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Páginas: [1] 2
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Ora viva,

Interrogava-me há dias, se alguém já tinha informado o PSD de que temos eleições europeias a 26 de Maio e Legislativas a 6 de Outubro. O jornal espanhol El Pais, leu-me o pensamento, e lançou um ataque às incompreensíveis "relações familiares" no governo de António Costa.
O PSD, ao bom estilo "menino queixinhas", parece que de repente, lembrou-se (se vem do estrangeiro, é pq deve ser importante...) das referidas eventuais violações da ética, e já veio dizer que "os portugueses estão preocupados".
Pergunto se é o El País que agora faz oposição ao PS?  :D

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Lisboa, cidade presidida por António Costa, foi um dos locais onde o agora candidato a primeiro-ministro conseguiu um resultado mais avassalador da sua vitória nas primárias do PS em que atingiu os 70 % a nível nacional.

Contados os votos na Federação da Área Urbana de Lisboa Costa conseguiu 86,6%. Os votos amealhados por Costa chegaram aos 31.777, num total de 36.666 militantes e simpatizantes. A juntar a estes, em Lisboa houve ainda 99 brancos, 44 nulos e 118 votos condicionados, que tornam estes resultados ainda provisórios, já que estes últimos terão de ser validados pela comissão eleitoral presidida por Jorge Coelho. António José Seguro ficou-se pelos 4628 votos, representando 12,6% dos votos expressos na FAUL.

Os números são a premonição do duro regresso de Seguro à condição de apenas mais um socialista. No discurso de vitória de Costa não houve espaço para o secretário-geral demissionário. Costa tratou de apenas falar daquilo que o move, a conquista do Governo. "Este é o primeiro dia de uma nova maioria de Governo, este é o primeiro dia dos últimos dias do Governo."

Costa sepultava inapelavelmente os três anos de liderança do seu adversário. Nos oitos minutos em que esteve no palco do Fórum Lisboa, Costa fez questão de agradecer a todos os que o acompanharam na disputa. Agradeceu a Jorge Coelho "pela organização impecável destas eleições num contexto tão desfavorável". E, por mais de uma vez, elogiou e agradeceu a "todos os militantes e simpatizantes pela grande manifestação de participação cívica que tiveram". "Estas eleições só têm um vencedor, o PS", afirmava perante uma sala em êxtase.

Nas palavras do vencedor das primárias, estas eleições marcam “uma nova e decisiva etapa” e “só têm um vencedor: o PS na pluralidade de todos os seus militantes e de todos os seus simpatizantes”. Por isso insistiu que as primárias “não foram a derrota de ninguém, mas a vitória de todos e de todas os militantes e simpatizantes do PS”.

A vitória tinha surgido de "forma clara e inequívoca" e era a "voz da mudança" para Portugal, reclamada pelos militantes e simpatizantes do partido que em si votaram. E deixou uma garantia: "Tudo farei para estar à altura da vossa confiança".

O desprezo pelo adversário, a ausência de esforço na união do partido, tinha uma razão. "Hoje saímos daqui mobilizados e unidos e concentrados no nosso dever de sermos a oposição que este Governo merece e a alternativa que Portugal merece e nos cumpre apresentar e vencer nas próximas eleições legislativas em 2015", assegurava. A conciliação não era necessária. Horas antes, à entrada, Costa já explicara: "Os resultados que chegam de todo o país demonstram que o PS está unido".

E os resultados foram de facto expressivos, participaram entre 170 a 180 mil pessoas. Jorge Coelho avançou uma votação na casa dos 70% para António Costa e de 30% para António José Seguro. À hora de publicação desta notícia, os resultados oficiais ainda provisórios indicavam uma vitória de Costa por 69,6, contra 29,9% de Seguro.

Duas horas depois do fecho das urnas, Seguro anunciou a demissão, antecipando-se ao discurso de Costa. "Compareço perante vós para cumprir a minha palavra. Cesso hoje as minhas funções como secretário-geral. Tive uma enorme honra em servir Portugal através da liderança do PS"

O líder do PS durante três anos esvaziava assim o balão de todas as dúvidas. "O PS escolheu o seu secretário-geral, está escolhido. Ponto final." As eleições directas e o congresso que se seguem ficarão assim para quem quiser disputá-lo: "Termino como comecei. Regresso hoje à condição de militante base do PS, condição que manterei depois do congresso do PS".

A outra demissão da noite foi do líder parlamentar, Alberto Martins. Assim que Seguro acabou de falar, Martins declarou aos jornalistas que iria agir em consonância com os factos. Do lado de Costa já circulavam nomes: Um sénior: Jorge Lacão, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares de José Sócrates. Um intermédio: Ana Catarina Mendonça Mendes. E um mais jovem: Pedro Nuno Santos.

Num discurso emocionado de sete minutos, Seguro foi firme no tom e nas palavras de reconhecimento a todos os portugueses, até àqueles que não participaram no processo das primárias. Apesar da derrota clara, manifestou orgulho pelo processo, depois do qual “nada ficará igual, nem no país nem no PS”. “São a melhor coroação dos 40 anos do 25 de Abril”, afirmou.

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Ora viva,

Quem é que já pediu a demissão do Governador do BdP aqui no fórum?  :D



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Ilustres participantes do fórum,
Estou curioso relativamente à potencialmente melhor freguesia para se investir + arrendar (buy to let) em Lisboa ou Oeiras.
Alguém tem ideia?

cumprimentos!

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Política e Economia Política / Cavaco e Mandela
« em: 2013-12-06 13:27:39 »
Se alguém duvidava do caráter do nosso querido Presidente da República, aqui está. É um tipo sem o mínimo de integridade moral.
E ainda há quem diga que ele é um homem SÉRIO  :D Aos poucos a verdade vem à tona....

..................
Sobre Nelson Mandela e a sua história, escreverei na edição impressa do Expresso. Com a mais profunda das admirações, não será apenas, nem sobretudo, um panegírico. Isso deixo para o "jornalismo comemorativo" e para os discursos de circunstância. Hoje fico-me por uma história paralela, que envolve Nelson Mandela e Portugal, duma forma que não nos fica muito bem.

 

Li ontem que o Presidente da República português, Cavaco Silva, enviou uma mensagem de condolências ao seu homólogo sul-africano, Jacob Zuma, pela morte de Nelson Mandela. Nela, recorda Mandela como "figura maior da África do Sul e da História mundial" e o seu "extraordinário legado de universalidade que perdurará por gerações". E, acima de tudo, a sua "coragem política" e "estrutura moral". O habitual.

