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Mensagens - tiagopt

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A propósito da análise de quinta-feira ao crude, que estava prestes a activar um padrão de activação, várias pessoas me perguntaram depois disso quando deveríamos considerar que aquela zona de suporte já estava quebrada. Esta definição é fundamental tanto para o início de negócios como para a colocação de stops, pelo que importa explorá-la e aprofundá-la um pouco. Existem diversas formas de fazermos essa avaliação e de nos posicionarmos perante ela, sobretudo variando de acordo com o estilo de negociação, a negociação ou não em tempo real, e a agressividade negocial. Vou reunir aqui os conceitos gerais, indicar a minha preferência, mas deixar que sejam vocês a decidir qual delas se enquadra melhor no vosso estilo de negociação.

A quebra acontece 3% abaixo/acima da zona de suporte/resistência
Este é o método mais clássico, mas apesar de continuar ainda hoje a falar-se sobre ele está completamente desactualizado e deve na minha opinião ser abandonado. Foi "inventado" há muito tempo atrás, quando toda a gente negociava em position trading e quando os títulos tinham todos uma volatilidade semelhante. Hoje em dia, colocar stops ou ordens de entrada baseadas num valor padrão é suicídio de longo prazo. É fundamental adaptar a negociação à volatilidade intrínseca de cada um dos títulos que estamos a negociar, e de preferência ao timeframe também.

A quebra acontece imediatamente abaixo/acima do suporte/resistência
Apesar de também ser por vezes utilizado, este método é demasiado agressivo. Já comentei por diversas vezes que o mercado tem evoluído nos últimos anos de uma lógica de suportes/resistências para zonas de suporte/zonas de resistência, e há que adaptar a negociação a essa realidade. Há que deixar a cotação respirar, é hoje normal que um título seja pressionado para cima ou para baixo e que depois recupere o sentido prévio.

A quebra acontece se a vela, em fecho, ultrapassar o ponto-chave
Entramos já a entrar numa zona de maior consensualidade. Este é um método muito utilizado, mas com o qual pessoalmente ainda não concordo a 100%. Isto porque, uma vez mais, em determinados títulos existe (como disse acima) a tendência para movimentação em zonas. Verdade seja dita, contudo, que quando estamos a falar em verdadeiros pontos-chave geralmente a ameaça de quebra acaba mesmo por acontecer. A questão tem mesmo a ver com o "geralmente". Este método de negociação é mais agressivo, com as desvantagens e vantagens a isso associadas. Se por um lado podemos ter um ganho maior por em princípio apanharmos a oportunidade no seu início, temos também um maior número de pequenas perdas devido a falsos breakouts. Para colocação de stops, temos o cenário inverso. Se por um lado conseguimos cortar a posição logo no seu início, existe uma maior probabilidade de sermos desnecessariamente stopados. Há um problema adicional associado a esta técnica, relacionado com a extensão do movimento. Estamos dependentes da "boa vontade" da cotação, para que a vela se feche sem uma grande amplitude de movimento. Se (considerando como exemplo um target de 10%) por vezes o fecho da vela se dá 1% após o ponto-chave, quantas vezes nos movimentos mais agressivos são percorridos logo 5% antes do fecho? Se for o caso de uma entrada, lá se vai essa pretensão. Se for o caso de um stop, pior ainda.

A quebra acontece em caso de full breakout
Esta metodologia é a mais defensiva, o que automaticamente lhe confere também o título de mais lenta. O que significa, antes de mais, full breakout? Neste caso, o ponto-chave tem de ser totalmente ultrapassado pelo corpo de uma vela, não servindo apenas o fecho como referência. A grande vantagem é que se evita o posicionamento/fecho de posição em situações em que o preço fica a testar o suporte/resistência sem sucesso durante vários dias, mas que acaba depois por seguir a trajectória prévia. A maior desvantagem passa pela lentidão de reacção em novos posicionamentos, e pela ambiguidade na colocação de stops. Se eu me tento posicionar num breakout (seguindo o exemplo acima), e se a primeira vela após quebra já penetrou na zona de movimento 1%, a vela que faz o full breakout pode perfeitamente fechar 5% dentro da zona inviabilizando de vez a minha pretensão de entrada. Para a colocação de stops, a situação é ainda mais grave. O facto de não conseguir prever a movimentação prévia e onde ao certo vai ser fechada a posição impede-me de fazer mensuração de profit ratios, de ajustar a exposição à minha perda máxima confortável, etc, etc...

