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Tópicos - Smog

Páginas: [1]
1
Off-Topic / Boas Festas 2023/ 2024
« em: 2023-12-22 15:07:37 »
No Natal festejamos tudo o que vale a pena na vida: a amizade, a companhia, a aprendizagem, a interacção que nos faz evoluir, os valores que partilhamos, a alegria e o riso.
Os fóruns já me deram isso tudo ao longo destes 23 anos.
A todos desejo boas festas e energias positivas!

2
O nível de insulto entre o Pedro Nunes e o Montenegro vai chegar a tal ponto que as pessoas vão votar no chega como forma de protesto.
Duas pessoas novas, nova geração.
Eu vou ficar a observar com curiosidade. Não são a minha praia.
A cs está insuportável. Piranhas em torno de sangue. Desliguei da tv noticiosa. Vou vendo a rtp2 a ver se não emburreço.

3
Política e Economia Política / Da ética republicana
« em: 2023-01-12 22:40:12 »
O ano passado prometi iniciar um thread sobre questões de ética a propósito da revisão constitucional .
Entretanto a Alexandra Leitão e a Marta Temido foram cooptadas para esta discussão. Não sei quem virá do PSD.
Estão em causa normas que podem violar a nossa liberdade individual nos campos do mundo digital e da suspensão das liberdades individuais em situações de perigo sanitário.
Se mais alterações estão previstas não as conheço ainda mas lá chegaremos.

4
Off-Topic / Boas Festas (2021)
« em: 2021-12-23 19:12:40 »
Há que caminhar com lucidez e de olhos abertos mas nunca esquecendo da Esperança por melhores dias.
Vivemos um pesadelo sim ( económico, social, sanitário) e vemos que tudo flui e se transmuta. E se o futuro vier a ser melhor? Não esqueçam que a história tem sempre dois lados: o dos vencedores e o dos vencidos. Que as tribulações presentes representem uma evolução positiva é já ganhar. Vença.... é uma questão de atitude!
Boas Festas! ;D :-*

5
https://eco.sapo.pt/opiniao/um-algoritmo-foi-a-julgamento-e-perdeu/?fbclid=IwAR3iT4qMVzpVcrynyiyQtSjNjY5FU750CMFzBcEMxxrBNmToo5tXqW7_K30

Acabou o estado de graça para os algoritmos que nos comandam. Está a ser declarada guerra pelas máquinas - ou deveria dizer pelos programadores que obedecem ás politicas das empresas? A sociedade está em mudança, o Covid está a acelerar a mudança, as velhas instituiçoes humanas estão a perder a corrida.
Temos de acordar que a guerra está aí. Algortmos a comandar humanos? Mas já cheegamos à Matrix? >:(

6
Off-Topic / Da refinação do palato
« em: 2020-11-28 18:21:47 »
Serve este tópico para colocarmos aqui fotos de comida que nos dá prazer.
A educação do palato depende da educação, da carteira, das tradições regionais, nacionais, internacionais...
Encomendar num restaurante mas também confecionar; comer sozinho ou acompanhado; para a família e com amigos; no Inverno e no Verão.

Quando estão sozinhos e deprimidos a comida estimula o nosso centro de prazer. daí haver tanta gente que come quando deprime. E engordam!
Comer é um prazer ou não?
Fica o desafio...

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Off-Topic / arrendamento
« em: 2020-06-26 14:00:57 »
arrendei casa em 2015 por um periodo de cinco anos. contrato e termo certo sem referencia a renovação ou a obras.
O senhorio deixou passar os 5 anos sem dizer nada. veio agora 2 meses depois dizer que tenho de fazer novo contrato porque ja caducou o anterior e quer aumentar mais 30 euros a renda.

Questoes?

1- O contrato renovou automaticamente?
2- O senhorio pode obrigar-me a fazer novo contrato?
3- Se me recusar a fazer novo contrato o senhorio pode por-me na rua? Com que fundamento?

Agradecida.

