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Mensagens - Jsebastião

Páginas: [1] 2 3 ... 63
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depende do povo e dos politicos  :D

lol

Portugal actual?

2
isto depende do povo... o portugues secalhar escolhia gastar tudo e individar ainda mais para obras  nos referendos...

A realidade  politicos so ganham elecoes a mentir que e tudo fofinho dar aumentos  fazer obra todos anos

E a tua escolha é? (representativa ou directa?)

Citar
por exemplo se for povo responsavel.. muito parecido mentalidade  governar com  referendos resulta

Mesmo nesta situação por hipótese, se tiveres representantes que sejam especialistas (serão portanto especialistas escolhidos de entre um conjunto que é responsável logo à partida), terás sempre a ganhar com o sistema representativo.

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mais uma vez mostras a tua forma de pensar puritana na frase final e das-me razao, tu nao fechas os olhos ao "sofrimento" nao eh ? portanto escreves palavras num forum a provar
que transbordas de virtude puritana so nao mexes uma palha para ajudar nenhuma dessas alegadas vitimas. ja eu, dizes tu, tiro proveito proprio dessa desgraca alheia.
isto apesar de eu nao ter nada a ver com a prostituicao, nao ser cliente e de esta ser voluntaria, com muitas a gostarem do que fazem e do que ganham. estas numa realidade paralela.

Pouco me importam os teus rótulos da treta ou as ideias que fazes sobre mim ou sobre o que faço.

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em relacao a simplificacao, claro que simplificas. eh so ler o que escreveste para tras e a resposta que o automek te deu na altura. ou ate as ultimas frases do teu post anterior.

Ahahaha. Queres falar de simplicidade nos argumentos? Lê os posts onde abordas a prostituição neste tópico. Acusas-me de simplismo mas a tua "argumentação" nem para teenager do bloco de esquerda" servia.

Citar
a realidade eh que a prostituicao eh degradante para algumas pessoas, para outras nao eh. as pessoas sao demasiado diferentes entre si, mais do que imaginas.

Isto é profundo. Repetir leitura do meu comentário anterior.

Se queres falar com seriedade tens de assumir que até agora o assunto não foi debatido aqui para lá de simplificações e opiniões muito resumidas e cliché. As minhas e as outras. Tratar o assunto da forma mais completa e complexa é outra coisa.

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A partir do momento em que uma democracia directa (para quem a quiser) e representativa (para quem quiser ser representado) é possível, obrigar a uma democracia exclusivamente representativa é basicamente um passo intermédio entre democracia e ditadura.

Mas uma democracia é um meio termo entre uma ditadura e um estado de anarquia. É suposto ter uma componente "ditatorial", de imposição normativa. Mesmo quando se trata de democracia directa, Uma democracia concede direitos a troco de obrigações, da forma a conseguir a maior eficiência e equilíbrio possível na distribuição colectiva de liberdades individuais

Citar
Hoje em dia, seria possível quem quisesse ser representado, se-lo, e que quem não quisesse pudesse votar directamente (ainda que com um voto imensamente menos potente, versus o de um representantes de 10,000 - 30,000 - 100,000 pessoas).

Ok, mas a minha questão não é essa. A minha questão é: qual dos dois sistemas é preferível? A directa ou a representativa?

Para mim é claramente a representativa. Porque terá, hipoteticamente, especialistas a decidirem sobre cada matéria da sua competência. E é o que se passa na prática, com mais ou menos desvios.

Prefiro ter 220 especialistas hipotéticos a decidirem sobre o destino de 10M do que 10M de incompetentes, ignorantes e alheados a tomarem as mesmas decisões.

Bem, os deputados não são especialistas de grande coisa, e para mim o melhor é misturar as duas coisas, se calhar até com representantes sem serem deputados (ou seja, com delegação em pessoas -- possivelmente até sem estas saberem o seu real poder de voto), para lá do voto directo.

Eu reformulo. Circunscrevi erradamente o grupo dos especialistas aos assentos parlamentares. Onde se lê deputados, leia-se deputados e respectivos aparelhos partidários.

Uma mistura das duas coisas? Mas que vantagem terias em diluir os conhecimentos e a especialização dos representantes eleitos por um grupo mais alargado de pessoas que não têm essa especialização?


