Económico.Fórum

Na vida,a primeira coisa que comecamos a ouvir,e a palavra nao.
Quando nascemos,nao facas isso.Quando crescemos,e o nao que sempre domina.Ja adultos,o nao impera.Velhos,nao coma isso,nao fume....
Nao gostamos em nenhuma circunstancia da vida,ouvir o nao,mas e com o nao,que vamos formando a nossa personalidade,vamos aprendendo,para depois dizermos o sim.
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Vou-me servir de algumas historias amorosas veridicas,em que a palavra nao,me ajudou a moldar a minha personalidade,e a compreender que e com o nao que se aprende.Poderia ter optado nas historias,usar a palavra sim,mas no amor o sim,esta escondido
no sub-consciente,e de sins esta o mundo cheio.
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Dia de sol em Agosto.Levantei-me e fui para a piscina do hotel Savoy,onde na juventude passei uns periodos de ferias,em virtude de o meu avo algarvio,ter deixado de trabalhar,vivendo no hotel,com o dinheiro da minha avo,de quem se tinha divorciado,e lhe permitiu viver num anexo do hotel por muitos anos.
Olhei para as escadas,que davam acesso a piscina,em cima do mar,e vi descer,uma autentica diva,loura de olhos azuis.Fiz a tradicional abordagem,almocamos juntos,jantamos,fomos ao bar-discoteca,dancamos a musica em voga,o cha-cha-cha,e fomos para o quarto,o dela,pois vivia com o meu avo.
Pouco dormi,tal era a sua beleza,e estar a dar os meus primeiros passos na vida edilica.Levantei-me cedo,para tomar o pequeno almoco,com o avo,pessoa de figura austera,que sempre me causou medo,e desci para a piscina.Esperei,esperei,e eis que a minha amada,descia com o seu ar altivo,mas belo,as longas escadas da piscina.Nao me contive,e corri para ela.De dedo em riste,e com um sorriso,disse-me:james,ontem foi um dia agradavel,
fomos felizes.Hoje chega o meu marido de Estocolmo,com quem sou muito feliz.Se nao te importas,o nosso caso,acabou aqui.
PS:
A licao de moral que tirei desta historia,e que para dancar o tango sao precisos 2.E a nossa vontade esta sempre dependente da vontade de com quem dancamos na vida.Respeitar o outro,e um principio que passei a adoptar.E na vida,apareceram novas musicas,o rock,o twist, e outras dancarinas.
-continua......

Ja saido da adolescencia,em que julgamos saber tudo,e na fase em que somos os reis do mundo,estando de ferias na casa dos meus pais,apareceu um primo,que como presidente de uma casa de vinhos inglesa,trazia consigo uma comitiva de estrangeiros.Meus pais organizaram um almoco no quintal,e eu fui olhando,convivendo e me envolvendo com o grupo.A viuva,Susanne,era uma francesa na casa dos quarenta anos,que aliava a sua classe,uma beleza grande.Morena de olhos claros,corpo de manequim.Trazia com ela,2 filhos.O jean Marc,jogador de rugby na seleccao de Franca,com o dobro do meu tamanho,e o Bernard,anti-desportista,do meu tamanho,e de sensibilidade identica.O industrial frances,cinquentao,de quem ja contei noutro topico...a chave,e a sua bela esposa de 20 anos,e um belga com uma linda filha da minha idade.Depois do almoco,a Sophie,a linda belga,convidou-me para ir ao mar,tomar um banho.Pegou na minha mao e la fomos felizes para o mar.Naqueles tempos,andar de mao dada ja era visto pela sociedade,como um compromisso pre-nupcial.Antes ja no liceu,tinha namorado algumas colegas,mas nem com um dedo lhes tocara.Era o tempo de namoro a distancia,elas no 1ºandar do liceu,nos no rc,e apenas trocavamos bilhetes amorosos.Ao chegar as aguas quentes do Atlantico,ela tirou o vestido,e apareceu um corpo esbelto,envolto num belo biquini amarelo.Os meus primos olhavam a paisagem pela primeira vez,pois na epoca nao era permitido,tamanha ousadia.Eu mesmo me lembrava de que sentira no ano anterior,quando na praia do Tamariz um fiscal,media o tecido dos meus calcoes,que tinham que ter um palmo,e em que fui multado com 25$oo e obrigado a deixar a praia.
-continua-

Este devia ser para proteger a indústria do abuso que era poupar dezenas de metros de tecido. Olha se toda a gente fosse como o incauto james? Alguns produtores de tecidos iriam à falência certamente . Para o Bem Comum Marchar Marchar.

O "não" lembra-me uma coisa da minha filha que é de adoptar.

Normalmente, dizemos "é, não é?". Ela sempre disse "é, pois é?" e eu achei por bem adoptar essa frase mais positiva... eheh.

Findo o dia,todos regressaram ao Funchal,menos o jean mark,que tinha tido a ideia de no dia seguinte vir a pe comigo,pelas altas montanhas ate a cidade.Com uma mochila,com ovos,sandes,e sumos,la saimos os 2 as cinco da manha.Pelas 10 horas,ja sem nada para comer,nem nada para beber,subiamos a montanhas altissimas,por veredas de cabras,para logo descer adruptamente para vales profundos.Via o jeam mark,sequioso,lamber as rochas humidas,tal era a sede.Ao ouvir fortes estrondos,rebentamentos de dinamite nas montanhas onde se construiam as velhas e tradicionais levadas,que trazem as aguas do norte para o sul,e que agora sao atracoes turisticas,ele dizia-me;isto e pior que a Calabria.O sol,abrasava,eu de sandalias abertas,sem meias,comecava a ver feridas nos pes.De repente apareciam pequenos pantanos,onde molhando os pes,para logo sair para o sol,agravando o estado dos ja maltratados pes.Abreviando,eram 11 da noite,chegamos ao velho Savoy,onde so tinha na mente a bela belga.Naqueles anos,as quartas e sabados,era obrigatorio o smoking no bar dancante e na boite.Entramos pelo bar,com um bordao na mao,cheios de lama por todo o lado,os clientes afastando-se para darem passagem a 2 bandidos,mal vestidos e sujos,chegamos ao bar,e gritamos:agua!agua!