9
Off-Topic / Ajuda
« em: 2018-03-19 18:56:56 »
Gostaria de pedir a todos os que queiram ajudar que tirassem 15 min  para preencher este questionário para a tese de um doutoramento. É para um familiar. Agradecida  ;)

edit: é sobre DIGNIDADE NA TRABALHO!

https://apps.fpce.uc.pt/limesurvey/index.php/397131?lang=pt

10
Política e Economia Política / PSD-Rio : Velha Cepa?
« em: 2017-11-01 21:25:37 »
 Quererá o PSD livrar-se da marca de neoliberalismo de Passos ou quer capitalizar a vitória de PPC nas legislativas e manter esse rumo?
Quer o retorno da social democracia, da velha guarda, ou neste momento da vida do partido isso é mofo, velho, ultrapassado?
Que nos propõem os novos/velhos candidatos? Ainda não percebi bem...
santana quer o centrão, Rio quer a separação.
santana já foi PM (expulso pelo sampaio porque ia para a discoteca em vez de governar) e o rio dizem ser seco, autoritário, quiçá uma versão do cavaco...( vi aquela em que defende a Maria Luis,,,)
Que futuro para o psd/ppd ? mais á direita ou mais ao centro? mais bon vivant ou mais austero? Estamos no sec XXI ...

http://abrupto.blogspot.pt/2016_06_05_archive.html#7299961328454707832
um post do JPP de...2016!

11
Off-Topic / Ciência-Educação (análise de livrinhos)
« em: 2017-05-27 17:15:36 »
Este thread é dedicado á temática do título. A metodologia que seguirei será :
1ª parte : análise do autor
2ºparte: comentário critico meu
podem seguir-se comentários dos leitores.

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Política e Economia Política / Da Europa para o Globo
« em: 2016-02-27 22:24:22 »
Como é que, algures pelo caminho dos últimos anos, perdemos a independência?
 Como é que permitimos, todos, povo e governantes, o que se está a passar?
 E não me venham com a dívida. A dívida ajuda e muito, mas não é a questão central. A questão central é que ao abdicarmos de soberania, abdicamos também de democracia.
 E estamos agora governados por uma burocracia anónima, sem legitimidade eleitoral, que responde aos seus donos e nós não somos donos de nada. Nem sequer de nós próprios.


JPP in Abrupto

A Europa juntou os trapinhos depois da II Guerra Mundial mas agora parece estar a fragmentar-se. Depois da União Monetária, Do Tratado de Lisboa, a UE perdeu graça. Os países da Comunidade entraram em colapso, os radicalismos exacerbaram-se, os países com divida entraram em austeridade, os governos que impuseram a austeridade perderam terreno. A Grécia, A Irlanda, Portugal e Espanha entram em choque e formam-se/formar-se-ão governos imponderáveis. O Reino Unido está a afastar-se, a França e os países do Norte debatem-se com radicalismos de extrema-direita, os nacionalismos pululam. Sobra a Alemanha que adquiriu, novamente, a hegemonia do Continente. Os refugiados chegaram a uma UE em crise, pouco solidária, que viola os direitos humanos todos os dias. Terá chegado a Idade da Trevas para a Europa, é este o nosso declínio, fragmentar-nos-emos novamente, haverá Guerra?
Ou teremos energia e criatividade suficientes para reinventar qualquer coisa nova? Vivemos tempos perigosos...explosivos, que carecem de delicadeza na sua condução.

https://www.publico.pt/politica/noticia/a-geringonca-e-a-avantesma-1715072

http://elpais.com/tag/pablo_iglesias_turrion/a/

http://observador.pt/2016/02/27/irlanda-ja-admitem-novas-eleicoes-ainda-contam-votos/

http://www.esquerda.net/topics/mudanca-na-grecia-com-o-syriza

http://economico.sapo.pt/noticias/ha-acordo-uniao-europeiareino-unido_243148.html

http://visao.sapo.pt/actualidade/mundo/os-9-partidos-de-extrema-direita-mais-assustadores-que-a-europa-elegeu=f782305

13
Política e Economia Política / Cartazes polémicos
« em: 2016-02-26 12:20:32 »


Acho este cartaz de muito mau gosto. Implica a Igreja e os sentimentos cristãos numa polémica que até teve um desfecho positivo. Isto é uma provocação direta à Igreja e quem fica mal são os gays. Reparem que esta gente sempre foi discriminada, apontada, e agora vê-se envolvida numa guerra que incentiva a homofobia e faz os agnósticos, como eu, achar que é uma comparação absurda. Jesus tinha um pai e e uma mãe terrenos (hétero) e o Pai do céu é outro assunto.

