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Geral => Comunidade de Traders => Tópico iniciado por: hermes em 2012-08-18 23:11:09

Título: Argentina - Tópico principal
Enviado por: hermes em 2012-08-18 23:11:09
Um pequeno excerpto:

Citar
The Argentine experience stands in sharp contrast to other recent financial crises. If one examines the stock market performance of other countries in the immediate months involving crises, one finds the following fall in stock market indexes: Mexico (December 1994-February 1995), 53.5%; Korea (July 1997-November 1997) 47.0%; Malaysia (July 1997-January 1998) 52.0%; and Thailand (July 1997-December 1998) 33.8%. Such pronounced drops in stock market values are the typical result expected during crises. Yet the Argentine market more than doubled in the early months of the crisis of 2001-2002. How can such a surprising event occur?

This paper analyzes the rise in Argentine stock prices as a result of investors using the stock market to shift funds out of Argentina (and pesos) into the United States (and dollars). By purchasing shares of Argentine stocks at home that are listed in the United States, investors were able to convert peso-denominated home-market shares into dollar-denominated American Depositary Receipts (ADRs) in the United States. This conversion of the underlying home-market shares into the derivative ADRs accomplished the shift of wealth out of Argentina and into dollars in the United States.

Fonte: paper em anexo.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Incognitus em 2012-08-18 23:19:39
Muito criativa, a solução.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: pereira em 2012-08-18 23:31:58
Muito criativa, a solução.

Se houvesse forma de obter os dados referentes à nacionalidade dos diversos investidores nos movimentos dos diversos índices, teriamos possivelmente leituras bem interessantes.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-18 23:36:40
Que ADRs temos cotados nos EUA?  :D
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Incognitus em 2012-08-19 00:32:42
Não sei se as pinks que estão cotadas são facilmente convertíveis, talvez só a PT.
 
Em todo o caso não existe dificuldade em tirar dinheiro de Portugal, claramente na Argentina existia, e por isso foi criado esse esquema.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: John_Law em 2012-08-19 00:57:36
Existia e existe.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-19 09:20:28
Existia e existe.


Parece que sim, existem ADRs praticamente para todas. O que é isso de Sponsored e Unsponsored ADRs?



The Full List of Portugal ADRs

The Full List of Portugal ADRs traded in the U.S. NYSE, NASDAQ and OTC markets are listed below:

No.  CompanyTicker    ExchangeIndustryS/U
1Portugal TelecomPT (http://finance.yahoo.com/q?s=PT)New York Stock ExchangeFixed Line Telecom.S
2Altri SGPS SAASGSY (http://finance.yahoo.com/q?s=ASGSY.PK)OTCForestry  & PaperU
3Banco BPI SABBSPY (http://finance.yahoo.com/q?s=BBSPY.PK)OTCFinancial ServicesU
4Banco Comercial PortuguesBPCGY (http://finance.yahoo.com/q?s=BPCGY.PK)OTCBanksU
5Banco Espirito SantoBKESY (http://finance.yahoo.com/q?s=BKESY.PK)OTCFinancial ServicesU
6BRISA-Auto-Estradas de PortugalBRSAY (http://finance.yahoo.com/q?s=BRSAY.PK)OTCIndustrialTransport.S
7Cimpor-Cimentos de Portugal, SGPS SACDPGY (http://finance.yahoo.com/q?s=CDPGY.PK)OTCConstruct. & MaterialsU
8Energias de PortugalEDPFY (http://finance.yahoo.com/q?s=EDPFY.PK)OTCElectricityS
9Galp Energia SGPS SAGLPEY (http://finance.yahoo.com/q?s=GLPEY.PK)OTCOil & Gas ProducersU
10Inapa GroupIPGXY (http://finance.yahoo.com/q?s=IPGXY.PK)OTCForestry & PaperS
11Jeronimo Martins SGPS SAJRONY (http://finance.yahoo.com/q?s=JRONY.PK)OTCFood & Drug RetailersU
12Mota Engil SGPS SAMTELY (http://finance.yahoo.com/q?s=MTELY.PK)OTCGeneral IndustrialsU
13RENRENZY (http://finance.yahoo.com/q?s=RENZY.PK)OTCGas,H20 MultiutilityU
14SemapaSEMMY (http://finance.yahoo.com/q?s=SEMMY.PK)OTCGeneral IndustrialsU
15Sonae Industria, SGPS, SASNIDY (http://finance.yahoo.com/q?s=SNIDY.PK)OTCForestry & PaperU
16Sonae, SGPS, SASGPMY (http://finance.yahoo.com/q?s=SGPMY.PK)OTCForestry & PaperU
17Sonaecom, SGPS, SASOVTY (http://finance.yahoo.com/q?s=SOVTY.PK)OTCFixed Line Telecom.U
18Zon MultimediaZONMY (http://finance.yahoo.com/q?s=ZONMY.PK)OTCMediaS

Note: Some of the ADRs are Unsponsored ADRs.

Source: http://11649.bodisparking.com/topforeignstocks.com?szcp=58 (http://11649.bodisparking.com/topforeignstocks.com?szcp=58)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-19 14:26:04
Segundo o artigo em anexo penso que dá para ter uma ideia do que são sponsored e unsponsored ADRs.

Que custos os ADRs costumam a trazer e como funcionam em termos de dividendos?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Zenith em 2012-08-19 18:25:00
Se a empresa pagar dividendos, são descontados 2cts por ADR na data de pagamento. Nos ADR que detive são esses os unicos custos (mas eram todos sponsored suponho e que pagavam dividendos).
Esses 2cts só são pagos uma vez, mesmo que a empresa distribua dividendos 2 ou 4 vezes ao ano.


Segundo o artigo em anexo penso que dá para ter uma ideia do que são sponsored e unsponsored ADRs.

Que custos os ADRs costumam a trazer e como funcionam em termos de dividendos?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-19 19:14:52
Se a empresa pagar dividendos, são descontados 2cts por ADR na data de pagamento. Nos ADR que detive são esses os unicos custos (mas eram todos sponsored suponho e que pagavam dividendos).
Esses 2cts só são pagos uma vez, mesmo que a empresa distribua dividendos 2 ou 4 vezes ao ano.


Segundo o artigo em anexo penso que dá para ter uma ideia do que são sponsored e unsponsored ADRs.

Que custos os ADRs costumam a trazer e como funcionam em termos de dividendos?

Obrigado, Zenith.

Há alguma maneira de se saber os custos de antemão?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Zenith em 2012-08-19 19:27:58
No site da Interative Brokers http://www.interactivebrokers.com/en/p.php?f=otherFees&p=adr-default (http://www.interactivebrokers.com/en/p.php?f=otherFees&p=adr-default). Na realidade estou a ver que o o fee é entre 1 e 3cts. As minhas é que calhou ficar precisamente a meio do intervalo por isso disse 2cts.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-19 19:39:05
No site da Interative Brokers [url]http://www.interactivebrokers.com/en/p.php?f=otherFees&p=adr-default[/url] ([url]http://www.interactivebrokers.com/en/p.php?f=otherFees&p=adr-default[/url]). Na realidade estou a ver que o o fee é entre 1 e 3cts. As minhas é que calhou ficar precisamente a meio do intervalo por isso disse 2cts.


Parece-me estar a ler que a cobrança é mensal. Porém pareceu-me que estavas a dizer que só pagavas uma vez por ano?

Bem, vejo que a tabela é para os ADRs que não pagam dividendos. Os que pagam dividendos, se calhar é diferente. Alguém tem informações sobre o assunto?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Zenith em 2012-08-19 19:50:07
Nem reparei que dizia respeito ás que não pagam dividendos. As que pagam dividendos é uma vez por ano (a mim as 3 que detive / detenho deu sempre 2cts mas parece poder variar entre 1 e 3), na altura do pagamento do dividendo final.  No caso de haver pagamento de dividendo intermédio nunca me cobraram nada nessa data. As que não pagam dividendos nunca tive em carteira por isso não posso reportar nada de inequivoco.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Kin2010 em 2012-08-20 05:27:35
Mas essa solução envolve perdas, pois as acções de um país falido descem imenso em termos reais (ou seja, mesmo expresso em EUR, USD, etc). Só uns anos depois recuperam. Por que não fazer o mesmo com acções de multinacionais estrangeiras de países não-falidos?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-08-20 09:55:07
Obrigado Zenith. Já agora, os teus ADRs são todos sponsored?

Kin, a maneira mais robusta de salvar o capital num país falido é exportá-lo. As minhas preguntas sobre os ADRs era para aferir quão boa alternativa estes eram para o tipo de investimento que estava a pensar fazer e para saber se, parafraseando o Buffett, estes ressonavam muito ou não.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Visitante em 2012-08-20 11:35:32
Citar
Título: Re:Portugal, estratégia de defesa ...
Enviado por: Visitante em 2011-07-19 19:08:40
Citar
Só os produtos financeiros continuariam em Euros, mas mesmo esses só até à sua maturidade na qual seriam igualmente convertidos.

Esta conversão na maturidade talvez permita preservar o valor do capital nesse eventual cenário de saída do euro. Mas isto passa-se de igual forma com qualquer instituição a operar cá, seja nacional ou estrangeira.

Aliás, esta questão da preservação do capital por via da sua titularização já aqui foi abordada. Esta contribuição do Meteorologista  é relevante e vem reforçar o que aqui já foi afirmado.

Só fica a faltar confirmar a taxa de câmbio a que será feita a conversão dos títulos. Na minha opinião não faz sentido utilizar uma taxa ex-ante.

No outro fórum avancei com a hipótese de titularização como estratégia de protecção do capital. Esta questão dos ADR parece-me ser umas das muitas hipóteses de titularização. Comprar p.e. ADR da Siemens como diz o Kin2010 ou comprar Siemens o resultado é idêntico.

Acresce ainda que para quem pretender investir em acções do país em dificuldade pode investir directamente nas acções ou nos ADR, o efeito é o mesmo. As acções passam para a nova moeda mas o seu valor mantém-se. A acção e o ADR terão necessariamente o mesmo valor.

Citar
Título: Re:Portugal, estratégia de defesa ...
Enviado por: Incognitus em 2011-07-11 12:08:41
Citação de: Visitante em 2011-07-11  12:07:25
No caso de títulos sob direito português, acções portuguesas, denominadas em euro, seriam denominads em escudo compulsivamente? Ou isso teria de ser feito em assembleia geral da sociedade?
 

Compulsivamente. Mas o efeito é mais relevante em titulos de dívida do que em acções, as acções pouco interessa em que moeda estão denominadas, só interessa o preço a que cotam, que seria sempre determinado num mercado livre.

Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Zenith em 2012-08-20 17:20:43
Obrigado Zenith. Já agora, os teus ADRs são todos sponsored?



Sim são todos sponsored. Não tenho nenhuns elementos acerca de despesas adicionais para os unsponsored.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-09-02 16:36:36
O seguinte artigo é interessante na medida em que fornece um exemplo concreto de quão bom é o mercado de acções ou o mercado imobiliário para proteger o poder de compra [em ambos as pessoas perderem cerca de 30% do poder de compra] numa crise.



Learning from Argentina

by Josep Bayarri
7 Aug 2012

http://observationsofafrustratedassetmanager.blogspot.pt/2012/08/learning-from-argentina.html (http://observationsofafrustratedassetmanager.blogspot.pt/2012/08/learning-from-argentina.html)

Introduction

We are living in uncertain times. There has been talk of the euro disappearing—or at least of some peripheral European countries abandoning it in favor of their old pesetas, dracmas, etc—and people have started withdrawing their savings from their bank accounts. Some people are moving their money abroad, some are keeping it stashed at home, and some are even buying foreign currencies to protect themselves from the possibility of a financial Armageddon. Whenever somebody talks about the future of the euro, the word “corralito” comes to mind, as people still remember the lines of people waiting to withdraw their savings from Argentinean banks at the end of 2001. But if we can remember the panic in Argentina, we can also learn from what happened then.

Here, I will start with a timeline of the events in Argentina from 2001 to the end of 2002, and will follow this with an analysis of the effects on both the real estate market and the equity market.

Chronology of events

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=2245;image)
Evolution of USD/ARS exchange rate

January, 2001: Deposits in Argentina amount to USD 85 billion.

March, 2001: Start of the deposit run: USD 5 billion had already left the country.

June, 2001: Due to the overwhelming weight of public debt, the government of Argentina asks the IMF for help, and agrees to proceed with the “megacanje,” an operation that consisted of delaying the maturity of $29.5 billion in bonds set to mature between 2001 and 2005 to instead mature between 2006 and 2031, in exchange for higher coupons and the application of adjustments on Argentina’s economy.

July, 2001: Law 25,453 of ‘Zero deficit’

August, 2001: Law 25,466 of “Intangibilidad de los depósitos”. Its main articles are the following:

        SECTION 1 - All deposits, whether in pesos or foreign currency, in fixed term or current account, captured by financial institutions authorized to operate by the Central Bank of Argentina, in accordance with the provisions of Law 21,526 and its amendments, are included in the scheme of this Act. These deposits are considered intangible.

SECTION 2 - The intangibility established in Article 1 means: the government, under any circumstances, can not alter the conditions agreed between the depositors and the financial institution, which means the prohibition of exchanging them for securities of the public debt, or other national government asset, or extend the payment thereof, or alter the agreed rates or currency of origin, or restructure the maturities, which will operate on the specified dates agreed between the parties.

November, 2001: Total deposits amount USD 67 billion.

December 3, 2001: The “corralito” begins. In order to stop the deposit run and speculation over the deposit convertibility of pesos to dollars, the Argentinean government approves the Decree 1570/2001:

        Prohibitions for financial institutions

  • Cannot perform active operations denominated in pesos, or operate in the markets of futures and option on foreign currency, or directly or indirectly hedge with forward operations in pesos. Existing operations may be converted into U.S. Dollars at the Exchange rate provided in the Convertibility Law No. 23,928, with the consent of the debtor.
  • They will not offer higher interest rates on deposits denominated in pesos, compared to those offered on deposits denominated in U.S. Dollars. Existing operations may be converted into foreign currency, at the request of the owners, at the Exchange rate established under the Convertibility Law No. 23,928.
  • When proceeding to any transaction, deposit, payment, transfer, they will not charge any commission for the conversion of pesos into US dollars at the exchange rate established in the Convertibility Law No. 23,928.  Neither in transactions converting US dollars to pesos, provided that any such transactions are entered through accounts with financial institutions.

Prohibitions for the population

  • Cash withdrawals exceeding two hundred fifty pesos ($ 250) or two hundred fifty U.S. Dollars ($ 250) per week for the owner, or owners acting jointly or severally, of the sum of all their accounts in each financial institution.
  • Transfers abroad, except those corresponding to foreign trade, payment of expenses or withdrawals made abroad through credit cards or debit cards issued in the country, or the cancellation of financial transactions, or other concepts if authorized by the Central Bank of Argentina.

December, 2001: Argentina defaults.

January, 2002: Start of the “corralón
        On January 6, 2002, the Duhalde government promulgated the “Ley de Emergencia Pública y Reforma del Régimen Cambiario” (Law on Public Emergency and Exchange System Reform) repealing convertibility and proceeding to the “pesificación” (conversion to pesos) of all credits extended by the financial system. On January 9, 2002, the government issued Decree 71/2002 laying down the new official exchange rate at 1.40 pesos per U.S. dollar. Furthermore, the decree regulates the de-dollarization of debts of natural and legal persons according to an Exchange rate of 1 peso = 1 U.S. dollar, keeping the other conditions as originally agreed upon.
The corralito did not deteriorate the assets of Argentinean depositors maintaining its value (1 peso = 1 dollar). The corralón, however, did, breaking the law cited above 25,466. Years later, the Supreme Court would support this measure.
Subsequently, on February 6, the government promulgated Decree No. 214/2002 called “Reorganización del Sistema Financiero” (Reorganization of the Financial System) which provided:

  • From the date of this Decree, all payable obligations of money in U.S. dollars or other foreign currencies are converted into pesos.
  • All deposits in U.S. dollars or other foreign currencies existing in the financial system, will be converted into pesos at a rate of one peso and forty cents ($ 1.40) per U.S. dollar, or its equivalent in other foreign currency. The financial institution will fulfill its obligation by returning pesos at the indicated rate.
  • All debts in U.S. dollars or other foreign currencies and the financial system, whatever its amount or nature, will be converted into pesos at a rate of one peso per U.S. dollar or its equivalent in other foreign currency. The debtor will fulfill its obligation by returning pesos at the indicated rate.

Thus establishing the so-called “asymmetric pesification” in which debts to the financial system were converted into pesos at a rate of one peso per dollar, but foreign currency deposits were recognized by financial institutions at $ 1.40 = U.S. $ 1. The difference was recognized by the national government with a bond that was given to banks to compensate for this “asymmetry.”


December 2, 2002: End of the corralito-corralón. One US Dollar = 3,575 Argentinian Peso (ARS)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=2246;image)

Effects on the Real Estate Market

In “The Response of Various Real Estate Assets to Devaluation in Argentina,” by Ricardo Ulivi, José Rozados, and Germán Gómez Picasso, published in the Journal of American Academy of Business, Cambridge in 2005, which can be accessed through Reporte Inmobiliario’s website, the authors analyzed the evolution of the three main segments of the real estate market near Buenos Aires, arriving at the following conclusion:

After the first three months of 2002, during which the real estate business market was practically paralyzed, the behavior of the different real estate sub-markets was different. The “industrial” market suffered the most important change of values after devaluation of the Argentine currency, with prices dropping 67% during the first year. Next was the “office” market depreciating 53% during the same period. The residential “apartment” market value dropped only 29% during the first year after devaluation.

Before the Argentinean government stopped the convertibility of pesos into U.S. dollars, prices of real estate assets had been falling because people had been trying to sell their properties in order to get cash to protect themselves from the expected currency devaluation.

After the corralito, the residential segment had the best performance: in the first stage it lost only 29% of its value in U.S. dollars, and since then it hasn’t stopped growing. Its behavior has been similar to that of “tradable goods,” those assets susceptible to export, while prices of the offices and industry segment have been more similar to non-tradable goods: those for domestic consumption, which dropped following the devaluation of the peso against the U.S. dollar.

Since pesos lost approximately 70% of their value against the U.S. dollar, we can say that the residential real estate sector was an “acceptable” hedge against the devaluation of the peso.