 

É da estatura moral e de coragem política que quero falar. Estávamos em 1987, e o mundo pressionava a África do Sul para libertar Nelson Mandela. Um homem que o Departamento de Estado norte-americano considerava "terrorista" e que Portugal não via com especial simpatia. Por essa altura, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou, com 129 votos a favor, uma resolução de solidariedade com a luta do ANC e dos sul-africanos, que incluía um apelo para a libertação incondicional de Mandela. Alguns, poucos, países estragaram a festa, faltando com o seu voto. Um deles foi os Estados Unidos, então presididos por Ronald Reagan. Outro foi o Reino Unido, que tinha ao leme a amante da democracia e da liberdade, Margaret Thatcher. E o outro foi Portugal, que tinha como primeiro-ministro o mesmíssimo Cavaco Silva que hoje se comove com as "verdadeiras lições de humanidade" do homem que, por pressão internacional, saiu, sem rancor, de 20 anos de cativeiro sem a ajuda de quem hoje tanto celebra o seu legado.

 

Ontem, Ana Gomes recordou outro episódio. Quando a antiga diplomata estava em Genebra, houve, em 1989, uma votação das Nações Unidas sobre as crianças vítimas do apartheid. As instruções que vieram de Lisboa, do governo de Cavaco Silva, foram, mais uma vez, para votar contra. E foi esta, em geral, a posição portguesa.

 

Bem sei que havia, como ainda agora há, uma enorme comunidade portuguesa na África do Sul. Tal como hoje, em Angola, isso, ou os nossos interesses comerciais imediatos, ou as relações estratégicas, ou qualquer outra posição interesseira, foram sempre razão última para a nossa diplomacia jogar pelo seguro e calar a sua solidariedade com quem sofre. Postura com que muita gente concorda. Estão no seu direito. Escusam é de, no dia em que os heróis se finam, fazer telediscos comentados sobre a coragem de quem nunca mereceu a sua solidariedade.

 

O que é irónico é ver o mesmo homem que desalinhou com quase todo o mundo no momento em que Mandela precisava da nossa voz, vir, neste momento, falar da coragem política, da estatura moral e das lições de humanidade de Mandela. Como se viu em 87, nem nascendo mil vezes as poderia aprender.

http://arrastao.org/

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Por que melhoraram os alunos de 15 anos? OCDE destaca avaliação de professores e reforma curricular
Depois dos maus resultados no primeiro PISA, muito mudou em Portugal. Nasceu o Estudo Acompanhado e a Área Projecto, que entretanto foram extintos, e alargou-se a acção social escolar, por exemplo. Mas o estatuto socioeconómico continua a pesar muito no sucesso das crianças.

Os alunos de 15 anos que frequentaram o pré-escolar saem-se melhor nos testes de literacia. E Portugal aumentou o nível de pré-escolarização na última década. As habilitações das famílias estão fortemente ligadas aos resultados dos jovens. E, em Portugal, a percentagem da população adulta com o ensino secundário subiu. E qual terá sido o papel da reforma curricular introduzida no país — uma reforma que "melhora a atitude dos alunos" em relação "à escola, em geral, e à Matemática, em particular"? Ou de medidas como a introdução de áreas não disciplinares como o Estudo Acompanhado, que entretanto deixou de existir? Certo é que os resultados dos alunos portugueses melhoraram.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) passa em revista um conjunto de medidas de política educativa adoptadas por Portugal nos últimos 10, 12 anos. E faz essa análise nos diferentes relatórios ontem divulgados com os resultados do PISA 2012, um mega-estudo internacional que avalia a literacia matemática, Científica e de Leitura dos alunos de 15 anos (ver texto nestas páginas).

A OCDE destaca as melhorias alcançadas pelos alunos portugueses. E a Matemática é a grande responsável. Em 2003, lembra, uma avaliação semelhante àquela que agora foi repetida colocava Portugal abaixo do Luxemburgo, dos Estados Unidos, da República Checa, da França, da Suécia, da Hungria, da Espanha, da Islândia, da Noruega... Em 2012, Portugal "alcançou-os".

Os alunos portugueses colocaram o país no 23.º lugar do ranking da OCDE, com uma média de 487 pontos. A média da OCDE é 494 pontos. Portugal está a sete pontos de distância. Em 2009, era 26.º, com 487 pontos. Mas estava mais distante da média internacional (nove pontos de diferença).

O país faz parte do grupo dos que registam progressos a Matemática superiores a 2,5 pontos ao ano, desde 2003. E as coisas também não correm mal noutras áreas. "O que mostra que mesmo num curto lapso de tempo é possível melhorar de forma abrangente", diz a OCDE.

Já a Comissão Europeia, numa análise aos resultados do PISA, diz que persistem "profundas desigualdades" em alguns países, entre os quais Portugal, com os alunos mais pobres a obter resultados muito mais fracos do que os de estatuto socioeconómico mais elevado.

O secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, João Grancho, diz que é preciso analisar melhor os números. Ainda assim, ontem, numa apresentação dos resultados, em Lisboa, defendeu que o país está "no bom caminho". Mas que deve ambicionar "estar no grupo da frente", ou seja, junto aos países asiáticos, que em 2012 voltam a dominar os rankings do PISA.

Os receios dos professores
A Associação de Professores de Matemática saúda as melhorias nos resultados alcançados pelos alunos portugueses, mas teme que o novo programa de Matemática, que entrou em vigor este ano no ensino básico, venha a inverter essa tendência. Um receio que não é partilhado pela Sociedade Portuguesa de Matemática, que tem esperança que o país melhore, graças, precisamente, aos novos programas – está em discussão um novo para o secundário.

A OCDE não estabelece relações de causa-efeito. Mas analisa o que se passou na última década. Portugal, por exemplo, começou a reflectir sobre os resultados dos seus alunos depois de em 2000, primeiro ano do PISA, ficar no fim da tabela da literacia, lê-se num dos relatórios da OCDE.

Desde então, continua, muita coisa aconteceu: aumentou a preocupação de identificar os alunos que potencialmente teriam insucesso ou corriam o risco de abandonar a escola para os envolver em projectos de apoio individualizado; os quadros electrónicos e a banda larga chegaram aos estabelecimentos de ensino e nasceram áreas não disciplinares (que entretanto foram eliminadas) como a Área Projecto, o Estudo Acompanhado e a Educação para a Cidadania. Além disso, foi alargada a acção social escolar – entre 2005 e 2009 o número de beneficiários destas medidas triplicou.

E prossegue a OCDE: o problema do absentismo dos professores foi atacado com a criação das famosas aulas de substituição – que entretanto desapareceram na maioria das escolas. E foi feito um investimento forte na formação dos docentes de Matemática, Língua Portuguesa e Tecnologias de Informação e Comunicação.

O papel dos exames
Recordado é ainda o contestado modelo de avaliação dos professores – mas o que é certo é que a avaliação passou a fazer parte do léxico das escolas. Por isso, e não só. As provas de aferição introduzidas nos 4.º e 6.º anos e os exames nacionais no final do 9.º ano habituaram os alunos a responderem sob pressão – em 2013, as provas de aferição foram substituídas por exames –, e isso pode ter contribuído para o facto de os alunos que responderam ao PISA em 2012 estarem mais autoconfiantes e terem mais certezas do que os seus colegas de 2003.