Encontrado o grupo,estava preparado para o dia seguinte um passeio pelo mar,ate a ponta de S.Lourenco,para a unica praia de areia branca existente na ilha,a prainha.Hoje ja comeca a existir praias de areia branca,artificiais,com areia vinda de marrocos.E la fomos,com as belas cestas de alimentos preparadas pelo hotel,a caminho da praia.A minha paixao crescia,e eu so pensava,na declaracao de amor que iria fazer.Ela estava linda.mudara de biquini,os cabelos louros esvoacando ao sabor da brisa maritima.Aproximei-me,eu tambem com uns lindos calcoes de banho que estava estreando,de cores garridas,e com um tecido que mais parecia metal.Gaguejando,e no meu melhor frances,disse que a amava.Pegou-me na mao,e com um sorriso candido,disse-me:james,james,moi aussi,je t,aime bien,je t,aime comme un frere.
Levantei-me rapidamente,surpreso,os calcoes prenderam-se no barco,rasgaram-se de cima a baixo e eu fui pensando.,enquanto com as maos,tapava a minha nudez;Na vida,nem tudo o que se quer,se tem.A vontade dos outros e determinante,e para dancar o tango,e preciso 2,e para dancar bem,temos que estar sintonizados.

James, detecto uma inclinação para louras, que ainda por cima parece correr na família ... eheh.

Ja homem,nos meus 20 anos,acabara de romper o namoro com uma colega da faculdade de letras,esta morena de olhos negros.Meus pais passavam um periodo em Lisboa,e o pai,conhecedor das dores de coracao,estava preocupado com os meus silencios e com o meu mau humor.Uma noite,tocou o telefone,e uma voz vinda do etereo,sussurrou;james,nao me conheces.Comprei 2 bilhetes para a sessao da noite no cinema imperio.Tens na portaria um bilhete no teu nome.Eu fico a tua espera.E quando ia responder,ja ela tinha desligado.Tomei um duche,escolhi roupa adequada,estavamos no verao,e o calor era insuportavel.Quando me preparava para sair,meu pai abriu a carteira,tirou uma nota de cem escudos,dizendo-me:meu filho,toma la para a ajuda da noite,mas devo te dizer,ha mulheres que gostam que se lhes paguemos as contas,outras ha,que o nao apreciam.Nao liguei ao ensinamento,gastei 3$oo no taxi,e la fui ao porteiro,onde estava o bilhete com o meu nome.Subi as escadas para o 1ºbalcao,dei o bilhete,e la me conduziram para a ultima fila,onde estava sentado um vulto vestido de branco.Mal me sentei,senti as suas maos quentes na minha mao.De soslaio,vi umas pernas bronzeadas pelo sol,um peito ainda mais bronzeado a saltar da blusa,e uma cara de boneca.Sim incognitus,era uma loira do outro mundo.Corria o filme,uma comedia italiana,em que a juventude com a minha idade,se passeava em fiat 500 descapotavel.Pegou-me na cara,e beijou-me sofregamente.No intervalo,fomos tomar um cafe,e de braco dado,via toda a gente se virar para ver aquele monumento andante.Acabou o filme,depois de ter sido completamente sugado enquanto corria o filme,que nao cheguei a ver.Saimos,desceu as escadas,meteu-se num taxi e desapareceu na noite.Fui recebendo outros telefonemas,fomos ao S.jorge,depois ao monumental,depois ao tivoli,e ela sempre desaparecia na noite.Nunca a tinha visto de dia,e na quata noite,ao meter-se no taxi,fui atras dela noutro taxi.O carro parou,e ela entrou no NEGRESCO,cabaret na moda naquela epoca.Entrei,sentei-me,pedi uma bebida e ela apareceu.Disse-me ao ouvido,james,este e o meu local de trabalho,nao devias ter vindo.Aqui percebi que nao se deve misturar o trabalho com o prazer.Nao me voltou a telefonar.Fui para a vida,passaram-se anos,quando a vi numa paragem de autocarro.Corri para ela,e ela estendendo-me a mao,disse-me;james,que bom ver-te.Sou casada com um capitao do exercito,tenho 2 filhos e sou muito feliz.Desapareceu nas escadas do autocarro,e la fui eu,filosofando,que a vida e cheia de encontros e desencontros.
ps:quem deu o meu telefone foi meu pai,pressinto,embora nunca me tenha dito

Se foi o pai, só confirma a minha suspeita, não só a inclinação para loiras era conhecida como corria na familia.

E passando destas historias pseudo amorosas,para o trabalho,aqui o dizer nao,era um problema,que fui resolvendo com a experiencia.Era eu um puto com vinte e poucos anos,gerente bancario,a quem custava dizer nao.Tinha tido uma experiencia,em que o velho do meu gerente,o meu inimigo de estimacao,tinha uma tecnica com quem eu nunca estive de acordo.Dizia o sim de imediato,mas o nao ia por escrito uma semana depois.Meti na cabeca,que um nao dito a tempo,era preferivel a um sim dito a destempo.Era costume e ainda e,os clientes convidarem os gerentes para um almoco,onde pediam um financiamento.Chegavamos ao restaurante,tomavamos um aperitivo,vinha a entrada,a sopa,o prato,falavamos de tudo,e ja no cafe,o cliente disparava,o motivo do almoco.Enquanto almocava,estava sempre tenso a espera de saber o motivo de tao gratificante convite.Fui entao,que decidi,passar o stress para o cliente.Sentavamos-nos,vinha o aperitivo,e eu logo disparava:quanto queres,para que,e como pagas?Ai o cliende desbobinava o pedido,e se eu podia dizer sim,logo dizia,e almocavamos tranquilamente.Se era para dizer nao,depois de o ouvir,dizia,ja percebi,vamos agora conversar e a seguir ao almoco passamos pelo banco.No gabinete,tranquilamente,dizia o nao,e explicava o porque!Aqui nao se tratava de juntar prazer com trabalho,tratava-se sim,de nao juntar almoco com indegistao.

Quando voltei da Guine e fui viver para Cascais,os meus amigos falavam-me muito no Restaurante do joao Padeiro.Um dia,contando os tostoes,la fui jantar com a minha mulher.Entrei e passando pelo jet set,que tinha os pratos com os belos lagostins,lagostas e o famoso linguado,fui-me sentar a uma mesa ao canto.Olhei para a lista,e la descobri,o prato mais barato,que estava na lista e que nao via nas mesas.Entao pedi,frango assado e uma salada.O joao padeiro,que vim a ter como amigo,aproxima-se da cozinha,e grita na sua voz de trovao:sai uma economica para a mesa do canto.Ainda sinto o rubor na face,e mais tostado que o frango,logo prometi,que so la entraria quando pudesse saborear o linguado.Mais tarde,era o restaurante em que ia com os clientes.Com a minha mulher,preferia ir a restaurantes familiares,onde comia tranquilamente,sem ser incomodado pelo jet set,que fazia das refeicoes,autenticos festejais de marisco,e que quanto maior era a conta,mais felizes se sentiam.

