantes variáveis suscetíveis de influenciar os retornos do mercado bolsista, que é o mesmo que dizer que as variáveis relacionadas com as eleições teriam de explicar em grande percentagem e predizer significativamente tais retornos.

Nesse pressuposto, o presente trabalho não se debruçou sobre a Political Business Cycle Theory, que levaria a uma analise do período pré-eleitoral e teria de se considerar uma serie de variáveis mudas, tais como as medidas politicas geralmente adotadas à luz dessa teoria e nem tão pouco confirmar ou recusar a Partisan Theory, pois o principal foco de interesse neste trabalho é analisar o impacto da eleição de um governo de esquerda e de direita nos retornos do mercado bolsista nos dias imediatamente seguintes à apresentação do resultado das eleições, ou seja, a forma como os participantes no mercado bolsistas interpretam esses resultados. Dito de outra forma, o que aqui se pretende observar é se o mercado reage às eleições e aceita, à priori, a Partisan Theory, podendo assim estabelecer uma estratégia de negociação assente no resultado das eleições, ou se simplesmente a ignora/recusa a teoria, não havendo forma de lucrar no mercado bolsistas com base nessa estratégia.

Assumimos que existem outros fatores suscetíveis de afetar os retornos das ações, nomeadamente os ciclos políticos, instabilidade, fragmentação, variáveis monetárias, e crescimento do produto interno bruto (PIB) que não foram aqui consideradas. Tal decisão assenta no facto do período analisado (após eleições) ser bastante curto, cobrindo apenas períodos de um, cinco e vinte e duas sessões de bolsa. Para períodos maiores, por exemplo para um ou mais ciclos eleitorais sobre uma mesma governação partidária, tais fatores deveriam ser considerados nas regressões através da utilização de variáveis mudas.

No entanto, na busca de uma maior robustez dos resultados, utilizou-se uma variável muda para caracterizar o período de bear market e bull market, mas em vez de ser para o mercado português, optou-se pelos ciclos bolsistas do mercado americano, no caso do índice S&P500. A escolha pelo índice S&P500 para determinar o ciclo bolsista deveu-se à necessidade de procurar algo que influencie o comportamento dos retornos do índice português (e o ciclo bolsista do mercado americano é suscetível de influenciar os restantes mercados), mas que não sejam os próprios retornos a formar essa variável (como aconteceria se o ciclo bolsista fosse determinado pelo comportamento do PSI 20).

As ações com baixo free-float, ilíquidas e de pequena capitalização bolsista registam um maior número de uninformed traders e, consequentemente, mais mispricing e menos eficiência (Viana, 2015), o que poderia afetar os resultados deste trabalho. De forma a ultrapassar esse constrangimento, os retornos do mercado bolsista foram medidas através dos retornos diários do principal índice bolsista português, o PSI20, onde supostamente encontramos as empresas com maior capitalização bolsista, maior free-float e mais líquidas. Para além disso é uma forma de vermos o mercado bolsista português como um todo, em vez de analisarmos os retornos de cada empresa cotada.

Os dados utilizados foram os preços diários do índice PSI20 desde 04/01/1999 até 02/10/2015 obtidos na Euronext e os resultados eleitorais desde 1999 até 2015 obtidos na Comissão Nacional de Eleições.

Com base no preços diários do índice PSI20 calculamos os retornos diários, de cinco sessões e de vinte e duas sessões e de forma a verificar se tais retornos são influenciados pelo resultado das eleições, as mesmas foram utilizados como potenciais preditoras dos retornos obtidos na primeira sessão, nas primeiras cinco sessões e nas primeiras vinte e duas sessões de bolsa imediatamente seguinte(s) à divulgação dos resultados eleitorais num modelo de regressão linear múltipla.

A análise de regressão linear múltipla é feita para os retornos diários, cinco sessões e de vinte e duas sessões e para as variáveis proditórias que assumem um código ternário de 0 para sessão normal de bolsa (sem interferência das eleições), 1 eleições ganhas por partido de esquerda e 2 para eleições ganhas por partido de direita (designamos esta variável como “esquerda direita”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições (designamos esta variável como “eleições”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições ganhas por um partido diferente daquele que estava no poder (designamos esta variável como “alteração do governo”) e um código binário de 0 para bull market e 1 para bear market (designamos esta variável como “ciclo bolsista”).

Tabela 1 Análise de regressão linear múltipla dos retornos das ações para as variáveis eleições

 retornos psi 20 vs eleições

Valores em itálico correspondem ao valor p.

O R2 apresentado é o ajustado.

Desta tabela constata-se que as eleições não têm influência significativa nas taxas de retorno, tanto para a primeira sessão de bolsa depois de apresentados os resultados das eleições, como para as cinco e vinte e duas sessões seguintes, seja tanto nos retornos diários, como nos retornos registados ao fim de cinco sessões de bolsa (uma semana) ou vinte e duas sessões de bolsa (aproximadamente um mês), pois o valor p é, em todas elas, maior que 0.05. Por outro lado, a variável “ciclo bolsista” (bear market ou bull market) revelou-se um preditor significativo dos retornos do índice PSI 20 (valor p<0.01), ou seja, os ciclos de bolsa do mercado americano (S&P500) respondem em 0.56% (R2ajustado=0.0056) pelos retornos do diários mercado português (PSI20) e em 1.97% e 8.58% para os retornos semanais e mensais; o que não é surpresa.

Verifica-se então que o mercado bolsista é neutral às expectativas que os retornos sigam de acordo com Partisan Theory e tão pouco as eleições são suscetíveis de se revelarem, de algum modo, um preditor significativo dos retornos do mercado nas sessões seguintes às eleições.

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Viana, Octávio, 2015. Pairs Trading: Hedging with an edge?, Tese de doutoramento. Universidade Portucalense

Viana, Octávio & Santos, Paulo 2010. Don’t fight the FED: Quantitative Easing. Associação de Investidores e Analistas Técnicos. http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/63-artigos/87-quantitative-easing (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/63-artigos/87-quantitative-easing)

*Octávio Viana, doutorado em gestão de empresas, é presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, consultor da administração da Dif Broker Sociedade Financeira S.A. e consultor de várias pequenas e médias empresas.

**Sandra Ramos, doutorada em estatística e Investigação operacional (especialização em Probabilidade de Estatística), professora do Instituto Superior de Engenharia do Porto

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 18:03:17
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.

Não é irrelevante. Lê o que foi escrito atrás
O PS não precisava do BE nem da CDU

Logo as medidas não são tão lesivas para o eleitorado de direita que votou PSD CDS

O PS precisava do BE e da CDU para deitar o governo abaixo e governar sozinho, com o acordo de incidência parlamentar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thorn Gilts em 2015-11-09 18:09:58
http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/64-teses/344-2015-11-09-14-44-45 (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/64-teses/344-2015-11-09-14-44-45)

A teoria do partidarismo governativo (Partisan Theory) sugere que as empresas conseguem melhores resultados sobre um governo de direita do que de esquerda (Füss & Bechtel, 2008) e que um partido de esquerda tem mais inclinação de que um partido de direita para implementar politicas expansionista, designadamente menores taxas de desemprego e maior crescimento, mas correndo o risco de inflação extra (Hibbs, 1994); teoria perseguida por vários autores.

A teoria do ciclo do negócio político (Political Business Cycle Theory), ou ciclos presidenciais (Presidential Cycles) nos Estados Unidos da América (EUA), sugere que o governo em funções adota politicas económicas expansionistas, essencialmente focadas no aumento da despesa no caso de países que não têm controlo sobre a emissão da moeda (ex. países europeus), de forma a melhorar a situação económica e social e fazer subir o preço das ações pouco antes das próximas eleições, com o objetivo de ganharem mais votos.

Em Portugal, muitos são os jornais económicos que procuram no mercado bolsista a resposta a determinados eventos políticos, principalmente aos resultados das eleições. Esta ideia, por vezes confirmada por muitos especialistas e practitioners nas referidas publicações, leva-nos à necessidade (ou pelo menos à curiosidade) de obter uma resposta mais robusta sobre esta alegada interação entre o mercado bolsista português e a política de Portugal, em particular com os resultados eleitorais.

Para além da satisfação da curiosidade, uma resposta positiva que confirme essa interação pode ser uma oportunidade para alavancar explicações e testes aos modelos político-económicos existentes e, de acordo com Boix & Adserà (2001), investigar os efeitos da globalização sobre a discricionariedade politica deixada aos partidos. Observação particularmente pertinente para os países Europeus, que ao contrário dos EUA não têm controlo sobre a oferta de moeda (emissão de moeda e taxas de juros).

Se os mercados responderem aos resultados das eleições, de tal forma que sejam capazes de induzir as políticas dos partidos a convergir, então o partidarismo do governo terá tendência a desaparecer, deixando de haver uma forte distinção entre um governo de esquerda e de direita no que toca a questões essenciais à economia do país. 

O meio académico é fértil em trabalhos empíricos, teóricos e em discussões sobre a influência do partidarismo político do governo nas taxas de retorno dos mercados bolsitas (Schneider & Tröger 2006), sendo que uma das últimas fontes a estimular esse interesse é a atenção do público na evolução dos mercados bolsistas (Füss & Bechtel, 2006), não só em Portugal, como um pouco por todo o mundo.

Entre as várias publicações destacam-se as de:

Santa-Clara & Valkanov (2003), onde observaram que os retornos do mercado bolsista norte-americano é maior durante o governo do partido Democrático (esquerda, mais liberal) do que no governo do partido Republicano (direita, mais conservador). De referir que não existe um consenso sobre partidos de esquerda e direita, principalmente quando comparamos os Estados Unidos da América com os países da União Europeia, pelo que a comparação entre as duas realidades é difícil.

Leblang & Mukherjee (2005), onde examinaram o efeito do partidarismo governativo e as expectativas de uma vitória eleitoral por partidos de esquerda ou direita na média e a volatilidade do preço das ações dos mercados americanos e ingleses entre 1930 e 2000 e concluíram que as expectativas racionais de maior inflação sobre um governo de esquerda diminuiu o volume de ações negociadas no mercado bolsista e consequentemente da média e volatilidade no preço das ações; verificaram que tal acontecia quando o governo de esquerda estava em funções, como quando era esperado que fosse um governo de esquerda a ganhar as eleições. Por outro lado, a expectativa de uma inflação mais baixa numa governação de direita levava a um maior volume de ações transacionadas e em consequência um aumento da média e da volatilidade no preço das ações durante a governação de direita, verificaram o mesmo comportamento quando era expectável que fosse um governo de direita a ganhar as eleições.

Füss & Bechtel, (2008), onde observam que o desempenho das ações de pequenas empresas alemãs estava positiva e negativamente relacionada com a probabilidade de um partido (coligação) de direita e de esquerda ganhar as eleições respetivamente. Referem o exemplo da queda rápida do índice bolsista alemão depois da vitória do Sozialdemokratische Partei Deutschlands (SPD), que é o Partido Social Democrático na Alemanha, considerado de centro-esquerda, contra a Christlich Demokratische Union Deutschlands (CDU) que é a Coligação Democrática Crista, considerada de centro-direita, nas eleições federais de 2002.

Döpke and Pierdzioch (2006), onde analisaram os movimentos bolsistas do mercado alemão com as políticas germânicas e concluíram que não existiam diferenças estatisticamente significativas entre um governo de direita ou de esquerda. Mas por outro lado, concluíram que os retornos do mercado de ações afetou a popularidade dos governos alemães.

Arin, Mochanov & Reich (2007), onde analisaram um conjunto de variáveis políticas para 17 democracias e concluíram a relação entre essas variáveis políticas e os retornos das ações era fraca. Dão dois exemplos “anedóticos”, o do mercado acionistas turco que atingiu o seu máximo histórico no dia seguinte ao anúncio dos resultados das eleições de 2007 e a resposta positiva do preço das obrigações polacas depois da queda do governo liderado por J. Kaczynski.

Stoian & Tatu-Cornea (2015), onde o seu estudo cobriu os anos de 2000 a 2010 e os 20 países da União Europeia, produzindo várias regressões utilizando variáveis politicas, financeiras e económicas, tendo concluindo que os mercados tem uma melhor performance em governos de direita. Sendo que os resultados foram consistentes para economias europeias desenvolvidas, mas sem evidências robustas para os mercados emergentes da União Europeia. Estes autores concluíram ainda que os retornos dos mercados bolsistas europeus não estão necessariamente relacionados com as crenças acerca das taxas de desemprego, inflação, deficit e divida. Avança mesmo que os investidores devem focar-se mais nas ações do Banco Central Europeu (BCE) sobre as taxas de juro, do que sobre os resultados das eleições.

Pantzalis et al. (2000), onde analisaram os retornos dos mercados acionistas em 33 países no período das eleições e observaram que os retornos dos principais índices desses países eram significativamente positivos nas duas semanas antes da semana das eleições. Eles observaram ainda retornos anormais fortes para eleições com elevado grau de incerteza, em particular, em países com avaliações baixas na política, economia e liberdade de empresa e em eleições em que o partido no poder perde.

São pois vários os estudos empíricos a observar os efeitos da política governativa e das eleições nos mercados bolsistas, mas longe de serem consensuais, com exceção do mercado norte-americano onde tais evidências tem sido mais e melhor documentadas, como no supra citado estudo de Santa-Clara and Valkanov (2003) e Leblang & Mukherjee (2005).

Sublinhe-se que, ao contrário dos países Europeus, os EUA têm controlo sobre a oferta de moeda, pelo que as suas estratégias político-monetárias têm necessariamente impacto nos retornos das ações. Por exemplo, para Viana & Santos (2010), ignorar o efeito da quantitative easing (QE) no mercado bolsista é como tocar piano só com um dedo, em que pode até resultar numa certa melodia mas incompleta, pois essa política monetária é extremamente agressiva e com grande impacto nos retornos do mercado bolsista. Significa isto que as eleições presidências nos EUA deverão ter impacto na alteração ou manutenção das expectativas e esperança dos intervenientes no mercado bolsista e agentes económicos e, ceteris paribus, consequentemente nos retornos pós-eleitorais do mercado bolsista como observaram alguns dos autores supra citados, mas não é possível endereçar imediata e diretamente tal comportamento aos mercados Europeus, onde os governos não tem o mesmo controlo sobre a oferta de moeda que os EUA tem.

Sem pretendermos colocar em causa a Political Business Cycle Theory e/ou Partisan Theory, a verdade é que é difícil acreditar que uma estratégia tão simples, baseada meramente no resultado das eleições, possa influenciar a dinâmica de preços de forma consistente, já que se fosse assim e os retornos verificados fossem além de uma sessão de bolsa depois das eleições, seria simples gerar dinheiro consistentemente e, aparentemente, sem grandes riscos de cálculo. Para além de que teríamos de observar uma condição ceteris paribus para as restantes variáveis suscetíveis de influenciar os retornos do mercado bolsista, que é o mesmo que dizer que as variáveis relacionadas com as eleições teriam de explicar em grande percentagem e predizer significativamente tais retornos.

Nesse pressuposto, o presente trabalho não se debruçou sobre a Political Business Cycle Theory, que levaria a uma analise do período pré-eleitoral e teria de se considerar uma serie de variáveis mudas, tais como as medidas politicas geralmente adotadas à luz dessa teoria e nem tão pouco confirmar ou recusar a Partisan Theory, pois o principal foco de interesse neste trabalho é analisar o impacto da eleição de um governo de esquerda e de direita nos retornos do mercado bolsista nos dias imediatamente seguintes à apresentação do resultado das eleições, ou seja, a forma como os participantes no mercado bolsistas interpretam esses resultados. Dito de outra forma, o que aqui se pretende observar é se o mercado reage às eleições e aceita, à priori, a Partisan Theory, podendo assim estabelecer uma estratégia de negociação assente no resultado das eleições, ou se simplesmente a ignora/recusa a teoria, não havendo forma de lucrar no mercado bolsistas com base nessa estratégia.

Assumimos que existem outros fatores suscetíveis de afetar os retornos das ações, nomeadamente os ciclos políticos, instabilidade, fragmentação, variáveis monetárias, e crescimento do produto interno bruto (PIB) que não foram aqui consideradas. Tal decisão assenta no facto do período analisado (após eleições) ser bastante curto, cobrindo apenas períodos de um, cinco e vinte e duas sessões de bolsa. Para períodos maiores, por exemplo para um ou mais ciclos eleitorais sobre uma mesma governação partidária, tais fatores deveriam ser considerados nas regressões através da utilização de variáveis mudas.

No entanto, na busca de uma maior robustez dos resultados, utilizou-se uma variável muda para caracterizar o período de bear market e bull market, mas em vez de ser para o mercado português, optou-se pelos ciclos bolsistas do mercado americano, no caso do índice S&P500. A escolha pelo índice S&P500 para determinar o ciclo bolsista deveu-se à necessidade de procurar algo que influencie o comportamento dos retornos do índice português (e o ciclo bolsista do mercado americano é suscetível de influenciar os restantes mercados), mas que não sejam os próprios retornos a formar essa variável (como aconteceria se o ciclo bolsista fosse determinado pelo comportamento do PSI 20).

As ações com baixo free-float, ilíquidas e de pequena capitalização bolsista registam um maior número de uninformed traders e, consequentemente, mais mispricing e menos eficiência (Viana, 2015), o que poderia afetar os resultados deste trabalho. De forma a ultrapassar esse constrangimento, os retornos do mercado bolsista foram medidas através dos retornos diários do principal índice bolsista português, o PSI20, onde supostamente encontramos as empresas com maior capitalização bolsista, maior free-float e mais líquidas. Para além disso é uma forma de vermos o mercado bolsista português como um todo, em vez de analisarmos os retornos de cada empresa cotada.

Os dados utilizados foram os preços diários do índice PSI20 desde 04/01/1999 até 02/10/2015 obtidos na Euronext e os resultados eleitorais desde 1999 até 2015 obtidos na Comissão Nacional de Eleições.

Com base no preços diários do índice PSI20 calculamos os retornos diários, de cinco sessões e de vinte e duas sessões e de forma a verificar se tais retornos são influenciados pelo resultado das eleições, as mesmas foram utilizados como potenciais preditoras dos retornos obtidos na primeira sessão, nas primeiras cinco sessões e nas primeiras vinte e duas sessões de bolsa imediatamente seguinte(s) à divulgação dos resultados eleitorais num modelo de regressão linear múltipla.

A análise de regressão linear múltipla é feita para os retornos diários, cinco sessões e de vinte e duas sessões e para as variáveis proditórias que assumem um código ternário de 0 para sessão normal de bolsa (sem interferência das eleições), 1 eleições ganhas por partido de esquerda e 2 para eleições ganhas por partido de direita (designamos esta variável como “esquerda direita”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições (designamos esta variável como “eleições”), um código binário de 0 para sessão normal de bolsa e 1 para eleições ganhas por um partido diferente daquele que estava no poder (designamos esta variável como “alteração do governo”) e um código binário de 0 para bull market e 1 para bear market (designamos esta variável como “ciclo bolsista”).

Tabela 1 Análise de regressão linear múltipla dos retornos das ações para as variáveis eleições

 retornos psi 20 vs eleições

Valores em itálico correspondem ao valor p.

O R2 apresentado é o ajustado.

Desta tabela constata-se que as eleições não têm influência significativa nas taxas de retorno, tanto para a primeira sessão de bolsa depois de apresentados os resultados das eleições, como para as cinco e vinte e duas sessões seguintes, seja tanto nos retornos diários, como nos retornos registados ao fim de cinco sessões de bolsa (uma semana) ou vinte e duas sessões de bolsa (aproximadamente um mês), pois o valor p é, em todas elas, maior que 0.05. Por outro lado, a variável “ciclo bolsista” (bear market ou bull market) revelou-se um preditor significativo dos retornos do índice PSI 20 (valor p<0.01), ou seja, os ciclos de bolsa do mercado americano (S&P500) respondem em 0.56% (R2ajustado=0.0056) pelos retornos do diários mercado português (PSI20) e em 1.97% e 8.58% para os retornos semanais e mensais; o que não é surpresa.

Verifica-se então que o mercado bolsista é neutral às expectativas que os retornos sigam de acordo com Partisan Theory e tão pouco as eleições são suscetíveis de se revelarem, de algum modo, um preditor significativo dos retornos do mercado nas sessões seguintes às eleições.

Bibliografia

Arin, K. Peren; Molchanov, Alexander and Reich, Otto F., 2001, Politics, Stock Markets, and Model Uncertainty. SSRN: http://ssrn.com/abstract=1010251 (http://ssrn.com/abstract=1010251) or http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1010251 (http://dx.doi.org/10.2139/ssrn.1010251)

Döpke, Jörk; Pierdzioch, Christian, 2005, Politics and the Stock Market: Evidence from Germany, European Journal of Political Economy 12/2006; 22(4):925-943. DOI: 10.1016/j.ejpoleco.2005.11.004

Füss, R.; Bechtel, M. M., 2008, Partisan politics and stock market performance: The effect of expected government partisanship on stock returns in the 2002 German federal election. Public Choice, 135 (3/4): 131-150.

Hibbs Jr, Douglas A., 1994, Economics & Politics Vol. 6, Edição 1, pp. 1–23

Pantzalis, C.; Stangeland, D. A.; Turtle, H. J., 2000, Political elections and the resolution of uncertainty: The international evidence. Journal of Banking and Finance 24 (10): 1,575-1,604

Stoian, Andreea; Tatu-Cornea, Delia , 2015, What do European stock markets prefer? Left or right governments?, Managerial Finance, Vol. 41 Iss: 10, pp.1096 –1111

Viana, Octávio, 2015. Pairs Trading: Hedging with an edge?, Tese de doutoramento. Universidade Portucalense

Viana, Octávio & Santos, Paulo 2010. Don’t fight the FED: Quantitative Easing. Associação de Investidores e Analistas Técnicos. http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/63-artigos/87-quantitative-easing (http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/artigos-e-teses/63-artigos/87-quantitative-easing)

*Octávio Viana, doutorado em gestão de empresas, é presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, consultor da administração da Dif Broker Sociedade Financeira S.A. e consultor de várias pequenas e médias empresas.

**Sandra Ramos, doutorada em estatística e Investigação operacional (especialização em Probabilidade de Estatística), professora do Instituto Superior de Engenharia do Porto


Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 18:15:11
Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
Isto para mim é a parte mais surpreendente. Esperaria um aumento na volatilidade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 18:17:16
PS corta no investimento público para pagar salários (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-09-PS-corta-no-investimento-publico-para-pagar-salarios)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 18:17:37
QE  novo paragdima

e como dizes isto e ver ate onde BCE deixa ir

o Costa nao e agressivo como o varoufakis :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thorn Gilts em 2015-11-09 18:18:47
Embora aqui não esteja, o impacto antes também não é significativo. A volatilidade também não sobre alterações em função dos resultados ou na incerteza dos mesmos.
Isto para mim é a parte mais surpreendente. Esperaria um aumento na volatilidade.

Eu também, mas não é estatisticamente significativo. Há muitas coisas durante 4 anos que devem ter impacto identico ao das eleições.....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 18:23:44
accoes Grecia  subiram no dia    tsipras ganhou elecoes  pela primeira vez so mais tarde cairam


os depositos ja estavam fuga a muito tempo


para mim um bom indicador sao depositos bancarios


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 18:27:58

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 18:29:36
camaradas !

este acordo eh uma fraude !!!!!!!!!!!!!!

"Acordo de esquerda não garante aprovação de orçamentos, apenas “apreciação conjunta” "

[url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/08/liveblog-atualidade-politica-8-nov-2015/[/url])

com link e tudo, lark


Mas se as tais medidas forem reais, o BE e PCP passam tudo ...


Se a economia começar a dar para o torto, começam a exigir mais e a dizer que o PS não estimula suficientemente o consumo e que está feito com o capital.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-09 18:32:04
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-09 18:34:48
Não existe acordo nenhum para aprovação dos 4 orçamentos, assinado.
Não existe acordo , existem condições como disso o PCP.

O A. Costa agarra-se ao seu último trufo, um duque , estar no Poder e distribuir
dinheiro e nomeações.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 18:35:46
Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.

Se o PS for governo, acho que o PSD e CDS vão votar contra o OE, mas na pratica o voto deles não vai ter relevância, pq PSD e CDS não têm deputados suficientes para deitar o governo abaixo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-09 18:37:26

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

Padarias, cafés, lojas de pronto-a-vestir...vão cair que nem um castelo de cartas. Há pessoal que não têm mesmo noção de que 90% do tecido empresarial são micro, pequenas e médias empresas. E que dentro das micro, há muitas a pagar o SMN não porque sejam selvagens a explorar os trabalhadores, mas porque pura e simplesmente não podem. Em muitas o empresário trabalha na loja e ganha pouco mais de 800 euros. Num mês bom.  :D

Gente sem noção. HASTA LA VITORIA..SIEMPRE!!!!!!!!!!!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 18:39:15
estao euro  e querem aumentar salario minimo

sendo pais esquerdista de idiologia nunca mais o baixam

ficam com 30% desemprego  como os gregos  mas cheios moral porque decretaram


o patronato e dos mais endividados da europa  dass


12% desemprego 20% receber salario minimo   
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 18:40:14
uma das coisas engracadas do acordo eh que impede qqs privatizacoes, isso quer dizer que nao vao poder mascarar o defice com receitas extraordinarias
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 18:41:23
estao euro  e querem aumentar salario minimo

sendo pais esquerdista de idiologia nunca mais o baixam

ficam com 30% desemprego  como os gregos  mas cheios moral porq

moral tipo varoufakis, que foi para la afundar a grecia e ainda acha que eh heroi do povo
eh gente louca e egocentrica
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 18:42:14

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 18:48:10
A PAF, só tem que se abster de todas as medidas. (pela estabilidade do país)  ;D
Votar contra, nunca.
Quem tem que deitar abaixo este governo é a própria esquerda.

Também não vota a favor.

Não é simples.

Abster pode significar aceitar deixar passar medidas deste governo. E essa aceitação ser vista como uma aceitação do próprio governo em si (ou seja deixar de ser "ilegítimo").

Abster é apenas reduzir o nº de votos necessários que podem aprovar a medida. Dos 230 totais se os 107 da PAF se abstiverem, significa que bastam apenas 62 votos para aprovar uma medida (e o PS têm 86).

Ou seja, no fundo se a PaF se abstiver é o mesmo que aprovar.

Para as medidas passarem à esquerda são precisos votos a favor de ambos, BE e PCP. Votar a favor é concordar. Se não se concorda, não se tem que votar a favor. A PAF apenas precisa de se abster. Pode dizer: não concordamos muito, mas não queremos instabilidade e não queremos que o PS tenha que ceder mais ao PCP. 
Se a economia mundial estiver a crescer, a PAF pode abster-se de vez em quando. Se as coisas começarem a aquecer, é só ir votando contra. Nessa altura o PCP e BE tÊm que optar entre queimarem-se ou acabar com o governo do Costa e dar o poder à direita. E como ambos não gostam de calor...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-09 18:49:06
quem tenha família e amigos FPs e pensionistas é bom avisarem que não se habituem aos novos ordenados e pensões.
Já avisei cá em casa que o que vai ser oferecido pelos bondosos lunáticos vai ter que ser posto de lado para pagar o aumento de impostos sobre mais valias (mas ninguém me leva a sério... padeço do mesmo mal de credibilidade da Catarina)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 18:50:23
continuo a não saber de onde vem o número mágico de 600€. porque não 650 ou 700, que sempre era melhor para a vida digna e para a dinamização da economia ?
deve haver alguém no governo (isto é assim em todos os governos) que acha que sabe mais sobre aquilo que as empresas podem e devem pagar do que elas próprias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 18:53:21
O que era potencialmente previsivel era entenderem-se. Até eu disse logo isso, que a pressão dentro do PS para um entendimento seria esmagadora, que há milhares de pessoas que precisam que o seu partido esteja no governo regularmente (seja PS, seja PSD), e portanto estão dispostas a abdicar de muitos princípios para o conseguirem.

O que não era tão previsível é que capitulassem tanto em termos de medidas pedidas pelo BE e PCP.

eu previ isso, nao ? (ja pareco o lark)

Sim, tu previste que a única forma de o PCP chegar a um acordo era o Costa baixar as calças até ao chão, o que o Costa fez.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-09 18:53:47
quem tenha família e amigos FPs e pensionistas é bom avisarem que não se habituem aos novos ordenados e pensões.
Já avisei cá em casa que o que vai ser oferecido pelos bondosos lunáticos vai ter que ser posto de lado para pagar o aumento de impostos sobre mais valias (mas ninguém me leva a sério... padeço do mesmo mal de credibilidade da Catarina)

O melhor é poupar e enviá-lo para outras paragens.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 18:55:19
Como disse aqui, a minha opinião sobre este assunto desde o inicio foi a seguinte:

- A existir "coligação de esquerda" esta era apenas através de um "Acordo de Incidência Parlamentar" e não envolvia lugares no governo;
- Esse acordo era apenas um "Acordo de mínimos";

Posso também vos dizer que esse acordo já existia desde o final da reunião que ocorreu entre o PS e o BE e onde a Catarina Martins referiu a tal frase do "Governo de Passos e Portas ter acabado nesse dia".

Atenção: isto não é uma opinião - digo isto porque soube o que se passou nesse dia na reunião entre o PS e o BE.
A posição do PS e do António Costa a seguir a essa reunião, apenas ajudou a confirmar os factos que soube.

Esse acordo mínimo era na verdade um acordo que nessa altura só tinha esta medida: Impedir o governo de direita de se formar e governar.

Não tinha nenhuma medidas económica, política ou outra qualquer. Era apenas este o objectivo do acordo.

O "acordo" com o PCP era igual, pois também estes tinham o mesmo objectivo - impedir a PaF de governar.

Na prática, este "acordo" traduzia-se apenas em:
- Submissão de uma "Moção de Rejeição" ao programa da PaF.
- Apoio do PCP e do BE a um "Plano de Governo" liderado pelo PS no Parlamento.

Não contemplava rigorosamente mais nada.

O PS desejava (mas não contava) com a sua indigitação imediata pelo Presidente e o que levou, foi apenas um acordo onde referia que tinha o apoio dos deputados do BE e do PCP na assembleia para um Programa de Governo seu.

Se não se tivesse passado mais nada a seguir, o plano seria seguido normalmente. Mesmo que a PaF formasse governo primeiro, seria (como vai ser) rejeitada na Assembleia da República e o PS formaria governo a seguir.

Mas, o problema foram os discursos do Presidente da República, pelas "mensagens" que passou e pelas condições que colocou, obrigou a que o acordo que existia não chegasse e acabasse por necessitar de mais abrangência e estabilidade. Foi por isso que as reuniões com o BE e o PCP continuaram na tentativa do PS criar um acordo mais firme para apresentar ao PR, ou seja que envolvesse medidas especificas que garantissem mais o apoio do BE e do PCP para TODA a legislatura.

Esse "melhor" acordo com o BE foi conseguido. O mesmo já não se passou com o PCP.

Na verdade, o acordo do PCP é o mesmo acordo que foi discutido desde o inicio. Ou seja, é apenas a garantia que o PCP não reprova um "Plano de Governo" do PS, caso a PaF queira submeter uma moção de rejeição a esse governo.

Tudo o resto, será para vir a ser debatido no Parlamento. Incluindo os OEs - o PCP não dá nenhum apoio prévio a nenhuma medida do PS.

O PS, ontem, foi obrigado a seguir em frente com apenas isto. Mesmo com a "capa" de que isto é um "acontecimento histórico", na verdade, este acordo foi um insucesso entre o PS e o PCP, que não conseguiu melhor do que aquilo que o PCP lhe deu logo após o dia das eleições.

Este não parece nada um acordo de mínimos e está cheio de medidas bem concretas, porém ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-09 18:55:44
continuo a não saber de onde vem o número mágico de 600€. porque não 650 ou 700, que sempre era melhor para a vida digna e para a dinamização da economia ?
deve haver alguém no governo (isto é assim em todos os governos) que acha que sabe mais sobre aquilo que as empresas podem e devem pagar do que elas próprias.

Não percebes porque não tens os poderes mágicos de arbitrariedade da esquerda. 600 não é ciência...é um feeling.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-09 18:56:06
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.

Não é irrelevante. Lê o que foi escrito atrás
O PS não precisava do BE nem da CDU

Logo as medidas não são tão lesivas para o eleitorado de direita que votou PSD CDS

O PS precisava do BE e da CDU para deitar o governo abaixo e governar sozinho, com o acordo de incidência parlamentar.

Sim precisava, mas depois do governo paf cair, a paf devia dizer que estava disponível para fazer um acordo com o ps, em que o costa era o primeiro-ministro. Desta maneira o voto na paf não tinha sido inutil
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 18:56:19
O que era potencialmente previsivel era entenderem-se. Até eu disse logo isso, que a pressão dentro do PS para um entendimento seria esmagadora, que há milhares de pessoas que precisam que o seu partido esteja no governo regularmente (seja PS, seja PSD), e portanto estão dispostas a abdicar de muitos princípios para o conseguirem.

O que não era tão previsível é que capitulassem tanto em termos de medidas pedidas pelo BE e PCP.

eu previ isso, nao ? (ja pareco o lark)

Sim, tu previste que a única forma de o PCP chegar a um acordo era o Costa baixar as calças até ao chão, o que o Costa fez.

O partido do Soares  Finalmente foi Derrotado
E Grande vitoria de Facto
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 18:56:43
A PAF tb propunha aumentar o SMN e o abono de família...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 18:59:10
eu tambem digo psd e esquerda  poe isso

mais ponto meu favor :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 19:03:25
O lark   e como esta grafico dos depositos na banca   :-\

suponho que seja uma pergunta (como não tem ponto de interrogação, nunca sei bem).
não sei como obter isso.
se sabes posta, por favor.

L

PS: não tiveste tempo para colocar um ponto de interrogação mas tiveste tempo para colocar um emerdicon....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 19:08:20

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?

Ganham todos ordenados próximos do SMN, com pequena diferenciação.. Se o SMN subir, têm que subir todos para manter a diferenciação, que já é pequena.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 19:11:02
A PAF abster-se ou votar contra é um pouco irrelevante. Se o PS for governo e não houver 9 deputados de outras bancadas que queiram demitir o governo, o PS não deixa de ser governo, a não ser que o próximo presidente da republica deite o governo abaixo.

A situação pode ser semelhante com a que aconteceu com o governo PSD+CDS. Quando foi governo, a esquerda tb estava convencida que o CDS ia deitar o governo abaixo, mas não aconteceu.

Não é irrelevante. Lê o que foi escrito atrás
O PS não precisava do BE nem da CDU

Logo as medidas não são tão lesivas para o eleitorado de direita que votou PSD CDS

O PS precisava do BE e da CDU para deitar o governo abaixo e governar sozinho, com o acordo de incidência parlamentar.

Sim precisava, mas depois do governo paf cair, a paf devia dizer que estava disponível para fazer um acordo com o ps, em que o costa era o primeiro-ministro. Desta maneira o voto na paf não tinha sido inutil
Essa situação não se coloca, pq o PS de Costa não precisa da autorização da PAF para governar sozinho e o PS sozinho tem mais lugares no governo do que se for coligada com PSD e CDS. Acho que já ultrapassamos essa fase. A PAF já tentou acordo com o PS, já lhe ofereceu lugares no governo, mas o PS de Costa não quis saber.
A única autorização que o Costa precisa, depois da aprovação da moção de rejeição, é a do presidente da república.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 19:11:34
quem tenha família e amigos FPs e pensionistas é bom avisarem que não se habituem aos novos ordenados e pensões.
Já avisei cá em casa que o que vai ser oferecido pelos bondosos lunáticos vai ter que ser posto de lado para pagar o aumento de impostos sobre mais valias (mas ninguém me leva a sério... padeço do mesmo mal de credibilidade da Catarina)

Mas a maioria do pessoal não tem mais-valias. É chapa ganha, chapa gasta. Os FPs mais poupados lá compram um apartamento no Algarve. Comprar ações é muito minoritário.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 19:13:32
graficos nao tenho ja procurei banco portugal nos  jornais  em portugal
se alguem souber que diga.

So sei  relatório do FGD no final do ano passado que particulares e empresas tinham depositado em Portugal (162,677 mil milhões de euros)

e poupança familias esta descer( artigos jornais)...nao sei se e consumo ou juros quase zero...ou algo mais..

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 19:14:24
O que era potencialmente previsivel era entenderem-se. Até eu disse logo isso, que a pressão dentro do PS para um entendimento seria esmagadora, que há milhares de pessoas que precisam que o seu partido esteja no governo regularmente (seja PS, seja PSD), e portanto estão dispostas a abdicar de muitos princípios para o conseguirem.

O que não era tão previsível é que capitulassem tanto em termos de medidas pedidas pelo BE e PCP.

eu previ isso, nao ? (ja pareco o lark)

Sim, tu previste que a única forma de o PCP chegar a um acordo era o Costa baixar as calças até ao chão, o que o Costa fez.

Sim, já mostrou muito o rego. Mas quero ver quando for para aprovar o OE para 2017...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 19:17:07
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).

Ainda bem que há uma opinião alternativa...
isto nem parece um forum de traders.
as reacções são extraordinariamente emocionais e o forecasting é fraquíssimo - há um mês que este desfecho era evidente.
e a realidade está aqui por baixo dos nossos narizes. é portugal. mais perto não podia estar.
o psi é o retrato da emoção que percorre a sociedade portuguesa.
como acho que essa emoção está esticadissima, borderline histeria, prevejo um rebound fulgurante nos ~5220.

estarei provavelmente enganado.
prever, principalmente o futuro, é uma coisa delicada.

os meus cumprimentos, tridion. É agradável ver alguém atravessar-se com uma previsão alternativa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-09 19:17:47
Faz-me lembrar a história de um senhor que era engenheiro nos anos 80, e quando veio a esquerdalha distribuir aumentos por decreto-lei, e depois imprimir moeda como na venezuela, a coisa chegou a um ponto insuportável.

Diz ele que os engenheiros numa empresa industrial ganhavam entre 9 e 15 contos, e um operário à volta de 2 contos.

Entretanto nos belos tempos do PREC, chegou um carro da tropa com um oficial da marinha ou do exército, um m*rdas que nunca fez nada na vida, fala com administração e manda decretar aumentos de 100% aos operários para 4 contos. 0% de aumento para os engenheiros (e para os agentes técnicos de engenharia, directores de departamento, etc). Foi a festa total. O oficial saiu em ombros.

Passado 1 ano a empresa tinha perdido metade dos engenheiros. Entretanto nunca mais conseguiu recuperar e faliu.

Diz ele que os técnicos superiores em Portugal nessa altura, chegaram ao ponto de deixar de perceber que carreira queriam prosseguir, para pura e simplesmente saltar de trabalho em trabalho, à vezes nem duravam 6 meses, sempre à procura do sítio seguinte onde pagariam mais qualquer coisa.

Uma maravilha. HASTA LA VITORIA, SIEMPRE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 19:19:12
graficos nao tenho ja procurei banco portugal nos  jornais  em portugal
se alguem souber que diga.

So sei  relatório do FGD no final do ano passado que particulares e empresas tinham depositado em Portugal (162,677 mil milhões de euros)

e poupança familias esta descer( artigos jornais)...nao sei se e consumo ou juros quase zero...

obrigado de qualquer forma. é melhor que nada.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 19:20:04
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).

Ainda bem que há uma opinião alternativa...
isto nem parece um forum de traders.
as reacções são extraordinariamente emocionais e o forecasting é fraquíssimo - há um mês que este desfecho era evidente.
e a realidade está aqui por baixo dos nossos narizes. é portugal. mais perto não podia estar.
o psi é o retrato da emoção que percorre a sociedade portuguesa.
como acho que essa emoção está esticadissima, borderline histeria, prevejo um rebound fulgurante nos ~5220.

estarei provavelmente enganado.
prever, principalmente o futuro, é uma coisa delicada.

os meus cumprimentos, tridion, por ver alguém atravessar-se com uma previsão alternativa.

L

muitos aqui nem sequer olham para o PSI20, eu nunca negociei nada portugues na vida excepto uma vez um ADR da PT na NYSE
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-09 19:22:17
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).

Ainda bem que há uma opinião alternativa...
isto nem parece um forum de traders.
as reacções são extraordinariamente emocionais e o forecasting é fraquíssimo - há um mês que este desfecho era evidente.
e a realidade está aqui por baixo dos nossos narizes. é portugal. mais perto não podia estar.
o psi é o retrato da emoção que percorre a sociedade portuguesa.
como acho que essa emoção está esticadissima, borderline histeria, prevejo um rebound fulgurante nos ~5220.

estarei provavelmente enganado.
prever, principalmente o futuro, é uma coisa delicada.

os meus cumprimentos, tridion, por ver alguém atravessar-se com uma previsão alternativa.

L

Por outro, lado a quebra daquela linha descendente pode levar o PSI bem lá para cima.

Por isso, depende do que for o governo daqui para frente.

Eu não negoceio PSI, mas fiquei curioso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 19:23:46
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).

Ainda bem que há uma opinião alternativa...
isto nem parece um forum de traders.
as reacções são extraordinariamente emocionais e o forecasting é fraquíssimo - há um mês que este desfecho era evidente.
e a realidade está aqui por baixo dos nossos narizes. é portugal. mais perto não podia estar.
o psi é o retrato da emoção que percorre a sociedade portuguesa.
como acho que essa emoção está esticadissima, borderline histeria, prevejo um rebound fulgurante nos ~5220.

estarei provavelmente enganado.
prever, principalmente o futuro, é uma coisa delicada.

os meus cumprimentos, tridion, por ver alguém atravessar-se com uma previsão alternativa.

L

muitos aqui nem sequer olham para o PSI20, eu nunca negociei nada portugues na vida excepto uma vez um ADR da PT na NYSE

nem eu olhava. até agora.
uma oportunidade é uma oportunidade. aqui, em wall street ou na china.
de qualquer forma o forecasting de que falava não era sobre o PSI.
era sobre o desenlace da situação política criada pelas eleições.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 19:24:33
Lark, não vejo grande coisa animadora no PSI. Aliás, se a base do triângulo não aguentar devemos ir testar mínimos do auge da crise (4400).

Ainda bem que há uma opinião alternativa...
isto nem parece um forum de traders.
as reacções são extraordinariamente emocionais e o forecasting é fraquíssimo - há um mês que este desfecho era evidente.
e a realidade está aqui por baixo dos nossos narizes. é portugal. mais perto não podia estar.
o psi é o retrato da emoção que percorre a sociedade portuguesa.
como acho que essa emoção está esticadissima, borderline histeria, prevejo um rebound fulgurante nos ~5220.

estarei provavelmente enganado.
prever, principalmente o futuro, é uma coisa delicada.

os meus cumprimentos, tridion, por ver alguém atravessar-se com uma previsão alternativa.

L

Por outro, lado a quebra daquela linha descendente pode levar o PSI bem lá para cima.

ruptura. senão a ana bebe-te o sangue.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 19:27:30
A PAF tb propunha aumentar o SMN e o abono de família...

E devolver (mais lentamente) os cortes. E outras coisas. Mas isso não fazia com que fosse correcto a PaF fazê-lo, pelo contrário. A reposição dos cortes era uma coisa criticável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 19:29:08

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?

Ganham todos ordenados próximos do SMN, com pequena diferenciação.. Se o SMN subir, têm que subir todos para manter a diferenciação, que já é pequena.

Conheces muitas pessoas que trabalham no ramo da padaria? Será por isso que falaste de padarias? :)

Por acaso conheço uma pessoa que trabalhou numa padaria em Lisboa como ajudante e ganhava mais de 900 euros. O ordenado variava conforme as horas de trabalho. Em alguns meses, ganhou mais de 1000 euros. E dizia-me que o lucro do patrão (chefe dele) era bem mais elevado. Os custos de produção eram baixíssimos comparados com os preços de venda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 19:35:58
A PAF tb propunha aumentar o SMN e o abono de família...

E devolver (mais lentamente) os cortes. E outras coisas. Mas isso não fazia com que fosse correcto a PaF fazê-lo, pelo contrário. A reposição dos cortes era uma coisa criticável.

Correcto ou não é subjetivo. Eu, como já disse, acho correto aumentar o SMN. E muitas outras pessoas tb. Outros acharão errado. É normal ser assim. Numa democracia, não temos de concordar uns com os outros.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 19:38:56
muito bem vamos dar vida digna ao pobres

mas eu proponho medida socialista taxar 

os ganham mais como joao no irs/taxa  vao pagar mais  imposto e estado da subsidio  aos ganham pouco


com tanto partido pregar solidariadade  igualdade  nao deve ser dificil  :D


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-09 19:44:03
Vai correr tudo bem.  :D

(https://oeconomistaport.files.wordpress.com/2015/11/governopsmedidas1.jpg)

(https://oeconomistaport.files.wordpress.com/2015/11/governopsmedidas2.jpg)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 19:51:25
falta a lista dos novos impostos, essa esta escondida na gaveta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 20:13:00
Cheguei a pensar que a moção de rejeição pudesse não ser aprovada, mas já não penso isso.

Este deputado foi um dos que se mostrou mais vezes contra o acordo de esquerda, inclusive demitiu-se da direção do PS, mas já disse que ia respeitar a disciplina de voto. Se até ele vai respeitar, quase nenhum vai ousar em se abster.

Citar
Sérgio Sousa Pinto respeitará disciplina de voto na rejeição à PàF apesar de discordar
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 20:28:53
A PAF tb propunha aumentar o SMN e o abono de família...

E devolver (mais lentamente) os cortes. E outras coisas. Mas isso não fazia com que fosse correcto a PaF fazê-lo, pelo contrário. A reposição dos cortes era uma coisa criticável.

Correcto ou não é subjetivo. Eu, como já disse, acho correto aumentar o SMN. E muitas outras pessoas tb. Outros acharão errado. É normal ser assim. Numa democracia, não temos de concordar uns com os outros.

No SMN é subjectivo (e eu digo o mesmo).

Em aumentar os custos especificamente do Estado, ou em neste momento favorecer os rendimentos mais elevados, ambos são objectivamente incorrectos neste momento.

Sobre a democracia não temos que concordar, mas podemos ter a inteligência suficiente para compreender que não existe nenhuma "política dos salários baixos" excepto aquela que resulta das opções democráticas do povo em geral, vertidas em lei.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 20:29:05
ao contrario do que se ve escrito por todo o lado este acordo eh apenas para um orcamento e a partir dai todas as leis serao discutidas caso a caso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 20:30:34
Citar
A lista com as 51 medidas acordadas entre PS, BE, PCP e Os Verdes
[url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/acordo/a-lista-das-51-medidas-acordadas-entre-ps-be-pcp-e-os-verdes[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/politica/acordo/a-lista-das-51-medidas-acordadas-entre-ps-be-pcp-e-os-verdes[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-09 20:31:00
ao contrario do que se ve escrito por todo o lado este acordo eh apenas para um orcamento e a partir dai todas as leis serao discutidas caso a caso

Mas muitas destas medidas produzem efeitos para toda a legislatura, e nem se vê o que mais o PCP e BE poderiam querer que não lhes esteja a ser dado já (exceptuando nacionalizações e outras coisas malucas).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 20:32:30
ao contrario do que se ve escrito por todo o lado este acordo eh apenas para um orcamento e a partir dai todas as leis serao discutidas caso a caso

Mas muitas destas medidas produzem efeitos para toda a legislatura, e nem se vê o que mais o PCP e BE poderiam querer que não lhes esteja a ser dado já (exceptuando nacionalizações e outras coisas malucas).

vais ficar surpreendido, esta questao vai-se revelar fundamental
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 20:35:49
Cheguei a pensar que a moção de rejeição pudesse não ser aprovada, mas já não penso isso.

Este deputado foi um dos que se mostrou mais vezes contra o acordo de esquerda, inclusive demitiu-se da direção do PS, mas já disse que ia respeitar a disciplina de voto. Se até ele vai respeitar, quase nenhum vai ousar em se abster.

Citar
Sérgio Sousa Pinto respeitará disciplina de voto na rejeição à PàF apesar de discordar
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url])



essa ideia nunca fez muito sentido, ninguem chega a deputado para depois deitar tudo a perder num ataque de consciencia politica
sabes que seriam expulsos do partido ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-09 20:40:34

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?

Ganham todos ordenados próximos do SMN, com pequena diferenciação.. Se o SMN subir, têm que subir todos para manter a diferenciação, que já é pequena.

Conheces muitas pessoas que trabalham no ramo da padaria? Será por isso que falaste de padarias? :)

Por acaso conheço uma pessoa que trabalhou numa padaria em Lisboa como ajudante e ganhava mais de 900 euros. O ordenado variava conforme as horas de trabalho. Em alguns meses, ganhou mais de 1000 euros. E dizia-me que o lucro do patrão (chefe dele) era bem mais elevado. Os custos de produção eram baixíssimos comparados com os preços de venda.

No passado os ordenados para profissões sem grandes qualificações eram maiores. E em Lisboa era superior à média. E mesmo tu admites que os valores apontados são com horas extra.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-09 21:13:41
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 21:26:39
Basta o PS meter politicas direita na gaveta durante dois anos

e usar politicas populistas da esquerda patriotica durante dois anos

camarada

mas so as POPULARES

nacionalizar um banco ou outro e purgar banqueiros e popular :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-09 21:27:05
Se quisessem ter lugar no governo tinham-nos tido, tal o desespero do Costa. Se não vão ter é porque não lhes interessa. É calculismo político. Sabem bem que terão de entalar o PS, só não sabem quando.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 21:29:50
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 21:31:15
bastam com crescimentos de 3% e tal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 21:32:57
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 21:34:51
bastam com crescimentos de 3% e tal

bastam como número de medidas suficientes para uma legislatura.
legislar e executar.

o clima económico poderá facilitar ou dificultar.
eu referi-me ao trabalho legislativo (AR) e executivo (governo).

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-09 21:40:34
Lá está, o que estás a dizer é o que anda na CS nos últimos dias.
Não compro essa versão.
As declarações do Jerónimo são num jogo de palavras para os menos atentos a dar a entender que estão a apoiar durante a legislatura. Por isso é que usam na mesma frase "formar governo" e "duradoura" e "legislatura". Tipo a dizer (para os menos atentos e com até com algum bias): " We got your back bro! All the way!".
Para os mais atentos fica claro. As políticas do PS é que têm que assegurar uma solução duradoura. O PCP em qualquer momento que queira pode rotular se as políticas adoptadas qualificam-se ou não.
Ou seja a responsabilidade está toda com o PS ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-09 21:42:07
Se quisessem ter lugar no governo tinham-nos tido, tal o desespero do Costa. Se não vão ter é porque não lhes interessa. É calculismo político. Sabem bem que terão de entalar o PS, só não sabem quando.

PCP está a fazer ao PS aquilo que o PS devia fazer à coligação. Queimá-los em lume brando e exigirem o que queriam, para na altura certa tirarem o tapete e ir para eleições Mas havia um óbice, o Costa tinha que ir à vida e isso é o principal factor porque chegamos até aqui. O Costa quer e precisa ser PM (e provavelmente o PS).

Por outro lado, o Costa pensa que economicamente a conjectura é favorável, petróleo barato, juros perto de 0% e euro depreciado, o que vai facilitar o crescimento, baixar o desemprego e a dívida. No orçamento do próximo ano inventa qualquer coisa como um privatização ou outra treta do género, o PCP deita o governo abaixo e vamos para eleições. 

Nessa altura, o Costa diz "precisamos de maioria absoluta, porque se com as amarras do PCP conseguimos isto, imaginem sem o PCP!". O BE será sempre a muleta do PS, porque ideologicamente nem eles sabem muito bem o que são.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 21:43:59
Lá está, o que estás a dizer é o que anda na CS nos últimos dias.
Não compro essa versão.
As declarações do Jerónimo são num jogo de palavras para os menos atentos a dar a entender que estão a apoiar durante a legislatura. Por isso é que usam na mesma frase "formar governo" e "duradoura" e "legislatura". Tipo a dizer (para os menos atentos e com até com algum bias): " We got your back bro! All the way!".
Para os mais atentos fica claro. As políticas do PS é que têm que assegurar uma solução duradoura. O PCP em qualquer momento que queira pode rotular se as políticas adoptadas qualificam-se ou não.
Ou seja a responsabilidade está toda com o PS ...

sao os mais honestos mas tem fazer politica

se outros mentiram desde sempre o acordo so era por psd/cds abaixo...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-09 21:46:19
Se quisessem ter lugar no governo tinham-nos tido, tal o desespero do Costa. Se não vão ter é porque não lhes interessa. É calculismo político. Sabem bem que terão de entalar o PS, só não sabem quando.

PCP está a fazer ao PS aquilo que o PS devia fazer à coligação. Queimá-los em lume brando e exigirem o que queriam, para na altura certa tirarem o tapete e ir para eleições Mas havia um óbice, o Costa tinha que ir à vida e isso é o principal factor porque chegamos até aqui. O Costa quer e precisa ser PM (e provavelmente o PS).

Por outro lado, o Costa pensa que economicamente a conjectura é favorável, petróleo barato, juros perto de 0% e euro depreciado, o que vai facilitar o crescimento, baixar o desemprego e a dívida. No orçamento do próximo ano inventa qualquer coisa como um privatização ou outra treta do género, o PCP deita o governo abaixo e vamos para eleições. 

Nessa altura, o Costa diz "precisamos de maioria absoluta, porque se com as amarras do PCP conseguimos isto, imaginem sem o PCP!". O BE será sempre a muleta do PS, porque ideologicamente nem eles sabem muito bem o que são.

E não te esqueças dos fundos do Portugal 2020. Muitos dos que alinharam com o Costa, alinharam-se por isso.
O PCP deu o tiro de partida para roubar o protagonismo que o BE teve com o resultado eleitoral.
Isso foi a tábua de salvação para o AC, que tinha a sua pele política pronta a ser esfolada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 21:48:21

As empresas não serão obrigadas a aumentar os restantes salários na mesma proporção por causa do SMN aumentar, mas podem aumentar se tiverem condições para tal.


Obrigadas não são. MAs se o ajudante de padeiro pássa a ganhar 600, o padeiro de 2ª terá que ganhar 650, o padeiro de 1ª 700 e o padeiro-chefe 800. Achas possível o chefe de uma grande padaria ganhar o mesmo que o ajudante?

O SMN aumentou 20 euros em Outubro do ano passado. Achas que por causa disso o chefe de uma grande padaria passou a ganhar o mesmo que o ajudante? Achas que se subir +/- 25 euros de novo este ano o chefe de uma grande padaria passará a ganhar o mesmo que o ajudante?

Ganham todos ordenados próximos do SMN, com pequena diferenciação.. Se o SMN subir, têm que subir todos para manter a diferenciação, que já é pequena.

Conheces muitas pessoas que trabalham no ramo da padaria? Será por isso que falaste de padarias? :)

Por acaso conheço uma pessoa que trabalhou numa padaria em Lisboa como ajudante e ganhava mais de 900 euros. O ordenado variava conforme as horas de trabalho. Em alguns meses, ganhou mais de 1000 euros. E dizia-me que o lucro do patrão (chefe dele) era bem mais elevado. Os custos de produção eram baixíssimos comparados com os preços de venda.

No passado os ordenados para profissões sem grandes qualificações eram maiores. E em Lisboa era superior à média. E mesmo tu admites que os valores apontados são com horas extra.

Os 900 era o salário base mas como fazia horas extra e trabalhava também aos fins de semana acabava por ganhar quase sempre mais de 1000. No entanto, não disse isso para servir de referência. Eu sei que os salários variam de empresa para empresa.

Mas sobre o que querias dizer, acho que não é por causa do SMN aumentar 20 ou 25 euros este ano que vai deixar de existir diferenciação de salário entre chefe e subordinado, como tb não deixou de existir este ano, depois do salário ter aumentado 20 euros em Outubro do ano passado. E tenho até a percepção de que em Portugal a diferença de salário entre chefe e subordinado deve ser mais acentuada do que a média Europeia. É apenas uma percepção. É provável que exista algum estudo com essa temática, mas não conheço nenhum.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-09 21:49:40
o PCP esteve bem jogou bem a seu favor

protegeu os seus intereses  e ganhou poder

partido nem 10% tem

tem mais poder que um 30% ;)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-09 21:57:29
Se quisessem ter lugar no governo tinham-nos tido, tal o desespero do Costa. Se não vão ter é porque não lhes interessa. É calculismo político. Sabem bem que terão de entalar o PS, só não sabem quando.

PCP está a fazer ao PS aquilo que o PS devia fazer à coligação. Queimá-los em lume brando e exigirem o que queriam, para na altura certa tirarem o tapete e ir para eleições Mas havia um óbice, o Costa tinha que ir à vida e isso é o principal factor porque chegamos até aqui. O Costa quer e precisa ser PM (e provavelmente o PS).

Por outro lado, o Costa pensa que economicamente a conjectura é favorável, petróleo barato, juros perto de 0% e euro depreciado, o que vai facilitar o crescimento, baixar o desemprego e a dívida. No orçamento do próximo ano inventa qualquer coisa como um privatização ou outra treta do género, o PCP deita o governo abaixo e vamos para eleições. 

Nessa altura, o Costa diz "precisamos de maioria absoluta, porque se com as amarras do PCP conseguimos isto, imaginem sem o PCP!". O BE será sempre a muleta do PS, porque ideologicamente nem eles sabem muito bem o que são.

E não te esqueças dos fundos do Portugal 2020. Muitos dos que alinharam com o Costa, alinharam-se por isso.
O PCP deu o tiro de partida para roubar o protagonismo que o BE teve com o resultado eleitoral.
Isso foi a tábua de salvação para o AC, que tinha a sua pele política pronta a ser esfolada.

Li algures, mas não sei precisar a fonte ou qualidade da mesma, que parte dos fundos Portugal 2020 iriam pagar a reposição de pensões/salários, sobretaxa e o SMN. Sinceramente entre dar dinheiro às pessoas ou às Câmara ou organismos do estado, para fazerem obras que não servem para nada e depois têm que ser mantidas, mais vale dar ao povo  :D

Mas nem sei se a CE vai nesta cantiga.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 21:58:06
os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L

Concordo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 22:09:18
Vai ser no entanto um pouco estranho BE e CDU aprovarem um OE.
Nunca o fizeram.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:11:31
bastam com crescimentos de 3% e tal

bastam como número de medidas suficientes para uma legislatura.
legislar e executar.

o clima económico poderá facilitar ou dificultar.
eu referi-me ao trabalho legislativo (AR) e executivo (governo).

L

podera difilcultar ou facilitar ? isso nao faz sentido.
qual foi a ultima vez que tiveste crescimentos tal elevados como os previstos no programa do PS? vai procurar, vai mesmo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:12:35
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L

o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:14:27
bastam com crescimentos de 3% e tal

bastam como número de medidas suficientes para uma legislatura.
legislar e executar.

o clima económico poderá facilitar ou dificultar.
eu referi-me ao trabalho legislativo (AR) e executivo (governo).

L

podera difilcultar ou facilitar ? isso nao faz sentido.
qual foi a ultima vez que tiveste crescimentos tal elevados como os previstos no programa do PS? vai procurar, vai mesmo.

não percebeste o que escrevi. nem o reg.
as medidas acordadas chegam e bastam para uma legislatura.
para aprovar, legislar, executar etc
não me estava a referir a mais nada.
o meu português está assim tão mau?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:15:50
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L

o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim

não foram aquelas 51 medidas que foram postadas lá em cima?
há mais alguma coisa que não seja pública?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:17:12
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L

o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim

não foram aquelas 51 medidas que foram postadas lá em cima?
há mais alguma coisa que não seja pública?

L

essa medidas servem para empossar o governo e provavelmente (pois nao ha acordo) para o primeiro orcamento
nao servem para mais nada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:18:03
ainda agora ouvi o bernardino dizer que nao ha acordo nem para o primeiro orcamento e que sera preciso continuar a negociar com calma
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:21:15
mas o primeiro orcamento tem de estar garantido, senao nao havia governo do PS
ele disse aquilo para mostrar a posicao de principio do PCP neste acordo "de 4 anos"

os gajos basicamente derrubam o passos, metem la o costa e passam logo para a oposicao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:25:17
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L

o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim

não foram aquelas 51 medidas que foram postadas lá em cima?
há mais alguma coisa que não seja pública?

L

essa medidas servem para empossar o governo e provavelmente (pois nao ha acordo) para o primeiro orcamento
nao servem para mais nada

o que eu estou a dizer (parece-me que para o boneco) é que estas medidas são coisa suficiente para uma legislatura.
aprovar, legislar, discutir, executar...
tu andas tão elated que nem lês o que se escreve.
tá-me cá a parecer que tu és secretamente comunista. esse estado de frenesi é weird...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:26:51
mas o primeiro orcamento tem de estar garantido, senao nao havia governo do PS
ele disse aquilo para mostrar a posicao de principio do PCP neste acordo "de 4 anos"

os gajos basicamente derrubam o passos, metem la o costa e passam logo para a oposicao

acho que isso vai ser mais um prognóstico falhado.

meu prognóstico: o governo dura pelo menos uma legislatura e se houver problemas, mais depressa eles virão do BE que dos comunistas.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:28:03
Tem sido escrito tanto que não tive tempo de ler tudo.
Se o que vou dizer for "repetido" não liguem ...

Nos últimos dias entrou uma teoria no discurso na CS. O PCP é sério e não volta com a palavra atrás.
Se é sério ou não é discutível. Agora que andou a fazer joguinhos com as palavras, lá isso andou.
Para quem é tão pragmático e tão sério era escusado.

Vou transcrever o que o Jerónimo disse no Domingo à noite no fim da reunião do Comité Central do PCP:

"Estão assim preenchidas as condições pela parte do PCP que assegurem a derrota do Governo PSD/CDS na próxima Terça-feira e possibilitem a formação de um Governo de iniciativa do PS. Há na AR uma maioria de deputados que é condição bastante para o PS formar governo, apresentar o seu programa, entrar em funções e adoptar uma política que assegure uma solução duradoura na perspectiva da legislatura."

Basicamente isto são jogos com as palavras, para deixar a janela aberta para a qualquer momento poder saltar fora.
O PS está completamente entalado e mal seja conveniente vão acusá-los de estarem com políticas de direita e saltam fora.

não vão saltar fora. nas medidas acordadas não vão.
noutras eventuais medidas que o PS venha a querer aprovar e não estejam incluídas no contexto desta negociação, logo se vê. será caso a caso.
mas as medidas acordadas já são o programa para um governo de legislatura. já chegam e bastam.

L

os comunistas portugueses são um caso à parte. se disseram que sim, não vão dizer não nem talvez. e não é preciso assinar nada; basta a palavra.
nessas coisas são de um fidelidade canina. é uma obsessão. é preciso conhecê-los para saber.

L


não foram aquelas 51 medidas que foram postadas lá em cima?
há mais alguma coisa que não seja pública?

L

essa medidas servem para empossar o governo e provavelmente (pois nao ha acordo) para o primeiro orcamento
nao servem para mais nada

o que eu estou a dizer (parece-me que para o boneco) é que estas medidas são coisa suficiente para uma legislatura.
aprovar, legislar, discutir, executar...
tu andas tão elated que nem lês o que se escreve.
tá-me cá a parecer que tu és secretamente comunista. esse estado de frenesi é weird...

L


o que eu estou a dizer eh que as medidas nao sao o suficiente para uma legislatura, que a coisa tera se continuar a ser negociada
so servem para o inicio, para meter o poder nas maos do PS, depois o PCP passa para a oposicao

ainda agora disse o bernardino que este governo ira durar tanto tempo quanto a justica da sua governacao... nao 4 anos
o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:29:14
mas o primeiro orcamento tem de estar garantido, senao nao havia governo do PS
ele disse aquilo para mostrar a posicao de principio do PCP neste acordo "de 4 anos"

os gajos basicamente derrubam o passos, metem la o costa e passam logo para a oposicao

acho que isso vai ser mais um prognóstico falhado.

meu prognóstico: o governo dura pelo menos uma legislatura e se houver problemas, mais depressa eles virão do BE que dos comunistas.

L

nao eh um prognostico, tu nao percebeste a natureza do acordo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:32:41
o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim

já te perguntei se para lá do sim às 51 medidas, há mais alguma coisa que não seja público?
e que tu saibas pelos vistos?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:33:33
este acordo assim como foi feito acaba por ser uma fraude pois nao ha uma maioria de esquerda, ha sim uma golpada para empossar um governo minoritario que perdeu as eleicoes na vez do governo minoritario que as ganhou. nao temos a formacao duma maioria estavel como contrapartida de tirar de la o governo que ganhou as eleicoes

o cavaco tem todo o direiro de mandar isto para as urtigas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:34:25
o problema eh que eles nao disseram que sim ao que tu julgas que disseram que sim

já te perguntei se para lá do sim às 51 medidas, há mais alguma coisa que não seja público?
e que tu saibas pelos vistos?

L

claro que ha muita coisa que nao eh publica, qual eh a tua duvida? algumas sao obvias, como as medidas que foram negociadas para a receita. ja as viste? o acordo politico tb eh secreto.
as vezes parece que nao pensas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:35:59
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-09 22:37:44
camaradas, boa noite !! povo unido blablablalbalbal!!!  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-09 22:39:18
ok, já vi que sabes o que toda a gente sabe.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: girassol em 2015-11-09 22:52:32
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade
[/b]

Concordo.

Há uma semana atrás o Jerónimo de Sousa (numa entrevista feita pela Judite de Sousa), após várias tentativas de fuga à questão colocada, disse que não era um acordo para 4 anos de governo, que não aprovaria medidas que fossem contra os trabalhadores. O acordo seria só para derrubar o governo da Paf e aprovar o programa de governo do PS. Só isso...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-09 22:56:59
Cheguei a pensar que a moção de rejeição pudesse não ser aprovada, mas já não penso isso.

Este deputado foi um dos que se mostrou mais vezes contra o acordo de esquerda, inclusive demitiu-se da direção do PS, mas já disse que ia respeitar a disciplina de voto. Se até ele vai respeitar, quase nenhum vai ousar em se abster.

Citar
Sérgio Sousa Pinto respeitará disciplina de voto na rejeição à PàF apesar de discordar
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/economia/politica/detalhe/sergio_sousa_pinto_respeitara_disciplina_de_voto_na_rejeicao_a_paf_apesar_de_discordar.html[/url])



essa ideia nunca fez muito sentido, ninguem chega a deputado para depois deitar tudo a perder num ataque de consciencia politica
sabes que seriam expulsos do partido ?


Já houveram deputados do PSD, PS e CDS que contrariam a disciplina de voto e pelo menos alguns não acabaram expulsos.


Vi agora que o PAN criou uma petição pelo fim da disciplina de voto.
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72198 (http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT72198)

Citar
Novo na AR, o PAN defende o fim da disciplina de voto
[url]http://observador.pt/2015/10/24/o-que-e-a-disciplina-de-voto/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/24/o-que-e-a-disciplina-de-voto/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 00:21:17
estou a estranhar a falta de actividade do Inc...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 00:24:03
Lark, e perante o Cavaco, será que a palavra do PCP chega? Não há nada assinado, tanto quanto se sabe.

Outra coisa: daquela lista de medidas, seria interessante saber quais foram os "contributos" individuais do BE e do PCP que alteraram o programa original do PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 00:25:36
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade

Dizem a verdade, só que da verdade toda, e no meio da propaganda incessante, só deitam cá para fora 1% (já a calcular por cima...).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 00:28:34
estou a estranhar a falta de actividade do Inc...

L

A minha opinião é que se implementassem aquele programa todo, bem, aquele programa parece um programa do PCP pelo que o PCP não tiraria o PS do governo.

Os problemas a surgirem, surgem quando for necessário tomar medidas que ali não estão contempladas -- depois de a receita e possivelmente a despesa derraparem. Principalmente a receita, porque irá estar baseada em novas medidas cuja base será lírica -- assumirá que os actores a quem se aplicam as novas medidas não adaptam o seu comportamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 00:42:05
Lark, e perante o Cavaco, será que a palavra do PCP chega? Não há nada assinado, tanto quanto se sabe.


depois de uma moção de rejeição deste governo, na assembleia, o cavaco tem que dar a oportunidade ao PS de formar governo.
este diz que tem acordo. logo se verá na apresentação do programa de governo e na votação da moção de confiança que suponho, se seguirá.
penso que o cavaco irá insistir na ideia de um governo PS/PSD (pelo menos, de preferência também com o CDS) e o costa vai repetir 'no way'.
deixa pouco espaço de manobra ao cavaco. ou nenhum.

outra coisa, excepto encarregar o costa de formar governo, será perder tempo e exorbitar as competências constitucionais do PR.

L

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 00:43:57
Outra coisa: daquela lista de medidas, seria interessante saber quais foram os "contributos" individuais do BE e do PCP que alteraram o programa original do PS.

penso que bastará comparar o programa de governo original do PS, com as medidas que foram publicamente assumidas como base do acordo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 00:55:23
Os acordos vão ser assinados antes de serem apresentados ao PR. As noticias vão nesse sentido.
Acho que o Cavaco não daria posse ao Costa de outro modo e mesmo com os acordos assinados não é garantido que dê posse, embora seja mais provável que dê.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 01:07:22
Citar
Os acordos do PS com o PCP, o Bloco de Esquerda e os Verdes só deverão ser assinados depois da rejeição do Governo, marcada para esta terça-feira.
[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-09-Debate-do-Programa-de-Governo-Pedro-Nuno-Santos-questiona-Passos[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-09-Debate-do-Programa-de-Governo-Pedro-Nuno-Santos-questiona-Passos[/url])


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 01:44:26
A minha grande curiosidade prende-se com o PCP (e com a sua forma críptica de passar mensagens para fora do sarcófago). Se por um lado parece haver um certo concenso quanto ao seu "apego à verdade", e ao "respeito pela palavra", por outro não nos esqueçamos que poucos dias antes de ter afirmado publicamente que "havia acordo", o Jerónimo disse também publicamente que não abdicada dos 600€ de salário mínimo já em 2016. Em três dias, o prazo para a implementação deste "objectivo" avançou três anos, e o PCP cedeu perante o PS (pelo menos nesta medida). Quando disse ali atrás que gostaria de ver os contributos do BE e do PCP, não enfatizei o suficiente o termo "individuais", já que os acordos são também individuais, para perceber o que é que cada partido terá "exigido" ao PS. Queria perceber até que ponto o Costa "baixou de facto as calcinhas" ao PCP, usando a notação do CamaradaNL, até porque o McKricas deu a entender que esse acordo em específico só tem uma frase lá dentro, "deitar abaixo a Paf", e que as negociações sairam furadas. Já o Inc olha para o programa e só vê ali foices e martelos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 01:53:39
Segundo esta informação (http://observador.pt/2015/11/09/centeno-garante-medidas-negociadas-a-esquerda-nao-tem-impacto-nas-contas/), o Costa se estava quase a baixar as calças, tornou rapidamente a apertar o cinto...

Citar
Centeno garante. Medidas negociadas à esquerda não têm impacto nas contas

Economista que coordenou o programa económico dos socialistas diz que não há corte no investimento para pagar salários. Alterações nos números resultam da revisão de Bruxelas

O economista Mário Centeno assegura que não há qualquer corte no investimento público previsto para pagar salários. O coordenador do programa económico dos socialistas prestou este esclarecimento ao Expresso depois de o jornal ter avançado a notícia de que o aumento das despesas com pessoal das administrações públicas, que resultaria de uma devolução rápida dos cortes salariais, seria de cerca de 875 milhões de euros.

Esta informação, explica o Expresso, teve como base o quadro que está na última página da proposta do programa socialista, e que incorpora já as alterações que resultaram das negociações entre o PS e os partidos à esquerda.

Mário Centeno esclarece que as mudanças inscritas no quadro resultam de uma revisão das contas públicas levada a cabo pela Comissão Europeia que, na semana passada, atualizou a suas previsões para os países da União Europeia. Nestas contas, Bruxelas alterou as despesas com pessoal e capital. O economista assegura assim que a introdução das medidas acordadas com o PCP e o Bloco de Esquerda não tem impacto a nível orçamental.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 01:56:23
ok, já vi que sabes o que toda a gente sabe.

L

claramente sei mais do que tu, mas apenas porque ouco com cuidado o que as pessoas do PCP dizem
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 01:57:48
tu es muito credulo

depois ainda ficas como os retornados   :P


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 01:59:51
JSebastião, não se trata de ver só foices e martelos, e sim de ver o quão longe de um programa razoável aquilo está. A sua implementação eliminaria praticamente toda a contenção orçamental que existiu ao nível do Estado, fazendo com que a sociedade ex-Estado tenha que retroactivamente sofrer toda a correcção que foi necessária no país. Concentrar toda a correcção no sector privado, é algo que só pode mesmo sair de uma extrema esquerda. O PS nunca iria tão longe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 01:59:58
Segundo esta informação ([url]http://observador.pt/2015/11/09/centeno-garante-medidas-negociadas-a-esquerda-nao-tem-impacto-nas-contas/[/url]), o Costa se estava quase a baixar as calças, tornou rapidamente a apertar o cinto...