A quebra é sinalizada por um indicador de volatilidade
Finalmente, uma abordagem interessante. Um indicador de volatilidade é perfeito para esta função, já que permite adaptar a negociação às características e momentum de determinado título, e ao timeframe em que estamos a negociar. Um título como o BCP não tem o mesmo comportamento de um título como a REN, e por isso não os posso negociar da mesma forma. Negociar a Galp no gráfico diário é completamente diferente de a negociar no gráfico de 30 minutos, e por isso não devo utilizar a mesma abordagem. O indicador de volatilidade ajusta-se por nós às diferentes realidades. A questão fundamental, neste caso, passa por saber qual o indicador a utilizar. O mais famoso é o ATR, mas este tem um importante problema e limitação. O facto de considerar toda a amplitude de movimento das velas torna-o realmente um bom indicador daquilo que é a volatilidade do título que quero negociar, mas falha em dar-nos a compreender de forma 100% rigorosa onde é que determinado ponto já quebrou. Podemos perfeitamente ter um título com fortes movimentações intraday, que respeita de forma adequada suportes e resistências. E vice-versa. Ora, como é que eu pessoalmente contornei esta situação depois de utilizar durante muito tempo o ATR (ponto abaixo)? Criei um indicador próprio, que me dá precisamente aquilo que procuro: um índice de penetração ascendente/descendente. A receita é simples e não é secreta. Basicamente, utilizo uma média das últimas 28 velas de negociação, contando somente com a amplitude desde o ponto mínimo/máximo do corpo da vela até ao seu valor efectivo de máximo/mínimo. Adiciono-lhe depois um factor de ponderação (1,5x, 2x,...) tendo em consideração a movimentação do índice ou as características macro do mercado. Tenho de utilizar 2 indicadores, um para a avaliação de suportes e outro para as resistências (um que avalia a movimentação topo do corpo-máximo do dia e outro que avalia a movimentação base do corpo-mínimo do dia). Permite-me, no entanto, avaliar exactamente a amplitude que uma vela faz habitualmente sem que tal resulte em quebra efectiva.

Full-Breakout + ATR
Esta foi uma técnica que utilizei durante bastante tempo, sem resultados excelentes (se assim fosse não tinha sentido necessidade de mudar) mas com uma boa relação risk:reward. A ideia neste caso passa por guiar a negociação de forma fixa pelo valor dado pelo ATR, e ajustar depois a entrada/saída caso entretanto aconteça um full-breakout. Tem a desvantagem de por vezes reagir de forma lenta, já que o ATR oferece valores de extensão significativa, mas ainda assim permite ajustar individualmente à realidade de cada título.

Conclusão
Existe um número enorme de técnicas e estratégias que poderemos utilizar para definir e avaliar se um ponto já foi quebrado em definitivo, e qualquer uma delas é mais precisa e útil do que a mera subjectividade do palpite. Com vantagens e desvantagens associadas a cada uma delas, o mais importante é que as ajustem aos vossos estilos de negociação e façam testes para perceberem em quais delas a vossa negociação melhor se encaixa. Ainda mais importante é que esta regra (seja qual for) esteja definida no plano de trading antes do início da negociação, não dando assim azo a indisciplina ou ambiguidade na negociação.

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O meu objectivo seria um desconto de 20% face ao preço que estão a pedir, não me parece descabido. Até porque o BPI tem terrenos na mesma urbanização com um preço por m2 inferior. Mas realmente parece-me que o facto de eu querer pagar em cash é um dos problemas (ofereceram-me um desconto caso eu aceitasse financiamento para o terreno e construção). O intermediário é a Century21, que diz ter exclusividade. Mas outras duas agências estão a negociar exactamente o mesmo terreno. Não me parece que o problema deles seja esse.

Se eles aceitam dinheiro directamente do comprador não é exclusivo. Em segundo os bancos não costumam colocar terrenos em exclusividade, se fosse uma moradia de luxo talvez o fizessem, mas é raro entregar em exclusividade, qualquer que seja o imóvel;

A comissão sobre o valor para qualquer imóvel de banco é de 3% para as imobiliárias.

