Olá, Visitante. Por favor entre ou registe-se se ainda não for membro.

Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
 

Mostrar Mensagens

Esta secção permite-lhe ver todas as mensagens colocadas por este membro. De realçar que apenas pode ver as mensagens colocadas em zonas em que você tem acesso.


Mensagens - capitaorabodepeixe

Páginas: [1]
1
Mas este agora até aparece no flash interview dos jogos ?!



Gostava era de saber se foi a este jogo (e no próximo Sàbado) por conta própria ou por minha conta.

Só falta o fato de treino para se iniciar uma Venezuelização.

2
Off-Topic / Re: Sociedade Low Cost
« em: 2015-11-04 23:16:35 »
Sempre que há um salto qualitativo na humanidade isso aconteceu. Desde o fogo, a agricultura, a revolução industrial e presentemente a era digital e a robótica, que cada indivíduo produz e consome muito mais depois do salto que antes.

Aliás o ideal para o qual a Humanidade quer caminhar é não necessitar de trabalhar para produzir o que necessita.

Agora o problema está é na distribuição dessa riqueza. Sempre foi esse o grande problema que nunca a humanidade soube ultrapassar e não no aumento exponencial da riqueza em cada salto evolutivo.


 No tempo do meu avô trabalhava-se 6 dias por semana e lutou pelo que se chamava a "semana inglesa" ( trabalhar sábado só até à 1H).
 No tempo do meu pai deixou-se de trabalhar ao Sábado, trabalhando só 40 horas semanais.
 Agora trabalha-se 35 horas semanais.
E o aumento produtivo geracional foi enorme :)

Como disse, o problema está na distribuição da riqueza gerada.

É verdade que o ideal da humanidade é dispensar às máquinas o sua responsabilidade produtiva, no entanto só quem é produtivo, terá rendimento à sua disposição para satisfazer as suas necessidades e desejos de consumo. Este é o grande paradoxo da substituição do homem pela máquina, para além do paradoxo caro à ficção cientifica da revolta da máquina contra o criador... anyway... Ainda hoje li em qualquer lado que salvo erro a Google já dispõem de tecnologia em drones completamente testada e operacional para efectuarem entrega de encomendas, apenas está a aguardar autorização do Departamento de Transportes e a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) para avançar em força com este projecto... Esta é uma tecnologia que vai criar alguns postos de trabalho, mas Já imaginaram quantos postos de trabalho esta pequena revolução vai destruir? Estafetas que vão perder emprego, construtoras automóveis que vão deixar de vender veículos de carga, etc... será que o balanço final será positivo? Possivelmente o futuro irá passar pela libertação do homem do fardo produtivo, no entanto onde como irá o homem buscar rendimento quando cede a sua responsabilidade produtiva à tecnologia e automação?

3
Off-Topic / Sociedade Low Cost
« em: 2015-11-04 17:50:26 »
Num destes dias em conversa telefónica com um amigo meu que está no Brasil, ele queixava-se que o negócio do sector dele (telecomunicações) está parado e com tendência para crise. Justificava a quebra do negócio com os serviços gratuitos ou de custos reduzidos de comunicações que a internet oferece como o WhatsApp, Facebook, Skype, agora o Netflix entre outros. Estes serviços estão a canibalizar o negócio das operadoras nos segmentos de chamadas voz, imagem, fixo e TV, sobrando apenas o serviço de Internet que para já ainda não foi afectado. Ele também se queixava que a proliferação da internet e de sites/portais com serviços, conteúdos e mesmo de vendas de produtos está a quebrar a cadeia de retalho, na qual o cliente final pode aceder a um bem diretamente ao fornecedor sem passar por intermediários (Distribuidores, Importadores, Retalhistas, etc). Este fenómeno de acesso a produtos mais baratos está a pressionar os fluxos do comércio intermediário e está a criar uma nova realidade de acesso directo a bens e serviços mais baratos ou até mesmo gratuitos. Este paradoxo criado pelo mercado online numa análise superficial é bom para o consumidor por uma oferta a custos mais reduzidos, no entanto tem vindo progressivamente a acabar com as cadeias de distribuição convencionais e por consequência tem eliminado postos de trabalho para sobreviverem à concorrência.

Se formos mais longe podemos observar uma panóplia de serviços que foram eliminados ou abalados pelo comércio online, estou a recordar-me das agências de viagens, que sofreram bastante com os serviços de booking online, os serviços de HomeBanking estão a ceifar de dia para dia postos de trabalho e a encerrar agências bancárias, a migração da imprensa/comunicação social parcialmente gratuita para a internet levou o sector da comunicação social para uma crise da qual ainda não existem respostas para a saída da mesma. Enfim, existem uma data de sectores de serviços e produtos completamente afectados pela mesma oferta online gratuita, ou de baixo custo.

Resta reflectir se este paradigma de sociedade de Low Cost que neste momento estamos a viver e que aparentemente parece ser bom para o consumidor com acesso a bens e serviços gratuitos ou de custo reduzido, não irá ser o responsável por sérias rupturas sociais causadas pelo desemprego, baixos salários, etc, que esses serviços têm causado no comércio de bens e serviços tradicionais. Se o envolvimento de grandes companhias tecnológicas que actuam no mercado eletrónico numa posição tendencialmente monopolista e de desvirtuação do mercado e suas variáveis não irão fortemente condicionar e controlar as escolhas dos consumidores. Se a crescente substituição do homem pela máquina na cadeia produtiva não será uma grande falácia, uma vez que se está a produzir bens de custos mais reduzidos, no entanto esses bens deixam de ter procura porque o mercado ao qual se destinam foi aniquilado pelo desemprego e pela inevitável perda de poder de compra.