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Política e Economia Política / Piropos e assédio sexual
« em: 2015-12-28 12:35:00 »

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Sabia que os piropos que ouve na rua já podem dar pena de prisão? Provavelmente não, uma vez que a alteração foi pouco noticiada, mas o que é certo é que em agosto as “propostas sexuais” não desejadas passaram a ter uma pena prisão de até três anos, na sequência de uma proposta da então maioria parlamentar composta por PSD e CDS.

A alteração consiste num aditamento ao artigo 170º do Código Penal, que já criminalizava o exibicionismo e os contactos de natureza sexual. A diferença é que desde agosto estas “propostas de teor sexual” passam a dar direito a uma pena de prisão até um ano ou, no caso de serem dirigidas a menores de 14 anos, até três anos.

A alteração da lei foi feita no contexto da transposição para as leis nacionais da Convenção de Istambul, uma Convenção do Conselho da Europa para a prevenção e o combate à violência contra as mulheres que data de 2011.

A proposta foi posta em cima da mesa pela primeira vez em 2011, pela mão do coletivo feminista UMAR [União de Mulheres Alternativa e Resposta], e depois em 2013, pelo Bloco de Esquerda. No entanto, só em agosto deste ano foi aprovada, depois de ter sido apresentada pela então maioria de direita.

by Expresso


E agora falem mal das meninas do bloco! ;D A Catarina Martins conquistou-me este Verão: inteligente, bem preparada, seduziu-me e teve o meu voto. Estou com elas! ;D





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Off-Topic / Greve dos professores
« em: 2013-06-09 19:32:27 »
Querem dizer alguma coisa? ;D

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Off-Topic / Estamos mais burros?
« em: 2013-05-25 21:54:14 »
   
 
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Quinta-feira, 23 de Maio de 2013Cada vez mais "burros"...
Os investigadores procuram conhecer e interpretar os fenómenos, mas não ficam por aqui, por vezes também gostam de criar novos “fenómenos”, talvez para contestar ou para provocar certas ideias ou princípios. Mesmo que não correspondam à verdade, pelo menos são gratificantes em termos de imaginação e de distração, o que já não é mau.
Como andamos a fazer tantas asneiras, sobretudo no último século e meio, não me admira que tenham despertado o interesse em saber se estamos ou não mais burros. Não sei se foi esta a ideia base do estudo que pretendo analisar, mas se não foi, podia ter sido!
Ler que a inteligência humana está a diminuir desde a época vitoriana chama a atenção. Como? Estamos a ficar mais “burros”? Os autores explicam que através do tempo de reação visual é possível chegar a essa conclusão. Na parte final do século XIX o tempo médio era da ordem dos 194 milissegundos, agora passou para os 275. Sem entrar em profundidade nos aspetos técnicos, os autores afirmam que as causas têm a ver com o facto das mulheres inteligentes terem menos filhos, vivermos em sociedades muito fortes, em termos de suporte social, haver maior disponibilidade alimentar e diminuição ou ausência da seleção genética. Feitos os cálculos concluíram que o quociente de inteligência diminuiu 14 pontos em média, o que pode transformar um “normal” num “débil mental”. Mas a par deste estudo, existem outros que apontam o oposto. Desde os anos trinta do século XX o quociente de inteligência tem vindo a aumentar, aumento esse explicado pelo “efeito Flynn”, em que entram em jogo vários fatores, melhor educação, melhor higiene, diminuição da endogamia e melhor nutrição, ou seja, graças aos fatores ambientais. Afinal como podemos interpretar esta aparente contradição, está a aumentar ou está a diminuir? A diminuição da inteligência joga neste estudo com os fatores genéticos, intrínsecos, enquanto o aumento tem a ver com aspetos ambientais. Dizem os autores que estes últimos podem mascarar a diminuição genética da inteligência, pelo que se poderá concluir que o fenómeno seria muito mais grave.
Não vou ligar muito ao estudo. De qualquer modo, não deixa de provocar algumas reações. A mais contundente tem a ver com as mulheres mais inteligentes terem menos filhos e as “menos” terem mais. Se isto tem impacto no fenómeno em causa terá de ser muito bem estudado no futuro. Mas por que carga de água as mulheres “mais inteligentes” têm menos filhos? Presumo que a carreira académica está em primeiro lugar, depois dão prioridade à carreira profissional e quando se “lembram” de terem filhos já estão um pouco “velhotas”, não conseguindo engravidar ou ficando apenas por um. Quem sabe se a “superior inteligência” não as leva, também, a não terem filhos face à crueldade do mundo com todas as suas vicissitudes e incongruências, poupando-os ao sofrimento? Não esquecer que existem correntes femininas por essa Europa que defendem não ter filhos, o que contraria uma das mais poderosas forças da nossa espécie, o instinto da maternidade. Por este andar ainda acabo por acreditar que estamos mesmo a ficar mais “burros”...