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A partir do momento em que uma democracia directa (para quem a quiser) e representativa (para quem quiser ser representado) é possível, obrigar a uma democracia exclusivamente representativa é basicamente um passo intermédio entre democracia e ditadura.

Mas uma democracia é um meio termo entre uma ditadura e um estado de anarquia. É suposto ter uma componente "ditatorial", de imposição normativa. Mesmo quando se trata de democracia directa, Uma democracia concede direitos a troco de obrigações, da forma a conseguir a maior eficiência e equilíbrio possível na distribuição colectiva de liberdades individuais

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Hoje em dia, seria possível quem quisesse ser representado, se-lo, e que quem não quisesse pudesse votar directamente (ainda que com um voto imensamente menos potente, versus o de um representantes de 10,000 - 30,000 - 100,000 pessoas).

Ok, mas a minha questão não é essa. A minha questão é: qual dos dois sistemas é preferível? A directa ou a representativa?

Para mim é claramente a representativa. Porque terá, hipoteticamente, especialistas a decidirem sobre cada matéria da sua competência. E é o que se passa na prática, com mais ou menos desvios.

Prefiro ter 220 especialistas hipotéticos a decidirem sobre o destino de 10M do que 10M de incompetentes, ignorantes e alheados a tomarem as mesmas decisões.

Se preferes, ok, poderás ser representado. Mas quem quer manifestar directamente a sua opinião deveria poder votar directamente.

Não concordo. Teríamos no limite, em todas as votações, a mesma situação da democracia com voto directo.

Vou colocar a questão de outro modo: confiariam em alguém como eu ( ;D ;D ;D) para votar em qualquer questão relativa ao orçamento de estado? Por que razão deveria eu ter direito de voto em matérias sobre as quais não tenho competências? E pior do que eu há muito mais gente...  :P

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achar que direitos fundamentais podem ser votados no parlamento e que isso "eh democracia" eh de alguem que tem zero respeito pelo individuo


http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf

Meu caro, qual é o país democrático em que não há uma constituição que estabeleça direitos fuindamentais que tenha sido votada e instituida em plenário por um conjunto diminuto de pessoas?


acho que nao percebeste o que eu escrevi, o que eu escrevi que eh se a maioria decidir que vai matar a tua mae porque sao a maioria e votaram isso nao torna a decisao "correcta e democratica" (que era basicamente o teu argumento para o caso das prostitutas e portanto esta errado).  ha direitos fundamentais que devem proteger a liberdade individualdos adultos


Estás errado.

A decisão é democrática e deve prevalecer.

Se é correcta ou não isso já não pode ser inferido de maneira simples.

Concordo que há direitos fundamentais que devem proteger a liberdade de todos os individuos. Mas esses direitos têm de ser formulados e escritos nalgum lado de forma a poderem estar socialmente validados. Se não... é como se não existissem.


Basicamente é escrever na Constituição que cada adulto imputável pode fazer o que quiser desde que não prejudique ou interfira com a liberdade de terceiros.


Isso é altamente subjectivo. Com essa formulação resumida, era o mesmo que não estar nada escrito.

O desenvolvimento e pormenorização do que está aí escrito será o que tens basicamente espalhado pela documentação de todo o quadro legal, concordando ou não com a formulação específica de cada lei/decreto/artigo, etc...

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Mesmo no caso de ser esse o desejo de quem governa, para "tornar algo livre" (segundo a tua terminologia), é necessário escrever sobre isso, indicando preto no branco que esse algo "é livre". No caso do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o assunto teve de ser legislado através da alteração de texto prévio, que proibia. O tornar livre implicou nestes casos que tivesse de haver um debate entre estas 220 pessoas. Caso contrário continuaria "proibido". De outro ponto de vista, tens aqui um exemplo em que 220 pessoas impuseram a 10M mais liberdade do que a que havia legalmente até aí.

Não confundir liberdade com anarquia.
 
Eu quando defendo que algo deve ser livre, das duas uma: ou nem sequer existem regras, por ser uma actividade que delas não necessita (acho que não há leis a regulamentar como é que as pessoas devem fazer crochet ou ler um livro) ou a actividade, apesar de livre, precisa de regras que a enquadrem (até ir à piscina tem umas quantas regras, apesar de ser livre).
No caso da prostituição é fácil imaginar um quadro legal que obrigue a um registo, a testes de saúde, recusa de clientes em caso de embriaguez ou falta de higiene, etc.