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=2243;image)

Effects on the Equity Market

The start of the corralito in December 2001 was closely followed by an equity rally as people tried to escape the loss of value of their savings by investing in the most liquid stocks. As Eduardo Levy Yeyati, Sergio L. Schmukler, and Neeltje Van Horen analyze in their article, “The Price of inconvertible deposits: the stock market boom during the Argentine crisis,” the main factors behind this boom were: stock prices were quoted in pesos, they were not affected by the corralito laws, and they protected investors from a loss of value in their money.

In the following graph we can see that in the period in which the corralito was operational, the Argentinean main equity index, MERVAL, returned 140.8%, valued in local currency. However, if we take into account the loss of value of pesos in the same period—around 70%—we can see that the performance of MERVAL from December 3, 2001, to December 2, 2002, was, in U.S. dollars, -32%. This negative performance was similar to that of the real estate market’s residential sector, thus providing an acceptable -though not perfect- hedge against the devaluation of the Argentinean peso (ARS).

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=2244;image)
Evolution of MERVAL index in USD (red) and ARS (black)

In the same article, the authors found that the performance of American Depositary Receipts (ADRs) was not significantly different to the rest of the stock market. This explains how the MERVAL index was used as a way to get exposure to the U.S. dollars instead of a way to transfer money abroad: ADRs stocks gave investors the option to exchange money to U.S. dollars in international financial centers like New York, but capital controls established by the Argentinian government were not circumvented.

On the other hand, a simple analysis of the behavior of the MERVAL index members at that time shows how the behavior of every company was different depending on their exposure to those desired “foreign dollars.” Obviously, local banks had the greatest exposure to the local economy and were the main victims of “asymetric pesification,” and hence suffered the most: Banco Suquía (BSUQ AR) filed for bankruptcy on September 20, 2002, and Banamex (Citigroup Inc.’s Mexican subsidiary) sold its 59% stake in Bansud for USD 65 million to Banco Macro SA at the very beginning of the corralito. The rest of the banking sector clearly underperformed the index, with the sole exception of Banco Santander, a Spanish bank trading on the Buenos Aires stock exchange and a member of the MERVAL index. Among the underperformers we can also find companies in the utilities sector, such as Transportadora de Gas Sur (TGSU2 AR), Telecom Argentina SA (TECO2 AR), and Central Puerto SA (CEPU2 AR).

But matching the index, or even outperforming it, was not enough to keep investors protected from the peso’s loss in value: only the top 9 performers of the MERVAL index managed to keep investors fully covered. The best performers were mainly companies in the basic materials sector, such as Solvay Indupa (INDU AR), which produces and markets petrochemicals, and Atanor (ATAN AR), which manufactures chemicals, petrochemicals and agrochemicals. Endesa Costanera SA (CECO2 AR), Sociedad Comerial del Plata (COME AR), Siderar (ERAR AR), Acindar Ind. Argentina (ACIN AR), Siderca SAIC (ERCA AR) and Molinos Río de la Plata (MOLI AR) were the remaining companies that came out of the corralito with a stock market price—in U.S. dollars—above their initial price.

In the following table, I have marked in green the stocks with a positive return in U.S. dollars in the period:

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=2247;image)

Conclusions

From this analysis, we can conclude that the broad equity market (MERVAL index) and the real estate market were effective to a similar degree at the time to get protection from the Argentinian Peso devaluation. In both cases, these investments would have saved approximately 70% of the value of a model portfolio. An accurate selection of equity investments—focusing on sectors with significant inflows of U.S. dollars—would have protected your entire portfolio and allow an investor to benefit from this situation. We can also assume that the behavior of the real estate sector was not homogeneous, but unfortunately we don’t have more precise information on the performance of sub-segments in the residential sector that would allow a more accurate analysis.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: valves1 em 2012-09-02 18:10:27
segundo fontes " argentinas " (eh eh )  as pessoas perderam quando se desindexou a moeda ao USD cerca  da  60 %  dos seus depositos via poder de compra, nem é preciso falar em limites de levantamentos de depositos; é claro que ter activos reais via casas ou  acções compensa logo ... como compensará numa saída para o escudo/peseta ou Dracma ...
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-09-02 18:42:50
Compensa sim é ter euros. A prova é simples: 

Citar
Quem quiser uma perda de 30% ponha o dedo no ar! :D
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2012-09-02 18:47:37
além disso, as acções compensam tanto, que o primeiro post deste thred começa logo assim [i.e. foi melhor que o normal]:

Citar
The Argentine experience stands in sharp contrast to other recent financial crises. If one examines the stock market performance of other countries in the immediate months involving crises, one finds the following fall in stock market indexes: Mexico (December 1994-February 1995), 53.5%; Korea (July 1997-November 1997) 47.0%; Malaysia (July 1997-January 1998) 52.0%; and Thailand (July 1997-December 1998) 33.8%. Such pronounced drops in stock market values are the typical result expected during crises. Yet the Argentine market more than doubled in the early months of the crisis of 2001-2002. How can such a surprising event occur?
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: jeab em 2012-10-30 16:35:51
Fitch coloca nota da Argentina em revisão para possível rebaixamento

http://estadao.br.msn.com/economia/fitch-coloca-nota-da-argentina-em-revis%C3%A3o-para-poss%C3%ADvel-rebaixamento (http://estadao.br.msn.com/economia/fitch-coloca-nota-da-argentina-em-revis%C3%A3o-para-poss%C3%ADvel-rebaixamento)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Local em 2013-02-05 10:01:04
Argentina congela preços nos supermercados por 60 dias em resposta ao FMI

A Argentina anunciou, esta segunda-feira, a adopção de um novo método de cálculo da inflação e o congelamento dos preços dos produtos nos supermercados por 60 dias, reagindo à censura do FMI às suas estatísticas económicas.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou, na sexta-feira, ter emitido uma "declaração de censura" à Argentina por causa da falta de qualidade das estatísticas relativas ao Produto Interno Bruto (PIB) e à inflação, as quais poderão estar a ser manipuladas.
A mudança traduzir-se-á "num novo índice de preços no consumidor em substituição do indicador actual, que supostamente coloca muitos problemas ao FMI", disse o ministro da Economia, Hernan Lorenzino, em declarações ao canal de televisão C5N, citadas pela agência AFP.
Na sequência disso, a secretária do Comércio veio anunciar que todas as cadeias de supermercados -- incluindo a francesa Carrefour e a norte-americana Wal Mart -- se comprometeram a congelar os preços de todos os produtos por um período de 60 dias, até 01 de Abril.
Para o efeito, foi firmado um acordo entre o Governo da Presidente Cristina Kirchner e a Associação Supermercados Unidos, que agrupa todas as grandes cadeias estabelecidas no país, numa altura em que os consumidores se queixam da constante subida de preços dos bens de primeira necessidade.
Segundo o ministro da Economia, a Argentina deverá começar a utilizar o novo método de cálculo de inflação no terceiro trimestre deste ano.
O FMI emitiu uma "declaração de censura" pela primeira vez na sua história contra Buenos Aires que, com esta decisão, arrisca perder os direitos de voto no seio da organização internacional e até mesmo a exclusão.
A instituição decidiu, contudo, dar um prazo a Buenos Aires: o governo tem até ao dia 29 de Setembro para regularizar a situação.
As estatísticas oficiais da Argentina diferem com frequência das emitidas por entidades privadas independentes.
Em Janeiro, o governo anunciou que a inflação chegou aos 10,8 % em 2012, quando um instituto privado colocou a taxa em 25,6 %.
A Argentina é acusada sobretudo de subestimar a taxa de inflação porque parte substancial da dívida soberana se encontra indexada ao aumento de preços.

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/americas/detalhe/argentina_congela_precos_nos_supermercados_por_60_dias_em_resposta_ao_fmi.html (http://www.jornaldenegocios.pt/economia/mundo/americas/detalhe/argentina_congela_precos_nos_supermercados_por_60_dias_em_resposta_ao_fmi.html)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2013-02-05 10:19:04
Aqui vamos nós de novo. Daqui a 60 os preços são actualizados e subirão mais do que teriam subido nestes 60 dias, já a prever e para se proteger do próximo congelamento de preços. Nada de novo debaixo do sol, era assim nos anos 80 na américa latina.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Automek em 2013-02-05 10:42:02
E provavelmente com algumas rupturas de stock pelo meio.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: aos_pouquinhos em 2013-02-05 13:57:24
Aqui vamos nós de novo. Daqui a 60 os preços são actualizados e subirão mais do que teriam subido nestes 60 dias, já a prever e para se proteger do próximo congelamento de preços. Nada de novo debaixo do sol, era assim nos anos 80 na américa latina.

Não é grave!!!!

Solução: Imprimir....

Mas em vez de notas reais, podem fazer umas notas com bens de 1ª necessidade (metem um saco de arroz na esfinge, ou um saco de batatas) e o povo passa a comer papel com sabor.

A produção de papel é a solução até ao dia em que nada compra....

Cumprimentos
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Incognitus em 2013-02-06 00:28:24
Os recursos não se transformam sozinhos.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: SrSniper em 2013-02-06 00:45:22
Se aguentar 4 anos e se mantiver neste preço, duplicamos o investimento....
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2013-02-09 19:26:47
Voltando à Argentina, segue-se um artigo interessante e vivido em primeira mão pelo Martin Sibileau sobre os efeitos da inflação no imobiliário e terrenos agrícolas.

Citar
Farmers will not drive Lamborghinis (or Why I disagree with Jim Rogers)

By Martin Sibileau
On January 8th 2013

http://sibileau.com/martin/2013/01/08/farmers-will-not-drive-lamborghinis-or-why-i-disagree-with-jim-rogers/ (http://sibileau.com/martin/2013/01/08/farmers-will-not-drive-lamborghinis-or-why-i-disagree-with-jim-rogers/)

This is my first letter of 2013. I was not able to write earlier as I was travelling in Argentina. The situation there is complex and fluid. It would seem easy to compare it to that of Venezuela, but that would be a dangerous reductionism. Three things really caught my attention and are related to what we are going through in the developed world:

a) Argentines, just like everyone else in this world, struggle to find acceptable assets to allocate their capital. This is striking because they have no capital markets and it would seem that real estate or the US dollar should be the no-brainer, natural alternatives. Yet, unlike in the past, they are not. However, the reasons for this go beyond the scope of today’s letter.

b) In spite of explicit acknowledgment by the Argentine government that the monetary base will grow at no less than a 40% per year (this is even embedded in the government budget projections), the government still manages to issue its currency. The country is still far from hyperinflation, although with high inflation. There are no definitive metrics given the media repression, but private estimates gauge it at no less than 25%.

c) Just like some analysts today see a bubble in the price of gold, there are analysts in Argentina who see a bubble in the price of the US dollar vs. that of the peso. This is a country that has gone through two hyperinflations and decades of high inflation within a single generation. I was astonished to see how easily the memory of all this was lost. This is so impressive that even Roberto Cachanosky, a leading Austrian voice in the country and who regularly writes at La Nación, had to devote one of his weekly columns to “explain” that the US dollar was not in a bubble.

Why do I bring this up? Because I still can’t find what the difference is between Ben Bernanke, who is telling me that he’s going to monetize US sovereign debt as long as the unemployment rate (as measured by the government) is not below 6.5%, and Mercedes Marcó del Pont (http://en.wikipedia.org/wiki/Mercedes_Marc%C3%B3_del_Pont) who openly says that monetizing debt does not lead to inflation (http://www.pagina12.com.ar/diario/economia/2-190369-2012-03-25.html) (as measured by the government) and that the Banco Central will monetize all the sovereign debt necessary to boost economic growth. As much as I hate acknowledging this, I am convinced Cristina Fernandez de Kirchner (http://en.wikipedia.org/wiki/Cristina_Fern%C3%A1ndez_de_Kirchner) is right when she says that the developed world lacks the moral authority to criticize her policies.

Real estate under high inflation: Context and assumptions

Let’s return now to the topic of the day, namely real estate as an inflation hedge. Today, I want to offer my family’s experience in the case of Argentina’s hyperinflation and their choice of real estate as the hedge against it. The context in which this story takes place is one of high inflation, in which the market knew two things: a) It was a point of no return, and b) It was going to get worse before it would get better.

I think it is clear that none of these points are visible today in the developed world. For instance, gold was sold last week simply because the FOMC minutes suggested that the same Fed that has to buy approx. 90% of the Treasury’s long-term debt issuance to keep rates from rising (without much success one must add), may end the purchases by the end of this year.

The context of the story was also one of increasing financial repression. As I suggested earlier (http://sibileau.com/martin/2012/12/18/what-causes-hyperinflations-and-why-we-have-not-seen-one-yet-a-forensic-analysis-on-dead-currencies/), inflation and financial repression are only two different sides of the same coin. And as inflation spikes, so do interest rates, for the trust in the system collapses. Only with higher rates can central banks sustain a target level of deposits, so that the coerced banking system sources the funds needed  to buy sovereign debt. High nominal interest rates and inflation then, go hand in hand.

In such a context, there is no return and the market knows it will get worse. The fear of confiscation sets in. Confiscation can and did take place in two ways: a) Between private citizens/corporations, in which case, we are in the face of explicit wealth transfer from creditors to debtors or landlords to tenants, and b) from private citizens/corporations in favour of the state.

A true story

In 1973, Argentina decided to nationalize bank deposits and to impose a 100% reserve requirement. This measure however was not to last long and by 1976, the banking sector was again allowed to leverage on its deposits. To fight the increasing exodus from the system by depositors, the central bank decided to encourage deposits by paying interest on savings accounts deposits and charging a fine on current account deposits. By 1980, 90% of all deposits were in savings accounts under 90 days and the average lending rate was 35%. This brought about a spiralling quasi-fiscal deficit (i.e. a deficit at the central bank) that led to the hyperinflations of 1985 and 1989 (Read more about this –in Spanish- here)

It was in the context described above that my father first lost his first apartment and later bought a ranch as a hedge against the increasing inflation. The apartment in Buenos Aires was lost to a tenant, in the early 1970s, who took advantage of a new bill favouring tenants over landlords. That apartment was my parents’ first home and they had only vacated it because they were working outside Buenos Aires at the time. It was not their investment property. My father ended up negotiating a ridiculous discount to at least get something back, but he basically lost it all. There is really not much more to say in defense of the investment-in-condos thesis as a hedge against inflation (http://boombustblog.com/index.php?option=com_k2&Itemid=200079&id=1178&lang=en&view=item) (Remember that if rental contracts at one point, given high inflation, become denominated in a foreign currency or gold, the government will very likely fix the price of these assets (i.e. fx, gold) at an official rate, below the proper market prices. Landlords will receive that official rate and will not be able to challenge it in court).

In 1978, however, my father did purchase a ranch for investment purposes, in beautiful Patagonia. Today, I want to share this experience, vis-à-vis the thesis held by Jim Rogers because my father back then thought like Mr. Rogers today.

The Jim Rogers thesis

Briefly, Jim Roger’s thesis is old and simple (http://youtu.be/-u9gPykOkdA): The monetization of sovereign debt means higher commodity prices and owning a farm is a means to both profit from these higher commodity prices and protect one’s capital, invested in land. In Jim’s words, farmers will drive Lamborghinis (http://youtu.be/NoW1Keoushc).

Well, it may be true in the early stages of a hyperinflationary process. But as inflation arrives to stay and the money printing becomes structural, the financial repression that follows challenges the thesis. As well, just like in the first world today newer taxes or higher tax rates are being imposed on those lucky enough to be able to save and invest, back then politicians engaged in demagogy and established new laws to favour debtors and tenants over creditors and landlords. In my experience, under high inflation, the price of agricultural commodities rises in local currency terms because of shortages in production. There are shortages because producing is not profitable. Rising nominal prices therefore are not a signal to encourage production, but precisely the opposite; the reflection of supply shortages because producing is unprofitable. The unprofitability, of course, is caused by the government’s intervention via price controls (wages, foreign exchange), higher taxes, trade restrictions and outright confiscations. To expect that farmers will be able to receive international market prices for their produce under high inflation is naive at best. I know of no nation under high inflation, where its government would have not controlled exports (or their prices) of necessary goods (i.e. food), or forbidden imports of luxury goods.

The case of “Los Maitenes”

My father bought Los Maitenes (the name of the ranch) in 1978 with the simple idea of protecting his capital. He was not a rancher, although he knew the business well from my grandfather (who had managed an estancia for Mr. Bunge in the 1920s). Indeed, it was not a farming property in the sense Jim Rogers means: It is in the mountains and is for the purpose of raising cattle. Growing grains there is not efficient. However, whenever the price of grains rises (in US dollars) and the agricultural frontier shifts to the West, land formerly used for cattle in the Pampas needs to find a replacement and ranches in Patagonia get bid.

To my father’s disappointment, rates and the appreciation of the US dollar continued to outperform ranching. Under high inflation, soon everyone wanted to own (“stock up” would be a better word) products, but not producers. Nobody was interested in producing anything and it was not due to some behavioural problem, as Keynes and its followers always point to. Simply, the distortion in relative prices and the disappearance of credit for working capital (i.e. nobody in the business of “making stuff” could any longer reasonably calculate whether they did so at a profit or at a loss) was too high to bear. My father then became a forced long-term real estate investor. Nobody was interested in buying him out of the ranch. It was far better to keep playing the dangerous game of earning absurd returns in savings accounts deposits, subsidized by the central bank, or to keep your capital in foreign currency, fully liquid. It was a game that would last until 1989, when deposits in savings accounts were confiscated and paid back in bonds. In my view, we can see this same phenomenon playing out further down the road of this ongoing inflationary process, whereby gold would play the role the US dollar played in Argentina.

In the meantime, my family had managed to survive from other income sources until 1981. In that year, their most important source, a concession on a beach resort in Mar del Plata, was finally expropriated under the regime of General Galtieri. The thesis that owning a ranch was the final hedge against inflation and general chaos suddenly became a reality and in January 1982, my father set off to Patagonia. It was a three-day long trip with a trailer (see picture below). In this trailer, we would live the first three months.