Citar
Centeno garante. Medidas negociadas à esquerda não têm impacto nas contas

Economista que coordenou o programa económico dos socialistas diz que não há corte no investimento para pagar salários. Alterações nos números resultam da revisão de Bruxelas

O economista Mário Centeno assegura que não há qualquer corte no investimento público previsto para pagar salários. O coordenador do programa económico dos socialistas prestou este esclarecimento ao Expresso depois de o jornal ter avançado a notícia de que o aumento das despesas com pessoal das administrações públicas, que resultaria de uma devolução rápida dos cortes salariais, seria de cerca de 875 milhões de euros.

Esta informação, explica o Expresso, teve como base o quadro que está na última página da proposta do programa socialista, e que incorpora já as alterações que resultaram das negociações entre o PS e os partidos à esquerda.

Mário Centeno esclarece que as mudanças inscritas no quadro resultam de uma revisão das contas públicas levada a cabo pela Comissão Europeia que, na semana passada, atualizou a suas previsões para os países da União Europeia. Nestas contas, Bruxelas alterou as despesas com pessoal e capital. O economista assegura assim que a introdução das medidas acordadas com o PCP e o Bloco de Esquerda não tem impacto a nível orçamental.



portanto implementam um montao de medidas comunistas para as quais vao ter de aumentar impostos, revertem privatizacoes etc e mas nao baixam as calcas por causa duma tanga de equilibrio orcamental que esconde os novos impostos ? tu tens de pensar antes de escrever, nao andas a fazer nenhum sentido

a proposito, viste a minha pergunta sobre os numeros da previsao do crescimento economico do PS? onde estao os numero em que te baseias para dizeres que mudaram o cenario macro? fico a espera, nao te esquecas desta vez
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 02:20:46
Tem certa ironia Forum investidores 
 Seguir o Avante e todos discursos comunistas  porque e o  mais credivel  :D




Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 07:37:43
JSebastião, não se trata de ver só foices e martelos, e sim de ver o quão longe de um programa razoável aquilo está. A sua implementação eliminaria praticamente toda a contenção orçamental que existiu ao nível do Estado, fazendo com que a sociedade ex-Estado tenha que retroactivamente sofrer toda a correcção que foi necessária no país. Concentrar toda a correcção no sector privado, é algo que só pode mesmo sair de uma extrema esquerda. O PS nunca iria tão longe.

Aliás, esse é o ponto onde se vê a brutal traição aos eleitores do PS porque a grande bandeira do PS na campanha e nos debates foi a criação de emprego por via da redução da TSU. Assim que viu a oportunidade de chegar a PM o Costa meteu logo a bandeira na gaveta.

PS cede ao Bloco: deixa cair TSU e repõe salários em 2016 (http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2015-10-20-PS-cede-ao-Bloco-deixa-cair-TSU-e-repoe-salarios-em-2016)

Há os governos que não cumprem as promessas eleitorais. O PS inovou e, mesmo antes de ser governo, já deixou de as cumprir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 07:46:25
JSebastião, não se trata de ver só foices e martelos, e sim de ver o quão longe de um programa razoável aquilo está. A sua implementação eliminaria praticamente toda a contenção orçamental que existiu ao nível do Estado, fazendo com que a sociedade ex-Estado tenha que retroactivamente sofrer toda a correcção que foi necessária no país. Concentrar toda a correcção no sector privado, é algo que só pode mesmo sair de uma extrema esquerda. O PS nunca iria tão longe.

Aliás, esse é o ponto onde se vê a brutal traição aos eleitores do PS porque a grande bandeira do PS na campanha e nos debates foi a criação de emprego por via da redução da TSU. Assim que viu a oportunidade de chegar a PM o Costa meteu logo a bandeira na gaveta.

PS cede ao Bloco: deixa cair TSU e repõe salários em 2016 ([url]http://expresso.sapo.pt/dossies/diario/2015-10-20-PS-cede-ao-Bloco-deixa-cair-TSU-e-repoe-salarios-em-2016[/url])

Há os governos que não cumprem as promessas eleitorais. O PS inovou e, mesmo antes de ser governo, já deixou de as cumprir.


o programa que vai sair desta negociacao com o comunistas esta bem mais longe do programa original do PS do que o programa que sairia duma negociacao entre PS e coligacao, eh uma fraude para chegar a PM

mas a malta papa a fraude devido em parte aos apelos do PS ao sentimento tribalista de "esquerda", mesmo que tal tribo nao corresponda a nenhuma logica programatica os papalvos interiorizaram aquela separacao tribal sem nexo e vao atras com palminhas e tudo. da para ver como comentam a coisa por todo o lado sem sequer perceberem as alteracoes ao programa do PS, com total ignorancia dos factos e tomando partido com base em ideias pre-concebidas e tribalistas da "esquerda" que lhes enfiaram pela goela abaixo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 08:00:44
um gajo promete o céu azul, ganha 1.7M de votos e depois diz que afinal o céu é laranja.
e dizem que é democracia. fonix... no meu dicionário é uma grandessíssima vigarice.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 08:16:58
As prioridades do PCP. Repare-se no pormenor curioso de entenderem que a STCP e a Metro do Porto não deve ser privada nem municipalizada. Ou seja, não é um problema de ser público ou privado. Mesmo sendo públicas não pode ser de qualquer maneira.  :D


Citar
PCP avança com reversão das subconcessões e privatizações nos transportes
09 Novembro 2015, 12:55 por Maria João Babo | mbabo@negocios.pt


Os comunistas entregaram na Assembleia da República quatro iniciativas legislativas para reverter as subconcessões das empresas de transporte público de Lisboa e Porto, assim como a privatização da CP carga e a fusão entre EP e Refer.
Um dia depois de Jerónimo de Sousa anunciar a intenção de reverter os processos de concessão e privatização de empresas de transportes terrestres, o PCP entregou na Assembleia da República quatro projectos de lei nesse sentido.

As iniciativas visam determinar o cancelamento e a reversão dos processos de fusão, reestruturação e subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa, do processo de privatização da CP Carga, do ajuste directo e subconcessão da STCP e Metro do Porto e ainda da fusão da Refer com a Estradas de Portugal (EP).

Na proposta a reversão da subconcessão da STCP e do Metro do Porto, os comunistas dizem que "é claro que a STCP e a Metro do Porto não podem nem ser privatizados nem municipalizados", avançando na sua proposta com um aditamento aos estatutos da STCP prevendo a proibição da sua transmissão ou subconcessão a outras entidades. Também na Metro do Porto, defendem que fique determinado que as participações sociais no capital da concessionária não podem ser oneradas ou transmitidas a terceiros.

Relativamente à Carris e ao Metro de Lisboa, os comunistas propõem não só a reversão da subconcessão mas também a revogação dos decretos-lei que estabeleceram a acumulação de funções dos membros executivos dos conselhos de administração do Metro, Carris, Transtejo e Soflusa.

Relativamente à privatização da CP Carga, o PCP alega no projecto de lei para a reversão do processo "que, apesar do Governo PSD/CDS ter realizado a assinatura à porta fechada do contrato de venda da CP Carga à multinacional MSC em plena campanha eleitoral, esta venda ainda não se concretizou no plano concreto, pois a MSC ainda não está na posse da empresa".

Assim, dizem os comunistas, "a rápida anulação da oferta da CP Carga à MSC não implicará agora nada mais do que o pagamento de uma pequena e eventual indemnização à MSC". Pequena, diz, "por três razões: porque a indemnização deverá ser proporcional ao valor da venda, e esse valor foi de dois milhões de euros; pequena porque significaria pagar umas centenas de milhares de euros para impedir uma doação de mais de cem milhões de euros; e pequena porque os custos futuros desta opção são incalculáveis".

A quarta iniciativa legislativa do PCP visa a reversão da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer, que este ano deu origem à Infraestruturas de Portugal (IP).

Na proposta, os comunistas chamam a atenção de que  a "fusão da REFER com a Estradas de Portugal é provavelmente o mais contestado dos processos que o Governo PSD/CDS impôs no sector dos transportes" e que "fora da esfera financeira, é raro encontrar uma voz capaz de defender esta fusão".

Os comunistas consideram que "o processo de fusão se encontra numa fase inicial e facilmente reversível".

Os quatro processos que o PCP quer reverter estão em fases distintas. Os contratos de subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa à Avanza, da STCP à Alsa e do Metro do Porto à Transdev já foram assinados, mas aguardam ainda que o Tribunal de Contas se pronuncie. Já a venda da CP Carga à MSC Rail necessita ainda de ter o ok da Autoridade da Concorrência.
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/pcp_avanca_no_parlamento_com_reversao_das_politicas_nos_transportes.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/pcp_avanca_no_parlamento_com_reversao_das_politicas_nos_transportes.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 10:07:26
PS quer taxar eletrodomésticos menos eficientes (http://expresso.sapo.pt/economia/2015-11-09-PS-quer-taxar-eletrodomesticos-menos-eficientes)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 10:21:57
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 10:27:07
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

nao eh nenhuma feito, isso eh conversa da progapanda do PS para enganar
eh so ceder o suficiente e consegues sempre acordo, qual eh a duvida? eh uma regra geral da vida.
ele deu tudo o que os comunistas pediram e recebeu em troca qs nada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 10:27:29
As prioridades do PCP. Repare-se no pormenor curioso de entenderem que a STCP e a Metro do Porto não deve ser privada nem municipalizada. Ou seja, não é um problema de ser público ou privado. Mesmo sendo públicas não pode ser de qualquer maneira.  :D


Citar
PCP avança com reversão das subconcessões e privatizações nos transportes
09 Novembro 2015, 12:55 por Maria João Babo | mbabo@negocios.pt


Os comunistas entregaram na Assembleia da República quatro iniciativas legislativas para reverter as subconcessões das empresas de transporte público de Lisboa e Porto, assim como a privatização da CP carga e a fusão entre EP e Refer.
Um dia depois de Jerónimo de Sousa anunciar a intenção de reverter os processos de concessão e privatização de empresas de transportes terrestres, o PCP entregou na Assembleia da República quatro projectos de lei nesse sentido.

As iniciativas visam determinar o cancelamento e a reversão dos processos de fusão, reestruturação e subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa, do processo de privatização da CP Carga, do ajuste directo e subconcessão da STCP e Metro do Porto e ainda da fusão da Refer com a Estradas de Portugal (EP).

Na proposta a reversão da subconcessão da STCP e do Metro do Porto, os comunistas dizem que "é claro que a STCP e a Metro do Porto não podem nem ser privatizados nem municipalizados", avançando na sua proposta com um aditamento aos estatutos da STCP prevendo a proibição da sua transmissão ou subconcessão a outras entidades. Também na Metro do Porto, defendem que fique determinado que as participações sociais no capital da concessionária não podem ser oneradas ou transmitidas a terceiros.

Relativamente à Carris e ao Metro de Lisboa, os comunistas propõem não só a reversão da subconcessão mas também a revogação dos decretos-lei que estabeleceram a acumulação de funções dos membros executivos dos conselhos de administração do Metro, Carris, Transtejo e Soflusa.

Relativamente à privatização da CP Carga, o PCP alega no projecto de lei para a reversão do processo "que, apesar do Governo PSD/CDS ter realizado a assinatura à porta fechada do contrato de venda da CP Carga à multinacional MSC em plena campanha eleitoral, esta venda ainda não se concretizou no plano concreto, pois a MSC ainda não está na posse da empresa".

Assim, dizem os comunistas, "a rápida anulação da oferta da CP Carga à MSC não implicará agora nada mais do que o pagamento de uma pequena e eventual indemnização à MSC". Pequena, diz, "por três razões: porque a indemnização deverá ser proporcional ao valor da venda, e esse valor foi de dois milhões de euros; pequena porque significaria pagar umas centenas de milhares de euros para impedir uma doação de mais de cem milhões de euros; e pequena porque os custos futuros desta opção são incalculáveis".

A quarta iniciativa legislativa do PCP visa a reversão da fusão entre a Estradas de Portugal e a Refer, que este ano deu origem à Infraestruturas de Portugal (IP).

Na proposta, os comunistas chamam a atenção de que  a "fusão da REFER com a Estradas de Portugal é provavelmente o mais contestado dos processos que o Governo PSD/CDS impôs no sector dos transportes" e que "fora da esfera financeira, é raro encontrar uma voz capaz de defender esta fusão".

Os comunistas consideram que "o processo de fusão se encontra numa fase inicial e facilmente reversível".

Os quatro processos que o PCP quer reverter estão em fases distintas. Os contratos de subconcessão da Carris e do Metro de Lisboa à Avanza, da STCP à Alsa e do Metro do Porto à Transdev já foram assinados, mas aguardam ainda que o Tribunal de Contas se pronuncie. Já a venda da CP Carga à MSC Rail necessita ainda de ter o ok da Autoridade da Concorrência.
[url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/pcp_avanca_no_parlamento_com_reversao_das_politicas_nos_transportes.html[/url] ([url]http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/transportes/detalhe/pcp_avanca_no_parlamento_com_reversao_das_politicas_nos_transportes.html[/url])



preferem os bolsos mais fundos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 10:40:48
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

nao eh nenhuma feito, isso eh conversa da progapanda do PS para enganar
eh so ceder o suficiente e consegues sempre acordo, qual eh a duvida? eh uma regra geral da vida.
ele deu tudo o que os comunistas pediram e recebeu em troca qs nada

Não sou do PS e penso isso e as pessoas que li que tb disseram que é um grande feito até são de direita.
Penso que é um grande feito, porque BE e CDU nunca votaram a favor de um OE do PS (ou PSD). Vai ser a primeira vez. E tb pq consegue ir para o governo sozinho (sem CDU e BE), depois de ter perdido as eleições.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 10:59:09
O "mérito" do acordo não é do PS nem do PCP, é do BE. O mais importante aqui foi a mudança de atitude do BE, passar de só fazer oposição a querer ter algum poder e influencia nas politicas seguidas. O BE desde inicio, mesmo durante a campanha, sugeriu o acordo e com isso entalou o PCP, que se viu obrigado a esta posição para não se ver como culpado de existir um governo de direita.

O PCP quando puder afasta-se desta historia toda o mais rápido possível, é só o AC ser nomeado.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 11:05:41
O Bloco nao quer ir governo  isso e esquesito

nem uma pasta nem nada o menisterio da cultura e tal nao querem!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-10 11:08:19
O lark já deve ter sido stopado, não?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 11:13:34
O Bloco nao quer ir governo  isso e esquesito

nem uma pasta nem nada o menisterio da cultura e tal nao querem!

O BE para crescer tinha 2 opções, ou juntava-se ao PS no governo e ficava condenando a seguir o PS, como o CDS com o PSD actualmente.
Ou fica de fora, a recolher os louros de aumentar reformas e salários, e a desviar eleitores do PS quando este tiver que tomar medidas menos agradáveis.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 11:25:14
Não acho que o PCP se vai afastar "desta história toda", por sua vontade. Acho que o PCP de Jerónimo é um partido de palavra. Nesse aspeto penso de forma igual a um ex dirigente do PCP (Carlos Brito) que disse: "Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido".

Acho mais provável ser o BE a querer terminar o acordo por estratégia politica de tentar sacar votos ao eleitorado do PS do que ser o PCP a acabar com tudo, mas por enquanto acho improvável que qualquer um deles opte por terminar com tudo.


Um problema que pode surgir é o OE ser rejeitado pela União Europeia, não aceitando algumas medidas já acordadas com o PS e que tinham sido propostas por BE e CDU, isso já acho que pode provocar algum dano.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-10 11:33:47
O Carlos Costa será seguramente dos primeiros a perder o tacho.
Onde já se viu falar assim contra os amanhas que cantaram... facista de direita é o que ele é

Citar
“Erros de política económica agora serão pagos com mais dor no futuro ([url]http://observador.pt/2015/11/10/erros-de-politica-economica-agora-serao-pagos-com-mais-dor-no-futuro-diz-carlos-costa/[/url])”, avisa Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal disse hoje que "todos os erros de política económica que se fizerem agora vão ser pagos em dois, três ou cinco anos, mas com muito mais dor"

“Um erro é como uma droga. Ficamos dependentes e não mudamos o caminho. Ou melhor, a mudança de caminho é imposta pelo credor, pelo mercado. No fim dizem que já não é possível financiarem mais, que é preciso mudar de rumo. E quando dizem para mudar de caminho já é demasiado tarde, é porque o desvio foi demasiado grande”, disse o governador do Banco de Portugal, vincando que isso significa que se perde os ganhos conseguidos ao longo do caminho, ou seja é “um desperdício de capital, de pessoas e de processo de desenvolvimento”.

“Voltar à tendência [de crescimento e de consolidação fiscal] é muito difícil e é muito provável que não voltemos ao caminho em que estávamos”, alertou.

Por isso mesmo, os desafios de futuro, segundo Carlos Costa, passam por “continuar a consolidação fiscal”, fomentar o crescimento da economia, “equilibrar o orçamento” e “manter um orçamento primário em linha com os juros que vamos pagar”.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 11:39:18
Não acho que o PCP se vai afastar "desta história toda", por sua vontade. Acho que o PCP de Jerónimo é um partido de palavra. Nesse aspeto penso de forma igual a um ex dirigente do PCP (Carlos Brito) que disse: "Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido".

Acho mais provável ser o BE a querer terminar o acordo por estratégia politica de tentar sacar votos ao eleitorado do PS do que ser o PCP a acabar com tudo, mas por enquanto acho improvável que qualquer um deles opte por terminar com tudo.


Um problema que pode surgir é o OE ser rejeitado pela União Europeia, não aceitando algumas medidas já acordadas com o PS e que tinham sido propostas por BE e CDU, isso já acho que pode provocar algum dano.

tu tb nao percebeste a natureza do acordo.
o que se vai passar eh que a realidade vai impor politicas ao PS que o PCP depois podera condenar como sendo de direita
nao ha nada para atraicoar pois o acordo nao exige nada ao PCP, tem total liberdade politica e de voto menos em mocoes de censura da direita
o PCP pode derrubar o governo ou invializar a sua governacao sem trair o acordo e na pratica vai ser um partido na oposicao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-10 11:44:07
Lark, e perante o Cavaco, será que a palavra do PCP chega? Não há nada assinado, tanto quanto se sabe.

Outra coisa: daquela lista de medidas, seria interessante saber quais foram os "contributos" individuais do BE e do PCP que alteraram o programa original do PS.

Sim, isso seria interessante.
É verdade que vamos ter acordos individuais e aí já poderemos ver (se se tornarem públicos) algumas diferenças. Mas também é verdade que o PS depois de ceder numa medida com o BE ou o PCP facilmente a poderia oferecer na outra mesa de negociações.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-10 11:46:35
Outra coisa: daquela lista de medidas, seria interessante saber quais foram os "contributos" individuais do BE e do PCP que alteraram o programa original do PS.

penso que bastará comparar o programa de governo original do PS, com as medidas que foram publicamente assumidas como base do acordo.

L

O que teria um interesse digamos académico era saber o que exigiu o BE e o que exigiu o PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 11:47:13
Não acho que o PCP se vai afastar "desta história toda", por sua vontade. Acho que o PCP de Jerónimo é um partido de palavra. Nesse aspeto penso de forma igual a um ex dirigente do PCP (Carlos Brito) que disse: "Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido".

Acho mais provável ser o BE a querer terminar o acordo por estratégia politica de tentar sacar votos ao eleitorado do PS do que ser o PCP a acabar com tudo, mas por enquanto acho improvável que qualquer um deles opte por terminar com tudo.


Um problema que pode surgir é o OE ser rejeitado pela União Europeia, não aceitando algumas medidas já acordadas com o PS e que tinham sido propostas por BE e CDU, isso já acho que pode provocar algum dano.

tu tb nao percebeste a natureza do acordo.
o que se vai passar eh que a realidade vai impor politicas ao PS que o PCP depois podera condenar como sendo de direita
nao ha nada para atraicoar pois o acordo nao exige nada ao PCP, tem total liberdade politica e de voto menos em mocoes de censura da direita

A tua primeira frase não faz nenhum sentido. É apenas uma critica idiota.

Leste o ultimo paragrafo que escrevi?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 11:49:50
Não acho que o PCP se vai afastar "desta história toda", por sua vontade. Acho que o PCP de Jerónimo é um partido de palavra. Nesse aspeto penso de forma igual a um ex dirigente do PCP (Carlos Brito) que disse: "Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido".

Acho mais provável ser o BE a querer terminar o acordo por estratégia politica de tentar sacar votos ao eleitorado do PS do que ser o PCP a acabar com tudo, mas por enquanto acho improvável que qualquer um deles opte por terminar com tudo.


Um problema que pode surgir é o OE ser rejeitado pela União Europeia, não aceitando algumas medidas já acordadas com o PS e que tinham sido propostas por BE e CDU, isso já acho que pode provocar algum dano.

tu tb nao percebeste a natureza do acordo.
o que se vai passar eh que a realidade vai impor politicas ao PS que o PCP depois podera condenar como sendo de direita
nao ha nada para atraicoar pois o acordo nao exige nada ao PCP, tem total liberdade politica e de voto menos em mocoes de censura da direita

A tua primeira frase não faz nenhum sentido. É apenas uma critica idiota.

Leste o ultimo paragrafo que escrevi?

dizer que nao percebeste eh uma critica pessoal? nao percebo como. qual eh o mal de nao perceberes ou de te chamar a atencao?
nem quero que respondas, nao tenho paciencia para estas conversas

foca-te nisto: o PCP pode derrubar o governo ou invializar a sua governacao sem trair o acordo, nao ha nada para trair pois o PCP tem total liberadde
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-10 11:57:22
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

nao eh nenhuma feito, isso eh conversa da progapanda do PS para enganar
eh so ceder o suficiente e consegues sempre acordo, qual eh a duvida? eh uma regra geral da vida.
ele deu tudo o que os comunistas pediram e recebeu em troca qs nada


´
Importante é, não só quanto se cede, mas aquilo que se cede.
A PAF até poderia ceder muito no programa, contudo nunca daria o lugar de PM e todos os ministérios ao PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 12:03:17
para o quadro ficar completo devíamos ter o presidiário candidato à presidência. pelo menos eram dois vigaristas a reunirem à 5a feira, com ampla experiência em fraudes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 12:04:48
A grande união da esquerda

Citar
A hora e o modo como a cerimónia de assinatura dos acordos vai decorrer não estava fechado na segunda-feira ao fim do dia. Apenas se sabia que decorreria na Assembleia da República e que quatro partidos discursam. A dificuldade em organizar a iniciativa devia-se às exigências do PCP de não surgir em igualdade de circunstâncias com o Bloco de Esquerda.

O PCP pediu mesmo que fosse organizada uma “cerimónia sequencial com momentos individualizados”. Uma formulação que a direcção do PS estava a tentar descodificar de modo a poder montar a cerimónia da assinatura dos acordos. A direcção do PS admitia, assim, que as delegações dos quatro partidos envolvidos não coabitassem na mesma sala e que apenas os socialistas permanecessem presentes durante toda a cerimónia.
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/assinatura-sera-sequencial-com-momentos-individualizados-1713895[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/assinatura-sera-sequencial-com-momentos-individualizados-1713895[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 12:10:13
Eheh, por aí já se ve a vontade do PCP em se meter nisto.
A palavra do PCP é a de defender o povo e os trabalhadores contra a politica de direita e etc. O PS segue esta linha pode contar com eles, quando tiver que se afastar porque o dinheiro não chega para tudo e começarem a vir os PEC V, VI, VII,... acaba-se o apoio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 12:11:27
Não acho que o PCP se vai afastar "desta história toda", por sua vontade. Acho que o PCP de Jerónimo é um partido de palavra. Nesse aspeto penso de forma igual a um ex dirigente do PCP (Carlos Brito) que disse: "Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido".

Acho mais provável ser o BE a querer terminar o acordo por estratégia politica de tentar sacar votos ao eleitorado do PS do que ser o PCP a acabar com tudo, mas por enquanto acho improvável que qualquer um deles opte por terminar com tudo.


Um problema que pode surgir é o OE ser rejeitado pela União Europeia, não aceitando algumas medidas já acordadas com o PS e que tinham sido propostas por BE e CDU, isso já acho que pode provocar algum dano.

tu tb nao percebeste a natureza do acordo.
o que se vai passar eh que a realidade vai impor politicas ao PS que o PCP depois podera condenar como sendo de direita
nao ha nada para atraicoar pois o acordo nao exige nada ao PCP, tem total liberdade politica e de voto menos em mocoes de censura da direita

A tua primeira frase não faz nenhum sentido. É apenas uma critica idiota.

Leste o ultimo paragrafo que escrevi?

dizer que nao percebeste eh uma critica pessoal? nao percebo como. qual eh o mal de nao perceberes ou de te chamar a atencao?
nem quero que respondas, nao tenho paciencia para estas conversas

foca-te nisto: o PCP pode derrubar o governo ou invializar a sua governacao sem trair o acordo, nao ha nada para trair pois o PCP tem total liberdade

Pode, mas na minha opinião, (nota que só estou a dar a minha opinião, sem fazer nenhuma critica idiota) se o PS cumprir o que foi acordado com BE e CDU tem grandes hipóteses de governar até ao fim da legislatura.

E acho tb, como disse, mais provável ser o BE a inviabilizar a governação do PS do que a CDU, embora ache as duas coisas improváveis neste momento.

E como tb dei a entender, não excluo a hipótese de BE e CDU inviabilizarem o governo PS devido à impossibilidade do PS cumprir o acordo, por motivo das metas orçamentais acordadas com a União Europeia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 12:23:08
Se cumprir tudo escrupulosamente com o be e o pcp, vamos à falência. A maior dos últimos 40 anos.

Fica aqui a minha previsão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 12:32:39
Se cumprir tudo escrupulosamente com o be e o pcp, vamos à falência. A maior dos últimos 40 anos.

Fica aqui a minha previsão.

Essa é demasiado fácil. E a culpa vai ser dos alemães! :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 12:34:27
o mr neo está a quase a sagrar-se campeão mundial de chamar estúpidos aos outros.

a não concordância com as suas teses implicam (para ele) a não compreensão do problema em questão.

Não concorda comigo? Não percebe nada disto!

O passo seguinte é afirmar que se não se percebe é porque se é estúpido ou se está a mentir - isto é, o acusado percebe, mas afirma o contrário.

Depois de mais umas iterações, quando a sua tese já foi desmentida ou está prestes a sê-lo, a acusação de mentiroso torna-se fulcral e justifica a sua fuga do debate.
Se o neo tivesse poderes de moderação, não duvido que justificaria o banimento do interlocutor, com a acusação de ter mentido.

É um modus operandi já bastante conhecido. É surpreendente que ainda provoque reacções de indignação. A mim faz-me bocejar.

Não deixa de ser, no entanto,  uma forma de actuar extraordinariamente totalitária e intolerante de outras opiniões.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 12:59:50
o mr neo está a quase a sagrar-se campeão mundial de chamar estúpidos aos outros.

a não concordância com as suas teses implicam (para ele) a não compreensão do problema em questão.

Não concorda comigo? Não percebe nada disto!

O passo seguinte é afirmar que se não se percebe é porque se é estúpido ou se está a mentir - isto é, o acusado percebe, mas afirma o contrário.

Depois de mais umas iterações, quando a sua tese já foi desmentida ou está prestes a sê-lo, a acusação de mentiroso torna-se fulcral e justifica a sua fuga do debate.
Se o neo tivesse poderes de moderação, não duvido que justificaria o banimento do interlocutor, com a acusação de ter mentido.

É um modus operandi já bastante conhecido. É surpreendente que ainda provoque reacções de indignação. A mim faz-me bocejar.

Não deixa de ser, no entanto,  uma forma de actuar extraordinariamente totalitária e intolerante de outras opiniões.

L

diz o nabo que falha todas as previsoes importantes que rebentam paises inteiros e depois assobia para o lado de forma intelectualmente desonesta

quem eh intolerante es tu, que estas sempre a fazer-me ataques ad hominem so por nao concordar contigo. contrariando alias o que criticas nos outros (algo tipico em ti, pois tens zero coerencia intelectual)

sim, nao concordo contigo. tens opinioes baseadas em propaganda, como ja tinhas no caso grego. isso quer dizer que desejo expulsar gente do forum? tens nocao como essa acusacao sem fundamento te denuncia como um aldrabao sectario da pior especie?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Counter Retail Trader em 2015-11-10 13:00:12
Viva o comunismo camaradas.....

(http://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xtf1/v/t1.0-9/12122831_940324769378648_3008928408274439059_n.jpg?oh=c1d4bca8b96a5d05b3f3e9e94fb617d8&oe=56B21E1E)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-10 13:04:38
Viva o comunismo camaradas.....

([url]http://scontent-mad1-1.xx.fbcdn.net/hphotos-xtf1/v/t1.0-9/12122831_940324769378648_3008928408274439059_n.jpg?oh=c1d4bca8b96a5d05b3f3e9e94fb617d8&oe=56B21E1E[/url])


Inacreditável
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 13:11:41
Se cumprir tudo escrupulosamente com o be e o pcp, vamos à falência. A maior dos últimos 40 anos.

Fica aqui a minha previsão.
Perdoe-me o camarada anti-ditador mas isso é o mesmo que dizer que a chave do euromilhões serão 5 números e duas estrelas.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 13:13:40
o mr neo está a quase a sagrar-se campeão mundial de chamar estúpidos aos outros.

a não concordância com as suas teses implicam (para ele) a não compreensão do problema em questão.

Não concorda comigo? Não percebe nada disto!

O passo seguinte é afirmar que se não se percebe é porque se é estúpido ou se está a mentir - isto é, o acusado percebe, mas afirma o contrário.

Depois de mais umas iterações, quando a sua tese já foi desmentida ou está prestes a sê-lo, a acusação de mentiroso torna-se fulcral e justifica a sua fuga do debate.
Se o neo tivesse poderes de moderação, não duvido que justificaria o banimento do interlocutor, com a acusação de ter mentido.

É um modus operandi já bastante conhecido. É surpreendente que ainda provoque reacções de indignação. A mim faz-me bocejar.

Não deixa de ser, no entanto,  uma forma de actuar extraordinariamente totalitária e intolerante de outras opiniões.

L


diz o nabo que falha todas as previsoes importantes que rebentam paises inteiros e depois assobia para o lado de forma intelectualmente desonesta

quem eh intolerante es tu, que estas sempre a fazer ataques ad hominem so por nao concordar contigo. contrariando alias o que criticas nos outros (algo tipico em ti pois tens zero coerencia intelectual)

sim, nao concordo contigo. tens opinioes baseadas em propaganda, como ja tinhas no caso grego. isso quer dizer que desejo expulsar gente do forum? tens nocao como essa acusacao sem fundamento te denuncia como um aldrabao sectario da pior especie?


yawn.....

(http://www.city-connect.org/wp-content/uploads/2011/09/yawning.jpg)
(http://amazon.com/images/I/41h8IpdwHSL._SX445_BO1,204,203,200_.jpg[/url])
(http://thumbs.dreamstime.com/x/monkey-yawning-gave-big-yawn-35641979.jpg)
(http://www.usdbiology.com/cliff/Courses/Behavioral%20Neuroscience/Yawning/Yawnfigs/Yawning-contagious.jpg)

camarada neo, quando fazes essas tiradas épicas, o mundo boceja contigo (http://www.usdbiology.com/cliff/Courses/Behavioral%20Neuroscience/Yawning/Yawnfigs/Yawnpics.html)



L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 13:19:23
Acho improvável que Portugal vá à falência. A União Europeia agora está mais rigorosa com os OEs de cada país.

O que pode acontecer é a União Europeia rejeitar o OE enviado pelo PS, e o PS ter que fazer outro. E se tiver que fazer outro e não incluir medidas já acordadas com BE e CDU, isso pode causar instabilidade entre PS e os outros partidos de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 13:22:11
lark, o teu problema eh que ficaste irritado com a nossa conversa de ontem. mas a resposta nao eh fazer ataques ad hominem e traires os teus ideais.
se coerente! nao aprecias isso nos outros? tenta mais ser a pessoa que queres ser. o humor eh bom sinal, ja percebeste o erro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 13:23:27
O maximo pode acontecer e mesmo grecia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 13:24:37
lark, o teu problema eh que ficaste irritado com a nossa conversa de ontem. mas a resposta nao eh fazer ataques ad hominem e traires os teus ideais.
se coerente! nao aprecias isso nos outros? tenta mais ser a pessoa que queres ser. o humor eh bom sinal, ja percebeste o erro.

por acaso não tem nada a ver comigo.
foram as tuas respostas ao joão-d que me levaram a escrever o post.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 13:26:33
lark, o teu problema eh que ficaste irritado com a nossa conversa de ontem. mas a resposta nao eh fazer ataques ad hominem e traires os teus ideais.
se coerente! nao aprecias isso nos outros? tenta mais ser a pessoa que queres ser. o humor eh bom sinal, ja percebeste o erro.

por acaso não tem nada a ver comigo.
foram as tuas respostas ao joão-d que me levaram a escrever o post.

L

nada mesmo... por acaso ate era o mesmo tema e tudo da nossa conversa de ontem
vamos em frente, tenho mais que fazer
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 13:27:04
follow-up

L

PSI diário
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 13:29:11
O Carlos Costa será seguramente dos primeiros a perder o tacho.
Onde já se viu falar assim contra os amanhas que cantaram... facista de direita é o que ele é

Citar
“Erros de política económica agora serão pagos com mais dor no futuro ([url]http://observador.pt/2015/11/10/erros-de-politica-economica-agora-serao-pagos-com-mais-dor-no-futuro-diz-carlos-costa/[/url])”, avisa Carlos Costa

Governador do Banco de Portugal disse hoje que "todos os erros de política económica que se fizerem agora vão ser pagos em dois, três ou cinco anos, mas com muito mais dor"

“Um erro é como uma droga. Ficamos dependentes e não mudamos o caminho. Ou melhor, a mudança de caminho é imposta pelo credor, pelo mercado. No fim dizem que já não é possível financiarem mais, que é preciso mudar de rumo. E quando dizem para mudar de caminho já é demasiado tarde, é porque o desvio foi demasiado grande”, disse o governador do Banco de Portugal, vincando que isso significa que se perde os ganhos conseguidos ao longo do caminho, ou seja é “um desperdício de capital, de pessoas e de processo de desenvolvimento”.

“Voltar à tendência [de crescimento e de consolidação fiscal] é muito difícil e é muito provável que não voltemos ao caminho em que estávamos”, alertou.

Por isso mesmo, os desafios de futuro, segundo Carlos Costa, passam por “continuar a consolidação fiscal”, fomentar o crescimento da economia, “equilibrar o orçamento” e “manter um orçamento primário em linha com os juros que vamos pagar”.



Certamente que é para demitir (ou exonerar ou lá o que seja). Basta recordar o que disse o Carlos César, contrariando a 100% o que fez o BdP:

Presidente do PS promete ressarcir lesados do BES caso Costa vença eleições (http://observador.pt/2015/03/24/presidente-do-ps-promete-ressarcir-lesados-do-bes-caso-costa-venca-eleicoes/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 13:41:01
eu vou tentar ser mais suave a dar as minhas opinioes, ja percebi que vos ofendo mas eh sem intencao.
e ate posso eu estar enganado, nao vejo nisto prova de estupidez nenhuma.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 13:57:45
O maximo pode acontecer e mesmo grecia

A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 14:04:59
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

nao eh nenhuma feito, isso eh conversa da progapanda do PS para enganar
eh so ceder o suficiente e consegues sempre acordo, qual eh a duvida? eh uma regra geral da vida.
ele deu tudo o que os comunistas pediram e recebeu em troca qs nada

Não sou do PS e penso isso e as pessoas que li que tb disseram que é um grande feito até são de direita.
Penso que é um grande feito, porque BE e CDU nunca votaram a favor de um OE do PS (ou PSD). Vai ser a primeira vez. E tb pq consegue ir para o governo sozinho (sem CDU e BE), depois de ter perdido as eleições.
~
Bem, mas isso é porque vão votar a favor de um OE do BE+PCP ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 14:05:39
O maximo pode acontecer e mesmo grecia

A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.

há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 14:05:47
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 14:07:12
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete

só até 31 de Dezembro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 14:09:10
isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 14:09:37
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse

quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 14:10:26
Segundo esta informação ([url]http://observador.pt/2015/11/09/centeno-garante-medidas-negociadas-a-esquerda-nao-tem-impacto-nas-contas/[/url]), o Costa se estava quase a baixar as calças, tornou rapidamente a apertar o cinto...

Citar
Centeno garante. Medidas negociadas à esquerda não têm impacto nas contas

Economista que coordenou o programa económico dos socialistas diz que não há corte no investimento para pagar salários. Alterações nos números resultam da revisão de Bruxelas

O economista Mário Centeno assegura que não há qualquer corte no investimento público previsto para pagar salários. O coordenador do programa económico dos socialistas prestou este esclarecimento ao Expresso depois de o jornal ter avançado a notícia de que o aumento das despesas com pessoal das administrações públicas, que resultaria de uma devolução rápida dos cortes salariais, seria de cerca de 875 milhões de euros.

Esta informação, explica o Expresso, teve como base o quadro que está na última página da proposta do programa socialista, e que incorpora já as alterações que resultaram das negociações entre o PS e os partidos à esquerda.

Mário Centeno esclarece que as mudanças inscritas no quadro resultam de uma revisão das contas públicas levada a cabo pela Comissão Europeia que, na semana passada, atualizou a suas previsões para os países da União Europeia. Nestas contas, Bruxelas alterou as despesas com pessoal e capital. O economista assegura assim que a introdução das medidas acordadas com o PCP e o Bloco de Esquerda não tem impacto a nível orçamental.



portanto implementam um montao de medidas comunistas para as quais vao ter de aumentar impostos, revertem privatizacoes etc e mas nao baixam as calcas por causa duma tanga de equilibrio orcamental que esconde os novos impostos ? tu tens de pensar antes de escrever, nao andas a fazer nenhum sentido


Não senhora, a minha leitura é diferente da tua---e bem diferente, por sinal. O que está ali patente (segundo sublinhado) é uma separação entre aquilo que seriam as despesas no programa do PS antes das alterações decorrentes dos acordos, e depois. As "medidas comunistas" que indicas podem nem ter sido sequer proposta pelo BE ou PCP.  :D

Citar
a proposito, viste a minha pergunta sobre os numeros da previsao do crescimento economico do PS? onde estao os numero em que te baseias para dizeres que mudaram o cenario macro? fico a espera, nao te esquecas desta vez


Vi, Camarada do Kentucky, vi, leve lá a taça da razão neste caso, mas devo-lhe dizer que também consegue ser bem chato quando quer. Eu até aprecio as suas mensagens aqui no fórum, mesmo quando aparenta estar "under the influence", dominado por uma qualquer necessidade de expelir verborreia post-sim-post-não, e de uivar para a lua a pedir o Costa "já, já", mas consegue ser bem chato quando é para bater no ceguinho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 14:12:40
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse

quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


deves pensar vao capitalizar bancos como?

bail in!!!!!   

em portugal pensas tem 100 000  para garantir....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 14:16:08
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

nao eh nenhuma feito, isso eh conversa da progapanda do PS para enganar
eh so ceder o suficiente e consegues sempre acordo, qual eh a duvida? eh uma regra geral da vida.
ele deu tudo o que os comunistas pediram e recebeu em troca qs nada

Não sou do PS e penso isso e as pessoas que li que tb disseram que é um grande feito até são de direita.
Penso que é um grande feito, porque BE e CDU nunca votaram a favor de um OE do PS (ou PSD). Vai ser a primeira vez. E tb pq consegue ir para o governo sozinho (sem CDU e BE), depois de ter perdido as eleições.
~
Bem, mas isso é porque vão votar a favor de um OE do BE+PCP ...  :D

Não me parece, uma das pessoas é a Clara Ferreira Alves, do programa Eixo do Mal da SIC N, que diz ser anticomunista. Eu digo que é um grande feito politico, pelos motivos que escrevi, mas não digo que é um grande feito para o pais ou que concordo com o que foi feito, antes pelo contrário. São coisas diferentes.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 14:16:46
O maximo pode acontecer e mesmo grecia


A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.


há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L


Existe sim Lark, os orçamentos nacionais são revistos pela UE de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Se não estiverem a cumprir as metas de 3% deficit e 60% divida pode haver lugar a um Procedimento por Deficit Excessivo.

Com bonecos e tudo :)

(http://ec.europa.eu/economy_finance/images/graphs/edp_infographic.jpg)

Daqui: http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm (http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 14:20:06
Eu acho que há muita gente que não percebe que o PCP não é o BE. O BE é um Syriza, um partido burgês que rapidamente se torna num PS versão 2, se isso for necessário para manter o protagonismo. Mas o PCP é de outra fibra.

Se as contas públicas resvalarem e deixarem de cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento (http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/sgp/index_pt.htm) o PCP jamais irá aceitar tomar medidas para cumprir metas impostas pela Europa (atenção que a Europa não impõe medidas mas sim metas, mas mesmo isso o PCP vai-se recusar a aceitar).

Portanto, é rezar para que as metas do défice sejam cumpridas. Caso contrário adeus acordo com o PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-10 14:23:54
Hoje é o dia que o governo de direita vai cair e garrafas de champanhe se vão abrir pelos esquerdistas.  :)

Eu acho que não é correto o PS ir para o governo sozinho (só com o acordo de incidência parlamentar) substituindo a PAF que teve mais votos e mais deputados do que o PS, mas não deixa de ser um grande feito se o Costa conseguir isso depois de ter perdido as eleições.

Não só é um grande (des)feito, como é um momento histórico para a nossa democracia, nomeadamente por colocar um fim a uma ruptura de 40 anos entre PS e PCP. Mesmo que não se goste, e que se considere que o que se está a passar é "ilegítimo", deve pelo menos reconhecer-se esta parte.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 14:27:48
ha quem veja isto como dar rabo a cumunistas

para ganhar taxos e subsidios da europa  como eu!

quando correr mal pedem ajuda aos PSD/CDS pelo bem naçao  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 14:30:53
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 14:37:42
O maximo pode acontecer e mesmo grecia


A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.


há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L


Existe sim Lark, os orçamentos nacionais são revistos pela UE de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Se não estiverem a cumprir as metas de 3% deficit e 60% divida pode haver lugar a um Procedimento por Deficit Excessivo.

Com bonecos e tudo :)

([url]http://ec.europa.eu/economy_finance/images/graphs/edp_infographic.jpg[/url])

Daqui: [url]http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm[/url] ([url]http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm[/url])


completamente de acordo.
se falharmos as metas do tratado orçamental poderemos ser sujeitos a processos.

o que é completamente diferente de levar o orçamento a aprovar a Bruxelas.
o orçamento até pode explicitamente mostrar que as metas de deficit e endividamento não vão ser cumpridas.

o máximo que a UE pode fazer é instaurar um processo. que poderá dara origens a multas e outra penalizações.
mas não aprova ou deixa de aprovar o orçamento.

e a questão da sujeição a processos é um bocado dúbia se a própria frança ou alemanha estiverem igualmente a infringir as disposições dos tratados.

resumindo: não há nenhuma instância de aprovação dos orçamentos nacionais pela UE, estando fora de um programa de ajuda.
há uma avaliação do orçamento  e da sua execução que poderá levar a penalidades se as metas do tratado orçamental forem desrespeitadas.


concordamos nisto?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-10 14:41:39
Poderá uma eventual penalização ser feita via corte(s) nos fundos do Portugal 2020?
(não faço a mínima ideia)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 14:42:09
O maximo pode acontecer e mesmo grecia

A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.

há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L

Os OEs dos países são enviados primeiro para a Comissão Europeia antes de serem aprovados no parlamento. Portugal é até o único país da Europa que ainda não entregou o OE provisório.
Depois de receberem, a CE faz uma pequena avaliação, e mesmo que não possa mandar o OE para trás (não sei neste momento se pode ou não), não acho que o PS vá contrariar muito as posições da CE, pq eles podem aplicar sanções a Portugal, os mercados podem "atacar" Portugal, existem metas orçamentais, como a redução do défice, que estão no Tratado Orçamental, que Portugal tem que cumprir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-10 14:44:36
Poderá uma eventual penalização ser feita via corte(s) nos fundos do Portugal 2020?
(não faço a mínima ideia)

podem podem

Mas nos temos fama de bom aluno :D

podem dizer ate alemanha ja passou o limite quando a crise 2008 começou e tal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 14:51:50
"No acordo entre o PCP e o PS não ficou preto no branco que a estabilidade do Governo PS está assegurada. No texto a que o Observador teve acesso, os comunistas não se comprometem a rejeitar à partida todas as “moções de censura ao Governo”, dizem, isso sim, que estas serão examinadas em reuniões “bilaterais”. "

afinal nem sequer com as mocoes de censura os comunistas se comprometeram, quanto mais tudo o resto
o PCP mantem toda a liberdade politica, vai avaliar as leis no parlamento uma a uma como se estivesse na oposicao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 14:55:31
"No acordo entre o PCP e o PS não ficou preto no branco que a estabilidade do Governo PS está assegurada. No texto a que o Observador teve acesso, os comunistas não se comprometem a rejeitar à partida todas as “moções de censura ao Governo”, dizem, isso sim, que estas serão examinadas em reuniões “bilaterais”. "

afinal nem sequer com as mocoes de censura os comunistas se comprometeram, quanto mais tudo o resto
o PCP mantem toda a liberdade politica, vai avalias as leis no parlamento uma a uma como se tivesse na oposicao

ahaha vai ser lindo.

Mas o povo merece. Pelo menos os 62% que votaram à esquerda por um "novo caminho alternativo à austeridade". SIGA!!!

E os mercados merecem perder o dinheiro se emprestarem à esquerdalha 1 cêntimo que seja em qualquer nova emissão de dívida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 14:57:30
https://www.facebook.com/ohdiabo.org/videos/1637614999834027/ (https://www.facebook.com/ohdiabo.org/videos/1637614999834027/)

a caminhada de costa ao poder
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 14:58:46
Cá está o tal "Acordo de mínimos" que referi.

A única base realmente concordante no acordo é esta:

"Mais afirmativa é a parte do acordo relativa ao derrube do governo de direita. Aí, o PS e PCP comprometem-se a rejeitar “qualquer solução que proponha um Governo PSD/CDS, como derrotarão qualquer iniciativa que vise impedir a solução governativa alternativa” dos socialistas."

in http://observador.pt/2015/11/10/pcp/ (http://observador.pt/2015/11/10/pcp/)

Ou seja, o acordo é apenas "para deitar abaixo e impedir a PaF de governar", nada mais. É o único objectivo em comum a PS, PCP e BE

Tudo o resto é para ser discutido no Parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:00:08
"No acordo entre o PCP e o PS não ficou preto no branco que a estabilidade do Governo PS está assegurada. No texto a que o Observador teve acesso, os comunistas não se comprometem a rejeitar à partida todas as “moções de censura ao Governo”, dizem, isso sim, que estas serão examinadas em reuniões “bilaterais”. "

afinal nem sequer com as mocoes de censura os comunistas se comprometeram, quanto mais tudo o resto
o PCP mantem toda a liberdade politica, vai avalias as leis no parlamento uma a uma como se tivesse na oposicao

ahaha vai ser lindo.

Mas o povo merece. Pelo menos os 62% que votaram à esquerda por um "novo caminho alternativo à austeridade". SIGA!!!

E os mercados merecem perder o dinheiro se emprestarem à esquerdalha 1 cêntimo que seja em qualquer nova emissão de dívida.

na pratica este acordo eh uma fraude, nao ha uma nova maioria de esquerda mas sim um golpe para retirar um governo minoritario que ganhou as eleicoes e meter la um que perdeu
a seguir ao golpe os partidos comunistas voltam para a oposicao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:01:49
Cá está o tal "Acordo de mínimos" que referi.

A única base realmente concordante no acordo é esta:

"Mais afirmativa é a parte do acordo relativa ao derrube do governo de direita. Aí, o PS e PCP comprometem-se a rejeitar “qualquer solução que proponha um Governo PSD/CDS, como derrotarão qualquer iniciativa que vise impedir a solução governativa alternativa” dos socialistas."

in [url]http://observador.pt/2015/11/10/pcp/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/10/pcp/[/url])

Ou seja, o acordo é apenas "para deitar abaixo e impedir a PaF de governar", nada mais. É o único objectivo em comum a PS, PCP e BE

Tudo o resto é para ser discutido no Parlamento.


exactamente, tudo o resto eh para ser discutido no parlamento com eu sempre disse
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 15:04:33
na pratica este acordo eh uma fraude, nao ha uma nova maioria de esquerda mas sim um golpe para retirar um governo minoritario que ganhou as eleicoes e meter la um que perdeu

Camarada, à esquerda em Portugal tudo é possível. Mas a verdade é esta: só têm esta possibilidade porque 62% votou em partidos de esquerda. É triste que a maioria do país - incluindo os que votaram à direita - irão sofrer as consequências. Mas por essa razão é que somos um país atrasado. Não há volta a dar.

Agora é procurar estratégias que nos possa defender nos próximos tempos. Ainda bem que não sou rico, senão estava a transpirar neste momento sobre o que fazer aos meus investimentos.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-10 15:06:09
follow-up

L

PSI diário

Foi fechar o gap.  ;D
tu foge dos comunas, lark.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:06:23
o gajos andaram a enganar a malta com propaganda a dizer que isto era um acordo de governacao para 4 anos porque acham que o cavaco pode chumbar o negocio e assim querem-lhe passar as culpas de forma enganosa junto da opiniao publica
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:07:20
na pratica este acordo eh uma fraude, nao ha uma nova maioria de esquerda mas sim um golpe para retirar um governo minoritario que ganhou as eleicoes e meter la um que perdeu

Camarada, à esquerda em Portugal tudo é possível. Mas a verdade é esta: só têm esta possibilidade porque 62% votou em partidos de esquerda. É triste que a maioria do país - incluindo os que votaram à direita - irão sofrer as consequências. Mas por essa razão é que somos um país atrasado. Não há volta a dar.

Agora é procurar estratégias que nos possa defender nos próximos tempos. Ainda bem que não sou rico, senão estava a transpirar neste momento sobre o que fazer aos meus investimentos.  :D

muita da gente que votou no PS nao tem culpa nenhuma disto, foram bem enganados
isto agora so se resolve com eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 15:09:38
na pratica este acordo eh uma fraude, nao ha uma nova maioria de esquerda mas sim um golpe para retirar um governo minoritario que ganhou as eleicoes e meter la um que perdeu
a seguir ao golpe os partidos comunistas voltam para a oposicao

Infelizmente não é uma fraude. É um aproveitamento do conjunto particular das várias situações que neste momento ocorrem:
  - Existir um objectivo comum a PCP, BE e PS
  - O nº de deputados da PaF estar em minoria no parlamento
  - O PR não poder convocar novas eleições

Mas é como já referi, esta é a única forma do António Costa conseguir ir para novas eleições em breve com a probabilidade de ganhar a maioria absoluta.

É apenas um meio para atingir um fim.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:11:26
sempre que o costa falou que so aceitava um acordo de legislatura estava a mentir descaradamente. isto eh um acordo para um orcamento e mais nada.
a partir desse momento (do primeiro orcamento) o governo do PS eh um simples governo minoritario nas maos dos comunistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 15:13:46
O maximo pode acontecer e mesmo grecia


A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.


há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L


Existe sim Lark, os orçamentos nacionais são revistos pela UE de acordo com o Pacto de Estabilidade e Crescimento.
Se não estiverem a cumprir as metas de 3% deficit e 60% divida pode haver lugar a um Procedimento por Deficit Excessivo.

Com bonecos e tudo :)


Daqui: [url]http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm[/url] ([url]http://ec.europa.eu/economy_finance/graphs/2014-11-10_excessive_deficit_procedure_explained_en.htm[/url])


completamente de acordo.
se falharmos as metas do tratado orçamental poderemos ser sujeitos a processos.

o que é completamente diferente de levar o orçamento a aprovar a Bruxelas.
o orçamento até pode explicitamente mostrar que as metas de deficit e endividamento não vão ser cumpridas.

o máximo que a UE pode fazer é instaurar um processo. que poderá dara origens a multas e outra penalizações.
mas não aprova ou deixa de aprovar o orçamento.

e a questão da sujeição a processos é um bocado dúbia se a própria frança ou alemanha estiverem igualmente a infringir as disposições dos tratados.

resumindo: não há nenhuma instância de aprovação dos orçamentos nacionais pela UE, estando fora de um programa de ajuda.
há uma avaliação do orçamento  e da sua execução que poderá levar a penalidades se as metas do tratado orçamental forem desrespeitadas.


concordamos nisto?

L


Bom, dizes que não há uma aprovação mas há uma avaliação, na prática é igual.
Podes andar a mais de 120 km/h na auto-estrada? Eu digo que não, tu dizes que sim mas depois tem multas e penalizações :)

A Franca acabou de expirar os 2 anos extra que teve para reduzir o défice abaixo dos 3%, neste momento encontra-se a discutir com a UE se o orçamento do próximo ano consegue ou não cumprir essa meta. Não precisa aprovação prévia mas caso a UE considere que o orçamento apresentado não vai cumprir o pacto, o procedimento inicia-se logo aí.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:14:35
toma la lark, boa leitura seu nabo

http://observador.pt/2015/11/10/pcp/ (http://observador.pt/2015/11/10/pcp/)
Acordo nos mínimos: PCP e BE não têm amarras para Orçamentos nem censuras

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 15:16:21
Em 2012 a CE rejeitou o OE da Bélgica e a Bélgica não estava sob ajuda externa na altura.

Citar
Bruxelas rejeita orçamento belga para 2012 por ser “demasiado optimista” - See more at: [url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/bruxelas-rejeita-orcamento-belga-para-2012-por-ser-demasiado-optimista/#sthash.XhIjifDp.dpuf[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/bruxelas-rejeita-orcamento-belga-para-2012-por-ser-demasiado-optimista/#sthash.XhIjifDp.dpuf[/url])

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:17:40
Em 2012 a CE rejeitou o OE da Bélgica e a Bélgica não estava sob ajuda externa na altura.

Citar
Bruxelas rejeita orçamento belga para 2012 por ser “demasiado optimista” - See more at: [url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/bruxelas-rejeita-orcamento-belga-para-2012-por-ser-demasiado-optimista/#sthash.XhIjifDp.dpuf[/url] ([url]http://www.dinheirovivo.pt/economia/bruxelas-rejeita-orcamento-belga-para-2012-por-ser-demasiado-optimista/#sthash.XhIjifDp.dpuf[/url])



boa ideia, isto pode voltar a acontecer
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 15:18:30
O momento em que se percebe que aquilo que o PS e o PCP acordaram no dia "histórico" de Domingo foi um grande Insucesso:  :D

"O acordo tem assim expressões que vão em sentido contrário ao que foi anunciado por António Costa no final da reunião da Comissão Nacional do partido no último domingo. No comunicado, o PS dizia que a estabilidade estava assegurada “na perspetiva de legislatura com a garantia de não aprovação de eventuais moções de rejeição ou censura da iniciativa do PSD e do CDS”. Ora no acordo final não consta esta frase."

in http://observador.pt/2015/11/10/pcp/ (http://observador.pt/2015/11/10/pcp/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-10 15:21:17
Um provável ministro do PS, Pedro Nuno Santos (fala-se que poderá ir para as Finanças) :
http://www.tvi24.iol.pt/economia/banqueiros/divida-nao-pagamos-estou-a-marimbar-me (http://www.tvi24.iol.pt/economia/banqueiros/divida-nao-pagamos-estou-a-marimbar-me)
(ouçam p.f., não se arrependerão)

Citar
Imagino que muitos leitores nem saibam muito bem quem é Pedro Nuno Santos, uma vez que os partidos estão cheios de antigos presidentes das jotas (como ele) e que há imensos presidentes de distritais (ele preside à de Aveiro). Mas eu posso esclarecer: Pedro Nuno Santos é aquele senhor alto, de barbas, que apareceu ao lado de António Costa quando ele começou a sua “ronda” de negociações. Depois foi ele que ficou encarregue da coordenação política das conversas com os partidos da esquerda. Por fim, é também vice-presidente da bancada socialista. Um político em ascensão, não se duvide.

Só que Pedro Nuno Santos não é só isto. É também o mesmo deputado socialista que, em Dezembro de 2011, teve uma tirada que ficou para história da forma irresponsável como o PS já nessa altura fazia oposição. Vale a pena recordá-la: “Estou a marimbar-me para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou. Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e dos franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagamos. Ou os senhores se põem finos ou não pagamos. E se não pagarmos e se lhes dissermos, as pernas dos banqueiros alemães até tremem”. Assim, tal e qual. Porventura pensando que não havia microfones por perto (falava num jantar de Natal em Castelo de Paiva).

[url]http://observador.pt/opiniao/uma-mentira-muitas-vezes-repetida-nao-passa-a-ser-verdade/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/uma-mentira-muitas-vezes-repetida-nao-passa-a-ser-verdade/[/url])


Genius, fucking brilliant !!!!!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:22:43
O momento em que se percebe que aquilo que o PS e o PCP acordaram no dia "histórico" de Domingo foi um grande Insucesso:  :D

"O acordo tem assim expressões que vão em sentido contrário ao que foi anunciado por António Costa no final da reunião da Comissão Nacional do partido no último domingo. No comunicado, o PS dizia que a estabilidade estava assegurada “na perspetiva de legislatura com a garantia de não aprovação de eventuais moções de rejeição ou censura da iniciativa do PSD e do CDS”. Ora no acordo final não consta esta frase."

in [url]http://observador.pt/2015/11/10/pcp/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/10/pcp/[/url])


repara como o Kosta tinha jurado que so estava disponivel para um acordo de 4 anos... eh um politico sem vergonha
o plano dos gajos agora eh enganar o povao acerca da natureza do acordo e culpar o cavaco por "recusar um governo estavel para 4 anos"... se este recusar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 15:28:15
sempre que o costa falou que so aceitava um acordo de legislatura estava a mentir descaradamente. isto eh um acordo para um orcamento e mais nada.
a partir desse momento (do primeiro orcamento) o governo do PS eh um simples governo minoritario nas maos dos comunistas

Mas as eleições reflectem exactamente isso. 62% divididos entre ps, be e pcp. Ou seja é possível e legal que haja um governo ps nas mãos do pcp. Nós os dois sabemos como isso vai acabar. Outros têm fé em nossa senhora que tudo irá correr bem e vão mesmo conseguir desafiar as regras da matemática.

Para executarem o que se propõe o kosta, ou aumenta brutalmente os impostos, ou pede dinheiro emprestado. Se os mercados permitirem isso, merecem bem ficar sem o dinheiro todo. Falência a 100% e não ficarei com pena nenhuma, nem dos tristes que têm dívida através dos ctt.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 15:30:09
Um provável ministro do PS, Pedro Nuno Santos (fala-se que poderá ir para as Finanças) :
[url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/banqueiros/divida-nao-pagamos-estou-a-marimbar-me[/url] ([url]http://www.tvi24.iol.pt/economia/banqueiros/divida-nao-pagamos-estou-a-marimbar-me[/url])
(ouçam p.f., não se arrependerão)

Citar
Imagino que muitos leitores nem saibam muito bem quem é Pedro Nuno Santos, uma vez que os partidos estão cheios de antigos presidentes das jotas (como ele) e que há imensos presidentes de distritais (ele preside à de Aveiro). Mas eu posso esclarecer: Pedro Nuno Santos é aquele senhor alto, de barbas, que apareceu ao lado de António Costa quando ele começou a sua “ronda” de negociações. Depois foi ele que ficou encarregue da coordenação política das conversas com os partidos da esquerda. Por fim, é também vice-presidente da bancada socialista. Um político em ascensão, não se duvide.

Só que Pedro Nuno Santos não é só isto. É também o mesmo deputado socialista que, em Dezembro de 2011, teve uma tirada que ficou para história da forma irresponsável como o PS já nessa altura fazia oposição. Vale a pena recordá-la: “Estou a marimbar-me para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou. Estou a marimbar-me que nos chamem irresponsáveis. Temos uma bomba atómica que podemos usar na cara dos alemães e dos franceses. Essa bomba atómica é simplesmente não pagamos. Ou os senhores se põem finos ou não pagamos. E se não pagarmos e se lhes dissermos, as pernas dos banqueiros alemães até tremem”. Assim, tal e qual. Porventura pensando que não havia microfones por perto (falava num jantar de Natal em Castelo de Paiva).

[url]http://observador.pt/opiniao/uma-mentira-muitas-vezes-repetida-nao-passa-a-ser-verdade/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/uma-mentira-muitas-vezes-repetida-nao-passa-a-ser-verdade/[/url])


Genius, fucking brilliant !!!!!


Esse imbecil com as finanças seria ainda mais divertido que o varoufakistwitter.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-10 15:33:46

 :-\ :-\

http://www.ps.pt/images/imprensa/comunicados_ps/20151110_PS_PCP.pdf (http://www.ps.pt/images/imprensa/comunicados_ps/20151110_PS_PCP.pdf)

http://www.ps.pt/images/imprensa/comunicados_ps/20151110_PS_BE.pdf (http://www.ps.pt/images/imprensa/comunicados_ps/20151110_PS_BE.pdf)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 15:38:40
camaradas, não se esqueçam de ir subscrever certificados de aforro para ajudarmos nesta luta contra os nazis da direita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-10 15:42:32
camaradas, não se esqueçam de ir subscrever certificados de aforro para ajudarmos nesta luta contra os nazis da direita.

Camarada Automek, peço ao comité central para poder responder à sua intervenção,
aguardo autorização :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-10 15:43:35
camaradas, não se esqueçam de ir subscrever certificados de aforro para ajudarmos nesta luta contra os nazis da direita.

Os reformados e funcionários públicos até podem já começar a receber em certificados de aforro, escusam de perder tempo a receber em euros e ir comprar depois. Se não usarem o euro os alemães até tremem, e alguns nem dormem á noite! :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 15:43:43
agora ja deu para perceber a cara do Kosta na entrevista de sexta-feira, o gajo estava chateado pois nao conseguiu o acordo que queria
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-10 15:46:56
agora ja deu para perceber a cara do Kosta na entrevista de sexta-feira, o gajo estava chateado pois nao conseguiu o acordo que queria

Qual era o acordo que queria?
Este tem gajas e tudo, não sei o que pode querer mais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 15:49:36

Para executarem o que se propõe o kosta, ou aumenta brutalmente os impostos, ou pede dinheiro emprestado. Se os mercados permitirem isso, merecem bem ficar sem o dinheiro todo. Falência a 100% e não ficarei com pena nenhuma, nem dos tristes que têm dívida através dos ctt.

O plano é como já o disse, o António Costa necessita ir para eleições, com urgência, algures no decorrer do próximo ano.

Tudo será feito com esse objectivo e até lá, irá fazer tudo para reverter para si o máximo de simpatia (e votos) possíveis.

Como é algo temporário, o custo das medidas são limitadas e os 7.800 Milhões que o Estado também tem nos "cofres" permitem aguentar as medidas sem colocar nada em causa.

Volto a dizer, o PS e o António Costa podem ser muita coisa, mas ingénuos ou parvos não são.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 15:51:44
Poderá uma eventual penalização ser feita via corte(s) nos fundos do Portugal 2020?
(não faço a mínima ideia)

podem podem

Mas nos temos fama de bom aluno :D

podem dizer ate alemanha ja passou o limite quando a crise 2008 começou e tal

como é que fundamentas isso?
o que têm os fundos estruturais a ver com penalizações por incumprimento de metas orçamentais?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 15:53:19
follow-up

L

PSI diário

Foi fechar o gap.  ;D
tu foge dos comunas, lark.

achas que vai caír? shorta!

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 15:57:50

Para executarem o que se propõe o kosta, ou aumenta brutalmente os impostos, ou pede dinheiro emprestado. Se os mercados permitirem isso, merecem bem ficar sem o dinheiro todo. Falência a 100% e não ficarei com pena nenhuma, nem dos tristes que têm dívida através dos ctt.

O plano é como já o disse, o António Costa necessita ir para eleições, com urgência, algures no decorrer do próximo ano.

Tudo será feito com esse objectivo e até lá, irá fazer tudo para reverter para si o máximo de simpatia (e votos) possíveis.

Como é algo temporário, o custo das medidas são limitadas e os 7.800 Milhões que o Estado também tem nos "cofres" permitem aguentar as medidas sem colocar nada em causa.

Volto a dizer, o PS e o António Costa podem ser muita coisa, mas ingénuos ou parvos não são.

Pode ser que seja isso. Mas para ter maioria absoluta, teria que fazer chegar muito e rapidamente dinheiro a uma parte significativa da população. Hoje dificilmente conseguirá fazer isso. Os partidos de esquerda agradam de 2 maneiras: através de dinheiro para fp e pensionistas e através de dinheiro para adjudicação de obras/serviços/produtos para agradar a uma parte dos privados.

Ora se a primeira é rápida, a segunda é muito difícil de executar em 1 ano.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 16:03:10
Mas para FPs e pensionistas é rápido. É já em Janeiro, não ?
Isto lá para meados do ano anda toda a gente alegre com a sensação de maior riqueza no bolso, mais consumo na economia, Verão à grande, etc. Se houver eleições logo a seguir ao Verão era óptimo para o Costa. Seria antes das contas se escavacarem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 16:05:13
Mas para FPs e pensionistas é rápido. É já em Janeiro, não ?
Isto lá para meados do ano anda toda a gente alegre com a sensação de maior riqueza no bolso, mais consumo na economia, Verão à grande, etc. Se houver eleições logo a seguir ao Verão era óptimo para o Costa. Seria antes das contas se escavacarem.

Supostamente é 25% de reposição por trimestre...eu assumi que era já em Janeiro e não no fim do trimestre em Março. Sinceramente não faço ideia. Mas só aí já agradas pelo menos 3 milhões de pessoas. Dentro deste, 1 milhão (os fp e pensionistas com maiores rendimentos) agradas de forma muito acentuada.

Mas não sei se chega para maioria absoluta.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-10 16:08:22
são mais o menos os que ganham mais de 1500€?
é que os que ganham menos de 1500€ vão todos votar psd/cds

No caso dos pensionistas os que ganham entre 600 e 4 mil e tal euros votam todos psd/cds
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-10 16:10:03
Mas para FPs e pensionistas é rápido. É já em Janeiro, não ?
Isto lá para meados do ano anda toda a gente alegre com a sensação de maior riqueza no bolso, mais consumo na economia, Verão à grande, etc. Se houver eleições logo a seguir ao Verão era óptimo para o Costa. Seria antes das contas se escavacarem.

O novo governo vai cair no próximo ano. Quando o Costa tiver que aprovar o novo orçamento e tiver que fazer contenção e o BE e PCP não deixarem. Aí vai pedir maioria.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-10 16:11:03
tenho dúvidas que o Cavaco dê posse a um governo que não tem garantia de maioria durante 4 anos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-10 16:14:25
tenho dúvidas que o Cavaco dê posse a um governo que não tem garantia de maioria durante 4 anos.

pobre cavaco... foi bem tramado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-10 16:16:57
tenho dúvidas que o Cavaco dê posse a um governo que não tem garantia de maioria durante 4 anos.

pobre cavaco... foi bem tramado

Exato :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 16:23:52
Pode ser que seja isso. Mas para ter maioria absoluta, teria que fazer chegar muito e rapidamente dinheiro a uma parte significativa da população. Hoje dificilmente conseguirá fazer isso. Os partidos de esquerda agradam de 2 maneiras: através de dinheiro para fp e pensionistas e através de dinheiro para adjudicação de obras/serviços/produtos para agradar a uma parte dos privados.

Ora se a primeira é rápida, a segunda é muito difícil de executar em 1 ano.

É muito semelhante ao que o Automek refere:

Mas para FPs e pensionistas é rápido. É já em Janeiro, não ?
Isto lá para meados do ano anda toda a gente alegre com a sensação de maior riqueza no bolso, mais consumo na economia, Verão à grande, etc. Se houver eleições logo a seguir ao Verão era óptimo para o Costa. Seria antes das contas se escavacarem.
As medidas de distribuição começam já em Janeiro

Para além disso, por vezes basta dares um pouco e a perspectiva de dar muito, para o efeito funcionar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-10 16:25:57
tenho dúvidas que o Cavaco dê posse a um governo que não tem garantia de maioria durante 4 anos.

pobre cavaco... foi bem tramado

Exato :D
Estou convecido que é mais pobre Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-11-10 16:29:27
Tenho acompanhado o tópico e penso que isto já deve ter sido dito por diversas vezes, mas o que é interessante é que o PS com sede de regressar ao poder virou-se à esquerda radical. Isto é preocupante porque mostra que o AC é capaz de muita coisa para chegar ao poder. Será que numa situação extrema de radicalismo voltamos ao periodo pré 25 de Abril?

Ceder desta forma ao PCP é preocupante quando se conhece a ideologia e o que defende esse partido... Aliás, o PS aproximou-se do PCP. Não foi o inverso. E isso é que torna as coisas mais perigosas...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 16:30:04
tenho dúvidas que o Cavaco dê posse a um governo que não tem garantia de maioria durante 4 anos.

O Presidente da República não grandes hipóteses neste momento, ou decide:
- Manter este Governo em Gestão : E com isso abrir vários problemas com a continuação de aprovação de medidas para conter a despesa, etc. E tudo numa esperança futura de se ir novamente a eleições....
- Dar posse a um governo do PS : que neste momento permite uma estabilidade até ao proximo ano.

Já não pode sequer tentar fazer um "governo de compromisso nacional" (mesmo que tivesse poder para tal, que já não tem), o PS, o BE e o PCP já disseram que votam contra.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 16:33:04
O plano é como já o disse, o António Costa necessita ir para eleições, com urgência, algures no decorrer do próximo ano.

Tudo será feito com esse objectivo e até lá, irá fazer tudo para reverter para si o máximo de simpatia (e votos) possíveis.

Como é algo temporário, o custo das medidas são limitadas e os 7.800 Milhões que o Estado também tem nos "cofres" permitem aguentar as medidas sem colocar nada em causa.

Volto a dizer, o PS e o António Costa podem ser muita coisa, mas ingénuos ou parvos não são.

Não acho que o PS vai querer ir a eleições no próximo ano, nem nos próximos. O PS já vai governar sozinho, se o Cavaco der posse, e vai ter os tachos todos. Acho que seria uma idiotice correr o risco de deixar de ser governo, quando já tem tudo o que podia querer, e quando uma parte do eleitorado do PS, que preferia uma aliança do PS à direita, poderia não votar no PS nas eleições seguintes.

O BE é que, por estar em alta, por talvez ter a ambição de ir para o governo, por ter o exemplo do Syriza, podia por motivos estratégicos fazer o governo PS cair, para tentar ganhar votos ao PS, mas tb não acho provável isso neste momento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 16:34:13
Tenho acompanhado o tópico e penso que isto já deve ter sido dito por diversas vezes, mas o que é interessante é que o PS com sede de regressar ao poder virou-se à esquerda radical. Isto é preocupante porque mostra que o AC é capaz de muita coisa para chegar ao poder. Será que numa situação extrema de radicalismo voltamos ao periodo pré 25 de Abril?

Ceder desta forma ao PCP é preocupante quando se conhece a ideologia e o que defende esse partido... Aliás, o PS aproximou-se do PCP. Não foi o inverso. E isso é que torna as coisas mais perigosas...

O PS sabe disso e o António Costa também.

Este "acordo" com o PCP e o BE é apenas um meio breve para chegar a um fim.

Depois do PS chegar ao poder, o acordo com o PCP vale de muito pouco...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-11-10 16:39:45
Tenho acompanhado o tópico e penso que isto já deve ter sido dito por diversas vezes, mas o que é interessante é que o PS com sede de regressar ao poder virou-se à esquerda radical. Isto é preocupante porque mostra que o AC é capaz de muita coisa para chegar ao poder. Será que numa situação extrema de radicalismo voltamos ao periodo pré 25 de Abril?

Ceder desta forma ao PCP é preocupante quando se conhece a ideologia e o que defende esse partido... Aliás, o PS aproximou-se do PCP. Não foi o inverso. E isso é que torna as coisas mais perigosas...

O PS sabe disso e o António Costa também.

Este "acordo" com o PCP e o BE é apenas um meio breve para chegar a um fim.

Depois do PS chegar ao poder, o acordo com o PCP vale de muito pouco...

Mas o PCP não votará a favor de medidas contra os trabalhadores. Para as votações do OE poderá eventualmente votar nulo para a sua aprovação mas ficarão mal na fotografia. Esse poderá ser o problema do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 16:40:48
Tenho acompanhado o tópico e penso que isto já deve ter sido dito por diversas vezes, mas o que é interessante é que o PS com sede de regressar ao poder virou-se à esquerda radical. Isto é preocupante porque mostra que o AC é capaz de muita coisa para chegar ao poder. Será que numa situação extrema de radicalismo voltamos ao periodo pré 25 de Abril?

Ceder desta forma ao PCP é preocupante quando se conhece a ideologia e o que defende esse partido... Aliás, o PS aproximou-se do PCP. Não foi o inverso. E isso é que torna as coisas mais perigosas...


O PS sabe disso e o António Costa também.

Este "acordo" com o PCP e o BE é apenas um meio breve para chegar a um fim.

Depois do PS chegar ao poder, o acordo com o PCP vale de muito pouco...


