Falando com algum conhecimento de causa, o problema é mesmo a incapacidade das chefias intermédias. O pessoal das Câmaras responsável pela limpeza e espaço público (recolha de lixo, cantoneiros, logística) são em boa parte indivíduos que, se não estivessem lá a ganhar o salário mínimo ou perto disso, seriam com elevada probabilidade pequenos marginais e bandidos. Fazem regra geral o que lhes apetece durrante o horário, e em serviços mínimos (o brio profissional e fazer um desvio extra para recolher um mono ilegal não lhes passa pela cabeça. E a mim também não, se tivesse o seu background e salário... Não vou aqui julgar ninguém).
Logo, quando os chefes de Serviço lhes mandam fazer um esforço extra para acorrer ao problema do aumento do lixo nas cidades, não só se recusam a fazê-lo (por vezes agressivamente), como até é possível que boicotem iniciativas que aumentem a capacidade de recolha para não terem de fugir à rotina... É muito difícil lidar com esta malta
É triste, mas é verdade.