Picture 1: A stop on the way to Los Maitenes, January 1982 (I am on the right, next to my mother and sister).
(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7106;image)

A few months later, war broke with the UK over the Falkland Islands. Living in Patagonia, this meant that everything could be taken from us at any moment, if either the UK or Chile invaded. Fortunately, this scenario did not play out. However, during that first year at the ranch, my father found out that squatters were living in different parts of the property. Once again, even though he managed to negotiate a settlement with some of them, the government expropriated a few hectares from us. I am sure Mr. Rogers did not take into account this sort of inconveniences, but expropriation becomes very real when credit disappears and food shortages follow. As I wrote in my earlier letter (http://sibileau.com/martin/2012/12/18/what-causes-hyperinflations-and-why-we-have-not-seen-one-yet-a-forensic-analysis-on-dead-currencies/),”…thousands of years of Diaspora are screaming to us in the face that the advantage of gold as an easy-to-transport and store asset is not to be underestimated…”

From 1983 on, inflation began to grow exponentially. Soon, it became difficult to know if one was making or losing money. Relative prices in terms of US dollars fluctuated widely and in general, over the long term, everything tended to depreciate versus this currency (just as I expect prices to continue depreciating in terms of gold, if QE remains eternal). Without liquidity and credit, farmers began to barter. The most liquid items were alfalfa hay, flour, wire rolls, gasoline and meat. Contracts could be settled in alfalfa bales, 10-kilo flour bags, fencing wire rolls (1,000 meters per roll), and litres of gasoline or kilos of meat.

Bartering, my father survived those years. He hired men to plant, irrigate and harvest the alfalfa lots in the ranch, on a partnership basis. Whatever alfalfa bales he managed to keep, he used them to further buy cattle or to pay for labour. The cattle were then bartered at the nearest general store to buy groceries. Anything outside the bartering circle became extremely expensive (clothes, fuel, electronics, etc.), as cattle or alfalfa bales had to be first exchanged for currency.

The years of high inflation were years of self-sufficiency. It took us about seven years to build our house, for we had to produce our own bricks (adobe), stucco and wood. Below is a picture worth a thousand words: In it, we see Don Onofre Grandón, carpenter, working a poplar tree just cut down at the property to produce one of the rafters for the roof frame of our house. Circled far in the back, we can see a stock of adobe bricks also produced at the ranch. This picture was taken on January 1989, during the last hyperinflation.

Picture 2: House building under hyperinflation
(http://sibileau.com/martin/wp-content/uploads/2013/01/Jan-08-2013-2.jpg)

The picture above is comparable to a painting of the London’s Carpenter’s Company in the late Middle Ages (http://www.thecarpenterscompany.co.uk/files/45A664EF-1D05-4941-A26C-9983012B0170.aspx/wallpanel-carp-xmas-card-we.jpg). Any European peasant resuscitated from the Middle Ages would immediately recognize and feel familiar with this scene. This is a typical scene of a farm in times of hyperinflation. And it makes perfect sense: Under the Pax Romana, the owners of villas (http://en.wikipedia.org/wiki/Roman_villa) were rich. When hyperinflation finally destroyed the Roman Empire under Diocletian (http://en.wikipedia.org/wiki/Diocletian), owning a villa was a liability, as one could not trade the produce without price controls or safe transportation and was further subject to either looting by barbarians or confiscatory taxation by Rome.

The above picture shows a scene of non-monetary exchange, no access to a Home Depot, no credit, no capital markets nor commodity markets (either spot or futures). The sight of harvesting machines, highly capitalized farmers participating in commodity futures markets are completely foreign to a hyperinflationary scenario. Such a sight belongs to farming under stable relative prices and available credit. Eventually, both came back after the peso collapsed and became convertible to the US dollar, in 1991. It was only after the hyperinflationary episode, when the peso as legal tender was fully repudiated, that farming became again a productive enterprise, when the government had no choice but to become friendlier to open markets and seriously diminish any form of financial repression.

Epilogue

The story I just shared is definitely not what Jim Rogers has in mind. During those years, holding US dollars or taking the risk of financing the government with deposits at the banks far outperformed any productive project. However, at one point (in 1989), even financing the government ended up a losing proposition, and term-deposits were confiscated (see the announcement of the confiscation here (http://youtu.be/DaGuTk-dER4?t=2m22s))

US dollars (or any other stable foreign fiat currency), in the end, were king. When I extrapolate my personal experience to our current situation, I feel confident that holding physical gold to the end will also be the winning strategy. Hence, my disagreement with Jim Rogers: Farmers will not drive Lamborghinis if inflation spikes (http://youtu.be/NoW1Keoushc).

During those years, the government constantly sought to manipulate the price of the US dollar or to discourage everyone from holding foreign exchange. This too is happening with gold and I expect it will become more pronounced in the years ahead.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: John_Law em 2013-02-09 19:50:08
Quando vi a actualização deste tópico pensei que era sobre os recentes desenvolvimentos. Há uns dias atrás foi conseguido um acordo por parte do governo com o retalho para o congelamento dos preços... :D

E para além disso o governo está a dizer às empresas para não colocarem anúncios nos jornais. 

http://www.washingtonpost.com/business/argentinas-price-freeze-now-hits-opposition-newspapers-with-supermarket-advertising-ban/2013/02/08/64b04eaa-7232-11e2-b3f3-b263d708ca37_story.html (http://www.washingtonpost.com/business/argentinas-price-freeze-now-hits-opposition-newspapers-with-supermarket-advertising-ban/2013/02/08/64b04eaa-7232-11e2-b3f3-b263d708ca37_story.html)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2013-02-09 20:07:43
No fundo, o efeito sobre o imobiliário e terrenos agrículas foi bastante semelhante ao que se passou na República de Weimar. Seguem-se alguns excerptos do livro "When money dies" a mostrá-lo:

Citar
Frau Eisenmenger let a room to the gentleman from the American Mission — just as Garbo's father in The Joyless Street was able to do — and received for it ten times the rent which, in accordance still with the wartime rent restriction Act, she herself paid for the whole flat. On a now slender quantity of negotiable cigars, on her daughter's earnings, on that rent, and on the diminishing real income from her burgeoning shares, she tackled the first months of 1920.

[...]

Blackett noted that the rent restriction Acts hit much the same classes, who were 'forced to starvation in order to subsidise the German workman's wages and the employer's profits'. The bread and rail subsidies, financed by inflation, combined with the rent restriction, enabled the foreigner to buy German goods well below world prices and, if he lived in or visited Germany, to travel, eat and occupy houses at ridiculously cheap rates. 'A gradual process of buying up and carrying off Germany's movable capital, secondhand furniture, pianos, etc., is taking place at the expense of Germany as a whole.'

Foreigners were also buying up real property and interests in factories and all kinds of businesses. To some extent this was at the expense of the workman whose wages lagged behind the climbing cost of living, but it was mainly at the expense of the middle classes whose capital was destroyed and largely exported. The exporting industrialists could just keep their heads above water, Blackett thought, but the others making goods out of partly imported material could not possibly replace it with a continually rapidly falling mark.

[...]

In the second half of June it became necessary again to double the salaries of government officials, and to give higher grants to the war-wounded, to'widows, to pensioners and to the unemployed, in and out of the Ruhr, An additionaL reason for these increases, over and above the general fall in the mark's purchasing power, was that the poorer classes, especially the rentiers, would soon no longer be able to afford the price of bread. Agricultural interests had become angry about the 'Umlage', the forced delivery of the first two million tons of wheat produced each year which enabled half the total supply of bread to be sold cheap. From August onwards farmers were to be paid at world prices because, when obliged to sell wheat cheaply, they still had to pay the world price for fertilisers. The change in policy, from subsidising food to subsidising the needy, may have satisfied the farmers; but the extra subsidies for the poor soon became worthless again.

[...]

Those with foreign currency, becoming easily the most acceptable paper medium, had the greatest scope for finding bargains. The power of the the dollar, in particular, far exceeded its nominal rate of exchange. Finding himself with a single dollar bill early in 1923, von der Osten got hold of six friends and went to Berlin one evening determined to blow the lot; but early the next morning, long after dinner, and many nightclubs later, they still had change in their pockets. There were stories of Americans in the greatest difficulties in Berlin because no-one had enough marks to change a five-dollar bill: of others who ran up accounts (to be paid off later in depreciated currency) on the strength of even bigger foreign notes which, after meals or services had been obtained, could not be changed; and of foreign students who bought up whole rows of houses out of their allowances.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2013-02-09 20:14:02
Quando vi a actualização deste tópico pensei que era sobre os recentes desenvolvimentos. Há uns dias atrás foi conseguido um acordo por parte do governo com o retalho para o congelamento dos preços... :D

E para além disso o governo está a dizer às empresas para não colocarem anúncios nos jornais. 

[url]http://www.washingtonpost.com/business/argentinas-price-freeze-now-hits-opposition-newspapers-with-supermarket-advertising-ban/2013/02/08/64b04eaa-7232-11e2-b3f3-b263d708ca37_story.html[/url] ([url]http://www.washingtonpost.com/business/argentinas-price-freeze-now-hits-opposition-newspapers-with-supermarket-advertising-ban/2013/02/08/64b04eaa-7232-11e2-b3f3-b263d708ca37_story.html[/url])


Baseado na leitura do livro "The hyperinflation survival guide" do Gerald Swanson a relatar os efeitos da hiperinflação nos vários países da américa latina nos anos 80/90, já aqui tinha deixado a minha previsão para o que se segue na Argentina:

Aqui vamos nós de novo. Daqui a 60 dias os preços são actualizados e subirão mais do que teriam subido nestes 60 dias, já a prever e para se proteger do próximo congelamento de preços. Nada de novo debaixo do sol, era assim nos anos 80 na américa latina.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: jeab em 2013-02-09 20:21:51
Estes vão pelo mesmo caminho ...

Venezuela desvaloriza o bolívar em cerca de 32%


..... num país em que a inflação anual é superior a 22%.



http://expresso.sapo.pt/venezuela-desvaloriza-o-bolivar-em-cerca-de-32=f786029#ixzz2KR1m3fuG (http://expresso.sapo.pt/venezuela-desvaloriza-o-bolivar-em-cerca-de-32=f786029#ixzz2KR1m3fuG)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Incognitus em 2013-02-09 20:45:54
Eles na Venezuela não têm a Merkel para chatear, é só prosperidade.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: hermes em 2013-02-09 21:04:11
Eles na Venezuela não têm a Merkel para chatear, é só prosperidade.

Mas o dinheiro traz felicidade. Olha aqui tanta gente feliz.

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7110;image)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7111;image)

(http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/index.php?action=dlattach;topic=426.0;attach=7112;image)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: Local em 2013-02-25 17:02:13
Citar
Chávez ordena encerramento das lojas Zara por 72 horas

25/02/2013

Hugo Chávez, presidente da Venezuela, ordenou o encerramento temporário, durante 72 horas, das lojas Zara para que estas procedam a uma modificação dos preços, fruto da desvalorização do bolívar, segundo noticia o “Cinco Días”.
 
A medida obrigará a que os proprietários das lojas permaneçam sem as abrir durante três dias, para que possam ajustar os preços, que alegadamente estavam com margens excessivas. As autoridades acusam as lojas de terem remarcado os preços com a desvalorização da moeda.
 
Osiris Pacheco, funcionário da autoridade venezuelana, explicou aos meios de comunicação que encontraram na Zara “margens excessivas, sendo preciso verificar as estruturas de custos destes estabelecimentos”. Acrescentou que as lojas vão continuar fechadas, para evitar a imposição de novas sanções.
 
Na  Venezuela existem 22 contratos de franquia do grupo Inditex, dos quais nove são Zara, nove são Bershka e quatro são Pull & Bear. O porta-voz do grupo afirmou que as lojas que foram fechadas não afectam o grupo porque são franchisados.
Fonte: BPINet

Não deve faltar muito para passarem a ter as prateleiras vazias.
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: camisa em 2013-02-25 17:15:44
Não deve faltar muito para passarem a ter as prateleiras vazias.

o inevitável fim de todos os regimes socialistas...
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: jeab em 2013-02-28 21:36:19
Disappearing Dollars Compound Default Threat: Argentina Credit

http://www.bloomberg.com/news/2013-02-28/disappearing-dollars-compound-default-threat-argentina-credit.html (http://www.bloomberg.com/news/2013-02-28/disappearing-dollars-compound-default-threat-argentina-credit.html)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: hermes em 2013-03-22 13:53:13
Goldman Bearish Gold Call Overrun by Inflation: Argentina Credit

By Camila Russo
Mar 18, 2013 1:57 PM GMT

http://www.bloomberg.com/news/2013-03-18/goldman-bearish-gold-call-overrun-by-inflation-argentina-credit.html (http://www.bloomberg.com/news/2013-03-18/goldman-bearish-gold-call-overrun-by-inflation-argentina-credit.html)

Argentines are buying more gold than ever to protect their savings from the Western Hemisphere’s fastest inflation as the country’s bonds suffer the worst returns in developing nations.

While Goldman Sachs Group Inc. called for gold prices to peak last month and billionaire George Soros cut his stake by more than half, Banco de la Ciudad de Buenos Aires, Argentina’s only gold trader, is talking with mining companies to buy the metal directly as surging demand exhausts its supply of scrap. The bank began marketing gold to individuals after the nation tightened currency controls in October 2011, selling 280 kilos in its first year for 102.6 million pesos ($20 million).

Argentines are turning to the precious metal to preserve the value of their savings as economists forecast the peso will lose more value than any currency in the world and President Cristina Fernandez de Kirchner bans most dollar purchases. The nation’s estimated inflation rate of 26 percent is also eroding the value of fixed-income securities, causing Argentina’s peso- denominated bonds to lose 5.5 percent this year versus a 2.2 percent gain in emerging markets, according Barclays Plc.

“I’m buying gold every chance I get,” Guillermo Acosta, a 27-year-old security guard, said inside a branch of Banco Ciudad in downtown Buenos Aires. “With this inflation, I feel like my savings will evaporate if I keep them in pesos.”

Dollar Bonds

Acosta’s initial investment of 10 grams of gold in February last year has returned 47 percent as the price per gram rose to 381.5 pesos from 260 pesos.

Argentina’s government dollar-denominated bonds fell an average 14.3 percent in that span, according to JPMorgan Chase & Co.’s EMBI global index, and the peso weakened 15 percent.

The nation hasn’t borrowed money from overseas debt markets since its $95 billion default in 2001 and Fernandez’s increasing influence over the economy since her re-election in 2011 has pushed up the interest that bond investors demand to 13.9 percent, or three times the average in emerging markets.

With Argentina printing pesos to finance itself, the amount of pesos in the economy has increased 38 percent in the past year, leading analysts to anticipate that the currency will depreciate 12.9 percent through year-end, the most among currencies tracked by Bloomberg.

Banco Ciudad is the only bank left that trades the metal after Fernandez in July banned the purchase of certified 99.99 percent pure gold for savings. The bank sells it at 99.96 percent purity, according to Carlos Leiza, who oversees the lender’s gold trading.

‘Keep Up’

“The boom goes in hand with the inability to buy dollars,” he said in an interview at his office in Buenos Aires. “People are looking for alternatives that at least implicitly hold the value of the dollar. The demand has been strong for over a year now. We can barely keep up.”

The extra yield that investors demand to hold Argentine government dollar-denominated debt instead of Treasuries widened two basis points, or 0.02 percentage point, to 1,185 basis points at 9:55 a.m. in New York, according to JPMorgan’s EMBI Global index.

The cost of protecting $10 million of Argentine government debt against default for five years with credit-default swaps rose 88 basis points to 3,121 basis points, data compiled by Bloomberg show.

Last year, Banco Ciudad limited purchases to 100 grams per person per day in direct sales to individuals. Investors who want to speculate on the price of gold without actually owning the metal are also buying record amounts of futures contracts.

‘Good Option’

The number of open futures contracts due in June in the Rosario Futures Exchange, where they are traded locally, climbed 183 percent in the past year to 14,508, and reached an all-time high of 15,276 on Jan. 29.

“Faced with the inability to buy foreign currency, investors are seeing gold futures as a good option to dollarize their portfolios,” said Sebastian Porcel, director of Buenos Aires-based futures brokerage Global Agro. “The fact that people are going through the burden of owning actual gold bars shows the huge need they have to protect savings.”

While demand for gold is rising in Argentina, Goldman Sachs last month cut its three-month target to $1,615 an ounce from $1,825, and also chopped its six- and 12-month forecasts. The bank said the cycle for gold prices, which has climbed for 12 straight years, has probably turned as the recovery in the U.S. economy gathers momentum and investments decrease.

Soros reduced his stake in the SPDR Gold Trust, the biggest gold exchange-traded fund, by 55 percent in the fourth quarter, filings showed last month.

Prices Drop

Gold futures traded in New York have fallen 11 percent in the past six months.

The difference between the prices to buy and sell gold is greater than the gap when trading futures, meaning investors are more at risk of losing money when they need to sell, according to Claudio Burelli, the head of the currency trading desk at Buenos Aires-based brokerage Puente Hermanos Sociedad de Bolsa.

There is a 35 percent difference between the prices to buy and sell gold at Banco Ciudad, while there’s no premium to sell the country’s benchmark 2017 dollar bond in the local market, according to the Buenos Aires-based Open Electronic Market, known as MAE.

“There’s a big spread in prices, so to make money, not only does the price of gold have to rise, you have to beat that gap,” said Burelli, who sold gold before it was restricted.

Exchange Rate

Gold sold by Banco Ciudad also isn’t recognized internationally, making it more difficult to determine its value, he said.

The cost of 100 grams of gold in Argentina as of last week was 36,646 pesos. In New York, the same amount based on the benchmark troy ounce (31 grams) sold for about $5,126.

The bank multiplies that price by 0.95 to account for the lower quality of the gold to get a dollar price of $4,870.

While the implied exchange rate of 7.5 pesos per dollar is higher than the official rate of 5.09, it’s still better than the rate of 8 pesos per dollar in the black market.