A partir de 2006 os resultados do PISA, que é feito de três em três anos, começaram a melhorar. A diferentes níveis. Portugal é um dos países que conseguiram, simultaneamente, duas coisas: reduzir o universo dos alunos que se saem muito mal neste tipo de testes de literacia e aumentar o número dos jovens que se destacam muito pelo positiva (os chamados "top performers"). Isto aconteceu tanto na Matemática, como nas Ciências, nota a OCDE.

Em 2003, 30% dos alunos portugueses estavam nos patamares mais baixos de literacia matemática (nível 2 ou menos numa escala que vai até 6); em 2012, a percentagem foi de 24,9% . Ao mesmo tempo, 10,6% dos alunos conseguiram ficar no nível 5 ou mais, contra apenas 5,4% em 2003. Esta evolução teve lugar, sobretudo, no período compreendido entre 2006 e 2009, sublinha o relatório.

Chumbar não ajuda
Mas também há más notícias. Um relatório da Comissão Europeia, divulgado horas depois do PISA, faz uma interpretação dos resultados destes testes. Segundo a Comissão, a avaliação demonstra que na União Europeia o estatuto socioeconómico dos alunos tem uma incidência significativa sobre os níveis de desempenho dos jovens.

A Comissão foi ver como se saem os alunos que estão no grupo mais desfavorecido (nos 25% mais desfavorecidos segundo o índice socioeconómico construído pelos peritos do PISA) e os que pertencem a famílias com mais recursos (os 25% mais favorecidos). E a diferença nas pontuações obtidas a Matemática é particularmente significativa (100 pontos ou mais) em oito países da União, entre os quais Portugal, França, República Checa e Alemanha. Isto mostra, diz a Comissão, "as profundas desigualdades que subsistem nos sistemas educativos".

Os dados recolhidos pelo PISA 2012 também demonstram que chumbar não faz ninguém melhorar. E que, apesar de entre 2004 e 2009 a taxa de retenção no final do ensino básico ter descido de 21,5% para 12,8%, ela continua acima da média da OCDE.

O próprio secretário de Estado João Grancho admitiu que subsiste em Portugal um conjunto de jovens "com percursos persistentes de insucesso". Números do PISA: num percurso normal escolar, os alunos de 15 anos devem andar no 10.º ano de escolaridade; da amostra dos mais de 5700 portugueses que fizeram os testes PISA, os que de facto estão no 10.º conseguem uma média de 536 pontos nos testes de literacia matemática; já os alunos que ainda estão no 7.º ano, porque chumbaram, não ultrapassam os 358 pontos, quando sujeitos aos mesmos testes. Os resultados destes alunos (os que acumulam insucesso) são ainda piores do que em 2009.

http://www.publico.pt/sociedade/noticia/porque-melhoraram-os-alunos-de-15-anos-ocde-destaca-avaliacao-de-professores-e-reforma-curricular-1614946

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Política e Economia Política / Livro "Os Privilegiados"
« em: 2013-11-04 17:01:45 »
Um livro que vou comprar.
Mas só pela CAPA, já dá para perceber quem são os grandes XUXAS. Digo isto sem ler o livro, pois já tinha referido aqui há anos, um outro livro onde refere que o PSD é o GRANDE mamão dos conflitos de interesses, onde grande parte dos seus políticos vão parar ao privado nas áreas onde exerceram os cargos públicos.

(vale a pena ir ao link, que tem uma entrevista com o autor)

Celeste Cardona perde processo contra livro "Os Privilegiados"
Publicado hoje às 15:52
A Esfera dos Livros e o autor Gustavo Sampaio foram processados por Celeste Cardona, por causa do livro Os Privilegiados. A sentença hoje conhecida absolveu a editora e o autor.

Na ação, Celeste Cardona pedia que «fossem retirados todos os livros que se encontrassem no mercado e que a Esfera dos Livros e o autor fossem impedidos de continuar a comercializá-los, reproduzi-los ou apenas exibi-los, com a capa em questão e proibidos para a finalidade visada na obra ou qualquer outro fim, de utilizar qualquer fotografia da autora, ficando sujeitos a uma sanção pecuniária compulsória de euro 5000,00 por cada dia de atraso no cumprimento da decisão», segundo a assessoria da Esfera dos Livros.

A sentença lida hoje, segundo uma informação divulgada pela editora, «decidiu que não assiste razão à Dra. Celeste Cardona. A sentença absolveu a Esfera dos Livros e o seu autor Gustavo Sampaio, por a Dra. Celeste Cardona ser uma figura pública, salvaguardando a liberdade de expressão e de informação».

 A Esfera dos Livros, acrescenta, «congratula-se com a decisão judicial proferida, que permite que todos os portugueses possam ler o livro, que é de interesse público, com respeito pela liberdade de criação, expressão e de informação».

"Os Privilegiados" analisa o facto de, dos 230 deputados à Assembleia da República, 117 estarem em regime de "part-time", acumulando as funções parlamentares com outras atividades profissionais no setor privado.

http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=3514032&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

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Esta é para o Incognitus  explicar :D

O processo de privatizações em curso tem sido baseado, do ponto de vista teórico, na afirmação de que introduzem maior concorrência nos mercados, logo mais eficiência, e que os privados gerem sempre melhor que o público.

E a prová-lo em todo o seu esplendor aí está a privatização da EDP, em que os preços continuam a subir, apesar da empresa pública estatal chinesa China Three Gorges ser agora o dono maioritário da elétrica nacional. Explicação para a contradiçâo: é que os preços subiriam mais se não houvesse privatização.

A prová-lo em todo o seu esplendor está a privatização, feita à bruta e por imposição de António Borges, da Cimpor aos brasileiros da Camargo Côrrea. Como é óbvio, o centro da empresa já não está em Portugal, há menos emprego para os engenheiros nacionais e as suas equipas técnicas estão a ser desmembradas.

A prová-lo em todo o seu esplendor está a futura privatização das águas. Ora se os privados puderem aumentar os preços, claro que o negócio das águas vai passar a dar lucro, até porque ninguém consegue viver sem água, não é?

E finalmente a prová-lo em todo o seu esplendor está a privatização das infraestruturas aeroportuárias nacionais, através da venda da ANA aos franceses da Vinci, com muitas promessas à mistura de que as tarifas aplicadas nos aeroportos nacionais não só começariam a descer, como estavam garantidos os investimentos necessários nos vários aeroportos e, a prazo, a construção do novo aeroporto de Lisboa.

Ora hoje soube-se que para cumprir este plano a ANA decidiu aumentar desde já em 4,4% as tarifas aeroportuárias. Queixavam-se os operadores que as nossas tarifas não eram concorrenciais? Agora, como são geridas por privados, vão seguramente ficar muito mais concorrenciais, apesar deste aumento de preço.

É assim: eles a privatizar empresas que produzem bens públicos (excepção para a Cimpor) e nós, cidadãos, consumidores, clientes e contribuintes, a pagar. É fácil, é barato e dá milhões. A uns. E tira aos outros. A economia é uma ciência muito bonita. 