O que sou liminarmente contra é que a actividade seja proibida, como é actualmente, e que essa proibição (ou liberdade) seja decidida por 220 indivíduos.


Percebo e concordo em grande parte com o que defendes.

À mesma, sendo uma actividade proibida ***, como fazes para poder alterar essa situação? Ou votas na assembleia as propostas que forem submetidas, ou fases um referendo sobre o assunto. Ou um misto das duas, mas passará sempre pela decisão desses 220, incluindo a decisão de fazer um referendo.

*** Mas é mesmo proibida? Aparentemente não. http://www.oninho.pt/ficheiros/documentacao/Quadro%20legal%20portugu%C3%AAs.pdf

Citar
Se é uma actividade degradante, moralmente difícil, etc. só têm é de criar um quadro legal que a permita e quem quiser que decida a sua vida.

Mas, afinal, andamos aqui há várias páginas e ainda não percebi: aceitas a prostituição como um negócio, enquadrada por lei e permitindo a livre escolha ou não ?


Sim. Em relação a esta questão, defendo exactamente a mesma coisa que tu. Enquadramento legal de modo a poder ser considerada uma profissão, definindo direitos e obrigação que permitam proteger tanto profissionais como clientes (é uma profissão de risco), e com livre escolha para quem se quiser registar. De todos os cenários possíveis, é o que salvaguarda mais os direitos dos envolvidos.



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Estou a ver a apresentação da candidatura do socialista Rui Rio ao PSD, e estão mais jornalistas do que "apoiantes".
Rio logo no primeiro discurso deixa claro que não quer discursos contra os funcionarios publicos e que o PSD não é um partido de direita e vai até mais longe e diz que o PSD nunca será um partido de direita, mas que vai do centro-direita para o centro-esquerda.
Como é possivel numa altura em que existe uma geringonça de esquerda um socialista candidatar-se a presidente do PSD?
Força Santana, e força qualquer um que avance contra este rio socialista.
Um PSD que defenda aumentos de impostos para aumentar ainda mais aos funcionarios publicos?  :D

Santana e o seu gang contra Rio e o seu gang. Vai começar a guerra pelo planeta dos macacos. Um deles já começou a atirar porcaria... o outro esteve na remexer na porcaria nestes últimos anos.


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achar que direitos fundamentais podem ser votados no parlamento e que isso "eh democracia" eh de alguem que tem zero respeito pelo individuo


http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf

Meu caro, qual é o país democrático em que não há uma constituição que estabeleça direitos fuindamentais que tenha sido votada e instituida em plenário por um conjunto diminuto de pessoas?


acho que nao percebeste o que eu escrevi, o que eu escrevi que eh se a maioria decidir que vai matar a tua mae porque sao a maioria e votaram isso nao torna a decisao "correcta e democratica" (que era basicamente o teu argumento para o caso das prostitutas e portanto esta errado).  ha direitos fundamentais que devem proteger a liberdade individualdos adultos


Estás errado.

A decisão é democrática e deve prevalecer.

Se é correcta ou não isso já não pode ser inferido de maneira simples.

Concordo que há direitos fundamentais que devem proteger a liberdade de todos os individuos. Mas esses direitos têm de ser formulados e escritos nalgum lado de forma a poderem estar socialmente validados. Se não... é como se não existissem.




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jsebastiao, se aquele post teu nao era contra a legalizacao prostituicao entao era para dizer o que? que achas que a prostituicao eh degradante? estamos a falar de legalizacao, nao de opinioes subjectivas pessoais sobre a moralidade do acto.

Ah não? Então o que é isto?