“Historically, gold has been seen as a store of value, so as long as options for doing that in Argentina are limited, people are going to keep buying it,” Banco Ciudad’s Leiza said.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: itg00022289 em 2013-03-22 14:46:00
Impressionante!
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2013-03-22 16:31:53
A livre criação de moeda local é o que eles estão a fazer, leprechaun. O que achas que são aqueles pesos todos?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: rnbc em 2013-03-22 16:40:43
Eu diria que num sistema em que cada um emite a moeda que quer basicamente ninguém pode emitir moeda de forma descontrolada, senão os outros deixam de lhe dar valor.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: valves1 em 2013-03-22 16:57:11
bem o que é interessante é debater opiniões diferentes e a minha é diferente :

é uma verdade que  inflaccionar é uma forma de não pagar ou desvalorizar o que se paga, é claro que os arrendatários são punidos num contexto de inflacção, em todo o caso foram-no nessa altura sobretudo por politicas de congelamentos de rendas;  politicas são politicas e portanto susceptiveis de serem mudadas ajustadas ...

Agora  será que também não existe um reverso da medalha para esse tipo de negocio quando estamos num contexto monetário forte  :  muito mais directo e menos subtil ou seja o incumprimento puro e duro  no pagamento das rendas ? na minha opinião  uma moeda forte não resolve o problema do arrendamento como negocio;  o problema vem ao de cima  de outra maneira.

em relação ao facto de os activos de um país poderem ser vendidos ao desbarato num contexto de moeda fraca mas isso isso não acontecerá também com moeda forte ? 

a comparação isolada ou focada em determinados sectores  entre as vantagens de uma moeda forte e fraca per si não fazem grande sentido. O que faz sentido é comparar a economia real  que se tem com uma moeda forte e a economia real  que se tem como uma moeda fraca; 

Qual é a logica de em Portugal  termos uma economia forte com estado e banca fortes porque financiados artificialmento  pelo exterior e uma economia  com uma expressão mediocre porque  exposta á competição internacional e por isso  em forte desvantagem competitiva ?

Qual é o país  que vai resultar de tudo isto ? Um país com 7 milhões de habitantes e fortemente envelhecido (porque os velhos não emigram );  onde é que se vai arranjar dinheiro para pagar as pensões de reformas num contexto destes as pessoas trabalham até morrer ? é uma hipotesse   

Que empresas mesmo Portuguesas  investirão num país de velhos ? Uma recessão prolongada sería uma expressão fraca para caracterizar uma situação destas na verdade a economia entraria pura e simplesmente em declinio.
e voltando a questão inicial  o que é que acontecerá aos activos imobiliarios cujo o valor tanto se teme  nessa conjuntura ?






Citar
No fundo, o efeito sobre o imobiliário e terrenos agrículas foi bastante semelhante ao que se passou na República de Weimar. Seguem-se alguns excerptos do livro "When money dies" a mostrá-lo:


Citar
Frau Eisenmenger let a room to the gentleman from the American Mission — just as Garbo's father in The Joyless Street was able to do — and received for it ten times the rent which, in accordance still with the wartime rent restriction Act, she herself paid for the whole flat. On a now slender quantity of negotiable cigars, on her daughter's earnings, on that rent, and on the diminishing real income from her burgeoning shares, she tackled the first months of 1920.

[...]

Blackett noted that the rent restriction Acts hit much the same classes, who were 'forced to starvation in order to subsidise the German workman's wages and the employer's profits'. The bread and rail subsidies, financed by inflation, combined with the rent restriction, enabled the foreigner to buy German goods well below world prices and, if he lived in or visited Germany, to travel, eat and occupy houses at ridiculously cheap rates. 'A gradual process of buying up and carrying off Germany's movable capital, secondhand furniture, pianos, etc., is taking place at the expense of Germany as a whole.'

Foreigners were also buying up real property and interests in factories and all kinds of businesses. To some extent this was at the expense of the workman whose wages lagged behind the climbing cost of living, but it was mainly at the expense of the middle classes whose capital was destroyed and largely exported. The exporting industrialists could just keep their heads above water, Blackett thought, but the others making goods out of partly imported material could not possibly replace it with a continually rapidly falling mark.

[...]

In the second half of June it became necessary again to double the salaries of government officials, and to give higher grants to the war-wounded, to'widows, to pensioners and to the unemployed, in and out of the Ruhr, An additionaL reason for these increases, over and above the general fall in the mark's purchasing power, was that the poorer classes, especially the rentiers, would soon no longer be able to afford the price of bread. Agricultural interests had become angry about the 'Umlage', the forced delivery of the first two million tons of wheat produced each year which enabled half the total supply of bread to be sold cheap. From August onwards farmers were to be paid at world prices because, when obliged to sell wheat cheaply, they still had to pay the world price for fertilisers. The change in policy, from subsidising food to subsidising the needy, may have satisfied the farmers; but the extra subsidies for the poor soon became worthless again.

[...]

Those with foreign currency, becoming easily the most acceptable paper medium, had the greatest scope for finding bargains. The power of the the dollar, in particular, far exceeded its nominal rate of exchange. Finding himself with a single dollar bill early in 1923, von der Osten got hold of six friends and went to Berlin one evening determined to blow the lot; but early the next morning, long after dinner, and many nightclubs later, they still had change in their pockets. There were stories of Americans in the greatest difficulties in Berlin because no-one had enough marks to change a five-dollar bill: of others who ran up accounts (to be paid off later in depreciated currency) on the strength of even bigger foreign notes which, after meals or services had been obtained, could not be changed; and of foreign students who bought up whole rows of houses out of their allowances
.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2013-03-22 17:49:06
Um respeito pelos princípios eliminaria a necessidade de um debate sobre moeda forte ou fraca. A única moeda aceitável eticamente é uma moeda forte.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: pedras11 em 2013-03-22 18:12:51
A moeda fraca é que tem ajudado os USA
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2013-03-22 18:19:10
Existem muitas coisas que parecem funcionar melhor no curto prazo do que seguir princípios e ética sólidos.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: hermes em 2013-03-22 19:07:33
Um respeito pelos princípios eliminaria a necessidade de um debate sobre moeda forte ou fraca. A única moeda aceitável eticamente é uma moeda forte.

A moeda fraca tb é ética, pois toda a gente já conhece a natureza da senhora. :D

Com uma moeda fraca, só é enganado quem quer, pois ninguém é obrigado a poupar nessa moeda. Um dos melhores exemplos é a Jamaica com uma moeda puramente transacional, pois ninguém poupa nela. Ao fim e ao cabo, a moeda honesta é aquela que não se faz passar pelo que não é. (http://www.thinkfn.com/forumbolsaforex/Smileys/yarex2/evil.gif)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: valves1 em 2013-03-24 12:06:06
uma moeda deve espelhar o contexto economico em que está inserido deve ser um reflexo da economia real;
caso contrário corremos o risco de ter uma moeda desligada das pessoas; ( não circula por elas expulsando-as da economia e  portanto do país  )
Não é exagero a afirmação de que o valor de uma moeda quando excessiva pode reduzir um país á irrelevancia economica ,aliás pode mesmo  afundá-lo arrastando consigo mesmo aqueles que numa primeira fase com ela prosperam e Portugal ainda está nessa primeira fase ... isto para quem acredita que no longo prazo só uma moeda forte e do melhor interesse para Portugal
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2013-12-29 14:47:10
Estado de «emergência» energética em Buenos Aires

O presidente da Câmara de Buenos Aires, Mauricio Macri, decretou na noite de sábado o estado de «emergência» energética na capital argentina devido aos constantes cortes de fornecimento que deixaram milhares de pessoas sem luz nem água.

Mauricio Macri adiantou ainda que a administração local tem estado a distribuir água potável pela população, tendo reduzido ao máximo o consumo de energia nos departamentos públicos.

«Esperamos propostas concretas do Governo nacional» disse o governante aos jornalistas.
http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=449983 (http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=449983)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2013-12-29 22:21:45
É impressionante como países relativamente normais começam a cair no caos não muito tempo depois de enveredarem por caminhos socialistas/comunistas.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Luso11 em 2013-12-29 22:45:37

Sim, impressionante, mas igualmente preocupante e assustador ...uma nação como a Argentina atingir este patamar é inacreditável.

Bom ano 2014
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2013-12-30 01:28:34
Mal se passa a fronteira do brasil para a argentina percebe-se logo que se entrou num pais bem pior... e olhem que o brasil nao eh grande exemplo.

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Mystery em 2013-12-30 14:07:00
Mal se passa a fronteira do brasil para a argentina percebe-se logo que se entrou num pais bem pior... e olhem que o brasil nao eh grande exemplo.

as vistas até são bem melhores na argentina  :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: SrSniper em 2013-12-30 14:19:20
Sim, de vistas estão em bull market à décadas...
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: itg00022289 em 2014-01-13 16:07:44
Um bom artigo sobre a Argentina que põe as coisas em perspectiva.

Citar
Evolution in Argentina
Argentina is a wonderful example of how the inevitable evolution of democracies towards greater entitlements at the cost of those that for the time being remain productive (or, in more generic terms, socialism...) destroys countries and societies.
In Argentina's case, they call it "Peronism" - a populist, welfare-state, socialist approach that started 70 years ago and today, in a radicalized version, remains the main inspiration of the present socialist government.

What makes Argentina such wonderful example?
Mainly the fact that Argentina had everything to be one of the richest countries in the world.
A relatively homogenous and industrious population coming from a wide European basis, amazing natural resources, wide spaces allowing for cheap, large-scale agricultural production, etc..
In fact, between the beginning of the XX century and the start of peronism, around 1945, it really was one of the richest, most developed, and fastest growing countries in the world!
In short:
- By 1900 Argentina was the 8th richest country in the world (on a per-capita basis).
- By 1929 Argentina was the 4th richest country in the world (on a per-capita basis).
- By the end of WWII (1945) Argentina was arguably the richest large county in the world (!!!) in a per-capita basis (or the second, behind the USA, depending on the exact metrics used).
That was the moment Peronism hit the country. Argentina's downfall started, and was quite fast (we can measure it in a single lifetime, about 70 years).

The fact that Argentina's recent history is so interesting and could teach so much (if people were ready to learn from the mistakes of the others) means there is a vast literature about this subject, from books (a good example: "Argentina: An Economic Chronicle. How One of the Richest Countries in the World Lost Its Wealth") to a vast number of online articles.
A Google search with the 3 words "Argentina" "economic" "downfall" finds about half a million entries (!!!), and good articles about the subject can easily be counted in thousands!
Some examples:
- Argentina's collapse - A decline without parallel
- How to Destroy a Rich Country
- What Happened to Argentina?
(But, really, there are literally thousands of articles about it - although, obviously, some are better than others.)
 
Anyway, the funniest part of the story is the full blown economic destruction of the country in the last 15 years, at the capable hands of the Kirshner couple (first Nestor, then Cristina).
Cristina, in particular, seems bent on terminal destruction of the country, at a level close to Chavez/Maduro in Venezuela, Ceausescu in Romania, or Mugabe in Zimbabwe.
 
Anyway, in Argentina things keep evolving in line with what could be expected.
State spending grows to fulfil the populist promises that (still) win elections; economy gets worse and worse; tax collection get more and more insufficient to cover state spending; state "regulation” (including administrative price fixing, export limitations, extreme currency controls, etc.) increases, to try to prevent reality from happening; the only "solution" is printing more and more fiat money, ending in hyperinflation, ruin, and chaos...

Following regularly the news of these countries is very interesting. At present there are several cases of extreme socialist approaches in Latin America, but I particularly like to follow the evolution of Venezuela and Argentina.
What is happening there is a good lesson to prepare us all for the future of our own countries, and of our civilization in general.
 
In this spirit, here are a couple of recent articles about the new, improved, Price Controls 2.0 in Argentina:
 - Argentina to Tighten Food Price Controls as Inflation Quickens
 - Argentine peso at new lows as food price controls take effect


[url]http://slowcrashnavigating.blogspot.pt/2014/01/evolution-in-argentina.html?showComment=1389629053155#c1797613232967286957[/url] ([url]http://slowcrashnavigating.blogspot.pt/2014/01/evolution-in-argentina.html?showComment=1389629053155#c1797613232967286957[/url])

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-01-23 16:47:22
O Peso Argentino está a derreter-se.

http://www.xe.com/currencycharts/?from=ARS&to=USD&view=1Y (http://www.xe.com/currencycharts/?from=ARS&to=USD&view=1Y)

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-01-23 16:50:05
a argentina eh um caixote do lixo, eles ainda deixam a moeda flutuar? ehhe

neste momento ha uma grande falta de soybeans mas os agricultores argentinos nao exportam tudo o que podem pois nao querem ficar com pesos nas maos, preferem ter proteccao contra a inflacao, que economia tao eficiente !
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-01-23 16:52:15
qd estava no brasil contaram-me que antes do plano real a malta ia toda ao supermercado no dia do vencimento, os supermercados rebentavam pois ninguem queria ficar com o dinheiro na mao, nao ha de ser diferente na venezuela
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Mystery em 2014-01-23 17:07:12
a lira turca tambem esta com problemas. o cbt interveio hoje pela 1a vez em 2 anos mas tem pouca artilharia para sustentar
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-02-04 13:49:14
Moeda a derreter, juntamente com outros emergentes.
O Chile também está a levar forte, assim deverá ser mais complicado ultrapassar o PIB de Portugal.

http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/ (http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-02-04 14:55:17
E então, não é bom ter turismo ?  :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-02-04 14:57:34
Moeda a derreter, juntamente com outros emergentes.
O Chile também está a levar forte, assim deverá ser mais complicado ultrapassar o PIB de Portugal.

[url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url] ([url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url])


estas crises nunca duram muito, a questao eh se tem problemas estruturais ou se eh mero contagio
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Messiah em 2014-02-04 15:28:22
Moeda a derreter, juntamente com outros emergentes.
O Chile também está a levar forte, assim deverá ser mais complicado ultrapassar o PIB de Portugal.

[url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url] ([url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url])


Irra... ir lá compensa!!

Estive a ler e diz-se que confortavelmente, com hotel bom e a comer em bons restaurantes 200 pesos é suficiente e isto na capital... se fosse nas provincias 90 pesos por dia poderia ser suficiente... ora, atendendo que no mercado negro 1 euros = 15 pesos, estamos a falar de 13 euros por dia! Com hotel, restaurantes!

o piorr é o avião  :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: tatanka em 2014-02-04 15:35:02
Moeda a derreter, juntamente com outros emergentes.
O Chile também está a levar forte, assim deverá ser mais complicado ultrapassar o PIB de Portugal.

[url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url] ([url]http://knowmore.washingtonpost.com/2014/02/03/now-is-when-you-should-take-that-trip-to-argentina/[/url])


Irra... ir lá compensa!!

Estive a ler e diz-se que confortavelmente, com hotel bom e a comer em bons restaurantes 200 pesos é suficiente e isto na capital... se fosse nas provincias 90 pesos por dia poderia ser suficiente... ora, atendendo que no mercado negro 1 euros = 15 pesos, estamos a falar de 13 euros por dia! Com hotel, restaurantes!

o piorr é o avião  :D


Vais Por Madrid, 600 e poucos euros

Por 1000€, tiras 2 semanas de férias na Argentina, á grande :-)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-02-04 15:40:13
ou então num porta contentores. ;D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-02-04 15:50:12
na argentina ha muita coisa com precos especiais para estrangeiros, nao pensem que nao sao descriminados

ate o bilhete para as cataratas do iguacu tinha um preco especial para argentinos, outro para cidadaos do mercosul e outro para os restantes
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: karnuss em 2014-02-04 17:38:29
Bom mesmo, é aproveitar os preços baratos para passar uns meses a viajar pela Patagónia, sem data de regresso marcada. Mais ou menos como fez este senhor. É uma das minhas viagens de sonho :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-02-04 17:43:18
esta eh na altura do sniper e do frugal venderem o portfolio e irem viver para uma aldeia argentina aproveitando o cambio
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Messiah em 2014-02-04 18:07:26
Bom mesmo, é aproveitar os preços baratos para passar uns meses a viajar pela Patagónia, sem data de regresso marcada. Mais ou menos como fez este senhor. É uma das minhas viagens de sonho :D

Tua e minha... começar no méxico e acabar lá em baixo. Tenho 1 amigo q fez isso dps de acabar o Erasmus  :'(
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Messiah em 2014-02-04 18:40:00
Entao e se eu for lá de férias, chegar lá comprar IMENSOS pesos e depois fizer o rate quando estiver a voltar à taxa oficial? Será que me deixam por ser turista?

Ainda dava para ficar com a viagem de borla lol ou fazer uns profits. Tipo vender 4 mil euros lá a comprar a Blue e depois usar os pesos "remanescentes" e comprar dólares pela via oficial sendo turista não sei se é permitido.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: jeab em 2014-02-04 20:17:15
Bom mesmo, é aproveitar os preços baratos para passar uns meses a viajar pela Patagónia, sem data de regresso marcada. Mais ou menos como fez este senhor. É uma das minhas viagens de sonho :D

Viajei por lá 15 dias, desde Ushuaia, punta arenas até puerto montt e por aí acima. Um tipo sente-se pequenino naquela imensidão ( e eu sou de Angola e viajei muito em grandes espaços) mas ali como não há elevações e a erva é rasteira, vê-se Kms e Kms sem ninguém ou nada, excepto um pontinho no horizonte e mais tarde ver que era um guanaco... depois são as pinguineras, leões marinhos e focas. Para quem gosta de vida selvagem é um paraíso  :)  Vale a pena ...
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Mystery em 2014-02-04 20:24:35
Entao e se eu for lá de férias, chegar lá comprar IMENSOS pesos e depois fizer o rate quando estiver a voltar à taxa oficial? Será que me deixam por ser turista?

Ainda dava para ficar com a viagem de borla lol ou fazer uns profits. Tipo vender 4 mil euros lá a comprar a Blue e depois usar os pesos "remanescentes" e comprar dólares pela via oficial sendo turista não sei se é permitido.

se é para comprar IMENSOS pesos acho que eles recebem-te de braços abertos...  :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Messiah em 2014-02-04 20:55:21
Entao e se eu for lá de férias, chegar lá comprar IMENSOS pesos e depois fizer o rate quando estiver a voltar à taxa oficial? Será que me deixam por ser turista?