James és demais! Confesso que já aprendi várias coisas aqui contigo. Continua!  :oops:

Fui para gerente de Carcavelos,que naquele tempo era uma agencia de provincia,e nada tinha a ver com o elitismo de Cascais.Fui convidado por um construtor civil,para ir almocar.Pedi um peixe grelhado e ele,chocos com tinta.De repente,ele mete a faca ao bicho,e um jacto de tinta,atravessa a mesa,pousa na minha cara e desce pela minha linda camisa,gravata e fato.Corro a casa de banho,nada a fazer.A tinta corrosiva,nao saia nem da cara nem do fato.Sai a correr,meti-me no carro e fui para Cascais onde vivia,tomar banho e mudar de roupa.O cliente ia regularmente ao banco,convidando-me para voltarmos a almocar.Fui dizendo sempre,nao.Ha meses,encontrei-o em Cascais.Fomos almocar,mas coloquei logo uma permissa:o senhor nao come chocos.

Agora que vou alegremente envelhecendo,estou numa fase,que me apetece gritar:Nao a hipocresia!nao,ao estatuido!nao ao poder pelo poder!nao,ao conservadorismo bacoco!nao ao parece mal!e apetece-me gritar:sim a juventude sem complexos!sim a irreverencia construtiva!sim,aos que sao ideologicamente diferentes!sim,aos autenticamente genuinos!sim ao progresso,desde que ele nao me coma!
Agora,olhando para o passado,onde fui a centenas de cocktails,
bem vestido e de copo na mao,fazendo por agradar os que me rodeiam,que fui a centenas de jantares em pe,com um prato na mao,os talheres noutra,e fazendo malabarismos para equilibrar o copo de vinho,apetece-me chocar os amigos que me rodeiam,e que continuam adeptos do parece mal.Quando convidado,visto-me mal,estao de smoking,apareco de jeans,numa sociedade conservadora.Se parece mal,fumar,acendo o meu charuto e vou para a varanda.Se me apetece,e a musica e boa,danco. E acima de tudo,quando nao me apetece,nao vou,fico em casa,pensando nos sacrificios que os meus amigos estao a fazer,com os seus sapatos de verniz apertados,encolhendo as barrigas,para caberem nos smokings que compraram quando nao as tinham,dando piropos as balzaquianas,que acabaram de fazer um lifting,dobrando a espinha dorsal aos chefes que detestam.Estou preocupado,apetece-me agora viver os tempos de juventude em que fui rebelde,as ideias tenho-as,a forca nas pernas e nao so,e que vao se perdendo.Mas ainda irei gritar e bem alto:sou livre,sou feliz!e a sociedade vai responder,coitado,esta maluco de vez!

Picasso bem dizia que demora muito tempo a ficar-se jovem.
E outro que a juventude era um desperdício nos novos...

(Acho que já disse isto...)

Abraços,
AMR
http://www.alvaromrocha.com

E devo estar mesmo maluco.Nas festas do final do ano,fui convidado para a noite de passagem do ano,para a casa de um medico amigo,que tem a sua casa,na encosta do Funchal,com uma vista fantastica.Estavam la,juizes,advogados,medicos,industriais,governantes,todos impecavelmente vestidos,eles de smoking,elas de vestidos cumpridos.Acabara de chegar da Jamaica,bronzeado,e apareci na festa com uma linda camisa de linho amarela.Fui convivendo,contrastando com o meu amarelo,no preto dominante.Uma dama,monarquica,filha de uma condenca continental,casada com um membro do governo,perseguia-me,tentando me aborrecer,chamando-me JAMAICA GAY.Perdi a paciencia,abri a berguilha das calcas,e perante o espanto de todos,marido,juizes,gritei:vou-te mostrar o jamaica gay.Foi um escandalo,todos se riram menos ela.A verdade e que deixou de me incomodar.

james,
o joao padeiro, mudou para a estrada do Guincho e não tem graça nenhuma.
um abraço
pvg

AHAHAHAHAHAH  :lol:

Muito bem James!

Meti-me num cruzeiro,que passava no funchal e se dirigia para Italia,atravessando o mediterraneo.Na viagem,encontrei um jovem da minha infancia,que com a mulher,filho e neta,amigos do FOGUEIRO,viajavam connosco.As noites eram alegres,artistas de todo o mundo,davam-nos espectaculos fabulosos.Havia samba no palco,jovens brasileiras dancavam freneticamente,e eu la subi ao palco e com elas dancei.Uma noite,organizaram um concurso,de emitacao do ELVIS PRISLEY,e eu la estava no palco com mais 5 malucos.Na rectaguarda,despentearam-me,deram-me umas roupas,o guiao exigia que conquistassemos uma rapariga na plateia,e la fui eu.Dancei o rock a maluca,saltei do palco,vi uma morena jovem e bonita,e enquanto me torcia todo,beijei-a levemente nos labios.Saltei para o palco,recebi uma grande ovacao e uma garrafa de champanhe frances,1º premio do concurso.Junto a piscina,enquanto eu e os meus amigos bebiamos o premio,ia pensando:o mundo esta cheio de espectadores,todos veem e criticam tudo o que os outros fazem,Porque nao poderei ser eu actor em vez de espectador?Ser e bom,saber ser e melhor,e ser eu proprio,ainda e mais.Serei agora,o que quizer ser,e tentarei esquecer,o periodo de vida,em que fui,o que os outros quizeram que eu fosse.