Os preços agora nos bancos são mto dificeis de negociar, isto porque, até à 3 anos atrás +/- as avaliações eram feitas pelas próprias imobiliárias que colocavam os imóveis à venda, parece ridiculo mas era o que acontecia! Eles ligavam para as imobiliárias a perguntar por que valor deviam colocar o imóvel no mercado.

Agora pelo que sei já não é assim! Eles pagam o serviço de avaliação por fora, uma perito em avaliação de imóveis, trabalho para 30€ a 40€, logo eles ão se afastam mto do valor que eles avaliam,

Parece-me que o crédito pode ser a solução!

Obrigado pelo Input, Vdap. Hoje vou ter reunião com a imobiliária, vou tentar pressioná-los mais um pouco. Se não resultar (ou mesmo que resulte), vou averiguar os custos de uma amortização antecipada do empréstimo que me propõem e depois faço o balanço

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É uma excelente questão, que terei de aprofundar. Confesso que fui demasiado quadrado na minha reacção quando me falaram na possibilidade de financiamento... não gosto de dever nada a ninguém :) Mas tenho de facto de o considerar. Há geralmente um período temporal mínimo para fazer a amortização completa? Tenho ideia que deixou de ser possível penalizar financeiramente amortizações

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O meu objectivo seria um desconto de 20% face ao preço que estão a pedir, não me parece descabido. Até porque o BPI tem terrenos na mesma urbanização com um preço por m2 inferior. Mas realmente parece-me que o facto de eu querer pagar em cash é um dos problemas (ofereceram-me um desconto caso eu aceitasse financiamento para o terreno e construção). O intermediário é a Century21, que diz ter exclusividade. Mas outras duas agências estão a negociar exactamente o mesmo terreno. Não me parece que o problema deles seja esse.

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Negócios e Empreendedorismo / Terreno imobiliário do BCP
« em: 2016-03-20 12:15:33 »

Não sei bem se este é o sítio certo para colocar esta questão, mas talvez me possam ajudar. Tenho estado a tentar negociar um terreno que está na posse do BCP (dentro de um empreendimento falido), mas estou a fazê-lo através de uma imobiliária. Não porque o banco não aceite receber propostas directamente, mas porque me diz o gestor da sucursal que não existe qualquer benefício adicional em termos de preço por excluir o intermediário. Diz-me ele que quem toma a decisão relativamente à aceitação ou não das propostas não sabe se ela vem através de um intermediário ou directamente do cliente final. Sabem se há alguma forma de fazer chegar aos senhores do banco que podiam ganhar dinheiro eliminando o intermediário? Parece-me uma situação ridícula de loss-loss....

Outra questão, relacionada. Esse empreendimento está carregado de sobreiros, e é uma chatice para construir dada essa limitação. O gestor da sucursal admite que eles não estão a considerar esse factor para a desvalorização, mas também me diz que não há maneira de fazer reflectir esse factor no preço. Também me parece estranho que assim seja.... Como há aqui várias pessoas que já trabalharam no BCP, o circuito informativo é assim tão quadrado ou ele está só a ver se me esmifra ao máximo?
Abraço

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O bull nesta cotada foi impressionante! Apesar da correcção, ainda está 900% acima do ponto de arranque de 2009...

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Como é que se shorta a dívida pública? :)

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Comunidade de Traders / Re:Dúvida sobre o Beta
« em: 2014-10-08 14:12:46 »
Acabei por ir à essência do meu problema e desenvolver um indicador de volatilidade, já que o beta apenas me indicava se devia ou não aumentar o stop e não me dizia em quanto o deveria fazer. É um indicador simples (depois posso deixar o código), baseado na variabilidade média intraday nas últimas 20 sessões, acrescido de um factor de ponderação. A partir desse, desenvolvi outro que me indica o nível médio de penetracao intraday, o que não é mais do que o tamanho médio das sombras das velas, também acrescido de um factor de ponderação. Assim, quando tenho por exemplo um suporte como ponto de stop, acrescento à referência técnica o valor do indicador. Deixei de ter muitos falsos stops, apesar de agora obviamente ter stops um pouco  mais dispendiosos.