Ainda dava para ficar com a viagem de borla lol ou fazer uns profits. Tipo vender 4 mil euros lá a comprar a Blue e depois usar os pesos "remanescentes" e comprar dólares pela via oficial sendo turista não sei se é permitido.

se é para comprar IMENSOS pesos acho que eles recebem-te de braços abertos...  :D

o pior é recomprar de volta à taxa oficial era isso que queria saber :D tipo ser turista e restarem-me uns pesos... troca-los de volta por dólares à taxa oficial ainda fica com a viagem de borla!!
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-02-14 03:29:47
The tragedy of Argentina - A century of decline
http://www.economist.com/news/briefing/21596582-one-hundred-years-ago-argentina-was-future-what-went-wrong-century-decline (http://www.economist.com/news/briefing/21596582-one-hundred-years-ago-argentina-was-future-what-went-wrong-century-decline)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: SrSniper em 2014-06-27 01:39:02
Vamos ver se na segunda feira pagam ou não o cupão :)
Título: Re:Argentina was ... ... ... ... ... ... ... ... ... different!
Enviado por: vbm em 2014-06-27 02:33:31
segundo fontes " argentinas " (eh eh )  as pessoas perderam quando se desindexou a moeda ao USD cerca  da  60 %  dos seus depositos via poder de compra, nem é preciso falar em limites de levantamentos de depositos; é claro que ter activos reais via casas ou  acções compensa logo ... como compensará numa saída para o escudo/peseta ou Dracma ...

Óbvio.
Mas uma "obviedade",
"recalcada" da lembrança
pelos jogadores!
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: jeab em 2014-07-07 16:37:53
Tá bonito, tá ... e com esta pérola
El Gobierno se niega a aceptar el default técnico,

Argentina negocia con un mediador para evitar el default

El Gobierno argentino ha viajado a Nueva York este lunes para negociar con un mediador a fin de tratar de evitar el default. En caso de que las negociaciones fracasen, Argentina corre el riesgo de entrar en situación de cese de pagos, por lo que reunión es trascendental para el futuro próximo del país sudamericano.

Con el respaldo de la Organización de los Estados Americanos (OEA), el juez Thomas Griesa nombró hace tres semanas a un mediador para que negociara con el Gobierno argentino el pago de la deuda contraída con los 'fondos buitre' que compraron deuda argentina a precios irrisorios cuando el país estaba en quiebra allá por el año 2001 y luego se negaron a aceptar ningún tipo de rebaja.

Este lunes, la comitiva encabezada por el ministro de Economia argentino, Axel Kicillof, se reúne con un mediador y pretende evitar el fallo de Griesa, convalidado a mediados de junio por la Corte Suprema de Justicia de Estados Unidos. La desición obligaría a Argentina a pagar 1.330 millones de dólares a los fondos especulativos que no aceptaron los canjes de deuda de 2005 y 2010.

A estos descuentos se prestaron casi el 93% de los acreedores, que rebajaron hasta el 70% de la deuda. En la batalla judicial que mantienen los dos países, el juez Griesa ordenó el bloqueo del pago de un vencimiento que Argentina depositó en Nueva York por unos 900 millones de dólares a los acreedores de deuda argentina reestructurada.

El Gobierno se niega a aceptar el default técnico, pero el riesgo que corre Argentina es que si el cobro no se produce antes de que venza el plazo de gracia el próximo 30 de julio, podría entrar en cese de pagos.

  http://www.bolsamania.com/noticias-actualidad/noticias/Argentina-negocia-con-un-mediador-para-evitar-el-default--0420140707172949.html#QlS0DiOPRKRqtCjc (http://www.bolsamania.com/noticias-actualidad/noticias/Argentina-negocia-con-un-mediador-para-evitar-el-default--0420140707172949.html#QlS0DiOPRKRqtCjc)

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-07-22 11:47:13
Um bom texto sobre as dívidas dos soberanos, neste caso refere a Argentina

Dívidas soberanas e credores abutres

Tal como acontece com as pessoas, corporações e outras empresas privadas que dependem dos processos de falência para reduzirem um excessivo encargo da dívida, os países por vezes também precisam de uma redução ou reestruturação ordenada da dívida.


Mas a saga da actual luta legal da Argentina com os credores inflexíveis mostra que o sistema internacional para a reestruturação ordenada da dívida soberana talvez tenha deixado de funcionar.

 

As pessoas, as empresas ou os governos poderão acabar por se ver a braços com demasiada dívida devido à má sorte, más decisões ou uma combinação de ambas. Se você tem um empréstimo à habitação mas perde o emprego, é uma questão de azar. Se a sua dívida se torna insustentável porque pediu demasiado crédito para financiar umas férias prolongadas ou para comprar electrodomésticos caros, então a culpa é do seu mau comportamento. O mesmo se aplica às empresas: algumas têm azar e os seus planos de negócio fracassam, ao passo que outras se endividam demasiado para remunerarem excessivamente os seus gestores medíocres.

 

A má sorte e o mau comportamento (políticas) podem conduzir também a insustentáveis encargos da dívida para os governos. Se os termos comerciais (o preço das suas exportações) de um país se deterioram e uma forte recessão persiste durante bastante tempo, a base de receitas desse governo poderá encolher e o seu encargo da dívida poderá tornar-se excessivo. No entanto, um peso insustentável da dívida poderá resultar também do endividamento no sentido de gastar demasiado, da incapacidade para cobrar impostos suficientes e de outras políticas que minam o potencial de crescimento da economia.

 

Quando o peso da dívida de uma pessoa, empresa ou governo é demasiado elevado, os sistemas legais têm de providenciar formas ordenadas de reduzir esse encargo para um nível mais sustentável (mais próximo do rendimento potencial do devedor). Se for demasiado fácil entrar em incumprimento nos pagamentos e reduzir o encargo da dívida de alguém, teremos como resultado o risco moral, porque os devedores acabam por se sentir incentivados a terem maus comportamentos. Mas se for demasiado difícil reestruturar e reduzir as dívidas quando a má sorte conduz a um encargo insustentável, o resultado é mau tanto para o devedor como para o seu credor, que ficará em melhor situação se lhe for paga uma percentagem menor da dívida do que se o devedor incumprir totalmente os pagamentos.

 

Encontrar o equilíbrio certo não é fácil. Os regimes formais de falência legal para os particulares e para as empresas têm evoluído ao longo do tempo para que se consiga esse equilíbrio.

 

Uma vez que não existe um regime formal de falência para os governos (se bem que Anne Krueger, então directora executiva adjunta do Fundo Monetário Internacional, tenha proposto um há mais de uma década), os países têm dependido de um enfoque baseado no mercado para resolverem os problemas de endividamento excessivo. Nos termos desta abordagem, o país oferece-se para trocar obrigações prestes a vencer por novas obrigações, com um valor facial mais baixo e/ou pagamentos com juros mais baixos e maturidades mais longas. Se a maioria dos investidores aceitar a oferta, a reestruturação dá-se com sucesso.

 

Mas isto implica um problema-chave: ao passo que um tribunal de falências pode forçar os credores inflexíveis a aceitarem a oferta de troca, desde que uma significativa maioria dos credores já o tenha feito (o chamado 'cram down' - reestruturação forçada), a abordagem baseada no mercado permite que alguns credores continuem a negar-se a isso e intentem um processo em tribunal para serem pagos na totalidade.

 

É por isso que, ao longo da última década, os governos ampliaram o enfoque baseado no mercado, com uma abordagem contratual que resolve o problema da inflexibilidade mediante a introdução de cláusulas de acção colectiva (CAC) que podem forçar os credores inflexíveis a aceitarem as condições acordadas pela maioria dos credores. Estas cláusulas tornaram-se um padrão nas obrigações soberanas, mas eram inexistentes no que diz respeito à dívida emitida pela Argentina antes de 2001, quando o país foi atingido pela crise. Apesar de 93% dos credores da Argentina terem aceitado os novos termos para as suas obrigações soberanas em 2005 e em 2010, em duas ofertas de troca, um pequeno grupo de credores inflexíveis processou a Argentina nos Estados Unidos e, com o Supremo Tribunal dos EUA a dar recentemente a sua decisão sobre o assunto, conquistaram o direito a serem reembolsados na totalidade.

 

A decisão do tribunal norte-americano é perigosa por duas razões. Em primeiro lugar, o tribunal decidiu pela primeira vez que um país não pode continuar a pagar aos credores que aceitaram uma grande redução ('haircut') do valor que lhes era devido enquanto não pagarem na totalidade aos que não aceitaram qualquer redução. Assim sendo, que razões teria qualquer futuro credor para votar a favor de uma reestruturação ordenada se os seus novos direitos podem ser bloqueados por um único credor inflexível?

 

Em segundo lugar, se os credores inflexíveis forem reembolsados na íntegra, a maioria dos credores que aceitou um 'haircut' pode exigir ser também pago na totalidade. Se isso acontecer, o encargo da dívida do país irá disparar de novo, tornando-se insustentável e obrigando o governo - neste caso, a Argentina, que está a pagar a maioria da sua dívida - a voltar a incumprir perante todos os credores.

 

A inclusão das CAC nos novos contratos obrigacionistas poderá ajudar outros países, no futuro, a evitarem o problema dos credores inflexíveis. Mas mesmo os CAC poderão não ser uma solução completa, pois estão concebidos de modo a permitir que uma pequena minoria de credores se negue a perdoar parte da dívida, impedindo assim uma reestruturação ordenada.

 

Ou bem que se concebem e introduzem super-CAC (se bem que deva demorar anos a incluí-los em todos os novos contratos obrigacionistas) ou bem que a comunidade internacional poderá querer reconsiderar até que ponto é que se deve ressuscitar a proposta de 2002 do FMI de criação de um tribunal formal de falências para os devedores soberanos. Não se deve permitir que quem assume posições inflexíveis seja capaz de bloquear acordos de reestruturação ordenada que beneficiam simultaneamente os devedores e os credores.

Nouriel Roubini

http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/economistas/nouriel_roubini/detalhe/dividas_soberanas_e_credores_abutres.html (http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/economistas/nouriel_roubini/detalhe/dividas_soberanas_e_credores_abutres.html)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Iced em 2014-07-31 00:26:33
http://www.reuters.com/article/2014/07/30/us-argentina-debt-idUSKBN0FZ0AM20140730 (http://www.reuters.com/article/2014/07/30/us-argentina-debt-idUSKBN0FZ0AM20140730)

Argentina fails to reach debt agreement, default looms

By Richard Lough, Eliana Raszewski and Daniel Bases

Argentina's Economy Minister Axel Kicillof arrives at the office of a court-appointed mediator in New York July 30, 2014. REUTERS-Carlo Allegri
A protester, rallying against layoffs holds a placard that reads 'With Lear against the vultures' next to a mock vulture, in front of the factory of U.S. automotive supplier Lear on the outskirts of Buenos Aires July 30, 2014. REUTERS-Enrique Marcarian
A protester, holding a mock vulture, rallies against layoffs in front of the factory of U.S. automotive supplier Lear on the outskirts of Buenos Aires July 30, 2014. The protesters were also demonstrating against holdout investors locked in a legal battle with Argentina that could trigger a debt default by the country this week. Argentina has until late Wednesday to either pay out or reach a deal with the hedge funds that are suing for full payment on their bonds to avert a second default in little over a decade in Latin America's No. 3 economy. REUTERS-Enrique Marcarian

(Reuters) - Argentina failed to strike a deal to avert its second default in more than 12 years after talks with holdout creditors ended without a settlement on Wednesday.

The country's economy minister, Axel Kicillof, speaking at a news conference at the Argentine consulate in New York, repeatedly referred to the holdout hedge funds as "vultures" after two days of talks failed to produce an agreement.

"Unfortunately, no agreement was reached and the Republic of Argentina will imminently be in default," Daniel Pollack, the court-appointed mediator in the case, said in a statement on Wednesday evening.

Kicillof said Argentina offered the holdouts similar terms as other creditors who recently negotiated with the country as it attempts to regain the good graces of international capital markets that it has been frozen out of since its default. Those terms were rejected, Kicillof said.

After defaulting in 2002, Argentina restructured its debt in 2005 and 2010. More than 90 percent of the bondholders agreed to accept new bonds with reduced payments. The holdouts refused the terms, and were awarded $1.33 billion, plus interest, by a U.S. judge.

A fresh default is not expected to affect Argentina's economy as it did more than a decade ago, when dozens were killed in street protests and the authorities froze savers' accounts to halt a run on the banks.

There will still be consequences, however, as it is expected to worsen an economy already in recession, weaken the currency as more Argentines seek to hold dollars, and put pressure on foreign reserves. It could also raise soybean prices, as the country is the world's third-largest soybean exporter.

"The full consequences of default are not predictable, but they certainly are not positive," Pollack said.

He said he planned to return to Argentina after the news conference, saying the country will take all measures needed to face what he called an unfair situation.

The minister reiterated the country's position - that it cannot pay the holdout hedge funds without triggering a clause that would cause it to renegotiate with bondholders who accepted restructured debt agreements after the country defaulted in 2002.

The holdout hedge funds want full repayment on bonds they bought on the cheap after the country defaulted, a demand Argentina has so far rejected.

Latin America's No. 3 economy has for years fought NML Capital, a unit of Elliott Management Corp, and Aurelius Capital Management, the leading U.S. hedge funds that rejected large writedowns.

The Buenos Aires government has pushed hard for a stay of the U.S. court ruling that set Wednesday's deadline.

The country has until midnight Wednesday (0400 GMT on Thursday) to break the deadlock. U.S. District Judge Thomas Griesa in New York was set to prevent Argentina from making the July 30 deadline - representing the end of a 30-day grace period - for a coupon payment on exchanged bonds.

Argentina has consistently argued that a so-called rights upon future offers, or RUFO, clause prohibits it from settling with the holdouts. That clause expires at the end of 2014.

Kicillof said Argentina has already made that payment, as it deposited $539 million in the Buenos Aires account of trustee agent Bank of New York Mellon. As of Tuesday, that money was still there, according to a source at the Argentine central bank.

U.S. ratings agency Standard & Poor's downgraded the country's long- and short-term foreign currency credit rating to "selective default," from triple-C-minus and C, respectively. S&P cited Argentina's failure to make a June 30 coupon payment on its discount bonds due in 2033, which it does not rate. The default rating will remain until Argentina makes a payment, the agency said.

"The making of the payment is not an automatic process - it takes time for that to happen," said Roberto Sifon-Arevalo, managing director at S&P.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: rnbc em 2014-08-01 17:40:42
Eu se fosse aos Argentinos nem punha os pés no tribunal em NY, aliás: nem lá tinha ido logo para começar. Continuava a pagar a dívida renegociada e pronto. Se os credores quiserem podem ir levantá-la fora dos EUA, por exemplo. Se o governo dos EUA impede os pagamentos de chegar aos credores, eles que mudem de país. É por alguma razão que a dívida dos países tem a palavra "soberana" no nome...

Hoje em dia os EUA nem sequer são fornecedores de produtos de monta, portanto a capacidade de impor seja o que for é próxima de zero.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: rnbc em 2014-08-01 17:42:13
PS: O meu comentário anterior não invalida o facto da Argentina ser muito mal gerida e pouco confiável. O PIB per capita era o 4º mundial em 1930, agora anda pelo 60º...
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-08-01 17:43:09
Eu se fosse aos Argentinos nem punha os pés no tribunal em NY, aliás: nem lá tinha ido logo para começar. Continuava a pagar a dívida renegociada e pronto. Se os credores quiserem podem ir levantá-la fora dos EUA, por exemplo. Se o governo dos EUA impede os pagamentos de chegar aos credores, eles que mudem de país. É por alguma razão que a dívida dos países tem a palavra "soberana" no nome...

Hoje em dia os EUA nem sequer são fornecedores de produtos de monta, portanto a capacidade de impor seja o que for é próxima de zero.

quem aceitou essa jurisdicao foram os argentinos
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-08-01 18:39:17
PS: O meu comentário anterior não invalida o facto da Argentina ser muito mal gerida e pouco confiável. O PIB per capita era o 4º mundial em 1930, agora anda pelo 60º...

São as vantagens do socialismo galopante. Vários países agora desenvolvidos também as vão conhecer no futuro. Eventualmente é algo ao qual as democracias têm dificuldade em não sucumbir.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: rnbc em 2014-08-01 19:23:22
quem aceitou essa jurisdicao foram os argentinos

Podem deixar de aceitar a seu belo prazer: são soberanos... há um risco extra associado a qualquer contrato com uma entidade soberana, porque esta pode decidir unilateralmente não o cumprir e tu não podes fazer grande coisa quanto a isso.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-08-01 19:24:28
quem aceitou essa jurisdicao foram os argentinos

Podem deixar de aceitar a seu belo prazer: são soberanos... há um risco extra associado a qualquer contrato com uma entidade soberana, porque esta pode decidir unilateralmente não o cumprir e tu não podes fazer grande coisa quanto a isso.

ha consequencias para futuros financiamentos
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-08-01 19:26:24
Bem como chatices legais similares às que estão a ocorrer.

Em todo o caso não se deve perder de vista que quem incumpriu em alguma coisa, quem fez algo de errado aqui, foi a Argentina.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Visitante em 2014-08-01 19:48:32
Pois, mas quem comprou obrigações com taxas de juro de 10% sabia que o incumprimento estava implícito nessa taxa.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-08-01 20:05:30
Não quer dizer que tenha que prescindir de qualquer direito legal que possua... muito provavelmente só as compraram a esse preço porque sabiam que ainda tinham algum recurso legal.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Kin2010 em 2014-08-02 00:22:15
quem aceitou essa jurisdicao foram os argentinos

Podem deixar de aceitar a seu belo prazer: são soberanos... há um risco extra associado a qualquer contrato com uma entidade soberana, porque esta pode decidir unilateralmente não o cumprir e tu não podes fazer grande coisa quanto a isso.

O probema é que a divida que eles têm emitido não teria nem 1/10 da credibilidade que apesar de tudo teve se dissesse que, em caso de litígio, tudo se decidia em tribunais de Buenos Aires, em vez de NY. Os países fracos acabam por estar obrigados a aceitar essas regras. É como aceitar que as agências de rating classifiquem o nosso rating: se não o fizermos, não temos rating, e ainda há menos investidores dispostos a comprar a nossa dívida.

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: rnbc em 2014-08-02 02:44:22
Cada um faz como quer, mas eu quando compro dívida soberana é com base na credibilidade do emitente, não é com certeza à espera do que um tribunal pode fazer por mim. Se querem acreditar no pai natal, façam favor 8)

Não estou a defender a Argentina, só estou a chamar a atenção para a burrice que é assumir que uma entidade soberana vai abdicar da soberania. Até o pode fazer nalguns casos, mas o melhor é não perder a noção de que se trata duma entidade soberana!