Citação de: Camarada Neo-Liberal
as feministas gostam de proibir as mulheres de se prostituirem livremente, eh ironico pois querem limitar a liberdade de escolha das mulheres tal como acusam os homens de o fazer estas ideologias radicais marxistas/posmodernistas nao sao coerentes, sao apenas estupidas e cheias de odio. a coerencia so se encontra se se for a fonte do odio.

e isto:

Citar
estas feministas lesbicas tendem a ser anti-capitalistas, eh tudo exploracao para elas estao a tentar tornar uma escolha livre num acto de escravatura, odeiam os homens

e isto:

Citar
eu tenho um grande amigo que adora prostitutas, namora com elas e ate ja esteve casado com uma (ela continuou a trabalhar durante o casamento, ehhe)
atraves dele tive contacto com esse mundo e posso-vos garantir que as que conheci gostam de ser prostitutas, gostam das horas, gostam do dinheiro,
gostam da atencao que recebem dos clientes e ate gostam do sexo. eh para toda a gente? claro q nao. mas isso eh como tudo.


Citar
mas na realidade tu fizeste mais do que agora dizes ter feito, tu colocaste um texto para te apoiar que claramente fazia um paralelo entre a prostituicao e o trabalho forcado., segundo o tal texto a prostituicao eh algo "inerentemente maligno" (e portanto o seu valor nao eh debativel ou subjectivo). isso eh uma obvia posicao politica a favor da proibicao. agora apareces aqui como se a tua posicao nao existisse, enganas quem quiser ser enganado.

É por aqui que o teu argumento cai por terra.  Mas ainda bem que dizes que para ti essa conclusão é óbvia. Reforça a minha ideia de que é muito fraquinho a avaliar o que vai na cabeça de outras pessoas e a chegares a conclusões precipitadas. Assumes o que não sabes e erras com frequência.

(não, não sou a favor da proibição - de qualquer proibição -, e isto não conflitua com a minha opinião sobre condição de degradação e humilhação a que as prostitutas se sujeitam)

Citar
e sim, os argumentos usados (teus e no texto) sao argumentos naives tipo teenagers do bloco. no mundo dos teenagers do bloco nao ha escolhas dificeis entre males menores (este eh o mundo real dos adultos) mas eh sempre tudo artificialmente simplificado para criar escolhas entre coisas obviamente boas e coisas obviamente mas (este eh o mundo teorico dos teenagers do bloco). com isto nao estou a dizer que es do bloco mas sim que pensas de forma igualmente simploria e ignorante, nao procurando encontrar o melhor possivel neste mundo mas sim o melhor possivel num mundo teorico imaginado na tua cabeca

Não percebo o que esta parte tem a ver comigo. Estás a tentar associar-me a um modus operandi em que eu não entrei. Em lugar algum em simpifiquei "artificialmente" o tema para depois criar situações de escolha facil. Em lugar algum tentei encontrar o melhor possível num mundo teórico imaginado apenas na minha cabeça, sem ligar à realidade. Pelo contrário, parece-me que aponto para o "pior cenário possível", alertado para essa realidade. Quem parece ter feito isso foste tu, ao indicares o caso que te é próximo com as meninas que vivem o "sonho americano" no paraíso da prostitução. Aparentemente, o melhor possível para ti neste mundo é fechares os olhos a 90% da realidade para garantires proveito próprio nos outros 10%.


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achar que direitos fundamentais podem ser votados no parlamento e que isso "eh democracia" eh de alguem que tem zero respeito pelo individuo


http://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf

Meu caro, qual é o país democrático em que não há uma constituição que estabeleça direitos fuindamentais que tenha sido votada e instituida em plenário por um conjunto diminuto de pessoas?




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A partir do momento em que uma democracia directa (para quem a quiser) e representativa (para quem quiser ser representado) é possível, obrigar a uma democracia exclusivamente representativa é basicamente um passo intermédio entre democracia e ditadura.

Mas uma democracia é um meio termo entre uma ditadura e um estado de anarquia. É suposto ter uma componente "ditatorial", de imposição normativa. Mesmo quando se trata de democracia directa, Uma democracia concede direitos a troco de obrigações, da forma a conseguir a maior eficiência e equilíbrio possível na distribuição colectiva de liberdades individuais

Citar
Hoje em dia, seria possível quem quisesse ser representado, se-lo, e que quem não quisesse pudesse votar directamente (ainda que com um voto imensamente menos potente, versus o de um representantes de 10,000 - 30,000 - 100,000 pessoas).

Ok, mas a minha questão não é essa. A minha questão é: qual dos dois sistemas é preferível? A directa ou a representativa?