Concordo com a segunda frase, mas discordo da terceira. :)

Citar
"Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido"
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url])


Não acho que o PCP vá ser a ovelha negra que vai estragar tudo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 16:43:09
Não acho que o PS vai querer ir a eleições no próximo ano, nem nos próximos. O PS já vai governar sozinho, se o Cavaco der posse, e vai ter os tachos todos. Acho que seria uma idiotice correr o risco de deixar de ser governo, quando já tem tudo o que podia querer, e quando uma parte do eleitorado do PS, que preferia uma aliança do PS à direita, poderia não votar no PS nas eleições seguintes.

O BE é que, por estar em alta, por talvez ter ambição de ir para o governo, por ter o exemplo do Syriza, podia por motivos estratégicos fazer o governo PS cair, para tentar ganhar votos ao PS, mas tb não acho provável isso neste momento.

Não tem tudo o que podia ter.

Não tem maioria no Parlamento.

Têm sim duas "camisas de força" que o impedem de implementar um programa de governo realista quando a necessidade aparecer e tem o PSD e o CDS que vão fugir e rejeitar tudo o que o PS quiser fazer.

E, não menos importante, têm a percepção para um grande bloco dos eleitores do Centro, que este governo não é realmente "legitimo". Diga-se o que se disser, a opinião do povo é bastante importante.

"À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta"

De um momento para o outro, o governo PS poderá ficar completamente sozinho.
Se não for o PS a controlar o processo, será o PCP ou o BE a fazê-lo.
Não tenhas dúvidas disto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 16:48:38
Joao-D,

Citar
Depois do PS chegar ao poder, o acordo com o PCP vale de muito pouco...

Concordo com a segunda frase, mas discordo da terceira. :)

Citar
"Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido"
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url])

Não acho que o PCP vá ser a ovelha negra que vai estragar tudo.


O acordo do PS com o PCP, podes ler aqui: http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/11/20151110_ps_pcp.pdf (http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/11/20151110_ps_pcp.pdf)
Repara que a única coisa com que se compromete é apenas e só:
Citar
(...) comprometem-se a rejeitar “qualquer solução que proponha um Governo PSD/CDS, como derrotarão qualquer iniciativa que vise impedir a solução governativa alternativa” dos socialistas. Isto é pois, antes de esta solução entrar em funções, se entrar, e não durante a legislatura.


O que significa que quando o governo PS estiver a governar, este acordo não serve de grande coisa. Todas as medidas serão para ser discutidas uma-a-uma e serão ou não aprovadas pelo PCP individualmente.

O link que colocaste não coloca nada do que referi em causa. Continua a ser verdade, mesmo que o PCP rejeita uma medida do PS no futuro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 16:52:34
Não acho que o PS vai querer ir a eleições no próximo ano, nem nos próximos. O PS já vai governar sozinho, se o Cavaco der posse, e vai ter os tachos todos. Acho que seria uma idiotice correr o risco de deixar de ser governo, quando já tem tudo o que podia querer, e quando uma parte do eleitorado do PS, que preferia uma aliança do PS à direita, poderia não votar no PS nas eleições seguintes.

O BE é que, por estar em alta, por talvez ter ambição de ir para o governo, por ter o exemplo do Syriza, podia por motivos estratégicos fazer o governo PS cair, para tentar ganhar votos ao PS, mas tb não acho provável isso neste momento.

Não tem tudo o que podia ter.

Não tem maioria no Parlamento.

Têm sim duas "camisas de força" que o impedem de implementar um programa de governo realista quando a necessidade aparecer e tem o PSD e o CDS que vão fugir e rejeitar tudo o que o PS quiser fazer.

E, não menos importante, têm a percepção para um grande bloco dos eleitores do Centro, que este governo não é realmente "legitimo". Diga-se o que se disser, a opinião do povo é bastante importante.

"À mulher de César não basta ser honesta, tem de parecer honesta"

De um momento para o outro, o governo poderá ficar completamente sozinho.
Se não for o PS a controlar o processo, será o PCP ou o BE a fazê-lo.
Não tenhas dúvidas disto.

O PS tem mais a perder do que a ganhar em ir a eleições, por isso acho bastante improvável que por sua iniciativa vá para eleições. Pode é ser derrubado, como outros governos de minoria foram.
Por exemplo, se o PS não conseguir cumprir o acordo com a esquerda, por causa dos compromissos europeus, pode ser derrubado pelos outros partidos de esquerda. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: meu-godo em 2015-11-10 17:01:46
A ideia do AC era derrubar a PaF custe o que custasse. É o comportamento de um ditador!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 17:03:43
O PS tem mais a perder do que a ganhar em ir a eleições, por isso acho bastante improvável que por sua iniciativa vá para eleições. Pode é ser derrubado, como outros governos de minoria foram.
Por exemplo, se o PS não conseguir cumprir o acordo com a esquerda, por causa dos compromissos europeus, pode ser derrubado pelos outros partidos de esquerda.

Calma, como disse atrás, o PS só se irá lançar para eleições após inverter o nível de simpatia (e votos) que a PaF possui neste momento.

Antes disso, não o vai fazer pois não faz sentido. As sondagens actuais mostram bem o panorama.

E para conseguir isso precisa de governar com um programa que tenha a capacidade de permitir esse objectivo. Ou seja, com um programa que inverta as medidas que a PaF colocou nos últimos anos ao mesmo tempo que tenta ganhar uma imagem de competência, confiança, etc etc.

Mas o António Costa também sabe que manter este nível de medidas (populistas) tem um custo e que apenas o pode fazer (com o apoio do BE e PCP), com relativa segurança, temporariamente.

E repara, o "ser derrubado por outros" pode ser feito "a pedido" (controlável) ou de uma forma que não era esperada ou desejável no momento.

O resultado é igual, mas a forma de "lá chegar" é muito diferente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 17:06:03
Passos diz que Governo PS não tem legitimidade e avisa: não nos peçam "sentido de responsabilidade" depois


-------

ou seja... voces estao entregues aos comunistas para passarem as leis que precisarem, a coligacao chumbara tudo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 17:08:18
Joao-D,

Citar
Depois do PS chegar ao poder, o acordo com o PCP vale de muito pouco...

Concordo com a segunda frase, mas discordo da terceira. :)

Citar
"Com o PCP, não tenho dúvidas, acordo assinado é acordo cumprido"
[url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url] ([url]http://www.dn.pt/portugal/interior/com-o-pcp-nao-tenho-duvidas-acordo-assinado-e-acordo-cumprido-4858617.html[/url])

Não acho que o PCP vá ser a ovelha negra que vai estragar tudo.


O acordo do PS com o PCP, podes ler aqui: [url]http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/11/20151110_ps_pcp.pdf[/url] ([url]http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/11/20151110_ps_pcp.pdf[/url])
Repara que a única coisa com que se compromete é apenas e só:
Citar
(...) comprometem-se a rejeitar “qualquer solução que proponha um Governo PSD/CDS, como derrotarão qualquer iniciativa que vise impedir a solução governativa alternativa” dos socialistas. Isto é pois, antes de esta solução entrar em funções, se entrar, e não durante a legislatura.


O que significa que quando o governo PS estiver a governar, este acordo não serve de grande coisa. Todas as medidas serão para ser discutidas uma-a-uma e serão ou não aprovadas pelo PCP individualmente.

O link que colocaste não coloca nada do que referi em causa. Continua a ser verdade, mesmo que o PCP rejeita uma medida do PS no futuro.


Só colocaste uma parte do que está escrito. No texto estão uma série de medidas que compete ao PS respeitar, como o descongelamento de pensões, a reposição dos feriados...
Se o PS respeitar o acordado, não acho que o PCP vá deitar o governo abaixo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 17:08:33
Passos diz que Governo PS não tem legitimidade e avisa: não nos peçam "sentido de responsabilidade" depois


-------

ou seja... voces estao entregues aos comunistas para passarem as leis que precisarem, a coligacao chumbara tudo

Pois, é o expectável...

O PSD e o CDS (a coligação PaF já foi) vão querer estar contra tudo o que o PS fizer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-10 17:09:14
Passos diz que Governo PS não tem legitimidade e avisa: não nos peçam "sentido de responsabilidade" depois


-------

ou seja... voces estao entregues aos comunistas para passarem as leis que precisarem, a coligacao chumbara tudo

Isso seria num País normal, no País do A. Costa a PàF vai ser responsabilizada por não aprovar medidas que o PS se negou a aprovar. :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 17:12:10
eu nao acho nada obvio que o cavaco indigite o Kosta, para mim eh 50/50. este acordo eh uma palhacada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 17:13:10
Só colocaste uma parte do que está escrito. No texto estão uma série de medidas que compete ao PS respeitar, como o descongelamento de pensões, a reposição dos feriados...
Se o PS respeitar o acordado, não acho que o PCP vá deitar o governo abaixo.

Estás a referir-te a estas:
Citar
"Entre outros, o PS e o PCP identificam como aspectos em que é possível convergir, independentemente do alcance programático diverso de cada partido, com vista a soluções de politica inadiaveis:

O descongelamento das pensoes, (...)"

Uma possibilidade não é uma certeza. Tudo o que está naquele parágrafo não serve de grande coisa na verdade....
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-10 17:15:00
eu nao acho nada obvio que o cavaco indigite o Kosta, para mim eh 50/50. este acordo eh uma palhacada

O problema é as alternativas...ou a falta delas...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 17:17:35
Moção de rejeição aprovada.
Até o deputado do PAN votou a favor da moção de rejeição.
Como já tinha dito, o Costa fez um bom trabalho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 17:22:36
Só colocaste uma parte do que está escrito. No texto estão uma série de medidas que compete ao PS respeitar, como o descongelamento de pensões, a reposição dos feriados...
Se o PS respeitar o acordado, não acho que o PCP vá deitar o governo abaixo.

Estás a referir-te a estas:
Citar
"Entre outros, o PS e o PCP identificam como aspectos em que é possível convergir, independentemente do alcance programático diverso de cada partido, com vista a soluções de politica inadiaveis:

O descongelamento das pensoes, (...)"

Uma possibilidade não é uma certeza. Tudo o que está naquele parágrafo não serve de grande coisa na verdade....

Tens direito à tua opinião, mas eu discordo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-10 17:23:51


Já estou a ver umas notas a voar na rua, será o efeito Costa? :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 17:34:31
Se o Cavaco der posse ao Costa e se depois o OE não for rejeitado pela Comissão Europeia, acho muito provável que CDU e BE votem a favor do OE do PS no parlamento, algo que nunca aconteceu. E depois do OE ser aprovado, acho muito dificil o governo PS cair, pelo menos até ter que apresentar novo OE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 17:45:52
os comunistas invadiram as ruas de lisboa, faz lembrar o referendo na grecia... so paixao e esperanca.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-10 17:48:49
os comunistas invadiram as ruas de lisboa, faz lembrar o referendo na grecia... so paixao e esperanca. racionalidade zero.

Tb estavam lá as claques dos partidos de direita. As claques estavam separadas pela policia. Parecem clubes de futebol...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 17:59:17
Desde que a PAF vote contra qualquer medida, o Costa está obrigado a fazer o PCP votar sim. Grande PCP ! O Jerónimo meteu o Cunhal num chinelo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 18:00:09
os comunistas invadiram as ruas de lisboa, faz lembrar o referendo na grecia... so paixao e esperanca. racionalidade zero.

Tb estavam lá as claques dos partidos de direita. As claques estavam separadas pela policia. Parecem clubes de futebol...

a política neste momento está ao nível futebolístico.
racionalidade é algo raro.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:04:31
o mr neo está a quase a sagrar-se campeão mundial de chamar estúpidos aos outros.

a não concordância com as suas teses implicam (para ele) a não compreensão do problema em questão.

Não concorda comigo? Não percebe nada disto!

O passo seguinte é afirmar que se não se percebe é porque se é estúpido ou se está a mentir - isto é, o acusado percebe, mas afirma o contrário.

Depois de mais umas iterações, quando a sua tese já foi desmentida ou está prestes a sê-lo, a acusação de mentiroso torna-se fulcral e justifica a sua fuga do debate.
Se o neo tivesse poderes de moderação, não duvido que justificaria o banimento do interlocutor, com a acusação de ter mentido.

É um modus operandi já bastante conhecido. É surpreendente que ainda provoque reacções de indignação. A mim faz-me bocejar.

Não deixa de ser, no entanto,  uma forma de actuar extraordinariamente totalitária e intolerante de outras opiniões.

L

Uma coisa são opiniões sobre assuntos subjectivos, outra opiniões sobre factos. Numa opinião contrária a factos bem estabelecidos, só sobram duas opções possíveis: ignorância ou má fé.

O teu problema específico é que amiúde tens opiniões sobre factos bem estabelecidos. Aliás, sem problema nenhum, tens opiniões contrárias a factos estabelecidos, como se viu no Yuan, na questão dos CDS ou mais recentemente noutra coisa qualquer que agora me esquece.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-10 18:09:57
eu nao acho nada obvio que o cavaco indigite o Kosta, para mim eh 50/50. este acordo eh uma palhacada


.....concordo. Veremos o que o "queixadas", no meio da sua "letargia" habitual........fará ?........eh.eh.... :-\
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:10:06
O maximo pode acontecer e mesmo grecia

A Grécia pode ser um exemplo para o que disse. O Syriza pretendia apresentar um OE sem austeridade e não conseguiu, isso causou instabilidade, e sentiu-se obrigado a ir a votos.
O OE enviado pelo PS pode tb ser rejeitado pela UE, e isso pode tb causar alguma instabilidade entre PS e o resto da esquerda, sobretudo se não houver a possibilidade do OE incluir algumas medidas que estão no acordo de esquerda.

há aí qualquer coisa que não estou a compreender joão.
a UE não tem que aceitar ou deixar de aceitar.
já não estamos sob nenhum programa de ajuda.
mesmo que a UE tentasse fazer pressão através do BCE, isso seria indiferente, uma vez que a partir de Janeiro isso deixa de ser problema dos governos.

não há nenhum processo formal ou informal de aprovação de orçamentos nacionais, pela parte da UE.
era o que mais faltava.

L

Penso que ainda não compreendeste a parte que se o BCE fecha as torneiras, os bancos implodem, e depois a recapitalização é feita pelo próprio Estado e tem uma probabilidade associada de se perderem parte dos depósitos acima dos 100,000 EUR. Isto mesmo sem o Estado incumprir como queres, porque com o Estado a incumprir, é pior ainda e a probabilidade de se perderem depósitos é muito maior.

De resto, a probabilidade de se perderem depósitos pode ela própria começar um bank run, o que apressa tudo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:11:55
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse

quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L

Vais postar algo que não compreendes.

E mais tarde, à medida que os factos se começarem a revelar evidentes, vais manter a tua opinião sejam quais forem os factos.

Sabes que isso não te é inédito. De momento acreditas piamente que a pressão do BCE acaba no fim do ano. Quando tal é simplesmente falso. Logo a dinâmica descrita já está em marcha.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:18:02
Eu acho que há muita gente que não percebe que o PCP não é o BE. O BE é um Syriza, um partido burgês que rapidamente se torna num PS versão 2, se isso for necessário para manter o protagonismo. Mas o PCP é de outra fibra.

Se as contas públicas resvalarem e deixarem de cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento ([url]http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/sgp/index_pt.htm[/url]) o PCP jamais irá aceitar tomar medidas para cumprir metas impostas pela Europa (atenção que a Europa não impõe medidas mas sim metas, mas mesmo isso o PCP vai-se recusar a aceitar).

Portanto, é rezar para que as metas do défice sejam cumpridas. Caso contrário adeus acordo com o PCP.


A lógica do PCP é consistente. É algo assim:
* Se as metas não estão a ser cumpridas, é porque as metas estão no local errado.

Aliás, macabramente irónico é que isto relembra a grande fome na China (quando a China era efectivamente comunista). Existiam projecções para a produção agrícola, feitas optimisticamente por camaradas que queriam ficar bem vistos. Quando as projecções não foram alcançadas o que sucedeu em muitos casos? Bem, o problema não podia ser das projecções feitas pelos camaradas, pelo que obviamente os agricultores reaccionários estavam a esconder comida! Resultados:
* A fome afectou mais os produtores do que os consumidores urbanos.
* Aos produtores levaram-lhes em muitos casos tudo, não lhes deixando sequer comida para a sua própria subsistência.
* Uns quantos produtores foram ainda acusados e executados por esses mesmos crimes de andarem a esconder comida que estava no plano.

O comunismo é uma coisa especial. Os factos não são propriamente o expoente máximo no comunismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:25:43
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



O SRM é um mecanismo que descreve como se devem processar as resoluções, e o SRF é apenas um fundo "tipo" FMI para financiar os bancos durante a sua resolução mas não para os recapitalizar. A resolução em si é similar ao que a FDIC faz, eliminando accionistas, credores, e se necessário depósitos acima do fundo de protecção nacional.

Ou seja, se o BCE não apoia, tens bancos a terem que ser resolvidos. Não é um mar de alegrias, é antes um Chipre -- onde os bancos continuaram a funcionar, repara, que é o objectivo do SRM e SRF. A menos, claro, que te pareça o Chipre um mar de alegrias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 18:27:30
o mr neo está a quase a sagrar-se campeão mundial de chamar estúpidos aos outros.

a não concordância com as suas teses implicam (para ele) a não compreensão do problema em questão.

Não concorda comigo? Não percebe nada disto!

O passo seguinte é afirmar que se não se percebe é porque se é estúpido ou se está a mentir - isto é, o acusado percebe, mas afirma o contrário.

Depois de mais umas iterações, quando a sua tese já foi desmentida ou está prestes a sê-lo, a acusação de mentiroso torna-se fulcral e justifica a sua fuga do debate.
Se o neo tivesse poderes de moderação, não duvido que justificaria o banimento do interlocutor, com a acusação de ter mentido.

É um modus operandi já bastante conhecido. É surpreendente que ainda provoque reacções de indignação. A mim faz-me bocejar.

Não deixa de ser, no entanto,  uma forma de actuar extraordinariamente totalitária e intolerante de outras opiniões.

L

Uma coisa são opiniões sobre assuntos subjectivos, outra opiniões sobre factos. Numa opinião contrária a factos bem estabelecidos, só sobram duas opções possíveis: ignorância ou má fé.

O teu problema específico é que amiúde tens opiniões sobre factos bem estabelecidos. Aliás, sem problema nenhum, tens opiniões contrárias a factos estabelecidos, como se viu no Yuan, na questão dos CDS ou mais recentemente noutra coisa qualquer que agora me esquece.

o lark eh um especialista de todos os assuntos mas que falha em tudo o que realmente interessa e papa toda a propaganda que lhe agrada
hoje bem podia ter ficado calado em relacao ao acordo, foi comico  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 18:28:47
na pratica este acordo eh uma fraude, nao ha uma nova maioria de esquerda mas sim um golpe para retirar um governo minoritario que ganhou as eleicoes e meter la um que perdeu

Camarada, à esquerda em Portugal tudo é possível. Mas a verdade é esta: só têm esta possibilidade porque 62% votou em partidos de esquerda. É triste que a maioria do país - incluindo os que votaram à direita - irão sofrer as consequências. Mas por essa razão é que somos um país atrasado. Não há volta a dar.

Agora é procurar estratégias que nos possa defender nos próximos tempos. Ainda bem que não sou rico, senão estava a transpirar neste momento sobre o que fazer aos meus investimentos.  :D

muita da gente que votou no PS nao tem culpa nenhuma disto, foram bem enganados
isto agora so se resolve com eleicoes

Mas só com a possibilidade daquelas medidas SEM se saberem as medidas de receita, o PS teria ainda mais votos ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 18:29:04
a CGTP ja veio hoje dizer que quer mais do que esta no acordo e que isto eh so o inicio... eles dizem que querem mudar mais leis laborais

eu bem disse que isto ia ser giro... um governo minoritario nas maos dos comunistas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-10 18:29:16
https://www.facebook.com/ohdiabo.org/videos/1637614999834027/ (https://www.facebook.com/ohdiabo.org/videos/1637614999834027/)

a caminhada de costa ao poder

Muito bom vídeo!!   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-10 18:49:23
Citar
As águas do poder

por Henrique Monteiro, em 10.11.15
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-10 18:53:28
Eu acho que há muita gente que não percebe que o PCP não é o BE. O BE é um Syriza, um partido burgês que rapidamente se torna num PS versão 2, se isso for necessário para manter o protagonismo. Mas o PCP é de outra fibra.

Se as contas públicas resvalarem e deixarem de cumprir o Pacto de Estabilidade e Crescimento ([url]http://ec.europa.eu/economy_finance/economic_governance/sgp/index_pt.htm[/url]) o PCP jamais irá aceitar tomar medidas para cumprir metas impostas pela Europa (atenção que a Europa não impõe medidas mas sim metas, mas mesmo isso o PCP vai-se recusar a aceitar).

Portanto, é rezar para que as metas do défice sejam cumpridas. Caso contrário adeus acordo com o PCP.


A lógica do PCP é consistente. É algo assim:
* Se as metas não estão a ser cumpridas, é porque as metas estão no local errado.

Aliás, macabramente irónico é que isto relembra a grande fome na China (quando a China era efectivamente comunista). Existiam projecções para a produção agrícola, feitas optimisticamente por camaradas que queriam ficar bem vistos. Quando as projecções não foram alcançadas o que sucedeu em muitos casos? Bem, o problema não podia ser das projecções feitas pelos camaradas, pelo que obviamente os agricultores reaccionários estavam a esconder comida! Resultados:
* A fome afectou mais os produtores do que os consumidores urbanos.
* Aos produtores levaram-lhes em muitos casos tudo, não lhes deixando sequer comida para a sua própria subsistência.
* Uns quantos produtores foram ainda acusados e executados por esses mesmos crimes de andarem a esconder comida que estava no plano.

O comunismo é uma coisa especial. Os factos não são propriamente o expoente máximo no comunismo.


Eu digo isso a conhecidos e as pessoas respondem-me "Isso é estúpido, isso foi à 50/60 anos. Hoje em dia é impensável". Ou seja as pessoas admitem que certas acções passadas do PC não serão praticas, mas não admitem o seu contrário, que é somente aquilo que o PC defende.

Por outro lado, acham que o querer, a união, a esperança bastarão para impedir os mercados de tomarem a direcção contrária ao que pretendem. E isto parece absurdo, mas é uma situação muito comum para quem anda nestas andanças do trading, esperar que uma posição inverta só porque sim ou porque queremos ter razão e isso costuma correr muito mal.

Por isso, diria que andam muito portugueses iludidos a projectar ideias idílicas de governo que serão quase impossíveis de se realizarem. E que provavelmente, vão acabar muito mal para a maioria de nós.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 18:55:42
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

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(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



portanto: nada disto tem que ver com os fundos estruturais, como o reg pretendeu dizer. O BCE não manda nos fundos estruturais.
a partir de 1 de Janeiro os bancos portugueses e da zona euro, em geral, estarão sob supervisão directa do BCE.

se não cumprirem com os critérios determinados nos stress tests terão que ser: recapitalizados ou vendidos ou liquidados.
os critérios são muito objectivos. são os mesmos para o BCP ou para o Deutsche Bank.

se os bancos portugueses não cumprirem os critérios terão que demonstrar ao BCE como irão cumpri-los a breve prazo.
seja por entradas de capital dos accionistas, dos bondholders, de quem quer que seja. MENOS do estado português. MENOS do contribuinte português.
poderá chegar ao bail-in, que significa que depositantes acima de 100k serão chamados à recapitalização. O ESTADO PORTUGUÊS não entrará em nada disso.

O estado português só ficará responsável, por agora, pelo fundo de garantia de depósitos.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com fundos estruturais.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com a possibilidade do BCE pressionar o governo, asfixiando os bancos.
o que tiver que ser será. aqui, na alemanha e em frança. em toda a zona euro.

os bancos que cumprirem os critérios seguem sem problemas.
os que não cumprirem têm que apresentar planos de curto prazo para resolverem o seus problemas.

em nenhum caso os governos serão chamados a qualquer processo de recapitalização de qualquer banco, excepto dos bancos públicos dos quais o estado é accionista. No caso português a caixa geral de depósitos.

isto tudo para dizer que a arma que foi utilizada na grécia para pressionar o governo grego, deixará de existir a partir de 1 de Janeiro.

a única responsabilidade dos governo é para com os depositantes com depósitos abaixo de 100k euros.

e será apenas num caso extremo de recapitalização em que os depositantes sejam chamados ao processo - bail-in.

recapitalização essa que não é à vontade do freguês. os critérios são muito específicos e claros.
são os mesmos para todos os bancos da zona euro.

não sei se não se aplicará igualmente a outros países da UE que não pertençam ao euro e se sim, em que moldes.

isto é bastante simples e não vejo onde possa haver discussão aqui.

de qualquer forma estou aberto a debater a minha interpretação do texto. desde que seja um debate em boa fé.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 19:38:41
É isso, Lark. A existência do SRM e SRF não só não protege depósitos acima de 100k EUR como aumenta a probabilidade de estes serem derretidos (pois na existência deste esquema, o BCE sente menor necessidade de manter zombies).

É claro, acima de 100k não só estão "os ricos", como todo o género de empresas.

No fundo é uma institucionalização do que ocorreu no Chipre.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-10 19:42:22


Já estou a ver umas notas a voar na rua, será o efeito Costa? :D

Não serão folhas de Outono?
Costumam ver-se antes do Inverno.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-10 19:58:00
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



portanto: nada disto tem que ver com os fundos estruturais, como o reg pretendeu dizer. O BCE não manda nos fundos estruturais.
a partir de 1 de Janeiro os bancos portugueses e da zona euro, em geral, estarão sob supervisão directa do BCE.

se não cumprirem com os critérios determinados nos stress tests terão que ser: recapitalizados ou vendidos ou liquidados.
os critérios são muito objectivos. são os mesmos para o BCP ou para o Deutsche Bank.

se os bancos portugueses não cumprirem os critérios terão que demonstrar ao BCE como irão cumpri-los a breve prazo.
seja por entradas de capital dos accionistas, dos bondholders, de quem quer que seja. MENOS do estado português. MENOS do contribuinte português.
poderá chegar ao bail-in, que significa que depositantes acima de 100k serão chamados à recapitalização. O ESTADO PORTUGUÊS não entrará em nada disso.

O estado português só ficará responsável, por agora, pelo fundo de garantia de depósitos.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com fundos estruturais.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com a possibilidade do BCE pressionar o governo, asfixiando os bancos.
o que tiver que ser será. aqui, na alemanha e em frança. em toda a zona euro.

os bancos que cumprirem os critérios seguem sem problemas.
os que não cumprirem têm que apresentar planos de curto prazo para resolverem o seus problemas.

em nenhum caso os governos serão chamados a qualquer processo de recapitalização de qualquer banco, excepto dos bancos públicos dos quais o estado é accionista. No caso português a caixa geral de depósitos.

isto tudo para dizer que a arma que foi utilizada na grécia para pressionar o governo grego, deixará de existir a partir de 1 de Janeiro.

a única responsabilidade dos governo é para com os depositantes com depósitos abaixo de 100k euros.

e será apenas num caso extremo de recapitalização em que os depositantes sejam chamados ao processo - bail-in.

recapitalização essa que não é à vontade do freguês. os critérios são muito específicos e claros.
são os mesmos para todos os bancos da zona euro.

não sei se não se aplicará igualmente a outros países da UE que não pertençam ao euro e se sim, em que moldes.

isto é bastante simples e não vejo onde possa haver discussão aqui.

de qualquer forma estou aberto a debater a minha interpretação do texto. desde que seja um debate em boa fé.

L


obrigado.
a verdade é que não entendi bem o texto em inglês mas entendoi o texto do Laek.

mas estas novas regras não vão um pouco contra o que se aprendeu com a falencia do lehman brothers ?

1- A falencia de um grande banco pode ter consequencias imprevisiveis  : A Falencia de um banco levou a um aumento dos juros nos paises perifericos da europa o que levou à crise....;

2-E se os outros bancos do mesmo pais do banco afectado se recusarem a colaborar no fundo de resolução ?
Ou se não tiverem capital para o fazer ?





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-10 20:01:46
 :D

Portugal: Red Dawn Coming
http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming (http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-10 20:03:18
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



portanto: nada disto tem que ver com os fundos estruturais, como o reg pretendeu dizer. O BCE não manda nos fundos estruturais.
a partir de 1 de Janeiro os bancos portugueses e da zona euro, em geral, estarão sob supervisão directa do BCE.

se não cumprirem com os critérios determinados nos stress tests terão que ser: recapitalizados ou vendidos ou liquidados.
os critérios são muito objectivos. são os mesmos para o BCP ou para o Deutsche Bank.

se os bancos portugueses não cumprirem os critérios terão que demonstrar ao BCE como irão cumpri-los a breve prazo.
seja por entradas de capital dos accionistas, dos bondholders, de quem quer que seja. MENOS do estado português. MENOS do contribuinte português.
poderá chegar ao bail-in, que significa que depositantes acima de 100k serão chamados à recapitalização. O ESTADO PORTUGUÊS não entrará em nada disso.

O estado português só ficará responsável, por agora, pelo fundo de garantia de depósitos.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com fundos estruturais.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com a possibilidade do BCE pressionar o governo, asfixiando os bancos.
o que tiver que ser será. aqui, na alemanha e em frança. em toda a zona euro.

os bancos que cumprirem os critérios seguem sem problemas.
os que não cumprirem têm que apresentar planos de curto prazo para resolverem o seus problemas.

em nenhum caso os governos serão chamados a qualquer processo de recapitalização de qualquer banco, excepto dos bancos públicos dos quais o estado é accionista. No caso português a caixa geral de depósitos.

isto tudo para dizer que a arma que foi utilizada na grécia para pressionar o governo grego, deixará de existir a partir de 1 de Janeiro.

a única responsabilidade dos governo é para com os depositantes com depósitos abaixo de 100k euros.

e será apenas num caso extremo de recapitalização em que os depositantes sejam chamados ao processo - bail-in.

recapitalização essa que não é à vontade do freguês. os critérios são muito específicos e claros.
são os mesmos para todos os bancos da zona euro.

não sei se não se aplicará igualmente a outros países da UE que não pertençam ao euro e se sim, em que moldes.

isto é bastante simples e não vejo onde possa haver discussão aqui.

de qualquer forma estou aberto a debater a minha interpretação do texto. desde que seja um debate em boa fé.

L


obrigado.
a verdade é que não entendi bem o texto em inglês mas entendoi o texto do Laek.

mas estas novas regras não vão um pouco contra o que se aprendeu com a falencia do lehman brothers ?

1- A falencia de um grande banco pode ter consequencias imprevisiveis  : A Falencia de um banco levou a um aumento dos juros nos paises perifericos da europa o que levou à crise....;

2-E se os outros bancos do mesmo pais do banco afectado se recusarem a colaborar no fundo de resolução ?
Ou se não tiverem capital para o fazer ?


o BCE terá que se chegar à frente. os bancos ficarão devedores ao BCE pela quantia que for necessária.
espero que o BCE lhes cobre os olhos da cara.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-10 20:04:55
:D

Portugal: Red Dawn Coming
[url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url])

Fascismo no SA!!!

Vais fazer subir os juros da divida, logo agora que vamos ter socialismo a sério e todos sabemos que "socialismo é abundância".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: itg00022289 em 2015-11-10 20:05:30
O Vasco Pulido Valente continua em forma:
Citar
No meio desta catástrofe só me espanta o dr. António Costa: não o achava estúpido, juro que não.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-10 20:11:28
Amanhã vou levantar os meus 20 euros que tenho de parte num depósito. Não tenho paciência para filas às 3h da manhã.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 20:50:30
:D

Portugal: Red Dawn Coming
[url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url])

Neste momento já está um gajo no PCP a abrir um ficheiro em teu nome e o TF com outlook negativo. O PCP aprendeu muito com a PIDE.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-10 21:02:32
:D

Portugal: Red Dawn Coming
[url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url])


excelente artigo.
Obrigado incognitus.
Voltamos à minha velha questão :Como preservar o património ?

(Caso hala haircut nas contas ou saida do euro).
(Desde 2010 que temo saida do euro.., e uma catastrofe à argentina e plos vistos esta está mais proxima.O povo votou na tv . Quando eu via a televisão  em 2012 os grandes protagonistas eram o bloco.o PCP e o PS.  E estes ganharam. É a vitoria da TV ).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-10 22:46:25
:D

Portugal: Red Dawn Coming
[url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url] ([url]http://seekingalpha.com/article/3672716-portugal-red-dawn-coming[/url])


Atenção camarada ,isso vai dar lugar num voo low cost para um local de reabilitação ideológica , algures na Sibéria. ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-10 23:19:45
Uma coisa que se notou é que as esquerdas não aplaudiram as esquerdas
Citar
Montenegro sinalizou que a única vez em que as bancadas de PS, PCP e BE se “conseguiram unir” e aplaudir de pé uma intervenção foi quando o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, anunciou o resultado da votação que derruba o Governo.
Observador

O desgraçado do PAN não deve ter levado nenhum aplauso. Ao menos os verdes levam sempre o apoio do PCP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-10 23:21:21
Uma coisa que se notou é que as esquerdas não aplaudiram as esquerdas
Citar
Montenegro sinalizou que a única vez em que as bancadas de PS, PCP e BE se “conseguiram unir” e aplaudir de pé uma intervenção foi quando o Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, anunciou o resultado da votação que derruba o Governo.
Observador

O desgraçado do PAN não deve ter levado nenhum aplauso. Ao menos os verdes levam sempre o apoio do PCP.

o mais comico eh que o BE e o PCP praticamente nao se falam
mas ambos tem a solucao para todos os problemas do mundo, nao deve eh ser amor fraterno
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-10 23:23:59
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



portanto: nada disto tem que ver com os fundos estruturais, como o reg pretendeu dizer. O BCE não manda nos fundos estruturais.
a partir de 1 de Janeiro os bancos portugueses e da zona euro, em geral, estarão sob supervisão directa do BCE.

se não cumprirem com os critérios determinados nos stress tests terão que ser: recapitalizados ou vendidos ou liquidados.
os critérios são muito objectivos. são os mesmos para o BCP ou para o Deutsche Bank.

se os bancos portugueses não cumprirem os critérios terão que demonstrar ao BCE como irão cumpri-los a breve prazo.
seja por entradas de capital dos accionistas, dos bondholders, de quem quer que seja. MENOS do estado português. MENOS do contribuinte português.
poderá chegar ao bail-in, que significa que depositantes acima de 100k serão chamados à recapitalização. O ESTADO PORTUGUÊS não entrará em nada disso.

O estado português só ficará responsável, por agora, pelo fundo de garantia de depósitos.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com fundos estruturais.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com a possibilidade do BCE pressionar o governo, asfixiando os bancos.
o que tiver que ser será. aqui, na alemanha e em frança. em toda a zona euro.

os bancos que cumprirem os critérios seguem sem problemas.
os que não cumprirem têm que apresentar planos de curto prazo para resolverem o seus problemas.

em nenhum caso os governos serão chamados a qualquer processo de recapitalização de qualquer banco, excepto dos bancos públicos dos quais o estado é accionista. No caso português a caixa geral de depósitos.

isto tudo para dizer que a arma que foi utilizada na grécia para pressionar o governo grego, deixará de existir a partir de 1 de Janeiro.

a única responsabilidade dos governo é para com os depositantes com depósitos abaixo de 100k euros.

e será apenas num caso extremo de recapitalização em que os depositantes sejam chamados ao processo - bail-in.

recapitalização essa que não é à vontade do freguês. os critérios são muito específicos e claros.
são os mesmos para todos os bancos da zona euro.

não sei se não se aplicará igualmente a outros países da UE que não pertençam ao euro e se sim, em que moldes.

isto é bastante simples e não vejo onde possa haver discussão aqui.

de qualquer forma estou aberto a debater a minha interpretação do texto. desde que seja um debate em boa fé.

L


obrigado.
a verdade é que não entendi bem o texto em inglês mas entendoi o texto do Laek.

mas estas novas regras não vão um pouco contra o que se aprendeu com a falencia do lehman brothers ?

1- A falencia de um grande banco pode ter consequencias imprevisiveis  : A Falencia de um banco levou a um aumento dos juros nos paises perifericos da europa o que levou à crise....;

2-E se os outros bancos do mesmo pais do banco afectado se recusarem a colaborar no fundo de resolução ?
Ou se não tiverem capital para o fazer ?


o BCE terá que se chegar à frente. os bancos ficarão devedores ao BCE pela quantia que for necessária.
espero que o BCE lhes cobre os olhos da cara.

L


Então para evitar falência..,um grande banco terá de ser financiado pelo banco central europeu.


E de onde vem o dinheiro para financiar esse banco ?


Vem dos bancos centrais nacionais.

E de onde vem o dinheiro que os bancos centrais têm ?

Isto é pergunta genuina.

Este novo esquema dos estados não financiarem os bancos está-me a parecer  confuso.

Sempre ouvi dizer que os bancos não podiam falir porque senão isso iria provocar uma corrida aos bancos por parte dos depositantes..., provocando falências em cadeia.

Claro que com o  BES arranjaram o esquema do banco bom e do banco mau...;
Talvez seja esse o modelo futuro.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 00:13:26
Mas Troika nao esta ca

podem andar gastar o que quiserem durante uns tempos

so BCE pode tirar tapete


isso e falso lark nao ha garantia dos depositos europeia

o draghi ja o disse


quem é que está falar de garantia dos depósitos?
parece-me que vou ter que postar pela terceira vez a mesma coisa.

L


Schäuble's ticking clock

Here's a fact about the Greek financial crisis that doesn't seem to be widely reported: in just under five months, the rules of the game are going to change, and the changes will probably tilt the balance of power in favor of the Greek government and against the Troika.

Here's the story.

As we've learned over the past two months, the Troika's biggest stick is the ability (and willingness) of the European Central Bank to cripple the banking system of a Eurozone member state by denying it liquidity.

Now, for a central bank to deliberately destabilize a financial system under its care is, as far as I can tell, unprecedented in the history of modern central banking.  And it is unimaginable that the countries composing the Eurozone would have signed up in the first place if the ECB "charter" had explicitly given the central bank the role of "enforcer" of the terms of the growth-and-stability pact (or of pretty much anything else).  So the ECB's actions would have been jaw-dropping enough under the original rules of the Eurozone.  But the reality is worse.

In 2013, the European Commission designated the ECB to be the authoritative bank regulator for the Eurozone.  (1)  The ECB is the entity charged with determining whether a particular bank is solvent.  It is also charged with the responsibility to take early action to force the resolution of insolvent (and likely-to-become insolvent) banks in such a way as to preserve the smooth functioning of the financial system of the Eurozone and of each member state.

It's hard to avoid the conclusion that, if Greece's banks are in such trouble that the ECB is remotely justified in refusing to provide liquidity support, that the ECB is also, in its role as bank regulator, obliged to shut those banks down and see that they are rapidly restructured and recapitalized.

In other words, the ECB is explicitly required by its own enabling legislation to prevent the state of affairs which it deliberately created in Greece.

So what happens in 2016?

On January 1, the final piece of the Eurozone banking union puzzle falls into place:  the responsibility for structuring bank resolution programs will shift from national resolution authorities to a Eurozone-wide Single Resolution Mechanism (SRM), backed by a Single Resolution Fund (SRF).  The goal of this institution is to break, one and for all, the link between the solvency of any particular national government and the stability of its banking system.  In other words, its purpose is to take away the very leverage the Troika has been using to force concessions from the Greek government -- the threat that "insolvent government = banking system collapse."

The Single Resolution Fund is also, to be perfectly frank, a de facto transfer union.  Nominally, of course, it is no such thing, because there must never be such a thing, because...reasons.  How does this work?  The SRF is to be funded by compulsory levies charged against banks.  These, we are assured, are not taxes, and banks are not taxpayers, so no tax money is involved. (Seriously.) In any event, over the next several years (there's a transition formula), the SRF will evolve from a nationally compartmentalized fund into a single entity fully mutualizing the cost of bank resolution across all countries of the Eurozone.   And in the interim, the fund is authorized to borrow against future charges-to-banks-that-are-not-a-tax-because-reasons.

What does this mean for Greece?  A couple of things.  First, it gives the Greek government a way to force the "are they solvent or aren't they" issue.  If the Greek national authorities declare one or more banks to be in danger of insolvency, they can ask the SRM to help create a resolution plan.  The ECB could prevent this, but only by explicitly declaring said banks not merely solvent, but safe.

Second, the existence of the SRF, even in its initial "compartmentalized" form, drastically reduces the uncertainty associated with declaring a Greek bank insolvent.  Under current rules, it's not 100% clear that the ECB is required to provide financial support to make an orderly resolution feasible.  (I would argue that it's strongly implied, but given the ECB's demonstrated willingness to ignore its responsibilities when it come to Greece, I certainly wouldn't rely on it.)  The responsibilities of the SRF are indisputable.

So: it is settled EU policy that the insolvency of a particular Eurozone government shall not destabilize the financial system in that or any other Eurozone country.  And, to that end, financing bank resolutions is a responsibility of the Eurozone banking system as a whole, not of individual Eurozone governments.  Good.  But it's hard not to suspect that some in the EU, in writing and blessing these rules, had in mind a silent caveat: "except for Greece."

In fact, it's not hard to imagine what might happen if the first use of the SRF were to recapitalize, say, Alpha Bank.  The German press, among others, would take a sudden interest in the SRM and the SRF, and might not be inclined to accept the notion that compulsory payments to a governmental entity are, in some fundamental sense, not "taxes."  And somebody, somewhere will accuse the Merkel government (with some justice) of having signed on to a stealth transfer union, which is "bailing out" Greek banks.  Hijinks ensue.

How could EU policymakers have convinced themselves that that the SRM would never be applied to Greece?  My personal guess would be that it involved the same form of self-deception entailed in all games of "kick the can down the road," the expectation -- born more of wishful thinking than of reason -- that, somehow, these things will work out before the moment of truth arrives.

But now the moment of truth is awfully near.

All of which might help to explain Wolfgang Schäuble's evident desire to push Greece out of the Eurozone as quickly as possible.  There's a ticking clock: in five months, it becomes a whole lot harder for the Troika to hold the Greek banking system hostage, and the consequence of trying -- the activation of the SRM to recapitalize insolvent Greek banks -- could have interesting political repercussions in Germany and elsewhere.

I'm very curious to see what's going to happen next.

--------------------------------------

(1) This became effective on January 1, 2014.  The ECB exercises direct supervision of a number of large banks, while supervising the rest through the national regulatory authorities.  However, there seems to be no doubt of the ECB's authority to override the judgment of a local regulator should a difference of opinion arise as to the solvency of a particular institution.

fonte ([url]http://meansquarederrors.blogspot.ca/2015/08/schaubles-ticking-clock.html[/url])


aqui está.

L



portanto: nada disto tem que ver com os fundos estruturais, como o reg pretendeu dizer. O BCE não manda nos fundos estruturais.
a partir de 1 de Janeiro os bancos portugueses e da zona euro, em geral, estarão sob supervisão directa do BCE.

se não cumprirem com os critérios determinados nos stress tests terão que ser: recapitalizados ou vendidos ou liquidados.
os critérios são muito objectivos. são os mesmos para o BCP ou para o Deutsche Bank.

se os bancos portugueses não cumprirem os critérios terão que demonstrar ao BCE como irão cumpri-los a breve prazo.
seja por entradas de capital dos accionistas, dos bondholders, de quem quer que seja. MENOS do estado português. MENOS do contribuinte português.
poderá chegar ao bail-in, que significa que depositantes acima de 100k serão chamados à recapitalização. O ESTADO PORTUGUÊS não entrará em nada disso.

O estado português só ficará responsável, por agora, pelo fundo de garantia de depósitos.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com fundos estruturais.

isto que aqui está descrito não tem nada a ver com a possibilidade do BCE pressionar o governo, asfixiando os bancos.
o que tiver que ser será. aqui, na alemanha e em frança. em toda a zona euro.

os bancos que cumprirem os critérios seguem sem problemas.
os que não cumprirem têm que apresentar planos de curto prazo para resolverem o seus problemas.

em nenhum caso os governos serão chamados a qualquer processo de recapitalização de qualquer banco, excepto dos bancos públicos dos quais o estado é accionista. No caso português a caixa geral de depósitos.

isto tudo para dizer que a arma que foi utilizada na grécia para pressionar o governo grego, deixará de existir a partir de 1 de Janeiro.

a única responsabilidade dos governo é para com os depositantes com depósitos abaixo de 100k euros.

e será apenas num caso extremo de recapitalização em que os depositantes sejam chamados ao processo - bail-in.

recapitalização essa que não é à vontade do freguês. os critérios são muito específicos e claros.
são os mesmos para todos os bancos da zona euro.

não sei se não se aplicará igualmente a outros países da UE que não pertençam ao euro e se sim, em que moldes.

isto é bastante simples e não vejo onde possa haver discussão aqui.

de qualquer forma estou aberto a debater a minha interpretação do texto. desde que seja um debate em boa fé.

L


obrigado.
a verdade é que não entendi bem o texto em inglês mas entendoi o texto do Laek.

mas estas novas regras não vão um pouco contra o que se aprendeu com a falencia do lehman brothers ?

1- A falencia de um grande banco pode ter consequencias imprevisiveis  : A Falencia de um banco levou a um aumento dos juros nos paises perifericos da europa o que levou à crise....;

2-E se os outros bancos do mesmo pais do banco afectado se recusarem a colaborar no fundo de resolução ?
Ou se não tiverem capital para o fazer ?


o BCE terá que se chegar à frente. os bancos ficarão devedores ao BCE pela quantia que for necessária.
espero que o BCE lhes cobre os olhos da cara.

L


Então para evitar falência..,um grande banco terá de ser financiado pelo banco central europeu.


E de onde vem o dinheiro para financiar esse banco ?


Vem dos bancos centrais nacionais.

E de onde vem o dinheiro que os bancos centrais têm ?

Isto é pergunta genuina.

Este novo esquema dos estados não financiarem os bancos está-me a parecer  confuso.

Sempre ouvi dizer que os bancos não podiam falir porque senão isso iria provocar uma corrida aos bancos por parte dos depositantes..., provocando falências em cadeia.

Claro que com o  BES arranjaram o esquema do banco bom e do banco mau...;
Talvez seja esse o modelo futuro.


o dinheiro virá do BCE. não dos bancos centrais nacionais.
um banco central tem sempre fundos disponíveis. pela natureza do mesmo nunca vai à falência.

onde é que ouviste que os bancos não podiam falir?
há bancos a falir todos os dias.

falem, são vendidos e a sua carteira de clientes, com os respectivos depósitios e dívidas, é assumida por outro banco qualquer que esteja interessado no negócio.
uma quantidade de novos clientes, a desconto, não é algo de se deitar fora.

não sei quantos bancos falem por ano no US, mas devem ser muitos.
na europa não faço ideia. deve haver para aí muitos zombies e o DB é o maior de todos.
mas a falência de um banco não é drama nenhum, desde que o negócio - os clientes - seja recuperado por outro banco.
os accionistas e bondholders ficam a arder. na minha opinião os depositantes nunca, mas nunca, deveriam ficar a arder.

para isso teria que haver uma supervisão e controlo ferozes por parte dos reguladores que os bancos actualmente, por agora,  não admitem.
mas hão-de vir a admitir. não têm remédio.
claro que as margens no negócio bancário se vão contraír. até pode ser que desapareça tal como é hoje.
mas desde que o crédito continue a ser feito por esse ou outros meios, não tenho peninha nenhuma deles.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 00:29:36
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 00:31:29
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-11 01:36:55
artigo interessante,

http://observador.pt/2015/11/09/portugal-a-proxima-grecia-pergunta-o-commerzbank/ (http://observador.pt/2015/11/09/portugal-a-proxima-grecia-pergunta-o-commerzbank/)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 08:26:09
a assinatura foi mesmo a correr. não tiveram tempo de se sentar, nem sequer para desviar a cadeira antes de assinar.  :D

(http://mediaserver4.rr.pt/newrr/jeronimo_de_sousa_e_antonio_costa_assinam_acordo9168b89f_base.jpg)

(http://mediaserver4.rr.pt/newrr/heloisa_apolonia_e_antonio_costa_assinam_acordo1506f8cc_base.jpg)

(http://mediaserver4.rr.pt/newrr/catarina_martins_e_antonio_costa_assinam_acordo20375132_base.jpg)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 09:25:47
As visão do Vitor Cunha no Blasfémias sobre a decisão do Cavaco (as duas primeiras não são descabidas)

Citar
O Presidente da República tem em mãos uma moção de censura ao programa governativo, moção esta que derruba o governo. Tem várias opções que deve usar pela ordem apresentada, passando ao número seguinte após verificação de impossibilidade do número que o antecede.

1. Após consideração dos acordos que PS firmou com PCP, PEV e BE, exigir estabilidade através da inclusão dos 4 partidos no governo.
2. Exigência de acordo de incidência parlamentar entre PCP e BE, PCP e PEV e PEV e BE (recordem que o muro caiu, etc) ou substituição dos 3 acordos por acordo único assinado pelos 4 partidos.
3. Empossar governo minoritário de António Costa, realçando a impossibilidade de manutenção de relações institucionais com quem não respeita instituições e demitir-se da presidência por incompatibilidade do regime semi-presidencial com a maioria parlamentar abençoada nas ruas pela CGTP.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-11-11 09:47:58
a assinatura foi mesmo a correr. não tiveram tempo de se sentar, nem sequer para desviar a cadeira antes de assinar.  :D

([url]http://mediaserver4.rr.pt/newrr/jeronimo_de_sousa_e_antonio_costa_assinam_acordo9168b89f_base.jpg[/url])

([url]http://mediaserver4.rr.pt/newrr/heloisa_apolonia_e_antonio_costa_assinam_acordo1506f8cc_base.jpg[/url])

([url]http://mediaserver4.rr.pt/newrr/catarina_martins_e_antonio_costa_assinam_acordo20375132_base.jpg[/url])


Fizeram questão de não estarem os 4 partidos juntos dentro da mesma sala ...o mostra bem o que quanto bem se dão e estão unidos ....palavras para que a politica viveu uma palhaçada tão grande neste país por causa de um monhé de m**** que faz tudo para chegar ao poder desde apunhalar os seus colegas de partidos a apunhalar o povo que votou .....espero que tenha uma vida muito curta.
Nunca gostei deste merd** insosso  pelo seu cinismo e arrogancia escondida deste que foi um tal de ministro da adminstração interna e pela porcaria que fez mas chegar a este ponto é do piorio dasssssssssssssssssssss
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 10:29:55
As visão do Vitor Cunha no Blasfémias sobre a decisão do Cavaco (as duas primeiras não são descabidas)

Citar
O Presidente da República tem em mãos uma moção de censura ao programa governativo, moção esta que derruba o governo. Tem várias opções que deve usar pela ordem apresentada, passando ao número seguinte após verificação de impossibilidade do número que o antecede.

1. Após consideração dos acordos que PS firmou com PCP, PEV e BE, exigir estabilidade através da inclusão dos 4 partidos no governo.
2. Exigência de acordo de incidência parlamentar entre PCP e BE, PCP e PEV e PEV e BE (recordem que o muro caiu, etc) ou substituição dos 3 acordos por acordo único assinado pelos 4 partidos.
3. Empossar governo minoritário de António Costa, realçando a impossibilidade de manutenção de relações institucionais com quem não respeita instituições e demitir-se da presidência por incompatibilidade do regime semi-presidencial com a maioria parlamentar abençoada nas ruas pela CGTP.

Nenhum desses três cenários vai suceder. Ou melhor, se o PR decidir seguir esses passos, os dois primeiros vão falhar, e no terceiro ele não se demite. Just my two cents.

Eu continuo a apostar no empossamento do Costa.

Quanto aos acordos, junto-me às criticas. 3 acordos em vez e 1 são uma vergonha, e não estarem todos na mesma sala outra vergonha.

Critico ainda o acordo como PCP, onde o "estável e duradouro" não se vislumbra (condições determinantes, segundo o Costa, para deitar abaixo o governo da coligação).

Não quer dizer que a governação não possa vir a ser estável e duradoura, mas neste momento não existem essas condições e não existem garantias nenhumas de que isso se venha a passar.

O Costa pode ter jogado "politicamente" bem, e ter alcançado objectivos históricos, mas deixou a honra e a palavra pelo caminho. Nada que me surpreenda particularmente---parece-me infelizmente que a mentira é uma "normalidade institucionalizada" na política, mas é algo que me afasta por demais dos partidos e das pessoas que os compõem...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 10:43:39
O desgraçado do PAN não deve ter levado nenhum aplauso. Ao menos os verdes levam sempre o apoio do PCP.

levam o apoio porque se o pcp diz senta eles sentam. se diz dá a pata, eles dão as patas. mais ou menos como o costa a partir de hoje.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 10:45:53
As visão do Vitor Cunha no Blasfémias sobre a decisão do Cavaco (as duas primeiras não são descabidas)

Citar
O Presidente da República tem em mãos uma moção de censura ao programa governativo, moção esta que derruba o governo. Tem várias opções que deve usar pela ordem apresentada, passando ao número seguinte após verificação de impossibilidade do número que o antecede.

1. Após consideração dos acordos que PS firmou com PCP, PEV e BE, exigir estabilidade através da inclusão dos 4 partidos no governo.
2. Exigência de acordo de incidência parlamentar entre PCP e BE, PCP e PEV e PEV e BE (recordem que o muro caiu, etc) ou substituição dos 3 acordos por acordo único assinado pelos 4 partidos.
3. Empossar governo minoritário de António Costa, realçando a impossibilidade de manutenção de relações institucionais com quem não respeita instituições e demitir-se da presidência por incompatibilidade do regime semi-presidencial com a maioria parlamentar abençoada nas ruas pela CGTP.

Eu prefiro a 3ª. Demitir-se após empossar no papel, mas sem a cerimónia formal. Despedia-me antes disso.

A esquerdalha ia cuspir-se toda durante meses.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-11 11:01:19
http://economico.sapo.pt/noticias/ps-quer-taxa-audiovisual-nas-facturas-dos-telefones-para-baixar-factura-da-luz_234341.html (http://economico.sapo.pt/noticias/ps-quer-taxa-audiovisual-nas-facturas-dos-telefones-para-baixar-factura-da-luz_234341.html)



olhem o que alguem escreveu a comentar  :D

"Dá para ri!!
Temos mosquitos no quarto então para resolvemos a situação cagamos na sala!
Esta gente não vale a água que bebe nem o ar que respiram!"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-11 11:02:14
Ouvi um pouco do discurso do PAN e até fiquei a achar que a Eloísa Apolónia não é,
afinal, assim tão má :D

Mas tem o seu eleitorado e até concordo com a sua eleição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-11 11:04:19
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/ps-quer-taxa-audiovisual-nas-facturas-dos-telefones-para-baixar-factura-da-luz_234341.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/ps-quer-taxa-audiovisual-nas-facturas-dos-telefones-para-baixar-factura-da-luz_234341.html[/url])



Ontem o Santana descreveu na perfeição a forma de estar do Costa, baseado no que
aconteceu na Câmara: ele não se importa com nada , de ficar bem ou ficar mal na foto,
desde que o objectivo seja cumprido( veja-se aqui manter-se no poder).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-11 11:06:28
Há uma interpretação da Constituição da República que poderá fazer algum sentido.

Citar
EFEITOS DA QUEDA ANUNCIADA DO GOVERNO!!!

A minha formação e especialização académica é na área do Direito da União Europeia, desde o Mestrado ao Doutoramento e daí à Agregação. Mas também conheço a Constituição da República Portuguesa (CRP), cujos parâmetros ensino há muitos anos aos meus alunos de Direito Político, na Licenciatura em Relações Internacionais do ISCSP/Universidade de Lisboa.

É sabido que não há um sistema de escolha direta do Governo. Na solução constitucional é o Presidente da República quem marca o dia das eleições legislativas [artigo 133.º, alínea b), CRP] e tem competência para escolher e nomear o Primeiro-Ministro [artigos 133.º, alínea) e 187.º, n.º 1, CRP], depois de ouvir os partidos políticos, devendo a sua escolha incidir sobre o partido ou os partidos com mais expressivos resultados nas eleições à Assembleia da República, isto é, aqueles sobre os quais recaem mais votos por parte do eleitorado popular. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro entretanto indigitado (artigo 187.º, n.º 2, CRP). Neste contexto, o Primeiro-Ministro e o Governo estão sujeitos a um duplo sistema de controlo político (artigos 190.º e 191.º, n.º 1, CRP): o Presidente da República e a Assembleia da República.

No quadro normativo descrito, não se exige, em parte alguma, que o Governo tenha uma maioria absoluta para o exercício cabal das suas funções, embora seja do senso comum que quanto maior for a sua representatividade parlamentar, maior será a sua estabilidade governava, por razões evidentes.

Mas se a oposição quiser “abater" o Governo, pode fazê-lo? Mesmo no início do mandato?

De acordo com o sistema de freios e contra-pesos que caracteriza o sistema democrático, em qualquer momento, a Assembleia da República pode ser dissolvida pelo Presidente da República [artigos 133.º, alínea e), e 172.º], do mesmo modo que a Assembleia da República pode demitir o Governo (em qualquer dos casos previstos no artigo 195.º CRP).

E a rejeição do programa do Governo pode levar à sua demissão?

É verdade que sim. A rejeição do programa do Governo, aprovada por uma maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, tem por consequência inequívoca a demissão do Governo [artigos 192.º e 195.º, n.º 1, alínea d), CRP].

E o que acontece ao Governo demitido?

O Governo demitido deve limitar-se à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos (artigo 186.º, n.º 5, CRP). O que significa que o país não fica sem Governo, nem este órgão de soberania está impossibilitado de assegurar "a gestão dos negócios públicos" do Estado, mesmo com as limitações referidas.

E depois? O que sucede a seguir?

A seguir devem ser convocadas novas eleições legislativas, que permitam ao Presidente da República nomear novo Primeiro-Ministro, sucedendo-se um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais expressos nas urnas de voto. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro cessante só pode ser exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro [/u](artigo 186.º, n.º 5, CRP). Do mesmo modo que os deputados eleitos anteriormente se mantém em funções. De acordo com o texto constitucional, o mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião APÓS AS ELEIÇÕES SUBSEQUENTES (artigo 153.º CRP)[/u].

Sucede, no caso concreto de Portugal que, neste momento não pode ser a Assembleia da República dissolvida, por não terem ainda decorrido seis meses após a sua eleição e, além disso, por nos encontrarmos no lapso de tempo que é abrangido pelo último semestre do mandato do Presidente da República (artigo 172.º, n.º 1, CRP). E, após a sua dissolução, mantém-se o mesmo regime que impõe a necessidade de marcação de eleições democráticas. Como decorre do sistema, a dissolução da Assembleia, quando seja possível, não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados até à primeira reunião da Assembleia da República APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES (artigo 172.º, n.º 3, CRP).

De tudo o que fica dito, conclui-se que a Constituição Portuguesa não contempla qualquer outra saída, como a formação de um Governo de iniciativa presidencial (como erradamente se tem dito) ou a formação de um Governo a partir da oposição, mesmo que represente a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, a não ser a da demissão do Governo, seguida da dissolução da Assembleia da República, com a subsequente marcação de eleições legislativas, após o que será nomeado novo Primeiro-Ministro e formado novo Governo, de acordo com os novos resultados eleitorais, mas sempre APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES, para usar o texto constitucional, que é inequívoco.

Tudo o que vá para além disso constituirá ato político inconstitucional grave que colocará em causa a vigência da atual Constituição e a própria subsistência do Estado de Direito democrático!

Em suma: rejeição do programa do Governo e respetiva demissão, seguida da manutenção do estatuto de Governo de Gestão em exercício de funções, como tal confirmado pelo atual Presidente da República, a que se deverá seguir a marcação de novas eleições legislativas pelo futuro Presidente da República e respeitados os futuros resultados eleitorais, como é apanágio da nossa ainda jovem democracia!!!
in https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf (https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf)

Ou seja, por esta leitura da Constituição o Presidente da República não pode nomear mais ninguém até há marcação de novas eleições.

A nomeação de uma outra solução de governo, após a demissão de um Primeiro Ministro, não está contemplada na Constituição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Counter Retail Trader em 2015-11-11 11:09:00
Ouvi um pouco do discurso do PAN e até fiquei a achar que a Eloísa Apolónia não é,
afinal, assim tão má :D

Mas tem o seu eleitorado e até concordo com a sua eleição.

ela nao parece realmente assim tao , outros tambem nao o parecem , o grave é que eles sao sabem como é que as coisas funcionam ao pormenor , um pouco como o syriza , talvez ate menos.....

Acho que nunca mais voto na vida, sinceramente era dar lhes o governo e quando o cócó viesse a tona nao haver alternativa senao os mesmos que fazem cócó como de costume a resolver !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 11:21:56
Há uma interpretação da Constituição da República que poderá fazer algum sentido.

(...)

Ou seja, por esta leitura da Constituição o Presidente da República não pode nomear mais ninguém até há marcação de novas eleições.

A nomeação de uma outra solução de governo, após a demissão de um Primeiro Ministro, não está contemplada na Constituição.

É uma leitura interessante, mas tudo depende daquilo que o Cavaco pretender deixar como solução para o país. Se ele não quiser deixar um governo de gestão, então não vai fazer essa leitura da Constituição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 11:30:02
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 11:40:15
Acho que vamos ouvir o Cavaco a "ladrar" ao Costa no próximo discurso, como já "ladrou" uma vez, mas vai muito provavelmente dar posse ao Costa. "Cão que ladra não morde."
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-11 11:42:59
Também me parece, o Cavaco apostou em tentar que alguns deputados socialistas votassem contra mas nada feito.
Claramente subestimou o cheiro a podre poder.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 11:44:44
Acho que vamos ouvir o Cavaco a "ladrar" ao Costa no próximo discurso, como já "ladrou" uma vez, mas vai muito provavelmente dar posse ao Costa. "Cão que ladra não morde."

O Cavaco ainda pode morder, mas se morder, morde também a própria cauda.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-11 11:44:54
Há uma interpretação da Constituição da República que poderá fazer algum sentido.

Citar
EFEITOS DA QUEDA ANUNCIADA DO GOVERNO!!!

A minha formação e especialização académica é na área do Direito da União Europeia, desde o Mestrado ao Doutoramento e daí à Agregação. Mas também conheço a Constituição da República Portuguesa (CRP), cujos parâmetros ensino há muitos anos aos meus alunos de Direito Político, na Licenciatura em Relações Internacionais do ISCSP/Universidade de Lisboa.

É sabido que não há um sistema de escolha direta do Governo. Na solução constitucional é o Presidente da República quem marca o dia das eleições legislativas [artigo 133.º, alínea b), CRP] e tem competência para escolher e nomear o Primeiro-Ministro [artigos 133.º, alínea) e 187.º, n.º 1, CRP], depois de ouvir os partidos políticos, devendo a sua escolha incidir sobre o partido ou os partidos com mais expressivos resultados nas eleições à Assembleia da República, isto é, aqueles sobre os quais recaem mais votos por parte do eleitorado popular. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro entretanto indigitado (artigo 187.º, n.º 2, CRP). Neste contexto, o Primeiro-Ministro e o Governo estão sujeitos a um duplo sistema de controlo político (artigos 190.º e 191.º, n.º 1, CRP): o Presidente da República e a Assembleia da República.

No quadro normativo descrito, não se exige, em parte alguma, que o Governo tenha uma maioria absoluta para o exercício cabal das suas funções, embora seja do senso comum que quanto maior for a sua representatividade parlamentar, maior será a sua estabilidade governava, por razões evidentes.

Mas se a oposição quiser “abater" o Governo, pode fazê-lo? Mesmo no início do mandato?

De acordo com o sistema de freios e contra-pesos que caracteriza o sistema democrático, em qualquer momento, a Assembleia da República pode ser dissolvida pelo Presidente da República [artigos 133.º, alínea e), e 172.º], do mesmo modo que a Assembleia da República pode demitir o Governo (em qualquer dos casos previstos no artigo 195.º CRP).

E a rejeição do programa do Governo pode levar à sua demissão?

É verdade que sim. A rejeição do programa do Governo, aprovada por uma maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, tem por consequência inequívoca a demissão do Governo [artigos 192.º e 195.º, n.º 1, alínea d), CRP].

E o que acontece ao Governo demitido?

O Governo demitido deve limitar-se à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos (artigo 186.º, n.º 5, CRP). O que significa que o país não fica sem Governo, nem este órgão de soberania está impossibilitado de assegurar "a gestão dos negócios públicos" do Estado, mesmo com as limitações referidas.

E depois? O que sucede a seguir?

A seguir devem ser convocadas novas eleições legislativas, que permitam ao Presidente da República nomear novo Primeiro-Ministro, sucedendo-se um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais expressos nas urnas de voto. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro cessante só pode ser exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro [/u](artigo 186.º, n.º 5, CRP). Do mesmo modo que os deputados eleitos anteriormente se mantém em funções. De acordo com o texto constitucional, o mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião APÓS AS ELEIÇÕES SUBSEQUENTES (artigo 153.º CRP)[/u].

Sucede, no caso concreto de Portugal que, neste momento não pode ser a Assembleia da República dissolvida, por não terem ainda decorrido seis meses após a sua eleição e, além disso, por nos encontrarmos no lapso de tempo que é abrangido pelo último semestre do mandato do Presidente da República (artigo 172.º, n.º 1, CRP). E, após a sua dissolução, mantém-se o mesmo regime que impõe a necessidade de marcação de eleições democráticas. Como decorre do sistema, a dissolução da Assembleia, quando seja possível, não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados até à primeira reunião da Assembleia da República APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES (artigo 172.º, n.º 3, CRP).

De tudo o que fica dito, conclui-se que a Constituição Portuguesa não contempla qualquer outra saída, como a formação de um Governo de iniciativa presidencial (como erradamente se tem dito) ou a formação de um Governo a partir da oposição, mesmo que represente a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, a não ser a da demissão do Governo, seguida da dissolução da Assembleia da República, com a subsequente marcação de eleições legislativas, após o que será nomeado novo Primeiro-Ministro e formado novo Governo, de acordo com os novos resultados eleitorais, mas sempre APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES, para usar o texto constitucional, que é inequívoco.

Tudo o que vá para além disso constituirá ato político inconstitucional grave que colocará em causa a vigência da atual Constituição e a própria subsistência do Estado de Direito democrático!

Em suma: rejeição do programa do Governo e respetiva demissão, seguida da manutenção do estatuto de Governo de Gestão em exercício de funções, como tal confirmado pelo atual Presidente da República, a que se deverá seguir a marcação de novas eleições legislativas pelo futuro Presidente da República e respeitados os futuros resultados eleitorais, como é apanágio da nossa ainda jovem democracia!!!
in https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf (https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf)

Ou seja, por esta leitura da Constituição o Presidente da República não pode nomear mais ninguém até há marcação de novas eleições.

A nomeação de uma outra solução de governo, após a demissão de um Primeiro Ministro, não está contemplada na Constituição.

O que é irritante neste artigo, é que se trata de uma leitura pessoal da constituição que o autor quer fazer passar por uma demonstração lógica irrefutável.
Das premissas de que parte (impossibilidade de dissolver assembleia) deduz que uma possibilidade é o atual governo manter-se em funções de gestão.
Sendo essa uma possibilidade dá então o salto (i)lógico de que todas as outras mesmo que violem as premissas estão proibidas o que é uma deturpação da lógica.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 11:51:18
O Acordo unia as  comunistas esta concluido   PSD/CDS acabou

e agora vao fazer  purga  as politicas de direita do Costa :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 12:02:23
O Acordo unia as  comunistas esta concluido   PSD/CDS acabou

e agora vao fazer  purga  as politicas de direita do Costa :D

Não esquecer que se o eventual governo do Costa for "ao ar", a situação de poder relativo do PCP também vai.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Vanilla-Swap em 2015-11-11 12:04:05
Se o povo se apercebe e sai para a rua. O que vai acontecer?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 12:07:16
Acho que vamos ouvir o Cavaco a "ladrar" ao Costa no próximo discurso, como já "ladrou" uma vez, mas vai muito provavelmente dar posse ao Costa. "Cão que ladra não morde."

O Cavaco ainda pode morder, mas se morder, morde também a própria cauda.

Atribuo uma probabilidade de "morder" inferior a 5%, quase nenhuma, sobretudo porque ele não pode dissolver a AR e sabe que um governo de gestão por tanto tempo tem custos financeiros para Portugal e também porque o provável próximo presidente da república (Marcelo) disse que quando for PR fará tudo para não deixar nenhum problema para o seu sucessor, num claro recado ao Cavaco. E o próprio Cavaco tb não deverá querer deixar nenhum problema por resolver.

Se o Cavaco pudesse dissolver a AR, "mordia", mas não pode, esse pormenor acho que vai fazer toda a diferença.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 12:09:16

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-11 12:20:35
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

(https://oinsurgente.files.wordpress.com/2015/11/novo.png?w=584)

E os de antes:

(https://oinsurgente.files.wordpress.com/2015/11/velho.png?w=584&h=486)

Retirado daqui: http://oinsurgente.org/2015/11/10/pequeno-jogo-sobre-diferencas-entre-programas-ps-e-psbepcp/ (http://oinsurgente.org/2015/11/10/pequeno-jogo-sobre-diferencas-entre-programas-ps-e-psbepcp/)


Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 12:20:49

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?


Eu respondi mais atrás, dando-te razão. Lês o tópico na diagonal e dá nisto.

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879)

Voltando a este assunto, diz-me então de tua conta: face ao artigo que citei e aos valores que são apresentados, o que é que  tu achas que sucedeu? Qu o PS alterou ou não alterou o cenário macroeconómico?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-11 12:22:08
Eu não vou a manifs no inverno.  ;D

O costa até nisto foi fino hehehehe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 12:24:40
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-11 12:31:22
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-11 12:33:48
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?

Mas alguém acredita num plano destes completamente martelado, isto nem por um
aluno de 1ºano de economia deveria ser tolerado, quanto mais para cenário macro de um País.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 12:42:22

jsebastiao, onde estao os numeros macroeconomicos do PS do crescimento economico e que tu disses que haviam sido alterados com o novo programa?
ja te perguntei isto 3 vezes, o que se passa? tens ou nao tens?


Eu respondi mais atrás, dando-te razão. Lês o tópico na diagonal e dá nisto.

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225879.html#msg225879[/url])

Voltando a este assunto, diz-me então de tua conta: face ao artigo que citei e aos valores que são apresentados, o que é que  tu achas que sucedeu? Qu o PS alterou ou não alterou o cenário macroeconómico?


misturaste 2 respostas, fica confuso. mas agora ja li
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-11 12:45:47
O que é irritante neste artigo, é que se trata de uma leitura pessoal da constituição que o autor quer fazer passar por uma demonstração lógica irrefutável.
Das premissas de que parte (impossibilidade de dissolver assembleia) deduz que uma possibilidade é o atual governo manter-se em funções de gestão.
Sendo essa uma possibilidade dá então o salto (i)lógico de que todas as outras mesmo que violem as premissas estão proibidas o que é uma deturpação da lógica.

Sim, é uma "leitura".
O "Direito" não é uma ciência e é particularmente subjectivo como sabemos.
Mas a lógica não é desprezável. Embora eu tenha alguma reservas sobre se esta será a posição que o Presidente da República adoptará.

Repara:

Citar
Artigo 195.º - Demissão do Governo
1. Implicam a demissão do Governo:
    a) O início de nova legislatura;
    b) A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro;
    c) A morte ou a impossibilidade física duradoura do Primeiro-Ministro;
    d) A rejeição do programa do Governo;
    e) A não aprovação de uma moção de confiança;
    f) A aprovação de uma moção de censura por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções.
Citar
Art. 186.º - Início e cessação de funções
1. (..)
2. (..)
3. (..)
4. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro do Governo cessante é exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro.

5. Antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos.
Citar
Artigo 172.º - Dissolução
1. A Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou do estado de emergência.

2. (..)
3. A dissolução da Assembleia não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados, nem da competência da Comissão Permanente, até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.
Citar
Artigo 153.º - Início e termo do mandato
1. O mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião após as eleições subsequentes, sem prejuízo da suspensão ou da cessação individual do mandato.
2. (..)

Ou seja, o que estes artigos dizem, é que
 - uma vez um Primeiro-Ministro demitido, este entra automaticamente em Gestão até à data de nomeação e posse de um novo Primeiro-Ministro.

 - A Assembleia da República não pode ser dissolvida porque estamos nos 6 meses a seguir às eleições. Logo, os deputados actuais são obrigados a manter-se. Essa dissolução só poderá ser realizada após o dia 04 de Abril de 2016.

 - A dissolução da Assembleia da República implica a convocação de Eleições e essa dissolução não prejudica a continuação do mandato dos Deputados nem da competência da Comissão Permanente até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.

Onde eu acho que a interpretação pode falhar é que pelo artigo 187.º:
Citar
Artigo 187.º - Formação

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

Não há nada que diga que não se pode aplicar este artigo, após as eleições e em momento diferente. Ou seja, pode haver uma leitura que permite a aplicação do Art. 187, após a existência do Art. 195 e mesmo com a existência em funções de um Governo em Gestão.