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Comunidade de Traders / Re:Dúvida sobre o Beta
« em: 2014-10-08 12:17:26 »
boas,

coloco a seguinte questão... qual será o tempo adequado para o cálculo do beta numa perspectiva de médio-longo prazo??

eu andei á procura dos betas e não encontrei nada de relevante. mas preciso deles para realizar a avaliação á empresa, portanto tenho de arranjar uma forma de os calcular, ou arranjar um sitio que os calcule com exatidão... alguém me consegue arranjar uma forma de os calcular ou sites "aceitáveis". o beta é muitíssimo importante, por exemplo, no calculo do capm... se ele tiver incorrecto vou ter uma wacc errado e a partir dai nada baterá certo... o sites não têm qual a base em dias para calcular o beta...

vdap chegaste a fazer mais estudos sobre o alfa?

a Reuters dá-me um beta para a jmt de 0,65... supostamente esta acção seria defensiva... temos visto o que tem acontecido com ela, portanto, se este caso não for exceção, diria que o beta desvirtuaria todos os meus cálculos... ^

sei que temos de olhar para o mercado e perceber qual a tendência para confiar no beta... mas este caso comprava que não podemos considerar o beta defensivo ou ofensivo...

alguém consegue calcular o capm de uma forma mais solida... sem utilizar cálculos contabilísticos, que nós já sabemos como funcionam...

O beta é uma medida de volatilidade, que eu utilizo para identificar tendências lineares e para colocar stops. Não te diz se uma acção vai cair ou aguentar-se, diz-te se essa movimentação acontece de forma mais ou menos volátil. A Jerónimo Martins é um bom exemplo de beta baixo, a tendência de queda tem vindo a desenvolver-se de forma bastante linear, com poucos ressaltos e de fraca expressão

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Eu arriscaria algo a rondar os 5,5%. As obrigações dos clubes portugueses podem estar perto do topo da bolha, e isso preocupa-me. Mais cedo ou mais tarde vão-se juntar os 3 e pedir um corte de cabelo à Paulo Bento aos credores

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Parece estar a fazer um round bottom. Se passar os 5.17 fica fortíssima

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Respondendo à minha própria questão, esqueçam o hedging. O swap é de loucos

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Comunidade de Traders / Re:Emprego - "Trader"
« em: 2014-09-23 13:59:33 »
Faz um check as alterações de Março deste ano.

A empresa teria de ser obrigatoriamente destinada à gestão de capital?

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Como é que a caterpillar paga um cupão de 7,5%? Alguém viu o preço do hedging cambial? Para assumir o risco do emitente e o cambial não vale a pena, é preferível comprar só a moeda

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Comunidade de Traders / Re:Cemig (CIG) - Tópico principal
« em: 2014-09-18 14:30:13 »
Parece bastante técnica. Deu ali uma bela oportunidade de entrada no início do ano. Vou adiciona-la à watchlist, obrigado Inc e Rg

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Aaah, isso explica tudo! Obrigadíssimo, Visitante!

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O que acham destas obrigações da convatec (XS0568044555)?
Conheço a empresa, tem produtos fantásticos. À primeira vista não compreendo esta yield, apesar de não ter olhado para as contas :)

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Muito obrigado pela explicação, isso ajuda a compreender o contexto. Mas, dado o valor da emissão, a componente fixa do cupão não deveria rondar os 13 euros em vez dos 10? Qual é a comissão yield fixa da Peugeot?

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Por falar em perpétuas eu tenho esta FR0000140014. Paga um cupão mínimo de 9% sobre o valor nominal acrescido de uma componente variável de participação nos resultados. Este ano paga parte variável de 10,77 + parte fixa de 10,29 = 21,06 EUR. O título tem boa liquidez, o que é particularmente importante neste tipo de obrigações.

Estive a dar uma vista de olhos rápida... São da Renault? Como se explica um cupão perpétuo nessa ordem de grandeza? A parte fixa não está condicionada por resultados positivos? Deviam estar em grandes dificuldades na altura da emissão :)
Agora já estão talvez um pouco esticadas para novas entradas, ficar-se-ia demasiado dependente da componente variável para receber um prémio acima da média do mercado.

Tens mais alguma deste género em vista? Preciso de recomprar algumas obrigações com a liquidez que a desalavancagem das obrigações dos clubes portugueses me deixou em carteira :)

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