Para mim é claramente a representativa. Porque terá, hipoteticamente, especialistas a decidirem sobre cada matéria da sua competência. E é o que se passa na prática, com mais ou menos desvios.

Prefiro ter 220 especialistas hipotéticos a decidirem sobre o destino de 10M do que 10M de incompetentes, ignorantes e alheados a tomarem as mesmas decisões.

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Posto isto, de uma forma ou de outra, com ou sem liberdade de voto, caso a legalização da prostituição venha a ser assunto de debate e voto, esses 220 deputados vão ter de formular uma opinião. Daqui não podemos fugir.

Como eu não relaciono o assunto com nenhuma ideologia política, nem percebo como se possa relacionar (MESMO QUE IMPLIQUE QUE O ESTADO TENHA EVENTUALMENTE CUSTOS COM O ASSUNTO), prefiro obviamente que cada deputado decida em conformidade com a sua consciência.
Eu custa-me muito entender que a maioria das pessoas, tu incluído, use a desculpa da democracia para legitimar o poder de alguém, neste caso 220 pessoas, impor a terceiros a sua vontade, em algo que não foi legitimado por programa eleitoral (ou se o foi, a liberdade de voto parlamentar encarrega-se de autorizar o voto contrário pelo qual foram eleitos).

Bom, não é uma desculpa, é mesmo uma convicção sustentada na ideia de que não há formulação estrutural/burocrática melhor para organizar e reger o conjunto de interesses individuais e colectivos dentro de uma sociedade. As alternativas são todas piores.

Certo, tens alguma razão quanto à (não) legitimação através de programa eleitoral, e da armadilha que isso significa para o caso da liberdade de voto (que seria, grosso modo, um bypass a esse programa se e quando o partido quisesse).

Mas sublinho: não tens alternativa melhor.  Considera as escolhas. Num sistema comunista ou fascista (totalitário) terias à mesma alguém a impor a vontade aos demais, com a agravante de ser uma vontade mais "pesada" e o a agravante de não poderes dizer a essa pessoa para ir dar uma volta através de eleições. Num sistema sem sistema, era o caos. A lei do mais forte. uma série de indivíduos ou grupos de indivíduos a imporem a outros indivíduos, sempre que quisessem, e da forma que quisessem, a sua vontade. Num sistema destes, sem regras sobre nada, não haveria prostituição porque a violação seria uma alternativa mais barata para o "cliente".

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Já nem digo noutras coisas mas, pelo menos nos assuntos polémicos e em que se aceita a liberdade de voto, não faz qualquer sentido que não se deixe essa liberdade para a própria pessoa. No fundo é tão fácil... É apenas tornar a coisa livre  e cada um que decida com base na sua moral, religião ou o que seja.

Percebo a tua ideia, mas contraponho: o objectivo de haver um código social de leis é melhorar a vida em sociedade. Por vezes, se não sempre, para melhorar a vida da maior parte dos cidadãos é necessário estabelecer concretamente as regras, em vez de as deixar "em branco". Mesmo no caso de ser esse o desejo de quem governa, para "tornar algo livre" (segundo a tua terminologia), é necessário escrever sobre isso, indicando preto no branco que esse algo "é livre". No caso do aborto e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o assunto teve de ser legislado através da alteração de texto prévio, que proibia. O tornar livre implicou nestes casos que tivesse de haver um debate entre estas 220 pessoas. Caso contrário continuaria "proibido". De outro ponto de vista, tens aqui um exemplo em que 220 pessoas impuseram a 10M mais liberdade do que a que havia legalmente até aí.




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isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião. Eu não sou contra a prostituição, acho que devia ser sempre legalizada. Mas ao mesmo tempo, não posso deixar de concordar que não é a mesma coisa, do ponto de vista psicológico, do que uma profissão tipo mineiro ou outra. Aqui fica uma hint: se eu aconselhar algum dos foristas a que ele tente encorajar a sua própria filha a tornar-se prostituta, ele ficará furioso comigo. Mas se eu disser que ele devia encorajá-la a outra profissão, já não fica furioso comigo. Se uma filha vai para isso, os pais têm um desgosto e têm vergonha. Para outras profissões não têm.

Ou seja, psicologicamente a coisa é especial, não é só uma questão de dinheiro e fisco.