Mas também não existe nada que dê "instruções" ao Presidente da República que após a demissão de um Governo, este terá que convidar alguém dentro do Parlamento.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 12:57:09
! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=38R8mMJiR48#)

toda a gente diz que vamos pelo caminho da grecia, eh a percepcao geral no estrangeiro
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 13:01:02
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?

Mas alguém acredita num plano destes completamente martelado, isto nem por um
aluno de 1ºano de economia deveria ser tolerado, quanto mais para cenário macro de um País.

Não é estranho NINGUÉM da "nova" oposição estar a criticar isto?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 13:21:49
Há uma interpretação da Constituição da República que poderá fazer algum sentido.

Citar
EFEITOS DA QUEDA ANUNCIADA DO GOVERNO!!!

A minha formação e especialização académica é na área do Direito da União Europeia, desde o Mestrado ao Doutoramento e daí à Agregação. Mas também conheço a Constituição da República Portuguesa (CRP), cujos parâmetros ensino há muitos anos aos meus alunos de Direito Político, na Licenciatura em Relações Internacionais do ISCSP/Universidade de Lisboa.

É sabido que não há um sistema de escolha direta do Governo. Na solução constitucional é o Presidente da República quem marca o dia das eleições legislativas [artigo 133.º, alínea b), CRP] e tem competência para escolher e nomear o Primeiro-Ministro [artigos 133.º, alínea) e 187.º, n.º 1, CRP], depois de ouvir os partidos políticos, devendo a sua escolha incidir sobre o partido ou os partidos com mais expressivos resultados nas eleições à Assembleia da República, isto é, aqueles sobre os quais recaem mais votos por parte do eleitorado popular. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro entretanto indigitado (artigo 187.º, n.º 2, CRP). Neste contexto, o Primeiro-Ministro e o Governo estão sujeitos a um duplo sistema de controlo político (artigos 190.º e 191.º, n.º 1, CRP): o Presidente da República e a Assembleia da República.

No quadro normativo descrito, não se exige, em parte alguma, que o Governo tenha uma maioria absoluta para o exercício cabal das suas funções, embora seja do senso comum que quanto maior for a sua representatividade parlamentar, maior será a sua estabilidade governava, por razões evidentes.

Mas se a oposição quiser “abater" o Governo, pode fazê-lo? Mesmo no início do mandato?

De acordo com o sistema de freios e contra-pesos que caracteriza o sistema democrático, em qualquer momento, a Assembleia da República pode ser dissolvida pelo Presidente da República [artigos 133.º, alínea e), e 172.º], do mesmo modo que a Assembleia da República pode demitir o Governo (em qualquer dos casos previstos no artigo 195.º CRP).

E a rejeição do programa do Governo pode levar à sua demissão?

É verdade que sim. A rejeição do programa do Governo, aprovada por uma maioria absoluta dos Deputados em efetividade de funções, tem por consequência inequívoca a demissão do Governo [artigos 192.º e 195.º, n.º 1, alínea d), CRP].

E o que acontece ao Governo demitido?

O Governo demitido deve limitar-se à prática dos atos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos (artigo 186.º, n.º 5, CRP). O que significa que o país não fica sem Governo, nem este órgão de soberania está impossibilitado de assegurar "a gestão dos negócios públicos" do Estado, mesmo com as limitações referidas.

E depois? O que sucede a seguir?

A seguir devem ser convocadas novas eleições legislativas, que permitam ao Presidente da República nomear novo Primeiro-Ministro, sucedendo-se um novo Governo de acordo com os resultados eleitorais expressos nas urnas de voto. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro cessante só pode ser exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro [/u](artigo 186.º, n.º 5, CRP). Do mesmo modo que os deputados eleitos anteriormente se mantém em funções. De acordo com o texto constitucional, o mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião APÓS AS ELEIÇÕES SUBSEQUENTES (artigo 153.º CRP)[/u].

Sucede, no caso concreto de Portugal que, neste momento não pode ser a Assembleia da República dissolvida, por não terem ainda decorrido seis meses após a sua eleição e, além disso, por nos encontrarmos no lapso de tempo que é abrangido pelo último semestre do mandato do Presidente da República (artigo 172.º, n.º 1, CRP). E, após a sua dissolução, mantém-se o mesmo regime que impõe a necessidade de marcação de eleições democráticas. Como decorre do sistema, a dissolução da Assembleia, quando seja possível, não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados até à primeira reunião da Assembleia da República APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES (artigo 172.º, n.º 3, CRP).

De tudo o que fica dito, conclui-se que a Constituição Portuguesa não contempla qualquer outra saída, como a formação de um Governo de iniciativa presidencial (como erradamente se tem dito) ou a formação de um Governo a partir da oposição, mesmo que represente a maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções, a não ser a da demissão do Governo, seguida da dissolução da Assembleia da República, com a subsequente marcação de eleições legislativas, após o que será nomeado novo Primeiro-Ministro e formado novo Governo, de acordo com os novos resultados eleitorais, mas sempre APÓS AS SUBSEQUENTES ELEIÇÕES, para usar o texto constitucional, que é inequívoco.

Tudo o que vá para além disso constituirá ato político inconstitucional grave que colocará em causa a vigência da atual Constituição e a própria subsistência do Estado de Direito democrático!

Em suma: rejeição do programa do Governo e respetiva demissão, seguida da manutenção do estatuto de Governo de Gestão em exercício de funções, como tal confirmado pelo atual Presidente da República, a que se deverá seguir a marcação de novas eleições legislativas pelo futuro Presidente da República e respeitados os futuros resultados eleitorais, como é apanágio da nossa ainda jovem democracia!!!

in [url]https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf[/url] ([url]https://www.facebook.com/apintopereira1/posts/995438597186873?fref=nf[/url])

Ou seja, por esta leitura da Constituição o Presidente da República não pode nomear mais ninguém até há marcação de novas eleições.

A nomeação de uma outra solução de governo, após a demissão de um Primeiro Ministro, não está contemplada na Constituição.


Pelo que se passou em 1978, na outra moção de rejeição que foi aprovada, verifica-se que isso não está certo. 

Citar
II Governo Constitucional (29/08/1978 a 22/11/1978)
Primeiro-Ministro – Nobre da Costa

O III Governo foi constituído por iniciativa do Presidente da República Ramalho Eanes.

 O executivo foi liderado por Nobre da Costa, um independente que já fora ministro do governo de Mário Soares.

Terminou o mandato cerca de três meses depois, na sequência da rejeição do programa de Governo pela Assembleia da República a 14 de setembro de 1978, depois de PS ter apresentado uma moção de rejeição, com votos a favor de PS, CDS e PCP.

A não aprovação do programa de Governo motiva o pedido de demissão de Nobre da Costa. 

Na impossibilidade de uma coligação partidária, Eanes nomeia um segundo governo de sua iniciativa.

[url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/governos-de-portugal_i852231[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/governos-de-portugal_i852231[/url])


Ao contrário de 1978, agora existe uma solução alternativa disponível para governar.

Mas isso também não quer dizer que o Cavaco seja obrigado a dar posse ao Costa. A história dos governos tb mostra que não está obrigado. Em 1987, o governo minoritário de PSD de Cavaco foi derrubado por uma moção de censura e depois o presidente da republica (Mário Soares) rejeitou dar posse à coligação PS + PRD e decidiu dissolver a AR e marcar novas eleições. Nas novas eleições o PSD de Cavaco teve maioria absoluta.

Eu acho que o Cavaco, ao contrário do que fez Soares, vai dar posse ao Costa, pelos motivos que já referi.

E será curioso, que o pior presidente da república de sempre, segundo a esquerda, vá fazer aquilo que nem o esquerdista Soares fez.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 13:48:30
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

O PCP e mais honesto no que defende
o Bloco esquerda  esconde o que defende ou nem sabe o que defende  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 14:01:32
o Bloco esquerda  esconde o que defende ou nem sabe o que defende  :D

Ambas?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 14:10:14
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 14:14:36
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

se o jeronimo nao gosta de campos de concentracao porque eh que apoia a coreia do norte? ou defende o antigo regime comunista da URSS?
acho que estas informado que ambos tem ou tiveram campos de concentracao, nao ?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-11 14:16:10
Ao contrário de 1978, agora existe uma solução alternativa disponível para governar.

Mas isso também não quer dizer que o Cavaco seja obrigado a dar posse ao Costa. A história dos governos tb mostra que não está obrigado. Em 1987, o governo minoritário de PSD de Cavaco foi derrubado por uma moção de censura e depois o presidente da republica (Mário Soares) rejeitou dar posse à coligação PS + PRD e decidiu dissolver a AR e marcar novas eleições. Nas novas eleições o PSD de Cavaco teve maioria absoluta.

Eu acho que o Cavaco, ao contrário do que fez Soares, vai dar posse ao Costa, pelos motivos que já referi.

E será curioso, que o pior presidente da república de sempre, segundo a esquerda, vá fazer aquilo que nem o esquerdista Soares fez.


Como já te tinha referido aqui: http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg219388.html#msg219390 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg219388.html#msg219390)

Desde 1982 que não é possivel governos de iniciativa presedencial.

O próprio Cavaco Silva já o referiu também aqui:

Citar
(...) o Presidente diz que essa é uma possibilidade que nem faz sentido: “É um plano que está totalmente excluído, porque desde 1982 com a revisão constitucional os Governos deixaram de responder politicamente perante o Presidente da República.”

“Se um Governo que passa na Assembleia não responde perante o Presidente mas só perante a Assembleia, então não faz qualquer sentido um Governo de iniciativa presidencial”, conclui o Presidente.


in http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=115241 (http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=115241)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 14:16:57
Toda gente sabe que os comunistas são gente bondosa e muito querida.

O facto de acabar sempre em ditadura, fome e miséria é mera coincidência. E claro ataques dos imperialistas americanos, capitalistas e especuladores.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 14:25:55
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Bem o Jerónimo no mínimo não desgosta, pois nem sequer critica a Coreia do Norte, não? Ou sequer critica os crimes durante a União Soviética.

É de depreender que novos crimes iguais, apenas cometidos pelo mesmo lado, não o escandalizariam.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 14:31:44
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

([url]https://oinsurgente.files.wordpress.com/2015/11/novo.png?w=584[/url])

E os de antes:

([url]https://oinsurgente.files.wordpress.com/2015/11/velho.png?w=584&h=486[/url])

Retirado daqui: [url]http://oinsurgente.org/2015/11/10/pequeno-jogo-sobre-diferencas-entre-programas-ps-e-psbepcp/[/url] ([url]http://oinsurgente.org/2015/11/10/pequeno-jogo-sobre-diferencas-entre-programas-ps-e-psbepcp/[/url])


Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D


Não, esses não são os números, o que se quer saber é que crescimento do PIB o cenário implicou.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 14:37:52
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

As pessoas são iguais às outras em todas as ideologias. O problema é que os seus comportamentos podem ser extremos se essas ideologias forem implementadas numa sociedade. Foram pessoas iguais às outras que fizeram uma Alemanha nazi funcionar, ou uma URSS comunista, com os resultados conhecidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 14:38:35
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 14:40:22
McKricas, se seguirmos a lógica desse artigo sobre a constituição, qualquer demissão de governo implicaria novas eleições uma vez que é o artigo da demissão do governo que ele invoca (concordas, certo ?).

Ora, como se vê, o governo pode demitir-se por múltiplas razões: o PM pode demitir-se (por exemplo o Durão Barroso), pode morrer (por exemplo o Sá Carneiro) ou podem acontecer uma série de outras coisas tal como o artigo refere (moções de confiança, etc.). Isso, segundo a lógica dele, implicaria automaticamente eleições, o que não é o caso com se viu no Durão Barroso (foi só mais tarde).

O autor está a induzir também, com o artigo de um novo PM ser exonerado quando outro toma posse, que não pode haver mais do que um governo e PM por cada eleição (legislatura), coisa que não é referida na CRP. Just my two cents.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 14:41:55
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)

Pode diminuir em termos relativos, pois o PIB nominal cresce mais rápido.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-11 14:42:16
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)
Estão a contar com o aumento do PIB.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 14:43:38

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

João, mas por que razão não seria uma pessoa igual às outras? O comunismo não se manifesta no corpo (pelo menos no corpo dos dirigentes  :-X) . E numa sociedade democrática na qual se encontra em minoria, sem poder de decisão, "amordaçado"e preso num colete de forças, como a nossa, as manifestações intelectuais comunistas estão todas necessariamente serenadas. Uma pessoa pode ser ao mesmo tempo "muito porreira" (ainda para mais junto de amigos) e desejar, em caso de hipótese, limpar o sebo, prender e calar quem defende ideologias contrárias. O PREC é um óptimo exemplo de tudo isto. Os comunistas que andaram na rua nesses tempos também eram "pessoas normais". Um deles até ganhou anos depois um Nobel na Literatura. (vá---este não era tão "normal" quanto isso...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 14:44:23
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

se o jeronimo nao gosta de campos de concentracao porque eh que apoia a coreia do norte? ou defende o antigo regime comunista da URSS?
acho que estas informado que ambos tem ou tiveram campos de concentracao, nao ?

Não sou advogado do Jerónimo. Mas tenho a certeza que ele nunca disse que é a favor de campos de concentração, nem a favor de qualquer tipo de tortura. O PCP tem até o exemplo do Álvaro Cunhal, que se fartou de ser torturado no tempo da PIDE, não me parece que queira fazer mal a alguém.
Sobre a Coreia do Norte, o PCP votou contra as condenações dos crimes da Coreia do Norte, porque "o relatório ainda não foi apresentado às Nações Unidas mas já teve a sua credibilidade internacionalmente posta em causa quanto à metodologia e conclusões". Foi essa explicação que deram. Isso não quer dizer que apoiem ou que sigam o modelo da Coreia do Norte.
O Jerónimo já disse que não se inspira em modelos externos. E já afastou as comparações com os outros partidos comunistas. Palavras dele. O que existe é algumas pessoas direita que têm uma visão errada do partido comunista e que parece que querem obrigar que eles próprios tenham essa visão errada, mas eles têm dado provas do contrário.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 14:45:09
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)
Lá está, isso acontece quando há um crescimento na economia (PIB), que faz com que mesmo crescendo a dívida nominal, o PIB cresce mais, de tal forma que em % do PIB a divida é menor.

Por exemplo.
PIB - 100.000
Divida 100.000 (100% do PIB)

Ano seguinte:
Novo PIB - 110.000 (10% crescimento)
Défice: 5.000 (4.54% do PIB)
Nova dívida - 105.000 (95.4% do PIB)

Daí andar toda a gente a questionar que raio de crescimento é que o Centeno meteu para lá. Teve de ser uma coisa elevada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 14:45:50
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)

Pode diminuir em termos relativos, pois o PIB nominal cresce mais rápido.

OK, obrigado pelas respostas, então estão a prever um supercrescimento do PIB. Assim seja!   ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 14:48:42

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

João, mas por que razão não seria uma pessoa igual às outras? O comunismo não se manifesta no corpo (pelo menos no corpo dos dirigentes  :-X) . E numa sociedade democrática na qual se encontra em minoria, sem poder de decisão, "amordaçado"e preso num colete de forças, como a nossa, as manifestações intelectuais comunistas estão todas necessariamente serenadas. Uma pessoa pode ser ao mesmo tempo "muito porreira" (ainda para mais junto de amigos) e desejar, em caso de hipótese, limpar o sebo, prender e calar quem defende ideologias contrárias. O PREC é um óptimo exemplo de tudo isto. Os comunistas que andaram na rua nesses tempos também eram "pessoas normais". Um deles até ganhou anos depois um Nobel na Literatura.

Ok, mas discordo que o PCP de Portugal queira limpar o sebo a alguém e tenho a certeza que o meu amigo tb não quer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 14:48:55
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)
Lá está, isso acontece quando há um crescimento na economia (PIB), que faz com que mesmo crescendo a dívida nominal, o PIB cresce mais, de tal forma que em % do PIB a divida é menor.

Por exemplo.
PIB - 100.000
Divida 100.000 (100% do PIB)

Ano seguinte:
Novo PIB - 110.000 (10% crescimento)
Défice: 5.000 (4.54% do PIB)
Nova dívida - 105.000 (95.4% do PIB)

Daí andar toda a gente a questionar que raio de crescimento é que o Centeno meteu para lá. Teve de ser uma coisa elevada.


Pois, assim já faz sentido! Oxalá exista disponível uma poderosa varinha mágica para catalisar o grande crescimento do PIB!  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 14:51:13
Daquilo que li do Centeno vejo que até é razoavelmente liberal. Entristece-me ver que já foi completamente absorvido pelo socialismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-11 14:51:36
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)

Pode diminuir em termos relativos, pois o PIB nominal cresce mais rápido.

OK, obrigado pelas respostas, então estão a prever um supercrescimento do PIB. Assim seja!   ;D


É conhecido como multiplicador do Kosta. Por cada 1 euro de despesa aparecem 3 ou 4 de receita.
Já com os acordos foi o mesmo, de 1 passámos a 4, por isso não sei porque duvidam :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 14:53:17
É conhecido como multiplicador do Kosta. Por cada 1 euro de despesa aparecem 3 ou 4 de receita.
Já com os acordos foi o mesmo, de 1 passámos a 4, por isso não sei porque duvidam :D

O 44 já tinha essa ideias também.

Vai tudo correr bem.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 14:54:55
Mas como é que a dívida pública irá diminuir se todos os anos existe um deficit das contas públicas (que, com sorte, poderá chegar a ser 1,4 ou 1,5 % do PIB, segundo parece, pelos dados do quadro)?   ::)

Pode diminuir em termos relativos, pois o PIB nominal cresce mais rápido.

OK, obrigado pelas respostas, então estão a prever um supercrescimento do PIB. Assim seja!   ;D


É conhecido como multiplicador do Kosta. Por cada 1 euro de despesa aparecem 3 ou 4 de receita.
Já com os acordos foi o mesmo, de 1 passámos a 4, por isso não sei porque duvidam :D

Pois, os milagres são raros, mas podem acontecer... pelo menos até haver poder novas eleições...   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 14:58:39
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

se o jeronimo nao gosta de campos de concentracao porque eh que apoia a coreia do norte? ou defende o antigo regime comunista da URSS?
acho que estas informado que ambos tem ou tiveram campos de concentracao, nao ?

Não sou advogado do Jerónimo. Mas tenho a certeza que ele nunca disse que é a favor de campos de concentração, nem a favor de qualquer tipo de tortura. O PCP tem até o exemplo do Álvaro Cunhal, que se fartou de ser torturado no tempo da PIDE, não me parece que queira fazer mal a alguém.
Sobre a Coreia do Norte, o PCP votou contra as condenações dos crimes da Coreia do Norte, porque "o relatório ainda não foi apresentado às Nações Unidas mas já teve a sua credibilidade internacionalmente posta em causa quanto à metodologia e conclusões". Foi essa explicação que deram. Isso não quer dizer que apoiem ou que sigam o modelo da Coreia do Norte.
O Jerónimo já disse que não se inspira em modelos externos. E já afastou as comparações com os outros partidos comunistas. Palavras dele. O que existe é algumas pessoas direita que têm uma visão errada do partido comunista e que parece que querem obrigar que eles próprios tenham essa visão errada, mas eles têm dado provas do contrário.

claro que nunca disse, isso seria suicidio politico. mas apoia os regimes comunistas que tem campos de concentracao, logo apoia campos de concentracao.
sabes que a coreia do norte esta la sempre representada no avante ? ate tem uma lojinha e tudo. e estao la sempre representantes do regime.
e olha que os campos de concentracao da coreia no norte sao do mais horrivel que possas imaginar

nao vale a pena inventar desculpas, ele apoia regimes com campos de concentracao logo apoia campos de concentracao.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 14:59:34
É conhecido como multiplicador do Kosta. Por cada 1 euro de despesa aparecem 3 ou 4 de receita.
Já com os acordos foi o mesmo, de 1 passámos a 4, por isso não sei porque duvidam :D

O 44 já tinha essa ideias também.

Vai tudo correr bem.  :D
Com o 44 era mais pague 3 leve 1
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 15:04:18
É conhecido como multiplicador do Kosta. Por cada 1 euro de despesa aparecem 3 ou 4 de receita.
Já com os acordos foi o mesmo, de 1 passámos a 4, por isso não sei porque duvidam :D

O 44 já tinha essa ideias também.

Vai tudo correr bem.  :D
Com o 44 era mais pague 3 leve 1

Sim mas esse 1 se fosse uma garrafa seguia num envelope com fita-cola. Não sejas tão negativo sff.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 15:06:41
Ao contrário de 1978, agora existe uma solução alternativa disponível para governar.

Mas isso também não quer dizer que o Cavaco seja obrigado a dar posse ao Costa. A história dos governos tb mostra que não está obrigado. Em 1987, o governo minoritário de PSD de Cavaco foi derrubado por uma moção de censura e depois o presidente da republica (Mário Soares) rejeitou dar posse à coligação PS + PRD e decidiu dissolver a AR e marcar novas eleições. Nas novas eleições o PSD de Cavaco teve maioria absoluta.

Eu acho que o Cavaco, ao contrário do que fez Soares, vai dar posse ao Costa, pelos motivos que já referi.

E será curioso, que o pior presidente da república de sempre, segundo a esquerda, vá fazer aquilo que nem o esquerdista Soares fez.


Como já te tinha referido aqui: [url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg219388.html#msg219390[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg219388.html#msg219390[/url])

Desde 1982 que não é possivel governos de iniciativa presedencial.

O próprio Cavaco Silva já o referiu também aqui:

Citar
(...) o Presidente diz que essa é uma possibilidade que nem faz sentido: “É um plano que está totalmente excluído, porque desde 1982 com a revisão constitucional os Governos deixaram de responder politicamente perante o Presidente da República.”

“Se um Governo que passa na Assembleia não responde perante o Presidente mas só perante a Assembleia, então não faz qualquer sentido um Governo de iniciativa presidencial”, conclui o Presidente.


in [url]http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=115241[/url] ([url]http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=27&did=115241[/url])


A questão que colocaste não era se podia haver governo de iniciativa presidencial ou não, mas sim se o Cavaco podia nomear o Costa primeiro ministro ou não. No exemplo de 1978, verifica-se que antes de se avançar para uma solução de iniciativa presidencial, o PR da altura tentou formar um governo com os partidos que tinham votado a favor da moção de rejeição, e como tal, Costa pode ser nomeado primeiro ministro pelo Cavaco.

Sobre o governo de iniciativa presidencial. Apesar do que o Cavaco disse nessa altura, já existiu um depois de 1982. Quando Durão Barroso deixou o governo para ir para Bruxelas, não houve eleições e foi nomeado outro primeiro ministro de direita (Santana Lopes). Quando as pessoas falam de governo de iniciativa presidencial estão a referir-se a uma situação desse género.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 15:07:01
Uma ajuda ao camarada jsebastiao, aqui vão os números:

Como se vê ate os números melhoram com as medidas made in BE/PCP :D

Mas esses valores foram os que eu citei a partir de um outro artigo. O Camarada NL está a refilar por não ter é os valores previstos para o crescimento económico.

Certo, certo.

Bom, olhando para as tabelas, se a dívida para 2016 passa de 128% para 124%, 4 pontos portanto, e o défice previsto é de -2.8%, contas por alto o PIB tem que crescer uns 6.8%, mais coisa menos coisa, não?

a receita tem que subir 6.8.  não o GDP.
nope, nada disto. deixa-me ver melhor.
L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 15:07:31
as pessoa vem a cara de avozinho do jeronimo e o discurso de ajudar pessoas e solidariedade e esquecem logo que os comunistas sao uns assassinos totalitarios
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: McKricas em 2015-11-11 15:07:51
McKricas, se seguirmos a lógica desse artigo sobre a constituição, qualquer demissão de governo implicaria novas eleições uma vez que é o artigo da demissão do governo que ele invoca (concordas, certo ?).

Ora, como se vê, o governo pode demitir-se por múltiplas razões: o PM pode demitir-se (por exemplo o Durão Barroso), pode morrer (por exemplo o Sá Carneiro) ou podem acontecer uma série de outras coisas tal como o artigo refere (moções de confiança, etc.). Isso, segundo a lógica dele, implicaria automaticamente eleições, o que não é o caso com se viu no Durão Barroso (foi só mais tarde).

O autor está a induzir também, com o artigo de um novo PM ser exonerado quando outro toma posse, que não pode haver mais do que um governo e PM por cada eleição (legislatura), coisa que não é referida na CRP. Just my two cents.

Sim, uma demissão do Governo, segundo esta interpretação, implicaria a necessidade de convocação de novas eleições.

Eu próprio como referi, tenho também dúvidas. Nomeadamente a situação da aplicabilidade do art. 185, fora do momento a seguir às eleições.

Não há nada que refira que não se pode aplicar o Art. 185 (o da formação de Governo) pelo Presidente da República, quando ocorre a demissão.

Penso que ambas as situações podem ser aplicadas, sem que formalmente a Constituição também impeça nenhuma delas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 15:08:33
Vejo aqui muito descrédito nos números do Centeno. A mim inspira-me confiança como sendo alguém que fez um bom trabalho de casa e que não atirou número para o ar.

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=Jcbn0LbjidY#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 15:14:31
Não há nada que refira que não se pode aplicar o Art. 185 (o da formação de Governo) pelo Presidente da República, quando ocorre a demissão.
Sim, pelo que percebi o autor defende que não se pode aplicar o artigo 187 múltiplas vezes durante a legislatura.

Citar
Artigo 187.º
Formação

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

2. Os restantes membros do Governo são nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Primeiro-Ministro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 15:16:38
as pessoa vem a cara de avozinho do jeronimo e o discurso de ajudar pessoas e solidariedade e esquecem logo que os comunistas sao uns assassinos totalitarios
é sintomática aquela regra do voto com braço no ar e os respectivos saneamentos. o pcp é, de longe, o partido mais intolerante (internamente) dos que se sentam no parlamento. não admira que tenham sempre unanimidade nas votações do comité central.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 15:26:32
Há cerca de quatro horas atrás, vi o Jerónimo sozinho na fila para a caixa do supermercado. :-) Estava com a mesma cara de sempre, apesar do governo ter "caído". Perdi a oportunidade de lhe perguntar como é esta coisa do acordo de esquerda, se é para ser levada a sério ou não, mas talvez o volte a ver, e até sei onde é a casa dele. :-)
Eu tenho uma boa ideia dele, uma pessoa pacata e simples. Ele ser comunista e benfiquista são as únicas coisas menos positivas que posso dizer dele. :-)

um avozinho querido que por acaso gosta de gulags e dos campos de concentracao da coreia do norte

Se calhar gostas mais tu de campos de concentração do que ele.

Estas questionar a fidelidade do Camarada geronimo a causa do partido comunista!

fica sabendo  quem discorda da politica do Partido e EXPULSO

Em todos os partidos, quem discorda da politica do partido pode acabar expulso. Em todos os partidos, há militantes fundamentalistas. Ainda nestas ultimas eleições, soube de uma situação de uma pessoa do PSD que acabou prejudicada só porque falou mal do Cavaco numa conversa privada. Os partidos funcionam como clubite. Se não fosse assim, provavelmente eu tb pertencia a um partido, mas detesto essa parte cega da politica, como tb não gosto dessa parte cega no futebol, é um pouco a mesma coisa...

Faz-te amigo de algum comunista para veres que tens liberdade. Eu tenho um amigo que já pertenceu (ou ainda pertence, já não falo com ele há algum tempo) à CDU e é uma pessoa igual às outras. Para além de ser comuna tem a particularidade de ser adepto do meu clube de futebol e de ser uma pessoa muito porreira.  :)

se o jeronimo nao gosta de campos de concentracao porque eh que apoia a coreia do norte? ou defende o antigo regime comunista da URSS?
acho que estas informado que ambos tem ou tiveram campos de concentracao, nao ?

Não sou advogado do Jerónimo. Mas tenho a certeza que ele nunca disse que é a favor de campos de concentração, nem a favor de qualquer tipo de tortura. O PCP tem até o exemplo do Álvaro Cunhal, que se fartou de ser torturado no tempo da PIDE, não me parece que queira fazer mal a alguém.
Sobre a Coreia do Norte, o PCP votou contra as condenações dos crimes da Coreia do Norte, porque "o relatório ainda não foi apresentado às Nações Unidas mas já teve a sua credibilidade internacionalmente posta em causa quanto à metodologia e conclusões". Foi essa explicação que deram. Isso não quer dizer que apoiem ou que sigam o modelo da Coreia do Norte.
O Jerónimo já disse que não se inspira em modelos externos. E já afastou as comparações com os outros partidos comunistas. Palavras dele. O que existe é algumas pessoas direita que têm uma visão errada do partido comunista e que parece que querem obrigar que eles próprios tenham essa visão errada, mas eles têm dado provas do contrário.

claro que nunca disse, isso seria suicidio politico. mas apoia os regimes comunistas que tem campos de concentracao, logo apoia campos de concentracao.
sabes que a coreia do norte esta la sempre representada no avante ? ate tem uma lojinha e tudo. e estao la sempre representantes do regime.
e olha que os campos de concentracao da coreia no norte sao do mais horrivel que possas imaginar

nao vale a pena inventar desculpas, ele apoia regimes com campos de concentracao logo apoia campos de concentracao.

Se eu fosse a ti preferia acreditar mais no Pai Natal do que nisso.  :D

Mas não vou discutir mais isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-11 15:58:08
O que é irritante neste artigo, é que se trata de uma leitura pessoal da constituição que o autor quer fazer passar por uma demonstração lógica irrefutável.
Das premissas de que parte (impossibilidade de dissolver assembleia) deduz que uma possibilidade é o atual governo manter-se em funções de gestão.
Sendo essa uma possibilidade dá então o salto (i)lógico de que todas as outras mesmo que violem as premissas estão proibidas o que é uma deturpação da lógica.

Sim, é uma "leitura".
O "Direito" não é uma ciência e é particularmente subjectivo como sabemos.
Mas a lógica não é desprezável. Embora eu tenha alguma reservas sobre se esta será a posição que o Presidente da República adoptará.

Repara:

Citar
Artigo 195.º - Demissão do Governo
1. Implicam a demissão do Governo:
    a) O início de nova legislatura;
    b) A aceitação pelo Presidente da República do pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-Ministro;
    c) A morte ou a impossibilidade física duradoura do Primeiro-Ministro;
    d) A rejeição do programa do Governo;
    e) A não aprovação de uma moção de confiança;
    f) A aprovação de uma moção de censura por maioria absoluta dos Deputados em efectividade de funções.
Citar
Art. 186.º - Início e cessação de funções
1. (..)
2. (..)
3. (..)
4. Em caso de demissão do Governo, o Primeiro-Ministro do Governo cessante é exonerado na data da nomeação e posse do novo Primeiro-Ministro.

5. Antes da apreciação do seu programa pela Assembleia da República, ou após a sua demissão, o Governo limitar-se-á à prática dos actos estritamente necessários para assegurar a gestão dos negócios públicos.
Citar
Artigo 172.º - Dissolução
1. A Assembleia da República não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição, no último semestre do mandato do Presidente da República ou durante a vigência do estado de sítio ou do estado de emergência.

2. (..)
3. A dissolução da Assembleia não prejudica a subsistência do mandato dos Deputados, nem da competência da Comissão Permanente, até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.
Citar
Artigo 153.º - Início e termo do mandato
1. O mandato dos Deputados inicia-se com a primeira reunião da Assembleia da República após eleições e cessa com a primeira reunião após as eleições subsequentes, sem prejuízo da suspensão ou da cessação individual do mandato.
2. (..)

Ou seja, o que estes artigos dizem, é que
 - uma vez um Primeiro-Ministro demitido, este entra automaticamente em Gestão até à data de nomeação e posse de um novo Primeiro-Ministro.

 - A Assembleia da República não pode ser dissolvida porque estamos nos 6 meses a seguir às eleições. Logo, os deputados actuais são obrigados a manter-se. Essa dissolução só poderá ser realizada após o dia 04 de Abril de 2016.

 - A dissolução da Assembleia da República implica a convocação de Eleições e essa dissolução não prejudica a continuação do mandato dos Deputados nem da competência da Comissão Permanente até à primeira reunião da Assembleia após as subsequentes eleições.

Onde eu acho que a interpretação pode falhar é que pelo artigo 187.º:
Citar
Artigo 187.º - Formação

1. O Primeiro-Ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais.

Não há nada que diga que não se pode aplicar este artigo, após as eleições e em momento diferente. Ou seja, pode haver uma leitura que permite a aplicação do Art. 187, após a existência do Art. 195 e mesmo com a existência em funções de um Governo em Gestão.

Mas também não existe nada que dê "instruções" ao Presidente da República que após a demissão de um Governo, este terá que convidar alguém dentro do Parlamento.

Eu percebi isso, o que não concordo é que o governo manter-se em gestão é a única solução e não me parece que isso tenha a ver com leituras subjectivas mas é simples lógico.

O que está claro é que chumbo do programa implica demissão
e
impossibilidade de dissolver a assembleia nos proximos 5 meses neste caso por por dois motivos, o final de mandato do PR e a impossibilidade de dissolver a assembleia antes de completar 6 meses de legislatura.

É também claro que um governo demissionário mantem-se em funções (gestão) até ser exonerado o que acontece com nomeação do novo PM. Não são definidos prazos portanto pode manter-se em funções 1 semana, 1 mês ou 9 meses.

Não havendo prazos definidos a solução aventada pelo prof de direito é uma solução possivel e constitucional.
Agora o facto de essa ser uma possibilidade não permite deduzir (usando a informação nos artigos) que é a única solução constitucional.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 16:21:41
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 16:27:32
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.

Não interpretas mal as minhas palavras.
O que eu disse foi que o partido comunista português é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que têm a sua história própria e já com muitos anos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 16:32:11
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.

Não interpretas mal as minhas palavras.
O que eu disse foi que o partido comunista português é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que têm a sua história própria e já com muitos anos.

Bem, a conversa era mais sobre o líder apoiar determinadas práticas, ao não as criticar. É um pouco como os muçulmanos quando se referem ao holocausto judeu. Repara bem na atitude.

O que o PCP faria ou não em Portugal se tivesse o poder absoluto é uma incógnita. Lançaria certamente a miséria generalizada ao fim de um par de décadas, a miséria generalizada (excepto ontre a elite comunista) levaria a um nível de revolta, o que o PCP faria contra essa revolta tem uma razoável probabilidade de não diferir do que regimes ideologicamente próximos fizeram.

Isto a menos que o nosso PCP seguisse o caminho Chinês e aprovasse o capitalismo, a propriedade privada, a economia de mercado. Mais do que a democracia, o que determina o desenvolvimento de um país é esse sistema económico. Presentemente pareceria que o caminho anteriormente descrito seria mais provável do que este.

O que levanta a curiosidade. Como é que o nosso PCP comenta a China?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 16:36:48
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.

Não interpretas mal as minhas palavras.
O que eu disse foi que o partido comunista português é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que têm a sua história própria e já com muitos anos.

Bem, a conversa era mais sobre o líder apoiar determinadas práticas, ao não as criticar. É um pouco como os muçulmanos quando se referem ao holocausto judeu. Repara bem na atitude.

O que o PCP faria ou não em Portugal se tivesse o poder absoluto é uma incógnita. Lançaria certamente a miséria generalizada ao fim de um par de décadas, a miséria generalizada (excepto ontre a elite comunista) levaria a um nível de revolta, o que o PCP faria contra essa revolta tem uma razoável probabilidade de não diferir do que regimes ideologicamente próximos fizeram.

Isto a menos que o nosso PCP seguisse o caminho Chinês e aprovasse o capitalismo, a propriedade privada, a economia de mercado. Mais do que a democracia, o que determina o desenvolvimento de um país é esse sistema económico. Presentemente pareceria que o caminho anteriormente descrito seria mais provável do que este.

O que levanta a curiosidade. Como é que o nosso PCP comenta a China?

acha muito mal, sao marxistas leninistas da velha guarda
nao vale a pena imaginar o que fariam pois o modelo politico deles nao eh diferente do que ja foi aplicado no leste, eh o leninismo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Local em 2015-11-11 16:38:27
a extrema esquerda matou 13 pessoas

https://pt.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7as_Populares_25_de_Abril
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 16:59:23
Quem vota e defende o PCP é porque simpatiza com as posições deles.
PCP vota contra condenação de crimes do regime da Coreia do Norte (http://www.publico.pt/politica/noticia/pcp-vota-contra-condenacao-de-crimes-do-regime-da-coreia-do-norte-1626615)

Essas pessoas deviam ir à Coreia do Norte para ver in loco os queridos comunistas em acção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-11 16:59:42
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.

Não interpretas mal as minhas palavras.
O que eu disse foi que o partido comunista português é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que têm a sua história própria e já com muitos anos.

Bem, a conversa era mais sobre o líder apoiar determinadas práticas, ao não as criticar. É um pouco como os muçulmanos quando se referem ao holocausto judeu. Repara bem na atitude.

O que o PCP faria ou não em Portugal se tivesse o poder absoluto é uma incógnita. Lançaria certamente a miséria generalizada ao fim de um par de décadas, a miséria generalizada (excepto ontre a elite comunista) levaria a um nível de revolta, o que o PCP faria contra essa revolta tem uma razoável probabilidade de não diferir do que regimes ideologicamente próximos fizeram.

Isto a menos que o nosso PCP seguisse o caminho Chinês e aprovasse o capitalismo, a propriedade privada, a economia de mercado. Mais do que a democracia, o que determina o desenvolvimento de um país é esse sistema económico. Presentemente pareceria que o caminho anteriormente descrito seria mais provável do que este.

O que levanta a curiosidade. Como é que o nosso PCP comenta a China?

Não sei como o PCP comenta a China. E este é o ultimo post que escrevo sobre isto. Não gosto de discutir coisas marcadamente ideológicas e eu nem se quer sou comunista, por isso ainda menos interesse tenho em defender o PCP. Aquilo que noto é que quando escreves sobre PCP nunca te referes ao PCP de Portugal e vais buscar exemplos de outros lados, fora de Portugal, não tendo em consideração que o PCP de Portugal já disse que é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que não se inspira nesses modelos.
Na prática, falas do PCP de Portugal, não falando do PCP de Portugal. Mas na minha opinião seria mais correto falares do PCP de Portugal falando do PCP de Portugal. O PCP governa em várias autarquias e câmaras do país e eu pelo menos não tenho conhecimento de pessoas dessas autarquias e câmaras que tenham enriquecido desmesuradamente por terem terem passado por lá, conheço até mais exemplos desses em partidos que se dizem "não totalitários", tb não tenho conhecimento que tenha lançado a miséria por lá, e muito menos tenho conhecimento de práticas de tortura ou piores ainda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 17:03:17
o "PCP de portugal" eh uma mera desculpa para justificar as tuas projeccoes psicologicas

mas para os conheceres realmente tens olhar para as suas posicoes politicas, como por exemplo APOIAR REGIMES COM CAMPOS DE CONCENTRACAO
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 17:06:46
uma vez perguntaram a uma deputada do PCP acerca dos gulags.
ela fugiu da questao e disse que nao sabia o que isso era

http://www.dn.pt/gente/interior/comunista-desconhece-os-gulags-1460027.html (http://www.dn.pt/gente/interior/comunista-desconhece-os-gulags-1460027.html)

o que isto no diz eh que o PCP nao condena os gulags, provavelmente ate acha bem.
mas claro que prefere esconder a sua opiniao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 17:07:07
João-D, basicamente estás a defender que o PCP defende regimes que praticam ou praticaram coisas que tu dizes que o seu líder não aprova ou algo assim.

O teu claim é extraordinário. Deverias provar porque é que acreditas em tal coisa.

Não interpretas mal as minhas palavras.
O que eu disse foi que o partido comunista português é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que têm a sua história própria e já com muitos anos.

Bem, a conversa era mais sobre o líder apoiar determinadas práticas, ao não as criticar. É um pouco como os muçulmanos quando se referem ao holocausto judeu. Repara bem na atitude.

O que o PCP faria ou não em Portugal se tivesse o poder absoluto é uma incógnita. Lançaria certamente a miséria generalizada ao fim de um par de décadas, a miséria generalizada (excepto ontre a elite comunista) levaria a um nível de revolta, o que o PCP faria contra essa revolta tem uma razoável probabilidade de não diferir do que regimes ideologicamente próximos fizeram.

Isto a menos que o nosso PCP seguisse o caminho Chinês e aprovasse o capitalismo, a propriedade privada, a economia de mercado. Mais do que a democracia, o que determina o desenvolvimento de um país é esse sistema económico. Presentemente pareceria que o caminho anteriormente descrito seria mais provável do que este.

O que levanta a curiosidade. Como é que o nosso PCP comenta a China?

Não sei como o PCP comenta a China. E este é o ultimo post que escrevo sobre isto. Não gosto de discutir coisas marcadamente ideológicas e eu nem se quer sou comunista, por isso ainda menos interesse tenho em defender o PCP. Aquilo que noto é que quando escreves sobre PCP nunca te referes ao PCP de Portugal e vais buscar exemplos de outros lados, fora de Portugal, não tendo em consideração que o PCP de Portugal já disse que é diferente dos partidos comunistas dos outros países e que não se inspira nesses modelos.
Na prática, falas do PCP de Portugal, não falando do PCP de Portugal. Mas na minha opinião seria mais correto falares do PCP de Portugal falando do PCP de Portugal. O PCP governa em várias autarquias e câmaras do país e eu pelo menos não tenho conhecimento de pessoas dessas autarquias e câmaras que tenham enriquecido desmesuradamente por terem terem passado por lá, conheço até mais exemplos desses em partidos que se dizem "não totalitários", tb não tenho conhecimento que tenha lançado a miséria por lá, e muito menos tenho conhecimento de práticas de tortura ou piores ainda.

João, a tua comparação é descabida. O poder de uma autarquia é mínimo.

A única coisa que podemos especular é sobre o que o PCP faria com o poder absoluto. Todos os restantes cenários não importam muito. Para já, com apenas poder sobre o PS, conseguiu empurrar um pouco o programa de governo numa direcção potencialmente ruinosa, só isso.

De resto, o que se sabe da missão do PCP é que esta tem como objectivo final instituir aqui um regime igual ao da URSS ou Coreia. O Socialismo (seguido supostamente do comunismo, ao qual nunca se chega).

Digo isto não por ter algo contra o PCP ou os comunistas, mas simplesmente porque são os próprios que o dão como uma missão. Eu não tenho nada contra o comunismo desde que praticado apenas por quem o defende e não imposto aos restantes. Aliás, até me espanta que não começem já a fazer comunas e cooperativas em grande escala, porque nada os impede.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-11 17:15:27
já o mesmo não se pode dizer de "bouffeurs" como este....


http://www.ionline.pt/479639#close (http://www.ionline.pt/479639#close)


......é aliás já conhecido o "desespero" destes "bouffeurs d'argent publique"......eh..eh...


.....dentro em breve, não poderão mais, encher-se como o tem feito até aqui.....PAF, PIM, PAM PUM !!!!


(a "grande farra" de que este idiota fala,....deve ser aquela que tem efectuado por Cascais, desde que tomou posse)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 17:17:00
Sobre o assunto PCP, continuo a dizer que o PREC é o exemplo mais próximo e mais fiel que temos neste momento sobre o que eventualmente significaria a implementação de um regime comunista por cá.

João (e restantes foristas), recomendo-te que leias este livro: http://www.wook.pt/ficha/da-revolucao-a-constituicao/a/id/16199719 (http://www.wook.pt/ficha/da-revolucao-a-constituicao/a/id/16199719)

Escrito por uma figura do PSD com bastante reconhecimento político e social, traça uma crónica bastante informadora sobre o que foram os anos do PREC, vistos mais por dentro das sessões parlamentares da Constituinte, mas fazendo por vezes panoramas ao que se ia passando na rua, empresas e instituições.

Chega a ser assustador a forma como os comunistas tentaram subverter o espírito democrático popular (a assembleia constituinte foi eleita por sufrágio popular, naquilo que o autor identifica como tendo sido o 2º 25 de Abril) através dos textos que pretendiam ver inseridos na primeira Constituição. A ambiguidade dos termos e o seu âmbito de utilização (nada circunspecto ou objectivo), no discurso do partido comunista, são impressionantes. Só o termo "revolução" dava pano para mangas quando se tratava de designar quem eram os seus (da revolução) inimigos.

É um livro muitíssimo interessante. Se calhar logo à noite quando tiver tempo transcrevo para aqui os preâmbulos da constituição, tal como sugeridos pelos partidos da altura.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 17:24:51
Precisávamos que o 25 de Novembro não tivesse acontecido. Sem isso ficou a faltar a vacina que todo os outros países de leste levaram.

Qualquer pessoa minimamente racional devia olhar para os antigos países comunistas e pensar porque raio é que aquela gente, agora que pode decidir livremente em eleições, nunca mais voltou a ter um partido comunista no governo.
Serão masoquistas ao ponto de não quererem usufruir novamente da vida tão boa que o comunismo lhes proporcionou durante várias décadas ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-11 17:30:56
Precisávamos que o 25 de Novembro não tivesse acontecido. Sem isso ficou a faltar a vacina que todo os outros países de leste levaram.

Qualquer pessoa minimamente racional devia olhar para os antigos países comunistas e pensar porque raio é que aquela gente, agora que pode decidir livremente em eleições, nunca mais voltou a ter um partido comunista no governo.
Serão masoquistas ao ponto de não quererem usufruir novamente da vida tão boa que o comunismo lhes proporcionou durante várias décadas ?

Não estaríamos aqui neste momento a escrever no fórum. Não haveria sequer Thinkfn, e provavelmente o acesso à Internet, se houvesse, seria restrito a um pequeno grupo de pessoas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 17:33:01
Então seria uma maravilha. Tal como na Coreia do Norte. Viver a vida sem distracções a perturbar a harmonia da sociedade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 17:41:36
o que os mercados estão mais preocupados é com os gulags e os campos de concentração da coreia do norte
ó sim precioso.

êta, cumberseta acessória e sem sentido.

continuando o SP a reagir ao suporte, o meu prognóstico é que o PSI amanhã começe a trepar até aos ~5380.
tal é a preocupação com os campos de concentração dos coreanos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 17:52:56
O lark nisto tem rezao
O mercado subiu com Hitler nao liga nada a campos extreminio de minorias
so desceu quando perderam a batalha stalingrad
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 17:53:45
Não é o PCP que está com poder absoluto, pelo que a conversa do PSI não faz grande sentido. Ninguém disse que agora iriam existir gulags ou algo do género.

Mais um strawman brutalmente espancado pelo Lark.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:01:32
List of re-education through labor camps in China
From Wikipedia, the free encyclopedia (https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_re-education_through_labor_camps_in_China)

Re-education through labor (RTL; in Chinese, laodong jiaoyang 劳动教养, abbreviated láojiào 劳教) is a system of administrative detentions in the People's Republic of China. The estimated number of detainees in re-education through labor camps is anywhere from 300,000 (China Labor Bulletin, 2007) to 2 million (Laogai Research Foundation, 2006). There are at least 310 camps in China (China Daily, 2007).

1   Anhui province
2   Beijing municipality
3   Chongqing municipality
4   Fujian province
5   Gansu province
6   Guangdong province
7   Guangxi province
8   Guizhou province
9   Hainan
10   Hebei province
11   Heilongjiang province
12   Henan province
13   Hubei province
14   Hunan province
15   Inner Mongolia
16   Jiangsu province
17   Jiangxi province
18   Jilin province
19   Liaoning province
20   Ningxia region
21   Qinghai province
22   Shaanxi province
23   Shandong province
24   Shanghai municipality
25   Shanxi province
26   Sichuan province
27   Tianjin municipality
28   Tibet
29   Xinjiang province
30   Yunnan province
31   Zhejiang province

uma vez que há aqui uns quantos admiradores do regime chinês, seria legítimo acusá-los de pretenderem meter os portugueses em campos de concentração?

just asking...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 18:07:32

quem eh que aqui apoia um regime politico como o chines? absolutamente ninguem. qt muito pode afirmar-se que china esta melhor agora do que na altura do mao, isso eh certo.
mas isso nao eh apoio ao regime politico, que eh uma ditadura

agora, tu simpatizas com o PCP... devias era ter vergonha. simpatizas com um partido que apoia campos de concentracao que sao bem piores do que aqueles que ha na china.
mas tu eh um gajo ignorante, provavelmente nem sabes do que falo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:08:54
Reeducation through labor (laodong jiaoyang or laojiao), according to the Ministry of Public Security, is an administrative measure of reform through compulsory education designed to change offenders into people who "obey law, respect public virtue, love their country, love hard work, and possess certain standards of education and productive skills for the building of socialism." The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals. Reeducation through labor —sometimes labeled rehabilitation through labor— is not to be confused with reform though labor (laodong gaizao or laogai), the complex of prisons, labor camps, and labor farms for those sentenced judicially.

The recipient of a reeducation through labor sentence has no right to a hearing, no right to counsel, and no right to any kind of judicial determination of his case.

human rights watch (https://www.hrw.org/legacy/campaigns/china-98/laojiao.htm)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:11:28
lark, tu es muito burro ou muito aldrabao

quem eh que aqui apoia um regime politico como o chines? absolutamente ninguem. qt muito pode afirmar-se uqe china esta melhor agora do que na altura do mao, isso eh certo.

agora, tu simpatizas com o PCP... devias era ter vergonha. simpatizas com um partido que apoia campos de concentracao que sao bem piores do que aqueles que ha na china.
mas tu eh um gajo ignorante, provavelmente nem sabes do que falo

com esses insultos todos está aqui estás na lista de ignorados...
o meu campo de reeducação pessoal...

quem te disse a ti que eu simpatizo com o PCP? mostra lá uma citação minha que demonstre isso.
repara que não te estou a insultar como tu me insultaste a mim.
isso é típico de ausência de argumentação e falência racional.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 18:12:15
Que admiradores do regime Chinês?

Não estás a ver bem a coisa. Não se trata de admirar a China. Trata-se sim de dizer que a ausência de capitalismo e uma economia de mercado é o que impede o desenvolvimento económico. A China ao permitir isso desenvolve-se não obstante ser comunista "de nome".

Não é admiração. É uma constatação.

------

Já agora:

* A taxa de detenção na China por 100,000 pop é aproximadamente 165. Nos EUA é 698. É um número não muito distante do Português ou Australiano, e eu usei a estimativa mais elevada para a China.
* Os campos de reeducação através do trabalho incluem criminosos comuns, para crimes menos graves: são prisões normais.
* Segundo o Congresso Americano, existem 1327 casos de prisioneiros políticos na China. Não é propriamente uma URSS ou Coreia do Norte.

Repara, não estou com isto a defender coisa nenhuma, apenas te estou a mostrar que o teu domínio dos factos é tipicamente fraco, aqui também:

http://www.cecc.gov/resources/political-prisoner-database (http://www.cecc.gov/resources/political-prisoner-database)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 18:12:52
lark, tu es muito burro ou muito aldrabao

É "e" e não "ou".  :D

isto de tentar relativizar as posicoes politicas graves do PCP em vez de as condenar (como seria normal) diz tudo sobre o camarada Lark e a sua credibilidade

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:14:18
lark, tu es muito burro ou muito aldrabao

É "e" e não "ou".  :D

isto de tentar relativizar as posicoes politicas graves do PCP em vez de as condenar (como seria normal) diz tudo sobre o camarada Lark

eu não estou a relativizar o PCP.
estou a objectivar a china.

nunca te vi a condenar a política repressiva chinesa para com os dissidentes políticos.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 18:15:05
Adicionalmente ...

"On November 15, 2013, the Chinese government announced its decision to abolish the re-education through labor system. However, a full plan or schedule of the system's dissolution has not yet been presented"

"Most detainees in re-education through labor facilities are reported to be drug users, petty criminals, and prostitutes, as well as some political prisoners"

De notar que se removermos essa parte do sistema, a taxa de incarceração da China até se torna baixa, cai para uns 119/100,000 pop.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:16:19
Reeducation through labor (laodong jiaoyang or laojiao), according to the Ministry of Public Security, is an administrative measure of reform through compulsory education designed to change offenders into people who "obey law, respect public virtue, love their country, love hard work, and possess certain standards of education and productive skills for the building of socialism." The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals. Reeducation through labor —sometimes labeled rehabilitation through labor— is not to be confused with reform though labor (laodong gaizao or laogai), the complex of prisons, labor camps, and labor farms for those sentenced judicially.

The recipient of a reeducation through labor sentence has no right to a hearing, no right to counsel, and no right to any kind of judicial determination of his case.

human rights watch (https://www.hrw.org/legacy/campaigns/china-98/laojiao.htm)

The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 18:17:51
china tem positivo e passagem do maoismo (comunismo  mais radical que existe) para socialismo mercado(capitalismo neoliberal) dentro do mesmo  partido

ainda e uma ditadura mas faz progressos

a coreia norte  nao muda nada para melhor  ainda esta pior

ate cuba fez poucos progressos  mas fez alguma coisa

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:18:30
que escândalo...
está tudo bem em cilindrar e enxovalhar o joão-D ad nauseam.
se se diz qualquer coisinha dos queridos líderes chineses vem o mundo abaixo.

meh....

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 18:20:46
Reeducation through labor (laodong jiaoyang or laojiao), according to the Ministry of Public Security, is an administrative measure of reform through compulsory education designed to change offenders into people who "obey law, respect public virtue, love their country, love hard work, and possess certain standards of education and productive skills for the building of socialism." The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals. Reeducation through labor —sometimes labeled rehabilitation through labor— is not to be confused with reform though labor (laodong gaizao or laogai), the complex of prisons, labor camps, and labor farms for those sentenced judicially.

The recipient of a reeducation through labor sentence has no right to a hearing, no right to counsel, and no right to any kind of judicial determination of his case.

human rights watch (https://www.hrw.org/legacy/campaigns/china-98/laojiao.htm)

The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals.

L

Exacto, é para ofensas menores, como consumo de droga, roubos menores, prostituição, etc. E também por razões políticas, com o Congresso Americano a listar 1327 casos, e com outras estimativas a irem até uns 10,000-20,000 casos (num país de 1.5 biliões de habitantes e com muitas dessas prisões a serem arbitrárias localmente).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:21:10
china tem positivo e passagem do maoismo (comunismo  mais radical que existe) para socialismo mercado(capitalismo neoliberal) dentro do mesmo  partido

ainda e uma ditadura mas faz progressos

a coreia norte  nao muda nada para melhor  ainda esta pior

ate cuba fez poucos progressos  mas fez alguma coisa

ah fico muito mais descansado então.
a china faz progressos...
e cuba também...
então está tudo bem.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tag em 2015-11-11 18:21:44
Circula pelo Facebook...
 :)

Não sei a credibilidade, mas tinha piada ser assim.

Portugal - Punição para a Má Gestão
Ontem às 2:43 · Editado ·

Quanto mais partilharem, mais pessoas informam!
Partilhem! (anda a circular no facebook)

Notícia quente de última hora! Vamos ficar sem Presidente da República, vai demitir-se!
Desta maneira, Ferro Rodrigues ficará como Presidente interino, sem poderes para nomear um novo governo!
Será obrigado, a convocar eleições antecipadas, ficando a Coligação em gestão até lá!
Venha governo abaixo amanhã!

De facto a Constituição prevê esta situação nos artigos 131 e 132. Vamos aguardar.

Artigo 131.º - Renúncia ao mandato
1. O Presidente da República pode renunciar ao mandato em mensagem dirigida à Assembleia da República.
2. A renúncia torna-se efectiva com o conhecimento da mensagem pela Assembleia da República, sem prejuízo da sua ulterior publicação no Diário da República.
Artigo 132.º - Substituição interina
1. Durante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a vagatura do cargo até tomar posse o novo Presidente eleito, assumirá as funções o Presidente da Assembleia da República ou, no impedimento deste, o seu substituto.
2. Enquanto exercer interinamente as funções de Presidente da República, o mandato de Deputado do Presidente da Assembleia da República ou do seu substituto suspende-se automaticamente.
3. O Presidente da República, durante o impedimento temporário, mantém os direitos e regalias inerentes à sua função.
4. O Presidente da República interino goza de todas as honras e prerrogativas da função, mas os direitos que lhe assistem são os do cargo para que foi eleito.
Artigo 139.º - Actos do Presidente da República interino
1. O Presidente da República interino não pode praticar qualquer dos actos previstos nas alíneas e) e n) do artigo 133.º e na alínea c) do artigo 134.º.
2. O Presidente da República interino só pode praticar qualquer dos actos previstos nas alíneas b), c), f), m) e p), do artigo 133.º, na alínea a) do artigo 134.º e na alínea a) do artigo 135.º, após audição do Conselho de Estado.
Artigo 133.º - Competência quanto a outros órgãos
Compete ao Presidente da República, relativamente a outros órgãos:
e) Dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado;
n) Nomear cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura;
Artigo 134.º - Competência para prática de actos próprios
Compete ao Presidente da República, na prática de actos próprios:
c) Submeter a referendo questões de relevante interesse nacional, nos termos do artigo 115.º, e as referidas no n.º 2 do artigo 232.º e no n.º 3 do artigo 256.º;
Artigo 135.º - Competência nas relações internacionais
Compete ao Presidente da República, nas relações internacionais:
a) Nomear os embaixadores e os enviados extraordinários, sob proposta do Governo, e acreditar os representantes diplomáticos estrangeiros;
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-11 18:22:09
Que admiradores do regime Chinês?

Não estás a ver bem a coisa. Não se trata de admirar a China. Trata-se sim de dizer que a ausência de capitalismo e uma economia de mercado é o que impede o desenvolvimento económico. A China ao permitir isso desenvolve-se não obstante ser comunista "de nome".

Não é admiração. É uma constatação.

------

Já agora:

* A taxa de detenção na China por 100,000 pop é aproximadamente 165. Nos EUA é 698. É um número não muito distante do Português ou Australiano, e eu usei a estimativa mais elevada para a China.
* Os campos de reeducação através do trabalho incluem criminosos comuns, para crimes menos graves: são prisões normais.
* Segundo o Congresso Americano, existem 1327 casos de prisioneiros políticos na China. Não é propriamente uma URSS ou Coreia do Norte.

Repara, não estou com isto a defender coisa nenhuma, apenas te estou a mostrar que o teu domínio dos factos é tipicamente fraco, aqui também:

[url]http://www.cecc.gov/resources/political-prisoner-database[/url] ([url]http://www.cecc.gov/resources/political-prisoner-database[/url])


Citar
Reeducation through labor (laodong jiaoyang or laojiao), according to the Ministry of Public Security, is an administrative measure of reform through compulsory education designed to change offenders into people who "obey law, respect public virtue, love their country, love hard work, and possess certain standards of education and productive skills for the building of socialism." The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals. Reeducation through labor —sometimes labeled rehabilitation through labor— is not to be confused with reform though labor (laodong gaizao or laogai), the complex of prisons, labor camps, and labor farms for those sentenced judicially.

The recipient of a reeducation through labor sentence has no right to a hearing, no right to counsel, and no right to any kind of judicial determination of his case.

human rights watch ([url]https://www.hrw.org/legacy/campaigns/china-98/laojiao.htm[/url])


The term refers to a system of detention and punishment administratively imposed on those who are deemed to have committed minor offenses but are not legally considered criminals.

L


Exacto, é para ofensas menores, como consumo de droga, roubos menores, prostituição, etc. E também por razões políticas, com o Congresso Americano a listar 1327 casos, e com outras estimativas a irem até uns 10,000-20,000 casos (num país de 1.5 biliões de habitantes e com muitas dessas prisões a serem arbitrárias localmente).

Apenas para que não se percam dados concretos ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 18:26:32
qual eh o partido politico portugues que quer trazer o sistema chines para portugal e que eu nao condenei ?
isso sim seria a analogia correcta. agora falar de paises que nunca se condenou como se isso provasse alguma coisa
eh obviamente uma aldrabice.

epa, nunca li condenacoes do lark as violacoes infantis do ISIS, ele deve apoiar aquilo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:30:52
qual eh o partido politico portugues que quer trazer o sistema chines para portugal e que eu nao condenei ?
isso sim seria a analogia correcta. agora falar de paises que nunca se condenou como se isso provasse alguma coisa
eh obviamente uma aldrabice.

epa, nunca li condenacoes do lark as violacoes infantis do ISIS, ele deve apoiar aquilo

that's the point.
é uma conversa absolutamente acessória e sem interesse.
constato que retiraste rapidamente o insulto do post que estou a citar.
good!
pode ser que ainda haja esperança para ti...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 18:31:12
o PCP nao gosta sistema chines gosta da URSS :D


Topico Parlamento sem maioria absoluta  PCP tem aprovar medidas do costa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 18:36:40
já que foram apagados alguns posts, espero que sejam apagados todos os insultos.
ainda estão uns quantos na página anterior.
de qq forma, a referência ao controlo dos esfíncteres (à falta de) do neo deu algum resultado.
começou a tentar controlar-se.
L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 18:38:07
qual eh o partido politico portugues que quer trazer o sistema chines para portugal e que eu nao condenei ?
isso sim seria a analogia correcta. agora falar de paises que nunca se condenou como se isso provasse alguma coisa
eh obviamente uma aldrabice.

epa, nunca li condenacoes do lark as violacoes infantis do ISIS, ele deve apoiar aquilo

that's the point.
é uma conversa absolutamente acessória e sem interesse.
constato que retiraste rapidamente o insulto do post que estou a citar.
good!
pode ser que ainda haja esperança para ti...

L

nao eh acessorio e sem interesse o que o PCP eh. eh um dos partidos da pseudo coligacao de esquerda e sobre o qual muita gente tem ideias erradas. eh importante dispersar essas ideias

tu nao es o policia do forum e nao es tu que decides o que tem valor para ser discutido aqui

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-11 19:50:55
Precisávamos que o 25 de Novembro não tivesse acontecido. Sem isso ficou a faltar a vacina que todo os outros países de leste levaram.

Qualquer pessoa minimamente racional devia olhar para os antigos países comunistas e pensar porque raio é que aquela gente, agora que pode decidir livremente em eleições, nunca mais voltou a ter um partido comunista no governo.
Serão masoquistas ao ponto de não quererem usufruir novamente da vida tão boa que o comunismo lhes proporcionou durante várias décadas ?

Eu ainda sou desse tempo.
Antes do 25 de novembro portugal estava dividido ao meio.
Lisboa era da esquerda.., mas o Porto era das direitas.

A fronteira era  em Rio Maior, se não me falha a memória.
Os carros que iam para o norte eram revistados , à procura de armas.

Haviam alguns soldados da esquerda no porto, mas eram relativamente poucos.

Se não tivesse havido 25 de Novembro teria havido guerra civil . Isso era certo.

No norte sedes do PC já haviam sido incendiadas..., (Incendio de sede do PCP no campo da vinha, Braga).

Portugal estava à beira da guerra civil , nesse ano de 1975

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: zAPPa em 2015-11-11 20:03:18

2. O Presidente da República interino só pode praticar qualquer dos actos previstos nas alíneas b), c), f), m) e p), do artigo 133.º, na alínea a) do artigo 134.º e na alínea a) do artigo 135.º, após audição do Conselho de Estado.


Isso é treta devido ao que se encontra a negrito.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 20:27:16
(http://www.legislativas2015.pt/wp-content/uploads/2015/10/resultados-eleicoes.png)

E ainda continua mais ou menos na mesma.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 20:57:25
A fronteira natural entre o Norte e o Sul é o rio Tejo...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-11 21:06:29
A primeira ministra Catarina Martins já veio mostrar como é.

Primeiro confirmou o que já andamos aqui a dizer. Quem achava que não eram precisas medidas extraordinárias para suportar o desvario que aí vem, enganou-se redondamente. Em segundo lugar já meteu o Centeno na ordem para o homem perceber que escusa de ter ideias próprias que quem manda é o BE e o PCP.

Citar
Catarina Martins: "Sistema financeiro deve começar a pagar uma parte da dívida que gerou"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, assumiu esta quarta-feira, em entrevista à RTP, que o seu partido tem “um compromisso com o PS para discutir outros pontos essenciais que não estão no acordo”, nomeadamente sobre como enfrentar a necessidade de se aplicar medidas extraordinárias para conseguir fazer a consolidação orçamental.

Na mesma entrevista, a líder partidária admitiu também que não gostou de ouvir Mário Centeno, do PS, referir em entrevista ao Financial Times que “ninguém de bom senso pode pensar em não pagar as dívidas que contraiu”.

“Não se deve falar da dívida pública nesses termos. A dívida pública não é um empréstimo pessoal que tenha sido contraído. Tem a ver com compromissos financeiros alimentados em boa parte pelo sistema financeiro. Está na altura de o sistema financeiro começar a pagar uma parte da dívida que gerou”, defendeu. Salientando que o BE tem “uma posição muito diferente” sobre a dívida, Catarina Martins lembrou que no acordo com o PS ficou acertada a criação de um grupo de trabalho para estudar a sustentabilidade da dívida e que esta “é a forma séria” de enfrentar uma divergência entre os dois partidos.


Sobre o acordo assinado terça-feira com o PS, Catarina Martins disse que no dia em que “o acordo político deixar de ser cumprido, não há nenhum papel assinado que impeça uma moção de censura” e que “o BE nunca vai faltar a um Governo que é a diferença entre empobrecer ou recuperar rendimentos”.

Sobre as medidas extraordinárias para se fazer a consolidação orçamental, a coordenadora bloquista garantiu que há quatro condições que ficaram assentes: essas medidas não podem reverter as propostas já acordadas, nunca podem passar por cortes de salários e pensões, nem pela diminuição da progressividade fiscal, nem pelo aumento de impostos sobre os rendimentos do trabalho e dos bens essenciais, nem pela privatização e desproteção do Estado social. Estas condições, contudo, não estão assim descritas no acordo assinado terça-feira e divulgado à comunicação social.
[url]http://observador.pt/2015/11/11/presidente-da-republica-comeca-5-a-feira-a-ouvir-os-parceiros-sociais/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/11/presidente-da-republica-comeca-5-a-feira-a-ouvir-os-parceiros-sociais/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-11 21:27:38
Substituindo nas eleições a proporcionalidade pelo sistema de circulos uninominais (como no Reino Unido ou nos Estados Unidos, por exemplo) o problema da instabilidade política talvez pudesse ser facilmente resolvido... bastaria alterar a Constituição nesse sentido...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-11 21:33:23
http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT78996 (http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT78996)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 21:37:12
A primeira ministra Catarina Martins já veio mostrar como é.

Primeiro confirmou o que já andamos aqui a dizer. Quem achava que não eram precisas medidas extraordinárias para suportar o desvario que aí vem, enganou-se redondamente. Em segundo lugar já meteu o Centeno na ordem para o homem perceber que escusa de ter ideias próprias que quem manda é o BE e o PCP.

Citar
Catarina Martins: "Sistema financeiro deve começar a pagar uma parte da dívida que gerou"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, assumiu esta quarta-feira, em entrevista à RTP, que o seu partido tem “um compromisso com o PS para discutir outros pontos essenciais que não estão no acordo”, nomeadamente sobre como enfrentar a necessidade de se aplicar medidas extraordinárias para conseguir fazer a consolidação orçamental.

Na mesma entrevista, a líder partidária admitiu também que não gostou de ouvir Mário Centeno, do PS, referir em entrevista ao Financial Times que “ninguém de bom senso pode pensar em não pagar as dívidas que contraiu”.

“Não se deve falar da dívida pública nesses termos. A dívida pública não é um empréstimo pessoal que tenha sido contraído. Tem a ver com compromissos financeiros alimentados em boa parte pelo sistema financeiro. Está na altura de o sistema financeiro começar a pagar uma parte da dívida que gerou”, defendeu. Salientando que o BE tem “uma posição muito diferente” sobre a dívida, Catarina Martins lembrou que no acordo com o PS ficou acertada a criação de um grupo de trabalho para estudar a sustentabilidade da dívida e que esta “é a forma séria” de enfrentar uma divergência entre os dois partidos.


Sobre o acordo assinado terça-feira com o PS, Catarina Martins disse que no dia em que “o acordo político deixar de ser cumprido, não há nenhum papel assinado que impeça uma moção de censura” e que “o BE nunca vai faltar a um Governo que é a diferença entre empobrecer ou recuperar rendimentos”.

Sobre as medidas extraordinárias para se fazer a consolidação orçamental, a coordenadora bloquista garantiu que há quatro condições que ficaram assentes: essas medidas não podem reverter as propostas já acordadas, nunca podem passar por cortes de salários e pensões, nem pela diminuição da progressividade fiscal, nem pelo aumento de impostos sobre os rendimentos do trabalho e dos bens essenciais, nem pela privatização e desproteção do Estado social. Estas condições, contudo, não estão assim descritas no acordo assinado terça-feira e divulgado à comunicação social.
[url]http://observador.pt/2015/11/11/presidente-da-republica-comeca-5-a-feira-a-ouvir-os-parceiros-sociais/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/11/presidente-da-republica-comeca-5-a-feira-a-ouvir-os-parceiros-sociais/[/url])



a furia contra o sistema financeiro tem razao de ser, o sistema financeiro ganha com a quantidade de divida que emite e depois cria bolhas e rebenta com as economias dos paises
muitos dos problemas actuais prendem-se com divida a mais que o sistema financeiro criou e nao deveria ter criado, ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 21:39:56
ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva

explica lá isto.
não é que esteja a discordar.
gostava que esclarecesses.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-11 21:42:54
depois liquides toda das ultimas decadas  tem pagar JUROS AGIOTAS

neste caso juros agiotas sao 2% ou 3%

com juro 0 nem da ter noçao  da divida que tem

quando aumentar juros  ja vao notar

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 21:46:46
ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva

explica lá isto.
não é que esteja a discordar.
gostava que esclarecesses.

L

a velocidade de criacao de divida tem vindo a ser muito superior a do aumento de produtividade
ha muita divida especulativa, nao-produtiva

de notar que divida = dinheiro
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 22:00:48
ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva

explica lá isto.
não é que esteja a discordar.
gostava que esclarecesses.

L

a velocidade de criacao de divida tem vindo a ser muito superior a do aumento de produtividade
ha muita divida especulativa, nao-produtiva

de notar que divida = dinheiro

precisamente. por isso pedi o esclarecimento.
tanto a velocidade do dinheiro como a massa monetária têm vindo a contrair-se há anos.
isso não bate certo com a criação de dívida > aumento da produtividade.

se assim fosse estaríamos perante um fenómeno inflacionário.
quem nos dera a nós.
estamos precisamente perante o contrário.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 22:03:59
ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva

explica lá isto.
não é que esteja a discordar.
gostava que esclarecesses.

L

a velocidade de criacao de divida tem vindo a ser muito superior a do aumento de produtividade
ha muita divida especulativa, nao-produtiva

de notar que divida = dinheiro

precisamente. por isso pedi o esclarecimento.
tanto a velocidade do dinheiro como a massa monetária têm vindo a contrair-se há anos.
isso não bate certo com a criação de dívida > aumento da produtividade.

se assim fosse estaríamos perante um fenómeno inflacionário.
quem nos dera a nós.
estamos precisamente perante o contrário.

L

a velocidade do dinheiro sim, a massa monetaria nao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 22:07:20
repara que a desalavancagem no sistema financeiro e que cria deflacao eh o resultado de divida a mais no sistema
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 22:09:01
https://research.stlouisfed.org/fred2/series/BOGMBASE

mesmo depois da crise a base monetaria tem sempre subido imenso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 22:11:34
ha divida a mais no mundo para a capacidade produtiva

explica lá isto.
não é que esteja a discordar.
gostava que esclarecesses.

L

a velocidade de criacao de divida tem vindo a ser muito superior a do aumento de produtividade
ha muita divida especulativa, nao-produtiva

de notar que divida = dinheiro

precisamente. por isso pedi o esclarecimento.
tanto a velocidade do dinheiro como a massa monetária têm vindo a contrair-se há anos.
isso não bate certo com a criação de dívida > aumento da produtividade.

se assim fosse estaríamos perante um fenómeno inflacionário.
quem nos dera a nós.
estamos precisamente perante o contrário.

L

a velocidade do dinheiro sim, a massa monetaria nao

certo, não a massa monetária.
a M1. o dinheirinho nos bolsos do people.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-11 22:15:58
acho que eh mais ou menos obvio dum ponto de vista intuitivo que esta tudo cheio de divida
as pessoas, as empresas, os paises

precisamos dum reset, como eh que se faz isso ?

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-11 22:38:35
há aqui qualquer coisa que eu não percebo.
onde é que o krugman foi buscar isto?
ando no fred à procura e não encontro.

(http://graphics8.nytimes.com/images/2015/05/06/opinion/050615krugman2/050615krugman2-tmagArticle.png)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-12 00:32:38
acho que eh mais ou menos obvio dum ponto de vista intuitivo que esta tudo cheio de divida
as pessoas, as empresas, os paises

precisamos dum reset, como eh que se faz isso ?

Uma forma interesssante era atribuir a todos o mesmo montante, para quem tivesse dívida ficava com menos esse montante em dívida, quem não tivesse acrescentava-lhe esse montante.

Obviamente isto ia gerar inflação, o que iria abater ainda mais dívida, pelo que o montante nem tinha que ser grande.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-12 01:43:08
Minuto 17:20.