Ler mais: http://expresso.sapo.pt/eles-a-privatizar-e-nos-a-pagar=f825129#ixzz2bQjL8d1B

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O líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, defendeu esta sexta-feira que a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, "perdeu as condições para permanecer no cargo", considerando que "construiu uma monumental mentira" na comissão de inquérito aos contratos swap. Por seu lado, o PCP e o BE pedem a demissão.

"Estamos a pedir a demissão desta ministra por razões éticas", afirmou Carlos Zorrinho em conferência de imprensa no Parlamento, apelando ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, para "apreciar a incompatibilidade ética desta ministra permanecer em funções".

Os socialistas consideram que Maria Luís Albuquerque "construiu uma monumental mentira" ao ter afirmado que, na transição de pastas do Governo anterior para o actual, não lhe foi passado qualquer documento sobre os contratos de risco financeiro swap.

"Sabe-se agora que, no próprio dia em que tomou posse, 28 de junho de 2011, a então secretária de Estado do Tesouro e Finanças tratou do tema em encontro com o diretor geral do Tesouro e Finanças que, logo no dia seguinte, lhe deu a primeira informação solicitada sobre a matéria", frisou Carlos Zorrinho.

O líder parlamentar socialista acusou também Maria Luís Albuquerque de ter prestado "declarações intencionalmente inexactas impróprias de um membro do Governo da República" ao afirmar que o Governo anterior não tinha actuado para identificar o problema dos swaps.

Para o PS, encontra-se numa "base factual indesmentível" que o Executivo anterior aprovou legislação em 2009 que "permitiu que, pela primeira vez, a realidade dos swaps viesse a constar dos relatórios das empresas públicas, aprovados nos primeiros meses de 2011" e do relatório anual sobre as empresas públicas divulgado pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças em Julho de 2011, cumprindo orientações do ex-secretário de Estado Costa Pina.

No mesmo sentido, o PS aponta que em Julho de 2011, um mês após a posse, a Secretaria de Estado do Tesouro e Finanças recebeu da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças "informação detalhada sobre os swaps, empresa por empresa, no qual se identificava claramente as perdas potenciais dos contratos swap".

"Tais factos demonstram à evidência que Maria Luís Albuquerque procedeu com reserva mental ao acusar o Governo anterior de nada ter feito, mas essa evidência é ainda mais agravada face ao seu procedimento posterior", sustenta o PS.

"Sabe-se hoje que a então secretária de Estado do Tesouro e Finanças, Maria Luís Albuquerque, obstou ao cumprimento do despacho do seu antecessor, bloqueando o trabalho de articulação conjunta entre a Direcção-Geral do Tesouro, a Inspecção-Geral de Finanças, o IGCP [actual agência para a gestão da dívida política] e a contratação da Caixa Geral de Depósitos, como assessora técnica", afirmam.

Além disso, o PS argumenta que Maria Luís Albuquerque "determinou à Direcção-Geral de Tesouro e Finanças que nada fizesse para fazer face às perdas potenciais reveladas, tal como veio a rejeitar uma proposta de actuação da nova directora-geral do Tesouro e Finanças, levando mais um ano a criar condições para que o IGCP pudesse intervir na matéria dos swaps".

Esta "inércia, grave e incompreensível" resultou no agravamento das perdas potenciais dos swaps, "agravaram-se para o dobro da verba que lhe foi expressamente reportada em Julho de 2011", somando-se um "prejuízo potencial de 3,3 mil milhões de euros", sustentam os socialistas.

"Tudo isto configura uma gestão objectivamente danosa", acusa o PS.

Para os socialistas, acresce também que Maria Luís Albuquerque foi ela própria "responsável pela contratação de swap na Refer, "passou também a saber-se que, enquanto funcionária do IGCP, em Maio de 2011, numa data em que Maria Luís Albuquerque era já oficialmente candidata a deputada pelo PSD, se intrometeu nas competências da Direcção-Geral de Tesouro e Finanças junto de empresas públicas, à revelia de qualquer orientação que lhe tivesse sido dada pelos seus superiores".

Por seu lado, João Semedo, do Bloco de Esquerda, declarou também que a ministra das Finanças "tem sempre chegado atrasada à verdade". Também o PCP exige a demissão da ministra.

"Nunca sabemos a verdade pela boca da ministra e uma ministra das Finanças que não fala verdade, que mente sobre as suas responsabilidades, não pode continuar a ser ministra", disse João Semedo.

O deputado do PCP Paulo Sá exigiu a demissão da ministra das Finanças argumentando que um governante "que mente ao Parlamento" não tem condições para se manter no cargo. "Entendemos que um governante que mente ao Parlamento não tem condições para continuar no Governo. Nesse sentido exigimos a demissão de Maria Luís Albuquerque", declarou em conferência de imprensa, no Parlamento.

De acordo com o comunista, os dados recolhidos nos últimos dias na comissão de inquérito aos contratos de risco financeiro (swap) "vêm confirmar de forma inquestionável que Maria Luís Albuquerque mentiu mesmo ao Parlamento".

O deputado defendeu que a ministra deve voltar a ser ouvida na comissão de inquérito e adiantou que irá propor na próxima reunião, segunda-feira, que Maria Luís Albuquerque seja ouvida até dia 31, quarta-feira.

Ministra mantém palavra
No final desta quarta-feira, após uma audição parlamentar mas sobre o caso BPN, Maria Luís Albuquerque disse que responderia a todas as questões na comissão de inquérito que está a investigar o caso no Parlamento e que mantinha as suas palavras. "Continuo a dizer que não minto e que aquilo que disse continua a ser verdade", afirmou.

Já nesta sexta-feira, a ministra reiterou que irá dar todos os esclarecimentos sobre o caso dos swap e que os trabalhos do Parlamento concluirão que a actuação do Governo foi a correcta.

"Os esclarecimentos serão todos prestados, sobre as dúvidas que existam, mais, tenho a convicção que a comissão parlamentar de inquérito, quando tiver concluído os trabalhos, concluirá que a actuação de governo, que resolveu um problema previamente existente, foi a correta e a adequada", afirmou.

Maria Luís Albuquerque, foi questionada pelos jornalistas durante a apresentação do ante projecto da reforma do IRC no Ministério das Finanças, não quis dar mais esclarecimentos sobre o tema, garantindo apenas que mantém o que disse.

A ministra nunca disse que não tinha sido informada sobre o caso dos swaps, quando chegou ao Governo. E também nunca negou ter tido acesso ao valor das perdas potenciais acumuladas. À excepção da polémica empolada em redor da pasta de transição, a grande contradição da actual ministra das Finanças assenta no conhecimento que tinha sobre os riscos destes produtos. É que, ao contrário do que garantiu, foi alertada logo em Julho de 2011 para a existência de cláusulas de reembolso antecipado que implicariam pagamentos imediatos aos bancos. O PCP voltou na quinta-feira a chamá-la de urgência ao Parlamento.