Tive a sorte de encontrar um sitio,onde faco o exorcismo de mim mesmo,contando apenas as historias,porventura caricatas,algumas ate ridiculas,fugindo a me evidenciar com aquilo que fiz bem na minha vida.Nao pretendo,ser moralista,conselheiro,e ate posso acrescentar,que devem fazer nao o que eu fiz,nao o que eu escrevo,mas o contrario.Mas quando procuro o verdadeiro sentido da vida,eu que na juventude fui anarca e rebelde,vivendo numa sociedade cada vez mais cinzenta,numa sociedade em que a politica,em vez de ser uma escola de virtudes e exemplos,se tornou numa chicana,onde todos de forma rude,dizem mal de todos,e ninguem faz nada,em prole da sociedade,mas sim em beneficio de si mesmos.Sao escandalos atras de escandalos,em que todos pretendem viver melhor,o que e legitimo,mas quase sempre a custa dos outros,o que ja nao e.Por vezes,sinto que ao escrever para os meus novos amigos,que nao conheco,mas vou comecando a conhecer,estou a estravazar o conceito deste forum,e me questiono se o devo continuar a fazer.
Ja pedi em mensagem particular ao Incognitus,se achava se devia acabar com as minhas historias.Ele respondeu-me que continuasse e eu continuo ate que voces me mandem calar.Mas aquilo que vou pretendendo dizer,atraves de factos reais que vivi,e que somos nos que fazemos a nossa vida,e que ha uma altura,em que devemos dizer basta.A vida nao e so submissao,e tentarmos mudar pelo menos as mentalidades daqueles com quem vivemos e convivemos.Eu que sou daltonico,cada vez gosto menos do cinzentismo que nos rodeia.E altura de usar cores garridas,e se nao podemos mudar o mundo,podemos pelo menos mudar o nosso ser.

Vem e não peças licença para entrar...

James,

Tu e as tuas histórias fazem muita falta aqui neste espaço!

James

Imagina-me sentado num sofá confortável daquelas em que o conforto só por si propicicia a tirar uma sesta.

Pois bem, eu estou sentado a ler as tuas histórias de vida.

Quando me vires a dormir é porque a coisa não teve interesse. Por enquanto, se olhares para mim, vês-me de olhos arregalados e bem arregalados.

Será preciso dizer mais?

simplesmente fantastico  :)

E agora que estou voando pelas belas praias de Salvador da Bahia,onde com um grupo de amigos passei uns dias agradaveis.Durante o dia,fomos dar a inevitavel volta de bugy,fizemos o slide para dentro da lagoa,onde o meu rabo,com estrondo,bateu naquelas aguas calidas.Chegou a noite,e la fomos ver um espectaculo,a um armazem junto ao rio,que na epoca dos coroneis era o lugar para guardar o cafe e os escravos.Sala ampla,palco enorme e espectaculo a condizer.Depois do jantar e do espectaculo,como tinha deixado de fumar,mas fumava as escondidas de todos o meu cigarrinho,vim para os fundos do armazem,onde ninguem me visse.Saboreando o cigarro,que era como se estivesse a cometer uma infedilidade,escondido junto das plantas,chegou a artista principal,esbelta como todas as brasileiras da Bahia,mas ao mesmo tempo,com formas abundantes nos lugares certos.Pediu-me um cigarro,logo dizendo:ja tenho a tua companhia,so falta agora arranjares um amigo do teu grupo,para fazer companhia a uma minha colega.Dei mais uma fumaca,expeli o fumo para o ar,e respondi-lhe:sou um tipo distraido,ja perdi a mulher numa autoestrada em Lisboa,mas o que ira ela dizer,se me distrair e for embora contigo.Deus da nozes a quem nao tem dentes.Eu felizmente tenho dentes,so que nao posso partir com eles as nozes que me caem do ceu.

Gostam de almondegas?Eu nao!Tenho ate uma aversao inexplicavel as almondegas,quase que nao consigo pronunciar o nome,tal e o sentimento,que nutro por aquele prato.Ha varias maneiras de dizer nao.Ha aqueles que o dizem de forma rude.Ha outros que usam argumentos,para justificarem o nao.Outra forma,e a astucia.
Certo dia fui convidado por uma luso-americana,para um jantar na sua casa.Munido de um molho de flores,apresentei-me a hora marcada.Enquanto na sala,bebia um aperitivo,ela gritou da cozinha:james,gostas de almondegas?
Desesperado,levantei-me como uma mola,fui a cozinha,agarrei-lhe no braco,e arrastei-a para a porta,dizendo:Sabes,tive uma ideia brilhante.Conheco aqui perto,um restaurante espectacular,e nao quero que te maces,a fazer as almondegas de que tanto gosto.E entrando no carro,aliviado por nao me ter que confrontar com o horrivel manjar,la fui para o restaurante.

Saudações!!



Presumo que os negros melhor apetrechados estavam sempre a ser multados... eheheh

Um abraço,

JR

Saudações!!

Caro james, esqueci-me de referir que o meu comentário baseava-se no pressuposto que não havia discriminação entre brancos e negros e que o palmo era sempre medido em altura... eheheh

Um abraço,

JR

A vida e assim,passamos os dias a ouvir o nao,e esquecemos-nos do sim.Vou ao restaurante,peco o prato do dia,e a resposta pronta,e:nao,esgotou-se;vou comprar o expresso,e logo oico;nao,esgotou-se;Se quero ir a Lisboa amanha,logo me dizem;nao,so se for depois de amanha.Se quero marcar uma ida ao medico,para hoje,so pode ser para sexta-feira.Se chamo o canalizador,so amanha......e assim vamos passando a vida com pequenos problemas para resolver.O pior e que a natureza humana,vai acumulando pequenas coisas,a que da a maior das importancias,e vai-se transformando.Estou neste momento a ver a Sic,um homem acabou de ser esfaqueado a porta do Colombo,perdi-me no raciocinio,ja nao sei o que estava a escrever,e e melhor fazer uma sesta,fechar a tv,e deixar os meus amigos do forum,descansados a seguir a bolsa.Ate logo,bons negocios!