Começa no resultado das eleições e vai até ao controlo da dívida privada, com a sugestão do estado usar mecanismos de criação de moeda...

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=dadYXl0ok6c#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-12 07:59:45
É aterrador ler isto e pensar no tamanho e blindagem com que o estado vai ficar. Ainda mais.
http://observador.pt/2015/11/12/25-medidas-que-o-acordo-de-esquerda-nao-deixou-fechadas/ (http://observador.pt/2015/11/12/25-medidas-que-o-acordo-de-esquerda-nao-deixou-fechadas/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Elder em 2015-11-12 10:41:13
Minuto 17:20.

Começa no resultado das eleições e vai até ao controlo da dívida privada, com a sugestão do estado usar mecanismos de criação de moeda...

Só minuto 17:20?!?! Todo este video é uma lufada de ar fresco.  :D :D

Minha nossa!! https://twitter.com/ameeradavid


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-12 11:33:20
Minuto 17:20.

Começa no resultado das eleições e vai até ao controlo da dívida privada, com a sugestão do estado usar mecanismos de criação de moeda...

Só minuto 17:20?!?! Todo este video é uma lufada de ar fresco.  :D :D

Minha nossa!! https://twitter.com/ameeradavid

Não sei de que falas...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-12 12:13:04
Minuto 17:20.

Começa no resultado das eleições e vai até ao controlo da dívida privada, com a sugestão do estado usar mecanismos de criação de moeda...

Só minuto 17:20?!?! Todo este video é uma lufada de ar fresco.  :D :D

Minha nossa!! https://twitter.com/ameeradavid

Não sei de que falas...  :D

Sebastião já discordamos antes e vamos discordar outra vez. Não é só a partir do minuto 17:20...todo o vídeo precisa de ser cuidadosamente analisado. E as fotos também.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-11-12 15:38:46
Citar
Um acordo reaccionário
JOÃO MIGUEL TAVARES 10/11/2015 - 01:29
Sem ironias, António Costa revelou-se um negociador admirável, de uma estirpe que o país não conhecia desde o professor Oliveira Salazar

Depois de António Costa ter enganado os eleitores (com uma coligação de que não se sabia), ter enganado o PSD e o CDS (com reuniões que não queria) e ter enganado o presidente da República (com um acordo que não havia), resta uma única esperança para Portugal: que António Costa prossiga a sua admirável senda de aldrabice política e consiga no futuro próximo enganar igualmente o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista. As intrujices de Costa nunca deveriam ter chegado tão longe, mas já que chegaram, é rezar para que continuem, na expectativa patriótica de que quem vira quatro vezes à esquerda acabe por regressar à direcção certa.
...

Vale a pena ler o resto:
publico.pt (http://www.publico.pt/politica/noticia/um-acordo-reaccionario-1713844)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-12 20:50:40
Ouvi há pouco um pouco do discurso do Passos, ele lembrou, quando em 87, depois de uma moção de censura, o presidente Mário Soares recusou o governo PS, PRD e PCP.
Eu já escrevi sobre isso no tópico, mas desconhecia os pormenores.
Este artigo da Sabado fala sobre isso e está bem feito.
http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html (http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html)
Destaco o que Mário Soares disse na altura: ‘Eu não aceito uma moção de censura. Não quero que o governo caia agora [1987, tinha o executivo de Cavaco dois anos], porque está recentemente eleito. Numa altura em que vamos entrar numa nova fase, meter um governo desse género é uma coisa horrível e eu, como Presidente de todos os portugueses, não aceito.’"
Uns anos mais tarde, Mário Soares voltou a falar disso e disse: "Fui colocado diante de uma hipotética coligação que sempre considerei contranatura, puramente artificial, e, por isso mesmo, repetidamente avisei que jamais favoreceria um acordo político desse tipo, que, na minha opinião, seria nefasto para o País."

Isto é importante, porque Cavaco pode agora usar argumentos similares para não dar posse a PS, com apoio do PCP e BE. A situação não é bem igual porque PCP e BE não vão para o governo, mas é similar.
Ontem tb soube-se que BE e CDU queriam ir para o governo e que foi o Costa é que não quis. A Catarina Martins disse isso numa entrevista à RTP. Provavelmente, o Costa achou que Cavaco não daria posse a um governo PS, BE e CDU.

Mas o PS ao querer ir para o governo sozinho cria um outro problema que tb já tinha sido falado no fórum e que o Passos tb lembrou hoje, que é o PS querer ir para o governo sozinho quando teve menos votos e menos deputados do que a coligação PAF. Isso é injusto. E o Cavaco pode alegar que o acordo de incidência parlamentar não é suficiente para garantir a estabilidade.

Mas a novidade (que eu não conhecia) foi que pediu à esquerda para aceitar uma revisão constitucional extraordinária de modo a permitir novas eleições em breve.

Perante isto e por parecer que a PAF anda em campanha eleitoral, começo a achar que o Cavaco pode não dar posse ao Costa e que a esquerda pode não ter outra hipótese, senão concordar com uma revisão constitucional extraordinária de modo a termos novas eleições em breve.

Esta era uma hipótese que acho que nenhum comentador tinha colocado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-12 21:03:04
Em 1987 não havia nenhum impedimento em dissolver a assembleia da republica e convocar eleições. AR tinha sido eleita há mais de 6 meses e Soares ainda não estava nos ultimos 6 meses de mandato. A dissolução e marcação de novas eleições a solução mais óbvia e foi isso que Soares fez.
Seria provavelmente oq ue Cavaco faria mas essa solução esta-lhe vedada.

Pode não fazer nada e deixar problema para o proximo PR, mas ficaria na historia como o presidente que se demitiu de facto ainda que não formalmente nos ultimos meses de mandato.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-12 21:29:37
Ouvi há pouco um pouco do discurso do Passos, ele lembrou, quando em 87, depois de uma moção de censura, o presidente Mário Soares recusou o governo PS, PRD e PCP.
Eu já escrevi sobre isso no tópico, mas desconhecia os pormenores.
Este artigo da Sabado fala sobre isso e está bem feito.
[url]http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html[/url] ([url]http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html[/url])
Destaco o que Mário Soares disse na altura: ‘Eu não aceito uma moção de censura. Não quero que o governo caia agora [1987, tinha o executivo de Cavaco dois anos], porque está recentemente eleito. Numa altura em que vamos entrar numa nova fase, meter um governo desse género é uma coisa horrível e eu, como Presidente de todos os portugueses, não aceito.’"
Uns anos mais tarde, Mário Soares voltou a falar disso e disse: "Fui colocado diante de uma hipotética coligação que sempre considerei contranatura, puramente artificial, e, por isso mesmo, repetidamente avisei que jamais favoreceria um acordo político desse tipo, que, na minha opinião, seria nefasto para o País."

Isto é importante, porque Cavaco pode agora usar argumentos similares para não dar posse a PS, com apoio do PCP e BE. A situação não é bem igual porque PCP e BE não vão para o governo, mas é similar.
Ontem tb soube-se que BE e CDU queriam ir para o governo e que foi o Costa é que não quis. A Catarina Martins disse isso numa entrevista à RTP. Provavelmente, o Costa achou que Cavaco não daria posse a um governo PS, BE e CDU.

Mas o PS ao querer ir para o governo sozinho cria um outro problema que tb já tinha sido falado no fórum e que o Passos tb lembrou hoje, que é o PS querer ir para o governo sozinho quando teve menos votos e menos deputados do que a coligação PAF. Isso é injusto. E o Cavaco pode alegar que o acordo de incidência parlamentar não é suficiente para garantir a estabilidade.

Mas a novidade (que eu não conhecia) foi que pediu à esquerda para aceitar uma revisão constitucional extraordinária de modo a permitir novas eleições em breve.

Perante isto e por parecer que a PAF anda em campanha eleitoral, começo a achar que o Cavaco pode não dar posse ao Costa e que a esquerda pode não ter outra hipótese, senão concordar com uma revisão constitucional extraordinária de modo a termos novas eleições em breve.

Esta era uma hipótese que acho que nenhum comentador tinha colocado.


tenho a certeza que essa historia de quererem ir para o governo e no caso do PCP eh uma invencao
o BE talvez aceitasse se o PCP se juntasse
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-12 21:30:34
http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165 (http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-12 21:32:23
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165[/url])


Esta declaração é suficiente para o PR não aceitar a indigitação do A. Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-12 21:47:57
Em 1987 não havia nenhum impedimento em dissolver a assembleia da republica e convocar eleições. AR tinha sido eleita há mais de 6 meses e Soares ainda não estava nos ultimos 6 meses de mandato. A dissolução e marcação de novas eleições a solução mais óbvia e foi isso que Soares fez.
Seria provavelmente oq ue Cavaco faria mas essa solução esta-lhe vedada.

Pode não fazer nada e deixar problema para o proximo PR, mas ficaria na historia como o presidente que se demitiu de facto ainda que não formalmente nos ultimos meses de mandato.


Mas agora sabe-se que pode haver novas eleições se os deputados no parlamento quiserem. Basta aprovarem uma revisão constitucional extraordinária que permita novas eleições.

Vamos admitir, por hipótese, que o Cavaco não dê posse ao Costa e o governo fica em gestão.

Será que os partidos de esquerda não concordarão com uma revisão constitucional extraordinária para permitir novas eleições nesse cenário?
Eu acho que sim, que são quase obrigados a aceitar nesse cenário, pq não aceitando e deixando o governo em gestão tanto tempo ficam mal vistos pelo povo e não quererão isso.




-----
Camarada Neo-Liberal: se quiseres procura a entrevista que a Catarina Martins deu ontem à RTP. Ela disse que queria ir para o governo. E o Jerónimo na campanha eleitoral tb já tinha dito que estava disponível para ir para o governo. O Ricardo Costa, irmão do António Costa, diretor do Expresso, tb já tinha dito isso na SIC N e disse que a situação se inverteu depois do discurso duro do Cavaco. Ontem a Catarina Martins apenas confirmou a ideia que ele já tinha avançado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-12 22:24:14
.....os "teens" do PPD, passaram-se da cuca....eh.eh....


Citar
O cartaz da JSD que está a causar polémica nas redes sociais

16:03  D.E.

A ideia era mostrar a indignação com o governo de esquerda, mas a escolha da imagem foi infeliz. O cartaz está a dar que falar nas redes sociais e já tem mais de duas mil partilhas no Facebook.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-12 22:34:14
escolheram a foto do grande momento do comunismo sovietico (a derrota nazi e conquista de berlim), sao uns ignorantes do caracas

nao ha fotos com bandeiras comunistas nos gulags?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-12 22:39:51
.....os "teens" do PPD, passaram-se da cuca....eh.eh....


Citar
O cartaz da JSD que está a causar polémica nas redes sociais

16:03  D.E.

A ideia era mostrar a indignação com o governo de esquerda, mas a escolha da imagem foi infeliz. O cartaz está a dar que falar nas redes sociais e já tem mais de duas mil partilhas no Facebook.




http://observador.pt/2015/11/12/gafe-do-cartaz-da-jsd-tornou-quase-um-elogio-ao-nazismo/ (http://observador.pt/2015/11/12/gafe-do-cartaz-da-jsd-tornou-quase-um-elogio-ao-nazismo/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-12 22:44:48
uma boa foto era a da invasao sovietica da checoslovaquia em 1968, com os tanques em praga
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-12 22:47:56
(https://elbauldejosete.files.wordpress.com/2008/02/gulag5.jpg)

o martelo ta ali falta foce

A jornada de trabalho era de 14 horas diárias. Em Kolyma, o principal trabalho era na mineração de carvão. Apesar de haver picaretas e carrinhos precários para exploração do solo congelado, a maioria dos prisioneiros era obrigada a extrair os minérios com as mãos

O alimento era distribuído de acordo com a produtividade. Isso acelerava a morte dos mais frágeis e mantinha os fortões trabalhando mais. Quem cumpria a meta do dia recebia cerca de 1 kg de alimento, composto de pão, batata e macarrão. De proteína, só uns 20 g de carne

eram responsáveis por retirar as próprias fezes acumuladas nos banheiros - que ficavam fora dos alojamentos. Além das condições sanitárias precárias, os caras eram infestados de piolhos. Para piorar, havia pouquíssimo investimento em instalações médicas

Era comum guardas e detentos estuprar e abusar de prisioneiras. A situação forçava as mulheres a buscar proteção, muitas vezes se juntando com um homem - os chamados "maridos do campo". As presas que engravidavam iam para um alojamento separado e cuidavam umas das outras

• Crianças nascidas nos gulags iam para orfanatos fora do campo. Na maioria das vezes, a mãe jamais voltava a ver o filho

Grande parte dos prisioneiros era inocente, considerada como oponente do regime pela polícia secreta soviética
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-12 22:49:26
(https://elbauldejosete.files.wordpress.com/2008/02/gulag5.jpg)

o martelo ta ali falta foce

A jornada de trabalho era de 14 horas diárias. Em Kolyma, o principal trabalho era na mineração de carvão. Apesar de haver picaretas e carrinhos precários para exploração do solo congelado, a maioria dos prisioneiros era obrigada a extrair os minérios com as mãos

nao faz mal, era mesmo para morrerem por la... tanto faz
ate adubavam as hortas em redor e assim alimentavam o povo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-12 23:07:56
[url]http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165[/url] ([url]http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165[/url])


Esta declaração é suficiente para o PR não aceitar a indigitação do A. Costa.

Eu ouvi a moça a falar e foi uma bela cacetada no PS. Disse, preto no branco, que o PS não quis incluir a renegociação na dívida e que por isso ficavam mais limitados para ajudar as 700K pessoas que estão desempregadas. Até parecia da oposição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-12 23:53:21
o cavaco ainda pode surpreender, ehhe
as condicoes que ele colocou ao costa nao foram cumpridas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-11-13 00:06:32
.....os "teens" do PPD, passaram-se da cuca....eh.eh....

...
Coitados... mas não há liberdade de expressão!???!!
Os Bloquistas, como querem que ninguém possa dar uma opinião, mesmo que quem a tenha dado seja um idiota  - segundo alguém - vão já para tribunal com a JSD! A "meninas" do BE vão já fazer das suas!
Viva a liberdade... numas coisas, noutras... não.
Mas chamem nomes à vontade! A liberdade é total, desde que não seja contra o BE.

Eles, perdão, elas, andam por aí... por aqui? Cuidado!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 00:12:41
não é não haver liberdade de expressão. os tipos foram é burros porque quiseram associar a esquerda ao comunismo mau mas foram logo buscar uma foto da derrota dos nazis (o que implica pensar que derrotar os nazis foi mau). saiu-lhes mal e vê-se que foi por ignorância.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: JoaoAP em 2015-11-13 00:46:41
não é não haver liberdade de expressão. os tipos foram é burros porque quiseram associar a esquerda ao comunismo mau mas foram logo buscar uma foto da derrota dos nazis (o que implica pensar que derrotar os nazis foi mau). saiu-lhes mal e vê-se que foi por ignorância.
Segundo o que li, essa descoberta foi feita mais tarde. Não imediatamente. Muitos dos primeiros comentários feitos, não foram com essa informação. Mais uma vez, foram contra a liberdade de alguns em associarem alguém a outros ideias.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Happy_TheOne em 2015-11-13 01:00:29
o cavaco ainda pode surpreender, ehhe
as condicoes que ele colocou ao costa nao foram cumpridas

Tinha uma soluçao boa era demitir-se o que obrigaria a eleições em menos de 6 meses  ;D
Está na constituição e fica o palhaço isento do Ferro com presidente interino, passos em governo de gestão e ja eleições em menos de 6 meses isto é que era assunto e la ia o grupinho da esquerda PCP e BE  ter de ir a eleições e reduzirem aquilo que não insignificantes  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:06:26
http://www.rtp.pt/play/p1718/grande-entrevista (http://www.rtp.pt/play/p1718/grande-entrevista)

a entrevista da alforreca centeno
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:19:43
a alforreca explicou o milagre do defice nao subir com tanta despesa: "sao efeitos multiplicadores"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 02:44:18
pq é que lhe chamas alforreca?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:51:30
pq é que lhe chamas alforreca?

L

porque nao parece ter espinha dorsal
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:52:40
a alforreca explicou as previsoes absurdas de crescimento economico : "estamos com niveis de investimento e consumo muito baixos"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 02:53:39
pq é que lhe chamas alforreca?

L

porque nao parece ter espinha dorsal

tu também pareces não ter e ninguém te chama nada...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:54:12
em vez de aumentarem o ordenado minimo nao seria melhor nao taxar os ordenados baixos ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:55:06
pq é que lhe chamas alforreca?

L

porque nao parece ter espinha dorsal

tu também pareces não ter e ninguém te chama nada...

L

ooo' sr policia do tfn, vai la para a tua freguesia chatear outro
chamo alforreca a quem me apetecer
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 02:58:37
ficou claro na entrevista que a alforreca aposta todas as fichas no crescimento economico milagroso que esta nas previsoes do programa socialista
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-13 03:02:48
E as viaturas devem usar rodas em vez de triângulos...   :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 03:03:19
E as viaturas devem usar rodas em vez de triângulos...   :D

uma frase sabia da alforreca
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-13 03:06:33
E as viaturas devem usar rodas em vez de triângulos...   :D

uma frase sabia da alforreca

que revela um sentido de humor genial!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 09:42:01
É a habitual vigarice dos keynesianos que acham que há multiplicadores milagrosos >2. Foi à conta disso que o presidiário levou o défice a quase 10% ao ponto de falir o pais.
No caso do Centeno é ainda mais grave uma vez que antes era liberal. É um tipo sem princípios nenhuns que se vendeu por um possível lugar de ministro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-13 10:40:10
não é não haver liberdade de expressão. os tipos foram é burros porque quiseram associar a esquerda ao comunismo mau mas foram logo buscar uma foto da derrota dos nazis (o que implica pensar que derrotar os nazis foi mau). saiu-lhes mal e vê-se que foi por ignorância.

Realmente os fulanos devem ser mesmo burros. Com tanta imagem negativa do comunismo (gulags, tanques em Budapeste ou Praga, bichas para  pão etc), foram logo buscar uma imagem do comunismo vitorioso e que a maioria das pessoas continua a ver de forma positiva (a derrota do regime nazi).
Pelo menos a carreira publicitária parece estar vedada a esses fulanos da JSD  :D
 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-13 10:57:33
Quanto muito que se focassem nesta história:

Um dos soldados que colocou a bandeira tinha 2 relógios (tiravam-nos aos soldados mortos) -- depois a foto foi retocada para retirar um deles. E os soldados a quem foi atribuída a acção de colocar a bandeira não foram os que a colocaram (por motivos políticos, já que um era da Ucrânia e outro do Dagestão).

Já era a Rússia no seu melhor, naquela altura.

 :D




Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-13 11:19:56
Se formos por aí Inc, o que não faltam são exemplos do eixo USA/UK a nível militar a fazer umas manipulações vergonhosas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-13 11:23:48
É a habitual vigarice dos keynesianos que acham que há multiplicadores milagrosos >2. Foi à conta disso que o presidiário levou o défice a quase 10% ao ponto de falir o pais.
No caso do Centeno é ainda mais grave uma vez que antes era liberal. É um tipo sem princípios nenhuns que se vendeu por um possível lugar de ministro.

O Keynes deve andar as voltas na campa com a quantidade de políticas desastrosas (e corrupção associada) que são implementadas supostamente apoiadas no que ele advogou.
O problema são demagogos a usar apenas as partes que interessam daquilo que ele defendia.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-13 11:24:57
O Centeno já divulgou os dados usados nas projecções em relação ao crescimento do PIB?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 11:26:53
Mas ainda ninguém explicou a este senhor que o PS assinou acordo com a CGTP ?

Citar
Centeno: regime conciliatório será discutido em grupo de trabalho

A discussão à volta da criação de um regime conciliatório de despedimento por razões económicas “vai transitar para um grupo de trabalho”, afirmou Mário Centeno, em entrevista à Renascença. Esta medida, que constava do cenário macroeconómico do PS, não faz parte do programa de Governo aprovado pelo PS, que resulta das negociações com o Bloco de Esquerda, Partido Comunista e Os Verdes. O recuar na medida do despedimento conciliatório era uma das exigências do Bloco de Esquerda, para que o partido viabilizasse um Governo de iniciativa socialista.

No entanto, o economista e deputado do PS Mário Centeno diz agora que essa medida ainda vai estar em discussão, assim como  outras medidas em torno do mercado de trabalho. “Vamos ter, seguramente, uma longa discussão, também no sentido da vastidão de ideias sobre como resolver o problema da precariedade no mercado de trabalho em Portugal”, salientou, referindo-se ao grupo de trabalho sobre a precariedade que ficou acordado com PCP, BE e PEV.

E sobre os acordos, mais em geral, Centeno considera: “Toda a gente percebe, nós tivemos duas semanas para negociar um acordo que não era fácil de concretizar, enfim, nenhum acordo é fácil de concretizar, à partida. Necessitou de um grande empenho e de um grande esforço”.

[url]http://observador.pt/2015/11/13/ps-disponivel-discutir-sustentabilidade-da-divida-publica-privada-nao-tabu/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/13/ps-disponivel-discutir-sustentabilidade-da-divida-publica-privada-nao-tabu/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 11:28:36
Eu até estou a torcer para que o governo seja empossado rapidamente. vai ser uma comédia
PCP leva negócio da TAP ao Parlamento e apanha PS de surpresa (http://economico.sapo.pt/noticias/pcp-leva-negocio-da-tap-ao-parlamento-e-apanha-ps-de-surpresa_234585.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-13 11:35:11
Eu até estou a torcer para que o governo seja empossado rapidamente. vai ser uma comédia
PCP leva negócio da TAP ao Parlamento e apanha PS de surpresa ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/pcp-leva-negocio-da-tap-ao-parlamento-e-apanha-ps-de-surpresa_234585.html[/url])


É necessário haver governo?
Olha que pode ser uma jogada brilhante para recapitalizar a tap, o  Neeleman mete lá os 150 milhões e depois o governo paga através do orçamento os 150 milhões e fica com a tap a 100%.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 11:38:31
é uma brutal subversão das regras europeias, que impedem a recapitalização, mas é capaz de funcionar. até podiam pedir ao homem que meta já 500 ou 600M.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-13 13:33:39
A versão que o BE e o PCP não estão no governo "por culpa do Costa" é atirar arreia para os olhos com total descaramento.
Se eles realmente quisessem, estariam no governo, não venham com BS. Não querem é queimar a imagem e arcar com as consequências.
Sem o seu apoio não o PS não tinha nada. Logo se quisessem fazer parte do governo, impunham essa condição.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 13:46:35
A versão que o BE e o PCP não estão no governo "por culpa do Costa" é atirar arreia para os olhos com total descaramento.
Se eles realmente quisessem, estariam no governo, não venham com BS. Não querem é queimar a imagem e arcar com as consequências.
Sem o seu apoio não o PS não tinha nada. Logo se quisessem fazer parte do governo, impunham essa condição.

O Costa já tinha aludido publicamente a isso, numa das entrevistas, ao referir que não houve qualquer condicionalismo da parte do PS, que estavam abertos a essa hipótese (de terem ministros do BE e do PCP no eventual governo), e que foram os outros que recusaram.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 13:52:37
mas assim o costa só baixou as calças até ao tornozelo. se entrassem para o governo tinha de despir as calças e ainda dobrar-se para a frente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: vdap em 2015-11-13 14:40:17
mas assim o costa só baixou as calças até ao tornozelo. se entrassem para o governo tinha de despir as calças e ainda dobrar-se para a frente.

Não é nada bonito de se imaginar:D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tag em 2015-11-13 15:53:27
O problema é mesmo este.

http://observador.pt/opiniao/agradar-ao-mesmo-tempo-a-cgtp-e-ao-financial-times/ (http://observador.pt/opiniao/agradar-ao-mesmo-tempo-a-cgtp-e-ao-financial-times/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 16:47:14
tenho a certeza que essa historia de quererem ir para o governo e no caso do PCP eh uma invencao
o BE talvez aceitasse se o PCP se juntasse

Camarada Neo-Liberal: se quiseres procura a entrevista que a Catarina Martins deu ontem à RTP. Ela disse que queria ir para o governo. E o Jerónimo na campanha eleitoral tb já tinha dito que estava disponível para ir para o governo. O Ricardo Costa, irmão do António Costa, diretor do Expresso, tb já tinha dito isso na SIC N e disse que a situação se inverteu depois do discurso duro do Cavaco. Ontem a Catarina Martins apenas confirmou a ideia que ele já tinha avançado.

Camarada Neo-Liberal: Já verificaste que a tua certeza estava completamente errada?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 16:58:40
Camarada Neo-Liberal: Para a próxima espero que antes de acusares os outros de inventar coisas que procures te informar melhor.

Citar
Jerónimo de Sousa diz que PCP está disponível para ser governo
24 Ago 2015
Tabuleiro conta com um novo dado: PCP admite assumir responsabilidades se for chamado a isso. Um piscar de olho a Costa.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 18:10:42
[url]http://observador.pt/2015/11/13/drbs-ao-observador-telefonema-de-centeno-foi-importante-para-manter-rating/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/13/drbs-ao-observador-telefonema-de-centeno-foi-importante-para-manter-rating/[/url])


e centeno explicou-lhes tudo sobre a sua teoria dos multiplicadores e ficaram encantados


Agora só falta "encantar" o Cavaco, mas depois desta notícia, a tarefa ficou mais facilitada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 18:16:34
Camarada Neo-Liberal: Para a próxima espero que antes de acusares os outros de inventar coisas que procures te informar melhor.

Citar
Jerónimo de Sousa diz que PCP está disponível para ser governo
24 Ago 2015
Tabuleiro conta com um novo dado: PCP admite assumir responsabilidades se for chamado a isso. Um piscar de olho a Costa.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url])


 
a palavra invencao nao te era dirigida

eh uma invencao sim, eh uma mentira descarada dizer que o PCP quer governar

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 18:24:51
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close (http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 18:27:12
alias mesmo em relacao ao BE isso eh uma grande invencao, o BE nunca iria para o governo a nao ser que o PCP fosse primeiro... e o PCP nunca ira a nao ser que ganhe as eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 18:29:01
Camarada Neo-Liberal: Para a próxima espero que antes de acusares os outros de inventar coisas que procures te informar melhor.

Citar
Jerónimo de Sousa diz que PCP está disponível para ser governo
24 Ago 2015
Tabuleiro conta com um novo dado: PCP admite assumir responsabilidades se for chamado a isso. Um piscar de olho a Costa.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url])


 
a palavra invencao nao te era dirigida

eh uma invencao sim, eh uma mentira descarada

so quem nao percebe nada de politica ou da natureza do PCP eh que acredita nessas tangas obvias


Não consegues escrever sem acusar os outros de alguma coisa?
Ainda não reparaste que faltas constantemente ao respeito às pessoas?
Foi assim que foste educado?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 18:38:43
ja editei camarada !
mas nao eh muito simpatico tu caires em cima de mim sem perceberes o que escrevo
e depois eu chamo-te a atencao para a confusao e tu continuas a atacar

Não me chames camarada, não é esse o meu nick.
O "assunto" entre nós dois terminou.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 18:42:40
ja editei camarada !
mas nao eh muito simpatico tu caires em cima de mim sem perceberes o que escrevo
e depois eu chamo-te a atencao para a confusao e tu continuas a atacar

Não me chames camarada, não é esse o meu nick.
O "assunto" entre nós dois terminou.

e ve la se quando fazes uma confusao :

1- pergunta antes de atacar para teres a certeza que percebeste bem o que foi escrito

2-se nao percebeste e andaste a perseguir alguem admite o erro em vez de disfarcar

realmente nao ehs um camarada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 18:56:59
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 19:06:36
eu nao concordo nada com essa visao  do Ricardo Costa
"O partido que mais mudou em todo este processo foi o PCP"
http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-11--PS-Bloco-e-PCP.-A-geringonca-anda-ou-nao-anda- (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-11--PS-Bloco-e-PCP.-A-geringonca-anda-ou-nao-anda-)


o que saiu ate hoje jornais e um orçamento a PCP

nao e PCP que mudou foi PS  tirou socialismo  da gaveta
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-13 19:18:14
Bem, sem me querer meter na vossa discussão, o "camarada" é evidente que é a brincar e não faz sentido uma pessoa enervar-se contigo.

Basta olhar para o nickname do Neo-Liberal agora, e para a conversa "camarada para cá, camarada para lá" desde há algum tempo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 19:21:31
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:28:24
eh uma invencao sim, eh uma mentira descarada dizer que o PCP quer governar

prova!

enquanto não provares, és tu que estás a mentir descaradamente.

e pára de insultar toda a gente. estás assim tão desnorteado?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:29:39
alias mesmo em relacao ao BE isso eh uma grande invencao, o BE nunca iria para o governo a nao ser que o PCP fosse primeiro... e o PCP nunca ira a nao ser que ganhe as eleicoes

provas?
não tentes transformar as tuas especulações em realidades.
toma um xanax, pá.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:30:48
ja editei camarada !
mas nao eh muito simpatico tu caires em cima de mim sem perceberes o que escrevo
e depois eu chamo-te a atencao para a confusao e tu continuas a atacar

Não me chames camarada, não é esse o meu nick.
O "assunto" entre nós dois terminou.

e ve la se quando fazes uma confusao :

1- pergunta antes de atacar para teres a certeza que percebeste bem o que foi escrito

2-se nao percebeste e andaste a perseguir alguem admite o erro em vez de disfarcar

realmente nao ehs um camarada

claramente quem está a fazer fora do penico és tu, não o joão-D.
procura escrever com mais civilidade.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 19:31:10
queres mais que isto?
http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165 (http://www.publico.pt/politica/noticia/acordo-nao-e-fragil-mas-se-fosse-mais-longe-be-poderia-ir-para-o-governo-1714165)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:31:37
portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".

e a tua prova do contrário?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 19:33:26
eh uma invencao sim, eh uma mentira descarada dizer que o PCP quer governar

prova!

enquanto não provares, és tu que estás a mentir descaradamente.

e pára de insultar toda a gente. estás assim tão desnorteado?

L

insultar quem ? sobre ti so tenho dito verdades.

sempre que discordamos tu nunca tens razao, ja reparaste? normalmente ate desapareces por uns tempo, meio envergonhado com mais um falhanco

se nao conheces o PCP nao tenho culpa, nao te vou convencer. aquela eh a minha opiniao. posso da-la?
da ultima vez que te armaste em conhecedor do PCP falhaste tudo sobre a natureza do acordo, a tua ignorancia sobre o PCP ja esta bem estabelecida
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 19:34:02
na europa os partidos coligados vao para o governo

em portugal  vai partido  minoritario nao consegue aprovar medidas de bruxelas


“No dia em que o acordo político deixar de ser cumprido não há nenhum papel assinado a dizer que não pode haver moções de censura”, afirmou Catarina Martins


isro dura ate abundancia  acabar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 19:35:11
portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".

e a tua prova do contrário?

L

prova tu o contrario
mais uma vez fazes uma pergunta falaciosa tipica de um aldrabao
obviamente nao ha forma de provar cabalmente nem uma coisa nem outra

eh a minha opiniao, posso te-la? para mim eh bastante obvio, admito que para ti nao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:42:37
portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".

e a tua prova do contrário?

L

prova tu o contrario
mais uma vez fazes uma pergunta falaciosa tipica de um aldrabao
obviamente nao ha forma de provar cabalmente nem uma coisa nem outra

eh a minha opiniao, posso te-la? para mim eh bastante obvio, admito que para ti nao

opiniões e realidades são coisas diferentes.

basta colocares no ínicio da frase 'na minha opinião' ou usares a abreviatura inglesa que toda a gente usa 'imho' (in my humble opinion). ou se não quiseres ser humble, 'imo'.
lá me insultaste outra vez. isso parece ser patológico. já pensaste em ir ao médico? isso pode ser tourette.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 19:43:30
portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".

e a tua prova do contrário?

L

prova tu o contrario

queres que prove o contrário do contrário? isso é fazer uma afirmação.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 19:50:15
o PCP faz politica

voces nao sabem politica para comunista sovietico e isto....

na teoria do Estado de Marx e de Engels, segundo a qual a sociedade é dividida em classes antagônicas e as instituições políticas têm a função primordial de permitir à classe dominante manter seu domínio. Mas, este objetivo só pode ser alcançado na estrutura do antagonismo de classes pelo controle eficaz do monopólio da força; é por isso que, cada Estado é, e não pode deixar de ser uma ditadura.

or Estado se há de entender uma empresa institucional de caráter político onde o aparelho administrativo, leva avante, em certa medida e com êxito a pretensão do monopólio da legítima coerção física. Com vistas ao cumprimento das leis





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 19:59:54
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.

 
Agradeço que pares de implicar só porque discordo de ti. Nunca disse que acreditava em tudo o que os partidos dizem. Escrevi no fórum sobre várias mentiras do Passos e do Sócrates.

Sobre o PCP, acho que o PCP só ainda não foi para o governo porque não conseguiu. Se só dependesse do PCP, acho que já tinha integrado mais do que um governo. É a minha opinião.

Como tb já disse, tentou tb ir para o governo em 87 com PRD e PS. Foi o Soares é que não deixou. Deixei um link com essa história.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 20:03:10
todos partidos comunistas foram coligados para governo na europa estam vias extinçao

o PCP e mais forte da europa


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 20:12:04
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.

 
Agradeço que pares de implicar só porque discordo de ti. Nunca disse que acreditava em tudo o que os partidos dizem. Escrevi no fórum sobre várias mentiras do Passos e do Sócrates.

Sobre o PCP, acho que o PCP só ainda não foi para o governo porque não conseguiu. Se só dependesse do PCP, acho que já tinha integrado mais do que um governo. É a minha opinião.

Como tb já disse, tentou tb ir para o governo em 87 com PRD e PS. Foi o Soares é que não deixou. Deixei um link com essa história.


o PCP nunca quis ir para o governo, ja tivemos exemplos de governos minoritarios do PS e o PCP nunca quis negociar uma maioria absoluta como o CDS ja fez
e assim ira continuar a ser, o PCP precisa dessa aurea de magia para sobreviver e era chato ter de governar e sujar as maos, la se ia a utopia para o lixo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 20:14:33
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.

 
Agradeço que pares de implicar só porque discordo de ti. Nunca disse que acreditava em tudo o que os partidos dizem. Escrevi no fórum sobre várias mentiras do Passos e do Sócrates.

Sobre o PCP, acho que o PCP só ainda não foi para o governo porque não conseguiu. Se só dependesse do PCP, acho que já tinha integrado mais do que um governo. É a minha opinião.

Como tb já disse, tentou tb ir para o governo em 87 com PRD e PS. Foi o Soares é que não deixou. Deixei um link com essa história.


o PCP nunca quis ir para o governo, ja tivemos exemplos de governos minoritarios do PS e o PCP nunca quis negociar uma maioria absoluta como o CDS ja fez
e assim ira continuar a ser, o PCP precisa dessa aurea de magia para sobreviver e era chato ter de governar e sujar as maos


dizes tu na tua nsho (not so humble opinion).
o joão já deixou um link a demonstrar o contrário.
tens que tomear mais atenção. mas para isso tens que sossegar.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 20:18:07
Lark nem bloco e maluco ir para governo

esta aprender com o PCP a sobreviver ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 20:22:08
lark: eh como com o acordo, tu acreditas em todas as propagandas ilogicas desde que te agradem

o PCP nunca quis ir para o governo, nem desta vez nem em nenhuma outra. o PCP diz que sim e tal mas depois impoe condicoes impossiveis de cumprir e fa-lo propositadamente
eh conversa fiada

vamos todos morrer sem que o PCP tenha governado. e eh logico que assim seja, o PCP faz bem em ter esta estrategia.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 20:26:01
claro deu resultado o partido comunista mais forte europa e portugues

http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/ (http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 20:26:51
lark: eh como com o acordo, tu acreditas em todas as propagandas ilogicas desde que te agradem

o PCP nunca quis ir para o governo, nem desta vez nem em nenhuma outra. o PCP diz que sim e tal mas depois impoe condicoes impossiveis de cumprir e fa-lo propositadamente
eh conversa fiada

vamos todos morrer sem que o PCP tenha governado. e eh logico que assim seja, o PCP faz bem em ter esta estrategia.

é uma chatice ter que me repetir. mas o joão já deixou um link a demonstrar o contrário.
as coisas não são de determinada maneira só porque tu queres.
são como são.

se achas que o link transmite informação falsa, demonstra porquê.
mas 'eu acho' 'parece-me' e 'cheira-me', não conta.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 20:27:35
lark: eh como com o acordo, tu acreditas em todas as propagandas ilogicas desde que te agradem

o PCP nunca quis ir para o governo, nem desta vez nem em nenhuma outra. o PCP diz que sim e tal mas depois impoe condicoes impossiveis de cumprir e fa-lo propositadamente
eh conversa fiada

vamos todos morrer sem que o PCP tenha governado. e eh logico que assim seja, o PCP faz bem em ter esta estrategia.

é uma chatice ter que me repetir. mas o joão já deixou um link a demonstrar o contrário.
as coisas não são de determinada maneira só porque tu queres.
são como são.

se achas que o link transmite informação falsa, demonstra porquê.
mas 'eu acho' 'parece-me' e 'cheira-me', não conta.

L

acreditas em tangas do PCP, eh o teu direito
tu nao entendes a estrategia politica dos gajos e cais como um pato
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 20:28:22
claro deu resultado o partido comunista mais forte europa e portugues

[url]http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/16/sao-os-camaradas-do-pcp-no-resto-da-europa/[/url])


o peixe que o PCP vende eh a utopia, nao vao querer estragar o negocio governando
por isso eh que o acordo eh uma tanga total, com aquele acordo o PCP esta na pratica na oposicao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 20:29:11
o BE queria governar


mas deu a sola porque lark?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 21:00:07
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.


Citar
acreditas em tangas do PCP, eh o teu direito
tu nao entendes a estrategia politica dos gajos e cais como um pato


Citar
o peixe que o PCP vende eh a utopia, nao vao querer estragar o negocio governando
por isso eh que o acordo eh uma tanga total, com aquele acordo o PCP esta na pratica na oposicao



Lá mais para trás, Camarada, não assim há tanto tempo, punhas as mãos no fogo pelo discurso do PCP, mas agora pareces defender o contrário.

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720)

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743)

É conforme te dá jeito?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 21:03:32
com aquele acordo parte saiu  ca para fora

so ha dois cenarios

o PCP esta na pratica na oposicao

ou PS virou Comunista  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 21:04:52
o BE queria governar


mas deu a sola porque lark?


Já tinha escrito que a líder do BE respondeu a isso.

Citar
"o PS, legitimamente, considerou que a convergência a que chegássemos teria de respeitar constrangimentos que o BE não acompanha, ou seja, o PS só aceitou fazer alterações ao seu programa desde que respeitassem o Tratado Orçamental e excluindo a reestruturação da dívida".
[url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/be-promete-nunca-faltar-a-governo-que-reponha-rendimentos_v873118[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/be-promete-nunca-faltar-a-governo-que-reponha-rendimentos_v873118[/url])


Tu e o Camarada Neo-Liberal acham que a líder do BE e o líder do PCP, quando disseram que queriam ir para o governo, na verdade, não queriam ir, e que disseram isso, apenas e só, porque lhes apeteceu. Já todos perceberam qual a vossa opinião.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 21:07:27
eu do Bloco esquerda nao digo nada estava perguntar


 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-13 21:14:54
eu do Bloco esquerda nao digo nada estava perguntar


Mas tb já sabes que o Jerónimo de Sousa disse que estava disponível para ir para o governo.

Tu e o Camarada Neo-Liberal podem não acreditar. E ninguém os obriga a acreditar.

Citar
"Se o povo português quiser, estamos em condições de assumir responsabilidades, incluindo governativas, para defender os interesses dos trabalhadores e do povo", revelou ontem Jerónimo de Sousa, em Tábua, Coimbra, durante uma acção de campanha.
[url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url] ([url]http://economico.sapo.pt/noticias/jeronimo-de-sousa-diz-que-pcp-esta-disponivel-para-ser-governo_226945.html[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 21:15:24
A Mariana Mortágua deu hoje uma entrevista (http://www.publico.pt/politica/noticia/todos-queremos-que-esta-seja-uma-solucao-duradoura-1714262?page=-1) onde também aborda o assunto

Citar
"Todos queremos que esta seja uma solução duradoura"

Mariana Mortágua preferia que tivesse sido assinado um só acordo, pelos quatro partidos de esquerda. E garante que não se sente condicionada, “um milímetro” que seja, na sua actividade de fiscalização de um eventual Governo liderado por António Costa.

Mariana Mortágua, 29 anos, interrompe a reunião que está a ter na Assembleia da República para receber o PÚBLICO. “Quanto tempo demora a entrevista?” Têm sido dias atarefados no Palácio de São Bento. A deputada fala connosco um dia depois de o Governo de direita ter sido derrubado. Foi um momento histórico, reconhece. Ainda assim, nessa noite Mariana Mortágua foi para casa cedo. Não foi festejar? A deputada ri-se. O Bloco sente entusiasmo por a esquerda ter conseguido chegar a um entendimento, mas também diz sentir responsabilidade. Restituir os salários e as pensões às pessoas é devolver-lhes o que é delas, afirma. E a economista não tem dúvidas: isso é possível.

Como viveu o dia do acordo?
O dia do acordo foi muito importante para várias pessoas, provavelmente por diferentes razões. Foi importante para as pessoas que rejeitaram a teoria do voto útil e da inevitabilidade do centrão e viram o resultado do seu voto à esquerda do PS.

Acordou com muita expectativa na terça-feira? Nervosa?
Não, não… (Risos) Com expectativa sim. Sentia-se no plenário uma tensão correspondente à importância do momento. Isso era visível em todos os deputados e deputadas.

Foi um momento inédito? Histórico?
Teve esse simbolismo, para muitas pessoas. Para além das diferenças ideológicas e políticas que existem entre o Bloco, o PCP e o PS, e elas existem, uma das coisas que mais ouvimos na rua durante a última campanha foi: “Entendam-se!” É um apelo e, sem dúvida, uma das grandes preocupações das pessoas de esquerda. As pessoas sentiam que uma falta de entendimento entre as forças de esquerda permitia um reforço da direita que é possível evitar. Para essas pessoas foi muito importante ver que estes três partidos, para além das suas diferenças, foram capazes de se entender no mais importante.

O que era o mais importante?
O mais importante, ao contrário do que dizem, não é apenas derrubar a direita. É sobretudo construir uma solução contra o empobrecimento. Estou satisfeita que isto tenha sido possível, mas consciente da responsabilidade que temos pela frente. Quem fez este acordo, e falo pelo BE, não o fez de ânimo leve. Estamos conscientes da responsabilidade, das expectativas que criámos às pessoas e temos muito claros os objectivos.

Durante a campanha, o Bloco teceu duras críticas ao PS. Catarina Martins disse que o PS era a desilusão destas eleições. Mariana Mortágua usou a metáfora do jogo das crianças no qual têm de escolher entre dois males para falar da opção entre a direita e o PS. Qual o grau de confiança que têm agora no PS para firmar este acordo?
O Bloco não deixa de ter críticas a fazer ao PS. Discordamos de várias coisas. Mas isso não nos impede de identificar prioridades. E foi precisamente essa crítica ao bloco central que permitiu ao BE ter a força pós-eleitoral para alterar as propostas do PS que criticávamos. Sempre criticámos, com muita clareza, desde o início da campanha, três pontos concretos: a facilitação dos despedimentos, o congelamento das pensões, a baixa da TSU para os patrões. Por termos assumido essa crítica clara, tivemos a força que nos permitiu depois aproximar do programa do PS.

Depois houve um longo processo negocial longe dos olhares das pessoas. Como correu?
Correu como devia. Avançámos, fizemos progressos, houve capacidade de diálogo, percebemos até onde podíamos ir e, sobretudo, houve um grande consenso sobre o que se pretendia com este acordo. Acho que ninguém tem expectativas desajustadas. Estamos todos, os partidos, conscientes do que estamos a fazer, de quais são os limites, mas também da responsabilidade que temos nos ombros… Este é um processo novo. É preciso que seja feito com toda a calma e com a capacidade de perceber que é sólido. A preocupação de todos os partidos é que este seja um acordo sólido.

Há quem considere este acordo frágil. Vai ser uma solução sólida e duradoura?
Ouvi Paulo Portas criticar este acordo. Dizia que, por não ser uma coligação, não apresentava garantias de solidez. Depois, logo a seguir, disse que esta é uma coligação radical… Sobre este acordo é dito tudo e o seu contrário, numa tentativa de o descredibilizar.

Isso não resulta também do facto de haver três acordos em vez de um?
Aquilo que une os partidos neste acordo é uma questão política que não se faz, ou desfaz, consoante a sua forma. O anterior Governo era uma coligação e isso não o impediu de ter uma crise política a que todos assistimos e que teve impactos financeiros…

Mas essa coligação chegou, pela primeira vez na história, ao fim da legislatura…
Mas não esteve isenta de crises. Aquilo que protege uma coligação ou um acordo da existência de crises são, precisamente, os parâmetros políticos e não a forma. Todos queremos que esta seja uma solução duradoura. Ninguém quer trazer instabilidade ao país. Ninguém é irresponsável a esse ponto.

Foi por falta de tempo que não chegaram a um acordo único assinado por todos?
Acho que não foi só por falta de tempo. O BE teve 10% dos votos e faz parte desta maioria parlamentar, mas cabia ao PS, o partido mais votado, liderar o processo e formar o Governo. Aquilo que permite um acordo com estas características, mas não permite uma coligação de Governo diz respeito àquilo que nos diferencia. Estou a falar das questões europeias, do Tratado Orçamental, da dívida.

Reformulo: Seria um sinal de convergência maior terem chegado a um acordo único?
Sempre defendi, aliás sempre defendemos, que deveria haver um texto único assinado por todos. Mas foi esta a fórmula encontrada.

Por que não foram estes acordos apresentados publicamente pelos líderes?
Entendeu-se que esta era a melhor forma. Mas, para além das questões de forma, o que conta é o que está escrito.

Não é um anti-clímax que um acordo apresentado como inédito entre quatro partidos de esquerda seja assinado numa sala, à porta fechada, sobrando apenas umas fotografias?
A importância política deste acordo é haver quatro partidos que se põem de acordo para viabilizar um Governo e uma alternativa. Se alguém preferia que fosse feita uma conferência de imprensa ou não, isso não me parece o essencial. O importante é que o acordo seja cumprido.

Este entendimento não vai ser posto em causa pela forma como o Bloco e o PCP olham para a Europa, para a renegociação da dívida, para o Tratado Orçamental, em contraste com um partido europeísta como o PS?
Se este entendimento pudesse ser posto em causa por essas questões, elas constariam do acordo. Houve muita honestidade a negociar. Isso prova que ninguém está neste acordo disposto a “roer a corda”. Se fosse essa a intenção, alguém teria posto neste acordo um ponto desses. Os partidos perceberam os limites da sua convergência e aceitaram negociar dentro desses limites, respeitando o partido mais votado. Por isso, as negociações foram mantidas dentro desse quadro. O Bloco não abdica das suas ideias, mas apoia um Governo que, não coincidindo com as suas ideias sobre a dívida, repõe salários e pensões e está disponível para trabalhar numa alternativa.

Catarina Martins já assumiu que os resultados das negociações não foram tão longe quanto desejaria. Até onde queria ir o Bloco e que obstáculos encontrou?
O acordo não foi tão longe por uma razão clara. Basta ler o programa do BE para se perceber que o acordo não é o programa do BE. É uma aproximação sobre propostas que podem melhorar a vida das pessoas. Há propostas importantes para nós, como a atribuição do subsídio social de desemprego para todos os desempregados, que não estão neste acordo, porque têm como ponto de partida para a sua viabilização, a reestruturação da dívida. Por isso o acordo não foi tão longe como gostaríamos.

É por isso que o Bloco não vai para o Governo?
É também isso que determina que o BE não pode fazer parte deste Governo. Julgo que as pessoas entendem. Não é nada de estranho.

O BE só podia assumir pastas no Governo se o acordo fosse mais aproximado ao seu programa?
Claro. Acho que não há nada como falar com clareza. Concordámos com medidas muito importantes neste momento para tirar o país de uma situação de emergência. Isto é uma condição de estabilidade. Não haverá surpresas. Todos sabemos ao que vamos.

Espera que o BE seja consultado sobre a formação do Governo?
Não. O PS fará o seu processo. Mas julgo que ainda é muito cedo, porque ainda falta saber o que Cavaco Silva fará.

O BE acha que o Presidente não tem outra hipótese se não indigitar António Costa como primeiro-ministro?
Acho que não. Seria um desrespeito demasiado visível, até escabroso, pela maioria parlamentar. A alternativa seria indigitar um Governo de gestão que teria, constantemente, no Parlamento, uma maioria contrária. Hoje em dia ouvimos tudo… Mas uma maioria no Parlamento ainda me parece um critério democrático demasiado importante para ser ignorado pelo Presidente.

Um dos pontos mais debatidos tem sido o da legitimidade de António Costa. Para o BE não tem razão de ser o argumento de que a legitimidade de Costa está ferida por ter perdido as eleições?
A coligação mais votada foi a do PSD com o CDS. Tinham legitimidade para formar Governo. Mas não conseguiram… A partir do momento em que não conseguem, o segundo maior partido é chamado a tentar, e dispõe da legitimidade da maioria da Assembleia da República. A questão resolve-se por si mesma. Quem confere legitimidade a um Governo é a maioria dos deputados eleitos. Seria mais legítimo um Governo que não tem a maioria na Assembleia da República? Não acho que isso faça muito sentido.

No acordo não há medidas que se dirijam a desempregados?
Há. O alargamento do acesso à tarifa social da electricidade vai beneficiar os desempregados. E uma das tarefas do grupo de trabalho das questões da pobreza e da precariedade também será essa.

Não há margem orçamental para mais?
Nós sempre dissemos que as nossas propostas eram neutras do ponto de vista do efeito orçamental. Ainda não fiz as contas ao saldo final do acordo. Mas as nossas propostas tiveram a preocupação de fazer propostas dentro dos constrangimentos existentes. Isso exigiu alguma criatividade.

E há margem no acordo para “surpresas” desagradáveis? Uma crise bancária? Um choque externo? Um défice maior herdado do actual Governo?
Claro que sim. É uma questão de prudência. Na realidade há imprevistos. Havia a noção desde o início de que pode haver um imprevisto. Tem de haver uma estreita cooperação entre os partidos que apoiam o Governo. O compromisso é esse.

Numa frase: este acordo continua enquanto não forem tocados os rendimentos dos trabalhadores e dos pensionistas, aconteça o que acontecer?
Exactamente. É um acordo de melhoria dos rendimentos e de salvaguarda do Estado Social.

Qual é o melhor adjectivo para o definir? É um acordo mínimo? De esquerda? O possível?
Não sei. Qualquer adjectivo que possa dar pode jogar contra mim (risos). É um acordo que procura responder às necessidades das pessoas. É um acordo para travar o empobrecimento.

Enquanto deputada, a Mariana Mortágua é reconhecida pelo seu papel de fiscalização da actividade do Governo. Esse papel é mais difícil agora?
É tão necessário como era anteriormente. Não me sinto um milímetro diminuída nos meus deveres por ter um acordo com o PS. Sinto-me livre para exercer os meus deveres. Não me sinto constrangida.

O BE tem centrado muita da sua actividade parlamentar na fiscalização dos abusos da relação do Estado com privados, nas nomeações políticas. Isso vai continuar a merecer a vossa atenção?
Se não continuar a merecer a nossa atenção, eu própria vou criticar o BE. É lógico que o BE não vai mudar a sua forma de estar na política por ter feito um acordo com o PS para melhorar a vida das pessoas. A fiscalização vai continuar. Não vamos fechar os olhos. Porque essas coisas prejudicam o Estado Social, prejudicam a relação do Estado com os cidadãos.

Por que não se comprometem em não apresentar moções de censura ao Governo do PS?
Porque é redundante. Se pensarmos apresentar uma moção de censura é porque o acordo acabou…

O resultado ideal deste acordo seria a sua revalidação, ao fim de quatro anos?
O resultado ideal seria chegar ao final desta legislatura com um Estado Social reforçado, com uma economia mais sólida, com as pessoas a recuperarem os rendimentos que perderam, e parando a sangria na Administração Pública. Seria travar uma mudança ideológica profunda que não sei se a maioria das pessoas se aperceberam… O Estado Social foi entregue à peça a interesses privados: Saúde, Educação, prestações sociais. Isso afastou a direita do compromisso constitucional que existia e era um património conjunto.

Há alguma razão para temer um novo resgate, ou uma evolução da situação como na Grécia?
Claro que não. Os argumentos usados pela direita para atacar este acordo são a razão por que isto é tão importante. Uma direita que acha que só ela pode dirigir o país prova por que não deve ser ela  a governar. Não, não está em causa a saída do euro. Qualquer pessoa que leia este acordo ficará descansada. Quem defende o Estado Social não defende um Estado mais gordo, ou mais ineficiente, ou mais motoristas. Eu quero um Estado mais eficiente. A comparação entre o que se está a passar aqui e o que se passou na Grécia não faz sentido. São propostas completamente diferentes. Comparar o que não é comparável só cria medo.

Mas o medo existe…
Tenho consciência que o discurso de apelo ao medo existe. E há uma enorme polarização no país, que só se reverte quando as pessoas virem os resultados do acordo. O enorme medo da direita é que se prove que afinal havia alternativas. Isto não é o PREC… É um acordo para reverter medidas de austeridade. Temos de ter um bocadinho de bom senso.

O que é que justifica que nos últimos tempos tenha havido por parte de comentadores como Pedro Arroja uma crítica digamos, marialva, às dirigentes do BE? E no seu caso, até uma petição pública para se despir para a Playboy?
O que está na base de tudo isso é o machismo e o sexismo, enraizados na sociedade portuguesa. As mulheres do Bloco tiveram uma visibilidade pouco habitual nos últimos tempos. Portugal não está habituado a ter um partido em que as principais protagonistas são mulheres. Isso gera reacções. Muitas foram positivas, de identificação, no eleitorado feminino. Mas também despertou o marialvismo bem ou mal escondido na sociedade portuguesa. E é agravado pela ofensiva conservadora que existe perante o actual momento político. Eles acham que todos os argumentos são válidos e, por isso, não se limitam a atacar politicamente o acordo, atacam os seus protagonistas. A questão da Playboy é diferente. Embora revele, da mesma forma, o sexismo – não se faria isso a um homem – porque não se consegue diferenciar, numa mulher, o desempenho político do desempenho estético, ou seja lá o que for. Embora aí o objectivo não seja criticar politicamente.

Riu-se da petição? Viu-a com bonomia?
Não vejo com bonomia nenhuma o sexismo. Embora, obviamente, tenha uma maior antipatia por ataques claramente misóginos, sexistas, conservadores. A minha reacção à tal petição foi: Não me interessa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 21:21:41
o acordo  sai nos jornais e bem a esquerda

e nao querem ir governo.  e bem estranho

onde mariana viu europa coligaçao sem pastas de todos partidos

ela veio de inglaterra
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 21:45:56
[url]http://observador.pt/2015/11/13/drbs-ao-observador-telefonema-de-centeno-foi-importante-para-manter-rating/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/13/drbs-ao-observador-telefonema-de-centeno-foi-importante-para-manter-rating/[/url])


e centeno explicou-lhes tudo sobre a sua teoria dos multiplicadores e ficaram encantados

Mas o Centeno disse aos tipos que o Arménio Carlos é vice primeiro ministro ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 21:55:34
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.


Citar
acreditas em tangas do PCP, eh o teu direito
tu nao entendes a estrategia politica dos gajos e cais como um pato


Citar
o peixe que o PCP vende eh a utopia, nao vao querer estragar o negocio governando
por isso eh que o acordo eh uma tanga total, com aquele acordo o PCP esta na pratica na oposicao



Lá mais para trás, Camarada, não assim há tanto tempo, punhas as mãos no fogo pelo discurso do PCP, mas agora pareces defender o contrário.

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url])

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url])

É conforme te dá jeito?


nesse caso em particular punha as maos no fogo E TIVE RAZAO, como se veio a provar. porque nessa caso convinha a direccao do PCP dizer a verdade.

e agora digo que isso de quererem governar eh mentira e tb tenho razao, porque convem ao PCP mentir

o chave aqui eh perceber a estrategia do PCP.. as vezes eh bom para a direccao do PCP dizer a verdade, principalmente qd nao querem ser acusados de traidores a causa ideologica.
mas eu nunca disse que eles dizem sempre a verdade... quem diz isso eh o lark

ninguem diz sempre a verdade, ninguem mesmo e muito menos politicos. os comunistas nao sao especiais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-13 22:00:55
Neo, o PCP queria governar mas o PS recusou quando chegaram à alínea da criação dos gulags.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 22:04:35
Neo, o PCP queria governar mas o PS recusou quando chegaram à alínea da criação dos gulags.

eh mais ou menos isso... o PCP pode sempre dizer que queria governar muito a serio mas nao teve condicoes porque o PS nao aceitou sair da NATO e do EURO e nacionalizar a EDP e...
a culpa foi dos outros, mas eles queriam governar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 22:22:46
alias uma das coisas que o PCP disse 100x nos ultimos tempos foi algo do estilo "camaradas, descansem que nos nao queremos cargos "

implicando que se quisessem um lugar entao eh porque eram politicos desonestos..
eles nao querem governar com o PS, sao comunistas "honestos"... percebem ? e dai tambem a pressa do PCP para dizer a verdade sobre as negociacoes... eh exactamente pela mesma razao

isto eh tao obvio que fico impressionado com a vossa cegueira, mas eu ja estou habituado.. acreditem nas tretas que quiserem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 22:40:14
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.


Citar
acreditas em tangas do PCP, eh o teu direito
tu nao entendes a estrategia politica dos gajos e cais como um pato


Citar
o peixe que o PCP vende eh a utopia, nao vao querer estragar o negocio governando
por isso eh que o acordo eh uma tanga total, com aquele acordo o PCP esta na pratica na oposicao



Lá mais para trás, Camarada, não assim há tanto tempo, punhas as mãos no fogo pelo discurso do PCP, mas agora pareces defender o contrário.

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url])

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url])

É conforme te dá jeito?


nesse caso em particular punha as maos no fogo E TIVE RAZAO, como se veio a provar. porque nessa caso convinha a direccao do PCP dizer a verdade.

e agora digo que isso de quererem governar eh mentira e tb tenho razao, porque convem ao PCP mentir

o chave aqui eh perceber a estrategia do PCP.. as vezes eh bom para a direccao do PCP dizer a verdade, principalmente qd nao querem ser acusados de traidores a causa ideologica.
mas eu nunca disse que eles dizem sempre a verdade... quem diz isso eh o lark

ninguem diz sempre a verdade, ninguem mesmo e muito menos politicos. os comunistas nao sao especiais


Eu não sei se tens razão ou não (para mim, há neste assunto várias verdades, todas elas conciliáveis e explicáveis, até porque há vários momentos e contextos ao longo do tempo, e ao longo do qual os pressupostos foram mudando), o que estou a dizer é que mudaste de opinião quanto à qualidade do factor "verdade" no discurso do PCP. Antes era: "devias ouvir mais o PCP, são os únicos que dizem a verdade", e agora é "são uns tangas". Ou mudaste de opinião, ou defendes coisas opostas para caberem sempre na demonstração da tua razão, conforme o caso que vem à baila. 

Quanto ao ninguém diz sempre a verdade, e muito menos os políticos, de acordo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 22:45:54
Nem o Joao acredita que PCP queira ser governo  por causa dos sindicatos


do lado comunista está vítor mesquita, líder da actual direcção, mas que passou para a lista b: «é impossível separar a política do sindicalismo», registou numa reunião de direcção em outubro do ano passado, a cuja acta o sol teve acesso. joão pão, outro dirigente, criticava então «a postura ingerente da cgtp», chamando «a atenção para a mistura que se tem feito de política sindical e política partidária».

[url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url] ([url]http://www.sol.pt/noticia/72712/pcp-perde-for%C3%A7a-nos-sindicatos#close[/url])


É verdade que cheguei a pensar que o PCP não iria para o governo por causa dos sindicatos ou que, pelo menos, seria estranho se fosse para o governo. Mas isso não quer dizer que o PCP não quisesse ir. Acho que o PCP e BE queriam ir para o governo. Acredito na versão do Ricardo Costa, que as coisas se alteram depois do discurso do Cavaco, quando insistiu nas questões europeias e acusou os dois partidos de não serem europeístas. Essa versão bate certo com o que a líder do BE disse. Ela tb disse que não foi para o governo por causa das questões europeias. E esta não foi a primeira vez que o PCP se disponibilizou a ir para o governo. Em 87, tb se disponibilizou com PS e PRD, para tirar o PSD do governo, mas o presidente república da altura, Mário Soares, não deixou.


portanto tu acreditas em tudo o que os partidos te dizem, nao eh ? a tua prova eh "o PCP disse que sim".
O PCP nao pode governar e nao quer, eh bastante obvio porque. E nunca vai governar ate ao dia dos sonhos deles em que ganharem. E que coincidiria com a ultima eleicao.


Citar
acreditas em tangas do PCP, eh o teu direito
tu nao entendes a estrategia politica dos gajos e cais como um pato


Citar
o peixe que o PCP vende eh a utopia, nao vao querer estragar o negocio governando
por isso eh que o acordo eh uma tanga total, com aquele acordo o PCP esta na pratica na oposicao



Lá mais para trás, Camarada, não assim há tanto tempo, punhas as mãos no fogo pelo discurso do PCP, mas agora pareces defender o contrário.

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225720.html#msg225720[/url])

[url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url] ([url]http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4249.msg225743.html#msg225743[/url])

É conforme te dá jeito?


nesse caso em particular punha as maos no fogo E TIVE RAZAO, como se veio a provar. porque nessa caso convinha a direccao do PCP dizer a verdade.

e agora digo que isso de quererem governar eh mentira e tb tenho razao, porque convem ao PCP mentir

o chave aqui eh perceber a estrategia do PCP.. as vezes eh bom para a direccao do PCP dizer a verdade, principalmente qd nao querem ser acusados de traidores a causa ideologica.
mas eu nunca disse que eles dizem sempre a verdade... quem diz isso eh o lark

ninguem diz sempre a verdade, ninguem mesmo e muito menos politicos. os comunistas nao sao especiais


Eu não sei se tens razão ou não (para mim, há neste assunto várias verdades, todas elas conciliáveis e explicáveis, até porque há vários momentos e contextos ao longo do tempo, e ao longo do qual os pressupostos foram mudando), o que estou a dizer é que mudaste de opinião quanto à qualidade do factor "verdade" no discurso do PCP. Antes era: "devias ouvir mais o PCP, são os únicos que dizem a verdade", e agora é "são uns tangas". Ou mudaste de opinião, ou defendes coisas opostas para caberem sempre na demonstração da tua razão, conforme o caso que vem à baila. 

Quanto ao ninguém diz sempre a verdade, e muito menos os políticos, de acordo.


nao mudei de opiniao, ja expliquei.  e alias eu tinha razao, ja ficou comprovada a minha razao pois o acordo agora eh publico e o PCP estava mesmo a dizer a verdade.

mas eu nao disse nem acho que o PCP diz sempre a verdade, portanto posso dizer que o pcp tb diz mentiras sem que isso represente mudar de opiniao

fonix, a seguir vou ter de te explicar logica aristotelica
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 22:58:26
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade

Sim, Camarada, não usaste a palavra "sempre", lá nisso tens razão.  ;D

Não importa se "tiveste razão" quanto àquela situação ao não, importa esta frase em concreto.

Podes ir buscar o Aristóteles, o Sócrates  (o grego, não o 44, que esse também tem sempre razão), os Descartes, e mais o Mourinho, mas quem lê esta frase fica uma certa ideia da forma como "ouves" o PCP. "Devias ouvir mais" significa que há pelo menos op hábito regular de os ouvir, e "são os únicos que dizem a verdade" parece-me uma expressão objectivamente objectiva. Claro que agora podes negar, e dizer que não podemos interpretar dessa forma...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 23:10:43
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade

Sim, Camarada, não usaste a palavra "sempre", lá nisso tens razão.  ;D

Não importa se "tiveste razão" quanto àquela situação ao não, importa esta frase em concreto.

Podes ir buscar o Aristóteles, o Sócrates  (o grego, não o 44, que esse também tem sempre razão), os Descartes, e mais o Mourinho, mas quem lê esta frase fica uma certa ideia da forma como "ouves" o PCP. "Devias ouvir mais" significa que há pelo menos op hábito regular de os ouvir, e "são os únicos que dizem a verdade" parece-me uma expressão objectivamente objectiva. Claro que agora podes negar, e dizer que não podemos interpretar dessa forma...

eram os unicos que diziam a verdade sobre os acordos, sim. e tinha razao.

mas dai a inferir que eu acho que o PCP so diz a verdade.... eh preciso ser idiota ou querer muito provar uma falsidade.

estas chateado porque andei atras de ti por causa do numeros economicos do PS? eh para aprenderes a nao dizeres mentiras sobre o teu clube.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-13 23:12:12
Lá está, o que estás a dizer é o que anda na CS nos últimos dias.
Não compro essa versão.
As declarações do Jerónimo são num jogo de palavras para os menos atentos a dar a entender que estão a apoiar durante a legislatura. Por isso é que usam na mesma frase "formar governo" e "duradoura" e "legislatura". Tipo a dizer (para os menos atentos e com até com algum bias): " We got your back bro! All the way!".
Para os mais atentos fica claro. As políticas do PS é que têm que assegurar uma solução duradoura. O PCP em qualquer momento que queira pode rotular se as políticas adoptadas qualificam-se ou não.
Ou seja a responsabilidade está toda com o PS ...

sao os mais honestos mas tem fazer politica

se outros mentiram desde sempre o acordo so era por psd/cds abaixo...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 23:14:07
foram particularmente honestos porque a direccao estava a borrar-se de ser acusada de traidores e vendidos pelo poder
eh so entender o PCP, coisa que muita gente aqui nao entende

a meu crime eh acertar demasiado, depois tenho os nabos todos atras de mim
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 23:20:07
lark, em vez de acreditares no que te apetece e na propaganda do PS devias ouvir mais o PCP, sao os unicos que dizem a verdade

Sim, Camarada, não usaste a palavra "sempre", lá nisso tens razão.  ;D

Não importa se "tiveste razão" quanto àquela situação ao não, importa esta frase em concreto.

Podes ir buscar o Aristóteles, o Sócrates  (o grego, não o 44, que esse também tem sempre razão), os Descartes, e mais o Mourinho, mas quem lê esta frase fica uma certa ideia da forma como "ouves" o PCP. "Devias ouvir mais" significa que há pelo menos op hábito regular de os ouvir, e "são os únicos que dizem a verdade" parece-me uma expressão objectivamente objectiva. Claro que agora podes negar, e dizer que não podemos interpretar dessa forma...

eram os unicos que diziam a verdade sobre os acordos, sim.

e tinha razao. mas dai a inferir que eu acho que o PCP so diz a verdade.... eh preciso ser idiota ou querer muito provar uma falsidade

estas chateado porque andei atras de ti por causa do numeros economicos do PS? eh para aprenderes a nao dizeres falsidades.

Camarada, eu não estou chateado (tira isso da cabeça), mas por vezes gosto de debater a lógica da coisas e confrontar as pessoas com as sua contratições. Mal de mim se andasse a fazer birras infantis por causa daquilo que os outros escrevem.

E eu não disse falsidades (falsidade, neste caso, será acusar-me de dizer falsidades). O que sucedeu foi que não relacionei os números (em falta) sobre o crescimento com a noção de cenário macroeconómico, embora eu faça menção a essa falta quando mencionei o artigo. Há uma diferença, assim para o grande, entre um erro e uma mentira, embora admita que possam ser confundidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 23:21:19
a meu crime eh acertar demasiado, depois tenho os nabos derrotados todos atras de mim

Sim, o teu problema é acertades demasiado. Eheh  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-13 23:24:40
a meu crime eh acertar demasiado, depois tenho os nabos derrotados todos atras de mim

Sim, o teu problema é acertades demasiado. Eheh  ;D

sim, tu dizes falsidades. e a tua analise da minha frase eh a mais recente falsidade.

e estas sempre a errar: erraste nos numeros economicos do PS, erraste na natureza do acordo, erras a analisar uma frases simples, nao consegues perceber o que sao devolucoes de rendimento regressivas

eu diria que algo nao funciona bem nessa cabeca
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-13 23:33:24
eu diria que algo nao funciona bem nessa cabeca

claramente a cabeça que não funciona bem é a tua.
estás a comprar brigas e a embirrar com toda a gente.
não estás bem, isso é bastante claro.
se fosse a ti, fazia uma pausa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-13 23:36:00
a meu crime eh acertar demasiado, depois tenho os nabos derrotados todos atras de mim

Sim, o teu problema é acertades demasiado. Eheh  ;D

sim, tu dizes falsidades. e a tua analise da minha frase eh a mais recente falsidade.

e estas sempre a errar: erraste nos numeros economicos do PS, erraste na natureza do acordo, erras a analisar uma frases simples, nao consegues perceber o que sao devolucoes de rendimento reversivas

eu diria que algo nao funciona bem nessa cabeca

Não vou comentar, mas é só para que fique registado num post que não possas alterar mais tarde.

(continuo sem estar chateado contigo---não funciono dessa maneira)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 00:08:30
Obviamente ele queria dizer regressivas...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 00:10:20
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 00:14:14
Obviamente ele queria dizer regressivas...

ja editei. reversivo tb nao me parece assim tao longe, ehhe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 00:17:47
a meu crime eh acertar demasiado, depois tenho os nabos derrotados todos atras de mim

Sim, o teu problema é acertades demasiado. Eheh  ;D

sim, tu dizes falsidades. e a tua analise da minha frase eh a mais recente falsidade.

e estas sempre a errar: erraste nos numeros economicos do PS, erraste na natureza do acordo, erras a analisar uma frases simples, nao consegues perceber o que sao devolucoes de rendimento reversivas

eu diria que algo nao funciona bem nessa cabeca

Não vou comentar, mas é só para que fique registado num post que não possas alterar mais tarde.

(continuo sem estar chateado contigo---não funciono dessa maneira)

ui, ficou registrado... boa sebastiao, mais um grande pensamento
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 00:36:21
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 01:01:50
então?

é para ilegalizar o PCP e o BE outra vez?
olha que o post sobre o liberalismo está ali para ser lido.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 01:11:50
Obviamente ele queria dizer regressivas...

Nem tinha reparado nessa gralha, para dizer a verdade. Apenas sublinhei aqueles "argumentos" (são vários) na frase porque não sei onde o CNL os foi buscar, mas não foi aos meus posts.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 01:15:30
então?

é para ilegalizar o PCP e o BE outra vez?
olha que o post sobre o liberalismo está ali para ser lido.

L

O post já foi lido e ali e óbvio que o liberalismo acaba relativamente cedo naquela sequência.

Deve coincidir com o momento em que a palavra "Liberal" perdeu o seu sentido original.

E a liberdade de uns acaba onde começa a dos outros. O problema do PCP é que se tivesse poder absoluto, violaria a liberdade de generalidade das pessoas. Não faz muito sentido pensar que um liberal também tem que ser a favor dos malucos que lhe retiram (ou querem retirar) a liberdade (ou o matam).

O próprio PCP diz ao que vem.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zenith em 2015-11-14 01:19:33
Obviamente ele queria dizer regressivas...

Quando vi isso a bold no post do JS, achei o paleio um bocado pedante, mas esforcei-me por acreditar que não estava a repetir pela enesima  vez o óbvio mas a avisar que iam ser reversivas no sentido em que viriam impostos que iriam fazer reverter para a origem o dinheiro das devoluções  ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-14 01:28:38
Porque é que o PCP não começa já a organizar comunas onde vivam todos em harmonia com os principios do comunismo ? Tem medo que as pessoas façam fila à porta ? Ou precisam do dinheiro dos outros porque o sistema que defendem não vale um caracol ?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 01:30:44
Porque é que o PCP não começa já a organizar comunas onde vivam todos em harmonia com os principios do comunismo ? Tem medo que as pessoas façam fila à porta ? Ou precisam do dinheiro dos outros porque o sistema que defendem não vale um caracol ?

Por uma razão simples, na realidade e agora que penso nisso.

Porque nunca se chega ao comunismo. Primeiro é preciso passar pelo socialismo. O socialismo é literamente o "todos são iguais mas uns são mais iguais que outros". E isso não é compatível com comunas. Ou seja, os comunistas querem socialismo, e não há socialismo sem ter uns parvos para ficarem arbitrariamente por baixo, sob coerção. É o próprio conceito que é impossível só com voluntários.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 01:33:46
Porque é que o PCP não começa já a organizar comunas onde vivam todos em harmonia com os principios do comunismo ? Tem medo que as pessoas façam fila à porta ? Ou precisam do dinheiro dos outros porque o sistema que defendem não vale um caracol ?

Por uma razão simples, na realidade e agora que penso nisso.