Só por si, os emails trocados entre 29 de Junho e 1 de Agosto de 2011 com o antigo director-geral do Tesouro não desmentem Maria Luís Albuquerque, visto que esta nunca negou a sua existência. Mas o facto de incluírem uma descrição dos swaps, com referência às tais opções de cancelamento unilateral por parte das instituições financeiras, contraria parte da sua versão desta história.

Maria Luís Albuquerque foi sempre muito cuidadosa com as palavras. Sempre disse que o tema dos swaps não constava na pasta de transição que trocou com o ex-secretário de Estado do Tesouro Carlos Costa Pina. Versão que o próprio desmente, mas não há como determinar qual a versão verdadeira, porque se encontraram sem testemunhas. A ministra não mentiu, mas omitiu o facto de ter estado reunida e de ter trocado emails com o ex-director do Tesouro.

A pasta de transição tem ocupado grande parte do debate em redor deste caso, restando por vezes pouco tempo para questões mais profundas. É que Maria Luís Albuquerque também não mentiu, mas foi pouco clara em muitas ocasiões. Disse, por exemplo, que teve de "começar a trabalhar do zero", quando havia já muita recolha de informação encomendada pelo anterior Governo. E quando referiu que atacou os swaps ainda em 2011, para se saber ontem que, até terminar o mandato do ex-presidente do IGCP (em Março do ano passado), não foram dadas quaisquer orientações.

O primeiro-ministro, Passos Coelho, manifestou quinta-feira "toda a confiança" em Maria Luís Albuquerque depois de a Lusa ter noticiado a existência de mensagens de correio electrónico nas quais a ministra teve acesso a informação sobre contratos swap (gestão de risco) no sector empresarial público indicando uma perda potencial de 1,5 mil milhões de euros.
http://www.publico.pt/politica/noticia/ps-diz-que-maria-luis-albuquerque-perdeu-condicoes-para-permanecer-no-cargo-1601399

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Política e Economia Política / BPN
« em: 2013-07-17 12:41:05 »
Estou curioso com o que dizem agora os defensores da venda do BPN ao BIC.


Responsabilidades do Estado com o BPN podem chegar aos 816 milhões

As responsabilidades do Estado derivadas da execução do contrato celebrado com o BIC para a venda do BPN podem chegar até aos 816 milhões de euros. O valor consta de um relatório da Roland Berger pedido pela actual ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque – na altura, secretária de Estado do Tesouro e Finanças e que tinha responsabilidades na condução da privatização do BPN.

A 12 de Novembro de 2011, a consultora alemã enviou um email para o Ministério das Finanças onde revela que a estimativa do montante geral de contingências associadas ao contrato de execução da privatização do BPN oscilava entre 816 milhões de euros e 789 milhões de euros. Estava-se a um mês de ser assumido o primeiro acordo para a venda do BPN que seria formalizado em Março de 2012.

O contacto da Roland Berger surgiu em resposta a um pedido de esclarecimento da própria Maria Luis Albuquerque. Nessa altura, a CGD (que geria o BPN) e as Finanças tinham na sua posse dados que indicavam que em Setembro de 2011 só os litígios judiciais já somavam 311 milhões de euros.

http://www.publico.pt/economia/noticia/responsabilidades-do-estado-com-o-bpn-podem-chegar-aos-816-milhoes-1600445

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É impressão minha ou n existe nenhum tópico do BPN?


(pode ser apagado)

cumprimentos

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Ora viva!
Dá-me um GRANDE gozo ler estas notícias.... AFINAL a história é como eu e muitos sempre dissemos.
Para os anti-Sócrates do fórum, aqui vai....servida bem FRIA.


http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=3224973&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook

António Lobo Xavier considera que foi o PSD e o CDS que forçaram a intervenção da "troika" em Portugal e que nem a Merkel queria que o resgate tivesse acontecido assim.

Na quinta-feira, no programa "Quadratura do Círculo", na SIC Notícias , o histórico do CDS disse que foram os partidos que agora integram a coligação governamental que forçaram a entrada das três instuições em Portugal com o objetivo de pressionar o Governo da altura, ou seja, o de José Sócrates.

Lobo Xavier diz que nem mesmo a chanceler alemã Angela Merkel queria que o resgate a Portugal fosse feito da forma como foi.

«No princípio a senhora Merkel não queria uma intervenção concertada, regulada, com memorando, este aparato formal de memorandos com regras, promessas e compromissos tudo medido à lupa», adianta Lobo Xavier.

Pacheco Pereira realça que este «formato foi desejado como instrumento de pressão externa para a política interna», considerando que «houve alguém que desejou e que o utilizou de forma teórica e política».

Nesta debate, tanto Pacheco Pereira como Lobo Xavier chamaram ao primeiro-ministro "aprendiz de feiticeiro".

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Ora viva,

O PSD recorreu da decisão dos tribunais de impedimento de algumas (suas) candidaturas camarárias, de resto, este impedimento é resultado de uma lei elaborada pelo PS de Sócrates.
A lei teve um pequeno lapso, onde o texto aprovado na AR surgiu alterado na versão "pública", o que alimentou alguma especulação acerca dos resultados práticos, e também, se esta alteração foi propositada ou não...
Todos sabemos o contexto em que a lei foi discutida na AR, que resultou no objetivo de IMPEDIR os autarcas de serem "profissionais de presidente câmara" para a vida (em qualquer câmara), com todas as implicações que daí resultam, boas ou más - Não sei porquê só me lembro das más... 
Ou seja, a lei veio colmatar uma falha do sistema legislativo que permitia a bandalheira total de troca de presidentes de câmaras entre municípios, compadrios, pequenos "exércitos políticos", etc. A lei é clara, o espírito da lei é CLARO, enfim, é tudo claro que nem água.

Todos os partidos CUMPRIRAM a lei com as suas candidaturas.

MAs tinha de aparecer um patinho feio na história - Quem? O PSD.

O "patinho feio" sempre andou de pé atrás face a esta lei. Dizia em público que pugnava pela transparência, elevação das funções políticas, mas por trás notava-se que andava contrariado. A força do PSD vem em grande parte das câmaras, e perder essa força pode ser um risco de perda de poder. Mas o patinho feio até que conseguia disfarçar, pois sempre ia "defendendo" a transparência na AR...por palavras.
Hoje, estamos na fase dos ATOS.
E que atos o PSD tomou face a uma lei que veio libertar  o país dos barões camarários? Foi precisamente o contrário, INJETAR mais uns barões no sistema, tentando que conquistem mais umas câmaras através de candidaturas sem o mínimo de vergonha na cara. É a PROVA mais manifesta de que o PSD está dominado por bichos e não por seres racionais. A INSISTÊNCIA nas condidaturas que violam a lei, com o recurso aos tribunais, e eventual recurso ao Tribual Constitucional (estão todos preparados para isso), é muito mais do que um mero recurso (legítimo) aos tribunais, é o confessar de que não estão minimamente preocupados com a transparência, e que na política vale tudo.
O mais caricato, é que a lei foi aprovada pelo PS do Sócrates (o tal que muitos dizem ser um malandro), e quem NÃO a quer aplicar, é o PSD de Passos Coelho - O tal "homem sério" que só anda rodeado de Relvas e afins...