Depois da sesta,e depois de dar a volta a bolsa,continuando em jejum no que concerne a compras,lembrei-me do almoco de hoje,e la veio a mosca do passado.
Fui almocar ao campo,restaurante tipico,onde a vaca esta pendurada a nossa frente,morta gracas a Deus.Pega-se num espeto de louro,as brasas estao acesas,e a nosso gosto,vamos rodando o espeto,ate a carne estar assada.No prato,na mesa,uma mosca tinha-se suicidado.Era uma mosca enorme,virada de patas para o ar.Chamei o empregado,e enquanto ele mudava o prato,recuei umas dezenas de anos.
Quando nos anos sessenta estava na Guine,comiamos a luz de um velho petromax a petroleo.Vinha a sopa de legumes,e passados minutos,ja era sopa de insectos.Os mosquitos voavam para dentro da sopa.As baratas voadoras so nao caiam na sopa,pois com a mao,iamos impedindo a morte certa daqueles lindos bichos.Descobri entao,que a melhor maneira de nos protegermos era colocar camaleoes na parede.Eles la iam fazendo desaparecer grande quantidade de insectos.Tinha ao servico um nativo,daqueles muito chatos.Regularmente,pedia-lhe que me fosse buscar ao mato,camaleoes.Ele desaparecia,e ao fim de dias,aparecia com os bichos,que eu colocava nas paredes da sala de jantar.Porem,um dia deixei o mato e fui a civilizacao,a Bissau.Sentei-me num restaurante e pedi um bife.O prato chegou a mesa,ornamentado com uma mosca gigante.Olhei,era so uma,mas estava na cidade,onde as pessoas sao civilizadas,e nao comem moscas nem mosquitos.Entao,com grande espalhafato,como se estivesse perante uma coisa nunca vista,gritei para o empregado:ta aqui uma mosca!

E agora que ja fiz a digestao da mosca,perdao do almoco,e continuando na Guine,como posso esquecer a gastronomia,que comi,nao comendo.Quando iamos visitar um Regulo,numa tabanca distante,uma forma do homem grande,nos mostrar o seu respeito e consideracao,era desenterrar com um utensilio parecido com uma enchada,um naco de carne,cheio de vermes,e nos oferecer.Eu ja tinha sido avisado do que me iria acontecer inumeras vezes.Nao saia do jeep enquanto o velho Regulo cavava na terra o precioso alimento,recebia na mao esquerda,fingia que passava para a direita,levava a mao vazia a boca,e mastigava ar,deitando para debaixo do banco a carne recheada de bichos.E quando se matava uma vaca,que o primeiro copo feito de madeira,com o sangue da vaca,era servido ao Alferes,temperado com aguardente.E quando ia a casa de alguem,e me serviam cabrito,eu declinava por motivos de saude,pois por vezes,o cabrito era macaco.E os lulus,e toda a raca de caes,que as mulheres dos oficiais traziam da metropole,e era o petisco maximo da raca papel,habitantes de Bissau.Cada terra o seu uso.Eu por via das coisas,habituei-me a comer peixe.

Estas histórias de partir a moca a rir , então a do jamaica gay está demais  :D ate me doi a barriga de tanto rir aqui sozinho :lol:

Nunca tive geito para a cozinha.Enquanto estudante,quando recebia a mesada,a primeira coisa que fazia,era ir ao talho,mandar cortar 30 bifes,metia-os no frigorifico,e ficava descansado,de fome nao ia morrer.Ja casado,nunca passei pela cozinha,ate que um dia,a minha mulher me pediu,para aquecer o oleo,para um fondue.
O oleo aquecia,mexi no botao do exaustor para o maximo,o oleo incendiou-se,pegou fogo ao exaustor,derramei o oleo por cima das maos e do fato de treino.Com dores horriveis de queimaduras,ja pensava em abandonar a casa e deixa-la arder,mas chegou a mulher com cobertores,e tudo acabou,e tambem acabou as minhas idas a cozinha.Mas,agora me lembro,
Vivendo num quartel em Cacheu,fui convidado para ir jantar a casa do chefe de posto,um caboverdiano,que morava em frente.Esse chefe de posto,pessoa culta,com quem convivi mais de um ano,acabou por ser fuzilado pelo exercito portugues,por pertencer ao inimigo,anos mais tarde,quando eu ja tinha regressado.Durante o jantar,ouvi grande barulho no quartel.Ao subir as escadas,vinham em sentido contrario,soldados com os seus macacos,com os seus papagaios,com malas,era a debandada geral.
Acontecera,que um soldado,foi com uma vela acesa,tirar gasolina de um bidon,que estava na cave.A gasolina pegou fogo,e ao lado estava todo o arsenal belico.Eram granadas,morteiros.O calor intenso e o fumo,nao nos deixavam entrar.2 corajosos soldados de tras-os-montes,entraram e foram trazendo o material de guerra para fora,enquanto a gasolina continuava a arder.No meio do fumo,em que estavamos a espera da explosao por simpatia,vi homens valorosos e outros que fugiam guardando os seus haveres.

Quando tinha para ai 15 anos, o meu pai fazia anos e eu resolvi fazer um jantar para comemorar. Ora, isto no Verao, de ferias, depois de uma surfada (ai que saudades) resolvi fritar uns bifes e umas batatas fritas... única comida que sabia fazer. (e bolos - mas bolos eu só perito, apreendi com uma empregada da minha avó).

Como tinha demorado muito no surf e por isso já estava atraso, tratei de colocar o fogao no máximo para ser mais rapido a fritar... Bom, só sei que quando atirei a batata para o tacho a ferver, aquilo pegou fogo... Eu ao ver o tacho em labareda encho um copo de agua e atiro para cima... Oh... Bem pior... O fogo aumento, pegou fogo a metade da cozinha... E eu ali dentro. So me lembrei de ir buscar o extintor à garagem, mas pensei... enquanto vou e nao vou isto arde tudo. Entao com panos abanar consegui abafar o fogo e a labareda voltou ao tacho... Eu já em panico, com tudo ardido... E a laberada ainda no tacho... Só me lembrei de abrir a janela da cozinha e atirar o tacho para o jardim... Bom... ACertei numa arvore (grande azar).... Ardeu a arvore tambem e pensei que ia arder tudo. Por acaso tudo acabou bem.

E continuando a deambular,lembrei-me agora,das tardes passadas na varanda do quartel,a espera da chegada dos barcos vindos do Senegal,pequenas canoas,de inhomincas,raca de comerciantes,que traziam a mercadoria para vender,e faziam o transporte de guinienses que trabalhavam no Senegal.Ainda recordo o pik up,que comprei e um disco de jacques brel,ne me quite pas,que ouvia todas as noites.Como comandante do destacamento,tinha que recepcionar todos os emigrantes,a comecar pelo nome.E la estavam eles em grandes filas,vestidos de cores berrantes com oculos de sol enormes.Elas tambem se esmeravam na indumentaria,usavam belos soutiens,por cima das blusas.O meu interprete era o cabo Aleu,que o Incognitus nao deixou passar para este forum,deixou-o ficar no of.topic,ALEU E A CAMA.Como te chamas?Sai ca para fora!porque te chamas assim?porque quando estava a nascer,nunca mais saia,e o meu pai,gritou,sai ca pra fora,e assim ficou o meu nome.E tu,como te chamas?o mango caiu.Quando estava a nascer,caiu um mango,e la fiquei com este nome.Uma mulher,muito gorda e grande,ao perguntar-lhe o nome,la foi dizendo;o pote.Ate que uma mulher,disse o nome em manjaco.Aleu disse-me,nao poder traduzir porque estava ali a mulher do alferes.Pedi-lhe para me dizer ao ouvido,e ele rindo disse-me o palavrao,que era o nome da mulher.Escrevi na ficha,nome feio,e aqui tambem nao o escrevo.