http://quartarepublica.blogspot.pt/2013/05/cada-vez-mais-burros.html


As questões do genético versus ambiente são sempre muito polémicas. Pode ser que as crianças actuais sejam mais burras que no inicio do século porque as boas condições de vida da população tendem a fomentar a reprodução dos mais burros. Os mais inteligentes estão demasiado envolvidos com as respectivas carreiras e não se reproduzem. Que lhes parece?

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Política e Economia Política / A Nova pobreza
« em: 2013-01-06 20:25:02 »
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O discurso do "economês", que é hoje uma parte importante do discurso do poder, é uma espécie de marxismo pobre e rudimentar, que acredita a seu modo que a "infraestrutura" condiciona a "superestrutura", ou seja, que é a "economia" que determina a "política". Marx ainda falava da "acção recíproca" e, quando teve que defrontar a questão da arte e da literatura, ainda abriu caminho a uma autonomia complexa da "superestrutura", mas isso é muito complicado para mentes simples educadas por manuais escolares que estavam igualmente impregnados deste marxismo vulgar. Depois, com as modas mediáticas e os blogues, este marxismo vulgar virou uma vulgata liberal com muita facilidade.




Vai tudo com muitas aspas, porque a "economia" é aqui sinónimo de meia dúzia de ideias simples sobre as empresas, mais preconceitos do que ideias, e a "política" é uma gestão técnica condicionada pela "economia" que gere rendimentos, subsídios, impostos, gastos e poupanças, e cujo valor é "libertar" a "economia" das suas baias na Constituição, nas leis, nos sindicatos, nos "direitos adquiridos", nas "ideias antiquadas", no "Portugal do passado" que precisa de ser desmantelado por um "projecto de futuro" com ajuda de muita "coragem" autoproclamada e do memorando salvífico da troika. Parece um programa de uma "jota", e é um programa de uma "jota": ideias feitas, retórica grandiloquente, palavras cheias de "projecto geracional", de "Portugal de futuro", de "amanhãs que cantam" em versão reaccionária. A isto soma-se alguma presunção adâmica e um milenarismo profético - "estamos a mudar Portugal" - que, se tudo não estivesse já tão gasto e mole, mataria de ridículo quem o enunciasse.




Não se pode pois esperar destas pessoas que saiam do conforto das suas abstracções escolares e juvenis, para o mundo que não cabe num qualquer "trabalho de casa". É por isso que o marxismo vulgar, que, sem saberem, lhes molda o pensamento, os faz falar da crise e da pobreza de forma meramente "infraestrutural": pobreza é fome, é não ter casa, é dormir na rua, é tudo aquilo que exige assistência. A pobreza para eles é apenas grande escassez material e remete para um universo assistencialista, com imagens de sopa dos pobres modernizadas, de IPSS que dão pão, roupa e cobertores, da benemerência severa e moralizadora do Estado apenas para os "mais pobres e necessitados". Tudo o resto é perdulário.