E veremos como isto vai terminar, que ainda ninguém tem certezas. Por agora, temos o PSD a lutar CONTRA todas as instituições portuguesas que lutam pela transparência na política, o que é sintomático.



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Um artigo do Marinho Pinto de finais de 2012, mas que não se alterou em nada. Isto é, o que o corajoso SÓCRATES atacou (e SOFREU por atacar este lobbie) e o atual Governo NADA fez para reformar.
Sócrates foi o ÚNICO no pós 25 de Abril com coragem para atacar os juízes.
Portanto, quando alguém diz que os juízes querem manter o status quo, devia ter tido em conta a reforma à séria que se quis fazer na Justiça pelo Sócrates.
Agora chorem...


[...]
Num segundo momento, a ministra da Justiça (que não chegou a vice--presidente do PSD pela cor dos olhos ou dos cabelos) tratou, no maior sigilo, de tomar outras medidas mais eficazes, prometendo aos magistrados que continuarão a usufruir do privilégio de poderem viajar gratuitamente nos transportes públicos, incluindo na primeira classe dos comboios Alfa. Para isso garantiu-lhes (sempre no maior segredo) que o Governo iria retirar da Lei do Orçamento a norma que punha fim a esse privilégio. O facto de o Orçamento já estar na Assembleia da República não constitui óbice, pois, para a ministra, a função do Parlamento é apenas a de acatar, submisso, as pretensões dos membros do Governo, incluindo os acordos estabelecidos à sorrelfa com castas de privilegiados.

Mas, mais escandaloso do que esse sigiloso acordo político-judicial é a manutenção para todos os magistrados de um estatuto de jubilação que faz com que, mesmo depois de aposentados, mantenham até morrer direitos e regalias próprios de quem está a trabalhar. E ainda mais vergonhoso do que tudo isso é a continuidade de privilégios remuneratórios absolutamente inconcebíveis num regime democrático, sobretudo em períodos de crise e de austeridade como o atual.

O primeiro-ministro, se ainda possui alguma réstia de dignidade e de moralidade, tem de explicar por que é que os magistrados continuam a não pagar impostos sobre uma parte significativa das suas retribuições; tem de explicar por que é que recebem mais de sete mil euros por ano como subsídio de habitação; tem de explicar por que é que essa remuneração está isenta de tributação, sobretudo quando o Governo aumenta asfixiantemente os impostos sobre o trabalho e se propõe cortar mais de mil milhões de euros nos apoios sociais, nomeadamente no subsídio de desemprego, no rendimento social de inserção, nos cheques-dentista para crianças e - pasme-se - no complemento solidário para idosos, ou seja, para aquelas pessoas que já não podem deslocar-se, alimentar- -se nem fazer a sua higiene pessoal.

O primeiro-ministro terá também de explicar ao país por que é que os juízes e os procuradores do STJ, do STA, do Tribunal Constitucional e do Tribunal de Contas, além de todas aquelas regalias, ainda têm o privilégio de receber ajudas de custas (de montante igual ao recebido pelos membros do Governo) por cada dia em que vão aos respetivos tribunais, ou seja, ao seus locais de trabalho.

Se o não fizer, ficaremos todos, legitimamente, a suspeitar que o primeiro-ministro só mantém esses privilégios com o fito de, com eles, tentar comprar indulgências judiciais.


http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2853273&opiniao=Ant%F3nio%20Marinho%20Pinto

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Governador do Banco de Portugal sentiu-se ofendido quando a procuradora Teresa Almeida sugeriu que Carlos Costa tinha sido um “um funcionário de balcão que confere” quando trabalhava no BCP e renovou crédito às “offshores” do banco.

Carlos Costa, quando era funcionário do BCP, renovou créditos às “offshores” do banco sem saber que estes veículos não tinham beneficiários últimos. “Não tinha conhecimento nem tinha que ter” afirmou o governador do Banco de Portugal, que está a testemunhar em tribunal, no processo-crime movido contra ex-administradores do Banco Comercial Português.

 

Carlos Costa trabalhou no BCP entre Janeiro de 2000 e Março de 2004, na qualidade de director da área internacional, tendo ainda acumulado responsabilidades na unidade de custódia do banco. O responsável justificou a decisão de renovação dos créditos com o facto de o colateral ser uma carteira de títulos, com gestão discricionária.

 

“Isto é exactamente o contrário de investir num único título. É saltar de um título para o outro, para maximizar o valor do colateral” sublinhou, garantindo desconhecer que as carteiras eram constituídas quase só por acções do BCP.

 

“Não me passou pela cabeça perguntar quais os títulos em que o gestor da carteira investia. A sua missão era optimizar o valor da carteira” adiantou Carlos Costa.

 

“Não sou um capataz de confiança” respondeu Carlos Costa à procuradora Teresa Almeida, quando esta lhe disse que tinha actuado como “um funcionário de balcão que confere”. O governador do Banco de Portugal reagiu com veemência: “isso é quase ofensivo. Não sou capataz de confiança. Nunca fui nem é hoje que aceito que o diga”.

 

A procuradora está a questionar Carlos Costa sobre o facto de não ter avaliado a carteira de títulos que servia de colateral aos créditos concedidos às “offshores”, que renovou quando era director do BCP.

 

“Tenho é de avaliar se existe possibilidade de recuperação de colateral” justificou o governador, para quem a existência de um mandato de gestão discricionária pressupunha. “Isto não é conferir” repetiu.

 

Carlos Costa está a ser ouvido como testemunha no julgamento em que o Ministério Público acusa dois antigos presidentes do BCP, Jardim Gonçalves e Filipe Pinhal, e dois ex-administradores do banco, Christopher de Beck e António Rodrigues, dos crimes de manipulação de mercado e falsificação de documentos.

http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/governador_do_banco_de_portugal_recusa_ter_sido_capataz_de_confianca_no_bcp.html

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Ora viva,

Noto que os ilustres participantes que outrora tanto críticavam o Governo Sócrates, hoje estão caladinhos que nem ratos, ehhehe
Casos Franquelins, Relvas, ausência de reformas do Estado, má comunicação do Governo, medidas governativas altamente questionáveis.... parece que tudo é consentido.
Mas o mais preocupante, é mesmo a ausência de uma consciência moral. Ao anterior Governo, NADA era permitido... comprar uma peça de roupa de marca estrangeira era "crime" se fosse uma ministro a fazê-lo. Estas mesmas pessoas, tão "sensíveis" as estas questões, nos dias de hoje estão tão caladinhas que faz mesmo impressão.... Lembram-se das críticas ao fecho de maternidades, avaliação de professores, etc. - Onde estão os CRÍTICOS?  :D :D

E não posso deixar de dizer que a participante SMOG, tem uma grande coragem em ainda comentar medidas do Governo no fórum. Eu lembro-me MUITO BEM que quando o Sócrates andava a impôr a avaliação dos professores, a referida participante disse basicamente "que se lixem as medidas, eu quero é o meu". Deixando bem claro, que os sacrifícios fossem para os outros.

cumprimentos e espero que fiquem bem (des)governados com o VOSSO Governo.


http://www.ionline.pt/portugal/miguel-relvas-passa-ferias-fim-ano-no-rio-janeiro

 O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi passar os últimos dias do ano ao Rio de Janeiro, Brasil, e esteve num dos mais luxuosos hotéis da “Cidade Maravilhosa”, o emblemático Copacabana Palace.