Esses contratos que dizem "somos soberanos mas estes contratos estão sujeitos à jurisdição do país X" são para inglês ver, porque se a coisa der mesmo para o torto a única forma de obrigar o seu cumprimento é uma invasão ou sanções duras ou algo no género, e aí entra a geoestratégia e esqueçam lá os tribunais...

Olhem o caso de Cuba? Houve americanos expropriados aquando da revolução, etc... boa sorte a recuperarem os créditos!
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Visitante em 2014-08-02 02:54:34
Comprar dívida com a certeza que vai entrar em default é uma estratégia dos chamados fundos 'vautour'.

A definição não podia ser mais clara:
Citar
Les fonds vautour sont des fonds d'investissements spéculatifs qui se spécialisent dans l'achat à bas prix de dettes émises par des débiteurs en difficulté ou proches du défaut de paiement, qu'il s'agisse de dettes d'entreprises ou de dettes souveraines, avec pour objectif de réaliser une plus-value soit lors de la phase de restructuration de la dette, soit en refusant la restructuration et en obtenant par action en justice le remboursement de leur créance à une valeur proche de la valeur nominale plus intérêts et éventuels arriérés de retard .
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: hermes em 2014-08-02 08:21:13
Bem como chatices legais similares às que estão a ocorrer.

Em todo o caso não se deve perder de vista que quem incumpriu em alguma coisa, quem fez algo de errado aqui, foi a Argentina.

A Argentina fez muita coisa errada, mas não nesta situação. Aqui fez o que tinha de ser feito.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: vbm em 2014-08-02 08:29:27
A definição não podia ser mais clara:
Citar
Les fonds vautour sont des fonds d'investissements spéculatifs qui se spécialisent dans l'achat à bas prix de dettes émises par des débiteurs en difficulté ou proches du défaut de paiement, qu'il s'agisse de dettes d'entreprises ou de dettes souveraines, avec pour objectif de réaliser une plus-value soit lors de la phase de restructuration de la dette, soit en refusant la restructuration et en obtenant par action en justice le remboursement de leur créance à une valeur proche de la valeur nominale plus intérêts et éventuels arriérés de retard .

Uma coisa que faz falta aos nossos políticos - aos dos outros também, aliás -,
é reler pausadamente Maquiavel, como se de um guião de filme
se tratasse, rolando-o à velocidade de um Manoel d'Oliveira,
para que nada lhes escapasse, e desatassem a aplicar
sistemática e cientificamente aquelas regras
de acção política.

Entre elas, revisitariam a justiça, as leis e os códigos,
munidos do olha fresco de um homem livre!

Explico. Ouviriam a voz do poeta persa do séc.XI:

«Fecha o  teu Corão.
E pensa e considera  livremente
todas as coisas.»



Não o  fariam na aplicação da  justiça,
para se banharem na arbitrariedade
no desprezo das leis.

Mas puniriam com sábia prudência salomónica
o aproveitamento pervertido das leis
dos que espoliam as vítimas
no processo da infinda
transmissão de
incobráveis.

Porque a justiça não é só aplicar
o explícito das leis. É julgar
e avaliar a equidade
de cada caso concreto,

e ir formando jurisprudência mais fina.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Visitante em 2014-08-02 16:37:48

Podem deixar de aceitar a seu belo prazer: são soberanos... há um risco extra associado a qualquer contrato com uma entidade soberana, porque esta pode decidir unilateralmente não o cumprir e tu não podes fazer grande coisa quanto a isso.


Tens razão quando dizes que os estados são soberanos, por isso não está prevista a protecção contra credores, como no caso das sociedades comerciais. Agora segundo o artigo que deixo, quando a dívida é emitida sob jurisdição norte-americana o contrato passa a ser comercial, tal como o das vulgares sociedades comerciais. Ora neste caso o estado alegadamente perde a imunidade soberana e, por ser soberano, não pode pedir protecção contra credores, não pode falir. É aqui que os fundos oportunistas jogam.

"Arguably, any activity conducted by a sovereign state is noncommercial in some sense. But in Republic of Argentina v. Weltover, Inc., the Supreme Court
held that, when a foreign state issues “garden variety” public debt in the U.S. market, it is engaging in commercial activity here regardless of the activity’s
purpose, and the state may thus be sued based upon that act. This decision essentially foreclosed the sovereign-immunity defense to suit for countries that
had accessed the U.S. debt markets and had agreed to repayment in the United States."


                                                                                             CONCLUSION
"The case law interpreting the scope of sovereign immunity has often developed in response to the various litigation paths that professional plaintiffs
have undertaken. In effect, sovereign debt litigation has begun to resemble a chess match: a move by a vulture is blocked or countered, and a new move or
theory comes into vogue as another avenue to try to increase the chances of recovery. Unfortunately, for the state defendant, this is not a game; the
vulture’s portfolio may be diversified, and it may believe that it only needs an occasional big win to recoup its costs of carry-and-litigation expense. For the
state however, what is at issue is not a litigation gamble, but the economic and social welfare of its citizens. Eventually, something other than litigation may be
the answer to sovereign debt defaults. But until that day comes, if it ever does, judicial decisions of the kind described in this article will provide the framework
for how states and their creditors attempt to deal with these problems."


http://scholarship.law.duke.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1586&context=lcp (http://scholarship.law.duke.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1586&context=lcp)





Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-08-02 17:45:18
Tens razão quando dizes que os estados são soberanos, por isso não está prevista a protecção contra credores, como no caso das sociedades comerciais. Agora segundo o artigo que deixo, quando a dívida é emitida sob jurisdição norte-americana o contrato passa a ser comercial, tal como o das vulgares sociedades comerciais. Ora neste caso o estado alegadamente perde a imunidade soberana e, por ser soberano, não pode pedir protecção contra credores, não pode falir. É aqui que os fundos oportunistas jogam.
Mas se não pagarem vão penhorar o quê ? É essa a diferença entre uma pessoa/empresa e um país.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: vbm em 2014-08-02 18:39:37
"Eventually, something other than litigation may be
the answer to sovereign debt defaults. But until that day comes, [ ]"


([url]http://http://scholarship.law.duke.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1586&context=lcp[/url])


Um caso bicudo, face à legislação existente.

Mas, parece-me uma porta semi-aberta
o texto em destaque. Porque não
levar o caso a um tribunal
superior ao dos dois
países e formar
um case study
da solução
a engenhar?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-09-30 10:04:22
Argentina Condenação por desobediência viola direito internacional
http://www.noticiasaominuto.com/mundo/283132/condenacao-por-desobediencia-viola-direito-internacional (http://www.noticiasaominuto.com/mundo/283132/condenacao-por-desobediencia-viola-direito-internacional)

E agora qual é o próximo passo? congelar as contas argentinas nos EUA?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-15 16:29:42
O S&P já considera que a Argentina entrou em Default
http://images.info.standardandpoors.com/Web/StandardandPoors/%7Bb1d58388-bae4-4ea6-8dce-2181e6f42b7c%7D_Sov_Report_Q3_2014_(Final)).pdf (http://images.info.standardandpoors.com/Web/StandardandPoors/%7Bb1d58388-bae4-4ea6-8dce-2181e6f42b7c%7D_Sov_Report_Q3_2014_(Final)).pdf)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Kin2010 em 2014-10-15 17:49:01
Sim, mas isso foi um default que aconteceu por decisão judicial de um juiz de Nova Iorque. Simplesmente o juiz decidiu que a Argentina tinha que pagar primeiro a detentores de dívida antiga, sobretudo fundos especulativos, e assim impediu um pagamento a credores novos que a Argentina estava a fazer a estes últimos, e assim a Argentina incumpriu para com os credores recentes. Foi tudo uma golpada judicial, que beneficiou fundos abutres que, obviamente, subornaram o juiz para tomar essa decisão.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: SrSniper em 2014-10-15 19:34:26
fundos abutres que, obviamente, subornaram o juiz para tomar essa decisão.
;D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-10-15 23:26:24
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: SrSniper em 2014-10-15 23:52:48
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?
É o logotipo, os normais geralmente é um leão dourado, os abutres o logo é ou um abutre ou uma hiena...
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-10-16 00:25:16
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?

Fundos normais são aqueles que se estão a borrifar se o credor paga ou não. Não paga, paciência, registam a perda e livram-se dos titulos.
 
Fundos abutres são os que insistem em que lhes paguem por todos os meios legais possíveis.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2014-10-16 01:02:16
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?

Fundos normais são aqueles que se estão a borrifar se o credor paga ou não. Não paga, paciência, registam a perda e livram-se dos titulos.
 
Fundos abutres são os que insistem em que lhes paguem por todos os meios legais possíveis.

portanto os abutres mantem os devedores honestos, hehe
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-10-16 07:59:32
É engraçado alguém ser apelidado de abutre por querer receber o que emprestou.  :D
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-16 09:39:50
Primeiro assinam um acordo de empréstimo com as regras dos EUA e depois já não querem cumprir. Depois a culpa é dos fundos abutres e dos juízes.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 10:25:45
É engraçado alguém ser apelidado de abutre por querer receber o que emprestou.  :D

Creio que esses fundos não se chamam abutre por essa razão. Fundos abutre são aqueles que compram a dívida de credores iniciais já depois de o país ter incumprido para com os primeiros. A designação abutre advém do facto de estes fundos se interessarem por algo que à partida morreu (incumpriu), da mesma forma que os abutres se alimentam dos restos que os outros deixam ou esperam que algum animal morra para o poder comer.

Tanto quanto sei esses fundos compram a dívida aos credores iniciais por uma bagatela e depois usam outros mecanismos (que não o mercado) para espremer e obrigar o emitente a pagar.

Essa lógica de que "querem receber o que emprestaram" não me parece correcta, visto que, na prática, não emprestaram nada a ninguém.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-16 10:38:17
Eles compram dívida aos compradores que se querem livrar da mesma e que não querem entrar em litígio.

No caso da Argentina, eles compraram dívida que se rege pela lei americana, aceite pelo estado argentino e por isso mesmo teve possibilidade de obter uma menor taxa e um maior n.º de compradores.

A lei americana não permite que dívida mais recente seja paga antes da dívida mais antiga seja liquidada. É só isso que aconteceu e simples de compreender.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-10-16 10:39:28
E, legitimamente, recusam um acordo de reestruturação, como aconteceu com outros credores.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 10:51:36
Eles compram dívida aos compradores que se querem livrar da mesma e que não querem entrar em litígio.

No caso da Argentina, eles compraram dívida que se rege pela lei americana, aceite pelo estado argentino e por isso mesmo teve possibilidade de obter uma menor taxa e um maior n.º de compradores.

A lei americana não permite que dívida mais recente seja paga antes da dívida mais antiga seja liquidada. É só isso que aconteceu e simples de compreender.

Por essa lógica, a dívida nunca teria risco, já que mesmo incumprindo nela, seria preciso pagá-la. Não faz muito sentido.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-16 10:55:34
Pagas a totalidade a quem não chegou a acordo de corte, paga-se a parte da dívida a quem chegou a acordo.
Não se pode pagar dívida posterior sem que seja paga a dívida mais antiga.

Como é que não faz sentido? Essa também é a regra dos pagamentos em Portugal, pagar primeiro sempre as dívidas mais antigas.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 11:04:35
Pagas a totalidade a quem não chegou a acordo de corte

Ou seja, para esses a dívida não tem risco. Se o emitente cumprir, o credor recebe por inteiro. Se o emitente incumprir, o credor recebe por inteiro na mesma. Qual é a lógica disto?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-10-16 11:05:45
Claro que tem risco mas o que gerou a confusão é chamarem fundos abutres. Desde quando é que um credor querer receber o dinheiro o torna um abutre ?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-16 11:10:15
Se não chegar a acordo terá que receber por inteiro. Mas engraçado é que foi o governo argentino que não quis encontrar-se com esses fundos.

E para comprovar o que digo:

Art.º 67.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro
Citar
4 — Na realização dos pagamentos aos fornecedores deve ser respeitada a ordem cronológica das dívidas.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 11:10:43
Claro que tem risco mas o que gerou a confusão é chamarem fundos abutres. Desde quando é que um credor querer receber o dinheiro o torna um abutre ?

Mek acho que estás a olhar para o nome "abutre" e a atribuir-lhe algum sentido pejorativo. Sinceramente, acho que "abutre" aqui não tem nenhuma conotação má. Julgo que seja só uma analogia com o animal que se alimenta de carne putrefacta, que já mais nenhum outro animal quer. Estes fundos "abutre" compram especificamente o que já ninguém mais quer deter. Penso que é apenas e só isso.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 11:16:54
Se não chegar a acordo terá que receber por inteiro. Mas engraçado é que foi o governo argentino que não quis encontrar-se com esses fundos.

E para comprovar o que digo:

Art.º 67.º da Lei n.º 73/2013 de 3 de setembro
Citar
4 — Na realização dos pagamentos aos fornecedores deve ser respeitada a ordem cronológica das dívidas.

Local acredito que tenhas razão; eu não percebo nada de leis (nem das nossas nem das dos outros). Só acho é que, se incumpriu numa dívida, significa que não vai honrar os compromissos com os detentores DESSA dívida. Porque se fosse assim como tu dizes (e se calhar até é) então nunca havia defaults. Bastava tão somente os credores dizerem "Não aceitamos qualquer tipo de haircut ou restruturação. Queremos receber por inteiro". Ou seja, os credores que aceitaram as novas condições da Argentina são totós! Bastava terem dito que não aceitavam, e teriam recebido o empréstimo por inteiro.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-16 11:23:13
Pela lei europeia, se existir uma maioria que aceita o default, é aplicado à totalidade da dívida. Nos EUA não é assim. E como a Argentina já não conseguia endividar-se pelas suas regras, teve que ir aos EUA e endividar-se pelas regras deles.

Não quer dizer que a Argentina vá pagar a totalidade da dívida, tem é que chegar a acordo com os detentores de dívida mais antiga.

Provavelmente os totós são quem aceitou emprestar dinheiro à Argentina sem que o processo de default anterior tenha terminado.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-10-16 11:23:56
É engraçado alguém ser apelidado de abutre por querer receber o que emprestou.  :D

Creio que esses fundos não se chamam abutre por essa razão. Fundos abutre são aqueles que compram a dívida de credores iniciais já depois de o país ter incumprido para com os primeiros. A designação abutre advém do facto de estes fundos se interessarem por algo que à partida morreu (incumpriu), da mesma forma que os abutres se alimentam dos restos que os outros deixam ou esperam que algum animal morra para o poder comer.

Tanto quanto sei esses fundos compram a dívida aos credores iniciais por uma bagatela e depois usam outros mecanismos (que não o mercado) para espremer e obrigar o emitente a pagar.

Essa lógica de que "querem receber o que emprestaram" não me parece correcta, visto que, na prática, não emprestaram nada a ninguém.

Compram a posição de outros credores por uma bagatela, porque os outros não estão dispostos a usar todos os mecanismos legais existentes. A dívida continuar a ser a mesma.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-10-16 11:25:30
Claro que tem risco mas o que gerou a confusão é chamarem fundos abutres. Desde quando é que um credor querer receber o dinheiro o torna um abutre ?

Mek acho que estás a olhar para o nome "abutre" e a atribuir-lhe algum sentido pejorativo. Sinceramente, acho que "abutre" aqui não tem nenhuma conotação má. Julgo que seja só uma analogia com o animal que se alimenta de carne putrefacta, que já mais nenhum outro animal quer. Estes fundos "abutre" compram especificamente o que já ninguém mais quer deter. Penso que é apenas e só isso.

Não tenhas dúvida que quem usa esse termo o quer aplicar de forma pejorativa.

Os credores são uma coisa má, e aqueles que não aceitam comer as perdas são ainda piores que os maus.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 11:33:25
Provavelmente os totós são quem aceitou emprestar dinheiro à Argentina sem que o processo de default anterior tenha terminado.

Parece-me que esta frase resume bastante bem a conclusão a que acabei de chegar. Obrigado pela explicação, Local.   :)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: DLCM em 2014-10-16 11:45:39
 Os credores são uma coisa má, e aqueles que não aceitam comer as perdas são ainda piores que os maus.
[/quote]

LOL Ri-me muito agora.
Não acho que seja saudável demonizar os credores (como muita gente faz) mas também é preciso dizer que eles sabem de antemão que há risco de incumprimento do emitente. Como é que isto se desenvolve e se enquadra na legislação de cada país, já é algo que a mim me ultrapassa.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-10-16 11:47:47
Citar
Os credores são uma coisa má, e aqueles que não aceitam comer as perdas são ainda piores que os maus.

LOL Ri-me muito agora.
Não acho que seja saudável demonizar os credores (como muita gente faz) mas também é preciso dizer que eles sabem de antemão que há risco de incumprimento do emitente. Como é que isto se desenvolve e se enquadra na legislação de cada país, já é algo que a mim me ultrapassa.

Sim, sabem. E aqueles que compram a dívida DEPOIS do incumprimento, também sabem...

Toda a gente sabe e joga segundo as regras estabelecidas, incluindo os credores.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: vbm em 2014-10-16 15:19:34
É evidente. E é sempre possível transaccionar barato.
Sempre ouvi dizer que as casas em Bagdad
estão uma pechincha!
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Kin2010 em 2014-10-16 21:37:39
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?

Fundos normais são aqueles que se estão a borrifar se o credor paga ou não. Não paga, paciência, registam a perda e livram-se dos titulos.
 
Fundos abutres são os que insistem em que lhes paguem por todos os meios legais possíveis.

No entanto, esta situação é quase única. A regra durante décadas de incumprimentos de países do 3º mundo é que os credores aceitavam as perdas e partia-se para outra. Novos credores poderiam aparecer e emprestar de novo ao país após este ter incumprido, e esses novos credores tinham a segurança de estar a emprestar a um país pouco endividado (por ter incumprido).

Esta decisão judicial é uma novidade muito preocupante, pois vai tornar todo esse ciclo de incumprimento / reestruturação dos países fracos muito mais difícil. Quais são os novos credores que vão querer emprestar após um incumprimento? Os países arriscam-se assim a ficar de vez de fora do financiamento internacional. Isto tem implicações gravíssimas.