Saliente-se que esta forma de ver a pobreza não é muito diferente da que aparece nas reportagens televisivas, porque o universo de experiência e mentalidade de muitos políticos não difere do dos jornalistas. Andaram 30 anos sem ver um pobre, e agora que se fala deles procuram-no com a força do estereótipo. Um pobre, acham eles, é pouco mais do que um mendigo que não pede, mas que se pode perceber pelo modo, tom, face, roupa, que é pobre. Depois há todo um conjunto de reportagens sobre a "pobreza envergonhada", mas elas são casuísticas e por definição feitas com quem não "se envergonha" da sua pobreza. Na pobreza procuram o espectáculo mediático, nada mais.




Estes pobres do estereótipo aliam a sua pobreza a serem humildes e amochados: não protestam, agradecem. Os pobres que aparecem no imaginário discursivo dos políticos e de jornalistas nunca são os pobres perigosos, não vivem em Setúbal, nem no Cerco do Porto, porque nesses a condição de perigosos oculta a de pobres e estão incluídos numa categoria particular, a dos que não querem trabalhar, ou que são subsídio-dependentes, ou drogados e traficantes, mais as suas famílias, ou que são grupos criminosos oriundo de minorias de que não se pode falar, como os ciganos ou os negros dos subúrbios. Não é que não haja alguma verdade nestas caraterizações, mas elas são mais um ecrã de ocultação do que um conhecimento da realidade.




O marxismo vulgar e rudimentar desta visão da pobreza encontra-se na sua descrição assente apenas nos sinais de miséria evidente, acantonando a pobreza em segmentos da população que de há muito vivem na miséria, por causas anteriores à crise actual. Estes pobres, muitos e demais, mas mesmo assim poucos no balanço geral dos dias de hoje, são usados para ocultar os que estão a empobrecer, os "novos pobres", quer porque só agora é que são pobres, ou porque são pobres de maneira diferente. Uma imagem excessiva da pobreza, dos que nada têm, serve para evitar falar do empobrecimento, dos que, para o poder, têm apenas "problemas" a que "sobreviverão". O Governo cuida dos primeiros, os outros que "aguentem".
Ora, é o empobrecimento que caracteriza os tempos de hoje, é o empobrecimento o principal efeito social da crise, e, para o perceber, não serve a visão dos que já estão na miséria, até porque não é entre eles que a crise faz mais estragos. É que os que já estavam na pobreza e na miséria não são os mais atingidos pela crise, mas os que tinham dela escapada nas últimas décadas. O Governo e o discurso do poder usa os muito pobres e alguma protecção que têm tido face à crise como sinal de justiça social, ao mesmo tempo que ignora, fecha os olhos, não faz nada, e fustiga com o moralismo do "viver acima das suas posses" os que estão a empobrecer. Fá-lo de uma maneira perversa, colocando muito abaixo a fasquia dos que para o discurso governamental são "quase ricos", ou seja, um alvo de "ajustamento".




O desdém pela "classe média" vem deste moralismo punitivo sobre os portugueses que melhoraram a sua condição desde o 25 de Abril, fossem operários ou filhos de operários, camponeses ou filhos de camponeses, comerciantes ou filhos de comerciantes, funcionários ou filhos de funcionários. Muitos fizeram uns cursos que não valem nada para serem doutores, mas pela primeira vez na esmagadora maioria das famílias portugueses havia estudantes universitários, muitos foram à República Dominicana ou a Cuba em programas de férias baratas, fazer patetices a crédito, muitos compraram sofás e plasmas e vários telemóveis, mas, tiremos o folclore, o kitsch do gosto, e o que fica é uma real melhoria da vida de muitos portugueses.