Mas não foi o único. O ex-administrador da SLN, holding que era detentora de 100% do BPN – Banco Português de Negócios, Dias Loureiro, e o ex-ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, José Luís Arnaut, também lá estiveram.

Localizado na Praia de Copacabana, o hotel que Miguel Relvas escolheu para passar uns dias de descanso, e que pertence ao grupo Orient-Express, tem hospedado ao longo de décadas membros da realeza, estrelas de cinema, teatro e música, assim como políticos e empresários. Desde que Fred Astaire e Ginger Rogers dançaram juntos no filme Flying Down to Rio com o Copacabana Palace como cenário principal, o hotel tornou--se internacionalmente conhecido.

A diária no Copacabana Palace, que reabriu a 12 de Dezembro, depois de extensas obras num valor estimado superior a 10 milhões de euros, custa um mínimo de 600 euros e o preço médio por dormida é de 800 euros, sem incluir taxas de serviços de hotel ou pequeno-almoço – e a preços de balcão. Uma refeição no hotel pode custar bem mais que a pernoita e os preços sobem em época alta, como acontece nos períodos de Natal e Ano Novo.

O Copacabana Palace tem um total de 243 apartamentos e suites. Todas as acomodações são projectadas de forma individual com móveis de época e obras de arte originais e possuem vista para o mar e amplas salas de estar.

Miguel Relvas é cidadão honorário do Rio de Janeiro desde 2008, mas, pelo menos até há alguns anos, era na Baía onde passava – segundo dizia – as melhores férias da sua vida. De resto, as viagens ao Brasil, em trabalho ou turismo, são uma constante desde o tempo de Santana Lopes, quando era secretário-geral do PSD. A regularidade aumentou quando Relvas iniciou a sua actividade como gestor e consultor de empresas privadas, em 2006. A partir de 2009, ano em que se dedicou exclusivamente à gestão e consultoria na Kapaconsult, Finertec e na Alert, a multinacional portuguesa de software clínico, as idas ao outro lado do Atlântico tornaram-se ainda mais frequentes, até à sua entrada para o governo.

O Copacabana Palace está longe de padecer dos males que afectam a hotelaria em Portugal, sobretudo na região do Algarve. Mesmo tendo em conta a diferença de temperaturas – em Portugal é Inverno, enquanto no Rio de Janeiro é Verão –, e de preços, nunca antes as taxas de ocupação em território nacional atingiram níveis tão baixos.

Este ano, 16% dos hotéis portugueses encerraram na época baixa. Só no Algarve, e de acordo com dados da Associação da Hotelaria de Portugal citados pelo jornal “Expresso”, quase metade dos hotéis (48%) fecharam esta estação por falta de turistas.

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Política e Economia Política / Medina Carreira
« em: 2012-12-08 01:14:25 »
Ora viva,

Pois é, afinal o "vosso" "querido líder" parece que tem uns "probleminhas"  :D :D :D
Eu já tinha alertado - isto, se alguém se lembra ;) Pessoalmente, já estava FARTO de ter de ouvir  a hipocrisia semanal do senhor, e depois, ainda ter de ouvir os "anjinhos" dos portugueses a defenderem o pobre coitado como grande exemplo nacional.
Imagino que muitos do fórum tenham ficado tristinhos....heheh



cumps!

http://www.publico.pt/economia/noticia/medina-carreira-nao-encontra-explicacao-para-ser-investigado-1576591

O fiscalista Henrique Medina Carreira reafirmou na noite desta sexta-feira não ter qualquer relação com o escândalo de branqueamento de capitais e fuga aos impostos conhecido como caso Monte Branco, garantindo não fazer ideia do que se está a passar para ter sido envolvido na investigação.

Em entrevista à TVI, o antigo ministro das Finanças disse que nunca constituiu qualquer sociedade na Suíça e insistiu não conhecer Michel Canals nem Francisco Canas. “Nada desses nomes nem dessas pessoas”, garantiu.

A casa e o escritório de Medina Carreira foram alvo de buscas por parte da Polícia Judiciária na quinta-feira. Pelas autoridades, disse, foi-lhe dito que era suspeito de fuga aos impostos e de branqueamento de capitais relacionados com uma conta que Medina Carreira diz que nunca teve e a montantes com um gestor de que nunca ouviu falar.

O semanário Sol escreve hoje que o mandado de busca do juiz Carlos Alexandre “indicia que o nome de Medina Carreira foi encontrado nos documentos apreendidos a Canas como tendo três offshores geridos por Michel Canals, e que será mais um cliente da organização”.

“Nunca constituí nenhuma sociedade em Zurique, nem em parte nenhuma, não mandatei ninguém para que constituísse, nunca cruzei as portas do banco [suíço] UBS. Portanto, a origem desta sociedade é-me completamente estranha”, disse numa entrevista conduzida por Judite de Sousa, com que Medina Carreira é o rosto do programa da TVI24 “Olhos nos Olhos”.

O fiscalista diz estar “sossegado”, “extremamente sereno” e em “tranquilidade absoluta”. E rejeitou “começar a inventar explicações” para o facto de o seu nome aparecer envolvido na investigação e adiantou não estar a pensar em mover um processo. “Vale a pena fazer alguma coisa em Portugal?”. “É realista não andar com acções inúteis”, disse.

“A voz pública que me vai chegando é de que se trata de uma perseguição em relação a mim, por dizer aquilo que digo aqui e noutros sítios. Não acredito que tenha sido isso, mas também não tenho nenhuma explicação para isso”.

Medina Carreira, conhecido comentador de assuntos económicos, considera que a sua actuação pública “não é tão relevante” para ser perseguido. “Nunca ninguém me silenciou em Portugal”. Mas reconhece que o facto de ser envolvido na investigação dará “prazer a muita gente” e que esses estarão mais perturbados do que ele.

O fiscalista confirmou as buscas à sua casa e ao seu escritório, onde as autoridades verificaram os “mecanismos informáticos”, papéis e dossiers “folha-a-folha”.