O que eu estou a dizer acima foi expressamente dito por Joseph Stiglitz, prémio Nobel, que considerou este novo desenvolvimento alarmante, e também utilizou a expressão fundos abutres.

Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: vbm em 2014-10-16 21:49:04
"Fundos abutres" é uma exacta expressão da ideia.

Podem combater-se por "drones", i.e.,
robots de recompra de títulos,
posteriormente divididos
em 'banco bom' e
'banco mau',
 
a gerir por um <fundo de resolução>
e de um banco central europeu
dalgum país em estado de
assistência financeira.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2014-10-17 00:37:12
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?

Fundos normais são aqueles que se estão a borrifar se o credor paga ou não. Não paga, paciência, registam a perda e livram-se dos titulos.
 
Fundos abutres são os que insistem em que lhes paguem por todos os meios legais possíveis.

No entanto, esta situação é quase única. A regra durante décadas de incumprimentos de países do 3º mundo é que os credores aceitavam as perdas e partia-se para outra. Novos credores poderiam aparecer e emprestar de novo ao país após este ter incumprido, e esses novos credores tinham a segurança de estar a emprestar a um país pouco endividado (por ter incumprido).

Esta decisão judicial é uma novidade muito preocupante, pois vai tornar todo esse ciclo de incumprimento / reestruturação dos países fracos muito mais difícil. Quais são os novos credores que vão querer emprestar após um incumprimento? Os países arriscam-se assim a ficar de vez de fora do financiamento internacional. Isto tem implicações gravíssimas.

O que eu estou a dizer acima foi expressamente dito por Joseph Stiglitz, prémio Nobel, que considerou este novo desenvolvimento alarmante, e também utilizou a expressão fundos abutres.

Se isto acontece é porque as regras que se aplicam àquela dívida o permitem ... depende sempre da lei que se aplica, jurisdição, etc.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Kin2010 em 2014-10-17 00:59:36
Por isso é que a Argentina está a apelar para a ONU e até creio que o Tribunal de Haia.

Acho que esta é mais uma situação em que o poder dos juízes é excessivo. Está a haver uma corrida às decisões judiciais para coisas de enorme importância, que decidem da situação de um povo inteiro.

Sim, isto está previsto na lei, mas a lei não devia permitir um poder assim tão grande. É mais ou menos como as coisas que o TC tem feito cá, às tantas são eles a governar o país.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: SrSniper em 2014-10-17 01:13:10
Mas em principio, as obrigações novas, que não têm este problema de uma antiga reestruturação vão ser pagas calmamente..ou não?
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: purehawk em 2014-10-17 01:15:22
O séc XXI vai ser o século dos Juízes (alguns já o assumiram) - primado do Direito sobre a Anarquia - e a História está apenas no início.

     :P
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Kin2010 em 2014-10-17 01:17:06
Mas em principio, as obrigações novas, que não têm este problema de uma antiga reestruturação vão ser pagas calmamente..ou não?

Ficou pouco claro. Se o pagamento dever ser efectuado em território americano, creio que o mesmo juiz impedirá de novo esse pagamento, alegando que deve o $$ ir para pagar os credores de dívida antiga que ganharam o litígio.

Só se a Argentina pagar através de outro país e disser adeus aos EUA.

Seria interessante ver como se comportaram as yields argentinas de dívida nova, desde essa decisão judicial.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2014-10-17 09:41:54
Quais são os novos credores que vão querer emprestar após um incumprimento? Os países arriscam-se assim a ficar de vez de fora do financiamento internacional. Isto tem implicações gravíssimas.
Podemos ver pelo outro prisma que é os países terem, finalmente, de viver em função do que produzem, o que não parece um mau princípio em vez do ciclo habitual de divida - calote - nova divida - novo calote.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Local em 2014-10-17 09:43:50
Na Europa as regras são diferentes, se querem essas regras ou vão pedir na Europa ou pedem na terra deles (duvido é que alguém lá vá emprestar alguma coisa).
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2015-02-03 19:50:31
O procurador que foi morto na Argentina aparentemente tinha no seu escritório um pedido de captura (ou lá como se chama em Português "arrest warrant") para o Presidente Argentino.

Aos colectivistas a violência geralmente parece-lhes bem quando podem ser afectados pela justiça (ou por outra coisa qualquer).

http://www.nytimes.com/2015/02/04/world/americas/argentina-prosecutor-alberto-nisman-arrest-warrant-cristina-de-kirchner.html?smid=tw-bna&_r=0 (http://www.nytimes.com/2015/02/04/world/americas/argentina-prosecutor-alberto-nisman-arrest-warrant-cristina-de-kirchner.html?smid=tw-bna&_r=0)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Incognitus em 2015-02-04 15:29:48
E na Argentina a retardada da Presidente meteu-se a gozar com a pronúncia dos Chineses num tweet ao receber o presidente Chinês.

Dá a ideia que o colectivismo produz líder pouco razoável atrás de líder pouco razoável. Da Coreia do Norte vêm notícias de que o líder matou um general por uma diferença de opinião ...
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: Zel em 2015-02-04 16:00:59
me gusta mucho alozito chau chau, nham nham

Título: Re: Don't cry for me Argentina
Enviado por: Automek em 2015-06-07 01:27:39
Juiz dos EUA condena Argentina a pagar 4.700 milhões de euros a credores (http://observador.pt/2015/06/06/juiz-dos-eua-condena-argentina-a-pagar-4-700-milhoes-de-euros-a-credores/)
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: D. Antunes em 2015-06-07 18:09:24
Claro que tem risco mas o que gerou a confusão é chamarem fundos abutres. Desde quando é que um credor querer receber o dinheiro o torna um abutre ?

Mek acho que estás a olhar para o nome "abutre" e a atribuir-lhe algum sentido pejorativo. Sinceramente, acho que "abutre" aqui não tem nenhuma conotação má. Julgo que seja só uma analogia com o animal que se alimenta de carne putrefacta, que já mais nenhum outro animal quer. Estes fundos "abutre" compram especificamente o que já ninguém mais quer deter. Penso que é apenas e só isso.

Não tenhas dúvida que quem usa esse termo o quer aplicar de forma pejorativa.

Os credores são uma coisa má, e aqueles que não aceitam comer as perdas são ainda piores que os maus.

É obviamente um expressão pejorativa. Tem a ver com o facto de os abutres pairarem sobre animais fragilizados (doentes, feridos ou a morrer de fome/sede) à espera de poderem intervir.
Título: Re:Don't cry for me Argentina
Enviado por: D. Antunes em 2015-06-07 18:13:34
nao entendo o conceito de fundos abutres, qual eh a diferenca para fundos normais ?

Fundos normais são aqueles que se estão a borrifar se o credor paga ou não. Não paga, paciência, registam a perda e livram-se dos titulos.
 
Fundos abutres são os que insistem em que lhes paguem por todos os meios legais possíveis.

Acrescentaria que fundos abutres são aqueles que, além de insistirem para serem pagos, só entram em cena próximo (antes ou depois) do default, comprando a dívida barato (e tal como os abutres, tentando beneficiar do mal alheio).
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-11-23 09:11:07
....o inicio, da volta da direita ao poder, na América Latina ?.....eh.eh.....

Citar
Eleição de Mauricio Macri põe fim ao kirchnerismo na Argentina

Publico.pt

Mauricio Macri, 56 anos, um candidato da oposição de centro-direita que provém de uma das famílias mais ricas da Argentina, será o próximo Presidente do país. O seu adversário na segunda volta das eleições, Daniel Scioli, já reconheceu a derrota.

"O povo argentino elegeu um novo Presidente, Mauricio Macri, a quem acabei de dar os parabéns", disse Scioli, por volta das 21h30 de domingo (0h30 desta segunda-feira em Portugal continental). Com os votos quase todos contados, Macri vence com 51,5%, contra os 48,5% de Daniel Scioli.

Este resultado marca o fim de um período de 12 anos que ficou conhecido como kirchnerismo, numa viragem à direita da terceira economia da América Latina.....

....À frente da Argentina desde 2007, depois de ter sucedido ao seu marido, a Presidente de esquerda Cristina Kirchner não podia candidatar-se a um terceiro mandato. Acaba por ser a herança do kirchnerismo a ser posta em causa nestas eleições.

Nestor e Cristina Kirsnher, políticos peronistas, construíram um sistema baseado em programas de subsídios para os mais pobres, de aumento das tarifas sobre as importações e apostaram na nacionalização da petrolífera YPF.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: pedferre em 2015-11-23 10:38:36
Na Argentina o povo finalmente abriu os olhos e não se deixaram todos comprar pela bolsa familia.
A única diferença entre a Argentina e o Brasil é que na Argentina as máquinas de voto eletrónicas são de 3ª geração, e os votos são todos contados sem fraude (e mesmo assim a vitória da direita foi apertada 51,5%). Se houvesse estas máquinas no Brasil e os votos todos contados sem fraude a Dilma também tinha perdido.
Mas pelo menos a Argentina conseguiu livrar-se da esquerdalha, a Cristina ainda tentou mudar a constituição para tentar um terceiro mandado mas como não teve apoio não conseguiu o golpe. :)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2015-12-09 14:24:03
Citar
Cristina Kirchner não vai dar posse ao novo presidente da Argentina

Ao fim de quatro dias de disputa pública sobre onde seria realizada a posse de Maurício Macri, eleito nas últimas presidenciais na Argentina, a atual presidente Cristina Kirchner desistiu de comparecer à cerimónia, prevista para esta quinta-feira, que marca o fim de 12 anos de governos Kirchneristas.

“Não existem condições para que a presidente compareça ao Congresso Nacional”, afirmou o seu assessor Oscar Parrili, esta terça-feira à noite.

A decisão ocorreu após um dia tenso que marcou o acirramento da disputa entre Kirchner e o futuro presidente da Argentina, opositor de Cristina. Para seguir uma tradição criada pelo falecido marido, Cristina Kirchner defende que a transmissão do cargo seja realizada no Congresso Nacional e não na Casa Rosada, sede da Presidência, como defende Macri - e determina a Constituição.

Macri entrou esta terça-feira com uma ação na Justiça, pedindo à ainda presidente que “se abstenha de continuar a cumprir as suas funções” a partir de meia-noite desta quinta-feira, o dia da posse. Assim, seria Macri, e não Kirchner, quem teria a palavra final sobre o local da realização da transmissão de cargo, ou seja, a entrega da faixa e do bastão presidencial.

Segundo Parrilli, a acontecer o que o novo presidente defende, a Argentina ficará sem presidente durante 12 horas: “Entre isso e um golpe de Estado não há muita diferença”, afirmou.

“Mais perto dos representantes do povo”

Oficialmente, quase todos os ex-presidentes do período democrático, iniciado em 1983, receberam a faixa presidencial na Casa Rosada. Isto só mudou quando, em 2003, o bastão e a faixa presidenciais foram passados por Eduardo Duhalde a Nestor Kirchner no Congresso.

Nestor Kirchner teve apenas 22% dos votos na primeira volta, mas foi declarado presidente após a desistência do seu oponente na segunda volta, o ex-presidente Carlos Menem. Kirchner preferiu receber a faixa presidencial no Congresso, para “estar mais perto dos representantes do povo”.

Cristina resolveu manter a tradição. Quando já era viúva de Nestor, que morreu em 2010, a presidente recebeu os símbolos presidenciais da filha, Florencia, no Congresso, quando foi reeleita em 2011.

A disputa veio à tona quando Cristina e Macri começaram a expor publicamente as suas diferenças sobre o local onde o presidente eleito receberá a faixa e o bastão presidenciais.

Num programa de televisão no sábado, Macri contou que tinha telefonado à presidente para falar sobre a cerimónia de tomada posse, dizendo que optava pela Casa Rosada porque é o que determina o Cerimonial da Presidência.

“Foi assim com outros presidentes”, afirma Macri, que afirmou no programa de TV que, caso Cristina não comparecesse, ele receberia a faixa presidencial do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, na Casa Rosada.

BBC
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: pedferre em 2015-12-09 15:39:15
A esquerdalha na América Latina (mercosul) está a ir para o brejo, o Maduro também não se aguenta muito mais tempo no poleiro com a oposição com mais de 2/3 do congresso. :)
E a Dilma está quase a ir com o impeachment... só fica o Evo Morales da Bolivia.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Visitante em 2016-04-23 14:08:05
Argentina salda dívida com "fundos abutres"

http://economico.sapo.pt/noticias/argentina-salda-divida-com-fundos-abutres_247894.html (http://economico.sapo.pt/noticias/argentina-salda-divida-com-fundos-abutres_247894.html)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Vanilla-Swap em 2017-05-11 15:22:31
O que levam as dicas dos nossos credores

IMF Projects Less Economic Growth And Higher Inflation Than What The Macri Administration Expects For 2017

http://www.thebubble.com/imf-projects-less-economic-growth-and-higher-inflation-than-what-the-macri-administration-expects-for-2017/ (http://www.thebubble.com/imf-projects-less-economic-growth-and-higher-inflation-than-what-the-macri-administration-expects-for-2017/)

qu Portugal reembolse o fmi antes que as suas forças de bloqueio nos levem para pior.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Counter Retail Trader em 2018-08-25 11:29:43
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2018/08/23/cadernos-das-propinas-entenda-o-escandalo-pelo-qual-cristina-kirchner-e-investigada-na-argentina.ghtml

ha uns anos escrevi sobre a Argentina , o que ajudou a afunda la e muito foi o gasto exarcebado , principalmente em obras...
Viva o socialismo
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2018-08-25 11:35:27
isso e porque estado social e pago  em moeda da treta com grande inflação

Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: pedferre em 2018-08-30 17:06:29
Bem estão à espera do dinheiro do resgate do FMI e entretanto subiram a taxa de juro para 60%, e a moeda derrete todos os dias.
A Venezuela é um buraco negro, a Argentina está de rastos, vamos a ver se o Brasil sobrevive.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Counter Retail Trader em 2018-08-30 17:21:59
Bem estão à espera do dinheiro do resgate do FMI e entretanto subiram a taxa de juro para 60%, e a moeda derrete todos os dias.
A Venezuela é um buraco negro, a Argentina está de rastos, vamos a ver se o Brasil sobrevive.

Parece que o Lula tem 39% de intenção de voto...outros dao 42%...
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Odontobovespa em 2019-10-16 04:12:30
https://www.youtube.com/watch?v=ATubalmKLLY (https://www.youtube.com/watch?v=ATubalmKLLY)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: D. Antunes em 2019-10-16 19:00:42
É deixar cair mais um bocadão e depois comprar?
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: deMelo em 2019-10-16 19:14:55
É tirar uma semana e ir para Mar del Plata...

 8)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Odontobovespa em 2019-10-16 23:34:20
Acho que esse país já era

Dois terços da dívida total é externa,e portanto em dólares

Reservas externas minguaram

Deficit público explosivo e a sociedade não quer mais ajuste fiscal,conforme as eleições vão mostrar

Inflação descontrolada,juros de 40%
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: pedferre em 2019-10-17 10:24:28
É tirar uma semana e ir para Mar del Plata...

 8)
Eu ir à América Latina nem que me pagassem, tenho mulher Brasileira mas desde 2013 (quando fui conhecer os meus sogros) que vou conseguindo arranjar desculpas para não meter lá os pés. :)

P.S: Quanto à Argentina é um país esquerdista peronista perdido e sem futuro (se fosse ao FMI nem lhes emprestava dinheiro porque é um buraco sem fundo), pelo menos o Brasil sendo um país corrupto (como os restantes) ainda é de centro embora tenha a mentalidade estadista também.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Elder em 2019-10-17 10:40:00
Este país está "quêbrado", como dizem os brasileiros.

De 5 em 5 anos andam a pedir haircuts unilaterais aos credores, sem direito a negociação.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Reg em 2019-10-17 11:38:25
ha 70 anos eram   dos paises  mais ricos mundo
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kin2010 em 2019-10-19 05:23:19
É tirar uma semana e ir para Mar del Plata...

 8)
Eu ir à América Latina nem que me pagassem, tenho mulher Brasileira mas desde 2013 (quando fui conhecer os meus sogros) que vou conseguindo arranjar desculpas para não meter lá os pés. :)

P.S: Quanto à Argentina é um país esquerdista peronista perdido e sem futuro (se fosse ao FMI nem lhes emprestava dinheiro porque é um buraco sem fundo), pelo menos o Brasil sendo um país corrupto (como os restantes) ainda é de centro embora tenha a mentalidade estadista também.

Olha que Portugal deveria estar semelhante se não estivesse sob a tutela da UE / Troika.

Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: 5555 em 2019-10-28 10:46:03
https://oglobo.globo.com/mundo/alberto-fernandez-derrota-macri-vence-em-primeiro-turno-na-argentina-2-24045697

.... Eis que a "peronita",..... que adora o luxo e a riqueza, está de volta ao poder, como vice do seu ex-chefe de gabinete... Eh,.. Eh....  8)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Odontobovespa em 2019-10-28 22:39:45
http://acertarnamosca.blogspot.com/2019/10/o-penultimo-tango-em-buenos-aires.html (http://acertarnamosca.blogspot.com/2019/10/o-penultimo-tango-em-buenos-aires.html)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Odontobovespa em 2019-10-29 19:23:07
https://financasinteligentes.com/2019/10/os-peronistas-estao-de-volta.html
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Odontobovespa em 2019-12-12 11:22:13
https://financasinteligentes.com/2019/12/economia-argentina-com-perspectivas-de-default.html
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Automek em 2019-12-12 12:41:41
Citar
O novo presidente do Banco Central da Argentina já adiantou que a abordagem atual ortodoxa de combate à inflação está errada. Pesce quer uma redução significativa das taxas de juros e, para reduzir os preços em alta, vai propor um pacto social.

Será mais uma tentativa frustrada?
Na linguagem dos argentinos, pacto social para combater a inflação significa descer os juros na marra, proporcionar aumento de renda/salário e fazer um acordo para que os agentes não subam seus preços.