Porque nunca se chega ao comunismo. Primeiro é preciso passar pelo socialismo. O socialismo é literamente o "todos são iguais mas uns são mais iguais que outros". E isso não é compatível com comunas. Ou seja, os comunistas querem socialismo, e não há socialismo sem ter uns parvos para ficarem arbitrariamente por baixo, sob coerção. É o próprio conceito que é impossível só com voluntários.

o comunismo funciona para pequenos grupos de pessoas, nao para grandes grupos

no fundo eh uma tentativa de voltar ao passado tribal, quando eramos macacos em grupos familiares de 100 pessoas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 01:40:01
este tópico está a ficar totalmente randiano.
qual é a obsessão com os comunistas?

o tópico não é sobre a nova assembleia e o novo governo?
não será melhor debater (se é que tal está a ser feito) num post dedicado?

está tudo reduzido ao papão comunista?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 01:47:07
este tópico está a ficar totalmente randiano.
qual é a obsessão com os comunistas?

o tópico não é sobre a nova assembleia e o novo governo?
não será melhor debater (se é que tal está a ser feito) num post dedicado?

está tudo reduzido ao papão comunista?

L

Bem, o "papão comunista" diluído já vai ser o suficiente para atrasar um pouco mais o povo Português.

O "papão comunista" é um papão real, é praticamente a única variável mais potente que a inteligência para determinar o nível de vida de um povo (entenda-se por "comunismo" a ausência de uma economia de mercado e de capitalismo). E consegue ser tão mau ao ponto de, tomado puro, matar milhões de pessoas à fome.

É um papão considerável. É debatível se existe sequer algum papão maior.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 01:48:31
Porque é que o PCP não começa já a organizar comunas onde vivam todos em harmonia com os principios do comunismo ? Tem medo que as pessoas façam fila à porta ? Ou precisam do dinheiro dos outros porque o sistema que defendem não vale um caracol ?

Por uma razão simples, na realidade e agora que penso nisso.

Porque nunca se chega ao comunismo. Primeiro é preciso passar pelo socialismo. O socialismo é literamente o "todos são iguais mas uns são mais iguais que outros". E isso não é compatível com comunas. Ou seja, os comunistas querem socialismo, e não há socialismo sem ter uns parvos para ficarem arbitrariamente por baixo, sob coerção. É o próprio conceito que é impossível só com voluntários.

o comunismo funciona para pequenos grupos de pessoas, nao para grandes grupos

no fundo eh uma tentativa de voltar ao passado tribal, quando eramos macacos em grupos familiares de 100 pessoas

Curiosamente essa interpretação é consistente com a minha teoria dos "pré-agrários".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 01:56:52
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior

Porque um dos pilares fundamentais de um sistema democrático, por definição, é aceitar a liberdade de opiniões, mesmo as que "não são compatíveis".  "defender tal coisa" entra nesta definição. Alías, a liberdade de defender qualquer coisa devia entrar nesta definição, por mais paradoxal que a ideia possa ser.

Incognitus, aquilo que estas a defender (ou pelo menos a interrogar-te) está muito mais próximo de um sistema "controlado", em que, legalmente, estás proíbido de defender muitas "coisas". Não só estás proibido, como és severamente punido se o fizeres.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 01:59:13
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior

Porque um dos pilares fundamentais de um sistema democrático, por definição, é aceitar a liberdade de opiniões, mesmo as que "não são compatíveis".  "defender tal coisa" entra nesta definição. Alías, a liberdade de defender qualquer coisa devia entrar nesta definição, por mais paradoxal que a ideia possa ser.

Incognitus, aquilo que estas a defender (ou pelo menos a interrogar-te) está muito mais próximo de um sistema "controlado", em que, legalmente, estás proíbido de defender muitas "coisas". Não só estás proibido, como és severamente punido se o fizeres.

até de pensar.... tipo minority report

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 02:02:18
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior

Porque um dos pilares fundamentais de um sistema democrático, por definição, é aceitar a liberdade de opiniões, mesmo as que "não são compatíveis".  "defender tal coisa" entra nesta definição. Alías, a liberdade de defender qualquer coisa devia entrar nesta definição, por mais paradoxal que a ideia possa ser.

Incognitus, aquilo que estas a defender (ou pelo menos a interrogar-te) está muito mais próximo de um sistema "controlado", em que, legalmente, estás proíbido de defender muitas "coisas". Não só estás proibido, como és severamente punido se o fizeres.

Ah, mas o problema não é a liberdade de opiniões. Aí é que está a diferença.

O comunismo, eu não tenho problema NENHUM com ele. O problema é mesmo com os comunistas defenderem, advogarem, IMPOR o comunismo. É isso que deve ser proibido, não o comunismo em si.

Esse tipo de restrição à liberdade não deve ser possível NEM em democracia e pela vontade da maioria do povo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 02:04:18
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior

Porque um dos pilares fundamentais de um sistema democrático, por definição, é aceitar a liberdade de opiniões, mesmo as que "não são compatíveis".  "defender tal coisa" entra nesta definição. Alías, a liberdade de defender qualquer coisa devia entrar nesta definição, por mais paradoxal que a ideia possa ser.

Incognitus, aquilo que estas a defender (ou pelo menos a interrogar-te) está muito mais próximo de um sistema "controlado", em que, legalmente, estás proíbido de defender muitas "coisas". Não só estás proibido, como és severamente punido se o fizeres.

Ah, mas o problema não é a liberdade de opiniões. Aí é que está a diferença.

O comunismo, eu não tenho problema NENHUM com ele. O problema é mesmo com os comunistas defenderem, advogarem, IMPOR o comunismo. É isso que deve ser proibido, não o comunismo em si.

a questao eh se devem ser legais partidos que tem por objectivo destruir a democracia e destruir a mesma liberdade que voces tanto prezam e usam nos argumentos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 02:10:30
O PCP diz sempre a verdade. Até diz que quer fazer disto um pais socialista a caminho do comunismo. E como essas coisas não são compatíveis com democracia, é de uma pessoa se perguntar porque é que é sequer possível defender tal coisa legalmente.

porque ilegalizar pode ser pior

Porque um dos pilares fundamentais de um sistema democrático, por definição, é aceitar a liberdade de opiniões, mesmo as que "não são compatíveis".  "defender tal coisa" entra nesta definição. Alías, a liberdade de defender qualquer coisa devia entrar nesta definição, por mais paradoxal que a ideia possa ser.

Incognitus, aquilo que estas a defender (ou pelo menos a interrogar-te) está muito mais próximo de um sistema "controlado", em que, legalmente, estás proíbido de defender muitas "coisas". Não só estás proibido, como és severamente punido se o fizeres.

Ah, mas o problema não é a liberdade de opiniões. Aí é que está a diferença.

O comunismo, eu não tenho problema NENHUM com ele. O problema é mesmo com os comunistas defenderem, advogarem, IMPOR o comunismo. É isso que deve ser proibido, não o comunismo em si.

Esse tipo de restrição à liberdade não deve ser possível NEM em democracia e pela vontade da maioria do povo.

Essa é uma questão bem mais complexa. Estou concordante contigo, mas não deixamos de sair do paradoxo democrático---aqui num extremo hipotético em que um partido comunista ganharia as eleições com margem suficiente para alterar a constituição e derrubar um sistema democrático. Mas parece-me que é uma hipótese tão remotamente improvável, e tão anti-conceptual,  que não há realmente necessidade de ser acautelada (IMO). Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a próproa ideia de votar em democracia?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 02:13:49
muito antes do PCP obter votos para alterar a constituicao ja tinhas visto uma revolucao por via armada
achas que vao alterar a constituicao? eheh
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 02:14:47
o grande heroi Che  nao foi para la com votos nem discurços
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 02:15:23
Citar
Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a próproa ideia de votar em democracia?

Uns 20% já votam assim entre BE e PCP (assumindo que  no limite o BE poderia apoiar uma tal coisa) ... bastaria um líder maluco no PS para chegar ao limite ...  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 02:17:47
ha muitos socialistas como o jsebastiao que sao bem intencionados mas nao percebem o que eh o PCP
acham que e o irmao mais a esquerda do PS, com aquele senhor bondoso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 02:19:48
é para ilegalizar o BE e o PCP então?
já começaram a tratar da petição?
L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 02:21:45
o PCP nao tem nenhuma posicao de principio contra a NATO como fingem ter... eles nao tinham problemas com o pacto de varsovia

o problema deles eh que sabem que enquanto portugal estiver na NATO uma revolucao comunista eh ainda mais improvavel

eles estao sempre a pensar na revolucao, eh como os arabes e o ceu cheio de virgens
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 02:25:45
é para ilegalizar o BE e o PCP então?
já começaram a tratar da petição?
L

Nah, só quando começarem a matar pessoas, o que até pode nem acontecer que os Portugueses são brandos.

Mas entre movimentos guerrilheiros comunistas e movimentos equivalentes muçulmanos, devem concentrar-se aí 95%+ dos malucos violentos deste mundo. Não deixa de ser curioso o ponto de encontro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 02:26:36
(http://1.bp.blogspot.com/-bYi5S68G-XU/UgwiNy-yMJI/AAAAAAAATXE/yUGrYJEUGeU/s1600/Che+Guevara+48,+patrimonio+de+Humanidade.jpg)

so falta um lider como este unir esquerda toda   

(ja vi socialistas do ps com foto deste na t shirt)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-14 10:44:29
eu nao acho nada obvio que o cavaco indigite o Kosta, para mim eh 50/50. este acordo eh uma palhacada


.....concordo. Veremos o que o "queixadas", no meio da sua "letargia" habitual........fará ?........eh.eh.... :-\


....ora cá está.....eh.eh......camarada Neo-suiço-liberal........acertaste ! PAF ! PIM ! PAM ! PUM !


Citar
Cavaco pondera não indigitar Costa

13 Novembro, 2015 por ZAP
 
  indigitação de António Costa como primeiro-ministro parece ser o único caminho que Cavaco Silva tem pela frente, mas não é exactamente assim, e o Presidente da República estará a ponderar não indigitar o governo socialista.

A SIC Notícias cita “várias fontes” para realçar que Cavaco Silva “tem muitas dúvidas sobre a viabilidade dos entendimentos feitos pelo PS com os partidos de esquerda”.

De acordo com esta estação, o Presidente da República poderá “exigir um tipo de acordo diferente e muito mais aprofundado”.

Cavaco Silva prossegue esta sexta-feira as reuniões com os parceiros sociais, antes de tomar uma decisão final.

Nos encontros que já manteve “fez perguntas sobre a possibilidade de manter um governo de gestão até ao Verão”, apurou a SIC Notícias.

O Presidente da República terá dúvidas quanto aos reais efeitos do programa de governo socialista no crescimento da economia e ainda receios relativamente às leis laborais.

Cavaco Silva, que já sondou os patrões, vai falar esta sexta-feira com a Arménio Carlos, da CGTP, e com Carlos Silva, da UGT. Tem ainda agendada uma audição com o presidente do Conselho Económico e Social, Luís Filipe Pereira, e com elementos da Associação de Empresas Familiares.

No início da próxima semana, o Presidente da República vai de visita à Madeira e, no regresso, pretende ouvir mais individualidades.

Depois será ainda necessário auscultar os partidos com lugar no Parlamento.

Assim, na melhor das hipóteses, só no final da próxima semana é que haverá uma decisão.

Pela frente, Cavaco Silva tem a possibilidade de indigitar António Costa, de manter Passos Coelho num governo de gestão ou de optar por um governo de iniciativa presidencial.

Petição contra governo do PS com apoio de BE e PCP

Para mais de 30 mil portugueses, é certo que o Presidente não deve dar posse a um governo socialista com o apoio de Bloco de Esquerda e PCP.

É esse o número de pessoas que já assinou uma petição que visa “não permitir um Governo do Partido Socialista com apoio de partidos extremistas (PCP e BE)”, conforme se pode ler no texto publicado no site Petição Pública.

Os autores da petição ainda evidenciam a “sede de poder incomensurável” de António Costa que “até se coliga com partidos da extrema esquerda para atingir o seu objectivo de ser primeiro-ministro esquecendo-se dos interesses de Portugal”.

No mesmo texto nota-se que só um governo de gestão ou de iniciativa presidencial “poderá manter o nosso país credível na Europa e no Mundo” e que só esse caminho será “justo para os portugueses que exerceram o seu direito de voto no dia 4 de Outubro”.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-14 10:53:27
Só existe uma forma para a coligação de Esquerda ter vantagem política:

- um acordo PCP/BE/PS ,assinado, em que cada um dos partidos se compromete a
aprovar os 4 orçamentos.

Se não existir um acordo destes a coligação de Esquerda é tão instável como a de Direita.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-14 11:25:02
Independentemente do PCP e BE terem dito primeiro que se disponibilizavam para ir para o governo, na solução governativa apresentada, eles estão de fora, e comprometeram-se com um acordo de incidência parlamentar com o PS. Se o BE e CDU disseram a verdade ou não, inicialmente, não me interessa discutir.

Faço, no entanto, uma correção ao que disse que me parece mais interessante. Em 87, a solução governativa que o Soares rejeitou foi a do PS e PRD irem para o governo, com um acordo de incidência parlamentar com o PCP. Quer dizer que, a solução atual e a anterior, que foi rejeitada por Soares, têm em comum o acordo de incidência parlamentar com o PCP, e que, se o Cavaco decidir rejeitar pode justificar-se com as mesmas palavras que o Soares usou.

Existe, no entanto, a diferença do Cavaco não poder marcar eleições e de o Costa ter recusado para já a proposta do Passos de uma revisão constitucional extraordinária para possibilitar eleições.

Eu acho que se o Cavaco decidisse não dar posse ao Costa, os partidos de esquerda, depois de fazerem muito barulho, aceitariam a proposta do Passos, mas não sei se o Cavaco vai arriscar nesse sentido. Neste momento, o consenso é de que o Cavaco dar posse ao Costa.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-14 11:39:20
Só existe uma forma para a coligação de Esquerda ter vantagem política:

- um acordo PCP/BE/PS ,assinado, em que cada um dos partidos se compromete a
aprovar os 4 orçamentos.

Se não existir um acordo destes a coligação de Esquerda é tão instável como a de Direita.
Tu pedes logo 4 orçamentos mas o Jerónimo de Sousa, ontem, nem o orçamento de 2016 confirmou. Ah e tal temos de ver as medidas que inclui, blá, blá, blá.
E pelas costas do PS já apresentaram o projecto de reversão da venda da TAP.
Do outro lado temos a Catarina a martelar o Centeno com a questão da dívida e o Centeno com as ideias da conciliação laboral em clara afronta à CGTP.

Enfim, ainda não há governo e já a situação tá linda.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-14 11:44:24
Não concordo com governo de gesão, mas só para ver os galambas e as moreiras a espumar de raiva, já valeria a pena.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 11:44:43
Independentemente do PCP e BE terem dito inicialmente que se disponibilizavam para ir para o governo, na solução governativa apresentada eles estão de fora e “comprometeram-se” com um acordo de incidência parlamentar com o PS. Se o PCP e BE disseram a verdade ou não inicialmente, não me interessa discutir


es teimoso :D


ate no orçamento desde ano que e de abundancia nao se entendem 

quando for vacas magras entao nem se fala

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 12:18:38
"Faço, no entanto, uma correção ao que disse que me parece mais interessante. Em 87, a solução governativa que o Soares rejeitou foi a do PS e PRD irem para o governo com um acordo de incidência parlamentar com o PCP. "
-----------------------

obrigado joao por corrigires que o PCP nao queria ir para o governo tambem em 1987, o lark tb apreciara
o PCP nunca quis nem nunca ira para o governo, eu ja expliquei porque.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-14 12:25:05
Camarada Neo-Liberal, não sei se os teus pais te ensinaram assim, mas faltas constantemente ao respeito às pessoas. Parece-me que o único motivo pq não és banido é porque o Incognitus é da mesma direita que tu.
O Incognitus já baniu pessoas de esquerda por muito menos do que tu tens feito. E cada vez fazes pior e nada te acontece.

Reg, não me interessa discutir qual o grau de comprometimento dos acordos de incidência parlamentar que foram assinados. Os acordos de incidência parlamentar são um facto. E quem os vai avaliar é o presidente da republica e não eu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-14 12:35:41
O Cavaco disse que tinha todos os cenários estudados. Não se percebe a demora em resolver isto. Afinal estudou pouco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-14 12:36:42
é para ilegalizar o BE e o PCP então?
já começaram a tratar da petição?
L

Nah, só quando começarem a matar pessoas, o que até pode nem acontecer que os Portugueses são brandos.

Mas entre movimentos guerrilheiros comunistas e movimentos equivalentes muçulmanos, devem concentrar-se aí 95%+ dos malucos violentos deste mundo. Não deixa de ser curioso o ponto de encontro.

O regime comunista da URSS e os seus "apadrinhados" fizeram coisas inqualificáveis. Toda a gente devia ter uma clara noção do que se passou. Dos crimes cometidos, o desrespeito aterrador pela vida humana, o menosprezo pela vontade individual.
Os muçulmanos extremistas em termos de escala parece-me que estão muito longe. Em termos de ideologia e violência e desrespeito pelas liberdades, são inqualificáveis também.
E não esquecer que muitos dos estados que têm um peso enorme no desenrolar dessa violência têm a benção (e por vezes apoio) de países ocidentais.
Os próprios países Ocidentais, principalmente os USA, UK e França, no período pós WWI tem umas centenas de milhar (para não dizer mais) de mortos que derivam directamente das suas políticas e intervenções no terreno.

Não estou a colocar no mesmo patamar. Que isso fique bem claro.
Eu detesto o Leninismo/Estalinismo e os seus aparentados. Odeio visceralmente.
Mas não vamos dizer que os nossos regimes são fofinhos e só com virtudes.
O problema é sempre o mesmo.
Excesso de poder descarrila sempre em acções inqualificáveis.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 12:45:55
Camarada Neo-Liberal, não sei se os teus pais te ensinaram assim, mas faltas constantemente ao respeito às pessoas. Parece-me que o único motivo pq não és banito é porque o Incognitus é da mesma direita que tu.
O Incognitus já baniu pessoas de esquerda por muito menos do que tu tens feito. E cada vez fazes pior e nada te acontece.

Reg, não me interessa discutir qual o grau de comprometimento dos acordos de incidência parlamentar que foram assinados. Os acordos de incidência parlamentar são um facto. E quem os vai avaliar é o presidente da republica e não eu.

João:
1) Não sou necessariamente de direita, e não sou de extrema direita. O debate aqui geralmente é entre uma maior componente de individualismo e colectivismo, e não tanto direita/esquerda. A direita consegue igualmente ser colectivista.
2) Dizes ou implicas novamente que sou de extrema direita e és banido directamente simplesmente porque isso é um insulto grave, no nosso contexto cultural.
3) As pessoas que bani não eram só de esquerda, o JAM era um militante do PSD até dentro das estruturas locais do partido. A Luísa era uma maluca comunista sem conserto. O vbm genericamente não conseguia absorver factos. O Lark está sempre na corda bamba porque TAMBÉM não consegue absorver factos. Não falo de opiniões, falo de factos simples e constatáveis. A tolerância para o Lark é muito maior do que foi para o vbm, JAM e Luísa porque o Lark tem coisas positivas para contribuir para o fórum, tanto no aspecto político-económico como em termos de mercados, como noutros tipos de opinião. O vbm o que tinha a seu favor era ser uma pessoa agradável, que no meu ver não era o suficiente, pois continuamente avançava opiniões propagandísticas populares em forte contraste com os factos, e depois não absorvia os factos quando lhe eram apresentados, repetindo o mesmo género de propaganda populista algum tempo mais tarde.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-14 12:47:36
Quem acredita na versão de que o BE e o PCP queriam mesmo ir para o governo, que argumentos consegue dar-me para contrariar o seguinte:

O PS não conseguiria formar governo sem os deputados da CDU e BE.
Se o PCP ou o BE fizessem "finca pé" e colocassem esse factor como essencial para o acordo avançar, que opção teria AC?
Se a população deposita 18,5% dos votos (19,9% com o PAN) e elege 36 deputados (37 com o PAN), e esses partidos afirmam constantemente a importância que tal demonstra; o crédito que a população neles depositou, teriam toda a legitimidade de participar no governo.
Se fosse realmente a sua intenção, colocariam AC numa situação de "vai ou racha". E AC nada mais poderia fazer que atribuir ministérios, secretarias de estado, etc.
Se tal não aconteceu, foi porque estes partidos assim não o quiseram.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-14 12:52:47
Camarada Neo-Liberal, se a tua intenção é fazer as pazes, como disseste por mensagem privada, não faças teatro para as pessoas verem. Tens menos graça do que pensas. E não sejas cobarde. Quando faltas ao respeito às pessoas não edites as mensagens depois.

Não tenho interesse em discutir se o PCP quis ou não ir para o governo. Eu continuo a achar que queria, mas que isso seria praticamente impossível, sendo o Cavaco presidente da república. Se o presidente da república fosse alguém de esquerda, como o Sampaio da Nóvoa, já seria mais provável de acontecer.
Mas isso é uma opinião e podes ter uma opinião diferente. O facto é que o líder do PCP se disponibilizou a ir para o governo na campanha eleitoral. E que eu não inventei quando disse isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 13:21:59
muito antes do PCP obter votos para alterar a constituicao ja tinhas visto uma revolucao por via armada
achas que vao alterar a constituicao? eheh

Citar
ha muitos socialistas como o jsebastiao que sao bem intencionados mas nao percebem o que eh o PCP
acham que e o irmao mais a esquerda do PS, com aquele senhor bondoso

Camarada irreversível, achas que eu acho que os comunistas "vão alterar a constituição"? Achas que eu acho que o PCP vai obter votos para alterar a constituição? Achas que a minha mensagem tinha como sentido apontar esse cenário como uma "probabilidade"?

Mais, achas que eu acho que o Jerónimo é aquele senhor bondoso que estende a mão altruísta e desiteressada ao António?

Se é isto que retiras das minhas intervenções, então a tua capacidade analítica está pior do que imaginava.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 13:27:20
Citar
Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a própria ideia de votar em democracia?

Uns 20% já votam assim entre BE e PCP (assumindo que  no limite o BE poderia apoiar uma tal coisa) ... bastaria um líder maluco no PS para chegar ao limite ...  :D

Um líder maluco no PS a querer impor um regime comunista e um término à democracia socialista? Pois, concordo, bastaria.

Q.E.D.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 13:31:32
Citar
Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a própria ideia de votar em democracia?

Uns 20% já votam assim entre BE e PCP (assumindo que  no limite o BE poderia apoiar uma tal coisa) ... bastaria um líder maluco no PS para chegar ao limite ...  :D

Um líder maluco no PS a querer impor um regime comunista e um término à democracia socialista? Pois, concordo, bastaria.

Q.E.D.

Se esse líder ficasse no cadeirão às tantas não se importava ...  :D

Atenção que o nome correcto não é sequer "regime comunista". O nome correcto é "regime socialista". O socialismo é um passo em direcção ao comunismo, mas o comunismo em si é inatingível, porque nenhum socialista bem colocado o deseja. Na realidade o Partido Socialista faria bem em mudar de nome, porque o que defende NÃO é o socialismo. Quem defende o socialismo são o PCP e BE. O seu objectivo primário -- literalmente, no PCP -- é estabelecer um regime socialista.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 13:47:28
Citar
Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a própria ideia de votar em democracia?

Uns 20% já votam assim entre BE e PCP (assumindo que  no limite o BE poderia apoiar uma tal coisa) ... bastaria um líder maluco no PS para chegar ao limite ...  :D

Um líder maluco no PS a querer impor um regime comunista e um término à democracia socialista? Pois, concordo, bastaria.

Q.E.D.

Se esse líder ficasse no cadeirão às tantas não se importava ...  :D

Atenção que o nome correcto não é sequer "regime comunista". O nome correcto é "regime socialista". O socialismo é um passo em direcção ao comunismo, mas o comunismo em si é inatingível, porque nenhum socialista bem colocado o deseja. Na realidade o Partido Socialista faria bem em mudar de nome, porque o que defende NÃO é o socialismo. Quem defende o socialismo são o PCP e BE. O seu objectivo primário -- literalmente, no PCP -- é estabelecer um regime socialista.

Hmmm... penso que a definição de "socialismo" é abrangente o suficiente para lá caberem uma série de opiniões, a ponto de serem quase contraditórias. Eu percebo o que estás a defender, mas penso que o "Socialista" na sigla PS não é descabida, e deriva de um contexto histórico bem delineado.

Ainda não transcrevi para aqui os tais preambulos da constituição, de acordo com aquilo que seriam as intenções dos partidos originais da Constituinte, mas com esse post fizeste-me lembrar de uma interveção do Vital Moreira (PCP) a propósito da definição de "Socialismo"---e dos vários "usos" que dela eram feitos em conformidade com as ideologias dos partidos. Vou ver se encontro para transcrever para aqui (mais logo...  :P)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 13:51:03
O problema está em que já faz parte da definição de socialismo a ausência de propriedade privada, nomeadamente dos meios de produção.

Faz parte da definição. Não se consegue ser a favor de "socialismo" sem ser a favor disso, a menos que se seja a favor de outra coisa qualquer que não socialismo.

Obviamente a esmagadora maioria (a quase totalidade) das pessoas que se dizem socialistas, são na realidade social-democratas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 14:14:28
O PCP so aceita os privados  do minifúndio burgues  foi unico progresso serio que fez 40 anos  :D
Assim, quando ouvirem falar em minifundios lembrem-se que esta palavra e talvez a que define da melhor maneira o Norte de Portugal. Tanto a paisagem como, as terras, a mentalidade, cultura e casmurrice política. :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-14 14:45:49
O problema está em que já faz parte da definição de socialismo a ausência de propriedade privada, nomeadamente dos meios de produção.

Faz parte da definição. Não se consegue ser a favor de "socialismo" sem ser a favor disso, a menos que se seja a favor de outra coisa qualquer que não socialismo.

Obviamente a esmagadora maioria (a quase totalidade) das pessoas que se dizem socialistas, são na realidade social-democratas.

Depende de quem criou a definição. Se falarmos da definição de Marx sim.
Mas havia outros socialistas, outras correntes, a aí já não é bem assim.
Houve claramente clivagem entre aqueles que defendiam uma via revolucionária para introduzir o socialismo e os que acreditavam numa via evolutiva (democrática até).
Um caso será o "Programa de Gotha" de 1875 quando ocorreu a fusão de dois partidos proletários alemães, para formar o Partido Social-Democrata dos Trabalhadores. (penso que trata-se do SPD ??)
Aliás Marx escreve uma crítica directa a esse mesmo programa, já que tinha uma visão muito diferente do que deveria ser o "caminho para o socialismo".
Os mais moderados, rapidamente entenderam que dificilmente conseguiriam construir um sistema totalmente novo, que substituísse o capitalismo e aceitaram economias mistas.
Os socialistas revolucionários, são os que associamos a "comunistas".

Em 1889 foi fundada a "Segunda Internacional". Na verdade ocorreram duas conferências em Paris, uma marxista e uma "não-marxista".
Keir Hardie, do Partido Trabalhista Britânico assistiu a ambas.
Vejam o que ele escreveu a Engels pouco antes dos encontros em Paris (Engels esteve presente na abertura da conferência, Marx já tinha morrido):
(os britânicos)  "são um povo bastante sólido, muito práticos, e que não têm tendência para construir castelos no ar"

(basicamente "goza" com ele, dando a entender que a solução de Engels e Marx é uma utopia)

Já em Paris e na conferência marxista disse:
" em Inglaterra ninguém acredita em outros métodos para alcançar a melhoria das condições que não as pacíficas"

Logo havia divisões. Visões diferentes entre o que deveria ser o socialismo.

Lenine pega na versão marxista e revolucionária, pois tinha um czar para derrubar. Ao implementar tal regime num estado com aquelas dimensões, mais os que lhe seguiram, é fácil associar socialismo aquilo que ele implementou.
Mas claramente não era a única via.
Não deixa de ser paradoxal, que numa economia eminentemente agrária, a revolta seja liderada por uma camada de operários. E que essa mesma população agrária, seja a camada que acaba por pagar um preço astronômico pela revolução.
Na China, outra sociedade agrária, o campesinato paga novamente um preço altíssimo.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 14:59:22
Visões diferentes entre o que deveria ser o socialismo

tevemos nos no PREC

grandes debates do cunhal e soares queriam lideram povo forma diferente

o debate do povo

https://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM (https://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM)
37 anos depois
https://www.youtube.com/watch?v=MVZvdk1o0cg (https://www.youtube.com/watch?v=MVZvdk1o0cg)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-14 15:48:25
Obviamente a esmagadora maioria (a quase totalidade) das pessoas que se dizem socialistas, são na realidade social-democratas.
Até muitos dos comunistas porque o dia em que lhes pedissem para colocar a casinha e o terreno em nome da comunidade acabava-se logo o comunismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-14 15:53:36
Se fosse realmente a sua intenção, colocariam AC numa situação de "vai ou racha". E AC nada mais poderia fazer que atribuir ministérios, secretarias de estado, etc.
Se tal não aconteceu, foi porque estes partidos assim não o quiseram.

Também podem ter a consciência que as exigências seriam tão grandes que o PS jamais as aceitaria (desde logo no PCP passaria por nacionalizações e coisas do género - duvido que tenham tentado, sequer, abordar essas hipóteses com o PS). Daí terem optado por ficar de fora.

Mas, claro, se quisessem ir para o governo teriam ido sem dificuldade, desde que tivessem exigências não muito radicais, o que não é difícil. O Costa dar-lhe-ia tudo dentro do razoável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 17:37:44
Citar
Isto é, quem, numa democracia, votaria democraticamente contra a própria ideia de votar em democracia?


Uns 20% já votam assim entre BE e PCP (assumindo que  no limite o BE poderia apoiar uma tal coisa) ... bastaria um líder maluco no PS para chegar ao limite ...  :D


Um líder maluco no PS a querer impor um regime comunista e um término à democracia socialista? Pois, concordo, bastaria.

Q.E.D.


Se esse líder ficasse no cadeirão às tantas não se importava ...  :D

Atenção que o nome correcto não é sequer "regime comunista". O nome correcto é "regime socialista". O socialismo é um passo em direcção ao comunismo, mas o comunismo em si é inatingível, porque nenhum socialista bem colocado o deseja. Na realidade o Partido Socialista faria bem em mudar de nome, porque o que defende NÃO é o socialismo. Quem defende o socialismo são o PCP e BE. O seu objectivo primário -- literalmente, no PCP -- é estabelecer um regime socialista.


Hmmm... penso que a definição de "socialismo" é abrangente o suficiente para lá caberem uma série de opiniões, a ponto de serem quase contraditórias. Eu percebo o que estás a defender, mas penso que o "Socialista" na sigla PS não é descabida, e deriva de um contexto histórico bem delineado.

Ainda não transcrevi para aqui os tais preambulos da constituição, de acordo com aquilo que seriam as intenções dos partidos originais da Constituinte, mas com esse post fizeste-me lembrar de uma interveção do Vital Moreira (PCP) a propósito da definição de "Socialismo"---e dos vários "usos" que dela eram feitos em conformidade com as ideologias dos partidos. Vou ver se encontro para transcrever para aqui (mais logo...  :P)


Praticamente todas as definições de socialismo que se conseguem encontrar correntemente são consensuais em excluir a propriedade privada, ou pelo menos a propriedade dos meios de produção.



Citar
socialism
      noun so·cial·ism \ˈsō-shə-ˌli-zəm\
: a way of organizing a society in which major industries are owned and controlled by the government rather than by individual people and companies
Full Definition of SOCIALISM

1
:  any of various economic and political theories advocating collective or governmental ownership and administration of the means of production and distribution of goods
2
a :  a system of society or group living in which there is no private property
b :  a system or condition of society in which the means of production are owned and controlled by the state
3
:  a stage of society in Marxist theory transitional between capitalism and communism and distinguished by unequal distribution of goods and pay according to work done


http://www.merriam-webster.com/dictionary/socialism (http://www.merriam-webster.com/dictionary/socialism)


-----------

Eu não tenho paciência para ir post a post ver quem levou o debate para onde ele estava a ir, portanto apaguei 2 páginas inteiras de posts. Contenham-se, todos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 17:46:46
tem-se falado muito de espantalhos.

Strawmanning
A type of trolling where the Troller attempts to pwn someone by claiming something they said means something totally different to what that actually meant.
Innocent Person: "I think it is important that school children wear school uniforms".

Strawmanning Person: "Hitler believed in people wearing uniforms, are you trying to make all children Nazis?"

Innocent Person: No, that is not at all what I meant!

Strawmanning Person: Ha! I owned you!

O PCP está a mostrar ser o maior espantalho de todos os tempos.
ninguém, que eu saiba, aqui é comunista.
no entanto, uma enorme quantidade de posts são destinados a fazer passar um bom número de users por comunistas.
o objectivo não é claro e porventura que usa o espantalho comunista não sabe bem o que realmente quer fazer com ele.
atacar liberais? social-democratas? as intenções são dúbias. não porque estejam dissimuladas. mais porque não há intenção para lá a de esmurrar figuradamente alguns users mais liberais ou social-democratas do forum.

é, no entanto, uma conhecida falácia e forma de trolling.
que tem sido usada de uma forma espantosamente prolífica nestas conversas (dificilmente posso chamar debate a isto) que aqui temos tido.

Straw man
From Wikipedia, the free encyclopedia

A straw man is a common form of argument and is an informal fallacy based on giving the impression of refuting an opponent's argument, while actually refuting an argument which was not advanced by that opponent.

The so-called typical "attacking a straw man" argument creates the illusion of having completely refuted or defeated an opponent's proposition by covertly replacing it with a different proposition (i.e., "stand up a straw man") and then to refute or defeat that false argument ("knock down a straw man") instead of the original proposition.

This technique has been used throughout history in polemical debate, particularly in arguments about highly charged emotional issues where a fiery, entertaining "battle" and the defeat of an "enemy" may be more valued than critical thinking or understanding both sides of the issue.


O PCP devia chamar-se PEP. Partido espantalho português.

L

volto a postar o tópico porque deve ter sido apagado por engano.
foi na enxurrada.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 17:50:02
social democracy
     
: a political movement that uses principles of democracy to change a capitalist country to a socialist one

: a country that uses both capitalist and socialist practices

merriam-webster (http://www.merriam-webster.com/dictionary/social%20democracy)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 17:52:09
social democracy
     
: a political movement that uses principles of democracy to change a capitalist country to a socialist one

: a country that uses both capitalist and socialist practices

merriam-webster ([url]http://www.merriam-webster.com/dictionary/social%20democracy[/url])

L


Portanto bebe um pouco de ambas, como já sabíamos. O socialismo não bebe um pouco de ambas, ao eliminar a propriedade privada ou a propriedade privada dos meios de produção, exclui o capitalismo. Exclui também o desenvolvimento e leva ao colapso económico, claro.

---------

Já agora a definição toda era esta:

Citar
Full Definition of SOCIAL DEMOCRACY

1
:  a political movement advocating a gradual and peaceful transition from capitalism to socialism by democratic means
2
:  a democratic welfare state that incorporates both capitalist and socialist practices


O socialismo acaba por ser o pior do capitalismo e comunismo. Nem há igualdade, nem há desenvolvimento.

Outra coisa, uma coisa é a tentativa de levar a coisa para o socialismo (mesmo na parte da definição que destacas) outra é SER socialismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 17:58:14
social democracy
     
: a political movement that uses principles of democracy to change a capitalist country to a socialist one

: a country that uses both capitalist and socialist practices

merriam-webster ([url]http://www.merriam-webster.com/dictionary/social%20democracy[/url])

L


a pretensão da social-democracia em criar uma sociedade socialista, é evidente.
o socialismo, defendido pelos sociais democratas, não implica a ausência do direito à propriedade ou a inexistencia de uma economia de mercado.
é, não obstante, socialismo.

por isso os partidos social-democratas se chamam maioritariamente socialistas.

um regime em que a propriedade privada é inexistente tal como a economia de mercado, é comunista.

os comunistas advogam que se tem que passar por uma fase socialista - em que é admissível a propriedade privada e a economia de mercado - para atingir uma sociedade comunista.

é essa a diferença. tudo o resto são sofismas irrelevantes.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 18:08:52
social democracy
     
: a political movement that uses principles of democracy to change a capitalist country to a socialist one

: a country that uses both capitalist and socialist practices

merriam-webster ([url]http://www.merriam-webster.com/dictionary/social%20democracy[/url])

L


a pretensão da social-democracia em criar uma sociedade socialista, é evidente.
o socialismo, defnedido pelos sociais democratas, não implica a ausência do direito à propriedade ou a inexistencia de uma economia de mercado.
é, não obstante, socialismo.

por isso os partidos social-democratas se chamam maioritariamente socialistas.

um regime em que a propriedade privada é inexistente assim como a economia de mercado, é comunista.

os comunistas advogam que se tem que passar por uma fase socialista - em que é admissível a propriedade privada e a economia de mercado - para atingir uma sociedade comunista.

é essa a diferença. tudo o resto são sofismos irrelevantes.

L


Bem, a tua ideia sobre o que o socialismo é, que até é partilhada por muitas pessoas, não é a que consta na larga maioria das definições do mesmo. Desafio-te a encontrares UMA definição que diga que o socialismo inclui a possibilidade de capitalismo (que seja indepentente e não parta de um partido socialista, porque se leres os estatutos do PCP, eles também se dizem "democratas").

A social-democracia, mesmo na definição que colocaste, seria NO MÁXIMO uma tentativa de chegar ao socialismo (e isso é em parte da definição, na outra alternativa é simplesmente um sistema que combina partes do capitalismo e socialismo), e não socialismo (literalmente é o que ali está escrito). Ou seja, a social democracia seria tanto socialismo como tu dares um pulo na tentativa de chegares à lua, e dizeres que aí tinhas chegado.

O socialismo difere do comunismo na medida em que permite classes e rendimentos diferentes consoante "a importância para a sociedade", o comunismo não permite isso. Qualquer observação de um estado que se diga comunista, rapidamente mostra que é "socialista a caminho do comunismo", incluindo a URSS desde 1917. Chegar ao comunismo nunca se chegaria, porque quem manda no socialismo não tem incentivo para tal (pois goza de um nível de vida melhor que a média, e deixaria de o gozar).

Basicamente, nem a social-democracia nem o socialismo são o que tu desejarias que fossem, e na tua ideia ambos até seriam o mesmo o que é absurdo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 18:16:23
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 18:19:18
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo

social-democracia - PS. foram os que combateram o comunismo no prec.
a direita manteve-se encolhidinha em casa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-14 18:21:41
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo

social-democracia - PS. foram os que combateram o comunismo no prec.
a direita manteve-se encolhidinha em casa.



a direita era PS  ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 18:22:52
O discurso da vida de Soares no comício da Fonte Luminosa

Naquele que viria a ser o primeiro dia do resto da sua vida, Mário Soares almoçou em Sintra com o futuro primeiro-ministro francês Michel Rocard. Falaram longamente de vinhos, como se Portugal vivesse em plena normalidade e aquele fosse um Verão como todos os outros. Mas não era. Poucas horas depois o Soares tranquilo dava lugar ao Soares indignado, gritando em cima de um palco duras palavras de ordem que alteraram o curso da revolução portuguesa. Foi o dia em que a "maioria silenciosa" do País decidiu enfim descer à rua, com o PS à frente, contra todos os radicalismos da esquerda civil e do Movimento das Forças Armadas (MFA).

Nove dias antes, o PS havia abandonado o IV Governo Provisório, liderado pelo general Vasco Gonçalves. A tomada do jornal República por tipógrafos conotados com a esquerda radical fora a gota de água numa série de divergências entre Soares e o PCP, de Álvaro Cunhal (ver páginas 3 e 4). Divergências iniciadas em Janeiro de 1975, com o aceso debate sobre a unicidade sindical, que o PS combatia em nome da livre constituição de sindicatos, e acentuadas nas celebrações do 1º de Maio, quando Soares foi impedido de subir à tribuna do comício "unitário" enquanto Cunhal brilhava nesse mesmo palco.

O PS era a força mais popular do País a 25 de Abril de 1975, vencera as eleições para a Assembleia Constituinte (com 38%), muito acima do PCP (que teve apenas 12,5%). Mas nas ruas, dominadas por manifestações diárias da esquerda mais radical, e nos órgãos de informação, na grande maioria controlados pelo PCP, o quadro apresentava-se bem diferente. Pareciam dois países dentro do País.

Para Soares, chegara a hora de fazer coincidir a maioria eleitoral e sociológica com a vontade das ruas. Para mostrar ao mundo que o Portugal de 1975 não era a Rússia de 1917 nem a Checoslováquia de 1948.

Nos primeiros dias de Julho, o estado-maior socialista reuniu-se para deliberar uma série de demonstrações de força, que deveriam culminar em dois comícios sucessivos sexta-feira, 18, no Porto; e sábado, dia 19, em Lisboa.

"A partir do momento em que as eleições se haviam realizado - e que o PS ganhara uma indiscutível legitimidade democrática -, estávamos em situação de cortar com o gonçalvismo [linha política pró-comunista, liderada por Vasco Gonçalves] e de fazer a nossa própria política", lembra Soares no livro Ditadura e Revolução, feito em parceria com Maria João Avillez.

O PS contava com o apoio de toda a Europa social-democrata, que em grande parte se encontrava no poder. Harold Wilson (Grã-Bretanha), Helmut Schmidt (Alemanha), Bruno Kreisky (Áustria), Olof Palme (Suécia) e Joop Den Uyl (Holanda) eram alguns dos amigos de Soares que dirigiam governos estrangeiros e lhe transmitiam mensagens de ânimo. E até alguns líderes comunistas, como o espanhol Santiago Carrillo e o italiano Enrico Berlinguer, manifestaram apoio ao PS no caso República.

um murro na mesa. Faltava escolher o local para a manifestação na capital. Quando alguns colegas da direcção do partido sugeriram um recinto de média dimensão, Soares deu um murro na mesa ele, pelo contrário, apostava no maior espaço disponível de Lisboa. "Mandem já marcar a Alameda!"

No dia 18, os comunistas e alguma esquerda militar procuraram barrar os acessos ao Porto. Sem êxito o comício no Estádio das Antas, que abarrotava de gente, foi um sucesso. E o melhor dos ensaios para a concentração de Lisboa.

Na própria edição do dia 19, o Diário de Notícias - dirigido pela dupla Luís de Barros-José Saramago - dava o mote ao bloqueio do comício na capital, com esta larga manchete "Povo e militares nas barricadas em defesa da revolução". A Intersindical convocava os trabalhadores a "integrarem-se nas barreiras". O PCP, em comunicado, ia mais longe: "É preciso cortar o passo à reacção! É necessário levantar barragens para impedir uma marcha sobre Lisboa."

Apesar das barricadas, a Alameda transformou-se num mar de gente - da Fonte Luminosa às imediações do Instituto Superior Técnico. Falando na instalação sonora, Manuel Alegre garantia que se encontravam ali 300 mil pessoas.

Durante quase quatro horas, sucederam-se os oradores, incluindo alguns deputados à Assembleia Constituinte Manuel Pires, Luís Filipe Madeira, Marcelo Curto. Lopes Cardoso, líder do grupo parlamentar do PS, denunciou a "acção irresponsável" do PCP, "semeando o ódio". Salgado Zenha, número dois socialista, disparou contra Vasco Gonçalves, chamando-lhe "um factor de divisão nacional".

Mas o mais inspirado foi Soares, que fez talvez o discurso da sua vida. "Nós não temos medo", bradou. Cada vez mais rouco, à medida que o discurso progredia, o líder socialista sublinhou "Não pode impunemente mentir-se ao povo português." Insurgiu-se contra os dirigentes do PCP, que queriam "amordaçar a voz do povo", e arrancou prolongados aplausos ao garantir: "Uma marcha sobre Lisboa só existia na cabeça desses paranóicos." Lembrou "os dois milhões e meio de portugueses que votaram no PS" e exigiu a demissão imediata de Vasco Gonçalves

A multidão gritava slogans que não se escutavam noutras manifestações "É preciso respeitar a vontade popular"; "O povo não está com o MFA". Virava-se uma página na revolução: a rua deixava de ser monopólio dos comunistas e da extrema-esquerda.

Michel Rocard estava lá para testemunhar. O Soares burguês e bon vivant que com ele almoçara em Sintra nada tinha a ver com aquele orador arrebatado no palco da Fonte Luminosa. De facto, Lisboa não seria Moscovo nem Praga. A História nem sempre se repete...

dn (http://www.dn.pt/arquivo/2005/interior/o-discurso-da-vida-de-soares-no-comicio-da-fonte-luminosa-616941.html)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-14 18:23:29
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo

social-democracia - PS. foram os que combateram o comunismo no prec.
a direita manteve-se encolhidinha em casa.

L

Social-democracia = PS, PSD, se calhar até BE (na prática), CDS, etc. Tudo são diferentes misturas de capitalismo e socialismo, quanto muito.

Tu basicamente estás a defender algo irracional: que socialismo e social-democracia são a mesma coisa. Algo que não é suportado pela generalidade das definições. Se socialismo = social-democracia, então praticamente todas as definições diriam serem sinónimos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-14 19:01:29
o BE tb eh comunista, embora de varios tipos diferentes e em geral mais tolerante
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 21:46:57
Visões diferentes entre o que deveria ser o socialismo

tevemos nos no PREC


grandes debates do cunhal e soares queriam lideram povo forma diferente

o debate do povo

https://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM (https://www.youtube.com/watch?v=CbxGF7ZhHDM)
37 anos depois
https://www.youtube.com/watch?v=MVZvdk1o0cg (https://www.youtube.com/watch?v=MVZvdk1o0cg)

Exacto.

Já consegui localizar o discurso de Vital Moreira perante a assembleia COnsittuinte a propósito do assunto "socialismo", e já me vou por a copiar o texto...

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 22:13:14
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo

social-democracia - PS. foram os que combateram o comunismo no prec.
a direita manteve-se encolhidinha em casa.

L

Social-democracia = PS, PSD, se calhar até BE (na prática), CDS, etc. Tudo são diferentes misturas de capitalismo e socialismo, quanto muito.

Tu basicamente estás a defender algo irracional: que socialismo e social-democracia são a mesma coisa. Algo que não é suportado pela generalidade das definições. Se socialismo = social-democracia, então praticamente todas as definições diriam serem sinónimos.

Aqui estou muito de acordo contigo.

Penso é que colar definições às siglas dos partidos e pretender que sejam 100% coerentes é algo que não faz sentido. O PS (em maior medida que o PSD) tem uma forte componente doutrinária de socialismo que vai maioritariamente ao encontro desta definição (colocada mais atrás):

Citar
socialism
      noun so·cial·ism \ˈsō-shə-ˌli-zəm\
: a way of organizing a society in which major industries are owned and controlled by the government rather than by individual people and companies
Full Definition of SOCIALISM

Não serão todas as "major industries", mas no caso da banca, energias, águas, transportes urbanos e até aéreos contam-se algumas empresas importantes e estratégicas nos segmentos industriais em questão, controladas pelo estado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-14 23:44:06
O seguinte segmento foi retirado do livro "Da Revolução à Constituição", por Jorge Miranda, e é uma transcrição presente nos diários da Assembleia Constituinte. No caso concreto, este discurso foi proferido por Vital Moreira num debate sobre o sistema de planteamento na organização económica, nas sessões de 3, 4, 6 e 11 de Novembro de 1975.

Citar
«Mais do que qualquer outra, a matéria da organização económica é o lugar privilegiado de definição dos projectos políticos de cada partido. Mais do que qualquer outra, a matéria da organização económica demarca campos, define opções de classe. Mais do que qualquer outra, a matéria da organização económica não é lugar para formulações ambíguas, para compromissos entre interesses de classe antagónicos.

E, no entanto, olhando para as disposições já aprovadas, nenhum outro capítulo da Constituição será tão equívoco como aquele que estamos a discutir. Uns princípios são anulados por outros. Directivas gerais vêem-se inutilizadas na sua especificação. O artigo 1.º afirma que a Constituição económica visa a construção de uma sociedade socialista, mediante “a apropriação colectiva dos meios de produção(…). Mas logo o artigo 5.º admitiu o princípio da liberdade da empresa privada, enquanto o artigo 3.º (3) admite iniciativa privada, mesmo em sectores básicos da economia. O artigo 8.º (1) afirma que o Plano visa a construção de uma economia socialista, através da transformação das relações de produção e de acumulação capitalistas (…). Mas logo o n.º 3 do mesmo artigo liberta as empresas privadas, mesmo aquelas que operam nos sectores básicos, desse mesmo Plano.

Não podiam imaginar-se exemplos mais flagrantes de equivocidade e de contradição.

As razões deste fenómeno não são difíceis de encontrar. É que enquanto uns partidos falam de socialismo como um sistema assente na apropriação e gestão colectiva planificada da economia, outros falam de socialismo apenas para melhor defenderem o capitalismo, com permanência da apropriação privada dos meios de produção e direcção privada do processo económico. É que enquanto certos partidos entendem que o socialismo é uma tarefa a realizar, outros entendem que o socialismo já está realizado e resta apenas “pôr as coisas em ordem”. É que enquanto certos partidos entendem que o socialismo exige a planificação colectiva da actividade económica, outros entendem que o socialismo assenta na concorrência privada. Só assim se entende que a Assembleia, depois de no artigo 1º ter falado em apropriação colectiva dos meios de produção, tenha depois recusado votar num artigo que impunha a nacionalização do grande capital, não tendo faltado a afirmação incrível de que já não há grande capital para nacionalizar. Só assim se entende que a Assembleia, depois de definir o Plano como instrumento da transformação das relações de produção e acumulação capitalistas, tenha recusado admitir a obrigatoriedade do Plano para as empresas privadas.

A isto tudo não é alheia a conduta dos partidos que, reclamando-se do socialismo ao nível dos grandes princípios, não hesitam em abandoná-los quando se trata de o aplicar. Que dizer, na realidade, de um partido que, acusando outro de ser um partido da burguesia – nem sequer social democrata -, acaba por alinhar com ele em todas as questões fundamentais da organização económica? Que dizer do mesmo partido que, posto perante formulações do seu próprio projecto de Constituição, vota contra elas, preferindo-lhes formulações inegavelmente mais recuadas.

Enfim, que dizer de uma Constituição económica que, proclamando-se socialista, não impõe nada que a ele conduza, antes permite recuperar tudo o que já se fez a caminho de o alcançar? Que dizer de uma Constituição económica que se proclama socialista, mas que não impõe novas nacionalizações, não garante as já feitas, que não proíbe a indemnização dos grandes capitalistas e latifundiários, que admite a iniciativa privada em sectores básicos da economia, que estabelece o princípio da livre empresa privada, que se limita a afirmar o carácter meramente indicativo do Plano?»

Como o debate sobre o significado de socialismo nas suas especificidades começou neste tópico, faz sentido partilhar este texto aqui, nas não sei se não valerá a pena fazer também um tópico dedicado apenas ao assunto (socialismo...vs social democracia... vs comunismo... vs capitalismo etc). Eu tenho mais dois textos interessantes para transcrever acerca disto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 23:47:18
'tá aberto - social-democracia e socialismo

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4352.msg227325.html#msg227325 (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4352.msg227325.html#msg227325)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-14 23:49:32
idem para comunismo

http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4353.0.html (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php/topic,4353.0.html)

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-15 00:38:08
se fossem mesma coisa portugal nao tinha luta nenhuma


aqui sempre foi social democracia contra comunismo

social-democracia - PS. foram os que combateram o comunismo no prec.
a direita manteve-se encolhidinha em casa.

L

Social-democracia = PS, PSD, se calhar até BE (na prática), CDS, etc. Tudo são diferentes misturas de capitalismo e socialismo, quanto muito.

Tu basicamente estás a defender algo irracional: que socialismo e social-democracia são a mesma coisa. Algo que não é suportado pela generalidade das definições. Se socialismo = social-democracia, então praticamente todas as definições diriam serem sinónimos.

Aqui estou muito de acordo contigo.

Penso é que colar definições às siglas dos partidos e pretender que sejam 100% coerentes é algo que não faz sentido. O PS (em maior medida que o PSD) tem uma forte componente doutrinária de socialismo que vai maioritariamente ao encontro desta definição (colocada mais atrás):

Citar
socialism
      noun so·cial·ism \ˈsō-shə-ˌli-zəm\
: a way of organizing a society in which major industries are owned and controlled by the government rather than by individual people and companies
Full Definition of SOCIALISM

Não serão todas as "major industries", mas no caso da banca, energias, águas, transportes urbanos e até aéreos contam-se algumas empresas importantes e estratégicas nos segmentos industriais em questão, controladas pelo estado.

Já nem o PS é a favor disso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 11:14:15
O desgraçado do PAN não deve ter levado nenhum aplauso. Ao menos os verdes levam sempre o apoio do PCP.

levam o apoio porque se o pcp diz senta eles sentam. se diz dá a pata, eles dão as patas. mais ou menos como o costa a partir de hoje.

No Expresso de ontem saiu um pequeno artigo meio refundido a um canto que diz o seguite (e passo a citar):

Citar
Maioria pode dispensar PCP

A maioria de esquerda pode vir a dispensar os votos dos deputados comunistas nas decisões parlamentares sobre matérias em que seja difícil obter o acordo do PCP. A nova composição da AR permite que a soma dos deputados do PS, BE, PEV e PAN seja suficiente para contrariar uma eventual oposição de direita. Contas feitas, são 108 deputados contra 107 do PSD e CDS. Esta situação só será possível se os dois deputados de Os Verdes se autonomizarem das posições do PCP, mas esta semana a lídes do PEV, Heloísa Apolónia, fez questão de frizar que "Os Verdes são autónomos" e "tomam as decisões que entendem". Já o compromisso assumido com a CDU, coligação com que sempre foram a votos, Heloísa sublinhou que "é uma coligação eleitoral. Desfaz-se logo que terminam as eleições". E sobre o acordo com o PS, a líder ecologista diz que ele "seria possível" mesmo sem o aval do PCP. "Nem o PCP nos pediu autorização nem nós lhes pedimos a eles para nos reunirmos com o PS", disse.

Está aqui um pormenor que altera por completo a relação de forças à esquerda, e que retira, e de que maneira, força negocial ao PCP. Um assunto que de certezinha absoluta que não passou despercebido ao Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-15 12:10:22
o jsebastiao anda a prever a fraqueza negocial do PCP ha semanas, nao parece estar a resultar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 12:14:13
Está aqui um pormenor que altera por completo a relação de forças à esquerda, e que retira, e de que maneira, força negocial ao PCP. Um assunto que de certezinha absoluta que não passou despercebido ao Costa.

Diz-me uma coisa, deste a 1ª classe?
(Sabes contar? Se sim, até onde? Se não esquece, não vale a pena continuarmos.)

Diz-em como ficaria o PCP a votar em força ao lado do PSD e CDS contra uma posição também ela unânime de esquerda. (suponho que é disso que estás a falar)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 12:20:05
o jsebastiao anda a prever a fraqueza negocial do PCP ha semanas, nao parece estar a resultar

Sim, isso é verdade, mas não da forma com dás a entender. O que eu imagino é uma cedência perante a pressão do seu eleitorado, e no sentido de permitir uma maioria de esquerda que... governe.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-15 12:20:22
Diz-em como ficaria o PCP a votar em força ao lado do PSD e CDS contra uma posição também ela unânime de esquerda. (suponho que é disso que estás a falar)

Afinal sabes contar pelo menos até 116. É que se não a conversa ia ficar impossível.

Agora já percebi: tu apostas que o pcp se vai abster só porque a direita está a rejeitar um determinado decreto-lei. Agora a minha dúvida é outra. Que idade é que tens?

Mete uma coisa na cabeça, o pcp faz o que quer e bem entende, e irá esticar a corda muito para além do limite do costa+be+pev+pan. Se estes 4 querem um SMN a 600 euros, eles vão pedir 800. E irão esticar a corda muito para além do limite do razoável. Até aquela personagem execrável da CGTP, já veio dizer que mesmo perante este pseudo-acordo, irá continuar a fazer manifestações só para "lembrar o governo de esquerda do caminho certo". Ou seja não é para protestar...é só para lembrar. Ainda não percebeste bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista...mas secalhar nos próximos meses irás perceber.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-15 12:23:03
PCP so tem defender trabalhadores contra politicas direita  do PS ou burgueses do  BE

do modelo falido capitalista deixa povo passar fome

A revoluçao vira camarada!


querem governar 4 anos vao ter governar a PCP  mais nada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 12:36:58
Diz-em como ficaria o PCP a votar em força ao lado do PSD e CDS contra uma posição também ela unânime de esquerda. (suponho que é disso que estás a falar)

Afinal sabes contar pelo menos até 116. É que se não a conversa ia ficar impossível.

Agora já percebi: tu apostas que o pcp se vai abster só porque a direita está a rejeitar um determinado decreto-lei. Agora a minha dúvida é outra. Que idade é que tens?

Mete uma coisa na cabeça, o pcp faz o que quer e bem entende, e irá esticar a corda muito para além do limite do costa+be+pev+pan. Se estes 4 querem um SMN a 600 euros, eles vão pedir 800. E irão esticar a corda muito para além do limite do razoável. Até aquela personagem execrável da CGTP, já veio dizer que mesmo perante este pseudo-acordo, irá continuar a fazer manifestações só para "lembrar o governo de esquerda do caminho certo". Ou seja não é para protestar...é só para lembrar. Ainda não percebeste bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista...mas secalhar nos próximos meses irás perceber.

Sim, eu acredito que este cenário possa ser recorrente em várias alturas. Não digo sempre, e não digo que não haverá sempre uma grande instabilidade entre os partidos à esquerda, naquilo que é o paralelo entre o que se passa na Assembleia, o que se passa nos bastidores, e as ideologias e idiossincracias que orientam cada um deles, nomeadamente em relação ao PCP, mas não tenho dúvida de que este pormenor altera a relação de forças às esquerda. Se o PCP permanecer intransigível e matérias chave da governação, vai ser apontado como o partido que quebrou a "aliança". Este assunto tem sido debatido com alguma recorrência na CS. Eu acredito que vai ceder em momentos chave (mas também acredito que vai fazer finca-pé, de forma bem sucedida, noutros momentos, obrigando o PS a alterar reajustar a sua posição)

A questão do "perceber bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista" é falaciosa, como tu bem sabes, e pelos mais diversos motivos, a começar pela forma como colocas a questão. O que me leva a perguntar: e tu, arrogas-te a saber como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista? (tem piada o qualificativo "verdadeiro"... haverá um "falso"? e um "assim-assim"? então e um "verdadeiro, mas apenas quando é para votar"?---nota que estas questões não são descabidas )
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-15 12:46:47
falso comunista e um  traidor como Tsipras camarada.


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 12:49:49
Para quem lê o Expresso, sugiro que passem os olhos pelo texto do Daniel Oliveira intitulado "A Revolução Tranquila". É um resumo bastante sóbrio da nossa história política recente, e dos contextos e acontecimentos que levaram à união actual das esquerdas. Na página 56 da revista.

No Público, entretanto, surgiram dois artigos muito bons sobre os tempos do PREC:

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/foise--o-medo--a-incerteza--e-o-sonho-1714181 (http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/foise--o-medo--a-incerteza--e-o-sonho-1714181)

http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-tempo-em-que-os-militares-faziam--a-reforma-agraria-1714218 (http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/o-tempo-em-que-os-militares-faziam--a-reforma-agraria-1714218)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-15 12:50:39
Diz-em como ficaria o PCP a votar em força ao lado do PSD e CDS contra uma posição também ela unânime de esquerda. (suponho que é disso que estás a falar)

Afinal sabes contar pelo menos até 116. É que se não a conversa ia ficar impossível.

Agora já percebi: tu apostas que o pcp se vai abster só porque a direita está a rejeitar um determinado decreto-lei. Agora a minha dúvida é outra. Que idade é que tens?

Mete uma coisa na cabeça, o pcp faz o que quer e bem entende, e irá esticar a corda muito para além do limite do costa+be+pev+pan. Se estes 4 querem um SMN a 600 euros, eles vão pedir 800. E irão esticar a corda muito para além do limite do razoável. Até aquela personagem execrável da CGTP, já veio dizer que mesmo perante este pseudo-acordo, irá continuar a fazer manifestações só para "lembrar o governo de esquerda do caminho certo". Ou seja não é para protestar...é só para lembrar. Ainda não percebeste bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista...mas secalhar nos próximos meses irás perceber.

Sim, eu acredito que este cenário possa ser recorrente em várias alturas. Não digo sempre, e não digo que não haverá sempre uma grande instabilidade entre os partidos à esquerda, naquilo que é o paralelo entre o que se passa na Assembleia, o que se passa nos bastidores, e as ideologias e idiossincracias que orientam cada um deles, nomeadamente em relação ao PCP, mas não tenho dúvida de que este pormenor altera a relação de forças às esquerda. Se o PCP permanecer intransigível e matérias chave da governação, vai ser apontado como o partido que quebrou a "aliança". Este assunto tem sido debatido com alguma recorrência na CS. Eu acredito que vai ceder em momentos chave (mas também acredito que vai fazer finca-pé, de forma bem sucedida, noutros momentos, obrigando o PS a alterar reajustar a sua posição)

A questão do "perceber bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista" é falaciosa, como tu bem sabes, e pelos mais diversos motivos, a começar pela forma como colocas a questão. O que me leva a perguntar: e tu, arrogas-te a saber como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista? (tem piada o qualificativo "verdadeiro"... haverá um "falso"? e um "assim-assim"? então e um "verdadeiro, mas apenas quando é para votar"?---nota que estas questões não são descabidas )

Os comunistas tão se a cagar para o equilíbrio de forças e ainda menos para que alguém "pense" que foram eles que quebraram alguma aliança. Se isso acontecer, eles mandam as culpas para a esquerda capitalista (costa+be+pan+pev) e que afirmam aos gritos que só querem defender o povo.

Eu observo o comportamento dos comunistas há muito tempo. Deve ser a linha de pensamento político que menos mudou nos últimos 100 anos (se é que mudou). Basta saber um pouco de história e do presente.

Não vão ceder em nenhum ponto que eles considerem "chave" para eles. No máximo em pontos que eles possam não considerar tão importantes...

Nos próximos meses veremos quem é que tem razão, eu ou tu. Aguarda calmamente, e no fim não arranjes desculpas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 12:51:18
falso comunista e um  traidor como Tsipras camarada.

 ;D ;D ;D (não... esse por acaso acho que foi ao engano...)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-11-15 16:50:25
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-15 17:10:38
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

como é que fundamentas isso jeab?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-15 17:16:32
O desgraçado do PAN não deve ter levado nenhum aplauso. Ao menos os verdes levam sempre o apoio do PCP.

levam o apoio porque se o pcp diz senta eles sentam. se diz dá a pata, eles dão as patas. mais ou menos como o costa a partir de hoje.

No Expresso de ontem saiu um pequeno artigo meio refundido a um canto que diz o seguite (e passo a citar):

Citar
Maioria pode dispensar PCP

A maioria de esquerda pode vir a dispensar os votos dos deputados comunistas nas decisões parlamentares sobre matérias em que seja difícil obter o acordo do PCP. A nova composição da AR permite que a soma dos deputados do PS, BE, PEV e PAN seja suficiente para contrariar uma eventual oposição de direita. Contas feitas, são 108 deputados contra 107 do PSD e CDS. Esta situação só será possível se os dois deputados de Os Verdes se autonomizarem das posições do PCP, mas esta semana a lídes do PEV, Heloísa Apolónia, fez questão de frizar que "Os Verdes são autónomos" e "tomam as decisões que entendem". Já o compromisso assumido com a CDU, coligação com que sempre foram a votos, Heloísa sublinhou que "é uma coligação eleitoral. Desfaz-se logo que terminam as eleições". E sobre o acordo com o PS, a líder ecologista diz que ele "seria possível" mesmo sem o aval do PCP. "Nem o PCP nos pediu autorização nem nós lhes pedimos a eles para nos reunirmos com o PS", disse.

Está aqui um pormenor que altera por completo a relação de forças à esquerda, e que retira, e de que maneira, força negocial ao PCP. Um assunto que de certezinha absoluta que não passou despercebido ao Costa.

Não retira força negocial ao PCP. Permite-lhe é votar contra sem deitar abaixo o governo, combinando com os Verdes. Claro que pode correr mal: basta faltar/atrasar-se um deputado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 17:20:22
Diz-em como ficaria o PCP a votar em força ao lado do PSD e CDS contra uma posição também ela unânime de esquerda. (suponho que é disso que estás a falar)

Afinal sabes contar pelo menos até 116. É que se não a conversa ia ficar impossível.

Agora já percebi: tu apostas que o pcp se vai abster só porque a direita está a rejeitar um determinado decreto-lei. Agora a minha dúvida é outra. Que idade é que tens?

Mete uma coisa na cabeça, o pcp faz o que quer e bem entende, e irá esticar a corda muito para além do limite do costa+be+pev+pan. Se estes 4 querem um SMN a 600 euros, eles vão pedir 800. E irão esticar a corda muito para além do limite do razoável. Até aquela personagem execrável da CGTP, já veio dizer que mesmo perante este pseudo-acordo, irá continuar a fazer manifestações só para "lembrar o governo de esquerda do caminho certo". Ou seja não é para protestar...é só para lembrar. Ainda não percebeste bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista...mas secalhar nos próximos meses irás perceber.

Sim, eu acredito que este cenário possa ser recorrente em várias alturas. Não digo sempre, e não digo que não haverá sempre uma grande instabilidade entre os partidos à esquerda, naquilo que é o paralelo entre o que se passa na Assembleia, o que se passa nos bastidores, e as ideologias e idiossincracias que orientam cada um deles, nomeadamente em relação ao PCP, mas não tenho dúvida de que este pormenor altera a relação de forças às esquerda. Se o PCP permanecer intransigível e matérias chave da governação, vai ser apontado como o partido que quebrou a "aliança". Este assunto tem sido debatido com alguma recorrência na CS. Eu acredito que vai ceder em momentos chave (mas também acredito que vai fazer finca-pé, de forma bem sucedida, noutros momentos, obrigando o PS a alterar reajustar a sua posição)

A questão do "perceber bem como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista" é falaciosa, como tu bem sabes, e pelos mais diversos motivos, a começar pela forma como colocas a questão. O que me leva a perguntar: e tu, arrogas-te a saber como funciona a cabeça de um verdadeiro comunista? (tem piada o qualificativo "verdadeiro"... haverá um "falso"? e um "assim-assim"? então e um "verdadeiro, mas apenas quando é para votar"?---nota que estas questões não são descabidas )

Os comunistas tão se a cagar para o equilíbrio de forças e ainda menos para que alguém "pense" que foram eles que quebraram alguma aliança. Se isso acontecer, eles mandam as culpas para a esquerda capitalista (costa+be+pan+pev) e que afirmam aos gritos que só querem defender o povo.

Eu observo o comportamento dos comunistas há muito tempo. Deve ser a linha de pensamento político que menos mudou nos últimos 100 anos (se é que mudou). Basta saber um pouco de história e do presente.

Não vão ceder em nenhum ponto que eles considerem "chave" para eles. No máximo em pontos que eles possam não considerar tão importantes...

Nos próximos meses veremos quem é que tem razão, eu ou tu. Aguarda calmamente, e no fim não arranjes desculpas.

Anti-ditador, receio bem que não tenhamos como contabilizar quem acertou, ou quem esteve mais perto de acertar. Ou seja, podes contar os casos em que há uma votação conjunta do PSD + CDS + PCP contra a votação do PS + BS + PEV,  podes contar os casos em que o PCP se abstem, mantendo os outros sentidos de voto inalterados, e podes ainda contar os casos simples de votos da direita contra votos da esquerda, mas ainda assim, a partir destas hipóteses de votação, não consegues calcular o impacto da pressão provocada no PCP ao confrontar-se com uma situação de "posição isolada" perante os outros partidos de esquerda. Isto prevendo, como me parece lógico, que em nenhuma situação os partidos de esquerda vão entrar na Assembleia para uma votação sem terem previamente acertado, ou pelo menos conversado antes sobre o sentido de voto (penso que concordarás comigo pelo menos neste ponto).

Quanto às desculpas de que falas, nos termos em que falas, não é esse tipo de comportamento que me define. Não tenho medo de errar em previsões, nem fico particularmente envorgonhado se por acaso tiver de admitir que errei (como já suceceu umas quantas vezes aqui no fórum). Eu não "fujo" por ter errado em relação a qualquer situação. É muito maior o receio de pensar que não devo partilhar opiniões e previsões por achar que poderei vir a estar errado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-11-15 17:21:16
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

como é que fundamentas isso jeab?

L

Artigo 131º
Renúncia ao mandato

Artigo 132º
Substituição interina


e por aí fora
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-15 17:24:36
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

Este cenário já foi brevemente abordado aqui no fórum, já não me recorda onde ou em que tópico. Penso que o Cavaco não quer terminar a sua história na presidência com uma demissão. Seria como que uma fuga às suas responsabilidades de decidir uma solução que resolva minimamente a situação, e seria uma mancha pessoal na sua governação.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-15 19:08:33
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

como é que fundamentas isso jeab?

L

Artigo 131º
Renúncia ao mandato

Artigo 132º
Substituição interina


e por aí fora

não queres citar ou linkar? facilitava.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-15 22:14:50
O grande entendimento da esquerda portuguesa. Tem tudo para correr bem.

Citar
...
Eles não estão apenas desorientados, são desonestos. Eles sabem que o que está em causa, não é sequer um “governo das esquerdas” como para aí propalam, que se o fosse era tão legítimo como qualquer outro com suporte parlamentar, mas tão só um governo de iniciativa do PS e com um programa que está longe de ser um programa para uma política patriótica e de esquerda, como aquela que o PCP continua a defender e não abdica de continuar a lutar pelo seu reconhecimento junto do nosso povo, como a grande solução para os problemas do País
...
[url]http://www.pcp.pt/fraude-querer-governar-contra-vontade-da-maioria-dos-deputados[/url] ([url]http://www.pcp.pt/fraude-querer-governar-contra-vontade-da-maioria-dos-deputados[/url])


Video aqui:
http://www.rtp.pt/noticias/politica/jeronimo-diz-que-programa-de-governo-do-ps-esta-longe-de-ser-de-esquerda_v874137 (http://www.rtp.pt/noticias/politica/jeronimo-diz-que-programa-de-governo-do-ps-esta-longe-de-ser-de-esquerda_v874137)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-16 00:36:23
Mesmo indo a eleições e a PaF a ganhar com maioria absoluta, quem garante a estabilidade depois do episódio "Paulo portas irrevogável"??
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-16 00:39:02
Mesmo indo a eleições e a PaF a ganhar com maioria absoluta, quem garante a estabilidade depois do episódio "Paulo portas irrevogável"??

pelo contrario, depois desse episodio a probabilidade de terem aprendido a licao eh maior
alem disso esse episodio eh precisamente a prova que governos coligados sao mais estaveis pois estao todos no mesmo barco e foi so isso que fez o portas voltar atras
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-16 01:07:45
Em todo o caso se a população acreditar nas medidas anunciadas pela esquerda, os votos no PS até devem subir (a menos que exista mais medo ao BE e PCP do que imagino, mas duvido, se juntos já vão quase em 20% dos votos).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-16 01:13:33
esses 10% do Bloco  tem vontade  dar grande salto para frente como os gregos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-16 01:22:01
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

como é que fundamentas isso jeab?

L

Artigo 131º
Renúncia ao mandato

Artigo 132º
Substituição interina


e por aí fora

Artigo 131.º
Renúncia ao mandato
1. O Presidente da República pode renunciar ao mandato em mensagem dirigida à Assembleia da República.

2. A renúncia torna-se efectiva com o conhecimento da mensagem pela Assembleia da República, sem prejuízo da sua ulterior publicação no Diário da República.


Artigo 132.º
Substituição interina
 1. Durante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a vagatura do cargo até tomar posse o novo Presidente eleito, assumirá as funções o Presidente da Assembleia da República ou, no impedimento deste, o seu substituto.

2. Enquanto exercer interinamente as funções de Presidente da República, o mandato de Deputado do Presidente da Assembleia da República ou do seu substituto suspende-se automaticamente.

3. O Presidente da República, durante o impedimento temporário, mantém os direitos e regalias inerentes à sua função.

4. O Presidente da República interino goza de todas as honras e prerrogativas da função, mas os direitos que lhe assistem são os do cargo para que foi eleito.