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Política e Economia Política / A vingança perfeita?
« em: 2012-10-01 20:11:07 »
Ora viva,

É mesmo a ironia do destino.... as mentiras, os diplomas, os "jobs for the boys", as nomeações de amigos e familiares, a hipocrisia... TUDO isto foi criticado ao Sócrates e tudo isto, aconteceu ao atual Governo. Tudo isto, e até, ao que parece.... o Governo negociou com Bruxelas e à revelia da oposição, as novas medidas de austeridade  - EXATAMENTE o que o PPC disse que o Sócrates fez há 1 ano (mas parece que o PPC mentiu, pois estava informado) e agora, PARECE que não é mentira, é mesmo VERDADE, as medidas foram enviadas para Bruxelas sem dar cavaco a mais ninguém.

Eis o Governo na sua plenitude... até à última instância e de frase em frase, de ação em ação, até à negação total. Tristeza.

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Este artigo dedico ao Incognitus - O Krugman é mais um ignorante que não percebe nada do que se está a passar :D  :D


O economista critica os defensores da austeridade, dizendo que estes se esqueceram das pessoas. Espanhóis e gregos "estão certos" ao protestar contra mais austeridade. "Os verdadeiros intervenientes irracionais" são os políticos que exigem cada vez mais sacrifícios.

Na habitual coluna de opinião no "New York Times", intitulada esta semana de "A loucura da austeridade na Europa", Krugman defende que as medidas de austeridade levadas a cabo por países como a Grécia, Espanha ou Portugal "foram demasiado longe".

"Muitos analistas sugerem que os cidadãos de Espanha e da Grécia estão apenas a adiar o inevitável, ao protestar contra os sacrifícios que devem, de facto, ser feitos. Mas a verdade é que estes cidadãos estão certos. Mais austeridade não serve nenhum propósito. Os verdadeiros intervenientes irracionais são os políticos, alegadamente sérios, que exigem cada vez mais sacrifícios", escreve o economista no jornal norte-americano.

"O que a opinião pública destes países está, de facto, a dizer é que chegaram ao limite: com a taxa de desemprego em níveis idênticos ao da Grande Depressão, a austeridade já foi longe demais."

"De facto", prossegue Paul Krugman, a "pesquisa realizada pelo Fundo Monetário Internacional sugere que os cortes orçamentais em economias altamente deprimidas podem, na verdade, reduzir a confiança dos investidores já que aceleram o ritmo da queda económica".

Krugman comenta, em particular, o caso espanhol e concluiu que a situação económica do país revela que este "não necessita de mais austeridade". Questiona, então, Paul Krugman: "Porquê as exigências de mais sacrifícios?"

"Parte da explicação está no facto de na Europa, como nos Estados Unidos, muitas 'Very Serious People' [Pessoas muito sérias] foram tomadas pelo culto da austeridade e pela crença de que os défices – e não o elevado desemprego – são o perigo presente e que a redução do défice vai, de alguma forma, resolver o problema criado pelos excessos do sector privado".

"Além disso", continua o economista, "uma parte significativa da opinião pública na Europa – em especial na Alemanha – acredita numa falsa visão da situação". "Falem com políticos alemães e eles irão mostrar-vos a crise do euro como um jogo moral, um conto de países que viveram acima das suas possibilidades. Não importa o facto de que nada disto é o que está a acontecer – e o igualmente inconveniente facto de que os bancos alemães desempenharam um papel de relevo ao inflacionarem a bolha imobiliária em Espanha. O pecado e as consequências constituem a sua história."

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=581391

20
POis é.... a VERDADE começa a vir à tona.
Não censuro as pessoas que são manipuladas pelos média (como os daqui do fórum), mas é inadmissível a forma como queimaram um político promissor só porque se atreveu a lutar contra uma série de grupos de poder - magistrados, professores, funcionários públicos, notários, farmaceuticos e industria farmaceutica, médicos, etc.





    O Procurador-Geral da República (PGR) considerou hoje “estranho e inédito” que os juízes que julgaram o processo Freeport e absolveram os dois arguidos tenham levantado suspeições de corrupção contra o ex-primeiro-ministro José Sócrates.


“Ninguém no mundo esperava uma coisa destas. Estão a ser julgados dois indivíduos e não alguém que está ausente. Se está a ser julgado o A e o B o acórdão deve pronunciar-se sobre isso e não sobre o C que não existe”, disse Fernando Pinto Monteiro em entrevista à RTP.

Pinto Monteiro lembrou que já entregou ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) o acórdão e as gravações da prova produzida no tribunal do Barreiro e agora os documentos serão analisados por procuradores, os quais vão concluir sobre se há ou não novos indícios.

Ainda sobre o caso Freeport, o PGR disse que os dois procuradores responsáveis pelas investigações do caso “fizeram tudo o que quiseram e ouviram quem quiseram”, garantindo que nunca faltaram verbas para esta investigação.

“O processo Freeport foi o mais investigado do meu mandato”, garantiu.

Outro tema abordado na entrevista foi o dos submarinos, com Pinto Monteiro a garantir que não houve gestão política do processo e a explicar que o caso, que ainda se encontra em investigação, esteve parado por falta de peritagens e de cartas rogatórias que entretanto foram respondidas.

“Espero que o meu sucessor tenha a sorte de ver o processo dos submarinos acabado”, desejou.

Relativamente à questão das pressões, o chefe máximo do Ministério Público (MP) garantiu que nunca foi pressionado por ninguém, mas a considerou que há uma grave pressão na magistratura, a qual não conseguiu combater, que passa pela politização do MP.

“Não consegui despolitizar o Ministério público. Alguns políticos querem resolver questões políticas através de processos judiciais. Se eu fosse instaurar tantos processos quantas as denúncias que recebi não havia ninguém no Governo que não tivesse um processo aberto”, desabafou, acrescentando que há magistrados que também pretendem “fazer política”.

Pinto Monteiro falou mais uma vez da existência de escutas ilegais, assunto que inclusivamente já abordou no parlamento, e considerou que nunca em Portugal a corrupção foi tão investigada e com tão bons resultados, ressalvando, porém, que os crimes económicos são muito difíceis de investigar.

Sobre o seu sucessor, uma escolha da responsabilidade do Presidente da República por proposta do Governo, Fernando Pinto Monteiro desejou que o próximo PGR “seja um jurista competente, isento e honesto, independente dos partidos políticos e dos sindicatos” e que tenha “mais poderes”.

Deu como exemplo a impossibilidade actual de o Procurador-Geral da República nomear o seu adjunto ou o director do DCIAP, ambas escolhas da responsabilidade dos membros do Conselho Superior do Ministério Público.

Depois de seis anos a ocupar o Palácio de Palmela, Pinto Monteiro terminou a entrevista dizendo que após 9 de Outubro vai “por o sono em dia, as leituras, o cinema, o teatro e as amizades”.


http://www.publico.pt/Pol%C3%ADtica/pgr-considera-estranho-e-inedito-suspeitas-levantadas-contra-socrates-1564725


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