O ataque à classe média é um remake do ódio à "burguesia", quer na versão esquerdista, quer na visão direitista, a que tinha, por exemplo, O Independente, que adorava a "velha riqueza" e escarnecia dos que tinham "peúgas brancas", ou, como Macário Correia, tinham pais pobres e isso "via-se". Como sempre acontece, os melhores intérpretes desta sanha são eles próprios típicos membros e representantes dos grupos que escarnecem, falsos senhoritos com pretensões monárquicas, pequeno-burgueses que acham que, como falam o telefone com Ricardo Salgado, estão noutro escalão social, gente que gostava mesmo de ir a Marbella, mas hoje faz de conta que nunca fez nada disso. Os caminhos do Senhor são de facto tortuosos.
A mensagem do "Pedro e da Laura" no Facebook, um casal que resolveu falar-nos no Natal com uma proximidade forçada que incomoda, é um exemplo típico deste marxismo vulgar da "infraestrutura". A pobreza é não ter "na Consoada os pratos que se habituaram", em vez de não ter emprego; é "não poderem dar aos filhos um simples presente", em vez de estarem deprimidos por terem que em Janeiro despedir os seus empregados amigos de sempre; é "não conseguiram ter a família toda à mesa", em vez de terem vergonha por não poderem pagar o que devem.




A todos eles o "Pedro e a Laura" aconselham que não tenham "pesar", por estarem falidos, ou desempregados, ou endividados, ou terem perdido a casa, ou não terem dinheiro para a renda, ou terem que dizer ao filho que não há dinheiro para continuar a estudar, ou que já não podem mais ajudar os pais reformados, ou por estarem tão zangados com a vida que todos à volta pagam um preço elevado em violência verbal e não só. O "Pedro e a Laura" pedem-lhes para terem "orgulho" na sua nova condição de pobres sem futuro e destino, porque, ao tirarem os filhos da escola, ao perderem o emprego, ao caírem na condição de párias sociais, porque não podem pagar ao fisco, ao perderem todos os seus bens, estão a garantir "que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor".




Não, "Pedro e Laura", na mesa de Natal de muitos portugueses o que preocupa não é a falta de rabanadas, nem brinquedos, nem pessoas, mas sim o facto de lá estar sentado o medo, a indignidade, a vergonha e o desespero, coisas que não vêm em estatística nenhuma. E isso não garante futuro nenhum que valha a pena viver, nem aos pais, nem aos filhos, nem aos netos.


(Versão do Público de 29 de Dezembro de 2012.)

JPP Via Abrupto

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Off-Topic / Coisas de ciência
« em: 2012-12-20 15:27:52 »
http://www.publico.pt/ciencia/noticia/as-sondas-gemeas-chocaram-como-previsto-contra-uma-montanha-da-lua-1577836

É triste verficar que os cientistas continuam a não se preocupar com o lixo que espalham. Não chega a data de lixo espacial que orbita á volta do nosso planete, já começaram a sujar a Lua.

19
Off-Topic / Cooperar em educação
« em: 2012-11-17 19:24:35 »
Rui e smog, please.

Citar
Citação de: leprechaun em 2012-11-16  00:42:55
Citação de: smog em 2012-11-15  23:41:53
A sério: quando era pequena a minha mãe cozia no forno comunitário. Um dia ela partiu uma perna e tive de ser eu a cozer. Amassei e tendi. O pão ficou um pouco pesado mas fiquei orgulhosa da obra. As velhotas elogiaram todos o meu esforço. 

Olá PP... professora padeira!

Como já disse, continuo imerso numa enxurrada de livros e artigos didáticos, tanto do ME como dos mais diversos autores. Mas li agora algo acerca da escrita que até serve como uma luva para o tema que estou aqui a abordar, pois na realidade quase tudo isto é uma completa novidade para mim!


Citação de: Niza, Segura & Mota - Escrita. Guião de Implementação do Novo Programa de Português.
Para além da função comunicativa, (…) a escrita constitui-se como a mais poderosa actividade e o mais proficiente instrumento de aprendizagem.
Na verdade, escrever não é, simplesmente, um meio de “exprimir” ou manifestar o que se aprendeu; constitui, antes, um modo fundamental de realizar a aprendizagem.
Oferece aos alunos oportunidades de pensarem acerca do que aprenderam, clarifica o pensamento, permite desencadear análises críticas, reflexão e ideias a ser desenvolvidas.
A produção escrita constitui-se, também, como um importante instrumento discursivo para a organização e a consolidação de ideias básicas subjacentes a um conhecimento mais coerente e melhor estruturado.
Com efeito, para desenvolver a compreensão de fenómenos e conceitos científicos é necessário descrever, explicar, argumentar, discutir.