Não estou a ver a que que é que te referes.
Se o cavaco se demitir o ferro rodrigues toma o seu lugar com todas as prerrogativas que este proporciona.
a acontecer, a primeira coisa que fará é indigitar o costa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-16 01:26:29
Artigo 133.º
Competência quanto a outros órgãos
 Compete ao Presidente da República, relativamente a outros órgãos:

a) Presidir ao Conselho de Estado;
b) Marcar, de harmonia com a lei eleitoral, o dia das eleições do Presidente da República, dos Deputados à Assembleia da República, dos Deputados ao Parlamento Europeu e dos deputados às Assembleias Legislativas das regiões autónomas;
c) Convocar extraordinariamente a Assembleia da República;
d) Dirigir mensagens à Assembleia da República e às Assembleias Legislativas das regiões autónomas;
e) Dissolver a Assembleia da República, observado o disposto no artigo 172.º, ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado;
f) Nomear o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 1 do artigo 187.º;
g) Demitir o Governo, nos termos do n.º 2 do artigo 195.º, e exonerar o Primeiro-Ministro, nos termos do n.º 4 do artigo 186.º;
h) Nomear e exonerar os membros do Governo, sob proposta do Primeiro-Ministro;
i) Presidir ao Conselho de Ministros, quando o Primeiro-Ministro lho solicitar;
j) Dissolver as Assembleias Legislativas das regiões autónomas, ouvidos o Conselho de Estado e os partidos nelas representados, observado o disposto no artigo 172.º, com as necessárias adaptações;
l) Nomear e exonerar, ouvido o Governo, os Representantes da República para as regiões autónomas;
m) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o presidente do Tribunal de Contas e o Procurador-Geral da República;
n) Nomear cinco membros do Conselho de Estado e dois vogais do Conselho Superior da Magistratura;
o) Presidir ao Conselho Superior de Defesa Nacional;
p) Nomear e exonerar, sob proposta do Governo, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o Vice-Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, quando exista, e os Chefes de Estado-Maior dos três ramos das Forças Armadas, ouvido, nestes dois últimos casos, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

 

Artigo 134.º
Competência para prática de actos próprios
 Compete ao Presidente da República, na prática de actos próprios:

a) Exercer as funções de Comandante Supremo das Forças Armadas;
b) Promulgar e mandar publicar as leis, os decretos-leis e os decretos regulamentares, assinar as resoluções da Assembleia da República que aprovem acordos internacionais e os restantes decretos do Governo;
c) Submeter a referendo questões de relevante interesse nacional, nos termos do artigo 115.º, e as referidas no n.º 2 do artigo 232.º e no n.º 3 do artigo 256.º;
d) Declarar o estado de sítio ou o estado de emergência, observado o disposto nos artigos 19.º e 138.º;
e) Pronunciar-se sobre todas as emergências graves para a vida da República;
f) Indultar e comutar penas, ouvido o Governo;
g) Requerer ao Tribunal Constitucional a apreciação preventiva da constitucionalidade de normas constantes de leis, decretos-leis e convenções internacionais;
h) Requerer ao Tribunal Constitucional a declaração de inconstitucionalidade de normas jurídicas, bem como a verificação de inconstitucionalidade por omissão;
i) Conferir condecorações, nos termos da lei, e exercer a função de grão-mestre das ordens honoríficas portuguesas.

-------------------

Artigo 139.º
Actos do Presidente da República interino
1. O Presidente da República interino não pode praticar qualquer dos actos previstos nas alíneas e) e n) do artigo 133.º e na alínea c) do artigo 134.º.

2. O Presidente da República interino só pode praticar qualquer dos actos previstos nas alíneas b), c), f), m) e p), do artigo 133.º, na alínea a) do artigo 134.º e na alínea a) do artigo 135.º, após audição do Conselho de Estado.

Pelo contrário. O que o presidente interino não pode mesmo é dissolver a assembleia
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-16 01:33:54
Mesmo indo a eleições e a PaF a ganhar com maioria absoluta, quem garante a estabilidade depois do episódio "Paulo portas irrevogável"??

pelo contrario, depois desse episodio a probabilidade de terem aprendido a licao eh maior
alem disso esse episodio eh precisamente a prova que governos coligados sao mais estaveis pois estao todos no mesmo barco e foi so isso que fez o portas voltar atras

A estabilidade nesse caso seria assegurada também por um outro factor: o CDS enquanto partido foi mais ou menos absorvido pelo PSD ao longo destes últimos quatro anos. Para o eleitorado de direita, pedeu muito da sua identidade face ao PSD. Os dois partidos ocupam praticamente o mesmo espaço político, e nessa junção naturalista, o monstro devorador é o PSD e a vítima é o CDS. Para além desse episódio lamentável da decisão irrevogável que serviu de lição (por uma vez estou de acordo com o Neo), numa hipotética situação de nova maioria em coligação, não conviria mesmo nada ao Portas (nem ao CDS) tentar essa stunt.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-16 12:27:17
social democracy
     
: a political movement that uses principles of democracy to change a capitalist country to a socialist one

: a country that uses both capitalist and socialist practices

merriam-webster ([url]http://www.merriam-webster.com/dictionary/social%20democracy[/url])

L


Portanto bebe um pouco de ambas, como já sabíamos. O socialismo não bebe um pouco de ambas, ao eliminar a propriedade privada ou a propriedade privada dos meios de produção, exclui o capitalismo. Exclui também o desenvolvimento e leva ao colapso económico, claro.

---------

Já agora a definição toda era esta:

Citar
Full Definition of SOCIAL DEMOCRACY

1
:  a political movement advocating a gradual and peaceful transition from capitalism to socialism by democratic means
2
:  a democratic welfare state that incorporates both capitalist and socialist practices


O socialismo acaba por ser o pior do capitalismo e comunismo. Nem há igualdade, nem há desenvolvimento.

Outra coisa, uma coisa é a tentativa de levar a coisa para o socialismo (mesmo na parte da definição que destacas) outra é SER socialismo.


Inc, leste o que eu escrevi, sobre antes existir a revolução que depôs o czar, existirem socialistas a confrontar directamente a posição de Marx e Engels?


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-16 13:28:09
Thunder, para seja que ideologia for, existem várias correntes. Isso ainda será mais patente numa ideologia que pretende criar uma sociedade onde existe uma elite arbitrária. Pois como socialista para beneficiares não te adianta que o socialismo ganhe. É necessário que o teu socialismo ganhe.

Nota também que eu não tenho dúvida de que aquilo que hoje as pessoas atribuem como significado ao socialismo, é essencialmente social-democracia. E que praticamente ninguém faz ideia que os que se dizem comunistas, são realmente socialistas e nunca implementariam o comunismo nem que tivessem a hipótese de o fazer. Não é isso que está em causa, e sim como está definido o socialismo, e o que é que o separa da social-democracia.

O que separa o socialismo da social-democracia é o facto da social-democracia admitir capitalismo. O que separa o socialismo do comunismo é o facto de o socialismo admitir a existência de níveis de vida diferentes consoante a importância arbitrária de cada um para a sociedade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-16 17:24:32
Aviso à navegação ?
Presidente da República recorda que em 1987 esteve cinco meses em gestão (http://observador.pt/2015/11/16/presidente-da-republica-recorda-que-em-1987-esteve-cinco-meses-em-gestao/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-16 18:38:36
Citar
Inconfidência de Passos: haverá “novo Governo daqui a duas semanas”
HÁ UMA HORA
Conversa do primeiro-ministro com ex-presidente do Conselho Europeu em S. Bento foi captada pela TVI.
[url]http://observador.pt/2015/11/16/passos-diz-que-havera-novo-governo-daqui-a-duas-semanas/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/16/passos-diz-que-havera-novo-governo-daqui-a-duas-semanas/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-17 00:19:28
Aviso à navegação ?
Presidente da República recorda que em 1987 esteve cinco meses em gestão ([url]http://observador.pt/2015/11/16/presidente-da-republica-recorda-que-em-1987-esteve-cinco-meses-em-gestao/[/url])


É só ele a dizer que não está para pressas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-17 11:33:38
O Insurgente hoje foi desenterrar um paper antigo sobre salário mínimo.

Citar
Abstract
This paper estimates the impact of increases in the minimum wage on employment
stability, wages and inequality in Portugal. We use data from 2002 to 2010; from
2002 to 2006 the real minimum wage was stable, but it increased quite substantially
afterwards. Lower-tail wage inequality widen up to 2006 and declined strongly
afterwards. The results point towards a negative employment elasticity for workers
whose initial wage is between the old and the new minimum wages. This elasticity
is similar to the one obtained in the US, a country with a low minimum wage when
compared to the average wage, and smaller than the one obtained for France, a
country with a high minimum wage. The wage elasticity to the minimum wage is
naturally higher for workers earning exactly the old minimum wage. The wages of
all other workers remain unaffected. These results point to a detrimental effect of
minimum wage increases for employment stability of low-wage workers, with only
minor gains in terms of wages.

Terá sido uma instituição qualquer estrangeira ? Não. É um paper do Banco de Portugal.
Terá sido um neo liberal a produzir isto ? Não, foi um tal Mário Centeno.

Para quem quiser o original completo:
https://www.bportugal.pt/en-US/BdP%20Publications%20Research/AB201110_e.pdf (https://www.bportugal.pt/en-US/BdP%20Publications%20Research/AB201110_e.pdf)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-17 11:42:49
a histeria a desvanecer-se
greed a instalar-se? tipo, o costa é um fdp mas eu quero mesmo é fazer dinheiro?
target ~5600

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-17 11:44:28
Do pouco que tenho visto, este centeno parece vergar todas as suas convicções à vontade de ter um lugar de destaque.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-17 23:44:10
Existe ainda uma possível alternativa que Cavaco pode fazer e penso que ainda não foi discutida aqui. E seria uma saída de mestre para Cavaco :)

 Esse passo seria Cavaco demitir-se .

Se Cavaco demitir-se, Ferro Rodrigues toma a posição cimeira, não pode nem demitir o governo de gestão, nem dar posse a nenhum novo e o mais importante - obrigatóriamente tem que convocar novas eleições :)

Este cenário já foi brevemente abordado aqui no fórum, já não me recorda onde ou em que tópico. Penso que o Cavaco não quer terminar a sua história na presidência com uma demissão. Seria como que uma fuga às suas responsabilidades de decidir uma solução que resolva minimamente a situação, e seria uma mancha pessoal na sua governação.

Há umas semanas, escrevi sobre o cenário da demissão do Cavaco, mas disse tb que só se colocava no campo teórico. No campo prático, é bastante improvável. Não parece estar no perfil do Cavaco demitir-se.
Na prática, ou vamos ter um governo de gestão ou o Costa vai ser indigitado.
O cenário de governo de iniciativa presidencial (escolher outro primeiro ministro da mesma cor politica) tb não se deve colocar, pq ele manifestou-se contra governos de iniciativa presidencial há um tempo atrás.
Para já, o Cavaco parece estar muito à vontade, quando fala na televisão. Transmite mensagens contrárias do que vai fazer. Parece estar a divertir-se.  :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-18 00:01:00
Sobre a demora do Cavaco, o nível está a subir

Citar
...
No Twitter, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro não poupou Cavaco Silva: “Isto não é um Presidente, é um gangster”.
...
[url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-18 00:01:34
Uma outra coisa que se nota é que os constitucionalistas de esquerda já não andam a dizer que o governo de gestão é inconstitucional - o que quer dizer que não é inconstitucional.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: I. I. Kaspov em 2015-11-18 00:59:25
Sobre a demora do Cavaco, o nível está a subir

Citar
...
No Twitter, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro não poupou Cavaco Silva: “Isto não é um Presidente, é um gangster”.
...
[url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url])



Insultar o Presidente da República não será inconstitucional?   Pelo menos não deve ser exactamente legal...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-18 01:30:25
Sobre a demora do Cavaco, o nível está a subir

Citar
...
No Twitter, o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro não poupou Cavaco Silva: “Isto não é um Presidente, é um gangster”.
...
[url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/17/isto-nao-um-presidente-um-gangster-diz-deputado-do-ps/[/url])



Insultar o Presidente da República não será inconstitucional?   Pelo menos não deve ser exactamente legal...


Não se pode multar ninguém por dizer a verdade.  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-18 11:49:44
Gangster é o pseudónimo do Costa. :) Roubou o lugar de líder do partido ao Seguro, depois do Seguro ter ganho as eleições, e quer roubar o lugar de primeiro ministro ao Passos, depois do Passos ter ganho as eleições.

O que noto é que, depois das coisas feias que o Costa fez, alguns socialistas parecem algo desesperados com a possibilidade de haver eleições antecipadas, e isso é compreensível, dada a situação, mas a mentira é uma coisa feia. 

No mesmo link está esta "carta aberta" da socialista Isabel Moreira.

Citar
Carta aberta a Sua Excelência o Presidente da República :
Diz vossa excelência que já esteve em gestão por uns meses. Imagino que quer fazer um paralelismo com uma eventual situação actual . Calha que se " esqueceu " de explicar por que razão esteve 5 meses em gestão , "esquecimento" esse que o faz induzir uma confusão . É que o seu governo foi alvo de uma moção de censura por parte do PRD sem alternativa de governo maioritário parlamentar, pelo que Mário Soares DISSOLVEU a AR e tivemos eleições legislativas . Recordado ? Ora, neste momento, há alternativa e VEXA NÃO PODE dissolver a AR. Recordado ? Agradecia assim que não confundisse o inconfundível e já agora que não criasse novas normas constitucionais que alegadamente lhe permitem condicionar o novo governo.
Espero que não tenha por muito pedir-lhe que cumpra a única solução constitucional admissível nas circunstâncias ATUAIS sendo de elementar grandeza cumprir a lei fundamental mesmo quando desse cumprimento resulte o que pessoalmente não nos agrade.
Cumprimentos ,
Isabel Moreira


Mas a verdade, como já disse antes, é que havia uma alternativa maioritária de governo (PS+PRD, com acordo de incidência parlamentar com o PCP) que o Soares recusou. O paralelismo até é muito grande entre as duas situações. Existe apenas a diferença do Cavaco não poder dissolver a AR. Mas se o Cavaco tiver coragem de não dar posse ao Costa, como tb já disse antes, acho que a esquerda cede e aceita a proposta do Passos, para alterar a constituição e para haver eleições antecipadas. 

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"Coligação artificial"
Soares, em 1987, teve sobre si enormes pressões: tinha o seu próprio partido, liderado por Vítor Constâncio, a pedir-lhe que desse posse ao governo PS-PRD, com apoio parlamentar do PCP – numa situação parecida com a actual. Soares recordou este episódio no livro Mário Soares, uma Vida, de Joaquim Vieira: "Foi a minha razão. As soluções de governo podem-se arranjar no hemiciclo, mas como eu tinha um poder, avisei o Constâncio: ‘Eu não aceito uma moção de censura. Não quero que o governo caia agora [1987, tinha o executivo de Cavaco dois anos], porque está recentemente eleito. Numa altura em que vamos entrar numa nova fase, meter um governo desse género é uma coisa horrível e eu, como Presidente de todos os portugueses, não aceito.’" Soares disse ainda que via no PS "tipos que queriam por força ir para o governo", como, aponta, Almeida Santos, o derrotado das legislativas de 1985: "Queriam tirar o despique daquela desgraça."

Sempre que abordou este episódio, Soares foi taxativo, e por vezes duro, com o seu próprio partido. Na longa entrevista a Maria João Avillez publicada em livro, disse: "Fui colocado diante de uma hipotética coligação que sempre considerei contranatura, puramente artificial, e, por isso mesmo, repetidamente avisei que jamais favoreceria um acordo político desse tipo, que, na minha opinião, seria nefasto para o País."
[url]http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html[/url] ([url]http://www.sabado.pt/portugal/detalhe/como_soares_e_sampaio_chumbaram_governos_maioritarias_sem_o_partido_mais_votado.html[/url])


E tb como já disse antes, se o "social democrata" Cavaco der posse ao Costa, vai fazer uma coisa que nem o "socialista" Soares quis fazer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-18 11:59:29
hmmm

os mercados parecem estar a dizer 'no worries'....
no worries, só pode querer dizer uma coisa: um governo activo e em plenitude de funções, muito proximamente.
no forecasting tens que colocar os teus desejos fora da equação, joão.

PSI Daily

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-18 12:23:43
ouve la lark, os mercados sao atrasados mentais... nao vale a pena tentar ouvir o que eles querem dizer
isto eh verdade para qq situacao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-18 12:26:24
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-18 12:33:53
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

sob sequestro? como o soares e o sampaio tiveram ?
se nao gostam de um presidente revejam a constituicao, nao insultem o estado portugues que ele representa
eh o que se chama falta de sentido de estado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-18 12:36:38
ouve la lark, os mercados sao atrasados mentais... nao vale a pena tentar ouvir o que eles querem dizer
isto eh verdade para qq situacao

observação vazia de significado e substância...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-18 12:50:16
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

Percebes sim. Podes é querer fingir que não percebes.  :)
Mas o Cavaco apenas falou de 87 para responder aos esquerdistas que dizem que ele está a demorar.
Mas, na verdade, o Cavaco não está a demorar. É perfeitamente normal ouvir os parceiros sociais, bancos numa situação destas. Sampaio e Soares também ouviram outras personalidades antes de decidirem.
Neste momento, as pessoas de esquerda andam a dizer muitas coisas sem sentido. 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-18 12:59:35
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

1 - sob sequestro? como o soares e o sampaio tiveram ?

2 - se nao gostam de um presidente revejam a constituicao, nao insultem o estado portugues que ele representa

3 - eh o que se chama falta de sentido de estado

1 - São situações diferentes (que podem também ser criticadas), sendo que esta do Cavaco tem uma particularidade: ele referiu antes, de peito cheio e com grande "sentido de estado", que tinha previsto os cenários pós-eleitorais todos, e é face a essas declarações que não se entende a espera. Podia bem ter permanecido em silêncio (porque tais declarações não produziram qualquer alteração prática a nenhum nível), e podia agora ter dito, por exemplo, e em vez de se desculpar com "os 5 meses de governos em gestão", que tinha de ouvir os parceiros sociais antes de tomar a decisão (coisa que de resto faz todo o sentido).

2 - Não é caso para rever a Constituição---e refiro isto contra qualquer idea mirabolante quer da direita quer da esquerda. Quem insulta o estado português que o Presidente representa, muitas vezes é o próprio presidente, sem prejuízo de serem também outras personalidades políticas/públicas.

3 - A "falta de sentido de estado", tal como como a "falta de bom senso", são expressões vazias de objectividade no cenário político actual (e em muitos outros, bem vistas as coisas). Toda a gente as usa para se queixar dos opositores.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-18 13:00:56
ouve la lark, os mercados sao atrasados mentais... nao vale a pena tentar ouvir o que eles querem dizer
isto eh verdade para qq situacao

observação vazia de significado e substância...

L

vazio e sem significado eh interpretar o que "os mercados dizem", ate parece que estas a consultar a carta astrologica
basta olhar para situacoes passadas, nao pensas ? por exemplo vai ver o que os mercados te "diziam" enquanto o subprime estava a bombar em 2005 e 2006
"diziam" para comprar mais e que nao havia motivos para alarme, nao eh?

mas fica com a tua crenca, tenho mais que fazer que fazer-te mudar de ideias. se os factos nao conseguem .
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-18 13:04:47
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

Percebes sim. Podes é querer fingir que não percebes.  :)
Mas o Cavaco apenas falou de 87 para responder aos esquerdistas que dizem que ele está a demorar.
Mas, na verdade, o Cavaco não está a demorar. É perfeitamente normal ouvir os parceiros sociais, bancos numa situação destas. Sampaio e Soares também ouviram outras personalidades antes de decidirem.
Neste momento, as pessoas de esquerda andam a dizer muitas coisas sem sentido.

João, não é isso que eu estou a criticar. Eu acho que ele tem todo o direito de responder aos esquerdistas que o estão a pressionar, mas não se entende a justificação que dá (que na prática não configura uma "justificação", está apenas a mencionar um facto do passado em que também teve de esperar)---é que se é essa a justificação, então trata-se de uma pura situação de vingança ("eu esperei, agora vocês também esperam!"), e ainda torna pior o caso.

De resto estou de acordo contigo: faz todo o sentido ele ouvir os parceiros (e os não-tão-parceiros).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-18 13:34:08
O "facto" de o Costa ser gangster não invalida o "facto" de o Cavaco também ser.  :D

Penso que lhe estão a chamar gangster porque tem o país sob sequestro, refém da sua vontade de impor "uma espera".

Em todo o caso, e relativamente às declarações dele, Cavaco, não percebo o que tem uma coisa a ver com a outra---por que raio há-de invocar o Governo que chefiou em gestão por 5 meses para justificar o tempo que está agora a demorar.

Percebes sim. Podes é querer fingir que não percebes.  :)
Mas o Cavaco apenas falou de 87 para responder aos esquerdistas que dizem que ele está a demorar.
Mas, na verdade, o Cavaco não está a demorar. É perfeitamente normal ouvir os parceiros sociais, bancos numa situação destas. Sampaio e Soares também ouviram outras personalidades antes de decidirem.
Neste momento, as pessoas de esquerda andam a dizer muitas coisas sem sentido.

João, não é isso que eu estou a criticar. Eu acho que ele tem todo o direito de responder aos esquerdistas que o estão a pressionar, mas não se entende a justificação que dá (que na prática não configura uma "justificação", está apenas a mencionar um facto do passado em que também teve de esperar)---é que se é essa a justificação, então trata-se de uma pura situação de vingança ("eu esperei, agora vocês também esperam!"), e ainda torna pior o caso.

De resto estou de acordo contigo: faz todo o sentido ele ouvir os parceiros (e os não-tão-parceiros).

Nesta situação em particular, tenho uma forma de pensar similar ao Cavaco. Quando se falaram nos cenários, em vez de andar à procura da legislação, fui à procura do que aconteceu no passado em situações similares. O Cavaco tb fez isso. Para responder, foi ao passado buscar situações similares para dizer que não estava a demorar, que era normal ouvir outras personalidades, e que outros presidentes tb ouviram.

O exemplo que o Cavaco deu, que por acaso aconteceu com ele, é similar ao atual. Não se trata de vingança referir isso, mas de um facto. Soares ouviu outras personalidades, depois de uma moção de censura. Agora, existe uma moção de rejeição. É quase a mesma coisa. As duas coisas implicam a demissão de um governo. Só se o Cavaco fosse parvo e arrogante, entre outras coisas, é que não ouvia ninguém numa situação destas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-18 13:38:10
va la...

Deputado do PS pede desculpa pela reação a Cavaco
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-18 13:41:55
va la...

Deputado do PS pede desculpa pela reação a Cavaco

Pediu desculpa por medo que o Cavaco se vingue e não dê posse ao Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-18 16:58:38
ouve la lark, os mercados sao atrasados mentais... nao vale a pena tentar ouvir o que eles querem dizer
isto eh verdade para qq situacao

observação vazia de significado e substância...

L

vazio e sem significado eh interpretar o que "os mercados dizem", ate parece que estas a consultar a carta astrologica
basta olhar para situacoes passadas, nao pensas ? por exemplo vai ver o que os mercados te "diziam" enquanto o subprime estava a bombar em 2005 e 2006
"diziam" para comprar mais e que nao havia motivos para alarme, nao eh?

mas fica com a tua crenca, tenho mais que fazer que fazer-te mudar de ideias. se os factos nao conseguem .

já estás a querer fundir a junta da cabeça outra vez...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pedro.J50 em 2015-11-18 18:11:22
Eu acho que Cavaco NÃO VAI nomear o Costa.
Dias atrás disse que um Governo de gestão  este em posse durante meses..., e por outro lado anda a receber muitos banqueiros....

" Honrar o Tratado Orçamental é essencial, defende José Félix Morgado. Só isso permitirá, diz, que continuem as reformas estruturais. "Esse é um tema que nos preocupa", admite o presidente da Caixa Económica Montepio Geral.

José Félix Morgado quer que o novo Governo, independentemente da cor política, respeite os compromissos internacionais, nomeadamente as regras orçamentais. É uma forma de manter as "reformas estruturais", disse a Cavaco Silva, numa altura em que o Chefe de Estado ainda não se decidiu sobre se vai nomear um governo de gestão, do PSD, ou um executivo liderado pelo PS. ..".

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/presidente_do_montepio_teme_retrocesso_e_pede_respeito_por_compromissos.html (http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/presidente_do_montepio_teme_retrocesso_e_pede_respeito_por_compromissos.html)


A receber tantos banqueiros não me parece que Cavaco nomeie Costa.
A ver vamos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-19 11:22:20
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Cavaco pode optar por “governo de transição” para resolver impasse

D.E.pt

Cavaco Silva prepara-se para fazer novas exigências aos partidos. O Presidente tem ao seu dispor uma solução semelhante à que usou em 2013: exigir a Costa eleições antecipadas.

Nem deixar o Governo de Passos Coelho em gestão, nem dar posse incondicional a António Costa. O Presidente da República está também a avaliar a possibilidade de optar por um “governo de transição” para resolver o impasse político, apurou o Económico junto de fonte próxima de Belém.

O Chefe de Estado antecipou o calendário e vai começar a ouvir as formações partidárias com assento parlamentar já amanhã. Cavaco Silva, apurou ainda o Económico, prepara-se para fazer novas exigências aos partidos. E aqui cabe um novo cenário que, dentro do quadro constitucional, pode sustentar um “governo de transição”: o Presidente pode dar posse a António Costa, mas exigir ao líder do PS um prazo para se demitir no próximo ano, levando assim o novo Presidente que sair das eleições de Janeiro a convocar novas legislativas. Uma solução que Belém poderia justificar como sendo a melhor forma de legitimar nas urnas a proposta de um governo PS com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda que António Costa apresentou.

Não é a primeira vez que o Presidente pondera esta solução. Cavaco Silva jogou esta mesma cartada para tentar resolver a crise política do Verão de 2013, na sequência do pedido de demissão de Paulo Portas, propondo um acordo de médio prazo entre PSD, CDS e PS e prometendo em troca eleições antecipadas para Junho de 2014, aquando do final do programa de ajustamento. Uma hipótese que acabou por não avançar.

Os cenários conhecidos em cima da mesa até agora apontam para três soluções ao alcance do Presidente: dar posse a um Governo do PS apoiado nos acordos com o PCP e BE; manter o Executivo de Passos Coelho em gestão até o novo Presidente da República convocar eleições (o que só pode acontecer a partir de Abril do próximo ano); ou a hipótese mais remota - uma vez que já por várias vezes foi afastada por Cavaco - de convocar um governo de iniciativa presidencial.

Em entrevista ao Económico a 5 de Novembro, José Pedro Aguiar-Branco já deixava uma pista sobre uma quarta via. “Se apresentar uma coligação alternativa, dado que não corresponde ao sentido de voto dos portugueses, devia ser ele, António Costa, o primeiro a querer sufragar essa alternativa nas urnas”, defendeu o ministro da Defesa e histórico social-democrata, lembrando que até mesmo Alexis Tsipras “fez isso na Grécia”.

Audições continuam em Belém

O Chefe de Estado começou a ouvir várias instituições na semana passada - audições que interrompeu para uma visita à Madeira na segunda e terça-feira. Ontem recebeu seis banqueiros em Belém e o presidente da Associação Portuguesa de Bancos (ver texto ao lado) e hoje ouvirá o que pensam sete economistas sobre a situação política actual.

Do leque de personalidades que passaram por Belém nos últimos dias, Cavaco tem ouvido opiniões diferentes, mas com uma tónica comum: a necessidade de uma solução que garanta estabilidade ao país e que vincule Portugal ao cumprimento dos seus compromissos internacionais.

O Económico sabe que a solução para o impasse político foi amplamente debatida no encontro promovido por Passos Coelho e Paulo Portas na terça-feira no hotel Tivoli, em Lisboa, para discutir a situação política e constitucional. Na reunião, à porta fechada, que contou com juristas, constitucionalistas e políticos, a hipótese de um governo de transição também foi debatida.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 11:49:38

Citar
Cavaco pode optar por “governo de transição” para resolver impasse
O Chefe de Estado antecipou o calendário e vai começar a ouvir as formações partidárias com assento parlamentar já amanhã. Cavaco Silva, apurou ainda o Económico, prepara-se para fazer novas exigências aos partidos. E aqui cabe um novo cenário que, dentro do quadro constitucional, pode sustentar um “governo de transição”: o Presidente pode dar posse a António Costa, mas exigir ao líder do PS um prazo para se demitir no próximo ano, levando assim o novo Presidente que sair das eleições de Janeiro a convocar novas legislativas. Uma solução que Belém poderia justificar como sendo a melhor forma de legitimar nas urnas a proposta de um governo PS com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda que António Costa apresentou.

Está-se mesmo a ver o Costa a ir na conversa.  ::)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-19 11:57:12

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Cavaco pode optar por “governo de transição” para resolver impasse
O Chefe de Estado antecipou o calendário e vai começar a ouvir as formações partidárias com assento parlamentar já amanhã. Cavaco Silva, apurou ainda o Económico, prepara-se para fazer novas exigências aos partidos. E aqui cabe um novo cenário que, dentro do quadro constitucional, pode sustentar um “governo de transição”: o Presidente pode dar posse a António Costa, mas exigir ao líder do PS um prazo para se demitir no próximo ano, levando assim o novo Presidente que sair das eleições de Janeiro a convocar novas legislativas. Uma solução que Belém poderia justificar como sendo a melhor forma de legitimar nas urnas a proposta de um governo PS com apoio do PCP e do Bloco de Esquerda que António Costa apresentou.

Está-se mesmo a ver o Costa a ir na conversa.  ::)

nesse caso... no soup for you !
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-19 12:07:42

Estes atentados em Paris, respeitando as vítimas, foi um contra tempo para o Costa,
deu tempo e margem de manobra a Cavaco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-19 12:09:51

Estes atentados em Paris, respeitando as vítimas, foi um contra tempo para o Costa,
deu tempo e margem de manobra a Cavaco.

Sim, agora só se fala nos terroristas de França.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-19 12:13:39
Acho que é improvável a hipótese de um “governo de transição”, pq o Cavaco termina o mandato a 9 de Março. Seria estranho se o Cavaco propusesse ao Costa governar só até Fevereiro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 12:29:23
Eu acho improvável que passe sequer pela cabeça do Cavaco tentar exigir essa solução ao Costa. Para mim, o PR não tem essa margem/poder de negociação, por um lado, e o Costa NUNCA aceitaria tal cenário, por outro.

O Costa já jogou a sua cartada---que é um tudo-ou-nada---e vai sempre sustenta-la na legitimidade/legalidade da ideia da "maioria de esquerdas" no parlamento, o que torna a possibilidade de uma demissão-a-prazo um óbvio contrasenso à própria base da ideia.

Sinceramente, parece-me que este cenário nem se coloca ao PR.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-19 12:35:24
PS insulta o PR para depois culpar o PR pelo clima de insultos :

http://observador.pt/2015/11/18/carlos-cesar-responsabiliza-cavaco-por-incontinencia-verbal-entre-os-partidos/ (http://observador.pt/2015/11/18/carlos-cesar-responsabiliza-cavaco-por-incontinencia-verbal-entre-os-partidos/)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-19 13:29:57
Acho que a hipótese de um "governo de transição" poderia acontecer se o Cavaco nomeasse um outro primeiro ministro da mesma cor politica, do género da Manuela Ferreira Leite ou alguém que tivesse disposto a ficar lá apenas temporariamente, até poder haver eleições. Mas como está no texto em cima, o Cavaco já afastou a hipótese de governos de iniciativa presidencial no passado.

As alternativas parecem estar limitadas a governo de gestão ou dar posse ao Costa.

No entanto, eu acho que se o Cavaco optar por um governo de gestão, a esquerda, depois de mandar vir com o Cavaco, aceita fazer uma "revisão constitucional extraordinária" para permitir novas eleições legislativas "já". Ou seja, aceita a proposta que o Passos fez há dias.
Mas essa é uma jogada arriscada, pq depende do que os partidos de esquerda vão fazer depois no parlamento. No caso de eles não aceitarem novas eleições, a esquerda pode obrigar o Passos governar à esquerda enquanto fica em gestão, aprovando alguns diplomas no parlamento, nomeadamente, o do aumento do salário mínimo e da reversão de algumas privatizações, e isso seria estranho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 14:02:22
Acho que a hipótese de um "governo de transição" poderia acontecer se o Cavaco nomeasse um outro primeiro ministro da mesma cor politica, do género da Manuela Ferreira Leite ou alguém que tivesse disposto a ficar lá apenas temporariamente, até poder haver eleições. Mas como está no texto em cima, o Cavaco já afastou a hipótese de governos de iniciativa presidencial no passado.

As alternativas parecem estar limitadas a governo de gestão ou dar posse ao Costa.

No entanto, eu acho que se o Cavaco optar por um governo de gestão, a esquerda, depois de mandar vir com o Cavaco, aceita fazer uma "revisão constitucional extraordinária" para permitir novas eleições legislativas "já". Ou seja, aceita a proposta que o Passos fez há dias.
Mas essa é uma jogada arriscada, pq depende do que os partidos de esquerda vão fazer depois no parlamento. No caso de eles não aceitarem novas eleições, a esquerda pode obrigar o Passos governar à esquerda enquanto fica em gestão, aprovando alguns diplomas no parlamento, nomeadamente, o do aumento do salário mínimo e da reversão de algumas privatizações, e isso seria estranho.

Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-19 14:06:45
Acho que a hipótese de um "governo de transição" poderia acontecer se o Cavaco nomeasse um outro primeiro ministro da mesma cor politica, do género da Manuela Ferreira Leite ou alguém que tivesse disposto a ficar lá apenas temporariamente, até poder haver eleições. Mas como está no texto em cima, o Cavaco já afastou a hipótese de governos de iniciativa presidencial no passado.

As alternativas parecem estar limitadas a governo de gestão ou dar posse ao Costa.

No entanto, eu acho que se o Cavaco optar por um governo de gestão, a esquerda, depois de mandar vir com o Cavaco, aceita fazer uma "revisão constitucional extraordinária" para permitir novas eleições legislativas "já". Ou seja, aceita a proposta que o Passos fez há dias.
Mas essa é uma jogada arriscada, pq depende do que os partidos de esquerda vão fazer depois no parlamento. No caso de eles não aceitarem novas eleições, a esquerda pode obrigar o Passos governar à esquerda enquanto fica em gestão, aprovando alguns diplomas no parlamento, nomeadamente, o do aumento do salário mínimo e da reversão de algumas privatizações, e isso seria estranho.

Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.

isso faria sentido se o costa achasse que se conseguiria manter no cargo durante o tempo dum governo de gestao ate as eleicoes
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 14:30:10
Acho que a hipótese de um "governo de transição" poderia acontecer se o Cavaco nomeasse um outro primeiro ministro da mesma cor politica, do género da Manuela Ferreira Leite ou alguém que tivesse disposto a ficar lá apenas temporariamente, até poder haver eleições. Mas como está no texto em cima, o Cavaco já afastou a hipótese de governos de iniciativa presidencial no passado.

As alternativas parecem estar limitadas a governo de gestão ou dar posse ao Costa.

No entanto, eu acho que se o Cavaco optar por um governo de gestão, a esquerda, depois de mandar vir com o Cavaco, aceita fazer uma "revisão constitucional extraordinária" para permitir novas eleições legislativas "já". Ou seja, aceita a proposta que o Passos fez há dias.
Mas essa é uma jogada arriscada, pq depende do que os partidos de esquerda vão fazer depois no parlamento. No caso de eles não aceitarem novas eleições, a esquerda pode obrigar o Passos governar à esquerda enquanto fica em gestão, aprovando alguns diplomas no parlamento, nomeadamente, o do aumento do salário mínimo e da reversão de algumas privatizações, e isso seria estranho.

Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.

isso faria sentido se o costa achasse que se conseguiria manter no cargo durante o tempo dum governo de gestao ate as eleicoes

Embora uma saída do Costa seja uma hipótese real nesse cenário (porque não atingiu os seus objectivos--nem um governo de esquerdas, nem ser PM), o que é que tu achas que o Costa acha? Ele iria continuar agarrado ao poder dentro do PS até às eleições, até porque já obteve uma espécie de consenso clarificador interno, mantendo todos os objectivos, mas adiando-os por seis meses.

--

Uma questão. Li num artigo qualquer,  já não sei onde, que uma hipotética alteração à constituição, com o intuito de permitir eleições "já" (na notação do João), seria um processo moroso que apenas anteciparia realmente as eleições cerca de um mês (em relação ao governo de gestão, que duraria seis meses). Estes "cálculos" estão correctos? 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-19 14:34:33
Acho que a hipótese de um "governo de transição" poderia acontecer se o Cavaco nomeasse um outro primeiro ministro da mesma cor politica, do género da Manuela Ferreira Leite ou alguém que tivesse disposto a ficar lá apenas temporariamente, até poder haver eleições. Mas como está no texto em cima, o Cavaco já afastou a hipótese de governos de iniciativa presidencial no passado.

As alternativas parecem estar limitadas a governo de gestão ou dar posse ao Costa.

No entanto, eu acho que se o Cavaco optar por um governo de gestão, a esquerda, depois de mandar vir com o Cavaco, aceita fazer uma "revisão constitucional extraordinária" para permitir novas eleições legislativas "já". Ou seja, aceita a proposta que o Passos fez há dias.
Mas essa é uma jogada arriscada, pq depende do que os partidos de esquerda vão fazer depois no parlamento. No caso de eles não aceitarem novas eleições, a esquerda pode obrigar o Passos a governar à esquerda enquanto fica em gestão, aprovando alguns diplomas no parlamento, nomeadamente, o do aumento do salário mínimo e da reversão de algumas privatizações, e isso seria estranho.

Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.

Seria igualmente ou ainda mais "proveitoso" para a direita passar a ideia de que a esquerda tinha medo de eleições e culpando-a por haver um Orçamento em duodécimos. Por causa disso, é que acho que a esquerda aceitaria a proposta do Passos.
Do ponto de vista eleitoral, tanto a esquerda como a direita podem tentar capitalizar votos nessa situação.
A hipótese de um governo de gestão pode é ser pior financeiramente para o país.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 14:54:26
Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.

Seria igualmente ou ainda mais "proveitoso" para a direita passar a ideia de que a esquerda tinha medo de eleições e culpando-a por haver um Orçamento em duodécimos. Por causa disso, é que acho que a esquerda aceitaria a proposta do Passos.
Do ponto de vista eleitoral, tanto a esquerda como a direita podem tentar capitalizar votos nessa situação.
A hipótese de um governo de gestão pode é ser pior financeiramente para o país.

Passar as culpas de um Orçamento por duodécimos para a esquerda DEPOIS de o Cavaco ter escolhido um governo de gestão não seria lá grande estratégia, me thinks---muito complicado de colar perante a opinião pública.

Uma alteração à Constituição parece-me a hipótese mais remota de todas,  pelo menos face às manifestações que já houve, quer da esquerda, quer de alguns constitucionalistas, defendendo por um lado que não se altera a constituição ao sabor de falhanços eleitorais, e por outro que o mecanismo que neste momento define a impossibilidade de um PR em final de mandato de convocar eleições (para proteger por uns tempos uma hipótese de governo eleita nas urnas e no parlamento) é aquilo que faz sentido---e que a revisão de 82 foi elogiada também por ter garantido este mecanismo de protecção.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-19 18:22:40
Não creio. Seria mais "proveitoso" capitalizar politicamente o "golpe" do Cavaco (que ficaria na história com o Presidente que recusou dar sequência a uma vontade maioritária no parlamento, e que ao mesmo tempo tornou dificílima a governação no país), e deixar arder o Passos em lume brando ao longo de 6 meses (atado, e a ver propostas da esquerda a serem aprovadas umas atrás das outras).

Mas isto já é um grande "se". O mais provável é o Costa ser empossado.

Seria igualmente ou ainda mais "proveitoso" para a direita passar a ideia de que a esquerda tinha medo de eleições e culpando-a por haver um Orçamento em duodécimos. Por causa disso, é que acho que a esquerda aceitaria a proposta do Passos.
Do ponto de vista eleitoral, tanto a esquerda como a direita podem tentar capitalizar votos nessa situação.
A hipótese de um governo de gestão pode é ser pior financeiramente para o país.

Passar as culpas de um Orçamento por duodécimos para a esquerda DEPOIS de o Cavaco ter escolhido um governo de gestão não seria lá grande estratégia, me thinks---muito complicado de colar perante a opinião pública.

Uma alteração à Constituição parece-me a hipótese mais remota de todas,  pelo menos face às manifestações que já houve, quer da esquerda, quer de alguns constitucionalistas, defendendo por um lado que não se altera a constituição ao sabor de falhanços eleitorais, e por outro que o mecanismo que neste momento define a impossibilidade de um PR em final de mandato de convocar eleições (para proteger por uns tempos uma hipótese de governo eleita nas urnas e no parlamento) é aquilo que faz sentido---e que a revisão de 82 foi elogiada também por ter garantido este mecanismo de protecção.

Acho que não seria assim tão dificil virar o eleitorado contra o PS, uma vez que parte dele já se encontra dividido, por o Costa querer "governar à força", com um acordo com o resto da esquerda, e depois de ter perdido as eleições. E, no caso de haver um governo de gestão, o Costa ficaria com dificuldade para justificar ao povo o motivo porque não queria eleições. Não fica bem a nenhum líder rejeitar eleições, ainda mais quando se encontra na oposição. O Costa tb não recusou categoricamente essa hipótese. Acho que ele apenas tem esperança que essa hipótese não se coloque. Neste momento, o Costa faz o seu papel de alguém que quer ir para o governo, e diz que, “não há crise política se não a criarem” e que “estão criadas todas as condições para haver um novo Governo”, mas o contexto mudará se o Cavaco não o indigitar. Mas tb digo que o cenário mais provável é do Costa ser indigitado primeiro ministro.

Em relação aos constitucionalistas, já se percebeu que há uns de direita e outros de esquerda, mas as opiniões politicas deles importam pouco ou nada. Quanto a mim, eles deviam limitar-se a dizer se determinada coisa é inconstitucional ou não. No caso em concreto, da revisão constitucional extraordinária para permitir novas eleições, mesmo aqueles que dizem que são contra, não dizem que é inconstitucional.
O problema é que é necessário uma maioria de 2/3 dos deputados para que tal aconteça.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-19 18:37:51
Na minha opinião o costa vai ser PM mais cedo ou mais tarde.

O gajo perdeu as eleições mas depois houve ali umas jogadas e ele começou a sonhar...e o sonho comanda a vida! O costa hoje em dia sente-se o grande vencedor das eleições!

É um idiota narcisista. O mesmo que dizia que o PSD é que chamou o FMI e usava isso como campanha contra a coligação.

O que ele tem ali, de futuro, não é nenhuma coligação de esquerda, tem ali um governo minoritário com uns outros deputados a dizerem que vão apoiar votar favoravelmente algumas coisas que eles próprios quiseram ver a votos e pronto.

O Costa está...fdd e nós tb
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-19 20:35:48
Acho que não seria assim tão dificil virar o eleitorado contra o PS, 1 - uma vez que parte dele já se encontra dividido, por o Costa querer "governar à força", com um acordo com o resto da esquerda, e depois de ter perdido as eleições. 2 - E, no caso de haver um governo de gestão, o Costa ficaria com dificuldade para justificar ao povo o motivo porque não queria eleições. Não fica bem a nenhum líder rejeitar eleições, ainda mais quando se encontra na oposição. O Costa tb não recusou categoricamente essa hipótese. Acho que ele apenas tem esperança que essa hipótese não se coloque. Neste momento, o Costa faz o seu papel de alguém que quer ir para o governo, e diz que, “não há crise política se não a criarem” e que “estão criadas todas as condições para haver um novo Governo”, mas o contexto mudará se o Cavaco não o indigitar. Mas tb digo que o cenário mais provável é do Costa ser indigitado primeiro ministro.

3 - Em relação aos constitucionalistas, já se percebeu que há uns de direita e outros de esquerda, mas as opiniões politicas deles importam pouco ou nada. Quanto a mim, eles deviam limitar-se a dizer se determinada coisa é inconstitucional ou não. No caso em concreto, da revisão constitucional extraordinária para permitir novas eleições, mesmo aqueles que dizem que são contra, não dizem que é inconstitucional.
O problema é que é necessário uma maioria de 2/3 dos deputados para que tal aconteça.

1 - O eleitorado do PS não se encontra dividido dessa maneira que imaginas, como parecem mostrar as sondagens mais recentes (em que o PSD tinha subido 3% e o PS 0,1%). Foram feita antes ainda de terem sido anunciadas as medidas do programa do PS, e quanto a elas (medidas do programa) estou de acordo com o Incognitus: têm um potencial bastante eleitoralista, capazes de angariar ainda mais votos do que na eleições. A ideia de ele querer "governar à força" (expressão com a qual não me identifico pessoalmente) tem peso junto no eleitorado de direita, mas não do da esquerda, incluindo votantes no BE e PCP.

2 - Não seria "rejeitar eleições", seria rejeitar uma alteração à Constituição para satisfazer os desejos da direita num caso de apuro político, e este é um ponto onde é importante haver esta separação de ideias. Não me parece nada difícil justificar assim o caso perante a opinião pública. E mais uma vez, o eleitorado que votou esquerda, vai permanecer ao lado da esquerda

3 - Sim, é verdade que há uns de esquerda e uns de direita, mas tem-se assistido a constitucionalistas de direita (como o Jorge Miranda) a manifestarem-se contra uma alteração desta natureza à Constituição. Quanto ao limitarem o seu discurso manifestando-se apenas em relação ao que é ou não é constitucional, também não concordo. As opinião sobre quaisquer ideias a propósito da Constituição são sempre enriquecedoras do debate político público, até para as camadas sociais que estão mais afastadas deste conhecimento, e devem ser abertamente manifestadas por quem tem esse saber---é um benefício democrático. Não vejo, paralelamente, nenhum problema que daí possa advir.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-19 23:20:40
Citar
Os caprichos da democracia

por Henrique Monteiro, em 19.11.15
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-19 23:42:13
comico !

! No longer available (http://www.youtube.com/watch?v=mppToAt6RUs#)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-19 23:48:10
Citar
Os caprichos da democracia

por Henrique Monteiro, em 19.11.15

as eleições parlamentares francesas têm 2ª volta.
a democracia permite-o perfeitamente.
também acho que com 2 voltas a coisa funcionaria melhor. implica duas idas às urnas, como nas presidenciais.
a ordem constitucional portuguesa não acomodou este procedimento suponho que para não eliminar os pequenos partidos da representação parlamentar.
os resultados com duas voltas seriam bastante diferentes. O BE desaparecia. O PCP teria uma representação parlamentar muito superior.
o PS tenderia a ter muito melhores resultados nas zonas urbanas. O CDS só teria representação parlamentar quando concorresse em coligação com o PSD.
coisa que não aconteceria se houvesse um sistema de duas voltas. para que é que o PSD quereria oferecer lugares ao CDS?
resumindo: com duas voltas o CDS e BE desapareciam. O PS seria sobrerepresentado. O PCP seria muuuito sobrerepresentado.

be careful what you wish for...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-19 23:55:18
dava isto (http://www.computerworld.com.pt/media/2015/10/eleicoes-Esri.jpg)  ;D

o rio tejo e fronteira
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-19 23:58:52
Jsebastião, em relação ao Jorge Miranda, ele é socialista. O PS já o nomeou para algumas coisas, como por exemplo, provedor de justiça. Ele dá opiniões sempre a favor do PS.
Em relação ao eleitorado estar dividido ou não, e se o Costa aceitará ou não eleições, é uma coisa que acho que só saberemos se o Cavaco não der posse ao Costa, o que neste momento é o menos provável.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 00:05:44
dava isto
o rio tejo e fronteira

não dava isso reg

as regiões metropolitanas de lisboa e porto teriam resultados muitissimo diferentes. na segunda volta todo o pcp e be votariam no ps. a paf não teria mais votos na segunda que na primeira volta.
em muitos círculos, mesmo que com um mau resultado global da esquerda, o ps elegeria deputados removendo deputados da paf.
dificilmente a esquerda perderia mesmo com resultados similares a 2011.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-20 00:29:32
Jsebastião, em relação ao Jorge Miranda, ele é socialista. O PS já o nomeou para algumas coisas, como por exemplo, provedor de justiça. Ele dá opiniões sempre a favor do PS.
Em relação ao eleitorado estar dividido ou não, e se o Costa aceitará ou não eleições, é uma coisa que acho que só saberemos se o Cavaco não der posse ao Costa, o que neste momento é o menos provável.

O constitucionalista Jorge Miranda até é um bom exemplo, pq eu disse que os constitucionalistas não deviam dar opiniões politicas e que deviam limitar-se a dizer que determinada coisa é inconstitucional ou não. Pois nota-se em praticamente tudo o que ele diz que não é imparcial, como acho que deveria ser. Só nos últimos 2 meses, ele disse publicamente que apoiava o candidato presidencial de esquerda Sampaio da Nóvoa, disse que a privatização da TAP não deveria ter sido fechada pelo governo, considerou que Cavaco Silva foi "excessivo" no discurso, e disse tb que o Costa devia ser chamado a governar. Se formos a ver mais para trás, as opiniões mantêm-se à esquerda. Em 2014 disse que o Passos estava a abrir uma crise politica. Em 2012 chamou o Passos de neoliberal... Ele é bastante parcial...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-20 10:40:33
O Passos já "atirou a toalha ao chão".

Citar
Passos Coelho afirma em Belém que "cabe ao PS constituir Governo"

Pedro Passos Coelho foi hoje o primeiro líder partidário recebido por Cavaco Silva nas audiências que o Presidente da República fará aos partidos com assento parlamentar. À saída do encontro, Passos afirmou aos jornalistas que o seu partido “não vê solução na coligação de esquerda”.

O PS pretende substituir um governo eleito por um “de minoria apoiado por partidos mais radicais, anti-europeus, anti-responsabilidades assumidas por Portugal em termos de defesa, como com a NATO”, acusou Passos Coelho à saída da audiência com o Cavaco Silva.

“O Partido Socialista não tem garantia que o seu próximo OE possa ser aprovado por estas forças políticas”, apontou o líder da coligação Portugal à Frente, repetindo o que alguns membros do PSD e CDS-PP vêm dizendo: “O Partido Socialista não pode voltar-se para os partidos que derrubou no parlamento pedindo-lhes apoio no futuro”. Mas também “não pode por certeza acreditar” que PCP, PEV e BE o apoie no governo.

“Transmitimos ao PR o seguinte: se as circunstâncias constitucionais o permitissem, era nossa opinião que deveria convocar eleições. Uma vez que está vedada pela constituição, cabe ao PS construir uma solução de governo que corresponda àquilo que o próprio PS disse que era indispensável e sem o que não derrubaria o governo, ter maioria estável, duradoura e credível, que ainda não tem”. Passos afirmou ainda, nas declarações aos jornalistas à saída de Belém, que “transmitimos ao Presidente da República que é agora ao PS que cabe uma solução política que vá ao encontro das necessidades que o país tem”, designadamente “manter as condições para a recuperação do país que têm vindo a processar-se nos últimos anos”.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-20 13:06:13
Jsebastião, em relação ao Jorge Miranda, ele é socialista. O PS já o nomeou para algumas coisas, como por exemplo, provedor de justiça. Ele dá opiniões sempre a favor do PS.
Em relação ao eleitorado estar dividido ou não, e se o Costa aceitará ou não eleições, é uma coisa que acho que só saberemos se o Cavaco não der posse ao Costa, o que neste momento é o menos provável.

João, não sabia. Não sabia que ele tinha virado a casaca - e já foi há uma décadas.  :-\

Em todo o caso, mantenho a minha opinião sobre a liberdade de "expressão-social" que os constitucionalistas devem ter---mesmo que seja "biased" (e então será biased para todos os lados). Vejo mais vantagens em haver debate público com o seu contributo, do que debate público com o seu silêncio.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-11-20 14:18:36
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 14:28:46
o medo comunistas e esse ir governar como outros vai ser fim do PCP
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 14:30:00
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?

exactamente....
é incompreensível

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 14:36:19
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?

exactamente....
é incompreensível

L

depois controlo capitais grecia  e falencia bancos no chipre

quem tem depositos tem motivos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 14:37:25
O Passos já "atirou a toalha ao chão".

Citar
Passos Coelho afirma em Belém que "cabe ao PS constituir Governo"

Pedro Passos Coelho foi hoje o primeiro líder partidário recebido por Cavaco Silva nas audiências que o Presidente da República fará aos partidos com assento parlamentar. À saída do encontro, Passos afirmou aos jornalistas que o seu partido “não vê solução na coligação de esquerda”.

O PS pretende substituir um governo eleito por um “de minoria apoiado por partidos mais radicais, anti-europeus, anti-responsabilidades assumidas por Portugal em termos de defesa, como com a NATO”, acusou Passos Coelho à saída da audiência com o Cavaco Silva.

“O Partido Socialista não tem garantia que o seu próximo OE possa ser aprovado por estas forças políticas”, apontou o líder da coligação Portugal à Frente, repetindo o que alguns membros do PSD e CDS-PP vêm dizendo: “O Partido Socialista não pode voltar-se para os partidos que derrubou no parlamento pedindo-lhes apoio no futuro”. Mas também “não pode por certeza acreditar” que PCP, PEV e BE o apoie no governo.

“Transmitimos ao PR o seguinte: se as circunstâncias constitucionais o permitissem, era nossa opinião que deveria convocar eleições. Uma vez que está vedada pela constituição, cabe ao PS construir uma solução de governo que corresponda àquilo que o próprio PS disse que era indispensável e sem o que não derrubaria o governo, ter maioria estável, duradoura e credível, que ainda não tem”. Passos afirmou ainda, nas declarações aos jornalistas à saída de Belém, que “transmitimos ao Presidente da República que é agora ao PS que cabe uma solução política que vá ao encontro das necessidades que o país tem”, designadamente “manter as condições para a recuperação do país que têm vindo a processar-se nos últimos anos”.

finalmente..
uma aceitação um bocado cheia de mas e coisa e tal...
suponho que o partido não aceitaria menos que isso.
mas era algo que eu esperava da parte dele. talvez um pouco mais cedo.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 14:39:06
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?

exactamente....
é incompreensível

L

depois controlo capitais grecia  e falencia bancos no chipre

quem tem depositos tem motivos

todos sabemos perfeitamente que nada disso vai acontecer...
porque é o que o pessoal de direita tem ser such a drama queen?
take it like a man
umas vezes perde-se outras ganha-se.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: karnuss em 2015-11-20 14:40:45
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?

exactamente....
é incompreensível

L

depois controlo capitais grecia  e falencia bancos no chipre

quem tem depositos tem motivos

todos sabemos perfeitamente que nada disso vai acontecer...
porque é o que o pessoal de direita tem ser such a drama queen?
take it like a man
umas vezes perde-se outras ganha-se.

L

Concordo plenamente, Lark. Parece que aqui no fórum, e no resto do país, há muita gente de esquerda e direita que continua a viver em 1975. Traumas passados, talvez seja a explicação. Felizmente sou um bocadinho mais arejado, nasci em 1980 e cresci sob o Reaganismo  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 14:45:01
qual 1975 isso e modernismo neoliberal

isto e 1917 camaradas  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-20 15:42:10
todos sabemos perfeitamente que nada disso vai acontecer...
porque é o que o pessoal de direita tem ser such a drama queen?
take it like a man
umas vezes perde-se outras ganha-se.

L


O PS governar não trás drama nenhum. O problema é que desta vez quem ganhou perdeu. :-)

Seja como for, há pessoas de direita a levar as coisas numa boa e sem stress, como se percebe neste episódio da tomada de posse do governo de direita. :-)

Citar
O mote tinha sido dado por Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, momentos antes ao subir as escadas do Palácio. “Daqui a 15 dias és tu a subir esta escadaria”, disse para João Galamba, socialista apontado como provável secretário de Estado de um eventual governo liderado por António Costa.
[url]http://observador.pt/2015/10/30/o-governo-tem-fim-anunciado-o-beija-mao-nao-daqui-a-duas-semanas-estou-ca-outra-vez/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/10/30/o-governo-tem-fim-anunciado-o-beija-mao-nao-daqui-a-duas-semanas-estou-ca-outra-vez/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 15:45:22
O Ps nao governa isso e certo

o PS vai pedir por favor ao PSD/CDS/PCP/BE para aceitarem os decretos  :D


e certo governo vai ser minoria
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-20 16:07:13
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 16:12:23
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-20 16:18:59
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

vai ler a constituicao lark, o presidente pode fazer o que lhe apetecer desde que justificado como necessario para a estabilidade do governo
a constituicao ao ser omissa permite-lhe praticamente qq coisa

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 16:27:03
 PCP/BE  num menisterio

como   cultura  era igual aos do PS e PSD 

cultura sempre foi  abundancia e distribuiçao.... seja qual for o governo

A segurança social tambem era vaca leiteira distribuiçao  mas hoje dia e bomba vai rebentar...ja nao serve..

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-20 17:45:27
Não percebo porque é que continua tudo tão excitado e nervoso. O presidente decidirá, não é drama nenhum. Cavaco não é nenhum gangster, e se o PS formar governo não vêm aí aos monstros comunistas que comem criancinhas ao pequeno almoço. Estamos na UE e sob regras comunitárias, lembram-se?

Bem, uma parte dos monstros já estão no acordo entre o PS e o BE+PCP, resultando a prazo num país com um nível de vida inferior ao que seria de outra forma ...

Penso que ninguém vê outros monstros que não esses, de resto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-20 19:43:40
O maior receio vem do PCP, que quer puxar para si a liderança nas comissões de inquérito da AR
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 19:56:20
O maior receio vem do PCP, que quer puxar para si a liderança nas comissões de inquérito da AR

não percebi pedras,

quem é que tem receio?

o PCP?

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-20 19:58:17
Não Lark

Os PaF :)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-20 20:06:31
Não Lark

Os PaF :)

pois... nomeadamente o Paulinho da Feiras.
se começam a esmiuçar novamente o negócio dos submarinos e agora o negócio TAP/Azul, pode ser uma chatice.
podemos vir a ter outro 44.
diria até que a histeria toda é mais por isso do que por outra coisa qualquer.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-20 20:13:57
Não Lark

Os PaF :)

pois... nomeadamente o Paulinho da Feiras.
se começam a esmiuçar novamente o negócio dos submarinos e agora o negócio TAP/Azul, pode ser uma chatice.
podemos vir a ter outro 44.
diria até que a histeria toda é mais por isso do que por outra coisa qualquer.

L

Bem, os submarinos talvez.

Mas a TAP? A TAP não é propriamente um tesouro escondido.

O que devia ser realmente investigado, foi a compra da Portugália pela TAP ... isso ocorreu em Novembro de 2006, nem sei quem era governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-20 20:46:03
O PS.  Claro!

A compra foi para aliviar o espírito santo
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 20:46:53
Quem mais privatizou foi ps

grande negocio fez amorim com galp...

Grande guterres foi mais neoliberal de todos
http://observador.pt/2014/12/17/tap-privatizacao-falhada-de-guterres/ (http://observador.pt/2014/12/17/tap-privatizacao-falhada-de-guterres/) :D

se nao fosse Falência da Swissair hoje tap era suiça

Ao longo dos últimos 15 anos, o Estado privatizou mais de 40 empresas, encaixando cerca de 22 mil milhões de euros. Foi durante os seis anos de Governo socialista que as privatizações renderam mais dinheiro - quase 16 mil milhões de euros.

António Guterres aproveitou os anos de euforia das bolsas para conseguir encaixes recordes, através da venda de uma vintena de empresas de áreas tão distintas quanto a petroquímica, a banca, o tabaco, ou a pasta e papel. As 37 operações feitas por Guterres representaram um encaixe de 15 920 milhões de euros, dos quais 7695 milhões foram entregues ao Fundo de Regularização da Dívida Pública.

Entre as empresas entregues a privados contam-se algumas das maiores do país, como a Portugal Telecom (PT), a Cimpor e a Secil, cuja privatização tinha sido iniciada por Cavaco Silva. No caso da PT, o Governo anterior tinha privatizado apenas 27,3%, com Guterres a colocar no mercado a fatia de leão, de 70%, que representou um encaixe de 4463 milhões de euros. Hoje, o maior accionista da PT é o Grupo Banco Espírito Santo.

Mas a EDP e a Brisa foram privatizadas exclusivamente pelo Governo de Guterres. Com a venda de 68% da eléctrica, o Estado encaixou 6169 milhões de euros - quase tanto quanto todas as privatizações feitas por Cavaco Silva. Os quase 90% da Brisa renderam 1875 milhões de euros.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=453866 (http://www.jn.pt/PaginaInicial/Interior.aspx?content_id=453866)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: kitano em 2015-11-20 20:49:46
Incrível...o jeronimo hoje colocou uma gravata!
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 21:05:49
Tirando transportes e CGD nao ha mais nada para vender pois nao?

Ha o perigo do ps ir salvar empresarios falidos amigos..

como o caso portugalia/tap

ainda podem usar a CGD como o Vara... :(
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 21:24:33
Incrível...o jeronimo hoje colocou uma gravata!

Nao usar gravata e uma moda da esquerda caviar camarada
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-20 21:50:31
O maior receio vem do PCP, que quer puxar para si a liderança nas comissões de inquérito da AR


não percebi pedras,

quem é que tem receio?

o PCP?

L


O Bloco ganhou muitos votos com isso comissões de inquérito ao Bes
No caso BPN tambem foram unicos contra..
http://www.dn.pt/politica/interior/so-bloco-de-esquerda-vota-contra-relatorio-sobre-bpn-2889650.html (http://www.dn.pt/politica/interior/so-bloco-de-esquerda-vota-contra-relatorio-sobre-bpn-2889650.html)
http://www.dinheirovivo.pt/invalidos/pesadelo-bpn-vai-custar-mais-25-mil-milhoes-de-euros-ao-estado/ (http://www.dinheirovivo.pt/invalidos/pesadelo-bpn-vai-custar-mais-25-mil-milhoes-de-euros-ao-estado/)
isto fui eu amador em 30 minutos...sei isto >:(

eu so digo isto porque vem ai banif montepios novo banco e tal...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-21 00:24:03
Citar
Passos Coelho em entrevista à RTP: esquerda tenta "conciliar o inconciliável"
[url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/passos-coelho-em-entrevista-a-rtp-siga-aqui-ao-minuto_e875594#[/url] ([url]http://www.rtp.pt/noticias/politica/passos-coelho-em-entrevista-a-rtp-siga-aqui-ao-minuto_e875594#[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-21 02:21:12
Há muito para investigar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-21 03:10:20
O poder dos credores já devia estar na dívida existente -- ninguém teria emprestado dinheiro à TAP de outra forma. Não é propriamente uma surpresa se assim for. Se assim não for, os credores teriam sido incompetentes (tipo a CGD com o Berardo).

Isto é extraordinariamente provável. idem para CP, Metro, etc.

Ou seja, é demagógico pensar que isso seria um esquema qualquer.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-21 17:55:57
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-21 18:11:36
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.

certo.

o presidente indigita uma personalidade. é um acto voluntário, propositado e que tem um significado político de expressão de confiança na pessoa indigitada.
Aconteceu que o PR perdeu a confiança política no Sr. Lopes.  e disse-o claramente. tivesse a maioria apontado outro nome e muito provavelmente o PR
tê-lo-ia indigitado e não teria havido lugar a eleições.
O sampaio não confiava no Lopes. nem ele nem ninguém.

resumindo: o poder do PR centra-se (e não é um poder pequeno) na indigitação da personalidade que vai formar e liderar o governo. Tem que ser da confiança do PR.
O PR pode recusar-se a empossar o Costa na base da sua falta de confiança no homem. Aí o PS - ou outra força política baseada num acordo de maioria parlamentar - teria que lhe apresentar outro nome.

Mas o PR não tem nem que botar palavra na formação do governo. essa é uma prerrogativa do primeiro ministro indigitado.

O PR pode recusar o nome, a pessoa, que vai formar e liderar o governo.
Não tem poderes para se pronunciar no processo de formação do governo. tem apenas que garantir que o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-21 18:55:00
nao ha e confiança nos desunidos

o costa sozinho nao manda nada....

Portugal vai ser unico pais europa a por partido minoritario sozinho no governo

todos medidas vao ser discutidas no parlamento...algumas vao ser bem piores que proposta de nacionalizar os transportes pelo pcp....

resto mundo a ver...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-21 18:58:39
nao ha e confiança nos desunidos

o costa sozinho nao manda nada....

Portugal vai ser unico pais europa a por partido minoritario sozinho no governo

todos medidas vao ser discutidas no parlamento...algumas vao ser bem piores que proposta de nacionalizar os transportes pelo pcp....

resto mundo a ver...

acho que vais ter uma grande surpresa.
eu diria que isto vai ser um governo para duas legislaturas. no mínimo.
mas nada como esperar para ver não é?
o importante é não esquecer as previsões que se fazem hoje, para no futuro as rever.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-21 18:59:38
nao ha e confiança nos desunidos

o costa sozinho nao manda nada....

Portugal vai ser unico pais europa a por partido minoritario sozinho no governo

todos medidas vao ser discutidas no parlamento...algumas vao ser bem piores que proposta de nacionalizar os transportes pelo pcp....

resto mundo a ver...


acho que vais ter uma grande surpresa.
eu diria que isto vai ser um governo para duas legislaturas. no mínimo.
mas nada como esperar para ver não é?
o importante é não esquecer as previsões que se fazem hoje, para no futuro as rever.

L


ainda nao sao governo ja PCP queria nacionalizar a Tap.....
http://economico.sapo.pt/noticias/pcp-ja-apresentou-projecto-para-reverter-privatizacao-da-tap_234557.html (http://economico.sapo.pt/noticias/pcp-ja-apresentou-projecto-para-reverter-privatizacao-da-tap_234557.html)

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-21 19:02:56
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.

certo.

o presidente indigita uma personalidade. é um acto voluntário, propositado e que tem um significado político de expressão de confiança na pessoa indigitada.
Aconteceu que o PR perdeu a confiança política no Sr. Lopes.  e disse-o claramente. tivesse a maioria apontado outro nome e muito provavelmente o PR
tê-lo-ia indigitado e não teria havido lugar a eleições.
O sampaio não confiava no Lopes. nem ele nem ninguém.

resumindo: o poder do PR centra-se (e não é um poder pequeno) na indigitação da personalidade que vai formar e liderar o governo. Tem que ser da confiança do PR.
O PR pode recusar-se a empossar o Costa na base da sua falta de confiança no homem. Aí o PS - ou outra força política baseada num acordo de maioria parlamentar - teria que lhe apresentar outro nome.

Mas o PR não tem nem que botar palavra na formação do governo. essa é uma prerrogativa do primeiro ministro indigitado.

O PR pode recusar o nome, a pessoa, que vai formar e liderar o governo.
Não tem poderes para se pronunciar no processo de formação do governo. tem apenas que garantir que o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa.

L

errado.

o PM pode perfeitamente pedir que o governo inclua os diferentes partidos da coligacao. e ate ja o fez no passado. nao vai eh andar a dizer em que ministerios.
o lark so diz coisas erradas, parece um relogio ao contrario. ate deviamos manter um track record
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: jeab em 2015-11-22 10:20:44
http://youtu.be/S9FTlI1KuJA (http://youtu.be/S9FTlI1KuJA)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-22 11:59:13
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.

certo.

o presidente indigita uma personalidade. é um acto voluntário, propositado e que tem um significado político de expressão de confiança na pessoa indigitada.
Aconteceu que o PR perdeu a confiança política no Sr. Lopes.  e disse-o claramente. tivesse a maioria apontado outro nome e muito provavelmente o PR
tê-lo-ia indigitado e não teria havido lugar a eleições.
O sampaio não confiava no Lopes. nem ele nem ninguém.

resumindo: o poder do PR centra-se (e não é um poder pequeno) na indigitação da personalidade que vai formar e liderar o governo. Tem que ser da confiança do PR.
O PR pode recusar-se a empossar o Costa na base da sua falta de confiança no homem. Aí o PS - ou outra força política baseada num acordo de maioria parlamentar - teria que lhe apresentar outro nome.

Mas o PR não tem nem que botar palavra na formação do governo. essa é uma prerrogativa do primeiro ministro indigitado.

O PR pode recusar o nome, a pessoa, que vai formar e liderar o governo.
Não tem poderes para se pronunciar no processo de formação do governo. tem apenas que garantir que o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa.

L

errado.

o PM pode perfeitamente pedir que o governo inclua os diferentes partidos da coligacao. e ate ja o fez no passado. nao vai eh andar a dizer em que ministerios.
o lark so diz coisas erradas, parece um relogio ao contrario. ate deviamos manter um track record

O PR (e não o PM) pode pedir virtualmente AQUILO QUE QUISER ao Costa. Ponto assente. A Constituição é omissa. Até pode pedir que o Costa lhe engraxe os sapatos no Palácio de Belém se quiser ser PM. Mas não vai pedir AQUILO QUE NÃO TEM PODER NEGOCIAL, ou um mínimo de probabilidade, PARA GARANTIR QUE SUCEDA, se não ou é parvo ou quer deliberadamente provocar uma crise política (e é parvo na mesma). Na fase em que nos encontramos, o PR já pediu, em tom zangado, aquilo que pretendia, quando fez a declaração ao país a dizer que ia indigitar o Passos. As coisas não correram como esperava, porque 1. o Costa arranjou uns papéis com umas assinaturas, 2. governo foi derrubado no Parlamento. O PM esgotou a margem probabilística, de incerteza, que tinha nesse momento, e agora já não pode "pedir" , mais nada ao Costa. Não faz nenhum sentido que peça ao Costa que o governo inclua os vários partidos, ou um acordo só em vez de 3, porque sabe que isso não sucederá.

O argumento de que "já sucedeu no passado" não pode ser transposto para o caso actual sem considerar os contextos. O contexto actual, depois de tudo o que se passou no último mês, depois das asneiras todas que o Cavaco fez, não permite essa margem de "negociação".
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-22 19:02:37
sim, o PR. eu falava em abstracto, eu acho que ele vai indigitar o Costa.
 
neste caso pode nao pedir nada apenas porque sabe que nao quer um governo de gestao.

mas se tiver preparado para as consequencias pede o que lhe apetecer ao Costa e o poder negocial vem precisamente de estar preparado para a alternativa
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-22 19:16:01
Vao andar mais um ano  com politicas populistas pensar  novas elecoes 

vai ser a mesma coisa PSD/CDS fez com sobretaxa irs  so caso PS/BE/PCP vai ser quadruplicar.....





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 10:47:41
O Cavaco chamou o Costa para falar com ele às 11h.
Vamos lá ver se o Cavaco vai ou não fazer alguma exigência do género do BE e CDU irem para o governo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-23 10:53:00
O Cavaco chamou o Costa para falar com ele às 11h.
Vamos lá ver se o Cavaco vai ou não fazer alguma exigência do género do BE e CDU irem para o governo.

Não acredito que diga isso. A resposta do costa era, Fonix, com esses!!! vai tu... hehehehehe
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 11:00:30
a "esquerda" vai-se comecar a matar entre si mal consigam o que querem, ja tenho as pipocas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 11:53:02
O Costa já foi ouvido durante 35 minutos e não disse nada aos jornalistas, mas a presidência da republica divulgou um documento que foi entregue ao Costa.

Citar
Presidência da República divulga documento entregue ao Secretário-Geral do Partido Socialista

O Presidente da República recebeu hoje, em audiência, o Secretário-Geral do Partido Socialista, a quem entregou o seguinte documento contendo questões com vista a uma futura solução governativa:

Face à crise política criada pela aprovação parlamentar da moção de rejeição do programa do XX Governo Constitucional que, nos termos do artigo 195 da Constituição da República Portuguesa, determina a sua demissão, o Presidente da República decidiu, após audição dos partidos políticos representados na Assembleia da República, dos parceiros sociais e de outros agentes económicos, encarregar o Secretário-Geral do Partido Socialista de desenvolver esforços tendo em vista apresentar uma solução governativa estável, duradoura e credível.

Nesse sentido, o Presidente da República solicitou ao Secretário-Geral do Partido Socialista a clarificação formal de questões que, estando omissas nos documentos, distintos e assimétricos, subscritos entre o Partido Socialista, o Bloco de Esquerda, o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista “Os Verdes”, suscitam dúvidas quanto à estabilidade e à durabilidade de um governo minoritário do Partido Socialista, no horizonte temporal da legislatura:

a)   aprovação de moções de confiança;
b)   aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016;
c)   cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português, nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
d)   respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
e)   papel do Conselho Permanente de Concertação Social, dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
f)   estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.

O esclarecimento destas questões é tanto mais decisivo quanto a continuidade de um governo exclusivamente integrado pelo Partido Socialista dependerá do apoio parlamentar das forças partidárias com as quais subscreveu os documentos “Posição Conjunta sobre situação política” e quanto os desafios da sustentabilidade da recuperação económica, da criação de emprego e da garantia de financiamento do Estado e da economia se manterão ao longo de toda a XIII legislatura.

[url]http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=98124[/url] ([url]http://www.presidencia.pt/?idc=10&idi=98124[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-23 11:56:09
A resposta tem que ser por escrito? ;D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 12:08:04
A resposta tem que ser por escrito? ;D

Provavelmente sim.  :-)

A alínea C parece-me interessante, porque tanto BE como CDU têm dito que são contra o Tratado Orçamental.

Vamos lá ver quanto tempo é que vão demorar para responderem às alíneas.  :-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-23 12:11:41
A resposta tem que ser por escrito? ;D

Provavelmente sim.  :-)

A alínea C parece-me interessante, porque tanto BE como CDU têm dito que são contra o Tratado Orçamental.

Vamos lá ver quanto tempo é que vão demorar para responderem às alíneas.  :-)

Mas o cavaco também acho que tá a pedir demais, basicamente ele tá a pedir que os comunas deixem de o ser.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-23 12:14:04
Eheheh, o Cavaco a entalar o Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-23 12:16:22
O Cavaco Silva nunca se importou com cumprir tratados, veja-se o de Maastricht, quer que se cumpram agora.