O topico,comecou por ser nao,e agora ja nao sei o que e.Mas agora que esta na hora de fechar o computador,lembrei-me de um acidente,em que deveria ter dito nao,para em seguida contar uma historia maluca de um amigo meu.
Estavamos em 1973,acabara de vir de Paris,onde tinha corrido para ver o "ultimo tango em paris",filme erotico com o Marlon Brando,filme esse proibido em Portugal.Meses depois,ia no Guincho
num midget,sem capota,quando vi uma linda jovem a pedir boleia.
Parei,era francesa,fomos comer uns camaroes a um restaurante do guincho,e com os cabelos ao vento,fui leva-la a Sintra,onde estava hospedada.Contou-me que era bailarina,e tinha entrado no filme,que meses antes tinha visto.Na conversa,disse-lhe uma mentirinha,que voltaria a Paris proximamente.Tambem lhe dei o meu cartao de gerente do banco.Despediu-se,e esqueceu-se no fundo do carro,de um lindo lenco de seda.Comecei por ter um problema,de explicar o inexplicavel,a minha mulher,que ao entrar no carro,encontrou o lindo lenco,com o perfume intenso de Chanel.
Ja a tinha esquecido,quando entra no banco,com um enorme embrulho debaixo do braco,dizendo-me:james,comprei uns tapetes,e como vais proximamente a Paris,pensei que mos podias levar.Nao me lembrei do cacho de bananas,e recebi a encomenda,mesmo sabendo que ja nao teria mais ferias nesse ano.La peguei no embrulho,dias depois,comprei a maior caixa nos correios e mandei a encomenda para Franca.Mentir,ou nao saber dizer nao,as vezes tras-nos inconvenientes.
ps...segue a historia maluca de um amigo

Um amigo,contou-me ha dias,uma historia que lhe tinha acontecido.
Passara no campo um dia maravilhoso com uma jovem.Ela levou uns sapatos sem saltos para melhor passear no campo,para alem dos que usava.Chegado a casa,a mulher que e muito ciumenta,
disse-lhe que iriam jantar com a sogra.La foram para um restaurante na montanha.Ao desapertar o cinto,viu caido no chao um sapato.Alarmado,pois pensara que a moca se esquecera,debrucou-se,disfarcou e atirou o sapato pela ribanceira abaixo.Foi ajudar a santa da sogra para sair do carro,e esta gritava,onde esta o meu sapato.

Tinhas muita facilidade em fazer "grandes" amizades com loiras... ;-)

 :lol:  :lol:  :lol:  :lol:  :lol:  Quando li isto fartei-me de rir.... Fartei nao, porque ainda me estou a rir.

E por falar em sapatos.Fui a Andorra.Dirigia-me para a estalagem onde fico habitualmente,quando caia um grande nevao.O carro imobilizou-se,nem para a frente,nem para tras.Vi umas luzes,fui la,era uma estalagem,onde logo me disseram,nao haver quartos disponiveis.A neve caia tao intensamente,que os carros comecaram a desaparecer.Disse,que nao podia sair,e que dormiria na recepcao.Ha meia noite vieram me avisar,que havia quartos disponiveis,pois os hospedes que fizeram reservas,nao tinham chegado,fruto da tempestade.Fui logo ao quarto,estava todo molhado,tomei um duche,vesti-me e vim para a sala,frente a lareira,onde todos se aqueciam.Cruzei as pernas,a minha mulher,disse baixinho,james,tens calcados um sapato de cada cor.
E vendo que toda a gente olhava para o sapato preto e o castanho,levantei a voz,para que todos me ouvissem,e disse:
Es la ultima moda em Portugal,um sapato de cada color.Daltonico sofre!

:lol:  :lol:  :lol:  :lol: Grandes aventuras! Começo a pensar que ando a gastar mal o meu tempo :roll:  :lol:

O sapato da sogra não me é estranho. O seu amigo não será por acaso de Lisboa?

Um abraço

Caro JS
Se tiveste a paciencia de ler o que venho escrevendo,das historias que venho contando,veras que quase todas sao contadas na 1ª
pessoa,e todas se passaram comigo ao longo da vida.As 2 ou 3 excepcoes,em que contei historias ouvidas de outros,pelo seu ineditismo,vao passando de boca a boca,e por vezes transformam-se em simples anedotas.O genro a que te referes,nasceu na Madeira,viveu em Lisboa,e voltou para ca,onde e uma figura do jet set insular.Ele ja nao pode contar a historia,parece mal|Mas o sapato da sogra,ainda deve estar,na encosta do restaurante do Poiso.
um abraco