Excelente síntese! Logo, pelo menos para mim o tópico está a ser útil, pois não apenas tenho de pesquisar e ler mas transmito depois por escrito a minha compreensão e uma súmula das ideias que me parecem as mais essenciais ou representativas do pensamento dos autores.

Logo, ambos o bom pão cozemos...

Rui leprechaun

(...e no corpo ou na alma o comemos!  )

Smog Wrote:
Escrever para sistematizar. Vou desenvolver isso em relação aos professores mas também é assim em relação aos alunos.
Quando faço um determinado percurso durante o ano lectivo devo desenvolver a capacidade de o analisar e sistematizar ao longo do ano. Por isso tenho de escrever retrospectivamente. Esse exercicio capacita-nos para avaliar o nosso trabalho na forma de reflexão. Fiz isso durante muitos anos e apresentava o sumo desse trabalho em congressos do MEM (Niza) onde esse trabalho de reflexão era valorizado. Apesar de só apresentarmos os trabalhos dos alunos a apresentação oral de trabalho obrigava-nos a fazer uma reflexão que podia assumir a forma escrita. Ao passar isso para as competencias dos alunos os professores do MEM desocultam o poder inerente á auto-avaliação. Esse poder traduz-se na capacidade de reflexão e de ajuste de aprendizagens não realizadas. Um aluno consciente quererá melhorar o seu desempenho e poderá colmatar dificuldades. Era esse o raciocionia inerente ao PIT que outrora tentei implementar em Estudo Acompanhado com os meus alunos.
Relativamente à cooperação nos projectos concordo com Sérgio Niza que em palestra mostrou que na Escola não há interdisciplinaridades mas sim transdiciplinaridade pois os professores não têm capacidade de trabalhar em cooperação. Trabalham antes por pequenos contributos que todos somam ao trabalho de grupo. Na minha opinião o trabalho de grandes grupos é inviável pois para haver uma verdadeira cooperação tem de existir diálogo permanente com os pares o que numa escola não funciona muito bem. O que advogo é o trabalho de pares. No trabalho de pares há uma interacção Aa como já disse acima e geralmente funciona bem se também existir o aA.
Quando se passam para os alunos as formas de aprendizagem que funcionam com o professores dá-se ao aluno o poder do professor. Assim, se pensarmos bem existe sempre dentro de cada turma uma interacção Aaaaaa em que o primeiro é o professor e os segundos os alunos. Se eu transformar os alunos em professores deslocamos o A para os lado dos alunos o que possibilita a aquisição pelos alunos das competencias dos professores. Esse poder é imenso pois todos sabemos que ao fim de algum tempo os professores sabem qualquer matéria de trás para a frente e vice-versa. O aluno mais fraco fica com a explicação do colega por palavras e linguagem mais acessivel e o colega que explica ganha as competencias de comunicador.
Para além dessas competencias escrever o trabalho escrito possibilita ao alunos fazer a sistematização da matéria em estudo. Finalmente ao entrar no processo de avaliação o aluno ganha a capacidade de distrinçar o acessáorio do essencial e dá sentido a todos o processo.
O papel do professor será o de regulador e orientador de todo o processo.
Uma cooperação eficaz dentro da turma produz trabalhos com qualidade e um ganho enorme de competencias por parte de todos. O professor anda numa roda viva para ajudar toda a gente e no fim garante a dignidade do processo de avaliação.Há cooperação efectiva entre alunos e professor
.

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Off-Topic / Noites de Primavera/Verão
« em: 2012-11-08 21:55:35 »
Surge o presente na mesma linha dos fumos.

Agora vamos imaginar uma esplanada ao sol de Inverno para ler calmamente o jornal e fazer observações.


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