Está todo cagado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 12:19:22
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar 
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 12:20:21
O Cavaco Silva nunca se importou com cumprir tratados, veja-se o de Maastricht, quer que se cumpram agora.

Está todo cagado

esta cagado de tanto rir
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 12:35:13
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-23 12:40:19
A primeira ministra Catarina Martins ontem disse que não iam fica à espera do Cavaco para reverter as medidas do governo anterior.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=800193 (http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=800193)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 12:42:00
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

nunca os comunistas vao deixar de votar contra uma coisa em que nao acreditam, por isso eh que nada disso esta no acordo
o plano do PS deve ser contar com a abstencao do PSD/CDS... assim sendo mesmo com o voto contra dos comunistas passaria tudo
mas eu nao contaria com isso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 12:51:55
No caso de haver um governo de gestão (continua a ser o menos provável), a estratégia da esquerda é obrigar (ou ameaçar que obriga) o Passos a governar à esquerda aprovando os diplomas no parlamento, mas alguns desses diplomas, senão todos, podem depois ser rejeitados pelo presidente da republica. :-)





Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-23 12:54:49
Cá vamos nós outra vez para mais umas semanas de impasse...

Por acaso até concordo com estes pedidos, mas deviam ter sido feitos há um mês atrás---em vez daquela declaração irada, unilateral e sem uma objectividade palpável. É uma conversa/reunião que chega tarde.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 13:01:21
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

nunca os comunistas vao deixar de votar contra uma coisa em que nao acreditam, por isso eh que nada disso esta no acordo
o plano do PS deve ser contar com a abstencao do PSD/CDS... assim sendo mesmo com o voto contra dos comunistas passaria tudo
mas eu nao contaria com isso

Acho que o plano do PS é contar com a abstenção do BE e CDU, mesmo nas coisas em que esses partidos não estão a favor.

PSD e CDS vão votar contra quase tudo, inclusivé contra o OE. Passos e Portas já deram a entender isso.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 13:05:27
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

nunca os comunistas vao deixar de votar contra uma coisa em que nao acreditam, por isso eh que nada disso esta no acordo
o plano do PS deve ser contar com a abstencao do PSD/CDS... assim sendo mesmo com o voto contra dos comunistas passaria tudo
mas eu nao contaria com isso

Acho que o plano do PS é contar com a abstenção do BE e CDU, mesmo nas coisas em que esses partidos não estão a favor.

PSD e CDS vão votar contra quase tudo, inclusivé contra o OE. Passos e Portas já deram a entender isso.

o BE nao sei mas o PCP nunca se ira abster, vai ser contra tudo o que sempre foi
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 13:05:55
O Costa disse que vai responder ainda hoje por escrito às 6 alíneas (sem falar com BE e CDU).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 13:08:05
O Costa disse que vai responder ainda hoje por escrito às 6 alíneas (sem falar com BE e CDU).

LOL

vai tentar dar uma tanga ao Cavaco para ver se passa... a alternativa tambem nao existe pois o BE e PCP nao vao aceitar nada daquilo

estou particularmente curioso na resposta em relacao a mocao de confianca, os comunistas nao vao nisso mas ao mesmo tempo nao se entende como eh que
ha um acordo "solido" que nao permite uma mocao de confianca
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-23 13:14:42
o BE nao sei mas o PCP nunca se ira abster, vai ser contra tudo o que sempre foi

Acho que PCP e BE não vão votar contra o OE, a não ser que a Comissão Europeia não aceite o OE do PS e depois o novo OE não tenha algumas medidas que estão nos acordos. Mas falaremos disso mais tarde.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-23 13:18:23
o BE nao sei mas o PCP nunca se ira abster, vai ser contra tudo o que sempre foi

Acho que PCP e BE não vão votar contra o OE, a não ser que a Comissão Europeia não aceite o OE do PS e depois o novo OE não tenha algumas medidas que estão nos acordos. Mas falaremos disso mais tarde.

nao falava do primeiro OE mas sim de coisas relacionadas com a NATO ou a UE ou ate coisas imprevistas como bancos
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-23 13:19:19
imprevistas....se ha coisa mais certa sao aumentos capital dos bancos...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-23 13:26:44
O Costa disse que vai responder ainda hoje por escrito às 6 alíneas (sem falar com BE e CDU).

??? (isto parece ao mesmo tempo surreal e previsível)

Surreal porque é tipo reposta-na-ponta-da-língua, sem tempo de reflexão ou diálogo, e previsível face a ideia de que o Costa pode não querer mexer uma palha (por não ter margem de manobra junto do PCP e BE) para alterar as condições dos acordos---e assim devolve a decisão ao Cavaco, que fica obrigado a decidir, novamente, entre um governo de gestão e aquilo que tem neste momento como "garantias" da esquerda.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-23 13:30:16
Por outro lado... isto são só pedidos de esclarecimento. Por enquanto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-23 17:25:55
Citar
Cavaco só responsabiliza Costa. Jerónimo e Catarina dispensados de assinar

O Presidente quer que Costa se responsabilize pelo que não ficou escrito com Bloco, PCP e Verdes. E dispensa assinaturas de Catarina e Jerónimo. Indigitação está muito próxima.

Não haverá mais pressão, nem novas exigências de Belém: o Presidente da República entregou esta segunda-feira uma carta a António Costa, pedindo uma resposta “formal” a seis “dúvidas” que lhe levanta a sua proposta de um Governo do PS, com apoio parlamentar das bancadas à esquerda. Mas é só isso que Cavaco Silva quer: que António Costa se responsabilize pela solução que vier, por escrito, nomeadamente com as garantias que o PS tem dado no discurso político, mas que ficaram de fora dos três documentos assinados com Bloco de Esquerda, PCP e Verdes.

A carta, confirmou o Observador, bastará ao Presidente. Dispensando-se até as assinaturas de Jerónimo de Sousa e de Catarina Martins – porque é ao líder do PS que compete toda a responsabilidade sobre o que se seguirá, na versão do Presidente. A carta de Costa servirá outro propósito: que o seu sucessor em Belém fique com o registo “formal” dos compromissos que Costa assume para governar. Ao primeiro não cumprido, ficará um argumento para que o inquilino de Belém decida como entender, diz uma fonte ao Observador.

Texto integral: [url]http://observador.pt/2015/11/23/cavaco-so-responsabiliza-costa-jeronimo-e-catarina-dispensados-de-assinar/[/url] ([url]http://observador.pt/2015/11/23/cavaco-so-responsabiliza-costa-jeronimo-e-catarina-dispensados-de-assinar/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-23 17:36:13
teve bem o cavaco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: D. Antunes em 2015-11-23 20:23:37
o cavaco esteve bem, nao esta a pedir nada de especial mas os comunistas vao-se passar

O Cavaco está a ser coerente. As alíneas c) e d) foram referidas em todos os seus discursos anteriores.

Agora, vai depender até que ponto vão as exigências do Cavaco. BE e CDU não vão dizer que são a favor do Tratado Orçamental, nem da Nato. O máximo que podem dizer é que respeitarão a posição do PS nesses temas. Se isso for suficiente para o Cavaco, não vai haver problema. Se não for suficiente, vai haver problema.

Parece-me suficiente, uma vez que não irão para o governo. Apenas terão que não derrubar o governo e deixá-lo governar com o seu programa rosa avermelhado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-23 21:21:55
teve bem o cavaco.

Fez o lógico, agora quero ver as assinaturas "em branco" de PCP e BE :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-23 23:11:35
Amanhã já devemos ter PM. O Costa vai lá outra vez às 11.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-24 01:50:34
http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/dividendos/detalhe/sonae_portucel_e_semapa_pagam_268_milhoes_em_dividendos_extraordinarios.html (http://www.jornaldenegocios.pt/mercados/bolsa/dividendos/detalhe/sonae_portucel_e_semapa_pagam_268_milhoes_em_dividendos_extraordinarios.html)
No total a Sonae, Portucel e Semapa vão pagar 268 milhões de euros aos accionistas em dividendos extraordinários, com a remuneração a traduzir rendibilidades acima de 3,5%.
 A Altri, a Corticeira Amorim e a Jerónimo Martins já tinham anunciado o mesmo e os pagamentos serão também efectuados até ao final de 2015. Uma corrida ao pagamento de dividendos até final do ano, que é pouco comum

http://observador.pt/2015/11/06/paulo-fernandes-doa-acoes-da-altri-aos-filhos-no-valor-de-38-milhoes/ (http://observador.pt/2015/11/06/paulo-fernandes-doa-acoes-da-altri-aos-filhos-no-valor-de-38-milhoes/)

Diria que Costa ja la esta

olhem para smart money a despachar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-24 08:00:07
Ora aqui está mais uma ideia para extorquir dinheiro sem que se diga que se aumentou os impostos
E se os medicamentos fossem pagos em função dos rendimentos? (http://www.publico.pt/sociedade/noticia/maria-de-belem-lidera-projecto-que-defende-medicamentos-pagos-em-funcao-dos-rendimentos-1715356)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-24 10:39:16
Amanhã já devemos ter PM. O Costa vai lá outra vez às 11.


Citar
As seis tarefas (mais uma) de Costa

por Henrique Monteiro, em 24.11.15
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-24 14:39:24
Mesmo que o Cavaco dê posse ao Costa. Há coisas engraçadas que ele podia requerer. Por exemplo, requerer que BE e CDU também participem no governo. Há quem diga que ele pode fazer isso, mas não sei se fará.

evidentemente que não pode.
o presidente indigita uma personalidade, uma pessoa, para formar governo.
a responsabilidade da composição do governo é dessa pessoa. não do presidente. mesmo num governo de iniciativa presidencial (do qual, constitucionalmente,  já não existe a possibilidade).

L

Não sou nenhum expert, mas já ouvi comentários que em 2004, Sampaio fez exigências em relação a certas posições governamentais.

certo.

o presidente indigita uma personalidade. é um acto voluntário, propositado e que tem um significado político de expressão de confiança na pessoa indigitada.
Aconteceu que o PR perdeu a confiança política no Sr. Lopes.  e disse-o claramente. tivesse a maioria apontado outro nome e muito provavelmente o PR
tê-lo-ia indigitado e não teria havido lugar a eleições.
O sampaio não confiava no Lopes. nem ele nem ninguém.

resumindo: o poder do PR centra-se (e não é um poder pequeno) na indigitação da personalidade que vai formar e liderar o governo. Tem que ser da confiança do PR.
O PR pode recusar-se a empossar o Costa na base da sua falta de confiança no homem. Aí o PS - ou outra força política baseada num acordo de maioria parlamentar - teria que lhe apresentar outro nome.

Mas o PR não tem nem que botar palavra na formação do governo. essa é uma prerrogativa do primeiro ministro indigitado.

O PR pode recusar o nome, a pessoa, que vai formar e liderar o governo.
Não tem poderes para se pronunciar no processo de formação do governo. tem apenas que garantir que o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa.

L

Eu percebo o que estás a dizer e já o sabia.
Agora, parece-me que estás a ser um pouco naif em relação ao que o PR pode fazer e ao que pode acontecer numa "negociação".
O PR pode não dizer directamente ou "de chofre" quero fulano o u sicrano. Mas pode deixar implícito que a pessoa A no lugar Z não é muito do seu agrado.
E pelas descrições que já ouvi, Jorge Sampaio fez algumas exigências sobre posições governativas e as figuras que as iriam ocupar.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-24 14:45:03
Mais uma coisa:

A tua última frase têm muito que se lhe diga:

" o governo a formar tem uma base parlamentar que ofereça estabilidade governativa"

O Governo liderado por Santana tinha uma base parlamentar muito mais firme que o XXI Governo que tomou posse hoje e tinha membros de ambos os partidos no Governo.
E mesmo assim Sampaio usou a "bomba". Quer se queira ou não, usou poderes discricionários (mas válidos ao PR). Usou o seu julgamento pessoal, algo que se critica tanto, quando o PR é de outro espectro político.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-24 20:05:28
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L

bom, esta troca de impressões foi em 5 de outubro.
hoje 24 de novembro, depois de um teatro de fazer inveja aos artistas japoneses de kabuki (https://en.wikipedia.org/wiki/Kabuki) , 51 dias de espectáculo elaborado, temos algo que era claramente previsível que víriamos a ter.
Quase dois meses perdidos. Na altura em que se deve estar a preparar o orçamento.

Bravo sr silva!
fazer pior era difícil...

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-24 22:22:03
50 dias depois eu so vejo governo minoritario na mesma  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-24 23:13:02
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L

bom, esta troca de impressões foi em 5 de outubro.
hoje 24 de novembro, depois de um teatro de fazer inveja aos artistas japoneses de kabuki (https://en.wikipedia.org/wiki/Kabuki) , 51 dias de espectáculo elaborado, temos algo que era claramente previsível que víriamos a ter.
Quase dois meses perdidos. Na altura em que se deve estar a preparar o orçamento.

Bravo sr silva!
fazer pior era difícil...

L

O consenso da população portuguesa achava que o Cavaco devia dar posse ao Passos e que, se o governo caisse, Costa devia governar. O Cavaco fez aquilo que era mais consensual.

E fez mais do que Soares socialista, que em 87 se recusou a dar posse um governo PS e PRD, que tinha igualmente o apoio do PCP.

Se Cavaco quisesse ser tendencioso e direitista, teria optado por um governo de gestão.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-24 23:24:01
augusto santos silva para ministro dos negocios estrangeiros, haha
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 00:37:10
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L

bom, esta troca de impressões foi em 5 de outubro.
hoje 24 de novembro, depois de um teatro de fazer inveja aos artistas japoneses de kabuki (https://en.wikipedia.org/wiki/Kabuki) , 51 dias de espectáculo elaborado, temos algo que era claramente previsível que víriamos a ter.
Quase dois meses perdidos. Na altura em que se deve estar a preparar o orçamento.

Bravo sr silva!
fazer pior era difícil...

L

O consenso da população portuguesa achava que o Cavaco devia dar posse ao Passos e que, se o governo caisse, Costa devia governar. O Cavaco fez aquilo que era mais consensual.

E fez mais do que Soares socialista, que em 87 se recusou a dar posse um governo PS e PRD, que tinha igualmente o apoio do PCP.

Se Cavaco quisesse ser tendencioso e direitista, teria optado por um governo de gestão.

João, esta é daquelas coisas em que a realidade não é binária,  em que não há apenas um ZERO de um lado e um UM do outro, ou seja, há uma série contínua de comportamentos que constituem meios termos entre um lado e o outro (entre o tendencioso e o neutro), sendo que, ao verificarmos factualmente que ele não fez as mesmas exigências ao Passos que fez ao Costa, então podemos inferir que houve um comportamento descriminatório e tendencioso. Pode não ter sido MUITO tendencioso (aí teríamos um governo de gestão), mas não foi de todo neutro. Alguns comentadores falam nesta diferença de tratamento.




Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-25 00:43:01
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-25 00:47:57
O governo sem maioria absoluta do paf vai cair na 1ª moção de censura.

porque é que achas que o PaF vai sequer formar governo?

L

Então?

O PSD n tem mais mandatos que o PS?

à partida sim, se não houver surpresa nos círculos da emigração.
mas se houver uma intenção declarada da oposição de não deixar passar o programa de governo assim como a disposição, da mesma oposição, em formar governo?
não faria muito sentido a PaF sequer iniciar o trabalho de formar governo. o convite para formar governo seria endereçado a uma eventual coligação à esquerda.
outra coisa seria uma iniciativa fútil e uma perda de tempo.

assumindo que há vontade à esquerda de formar um governo maioritário, claro. PS+BE+CDU ou PS+BE com um acordo de incidência parlamentar com a CDU.
PS+BE têm mais assentos parlamentares que PSD+CDS.

neste momento, nada me parece claro nem evidente. tudo depende do Costa. e do BE e do PCP, claro.

L

bom, esta troca de impressões foi em 5 de outubro.
hoje 24 de novembro, depois de um teatro de fazer inveja aos artistas japoneses de kabuki (https://en.wikipedia.org/wiki/Kabuki) , 51 dias de espectáculo elaborado, temos algo que era claramente previsível que víriamos a ter.
Quase dois meses perdidos. Na altura em que se deve estar a preparar o orçamento.

Bravo sr silva!
fazer pior era difícil...

L

sem eleicoes ainda era mais rapido e eficiente, acho que o lark tem razao
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 01:04:45
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.

Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-25 01:12:10
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.

Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.

nao tem a ver com ter mais votos mas com a confusao ideologica que eh a "uniao a esquerda" e que nao augura nada de bom qd o governo tiver de tratar dos assuntos que os divide
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-25 01:13:24
deves estar brincar

PSD/CDS governaram coligados


PCP/PS/BE  nem hoje tem condiçoes aplicar programa quando faltar dinheiro >:(   

governos nao vao coligados para governo sao fracos na europa nunca vi....... 

a primeira vez  hoje :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-25 01:21:37
nao precisa de faltar dinheiro, os problemas surgirao sem isso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-25 01:21:46
Vai sair amanha uma noticia de um jornal que diz que o Cavaco está irritado com Costa e que vai voltar a chamá-lo. Liguei a TV e estavam a falar das capas dos jornais para a amanha e não percebi de que jornal é, mas acho que a noticia é falsa. Embora fosse engraçado se a noticia fosse verdadeira. :-)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 01:39:35
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.


Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.


nao tem a ver com ter mais votos mas com a confusao ideologica que eh a "uniao a esquerda" e que nao augura nada de bom qd o governo tiver de tratar dos assuntos que os divide


Neo, eu concordo com essas "exigências", mas à Coligação também devia ter sido exigido o mesmo, até porque há um histórico de quase quebra e de quase crise política (que terminou no célebre caso do "irrevogável revogável").

Já agora: http://www.tsf.pt/programa/forum_tsf.html (http://www.tsf.pt/programa/forum_tsf.html) (cliquem no programa "Fórum TSF: As dúvidas do Presidente (1ª parte)" -> minuto 2:20, primeiro, e minuto 26:30 depois. Os dois comentadores de serviço falam do assunto)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 01:42:39
Vai sair amanha uma noticia de um jornal que diz que o Cavaco está irritado com Costa e que vai voltar a chamá-lo. Liguei a TV e estavam a falar das capas dos jornais para a amanha e não percebi de que jornal é, mas acho que a noticia é falsa. Embora fosse engraçado se a noticia fosse verdadeira. :-)

Que o Cavaco está irritado com o Costa, é do conhecimento público, e que vai voltar a chamá-lo, também... mas é para lhe "indicar" que o governo será aceite.  :D

Mais a sério, bom, bom era conhecer o conteúdo da carta que o PS enviou para a presidência.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: pedras11 em 2015-11-25 01:47:08
Vai sair amanha uma noticia de um jornal que diz que o Cavaco está irritado com Costa e que vai voltar a chamá-lo. Liguei a TV e estavam a falar das capas dos jornais para a amanha e não percebi de que jornal é, mas acho que a noticia é falsa. Embora fosse engraçado se a noticia fosse verdadeira. :-)

Que o Cavaco está irritado com o Costa, é do conhecimento público, e que vai voltar a chamá-lo, também... mas é para lhe "indicar" que o governo será aceite.  :D

Mais a sério, bom, bom era conhecer o conteúdo da carta que o PS enviou para a presidência.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 02:36:41
Não percebo. Que diferença poderá fazer ao Cavaco que os nomes propostos pelo PS sejam conhecidos de antemão? No meio dos jogos políticos e agressões com que temos sido brindados nos últimos dois meses, parece-me um assunto sem qualquer relevância ou importância prática.

Não será antes mais um simples caso de sensacionalismo jornalístico?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-25 07:36:30
Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.
Não concordo. No caso da PAF não havia pontos omissos. Havia um programa que foi a eleições e que ganhou. Era com esse programa que iam governar, se passasse na AR. Só faria sentido pedir alguma clarificação se porventura o PS aceitasse suportar o governo PSD no parlamento.

Já no caso do PS estamos a falar de 3 programas diferentes que foram a sufrágio, em muitos pontos completamente antagónicos. Faz sentido pedir essa clarificação (e, diga-se, é inaceitável que a resposta do PS não seja pública).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-25 12:21:49
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.

Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.

O que é que ia pedir ao Coelho? Que mostrasse que garantias tinha de o seu próprio bloco votar de certa maneira em moções, etc? E o mesmo nunca mostrou problemas com NATOs e afins ...

Além de ter sido o mais votado, também não tinha acordo parlamentar com alguém que tivesse dito coisas dessas ...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-25 12:23:36
A diferença de tratamento justifica-se. O PSD/CDS ganharam as eleições e seriam sempre chamados para formar governo. Podiam era cair logo de seguida, como aconteceu.


Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.


nao tem a ver com ter mais votos mas com a confusao ideologica que eh a "uniao a esquerda" e que nao augura nada de bom qd o governo tiver de tratar dos assuntos que os divide


Neo, eu concordo com essas "exigências", mas à Coligação também devia ter sido exigido o mesmo, até porque há um histórico de quase quebra e de quase crise política (que terminou no célebre caso do "irrevogável revogável").

Já agora: [url]http://www.tsf.pt/programa/forum_tsf.html[/url] ([url]http://www.tsf.pt/programa/forum_tsf.html[/url]) (cliquem no programa "Fórum TSF: As dúvidas do Presidente (1ª parte)" -> minuto 2:20, primeiro, e minuto 26:30 depois. Os dois comentadores de serviço falam do assunto)


nao faz sentido pedir o mesmo a coligacao pois sao ideologicamente muito compativeis, o que os dividiu no passado foram acima de tudo problemas pessoais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Thunder em 2015-11-25 12:26:01
E ambos teriam participação governativa, com Ministérios, Secr. de Estado, etc
Título: ue
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 17:20:56
Aquela diferença de tratamento justifica-se pelo facto de a coligação ter tido mais votos nas eleições? Não vejo qualquer relação entre as duas coisas.

Eu até nem acho que o Cavaco tenha feito mal em ter pedido o que pediu ao Costa (uma clarificação e uma responsabilização nos pontos que achou omissos - e que estão de facto omissos nos acordos entre as esquerdas), acho mal é que não tenha tido as mesmas exigêncas com ao Passos Coelho.

O que é que ia pedir ao Coelho? Que mostrasse que garantias tinha de o seu próprio bloco votar de certa maneira em moções, etc? E o mesmo nunca mostrou problemas com NATOs e afins ...

Além de ter sido o mais votado, também não tinha acordo parlamentar com alguém que tivesse dito coisas dessas ...

Parece-me mais ou menos óbvio que tinha de pedir ao Coelho aquilo que pediu ao Costa: condições de governabilidade. Que o Coelho não lhe podia dar. E por isso não pediu. Na esperança de que alguns deputados furassem a disciplina de voto e o governo não caísse.

Mantenho a minha opinião---faz sentido o Cavaco ter pedido as garantias adicionais de governabilidade ao Costa, mas para ser coerente e isento teria de ter pedido a mesma coisa ao Coelho. Porventura não as mesma exactas alíneas (a da NATO dispensava-se), mas seguramente garantias suficientes para a aprovação do Orçamento para 2016, por exemplo.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 17:25:58
nao faz sentido pedir o mesmo a coligacao pois sao ideologicamente muito compativeis, o que os dividiu no passado foram acima de tudo problemas pessoais

Problemas pessoais derivados de divergências politicas.  :P
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-25 17:30:12
Quando PCP aceitar negociar com Ps como o PSD/CDS

acaba como todos na europa...
porque partido comunista so e forte em portugal?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-25 17:59:22
O consenso da população portuguesa achava que o Cavaco devia dar posse ao Passos e que, se o governo caisse, Costa devia governar. O Cavaco fez aquilo que era mais consensual.

E fez mais do que Soares socialista, que em 87 se recusou a dar posse um governo PS e PRD, que tinha igualmente o apoio do PCP.

Se Cavaco quisesse ser tendencioso e direitista, teria optado por um governo de gestão.

João, esta é daquelas coisas em que a realidade não é binária,  em que não há apenas um ZERO de um lado e um UM do outro, ou seja, há uma série contínua de comportamentos que constituem meios termos entre um lado e o outro (entre o tendencioso e o neutro), sendo que, ao verificarmos factualmente que ele não fez as mesmas exigências ao Passos que fez ao Costa, então podemos inferir que houve um comportamento descriminatório e tendencioso. Pode não ter sido MUITO tendencioso (aí teríamos um governo de gestão), mas não foi de todo neutro. Alguns comentadores falam nesta diferença de tratamento.

Não respondi a esta questão, pq achei que já tivesse sido respondida. Mas sabes se a PAF não tinha essas questões já referidas no programa de governo? Se calhar, já tinha. Sabes tb se o Cavaco não fez exigências ao Passos, quando governou? Dizem que fez. Dizem que exigiu que o CDS tivesse determinado nº de lugares no governo. E o Cavaco chegou até a obrigar o Passos a aceitar eleições antecipadas, depois do episódio da demissão irrevogável do Portas. O Seguro é que não quis chegar acordo com a direita numa matéria qualquer, que já não me lembro qual foi, e por isso, não houve eleições antecipadas.
Para além disso, quanto à PAF, não existia duvida de que era a favor do Tratado Orçamental e Nato, etc... pq PSD e CDS são a favor das duas coisas.
Quanto a um governo PS, com apoio de CDU e BE, é que podia existir dúvida, pq CDU e BE são contra as duas coisas.

O Cavaco teria sido MUITO tendencioso se não tivesse dado posse ao Costa. E mesmo assim, seria discutível, pq se poderia argumentar que o socialista Soares não deu posse a um governo PS, PRD, tb com apoio do PCP.

Sinceramente, acho mais que tu é que estás a ser MUITO tendencioso ao dizer que o Cavaco foi MUITO tendencioso  :) , por o Cavaco ter feito umas exigências que até consideraste que eram aceitáveis.
Eu acho até que já tinhas falado (e bem) de algumas antes mesmo do Cavaco falar delas. Falaste delas por causa dos discursos do Cavaco.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 18:33:01
Sinceramente, acho mais que tu é que estás a ser MUITO tendencioso ao dizer que o Cavaco foi MUITO tendencioso  :) , por o Cavaco ter feito umas exigências que até consideraste que eram aceitáveis.
Eu acho até que já tinhas falado (e bem) de algumas antes mesmo do Cavaco falar delas. Falaste delas por causa dos discursos do Cavaco.

João, logo respondo com mais tempo, mas eu não disse que o Cavaco foi MUITO tendencioso. O MUITO foi usado para relativizar o nível de "tendenciosismo" (eheh)---para contrapor ao teu "não foi tendendioso".

logo... (gotta run now)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tridion em 2015-11-25 18:50:11
Eu gosto do novo governo, experiência e caras conhecidas...falta só um PM que seja um animal político.

Parece que estamos outra vez em 2005.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-25 18:54:21
nao faz sentido pedir o mesmo a coligacao pois sao ideologicamente muito compativeis, o que os dividiu no passado foram acima de tudo problemas pessoais

Problemas pessoais derivados de divergências politicas.  :P

nao foi nenhum problema de base ideologica pois nao  ? nao ha nenhuma comparacao entre as 2 situacoes.
com a pseudo-coligacao de esquerda ja sabemos que aquilo rebenta a minima coisa pois nao concordam em qs nada em termos ideologicos
alias o PS esta muito mais prox do PSD do que do PCP ou BE, acho que sabes isso
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-25 19:12:22
Sinceramente, acho mais que tu é que estás a ser MUITO tendencioso ao dizer que o Cavaco foi MUITO tendencioso  :) , por o Cavaco ter feito umas exigências que até consideraste que eram aceitáveis.
Eu acho até que já tinhas falado (e bem) de algumas antes mesmo do Cavaco falar delas. Falaste delas por causa dos discursos do Cavaco.

João, logo respondo com mais tempo, mas eu não disse que o Cavaco foi MUITO tendencioso. O MUITO foi usado para relativizar o nível de "tendenciosismo" (eheh)---para contrapor ao teu "não foi tendendioso".

logo... (gotta run now)

Tens razão, li rapidamente e não li corretamente, mas, de um modo geral, acho que o Cavaco foi pouco ou nada tendencioso. Se ele quisesse ser tendencioso, poderia ter feito bem pior.

Eu acho que Cavaco, quando for a tomada de posse de Costa, poderá fazer questão de dar a entender de novo que preferia outra solução governativa, mas acho isso normal. Os presidentes podem ter opinião politica, mas devem tentar fazer aquilo que é mais consensual, e isso o Cavaco fez. Ele foi tb demasiado duro em um ou dois discursos, mas outros presidentes socialistas (Soares e Sampaio) foram igualmente duros em algumas situações. Acho que isso são coisas normais.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-25 19:23:37
Eu gosto do novo governo, experiência e caras conhecidas...falta só um PM que seja um animal político.

Parece que estamos outra vez em 2005.


....até parece que temos outro destes à vista.....eh.eh.....


(http://greensavers.sapo.pt/wp-content/gallery/um-oasis-peruano/oasis_a.jpg)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Tag em 2015-11-25 19:30:46
Será que esganiçadas conta como piropo?

http://www.publico.pt/politica/noticia/bloco-leva-piropo-ao-parlamento-com-punicao-ate-tres-anos-1670637 (http://www.publico.pt/politica/noticia/bloco-leva-piropo-ao-parlamento-com-punicao-ate-tres-anos-1670637)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 22:22:53
Eu acho que Cavaco, quando for a tomada de posse de Costa, poderá fazer questão de dar a entender de novo que preferia outra solução governativa, mas acho isso normal. Os presidentes podem ter opinião politica, mas devem tentar fazer aquilo que é mais consensual, e isso o Cavaco fez. Ele foi tb demasiado duro em um ou dois discursos, mas outros presidentes socialistas (Soares e Sampaio) foram igualmente duros em algumas situações. Acho que isso são coisas normais.

Quanto a estes pontos que apontas, estou concordante. Também penso que é a naturalidade política.

Para clarificar um pouco a minha posição sobre o tendenciosismo:

Na altura em que o Cavaco indigitou o Passos Coelho, há um mês atrás, eu considerei que era o passo lógico que devia de facto ter sido tomado. Vistas as coisas a esta distância, e depois das exigências que o Presidente fez agora ao Costa, mudei um pouco de opinião, pela forma como o Coelho foi "naturalmente aceite" para Primeiro Ministro, e precisamente pelo facto de não ter tido qualquer exigência por parte do Cavaco.

Ser tendencioso não é ter preferências, gostos, inclinações, whatever, em relação a determinadas matérias, ser tendencioso é ter dois pesos e duas medidas, consoante essas preferências.

Se a ideia do Cavaco era garantir um governo com "condições de governabilidade" (e estabilidade, e durabilidade e...), como parece ter demonstrado pelo modo como agiu em relação ao Costa/PS, então não fez absolutamente nada em relação a essa ideia com o Passos Coelho (não lhe exigiu que lhe apresentasse quaisquer garantias - pelo menos que sejam conhecidas publicamente), facto que é agravado pela configuração dos partidos na Assembleia, que em condição alguma permitiriam essas condições de governabilidade. Isto é ter dois pesos e duas medidas. Não digo que as exigências feitas ao Costa devessem ter sido iguais, ipsis verbis, para o Coelho (e lamento ter dado essa ideia nos comentários anteriores), porque obviamente as dúvidas em relação a uma união entre partidos com pilares ideológicos diferentes e partidos que partilham de um espaço muito próximo são diferentes, mas os objectivos dessas exigências, isso sim, é que deviam ser iguais (condições de governabilidade, estabilidade, durabilidade). No caso, nem sequer chegaram a existir para um dos lados. Isto é ser tendencioso.

Quanto ao facto de eu ser tendencioso, não posso negar totalmente que seja, mas até considero que sou muito pouco, pelo menos tomando como base comparativa os demais foristas do Thinkfn (tu és uma grande excepção, pelo que tenho tido oportunidade de ler, e haverá mais um ou outro que também escapam ao epíteto). Eu critico com bastante regularidade pessoas e actos, independentemente do quadrante político em que se encontram. Sou simpatizante de ideias de esquerda/centro, mas critico o Costa quando acho que ele faz asneira, tal como critico o Passos, o Sócrates (que considero o mais aldrabão e perigoso de todos), o Portas e o Cavaco. Apesar de estar naturalmente satisfeito (e esperançoso - essa palavra "esquerdista" e abominável que tanta gente detesta por aqui) com o governo que amanhã entra em funções, critico fortemente a forma como os acordos foram assinados, assim como (a ausência d') o seu conteúdo. Uma atitude que contrasta com a generalidade das intervenções aqui no fórum (e em qualquer outra parte, diga-se). Primeiro que as pessoas admitam que os partidos que apoiam, ou os seus agentes políticos erraram... UI... é um caso sério. Preferem sempre criticar os erros dos adversários, mesmo quando são os mesmos daqueles que apoiam, e remetem-se ao silêncio quando é para criticar os seus. Tendenciosismo.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-25 22:31:38
Se a ideia do Cavaco era garantir um governo com "condições de governabilidade" (e estabilidade, e durabilidade e...), como parece ter demonstrado pelo modo como agiu em relação ao Costa/PS, então não fez absolutamente nada em relação a essa ideia com o Passos Coelho (não lhe exigiu que lhe apresentasse quaisquer garantias - pelo menos que sejam conhecidas publicamente), facto que é agravado pela configuração dos partidos na Assembleia, que em condição alguma permitiriam essas condições de governabilidade. Isto é ter dois pesos e duas medidas.

o sr silva sabia, que o governo do passos não tinha suporte maioritário parlamentar. sabia que a CDU, BE e PS iriam fazer caír o governo. e no entanto resolveu continuar com o teatro, imaginando que estava a marcar pontos algures, na sua fantasia.
só fez perder tempo ao país.
isto é pior que tendenciosismo.
e continua com o teatro ao marcar a investidura do governo para o mesmo dia de uma sessão plenária da AR.
já raia a estupidez.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 22:56:17
Se a ideia do Cavaco era garantir um governo com "condições de governabilidade" (e estabilidade, e durabilidade e...), como parece ter demonstrado pelo modo como agiu em relação ao Costa/PS, então não fez absolutamente nada em relação a essa ideia com o Passos Coelho (não lhe exigiu que lhe apresentasse quaisquer garantias - pelo menos que sejam conhecidas publicamente), facto que é agravado pela configuração dos partidos na Assembleia, que em condição alguma permitiriam essas condições de governabilidade. Isto é ter dois pesos e duas medidas.

o sr silva sabia, que o governo do passos não tinha suporte maioritário parlamentar. sabia que a CDU, BE e PS iriam fazer caír o governo. e no entanto resolveu continuar com o teatro, imaginando que estava a marcar pontos algures, na sua fantasia.
só fez perder tempo ao país.
isto é pior que tendenciosismo.
e continua com o teatro ao marcar a investidura do governo para o mesmo dia de uma sessão plenária da AR.
já raia a estupidez.

L

Subscrevo.

Mas acho que no meio de muita asneirada e narcisismo fez duas coisas bem, ainda que não "totalmente" bem. Uma foi ouvir alguns parceiros sociais, (faltou ouvir o orgão mais importante: o Conselho de Estado), e outra foram as exigências ao Costa, porque a matéria nos acordos é ténue, omissa e inconsistente (faltou ter havido uma posição semelhante com o Passos, mas que como expões, nunca seria opção para o Cavaco).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-25 22:56:32
nao faz sentido pedir o mesmo a coligacao pois sao ideologicamente muito compativeis, o que os dividiu no passado foram acima de tudo problemas pessoais

Problemas pessoais derivados de divergências politicas.  :P

1 - nao foi nenhum problema de base ideologica pois nao  ? nao ha nenhuma comparacao entre as 2 situacoes.
2 - com a pseudo-coligacao de esquerda ja sabemos que aquilo rebenta a minima coisa pois nao concordam em qs nada em termos ideologicos
3 - alias o PS esta muito mais prox do PSD do que do PCP ou BE, acho que sabes isso

1 - É verdade, não foi, e também é verdade que as duas situações não tem comparação contextual, mas têm comparação quanto ao factor "estabilidade" e "durabilidade". Isto para dizer que até numa coligação aparentemente muito mais sólida podem haver factores disruptivos extremos, com origem em divergências de opinião político-partidárias. No caso concreto, para as resolver, foi necessário um dos envolvidos ter voltado atrás com a palavra---atitude até comum na pessoa em questão--- e ter-lhe sido oferecido um cargo hierárquico mais elevado.

2 - Não sabemos nada disso. Podemos é ter expectativas e desejos. Eu conheço as tuas e tu conheces as minhas. Eu estou a torcer para que bata certo, e para que o governo seja "bom". Tu estás a torcer para que haja confusão a torto e a direito e para que novas eleições sejam convocadas o mais rapidamente possível.

3 - Certo. Concordo. Mas lembrar-te-ás daquilo que eu referi acerca deste acordo entre as esquerdas: que era uma jogada do PS que lhe permitiria governar num espaço muito mais próximo do PSD não ficando sob alçada deste. Os acordos com o BE, PCP e PEV puxaram ligeiramente este espaço de governação mais para a esquerda, mas continuamos num programa que está bastante mais próximo da ideologia do PSD do que está da extrema esquerda. Até ver, foi uma jogada que resultou, mesmo que o futuro possa trazer dissabores (é uma hipótese que tenho necessariamente de considerar).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-26 00:12:09
a Reaccao anda nas ruas, camaradas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-26 00:31:14
a Reaccao anda nas ruas, camaradas

Bom, os graffitis do PCTP ao menos tinham arte, narrativa, substância, empenho. Esta "reacção que anda nas ruas" nem atrevimento parece ter para sair do mero rabisco poluente.

Faz cá falta o centurião: «Romanes Eunt Domus!!!»
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-26 00:34:09
(http://www.jn.pt/Storage/JN/2011/big/ng1535789.jpg)
camaradas e tudo em grande.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Joao-D em 2015-11-26 00:40:35
Jsebastião, não acho que sejas muito tendencioso. Como disse em cima, eu é que não tinha lido corretamente o q tinhas escrito. Percebi que tinhas escrito que o Cavaco tinha sido muito tendencioso, mas não foi isso q escreveste.

Quanto às exigências, acho que o Cavaco fez as exigências ao PS, pq o PS foi para o governo com o apoio de dois partidos que não são (ou são menos) europeístas, e que dizem ser contra, por exemplo, o Tratado Orçamental e a Nato, e tb porque essas questões não estavam esclarecidas nos acordos que assinaram.

No caso da coligação, a questão acho que não se põe da mesma forma, pq PSD e CDS são europeístas e sabe-se que concordam com essas questões, votaram a favor delas, ao contrário do BE e CDU, que votaram contra. Tratava-se tb de uma coligação, com um programa eleitoral comum, que até esteve junta no governo anterior. E se calhar essas questões estavam tb referidas no programa da PAF, e daí não haver necessidade de as exigir de novo.

Eu, sinceramente, depois do discurso duro do Cavaco, cheguei a pensar que o Cavaco fosse dificultar mais a vida ao Costa. Ele podia ter sido mais exigente, podia ter, por exemplo, exigido que CDU e BE assinassem um papel a dizer que respeitariam a posição do PS nas questões europeias. O Cavaco podia ter tentado provocar um desentendimento entre PS e os outros partidos de esquerda, mas não fez isso no final.

Tendo em conta que a PAF ganhou as eleições e que o Cavaco é de direita e não vai nada à bola com BE e CDU, eu acho que ele acabou até por ser simpático para o PS.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-26 00:40:52
Se a ideia do Cavaco era garantir um governo com "condições de governabilidade" (e estabilidade, e durabilidade e...), como parece ter demonstrado pelo modo como agiu em relação ao Costa/PS, então não fez absolutamente nada em relação a essa ideia com o Passos Coelho (não lhe exigiu que lhe apresentasse quaisquer garantias - pelo menos que sejam conhecidas publicamente), facto que é agravado pela configuração dos partidos na Assembleia, que em condição alguma permitiriam essas condições de governabilidade. Isto é ter dois pesos e duas medidas.

o sr silva sabia, que o governo do passos não tinha suporte maioritário parlamentar. sabia que a CDU, BE e PS iriam fazer caír o governo. e no entanto resolveu continuar com o teatro, imaginando que estava a marcar pontos algures, na sua fantasia.
só fez perder tempo ao país.
isto é pior que tendenciosismo.
e continua com o teatro ao marcar a investidura do governo para o mesmo dia de uma sessão plenária da AR.
já raia a estupidez.

L

se nao gostas de viver na ineficiencia processual da democracia experimenta a eficiencia duma ditadura

mostras que nao percebes como funciona um pais com instituicoes democraticas e pior, nao tens nocao do erro e andas por aqui a exibi-lo
quem derruba o governo eh o parlamento, nao sao os lideres partidarios. senao nem precisavamos de parlamento. portanto a conversa do lideres dos
partido nao substitui o voto do parlamento. nao perceber isto eh nao perceber nada do sistema politico.

a tua opiniao eh ainda mais ridicula qd os gajos nem acordo tinham na altura para apresentar ao PR, demoraram ainda mais um mes a negociar a coisa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-26 00:49:46
porque dizes que plano vai ser igual PSD/CDS?
smart money ja esta sair
-empresas meter dividendos recorde ate final ano

-ate sindicado do ps o diz
http://rr.sapo.pt/noticia/40370/nos_ultimos_dias_houve_fuga_de_capitais_do_pais_alerta_patrao_dos_patroes (http://rr.sapo.pt/noticia/40370/nos_ultimos_dias_houve_fuga_de_capitais_do_pais_alerta_patrao_dos_patroes)
CIP e do PS certo?

devem acreditam tanto acordo como nada ja estam pedir mao ao psd/cds
O presidente da CIP espera ainda que, ultrapassa a indefinição política, o ambiente de crispação possa dar lugar a um ambiente de responsabilidade, porque o país exige que PSD e CDS se entendam com António Costa.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-26 01:02:20

mostras que nao percebes como funciona um pais com instituicoes democraticas e pior, nao tens nocao da tua ignorancia e andas por aqui a exibi-la
quem derruba o governo eh o parlamento, nao sao os lideres partidarios. senao nem precisavamos de parlamento. portanto a conversa do lideres dos
partido nao substitui o parlamento. nao perceber isto eh nao perceber nada do sistema politico.


a tua opiniao eh ainda mais ridicula qd os gajos nem acordo tinham na altura para apresentar ao PR, demoraram ainda mais um mes a negociar a coisa.

Neo, mas não estás a considerar factores, relações nem contextos de dependencia entre uns e outros (e mais face tudo o que se move à volta), o que é incorrecto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-26 01:04:03
na alemanha durou 2 meses a fazer governo foi  forte dos maiores do  centro  spd/cdu
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-26 01:07:13
Jsebastião tens certeza nao ves isto como  clubes da bola :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-26 01:09:31
Jsebastião, não acho que sejas muito tendencioso. Como disse em cima, eu é que não tinha lido corretamente o q tinhas escrito. Percebi que tinhas escrito que o Cavaco tinha sido muito tendencioso, mas não foi isso q escreveste.

Quanto às exigências, acho que o Cavaco fez as exigências ao PS, pq o PS foi para o governo com o apoio de dois partidos que não são (ou são menos) europeístas, e que dizem ser contra, por exemplo, o Tratado Orçamental e a Nato, e tb porque essas questões não estavam esclarecidas nos acordos que assinaram.

No caso da coligação, a questão acho que não se põe da mesma forma, pq PSD e CDS são europeístas e sabe-se que concordam com essas questões, votaram a favor delas, ao contrário do BE e CDU, que votaram contra. Tratava-se tb de uma coligação, com um programa eleitoral comum, que até esteve junta no governo anterior. E se calhar essas questões estavam tb referidas no programa da PAF, e daí não haver necessidade de as exigir de novo.

Eu, sinceramente, depois do discurso duro do Cavaco, cheguei a pensar que o Cavaco fosse dificultar mais a vida ao Costa. Ele podia ter sido mais exigente, podia ter, por exemplo, exigido que CDU e BE assinassem um papel a dizer que respeitariam a posição do PS nas questões europeias. O Cavaco podia ter tentado provocar um desentendimento entre PS e os outros partidos de esquerda, mas não fez isso no final.

Tendo em conta que a PAF ganhou as eleições e que o Cavaco é de direita e não vai nada à bola com BE e CDU, eu acho que ele acabou até por ser simpático para o PS.

Aprecio o teu fair-play argumentativo.  :)

Eu considero que ele foi tendencioso até ao ponto em que podia ser, sem com isso sair das fronteiras institucionais a que estava obrigado, por um lado, e sem poder ser responsabilizado por tomar uma péssima decisão (que seria o Governo de Gestão---uma mancha enorme a pontuar os seus últimos dias de PR), por outro, sendo que na prática estava basicamente entalado (obrigado a decidir por um caminho de que não gostava, porque as alternativas que tinha disponíveis eram todas más). Ele foi "simpático" para o PS (deu-lhes o governo) porque as outras alternativas eram piores.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-26 01:12:59
Jsebastião tens certeza nao ves isto como  clubes da bola :D

Eheh...

A bola e a política são muito semelhantes quando se trata de esquecer a ponderação e o civismo.

(não tenho, não tenho...  :P)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-26 01:17:25
o problema politica e idiologia...todos temos esse problema


a soluçao e aplicar o que resulta ;)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: 5555 em 2015-11-27 10:48:19
.....JMF....no seu melhor.....(ou pior).......eh.eh.... :P


Citar
novo governo - Vai valer tudo. Até arrancar olhos.

Governo de legislatura para reformar Portugal? Não tenham ilusões: a equipa de Costa é "de combate", mas a pensar em eleições a curto prazo. Isto é, na altura em que uma crise for mais favorável ao PS.

texto integral: [url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url])
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-27 11:31:11
.....JMF....no seu melhor.....(ou pior).......eh.eh.... :P


Citar
novo governo - Vai valer tudo. Até arrancar olhos.

Governo de legislatura para reformar Portugal? Não tenham ilusões: a equipa de Costa é "de combate", mas a pensar em eleições a curto prazo. Isto é, na altura em que uma crise for mais favorável ao PS.

texto integral: [url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url])



Quando olho para o Centeno ... nem sei se ria ou chore... :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 11:33:45
.....JMF....no seu melhor.....(ou pior).......eh.eh.... :P


Citar
novo governo - Vai valer tudo. Até arrancar olhos.

Governo de legislatura para reformar Portugal? Não tenham ilusões: a equipa de Costa é "de combate", mas a pensar em eleições a curto prazo. Isto é, na altura em que uma crise for mais favorável ao PS.

texto integral: [url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url])



Por seu turno, o irmão director-comentador do Costa não prevê um Governo de curta duração (http://expresso.sapo.pt/newsletters/expressomatinal/2015-11-27-XX-Governo-O-breve-XXI-governo-O-que-):

Citar
XX Governo, "O breve"; XXI governo, "O quê?"

Antes de tudo, convém sublinhar que o cognome “O Breve” pode ser enganador e sinal de maior longevidade ou marca histórica. Por exemplo, o célebre Pepino, O Breve reinou 15 anos e, mais importante, deixou ao mundo o seu filho Carlos Magno.

Também outro Rei, mais próximo no tempo e na geografia, Juan Carlos I de Espanha, começou por ser apelidado de “O Breve” para, afinal, reinar umas décadas valentes em democracia quando ninguém lhe vaticinava grande futuro. Nem a ele nem à monarquia.

Tudo isto para dizer que a situação política está mais estável, mas sem ninguém poder ainda garantir ou arriscar o que temos exatamente pela frente, muito menos de quanto tempo estamos a falar. O XX governo deixou ontem formalmente de existir e foi, de facto, o mais breve da história. Mas os partidos que o suportam estão a contar com um ciclo político muito curto, que acabe em eleições antecipadas dentro de poucos meses, que pensam poder ganhar com facilidade.

Assim, o XX Governo, O Breve, voltaria com outro número mas igual vontade dentro de pouco tempo. O problema é que as coisas não são assim tão simples, como todos vimos nas últimas semanas, e o tal ciclo político depende de imensos fatores. Se fosse por vontade do atual Presidente da República, está visto que seria depressa. Cavaco Silva fez um curto e duro discurso na posse do XXI Governo, que se pode resumir em três pontos:

a) o atual executivo nasceu de uma crise política, só existe porque agora não pode haver eleições e assenta em acordos frágeis;
b) Os objetivos estratégicos do país permanecem intactos;
c) O Presidente não abdica de nenhum dos seus poderes, seja o de veto, o de fiscalização preventiva ou mesmo o de demissão do governo.

Cavaco Silva bem lembrou isso, mas António Costa respondeu mais ou menos na mesma moeda e sublinhou que responde perante o Parlamento: “O governo provém da Assembleia da República – e é perante a Assembleia que responde politicamente”.

Em rigor, os dois estão a falar verdade e é neste equilíbrio de poderes que tudo se vai jogar. Mas tal como a indigitação do PS era mais ou menos inevitável, também uma demissão do XXI governo é uma impossibilidade prática. Para quem gosta de mergulhar em cenários e discutir o improvável, coisa que entreteve meio país nas últimas semanas, tem aqui nova oportunidade.

Mas, antes de entrarem em órbita, aconselho as palavras do Rei dos cenários, agora candidato destacado na corrida presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa, que liquidou num minuto o discurso de Cavaco e que disse que a crise política acabou e que agora o governo tem que governar. Novos episódios sérios, só com novo PR – e já com todos os poderes. Até lá, é melhor esperar.

Neste caso perfilo totalmente a opinião de Marcelo. Não faço ideia de como ficará conhecido o XXI Governo, mas não me parece que seja breve. Pode ser mau, sofrível ou bom, mas não deve ser muito curto. Daqui por uns meses já vemos quem tem razão.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Lark em 2015-11-27 12:49:25
.....JMF....no seu melhor.....(ou pior).......eh.eh.... :P


Citar
novo governo - Vai valer tudo. Até arrancar olhos.

Governo de legislatura para reformar Portugal? Não tenham ilusões: a equipa de Costa é "de combate", mas a pensar em eleições a curto prazo. Isto é, na altura em que uma crise for mais favorável ao PS.

texto integral: [url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url] ([url]http://observador.pt/opiniao/vai-valer-tudo-ate-arrancar-olhos/[/url])



Por seu turno, o irmão director-comentador do Costa não prevê um Governo de curta duração ([url]http://expresso.sapo.pt/newsletters/expressomatinal/2015-11-27-XX-Governo-O-breve-XXI-governo-O-que-[/url]):

Citar
XX Governo, "O breve"; XXI governo, "O quê?"

Antes de tudo, convém sublinhar que o cognome “O Breve” pode ser enganador e sinal de maior longevidade ou marca histórica. Por exemplo, o célebre Pepino, O Breve reinou 15 anos e, mais importante, deixou ao mundo o seu filho Carlos Magno.

Também outro Rei, mais próximo no tempo e na geografia, Juan Carlos I de Espanha, começou por ser apelidado de “O Breve” para, afinal, reinar umas décadas valentes em democracia quando ninguém lhe vaticinava grande futuro. Nem a ele nem à monarquia.

Tudo isto para dizer que a situação política está mais estável, mas sem ninguém poder ainda garantir ou arriscar o que temos exatamente pela frente, muito menos de quanto tempo estamos a falar. O XX governo deixou ontem formalmente de existir e foi, de facto, o mais breve da história. Mas os partidos que o suportam estão a contar com um ciclo político muito curto, que acabe em eleições antecipadas dentro de poucos meses, que pensam poder ganhar com facilidade.

Assim, o XX Governo, O Breve, voltaria com outro número mas igual vontade dentro de pouco tempo. O problema é que as coisas não são assim tão simples, como todos vimos nas últimas semanas, e o tal ciclo político depende de imensos fatores. Se fosse por vontade do atual Presidente da República, está visto que seria depressa. Cavaco Silva fez um curto e duro discurso na posse do XXI Governo, que se pode resumir em três pontos:

a) o atual executivo nasceu de uma crise política, só existe porque agora não pode haver eleições e assenta em acordos frágeis;
b) Os objetivos estratégicos do país permanecem intactos;
c) O Presidente não abdica de nenhum dos seus poderes, seja o de veto, o de fiscalização preventiva ou mesmo o de demissão do governo.

Cavaco Silva bem lembrou isso, mas António Costa respondeu mais ou menos na mesma moeda e sublinhou que responde perante o Parlamento: “O governo provém da Assembleia da República – e é perante a Assembleia que responde politicamente”.

Em rigor, os dois estão a falar verdade e é neste equilíbrio de poderes que tudo se vai jogar. Mas tal como a indigitação do PS era mais ou menos inevitável, também uma demissão do XXI governo é uma impossibilidade prática. Para quem gosta de mergulhar em cenários e discutir o improvável, coisa que entreteve meio país nas últimas semanas, tem aqui nova oportunidade.

Mas, antes de entrarem em órbita, aconselho as palavras do Rei dos cenários, agora candidato destacado na corrida presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa, que liquidou num minuto o discurso de Cavaco e que disse que a crise política acabou e que agora o governo tem que governar. Novos episódios sérios, só com novo PR – e já com todos os poderes. Até lá, é melhor esperar.

Neste caso perfilo totalmente a opinião de Marcelo. Não faço ideia de como ficará conhecido o XXI Governo, mas não me parece que seja breve. Pode ser mau, sofrível ou bom, mas não deve ser muito curto. Daqui por uns meses já vemos quem tem razão.



também sou da mesma opinião.
até já sugeri que pode ser governo para duas legislaturas. ou mais.

L
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-27 12:51:42
Se e quando existir necessidade de reequilíbrio orçamental, o governo cai. Porque nem BE, nem especialmente PCP, irão aprovar qualquer medida nesse sentido, por muito necessária que seja.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 13:25:30
Se e quando existir necessidade de reequilíbrio orçamental, o governo cai. Porque nem BE, nem especialmente PCP, irão aprovar qualquer medida nesse sentido, por muito necessária que seja.

como as receitas vao falhar todas o governo nao dura muito, duvido que o segundo orcamento seja aprovado
os raciocinios do lark normalmente nao passam de desejos pessoais sem base racional
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-27 14:36:37
Se e quando existir necessidade de reequilíbrio orçamental, o governo cai. Porque nem BE, nem especialmente PCP, irão aprovar qualquer medida nesse sentido, por muito necessária que seja.

como as receitas vao falhar todas o governo nao dura muito, duvido que o segundo orcamento seja aprovado
os raciocinios do lark normalmente nao passam de desejos pessoais sem base racional

Achas então que o PSD vota contra a austeridade, para a seguir ganhar as eleições e serem eles a aplicar essa austeridade.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-27 14:41:14
O PSD tem obrigação de ter aprendido com o passado e abster-se em tudo, para não ser acusado de entrave, até ao mês em que os salários e pensões falharem.
Foi o que deviam ter feito com o PEC 4, 5, 6, 7, etc. Deviam ter tido paciência por mais uns meses até o Sócrates ter pago salários e pensões com certificados de aforro e as taxas de juro subido até 20%.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-27 14:50:22
O PSD deve deixar este governo governar durante os 4 anos.
Só deve votar contra aumentos de imposto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-27 15:06:58
so falta  saber qual vai ser limite que bruxelas deixa ir revoluçao vermelha

qualquer comunista quando ve estado gastar 50%  e um estado minimo  neoliberal  :D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-27 15:09:16
O PSD tem obrigação de ter aprendido com o passado e abster-se em tudo, para não ser acusado de entrave, até ao mês em que os salários e pensões falharem.
Foi o que deviam ter feito com o PEC 4, 5, 6, 7, etc. Deviam ter tido paciência por mais uns meses até o Sócrates ter pago salários e pensões com certificados de aforro e as taxas de juro subido até 20%.

Enquanto não fizerem isso, continuam a passar pelos maus da fita. O povo não percebe nada de contas...só sente na pele quanto falta o dinheiro.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 15:12:36
Se e quando existir necessidade de reequilíbrio orçamental, o governo cai. Porque nem BE, nem especialmente PCP, irão aprovar qualquer medida nesse sentido, por muito necessária que seja.

como as receitas vao falhar todas o governo nao dura muito, duvido que o segundo orcamento seja aprovado
os raciocinios do lark normalmente nao passam de desejos pessoais sem base racional

Achas então que o PSD vota contra a austeridade, para a seguir ganhar as eleições e serem eles a aplicar essa austeridade.

sim, votarao contra. mas nao vao argumentar que eh contra a austeridade. vao dizer antes: "se gastaram juntos agora paguem juntos, nao gastem com a esquerda e pecam para a direita ajudar na conta"
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 15:15:12
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zakk em 2015-11-27 15:20:14
Se e quando existir necessidade de reequilíbrio orçamental, o governo cai. Porque nem BE, nem especialmente PCP, irão aprovar qualquer medida nesse sentido, por muito necessária que seja.

como as receitas vao falhar todas o governo nao dura muito, duvido que o segundo orcamento seja aprovado
os raciocinios do lark normalmente nao passam de desejos pessoais sem base racional

Achas então que o PSD vota contra a austeridade, para a seguir ganhar as eleições e serem eles a aplicar essa austeridade.

sim, votarao contra. mas nao vao argumentar que eh contra a austeridade. vao dizer antes: "se gastaram juntos agora paguem juntos, nao gastem com a esquerda e pecam para a direita ajudar na conta"

Dizem que não são contra a austeridade, e que a seguir querem governar aplicando essa austeridade.

Eles não gastaram, devolveram ao povo o que é do povo, pá. ;D
Abre os olhos camarada.

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: mibusiness em 2015-11-27 15:58:49
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita

Entretanto conseguem equilibrar as contas do seu partido falido
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Automek em 2015-11-27 15:59:27
e livrar o socrates e vara das chatices legais
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 16:19:30
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita

Neo, acreditas mesmo que é este "programa" que o Costa vai seguir?
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 16:23:06
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita

Neo, acreditas mesmo que é este "programa" que o Costa vai seguir?

acho provavel. a alternativa eh qual?  nao eh possivel aplicar o programa dele e ao mesmo tempo seguir as regras orcamentais. o Costa sabe isso ou seria burro.
alias isso ate tu sabes, pois 2.7% de crescimento nunca vao acontecer. sem essa receita tera de subir impostos e vai tudo colapsar. alias ate colapsa antes
pois ha outros assuntos como recapitalizacoes bancarias e nato que podem surgir. o costa vai tentar sair num bom momento e para novas eleicoes


Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-27 16:31:22
acho provavel. a alternativa eh qual?  nao eh possivel aplicar o programa dele e ao mesmo tempo seguir as regras orcamentais. o Costa sabe isso ou seria burro.
alias isso ate tu sabes, pois 2.7% de crescimento nunca vao acontecer. sem essa receita tera de subir impostos e vai tudo colapsar. alias ate colapsa antes
pois ha outros assuntos como recapitalizacoes bancarias e nato que podem surgir. o costa vai tentar sair num bom momento e para novas eleicoes

É a estratégia mais provável. Ele sabe que num país que tem as piores posições do planeta em literacia financeira, basta jogar algum dinheiro que o pessoal come tudo. PSD errou outra vez ao deixar uma almofada financeira gigantesca.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-27 16:43:42
acho provavel. a alternativa eh qual?  nao eh possivel aplicar o programa dele e ao mesmo tempo seguir as regras orcamentais. o Costa sabe isso ou seria burro.
alias isso ate tu sabes, pois 2.7% de crescimento nunca vao acontecer. sem essa receita tera de subir impostos e vai tudo colapsar. alias ate colapsa antes
pois ha outros assuntos como recapitalizacoes bancarias e nato que podem surgir. o costa vai tentar sair num bom momento e para novas eleicoes


É a estratégia mais provável. Ele sabe que num país que tem as piores posições do planeta em literacia financeira, basta jogar algum dinheiro que o pessoal come tudo. PSD errou outra vez ao deixar uma almofada financeira gigantesca.


bem disse culpada era Maria luis

a pois foi http://www.dnoticias.pt/actualidade/politica/505618-isto-lembra-o-tempo-do-fascismo-em-que-os-cofres-estavam-cheio-de-ouro-e (http://www.dnoticias.pt/actualidade/politica/505618-isto-lembra-o-tempo-do-fascismo-em-que-os-cofres-estavam-cheio-de-ouro-e)
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Deus Menor em 2015-11-27 16:46:18


É a estratégia mais provável. Ele sabe que num país que tem as piores posições do planeta em literacia financeira, basta jogar algum dinheiro que o pessoal come tudo. PSD errou outra vez ao deixar uma almofada financeira gigantesca.

Não é assim tão grande, é o equivalente para o roll-over de 2016.
O Super Mário tem dado cartas, mas não faz milagres, se começar a existir derrapagens
nas contas os Mercados vão dar sinal, e os Portugueses já sabem que é a sério.
O Costa vai jogar com o tempo e os lags entre as previsões e as contas fechadas...
ou seja: como um Elefante de nenúfar em nenúfar... ;D
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 16:53:25
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita

Neo, acreditas mesmo que é este "programa" que o Costa vai seguir?

acho provavel. a alternativa eh qual?  nao eh possivel aplicar o programa dele e ao mesmo tempo seguir as regras orcamentais. o Costa sabe isso ou seria burro.
alias isso ate tu sabes, pois 2.7% de crescimento nunca vao acontecer. sem essa receita tera de subir impostos e vai tudo colapsar. alias ate colapsa antes
pois ha outros assuntos como recapitalizacoes bancarias e nato que podem surgir. o costa vai tentar sair num bom momento e para novas eleicoes

Admito que este cenário (a negrito) seja o mais provável, mas estes factores não implicam obrigatoriamente a "estratégia de gestão-sem-governação" que assinalaste---e que é extremista---, até porque é impossível fazer isso com as pressões todas que vão existir. Mesmo que uma ou outra medida anunciada tenha de cair pelo caminho, penso que o Costa tenciona mesmo seguir o seu programa (é a minha convicção, neste momento). Para a semana que vem já teremos novidades sobre o que está previsto para 2016.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 16:56:10
eu acho que o costa sabe tao bem como nos que se tentar governar o pais
a coisa acabara mal. portanto ele nao vai tentar governar. vai tentar gerir a coisa
politicamente para o governo cair culpando outros e ir novamente a eleicoes

por isso todas as medidas "mas" serao adiadas. ele so tem de sair antes da coisa
comecar a dar problemas e depois fazer como o socrates, inventado uma historia
para os tribalistas acreditarem. isso tb significa que vao tentar tribalizar o pais
em faccoes irracionais o mais possivel, apelando ao odio esquerda/direita

Neo, acreditas mesmo que é este "programa" que o Costa vai seguir?

acho provavel. a alternativa eh qual?  nao eh possivel aplicar o programa dele e ao mesmo tempo seguir as regras orcamentais. o Costa sabe isso ou seria burro.
alias isso ate tu sabes, pois 2.7% de crescimento nunca vao acontecer. sem essa receita tera de subir impostos e vai tudo colapsar. alias ate colapsa antes
pois ha outros assuntos como recapitalizacoes bancarias e nato que podem surgir. o costa vai tentar sair num bom momento e para novas eleicoes

Admito que este cenário (a negrito) seja o mais provável, mas estes factores não implicam obrigatoriamente a "estratégia de gestão-sem-governação" que assinalaste---e que é extremista---, até porque é impossível fazer isso com as pressões todas que vão existir. Mesmo que uma ou outra medida anunciada tenha de cair pelo caminho, penso que o Costa tenciona mesmo seguir o seu programa (é a minha convicção, neste momento). Para a semana que vem já teremos novidades sobre o que está previsto para 2016.

gestao-sem-governacao eh o que fazem todos os que estao preocupados com eleicoes proximas
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 17:06:14
gestao-sem-governacao eh o que fazem todos os que estao preocupados com eleicoes proximas

Face aos acontecimentos dos últimos dois meses, seria muito ingénuo imaginar que o Costa não está preocupado com um possível cenário de eleições próximas (no sentido em que esse é uma hipótese que ele tem sempre de levar em conta). Não estou é nada convencido que a ideia seja encaminhar a governação no sentido de as provocar deliberadamente.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-27 17:10:46
Para já praticamente todas as medidas anunciadas só provocam aumento de despesa. Pelo que para já está mesmo a seguir a lógica referida (o bom primeiro, o mau logo se vê).
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 17:16:01
Para já praticamente todas as medidas anunciadas só provocam aumento de despesa. Pelo que para já está mesmo a seguir a lógica referida (o bom primeiro, o mau logo se vê).

e depois pede maioria absoluta, tem eh de sair antes da coisa azedar
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: tommy em 2015-11-27 17:26:07
É a estratégia mais provável. Ele sabe que num país que tem as piores posições do planeta em literacia financeira, basta jogar algum dinheiro que o pessoal come tudo. PSD errou outra vez ao deixar uma almofada financeira gigantesca.

Não é assim tão grande, é o equivalente para o roll-over de 2016.
O Super Mário tem dado cartas, mas não faz milagres, se começar a existir derrapagens
nas contas os Mercados vão dar sinal, e os Portugueses já sabem que é a sério.
O Costa vai jogar com o tempo e os lags entre as previsões e as contas fechadas...
ou seja: como um Elefante de nenúfar em nenúfar... ;D

é a única maneira da estratégia do costa falhar. se os juros continuarem baixos durante grande parte de 2016, dá para fazer o roll-over + medidas populistas mesmo a tempo de eleições antecipadas.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 17:27:52
"os mercados" neste momento nao existem, o BCE controla o mercado
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Pip-Boy em 2015-11-27 17:32:42
O único entrave era a regra do défice abaixo dos 3% da UE, mas agora com o terrorismo e mais gastos, até isso vai ser mais flexível, o Costa pode gastar á vontade.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 17:45:06
Afinal não temos de esperar uma semana---já é público:

http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-27-As-262-paginas-que-nos-vao-governar (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-27-As-262-paginas-que-nos-vao-governar)

---

Bom, eu lembro-me de umas mensagens do Mckricas que apontavam para o mesmo cenário que estão todos a vaticinar, mas para já vou seguir a minha ingenuidade---ou seja, pensar que o objectivo deste executivo não é governar para eleições antecipadas (é antes governar para tentar cumprir o programa). Não digo que não possam ocorrer, mas não serão derivadas de um plano-maior,  que começou há uns meses a ser traçado.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 17:53:33
Afinal não temos de esperar uma semana---já é público:

[url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-27-As-262-paginas-que-nos-vao-governar[/url] ([url]http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-27-As-262-paginas-que-nos-vao-governar[/url])



Hmmm... isto não diz nada de concreto.  :-X

Ou melhor, não traça nenhum plano de implementação, e nem sequer diz respeito a 2016 em exclusivo... parece uma simples redefinição do programa pré-eleitoral, de modo a incluir e conjugar as propostas do PCP, BE, PEV e PAN.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Incognitus em 2015-11-27 18:01:10
Tem algumas coisas concretas mas estão espalhadas dentro de demasiado texto, não há tempo para ler tanto.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 18:28:07
Para já praticamente todas as medidas anunciadas só provocam aumento de despesa. Pelo que para já está mesmo a seguir a lógica referida (o bom primeiro, o mau logo se vê).

e depois pede maioria absoluta, tem eh de sair antes da coisa azedar

Considerando que os outros partidos da esquerda também têm cérebro para adivinhar estes jogos políticos, e considerando a imensidão de variáveis que só vão ser conhecidas à medida que o tempo for passando, não acham que seria demasiado arriscado traçar um plano como esse e apostar tudo nele?

Se tentam sair antes da coisa azedar, não têm justificação para sair. Se tentam sair depois da coisa azedar, perdem as eleições para a direita. E do ponto de vista dos outros partidos da esquerda, não faz sentido deixarem que o PS se tente livrar deles, pois perderiam todo o poder e capacidade para participar na governação, mas para não deixarem que o PS quebre as alianças (ainda que ténues), têm de fazer concessões, assim como o PS tem de fazer concessões (um princípio diplomático de entendimento que tenho defendido desde que participo no fórum, e que já quebrou alguns pseudo-dogmas). Se o PS deixa de fazer concessões (deliberadamente), não pode depois alegar que a culpa de um desentendimento é dos outros partidos.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Zel em 2015-11-27 18:36:52
Para já praticamente todas as medidas anunciadas só provocam aumento de despesa. Pelo que para já está mesmo a seguir a lógica referida (o bom primeiro, o mau logo se vê).

e depois pede maioria absoluta, tem eh de sair antes da coisa azedar

Considerando que os outros partidos da esquerda também têm cérebro para adivinhar estes jogos políticos, e considerando a imensidão de variáveis que só vão ser conhecidas à medida que o tempo for passando, não acham que seria demasiado arriscado traçar um plano como esse e apostar tudo nele?

Se tentam sair antes da coisa azedar, não têm justificação para sair. Se tentam sair depois da coisa azedar, perdem as eleições para a direita. E do ponto de vista dos outros partidos da esquerda, não faz sentido deixarem que o PS se tente livrar deles, pois perderiam todo o poder e capacidade para participar na governação, mas para não deixarem que o PS quebre as alianças (ainda que ténues), têm de fazer concessões, assim como o PS tem de fazer concessões (um princípio diplomático de entendimento que tenho defendido desde que participo no fórum, e que já quebrou alguns pseudo-dogmas). Se o PS deixa de fazer concessões (deliberadamente), não pode depois alegar que a culpa de um desentendimento é dos outros partidos.


ele nao tem alternativa, o governo vai cair pois esta entalado entre as regras europeias e as promessas aos parceiros comunistas
portanto o governo vai tentar cair numa situacao de vantagem eleitoral.
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-27 18:38:49
Costa governa elecoes antecipadas

ou

Vem ai Revolução Vermelha  :D

Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Jsebastião em 2015-11-27 18:41:32
ele nao tem alternativa, o governo vai cair pois esta entalado entre as regras europeias e as promessas aos parceiros comunistas
portanto o governo vai tentar cair numa situacao de vantagem eleitoral.


Mas há um meio termo entre as duas coisas---um território que ainda é extenso (IMO) e que permite margem para a governação conjunta (sem ser orientada para uma quebra e para eleições).

---

Entretanto,  e voltando a um assunto que foi debatido há umas semanas, eis um artigo que fala do "peso" do PAN no novo Governo (http://expresso.sapo.pt/politica/2015-11-27-Programa-de-Governo-do-PS-integra-propostas-do-PAN), e que termina num parágrafo interessante:

Citar
Programa de Governo do PS integra propostas do PAN 

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares afirmou esta sexta-feira que o programa de Governo marca o “início de um novo ciclo” em Portugal e confirmou que integra várias propostas do PAN (Pessoas Animais e Natureza).

Pedro Nuno Santos falava aos jornalistas depois de ter procedido à entrega formal do programa do XXI Governo Constitucional ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.

Nas curtas declarações que fez aos jornalistas, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares referiu que o programa do Governo, aprovado esta sexta na primeira reunião do novo conselho de ministros, “integra várias medidas sugeridas pelo PAN“, mas recusou-se para já a especificá-las.

“Este programa de Governo marca o início de um novo ciclo da governação em Portugal, sendo um instrumento fundamental, que é coerente e que rompe com as políticas de austeridade e de empobrecimento coletivo dos últimos anos. Este documento traduz uma estratégia de maior crescimento, de melhor emprego e mais igualdade”, sustentou Pedro Nuno Santos perante os jornalistas, depois de ter estado reunido cerca de 15 minutos com Ferro Rodrigues.

Pedro Nuno Santos disse ainda que o programa do executivo "permite às famílias e às empresas portugueses projetarem mais confiança e esperança no futuro".

Nas suas intervenções em plenário, o deputado do PAN André Silva defendeu a inclusão de terapias não convencionais no Sistema Nacional de Saúde e, relativamente ao tema na proteção animal - uma das 'bandeiras' deste partido -, advogou que os gastos com os animais de companhia deverão ser dedutíveis em sede de IRS.

André Silva também preconiza uma alteração do estatuto jurídico dos animais para deixarem legalmente de ser "coisas".

A proteção das crianças da violência da tauromaquia, a proibição do cultivo do milho geneticamente modificado e a redução de metano foram outras questões levantadas por André Silva.

De todas estas medidas, no programa do Governo consta apenas um bloco (página 152) relativo ao “bem-estar animal”. O Executivo propõ-se, por exemplo, "“rever o estatuto jurídico dos animaisa dequando-o à evolução do Direito Civil de forma a diferenciá-lo do regime jurídico das coisas”, “completar o quadro jurídico do crime de maus-tratos a animais de companhia, melhorando o quadro de sanções acessórias”, “rever o regime de abate de animais de companhia nos canis e gatis municipais, no sentido da sua gradual erradicação”, “valorizar, no quadro da educação para a cidadania, as componentes relativas à consciência social, ambiental e de promoção do bem-estar animal” e “rever o regime jurídico da venda e detenção de animais selvagens, com vista à sua restrição e adequação às melhores práticas”.

Nos casos em que o PCP se abstenha perante diplomas do Governo ou do PS - se estes contarem com o voto favorável do Bloco de Esquerda e de "Os Verdes" e com o voto contra de PSD e CDS-PP -, então o voto do deputado do PAN pode ser decisivo para permitir a aprovação.


Não sou só eu a pensar que este cenário se venha a verificar...
Título: Re: Parlamento sem maioria absoluta
Enviado por: Reg em 2015-11-27 18:44:21
PCP e Verdes sao farinha do mesmo grao  existem para a  Revolução