É o habitual ciclo vicioso. Os agentes não sobem o preço e deixam de produzir, os preços do que ainda existe sobe no mercado negro, novo controle de preços, menos produção novamente, mais controle de preços, menos produção e assim sucessivamente.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Elder em 2019-12-12 16:13:24
Vão "propor" aos credores trocarem a dívida por um warrant indexando ao PIB que só fica in the money se atingir um crescimento do PIB de x%. E os credores irão comprar essa "ilusão" e irão aceitar. Como nunca irão atingir esse crescimento do PIB, o warrant nunca valerá nada e a dívida desapareceu.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Automek em 2019-12-17 10:07:36
Temos um génio da economia na Argentina
Fernández aumenta impostos sobre exportações agrícolas da Argentina (https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2019/12/14/fernandez-aumenta-impostos-sobre-exportacoes-agricolas-da-argentina.ghtml)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Automek em 2020-04-06 15:23:29
O 9º default da história. Já nem chega a ser notícia.

Argentina declara default técnico da dívida com credores locais (https://www.rtp.pt/noticias/covid-19/argentina-declara-default-tecnico-da-divida-com-credores-locais_n1218600)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Thunder em 2020-04-27 11:04:36
"O Governo argentino adiou para 2021 o pagamento da dívida em dólares emitida sob legislação nacional, entrando em `default` seletivo com os credores locais numa estratégia para conter as reservas internacionais do país durante o combate à pandemia."

....

"Com esta medida, o Governo argentino decide adiar de forma unilateral cerca de 3,3 mil milhões de dólares (3 mil milhões de euros) dos 8,4 mil milhões de dólares (7,7 mil milhões de euros) emitidos sob as leis argentinas que vencem neste ano."

...

"Ficam excluídos também os credores privados sob legislação estrangeira com os quais o Governo pretende iniciar uma negociação da dívida para uma reestruturação de 68.842 milhões de dólares (63.672 milhões de euros) da dívida total de 323.177 (milhões de dólares 298.910 milhões de euros).

Além dos credores privados, a Argentina também tem de reestruturar 44.000 milhões de dólares com o Fundo Monetário Internacional.

Com a medida, o Governo prioriza as negociações externas, mas contradiz as próprias afirmações do ministro da Economia, Martín Guzmán, que na semana passada disse que "os títulos públicos sob legislação argentina teriam o mesmo tratamento do que aqueles sob legislação estrangeira"."

 ----- ///// -----

Como em tudo na vida, todas as soluções tem vantagens e desvantagens. É um bom exemplo para demonstrar que a dívida estar na posse de "nacionais" não é um bala mágica e que também pode ser problemática.
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2024-01-30 20:16:30
Ponte de Comando - Como a (1.ª) potência do mundo passou para o 140° lugar 🤦🏻‍♂️ -  CdK

https://www.youtube.com/watch?v=00cKcF0f5LU (https://www.youtube.com/watch?v=00cKcF0f5LU)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2024-02-05 00:56:56
As coisas parecem esta a avançar bem, no bom sentido:   :D


«Internacional

Milei. A liberdade e o capitalismo em estado puro

Em pouco mais de um mês, o Presidente argentino confessa estar ‘surpreendido’ com os resultados das suas reformas. E conquista a atenção dos fora internacionais

Gonçalo Nabeiro
4 de Fevereiro 2024

às
14:27

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Milei. A liberdade e o capitalismo em estado puro

Presidente da República Argentina há pouco mais de um mês, Javier Milei tem trabalhado para implementar as reformas prometidas e, na verdade, ainda que no curto espaço de um mês e meio, alguns resultados já começam a ser visíveis. A profundidade do buraco económico argentino deixado pelas administrações peronistas anteriores – à exceção do Governo de Macri – torna a sua resolução, a curto prazo, numa utopia. Milei nunca o escondeu do povo argentino, alertando para o choque, mas os decretos e os discursos – principalmente o mais recente no Fórum de Davos – já contribuíram para o movimento da economia, tanto interna quanto internacional.

A ‘Lei Ómnibus’

Apenas dezassete dias após a tomada de posse, a administração Milei enviou para o Congresso argentino um extenso projeto de reformas denominado Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, conhecido também como ‘Lei Ómnibus’ ou ‘Bases’.

O conjunto de propostas assenta em doze pilares fundamentais, característicos de um liberal-libertário ou até de um anarcocapitalista, como o próprio Milei se autointitulou. Numa primeira instância, o documento pretende declarar Estado de Emergência Pública, que abrange praticamente todos os setores, até ao fim de 2025. A medida daria capacidade legislativa ao Governo em matérias como a Economia, as Finanças, a Segurança, a Defesa, a Saúde e a Administração. Capacidade esta que será capital para que Milei consiga levar a cabo as reformas de fundo no prazo – como previsto pelo próprio – de dois anos, de modo a encurtar o período do anunciado choque fiscal. A privatização de empresas públicas surge talvez como a menos surpreendente, sendo uma forma prática de reduzir a despesa pública, permitindo a eficiência e oferecendo, num estágio final, o melhor rácio preço/qualidade aos consumidores. Também a desburocratização era uma das bandeiras da campanha eleitoral do La Libertad Avanza, almejando a promoção de «transparência» e um “alívio de custos administrativos para conseguir regulações eficientes para a competitividade dos mercados”.

O documento propõe ainda alterações na função pública, na organização económica, na bioeconomia, na segurança e defesa, nos sistemas judicial e eleitoral e na educação. Como esperado, houve reação por parte da oposição, principalmente dos sindicatos, que culminou na greve geral do passado dia 24, convocada pela Confederação Geral do Trabalho. As discussões em torno do projeto continuam acesas e enfrentará maior oposição que o DNU, o Decreto de Necessidade e Urgência, que foi apresentado antes.

O farol de Davos

De todos os líderes e políticos ilustres que subiram ao púlpito no Fórum Económico Mundial, em Davos, Javier Milei foi o que mais se destacou. Num discurso marcado pelo inconformismo face ao status quo económico, social e político das potências ocidentais, o Presidente argentino disse que “o Ocidente está em perigo” e caminha para o “socialismo” e, consequentemente, para a “pobreza”.

Numa ode à liberdade, guiada pela Escola Austríaca do pensamento económico, Milei conduziu os seus cerca de 25 minutos de discurso como se de uma aula de economia se tratasse. Enalteceu a economia de mercado e o capitalismo, reforçando que foram os responsáveis por retirar da pobreza extrema cerca de 95% da população, e acusou os socialistas de utilizarem a intervenção estatal de forma coerciva, ao mesmo tempo que aclamam uma ideologia – dita progressista – que foi responsável por milhões de mortos. “O capitalismo de livre mercado e o comércio são a única forma de acabar com a fome e com a pobreza no planeta, a evidência empírica é inquestionável. (…) o socialismo é sempre, e em todo o lado, um fenómeno empobrecedor que falhou em todos os países nos quais se tentou”, atirou o Presidente argentino.

O discurso foi uma espécie de “resumo panorâmico” de uma disciplina de Teoria Económica, como disse o professor Jesús Huerta de Soto aos seus alunos da Universidade Rey Juan Carlos. Foi quase como uma carta de amor aos empresários, que Milei considera como “heróis” e “benfeitores sociais”.

A repercussão foi imediata, sendo o discurso da cimeira a atingir mais visualizações na web, merecendo ainda a partilha – por duas vezes – de um dos maiores empresários do mundo, Elon Musk. A difusão do pensamento austríaco deverá ser proporcional ao sucesso da Argentina de Milei, que deixou mais claro que nunca, que se distancia de líderes aos quais o têm comparado, como Bolsonaro, Trump ou até Órban.

Realidades e perspetivas

Dado o curto espaço temporal de governação e a não imposição total das reformas pretendidas, o exercício de análise ao modelo de Milei é ainda difícil. A única análise possível, de momento, é a da economia e das suas movimentações desde que o Presidente libertário assumiu o poder.

Com o DNU em vigor, a lei dos alugueres caiu e o mercado imobiliário reagiu. O preço da habitação sobe quando existe um desequilíbrio na oferta e na procura, onde a primeira é muito inferior à segunda. Com a revogação da lei dos arrendamentos, a oferta já duplicou na província de Buenos Aires, segundo dados da Câmara Imobiliária Argentina (CIA), o que, consequentemente, levou à queda dos preços na ordem dos 20%, como reportou o jornal argentino Cronista.

Em 2023, a oferta de apartamentos para arrendamento estava nos 400. “Depois do anúncio de Milei, o número chegou a duplicar. Hoje temos um stock de mais de 800 apartamentos e cresce todos os dias”, declarou o diretor de Relações Institucionais da CIA, Alejandro Bennazar. Também o investimento estrangeiro, um indicador da saúde de qualquer economia, promete aumentar com o crescimento da atratividade empresarial da Argentina, propulsionado pelo discurso do Presidente em Davos.

Mas a inflação galopante continua a ser a maior dor de cabeça dos argentinos, e a estabilização não está prevista para breve. Ainda assim, tem-se vindo a verificar uma ligeira queda nos alimentos e nas bebidas na ordem dos 1,2% semanais, segundo dados da Econométrica S.A.  Já a taxa de inflação total, que estava nos 121,7% no final de 2023, está projetada para 93,7% no final deste ano e, segundo previsões da Statista, estará nos 32,5% em 2028.

‘Não há plano B’

Em entrevista ao Wall Street Journal, Javier Milei garantiu que “não há plano B” e que a população “entende que este percurso pode durar dois anos. (…) mas a realidade é que, quando começamos a ver a forma em que correm os dados e como a inflação se está a mover, nós próprios estamos surpreendidos com a velocidade à qual estamos a alcançar resultados”. Já o Financial Times publicou um artigo intitulado ‘A elite empresarial mundial está apaixonada por Javier Milei’.

O tempo, os mercados e principalmente os indivíduos ditarão o sucesso – total ou parcial – ou o fracasso das políticas do novo Presidente argentino. Um eventual sucesso poderá reestruturar a forma como as nações encaram a economia e a sociedade, causando uma mudança de paradigma no quadro político e económico da América Latina.»


https://sol.sapo.pt/2024/02/04/milei-a-liberdade-e-o-capitalismo-em-estado-puro/
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2024-02-25 19:18:42
Javier Milei: The maverick who saved Argentina:  «No hay plata»

Sky News Australia

3,92 M de subscritores

165 490 visualizações  23/02/2024  Sky News All Stars


«Javier Millei is Argentina’s hero. The new President is single handedly turning around the fortunes and future of the once struggling country.
 
From delivering Argentina’s first surplus to slamming woke culture on the world stage, Javier Millei is the definition of a strong and competent leader the West is lacking.
 
Sky News All Stars James Macpherson, Liz Storer and Rita Panahi take a look at the leader who has taken the world by storm.»


https://www.youtube.com/watch?v=Ck4n0OtkWII (https://www.youtube.com/watch?v=Ck4n0OtkWII)
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2024-03-02 20:09:06
Cá tb seria necessário...   ::)


«Internacional
Argentina. Presidente anuncia leis que eliminam privilégios políticos

Outra modificação será uma drástica redução na quantidade de assessores que deputados e senadores podem contratar
Redação
2 de Março 2024

às
10:33

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Argentina. Presidente anuncia leis que eliminam privilégios políticos

O presidente da Argentina anunciou esta sexta-feira o envio ao parlamento de um pacote de leis para eliminar privilégios da classe política. A prevê também diminuir o poder de sindicalistas e impedir que condenados por corrupção sejam candidatos.

“Para aprofundar a nossa missão de terminar com os privilégios da política, estamos a enviar ao Congresso um pacote de leis ‘anticasta’ com várias componentes”, anunciou Javier Milei.

Num discurso ao parlamento por ocasião da abertura das sessões legislativas de 2024, Milei avançou que o pacote inclui a eliminação de pensões de privilégio para presidentes e vice-presidentes, incluindo a futura reforma do próprio Milei quando terminar o mandato.

Outra modificação afeta os líderes sindicais argentinos, na maioria à frente dos sindicatos há mais de 30 anos em eleições sem o devido controlo do processo.

“Obrigaremos os sindicatos a elegerem as suas autoridades através de eleições periódicas, livres e supervisionadas pela justiça eleitoral, que limitará os mandatos dessas autoridades a quatro anos e estabelecerá um limite de uma única reeleição”, disse o presidente

O governo e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) estão em conflito aberto desde que Milei publicou um decreto com uma reforma laboral, atualmente suspensa por liminares da justiça. A 24 de janeiro, mês e meio após Milei tomar posse, a CGT realizou uma greve geral. No entanto, esta teve pouca adesão.

O pacote inclui ainda a adoção da chamada “ficha limpa”, um mecanismo aplicado originalmente no Brasil que impede pessoas condenadas por corrupção em segunda instância de serem candidatas em eleições.

Aqui, o governante acrescentou outra penalização: “Todos os ex-funcionários públicos condenados em segunda instância por corrupção perderão automaticamente qualquer benefício por terem sido funcionários”.

Outra modificação será uma drástica redução na quantidade de assessores que deputados e senadores podem contratar.»


https://sol.sapo.pt/2024/03/02/argentina-presidente-anuncia-leis-que-eliminam-privilegios-politicos/
Título: Re: Argentina - Tópico principal
Enviado por: Kaspov em 2024-03-03 18:41:09
«Milei anuncia “limpeza”: privilégios de políticos, poder dos sindicalistas e candidatos corruptos

ZAP

2 Março, 2024
2 Março, 2024
4

World Economic Forum / Flickr

O presidente da Argentina, Javier Milei

O Presidente da Argentina anunciou o envio ao Parlamento de um pacote de leis para eliminar privilégios da classe política, diminuir o poder de sindicalistas e impedir que condenados por corrupção sejam candidatos.

“Para aprofundar a nossa missão de terminar com os privilégios da política, estamos a enviar ao Congresso um pacote de leis ‘anticasta’ com várias componentes”, anunciou esta sexta-feira Javier Milei durante um discurso no Parlamento por ocasião da abertura das sessões legislativas de 2024.

Segundo avançou o dirigente, o pacote inclui a eliminação de pensões de privilégio para presidentes e vice-presidentes, incluindo a futura reforma do próprio Milei quando terminar o mandato.

Outra modificação afeta os líderes sindicais argentinos, na maioria à frente dos sindicatos há mais de 30 anos em eleições sem o devido controlo do processo.
Ler também:

    De louco para pragmático: a metamorfose de um presidente
    Os protestos começam cedo: panelas contra Milei

“Obrigaremos os sindicatos argentinos a elegerem as suas autoridades através de eleições periódicas, livres e supervisionadas pela justiça eleitoral, que limitará os mandatos dessas autoridades a quatro anos e estabelecerá um limite de uma única reeleição”, disse Milei.

O Governo e a Confederação Geral do Trabalho (CGT) estão em conflito aberto desde que Milei publicou um decreto com uma reforma laboral, atualmente suspensa na justiça. Em 24 de janeiro, quando Milei estava há apenas um mês e meio no cargo, a CGT realizou uma greve geral que, no entanto, teve baixa adesão.

O pacote inclui ainda a adoção da chamada “ficha limpa”, um mecanismo aplicado originalmente no Brasil que impede pessoas condenadas por corrupção em segunda instância de serem candidatas em eleições.

Porém, Milei acrescentou outra penalização: ex-funcionários públicos condenados em segunda instância por corrupção perdem automaticamente qualquer benefício por terem sido funcionários”.

Outra modificação será uma drástica redução na quantidade de assessores que deputados e senadores podem contratar.
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“Tem sido uma prática comum que representantes do povo abram verdadeiras empresas com 30 ou com 40 assessores cada um, delapidando os recursos dos argentinos”, criticou Milei.

Um funcionário do Estado que faltar ao trabalho para participar numa greve terá também dia descontado do salário.

“E também eliminaremos o financiamento público de partidos políticos. Cada partido terá de se financiar com contribuições voluntárias de doadores ou de afiliados próprios”, avisou.

Se o pacote for aprovado na íntegra, serão penalizados o presidente, o ministro da Economia, os funcionários do Banco Central ou os legisladores que aprovarem um orçamento que contemple financiar défice fiscal com emissão monetária sem respaldo.
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“Essa prática inflacionária é insustentável e moralmente criminosa. Proporemos que esse delito seja imprescritível para que, cedo ou tarde, paguem o custo dessa decisão”, advertiu Milei.

O Presidente também confirmou que vai fechar a Agência de Notícias Télam, a agência oficial do Estado argentino.

Num discurso no Parlamento durante a noite em Buenos Aires, já madrugada de hoje em Lisboa, o Presidente argentino convocou governadores e lideranças políticas para assinarem um novo contrato social com dez princípios de prosperidade para o país, mas condicionou o pacto à aprovação do pacote de leis rejeitado pelo Parlamento em janeiro.

“Quero convocar tanto os governadores quanto ex-presidentes e líderes dos principais partidos políticos para uma rendição dos nossos interesses pessoais e para que nos encontremos no próximo dia 25 de maio, na província de Córdoba, para assinarmos um novo contrato social chamado ‘Pacto de Maio’”, afirmou Milei.
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Este pacto é “um contrato social que estabeleça os dez princípios da nova ordem económica argentina”, detalhou Javier Milei. “Terá como finalidade estabelecer as dez políticas de Estado que o país precisa para abandonar a trilha do fracasso e começar a percorrer o caminho da prosperidade”.

O dia 25 de Maio de 1810 marcou o primeiro grito de liberdade que derivou na independência da Argentina seis anos depois. A data é considerada pelos argentinos ainda mais importante do que a própria independência e funciona como uma metáfora para os planos de liberdade do Presidente Milei.
Ler também:

    De louco para pragmático: a metamorfose de um presidente
    Os protestos começam cedo: panelas contra Milei

Desde que assumiu o cargo em 10 de dezembro, Milei descongelou preços e retirou subsídios, impondo uma forte perda do poder aquisitivo. Enquanto os salários ficaram estagnados, a inflação de dezembro fixou-se em 25,5%, a de janeiro em 20,6% e a de fevereiro deverá rondar os 18%.

“Aos argentinos, só lhes peço uma coisa: paciência e confiança. Falta um tempo para que possamos perceber o fruto do saneamento económico e das reformas que estamos a implementar. Estamos a atacar o problema na sua causa, o défice fiscal, e não nos seus sintomas”, disse Javier Milei a terminar o discurso.

“Por mais escura que seja a noite, o sol nasce sempre de manhã”, concluiu Milei.

ZAP // Lusa»


https://zap.aeiou.pt/milei-anuncia-limpeza-privilegios-de-politicos-poder-dos-sindicalistas-e-candidatos-corruptos-587254