Vivemos tempos de interessante mudança, no entanto as consequências ainda são imprevisíveis de todo este paradigma em torno do Low Cost, que por um lado dá, mas por outro tira.


4
Esta forma de censura legal que foi intentada contra o grupo Cofina poderá ter um efeito contrário e catastrófico contra a defesa do Engº. 44. Não me admirava nada começarem a aparecer no Youtube, Vimeo, Blogs,Twitter, Facebook, etc as gravações das escutas e transcrições das mesmas.

5
O meu balanço destes 15 dias de campanha:

PAF:

Fizeram uma campanha madura e profissional, nota-se que a máquina de propaganda está oleada. O primeiro debate com o Costa correu mal, Passos Coelho optou pelo atalho Sócrates e o seu legado de desgoverno nacional para atacar o adversário e coisa correu mal, porque transmitiu um discurso enrolado e recalcado que um Costa preparado para esta situação consegui desmontar e usar contra o adversário. A partir do primeiro debate a estratégia foi afinada e passou por aproveitar os tiros que o Costa começou a dar nos pés. Como já seria de esperar, houve pouca discussão de ideias, exceção feita à segurança social e mesmo neste campo foram apenas aflorados conceitos e intensões sem grande debate de fundo. Fizeram bem em assumirem os seus 4 anos de governação (para o bem e para o mal) e sobretudo não caíram na tentação de atacarem os adversários de forma agressiva e barata. Conseguiram passar para o eleitorado a ideia de que o pior já passou e que os cidadãos podem contar com eles para 4 anos de navegação em águas que prometem ser menos agitadas em termos económicos.

PS:

O António Costa nesta campanha fez-me lembrar o Francesco Schettino comandante do Costa Concórdia. Tal como este deslumbrado e inábil comandante, Costa maravilhou-se com o poder e correu em direção a ele sem avaliar os obstáculos e perigos que existiam entre a sua ambição e o poder… Afundou-se completamente. A campanha começou mal com o caso dos cartazes (passou logo uma imagem tão característica dos tempos de Sócrates com este episódio: a vigarice), No primeiro debate soube-se defender de um Passos hesitante e num ou noutro momento demonstrou habilidade para derrubar o seu adversário, mas tal não chegou a acontecer. A partir do primeiro debate foi sempre a cair. No segundo confronto com Passos Coelho, Costa foi derrotado não por mérito do adversário mas pela sua falta de preparação e de domínio dos temas que compunham o seu programa eleitoral. O golpe que derrubou Costa foi a precisamente a Segurança Social. Durante a campanha sucederam-se os casos de amadorismo (a tia postiça que foi chorar pelo filho sair de casa, os comícios com pouca gente, a falta de entusiasmo das arruadas, and so on, and so on). As sondagens começaram a tirar o tapete às ambições de Costa e apercebendo-se de que estava a perder o eleitorado indeciso que normalmente vota no centro, resolveu erradamente radicalizar o seu discurso para captar eleitores da esquerda, afastando desta forma o eleitorado do centro. Já se ouvem os amoladores lá para os lados do largo do Rato.

PCP:

Esta campanha do PCP feita para as legislativas de 2015 poderia ter sido feita num qualquer período eleitoral dos anos 70 ou 80. O PCP é um clássico da nossa política. Não faltaram os apelos ao estrangulamento da classe capitalista (pelo menos não quiseram matar os capitalistas como o seu primo radical inconsequente PCTP/MRPP) o apelo ao fortalecimento da classe trabalhadora, o ódio destilado à finança e aos interesses económicos, etc. Neste PCP salva-se o Jerónimo de Sousa. O tipo é mesmo genuíno, acredita mesmo no que diz, na ideologia bafienta que defende, mas era o único candidato presente a estas eleições com o qual não me importava de partilhar um almoço bem regado, desde que o tema de política não fosse abordado. O tipo deve ter histórias do arco da velha para contar.

BE:

Este BE faz-me lembrar aquela tia rebelde que temos na família. Uma tia enxuta, “bué da fixe”, que fala de “cenas” mesmo “bacanas”, “cenas” que interessam à juventude com angústias de crescimento, ou a franjas sociais algo marginalizadas. É a tia que fala mal da família mas sem saber bem o porquê. É também aquela tia que vive à conta dos nossos avós e que ainda por cima os critica. Quanto à campanha em si, foi o que se esperava, um BE igual a si próprio apoiado pela boa graça que gozam na comunicação social. A Catarina Martins surpreendeu-me, pelo seu à vontade na defesa da sua dama e pela forma natural como se movia nas ações de rua e comícios. Já as suas propostas para o país podem ser encontradas numa Grécia perto de si.

Outros partidos:

Gostei da campanha do AGIR nas revistas sociais, no entanto ficou aquém das minhas masculinas expectativas. Marinho e Pinto (PDR), é um gajo de borracha que nunca se sabe se está inclinado para a esquerda ou para a direita, demagogo, populista e perigoso QB. Mas há que acredite. O PNR continua a querer despejar pretos, chamussas, ciganos etc do condomínio Portugal. PAN: coitadinhos dos animais, coitadinho do planeta, vamos tomar menos banho para poupar água e vamos deixar de comer animais… Finalmente o LIVRE passou a campanha toda a flirtar o PS para uma eventual coligação de partilha de poder… são uns verdadeiros empreendedores políticos, fundaram um partido às três pancadas e agora estão prestes a arranjarem emprego na Assembleia da República.

Páginas: [1]