Bem, mas as próprias, como é dito acima, certamente poderiam ir para o McDonalds servir hamburgeres. Aparentemente muitas acham que isso é pior ainda do que aquilo que escolheram.

Sim, os pais têm vergonha. Pelo menos aqui. Se calhar no Japão para geisha já é (ou era) diferente. É difícil dizer o quanto é cultural. Em muitos países Islâmicos os pais têm vergonha, e matam as filhas, por uma série de razões espúrias.

Vergonha?

Eu acho que vai muito para além disso.

Eu tinha vergonha de dizer que uma filha minha andava a limpar retretes. Mas tinha um desgosto se soubesse que se se andava a prostituir - mas forte e feio.




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Não há nada de errado contigo. A tua opinião sobre o assunto é esmagadoramente maioritária. Até os que aqui contra-argumentam podem pensar como tu pensas.

O problema está apenas em separar a possibilidade de teres essa opinião, de a quereres impor aos restantes que assim não pensam, ou de apoiares leis que o façam. É nisso que se discorda.

A Ayn Rand, libertária, também não gostava de homossexuais. Uma opinião certamente partilhada com bastantes pessoas (embora hoje duvido que seja maioritária). No entanto, não lhe passaria pela cabeça, dada a sua ideologia, propor proibir tal coisa.

Um caso singular de discordância com algo em que na realidade há concordância.

Rapara, sobre a prostituição, eu não quero impor nada a ninguém nem apoio leis que o façam.

Só que o Zelinha assumiu isso com base em nada, e decidiu cortar a direito comportando-se como uma criança.

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Se há esta possibilidade de auto-censura individual, porquê dar o poder a alguém de proibir ?

É uma necessidade do sistema democrático. Se se considerar que devem ser feitas escolhas sociais com aplicação vinculativa sobre toda a população, não há como fugir a "dar a alguém poder de proibir" determinados comportamentos.

A única formulação social estrutural que não implica alguém "ter o poder de probir" sobre a população é anarquia pura e dura. Não há sistema. Cada um que se amanhe.

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Por que carga de água este assunto tem de ser partidarizado ou associado a grupos ideológicos, consegues explicar-me? Não faço a mais pequena ideia do que pensa o bloco sobre o assunto, ou o PS, ou o PSD, CDS, etc., etc. Em boa consciência, espero que cada grupo parlamentar, à semelhança de matérias como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permita o livre pensamento e não imponha disciplina de voto caso estas temáticas sejam colocadas a votação no parlamento.
....
É por demais evidente que a questão ética e moral deve ser levada em conta, e deve ter tanto ou mais peso do que o €€€.

O problema é que se entra rapidamente para território da subjectividade, lugar onde a moral de uns é o caixote do lixo capitalista de outros.
Eu não concordo nada com isto.

Tu defendes que não deve haver obrigatoriedade de voto mas, ao dizer isso (remeter a decisão para o parlamento), estás implicitamente a dizer que há 220 indivíduos que, por serem eleitos, devem decidir pelos restantes 10M de pessoas.

Ou seja, por achares que é um tema polémico, permites a liberdade de voto a quem decide. Mas isso pode implicar que os deputados nem sequer cumpram as disposições ideológicas do partido pelo qual se propuseram e pelo qual foram eleitos (o que deita por terra o argumento da legitimidade de serem representantes do povo).
Isto quando temos uma solução mais simples. Porquê liberdade de voto a 220 indivíduos e não a liberdade de decisão individual de cada pessoa adulta ?

São questões pertinentes e estão bem formuladas. Assim vale a pena debater.

Em primeiro lugar eu concordo com o sistema de democracia representatitva, ou seja, aceito que esses 220 deputados que foram eleitos pelos cidadãos tenham poder para decidir e legislar sobre a vida dos 10M que representam. Tenham poder para IMPOR deveres e obrigações, bem como para PERMITIR direitos. Isto implica que tenha de me sujeitar a leis que podem ser benéficas ou prejudicias a nível individual. Em todo o caso, é o sistema político com o qual tenho mais concordância e afinidade. Bastante mais do que uma democracia directa (que sinceramente não entendo como pode ter pés para funcionar).

Posto isto, de uma forma ou de outra, com ou sem liberdade de voto, caso a legalização da prostituição venha a ser assunto de debate e voto, esses 220 deputados vão ter de formular uma opinião. Daqui não podemos fugir.