Muitas vezes dizemos nao a vida.Outras e a vida que nos diz nao!
Grande guerra mundial em curso,entrava eu para a escola primaria,os soldados vindos da cidade,ocupavam as praias,e de arma apontada para o horizonte,esperavam ataques a ilha,que nunca se verificaram.Passava eu junto de uma figueira,que dava sombra a uma duzia de velhotas,que bordavam,desde o nascer e o por do sol.Aproximei-me,havia risos,era os 100 anos da Arlete.Apalpei as 2 moedas de meio tostao que tinha no bolso,fui a mercearia,comprei 12 rebucados,e fui festejar.A Arlete tinha nascido em 1846,e teve que esperar ate aos 12 anos para casar com o Juvenal,que ja era um homem,ja tinha 15 anos.Foram ter
com um senhorio de vatras terras,ele cedeu espaco para a construcao,de um palheiro,sua primeira casa,e em troca tinha que trabalhar as terras,plantar o trigo e o milho,que iam entregar nas colheitas ao patrao,retendo umas migalhas.A parte de baixo era para a vaca do patrao,e a parte de cima,para dormirem.Com a ajuda dos irmaos e cunhados,la foram a serra buscar madeira,e viviam felizes.Mas os filhos iam nascendo,e quando ja eram sete,tinham que mudar de casa.Cederam a casa a um irmao mais novo e la fizeram novo contrato,e nova casa apareceu para abrigar os 13 filhos que entao tinham nascido.A Arlete,contava alegremente os bons tempos da juventude,e comentava,que agora os tempos tinham mudado.As mulheres ja nao tapavam as caras nos seus xailes pretos,e os homens ate tomavam banho de cuecas,na poca dos soldados.A alimentacao era a sopa de legumes,feita em agua do mar,e as vezes as papas de milho.Em dias de festa,la compravam um fio de azeite fiado na mercearia,e um pouco de vinagre,que deitavam em cima do gaiado que secava em cima das vinhas.A alegria voltava,quando alguem ia a cidade e voltava contando as coisas modernas.Eram aglomeracoes debaixo das arvores,em que o felizardo que tinha ido ao Funchal,ia falando do que vira.Grandes casas,e era so tocar num botao para as alanternas se acenderem.Era o advento da electricidade,que so chegou decadas depois.Sem sapatos,os pes negros,eram os substitutos naturais dos sapatos.Os homens usavam calcas feitas das sacas de serrapilha,onde se metia o trigo.As mulheres faziam lindas blusas,algumas com bordados,das sacas do trigo moido,muito mais ligeiras e de cor amarelada.Nasciam e morriam
sem terem vivido.Mas como me lembro das gargalhadas da Arlete,agradecida com os meus rebucados,doce que dificilmente poderiam comprar.

Ecomo hoje estamos a falar muito de Cabo Verde:
O meu filho mais velho,estava a construir um novo hotel em Santiago.Eu,a minha mulher e o filho mais novo,fomos la passar 15 dias de ferias.Cheguei,e estava a minha espera,um jantar,dos meus anos,com varios amigos do meu filho.Comemos lagosta.No dia seguinte,tocam a porta,fui ver,e eram miudos a vender lagosta viva.Comprei,sem saber que o frigorifico estava ja cheio de lagostas.Depois,foram mais lagostas ao almoco,e mais ao jantar.
De manha,a abrir de novo o frigorifico,e la estavam elas a olhar para mim,e nao sei se foi do olhar,enquanto la estive nunca mais comi lagosta.Perguntei ao meu filho onde podia tomar um bom cafe.Indicou-me uma esplanada,e la fui.Pedi o cafe,e fui esperando.
Passados 15 minutos,chamei o empregado que me disse:cafe,nao ha.maquina estragada.Sentou-se um casal de portugueses,e pedem ao mesmo empregado,2 cafes.Ele recebe a ordem e vai para dentro.O casal desespera,chama o empregado,e este diz:cafe nao ha,maquina estragada.A beber uma agua,vejo o Oceano,jogador do sporting,se sentar e pedir um cafe.Gritei de longe,nao ha,maquina estragada.

Um fim de semana,o meu filho,convidou a familia para ir jogar golf para a montanha.La fomos de jeep.e a chegar a um planalto,ele disse:o campo e aqui.Olhei e so vi um terreno,com algumas pequenas arvores no meio.Chamou o caboverdiano que trazia um grande tapete.Colocado o tapete na terra,a bola em posicao,fiz o movimento,acertei no campo,perdao no tapete,este voou,e no meio da poeira,procurava a bola.

Ha cerca de 5 anos,fui numa comitiva a Santiago,para um encontro com a comunidade caboverdiana.Levava comigo,como oradores o Mario Soares e o Miguel Beleza.Sala cheia,governo,e forcas vivas.
Enquanto o 1ºministro de Cabo Verde,discursava,via que o Mario Soares,chamava frequentemente a moca,esbelta e pouco vestida,que logo corria para lhe deitar agua no copo.Ele olhava,olhava,nao para a agua,mas para o decote exagerado da moca.Discursou,trocamos de lugar,e ele foi para a plateia,onde de ca de cima,o via,dormir,dormir.

Passados uns meses,estavamos de novo,agora em S.Miguel,para nova conferencia.Miguel Beleza,fez o habitual discurso,onde mete a palavra do futebol club do porto,seu club,por tudo e por nada,fazendo a costumada analogia entre a bola e a economia.Mario Soares,dormiu enquanto nao discursou.Almocamos e fomos dar uma volta a ilha,acompanhados de um colega de faculdade.Entramos na sua adega,e enquanto bebiamos um copo de vinho do Pico,perguntei ao Mario Soares;Lembra-se dr. do congresso de Santiago?Ao que ele me responde,do congresso,ja nao me lembro,mas da moca,mas da moca,lembro-me bem!

Portanto, ele ainda tem as prioridades bem definidas.

James , é com muito agrado que leio as suas histórias.
Perguntei apenas por curiosidade, na eventualidade de me ter já cruzado com o seu amigo.

Obrigado (pelas hists. e pela resposta) e um abraço

Que raio de dia.Comecou bem,o esquentador funcionou.Fui a revisao anual,e ate o castrol estava dentro dos conformes.Vim para casa,a porta da garagem nao abriu.Fui ver o comando,o homem disse que devia ser da porta.Telefonei para a porta,desculpem para a empresa que faz a manutencao.Vieram e disseram-me que era do comando.Fui de novo ver o comando,era falta de pilhas.La entrei em casa,a mulher disse-me que tinha que ir comprar fiambre e pates,para o pequeno almoco,e la fui.Chegado a casa,a mulher disse,que o casal que amanha vem de lisboa,passar o fim de semana,gosta de anonas,e la sai para comprar anonas.Toca o telemovel,era a tvcabo a vender-me o telefone associado a internet.Disse que nao,para atender novo telefonema,agora da PT,com novos planos.Vi que nao tinha cigarros,disse a mulher,que ia sair para compra-los,e la recebi um sermao,que o tabaco mata.Ia descansar,vem o carteiro com carta do tribunal,para assinar,era um julgamento de alguem que nao sei quem e,que nao pagou ao banco,e sou testemunha.Comecei a ficar com stress,e lembrei-me de vir aqui,onde defendo que as coisas pequenas,nao nos podem condicionar,e vou mudar de imediato,vou dar uma volta,enquanto espero pelo jogo do Sporting,para voltar a entrar em stress.Meus caros,a ciencia da vida,e nos rirmos dos pequenos problemas,amanha ja nao os temos,teremos outros,e agora que desopilei,vou para a rua,
onde ate a ventania que assolou a cidade,desapareceu.

james.....
adoro ler o que escreve.
abraço
pvg

James,

Continue a escrever os seus posts, que assim o castrol nunca sobe!