Como eu não relaciono o assunto com nenhuma ideologia política, nem percebo como se possa relacionar (MESMO QUE IMPLIQUE QUE O ESTADO TENHA EVENTUALMENTE CUSTOS COM O ASSUNTO), prefiro obviamente que cada deputado decida em conformidade com a sua consciência.

Por ser um tema polémico, é para mim imperativo que seja debatido e que haja uma resolução. Nem que seja ficar tudo na mesma. Agora, não faz é sentido nenhum não haver debate e não se falar sobre o assunto. Fingir que não existe não é uma opção lógica para nenhum governo.




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isso sao sao argumentos de teenager do bloco. deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa
entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles

Não sei se és idiota ou não, mas por vezes tens comportamentos aqui no fórum do mais idiota imaginável. Acusas-me de ser teenager mas única criança aqui és tu.

Além disso, à semelhança do Europeu, a partir umas quantas linhas de texto, assumes o que não sabes, tiras conclusões precipitadas sobre pessoas que não conheces de lado nenhum e avanças com suposições tiradas de um nada dentro de uma cartola, como por exemplo esta:

Citar
o totalitarismo agora esconde-se em vestes de bondade mas nao passam de fascistas encapotados
ate mete nojo a forma como paternalizam as decisoes de vida de gente adulta e se "oferecem" para decidir por eles
e que visao magnifica tem eles de si proprios

Por partes:

1 - «isso sao sao argumentos de teenager do bloco»

Por que carga de água este assunto tem de ser partidarizado ou associado a grupos ideológicos, consegues explicar-me? Não faço a mais pequena ideia do que pensa o bloco sobre o assunto, ou o PS, ou o PSD, CDS, etc., etc. Em boa consciência, espero que cada grupo parlamentar, à semelhança de matérias como o aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, permita o livre pensamento e não imponha disciplina de voto caso estas temáticas sejam colocadas a votação no parlamento.

Por que razão hás-de me atirar com esta ideia de "argumentos de teenager do bloco"? Isso não é em si nenhum argumento (não se propõe a concordar ou a discordar de forma lógica com nenhuma ideia) e não traz nada de relevante para a discussão. Parece que é apenas uma tentativa de insulto. Sem nexo, e sem alcance prático. É perderes tempo e é fazeres-me a mim perder o meu tempo a responder-te. É comportamento de idiota.

2 - «deves-te achar muito boa pessoa, vai salvar criancas para africa» -

Idem aspas. Qual é o propósito disto? O que é que o debate ganha com idiotices destas? Não sabes/consegues parar para pensar antes de escrever?

3 - «entretanto deixa os adultos do mundo real decidirem o q eh melhor para eles»

Quem são os "adultos do mundo real"? Tu? Com essas criancices? 

Mas mais importante nesta frase, onde é que eu alguma vez dei a ideia de que pretendi condicionar a decisão de quem quer que fosse a propósito da prostituição?

Onde?

Sabes qual é a minha posição sobre o assunto, por acaso? Esta não é uma pergunta retórica. Gostaria de que respondesses, até porque a seguir vens com esta conversa da treta que já não é dirigida a mim, só que é...

4 - «o totalitarismo agora esconde-se em vestes de bondade mas nao passam de fascistas encapotados
ate mete nojo a forma como paternalizam as decisoes de vida de gente adulta e se "oferecem" para decidir por eles»


Aqui é o delírio completo. Totalitarismo? Vestes de bondade em Fascismo encapotado? WTF!!!  Perdeste o raciocínio? Ou é mero jogo sujo para tentares colar-me rótulos?

Repito a pergunta: onde leste uma opinião minha, a respeito da prostituição, onde indico que sou a favor de alguma espécie de proibição ou condicionamento da actividade, quer por parte das profissionais, quer por parte dos clientes?

Onde?

5 - «e que visao magnifica tem eles de si proprios».

Mais do mesmo lixo inconsequente que não serve para nada.

O JSebastião analisa a questão ética aqui envolvida bem, em minha opinião.

Na verdade, ainda não analisei nada ou argumentei a fovor ou contra nada. Coloquei uma série de pontos de vista pessoais (e outros não pessoais), mas não tentei explorar o assunto pelo lado da argumentação ou sequer afirmado que sou a favor ou contra algo.

Em todo caso, é evidente para mim que esta questão não pode ser olhada apenas do ponto de vista simplista e conveniente da profissão em troca de dinheiro.

É por demais evidente que a questão ética e moral deve ser levada em conta, e deve ter tanto ou mais peso do que o €€€.

O problema é que se entra rapidamente para território da subjectividade, lugar onde a moral de uns é o caixote do lixo capitalista de outros.


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Off-Topic / Re: Filmes de que gostamos
« em: 2017-10-10 00:30:54 »
Vais ter. O remake do Dune. Um dos grandes romances de FC de sempre. Parece um match perfeito entre texto e personalidade que vai realizar. Parece. Espero que dê certo. Não apreciei por aí além a versão do Lynch, e tenho alguma pena desse facto.
Não conhecia esse Dune. Não é do meu tempo.  ;D

Epá, se vais guiar-te por essa "desculpa" da idade vais perder muita coisa interessante... ;D

Se és minimamente apreciador de cinema (por contraponto a "gostar de ver uns filmes"), é estranho nunca teres ouvido falar do Dune, mais que não seja por ter sido realizado por quem foi.

Citar
Fui ver o trailer de 84 e deparei-me com esta cena, diz lá se isto é só coincidência.

https://www.youtube.com/watch?v=aNqpdggBfgY

https://youtu.be/T6DJcgm3wNY?t=2m12s

Colocadas as coisas dessa maneira, parece não ser nenhuma coincidência. Os filmes culto sujeitam-se a todo o tipo de referenciação em jeito de homenagem.

20
o jsebastiao erra qd diz que as prostitutas nao ganham para poupar, como quer denegrir a profissao inventa
aquelas que eu conheco ganham entre 4k a 6k limpos por mes, nao da para poupar como? a 50-100 euros limpos a pimpadela ate o jsebastiao conseguiria poupar

Peço perdão por não privar ou sequer conhecer mulheres que vendem favores sexuais a troco de dinheiro.

Peço perdão por não ter amigas giras que ganham balúrdios com a vagina e com a boca, consideram giríssima e in-issima a actividade que exercem, orgulham de certeza os filhos, os pais e os amigos dos pais (pelo menos aqueles que não as comem de vez em quando a troco de X por hora), porque contas feitas (as únicas que interessam) fazem muito mais dinheiro num mês do que uma aquilo que as suas inteligências permitiriam no mercado de trabalho dito normal.

Peço perdão por não conseguir extrapolar para o universo em geral da prostituição feminina a partir daquilo que me dizem estas duas ou três amigas sobre o mundo fantástico em que vivem, em que ainda por cima são pagas a peso de ouro para receberem carinhos e fazerem amor com uma série de homens todos os dias, às vezes mais do que um em simultâneo.

Peço perdão por não ver na prostituição os detalhes normais de qualquer outra profissão de "desgate rápido", daquelas que deixam sequelas para a vida, como por exemplo mineiro ou futebolista profissional.

Peço perdão por não ser claro como a água para mim que vender o corpo e vergar as costas nas minas é exactamente a mesma coisa do ponto de vista laboral, porque envolve uma simples "troca por dinheiro", do que levar com esperma na cara, fazer mamadas a grandes chouriços e de vez em quando espetar com enemas "lá para dentro" porque o cliente das 17h não aprecia muito o cheiro nem ficar com a piça cheia de merda (peço adicional perdão neste caso pela minha linguagem obscena que utilizei num tópico que convida ao politicamente correcto).

Peço perdão por considerar que a prostiuição é das actividades mais humilhantes e degradantes a que um ser humano se pode sujeitar, voluntariamente ou por necessidade.

Peço perdão por não ser feminista nem lésbica. Pelo perdão por não ser mulher e por errar ao não poder falar com conhecimento de causa, apesar de haver também outros tipos de prostituição.

Algo deve estar errado comigo.

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eh mais um iluminado puritano que quer decidir como os outros vao viver a sua vida

Peço perdão pela falta de clareza das minhas intenções, e por levar ao engano os que lêem em mim comportamentos dominatrix que não tenho nem pretendo ter.

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