Inc

O Marocas sempre deu um "ar" de "borguista" (A palavra não existe, mas define bem a ideia).

Era voz corrente (em jeito de brincadeira) que o país que o Mario Soares mais visitou foi... Portugal. AHHHHH

Abraço

Caro Powerman
Ai,eu gostaria de contar algumas coisas,mas nao e politicamente correcto.Quando tivermos no almoco,fala-me na historia da policia,e eu conto-te.Apanhei-o ja,no periodo das sestas,onde ja dormia nos coloquios de economia,enfadonhos,....para ele.Mas para ele,o defice,devia ser uma coisa irrealista.Numeros nunca foram o seu forte,mas bom garfo e bom copo,era o primeiro.
um abraco

http://www.bolsatotal.com/archive/index.php/t-16251.html

E  depois os Contos proíbidos que estão ao virar da esquina aí na NET.

En una ocasión, y como narra Gregorio Doval en su obra 'Anecdotario Universal de cabecera' Mark Twain viajaba en tren por el Oeste de EE UU. Al pedirle el billete el revisor, el escritor buscó y rebuscó en sus bolsillos sin encontrarlo. Tras un buen rato de espera, el revisor, impaciente, le dijo: 'Ya sé quién es usted; es el autor de Huckleberry Finn y de Tom Sawyer, así que no se moleste, deje de buscar el billete, estoy convencido de que lo habrá extraviado'. 'No', contestó Twain, 'no es por usted por quien lo busco, es que necesito encontrarlo para saber dónde he de bajarme, porque no sé dónde voy'.

Achei que o James ia gostar desta.

Caro LARK
Fui na adolescencia um viciado pelos livros de Mark Twain,vivi intensamente as aventuras de Tom Sawyer,e ainda hoje fazem parte do meu imaginario.
um abraco
james

O meu imaginario levou-me seis meses atras,onde iniciei este topico,nao,nao e nao!
Hoje acordei de um pesadelo,ontem foi um dia de pesadelo,e como nao gosto de me repetir,
fui a busca do que ha muitos meses escrevi.
Quando recebi o telefonema da Nuxa,a minha vontade,era dizer-lhe nao,mas para o mal dos
meus muitos pecados,acabei de lhe dizer sim!
A Nuxa e uma rapariga de 40 anos,acabada de se divorciar do meu amigo Abel.
James,vamos hoje jantar?
Porque?
Estou muito em baixo,nao consigo degerir o meu divorcio,preciso dos teus conselhos!

James,nao janta em casa?
Nao,vou jantar com o Abel,que esta afectado com o divorcio!
Nao venhas tarde,e nao bebas muito,ele e uma esponja!

Ainda bem que vieste,onde vamos jantar?
Talvez para a montanha,nao e conveniente que nos vejam juntos.
O carro corria,o vento tambem,arvores caidas,a chuva e o nevoeiro,a minha cabeca,uma mulher
linda ao meu lado,que se lixe,ela ja nao e a mulher do meu amigo Abel!

Desciamos da montanha,paramos para nos aquecer,uma poncha de maracuja,ela falava,da sua
angustia,da tristeza de viver so.

Queres subir,podemos tomar um copo!E subi,mesmo querendo dizer nao,e com o wisky na
mao,um corpo formoso ao meu lado,ia acarinhando aquele corpo,que se sentia so,e procurava
a companhia de um amigo.

James,nao conheces a minha casa,vem comigo!Aqui e o meu quarto,ali a minha cama,onde me
sinto sozinha.Deixou de estar sozinha naquela cama enorme,enxuguei-lhe as lagrimas com os
meus labios.

Quando sai daquela casa,ja eram 3 horas da manha,tinha dito sim,mas a minha consciencia,dizia-me
que deveria ter dito nao.

James,ja sao 3 horas da manha,onde estiveste com o Abel?
Sabes,o Abel esta muito carente,fomos a um bar,e bebemos o bar!
Ainda bem que foste,ele precisa do teu ombro!
Sim,e nao so do ombro,ele ficou melhor,depois de ter estado comigo,amanha volto a me
encontrar com ele!
Mas nao tornes isso,num habito!
Sabes,eu quero lhe dizer nao,mas nao consigo,ele esta mesmo carente,precisa mesmo de mim!

james

O Abel ainda te dá cabo do casamento ...  :D

bom...isto devia estar num off topic

não tem nada a ver com mercados a não ser com outro tipo de mercados

São textos do james de algum tempo atrás, em que o Off Topic tinha muito menos participação, e para serem mais lidos foram passados aqui para o fórum de bolsa. Entretanto essa realidade já é algo diferente, o Off Topic já  é mais lido, mas os textos ainda estão aqui, pelo que quando puxados para cima parecem algo fora de contexto.

ai o abel James.......

as mulheres carentes não são putas.

Comecei o texto a dizer que tinha tido um pesadelo,e o pesadelo,vem dos sonhos!

Por vezes escrevo historias,com segundo sentido,procurando obter reacoes,dos que ainda
teem paciencia de me ler.

Foi assim,que contei o sonho,e no sonho,temos legitimidade de criar,tudo o que nos apetece.

Esperava uma reacao,sobre um caso infelizmente muito comum,o aroveitamento dos amigos,
amigos da onca,quando casais se separam.E obvio que nao existe nem Nuxa,nem Abel,nem eu,
existe no mundo situacoes semelhantes a esta historia.

A Smog so viu o facto de uma mulher carente nao ser puta,as putas sao mulheres,algumas
ate sao carentes,mas nem pensei nisso,pensava sim,no quotidiano,onde amigos se servem
da carencia de amigos,e os usam para satisfacao dos seus designios.

Mas agradeco a Smog,o me lembrar,para ter mais atencao as coisas que escrevo,historias
sao historias,sonhos sao sonhos,e nao poderei a usar a primeira pessoa nestas historias,
ou melhor ainda,devo-me recolher,ver o mundo,sonhar as vezes,e deixar-me de HISTORIAS!

james

james,

eu não reagi ao teu texto. reagi ao comentario que foi feito de um certo enfado pelo facto de teres escrito no outro fórum.
quanto aos amigos da onça há-os em todos o lado. eu tenho alguns. mas vamos aprendendo a ter cuidaddo e a eliminar esse traidores.